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ANNO XVII RIO DE JANEIRO, 25 DE ABRIL DE 1914 NUM. 1592 yjp *'—"'.-.¦!¦':."-..]':^/tr^f^^\rB-^f.-;¦ Vv:.v f V y^raWWWB jT).ij/vVif' .I.V.T RÍO NU d SEMANÁRIO HUMORÍSTICO 1JLLUSTRADO ^^f= L^%, wij.iii<:ro avílso - «oo réis/^pL^ ¦;/ Redacção, escriptorio e officinas - Rua do Hospício N. 218 ^TelepSone N. 3515 f^^nm^m-^^*^~^m^-llllll,Í:,l,lm***mm'r^tlW O MARIDO —Esse teu primo está vindo muito aqui na minha ausência... A MULHER—Fui eu mesma que lhe recoinmendei isso, porque, estando tu em casa, não nos deixas uni momento a sós... ELIXIR DE NOGUEIRA Do pharmaçeutico e chimico JOiO DA SILVA SILVEIRA PELOTAS - RIO GRANDE DO SUL Grande depuralivo do sangue. Único que cura a "Syphilis" Voudo-M «tn todas a* PbarmaclM m Droaarlat. ________________________s_________________________m ¦-¦¦ " -jltWMBEaSÉBmmVBBBUA-mmmmmm^m^

y^raWWWB jT).ij/vVif' .I.V.T RÍO NU - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1914_01592.pdf · )-( O RIO NU )-( 25 de Abril de 1914 EESSiPi-.IDÍltEHTrn: X=I_ CZZZ7 Anno

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ANNO XVII RIO DE JANEIRO, 25 DE ABRIL DE 1914 NUM. 1592

yjp *'—"'.-.¦!¦':."-..]':^/tr^f^^\rB-^f.-;¦

Vv:.v f V

y^raWWWB jT).ij/vVif' .I.V.T

RÍO NU d

SEMANÁRIO HUMORÍSTICO 1JLLUSTRADO ^^f=L^%,

wij.iii<:ro avílso - «oo réis/^pL^ ¦;/

Redacção, escriptorio e officinas - Rua do Hospício N. 218 ^TelepSone N. 3515

f^^nm^m-^^*^~^m^-llllll,Í:,l,lm***mm'r^tlW

O MARIDO —Esse teu primo está vindo muito aqui na minha ausência...A MULHER—Fui eu mesma que lhe recoinmendei isso, porque, estando tu em casa, não

nos deixas uni momento a sós...

ELIXIR DE NOGUEIRA Do pharmaçeutico e chimico JOiO DA SILVA SILVEIRAPELOTAS - RIO GRANDE DO SUL

Grande depuralivo do sangue. Único que cura a "Syphilis"Voudo-M «tn todas a* PbarmaclM m Droaarlat.

________________________s_________________________m ¦-¦¦ " -jltWMBEaSÉBmmVBBBUA-mmmmmm^m^

)-( O RIO NU )-( 25 de Abril de 1914

EESSiPi-.IDÍltEHTrn:X=I_ CZZZ7

AnnoASSIGNATURAS

12Í0C0 I Semestre. . 7*000

Exterior: Anno 20*000Numero avulso, 200 réis

Nos Estados e no interior, 300 réis

Toda a correspondência, seja deque espécie fòr, deve ser dirigida aogerente desta folha.

_S__3____3__3____3__3__S__2:__SÈ___-^____Z^^

CARTAS EM TRANSITO

De uma senhora casada auma amiga, contando como con-seguiu enganar tranquillamenteo marido.

Minha amiga :Creio que no imitido haverá pessoas

ditosas, mas como eu não ha por certo ne-nhuma. Até creio que sou feliz demais.. .Quetempo duiará isso? Não sei ; a mim parece-me que não acabará mais... Vivo sob um ecolimpo, sem nuvens e não creio que um dia sepossa obsenrecer...

Ha um mez, na véspera da minha parti-da do Rio para esta casa de campo, ondevinha reunir-me a meu marido, porque esteme dissera que Paulo, o meu sempre adoradoPaulo, estava aqui com elle, para tomar partenuma caçada, disse-te que me parecia que iacomeçar para mim a verdadeira felicidade...Zombaste de—mim—e me perguntaste como,-sob o mesmo tecto, eu poderia dividir osmeus carinhos entre o amante e o esposo...E então eu te respondi: «Hei de arranjarum meio, seja qual fòr!»

Hoje, posso dizer-te que o acaso me fa-voreceu e preparou a doce ventura em queestou nadando desde que aqui cheguei.

Como sabes, Paulo pretendeu casarcommigo; amava-me e eu amava-o. Mas...conveniências particulares obrigaram-me atomar outro homem por marido. Paulo, cn-tretanto, não me sahia do pensamento... Eagora, que se offerecia occasião, entrei naplena posse do seu amor, que é só meu, comoo meu amor é só delle...E como sou feliz '...Por coincidência, foi aqui, nesta mesma casa,que elle me fez a sua declaração quando euera solteira. E, no mesmo banco do jardimem que elle me abrira o seu coração, con-fessei-lhe agora que também o amava... Nomesmo recanto do parque em que lhe fiz verque não podia ser sua esposa, concedi-lheagora o meu primeiro beijo...Na mesma saletaem que se despediu de mim, pallido, acabru-nhado de dor, cahi-lhe agora nos braços, tre-mula de amor, ávida de goso, inundada devolúpia!...

E meu marido V — dirás com os teus bo-toes. Já é tempo de fallar nelle... Está decama, immovel. e assim estará ainda duran-te tres ou quatro mezes... Isso causa-te es-pauto, não é verdade? Pois foi assim queconsegui a felicidade almejada c recommen-do-te o meio por mim empregado, caso te-nlias também um amante e queiras gosartranquilla o seu amor.

Ahi vai o quesuecedeu : no mesmo vvag-gon em que me installei, achava-se um su-jeito alto, espadatído, mal encarado. O trempartiu veloz. Alheia ao panorama que se meestendia diante dos olhos, tinha o pensa-mento fixo em Paulo, o meu adorado Paulo...Amar-me-ia ainda? Como nos arranjaríamospara as nossas entrevistas ?

De repente, o meu companheiro de via-gem levanta-se de onde estava para sentar-se defronte de mim ; dahi a pouco o seuenorme pé encostava-se no meu... Fulminei-ocom um olhar feroz e mudei de logar. Aindaassim, não desistiu o briitamontcs : dc vezem quando lançava-me olhares languidos esorrisos melosos... Eu estava furiosa !

Afinal, cheguei ao termo da viagem e,ao ver na estação meu marido, tive uma idéadiabólica. Logo que elle penetrou no waggonpara me abraçar, queixei-me dc que o lio-menzarrão me faltara com o respeito durantetodo o trajecto...

Meu marido tomou-lhe logo satisfações;o bruto exasperou-se c acabou atracanao-secom elle. A folhas tantas, o agigantado con-quistador, agarrou meti pobre esposo, comosi agarrasse uma criança,e o varejou pela ja-nella do waggon...

Dei um grito — mixto de prazer c de ale-gria — c corri para fora do carro. Meu mari.-..do jazia no leito da estrada. Conduzido paracasa, o medico verificou apenas isto ; fracturado craneo, luxação do pé direito, fractura dobraço direito e da perna esquerda, afora va-rias escoriações pelo corpo. Total — unsquatro mezes de immobilidade completa...

Que me dizes do estratagema?.Como sou feliz !.. .—Tua Nathalia.'

Oh!

Confere.INDISCRETO

%<-_a,fe)! |v

s^^^^rWàW&M^°==s^<^' t*""" )fB____>_i-j)irn_rffl^n_BI/v

Então, como vais, minha querida ?Estou boa já, graças ao Peitoral dc

Angico Pelotense. Queres experimentar?...

A fuvm tIdx ai.*D_§ejj©_§ ?.

, U queria vêr tudo quanto dc mim c..-[ s\ condes do teu corpo esculptural ;

admirar os níveos pomos aureola-dos de rosea còr; fixar, ardentemente, aslinhas sinuosas e recônditas que riscam teubusto eburneo !

Eu queria sentir o contacto quente e tre-mulo da tua pelle assetinada, estremecendode goso infindo, revolvendo-se de ltixtiria oupetrificando-se em longos espasmos!

Eu queria aspirar em louca anciã de inc-briamento o odor morno que se evolaria de ti!

Eu queria apalpar febricitante o sedosodos teus cabellos d'ebano !

Eu queria adorar-te de joelhos como auma deusa, e odiar-te como a uma serpente!

Eu queria fazer-te gozar todos os desvai-ramentos do amor impetuoso e ver-te soffrerhorríveis torturas, desvairada, a meus pés!

Eu queria, qual humilde cão, lamber-te ocorpo todo e, qual fera, mordel-o, espliace-lal-o I

Eu queria, emfim!... queria... não ternenhum destes desejos !

PORTOS.

MlclDlíe S.) C.OXITLX! P.3 Q)

Para o MOTTE n. 1 da 3» serieE' lindo o galo que tensSob as saias escondido

recebemos as seguintes glosas :Dou-te, Julia, parabéns,Pois só com grande capricho,Se põe assim um tal bicho ;E' lindo o gato que tens,Não vale só tres vinténs,Seu valor é mui subido,Pra que seja conhecido,Tral-o á mostra sem cabello,Pois nunca deves trazêl-oSob as saias escondido I

ELMANO II.

De prazer não te conténsCom teu querido Velludo,Pequenino e cabelludoE' lindo o gato que tens...Com elle tudo obténsPor ser muito preferido,E' talisman conhecidoQue vive em logar deserto,A' sombra, sempre encoberto,Sob as saias escondido.

H. RAMON.

Juliiiha, donde é que vensAo teu gatinho tão presa ?Vou dizer-te com franqueza :__*' lindo o gato que tens!E' o melhor dos teus bensEsse bicho destemido,Negro, cabello comprido,Sem tinhas para prender,Vou meu rato lá metterSob as saias escondido.

LASALLE.

Eu chamo-te c tu não vensAdmirar o meu peixinho ;Bem junto ao teu cachorrinho,E' lindo o galo que tens!...Com elle, tu te entretens...Mettendo-lhe o tal comprido,Teu dedo... (bem entendido),Na boca... do teu bichano !Que vive assim todo ufanoSob as saias escondido...

(S. Paulo) TÓPESINHO.

Tu disseste-me, que vens,Mas não sei si estás brincando...Imparcialmente falando,E' lindo o gato que tens...Embora com teus desdens,Heide ficar convencido,Sem o menor alarido,Sim... por que eu não sou tolo ;Talvez já tenhas o rolo,Sob as saias escondido.

KALUNGA.

3a SerieMOTTE N. 3

Debaixo duma mangueiraElla disse que tn'amava.

Glosas até 2 do mez próximo.

CORRESPONDÊNCIA

Matvr e M. A. Silva — As rimas dasglosas -devem obedecer á ordem que se vênas que vão acima publicadas.

Resultado da 2a serieFoi vencedor o valente

FEFC,MI?5P_<0> ütia quem compete o prêmio promettido.

11

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25 de Abril de 1914 )-( O RIO NU )-( : 3 =

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Tf? ÍS/9 ^n

_i_Li_k_SÉ

cavar o arame,um empresário

do

CD

O Campos conseguiu, á força de pe-dir, dez milhões de votos para a sua quês-tão; porém, coisa extraordinária, cm tãogrande votação não havia um só voto demulher!

E' que o sexo bello foge delle como odiabo da cruz !

ira. Aquella historia da Luiza Caldas nãoentregar as malas ao Assombro sem elle lhedar primeiro cem mil réis foi de cabo deesquadra.

O Carlos andou roxo aque, afinal, conseguiu comseu amigo.

_-_. Na caixa do S. José :Maria Lino — Porque não pôde entrar

aqui o jornalista que está á porta ?Ensaiador — Porque, minha senhora, não

é permittido fazer amor aqui dentro.Aí. Lino — Ah ! não ? ! Pois despeço-me !

Queira participar á empresa que só trabalhoaté hoje.

No dia seguinte, a Dona Tango ia lazeramor em casa.

itíi' Está sendo protegida por D. César aDaria do S. Pedro.

Agora é que a duração da companhiaestá mesmo garantida.

na"" Encontrámos o Tobias á portaS.José :

Então o Armando e a Esther...?Cale a boca! — interrompeu elle.

E mais baixo:Ella está sendo seringada, mas o

Armando finge não saber.irar Parece que a estrellissima Abigail

ficou com o diabo no corpo depois que fez-o Santo Antônio.

Nem o Lulú pôde mais ter mão nella !..»' O Peixoto recebeu a ordem de pas-

sagem que a Coralia Luiza Monteiro Valdezlhe mandou, mas... gastou o cobre e resolveuesperar outra.

í_. Partiu o Mattos, a Joanna não foi por-que ficou a lavar a cara, a ver si clareava. _

irar O' rapazes ! A Pepa, corista, serámesmo hermaphrodita?

O Diniz diz que sim..TS'Já está quasi totalmente ajaponezado

o galã Mattos.«?' A pedido do Marta, não dizemos aqui

que foi elle quem fez, aliás muito mal, oultimo soneto que o Carvalho deu á Pepa doJardim.

Já vê o Martinha que somos amigos.¦tar Ainda são os mesmos o Lino e a

Carmen.Somentes a Carmen acha agora que o

Lino gasta pouco.«' A Albertina Filhinha acceitou de umcoió uma cruz de ouro com brilhantes.

E o Ângelo em S. Paulo...

JOÃO RATÃO.

Au Biiou de Ia Mode Grande depositode calçados, voi

atacado e a varejo. Calçado nacional c eslran-geiro para homens, senhoras e crianças. Pre-ços baratissimos, rua da Carioca n. 80 — Te-lephone 3.660.

As casas commerciaes, cuja divisa é a es-riedade, têm em cada freguez um reclame vivo.

E' o que suecede com a AlfaiatariaGuanabara, o popular 3 _ da rua da Ca-rioca, onde ninguém é enganado, porque tudoestá á vista e com preço marcado.

O freguez que comprar uma vez naquellacasa comprará sempre, por ter absoluta cerlezade que não lhe impingem gato por lebre e nãocessará de a reconimendar aos seus conhecidos.Só ali se pôde vestir bem e barato, sem receiode ver confirmado o provérbio que diz "o ba-rato sai caro".

MA. CA HESI8TRADA

Cine-ComediaNEOT UMA COISA NEM OUTRA...

P__s___a___: D. C. lliiirini.l-spinli.s, viuva: Hi_o!s,., „„,,uniu; ,. Dr. Om.pl,.:,..

ACTO 1

(Na sala de jantar da casa da viuva.Esta, á cabeceira da mesa, faz o seu crochete ao mesmo tempo pensa no próximo casa-mento de sua filha com o Dr. Omoplata,joven, elegante, guapo e... rico. Na outraextremidade, Heloisa.virgem amorosa e can-dida, está abysmada na leitura de umanovella que parece interessal-a bastante. Derepente, interrompe a leitura e põe os olhosem alvo num ponto do tecto, como a oro-curar recordar-se de alguma coisa.... Umapalavra, uma simples palavra, dá á moçaaquelle ar pensativo. Ao que parece não con-seguiu descobrir nos escaninhos do seu ceie-,bro a significação que procurava e decidiu-sea perguntar á sua progenitora.)

Heloísa (jechando o livro e marcando-ocom o dedo) — Mamai, poupe-me o trabalhode ir consultar um diecionario e diga-me asignificação de uma palavra que acabo deencontrar nesta novella. Que vem a ser her-maphrodita, hein? .

D. Catharina (atrapalhada, depois deprocurar um meio de dar uma explicação naaltura da innocencia da filha) — Hermaphro-dita quer dizer... quer dizer... Nem uma coisanem outra.. ¦

Heloísa — Obrigada. Nem uma coisanem outra... não esquecerei. {Continua a lei-tura ria novella e D. Catharina sá/ia um sus-piro de allivio por ver que a filha não insistepor uma explicação mais positiva).

ACTO II

(Dois dias depois. Na sala de visitas dacasa da viuva. Esta está ausente e Heloísaconversa com o noivo, que lhe enche osouvidos de madrigaes.)

DR. Omoplata (apaixonado e poético) —Oh! Anjo adorado: Oh! anjo puríssimo, maisfresco e perfumado do que a rosa que a brisaagita e o orvalho vivifica!... Emfim, dentroem poucos dias serei teu esposo e tu serásminha, inteiramente minha, tão somente mi-nha !... Ah ! Como anceio e suspiro por essemomento venturoso I... (Heloísa ruboriza-se ebaixa os olhos timidamente. Também ella anceiacomo o noivo).

Dr. Omoplata (continuando) — Quandoo juiz nos unir perante a lei e o sacerdoteabençoar cm nome de Deus a nossa união,iremos para longe, para bem longe, gozar asdelicias da nossa lua de mel... Podemos irpara a Europa, correr as suas capitães, admi-rar os seus monumentos, visitar os seusmuseus, muito juntinhos, muito agarradinhos,na plena posse do nosso amor imorredouro...Podemos também, ao envez disso, seguir

Enviam-se instrucções e acceitam-se pedidosdo interior, dando-se agencia.

para o Oriente, ver as pyramides do Egypto,a sphynge, visitar a Terra Santa, beijar oSanto Sepulcro... Que te parece ?... (Heloísa,sonhadora, não responde. Ella prefere talveznma das nossas cidades de verão : Petropolis,Therczopolis, Friburgo).

Dr. Omoplata (amoroso, insistindo) —Dize, meu anjo, o que preferes: a Europa ouo Oriente ?...

Heloísa (servindo-se da explicação quelhe dera D. Catharina. — Eu sou hermaphro-dita... (O Dr. Omoplata foge espavorido,sem dar tempo á noiva de lhe explicar que,quanto á viagem á Europa ou ao Oriente, aa sua opinião era esta ; nem uma coisa nemoutra...)

PA TEZINHO.

CAMISARIA. AMAZONAA casa que maisbarato vende

Artigos para corpocama e mesa

Camisas, collarinhos, punhos, ceroulas, meiascamisetas. I_n{ò_s, fronhas. toalhas para

roslo, guarda, após, saias, etc.— Preços baratissimos —

77 - RUA DA CARIOCA - 77

Intelligencia e... faro

to meu t.mpadre [fl. H. Baptista Barrelto

Gaspar era um cachorro intelligente :Sabia equilibrar uma bengalaNa ponta do focinho, e lá na salaCausava hilaridade a toda gente.

Certo dia, uma dama, gentilmente,Chama o cachorro para festejai-a ;Este, correndo para traz da mala,Procura se oceultar rapidamente.

A senhora ficou embasbacada,Mas prosegue, bastante atrapalhada :.—Vem cá, olha a cadella em tua frente;»

Depressa, vem o cão como um damnadoCheirar a dama, já com o rabo alçado...Gaspar era um cachorro intelligente!

B. MAISON.

Tônico JaponczPara perfumar o cabello e destruir as

parasitas, evitando com seu uso diário to-das as enfermidades da cabeça, não hacomo o Tônico Japonez—Ruas: Andra-das, 43 a 47 e Hospício, 164 e 166.

icrT^T^T-T-T/: -—-';- . ¦ ./.'_____i_r_3__SE___H__.

)-( O RIO NU )-( CS 25 de Abril de 1914 gg

^dldOE_§'

c|Mm adeus triste, o adeus doloroso,

que repercute nas almas, tor-ccndo-as sem se apiedar da sua' '"" " agonia, estrangulando soluços e

espremendo lagrimas, separando, qual cutelloodienlo, as mais delicadas fibras da alma eos mais unidos corações, sobre cuja feridagottejante e recente lança o cáustico horrívelda saudade, esse adeus temido, esse tremuloe ultimo soluço de moribundo, desesperadoe cruel, custava a soltar-se dos lábios tre-mulos da linda Esther.

Uma deliciosa c/wmiscttc denunciava osestremecimentos dos seus seios tumidos e va-porosos. Da força da sua dôr perenne, regadade lagrimas puras como pérolas, emanava-se como que um calor doce, ao mesmo tempovaporoso e inebriante, que o estonteava.

E os seus lábios multiplicavam os beijosde despedida, distanciando systematica-mente o ultimo...

Esther ! Querida Esther! Então ? co-ragem ! Breve voltarei, e então serenos fe-lizes, casaremos...

Mas não ! não te vás ! eu morro dedesespero 1

E elle, na febre de a consolar, aperta-va-a mais e mais contra o peito e, louco,transportado pelo coniacto daquella carnevirgem e palpitante de paixão que pareciacollar-se á sua, nem forças teve para firmar-se, quando ella, sempre pendurada ao seupescoço, resvalou vaporosa na relva tenta-dora.

Dum dos ramos do alto coqueiro, afãs-ta-se, escondendo com as azas o doce rubor,uma andorinha gentil lançando um chilreiode maliciosa admiração !

E quando, na outra estação, um annoapós, veio procurar reconstruir o seu ninho,viu sentados á sombra do mesmo coqueiro,dois jovens que se beijavam e uma louracriança que lhes sorria !...

PORTHOS.

Pomada Seccativa de São LázaroA única que cura toda e qualquer ferida

sem prejudicar o sangue; allivia qualquerdor, como a erysipela e o rheumatismo. Co-nhecida em todo o universo. Ruas dos An-dradas, 43 a 47 e Hospício, 164 e 166.

CHkBHBFfMi-5 de ESYF5ILCBS

Quer aprender —Muito agradecido pelopostal; deve ser esplendido, nós, porém,ainda o não podemos ver por falta da gelati-na que o amigo não mandou.

Nas casas das funccionarias não é pre-ciso convite para — brincar; ellas mesmasse convidam ainda que muitas vezes o.fre-guez é quem sai convidado.

Adão e Eva no Paraiso quando desço- jbriram o...brincar estavam vestidos de...nú.

Esse negocio de... comer em pé, só-mente se faz quando o pirão é roubado.

Não ha tempo marcado para essas coi-sas : emquanto houver razão, casca-se a con-versa para cima da cuja.

Ahi está todo o rosário das suas per-guntas respondido ; quanto a você ser ta-pado, a culpa é sua : venha até cá e nós ocuraremos desse defeito.

Maldizente — E você ainda diz que nãoé maldizente depois da perversa cartinha em

que critica com tanto chiste o nariz e a bocadas rainhas da «Mi-Careme» '. O seu erro.po-rém, é pensar que se trata de prêmio de bel-leza, quando é dc virtude.

E olhe que ser virtuosa neste tempo édifficil pr'a...burro,e cara feia não defende oresto porque não é a cara que... etc. e talpontinhos..

Maneziniio— Mom'essa I Que diabo têmas meias com o seu casório ? ! Salvo si a vocêaté as meias atrapalham. Deite-se, na tal sus-pirada noite, de meias ou sem ellas e... se-jam muito felizes, tenham muitos filhinhos enâo entre para a confraria.

Agora um conselho : não deixe de lavaros pés porque sinão algum cheirinho estra-nho pôde tirar o... enthusiasmó da noiva.

JOÃO DURO.

Em cisi de uma ta...v- - ==<^^

Elle — Admiro-me de que uma mulhercomo tu, elegante e com um quarto que pre-cisa de mil cuidados, não tenha uma criada!

Ella —Criada para que, meu tonto ? Nãovês que de todas as fôrmas sou eu que re-cebo?...

O processa Ac I[ozinhíi

AVIA seguramente uns dez mezesque o commendador Pancracio,

.,.......- um velhote de perto de setenta«jjMí annos, era, por assim dizer, o

amante de Rozinha, quando esta se apaixo-nou por um rapaz elegante e bonito, a quemdesde logo se entregou.

Quiz pertencer-lhe exclusivamente; po-rém o velho gastava, tinha dinheiro; ao passoque o joven possuia apenas juventude e...fortaleza nos músculos.

Rozinha pensou e ficou com os dois.Chamou o velho e fel-o conhecedor do

passo que dera, empregando, emquanto faziaa confissão, toda a seducção possível paraque elle não se zangasse e a não abando-nasse; ao moço disse que o commendadornão podia deixar de «fazer parte da suaalcova» somente por causa daquillo com quese compram os melões.

Combinadas assim as coisas, o menageà irois teve o seu inicio abertamente, comconhecimento de causa por parte de ambosos homens. ... ,

O çommeiíijador e o joven iam visitarRozinha 'todos os„dias; o commendador ia demanhã-;, o moço-ia á tarde e quasi sempreficava'p^ra passar com ella a noite.

Está ordpfti nunca era alterada ; mas umdia o commendador não poude ir á sua horae foi á tarde. Rozinha não se incommodou.Poz-se á vontade e ordenou-lhe que arru-masse o quarto.

Elle principiou; ella, sentada no leito,observava-o.

No entretanto, chegou o joven. Admi-rou-se ao encontrar o velho ainda ali, masmais admirado ficou quando reparou que elleestava com uma vassoura na mão e varria oquarto. O que é isso, Rozinha ? — perguntou.O commendador agora é teu criado ?

E Rozinha sem se perturbar, respondeu:Não; é um processo que uso para

com elle. Esse velho sabe que não o deixoacariciar-me sem o ver bem cansado, com alingua de fora...

ZÉANTONE.

Bibliotheca d'0 RIO NU

A CABEÇA DO CARVALHO - Pyrami-dal trabalho do bcstunlo do incomparavel Va-gabundo, 2Í00Ü; pelo Correio, 2?500.

SCENAS DE ALCOVA — Interessantis-simos episódios da vida de um pobre copei-ro que acaba como patrão da patroa, 1 $500;pelo Correio, 2>000.

AAIORES DE UM FRADE —(2- edição,n. 1 da «Collecção Amorosa») — Escândalo-sas peripécias de amor prohibido, acompanhado de interessantes gravuras. Verdadei-ras scenas dignas da antiga Roma. Preço,500 réis. Pelo Correio, 800 réis.

NOITE DE NOIVADO — (n. 2 da «Col-lecção Amorosa») — Episódios picantes entreum casal recem-unido pelos laços do matri-monio, contados por Mathusalém, 500 réis;pelo Correio, 800 réis.

MADAME MINET —(n. 3 da «CollecçãoAmorosa») — Historia de uma linda viuvinhapatusca, que para comer exige apperiiivos es-peciaes... Custa 500 rs.; pelo Correio, 800 réis.

CASTA SUZANNA — (n. 4 da «Collec-ção Amorosa») — Empolgante descripçâo descenas amorosas passadas entre uma don-zelia e Lúcio d'Amour, que afinal consegueentrar em Barcelona depois de varias invés-tidas pelas redondezas. Preço, 500 rs.; pelo.Correio, 800 rs.

ÁLBUNS DE VISTAS - Collecçãode Fogo, contendo cada um oito gravurastiradas do natural, impressas em papel cou-chi de Ia qualidade e acompanhadas de bel-los versos explicativos de cada scena repre-sentada. Estão publicados osns. 1, 2, 3, 4 e5. Preço de cada um, ljfOOO; pelo Correio1Í500.

CONTOS RÁPIDOS — Estão pu-bücados os seguintes : N. 1, Tio Empa-ta — N. 2, A Mulher de Fogo —N. 3, D. Engracia — N. 4, Faz tudo...— N. 5, A Viuva Alegre —N. 6, OMenino do Gouveia — N. 7, APulga — N. 8, O Correio do Amore N. 9, Dolores.

Todos esses contos, que são escriptosem linguagem ultra livre, contendo uma gra-vura cada um, narram as mais pittorescasscenas de amor para todos os paladares.

Cada um custa unicamente 300 rs., peloCorreio : 500 rs.

Todos os livros acima citados sãoi Ilustrados com gravuras tiradas donatural.

O DONZEL — Aventuras de um moçoacanhado e que as circunistancias fizeram omaior conquistador do Rio. Preço 1#000;pelo Correio, 1$500.

UAI A CEIA ALEGRE — Engraçadissimaparodia á «Ceia dos Cardeaes», em versosbrejeiros. Tres respeitáveis padres contamsuas aventuras amorosas, numa linguagemde alcova, sem peias... Preço, 500 réis. PeloCorreio, 800 réis.

CDOs pedidos dirigidos ao nosso escripto-

rio devem vir acompanhados da respe-ctiva importância, em vales postaes, ordenscommerciaes, dinheiro ou sellos do Correio,e endereçados a

A. VELLOSO, Rua do Hospício n. 218.

A gua •Bag»opicza

Não ha outra que torne a pelle maismacia. Dá ao cabello a côr que se deseja.E' tônico, íaz crescer o cabello e extirpea caspa. — Ruas: Andradas, 43 a 47 aHospício, 164 e 166.

m 23 dc Abril dc 1914 )-( O RIO NU )-( $&== 5

|I& I lir a&ana.^g|||J3i5r&ana

O «rouxinol» da rua Dr. Bulhões já pos-sue a ventura de ver os resultados dos seusamores com a «estourada pequena» da ruaManoel Victorino.

E' uni lindo garoto de tez moieno-ajam-bada!

Até por causa do «producto» houve uniaencrenca damnada com o «guarda-maluco»da Locomoção e o Bébé.

O resultado foi o «Mocinho» andar porseca e méca, com uma caixinha contendouma.. .criança ! 1

,íã"0 Rapliael mudou o «poiso» da cunha-dinlia da rua Pernambuco, por causa do An-nibal.

Mal sabe o Filardi que ella foi vista poralguém á tarde no Campo de SanfAnna, debraço dado com o homem do «assassinatoinvoluntário» !

ita" Anda todo apaixonado por uma espi-gada moreiiinha da rua Duque Estrada Meyer,um espadaiído rapaz dos Correios, que andasempre de sapatos brancos.

O interessante é que, em vez de entregaras cartas, elle vai dar rendez-vous á sua deu-sa em baixo duma mangueira na rua Lins deVasconcellos!

Já é I I*& Andam a todo o panno os amores do

páo de chocolate F. R. com uma casadinha,que é mesmo uma tetêa!

O engraçado é que aquillo é um ménageú quatre I

*t3T Ainda não se acabaram os «amoder-nados amores» do Lydio com a Maria.

O uso dat)tiitlo faz a hoca torta, não é, óMaria ?...

ssf Mudou a sua zona do Engenho ileDentro para o Meyer et vctliente «Dom Ge-raldo».

Ali a coisa rende, mesmo porque é gran-de o numero de inciiiiitis-moços!

O Bittencourt da Maison Modernc é ijiiemabre o caminho! Depois...

,13" E, por falar no Bittencourt, lembra-nio-nos de uma tentativa de avança aos GU rs.de formosa moreninlia, por quem o João ti-nha grande paixão !

O facto não foi consummado porque oJoão tinha... jantado !

,w o «Zé Pinto do Fado Liró» tornou-sehomem de bem, mas um dia destes riscoufora do sério e o resultado da patuscada foiirem elle e o Bébé parar no...X!

Ora, seu Zé Pinto !ta' Agora é todo de uma formosa actri-

zita, lia pouco sahida da Escola Dramática,um «aconduetorado» rapaz da Central.

Será ella a sua «stella» de felicidade,seu J. Ferreira ?

PIRATA MÓR.

Licor Tibaina

s &fl 'ip ep "Lacra

Eli ando triste, Maria,Porque não és meu benizinlio ;Mas contente ficariaSi me desses um beijinho.-

ZE.

O melhor purifica-*— tfor do sangtze -™

& C, - Rua ,° de .Março, ,4

Eplgramma

Disse a mulher do LarrazaQue quando a brigar começaCom o seu maridinho em casaTem de abaixar a cabeça.«Pois commigo outro cantarSe nota — diz a do Rôzo —.Eu sempre soube abaixarA cabeça a meu esposo.»

Já está á venda-A VWAiA."

N. 7 dos Contos Rápidos — 300 réis

COLLECÇÃO DE FOGO

Consta esta primorosa collecção de cin-co álbuns de vistas, contendophotographias tiradas do natural e porisso inesmo expressivas, instruetivase... aperitivas. A collecção completa representa *íOposições diversas, com as respectivasexplicações e constitue o mais prodi-gioso tônico para levantar organismosdepauperados.Os álbuns são numerados dei a 5e vendem-se em nosso escriptorio a 1*cada um; os pedidos feitos pelo Correiodevem vir acompanhados de mais 500réis para cada álbum, quando encom-mendados isoladamente ; para recebera collecção completa (os cinco álbuns)basta mandar a importância de seismil réis.Os pedidos de fora, que serão prompta-mente attendidos, devem ser endereça-dos, com as respectivas-importâncias, a~j\ V*ell0co EUA DO HOSPÍCIO H. 218***' V'*''-"*'--"*' R|0 de janeiro

ZE.

Novella Íllustrada (51)

^f di paredes têm ouvidos t|J ^tâ Jor-fc de Maderlcy ^^ L

XVI

Oh ! minha querida! Não sejasassim inexorável. . . Não te recusareinada... Serei todo teu, unicamente teu...Serei o modelo dos maridos. . .

E's forte em promessas, bem sei...Emquanto isso, a mulher de Cláudio

ia-se despindo. Elle, com a garganta secca,encarava-a com olhar supplice e ella,cruel e provocante, mantinha-o á distar)-cia, augmentando-lhe o desejo, espica-çando-lhe a carne. . .

Vou dormir — disse ella. Bem sabeque tenho o habito de dormir a sésta. . .Faça favor de retirar-se. . .

E deitou-se na cama, em camisa emeias, patenteando aos olhos cobiçososdo marido as suas tórmas arredondadas eprovocadoras. . .

Cláudio ajoelhou-se aos pés do leito:Leonidia, meu amor, não sejas

má!. .. Consente que te dê um beijo...

Ella olhou-o sorridente : -Merecias muito mais..-. Emfim,

como te amo muito e reconheceste quesou uma mulher honesta,' vá lá. . .

O fogoso marido atirou-se á esposacomo um collegial que pela primeira vezrecebe os carinhos de uma mulher. . .

E a reconciliação dos dois esposostornou-se definitiva, tendo Leonidia veri-ficado com prazer que Cláudio não des-perdiçara com a costureira o slock de. . .ternuras, aliás já não muito grande para asua idade. . .

Uma hora depois, deixando a esposaa dormir a sésta sahiu á procura de seuamigo Cyrillo; uma criada do Hotel indi-cou-lhe o aposento em que elle se achavae Cláudio foi encontral-o sentado numapoltrona, tendo ao collo a encantadoraCarlota.

Não se perturbem por minhacausa — disse o ex-amante de Julinha; euvinha apenas saber. . .

Não teve tempo de terminara phrase:a porta de communicação abriu-se e appa-teceu o capitão Marcelío trazendo Julinhanos braços. Esta, sem se desconcertar,desceu do seu throno e disse muito ceri-moniosamente.

Sr. Borgeval, apresento-lhe aqui omeu amante, capitão Marcelío. . .

Prazer em conhecel-o — respon-deu Cláudio imperturbável, emquantoCyrillo ria-se á socapa.

Ainda ha champagne—disse este.Festejemos, pois,o desenlace desta situaçãoque nos parecia sem solução. Bebamos ásaúde do Acaso, que, depois de embrulharas situações, as desembrulha as mais dasvezes sem recorrer aos meios violentos.Possa elle continuar a guiar os nossospassos e nos reservar outras aventurascomo estas em que o amor seja o eternotrama. . .

Erraste a vocação — atalhou Mar-cello. Davas para pregador. . .

Coitadas das penitentes! — ex-clamou Julinha.

Pois eu havia de querel-o para meuconfessor — disse Carlota.

Ias direitinho para o inferno! —concluiu Cláudio.

Depois que cada um soltou o seudichote, o capitão Cyrillo retomou a pa-lavra:

De accordo com todos, mas dei-xem-me continuar!

(Continua)

ÜMiãMumhMiíi

25 de Abril de 1914

i'e>!^..riSfel

sócios, que ainda puderam vel-a a apanharcavacos.

dona Gaivota, você ainda pedia

-( O RIO NU )

CDNa zona chie

Disse-nos certo homem de um tombo dorio que se enfastiou de brincar com o bibelotda Julieta B... Quadrada, da zona Cattete 106.

Ora, seu moço, essas coisas não sedizem 1

í_t' Formidável tombo levou o Lezut no«Poleiro» quando dansava com a VidinhaPellanca.

E porque você, seu moço, andou propa-lando que quem levou o tombo foi o Nhonhôcom a Laura Pequena?

MT Ora, dona Lina Surucucu, você nãotem vergonha? Pois então aquella toalhinhatoda suja de m... que foi encontrada no seuquarto não tem valor?

Depois não venha chorar na porta danossa redacção !

«a. Não sabemos porque o Leal andaagora tâo triste. Disse-nos o Armando Morenoqtie é por ter dito ao Leal que vai acabarcom o quarto.

séf Porque será que o Ruido e a Maria-zinha nâo freqüentam mais o «Castello» ?

tar Por não ter apparecido na zona,andaagora com a lingua enferrujada o MolequeGeraldo.

*«' Porque será que o Armando Morenoeio üandaia andam agora sempre juntinhos?

E' o caso de dizermos: Contra a forçanão ha resistência.

•w O Vicente, estes últimos dias, temandado empenhado em angariar assignaturaspara uma subscripção que o mesmo promo-vett para dar um par de sapatos á Rosinha.

•ra- Não sabemos porque o Gandaia andaagora tomando o 169 homcopathieo.

Que nos informe o Dr. Phoca de um paiz.tté7 A Vidinha Pellanca tocou de mal com

o Nhonhô porque o águia não lhe quiz atten-der aos pedidos para dansar com a LauraPequena no ultimo baile dos «Excêntricos».

Que fiteira I•w A Julieta B... Quadrada mudou-se da

zona Gomes Freire para a do Ca.tete 106,por não arranjar ali, apezar das proezas doseu bibelot, o arame para pagar á senhoria.

Já é ter azar !it_f O Vicente appareceu na zona todo

cheio de/ri começa.E depois digam que a Rosinha é...fí' Porque será que o poeta Olinda tem

andado tão triste ?Segredos !... Segredos 1,tí," Foi edificante a scena passada na

«Caverna» no interior do tnilette, entre oÁlvaro C. de Ouro c a Laura Gaivota.

; Tanto barulho fez a Laura, tantos gemi-dos deu, que chamou a attenção de alguns

o Álvaro fosse buscar uma doEntão,

por mais?Só si

Pará I•w O Chiquinho Bahianinho que tome

cuidado com certo valente da Henriqueta,quando fõr á noite buscar a irmã mulatinha.

Olhe que o valente só gosta de passar anavalha nas Irazeiras I

«a1 A Guilhermina, a assanhadissima por-tugueza, sentindo o cheiro de certo balcão lána Travessa das Flores, atirou-se ao JucaFlorista.

O cheiro acaba-se... e depois a quemella irá pedil-o ?

A resposta só pode dar o arcadas doRocio, vulgo Frazão da «Minhota».

xs O Octacilio das Obras Publicas, apedido de sua mãizinha Benedicta, trocou ovulgo de Mascavinho pelo de Nenen.

E' uma belleza ouvir a Benedicta cha-mal-o de Nenen.

Que dois!LÍNGUA DE PRATA.

Precocidade

A Fraucisquinha, uma pequena ainda . 'Dos seus seis annos, para a mãi perguntaCom uma malícia muito alacre infinda :

Onde foi que eu nasci ?... E a mãi ajuuta:

Onde nasceste?. ..Dentro de uma rosa!—E a senhora,mamai ?...—Também, menina,Numa rosa ! — E vovó ? — Ah ! curiosa,Vovó?... Vovó... nasceu numa bonina!

E papai, e vovô...?—Numa açucena.(E um riso louco mais contar não pôde).

E esta ! brada a garrida pequena,Então ninguém cá da família f...ala-?-l—

JACINTHO PRAZERES

@ §)Leiam

N. 7 dos Contos Rápidos — 300 réis

@ ®

Após a ceia — elle e ella, bebedos :Ella — Be...e...be á...á mi.. .i.. .inha

sa. . .sati.. .ude 1Elle —Não tenho coragem. ¦¦ para bnn-

dar agora. Brinda tu.Ella — Nã. ..ão pc.osso; nã...ãose

me. ..me leva.. .anta a vo.. .oz.Elle — Nem a mim ; não se me levanta

nada!

LOTERIAS DA CAPITAL FEDERAL

Quarta-feira, 29 do corrente, ás 21|2 da tarde315—8»

Bilhete inteiro 4J800 - Sextos a ,800

Sabbado, 2 de Maio, ás 3 horas da tarde

300— 8a

fsiõ

'

mí §J JSCD

.. .o Manduca do "Poleiro" dando o de-sespero por ter o "Lingua de Prata" dito queelle era um pirata que andava pela zonaLapa... ,. .,

...o Armando Moreno pedindo ao Uan-daia 2Í000 para o jantar da Maria Boca deArraia...

.. .o Sabonete levando suas vantagens doAntenor Anão...

...oDr. Phoca fazendo altas cavaçõesna "Maison Moderne", para ver si conse-guia encaixar no "S. José" uma ex coristado "S. Pedro".

.. .o Beneficiado num bond linha "Arse-nal de Marinha" com a Lina da zona Lapa 46...

...a Odette da zona Riachuelense, cho-rando as suas misérias ao Gandaia...

...a Julieta que caminha, na zona Ave-nida Rio Branco...

.. ,o Machado dos chapéos, ranzmzandocom a Vivi da zona Gloria 80, por causa dovelho Lobo dos moveis...

...a Adelaide da zona S. Pedro 112,curando as navalhadas que lhe deu o Bastos...

,. .o Azevedo chorando o bibelot da Mi-cas...

... o Araújo tomando a medida do Mario...

...o Tavares curtindo a dor de cor...nucopia do Benjamin Fiteiro e a Altavillarindo-se dos dois...

...o Bastos no 3° districto jurando nãolevar o arame da Adelaide maioral do 112zona S. Pedro..._ ;. .o Carlos fazendo pão de forno com aIsaura...

.. ,o Chiquinho, Bahianinho do Cattete,ceiando com a sua donzella no Leme...

.. .o Armando querendo brochar o Cicerqna zona Uruguayana, por causa da Cebol-linha...

...o Quincas Navalhada comprando umcarneiro para fazer companhia ao Leitão...

...a Chica Sem Ventura, comprandouma passagem para o Rocha...via Detenção...

...a Cebollinha brigando com o Cíceropor causa de um pic-nic onde o seu bibelotficou avariado pelo Cabeçudo...

VÈ TUDO.

BOLSA DE OURO

CHAPA SEMANAL

Bilhete inteiro 8ÍO0O — Décimos a $800

560-57-358 123-24-222 281-84-6S2

Bilhetes é venda sem toda as casas loterleas

136—34—735 373-74-076 198-00-707DEZENAS.

01-95-06-90-28-80-41-30-46-10-14CENTENAS

662-356-467-720-970-987DON FEL1CIO.

-T-.-.^

)-(O RIO NU )-( 25 de Abril de 1914

M Jheiiú^^mÊ

Conto ás pressas Regras de civilidade

O MARTELLO

A nossa collega a Gazeta quiz parodiaros edis do largo da A-lãi de S. Revereudissimae emquanto aquelles encrencavam a zona dopessoal dos pézes descalços, ella abria inque-rito rigoroso, sem ser em segredo de justiça,para saber porque as nossas elegantes tra-zem actualmente as inonzes sem luvas.

O assumpto, encarado assim do pé paraa mão, faz medo á gente de metter os ditospelas ditas e ficar intupigaitado.

E afinal das contas, apezar de consultare entrevistar tanta pessoinha, não chegouaquelle matutino a descobrir por que razãoteimam hoje as senhoras em andar com osmocotós superiores sem as competentes meiasdas monzes.

Pois a coisa é simples, simplicissimamesmo, c como nós não queremos que oscollegas fiquem malucos sem as famíliassaberem, aqui desembuxamos os motivos empublico sem pedir alviçaras.

São duas as causas das senhoras traze-rem as mãos mias: os cinemas e o decidido ecada vez mais vulgarizado gosto pelos boli-nhos de farinha de mandioca.

Os leitores, camaradões escovados ecabras sarados, com certeza conhecem aquel-les bolinhos de mandioca, em fôrma de canu-dinhos, que as bahianas fazem ahi pelacidade, em qualquer canto e que têm umnome... um nome que se diz, mas não seescreve em letra de fôrma cá por certascoisas.

Pois é ahi e uos cinemas que estão ascausas da tal falta de luvas nas lindas mãose formosos braços femininos.

A' primeira olhadura parece que o troçonão tenha nada com as pitigas das mãos;entretanto, é provadissimo tal facto.

Hoje, uma senhora que deseje conservaros créditos de chie e smart, assim que recebeum cavalheiro ou o encontra mesmo emqualquer logar apropriado, deve immediata-mente offerecer-lhe e fazer-lhe por suasfidalgas e finas mãos um ou mesmo dois dostaes bolinhos de farinha de mandioca cujonome não se escreve.

E vejam lá vocês si é possivel umacidadã fazer tal serviço com as munhecasenluvadas! Que gosto exquisito ha de ter atal coisa feita através da pellica da luva ouda seda da mitainef Nada; aquillo foi inven-tado para ser feito com toda a arte e deli-cadeza por uma mâozinha macia e hábil queleve o bolinho até o mais requintado gosto,de modo que uma pessoa, ao acabar decoinel-o, esteja se babando.

Emquanto os homens gostarem e asmulheres fizerem esse docinho appetitoso,que é uma espécie de aperitivp para come-zaina maior, é inútil quererem obrigar assenhoras ao uso constante da munheca tapadacom sedas ou rendas.

Nos cinemas o movimento é talqualmen-tes. Quantas e quantas vezes uma senhoraou senhorita, no correr de uma fita, quandoa sala. está negra como fundo de caldeirão defeijão, não sente que o cavalheiro smart queestá a seu lado lhe mette na mão um objectopara ella adivinhar o que é, pois isso consti-tue o ciou da elegância hoje em dia?...

Si ella estiver de braços e mãos mis,dirá logo, immediatamente o que tem namão; si, porém, trouxer luvas, é muito capazde julgar até que seja um assobio, o quefrancamente é um desastre.

Guerra, pois, ás luvas!L. REPÓRTER.

111121 ARIO era um rapaz alegre e es-pirituoso, amante de pândegase bambochatas e muito paira-

dor ; era o typo completo do caixeiro via-jante, cuja profissão exercia.

Muito serio em todos os seus negócios,Mario nem siquer apresentava contas aos pa-trões do que gastava em proveito seu, comoé praxe de todos os caixeiros; fazia essasdespezas do próprio ordenado.

Os patrões, encantados com tal empre-gado, tratavam-n'o com a máxima bondade eum delles, o que fazia correspondência, es-creveu ao Mario dizendo-lhe que incluísse naconta de transporte de bagagem, etc. aquilloque despendesse comsigo próprio. Mario,lendo isso, resolveu seguir á risca o amávelconvite do amabilissimo patrão e, como erasolteiro, incluía tambem na lista de despezasaquillo que gastava para satisfazer um de-sejo que todo o homem tem até certa idade,desde o tempo em que Adão se encontroucom Eva no Paraíso.

Escrevia o nosso heróe no fim das listasde despezas mensaes :— «tantas martelladas,— tanto» e mencionava á margem a quantia(que sempre era avultada). Os patrões, dc-pois de matutarem muito, descobriram a sig-nificação da palavra—tnartellada, mas, achan-do a despeza grande, devido ao numero demartelladas e ao preço de cada uma, fizeram-lhe saber que não podiam com tal dispendioe que era bom que elle reduzisse muito onumero de martelladas e o preço dellas.

Mario, que estava habituado a peixes ca-ros, viu-se obrigado a servir-se de qualquerbacalháo podre que lhe apparecesse ; resul-tado— ... Mario adoeceu, ficou de cama 30dias, findos os quaes escreveu aos patrões,dizendo : — «Nada vendi este mez porque te-nho estado de cama desde o principio domesmo »; a seguir, a lista das despezas e nofim da qual se lia o seguinte: —concerto domartello— l:200í000.

Nào sei o que succedeti, porém julgoque os patrões, reflectindo um pouco, resol-veram auetorisar o Mario a continuar com osystema antigo de martelladas caras,para nãoescangalhar o martello!

ELMANO II.

Licor TibainaO melhor purifica-

-"- dor do fsitncjíte —GRANADO & C. - Rua \° de Março, ,4-

CDToda a senhora ou senhorita smart deve

ter uma phrase sua, islo c, um dito sem quese torne notável e corra mundo,como provada graça c intelligcncia de quem o produziu.

CDMadame Tres H., por exemplo, tem uma

palestra com um diplomata estrangeiro, numafesta elegante, que corre mundo como ummodelo de super-talento.

Querendo madame encabular o diplomatadá-lhe uma pequena palmada na...na visi-nhança da barriga, perguntando :

Tem metidos ahi, mister?O bife, porém, não perde a linha e res-

ponde:O' não, senhorra ! Eu só traz uma car-tuxa de libras.

E madame concluo finamente :Pois, mister, acompanhe o cartttxo

com dois saquinhos de metidos,CD

Haverá coisa mais chie que uma eleganteao encontrar um cavalheiro de suas relaçõesdizer :

Olá, por onde tem andado que ficouassim tão chupado I ?

Ou ainda esta phrase:Cuidado, seu |uca, dê uma folga nessameleca, sinão você se photographa todo e afamilia não sabe.

CDQuando alguém, homem ou mulher, es-

tiver contando e lastimando a sua vida, é ul-tra-delicado interromper o narrador destemodo:

O' seu aquelle, porque é que você nãose mata ?

Si a narração fôr, porém, um caso deamor infeliz, deve-se dizer:

Cautela ! Estão muitos na praia daSaudade que começaram assim !

CDAo encontrar uma recem-casada as phra-

ses permittidas pela etiqueta da elegânciasão estas :

Então como vais passando com otroço?

Dize-me com franqueza : levaste es-piga ou foste bem servida?

Bravos ! Muito bem I Ainda estás maisbonita ! Nào estranhaste nada, até parece queiá estavas acostumada!PETRONIO.

'^^^~^_Wl

COMO ESTAVA COMO ESTOU

PEITORAL DE ANGICO PELOTENSE

Não ha em todo o mundo medica-mento mais efficaz contra tosses, resfriados,influenza, coqueluches, bronchites, etc, do

que o Peitoral de Angico Pelotense, verda-deiro especifico contra a tuberculose nosprimeiros grãos. E' o melhor peitoral domundo. O Peitoral de Angico Pelotensenâo exige resguardo. Vende-se em todas as

pharmacias e drogarias.Depósitos: Pelotas, Ed. C. Sequeira

Rio, Drog. Pacheco; S. Paulo, Baruel &C; Santos, Drog. Colombo.

I *

= 8 = gj[g )-(O RIO NU )-( gg gg 25 de Abril de 1914 gjg -—-

; fy^r Q leite üd patcãa tn| |

/¦"'.'¦ i

IX A CRIADA — Por que é que lias de implicar commigo sempre que vou levar o leite ao patrão Y\7) O CRIADO — E' porque levas duas horas dentro do quarto delle, naturalmente á espera que elle (L77 acabe de beber até á ultima gotta... /A

j&3®0.ro<*ÜN. -1 O TIO EMPATA

A MULHER DE FOGO. D. ENGRACIA

FAZ TUDO...A VIUVA ALEGRE

N. e — O Menino do GouveiaN. 7 — A PULGAN. a — O Correio do AmorN. 9 — DOLORESN. -IO- FamiliaModerna (cm preparo)

Contos RápidosA' venda em nosso tscriplorio