2. DICIONRIO BBLICO UNIVERSAL pelo Rev. A. R. BUCKLAND, M.A.
Arcediago de Norfolk com o auxlio do Rev. Dr. LUKYN WILLIAMS Cnego
honorrio de Ely Traduzido da segunda edio inglesa por JOAQUIM DOS
SANTOS FIGUEIREDO Bispo-eleito da Igreja Lusitana OEditoraVida
3. ISBN 85-7367-226-9 Capa brochura ISBN 85-7367-227-7 Capa
dura Categoria: Referncia Este livro foi publicado em ingls com o
ttulo UnnxrsalBibleDutumary 1981 por Editora Vida 13 impresso 1998
14 impresso 1999 Todos os direitos reservados na lngua portuguesa
por Editora Vida, rua Jlio de Castilho, 280 03059-000 So Paulo, SP
Telefax: (011) 6096-6833 Capa: Andrea Lyra/Marcelo Madeira Filiado
a: Impressono Brasil, na Imprensada F
4. APRESENTAO com louvor e gratido a Deus que a EDITORA VIDA
coloca nas mos dos leitores de lngua portuguesa a terceira edio do
DICIONRIO BBLICO UNIVERSAL, de autoria do Rev. Arcediago A. R.
Buckland. Do Prefcio da primeira edio em portugus extramos as
seguintes palavras do seu tradutor, Joaquim dos Santos Figueiredo:
Como se diz no prefcio da segunda edio inglesa, este Dicionrio "foi
preparado com o fim de auxiliar aqueles leitores da Bblia, que no
podem compulsar obras de grande desenvolvimento doutrinai e
dispendiosas. Pro curando esta obra em primeiro lugar guiar o
leitor a um cuidadoso exame da prpria Bblia, presta-lhe tambm
valioso auxlio nos seus estudos por meio de artigos sobre o texto
das Sagradas Escrituras, as suas Verses, a Crtica, a Inspirao, e
sobre doutrinas de carter essencial como a Trindade, a Expiao, a
Justificao, a Regenerao, e assuntos semelhantes As significaes dos
nomes prprios so apresentadas ou sugeridas, onde existe suficiente
justificao. Quanto s pessoas que trabalharam neste dicionrio, o
Rev. Arcediago A. R. Buckland diz que est muito reconhecido para
com o Cnego Lukyn Williams, pela sua boa cooperao, e que alguns dos
mais valiosos artigos foram escritos pelo Professor S. W. Green,
que ainda o ajudou muito no acabamento da obra. A segunda edio
deste Dicionrio se deveu ao Rev. Orlando Boyer, de saudosa memria,
que assim se ex pressou: Gastei quase tudo ao meu dispor, de
recursos financei ros, de tempo e de foras fsicas, para produzir a
segunda edio desta valiosa obra. Agora deixo-a nas mos do Senhor da
seara para ele ungir cada exemplar com seu santo, ardente e
poderoso Esprito e o entregar nas mos de um dos milhares de
ceifeiros que anelavam possuir um exemplar, durante os vinte e oito
anos, desde a sada da primeira edio em 1929. Agora chegou a nossa
vez de colaborar para que todos quantos se empenham em conhecer
melhor a Bblia, seus personagens principais, o ambiente em que
atuaram, as
5. doutrinas fundamentais da f crist, livros, datas, autores, e
assim por diante encontrem neste volume um cabedal de conhecimentos
bblicos. As duas edies anteriores registravam muitos verbetes de
consulta quase nula; na presente edio foram eliminados. Tambm foram
eliminadas aquelas informaes, principal mente de natureza
geogrfica, sujeitas a mudanas. Assim, entendemos que o contedo de
ndole permanente em sua quase totalidade. Com referncia aos nomes
prprios, nomes geogrficos e outros, podemos dizer que esto quase
cem por cento de acordo com a traduo de Joo Ferreira de Almeida,
Edio Revista e Atualizada da Sociedade Bblica do Brasil. As
variantes que houver justificam-se por si prprias. Queremos deixar
consignada aqui uma palavra de ag radecimento ao Rev. Gordon Chown
pela sua colaborao em rever e atualizar grande parte desta obra.
Que o Senhor acrescente a sua bno aos nossos esforos de produzir
uma obra que proporcione bnos aos que a consultarem. EDITORA VIDA
Miami, janeiro de 1981
6. ABREVIATURAS Livros da Bblia Ag Ageu Am Ams Ap Apocalipse At
Atos Cl Colossenses Ct Cantares Dl Daniel Dt Deuteronmio Ec
Eclesiastes Ed Esdras Ef Efsios Et Ester x xodo Ez Ezequiel Fm
Filemom Fp Filipenses Gl Glatas Gn Gnesis Hb Hebreus Hc Habacuque
Is Isaas Jd Judas J1 Joel Jn Jonas Jo Joo J J Jr Jeremias Js Josu
Jz Juizes Lc Lucas Lm Lamentaes de Jeremias Lv Levtico Mc Marcos Ml
Malaquias Mq Miquias Mt Mateus Na Naum Ne Neemias Nm Nmeros Ob
Obadias Os Osias 1 Co 1 Corntios 1 Cr 1 Crnicas 1Jo 1Joo 1 Pe 1
Pedro 1 Rs 1 Reis 1 Sm 1 Samuel 1 Tm 1 Timteo 1 Ts 1Tessalonicenses
Pv Provrbios Rm Romanos Rt Rute 2 Co 2 Corntios 2 Cr 2 Crnicas 2 Jo
2 Joo 2 Pe 2 Pedro 2 Rs 2 Reis 2 Sm 2 Samuel 2 Tm 2 Timteo 2 Ts 2
Tessalonicenses Sf Sofonias SI Salmos 3 Jo 3 Joo Tg Tiago Tt Tito
Zc Zacarias
7. Exemplos de emprego das abreviaturas: Gn 3.15 signifi ca o
captulo 3, versculo 15 do livro de Gnesis; 1 Co 13.1 significa o
captulo 13, versculo 1, da primeira carta de Paulo aos Corntios. Ao
encontrar citaes entre parnteses sem o nome do livro, quer dizer
que se refere a livro anteriormente citado ou livro que est sendo
estudado. Outras abreviaturas A.C. Ante Christum (antes de Cristo)
a.C. antes de Cristo A.D. Anno Domini (no ano do Senhor) A.T.
Antigo Testamento Cf Confira Cp Compare d.C. depois de Cristo
E.R.A. Edio Revista e Atualizada (Bblia daSoc. Bblica do Brasil)
Ed.R.C. Edio Revista e Corrigida (Bblia da Soc.Bblica LXX Verso dos
Setenta ou Sep MS Manuscrito MSS a ISLT. N o v o ^ ^ m e n t o
refs. Referncias seguinte s seguintes V^de ou vide vers^uhs MAZ1NHO
RODRIGUES
8. AABA. Pai. A palavra aramaica aparece no Evangelho de S.
Marcos, quando se refere orao de Jesus em Getsmani (Mc 14.36).
Aparece, tambm, nas invocaes a Deus, ins piradas pelo Esprito Santo
(Rm 8.1; G14.6). Nesses casos a frase Aba, Pai, estando o termo
aramaico seguido do equivalente suple mento grego. Talvez isto seja
apenas interpre tao, pois a orao fervorosa no explica o uso
daquelas palavras. Provavelmente a invocao Aba, que se tornou
sagrada pelo constante emprego de Jesus, foi conservada pelos cris
tos, que falavam grego, como uma espcie de nome prprio (Deus),
sendo a designao Pai uma adio natural. ABDOM. Servil. 1. Cidade na
tribo de Aser (Js 21.30; 1Cr 6. 74; em Js 19.28 chama-se Ebrom. Est
identificada com Abd, pequenas runas sobre um monte, que domina
aplanciede Acre. 2. O dcimo-primeiro dos dozejuizes (Jz 12.13, 15).
3. V. 1 Cr 8.23. 4. Primognito de Jeiel, pai de Gibeom (1 Cr 9.35,
36' 5. Filho de Mica, que foi mandado com outros pelo rei Josias
profetisa Hulda a fim de consult-l. a respeito do Livro da Lei, que
se euco itrou no templo (2 Cr 34.20). Em 2 Rs 22.12 e ^Lamado
Acbor. ABEL.Respirao ou vapor. 1. O segundo filho de Ado e Eva,
pastor de ovelhas, assassinado pelo seu irmo Caim. Caim ofereceu ao
Senhor Mos frutos da terra, e Abel a principal rs do seu rebanho. A
oferta de Caim foi rejeitada, e aceita a de Abel; movido de inveja,
Caim irou-se contra seu irmo e o matou (Gn4.2 a 15, cp. com Hb
11.4). Jesus Cristo falou de Abel, como primeiro mrtir (Mt23.35).
Em Hb 12.22 -24 a frase de Gn 4.10 (A voz do sangue de teu irmo
clama da terra a mim) modificada, fazendo ver o contraste entre a
antiga e a nova aliana: Mas tendes chegado... ao sangue da asperso
que fala cousas superiores aoque fala o prprio Abel. 2. Prado.
ABELHA (Dt 1.44). Alude-se nesta passagem conhecida natureza
belicosa das abelhas, bem como no SI 118.12. Embora a abelha da
Pales tina seja consideradaumaespciedistintapelos naturalistas,
parece pertencer subespcie da abelha vulgar, Apis mellifica. mais
loura e mais claramente marcada do que a abelha bri tnica. , tambm,
mais mida, e muito mais perigosa. Como o mel um importante artigo
de alimentao no Oriente, a abelha cuidado samente cultivada; consta
a colmeia dum tubo de barro, tendo um pouco a forma dum cano para
gua, ou dum certo nmero deles postos uns sobre os outros. Estes
canos tm cerca de 20 cm de dimetro e 1 metro de comprimento, comas
extremidades fechadas, havendoapenas uma pequena abertura. ,
contudo, um fato singularque onicomel mencionadona Bblia o mel
silvestre; ainda hoje muitos rabes vivem do trabalho de colh-lo. No
, pois, de surpreender que Sanso tenha encontrado mel na carcaa do
leo que ele havia matado. A carne do animal no levou, certamente,
muito tempo para ser devorada pelas feras; e as abe lhas puderam,
ento, achar um lugar prprio, formado das costelas secas, onde
encher do doce mel os seus favos, indo colh-lo na abun dncia de
flores, que por aqueles stios cres ciam. A curiosa expresso em Is
7.18, asso biar o Senhor... s abelhas que andam na terra daAssria,
uma aluso prticade chamaras abelhas para fora das suas colmeias
pelo som agudo dos assobios. (V. Mel.) ABELMIZRAIM. Nome dado pelos
cananeus eira de Atade, onde Jos, os seus irmos, e os egpcios
choraram a morte de Jac (Gn 50.11). Provavelmente a passagem contm
um jogo de palavras, como entre Abel, prado, e Ebel, la mentao.
Pela narrativa do fato poder-se-ia entender algum lugar nos limites
de Cana, primitivamente chamado Campina do Egito, mas a afirmao de
que era alm do Jordo coloca o stio muito mais ao nordeste, impli
candouma grande volta para os pranteadores. ABENOAR; BNO. Quando
Moiss aben oou os filhos de Israel (Dt 33), ele profetizou uma
contnua progresso de prosperidades para eles, no auxlio de Deus.
Era essa uma forma patriarcal de bno e ao mesmo tempo uma cerimnia
religiosa, em conformidade com amaneirade abenoardo Paicelestial,
que est sempre, na realidade, a derramar benefcios
9. Abiail 10 Abimeleque sobre as Suas criaturas. Quando se diz
no SI 103 que os homens bendizem ao Senhor, isto signi fica
pertencer ao Criador olouvor e a honra que so igualmente o dever e
a alegria das Suas criaturas prestar-lhe. Mas quando Deus que
abenoa o Seu povo, como acontece em Gn 1.22 e em Ef 1.3, isto quer
dizer que Ele distribui sobre os Seus filhos toda espcie de
benefcios, temporais e espirituais, e desta forma comunica-lhes
alguma parte daquela infinita bem-aventurana que Nele existe (1 Tm
1.11). A bno era costume que muitas vezes se ob servava entre os
hebreus, e freqentemente mencionada nas Sagradas Escrituras. Assim,
Jac abenoou os seus filhos (Gn 49), e Moiss osfilhos de Israel
(Dt33). Abrao foiabenoado por Melquisedeque. To importante lugar
ocu pava o ato da bno na religio e vida dos judeus, que o prprio
mtodo da sua concesso fazia parte do ritual israelita (Nm 6.23). A
bn o era dada em p, com as mos levantadas ao cu. (V. Bno.) ABIAIL.
Meu pai poder. 1. Pai de Zuriel, chefe da famlia levtica de Merari,
contempo rneo de Moiss (Nm 3.35). 2. Mulher de Abisur (1 Cr 2.29).
3. 1 Cr 5.14. 4. Uma descendente de Eliabe, irmo mais velho de Davi
(2 Cr 11.18). 5. Pai de Ester e tiodeMordeeai (Et 2.15; 9.29).
ABIAS OU ABIO. OSenhor pai. 1. Filho de Roboo e rei de Jud depois
de seu pai (1 Rs 14.31; 2 Cr 12.16). chamado Abias no Livro das
Crnicas e Abio no livro dos Reis. Abias esforou-se em recuperar o
reino das dez tribos (Israel), e fez guerra aJeroboo. Foi bem suce
dido, e tomou as cidades de Betei, Jesana e Efrom, com as suas
respectivas vilas. Depois da sua vitria fortificou-se, e casou com
qua torze mulheres (2 Cr 13.21). Reinou somente trs anos, sendo
inqua a ltima parte do seu reinado. Seguiu os maus passos de seu
pai Ro boo, caindo no pecado da idolatria e imoralida des afins.
Sua me chamava-se Maaca; era neto de Salomo (1 Rs 15; 2 Cr 11.20).
2. O segundo filho de Samuel (1 Sm 8.2). 3. Filho de Jeroboo,
primeiro rei de Israel; foi aquele, de toda a casa de Jeroboo, que
teve algumas boas inclinaes para com o Senhor Deus de Israel,
sendo, por isso, o nico da fam lia a quem foi concedido morrer em
paz. Era ainda jovem, quando morreu, justamente na ocasio em que a
mulher de Jeroboo, sob dis farce, tinha ido ao profeta Aas a fim de
procu rar auxlio para a doena de Abias (1 Rs 14). 4. Um descendente
de Eleazar, que deu o seu nome ao oitavo dos vinte e quatro turnos
em que Davi dividiu os sacerdotes (1 Cr 24.10). 5. V. Nm 10.T. 6. A
filha de Zacarias, mulher de Acaz e me de Ezequias (2 Cr 29.1).
ABIATAR. Pai da abundncia ou Deus pai (?). Dcimo-primeiro sumo
sacerdote, sucessor de Aro. Ele escapou, quando Doegue, o edo-
mita, instigado por Saul, matou seu pai Aime- leque e oitenta e
cinco sacerdotes, em virtude de ter Abiatar intercedido por Davi e
ter-lhe dado o po da proposio e a espada de Golias (1 Sm 21; Cf.
Marcos 2.26, onde Abiatar deve ser Aimeleque). Juntou-se a Davi em
Queila, trazendo consigo uma estola que habilitou o futuro rei, na
crise do seu exlio, a consultar o Senhor (1 Sm 23.9; 30.7). Abiatar
e Zadoque foram mandados a Jerusalm com a arca (2 Sm 15). Depois
ele conspirou para que Adonias fosse o sucessor de Davi; foi
desterrado para a sua terra natal, Anatote, em Benjamim (Js 21.18);
por fim, Salomo oafastou do seu cargo. Foi poupada a sua vida por
causa dos servios prestados a Davi (1 Rs 2. 27 a 35). ABIBE. O
genuinar do trigo. Antigo nome ca- naneti do primeiro ms do ano
sagrado dos he breus, sendo o stimo do civil; foi no dia 15 desse
ms que partiu do Egito o povo de Israel (Ex 13.4). Para comemorar
esta libertao, foi a lu a da Pscoa, mais tarde, considerada o prin
cpio do anojudaico (x 12.2). Depois oExilio mudou-se o nome para
nis, termo babilnico (maro-abril). ABIGAIL. Meu pai alegria (?). 1.
Formosa mulher de Nabal, rico possuidor de cabras e carneiros no
monte Carmelo. Quando os men sageiros de Davi foram desconsiderados
por Nabal, tomou Abigail sobre si a culpa de seu marido, e levou a
Davi e aos seus homens os solicitados mantimentos, apaziguando-o
desta maneira. Passados dez dias morreu Nabal; casou-se a viva com
Davi. Teve dela um filho, chamado Quileabe, em 2 Sm 3.3, mas
Daniel, em 1 Cr 3.1. 2. Uma irm de Davi, casada com Jeter, o is-
maelita, e me de Amasa, a quem Absalo no meou capito em lugar de
Joabe (2 Sm 17.25; 1 Cr 2.17). ABILENE. (Tambm Abilnia, Abilina),
uma plancie. Tetvarquia, mencionada por S. Lucas, e que era
governada por Lisnias (Lc 3.1). Abila era a capital, situada na
inclinao orien tal do Antilbano, numa regio fertilizada pelo rio
Barada. A tradio liga o nome de Abila, distante 29 Km. de Damasco,
com a morte de Abe]; e seu suposto tmulo, chamado Neby Havil, est
numa elevao sobre as runas da cidade, que ficava num notvel
desfiladeiro, onde o rio corre da montanha at plancie de Damasco.
ABIMELEQUE. Melequc (rei) pai. 1. Rei de Gerar no tempo de Abrao
(Gn 20.2), o qual levou Sara para o seu harm. Todavia, avisado por
Deus, num sonho, a respeito da sua leviana ofensa, restituiu Sara,
e fez uma aliana de paz com Abrao em Berseba.
10. Abinadabe 11 Abominvel 2. Outro rei de Gerar, em tempos de
Isaque (Gn 26), o qual procedeu com Rebeca como o seu antecessor a
respeito de Sara. Depois duma disputa acerca de poos, o que
freqentemente acontece nos lugares ridos, Abimeleque e Isa que
ficaram amigos. 3. Filho de Gideo (Jz 8.31). Depois da morte de seu
pai, assassinou os seus setenta irmos, exceo de .Joto, que se havia
escondido. Ento, por influncia dos irmos de sua me (era ela
siquemita), foi eleito rei de Siqum, que se tornou um estado
independente de Israel. Trs anos mais tarde houve uma rebelio na
cidade, na ausncia de Abimeleque, a qual foi reprimida por Zebul, o
governador, que expul sou Gaal, o chefe da sedio, e destruiu total
mente a cidade, espalhando sal sobre as suas runas. No ataque de
Tebes uma mulher arre messou uma pedra de moinho cabea de Abi
meleque (Jz 9.53, 54; 2 Sm 11.21), e ele, para escapar vergonha de
ser morto por uma mu lher, ordenou ao seu escudeiro que o matasse.
4. Filho de Abiatar, sumo sacerdote no tempo de Davi (1 Cr 18.16);
em 2 Sm 8.17 chamado Aimeleque, que, segundo 1Sm22.20, etc., no era
filho, mas pai de Abiatar. Parece haver alguma confuso nas narraes,
o que influi na referncia que se faz em Si Marcos 2.26. 5. No ttulo
do Salmo 34 este nome dado a Aquis, rei de Gate (1 Sm 21.10 a 15).
ABINADABE. Meu pai nobre. 1. Um israelita da tribo de Jud, que
vivia perto de Quiriate- -Jearim, e em cuja casa a arca, depois de
ter sido restituda pelos filisteus, permaneceu durante vinte anos
(1 Sm 7.1, 2;2 Sm 6.3 a4; 1Cr 13.7). 2. Segundo filho de Jess, e
portanto irmo de Davi, o qual combateu por Saul na guerra con tra
os filisteus (1 Sm 16.8; 17.13; 1 Cr 2.13). 3. Filho de Saul, que
foi morto em Gilboa pelos filisteus, juntamente com Jnatas e outros
ir mos (1 Sm 31.2; 1 Cr 8.33; 9.39; 10.2). 4. Pai de um dos
oficiais de Salomo, tambm chamado Ben-Abinadabe (1 Rs 4.11).
ABISAI. Meu pai Jess. Dedicado sobrinho de Davi, filho mais velho
da sua irm Zeruia (1 Cr 2.16). Ele foi noite com Davi ao campo de
Saul (1 Sm 26.6), e teria atravessado o rei com a sua lana se Davi
no o tivesse contido. Abisai im plorou a permisso de matar Sifnei,
que amaldi oou a Davi quando este fugia de Absalo (2 Sm 16.9 a 14).
Mais tarde tomou parte na grande batalha que ps fim insurreio de
Absalo (2 Sm 20.6). Ele combateu vitoriosamente contra os amonitas
(2 Sm 10.10; 1 Cr 19. 11), e contra os edomitas (2 Sm 8.13; 1Cr
18.12). Auxiliou no desleal assassinato de Abner (2 Sm 3.30) e na
perseguio de Bicri (2 Sm 20.6,10). Na guerra com os filisteus,
Abisai livrou Davi de ser morto s mos de Isbi-Benobe o gigante, a
quem ele matou. Mostrou grande valor, lutando com tre zentos homens
(2 Sm 23.18; 1 Cr 11.20). ABNER.Meu pai uma lmpada. Comandante
chefe do exrcito de Saul. O pai de Abner, chamado Ner, era irmo do
pai de Saul, o qual se chamava Quis, da serem primos Abner e Saul.
Foi ele que trouxe Davi presena de Saul, depois do combate com
ogigante Goliis (1 Sm 17.57), e foi com Saul na sua expedio contra
Davi (1 Sm 26.3 a 14). Cinco anos depois da morte de Saul e do
desastroso combate em Gilboa, Abner proclamou rei de Israel a Is-
-Bosete, filho de Saul; e o novo monarca foi geralmente
reconhecido, exceto porJud, onde reinava Davi. Seguiu-se uma guerra
entre os dois reis, e houve uma batalha em Gibeom entre o exrcito
de Israel, comandado por Abner, e o de Jud sob o comando de Joabe,
filho de Ze- iiia, irm de Davi (2 Sm 2.12 a 17). Abner foi
derrotado, e pessoalmente perseguido por Asael, o irmo mais novo de
Joabe. Abner, em sua prpria defesa, mas com relutncia, matou o seu
inimigo. Is-Bosete censurou insensata mente a Abner porque este se
casara com Rispa, que tinha sido concubina de Saul. Abner,
indignado pela acusao que lhe faziam, passou para olado de Davi,
que lhe prometeu o principal lugar no seu exrcito. E Abner, em paga
desta confiana, conquistaria a Israel. Mas antes de poder fazer
qualquer coisa neste sentido, foi ele traioeiramente assassinado
por Joabe e seu irmo Abisai, como vingana da morte de Asael;
contudo, a causa principal era o receio de que Abner os despojasse
em favoi' de Davi. O ato traioeiro foijulgado por Davi com
indignao, mas razes de Estado o levaram a deixar impune aquele
crime. Mostrou, porm, a sua considerao pelo general Abner, assis
tindo ao funeral e fazendo uma orao apro priada junto da sepultura
(2 Sm 3.33,34). ABOMINAO. Termo especialmente usado a respeito de
coisas ou atos pelos quais se tem religiosa averso. aplicado aos
sentimentos dos egpcios com respeito a comerem junta mente com os
hebreus (Gn 43.32), e aos sacrif cios israeitieos de animais que no
Egito se con sideravam sagrados (x 8.26); e tambm com relao aos
pastores (Gn 46.34). E mais fre qentemente a abominao se refere
(havendo com o mesmo sentido diferentes palavras he braicas), quilo
que era detestado pelo povo ou pelo Senhor Deus de Israel, como as
carnes imundas (Lv 11), carne imprpria para os sa crifcios, prticas
pags, e especialmente a idolatria e os deuses gentlieos (Jr 4.1;
7.30; vede o artigo seguinte). ABOMINVEL DA DESOLAO. Na sua
profecia sobre a destruio de Jerusalm (Mc 13.14), deu Jesus aos
Seus discpulos um sinal pelo qual eles saberiam quando estaria imi
nente o acontecimento, devendo ento fugir, enquanto havia tempo.
Quando, pois, virdeso abominvel da desolao situado onde no
deve
11. Abrao 12 Abrao estar... os que estiverem na Judia fujam
para os montes.S.Mateus 24.15 diz: Quando, pois, virdes oabominvel
da desolao de que falou o profeta Daniel, no lugar santo... No
livro do profeta Daniel (9.27; 11.31; 12.11) acham-se frases
semelhantes a respeito da tentativa de Antoco Epifnio para abolir
oJudasmo, e que foi manifestada com a profanao do templo, a
suspenso dos sacrifcios, e (em 168 a. C.) a colocao dum pequeno
dolo no altar dos holo- caustos. No livro Io dos Macabeus, 1.57,
chama-se a esta ltima atrocidade, a abomina o da desolao. No se
pode determinar o exato cumprimento daprofecia, em relao com a
destruio de Jerusalm (70 A.D.). Talvez possa ter a sua explicao no
fato de ter sido profanada a Terra Santa pelos exrcitos roma nos
(Lc 21.20); ou ento havia, no pensamento de Jesus, alguma
particular profanao do templo. ABRAO (ABRO). A provvel significao
de Abro : O pai engrandecido. A forma mais extensa no quer dizer
coisa alguma, mas por uma semelhana de som sugere a significao
hebraica de pai da multido (Gn 17.5). Fundador da nao judaica (como
se v em Js 24.2; 1 Rs 18.36; Is 29.22; Ne 9.7; etc.; Mt 1.1; 3.9,
etc. ). Acha-se descrita a sua vida em Gn 11.26 a 25.10. Ter,
descendente de Sem, saiu de Ur da Caldia com seu filho Abro e sua
nora Sarai, e seu sobrinho L, para Har, onde fixou residncia, no
indo, como tencionava, para ir terra de Cana(Gn 11.31). Depois da
morte de Ter, ouviu Abrao adivina chamada, eprocurou nova terra;
recebeu, ento, de Deus a primeira promessa com bnos a respeito da
futura grandeza da sua descendncia (Gn 12.1). Guiados por Deus,
dirigiram-se Abrao, Saraie L com os seus haveres e servos, terra de
Cana, e vemos depois toda a famlia na rica plancie de Mor, perto de
Siqum, nas faldas dos dois famosos montes Ebal e Gerizim. A
edificou ele um altar ao Senhor, e recebeu a primeira promessa,
clara e distinta, de que aquela terra seria dos seus descendentes
(Gn 12.7). Depois retirou-se para outro lugar, na regio montanhosa
entre Betei e Ai, e a se conservou em segurana at que a fome o
levou para o Egito. Neste pas, o seu artifcio com respeito a Sarai
obrigou-o a uma situao hu milhante perante Fara. A sua riqueza e o
seu poder j eram considerveis. Ao voltar do Egito, ele separou-se
de seu sobrinho L e foi habitar no vale de Manre, perto de Hebrom,
a futura capital de Jud, que estava na linha de comunicao com o
Egito, e nas proximidades do deserto e das terras de pastagem de
Ber- seba.N o ataque a Quedorlaomer (Gn 14), Abro j o principal
duma pequena confede rao de chefes, e bastante poderoso para per
seguir o inimigo at entrada do vale do Jor do, combatendo com bom
xito uma grande fora, e libertando L. E com esta vitria pde deter
por algum tempo a corrente das invases do norte. No cap. 15
confirma-se a promessa duma inumervel descendncia em face da ob jeo
de Abro de que no tinha filhos; assume, ento, a sua f umatal
proeminnciana teologia judaica e crist que, dizem os autores
sagrados, ele creu no Senhor, e isso lhe foiimputado para justia
(Gn 15.6; cp. Rm 4.3; 9.7; G1 3.6; Tg 2.23). , ainda, ratificada a
promessa por meio dum pacto entre o Senhor e Abro; mas antes de
cumprir-se pelo nascimento de Isaque, a sua f provada pela demora,
e fortalecida com uma disciplina moralizadora. Os caps. 16 a 20
contm narrativas do nascimento de Ismael, filho de Abro e de Hagar,
que era serva de Sarai, e tambm a respeito da circunciso, ins
tituda como selo do pacto, e da mudana dos nomes de Abro para Abrao
e de Sarai para Sara. Nesses mesmos captulos se narra a visita dos
anjos e aespecial promessa de que Abrao e Sara haviam de ter um
filho dentro do espao dum ano; a interveno de Abrao pela cidade de
Sodoma; a destruio das cidades da plan cie; a salvadora fuga de L;
e a segunda decep oa respeito de Sara (Cp. com ocap. 12, e vede
Abimeleque). Depois do nascimento de Isaque, e da expulso de Ismael
a favor do filho da promessa (cap. 21), a histria silencia por
alguns anos, at que, na infncia de Isaque, aparece a dura prova de
f a Abrao na ordem que recebeu para ofere cer o seu filho em
sacrifcio (cap. 22). Em vista do uso de sacrifcios humanos, to
generalizado entre as naes pags circunvizinhas, tal ordem podia ser
prontamente considerada, sem qual quer repugnncia, como vontade de
Deus. O seguimento da narrativa nos mostra Abrao e sua fortssima f,
com a declarao de que para o Senhor Deus de Israel era melhor a
obedin cia que o sacrifcio. Ainda que a vida de Abrao se tenha
prolongado por 50 anos depois deste acontecimento, os nicos
incidentes que se acham pormenorizados so a morte de Sara, a compra
da gruta de Macpela para sepultura (cap. 23), e o casamento de
Isaque com Rebeca (cap. 24). A morte de Sara foi em Quiriate-
-Arba, isto , em Hebrom, devendo por isso voltarAbrao, de Berseba,
sua antiga casa. realmente significativo (At 7.5) o fato de ter
sido a herana de Abrao na terra da promessa apenas um tmulo (v. Gn
50.13). Na bela hist ria do casamento de Isaque deveras digno de
nota oter Abrao recusado a alianado seu filho com as idlatras de
Cana. Finalmente men ciona o livro de Gnesis o seu casamento com
Quetura, e a sua morte na idade de 175 anos. O seu herdeiro Isaque,
bem como o exilado Is mael, sepultaram-no ao lado de Sara na cova
de Macpela. Abrao representa, no N.T., o ver
12. Abrao 13 Acabe dadeiro ideal da religio, quer pela sua f
(Rm 4.16 a 22), quer pelas suas obras (Tg 2.21 a 23). Jesus mesmo
diz dele: Vosso pai Abrao alegrou-sepor ver omeu dia(Jo8.56). S.
Tiago (2.23)chama-lhe O amigo de Deus (cp.com Is 41.8; 2 Cr 20.7),
designao que entre os rabes substituiu o seu prprio nome (Kalil
Allah, ou simplesmente Kalil, o Amigo). ABRAO (SEIO DE ABRAO). Os
judeus, quando tomavam as suas refeies, recostavam-se em leitos,
apoiando-se cada um no seu brao esquerdo, e desta forma podia-se
dizer que o seu vizinho prximo se reclinava no seu seio (v. Jo
13.23). Portanto, o seio de Abrao, sendo este o pai da raa
hebraica, sig nificava uma situao de grande honra e bno depois da
morte (Lc 16.22). ABRONA. O trigsimo-primeiro acampamento dos
israelitas: a sua situao era perto do golfo Elantico (Nm 33.34,
35). ABSALO. Meu pai paz. Terceiro e favorito filho de Davi; nasceu
em Hebrom, sendo Maaca suame (2 Sm 3.3). Ele deseja, primeiramente,
ser o vingador de sua irm Tamar, que tinha sido violadapor seu irmo
Amnom, ofilho mais velho de Davi e de Aino, ajizreelita. Depois do
assassinato de Amnom, fugiu Absalo para a corte de Talmai, em
Gesur. Trs anos depois pediram a Davi que permitisse a volta de seu
filho para Jerusalm, no que ele anuiu; mas no quis v-lo seno
passados mais dois anos, dando-lhe, no fim desse tempo, o beijo da
re conciliao. Era agora Absalo, entre os filhos sobreviventes, o
mais velho de Davi, mas re ceando ser suplantado pelo filho de
Bate-Seba, procurou obter popularidade, mantendo ao mesmo tempo uma
esplndida corte. Por fim, revoltou-se contra seu pai, e a princpio
foi bem sucedido; mas depois foi capturado e morto por Joabe,
apesar da proibio de Davi, que ainda muito amava a seu filho (2 Sm
3 e 13 a 18). ABSINTO. H, na Palestina, vrias espcies de absinto,
sendo a mais conhecida destas plantas oArtemisia absynthium dos
botnicos; uma planta de qualidades medicinais, pertencente famlia
das compostas, tambm chamada abr- tano. Usavam-na os gregos em
medicina, mas chamavam-lhe amargor. Aparece, princi palmente, nas
costas arenosas,!nos desertos, e sobre os montes escalvados. A sua
amargura d origem a numerosas passa gens figuradas da Escritura.
Absinto efelso figuras duma vida amargurada pela aflio, pelo
remorso, e sofrimento punitivo. Sob esta figura, so os israelitas
avisados por Moiss contra a idolatria (Dt 29.18). Em termos seme
lhantes Salomo adverte ojovem contra as ms inclinaes (Pv 5.4). Duas
vezes emprega Je remias a referida palavra, como expressiva do
castigo, que havia de cairsobre o Israel idlatra e corrompido (Jr
9.15; 23.15). E mais tarde lamenta a realizao da profecia,
contemplando a desolao que se seguiu tomada de Jerusa lm (Lm 3.15,
19). A estrelamstica da viso apocalptica, a qual se chamava
Absinto, se descreve comocaindo nas guas da terra, tornando-as
mortalmente amargas (Ap 8.11). A palavra traduzida por absinto, ou
alorna, ou peonha, , na lngua hebraica, um nome de especial
sentido, significando coisa angustiosa. Em todos os casos usa-se o
termo como sendo a planta o tipo daquelas ervas venenosas ou
amargas que impedem o crescimento das plan tas benficas (Os 10.4;
Am 6.12). AC. Perturbado. Homem da tribo de Jud. Na destruio da
cidade de Jeric por Josu, tirou Ac parte do despojo e escondeu-o,
pelo que ele e sua famliaforam apedrejados e mortos (Js 7). Por
isto teve aquele lugar, onde foi realizado o castigo, o nome de
Acor. ACABE. Irmo de pai. 1. Filho de Onri, stimo rei de Israel, e
o segundo de sua famlia, que se sentou naquele trono. A histria do
seu reinado vem no livro 1 dos Reis, caps. 16 a 22. Casou com
Jezabel, filha de Etbaal, rei de Tiro, que era adorador do deus
Baal, e tinha sido sacer dote da deusa Astarote, antes de ter
deposto seu irmo e tomado as rdeas do governo. O reinado de Acabe
distinguiu-se pela ao do profeta Elias, que se ops fortemente a
Jeza bel, quando esta introduziu em Israel o culto de Baal e
Astarote (v. Elias). A rainhaJezabel no somente levou o seu marido
para a idolatria, mas tambm ofez viver uma vida malfica. Foi ela
quem instigou Acabe a cometer um grande crime contra Nabote, cuja
vinha o rei ambicio nou para juntar a outros aprazveis terrenos que
faziam parte do seu novo palcio deJezreel. Nabote recusou vender o
terreno, baseando-se na lei de Moiss, segundo a qual a vinha era a
herana de seus pais. Pela sua declarao foi acusado de blasfmia,
sendo ele e seus filhos mortos por apedreja- mento (2 Rs 9.26).
Elias ento disse que a des truio da casa de Acabe seria a
conseqncia desta atrocidade. Uma grande parte do reinado de Acabe
foi ocu pada com trs campanhas contra Ben-Hadade II, rei de
Damasco. Das duas primeiras guerras ele saiu completamente
vitorioso. No fim da segunda, o rei Ben-Hadade caiu nas mos de
Acabe, mas foilibertado sob a condio de restituir todas as cidades
de Israel, que tinha em seu poder, e fazer bazares para Acabe em
Damasco (1 Rs 20.34). A bno de Deus foi retirada da terceira cam
panha. O profeta Micaas (ou Mica) avisou Acabe de que no teria
agora a proteo divina, dizendo que os profetas que o tinham
aconselhado esta- vam apressando a suaruna. Acabe foi batalha
13. Accia 14 Acazias e disfarou-se para no ser conhecido pelos
fre- cheiros de Ben-Hadade. Apesar disso foimorto por certo homem
que arremessou a flecha ventura. O seu corpo foi levado para
Samaria, para ser sepultado, e na ocasio em que um criado estava
lavando o carro, lamberam os ces o seu sangue (1 Rs 22.37,38).
2.Filho do falso profeta Colaas, que guiou mal os israelitas em
Babilnia. Foi condenado morte pelo rei Nabucodonosor (Jr 29.21).
ACCIA. Na profecia de Is 41.19 acha-se (accia) no nmero das rvores
que deviam ser plantadas no deserto. Noutros lugares usa-se a
expresso madeira de accia. As referncias a esta madeira acham-se no
livro do xodo e em Dt 10.3; e, pelo que a se diz, sabemos que
foiela principalmente usada na construo do ta- bernculo e da
respectiva moblia. A rvore de que se trata o sunt do Egito a accia
seyal, que produz a goma-arbica do comrcio. Cresce principalmente
na pennsula do Sinai, e aparece tambm na Palestina, sendo
encontrada no vale do Jordo e na parte orien tal do mar Morto. Tem
uma haste dura e espi nhosa, e produz flores amarelas entre a sua
folhagem peniforme. A sua vagem como a do laburno. A madeira rija,
durvel, e admira velmente adaptada a obras de marceneiro (x 25, 26,
27, 30, 35, 36, 37, 38; Dt 10.3). AAFRO. Este nome deriva-se do
arbico zafaran. Obtm-se em pequenas quantidades dos estigmas
amarelos e do estilete dum croco, sendo precisos, como dizem,
60.000botes para preparar um arratel de aafro. No Oriente se faz
com esta planta uma substncia odorfera (Ct 4.14), usada para dar
gosto comida e ao vinho, empregada tambm como poderoso me dicamento
estimulante. Tambm serve para tinta; e desta se fabrica uma
qualidade inferior com o Carthamus tinctorins, uma planta alta da
famlia das Compostas. ACAIA. Emprega-se no N.T. esta palavra para
designar uma provncia romana, que inclua o Peloponeso e grande
parte da Hlade, com as ilhas adjacentes. Acaia e Macednia juntas
formavam a Grcia (At 19.21; Rm 15.26). Na ocasio em que Paulo foi
levado presena de Glio, era a Acaia governada por um procnsul da
parte do Senado Romano. ACAMPAMENTO No cap. 33 de Nmeros acham-se
mencionados quarenta e um acam pamentos ou estaes, na viagem dos
israelitas atravs do deserto. Todavia, no devemos supor que
osacampamentos dos israelitas eram formados segundo um estrito
regulamento mi litar. No havia coisa que se parecesse com
entrincheiramentos, ou outros meios, para re pelir qualquer ataque
dos inimigos. Havia, con tudo, para fins higinicos, ordens estritas
que deviam ser cumpridas (Nm 5.3; Dt 23.14). A forma de
acamparacha-se prescrita em Nm 2.3. Todo o corpo do povo israelita
constitua quatro divises; cada diviso era formada de trs tri bos,
de maneira que o tabernculo ficava encer rado num quadrado. Cada
uma das divises tinha uma bandeira (Nm 1.52 e 2.2), bem como cada
tribo; e tambm possua as suas insgnias qualquer grande associao de
famlias, perfa zendo uma tribo. As leis sanitrias para o
acampamento eram extraordinariamente minuciosas e muito rigo rosas.
Os mortos eram enterrados fora do ar raial (Lv 10.4); e todos
aqueles que tinham es tado em contato com os corpos tinham, igual
mente, de ficar fora pelo espao de sete dias (Nm31.19). Os leprosos
eram, comtodo origor, excludos da convivncia com seus semelhantes
(Lv 13.46). Havia, tambm, fora do arraial, um lugaronde eram
depositadas equeimadastodas as imundcias e coisas de refugo (Lv
4.12; Dt 23.10). AC7j.Possuidor. 1. Filho deJoto, eundcimo rei de
Jud (2 Rs 16; 2 Cr 28).Quando ele subiu ao trono, Rezim, rei de
Damasco, e Peca, rei de Israel, formaram umaliga contraJud, e inten
taram cercar Jerusalm. Oprofeta Isaas acon selhou Acaza que
vigorosamente se opusesse, e a empresa daqueles reis falhou (Is 7.3
a 9). Todavia, os aliados fizeram grande nmero de cativos (2 Cr
28), que foram restitudos, como resultado das repreenses do profeta
Odede, e grande dano infligiram tambm a Jud (2 Rs 16), tomando
Elate, um ponto florescente do mar Vermelho, no qual depois de
expulsos os judeus, restabeleceram os siros. Acaz, no meio destas
perturbaes, pediu auxlio a Tiglate- -Pileser, que invadiu a Sria,
tomou Damasco, matou Rezim, e privou Israel dos seus territ rios
setentrionais e dos de alm-Jordo. Acaz, em troca destes servios,
tornou-se tributrio de Tiglate-Pileser, mandou-lhe todos os tesou
ros do templo e do seu prprio palcio, e ainda apareceu perante ele
em Damasco como seu vassalo; quando ele morreu, depois de um rei
nado de dezesseis anos, no o puseram nos se pulcros dos reis (2 Cr
28.27) 2. Bisneto de Jnatas (1 Cr 8.35; 9.42). ACAZIAS. 1. Filho de
Acabe e Jezabel, e oitavo rei de Israel. Estava para partir numa
expedi o contra o rei de Moabe, que, sendo seu vas salo, se tinha
revoltado, quando adoeceu por haver cado pelas grades dum quarto no
seu palcio de Samaria. Quando tinha sade pres tava culto aos deuses
de sua me, mas agora mandou saber ao pas dos filisteus, por meio
dos seus orculos e de Baal-Zebube, se se restabe leceria. Elias
censurou-o por esta impiedade e anunciou-lhe a sua morte prxima.
Reinou uns dois anos (1 Rs 22.51 a 53; 2 Rs 1). 2. Quinto rei de
Jud, filho de Jeoro e de Atalia, filha de Acabe, e, portanto,
sobrinho do
14. Aceldama 15 Adivinhao precedente Acazias. chamadoJeocaz em2
Cr 21.17.Acazias, idlatra, foi feliz na aliana com seu tio Joro,
rei de Israel, contra Hazael, rei da Sria. Era to estreita a unio
entre tio e sobrinho, que houve grande perigo de que o gentilismo
se propagasse com grande fora pelos reinos dos hebreus. Este mal
foi evitado por uma grande revoluo, movida em Israel por Je, sob a
direo de Eliseu. Quando Aca zias visitava o seu tio em Jezreel,
aproximou-se Je da cidade. Os dois reis saram ao seu encon tro, mas
a seta de Je penetrou o corao de Joro, sendo Acazias perseguido e
mortal mente ferido. Tinha reinado apenas um ano (2 Rs 8.25 a 29, e
9). ACELDAMA. Campo de sangue. Poro de ter reno, em Jerusalm,
comprado com as trinta peas de prata que Judas recebeu por ter en
tregado Jesus (At 1.19). O tradicional stio chama-se hoje
Hakk-ed-Dumon, e existe na ex tremidade oriental dum largo terrao,
numa inclinao para o sul do vale de Hinom, no ficando longe do
tanque de Silo. ACO. Esta povoao foi mais tarde chamada Ptolemaida,
e S. Joo tVAere; atualmente Akka. um porto de importncia na costa
da Sria, cerca de 48 km ao sul de Tiro. Acha-se situado na baa de
Acre, uma reentrncia for mada pelo cabo do Carmelo, que entra pelo
mar Mediterrneo. Na diviso da terra de Cana entre as tribos de
Israel, coube Aco aAser, mas nunca foi tomada aos seus primitivos
habitan tes (Jz 1.31); e por isso contada entre as cida des da
Fencia. A nica referncia que se faz no N.T. a esta povoao a de
At21.7, quando fala da passagem de S. Paulo por ali, vindo de Tiro
para Cesaria. AO. Embora fosse conhecida dos antigos uma certa
espcie de ferro, refinado e endurecido, contudo, num certo nmero de
passagens al gumas tradues do a palavra cobre e no ao. Se alguns
traduzem as palavras de Naum (2.3), cintila o ao dos carros, outros
do esta traduo: Os carros correro como fogo de to chas. (V. Armas,
Cobre.) AOITES. O costume geral de castigar, no Oriente, era, e
ainda , bater com varas (Dt 25.1 a 3; Pv22.15, etc.). No A.T. h
referncia ao aoite ou chicote em 1 Rs 12.11, 14, 2 Cr 10.11,14 (no
Lv 19.20). Quanto ao emprego do aoite, em sentido figurado, veja-se
Js23.13;J 5.21; 9.23; Is 10.26; 28.15. Em Mt 10.17 e 23.34 h uma
referncia prtica judaica de aoitar os transgressores da religio; e
S. Paulo registra ofato de ter sofrido este castigo em cinco
ocasies (2 Co 11.24; cp. com Hb 11.36). As correias dos romanos
para aoitar eram cheias de ns, sendo estes forma dos de ossos
agudos ou de metais. Usualmente a flagelao precedia crucificao, e
foi essa umaparte do castigo infligidoaJesus (Mt27.26; Mc 15.15;
cp. com Jo 19.1, onde o ooitamento, talvez duma maneira mais leve,
precede a sen tena, querendo com isso Pilatos evitar a pena de
morte). Pela Lei Prcia um cidado romano no podia ser aoitado (At
22.25). A lei judaica no permitia que se dessem mais de quarenta
aoites (Dt25.3); e, para evitar que este nmero fosse excedido,
recebia o culpado somente trinta e nove (2 Co 11.24). ADO.
Provavelmente vermelho. 1. Nome do primeiro homem, cuja criao se l
em Gn 1e 2. Foi formado do p da terra (2.7), imagem e semelhana de
Deus (1.26). Foi-lhe dado dom nio sobre todas as cousas criadas
(1.26), e colo cado no Jardim do den (2.8) com sua mulher Eva
(2.22). Eva cedeu tentao da serpente (3.5), comendo do fruto
proibido da rvore do conhecimento do bem e do mal (2.17 e 3.6), e
dando-o a Ado. Como resultado abriram-se os olhos de ambos (3.7);
sua desobedincia foi cas tigada com uma completa mudana das condi
es terrestres, e foram expulsos do den (3.24). Na maldio proferida
contra a serpente j se v anunciada a vinda dum redentor (Gn 3.15);
e esse redentor foi Jesus, que apresen tado por S. Paulo como o
reparador da perda que a Humanidade sofreu por motivo da queda dos
nossos pais (1 Co 15.22,45). 2. Cidade nas margens do Jordo,
mencionada quando passaram o rio os filhos de Israel (Js 3.16).
hoje Ed. Danieh. ADAR. Glorioso. 1. Nome (babilnico) do
dcimo-segundo ms do ano sagrado judaico (fevereiro-maro), Ed 6.15;
Et 3.7, etc. Foi do brado sete vezes em dezenove anos para har
monizar o ano lunar com o solar. 2. Uma cidade nos confins de Jud
(Js 15.3). ADIVINHAO. O dom da profecia foi conce dido por Deus
apenas a pouqussimas pessoas, na histria da Humanidade; mas nos
tempos bblicos havia quem pretendesse ter o dom da adivinhao,
praticando vrias espcies de ar tifcios com ofim de fazerem crer que
possuam conhecimentos do futuro. Em geral a adivinha o fazia parte
dos predicados duma casta sa cerdotal, que disso fazia uso para os
seus pr prios fins (Gn41.8; Is 47.13; Jr 5.31; Dn2.2). As pessoas
que afirmavam ter em si espritos fa miliares (Is 8.19 e 29.4) cr-se
que eram ven trloquos, que desde debaixo da terra, chil- reando
entre dentes, murmuravam para imitar a voz dos espritos, que se
acreditava terem sido invocados dentre os mortos. Com respeito
invocao da alma de Samuel pela pitonisa de En-Dor (1 Sm 28.7 a 25),
considerando que a mulher era indubitavelmente uma impostora,
podemos dizer que Deus permitiu nesta oca sio, para os Seus prprios
desgnios, que Saul, pelas engenhosas prticas da feiticeira, pu
desse ser inteiramente avisado do que o espe
15. Adoo 16 Adulo rava, tendo ainda tempo nos seus ltimos dias
de voltar o seu corao para Deus. Em Ez 21.21 a referncia adivinhao
por meio de flecha. 0 rei arremessou um feixe de setas a fim de ver
em que direo iam descer; e, como elas caram sua mo direita, ele
marchou para Jerusalm. A taa pela qual se diz ter Jos adivinhado
(Gn 44.5), era um vaso de prata (simblico do Nilo, a taa do Egito)
que se supunha ter misterio sas qualidades mgicas. A adivinhao era
feita por meio de irradiaes da gua, ou de gemas, com inscries
mgicas, a ela arremessadas. A condio do fgado do animal, que tinha
sido sacrificado, julgavam alguns ser uma indicao relativamente ao
futuro (Ez 21.21). Moiss proibiu toda espcie de adivinhao. (V. Ma
gia.) ADOO. Termo pelo qual Paulo exprime o parentesco que a frase
filhos de Deus de signa. Em Rm 8.15 a 23; 9.4; G14.5; e Ef 1.5, h
referncia ao costume legal, entre os romanos, pelo qual a criana
adotada tomava o nome do seu novo pai, e tornava-se seu herdeiro. O
pa rentesco era, em todos os respeitos, o mesmo que existia entre o
pai natural e seu filho. 0 costume da adoo tem sido seguido
portodas as naes e em todos os tempos. A adoo civil era permitida e
determinada para alvio e con forto daqueles que no tinham filhos;
mas na adoo espiritual no aparece esta razo. O Se nhor Onipotente
adota os crentes, e eles tornam-se filhos de Deus, no porque haja
qualquer excelncia neles, mas porque Ele infinitamente bom. A filha
de Fara adotou Moiss por causa do seu lindo rosto (At 7.20,21);
Mordecai adotou Ester pela mesma razo, e porque ela era sua parenta
(Et 2.7); nada h no homem, porm, que otorne merece dor da adoo
divina (Ez 16.5). Alm disso, na adoo espiritual, onovo filho recebe
no s um nome novo, mas uma nova natureza: torna-se participante da
natureza divina (2 Pe 1.4). ADONIAS: O SENHOR o Senhor. 1. Quarto
filho de Davi, nascido em Hebrom, quando seu pai era rei de Jud (2
Sm 3.4). Nos ltimos anos do reinado de Davi, formou Adonias em
volta de si um partido forte, e comeou a manifestar suas pretenses,
aspirando a ser sucessor de seu pai. Mas Davi tinha prometido a
Bate-Seba que seu filho Salomo havia de ser o rei de Israel, e deu
ordens para que Salomo se diri gisse, montado na mula real, a Giom,
ao oci dente de Jerusalm. Foi ali ungido e procla mado rei por
Zadoque e alegremente reconhe cido pelo povo. Esta resoluo infundiu
terror nopartido contrrio, e Adonias fugiuparajunto do altar. Foi
perdoado por Salomo, sob a con dio de mostrar-se como homem digno,
sendo tambm ameaado de morte se alguma maldade fosse por ele
praticada (1 Rs 1). Depois da morte de Davi, pretendeu Adonias o
consentimento de Salomo para o seu casa mento com Abisague, que
tinha vivido com Davi, quandoj muito avanado em idade. Pen sou
Salomo que havia nele inteno de reivin dicar o trono e ordenou que
fosse morto (1 Rs 2.25). 2. Um dos levitas, a quem Josaf mandou
para ensinar a lei ao povo (2 Cr 17.8). 3. Um chefe judaico, que
com Neemias assinou o pacto (Ne 10.16). ADORAO. H duas palavras no
A.T. signifi cando adorao: uma delas, em certos lugares, tem o
sentido de fazer reverncia5, inclinar-se (Dn 2.46; 3.5); a outra
usa-se a respeito do culto prestado ao SENHOR e a outros deuses ou
objetos de reverncia (Gn 24.26, 48, etc.; x 34.14; Dt 4.19,etc.); e
tam bm a respeito do prncipe do exrcito do Se nhor (Js 5.14). No
N.T. a palavra mais fre qentemente empregada significava, na sua
origem, beijar a mo de algum, como sinal de considerao, fazendo-se
uma inclinao res peitosa. usada com as seguintes significa es:
adorao a Deus (Mt 4.10); reverncia para com Jesus Cristo (Mc 5.6);
e culto idlatra (At 7.43; cf. Ap 9.20; 14.9; 22.8). ADRAMELEQUE. 1.
dolo dos de Sefarvaim, que Salmaneser II, rei da Assria, trouxe
para colonizar as cidades da Samaria, depois de ter levado para
aquele pas os habitantes cativos (2 Rs 17.31). Este dolo era
adorado com ritos semelhantes aos de Moloque, sendo-lhe sacrifi
cadas as crianas. 2. Filho de Senaqueribe, rei da Assria; auxi
liado por seu irmo Sarezer, matou opai na casa do deus
Nisroque,estando ele a adorar ali (2 Rs 19.37). ADRIEL. Filho de
Barzilai, meolatita, a quem Saul deu a sua filha Merabe, ainda que
a tinha prometido a Davi (1 Sm 18.19). Cinco filhos de Adriel
estavam entre aqueles sete descenden tes de Saul, os quais Davi
entregou aos gibeoni- tas (2 Sm 21.9), com o fm de dar-lhes uma
satisfao porter Saul empregado todos os seus esforos para
extirp-los, embora em outros tempos tivessem os israelitas feito
uma aliana com eles (Js 9.15). ADULO. Cidade de Jud (Js 15.35),
sede dum rei cananeu (Js 12.15), evidentemente lugar de grande
antigidade (Gn 38.1 a 20): hoje Aid- -el-Ma. Havia muitas cavernas
nas colinas de pedra calcria, existentes nos subrbios da po voao;
era alioponto de reunio de Davie seus companheiros. Ali tambm se
encontraram com Davi, seus irmos e toda a casa de seu pai, indo de
Belm (1Sm 22.1). Foi naquele stio que se deu oousado ato dos trs
valentes, que arris caram a vida indo a Belm buscar gua para Davi
(2 Sm23.14 a 17; 1Cr 11.15 a 19). A cidade de Adulo foi fortificada
pelo rei Roboo (2 Cr 11.7), e foi um dos lugares reocupados
pelos
16. Adultrio 17 Ageu judeus depois da sua volta da Babilnia (Ne
11.30). H, ainda, muitas cavernas nos montes de pedra calcria, ali
perto. ADULTRIO. Este ato proibido no stimo mandamento (x 20.14; Dt
5.18). Veja-se em Nm 5.11 a 29 a descrio da prova de impureza por
meio da gua amarga, que era dada mu lher suspeita para beber. As
referncias que os profetas fazem ao adultrio indicam uma situa
omoral muito baixa (Is 57.3;Jr 23.10; Os7.4). provvel que depois do
cativeiro, quando o lao conjugal se tornou menos apertado, raras
vezes, se alguma vez o foi, tenha sido a pena de morte aplicada. A
frase em Mt 1.19, no a querendo infamar, provavelmente significa no
levar o caso pe rante osjuizes do conselho local. Jos procedeu
assim, pois preferia, como podia faz-lo, deix-la secretamente. A
palavra adultrio era usada fguradamente para exprimir a infideli
dade do povo hebreu para com Deus. Figura muito apropriada por
causa dos ritos impuros que faziam parte do culto idlatra (Ez 16).
Assim tambm falou o Senhor duma gerao adltera (Mt 12.39). (V.
Casamento.) As principais passagens do N.T. em que se fala de
adultrio, relacionam-se com o divrcio ou se parao: Mt 5.31,32;
19.6; Mc 10.11, 12; Lc 16.18; Jo 8.3 a 11; Rm 7.2, 3; 1 Co 7.10,11,
39. ADVOGADO. A palavra gregParakletos, tra duzida advogado em
portugus, em 1Jo 2.1, aplica-se tambm ao Esprito Santo em Jo 14.16,
26; 15.26; 16.7. A significao grega a de algum chamado para
defender outra pes soa, especialmente quando se trata duma acu sao
legal. Em latim advocatus. A traduo consolador acha-se nas
passagens citadas do Evangelho de S. Joo. O cristo tem, portanto,
ou no Esprito Santo ou em Jesus Cristo, quem defenda a sua causa, e
lhe d conforto nas horas tristes. (V. Esprito Santo.) AFEQUE.
Fortaleza. 1. Cidade real dos cana- neus, cujo rei foi morto por
Josu (Js 12.18). Coube, na distribuio das terras, a Issacar. 2.
Cidade situada na extremidade norte de Aser, nos limites dos
amorreus (Js 19.30), donde no foram expulsos os cananeus. 3. Lugar
em que acamparam os filisteus, en quanto os israelitas se
conservavam em Eben- zer, antes dafatal batalha em que foram mortos
os filhos de Eli e tomada a arca (1 Sm 4.1). Era perto de Jerusalm,
ao nordeste. 4. Campo da batalha em que Saul foi derrotado e morto
(1 Sm 29.1). 5. Cidade na estrada militar que vai da Sria a Israel
(1 Rs 20.26). Acha-se esta cidade identi ficadacoma moderna Fik,
nocimo doWadi Fik, 10 km ao oriente do mar da Galilia, passando
ainda pela povoao a grande estrada entre Damasco eJerusalm. Foi
teatro da derrota de Ben-Hadade (1 Rs 20.30), e de muitas outras
batalhas. AGAGUE. Violento. Rei dos amalequitas (1 Sm 15), cuja
vida Saul poupou, desobedecendo ordem divina. Samuel declarou que,
por este ato, a sucesso sairia da famlia de Saul, e ele prprio
mandou buscar Agague, fazendo-o em pedaos. Ham, o agagita, de cuja
sorte se fala no livro de Ester, era, segundo a crena dos judeus,
descendente de Agague, e por isso eles odiavam a sua raa. Em Nm
24.7 parece ser o nome Agague usado como ttulo geral dos reis
amalequitas. GAPE. Festa de amor cristo. Os membros da Igreja
apostlica encontravam-se em dias de terminados para participarem
todos duma re feio comum como irmos (At 2.46). Estas reunies
estavam em estreita conexo com a Ceiado Senhor (1 Co 11.20 e seg.),
edeste modo davam ocasio a grandes desgostos, pois s vezes havia
abusos da parte dos falsos crentes (2Pe 2.13; Jd 12). Com o aumento
da Igreja, as distines sociais se afirmaram de novo, caindo em
descrdito as festas de amor. AGEU. Festivo. Um dos trs profetas da
Res taurao. Pouco se sabe a respeito da sua per sonalidade, mas o
tempo do seu aparecimento pode deduzir-se do seu livro e do de
Esdras. Nasceu, provavelmente, durante o cativeiro, e pertenceu ao
nmero dos que vieram com Zo- robabel da Babilnia para Jerusalm, no
ano 536 a.C. A reedificao do templo comeou com grande zelo, mas,
por causa da oposio dos samaritanos, foram suspensas as obras pelo
es pao de quatorze anos. Subindo, ento, Dario Histaspes aotrono da
Babilnia, foiAgeu inspi rado por Deus a exortar Zorobabel e Josu a
que recomeassem o trabalho do templo. Os seus arrazoados produziram
efeito (Ag 1.14; 2.1), prosseguindo osjudeus na reedificao no ano
520, dezesseis anos depois da volta do cati veiro. Diz-se que Ageu
foi sepultado em Jeru salm, perto dos sepulcros dos sacerdotes.
AGEU (LIVRO DE). Encerra este livro quatro mensagens profticas,
todas elas apresentadas durante 4 meses pouco mais ou menos (1.1; e
2.1, 10, 20). Na primeira so censurados os judeus por desprezarem o
templo; faz-se a pro messa de que o favor divino havia de acompa
nhar a sua construo. Vinte e quatro dias de pois desta profecia,
foram as obras continua das, sendo os israelitas animados por uma
mi sericordiosa mensagem da parte de Deus. Mas, passado um ms,
arrefeceu de novo o zelo do povo, e comearam a pensar se seria
possvel a restaurao. Com o fim de remover as dvidas do povo e
levantar as suas enfraquecidas ener gias, apareceu Ageu declarando
que o Senhor era com eles e profetizando que a glria do novo templo
havia de ser maior do que a do primeiro (Ag 2.1 a 9). Pela terceira
vez dirige-se Ageu
17. Agricultura 18 aosjudeus e censura-os pela sua indiferena;
ao mesmo tempo incita-os a trabalharem o mais possvel (Ag2.10 a
19). No mesmo dia foi profe rida outra profecia, dirigida a
Zorobabel, prn cipe de Jud, representante da casa de Davi, e aquele
por quem principia a genealogia do Mes sias depois docativeiro,
encerrando as palavras profticas a promessa de que o povo de Deus
seria preservado no meio da queda e runa dos reinos da terra (2.20
a 23). Cp.Ag 2.6 com Hb 12.26,27. Mas as palavras de 2.9, neste
lugar darei a paz, foram, sem dvida, cumpridas com a presena de
Jesus Cristo no segundo templo. AGRICULTURA. A Palestina, exceo da
parte mais meridional, terra de ribeiros dguas e de fontes que
correm das montanhas e dos vales (Dt 8.7 a 9). As primeiras chuvas
caem em outubro. No so chuvas contnuas, mas intermitentes, dando
isso ocasio a que o lavrador possa semear trigo e cevada. Continua
a chuva a cair por intervalos durante os meses de novembro e
dezembro, havendo ainda em maro e abril dias chuvosos. Nos
restantes meses at outubro, o tempo seco, vendo-se o cu sem nuvens.
Logo que no ms de outubro o cho amolecido pelas chuvas, principia a
se- meadura de trigo, cevada e lentilhas. O arado dos antigos
hebreus era, provavelmente, se melhante aos de hoje, constando duma
vara grossa feita de duas peas, s quais se prendia uma travessa
onde se atrelava uma junta de bois. Na outra extremidade era metida
uma pea num ngulo obtuso, que terminava por baixo na relha e havia
uma grosseira rabia na parte superior. Os bois eram impelidos por
meio duma vara com aguilho, a qual era tam bm empregada para
quebrar os torres de terra ou limpar o arado. A ceifa comea no fim
de maro ou princpio de abril. A colheita da cevada vem primeiro,
sendo altima a do trigo em meados de maio. Otempo da ceifa durava
sete semanas. O trigo era se gado com uma foice e, reunido em
molhos, era levado para a eira, um terreno circular, exposto ao
vento, com uns vinte metros de dimetro. Aqui era o gro liberto da
palha mediante o andar de bois ou jumentos sobre o trigo. Por es de
trigo eram tambm algumas vezes de bulhadas por meio dum mangual (Is
28.27); mais freqentemente, porm, se empregava um instrumento, que
constava duma armao de madeira, com pedras pontiagudas metidas em
buracos na parte inferior, posta em contato com otrigo. Esta armao
era puxada por bois, e muitas vezes o agricultor sentava-se em cima
para aumentar opeso. Tambm se usava para a debulha um revestimento
de madeira adaptado s rodas dum carro, com certo nmero de lmi nas
para cortar otrigo. Depois, quando soprava levemente o vento,
levantava-se com ps de guia madeira a palha com o gro, caindo este
na eira e levada aquela pelo ar fora. O trigo ainda era limpo das
pedras e impurezas agitado numa joeira (Am 9.9). A palha mais
comprida servia de alimento para os bois (Is 11.7), no tendo valor
a restante. A colheita era armazenada em lugares subter rneos (Jr
41.8). Em troca de ouro e prata e artigos de luxo, abastecia a
Palestina, com o contedo dos seus armazns, os mercados de Tiro e
Sidom, onde se reuniam tambm as mer cadorias de todas as naes desde
a Espanha ndia. Nas minuciosas descries de Ezequiel sobre a
grandeza de Tiro, ele menciona o trigo entre os diversos artigos,
que a Fencia impor tava de Jud no seu tempo, o sexto sculo antes de
Cristo. Mais de seis sculos depois vemos que ainda Cana que fornece
trigo Fencia, pois uma misso especial veio, cerca do ano 44 d.C.,
ao rei Herodes Agripa, da parte de Tiro e Sidom, pedindo paz,
porque o seu pas era sus tentado pelas terras do rei (Atos 12.20).
AGRIPA. (V. Herodes.) GUIA. H, constantemente, referncias na
Bbliaao espantoso nmero de aves de presa de todos os tamanhos, que
se acham na Palestina e na Arbia. Em algumas das passagens, onde
ocorre a palavra guia, teria sido melhor tra duo abutre. Por
exemplo, em Mq 1.16, faze-te calva, e tosquia-te... alarga a tua
calva como a guia, somente se pode referir isto ao abutre, que
desprovido de penas na cabea e no pescoo, o que , realmente, uma
disposio da Natureza, visto como esta ave tem por hbito introduzir
a cabea nas carcaas dos animais mortos. Outra ave denominada guia o
abutre grifo, cujo hbito de pousar nas mais altas elevaes dos
penhascos se acha exata mente descrito em Jr 49.16 e J 39.27 a 30.
Nesta ltima passagem, seus olhos a avistam de longe, h uma
referncia ao quase incom preensvel alcance de vista do abutre.
Quando um animal cai morto ou ferido no deserto, con tam os
viajantes que dentro dum espao de tempo pequenssimo aparecem estas
aves sobre ele, sendo certo que um minuto antes nem uma se via. Uma
simples carcaa torna-se, desta maneira, o chamariz duma multido de
aves de presa (Mt 24.28). A fora da ave e o seu vo rpido acham-se
mencionados em Jr 4.13 e Os8.1. No SI 103.5 h uma referncia sua
longevidade e aparente rejuvenescimento. Oseu cuidado de me, a que
se faz aluso em Dt 32.11,12, especialmente no ato de encorajar os
filhinhos nas primeiras ten tativas de vo, muito caracterstico da
classe de aves a que a guia pertence. Como a guia voa a grande
altura, parecendo aproximar-se do cu, tem sido tomada como um
emblema de S. Joo pelo penetrante e profundo conheci-
18. Aguilho 19 Aimas mento das verdades divinas, que se nota
nos escritos deste apstolo. A guia de ouro e a guia imperial so
ambas muito conhecidas na Palestina, ainda que no tanto como o
abutre grifo, e so principalmente vistas nos vales de rocha e nas
alturas de cor dilheiras raramente visitadas. O quebrantosso de Lv
11.13 e Dt 14.17, ou abutre barbudo, tem esse nome pelo fato de
levar consigo at s maiores alturas os ossos cheios de medula,
deixando-os depois cair sobre as pedras para quebr-los. Uma
conhecidatradio afirma que o poeta Esquilo encontrou
inesperadamente a morte pelo fato de uma destas aves ter deixado
cair sobre a sua cabea calva uma tartaruga, julgando que fosse uma
pedra. Outras guias que se vem na Terra Santa so a guia mo rena, a
guia de Bonelli e a guia de garras curtas; esta ltima a mais comum,
alimentando-se de rpteis, que ali so notavel mente abundantes.
AGUILHO. Uma grande vara para conduzir gado, tendo numa das
extremidades um ferro de ponta aguada (Jz 3.31; 1 Sm 13.21; Ec
12.11). Em At 26.14 a frase Dura cousa re- calcitrares contra os
aguilhes uma expres so proverbial muito vulgar em grego e latim,
para mostrar que v a resistncia quando o poder grande. AI. Monto.
1. Cidade de Cana, que j existia no tempo de Abrao (Gn 12.8). Foi a
segunda cidade que Israel conquistou e totalmente des truiu, depois
de ter atravessado o Jordo (Js 7,8,9,10, 12). Os homens de Betei e
Ai, em nmero de 223, voltaram do cativeiro com Zo robabel (Ed2.28).
Aiate, por onde Senaqueribe passou na sua marcha sobre Jerusalm, e
Aia, so outras formas de Ai (Is 10.28; Ne 11.31). 2. Cidade dos
amonitas (Jr 49.3). AAS. Irmo do SENHOR. 1. Sacerdote do Se nhor em
Silo. A arca de Deus estava sob o seu cuidado; ele trazia a estola
e inquiria do Senhor por meio da arca (1 Sm 14.18) Provavelmente o
mesmo que Aimeleque em 1 Sm 21: eram filhos de Aitube (1 Sm 14.3;
22.9). Era Aimele que irmo do rei. 2. Filho de Bela (1 Cr 8.7), e
que Se pensa ser a mesma pessoa que Ao (1 Cr 8.4). 3. Filho de
Jerameel (1 Cr 2.25). 4. Um dos valentes de Davi (1 Cr 11.36). 5.
Levita do reinado de Davi, que tinha a seu cargo os tesouros da
casa de Deus, e, tambm, os das coisas sagradas (1 Cr 26.20. Ed.
R.C.). Na E.R.A. no consta o nome Aas. 6. Um dos prncipes de Salomo
(1 Rs 4.3). 7. Profeta de Silo (1 Rs 14.2), chamado por isso
osilonita (1 Rs 11.29), nos dias de Salomo, ede Jeroboo, rei de
Israel. Existem dele duas notveis profecias. A primeira diz
respeito a Jeroboo; anuncia-lhe que dez tribos separar- -se-iam de
Salomo como castigo da idolatria deste rei, e seria para ele
transferido o reino. Est^ profecia chegou ao conhecimento de Sa
lomo, e Jeroboo, a fim de salvar a vida, teve de fugir para junto
de Sisaque, rei do Egito, onde permaneceu at morte do rei de Israel
(1 Rs 11.29 a40). A segunda profecia acha-se em 1 Rs 14.6 a 16, e
foi dirigida mulher de Jero boo, que, sob disfarce, tinha vindo
saber not cias de seu filho Abias, que estava doente. Aas predisse
a morte do menino, bem como a des truio da casa de Jeroboo, por
causa de sua idolatria; e tambm anunciou o cativeiro de Is rael
para alm do rio Eufrates. 8. Pai do rei Baasa (1 Rs 15.27, 33). 9.
Um dos chefes do povo que selaram o conv nio com Neemias (Ne
10.26). AICO. Meu rnno se levantou. Quando Saf, o escriba, trouxe
ao reiJosias o Livro da Lei que Hilquias, o sumo sacerdote, tinha
achado no templo, foi Aico mandado pelo rei com outros delegados
consultar aprofetisa Hulda (2Rs 22). Quando, no reinado de
Jeoaquim, os sacerdotes eprofetas acusaram oprofetaJeremias perante
os prncipes de Jud de ter feito arrojadas de claraes sobre os
pecados da nao,Aico usou da sua influncia para proteger o profeta
(Jr 26.24). O seu filho Gedalias foi nomeado gover nador de Jud por
Nabucodonosor, rei da Ba bilnia, e a ele Jeremias foi entregue,
quando saiu da priso (Jr 39.14 e 40.5). AIJALOM.Lugar-degazelas. 1.
Cidade dos coa- titas (Js 21.24), dada tribo de D (Js 19.42);
todavia, a tribo foi incapaz de desapossar os amorreus daquele
lugar (Jz 1.35). Aijalom foi uma das cidades fortificadas pelo rei
Roboo (2 Cr 11.10), durante os seus conflitos com o novo reino de
Israel; e a ltima notcia que temos dessa povoao que os filisteus a
tomaram e habitaram. A cidade tem sido identificada fora de dvida,
com a moderna Yalo, um pouco ao norte da estrada de Jafa e cerca de
23 km distante de Jerusalm. Est situada na encosta dum extenso
monte, que forma o limite sul do belo vale das searas de trigo, e
que agora tem o nome de Merj IbnAmir; parece, pois, no haver razo
para duvidar de que esse oantigo vale de Aijalom, onde se deu a
derrota dos cananeus (Js 10.12). 2. Lugar de Zebulom, mencionado
como sepul tura de Elom, um dos juizes (Jz 12.12). AIMAS. Meu irmo
est irado. 1. Pai da mu lher de Saul, Aino (1 Sm 14.50). 2. Filho
de Zadoque, sacerdote no reinado de Davi. Quando Davi fugia de
Jerusalm por causa da rebelio de seu filho Absalo, aconte ceu que
Zadoque e Abiatar, acompanhados de seus filhos, levaram a arca de
Deus na sua in teno de irem com o rei. Mas Davi ordenou- -lhes que
voltassem para a cidade, o que eles fizeram, bem como Husai (2 Sm
15). Em vir tude de certa combinao, Husai, fazendo-se
19. Aino 20 Alexandre amigo de Absalo, deu um conselho
diferente do de Aitofel e disse a Zadoque e a Abiatar alguma coisa
do que se passava no palcio, para que fosse levado um aviso a Davi
por Aimas e Jnatas, que tinham ficado em En-Rogel, fora dos muros
da cidade (2 Sm 17.17). Oque depois se sabe de Aimas est em relao
com amorte de Absalo s mos deJoabe e seus escudeiros. Aimas
questionou com Joabe, para que lhe fosse permitido levar a Davi a
notcia do fato. Joabe, que era amigo de Aimas, sabendo quo doloroso
seria para o pai oconhecimento da morte do filho, no acedeu ao seu
pedido, mas mandou um etope em seu lugar. J depois de ter partido o
etope, tornou novamente Aimas a insistir com Joabe para que lhe
fosse concedido ir levar a notcia a Davi, sendo por fim atendido.
Correndo por atalhos, Aimas chegou antes do etope presena de Davi,
e informou o rei da vitria alcanada sobre os revoltosos, mas no
mencionou a morte de Absalo. Deixou ao etope, com uma esperteza
oriental, a desagradvel misso de dar essa notcia (2 Sm 18). 3. Um
dos oficiais de Salomo, oqual tinha a seu cargo o abastecimento da
casa do rei durante um ms em cada ano. Era genro do rei, pois tinha
casado com sua filha Basemate (1 Rs 4.15). AINO. Meu irmo gracioso.
1. Mulher de Saul, primeiro rei de Israel (1 Sm 14.50). 2. Uma
mulher de Jezreel, que veio a ser mu lher de Davi, quando este
andava errante (1 Sm 25.43); com esta e com a outra sua mulher Abi
gail foi Davi corte de Aquis, rei de Gate (1 Sm 27.3). Foi me de
Amnom, ofilho mais velho de Davi (2 Sm 3.2). AITOFEL. Irmo de
loucura. Um gilonita, conselheiro de Davi; a reputao de Aitofel era
to alta que as suas palavras tinham a autori dade dum orculo
divino. Se, como se pode depreender de 2 Sm 23.34, em comparao com
11.3, era ele av de Bate-Seba, talvez fosse a queda da neta que o
levou a aderir revolta de Absalo, sendo por este mandado chamar no
princpio da conjurao (2Sm 15.12). Para mos trar ao povo que
orompimento entre Absalo e o pai era irreparvel, aconselhou Aitofel
ao re belde que tomasse posse do harm real (2 Sm 16.21). Com o fim
de contraditar os seus conse lhos, mandou Davi que Husai fosse para
junto de Absalo. Aitofel tinha recomendado que Davi fosse
imediatamente atacado, mas Husai aconselhou a demora, tendo em mira
enviar especial aviso a Davi, e assim dar-lhe tempo de reunir as
suas tropas para um decisivo com bate. Quando Aitofel viu que
prevalecia o con selho de Husai, caiu em desespero, e, voltando
para sua casa, ps as suas coisas em ordem e enforcou-se (2 Sm 17).
Tem sido notado que este o nico caso de suicdio, mencionado no
Antigo Testamento (no se falando em atos guerreiros), assim como o
de Judas o nico caso do Novo Testamento. ALABASTRO. V. Mt 26.7; Mc
14.3; Lc 7.37 as passagens que descrevem o caso de ter uma mulher
derramado o precioso blsamo, contido num vaso de alabastro, sobre a
cabea do Sal vador. Os antigos consideravam o alabastro (espcie de
mrmore branqussimo carbonato de cl cio), como o melhor material
para conservar os seus ungentos. A forma usual desses frascos era
redonda, bojuda no fundo, terminando para cima num estreito
gargalo, que era cuidadosa mente selado. Na narrativa de S. Marcos
diz-se que a mulher quebrou a redoma, antes de der ramar o ungento.
Isto apenas significa a que bra do selo ou do gargalo; mas tambm
pode querer dizer que o vaso foi destrudo para no tornar a ser
usado. LAMO. Na passagem em que esta palavra ocorre (Gn 30.37), a
primitiva vem duma raiz que significa coisa branca. O lamo branco
comum na Palestina, e preenche as condies do texto da Escritura em
que esse nome se encontra. Era plantada em virtude da sua som bra,
e usava-se a madeira para utenslios de casa. Varas descascadas do
lamo foram postas por Jac diante do rebanho de Labo (Gn 30.37). A
rvore mencionada em Gn30.37 no nasce no stio indicado;
provavelmente a palavra empre gada significa amendoeira. ALADE.
Instrumento de corda, semelhante viola. a traduo da vulgar palavra
hebraica uebel. Nebel a maior parte das vezes tradu zido pelo termo
saltrio. As cordas eram toca das com os dedos (Is 5.12; 14.11; Am
5.23; 6.5). (V. Msica.) ALELUIA. Forma grega na verso dos Setenta
para a palavra compostado hebreuHallelujak, louvai ao Senhor.
Acha-se o vocbulo da ver so dos Setenta nos salmos 105, 106, e
outros, traduzidos da Vulgata Latina. Em outras tra dues vem o
significado louvai ao Senhor, e na margem Aleluia. A adaptao da
palavra hebraica no culto cristo devida ao seu uso no Ap 19.1 a 7.
J no4o. sculo era otermoAleluia reconhecido como uma exclamao crist
de alegria e de vitria. Os aleluias tinham um lugar especial nas
primitivas liturgias da Igreja oriental e ocidental. ALEXANDRE.
Auxiliador dos homem. Cinco pessoas com este nome, que era vulgar,
acham-se mencionados no N.T. 1. Filho de Simo, ocireneu, que
foicompelidoa levar a cruz de Jesus (Mc 15.21). 2. Um parente de
Ans, sumo sacerdote, o qual era membro diretor do Sindrio em
Jerusalm, quando Pedro e Joo foram presos e levados quele tribunal
(At 4.6).
20. Alexandria 21 Aliana 3. Um judeu de feso, a quem os seus
compa triotas impeliram para diante durante o tu multo, provocado
por Demtrio, ourives de prata (At 19.33). 4. Um convertido que
tinha abandonado a sua f, e que Paulo entregou a Satans (1 Tm 1.19,
20). 5. Um latoeiro que fez muito mal a Paulo, e que havia
resistido s suas palavras (2 Tm 4.14); talvez este indivduo seja o
mesmo do nmero o ALEXANDRIA. Cidade edificada sobre o delta do rio
Nilo, fundada por Alexandre Magno, rei da Macednia, 332 a.C., para
ser a metrpole do seu imprio ocidental. Desde o princpio foi
misturada a sua populao; chamava-se a re gio dos judeus um dos trs
bairros em que se dividia a cidade. Depois da tomada de Jerusa lm
removeu Ptolomeu I um considervel n mero dos seus cidados para
Alexandria. Mui tos outros judeus, por sua prpria vontade, os
seguiram, e com estas e outras imigraes foi a colnia judaica
rapidamente aumentada. Mais tarde, quando a cidade de Alexandria
caiu sob o domnio de Roma, Jlio Csar e Augusto con firmaram os
privilgios de que os israelitas go zavam antes daquele
acontecimento. Eles eram representados por um funcionrio seu, e Au
gusto estabeleceu um Conselho para superin tender nos negcios dos
judeus, segundo as prprias leis judaicas. Por algum tempo a igreja
judaica em Alexan dria conservou-se numa estreita dependncia da de
Jerusalm, reconhecendo ambas o sumo sacerdote como seu chefe
religioso; mais tarde, porm, separaram-se. A verso do A.T. em grego
(conhecidacomo dosSetenta, pelo fato de terem sido os tradutores
setenta judeus de Alexandria), fortaleceu a barreira de lingua gem
entre a Palestina e o Egito; e o templo de Leontpolis (161 a.C.),
que sujeitava osjudeus do Egito s despesas provenientes do cisma,
alargou mais a ruptura na famlia israelita. To davia, no princpio
da era crist, os judeus do Egito contriburam ainda para o servio do
templo de Jerusalm, que apesar de tudo era a cidade santa e a
cidade-me da raa judaica. Segundo Eusbio, foi Marcos quem primeira
mente pregou o Evangelho no Egito e fundou a primeira igreja de
Alexandria. Pelo fim do se gundo sculo era Alexandria um importante
centro de influncia e instruo crists. A sua escola de catequizao
era altamente distinta. O mais antigo dos seus mestres, mencionado
pelo historiador Eusbio, foi Panteno, cerca do ano 180. Clemente e
Orgenes foram os mais famosos dos seus sucessores, embora rio, o
autor da heresia ariana, tambm tivesse sido, segundo Teodoreto, um
dos principais doutri- nadores. As referncias do Novo Testamento a
Alexandria acham-se em At 6.9; 18.24; 27.6 e 28.11. ALFA. A
primeira letra do alfabeto grego, sendomega a ltima. A frase Eu sou
o Alfae omegavem no Ap 1.8e21.6, comoexpresso do Senhor.
Originariamente uma forma ex pressiva da perfeio, teve depois
especial apli cao eternidade e onipresena de Deus, pois do supremo
Ente que tm origem todas as coisas, e para o qual todas as coisas
tendem. Frases de significao semelhante se encon tram em Is 41.4;
Rm 11.36; 1 Co 8.6; e Hb2.l0. No Ap 22.13 transferido o ttulo para
Jesus glorificado, revelador e realizador do divino plano de
redeno, em quem est o Sim e o Amm, a confirmao e cumprimento de
todas as promessas de Deus (2 Co 1.20; veja-se tambm Jo 1.3; 1 Co
8.6; Cl 1.15, 17; Hb 1.2,3). ALFARROBA. o fruto da alfarrobeira.
Esta rvore tem folhas escuras e brilhantes, e pro duz vagens
grandes, sendo estes frutos pisados para alimento de gado e porcos.
Os pobres tam bm os empregam na alimentao, e acham-nos muito
nutritivos. a este fruto que se refere a parbola do Filho Prdigo,
em Lc 15.16. ALFEU. 1. Paide Levi (Mc2.14), que deve ser o mesmo
que Mateus, o apstolo. 2. Em cada uma das quatro listas dos
apstolos (Mt 10; Mc3; Lc 6; e At 1), o nono lugar dado a Tiago,
filho de Alfeu. ALFORJE. Um saco que os viajantes usam para levar
dinheiro e mantimento para a jornada. Era feito de diversos
materiais, geralmente pele ou couro, e estava preso cintura (1 Sm
17.40; Mt 10.10; Lc 12.33 a 36). (V. Bolsa.) ALIANA. Concerto,
pacto. Era um contrato, ou conveno que solenemente se realizava
entre homem e homem, ou entre homem e Deus. Exemplos do primeiro
caso ocorrem em Gn 21.27, e 31,44,45; Js 9.6 a 15. O concerto entre
Deus e o homem de tal modo predomina nas Escrituras que
definitivamente se deu ao Cnon j completo os ttulos do Antigo Testa
mento (isto , a antiga aliana), e Novo Testa mento. 1. O Antigo
Testamento. A palavra aliana usada, primeiramente, falando-se das
promes sas de Deus a No (Gn6.18; 9.9 a 16); mas ofato caracterstico
dum pacto entre Deus e o Seu povo escolhido, Israel, principia em
Abrao, com as promessas a este feitas nos caps. 12a 15 do Gnesis,
ratificadas por solene concerto ri tual, sempre repetidas e
ampliadas (Gn 17.19 e 22.16). Da parte de Abrao se manifestava a f
(15.6) e a obedincia (17.1,9 e 22.16). Conforme ao estabelecido
nessa aliana, co mea a narrao do xodo, assentando que Deus
lembrou-se da sua aliana com Abrao, com Isaque e com Jac (x 2.24).
A promul gao da Lei nomonte Sinaifoipreparada coma recordao de ter
Deus libertado Israel, e com as promessas de outras bnos sob condio
de obedincia. Moiss escreveu todas as palavras
21. Alianas 22 Alimentao do Senhor no Livro do Concerto, e
depois dos sacrifcios expiatrios leu-o diante do povo, que
respondeu: Tudo o que falou o Senhor, faremos, e obedeceremos; e
depois disto ele aspergiu o povo com o sangue da aliana (x 19.4 a 6
e 24.4 a 8). a este pacto que geral mente se fazem referncias por
todo o A. T., e em notveis declaraes do N.T. As tbuas da Lei foram,
mais tarde, colocadas na Arca da Aliana, que era considerada como
smbolo do SENHOR, e lugar da Sua manifestao (x 25.21, etc.). E
assim como comer do sal de qualquer homem significava um penhor de
amizade, assim o sal da aliana devia ser acrescentado a toda a
oferta de manjares, como lembrana santa dos sagrados laos entre
Deus e o Seu povo escolhido (Lv 2.13; veja-se Nm 18.19; 2 Cr 13.5).
O pacto duma perptua rea leza na descendncia de Davi (2 Sm 23.5)
acha-se consignado em 2 Sm 7. As referncias que no A.T. se fazem
Aliana estabelecida entre Deus e o Seu povo so abun dantes, com a
declarao de que houve quebra da parte dos israelitas, que se
esqueceram do concerto, transgredindo as determinaes di vinas.
Todas estas incriminaes culminam na grande profecia de Jr 31.31 a
34, que anuncia uma nova aliana, no somente exigindo obe dincia,
mas criando aquele poder de amor, cuja lei deve estar escrita no
corao. No cum primento desta profecia passamos da antiga aliana
para a nova. 2. A Nova Aliana (para o sentido da palavra
testamento, veja-se Testamento). Segundo a mais antiga narrao da
instituio da Santa Ceia, Jesus disse: Este clice a Nova aliana no
meu sangue (1 Co 11.25; veja-se Mt 26.28; Mc 14.24; Lc 22.20). H,
aqui, uma referncia aoxodo (24.8);Jesus iacriar umanova relao entre
Deus e os homens, fundada como a antiga sobre o sacrifcio, o
sacrifcio de Si prprio. No desenvolvimento desta verdade, nos
escritos do N.T., os apstolos concentram dum modo natural todo o
poder da nova aliana no sangue de Cristo (Rm 3.25; Ef 1.7; Hb 9.14;
1Pe 1.19; 1 Jo 1.7; Ap 1.5, etc.). O pensamento da prpria aliana
proeminente em 2 Co 3.6; G1 3.15, e especialmente em Hb 8.10 e
12.24 e 13.20. Veja-se na palavra Testamento outros pontos de
vista. ALIANAS. Abrao fez uma aliana com os r- gulos de Cana (Gn
14.13), e com Abimeleque (Gn 21.22). A ltima foi renovada por
Isaque (Gn 26.26). Todavia, quando o povo israelita se estabeleceu
em Cana, era-lhe proibido efetuai alianas com as naes
circunvizinhas; esta ordem divina tinha por fim evitar que o povo
escolhido se corrompesse com a idolatria dos povos confinantes.
Esta proibio, mais tarde, no foi respeitada. Salomo contraiu
alianas com Hiro, rei de Tiro, e com Fara, rei do Egito. Orei de
Israel teve em vista, pormeio da aliana com Hiro, obter materiais e
operrios para a construo do templo, bem como cons trutores de
navios, e marinheiros. A aliana com o rei do Egito deu a Salomo o
monoplio do negcio de cavalos eoutros produtos daquele pas. As
dissidncias entre Jud e Israel, e as relaes destes pases com o
Egito e as monar quias da Assria e Babilnia conduziram aque les
uovos a numerosas alianas e contra- -alianas. Vide os livros dos
Reis e das Crnicas, assim como trechos de Isaas, Ezequiel e Jere
mias. Vrios ritos religiosos eram executados quando se realizava
uma aliana. A vtima do sacrifcio era morta e dividida em duas
partes, entre as quais passavam as pessoas interessadas,
pedindo-se, nessa ocasio, a maldio de se melhante despedaamento
para aquele que quebrasse os termos da aliana. Este costume vigorou
por longo perodo de tempo (Jr 34.18). Geralmente falando, o
juramento s mencio nado no ato de contrair alianas, quer entre naes
(Js 9.15), ou entre indivduos (Gn 26.28; 31.53; 2 Rs 11.4). O
acontecimento era cele brado com uma festa (x 24.11;2 Sm 3.12a 20).
O sal, como smbolo de fidelidade, era usado nestas ocasies,
aplicado aos sacrifcios; e vem deste uso a expresso aliana de sal
(Nm 18.19; 2 Cr 13.5). Levantou-se uma coluna em memria da aliana
entre Labo e Jac (Gn 31.52). Eram tambm enviados presentes pela
parte que solicitava a aliana (1 Rs 15.18; Is 30.6). Osjudeus
atriburam sempre grande im portncia ao fato de serem fiis aos seus
com promissos (Js 9.18). A ira divina caa sobre os que os violavam
(2 Sm 21.1; Ez 17.16). ALIMENTAO IMUNDA. A Lei de Moiss prescrevia
exatas indicaes, quanto ao ali mento que se podia ou que no se
podia comer. O que se podia comer era limpo; o que a Lei proibia
comer era imundo..O intuito da dis tino era a separao dos hebreus
como povo particular do SENHOR (Lv 11.43 a 47; 20.24 a 26). A viso
de Pedro, antes da recepo dos convertidos gentios, adapta-se a esta
maneira de ver (At 10.12). A lei sobre as iguarias aplicava-se
atodo opovo, e no, como acontecia noutros pases em que havia
restries seme lhantes, a uma classe ou a certas classes so mente.
Aquelas prescries, inteiramente ex postas em Lv 11 e Dt 14.3 a 21,
concordam, comoh muito tempo odisse Cirilo, um dos Pais da Igreja,
com os nossos naturais instintos e observaes, embora o costume
(como no caso douso da carne doporco) possa vencer anatural
repugnncia. Pode ser, porm, que muitas res tries tenham sido feitas
com o fim de evitar a comida de qualquer coisa que os pagos consi
deravam sagrada. A natureza preparatria das determinaes a respeito
de comidas limpas ou
22. Alimento 23 Alos imundas, e a respeito da impureza do
homem, acha-se claramente indicada na epstola aos Hebreus, cap.
9.9,10. (V. Alimento, Impu reza.) ALIMENTO. O alimento de origem
vegetal muito mais comum entre os orientais, do que o de origem
animal. Em lugar de manteiga, banha de porco, e gordura, fazem uso
do azeite. Uma sopa de favas e lentilhas, temperada com alho e
azeite, um prato favorito. Ovos, me], leite, e especialmente o
leite azedo, e os diver sos produtos das hortas, fornecem os
principais elementos para as refeiesno Oriente. Oprato mais comum
consta de arroz cozido com carne, feito maneira de sopa,
dando-se-lhe uma cor azul, vermelha ou amarela. O alimento animal
era reservado, o mais possvel, para ocasies especiais (Gn 18.7; Lc
15.23). Certos animais provenientes da caa, bem como a vaca, o no
vilho, a ovelha e ocabrito so carnes apreciadas no Oriente. costume
servir em uma s refei o oanimal por inteiro. Opeixe um gnero de
alimento muito estimado. Entre os egpcios os alimentos mais em uso
so os meles, os pepi nos, as cebolas, a chicria, as beldroegas, os
rabanetes, as cenouras, os alhos e os alhos por- ros. Oleite de
cabra entra em grande parte nas refeies do Oriente desde o princpio
de abril at setembro, e o de vaca durante os outros meses. A carne
assada quase limitada s re feies das pessoas ricas. Os hebreus
comiam grandes quantidades de po. Algumas vezes tambm se comiam as
es pigas verdes de trigo, sendo esfregadas com as mos (Lv23.14; Dt
23.25; 2 Rs4.42; Mt 12.1; Lc 6.1). Todavia, eram com mais freqncia
tosta dos os gros ao lume numa caarola (Lv 2.14), e comidos como
trigo seco. Era comum esta esp cie de alimento entre trabalhadores
do campo (Lv 23.14; Rt 2.14; 1 Sm 17.17; 25.18; 2 Sm 17.28).
Algumas vezes era pisado ogro, e seco ao sol; ento se comia, ou
temperado com azeite, ou transformada a massa num bolo mole
(Lv2.14,15,16; Nm 15.20;2 Sm 17.19; Ne 10.37; Ez 44.30). A fruta
que servia de alimento eram os figos secos, e na forma de bolos (1
Sm 25.18); as uvas em estado de passas (1 Cr 12.40), mas algumas
vezes servidas dentro de bolos (2 Sm 6.19); as roms (Ct 8.2; Ag
2.19); as avels; e as amndoas (Gn 43.11). Ospepinos (Nm 11.5; Is
1.8)e a alface (x 12.8; Nm 9.11) devem ser postos na lista dos vege
tais, usados na Palestina, em adio lista acima referida, como
constituindo o sustento dos egpcios. Os hebreus deitavam na sua
comida um grande nmero de condimentos: o eominho, o endro, o
coentro, a hortel, a arruda, a mostarda, e sal. Era-lhes proibido,
sob pena de morte, alimentarem-se de sangue de animais (Lv 3.17;
7.26; e 19.26; Dt 12.16; 1Sm 14.32; Ez44.7,15), sobre o fundamento
de que o sangue continha o princpio da vida, e devia, por isso, ser
ofere cidosobre oaltar (Lv 17.11;Dt 12.23), Tambm no podiam comer
aquelas reses que morriam de morte natural (Dt 14.21), ou tivessem
sido despedaadas pelas feras (x22.31), bem como as aves e outros
animais, que a Lei considerava impuros (Lv 11, e Dt 14. 4). Os
cristos no deviam comer a carne daqueles animais que eles sabiam
terem sido oferecidos aos dolos (At 15.29; 21.25; 1 Co 8.1), para
que no parecesse isso um ato de idolatria. Mas era-lhes permitido
comer a carne, comprada nos mercados pblicos, ou que era servida em
jantares de festa, no devendo fazer perguntas sobre a provenincia
desse alimento (1 Co 10.25 a27). Os convertidos africanos, em
nossos dias, so orientados de modo semelhante. ALJAVA. O receptculo
em que se levavam as setas (Js 39.23). Usa-se metaforicamente em SI
127.5. E em Gn 27.3 possvel que se trate duma espada ou outra arma,
suspensa do ombro. ALMA. O termo alma representa o hebraico
nephesh, que em muitas outras passagens se traduz por vida ou
criatura. Usa-se esse vocbulo a respeito dum ser vivo (Gn 17.14; Nm
9.13, etc.); e dos animais, como criaturas (Gn 2.19, 9.15, etc.); e
da alma como substncia distinta do corpo (Gn35.18); da vida animal
(Gn 2.7; note-se a aparente identificao com o san gue, Lv 17.14; e
Dt 12.23); da alma como sede dos afetos, sensaes e paixes, sendo
suscet vel de angstia (Gn 42.21), de aflio (Lv 16.29), de desnimo
(Nm 21.5), de desejo (Dt 14.26), de aborrecimento (SI 107. 18); e
sendo, tambm, capaz de comunicao com Deus, como vinda Dele (Ez
18.4), desejando-0 (SI 42.1, Is 26.9), regozijando-se Nele (SI
35.9; Is 61.10), confiando Nele (SI 57.1), adorando-0 (SI 86.4,
104.1), mas pecando contra Deus e fa zendo mal a si prpria (Jr
44.7; Ez 18.4; Mq6.7). No N.T. o termo alma a traduo do grego
psych, que, como nephesh. muitas vezes traduzido por vida. Usa-se
acerca do homem individual (At 2.41; Rm 13.1; 1Pe3.20); da vida
animal sensitiva, com as suas paixes edesejos, distinguindo-se do
corpo (Mt 10.28'', e do esp rito (Lc 1.46; 1 Ts 5.23; Hb 4.12). A
alma suscetvel de perder-se (Mt 16.26); de ser salva (Hb 10.39; Tg
1.21); e de existir depois da sepa rao do corpo (Mt 10.28; Ap 6.9;
20.4). (V. Imortalidade da Alma, Espirito.) ALOS. O alos da
Escritura no tem relao com a florida planta dos jardins modernos,
mas representa uma madeira odorfera, que desde tempos remotos foi
empregada no Oriente para fins sagrados e comuns. Nas passagens:
SI45.8, Ct4.14, ePv 7.17, est o alosjuntamente com mirra como
perfumes agradveis e atraentes; uma s vez se acham mencionados no
N.T. em
23. Alqueire 24 Amaleque conexo com o enterro de Jesus, em que
toma ram parte Jos. de Arimatia e Nicodemos (Jo 19.39). ALQUEIRE. A
palavra grega, traduzida por alqueire (Mt 5.15), significa aquela
medida, a que se fazreferncia em Gn 18.6; Mt 13.33; e Lc 13.21, e
que era a tera parte dum efa (effi), a medida padro. ALTAR.Vem da
palavra latina altus, e chamava-se assim por ser coisa construda em
elevao, empregando-se para sacrifcios e ou tros oferecimentos. A
significao mais usual da palavra hebraica e grega lugar de ma tana.
Duas outras palavras em hebraico (Ez 43.15), e uma em grego (At
17.23), traduzem-se pelo termo altar, mas pouca luz derramam sobre
a significao da palavra. Depois da primeira referncia (Gn 8.20),
esto relacionados os altares com os patriarcas e com Moiss (Gn
12.7, 22.9, 35.1,7; x 17.15, 24.4). As primeiras instrues com
respeito ao levan tamento dum altar, em conexo com a Lei, acham-se
em x 20.24,25. Devia ser de terra, ou de pedra tosca, e sem
degraus. Havia dois altares em relao com o tabernculo, um no ptio
exterior, e outro no Santo Lugar. O pri meiro chamava-se altar de
bronze, ou do holo causto, e ficava em frente do tabernculo. Era de
forma cncava, feito de madeira de accia, quadrado, sendo o seu
comprimento e a sua largura de sete cvados, e a altura de trs cva-
dos; estava coberto de metal, e provido de ar golas e varais para o
fim de ser transportado nasjornadas do povo israelita pelo deserto.
Em cada um dos seus quatro cantos havia uma sa lincia, a que se
dava o nome de ponta. No havia degrau, mas uma borda em redor para
convenincia dos sacerdotes, enquanto esta- vam realizando o seu
trabalho. Pois que os sa crifcios eram oferecidos neste altar, a
sua si tuao entrada do tabernculo era para opovo de Israel uma
significativa lio de que no havia possvel aproximao de Deus a no
ser por meio do sacrifcio (x 27.1 a 8; 38.1). O altar do incenso
ficava no Santo Lugar, mesmo em frente do vu, que estava diante do
Santo dos Santos. Era quadrado, sendo o seu comprimento e largura
dum cvado, com dois cvados de altura: feito de madeira de accia, e
forrado de ouro puro, tinha pontas em cada canto, e duas argolas de
ouro aos dois lados. Ainda que este altar estava colocado no Santo
Lugar, tinha ele tal relao com o significado espiritual do Santo
dos Santos, que se podia dizer que era pertence deste lugar (Hb
9.3,4). Sobre ele se queimava o incenso de manh e de tarde, como
smbolo da constante adorao do povo (x 30.1 a 10; 40.5; 1Rs 6.22;
SI141.2). No templo de Salomo o altar de bronze era muito maior do
que o do tabernculo (1 Rs 8.64), e um novo altar do incenso foi
tambm edificado (1 Rs 7.48). O tabernculo era o santurio central em
que Deus podia ser adorado, segundo a ma neira divinamente
estabelecida; foi proibido a Israel ter mais do que um santurio.
Mas havia ambigidade acerca da palavra santurio, pois empregava-se
este termo tanto para casa, como para altar. Acasa ou santurio
centraltinha os seus dois altares, mas no estava cada altar em
relao com uma casa. Em toda a parte eram permiti dos altares, desde
otempo de Moiss em diante (x 20.24 a 26), mas somente um santurio
(x 25.8). O requisito necessrio, quanto ao levan tamento de
altares, era que eles no deviam ter ligao alguma com os altares
gentlicos ou os lugares altos (Dt 16.21). Pluralidade de altares
era coisa consentida, mas no de casas (x 20.24 a 26). A nica ocasio
em que houve mais de uma casa foi durante as confuses e compli caes
do tempo de Davi, existindo ento dois santurios com dois altares de
bronze, um em Gibeom eooutro emJerusalm (1Rs 3.2,4,15). Quando o
reino se dividiu, estabeleceu Jero boo os seus prprios santurios em
D e Betei, afim de evitar que o povo se dirigisse aJerusa lm, e
fosse por isso afastado da submisso ao seu rei. Os outros usos do
altar eram, ou para memria de algum fato (Js 22.10), ou para servir
de asilo em caso de perigo (1 Rs 1.50); mas isto era excepcional,
no destruindo a idia geral do altar como lugar de sacrifcio. No
Novo Testamento oemprego do termo altar muito raro. Em Mt 5.23, a
referncia ao altar judaico dos holocaustos. Em 1 Co 9.13 e 10.18,o
altar pago e a Mesa do Senhor so postos em relao e em contraste.
AMA. A ama, entre as famlias orientais, sem pre uma pessoa
considerada, fazendo parte da famlia, seja ela ama de leite ou
tenha a posio de aia. Ela acompanha sempre a noiva casa do marido:
Ento despediram a Rebeca...e a sua ama (Gn 24.59). Veja-se tambm Gn
35.8; Nm 11.12; Rt 4.16; 2 Sm 4.4; 2 Rs 11.2; Is 49.23. AMALEQUE,
AMALEQUITAS. Segundo o que se diz em Gn 36.12 a 16, era Amaleque
neto de Esa, e um dos prncipes de Edom (V.l Cr 1.36). Em qualquer
outra parte onome no de pessoa, mas de tribo amal