7/23/2019 1996 - FELIZOLLA - o Papel Do Endotlio
1/8
o papel do endotlio
vascular na
fisiologia
.
circulatria
Nos ltimos anos, cada vez mais o endotlio vascular
vem
ganhando ateno nos estudos da
fisiologia circulatr
ia principalmerite
no
que tange microcirculao.
Em 1980 foram dados os primeiros passos no
caminho
para descoberta
do
Fator Relaxador
Derivado do
Endotlio
EDRF:
Endothelium
Derived Relaxing
Factor). Atualmente reconhecido
como xido ntrico (NO:
nitric
oxide), considerado a principal substncia vasoativa produzida
pelo
endotlio. Desde ento funes das
mais
variadas
vem
sendo
descobertas
.
O
endotlio relaciona-se
com
o
controle
do
tnus
vascular atravs das
prostaglandinas e
de
fatores constritores. Relaciona-se
com
a coagulao atravs das prostaglandinas e o sulfato
de
heparan e controlando a agregao plaquetria e leucocitria produzindo leucotrienos e
fator
de
agregao plaquetria, dentre outros.
Unitermos: Endotlio Vascular, xido Ntrico, Prostaglandinas
O
ndotlio vascular foi por muito
tempo considerado apenas
uma
barreira
passiva sem funes
fisiolgicas vasculares especfIcas at
que Furchgot e Zawadski (apud 3,4,7),
em
1980,
demonstraram sua participao
na dilatao vascular atravs da ao da
acetil-colina.
Desde ento diversos trabalhos vm
sendo publicados implicando o endotlio
vascular em inmeras funes especficas,
como o controle do tnus vascular' ', o
controle da
coagulao
6
e fibrinlise
locaP9, interaes
com
a adesividade
leucocitria
43
e plaquetria
ls
, dentre outras
(Quadro 1).
Neste caminho foram
identificadas
substncias com aes amplas ou espe
cficas, dentre elas o ftor de relaxamento
derivado do
endotlio (EDRF
-
En
dothelium Derived
Relaxing
Factor)46,
prostaglandinas (POI 2 e PGE 2)37,
endotelina (ETl)
14
49 trombomodulina
8
e
outros que sero citados posteriormente,
Com
certeza a
principal substncia
produzida pelo endotlio vascular at agora
conhecida o EDRF devido ao seu amplo
espectro
de
ao. O EDRF est implicado
na manuteno do tnus
vascular,
na
agregao e adesividade plaquetria
e,
em
parte, no controle da coagulao
.
IS.46
Fator
de
relaxamento
deriv do
do
endotlio EDRF
Experimentos prvios demonstraram
a necessidade da presena do endotlio
para a manuteno do tnus vascul
ar
13 e
para mediar o relaxamento vascular por
alguns dos
assim
chamados
vaso
dilatadores", como a acetil-colina
l
Tais
experimentos falavam a favor da exis
tncia de uma ou mais substncias do
endotlio implicadas nesta funo.
Estudos mais recentes demonstraram
a
produo
de uma substncia
pelo
endotlio que provoca o relaxamento
vascular. Esta substncia foi isolada em
culturas de clulas endoteliais e ' recebeu
o nome
de
ftor de relaxamento derivado
do endotlio (EDRF)26
Muito se fez para definir a estrutura
molecular desta substncia EDRF e, em
estudos comparativos, chegou-se
concluso que o
xido ntrico (NO
-
Nitric oxide) no apenas teria a mesma
natureza
qumica,
como tambm as
mesmas
propriedades farmacolgicas
junto ao endotlio vascular
21
4o 46
Desde
CIR VASC
ANGIOL
12 :129 136.
1996
Luiz
Roberto Felizzola
Mdico
Cirurgio
Geral Estagirio do
Servio
de
Cirurgia Vascular e
ngiologia
Jos Roberto
Rossini
Sobrinho
Mdico Cirurgio Geral Estagirio do
Servio de Cirurgia Vascular e
ngiologia
Wolfgang
G. W. Zorn
Responsvel pelo Servio
Bonno Van Belien
Responsvel
pelo
Servio . Livre
docente em Molstias Vasculares
Perifricas
pela
UNlCAMP
Trabalho realizado no Servio de Cirurgia
Vascular Perifri
ca
e Angiologia
do
Hospital So Joaquim da eal e
Benemrita
Sociedade
Portuguesa
de
Beneficncia de So Paulo
Recebido em 23 3 96
provado para publicao em 27/6/96
ento o
EDRF
e o
NO
vem sendo tra
tados como uma nica substncia.
Alguns autores referem pequenas
diferenas entre ambos mas fazem
a
ressalva de que talvez tais diferenas
sejam devidas apenas conduo
do
experimento
lS
,
O NO sintetizado atravs da ao
da enzima NO-sintetase (NOS) presente
no endotlio vascular, ativada pelo
clcio, sobre
os
tomos terminais
de
nitrognio da poro guanidina da L
arginina7 21 40.
O NO formado difunde-se rapida
mente at as fibras musculares lisas onde
se combina com o ferro da poro ativa
da
guanidil-ciclase, ativando
-a para a
produo de guanidina-monofosfato
cclica -GMPY
A c-GMP estimula o relaxamento das
fibras musculares lisas
por
mecanismos
ainda
pouco conhecidos. Al
gumas
hipteses
seriam a desfosforilao das
pontes de miosina 5 ou
ainda
por uma
reduo do clcio intracelular atravs da
hidrlise do fosfatidinositol que mobiliza
o clcio do retculo endoplasmtic0
46
Estudos vieram ainda a implicar o
NO
como
o
metablito
ativo que
l
eva
7/23/2019 1996 - FELIZOLLA - o Papel Do Endotlio
2/8
o
papel do endotlio vascular na fisiologia circulatria
vasodilatao pela nitroglicerina e outros
nitratos orgnicos
7
O EDRF-NO produzido por todos
os
vasos do organismo principalmente
pelas pequenas
artrias e arterolas,
porm as veias tambm o produzem, se
bem
que em menor quantidade4.lo.21
Embora sua ao e local de produo
principal seja
o
endotlio vascular,
outros
tecidos
tm a capacidade de
produzi-lo, tais como
o
crebro, as
glndulas
adrenais,
as
plaquetas
e os
macrfagos, porm com ao pouco
esclarecida
n
odulao
da
liberao
do
EDRF NO
e
liberao
contnua
Existem vrios relatos comprovando
a liberao contnua do EDRF-NO pelo
endotlio vascular, sendo esta liberao
responsvel pela manuteno do tnus
vascular. TaiS
relatos
se baseiam na
vasoconstri.o
observada aps
a
ret
irada
do
endotlio e principalmente aps
o
bloqueio da produo de NO por
substncias
arginina-simile
que
com
petem com a arginina pela NO-sintetase.
Estas substncias so o NG-monometil
L-arginina (L-NMMA), NG-nitro-L-ar
ginina (L-NNA), seu metil-ester
(L
NAME) e o mais recente e
C111CO
vezes
mais potente, N-iminoetil-L-omitina (L
NIO)
O.
3 .1
2
2
4.4\4
6
Efeito do fluxo e do stress na
parede vescular sobre a
liberao do EDRF-NO
sabido que alteraes no fluxo e
viscosidade
sangunea levam a
alte
raes
do
stress
sobre
a
parede
vascular e, mais especificamente, sobre
o endotli0
52
Recentemente alguns estudos foram
conduzidos no intuito de correlacionar
o stress sobre o
endotlio com
a
libera.o de EDRF-NO.
Assim
sendo,
observou-se que o incremento
da
vis
cosidade sangunea em 85% levou a um
aumento
no
dimetro das pequenas
artrias da ordem de 25%, o qual pode
ser inibido pelo L-NMMA, bloqueador
da produ.o do xido ntric0
52
Da m-sma
fonna o fluxo
foi
amplamente implicado
com a produo de EDRF -NO sendo que
aumentos de fluxo acima de 50% levaram
a dilatao
das
pequenas
artrias
e
arterolas da ordem de 20%, fenmeno
este tambm bloquevel pelo L-
NMMA
2
Tais achados tambm foram confinnados
a nvel venular
28
Contrariamente, a reduo do fluxo da
ordem de 70% na artria cartida comum
de
coelhos
levou
a diminuio no
dimetro
de
21
30. Tanto a dilata.
quanto a constrio foram revertidas
em
at 6 horas aps ser restitudo o fluxo
nOllllaI
2
.
30
.
As alteraes de dimetro das artrias
relativas ao fluxo
tm
valor crtico na
adapta.o
ao
desenvolvimento
e
s
alteraes fisiolgicas, patolgicas
e
induzrdas
Assim sendo, o fluxo
considerado
atualmente o principal
modulador da liberao de
EDRF-NO
pelo endotlio vascular
2
Esta modula.o provavelmente
tem
importncia vital nas doenas este
nosantes e obstmtivas, onde o aumento
do fluxo
nas artrias
da circulao
colateral levaria a produo aumentada
de
EDRF-NO
e relaxamento vascular,
facilitando
o aporte
sanguneo pela
mesma.
Hipxia e secreo de EDRF NO
O suprimento de oxignio vital para
todas as clulas do orgal1lsmo, sendo o
sistema
circulatrio,
princrpalmente
a
microcirculao,
o
encarregado de
fomec-lo aos tecidos. Neste sentido, o
sistema circula trio tem mecanismos para
detectar
e
mlllimizar
os
efeitos da
hipxia
3
.
29
Estudos recentes evidenciaram ser o
endotlio
o
sensor
da
hipxia.
O re
laxamento
vascular
que
ocorre na
vigncia da bipxia tlli por muito tempo
atribudo ao dficit de oxigenao da
musculatura lisa
dos
vasos ou
aos
produtos do metabolismo
anaer
bico
dos tecidos prximos aos vasos.
Porm
recentemente
foi
comprovado que
a
retirada do
endotlio
leva a
quase
extino
da
vasodilatao dependente
da hipxia
3
29 46
Aparentemente o EDRF-NO o prin-
Luiz Roberto Felizzola e
cols.
cipal
mediador
deste
fenmeno tendo
sido demonstrada
a
elevao
na pro
duo do mesmo durante a hipxia e o
bloqueio
da vasodilatao
pelos
blo
queadores
da
produo de EDRF-NO, L
NMMA .29 46
Antagonicamente
a
hipxia
e pnn
cipalmente
a reperfuso levam a pro
duo de radicais livres e a liberao de
hemoglobina pela hemlise, substncias
estas que antagonizam o NO, reduzindo
assim
a
vasodilatao
esperada
4 6
A
prpna
NO-sintetase pode vir a produzir
radicais livres em condies de hipxia e
baixa concentrao de L-arginina
7
A hipxla promove ainda agregao
plaquetria,
adeso plaquetria
e leu
cocitria
,
produo
de leucotrienos e
endotelina, dentre outras alteraes que
sero discutidas
frentel.1
7
23 ,31
EDRF-NO como
mediador
da
ao
vasodilatadores
O EDRF-NO age como mediador na
vasodilatao promovida por outras
substncias como a acetil-colina , ADP,
ATP,
bradicinina, IllS
tamll1
a serotonina,
trombina, dentre outros. Tal afirmao
pode ser comprovada quando a dilata.o
esperada no obtida aps a retirada do
endotlio vascular ou aps o bloqueio
da
produo
de EDRF -NO
pelo L
NMMA
4
.
19
4
653 Estes achados permitem
inferir que as substncias citadas teriam
como mecanismo de ao o incremento
da produo dc
N0
4
Entretanto
nem todos
os vaso
dilatadores agem atravs
do
incremento
na produo do
EDRF
O AMP, papa
vcrina, isoproterenol, nitratos orgnicos ,
dentre outros tem ao mantida apesar
do bloqueio da produ.o de EDRF-NO
pela L_NMMA
4
46 Assim sendo inferida
a possibilidade
destas
substncias
apresentarem
ao direta sobre a mus
culatura lisa dos vasos ou ainda serem
dcpendentes de outro mediador que
n.o
oEDRF-NO.
Outras
aes
e Interaes do
EDRF-NO
O
EDRF
-NO implicado em quase
todas as hmes do endotlio vascular,
CIR VASC ANGIOL 12 : 129-136 1996
7/23/2019 1996 - FELIZOLLA - o Papel Do Endotlio
3/8
o
papel
do endotlio vascular
na
fisiologia circulatria
seJl
por ao
direta no relaxamento
vascular e na resposta s alteraes do
fluxo ou indireta como na
agregao
plaquelna onde, alm de ag ir sobre as
plaquetas promove aumento da liberao
de
prostag
landinas
que so potente
s
antiagregantes plaquetnos
4
.1
5
.
2
1.
40. 46
A prpria agregao plaquetria libera
ADP e serotonina, os quais estimulam a
produo de EDRF -
NO
pelo endotlio.
Igualmente a coagulao tambm apre
sen ta
re
lao com o EDRf
7/23/2019 1996 - FELIZOLLA - o Papel Do Endotlio
4/8
o papel do endotlio vascular na fisiologia circulatria
origem endotelina. H
ainda
a pos
sibilidade da transformao da BET em
endotelina ao nvel da membrana cito
plasmtica 14.
A endotelina possui dois receptores
conhecidos, o ETA e o EIE. Acredita-se
que o receptor ETA
esteja
junto
s
clulas musculares lisas levando-o
vasoconstr
lo. O
receptor
ETB
'en
contra-se na superficie
das clulas
do
endotho e teria funo vasodilatadora
pelo aumento da liberao de
NO
e PGI
2, embora possa causar vasoconstno
em detenninados vasos como as artrias
intraparenquimatosas renais
22
EXIstem relatos confinnando a libe
rao contnua da endotelina pelas
clulas endotel iais , inferindo possvel
ao
no
controle
do
tnus vascular
6
Outros estudos relatam o aumento da
produo da endotelina estimulada pela
trombina, plaquetas , cido aracdnico ,
altas concentraes de acetilcolina,
hipxia e inibidores da produo do
NO
(L-NMMA). Sua produo minimizada
com o aumento do t1uxo sanguneo, uso
de bloqm:adores dos canais de clcio e
eleva.o da produo de EDRF
-N 0
4 15 46
I-
I
amda publicaes mostrando
um
declnio na produo de
EDRF
-NO e
aumenta a produo de endotelina nos
vaso,; dc pacientes hiperlipidmicos e
ateroscler ticos, 1I1lplicando a endotelina
na gnesc
da
hipertenso
e vaso
espasmo, alm de sugeri-la como mar
cador da leso endotelial'
1.50
o anticoagulante do
endotlio vascular
Uma das
peculiaridades mais
co
nhecidas da coagulao a propriedade
de tamponar leses do endotlio sem que
o cogulo progrida ocluindo o vaso, fato
que no ocorre in vitro Este fenmeno
se deve aos mecanismos de controle da
coagulao existentes no endotho
vascular e que sabidamcnte pendem para
a tnuo anticoagulante
8
,
Para cxercer a anti coagulao existem
dois mecanismos prll1Clpms: a produo
de heparan-sulfato e outros glicos
aminoglicanos heparina-similes
que
aumentam a atividade da antitrombina
UI
,
O
Olro mecanismo
dependente
da
trombomodulina,
Porm
existem ainda
outras substncias como as prostaciclinas
e o ativador do plasminognio que inte
ragem
no
equilbrio coagu
l
ao
-anti
coagulao-
f
brinlise
4
.
s
,33.
O
heparan
-sulfato e as
substnc
ias
heparma-similes
s.o
glicosaminoglicanos
presentes na
membrana
das clulas do
endotlio vascular que tem baixa ao
anticoagu
l
ante quando comparadas
heparina comercial. A ao destas subs
tncias se d pela potencia
li
zao da ao
da antitrombina III em dezenove vezes na
sua atnidade pela trombina, O complexo
heparansuUi:tto-antitrombina
I I I
tambm
mativa os fittores VII, IX e X Impedindo a
ativao da cascata da coagula0
4
.
35
A trombomodulina fM)
Ullla
glico
protena da membrana celular que tlmciona
como receptor com grande atnidade pela
trombina , Esta substncia est presente
em diversos tecidos do organismo, porm
sua ao conhecida e de interesse decorre
da sua presena na superficie do endotlio
vascular
4
'.
Aps
ligar-se
trombina,
a trom
bomodulina forma um complexo que ativa
a proteina C, vinte mil vezes mais potente
que a ativao decorrente da trombina
Isoladamente. A protena C por sua vez
combina -se com a protena S
junto
supertlcie endotelial em presena de clcio.
Este novo complexo
ir
inativar os fatores
Va e
VllIa, bloqueando
a
cascata
de
coagulaos 9.33.'''
.
A alta concentrao de trombomodulina
presente
na
mlcrocirculao provavel
mente
um
fator de proteo contra a
depOSIo
de trombina que poderia levar a
ocluso destes vasos, Outro mecamsmo
pelo qual a trombomodulina evitaria a
trombose da microcirculao seria
por
aumentar em 3 a
4
vezes a atnidade da
antitrombina III pela trombime.
Existem relatos de que o comp lexo
t r o m b ~ m o d u l i n a t r o m b i n a seria capaz de
inativar a uroquinase endgena apre
sentando caracterstica antifibrinolt i
ca
que
celtamente tem lugar no equilbrio tsio
lg
ico da
coagulao-anticoagu
l
ao
fibrinli
se
4.J
9
,41.
Pouco sabido sobre os moduladores
Luiz
Roberto Felizzola e
cols
da trombomodulina, Sabe-se que a sua
produo celular diminuda pelo
Il1cre-
mento do fluxo sanguneo, pela ao das
cininas que mediam o processo inf1a
matrio, interleucina 1, tator de necrose
tumoral e pela endotoxina da E.
COli
32
.
JW
Os estimula dores conhecidos so o AMP
cclico, o cido retinico e trombina
33
.
4
.
Tambm
relevante citar
a
ao
dos
inativadores da protena C que so o alfa I
antitripsina e o inativador da protena C9
Embora o stress sobre o endotlio
induza a uma diminuio da produo de
tromb011l0dulina, ) que podena ser consi
derado pr-coagulante, o mesmo causa
incremento de 3 a 22 vezes n concentrao
do ativador do plasm111ognio, fazendo
com quc o endotlio passe de um estado
alltitrom btico para um estado fibri
noltico
o pr-coagulante do
endotlio vascular
Estudos mostraram que o endot lio
vascular sadio resistente trombose
mesmo
em
condies
de f1uxo ze ro ,
porm existem alteraes do endotlio
que
podem
levar
a
rpida trombose
10cal
o
Existem algumas
substllnclas que,
quando em
contato
com o
endotlio
vascular, desequilibram a balana coa
gulao-anticoagulao para o lado da
coagulao, So elas a
in[erleuc111a
I, o
filtor de necrose tumoral e o endotoxina
da E coli
4
.
9
,32
Estes trs agentes tm a propriedade
de, junto ao endotlio, induzir a pro
duo de interleucina
I, fator de von
Willebrand
e ini
bi
dores do
plasmino-
.
gnio
,
diminuir
a produilo de prosta
glandinas e principalmente de induzir a
produo de fator tissular, um potente
desencadeante da cascata da coagulao
e supressor da trombomodulina
4
.
9
Interao
do
endotlio
vascular com a agregao
plaquetria
A mterao do endotl io
va,cular
com a agregao plaquetria complexa,
envolvendo
por
vezes mecan
I
smos
antagnicos, Porm
i
ustamente
esta
CIR VASC
ANGIOL 12 129-136 1996
7/23/2019 1996 - FELIZOLLA - o Papel Do Endotlio
5/8
o
papel
do
endotlio vascular
na
fisiologia circulatria Luiz Roberto Felizzola e cols.
complexidade de efeitos pr-coagulantes
e antiagregantes que mantm o controle
eficaz da hemostasia primria realizada
pelas plaquetas.
O
endotlio
vascular sabidamente
produz EDRF -NO
que
age sobre
as
plaquetas elevando a produo de AMP
cclico
cAMP)
e inibindo
sua
agre
gao. A prostaglandina PGI 2 tem ao
semelhante estimulando a produo de
cAMP porm de forma mais vigorosa,
sendo
o
mais potente antiagregante
plaquet
rio
endgeno
conhe
ci do 12
.15.3
74
0
46.51.
Antagonicamente , o endotlio vas
cular tem
a capacidade de produzir
fatores que incrementam a agregao e a
adesividade plaquetria como o fator
de
von Willebrand
4
,48,
em
resposta
ele
vao do fluxo sanguneo , interleucina
I,
tromboxane
A 2, endotelina, v s ~ -
pressina e
ti:ltor de
agregao plaquetria
(PAF)442
Algumas condies clnicas tm ao
llllportante neste controle, como
a
hipxia, que aumenta a produo de
superxidos
os
quais por sua vez causam
maior produo de PAF e
agregao
plaquetria
42
No so de menor impor
tncia,
a
infeco
por E. coli com
liberao de endotoxinas e o fator de
necrose tumoral, elevando a produo
de
interleucina I minimizando a liberao
de prostaglandinas e aumentando a agre
gao plaquetria
32
Talvez a poro mais complexa
s t e
mecanismo seja o metabolismo
trans
celular que ocorre entre as plaquetas e
as clulas endote1iais. Metabolismo
transcelular o nome dado
situao
em que uma detenninada clula se utiliza
de substncias precursoras ou in
tenlledirias de outra clula para produzir
um novo metablito ativ0
46
Desta forma,
a agregao plaquetria responsvel
pela liberao de serotonina, endo
perxidos, precursores do cido arac
dnico e nucleotdeos de adenosina que
estimulam as clulas endoteliais a
produzir EDRF-NO e prostaglandinas,
sabidos antiagregantes plaquetrios
15 46
Ressalva deve ser feita ao estudo de
Searle
46
que
descreve
ao
vasodila-
FATORES RELAXANTES
EDRF Fator de relaxamento derivado do endotllo
NO
xido ntrico
EDHF
Fator
hlperpolarlzante
derivado
do
endotllo
PGI 2 e
PGE
2 Prospaglandlnas
FATORES CONSTRICTORES Endote\lna
Vasopressina
FATORES
ANTI TROMBTICOS
nlllromblna
Trombomodulna
Slbstnclas heparlna slmlles
Heparan sultato
PA
llvador do
plasmlnognlo
FATORES
PR TROMSTlCOS
Interleuclna
I
Fator Hssular
Fator de von
Willebrand
PAI
Inlbidlr da ativao do
plasmlnognlo
FATORES
ANTI AGREGANTES
EDRF NO
Prostaglandlnas
FATORES PR AGREGANTES Fator de
von
Willebrand
Interleuclna I
Tromboxane
A 2
Vasopressina
Endotellnal
PAF Fator de agregao plaquetrla
Quadro 1: Substncias produzidas
pelo endotllo
vascular.
tadora
dos produtos
da
agregao
plaquetria apenas nos vasos com
endotlio ntegro, pois quando o endo
tlio
foi retirado ou lesado as subs
tncias
em
questo induziram vaso
constrio.
Participao
do
endotlio
vascular
na
adeso
leucocitria
Como j vimos anteriormente, o
endotlio
vascular est
envolvido em
diversas funes as
quais
se inter
relacionam das mais variadas maneiras.
No poderia ser diferente no que tange
adeso
leucocitria, tendo
papel
fun
damental no controle da mesma, princi
palmente
durante a
lsquemia
e reper
fuso ou ainda
no processo
int1a
lnatno1.17.18 36.
Em
condies nom1ais o endotlio age
minimizndo a
adeso
leucoci tria
atravs da ao do EDRF-NO secretado
continuamente, porm com mecanismo
de
ao
desconhecid0
27
.
31
.42 Tal
ao
pode ser comprovada por estudos onde
a inibio do
NO
pelo L-NMMA causou
aumento de
15
vezes na adeso leuco
citria, o qual no ocon'eu quando a L
arginina
foi
administrada previamente
27
.
Sabe-se ainda que durante a isquemia
e reperfuso ocorre a produo de
substncias no endotlio que diminuem
a produo do NO ou o inativam como
os
superxidos, leucotrienos
,
prin
cipalmente o LTB4, e pelas substncias
liberadas pelos
leuccito
s que esto
aderidos ao endotlio. Tal fato leva ao
aumento da adeso leucocitria durante
a hipxia e reperfuso
l
,
18
3S.47.48
Outro fator implicado na diminuio
do
NO
e incremento da
adesi
v idade
leucocitria a diminuio intensa do
fluxo sanguneo que gera lmente acom
panha a isquemia nas doenas vas
culares perifericas
7
Relatos referem a dimll1u i
o
da
adesividade leucocitria na isquemia e
reperfuso
com
o
uso
de inativadores
de
superxidos
como o alopurinol e a
superxldo-dismutase
e ainda pelos
inibidores da ciclo-oxigenase 1.17
.1
8 38
O endotlio vascular por si s possue
molculas em sua superfcie que esti
mulam a adeso leucocitna porm, em
condies
normais, estas so inibidas
pelo EDRF-NO. As molculas em ques
to
so
CD
11, CD 18,
ICAM
1, E
se\ectina
e
P-selectina
2
7.31
Estas mo
lculas, pnncipalmente a P-selectina,
CIR V SC ANGIOL 2: 129-136 1996
7/23/2019 1996 - FELIZOLLA - o Papel Do Endotlio
6/8
o papel do endotlio vascular na fisiologia circulatria Luiz Roberto Felizzola e cols.
foram relacionadas com a
maior
ade
sividade leucocitria nas vnulas que nas
arterolas
,
tendo em
vista
que
foi
encontrada menor concentrao de
selectina nos corpsculos de Weibell
Pala
e
das arterolas
31
.
A adeso leucocitria leva a
uma
reao em cadeia pois quanto
mais
leuccitos forem ativados e aderidos,
principalmente polimorfonuc
lear
es ,
maior a produo de superxidos,
leucotrienos e mediadores do processo
inflamatrio, perpetuando o processo.
Assim sendo, no a isquemia, mas sim a
adeso leucocitria tem sido implicada
THE ROLE
OF THE
ENDOTHELlUM
IN
ClRCULATORY
PHYSIOLOGY
or
the
pas
t 15
years
,
the
endothelium has been increasingly
seen as playing a
major
role in
circulatory physiology, especially in the
microcirculation. In 1980, the first
como principal responsvel pela leso
de reperfuso e pelas alteraes da
permeabilidade
o
endotlio. Tal fato
comprovado pela menor leso de reper
fuso vista em neutropnicos1.l
8
Acredita-se atualmente que a adeso
leucocitria basicamente controlada
por trs fatores:
Molculas especficas
o
endotlio
vascular.
Fora hidrodinmica para o clea
rence do endotlio pelo fluxo san-
guneo.
Carga eletrosttica, interao do
leuccito com o endotlio vascular.
studies leading to the discovery of the
Endothelium-Derived Relaxing Factor
(EDRF) were carried ou . Today, EDRF
is known to be nitric oxide (NO), that is
regarded as the most important
vasoactive
agent
produced
by the
endothelium . Recently, many
other
functions of the endothe ium have been
discovered. The most up-to-date studies
show that the endothelium contrais the
vascular tonus by producing EDRF,
prostaglandins and constricting factors;
modulates coagulation by producing
thrambomodulin and heparan sulphate;
and controls platelet aggregat ion and
leukocyte
adhesion
by
producing
prostaglandins
,
leukotr
ienes and
Platelet Aggregation Factor
PAF)
.
Keywords: Endothelium , vascular;
Nitric Oxide; Prostaglandins .
CIR
V SC
ANGIOL
2:
129-136 1996
7/23/2019 1996 - FELIZOLLA - o Papel Do Endotlio
7/8
o papel do endotlio vascular
na
fisiologia circulatria
1
Bertuglia
S, Colantuoni A
Microvascular injury during ischemia
and reperfusion in hamster cheek
pouch. lnt J Microcirc Clin Exp,
14
Suppl
1 :
170, 1994.
2.
Brownlee RD, Langille
BL
- Arterial
adaptations to altered blood t10w.
Can JPhysiol Pharmacol, 69: 978-983,
1991.
3. Close LA,
Bowman
PS, Paul
RI
Reoxigenation-induced relaxion of
coronary
arteries a novel
endothelium-dependent mechanism.
CircRes,74 5) 870-881,1994.
4.
Clowes AW, Kohler TR - Anatomy,
physiology and pharmacology of the
vascular wall . In: Moore W ed):
Vascular surgery. A comprehensive
review Philadelphia,W B. Saunders
company,
1993,
p: 37-46.
5. Clozel M, Loft1er BM, Breu
V,
Hiefger
L,
Maire
lP
Butscha
B
Downregulation
of endothelium
receptors by autocrine production of
endothelin L
Am
.TPhysiol, 265: C
188-
192, 1993.
6. Dahln SE, Bjork I, Hedovist P, Arjors
KE, Hanunarstrom S, Lindgren IA,
Samuelsson B - Leukotrienes
promotes plasma
leakage
and
leukocyte adhesion in postcapillary
venules: in vivo
effects
with
relevance to the acute int1amatory
response. Proc Natl Acad Scid USA,
78 3887-3891,1981.
7 Dinerman .lL, Lowenstein Cl, Snyder
SH - molecular mechanism of nitric
oxide regulation potencial relevance
to cardiovascular disease. Circ Res,
73 2):217-222,1993.
8. Esmon CT - The regulation of natural
anticoagulant pathway Science, 235:
1348-1352,1987.
9. Esmon CT - The roles of protein C
and
thrombomodulin in the
regulation of blood coagulation. I
BiolChem264 9):4743-4746,1989.
10
Falcone FC, Meninger GA - Venular
release of endothelium-derived nitric
oxide EDNO) canmodulate arterio1ar
diameter
in
vessels
isolated
from
skeletal muscle of anaesthetized rats.
IntJ Microcirc Clin Exp, 14 Suppll):
40
, 1994.
11. Fiscus RR, Hao H, Wang W, Arden
A, Diana IN -
Nitroglycerin
exogenous nitric oxide) substitutes
for endotheliun-derived nitric oxide
in
potentiating vasorelaxations and
cyclic AMP elevation induced by
calcitonin gene-related
peptide
CGRP) in rat aorta. Neuropeptides,
26: 133-144,1994.
12. Frangos IA, Eskin SG, Mcintire LU,
Ives CL - Flow effects on prostacyclin
production
by
cultured human
endothelial cells. Science 227: 1477-
1479,1985.
13. Friebel
M
Klotz HF, Ley K,
Gaehtgens
P, Pries AR - F10w
dependent
regulation of
arteriolar
diameter in skeletal muscle in situ:
role of EDRF and prostanoids. Int I
Microcirc Clin Exp, 14 Suppl 1 : 41,
1994.
14. Fuj imoto S, Doi Y, Sakamoto Y -
Immunoelectron microscopy of Big
endothelin-l
and
endothelin-l in
endothelial cells
of
human umbelical
veins.
Int
I
Microcirc Clin Exp
14 Suppl 1 : 105, 1994.
15. Furchgott
RE
Vanhoutte PM
-
Endothelium-derived relaxing and
contracting factors. FASEB J, 3: 2007-
2018,1989.
16.
Garcia-Villalon AL Monge L,
Fernandez N, Garcia L, Gomes B,
Diegnez G
Cholinergic
vasodilatation mediated by nitric
oxide and hyperpolarizing factor
during cooling. Int I Microcirc Clin
Exp, 14 suppll): 41,1994.
17.
Gillespie MN, Kojima
S,
Owasoyo
1
,
Tai HH lay M - Hipoxia provokes
leukotriene-dependent neutrophil
sequestration in perfused rabbit
hearts. o Pharmacol Exp Ther, 241 3):
812-816,1987.
18
. Granger DN, Benoit IN, Suzuki M,
Grisham ME - Leukocyte adherence
to venular endothelium during
ischemia-reperfusion.
Am
I Phisiol,
257:
G683-688, 1989.
19
.
Gustafsson
H -
Vasomotion
and
CIR VASC
ANGIOL
2:
129 136.1996
Luiz Roberto Felizzola e
cols
underluing mechanisms in small
arteries.
Acta
Physiol
Scand
149 Supp1614) 7-33, 1993.
20. Hecker
M ,
Bara
AT Busse R -
Relaxation
of
isolated coronary
arteries by angiotens in-converting
enzime inhibitors: role of endothelial
derived kinins. o Vasc Res, 30: 157-
262,1993.
21.
Higgs EA , Moncada
S,
Hodson
HF,
Knowles
RG , Lopez-oIaramillo P,
Maccall T, Palmer MJ, Rodonski MW,
Rees DD, Schulz R - The L -arginine
nitric oxide
pathway
o Cardiovasc
Pharmacol17 SuppI3): S 1-9, 1991.
22. Hoffend .I, Endlich K, Steinhausen M
-
Etb
receptor-mediated effects
of
endothelin-I on rat renal microvessels
in vivo. Int I Microcirc
Clin
Exp,
14 Suppl i): 22, 1994.
23. oIaeschke H, Farhood A, Srnith W -
Neutrophils contribute
to
ischemia
reperfusion injury in rat Iives in vivo.
FASEB .I, 4: 3355-3359,1990.
24. Kajita
Y,
Takaysu M, Mori
M,
Oyama
H, Susuky Y, Shibuya M, Sogita K,
Hidaka H - Regional variations in the
role of nitric oxide in vasomotor control
of cerebral circulation. Int I Microcirc
ClinExp, 14 Suppll): 23,1994.
25.
Koller A, Sun D, Kaley G - Role of
shear stress and endothelial
prostaglandins in flow and viscosity
induced di1atation of arterioles in
vitro. CircRes, 72 6): 1276-1284, 1993.
26. Koller A Kaley G - Control
of
microcirculation by endothelium
derived prostaglandins and EDRF
nitric oxide. Int I Microcirc Clin Exp,
14 supp11): 168,1994.
27. Kubes P, Suzuki M, Granger N - Nitric
oxide: an endogenous modulator
of
leukocyte adhesion. Pro c Natl Acad
Sci USA,
88:
4651-4655 ,1991.
28.
Kuo
L,
Arko F, Chilian WM, Davis
MJ
- Coronary venular responses to
flow and pressure. Circ Res, 72 3):
607-615,1993.
29. Langdown A.I, Marshall .IM -
Responses evoked in mesenteric
microcirculation
of
anaesthetized rat
by systemic hipoxia I Physiol, 23P,
1990.
7/23/2019 1996 - FELIZOLLA - o Papel Do Endotlio
8/8
o papel do endotlio vascular na fisiologia circulatria
30.
Langille B L, O'Donnel F - Reductions
in
arterial
diameter
produced by
chronic decreases in blood flow are
endothelium -dependen Science,
231:
405-407,
1986.
31. Leffer AM, Ma XL - PI v1N adherence
to
cat ischemic-reperfused
mesenteric vascular endotheliurn
under flow: role of P-selectin I Appl
Physiol, 76(1): 33-38, 1994.
32.
Libby
P,
Ordovas .IM, Auger KR,
Robbins AU, Biriny LK, lnarello CA
- Endotoxin and tumor necrosis factor
induce interleukin-1 gene expression
in adult human vascular endothelial
cells.AmJPathol,
124: 179-185,1986.
33.
Malek AM, Jackman R, Rosenberg
RD, 1zumo S - Endothe1ial expression
of
thrombomodulin is
reversibly
regulated
by
fluid shear stress. Circ
Res, 74(5): 852-860, 1994.
34.
Magiafico RA, Malatino LS,
Santonocito M, Spada RS,
Tamburin0- - Plasma endothelin-1
concentrotion
in hypercho
lesterolaemia. Int
I
Microcirc Clin Exp,
14(Suppl
1):
107, 1994.
35.
Marcum
.IA,
Mckenney
JB,
Rosenberg RD
- Acceleration of
thrombin-antithrombin complex
formation in
rat hind
quarters via
heparin-like molecules bound to the
endothelium. ] Clin invest, 74: 341-
350,1984.
36.
Marschall JM, Mian R - Effects
of
acute systemic hipoxia on vascular _
permeability and leukocyte
adherence in the anaesthetized rat. I
Physiol, 435: 24P, 1990.
37.
Messina EJ, Sun D, Koller A, Wolin
MS, Kaley G - Role
of
endothelium
derived prostaglandins
in
hipoxia
e1icited arteriolar dilatation
in rat
skeletal muscle. Cir Res, 71(4):790-
796,1992.
38. Mian
R
Marshall JM - Effect of acute
systemic
hipoxia
on vascular
permeability
and
leukocyte
adherence in the anaesthetized rat.
CardiovascRes, 27: 1531-1537, 1993.
39.
Molinari
A,
Giorgetti C, Lansen
.I,
Vaghi F,
Orsini
G,
Faioni
EM,
Mannucci PM - Thrombomodulin is
a cofactor for thrombin degradation
of recombinant
single-chain
uroquinase plasminogen activator
in
vitro and in a perfused rabbit
heart model. Thromb Haemost,
67 (2):
226-232,1992.
40.
Moncada S - The L-arginine: nitric
oxide pathway. Acta Physiol Scand,
145:
201-207,1992.
41.
Munk GA
W,
Groeneve1d E, Rijkend
DC
-
Acceleration of thrombin
inactivation of
single
chain
urokinase-type plasminogen
activator (pro-urokinase)
by
thrombomodulin I Clin 1nvest, 88:
1680-1684,1991.
42. Niu
X, Smith
CW,
Kubes
P -
1ntracellular oxidative stress induced
by nitric oxide synthesis inhibition
increases endothelial cell adhesion
to
neutrophils. Circ Res, 74(6): 1133-
1140,1994.
43. Palomba
ML,
Dittman
WA -
Thrombomodulin: receptor with
anticoagulant function.
1nt I
Microcirc ClinExp, 14(Suppll) : 167,
1994.
44.
Pohl
U, Kaas I - 1nteractions
of
hormones with the
vascular
endothelium. Arznein-Forsch, 44(1):
459-461,1994.
45.
Preekel MP, Leftheriotis G, Gergaud
JM, Banssillon V, Saumet JL - Effect
ofnitric oxide blockade on lower limit
of cerebral blood flow autoregulation
in
anaesthetized rat.
1nt
I Microcirc
ClinExp, 14(Suppll): 42,1994.
46.
Searle NR, Sahab P - Endothelial
vasomotor regulation in hea1th and
Luiz
Roberto Felizzola e cols.
disease.
Can
I Anaesth, 39(8): 838-
857,1992.
47. Seiffage D, Laux V - Extravasation of
macromolecules as a consequense
of
adhesion molecule
mediated
leukocyte endothelium interaction.
1nt I Microcirc Clin Exp, 14(Suppl
1):
111,1994.
48.
Seraiin S, Marchetti C, Nucci AD,
Piovella
F -
Cultured
bovine
1ymphatic and vascular endothelial
cells:
comparative
immunolocalizat ion
of
fibronectin,
von Willebrand and P-selectin. lnt I
Microcirc ClinExp, 14(Suppll): 169,
1994.
49.
Takeoka M,
Sakai A,
Ueda
G,
Kobayashi T, 1shizakit, Chang SW -
Effect of endothelin-I antagonist,
FR 13
9 317, on hypoxic pulmonary
vasoconstriction in isolated perfused
rat lung.
1nt I
Microcirc Clin Exp,
14(Suppll):29,1994.
50.
Vanhoutte E - Endothelium-derived
vasoactive factors. 1nt
T
Microcirc
ClinExp, 14(1): 42,1994.
51. Vicaut E, Baudry N - Nitric oxide
independent
response
to
acetylcholine by terminal arterioles
in cremaster muscle
of
anaesthetized
rat. 1ntJ Microcirc Clin Exp, 14(1): 42,
1994.
52.
Wit C, Schiifer C, Bismarck
PV,
Pohl
U - Viscosity-induced elevation
of
shear stress induces
no-mediated
arteriolar dilatation
in
the hamster
microcirculation.
1nt J
Microcirc Clin
Exp, 14(Suppl 1):47, 1994.
53.
Ziche M, Morbidelli L, Parent A,
Masini
E, Goso C,
Manzini
S,
Giachetti A, Granger
lU,
Ledda F -
Postcapillary
endothelial
cell
proliferation promoted by substance
P is mediated by NK 1 receptor and
nitric oxide prodution.
1nt J
Microcirc
ClinExp, 14(Suppll): 37 , 1994.
CIR
VASC ANGIOL 12 129-136 1996