JORGE LUIZ VIANNA STEGMANN
ESTUDO DE CASO - SUSTENTABILIDADE NO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DA
ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Trabalho de Formatura apresentado à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para obtenção do Diploma de Engenheiro de Produção.
São Paulo 2006
JORGE LUIZ VIANNA STEGMANN
ESTUDO DE CASO - SUSTENTABILIDADE NO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DA
ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Trabalho de Formatura apresentado à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para obtenção do Diploma de Engenheiro de Produção.
Orientador: Prof. Dr. Laerte Idal Sznelwar
São Paulo 2006
“O futuro dependerá daquilo que fizermos no presente.”
Mahatma Gandhi
AGRADECIMENTOS
A toda minha família pelo apoio e dedicação indispensáveis, em especial a minha
mãe, Tereza Vianna, pelo suporte incondicional durante toda minha vida.
Aos amigos que fiz nesses anos de faculdade, que por mais breve que tenham
sido os momentos vividos juntos foram eles que me definiram como pessoa,
profissional e cidadão.
Aos funcionários do PURE, PURA e USP Recicla, representados nas figuras dos
engenheiros Leonardo Favato, Humberto Tamaki e o educador Paulo Diaz,
respectivamente, pela atenção e apoio durante o trabalho e pelo trabalho que
realizam na universidade.
Aos funcionários do departamento de Engenharia de Produção e as equipes de
limpeza, em especial a Maria Olívia e Ana pela ajuda e atenção durante todo o
trabalho.
Aos professores da Escola Politécnica, especialmente aos professores do
departamento de Engenharia de Produção pelos conhecimentos e experiências
compartilhados, cujos quais ainda não posso avaliar o quanto me serão úteis ao
longo de minha vida.
Aos colegas de trabalho pela compreensão e motivação durante todo projeto .
E em especial ao Professor Doutor Laerte Idal Sznelwar pela proposta do trabalho
e suporte durante todo ano .
RESUMO
O presente trabalho apresenta o conceito de desenvolvimento sustentável por
uma ótica humana. Faz uma análise da situação atual do departamento de
Engenharia de Produção da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
quanto à utilização de recursos (uso de materiais, água e energia) e apresenta
propostas para solucionar os problemas encontrados. O trabalho, em última
estância, pretende iniciar a discussão sobre desenvolvimento sustentável no
departamento através do início da implantação do processo de reciclagem e um
projeto para substituição de equipamentos não favoráveis ao uso racional de
energia. Os resultados mostram que ainda há diversas ações a serem tomadas
para que o departamento possa tratar seus resíduos de maneira e usar a energia
mais racionalmente.
Palavras-chave: Desenvolvimento sustentável, reciclagem e meio ambiente.
ABSTRACT
This paper presents the concept of sustainable development through its human
side. It analyzes the use of natural resources (materials utilization, water, energy
and waste) by the Departamento de Engenharia de Produção da Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo and presents suggestions to solve
problems found. Ultimately, the paper pretends to start a debate around
sustainable development in the department through the implementation of the first
steps of a recycling process and a project to substitute equipment that interfere in
a rational energy use. The results show that there are several actions to be taken
in order to the department take good care of its waste correctly and use wisely the
energy.
Keywords: Sustainable Development, recycling and environment.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Cogumelos provenientes dos grãos usados na fabricação de cerveja (ZERI, 2006). ..................................................................................................................... 20 Figura 2: Modelo do desenho dos processos .............................................................. 41 Figura 3: Fluxo para papel A4......................................................................................... 42 Figura 4: Fluxo para copo descartável (180ml)............................................................ 43 Figura 5: Fluxo para papel higiênico.............................................................................. 45 Figura 6: Fluxo para água sanitária ............................................................................... 46 Figura 7: Fluxo para o álcool........................................................................................... 47 Figura 8: Fluxo para o limpador multiuso...................................................................... 48 Figura 9: Fluxo para o detergente .................................................................................. 49 Figura 10: Fluxo para filtro de papel .............................................................................. 50 Figura 11: Fluxo para cartuchos de impressora .......................................................... 51 Figura 12: Fluxo para pilhas e baterias ......................................................................... 52 Figura 13: Fluxo para papel toalha ................................................................................ 53 Figura 14: Ciclo dos principais materiais usados pelos professores........................ 56 Figura 15: Ciclo dos principais materiais usados pelos funcionários da secretaria............................................................................................................................................. 56 Figura 16: Ciclo dos principais materiais usados pelo funcionário da copa............ 57 Figura 17: Ciclo dos principais materiais usados pelos alunos ................................. 57 Figura 18: Coleta de papel.............................................................................................. 58 Figura 19: Coleta de plástico .......................................................................................... 59 Figura 20: Coleta de vidros ............................................................................................. 60 Figura 21: Coleta de metal.............................................................................................. 61 Figura 22: Fluxo de eletrônicos ...................................................................................... 62 Figura 23: Coleta e doação de eletrônicos ................................................................... 64 Figura 24: Compostagem de material orgânico........................................................... 65 Figura 25: Descarte comum ............................................................................................ 66 Figura 26: Descarte de pilhas ......................................................................................... 67 Figura 27: Cartaz para separação de copos ................................................................ 71 Figura 28: Coletores na entrada do departamento ..................................................... 72 Figura 29: Coletores de papel e pilhas.......................................................................... 73 Figura 30: Processo do piloto de reciclagem ............................................................... 75 Figura 31: Processo revisado do piloto de reciclagem ............................................... 76 Figura 32: Comunicação revisada dos coletores do pátio ......................................... 77 Figura 33: Comunicação revisada dos coletores de copos ....................................... 77 Figura 34: Comunicação revisada dos cartazes.......................................................... 78 Figura 35: Processo implementado para coleta de papel.......................................... 82 Figura 36: Processo implementado para coleta de plástico ...................................... 82 Figura 37: Processo implementado para coleta de metal.......................................... 83 Figura 38: Processo implementado para coleta de pilhas e baterias....................... 83 Figura 39: Coletores de lixo com cores (NATURAL LIMP, 2006) ............................. 85 Figura 40: Coletores de lixo em cores (unidades separadas) (NATURAL LIMP, 2006) ................................................................................................................................... 85 Figura 41: Coletor com compartimento para lixo comum (NATURAL LIMP, 2006)............................................................................................................................................. 86 Figura 42: Coletor simples com cesta (NATURAL LIMP, 2006) ............................... 86
Figura 43: Coletor simples em tubo (NATURAL LIMP, 2006) ................................... 87 Figura 44: Contêiner (NATURAL LIMP, 2006) ............................................................. 88 Figura 45: Base de gastos com materiais em 2005 (base analisada) ..................... 89 Figura 46: Rede viva do papel........................................................................................ 93 Figura 47: Fluxo do açúcar ............................................................................................ 106 Figura 48: Fluxo do adoçante ....................................................................................... 107 Figura 49: Fluxo do açúcar sache ................................................................................ 108 Figura 50: Fluxo para lanches ...................................................................................... 110 Figura 51: Fluxo para biscoitos e bolachas ................................................................ 111 Figura 52: Fluxo para frutas .......................................................................................... 112 Figura 53: Fluxo para o café ......................................................................................... 113 Figura 54: Fluxo para o chá .......................................................................................... 114 Figura 55: Fluxo para guardanapos ............................................................................. 116 Figura 56: Fluxo para lã de aço .................................................................................... 117 Figura 57: Fluxo para luva cirúrgica............................................................................. 118 Figura 58: Fluxo para sucos.......................................................................................... 119 Figura 59: Fluxo para papel almaço ............................................................................ 120 Figura 60: Fluxo para jornais ........................................................................................ 121 Figura 61: Fluxo para revista Exame ........................................................................... 122 Figura 62: Fluxo para revista Harvard Business Review.......................................... 123 Figura 63: Fluxo para envelopes .................................................................................. 124 Figura 64: Fluxo para bobinas de papel...................................................................... 125 Figura 65: Fluxo para geléia.......................................................................................... 126 Figura 66: Fluxo para refrigerantes.............................................................................. 127 Figura 67: Fluxo para copo descartável (110ml) ....................................................... 128 Figura 68: Fluxo para canetas ...................................................................................... 129 Figura 69: Fluxo para lápis ............................................................................................ 130 Figura 70: Fluxo para clipes de papel.......................................................................... 131 Figura 71: Fluxo para papel lembrete .......................................................................... 132 Figura 72: Fluxo para pastas plásticas........................................................................ 133 Figura 73: Fluxo para transparências .......................................................................... 134 Figura 74: Fluxo para papel toalha .............................................................................. 135 Figura 75: Fluxo para protetor de assento sanitário.................................................. 136 Figura 76: Fluxo para placas de mictório .................................................................... 137 Figura 77: Consumo de energia elétrica de fevereiro a maio de 2006 (PURE-USP, 2006) ................................................................................................................................. 170 Figura 78: Consumo de energia elétrica em maio de 2006 (PURE-USP, 2006) . 170 Figura 79: Luminárias eficientes (ARCOWEB, 2006) ............................................... 172 Figura 80: Consumo de água no dia 30 de maio (PURA-USP, 2006) ................... 176 Figura 81: Consumo de água no ano de 2005 (PURA-USP, 2006) ....................... 176
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Estrutura do Departamento de Engenharia da Produção em janeiro de 2006 ...................................................................................................................................... 3 Tabela 2: Redução porcentual nos gastos de processos de reciclagem em relação aos processos de produção com matéria prima virgem (WORLDWATCH INSTITUTE, 1987) ............................................................................................................ 24 Tabela 3: Estimativa de uso de copos descartáveis por mês ................................... 44 Tabela 4: Padrões sugeridos para impressão de documentos ................................. 92 Tabela 5: Impacto nos gastos com papel A4 pelo uso de papel reciclado ............. 94 Tabela 6: Exemplo de informações para requisição de projeto no PURE .............. 98
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
BASF Empresa química
BTU British Thermal Unit
CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior
CECAE -USP Coordenadoria Executiva de Cooperação
Universitária e de Atividades Especiais da USP
CODAGE -USP Coordenadoria de Administração Geral da USP
COESF-USP Coordenaria do Espaço Físico da USP
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
EPUSP Escola Politécnica da USP
FAPESP Fundação de Ampara a Pesquisa do Estado de São
Paulo
FUNDUSP Fundo de Construção da USP
IPPC Intergovernmental Panel on Climate Change
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
LSP Laboratório de Sistemas Prediais
PCC Departamento de Construção Civil da POLI
PEA Departamento de Energia e Automação da POLI
PEAD Polietileno de Alta Densidade
PET Polietileno Tereftalato
POLI - USP RECICLA Projeto de análise de resíduos da EPUSP
PURA Programa de Uso Racional da Água
PURE Programa de Uso Eficiente da Energia
PUREFA Programa de Uso de Fontes Alternativas de Energia
SISGEN Sistema de Gestão da Energia Elétrica
TR Tonelada Refrigerada
UNEP United Nations Envinronment Programme
USP Universidade de São Paulo
USP RECICLA Programa de reciclagem da USP
ZERI Zero Emissions Research & Initiatives
SUMÁRIO 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ...........................................................................................................................2
1.1. HISTÓRICO E ESTRUTURA FÍSICA ................................................................................................................ 2 1.2. FUNDAÇÃO VANZOLINI................................................................................................................................... 4 1.3. SITUAÇÃO ATUAL............................................................................................................................................. 4
2. CONCEITOS ...........................................................................................................................................................8 2.1. EMPRESA VIVA ................................................................................................................................................ 8 2.2. IMPACTO AMBIENTAL...................................................................................................................................... 9 2.3. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - CONCEITO.................................................................................... 11 2.4. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - PRÁTICA ....................................................................................... 14
3. CASOS DE SUCESSO .....................................................................................................................................17 3.1. GENERAL MOTORS DO MÉXICO ................................................................................................................. 17 3.2. BASF .............................................................................................................................................................. 17 3.3. CERVEJARIAS SUSTENTÁVEIS..................................................................................................................... 19 3.4. AMBEV .......................................................................................................................................................... 20
4. CONCEITOS APLICADOS .............................................................................................................................23 4.1. OS 3 R’S ......................................................................................................................................................... 23 4.2. GESTÃO COMPARTILHADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS............................................................................... 25
5. ESTUDOS DE CASO ........................................................................................................................................28 5.1. USP RECICLA................................................................................................................................................ 28 5.2. POLI - USP RECICLA .................................................................................................................................. 32
6. ESTRUTURA DO TRABALHO......................................................................................................................35 6.1. ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS ............................................................................................................... 35 6.2. ANÁLISES DO USO DE ENERGIA E USO DE ÁGUA ..................................................................................... 37
7. ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS ........................................................................................................39 7.1. LEVANTAMENTO DE DADOS ......................................................................................................................... 39 7.2. FLUXO DOS MATERIAIS ................................................................................................................................. 40 7.3. RECICLAGEM .................................................................................................................................................. 54 7.4. PILOTO DE RECICLAGEM.............................................................................................................................. 69 7.5. DEFINIÇÃO DO PROCESSO DE RECICLAGEM............................................................................................ 81 7.6. REDUÇÃO DO USO E REUTILIZAÇÃO .......................................................................................................... 88
8. GESTOR DO LIXO .............................................................................................................................................96 9. ANÁLISE DO USO DE ENERGIA ELÉTRICA E DE ÁGUA...............................................................98
9.1. PROJETO - PURE ......................................................................................................................................... 98 10. CONCLUSÃO .............................................................................................................................................. 101 LISTA DE REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 103 ANEXOS ........................................................................................................................................................................ 106
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1
CONSIDERAÇÕES
INICIAIS
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
2
1. Considerações iniciais
1.1. Histórico e Estrutura Física
O Departamento de Engenharia de Produção foi fundado em 1958, com a
participação, entre outros, dos professores Ruy Aguiar da Silva Leme, Américo
Oswaldo Campiglia e Marcos Pontual. Inicialmente, funcionou no Bairro da Luz e
em 1965 mudou-se para o prédio de Engenharia Mecânica na Cidade
Universitária, onde ficou até o final de 1973. Em janeiro de 1974, transferiu-se
para o 2o andar do prédio J. O. Monteiro de Camargo, onde está instalado até
hoje.
Em 1967 houve a criação da Fundação Carlos Alberto Vanzolini pelos professores
do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo, com a finalidade de divulgar os conhecimentos
científicos e tecnológicos inerentes à Engenharia de Produção e à Administração
Industrial, visando ao aperfeiçoamento de estudo das disciplinas pertinentes, e
respectiva didática.
Na tabela 1 é possível ver a estrutura do Departamento da Engenharia de
Produção, na estrutura física foi considerado o espaço ocupado pela Fundação
Vanzolini no campus porque toda a estrutura física é de responsabilidade do
departamento. E mesmo porque nas considerações de consumo de água e luz a
estrutura ocupada pela Vanzolini é considerada em conjunto com o departamento .
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
3
Tipo Nº ComentárioProfessores - Período Integral 25 RDIDPProfessores - Período Parcial 16 RTC / RTPFuncionários Administrativos 7Funcionários - Limpeza 6 TerceirizadosAlunos de Graduação 301Alunos de Pós-Graduação 132
Salas de Professores 29Salas de Reunião / Projetos 7Salas de Escritório 11 Incluindo salas de secretáriasSalas de Aula 12Copa 2Almoxarifado 1Sala de Café 1Sala de Manutenção de Informática 1Salas de Computadores 2Laboratório LTE 2Banheiros 7
Salão 1Secretaria 1Salas de Estudo 9Copa 1Banheiro 1
Telefones 40Impressoras 43Copiadoras 2Computadores 102Projetores 14Bebedouros 10 Apenas 3 são de responsabilidade do DepartamentoMáquinas de Café 2Fogões 2Pias - Copa 3Pias - Banheiros 19Vasos Sanitários 24Mictórios 14
Biblioteca (responsabilidade do serviço de bibliotecas da POLI)
ESTRUTURA DE EQUIPAMENTOS (Departamento de Engenharia de Produção)
ESTRUTURA DE PESSOAL (Departamento de Engenharia de Produção)
ESTRUTURA FÍSICA (Departamento de Engenharia de Produção e Fundação Vanzolini)
Tabela 1: Estrutura do Departamento de Engenharia da Produção em janeiro de
2006
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
4
1.2. Fundação Vanzolini
A intenção do trabalho nas análises de materiais era considerar a Fundação
Vanzolini, mas não houve como coletar as informações de consumo da fundação,
já que não havia os dados de consumo, havia apenas os dados contábeis.
No segundo semestre de 2006 foi montada uma equipe da fundação para
elaborar planos de ação para reciclagem, este trabalho também será base para o
trabalho desta equipe.
1.3. Situação atual
Departamento
No Departamento de Engenharia de Produção da EPUSP não há ações
institucionais quanto ao tratamento do lixo gerado, economia de água ou de
energia. Houve ações do PURE - USP (Programa de Uso Eficiente de Energia da
Universidade de São Paulo) relativas à economia de energia entre 2001 e 2002
devidas ao racionamento. A situação atual do departamento não condiz com a
situação ideal de uma instituição de ensino público, seja pelo papel educador da
instituição frente à sociedade, seja pelos recursos escassos no ensino público
superior no país.
Lixo
Estima-se que diariamente produz-se 2 milhões de toneladas de resíduos sólidos
domiciliares no mundo, o que ao ano significa 730 milhões de toneladas. Nos
países do norte do hemisfério, a média de geração de resíduos por habitante é
bastante superior a de países do sul: o Canadá chega a produzir 1,9 kg por
pessoa/dia, os Estados Unidos 1,5 kg/dia, na Índia já desce para 0,4 kg/dia e no
Brasil a média é de 0,7 kg/dia. De fato, em alguns segmentos sociais mais
pobres, com poder aquisitivo mínimo, este número pode baixar para 0,3 kg ou até
menos. Nos países mais pobres, a média oscila entre 0,4 e 0,9 kg/dia por
habitante (World Health Organization, 1995).
No Brasil são produzidas 130 mil toneladas de resíduos domiciliares ao dia, por
ano são 47,5 milhões de toneladas. Uma parcela mínima dos municípios destina
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
5
seus resíduos para reciclagem, são cerca de 135 municípios com sistemas de
coleta seletiva no país . (CEMPRE, 2006).
Já São Paulo, produz 15 mil toneladas de lixo por dia e como menos de 1% é
reciclado, o aterro sanitário acaba sendo o destino de quase todo ele. Acontece
que os dois aterros sanitários estão no limite. No maior, as camadas de lixo e
terra já atingiram 130 metros de altura. Os aterros não têm mais para onde
crescer, estão cercados por estradas, a cidade e a mata atlântica, o que é um
péssimo sinal. Pelo estudo da empresa de controle ambiental do Estado, a
capacidade dos aterros esta se esgotando e até agora não se tem um plano para
definir o que fazer com o lixo nos próximos anos e não há mais terrenos
adequados para serem transformados em aterros sanitários no município de São
Paulo. (CEMPRE, 2006).
Energia
A crise energética no Brasil teve seu momento mais crítico entre 2001 e 2002 com
os apagões, todo o país se mobilizou para economizar energia naquele período
quando se sentiram ameaçados pela sua escassez num futuro próximo. Poucos
anos se passaram e a questão foi esquecida e só relembrada agora com o
período eleitoral, graças às propostas de crescimento econômico dos candidatos.
A grande questão é como o Brasil será capaz de crescer o quanto os políticos
prometem sem um plano energético adequado a este crescimento. O primeiro
passo seria reduzir o consumo de energia atual. Convencer os maiores
gastadores, a indústria nacional, é mais simples, pois reduzir seu consumo leva a
reduzir significativamente seus gastos, o que pode ser feito para ajudá-las é
incentivar a compra de equipamentos mais eficientes, através de redução de
impostos, por exemplo. Já convencer as pessoas de mudarem seus hábitos, tanto
em seus domicílios quanto em seus ambientes de trabalho se torna mais
complicado.
Compreender que a energia elétrica não é um recurso simples de gerar é um
passo enorme para que as pessoas passem a entender que os seus custos
tendem a aumentar consideravelmente se o seu uso não for racional.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
6
Água
A situação dos recursos hídricos no país ainda não foi exposta da mesma
maneira que o problema energético, pois se trata de um recurso em abundância
para parte da população brasileira. Os problemas que ocorrem são isolados e, em
geral, devidos a problemas climáticos que se refletem no esvaziamento de
reservatórios, impedindo que algumas cidades e comunidades tenham acesso a
água tratada, mas não que este problema seja pequeno ele é relevante e mostra
que há problemas no gerenciamento dos recursos hídricos no país.O que pode
ser feito é evitar o desperdício, que é o que todo cidadão e toda instituição pode
fazer, através de mudanças de hábitos e troca de equipamentos.
CONCEITOS
7
CONCEITOS
CONCEITOS
8
2. Conceitos
2.1. Empresa Viva
O mercado, conforme evoluiu com o capitalismo, se tornou imprevisível, dinâmico
e em permanente busca pelo crescimento econômico, o qual se caracteriza pelo
aumento progressivo de lucros e valores das ações das empresas. Já estas, na
figura dos seus líderes, se mostram inseguras pela falta da plena compreensão
das regras que ditam esse mercado e, logo, não conseguem prever o que deve
ser feito para se adequar ao que ainda está por vir.
Para atender o dinamismo desse mercado foram criados sistemas complexos,
que representam avanço tecnológico e o aumento de possibilidades que para o
ser humano. Mas, com o passar do tempo, estes sistemas passaram a reger o dia
a dia das pessoas, da sociedade, das empresas e demais organizações e hoje se
percebe que a falta de controle desses sistemas criados por nós mesmos resulta,
concomitantemente, num temor da destruição do nosso habitat, ameaçando a
própria sobrevivência da humanidade.
Uma empresa viva para poder solucionar esse problema muda sua concepção,
deixa de priorizar o lucro e valor das ações e passa a focar nos seres humanos,
institucionalizando projetos de auto-sustento.
Os líderes das empresas não conseguem extrair o resultado esperado das
propostas implementadas nesse sentido e apontam obstáculos para essa
mudança. Segundo Capra (2002), há um paradoxo nas organizações atuais
quanto suas intenções: aumentar o lucro, o valor das ações, o poder político e ao
mesmo se constituírem por grupos de pessoas (ou comunidades) que interagem
entre si buscando atingir seus objetivos pessoais, que cada vez mais se
distanciam dos interesses das empresas.
Isso nos esclarece a dificuldade das organizações quanto à unidade de ação
frente às transformações. As pessoas têm uma resistência natural às imposições
e isso torna mais dificultoso o processo de mudança, e é isso que os líderes
desconhecem, que as transformações devem ser vivenciadas como um processo,
ou seja, as pessoas são atraídas pelas mudanças ao seguir um percurso mais
natural possível.
CONCEITOS
9
Para isso Capra (2002) sugere que compreender a vida na natureza é passo
fundamental para estabelecer essa transformação, porque num sistema vivo as
mudanças sempre são absorvidas por todos seus elementos e toda força está na
rede criada dentro do sistema, é ela que dissemina a transformação e torna a
adaptação do sistema viável. Num sistema vivo maduro nada é desperdiçado,
tudo se transforma, o que um elemento da rede considera resíduo o outro
considera alimento assim tornando tudo cíclico e todos interdependentes. Assim o
grande salto está em inserir esse conceito nas empresas, encarando a empresa
como um sistema vivo dentro de um sistema maior em que todos participam, e
que uma mudança em qualquer elemento da rede requer transformações e
adaptações em todos seus elementos. Com essa rede em funcionamento todos
seus elementos ficam mais sólidos e preparados para mudanças porque a
informação e os materiais fluem naturalmente entre eles tornando todos sensíveis
ao estado global do sistema.
Essa concepção de empresa contrasta com a visão atual, na qual a empresa é
tida como uma máquina que tem seus processos independentes do sistema a sua
volta, que tem um fluxo linear que deve ser seguido a todo custo e impossibilita a
flexibilidade e criatividade de quem a controla.
Enquanto na organização viva se articulam os conceitos de compreensão,
parceria, renovação, flexibilidade e reconhecimento, na organização máquina
utilizam-se conceitos de controle, demandas, exigências, hierarquia e coerção.
2.2. Impacto ambiental
Segundo os economistas, líderes políticos e líderes empresariais a nova
economia global, ratificada com o desmoronamento do socialismo no fim da
década de 1990, leva a uma expansão que beneficia em cadeia todas as pessoas
com o crescimento econômico.
Porém percebe-se um equívoco, pois o capitalismo atual, por eles formulado,
somente agravou a pobreza e a exclusão social. (Capra apud Castells, 2000). A
nova economia não previu esse resultado porque foram desconsiderados pelos
economistas os custos sociais e ambientais na busca contínua e indiferenciada
pelo crescimento econômico.
CONCEITOS
10
As novas atividades financeiras privilegiaram quem já possuía o capital,
concentrando-o ainda mais nas mãos destes indivíduos, contrário do previsto
pelos neoliberalistas, acentuando a exclusão social. Da mesma forma o meio
ambiente natural foi prejudicado, com o crescimento econômico, também cresce,
a necessidade do uso de recursos naturais, seja na forma de matéria prima,
energia, água, combustíveis, etc. A falta de consciência e prioridade ao atender
as demandas crescentes do mercado em expansão levou as empresas a tomar
iniciativas unilaterais sem se preocupar com os problemas ambientais que
surgiriam das suas ações.
Nesse sentido, os países ricos, representados por suas empresas, acabaram se
utilizando dos recursos naturais dos países pobres, que por sua vez se
submeteram a essa exploração, pois se tratava da única maneira de participar da
economia global e tentar compartilhar deste crescimento. Essas empresas se
aproveitaram de leis ambientais menos rígidas, mais abrangentes ou de falta de
fiscalização adequada (poucos fiscais, subornos, pressões políticas, etc.) de
países subdesenvolvidos e protegeram seus lucros com a desculpa do livre
comércio. Da mesma maneira, com a exaustão dos mercados nos países ricos,
essas empresas entraram nos mercados destes países pobres interferindo no
estilo de vida das pessoas, impondo um consumismo incompatível com a
sustentabilidade do planeta. Segundo Capra (2002), “é instrutivo comparar essas
situações a das redes ecológicas... A dominação (ou soberania) existe, mas é
sempre exercida dentro de um contexto maior de cooperação, mesmo nas
relações entre predador e presa. As múltiplas espécies do ecossistema não se
distribuem em hierarquia, como se diz equivocadamente, mas existem melhores
dentro de redes. Há uma diferença crucial entre as redes da natureza e as redes
empresariais da sociedade humana. Num ecossistema nenhum ser é excluído da
rede, até mesmo as menores dentre as bactérias, contribuem para a
sustentabilidade do todo, já no mundo humano da riqueza e do poder, grandes
segmentos da população são excluídos das redes globais e se tornam
insignificantes do ponto de vista global”. Logo, a exclusão desses grupos, cada
vez mais numerosos, impossibilitam o sucesso do sistema como um todo.
Uma análise racional mostra a insustentabilidade da nova economia global. Esse
capitalismo tem que ser revisado desde suas bases tendo em vista a
CONCEITOS
11
imprevisibilidade e o caráter auto-destruidor que ameaça a sobrevivência do
sistema no qual vivemos.
Toda ação gera uma reação, e a natureza sempre converge para um equilíbrio
dinâmico, uma situação estável, mas as ações atuais estão gerando reações que
aos poucos tornam o meio-ambiente inóspito. O desmatamento, crescimento
populacional, o não tratamento de rejeitos industriais (sólidos, líquidos e gasosos),
tudo isso fragiliza os ecossistemas e desregula as condições climáticas.
Para muitos não há como mudar o sistema capitalista em que vivemos, alegam
que apesar de ser o mais correto rever os valores que imperam hoje não há como
mudar as regras atuais, entretanto o sistema foi criado por homens e assim pode
ser revisto ou repensado, há diversos estudos com propostas de meios para
inserir esses novos valores na sociedade, o que falta é vontade política para a
viabilização.
Os primeiros passos para estabelecer a direção deste novo modelo seriam uma
legislação rigorosa, uma atividade empresarial ética e tecnologia (processos) eco-
eficientes.
A comunidade sustentável se constitui de maneira que seu tipo de vida ou seu
jeito de viver não se oponha à capacidade intrínseca da natureza sustentar a vida.
Como membros da comunidade global, que inclui todos os seres vivos e os
ambientes que os hospedam, é preciso ter essa consciência, mesmo como
cidadãos, de buscar e garantir a qualidade de vida, da nossa e de gerações
futuras, sendo este o significado da sustentabilidade.
2.3. Desenvolvimento Sustentável - Conceito
O conceito de sustentabilidade foi criado na década de 1980 por Lester Brown,
fundador do Worldwatch Institute que definiu a sociedade sustentável como
aquela que é capaz de satisfazer suas necessidades sem comprometer as
chances de sobrevivência das gerações futuras.
Como já foi discutido o atual modelo de crescimento econômico gerou enormes
desequilíbrios; se, por um lado, nunca houve tanta riqueza no mundo, por outro
lado, a pobreza, a degradação ambiental aumentam dia-a-dia. Diante desta
constatação, surgiu a idéia do Desenvolvimento Sustentável, buscando conciliar o
CONCEITOS
12
desenvolvimento econômico com a preservação ambiental e com o fim da
pobreza no mundo.
Para se garantir a sustentabilidade, a proteção do ambiente tem que ser
ressignificada como parte do processo de desenvolvimento , ela não pode ser
considerada isoladamente. Para tal, passa a ser importante entender a diferença
entre crescimento e desenvolvimento, o primeiro não conduz automaticamente à
igualdade nem à justiça social, pois não leva em consideração nenhum outro
aspecto da qualidade de vida a não ser o acúmulo de riquezas, que se faz nas
mãos apenas de alguns indivíduos da população. O desenvolvimento, por sua
vez, preocupa-se com a geração de riquezas sim, mas tem a intenção de
distribuí-las e de melhorar a qualidade de vida de toda a população, levando em
consideração, portanto, a qualidade ambiental do planeta. O desenvolvimento
foca o todo enquanto o crescimento somente o indivíduo.
Capra (2002) sugere dois passos para as organizações chegarem ao
desenvolvimento sustentável usando os conceitos básicos da vida. O primeiro
passo é o que ele chama de alfabetização ecológica, ou seja, a compreensão dos
princípios dos sistemas vivos. Entender o desenvolvimento dos ecossistemas
para sustentar a vida através de seis princípios básicos:
• Redes: as redes são as ligações que os sistemas vivos fazem entre si para
atingir o equilíbrio do sistema maior a qual pertencem;
• Ciclos: para sobreviver, os sistemas, recebem fluxos contínuos de matéria
e energia do ambiente, mas no processo também são gerados resíduos,
que desaparecem no sistema maior, como um todo, já que o resíduo de um
sistema é o alimento de outro, logo, os resíduos circulam continuamente
dentro da rede, dentro de ciclos;
• Energia solar: fonte primária de toda a energia;
• Parcerias: a cooperação, através das redes formadas, promove a
sustentabilidade de todos dentro de um sistema;
• Diversidade: quanto maior a diversidade de seus elementos (sistemas
menores) mais forte é o sistema e mais capaz é ele de se recuperar de
eventuais desequilíbrios, quanto mais sistemas vivos em rede um sistema
CONCEITOS
13
possuir, menor é o impacto da falta de funcionamento de um de seus
sistemas;
• Equilíbrio dinâmico: cada sistema não pretende chegar num valor máximo,
todos estão interligados dentro de redes e buscam o valor ótimo do sistema
maior no qual estão inseridos.
Esses conhecimentos devem estar alinhados em todas as esferas da sociedade
para que seja possível a implementação do desenvolvimento sustentável. Aqui
eles estão apresentados de maneira genérica, mas caso a caso é possível
organizar as redes formadas entre as organizações.
O segundo passo se trata de estabelecer um projeto ecológico e aplicar esses
conhecimentos da alfabetização ecológica na reformulação de tecnologias e das
organizações. É a moldagem de fluxos de energia e de materiais feita em vista
dos fins humanos, é montar os processos de interesses econômicos dentro da
grande rede e fluxos do meio-ambiente, em seu estado natural.
Ainda não há unidade de concepção e ação de desenvolvimento sustentável entre
os grupos envolvidos: governos, empresas, grupos que atuam com o meio-
ambiente e grupos interessados em acabar com a exclusão social, isso impede
que o movimento ganhe força chegando ao grande público. Visto que grupos
ambientais questionam o termo desenvolvimento e também ressentem não terem
sido ambientalistas os criadores do conceito, a UNEP (United Nations
Environment Programme) também tem as mesmas restrições por não ter
participado da concepção do modelo, grupos desenvolvimentistas não acham que
o modelo atenderá às necessidades atuais da população, governos evitam o tema
por não se enquadrar dentro de um ministério ou departamento sendo um
conceito que exige um nível de integração e alinhamento inatingíveis pela
estrutura atual das instituições públicas, acadêmicos não gostam do tema por não
conseguirem enquadrá-lo em uma disciplina e por considerar o tema vago com
várias definições recorrentes, e por último, o grande público se incomoda com as
mudanças necessárias não só nas organizações, mas no estilo de vida delas
mesmas que na visão delas será afetado retirando o conforto e acrescentando
tarefas (separar o lixo, reduzir o uso de água e energia, etc.). (Capra, 2002).
CONCEITOS
14
2.4. Desenvolvimento Sustentável - Prática
O que foi apresentado até aqui foi uma visão ideológica do desenvolvimento
sustentável, que não reflete as razões reais pelas quais as corporações investem
neste conceito .
O conceito por trás da sustentabilidade que as empresas empregam é o conceito
dos 3P’s, Planet, People e Profit (planeta, pessoas e lucro). Sempre a
sustentabilidade está vinculada ao lucro, nenhuma ação é levada à frente por ser
uma boa ação ou um ato altruísta.
Medidas sustentáveis podem ajudar uma corporação a aumentar os lucros de
diversas maneiras: diminuindo custos, eliminando desperdícios, aumentando o
faturamento e aumentando a produtividade dos processos da empresa em geral.
Aqui estão algumas maneiras pelas quais a sustentabilidade se paga e levam as
empresas a investirem no conceito.
Empresas sustentáveis conseguem atingir um público mais criterioso, que vê
valor nessas ações e está disposto a pagar mais por produtos destas empresa,
logo as empresas que investem em sustentabilidade tem uma estratégia de
diferenciação com foco no mercado de consumidores eco-conscientes. O ganho
com essa melhoria de imagem e subseqüente valorização da marca é difícil de
ser mensurado, mas é possível ver o reflexo do valor de medidas sustentáveis
nas estratégias de precificação de empresas que promovem o desenvolvimento
sustentável.
A sustentabilidade envolve utilizar os recursos da melhor maneira possível, logo
envolve trabalhos para a redução do uso e reutilização de matérias primas, água
e energia, por exemplo, e assim leva a empresa a gastar menos com esses
recursos, reduzindo gastos e/ou aumentando a produtividade de seus processos.
Da mesma maneira as empresas sustentáveis trabalham para reduzir e tratar
seus resíduos, assim elas evitam gastos com multas, reduzindo o risco do
negócio e diminuindo também os prêmios de seguro para riscos ambientais.
Em alguns casos as empresas também conseguem ganhar através de créditos
ambientais, estes créditos funcionam da seguinte maneira, empresas de um setor
CONCEITOS
15
da indústria recebem bônus negociáveis, metas e prazos para redução de
emissão de poluentes das agências reguladoras, as empresas que falharem em
atingir as metas nos devidos prazos são obrigadas a comprarem os bônus das
empresas que obtiveram sucesso.
Segundo Scharf (2004), há três meios que fazem com que as empresas mudem,
passando a seguir um modelo sustentável: mecanismos de comando e controle,
instrumentos econômicos e auto-regulação.
Mecanismos de comando e controle são normas governamentais que definem
padrões máximos de emissões ou limites para toxicidades de um determinado
produto ou processo, estes mecanismos pressupõe uma estrutura eficaz de
fiscalização.
Instrumentos econômicos são também ações do governo, se tratam de impostos,
taxas e subsídios diretos ou indiretos. São incentivos do governo para que as
empresas tomem o rumo da sustentabilidade.
A auto-regulação se trata de ações das empresas sem incentivo do governo,
estas ações são realizadas para se aproximar dos stakeholders de modo a reduzir
algum efeito negativo sobre os lucros da empresa, seja através de certificações
ou de um trabalho para melhorar a sua imagem.
Portanto as empresas têm diversas razões para buscar a sustentabilidade, razões
estas que envolvem ganhos ou evitam gastos, mas nunca se tratam de ações de
caridade. Logo, os principais impulsos em direção da sustentabilidade estão nas
mãos da sociedade e seus representantes, o governo, que deve regular e
incentivar as ações das empresas.
CASOS DE SUCESSO
16
CASOS DE SUCESSO
CASOS DE SUCESSO
17
3. Casos de sucesso
Nesta seção serão apresentados casos de sucesso de empresas que
conseguiram modificar as maneiras de realizar suas atividades considerando o
sistema a sua volta, mudando paradigmas e atingindo novos patamares de
sustentabilidade.
3.1. General Motors do México
O complexo Automotivo Ramos Arzipe está localizado numa região árida do
México, onde a única e pequena fonte de água contém um alto grau salino. Com
o crescimento do complexo industrial, cresceu a sua necessidade de água, mas,
ao mesmo tempo, decresciam os níveis de água, assim como os limites de
retirada e os nível de efluentes que poderiam ser despejados na água.
Com esse cenário, foram definidos passos para economizar o consumo de água
dos poços. O primeiro passo foi buscar oportunidades de economia da água
através da busca por vazamentos e desperdícios. O segundo passo foi reduzir o
consumo de água para eliminar dejetos sanitários e industriais, e reutilizar essa
água tratando os efluentes.
Mesclando técnicas simples como bacias de evaporação solar e técnicas com alta
tecnologia como filtragens por membranas, foi possível reutilizar quase 70% das
águas desperdiçadas anteriormente.
Assim, de 1986 para 2000 o consumo de água do poço caiu de 1.470.000 m³ de
água para 700.000 m³, o consumo de água para fabricação de um veículo caiu de
32 m³ para 2,2 m³ e o mais impressionante é que esses indicadores caíram e a
produção de veículos da fábrica aumentou em sete vezes, a produção de motores
subiu 50% em volume e foi aberta uma nova fábrica de transmissões em 2000
(SCHMIDHEINY et al., 2002).
Com a água se tornando um recurso escasso na região, a General Motors se viu
obrigada a buscar alternativas para reutilização e redução do uso deste recurso,
fazendo isso evitou o investimento em uma nova fábrica em outro local e ainda
criou uma referência para o uso de água nas suas outras fábricas.
3.2. BASF
CASOS DE SUCESSO
18
A BASF em conjunto com a consultoria Roland Berger criou uma ferramenta
estratégica para incluir os custos ambientais em análises de diversos projetos
relacionados a importantes produtos e processos da empresa.
A ferramenta gera um gráfico de dois eixos, um com o custo ambiental e outro
com o custo total do produto ou processo. Assim é possível comparar vantagens
ecológicas e econômicas dos projetos.
A avaliação ambiental do projeto leva em consideração:
• Consumo de matérias-primas;
• Consumo de energia;
• Emissões e descarte de resíduos;
• Toxidade potencial dos materiais;
• Riscos potencias; e
• Uso da terra.
A ferramenta foi utilizada, por exemplo, para avaliar a maneira mais barata e
menos danosa ao meio-ambiente de transportar 25.000 toneladas de estireno por
115 quilômetros entre duas cidades holandesas, havia as opções de levar de trem
ou de caminhão. Economicamente o transporte rodoviário era mais vantajoso,
mas ao avaliar o consumo de energia, as emissões de resíduos e danos a saúde
dos trabalhadores, o meio de transporte escolhido foi o ferroviário.
Com a ferramenta a BASF, desde 2000, consegue aprimorar seus produtos e
processos. Ao mesmo tempo permite que ela crie condições de monitorar as
metas de pesquisa e desenvolvimento (SCHMIDHEINY et al., 2002).
A avaliação do custo ambiental por empresas químicas como a BASF não pode
ser considerada uma boa ação, se trata um movimento que faz parte de um
trabalho para reconstruir a imagem da empresa frente a um crescente público
eco-consciente. A indústria química foi uma das primeiras a sofrer com críticas de
ambientalistas nas décadas de 1970 e 1980, logo hoje ela é a indústria que mais
evoluiu no caminho da sustentabilidade, modificando seus processos e tratando
seus resíduos. Outras indústrias só estão começando a sofrer impactos
CASOS DE SUCESSO
19
significativos na sua imagem agora, na medida em que a consciência ecológica
de seus consumidores evoluiu.
3.3. Cervejarias sustentáveis
Uma cervejaria tradicional produz cerveja, mas também produz lixo orgânico
jogando fora um material rico em nutrientes. Como o lixo é orgânico ele poderia
ser considerado de baixo impacto ambiental, mas devido ao alto uso de água na
produção de cerveja (mais de 20 litros de água para 1 litro de cerveja) ele é
considerado um problema.
No processo muitas proteínas e nutrientes dos grãos não são aproveitados, os
grãos usados poderiam servir de alimento para animais, só que estes grãos não
são facilmente digeridos por eles e o resultado dessa indigestão é a emissão de
gás metano por esses animais.
Os grãos usados são ricos em fibras e proteínas, logo são um excelente
substituto para farinha em pães. Outra oportunidade é misturar esses grãos com
outras fibras, nessas condições os grãos se tornam um ingrediente valioso para a
produção de cogumelos. A figura 1 mostra um saco com cereais usado para
produzir cogumelos.
A vantagem de usar os grãos para produzir cogumelos é que os cogumelos
tornarão os grãos digeríveis para os animais aumentando sua quantidade de
proteínas, e ajudando no crescimento dos animais e a qualidade da carne deles.
Em seguida, os dejetos dos animais podem ser levados a um biodigestor junto
com a água desperdiçada na produção da cerveja. O biodigestor gera biogás e
uma solução nutritiva, por sua vez esta pode ser levada a um dique raso onde
algas, através de fotossíntese, poderão digerir a solução e mais tarde serem
levadas a um viveiro de peixes, onde os peixes comerão as algas e o sistema do
viveiro já estará preparado para lidar com os futuros dejetos desta e tapa.
Agregando valor, foram usados todos os resíduos da produção da cerveja e os
resíduos dos processos subseqüentes de maneira a criar mais empregos, maior
receita e um ambiente melhor. Existem cervejarias funcionando desta maneira no
Canadá, na Namíbia e na Suécia (ZERI, 2006).
CASOS DE SUCESSO
20
Essas cervejarias já foram criadas com os conceitos de sustentabilidade, mas ao
mesmo tempo que ela nasce com um sistema completo, onde todo resíduo é
reaproveitado de alguma maneira, ele também fornece mais fontes de receita
para empresa e gera diferenciação da marca.
Figura 1: Cogumelos provenientes dos grãos usados na fabricação de cerveja
(ZERI, 2006).
3.4. AMBEV
Poucos negócios no país têm resultados financeiros tão bons quanto a AMBEV,
com 70% do mercado de cervejas no país teve, nos últimos três anos, um
aumento de 50% da produção e dobrou o seu faturamento.
Nessa busca por melhores resultados uma diretriz foi definida pelos executivos da
empresa: produzir mais com menos. Foi essa idéia fixa que levou a empresa a se
tornar um modelo de eco-eficiência.
Energia
Para reduzir o uso de óleo combustível e gás natural algumas fábricas da
empresa passaram a usar o biogás, a partir da decomposição do material
orgânico gerado no processo de tratamento de água, e a queima de biomassa,
queimando paletes velhos de madeira, cascas de babaçu e serragem. Com essas
medidas foi gerada uma economia de 5,6 milhões de reais em 2005.
CASOS DE SUCESSO
21
Resíduos
Para a empresa o processo de fabricação de cerveja não gera mais resíduos,
mas sim subprodutos. O bagaço do malte é vendido para fábricas de rações, o
fermento rejeitado pode ser vendido tanto para fábricas de rações quanto para a
produção de sopas e caldos, e as embalagens como latas e cacos de vidros são
100% reaproveitadas, tendo seus rótulos retirados e vendidos como matéria-
prima para empresas de papel. Com a venda desses subprodutos a AMBEV
conseguiu, em 2005, 51milhões de reais.
Água
A empresa passou a reaproveitar a água do processo industrial para lavar o chão
por exemplo, passou a enxaguar os engradados com a mesma água que havia
enxaguado as garrafas e passou a utilizar a mesma água que, na pasteurização,
aquece a cerveja para esfriá-la. Com isso a AMBEV conseguiu criar uma nova
referência mundial para uso de água na fabricação de cerveja, 3,4 litros de água
para cada litro de cerveja produzido (a referência anterior era de 3,7 litros).
Para empresa isso representou ganhos financeiros claros, e ao mesmo tempo
trouxe benefícios ambientais para a sociedade com suas medidas.
ESTUDOS DE CASO
22
CONCEITOS
APLICADOS
ESTUDOS DE CASO
23
4. Conceitos Aplicados
4.1. Os 3 R’s
Os 3 Rs: Redução, Reutilização e Reciclagem - são os passos para que
indivíduos, instituições e governos, segundo a Agenda 211, consigam realmente
minimizar a exploração de recursos naturais, o impacto ambiental de nossa
sociedade urbano-industrial e, enfim, a quantidade do nosso lixo (USP RECICLA,
2006).
A redução é o passo inicial e mais efetivo na diminuição do impacto ambiental, é a
adoção de medidas para se reduzir o gasto na outra ponta em relação à geração
do lixo, implica uma diminuição no próprio uso, no consumo e no desperdício de
materiais. Assim, a redução é uma revisão nos atuais padrões de consumo.
A reutilização, por sua vez, é representada pelas atividades que aproveitam
produtos antes de seu descarte como reuso direto (usar o verso de folhas de
papel e guardar vasilhames, por exemplo), restauros, trocas de usados,
artesanato com sobras, etc.
A reciclagem é o tratamento dos materiais descartados, com alteração de suas
características físicas. Diferente da reutilização, a reciclagem envolve um
reprocessamento do material. A reciclagem pode ser direta (pré-consumo) ou
indireta (pós-consumo), a direta é mais comum em processos industriais quando
são reprocessados materiais descartados na própria linha de produção, como
aparas de papel, rebarbas metálicas, etc., já os indiretos se trata da reciclagem
mais comum quando são reprocessados materiais que foram descartados como
lixo por seus usuários.
Como é possível observar, os 3 Rs estão numa seqüência relacionada ao impacto
ambiental de cada ação. É melhor evitar o descarte de materiais do que reutilizar
os materiais usados, que por sua vez é melhor que separar os materiais
1 “A Agenda 21 é um plano de ação para ser adotado global, nacional e localmente, por organizações do sistema das Nações Unidas, governos e pela sociedade civil, em todas as áreas em que a ação humana impacta o meio ambiente. Constitui-se na mais abrangente tentativa já realizada de orientar para u m novo padrão de desenvolvimento para o século XXI, cujo alicerce é a sinergia da sustentabilidade ambiental, social e econômica, perpassando em todas as suas ações propostas”. (Ministério do Meio Ambiente, 2006).
ESTUDOS DE CASO
24
descartados para reciclagem. Deixar de produzir lixo é mais interessante do que
reciclá-lo, parece óbvio, mas quando começou a onda de reciclagem no mundo
isso deixou de ser claro, as pessoas tendiam a se concentrar em buscar
oportunidades de reciclagem em vez de diminuir o uso desses materiais
descartáveis. Quando o consumo e o desperdício diminuem, a própria
necessidade de produção de bens e, portanto, o uso de matéria-prima, água e
energia diminuem conjuntamente, preservando diversos outros recursos naturais.
A reciclagem, ainda que contribua para diminuir o volume de lixo destinado aos
lixões e aterros e contribua para a recuperação de materiais, água e energia, não
deve ser uma ação desvinculada dos 2 primeiros Rs, pois caso contrário ela
poderia servir para legitimar o desperdício. (USP RECICLA, 2006).
Na tabela 2 é possível ver que apesar de apresentar menor impacto ambiental
que o processo de produção original de cada material, a reciclagem, como
atividade industrial, também consome água e energia, polui o ar e a água, e gera
seus próprios resíduos. A reciclagem de papel, por exemplo, embora polua o ar e
a água menos que o processo tradicional (35% e 74%, respectivamente), produz
um efluente com fibrículas e sulfato de alumínio e libera gases como monóxido de
carbono e dióxido de enxofre, quando da queima de combustíveis durante a
secagem, e fuligem, se for usada lenha (CEMPRE, 1995).
Papel Vidro Ferro Alumínio Plástico
Uso de energia 23-74 % 4-32 % 47-74 % 90-97 % 89 %
Uso de água 58 % 50 % 40 % - -
Poluição de
água
35 % - 76 % 97 % -
Poluição do ar 74 % 20 % 85 % 95 % -
Uso de
matéria-prima
Redução de
20 árvores /
ton. papel
100 % 90 % 75 % -
Tabela 2: Redução porcentual nos gastos de processos de reciclagem em relação aos processos de produção com matéria prima virgem (WORLDWATCH
INSTITUTE, 1987)
ESTUDOS DE CASO
25
Uma ressalva se torna necessária, apesar da redução do uso e a reutilização
serem amplamente favoráveis ambientalmente, elas perdem força socialmente
quando atrapalham a economia que envolve os processos de reciclagem, nas
grandes cidades brasileiras existem milhares de pessoas que vivem da economia
do lixo. Elas vivem de recolher, separar, vender e reciclar lixo, sejam catadores
autônomos, cooperativas ou recicladores (empresas ou cooperativas que
transformam o material descartado em matéria-prima para as empresas que
produzem e comercializam os materiais). A redução drástica do uso afeta
diretamente a subsistência desse grupo.
4.2. Gestão Compartilhada de Resíduos Sólidos
Antes a gestão de resíduos era vista como uma questão de engenharia. A coleta
do lixo e sua destinação estariam resolvidas se houvesse um eficiente sistema de
limpeza urbana.
Embora, segundo a Constituição Brasileira, o poder público municipal seja
responsável pela coleta de lixo nas cidades, o acondicionamento e,
principalmente, a geração dos resíduos compete a cada um de nós. Neste
sentido, profissionais da área ambiental e saneamento têm mudado o foco de
seus esforços. Mais do que aprimorar sistemas e investir em tecnologias,
equacionar o problema do lixo depende da co-responsabilização da comunidade,
de um novo modelo de gestão socialmente compartilhada dos resíduos.
Os programas de gestão compartilhada de resíduos enfrentam hoje alguns
desafios que não foram e dificilmente poderiam ser previstos há alguns anos.
Estas iniciativas de parcerias entre prefeituras e cooperativas/associações de
catadores de materiais recicláveis, criadas visando a eficiência dos programas de
coleta seletiva de lixo e a valorização do trabalho feito por grupos organizados de
catadores, defrontam-se com uma redução significativa na quantidade e na
qualidade de resíduos coletados. A principal causa deste cenário é o aumento do
número de catadores autônomos, de organizações da sociedade civil e de
empresas privadas interessadas na coleta e comercialização deste material.
Assim, embora o aumento de interesse pelos resíduos recicláveis se apresente
como positivo face à lógica do mercado, esta nova realidade ameaça a
sustentabilidade destes projetos de gestão compartilhada que dependem de um
ESTUDOS DE CASO
26
fluxo constante de resíduos para as centrais de triagem. (Demajorovic et al.,
2005).
ESTUDOS DE CASO
27
ESTUDOS DE CASO
ESTUDOS DE CASO
28
5. Estudos de caso
5.1. USP Recicla
O USP Recicla é um programa interno da Universidade de São Paulo,
coordenado pelo CECAE-USP2, que contribui por meio de iniciativas de gestão
ambiental e de formação de pessoas capazes de compreender e aceitar este
desafio nos campi da universidade.
Usando os princípios dos 3 R's e os ideais da participação, autonomia,
tecnologias ambientalmente adequadas e avaliação continuada, o programa
caracteriza-se por:
• Um modelo de gestão ambiental que se constrói por meio de Comissões
Internas nas unidades e órgãos dos 6 campi da Universidade; por
estudantes interessados que atuam como estagiários, por contribuições de
docentes e por uma equipe de Coordenação, técnicos e educadores.
• Um trabalho que requer envolvimento de todos, e que, por isso, forma e
fortalece os envolvidos, como o debate, a reflexão, o resgate e a
constituição de valores, a revisão de hábitos e costumes e a modificação
de comportamentos.
O programa tem como missão: "contribuir para a construção de sociedades
sustentáveis através de ações voltadas à minimização de resíduos, conservação
do meio ambiente, melhoria da qualidade de vida e formação de pessoas
comprometidas com esta missão". (USP RECICLA, 2006).
O USP Recicla desenvolve na comunidade universitária, (alunos, servidores e
visitantes) uma mentalidade voltada para a recuperação, conservação e melhoria
do ambiente e da qualidade de vida com o objetivo de estimular e apoiar a
formação de práticas voltadas à sustentabilidade, através da gestão
2CECAE-USP (Coordenadoria Executiva de Cooperação Universitária e Atividades Especiais) é um órgão da Reitoria da Universidade de São Paulo que atua como centro aglutinador e articulador de atividades que envolvem pesquisa, extensão e ensino, e como uma estrutura de interface facilitadora dos projetos de cooperação da universidade com os diversos segmentos da sociedade, gerando assim novas soluções e projetos para a Universidade e para a Sociedade. (CECAE-USP, 2006)
ESTUDOS DE CASO
29
compartilhada e integrada de resíduos. Em linhas gerais, o programa tem como
objetivos:
• Estimular valores, atitudes e comportamentos voltados à minimização de
resíduos e à adoção de práticas ambientalmente adequadas, mediante a
implementação de um programa educativo na USP;
• Articular e fomentar o desenvolvimento de projetos em torno do tema,
englobando aspectos de pesquisa, ensino, extensão e gestão cotidiana da
Universidade;
• Contribuir para o estabelecimento de diretrizes para uma política interna de
conservação, recuperação, melhoria do meio ambiente e da qualidade de
vida na USP, no seu entorno e interfaces.
Para atingir esses objetivos o USP Recicla realiza, com suas equipes, projetos
nas entidades da USP. Os projetos consistem basicamente de quatro etapas
descritas abaixo:
• 1a ETAPA: Explorando o lixo
A implantação do Programa em cada Unidade ou órgão da USP começa
pela caracterização dos resíduos produzidos.
Neste "diagnóstico" amostras de lixo são estudadas para:
o Desvendar hábitos de consumo e desperdício dos geradores;
o Identificar a quantidade (peso e volume) e a qualidade dos materiais
descartados;
o Estimar o potencial de minimização de resíduos (3 Rs): quais
materiais podem ser evitados, reutilizados e/ou reciclados;
o Obter um parâmetro para avaliação da diminuição do lixo gerado, já
que novos diagnósticos são feitos periodicamente após a
implantação do programa nas unidades; desta forma, os dados
comparativos do lixo (antes e depois da implantação) refletem a
evolução das mudanças comportamentais almejadas.
ESTUDOS DE CASO
30
Ainda com esse diagnóstico fica-se mais próximo da realidade de
"descarte" da Unidade, enriquecendo a discussão a ser desenvolvida
durante as atividades educativas com os geradores.
Na Unidade onde o programa será implantado, além do diagnóstico do lixo,
são levantadas informações acerca:
o Da comunidade, identificando-se o número de servidores, alunos,
visitantes, associações e lideranças
o Das linhas de pesquisa em resíduos sólidos, realizando-se um
mapeamento dos pesquisadores que atuam na área e a maneira
com que poderiam integrar-se ao programa
o Das iniciativas anteriores de coleta seletiva, resgatando (se houver)
seu histórico e funcionamento
o Das fontes de desperdício
o Dos locais para armazenamento provisório dos recicláveis, antes do
recolhimento dos materiais na unidade
o Das alternativas de destinação dos materiais (catadores?
sucateiros? indústrias recicladoras? programas municipais de coleta
seletiva?
• 2a ETAPA: Conversando com os geradores de lixo
Após os levantamentos, os servidores e alunos da Unidade são convidados
a participar de um dos vários encontros educativos realizados pelos
educadores do Programa.
Os encontros, que duram aproximadamente 90 min., abordam tópicos
como geração, acondicionamento e destinação do lixo, impacto ambiental
na exploração de recursos naturais, redução, reutilização e reciclagem,
compostagem, consumismo, desperdício etc.
Os encontros são momentos de maior sensibilização e incentivo à
mobilização da comunidade, durante os quais, valoriza-se o fortalecimento
de vínculos afetivos e a revisão de valores para com o ambiente. Desta
ESTUDOS DE CASO
31
forma, a participação nestes encontros é considerada fundamental para o
sucesso do programa de minimização dessa unidade.
• 3a ETAPA: Mudando rotinas
Após os levantamentos, e com as sugestões apresentadas pelos
participantes dos encontros educativos, é estruturado o Programa de
minimização de resíduos da Unidade, incluindo a coleta seletiva de
materiais, de acordo com a situação de cada campus.
Um exemplo de mudança de rotina é a implementação do descarte seletivo
de papéis, realizado pelos servidores que nos encontros educativos
receberam coletores para estes fins. Estes papéis são coletados
seletivamente pelas equipes de limpeza, beneficiados em centrais
preparadas para este fim em cada campus, e encaminhados a sucateiros,
entidades assistenciais ou empresas recicladoras.
A opção pela coleta seletiva do papel em todos os campi da USP se deu
pela facilidade de escoamento desse material e pelo fato dele representar
cerca de 70% do peso total do lixo uspiano.
Os demais resíduos são descartados em cestos de lixo, coletados e
destinados como tal.
Nos campi de Ribeirão Preto e Bauru, onde o USP Recicla está integrado
aos programas municipais de coleta seletiva, as caixas distribuídas
também recebem outros recicláveis como metais, plásticos e vidros, uma
vez que o escoamento destes materiais está garantido.
• 4a ETAPA: Avaliando e divulgando o Programa
Passado o período de implantação, a equipe do USP Recicla retorna às
unidades periodicamente para acompanhar o desenvolvimento do
programa, realizando atividades como:
o "Pentes-finos": visitas regulares para verificação de mudanças de
hábitos e rotinas e da geração de resíduos. Busca-se, nestes
momentos, reforçar a motivação e participação ativa das pessoas
junto ao programa de minimização de sua unidade. Recolhem-se
comentários e sugestões (veja nossas conquistas).
ESTUDOS DE CASO
32
o Re-diagnósticos de lixo: novas pesagens e triagens são realizadas
para comparação destes dados com os obtidos na fase de
implantação.
As informações coletadas são repassadas à comunidade pelos meios de
comunicação da Universidade (boletins internos, Jornal e Rádio USP, etc.).
O USP Recicla também tem ampla divulgação fora da Universidade. É
regularmente apresentado em seminários e congressos no Brasil e exterior. Tem
sido tema de monografias e dissertações acadêmicas e citado em diversos artigos
e publicações. O contato do USP Recicla se encontra no anexo B.
5.2. POLI - USP Recicla
A comissão da EPUSP no USP Recicla criou o projeto POLI – USP Recicla que
foi iniciado na segunda quinzena de maio. O projeto conta com total apoio da
diretoria da Escola. Com o projeto a POLI se distancia do padrão de atuação do
USP Recicla buscando um rumo que atenda melhor as suas reais necessidades.
O projeto visa diagnosticar a situação atual dos resíduos gerados na Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo, incluindo os tipos de resíduos gerados,
locais de geração, quantidades geradas, tratamentos e destinos atuais. O objetivo
é fornecer embasamento para a implantação de um programa de gerenciamento
de resíduos sólidos.
O trabalho será realizado em etapas, conforme descrito a seguir:
• Planejamento: O planejamento tem como objetivo orientar a execução do
projeto, de forma a otimizar a coleta e consolidação dos dados. Os
instrumentos utilizados foram:
o Questionários e entrevistas com professores, funcionários e alunos;
o Observação do material descartado na EPUSP;
o Inspeções de área para verificar os locais de descarte;
o Caracterização física dos prédios da EPUSP;
o Análise de documentos.
• Coleta de Dados:
ESTUDOS DE CASO
33
o Visitas aos departamentos, laboratórios, restaurantes, xerox, bem
como todas às áreas geradoras de resíduos da Escola;
o Levantamento dos resíduos gerados em condições de rotina de
todos os departamentos, bem como os já armazenados;
o Avaliação das práticas atuais relacionadas à gestão de resíduos,
incluindo os processos de reciclagem existentes;
o Exame de documentos, incluindo autorizações e documentação dos
receptores de resíduos (caso exista);
o Levantamento da legislação relativa aos resíduos perigosos
gerados.
o Consolidação dos dados obtidos.
• Conclusão, entrega do relatório final contendo:
o Levantamento dos resíduos gerados nas atividades de ensino,
pesquisa e extensão e seus agentes;
o Classificação e quantificação destes resíduos, especialmente, os
potencialmente perigosos e potencialmente recicláveis e/ou re-
aproveitáveis levantados, estabelecendo prioridades para o
tratamento e destinação dos mesmos.
o Avaliação das necessidades para implantação da coleta seleti va,
incluindo recursos humanos, equipamentos, benfeitorias e serviços
externos;
o Avaliação do nível de adesão para futura implantação de um
sistema de gerenciamento de resíduos na Escola.
Assim o trabalho resultará numa série de propostas que serão avaliadas pela
diretoria e comissão do POLI – USP Recicla, em seguida serão levados em frente
os projetos considerados prioritários, sempre considerando a escola como um
todo.
ESTRUTURA DO TRABALHO
34
ESTRUTURA DO TRABALHO
ESTRUTURA DO TRABALHO
35
6. Estrutura do trabalho
6.1. Análise do uso dos materiais
Uma estrutura de trabalho aplicado no Departamento de Engenharia de Produção
foi desenvolvida considerando os estudos de caso observados na USP.
O trabalho foi dividido nas seguintes etapas:
• Levantamento de dados: nesta etapa procurou-se entender qual a situação
da coleta do lixo e qual a origem dos materiais, isso através do:
o Entendimento de como é realizada a coleta interna do lixo (quem a
realiza, freqüência, onde o lixo é armazenado, etc.);
o Entendimento do processo de compras (quem a realiza, quais são
as fontes, como as compras são aprovadas);
o Montagem de uma base de dados dos materiais comprados, suas
quantidades e preços para o período regular selecionado (é
importante que o período selecionado seja representativo do lixo
gerado no ano).
• Fluxos dos materiais: com a base de dados montada foram selecionados
os materiais com volumes e valores relevantes ou com descarte crítico
(exemplos: pilhas e baterias) que devam ser avaliados melhor, esta análise
passou por:
o Identificar qual a principal fonte de recursos para cada material;
o Identificar onde cada material é armazenado;
o Identificar quem são os principais usuários;
o Entender como é o acesso desses usuários aos materiais (há algum
controle de uso, há regras para o uso dos materiais, etc.);
o Entender quais os principais usos de cada material;
o Identificar o material do produto, de sua embalagem e se há
resíduos no seu uso para definir os elementos recicláveis;
ESTRUTURA DO TRABALHO
36
o Estimar os tempos do fluxo e assim entender, para cada material,
qual o tempo entre a compra e o descarte (de todos os elementos:
produto, embalagem e resíduo);
o Entender como e onde os materiais são descartados.
• Processo de reciclagem: com os fluxos dos materiais estabelecidos se
definiu como fazer a separação deles. Esta etapa seguiu da seguinte
maneira:
o Identificar onde são os focos principais de descarte de cada
material;
o Analisar onde é necessário focar a coleta para algum material
específico e onde deve haver separação mais genérica dos
materiais, considerando os espaços necessários e a localização dos
usuários;
o Procurar parceiros para realizar a coleta dos materiais gerados;
o Identificar onde é possível armazenar o material separadamente até
a sua coleta;
• Piloto de reciclagem: realizou-se um piloto em menor escala para
sensibilizar a comunidade, para testar o processo elaborado e para
identificar os materiais que não foram observados no diagnóstico. Esta
etapa teve o intuito de reduzir o escopo do processo de reciclagem, de
acordo com os recursos disponíveis, para ter uma resposta prévia sobre o
diagnóstico realizado, ela passou pelos seguintes passos:
o Identificar materiais críticos para o processo;
o Identificar principais locais de passagem para analisar o descarte
(para identificar os materiais trazidos de fora);
o Comunicar para a comunidade o piloto;
o Realizar o piloto;
o Avaliações intermediárias;
o Analisar os resultados do piloto.
ESTRUTURA DO TRABALHO
37
• Definir programação passo a passo para sair do piloto e estabelecer
processo final de reciclagem: o processo elaborado foi revisado a partir das
análises sobre o piloto e projetar a expansão do piloto até o processo final.
• Avaliar propostas de redução e reutilização dos materiais: com a base de
dados dos materiais montada, foram feitas, para os materiais críticos (em
quantidade ou em valor), propostas para redução e reutilização e foram
avaliadas estas propostas com os usuários:
o Entrevistar usuários e e laborar propostas para os materiais críticos;
o Validar as propostas com os usuários;
o Implementar propostas validadas.
A ordem das etapas do trabalho não foi necessariamente cronológica, sendo que
parte das etapas ocorreram paralelamente.
A intenção desta estrutura, montada para a implementação da reciclagem e de
propostas redução do uso e reutilização de materiais no Departamento de
Engenharia de Produção da EPUSP, é de, ao contrário dos outros modelos,
iniciar o processo pela reciclagem e levantar o interesse da comunidade a partir
dele, para que depois, com o processo de reciclagem já em funcionamento,
levantar o interesse da comunidade para oportunidades de diminuir o lixo gerado,
levantando os hábitos da comunidade.
6.2. Análises do uso de energia e uso de água
Nos casos de energia e água não foi feita uma análise estruturada, porque o
Departamento de Engenharia de Produção tem suas medições feitas
conjuntamente com o Biênio, o que torna difícil fazer uma análise exclusiva para o
departamento.
Logo, o que se verificou foi a aderência do departamento às indicações de
funcionamento do PURE e PURA.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
38
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
39
7. Análise do Uso dos Materiais
7.1. Levantamento de dados
Compras
O Departamento de Engenharia de Produção teve disponíveis em 2005 três
fontes de verbas para compra de materiais. Há a verba do orçamento da EPUSP,
dos reembolsos aprovados pela Fundação Vanzolini e do PROAP (verba cedida
pela CAPES para compra de materiais para projetos de pós-graduação).
As compras são centralizadas na secretária, professores e funcionários
encaminham seus pedidos e a secretaria destina a compra à verba mais
adequada para a situação, com a validação do professor responsável por
controlar o orçamento do departamento, responsável pelo orçamento da EPUSP e
reembolsos da fundação, e/ou do professor responsável pelos programas de pós-
graduação que também é responsável pelo orçamento da PROAP. Cabe a estes
professores validar as compras de acordo com o orçamento prévio elaborado
para o departamento no ano em questão.
Coleta interna do lixo
No departamento há cinco diferentes órgãos ocupando o espaço comum, o
departamento, a Fundação Vanzolini, a lanchonete, o centro acadêmico e a
biblioteca. As salas de professores, de projetos, salas de computadores, salas
administrativas e reunião do departamento são limpas pela empresa terceirizada
contratada pela EPUSP, as salas administrativas da Fundação Vanzolini, todas as
salas de aula e pátio são limpas pela empresa terceirizada contratada pela
fundação e a área da biblioteca é limpa pela mesma equipe de limpeza contratada
pela EPUSP. O lixo de cada equipe de limpeza é misturado e levado para um
espaço externo ao departamento (onde a coleta simples da prefeitura o recolhe)
pela equipe contratada pela fundação.
As equipes recolhem o lixo duas vezes ao dia, pela manhã e à tarde, e
diariamente o lixo é levado, no fim da tarde, ao contêiner para ser recolhido pela
prefeitura.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
40
O área do Centro Acadêmico da Engenharia de Produção é limpa pelo pessoal
que trabalha no xérox e o lixo é recolhido por uma outra equipe da empresa
contratada pela EPUSP, responsável pela limpeza do prédio do Biênio por isso
não está considerado neste trabalho.
A lanchonete não é de responsabilidade do departamento nem da fundação, a
sua limpeza é realizada pelos próprios funcionários e o lixo é recolhido pela
equipe de limpeza contratada pela fundação, ela não será considerada nesta
análise, mas os materiais descartados lá estão na discussão sobre os próximos
passos, após o fim deste trabalho.
Base de dados de compras 2005
A montagem da base de dados foi elaborada de acordo com os pedidos do
departamento ao setor de compras da EPUSP (almoxarifado POLI), que são
registrados no sistema Mercúrio, com as notas fiscais reembolsadas pela
Fundação Vanzolini e com os materiais comprados com a verba do PROAP.
O material para os banheiros são comprados por reembolso da fundação e são
comprados por um contrato com a Kimberly Clark, por isso na identificação dos
fluxos abaixo eles estão com a fonte diferenciada (Kimberly Clark), mas a verba
para as compras é da fundação.
Não foram considerados na base de dados os copos fornecidos pela empresa que
aluga a máquina de café por não haver detalhes do volume no contrato e notas
fiscais do ano de 2005.
A base de dados inclui os materiais, suas quantidades e valores das compras, os
dados são referentes ao ano de 2005, a base completa de compras do
departamento esta no anexo C.
7.2. Fluxo dos materiais
Na figura 2 o modelo dos fluxos pelos quais os materiais passam no
departamento, com as informações relativas a cada material.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
41
PRODUTO
Volume anual: (Volume de material comprado)
Valor anual: (Valor anual comprado)
Embalagem: (Tipo de material da embalagem)
Fonte: (Fontes principais de recursos para compra)
Responsável: (Responsável pelo lixo)Usuários principais: (Usuários que mais usam o produto)
Armazenagem: (Onde o material fica o estocado)
EstoqueAção
Dia
Ator
Ação
Dia
Ator
Resíduo: (Tipo de resíduo causado pelo uso do produto, exceto o descarte da embalagem e do produto. Exemplo: o resto de café no copo descartável)
Destino Resíduo: (Destino desse resíduo)
Produto: (Tipo de material do produto)
XCondição
Este campo diz o dia em que ocorre a ação. D0 representa o primeiro dia, DX representa X dias após D0, MY representa Y meses após D0. Dn é usado quando não há uma definição precisa do dia.
Local de estoque do produto.
Quem realiza a ação.Quando necessário, uma condição é criada para o fluxo, para que ele siga de uma ou outra maneira.
Direcionamento para os fluxos de reciclagem de cada tio de material (papel, plástico, metal, etc.).
Figura 2: Modelo do desenho dos processos
O objetivo de desenhar o fluxo dos materiais no departamento é clarificar os seus
caminhos até o descarte. Desta maneira é possível também definir os
responsáveis pelo descarte, o tempo entre o uso e o descarte e identificar
oportunidades dentro dos conceitos dos 3 R’s (Redução, Reutilização e
Reciclagem).
A análise não será feita para materiais com volume comprado baixo no ano de
2005, materiais duráveis (como escadas, facas, etc.) e materiais que por definição
não serão descartados no departamento (como material para brindes, envelopes
e papel para convites, etc.), outra premissa que será aplicada é que o que foi
comprado foi usado no mesmo ano e que o uso é distribuído igualmente ao longo
do ano, mas há casos em que foi feita uma análise melhor, serão apresentados
no corpo do texto os fluxos mais representativos, os demais fluxos podem ser
encontrados no anexo A.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
42
Papel
PAPEL A4
Volume anual: 537.500 folhas (2,5 toneladas)Valor anual: R$ 7.123,00Embalagem: Papel
Fonte: Vanzolini / PROAP / Almoxarifado POLI
Resíduo: -Destino Resíduo: - Usuários principais:
Professores e FuncionáriosProduto: Papel
Secretaria
Imprimir material
D0...D30
Usuários
Imprimir material
D0...D30
Usuários
Buscar resma na Secretaria
D0
Usuários
Buscar resma na Secretaria
D0
Usuários
Descartar Papel
D0...D30 + M6
Usuários
Descartar Papel
D0...D30 + M6
Usuários
Responsável: SecretariaArmazenagem: Secretaria
Usar papel para rascunhos ou
anotações
D0...D30
Usuários
Usar papel para rascunhos ou
anotações
D0...D30
Usuários
Descartar Papel
D0...D30 + M1
Usuários
Descartar Papel
D0...D30 + M1
Usuários
Descartar embalagem
D30
Usuários
Descartar embalagem
D30
Usuários
A
Figura 3: Fluxo para papel A4
As resmas de papel A4 ficam na secretária e os professores e funcionários as
buscam lá. Por ser o produto mais utilizado e com maior volume anual é o que se
deve ter a maior atenção. A figura 3 mostra o fluxo do papel A4.
É difícil estimar o volume descartado e o tempo entre o uso e o descarte com
qualquer precisão, como também é difícil dizer ao certo o quanto desse papel é
descartado no próprio departamento e quanto é levado para fora não sendo
descartado no departamento . O fluxo A para reciclagem de papel está
representado na figura 18.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
43
Copo Descartável (180ml)
COPO DESCARTÁVEL 180ml
Copa
Levar para o evento ou reunião
D0
Funcionário Copa
Levar para o evento ou reunião
D0
Funcionário Copa
Levar para os bebedouros
D0
Funcionário Copa
Levar para os bebedouros
D0
Funcionário Copa
Usar os copos
D0
Usuários
Usar os copos
D0
Usuários
Descartar os copos
D0
Usuários
Descartar os copos
D0
Usuários
Volume anual: 67.500 unidadesValor anual: R$ 1.540,00Embalagem: Plástico
Fonte: Almoxarifado POLI
Responsável: CopaArmazenagem: Copa
Resíduo: -Destino Resíduo: -
Usuários principais: Professores , Alunos e FuncionáriosProduto: Plástico
B
Descartar embalagem
D0
Usuários
Descartar embalagem
D0
Usuários
Figura 4: Fluxo para copo descartável (180ml)
Para estimar o uso de copos descartáveis de 180ml ao longo dos meses pode-se
usar o consumo de galões no departamento. Segundo a tesouraria da EPUSP
são em média compradas 15 galões por mês para o Departamento da Engenharia
de Produção (lembrando que são apenas quatro os bebedouros de
responsabilidade do departamento ,). A figura 4 mostra o fluxo de copos
descartáveis de 180ml no departamento.
Segundo a funcionária da copa há uma sazonalidade e pode-se dividir o consumo
mensal em quatro tipos de meses: meses quentes com aula, meses quentes sem
aula, meses frios com aula e meses frios sem aula. Outra informação fornecida foi
que o há meses em que chegam a ser comprados 25 galões e meses que
chegam a ser comprados menos de 10 galões. Com todas essas informações há
como estimar um consumo mensal de copos descartáveis por mês. Essa
estimativa encontra-se na tabela 3.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
44
Foram considerados meses quente com aula: fevereiro, março, outubro e
novembro; meses quentes sem aula: janeiro e dezembro; meses frios com aula:
abril, maio, junho, agosto e setembro; mês frio sem aula: julho .
MêsGalões de água
Copos descartáveis
Janeiro 15 5473Fevereiro 25 9122Março 25 9122Abril 10 3649Maio 10 3649Junho 10 3649Julho 5 1824Agosto 10 3649Setembro 10 3649Outubro 25 9122Novembro 25 9122Dezembro 15 5473TOTAL 185 67500
Tabela 3: Estimativa de uso de copos descartáveis por mês
Os copos descartáveis de 180ml apenas são comprados para serem colocados
ao lado dos bebedouros, mas também são usados em eventos e reuniões no
departamento. O fluxo B para reciclagem de plástico está representado na figura
19.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
45
Papel Higiênico
PAPEL HIGIÊNICO
Copa Reabastecer recipiente com papel higiênico
D0
Funcionário Copa
Reabastecer recipiente com papel higiênico
D0
Funcionário Copa
Usar papel higiênico
D0...Dn
Usuários
Usar papel higiênico
D0...Dn
Usuários
Volume anual: 348.000 unidades (folhas)Valor anual: R$ 3.053,00Embalagem: Papelão
Fonte: Kimberly Clark
Responsável: CopaArmazenagem: Copa
Resíduo: OrgânicoDestino Resíduo: Lixo
Usuários principais: Todos
Produto: Papel
Verificar necessidade de
reabastecer banheiros
D0
Funcionário Copa
Verificar necessidade de
reabastecer banheiros
D0
Funcionário Copa
Reabastecer?
Sim
Não
Recolher lixo
D0
Funcionário Copa
Recolher lixo
D0
Funcionário Copa
Descartar papel higiênico
D0...Dn
Usuários
Descartar papel higiênico
D0...Dn
Usuários
Descartar embalagem
D0
Funcionário Copa
Descartar embalagem
D0
Funcionário Copa
AEmbala-gem vazia?
SimNão
F
Figura 5: Fluxo para papel higiênico
São em média 6.700 folhas de papel higiênico descartadas por semana e 5
embalagens descartadas a cada 2 meses. A figura 5 exibe o fluxo do papel
higiênico. Neste caso não há nenhuma oportunidade de redução, reutilização ou
reciclagem, a não ser a reciclagem da embalagem de papelão. O fluxo F para
descarte do lixo genérico está representado na figura 25 e o fluxo A para
reciclagem de papel está representado na figura 18.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
46
Materiais de limpeza
ÁGUA SANITÁRIA
Copa Usar para limpezas
específicas
D0...~D45
Funcionário Copa
Usar para limpezas
específicas
D0...~D45
Funcionário Copa
Descartar a embalagem
~D45
Funcionário Copa
Descartar a embalagem
~D45
Funcionário Copa
Embala-gem vazia?
Sim
Não
Resíduos eliminados pelo
ralo
D0...~D45
-
Resíduos eliminados pelo
ralo
D0...~D45
-
Volume anual: 9 unidadesValor anual: R$ 20,00Embalagem: Plástico
Fonte: Almoxarifado POLI
Responsável: CopaUsuários principais: Funcionário da Copa
Armazenagem: Copa
Resíduo: QuímicoDestino Resíduo: EsgotoProduto: Químico
B
Figura 6: Fluxo para água sanitária
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
47
ÁLCOOL
Copa Usar em situações
específicas
D0...~D30
Funcionário Copa
Usar em situações
específicas
D0...~D30
Funcionário Copa
Descartar a embalagem
~D30
Funcionário Copa
Descartar a embalagem
~D30
Funcionário Copa
Embala-gem vazia?
Sim
Não
Resíduos evaporam no ar
D0...~D30
-
Resíduos evaporam no ar
D0...~D30
-
Volume anual: 12 unidadesValor anual: R$ 29,00Embalagem: Plástico
Fonte: Almoxarifado POLI
Responsável: CopaArmazenagem: Copa
Resíduo: QuímicoDestino Resíduo: Ar
Usuários principais: Funcionário da Copa
Produto: Químico
B
Figura 7: Fluxo para o álcool
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
48
LIMPADOR MULTI-USO
Copa Usar em situações
específicas
D0...~D20
Funcionário Copa
Usar em situações
específicas
D0...~D20
Funcionário Copa
Descartar a embalagem
~D20
Funcionário Copa
Descartar a embalagem
~D20
Funcionário Copa
Embala-gem vazia?
Sim
Não
Resíduos evaporam no ar
D0...~D20
-
Resíduos evaporam no ar
D0...~D20
-
Volume anual: 16 unidadesValor anual: R$ 18,00Embalagem: Plástico
Fonte: Vanzolini
Responsável: CopaArmazenagem: Copa
Resíduo: QuímicoDestino Resíduo: Ar
Usuários principais: Funcionário da Copa
Produto: Químico
B
Figura 8: Fluxo para o limpador multiuso
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
49
DETERGENTE
Copa Usar em limpezas na
copa
D0...~D10
Funcionário Copa
Usar em limpezas na
copa
D0...~D10
Funcionário Copa
Descartar a embalagem
~D10
Funcionário Copa
Descartar a embalagem
~D10
Funcionário Copa
Embala-gem vazia?
Sim
Não
Resíduos eliminados pelo
ralo
D0...~D10
-
Resíduos eliminados pelo
ralo
D0...~D10
-
Volume anual: 35 unidadesValor anual: R$ 22,00Embalagem: Plástico
Fonte: Vanzolini
Responsável: CopaArmazenagem: Copa
Resíduo: QuímicoDestino Resíduo: Esgoto
Usuários principais: Funcionário da Copa
Produto: Químico
B
Figura 9: Fluxo para o detergente
Os materiais de limpeza aqui considerados são os de uso exclusivo da copa do
Departamento da Engenharia de Produção, isso porque o material de limpeza
usado para limpar todo o departamento vem da empresa terceirizada pela
EPUSP, e as suas embalagens não geram lixo porque eles usam vasilhames para
fazer refil dos produtos. As figuras 6, 7, 8 e 9 mostram os fluxos de,
respectivamente, água sanitária, álcool, limpador multiuso e detergente.
Os produtos considerados aqui têm um volume anual baixo e suas compras estão
distribuídas ao longo do ano .
Para todos esses materiais o único lixo gerado são as embalagens, que podem
ser recicladas, mas precisam ser separadas para serem enviadas para reciclagem
secas, não há como reutilizar o material nem as embalagens. O fluxo B para
reciclagem de plástico está representado na figura 19.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
50
Filtro de Papel
FILTRO DE PAPEL
Copa
Levar para o evento ou reunião
D0
Funcionário Copa
Levar para o evento ou reunião
D0
Funcionário Copa
Preparar café
D0
Funcionário Copa
Preparar café
D0
Funcionário Copa
Recolher filtro usado
D0
Funcionário Copa
Recolher filtro usado
D0
Funcionário Copa
Descartar o filtro úmido com
café
D0
Funcionário Copa
Descartar o filtro úmido com
café
D0
Funcionário Copa
Beber na copa
D0
Usuários
Beber na copa
D0
Usuários
Volume anual: 840 unidadesValor anual: R$ 36,00Embalagem: Papelão
Fonte: Almoxarifado POLI
Responsável: CopaArmazenagem: Copa
Resíduo: OrgânicoDestino Resíduo: Lixo
Usuários principais: Funcionário da Copa
Produto: Papel
C
Embala-gem vazia?
Sim
Não
Descartar embalagem
Dn
Funcionário Copa
Descartar embalagem
Dn
Funcionário Copa
A
Figura 10: Fluxo para filtro de papel
As compras foram feitas regularmente ao longo do ano, o consumo é contínuo,
são, em média, 70 filtros por mês e são 5 caixas de filtro a cada 4 meses. A figura
10 mostra o fluxo do filtro de papel.
O filtro de papel é usado na preparação do café. O descarte do filtro é orgânico
por causa do resíduo (o café) que é descartado com ele. Não há como reutilizar o
material, mas há oportunidades de reciclagem dos dois tipos de lixo, da
embalagem de papelão e o material orgânico do filtro. O fluxo A para descarte do
papel está representado na figura 18 e o fluxo C para reciclagem do lixo orgânico
está representado na figura 24.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
51
Cartuchos para Impressoras
CARTUCHOS DE IMPRESSORA
Volume anual: 433 unidades (115 COL / 318 PB)Valor anual: R$ 20.047,00Embalagem: PapelãoResíduo: -Destino Resíduo: -Produto: Plástico / Químico / Eletrônico
Levar cartucho antigo na
Secretaria e buscar o novo
D0/D1
Usuários
Levar cartucho antigo na
Secretaria e buscar o novo
D0/D1
Usuários
Instalar cartucho na impressora
D0/D1
Usuários
Instalar cartucho na impressora
D0/D1
Usuários
Usar cartucho
D0/D1...M2
Usuários
Usar cartucho
D0/D1...M2
Usuários
Fonte: Almoxarifado POLI / PROAP
Usuários principais: Professores
Responsável: SecretariaArmazenagem: Secretaria
Pedir cartucho na Secretaria
D0
Usuários
Pedir cartucho na Secretaria
D0
Usuários
Cartucho no
estoque?
Sim
Não
Comprar cartucho
D1
Secretaria
Comprar cartucho
D1
Secretaria
ADescartar
embalagem
D0/D1
Usuários
Descartar embalagem
D0/D1
Usuários
Secretaria
Encaminhar cartucho antigo
para o Almoxarifado
D0/D1
Secretaria
Encaminhar cartucho antigo
para o Almoxarifado
D0/D1
Secretaria
Figura 11: Fluxo para cartuchos de impressora
A EPUSP, através de seu almoxarifado já recicla os cartuchos de impressora,
sempre ao entregar um novo cartucho o funcionário do almoxarifado cobra o
velho para poder recarregá-lo no futuro. A figura 11 mostra o fluxo do cartucho no
departamento.
São 36 embalagens de cartucho de impressora descartadas, em média, por mês.
A embalagem representa a única oportunidade de reciclagem, é a da embalagem.
O fluxo B para reciclagem de plástico está representado na figura 19.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
52
Pilha
PILHA
Volume anual: 72 unidadesValor anual: R$ 110,00Embalagem: Papelão / PlásticoResíduo: QuímicoDestino Resíduo: QuímicoProduto: Metal
Secretaria Buscar pilhas na Secretaria
D0
Usuários
Buscar pilhas na Secretaria
D0
Usuários
Usar para telefones e controles remoto
D0...M4
Usuários
Usar para telefones e controles remoto
D0...M4
Usuários
Separar pilhas usadas para
descarte especial
M4
Usuários
Separar pilhas usadas para
descarte especial
M4
Usuários
Fonte: Vanzolini
Usuários principais: Funcionários
Responsável: SecretariaArmazenagem: Secretaria
G
Descartar embalagem
M6
Secretaria
Descartar embalagem
M6
Secretaria
A
Figura 12: Fluxo para pilhas e baterias
São descartadas em média 6 pilhas por mês, Neste caso não há oportunidade de
redução do uso e de reutilização, a reciclagem é possível para as embalagens,
mas de qualquer maneira esse fluxo é singular, já que pela toxicidade do produto
este deve ser separado do lixo comum e levado para centros específicos para
descarte. A figura 12 mostra o fluxo de pilhas no departamento.
O fluxo G para descarte de pilhas está representado na figura 26 e o fluxo A para
papel está representado na figura 18.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
53
Papel Toalha
PAPEL TOALHA
Copa Reabastecer recipiente com
papel toalha
D0
Funcionário Copa
Reabastecer recipiente com
papel toalha
D0
Funcionário Copa
Usar papel higiênico toalha
D0...Dn
Usuários
Usar papel higiênico toalha
D0...Dn
Usuários
Volume anual: 190.000 unidadesValor anual: R$ 3.630,00Embalagem: Papelão
Fonte: Kimberly Clark
Responsável: CopaArmazenagem: Copa
Resíduo: ÁguaDestino Resíduo: Lixo
Usuários principais: Todos
Produto: Papel
Verificar necessidade de
reabastecer banheiros
D0
Funcionário Copa
Verificar necessidade de
reabastecer banheiros
D0
Funcionário Copa
Reabastecer?
Sim
Não
Recolher lixo
D0
Funcionário Copa
Recolher lixo
D0
Funcionário Copa
Descartar papel toalha
D0...Dn
Usuários
Descartar papel toalha
D0...Dn
Usuários
Descartar embalagem
D0
Funcionário Copa
Descartar embalagem
D0
Funcionário Copa
AEmbala
-gem vazia?
SimNão
A
Figura 13: Fluxo para papel toalha
São 3.700 folhas de papel toalha e 3 embalagens descartadas em um mês. Neste
caso não há nenhuma oportunidade de redução e reutilização, há oportunidade
de reciclagem do papel toalha e da embalagem de papelão. A figura 13 mostra o
fluxo de papel toalha no departamento. O fluxo A para reciclagem de papel está
representado na figura 18.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
54
7.3. Reciclagem
Dentro dos conceitos dos 3 R’s a reciclagem é último recurso, somente aceito
após as possibilidades de redução no uso e reutilização serem exauridas, mas
deve-se ponderar. Essa análise só considera o custo ambiental que os processos
industriais implicam, não considera os impactos sociais, o custo social da
diminuição do uso de certos materiais, bem como a diminuição da chamada
economia do lixo que sustenta milhares de famílias só na cidade de São Paulo.
Os 3 R’s é um conceito muito útil para a análise de oportunidades de diminuição
na emissão de resíduos e do descarte de lixo, mas não deve ser adotado como
solução única para os problemas ecológicos que o planeta enfrenta, mesmo
porque esse não é o único problema que a sociedade global enfrenta. O conceito
de desenvolvimento sustentável se propõe a muito mais do que tratar resíduos e
lixo, logo analisando o uso dos materiais com este foco deve-se dar mais peso a
reciclagem dos produtos, tanto como uma solução para o lixo gerado como
também uma fonte de renda para diversas famílias.
A reciclagem também é importante na educação ambiental da comunidade e
sendo o departamento um órgão de ensino público, essa função da reciclagem
fica ainda mais importante. As pessoas que compõe a comunidade do
departamento passarão a pensar no destino do lixo que eles geram ao ver a
coleta seletiva no departamento, sendo esta a primeira vez que vêem uma coleta
seletiva ou terão a idéia reforçada por conviverem num local que procura
selecionar o material descartado.
Para realizar a coleta de materiais para reciclagem há três tipos básicos de
parceiros externos: cooperativas de catadores, sucateiros e recicladores. Os
recicladores são empresas que realizam a reciclagem, elas costumam comprar os
materiais já processados (já triado e prensado) e em grandes volumes (a partir de
uma tonelada), já sucateiros e cooperativas de catadores se diferem na obtenção
dos materiais, enquanto os catadores buscam materiais recicláveis nos lixos das
ruas e aceitam doações, os sucateiros compram material de empresas ou de
pessoas dispostas a coletar e vender estes materiais para reciclagem. Sucateiros
e cooperativas aceitam material em volumes menores desde que recebam o
material, mas para buscarem o material eles exigem um volume entre 500 e 1000
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
55
quilos de lixo seco. Os contatos de alguns possíveis parceiros podem ser
encontrados no anexo B.
Os valores pagos pelos sucateiros variam entre: R$ 0,17 e R$ 0,20 o quilo para
papel branco (A4, almaço e bobinas para fax), R$ 0,02 e R$ 0,05 o quilo para
papéis coloridos e outros (jornais, revistas, papelão, etc.), R$ 0,17 e R$ 0,20 para
o quilo de plásticos em geral e entre R$0,00 e R$ 0,04 para o quilo de vidros.
Material eletrônico danificado não tem valor.
Apesar das opções apresentadas, há uma diretriz do USP Recicla, apoiada pelo
departamento Jurídico da Reitoria, de que vender o lixo em benefício de
indivíduos não é permitido por ele ser de propriedade da USP. Logo, como não há
como realizar a entrada contábil desse valor, também não é permitido que esse
valor seja deixado como caixinha para os funcionários.
Com o processo de coleta seletiva para realização da reciclagem pretende-se
criar um ciclo renovável para os materiais, criando assim uma ligação entre a
ponta final, o descarte, e a ponta inicial, a demanda. As figuras 14, 15, 16 e 17
ilustram, em linhas gerais, como serão os ciclos completos (da compra à
reciclagem dos materiais) dos principais materiais para cada perfil de usuário no
departamento, de qualquer modo ainda há materiais que não são recicláveis,
logo, não há o que fazer senão descartá-los com o lixo comum (não-reciclável).
Para cada perfil de usuário foram selecionados os principais materiais usados
daquele perfil, mas não significa que os materiais selecionados para um perfil não
seja usado por usuários de outros perfis.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
56
FLUXO MATERIAIS - PROFESSOR
Papel
Secretaria Coletor de papel nas
salas
ProfessorProfessor
AlunoAluno
Cartuchos
Pedido para novo
cartucho
Entrega do cartucho novo e
recolhimento do usado
POLI encaminha o
cartucho usado para
refil
Coletor de papel nos corredores
Contêiner Coleta seletiva
Reciclagem
Figura 14: Ciclo dos principais materiais usados pelos professores
FLUXO MATERIAIS – FUNCIONÁRIOS SECRETARIA
PapelSecretaria Coletor de
papel nas salas
FuncionárioFuncionário
Contêiner Coleta seletiva
Reciclagem
ProfessorProfessor
Figura 15: Ciclo dos principais materiais usados pelos funcionários da secretaria
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
57
FLUXO MATERIAIS – FUNCIONÁRIO COPA
Copa
Separação das
embalagens plásticas
FuncionárioFuncionário
Contêiner Coleta seletiva
Reciclagem
OutrosusuáriosOutros
usuários
Café
MaterialLimpeza
Biscoitos
Separação das
embalagens de papel
Descarte comum das embalagens de biscoito
Coleta simples da Prefeitura
Separação das do café coado
para compostagem
Centro de compostagem
na USP
Adubo para jardins da
USP
Figura 16: Ciclo dos principais materiais usados pelo funcionário da copa
FLUXO MATERIAIS – ALUNOS
CoposPlásticos
Copa
Coletores nos
bebedouros
AlunoAluno
ProdutosDiversos
Descarte nos
coletores nos
corredores
Contêiner Coleta seletiva
Reciclagem
Orgânico
Plástico
Metal
Papel
Comum
Coleta simples da Prefeitura
Centro de compostagem
na USP
Adubo para jardins da
USP
PapelToalha
Coletores nos nos
banheiros
Figura 17: Ciclo dos principais materiais usados pelos alunos
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
58
Estesão os ciclos completos, mas o que precisa ser implementado para que
esses ciclos possam ocorrer são processos de coleta seletiva, separando os
materiais recicláveis dos demais para que possam ser enviados aos devidos
parceiros.
Coleta de Papel
RECICLAGEM PAPEL
ContêinerA
Recolher papel nos recipientes nas salas,
papel toalha nos banheiros, jornais e
revistas na secretaria
D0...Dn
Equipe limpeza POLI
Recolher papel nos recipientes nas salas,
papel toalha nos banheiros, jornais e
revistas na secretaria
D0...Dn
Equipe limpeza POLI
Recolher embalagens na copa
D0...Dn
Funcionário Copa
Recolher embalagens na copa
D0...Dn
Funcionário Copa
Encaminhar papel para ser
levado para reciclagem
Dn
Limpeza FCAV
Encaminhar papel para ser
levado para reciclagem
Dn
Limpeza FCAV
Recolher material dos coletores para papel
no pátio e papel toalha nos banheiros
D0...Dn
Limpeza FCAV
Recolher material dos coletores para papel
no pátio e papel toalha nos banheiros
D0...Dn
Limpeza FCAV
Figura 18: Coleta de papel
Como o papel é o material com maior volume no departamento é o que requer
maior atenção na coleta, isso também porque todos os funcionários e professores
geram papel como lixo. Apesar disso não é um lixo preocupante porque ele se
decompõe com relativa facilidade se descartado na natureza (de 3 meses a 1
ano) e pode até ser compostado, se tornando adubo, se esse fosse o caso, assim
o impacto ambiental que ele causa é baixo, sendo relevante pelo volume gerado.
A figura 18 ilustra o processo de coleta de papel no departamento .
Coleta de Plástico
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
59
RECICLAGEM PLÁSTICO
ContêinerB
Recolher embalagens na
Copa
D0...Dn
Func. Copa
Recolher embalagens na
Copa
D0...Dn
Func. Copa
Encaminhar plástico para
ser levado para reciclagem
Dn
Limpeza FCAV
Encaminhar plástico para
ser levado para reciclagem
Dn
Limpeza FCAV
Separar embalagens
descartadas nas salas e recolher
copos descartáveis em bebedouros
D0...Dn
Limpeza POLI
Separar embalagens
descartadas nas salas e recolher
copos descartáveis em bebedouros
D0...Dn
Limpeza POLI
Recolher material dos coletores para plástico no pátio e
copos nos bebedouros
D0...Dn
Limpeza FCAV
Recolher material dos coletores para plástico no pátio e
copos nos bebedouros
D0...Dn
Limpeza FCAV
Figura 19: Coleta de plástico
A maioria absoluta dos plásticos é produzida a partir de petróleo, logo o descarte
dele no ambiente tem, além de um alto custo ambiental, um alto custo econômico
já que o petróleo é uma fonte não-renovável de recursos.
Um copo descartável demora 50 anos para se decompor naturalmente, enquanto
garrafas de polietileno tereftalato (PET) e outras embalagens de plástico,
geralmente polietileno de alta densidade (PEAD), chegam a demorar 500 anos
para serem absorvidas pelo meio-ambiente.
Portanto, apesar do pequeno volume gerado no departamento (em relação ao
papel), deve-se ter a mesma ou ainda maior preocupação com o descarte de
plásticos. A figura 19 ilustra o processo de coleta de plástico no departamento .
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
60
Coleta de Vidro
RECICLAGEM VIDRO
ContêinerE
Recolher embalagens de
vidro
D0...Dn
Funcionário Copa
Recolher embalagens de
vidro
D0...Dn
Funcionário Copa
Encaminhar vidro para ser
levado para reciclagem
Dn
Funcionário Copa
Encaminhar vidro para ser
levado para reciclagem
Dn
Funcionário Copa
Lavar embalagens de
vidro
D0...Dn
Funcionário Copa
Lavar embalagens de
vidro
D0...Dn
Funcionário Copa
Figura 20: Coleta de vidros
O vidro é o material que demora mais para se decompor na natureza, estima-se
que demore 1 milhão de anos para a natureza absorver um fragmento de vidro.
No departamento, dentro dos materiais analisados, o único que contem vidro são
as geléias, que possuem embalagens de vidro.
A pouca quantidade do material e a facilidade de reciclar esse tipo de vidro
simplificam esse fluxo. A reciclagem do vidro é a única com 100% de
reaproveitamento, 1 quilo de vidro descartado gera 1 quilo de material reciclável.
A figura 20 ilustra o processo de coleta de vidro no departamento.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
61
Coleta de Metal
RECICLAGEM METAL
Contêiner
Recolher embalagens de metal nas salas
D0...Dn
Limpeza POLI
Recolher embalagens de metal nas salas
D0...Dn
Limpeza POLI Encaminhar metal para ser
levado para reciclagem
Dn
Funcionário Copa
Encaminhar metal para ser
levado para reciclagem
Dn
Funcionário CopaRecolher embalagens de
metal dos coletores no
pátio
D0...Dn
Limpeza FCAV
Recolher embalagens de
metal dos coletores no
pátio
D0...Dn
Limpeza FCAV
Figura 21: Coleta de metal
Não foi identificado nenhum material de metal na base de dados de compras de
2005, mas há o consumo de latas de alumínio por alunos, professores e
funcionários. Para isso serão colocados coletores especiais para metal no pátio e
corredores do departamento. O metal é um material preocupante quanto ao seu
descarte, nos aterros os metais levam mais de mil anos para se decompor. A
figura 21 ilustra o fluxo para os materiais de metal no departamento.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
62
Coleta e doação de Eletrônicos
POLI
ELETRÔNICOS
Instalar novos equipamentos e
retirar os velhos
A0
Funcionário TI
Instalar novos equipamentos e
retirar os velhos
A0
Funcionário TI
Usar equipamento
A0...A3
Usuários
Usar equipamento
A0...A3
Usuários
Produto: Eletrônicos diversos
Comprar?
Sim
Não
Trocar a peça ou
equipamento
A0...A3
Funcionário TI
Trocar a peça ou
equipamento
A0...A3
Funcionário TI
HQuebra
?Sim
Não
Fonte: Vanzolini / POLIResponsável: TI
Usuários principais: Professores e Funcionários
Avaliar caso-a-caso a
necessidade de comprar novos equipamentos
A0
Funcionário TI
Avaliar caso-a-caso a
necessidade de comprar novos equipamentos
A0
Funcionário TI
Manter equipamento
A0...A3
Usuários
Manter equipamento
A0...A3
Usuários
Repassar equipamento
para outro usuário?
Não
Sim
POLI ou Vanzolini
?
VanzoliniI
Devolver para a POLI
A0
Funcionário TI
Devolver para a POLI
A0
Funcionário TI
Figura 22: Fluxo de eletrônicos
O fluxo de eletrônicos (basicamente computadores e periféricos) está separado
dos demais por se tratar de um bem permanente, fazendo parte do ativo
imobilizado, o que significa que é um bem que sofre depreciação. A figura 22
ilustra o fluxo de materiais eletrônicos no departamento, este é o fluxo atual de
material eletrônico no departamento e fundação.
De acordo com a lei brasileira a depreciação de computadores e periféricos
(hardware) se dá em 5 anos (20% do valor ao ano), logo se a doação de um
equipamento ocorre antes de 5 anos da instalação do equipamento incorre um
débito do patrimônio da instituição, enquanto se a doação for realizada após do
período de depreciação não haverá transação de valores contábeis apenas a
saída do equipamento da instituição. Há outra questão contábil envolvendo
computadores, o simples ato de abrir um computador para trocar uma peça faz o
mesmo perder seu valor contábil. (MINISTÉRIO DA FAZENDA, 2006).
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
63
Voltando ao fluxo de equipamentos eletrônicos. Segundo a área de TI as trocas
de computador acontecem, aproximadamente de três em três anos. Com um
limite máximo de 10 computadores por ano. A avaliação para troca de
computadores segue os seguintes critérios: distância do padrão, aplicação e
regime de trabalho, sendo que este último só é aplicável aos professores e todos
tem graduação de 0 a 10. Distância do padrão é um indicador de quanto o
computador do usuário está inferior ao computador padrão definido no
departamento, aplicação é um indicador das necessidades do usuário quanto ao
uso do equipamento, por exemplo, professores que trabalham com modelos
matemáticos complexos um uma graduação maior nesse quesito por precisarem
de um equipamento que suporte estes cálculos, e por último o regime de trabalho,
considera se o professor trabalha em regime integral ou parcial no departamento.
Considerando-se estes quesitos chega-se a uma lista que define quem tem maior
prioridade para trocar de computador. A parte dessa análise ficam os
computadores das salas dos alunos de pós-graduação, que pela alta aplicação
sempre que necessário tem prioridade na troca.
Quando comprados e instalados os novos equipamentos o primeiro passo é
verificar se o equipamento velho pode ainda ser usado por outro funcionário ou
professor, caso haja essa possibilidade o computador é repassado e o
computador mais antigo tem dois caminhos possíveis, se ele pertencer a EPUSP
ele deve ser devolvido à escola e, centralmente, ela define uma instituição para
doar os equipamentos, já se o equipamento pertencer a Fundação Vanzolini ele é
devolvido para fundação e descartado.
Paralelo às trocas há a manutenção dos equipamentos, que envolvem a
substituição de peças quebradas, essas peças recolhidas são avaliadas e se
realmente não houver viabilidade no conserto elas são jogadas fora. Diante desse
cenário a figura 23 sugere duas propostas de aproveitamento destes materiais.
Quanto aos equipamentos da fundação que não serão mais utilizados, eles
podem ser doados para instituições beneficentes que necessitem de
equipamentos, já as peças quebradas podem participar da coleta de recicláveis já
que as peças podem ser desmontadas e reutilizadas ou recicladas em suas
partes. Esta proposta ainda depende da revisão do pessoal de tecnologia.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
64
RECICLAGEM E DOAÇÃO DE ELETRÔNICOS
Separar peças sem conserto
na manutenção
D0... M4
Funcionário TI
Separar peças sem conserto
na manutenção
D0... M4
Funcionário TI
Levar peças para o
funcionário da copa
M4
Funcionário TI
Levar peças para o
funcionário da copa
M4
Funcionário TI
Levar peças para serem levadas para reciclagem
M4
Funcionário Copa
Levar peças para serem levadas para reciclagem
M4
Funcionário Copa
H
Juntar todos equipamentos que não serão mais utilizados
A0
Funcionário TI
Juntar todos equipamentos que não serão mais utilizados
A0
Funcionário TI
Verificar associações que precisam
de computadores
A0
Funcionário TI
Verificar associações que precisam
de computadores
A0
Funcionário TI
Doar equipamentos
M4
Funcionário TI
Doar equipamentos
M4
Funcionário TI
I
Infor-mática
Figura 23: Coleta e doação de eletrônicos
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
65
Coleta para compostagem de material orgânico
COMPOSTAGEM DE ORGÂNICOS
CopaC
Recolher material dos
coletores para orgânicos no
pátio
D0...D7
Limpeza FCAV
Recolher material dos
coletores para orgânicos no
pátio
D0...D7
Limpeza FCAV
Levar lixo orgânico para
uma composteira do
campus
D7
A ser definido
Levar lixo orgânico para
uma composteira do
campus
D7
A ser definido
Recolher restos orgânicos em
reuniões, lanches e eventos
D0...D7
Funcionário Copa
Recolher restos orgânicos em
reuniões, lanches e eventos
D0...D7
Funcionário Copa
Recolher filtros de papel
usados com café, saches de
chá e outros restos na copa
D0...D7
Funcionário Copa
Recolher filtros de papel
usados com café, saches de
chá e outros restos na copa
D0...D7
Funcionário Copa
Figura 24: Compostagem de material orgânico
O material orgânico descartado no departamento é pequeno, mas como há
diversas iniciativas de composteiras na USP cabe ao departamento incluí-las
como parceiras na diminuição do lixo gerado, pela base de dados de 2005 este
material é basicamente composto pelos filtros de café e saches de chá usados,
também há esporádicos restos de lanches das reuniões e eventos, mas ainda há
o material descartado nos corredores e no pátio do departamento para serem
avaliados, além do material gerado na lanchonete que não esta sendo aqui
considerado.
Pelo volume pequeno e a falta de espaço físico no departamento não é viável a
construção de uma composteira no departamento, por mais simples que seja a
estrutura e manutenção desta. A figura 24 ilustra o processo de coleta de material
orgânico no departamento.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
66
Dada rápida decomposição do material e aos incômodos que trazem armazená-lo
(mau cheiro, atrai animais, etc.) o período máximo de uma semana deve ser
considerado para algum voluntário levá-lo a uma composteira no campus de São
Paulo da USP.
Descarte Comum
DESCARTE COMUM
F
Recolher lixo comum de corredores,
salas e banheiros
D0
Funcionário Copa
Recolher lixo comum de corredores,
salas e banheiros
D0
Funcionário Copa
Encaminhar para coleta de lixo municipal
D0
Funcionário Copa
Encaminhar para coleta de lixo municipal
D0
Funcionário Copa
Figura 25: Descarte comum
Há uma série de materiais que não podem ser reciclados, seja por razões
técnicas (como alguns tipos de embalagens de biscoito que são de termoplásticos
aluminizados) ou razões sanitárias (como por exemplo papel higiênico), ou que a
sua reciclagem ainda não tem um processo economicamente viável, para estes
materiais o lixo comum ainda é o único destino. A figura 25 ilustra o processo de
coleta de lixo não-reciclável no departamento .
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
67
Coleta de Pilhas
DESCARTE DE PILHAS
GLevar pilhas
para a Secretaria
D0... Dn
Usuários
Levar pilhas para a
Secretaria
D0... Dn
Usuários
Recolher as pilhas e separar em recipiente
D0... Dn
Func. Secretaria
Recolher as pilhas e separar em recipiente
D0... Dn
Func. Secretaria
Levar para local de descarte
especial para pilhas e baterias
Dn
A ser definido
Levar para local de descarte
especial para pilhas e baterias
Dn
A ser definido
Secre-taria
Figura 26: Descarte de pilhas
Apesar das pilhas hoje serem industrializadas no Brasil dentro dos limites de
metais pesados definidos pelo CONAMA, isso não significa que os metais
pesados das pilhas sejam menos agressivos em relação ao meio ambiente,
apenas significa que as pilhas têm menos metais pesados que tinham antes. A
Resolução 257 do CONAMA sobre pilhas e baterias, de 30 de julho de 1999
determina que a responsabilidade sobre os procedimentos de coleta,
armazenamento, transporte, reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição
final ambientalmente adequada desses resíduos é dos fabricantes e
importadores. A figura 26 ilustra o processo de coleta de pilhas no departamento .
O volume de pilhas no departamento é pequeno, segundo esta análise são 6
pilhas descartadas por mês, em média, mas por ser, dentre os lixos não-
industriais, o lixo com maior impacto ambiental deve-se tomar as devidas
precauções com o seu descarte. Deve-se acumular as pilhas e baterias usadas
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
68
por um período de tempo e em seguida levá -las para o descarte. A sugestão é
que haja um lixo dentro da secretária e que as pessoas levassem as pilhas até lá
para serem descartadas. Há diversos pontos de coleta, é necessário um
voluntário disposto a levar as pilhas e baterias sempre que necessário, e caberia
a ele identificar o ponto de coleto mais acessível para o descarte, uma proposta
seria considerar qualquer hipermercado Carrefour, já que todos possuem posto
de coleta de pilhas e baterias.
É interessante aproveitar essa ação e abrangê-la, fazendo com que funcionários,
professores e alunos tragam suas pilhas de casa para serem descartadas
corretamente pelo departamento, assim ainda divulgando as ações do mesmo,
centralizando assim o descarte de pilhas na secretaria. Essa iniciativa ainda deve
ser discutida no departamento e caso seja levada em frente terá a comunicação
como peça fundamental para ser eficaz.
Outro material que exige descarte especial são as lâmpadas fluorescentes, mas
estas, como os cartuchos de impressora, são fornecidas pela EPUSP que ao
trocar a lâmpada usada recolhe a velha e faz o descarte adequado. Ela não
entrou na análise porque a responsabilidade pela troca de lâmpadas é da
manutenção central da EPUSP.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
69
7.4. Piloto de reciclagem
Materiais críticos
Os materiais críticos escolhidos para ter uma coleta especial durante o piloto
foram: o papel das salas de professores e demais salas administrativas do
departamento, os copos plásticos descartados nos bebedouros e as pilhas, tendo
seu descarte centralizado na secretaria do departamento.
Comunicação do piloto
Foram espalhados cartazes pelo departamento e enviados e-mails para
professores, alunos e funcionários semanalmente. A intenção era que houvesse
também uma reunião apresentando o projeto para professores e funcionários do
departamento, mas não foi possível a sua realização.
Parte das idéias para comunicação e para a realização do piloto foram colhidas
em entrevistas com professores, funcionários e alunos. Isso vale tanto para a
comunicação e processo inicial como para as alterações durante o piloto. Essas
entrevistas tinham como propósito avaliar as propostas de redução e reutilização
do uso dos materiais e de energia (no caso das impressoras) e avaliar o uso do
papel por professores e funcionários, mas durante as entrevistas foram
levantadas também sugestões para o piloto. O guia para as entrevistas tinha os
seguintes pontos:
• Sugestões para realização e comunicação do piloto;
• Entender o ponto de vista dos usuários para as seguintes propostas de
redução:
o Troca de açúcar em saches por açucareiro;
o Substituir galões de água por bebedouros de água filtrada;
o Diminuir número de impressoras para uma por sala;
o Diminuir o uso de copos descartáveis com o uso de canecas;
• Entender o uso de papel dos professores e funcionários levantando os
seguintes pontos:
o Caracterização dos documentos impressos;
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
70
o Caracterização de documentos necessariamente impressos com
cor;
o Número de páginas que o usuário consegue ler em cópia digital;
o Entender se os usuários imprimem mudam as configurações das
impressoras para imprimir diferentes tipos de documentos;
o Aceitação do uso de papel reciclado.
Realização do piloto
O piloto no departamento teve início no dia 18/10, quarta-feira, e tem a previsão é
que dure um mês, se encerrando no dia 17/11. O piloto consiste de:
• Um conjunto de 5 coletores (lixeiras adaptadas) para separação dos
materiais na entrada do departamento (lixo comum (não-reciclável), papel,
plástico, metal e orgânico);
• Coletores exclusivos para papel em todas as salas de professores e
secretaria;
• Tornar as lixeiras ao lado dos galões de água em coletores exclusivos para
copos plásticos;
• Tornar a secretaria do departamento em um posto de separação de pilhas
e baterias;
• Recolher o papel toalha descartado nos banheiros.
No caso do papel toalha, o lixo é apenas recolhido nos coletores ao lado das pias
dos banheiros do departamento , já para os copos descartáveis foram colocados
avisos nos locais (além dos e-mails e cartazes) pedindo para que as pessoas
apenas descartassem copos naquele coletor. A figura 27 mostra um aviso fixado
num desses coletores para copos.
Os papéis toalha e copos descartáveis foram recolhidos em todo departamento,
tanto pela equipe de limpeza contratada pela Fundação Vanzolini como pela
contratada pela EPUSP.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
71
Figura 27: Cartaz para separação de copos
Para o conjunto de 5 coletores na entrada do departamento foram recolhidas 5
lixeiras para serem transformadas em coletores e montados pequenos cartazes
para identificar o material a ser jogado nos coletores. A diferença entre uma lixeira
e um coletor é que a lixeira acumula lixo e o coletor é usado para recolher
materiais que poderão ser reciclado, logo o uso do termo coletor neste trabalho. A
figura 28 mostra os coletores colocados na entrada do departamento.
O material destes coletores na entrada do departamento foram recolhidos pela
equipe contratada pela Fundação Vanzolini.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
72
Figura 28: Coletores na entrada do departamento
Para recolher o papel nas salas de professores e salas administrativas e recolher
as pilhas na secretária foram escolhidas pastas para arquivo morto e foram
montados cartazes para acompanhá-las. A figura 29 mostra os coletores usados
para pilhas e papel na entrada do departamento.
O papel foi recolhido pela equipe de limpeza contratada pela EPUSP e as pilhas
são recolhidas pelos funcionários da secretaria.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
73
Figura 29: Coletores de papel e pilhas
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
74
Exceto as pilhas, os demais materiais foram armazenados nos espaço em cima
da copa do departamento , no segundo andar do bloco FG, a funcionária da copa
ficou responsável por organizar o lixo.
Logo o processo do piloto ficou desenhado da seguinte forma:
• As equipes de limpeza do departamento e da fundação recolhem os copos
descartáveis e o papel toalha diariamente e levam até a copa;
• A equipe de limpeza da EPUSP recolhe os papéis direto dos coletores de
papel e as garrafas plásticas e latas de metal do lixo comum das salas do
departamento e os leva até a copa diariamente;
• A equipe da FCAV recolhe os materiais dos coletores na entrada do
departamento apenas quando o coletor estiver cheio e os leva para copa
(isso para poupar sacos de lixo);
• No final do período de um mês serão recolhidos os materiais de papel,
plástico e metal, serão pesados e entregues a uma cooperativa;
• No caso do material orgânico, eles serão levados semanalmente para uma
composteira da USP.
• No caso de pilhas e baterias, elas serão levadas no fim do piloto para um
posto de coleta especial.
A figura 30 tem o desenho do processo para o piloto.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
75
PILOTO DE RECICLAGEM
Copa
Chamar uma cooperativa
para recolher o material coletado
D30
-
Chamar uma cooperativa
para recolher o material coletado
D30
-
Recolher os copos dos lixos ao
lado dos bebedouros
D0...D30
Equipes de Limpeza
Recolher os copos dos lixos ao
lado dos bebedouros
D0...D30
Equipes de Limpeza
Recolher papel dos coletores nas
salas
D0...D30
Equipe EPUSP
Recolher papel dos coletores nas
salas
D0...D30
Equipe EPUSP
Copos descartáveis
Papel Toalha
Recolher os papéis toalha dos lixos do banheiros
D0...D30
Equipes de Limpeza
Recolher os papéis toalha dos lixos do banheiros
D0...D30
Equipes de Limpeza
Papel
Armazenar pilhas descartadas
D0...D30
Secretaria
Armazenar pilhas descartadas
D0...D30
Secretaria
Pilhas
Verificar os coletores
D0...D30
Equipe FCAV
Verificar os coletores
D0...D30
Equipe FCAV
Coletores: papel,
plástico, metal
Coletores cheios?
Não
Sim
Recolher coletor
D0...D30
Equipe FCAV
Recolher coletor
D0...D30
Equipe FCAV
Coletor: orgânico
Levar lixo orgânico para
uma composteira do
campus
D7
-
Levar lixo orgânico para
uma composteira do
campus
D7
-
Recolher material do coletor
D0...D30
Equipe FCAV
Recolher material do coletor
D0...D30
Equipe FCAV
Levar pilhas a um posto de coleta
D0...D30
-
Levar pilhas a um posto de coleta
D0...D30
-
Recolher plástico e metal do lixo
comum das salas
D0...D30
Equipe POLI
Recolher plástico e metal do lixo
comum das salas
D0...D30
Equipe POLI
Plástico e metas
Figura 30: Processo do piloto de reciclagem
Avaliações intermediárias do piloto
O piloto tem como objetivo testar algumas premissas adotadas no diagnóstico,
logo ele deve ser avaliado durante o seu decorrer para que se possa corrigir o
que havia sido elaborado apenas com base na teoria. Durante o piloto foram
avaliados tanto o funcionamento do processo como a comunicação do mesmo.
No fim da primeira semana de piloto o processo, houve um problema com o
coletor de papel. Ao esperar que os coletores estivessem cheios para serem
recolhido, para economizar sacos de lixo, os materiais de papel foram recolhidos
por alguém de fora, isto é provável dado o grande número de catadores que
circulam pela USP recolhendo lixo. Logo a solução encontrada foi que o material
daqueles coletores também fosse enviado a copa diariamente, evitando que ele
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
76
ficasse com acesso fácil para catadores de lixo. A figura 31 mostra o processo
revisado do piloto.
PILOTO DE RECICLAGEM - REVISADO
CopaChamar uma cooperativa
para recolher o material coletado
D30
-
Chamar uma cooperativa
para recolher o material coletado
D30
-
Recolher os copos dos lixos ao
lado dos bebedouros
D0...D30
Equipes de Limpeza
Recolher os copos dos lixos ao
lado dos bebedouros
D0...D30
Equipes de Limpeza
Recolher papel dos coletores nas
salas
D0...D30
Equipe EPUSP
Recolher papel dos coletores nas
salas
D0...D30
Equipe EPUSP
Copos descartáveis
Papel Toalha
Recolher os papéis toalha dos lixos do banheiros
D0...D30
Equipes de Limpeza
Recolher os papéis toalha dos lixos do banheiros
D0...D30
Equipes de Limpeza
Papel
Armazenar pilhas descartadas
D0...D30
Secretaria
Armazenar pilhas descartadas
D0...D30
Secretaria
Pilhas
Recolher material do coletor
D0...D30
Equipe FCAV
Recolher material do coletor
D0...D30
Equipe FCAV
Coletores: papel,
plástico, metal
Recolher coletor
D0...D30
Equipe FCAV
Recolher coletor
D0...D30
Equipe FCAV
Coletor: orgânico
Levar lixo orgânico para
uma composteira do
campus
D7
-
Levar lixo orgânico para
uma composteira do
campus
D7
-
Levar pilhas a um posto de coleta
D0...D30
-
Levar pilhas a um posto de coleta
D0...D30
-
Recolher plástico e metal do lixo
comum das salas
D0...D30
Equipe POLI
Recolher plástico e metal do lixo
comum das salas
D0...D30
Equipe POLI
Plástico e metas
Figura 31: Processo revisado do piloto de reciclagem
Quanto a comunicação houve algumas sugestões específicas de alunos,
professores e funcionários, mas todos demonstram ter ficando sabendo do piloto,
seja pelos cartazes ou pelos e-mails. As sugestões resultaram em um e-mail e um
cartaz explicando melhor que material deve ser descartado em cada coletor
(papel, plástico, comum, metal e orgânico), mudanças nos cartazes para copos
descartáveis e nos cartazes dos coletores da entrada do departamento. As figuras
32, 33 e 34 mostram as mudanças na comunicação do piloto.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
77
Figura 32: Comunicação revisada dos coletores do pátio
Figura 33: Comunicação revisada dos coletores de copos
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
78
Figura 34: Comunicação revisada dos cartazes
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
79
Resultado do piloto
O término do piloto acaba no dia 17/11/2006, mas por motivos de datas o
resultado considerado para este trabalho é referente ao período de 18/10/2006 à
9/11/2006.
Os resultados aproximados para os materiais recicláveis neste período foram:
• Papel
o Papel Toalha da fundação: 93 quilos
o Papel Toalha do departamento: 31 quilos
o Salas do departamento e copa: 32 quilos
o Coletor na entrada do departamento : 3 quilos
• Plástico
o Copos descartáveis da fundação: 29 quilos
o Copos descartáveis do departamento : 12 quilos
o Coletor na entrada do departamento : 2 quilos
o Salas do departamento e copa: 1 quilo
• Metal
o Coletor na entrada do departamento : menos de 1 quilo
o Salas do departamento e copa: menos de 1 quilo
• Orgânico
o Os únicos materiais orgânicos descartados no coletor para material
orgânico na entrada do departamento foram duas cascas de banana
e os restos de uma maçã
• Pilhas
o Havia pilhas já guardadas na secretaria e não há um descarte
regular de pilhas, mas o descarte de pilhas já foi colocado no piloto
por se tratar de um material extremamente crítico para o meio-
ambiente.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
80
Os resultados foram obtidos na balança da cooperativa Cooperação, após o
material ser recolhido pela cooperativa no departamento. Os sacos estavam já
marcados com o tipo de material e origem (departamento ou fundação).
Houve um problema na primeira semana de piloto quando o papel do coletor na
entrada do departamento foi recolhido por alguém de fora, mas se o descarte de
papel for considerado o mesmo da média das outras duas semanas avaliadas o
volume obtido passaria a ser de 4,5 quilos.
Os resultados observados representam o descarte durante os meses de outubro e
novembro, sendo estes meses comuns de aula, não reflete os meses de férias
dos alunos nem meses mais quentes do ano, onde são esperadas mudanças no
consumo de materiais, em grande parte pelos alunos pelo consumo de água e
assim de copos durante os meses quentes e pela falta deles nos meses de férias.
Outro sinal apontado pelos funcionários de limpeza da POLI é que durante janeiro
os professores e funcionários têm o costume de realizar limpezas de arquivos e
reorganizarem seus materiais o que acaba por levar a um descarte mais intenso
de papel.
A tendência dos materiais descartados no pátio e corredores do departamento
(exceto coletores para copos) é diminuir nos meses de férias dos alunos e,
através desse resultado, pode-se dizer que o material coletado nestes coletores
tem um volume muito inferior ao dos coletados nos demais pontos do
departamento, mas como o piloto foi realizado só com um ponto de coleta
também não é possível aferir com precisão qual seria o volume total do material
descartado, para isso será preciso realizar avaliações futuras com a expansão do
número de coletores pelo departamento.
O único material que não obteve descarte adequado foi o material orgânico
coletado no coletor da entrada do departamento, e o volume real do material foi
muito abaixo do esperado e como este material não apresenta, no seu descarte,
nenhum perigo ao meio ambiente não há a necessidade de coletores específicos
para ele no departamento, só nos locais específicos de seu descarte, como a
copa e a lanchonete, onde ele pode ser facilmente separado e levado para
compostagem.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
81
7.5. Definição do processo de reciclagem
Processo implementado de reciclagem
Com o término do piloto acaba no dia 17/11/2006 serão observadas possíveis
alterações quantitativas e qualitativas no descarte do lixo , alterações em relação
aos resultados observados no dia 09/11. Caso não haja alterações significativas o
processo implementado deste trabalho será o aqui descrito:
• As equipes de limpeza do departamento e da fundação recolhem os copos
descartáveis e o papel toalha diariamente e levam até a copa;
• A equipe de limpeza da EPUSP recolhe os papéis direto dos coletores de
papel e as garrafas plásticas e latas de metal do lixo comum das salas do
departamento (salas de professores e administrativas) e os leva até a copa
diariamente;
• A equipe da FCAV recolhe os materiais dos coletores na entrada do
departamento (papel, plástico e metal) e leva até a copa diariamente;
• Toda quinta-feira serão recolhidos os materiais de papel, plástico e metal,
na copa e levados até a entrada do departamento para serem recolhidos
por uma cooperativa;
As figuras 35, 36, 37 e 38 ilustram o processo implementado de reciclagem.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
82
RECICLAGEM PAPEL
CopaA
Recolher papel nos recipientes nas salas,
papel toalha nos banheiros, jornais e
revistas na secretaria
D0...D7
Equipe limpeza POLI
Recolher papel nos recipientes nas salas,
papel toalha nos banheiros, jornais e
revistas na secretaria
D0...D7
Equipe limpeza POLI
Recolher embalagens na Copa
D0...D7
Funcionário Copa
Recolher embalagens na Copa
D0...D7
Funcionário Copa
Encaminhar papel para ser
levado para reciclagem pela
cooperativa
D7
Funcionário Copa
Encaminhar papel para ser
levado para reciclagem pela
cooperativa
D7
Funcionário Copa
Recolher material das lixeiras para papel na entrada e papel toalha
nos banheiros
D0...D7
Equipe Limpeza FCAV
Recolher material das lixeiras para papel na entrada e papel toalha
nos banheiros
D0...D7
Equipe Limpeza FCAV
Figura 35: Processo implementado para coleta de papel
RECICLAGEM PLÁSTICO
CopaB
Recolher embalagens na Copa
D0...D7
Funcionário Copa
Recolher embalagens na Copa
D0...D7
Funcionário Copa
Encaminhar plástico para
ser levado para reciclagem pela
cooperativa
D7
Funcionário Copa
Encaminhar plástico para
ser levado para reciclagem pela
cooperativa
D7
Funcionário Copa
Recolher embalagens plásticas nas salas e
copos descartáveis em bebedouros
D0...D7
Equipe Limpeza POLI
Recolher embalagens plásticas nas salas e
copos descartáveis em bebedouros
D0...D7
Equipe Limpeza POLI
Recolher material das lixeiras para plástico no pátio e copos nos
bebedouros
D0...D7
Equipe limpeza FCAV
Recolher material das lixeiras para plástico no pátio e copos nos
bebedouros
D0...D7
Equipe limpeza FCAV
Figura 36: Processo implementado para coleta de plástico
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
83
RECICLAGEM METAL
CopaEncaminhar
Metal para ser levado para
reciclagem pela cooperativa
D7
Funcionário Copa
Encaminhar Metal para ser
levado para reciclagem pela
cooperativa
D7
Funcionário Copa
Recolher latas de metal nas salas
D0...D7
Equipe Limpeza POLI
Recolher latas de metal nas salas
D0...D7
Equipe Limpeza POLI
Recolher material dos coletores nas salas para metal no pátio
D0...D7
Equipe limpeza FCAV
Recolher material dos coletores nas salas para metal no pátio
D0...D7
Equipe limpeza FCAV
Figura 37: Processo implementado para coleta de metal
DESCARTE DE PILHAS
GLevar pilhas
para a Secretaria
D0... M6
Usuários
Levar pilhas para a
Secretaria
D0... M6
Usuários
Recolher as pilhas e separar em recipiente
D0... M6
Func. Secretaria
Recolher as pilhas e separar em recipiente
D0... M6
Func. Secretaria
Levar para local de descarte especial de
pilhas e baterias
M6
Voluntário
Levar para local de descarte especial de
pilhas e baterias
M6
Voluntário
Secre-taria
Figura 38: Processo implementado para coleta de pilhas e baterias
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
84
Próximos passos
O que foi implementado até agora é o início do processo de reciclagem, mas é
importante seguir os passos para a expansão do processo para que ele atinja
toda área de responsabilidade do departamento e Fundação Vanzolini, em linhas
gerais os próximos passos seriam:
• Avaliar os investimentos nos coletores e em um contêiner para separar os
materiais recicláveis no departamento;
• Expandir a coleta de papel para todas as salas do departamento e
Fundação Vanzolini;
• Expandir a coleta no pátio e corredores do departamento;
• Iniciar a coleta na biblioteca do departamento;
• Iniciar a coleta de materiais orgânicos na copa e lanchonete;
• Iniciar a coleta de material eletrônico no departamento;
• Levar adiante as propostas de redução e reutilização de uso;
No anexo G há um guia para a implementação dos próximos passos com os
detalhes de cada um dos pontos acima e um resumo do que já está
implementado.
Coletores de lixo para coleta seletiva
Nos casos dos copos descartáveis e de papel foram feitas propostas para se
colocar coletores específicos para estes materiais nos locais onde são mais
comumente gerados. Uma cesta de papelão ou plástico para cada sala de
professor e sala administrativa para descarte de papel, e lixos especiais para
descarte de copos descartáveis ao lado dos bebedouros. Já no caso do material
descartado nos banheiros (papel higiênico e papel toalha), estes já são separados
pelo local de descarte, facilitando a coleta do papel toalha para reciclagem sem a
necessidade de um coletor especial.
Toda a discussão neste trabalho reflete o lixo gerado pelo material comprado no
departamento, mas há também o lixo trazido para o departamento que, em menor
quantidade, é descartado nos lixos por ele espalhados. Visando o descarte mais
adequado para este lixo uma proposta é colocar em alguns pontos os coletores
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
85
para coleta seletiva, são aqueles coletores coloridos para separar os tipos de lixo.
As figuras 39 e 40 mostram exemplos destes tipos de coletores.
Figura 39: Coletores de lixo com cores (NATURAL LIMP, 2006)
Figura 40: Coletores de lixo em cores (unidades separadas) (NATURAL LIMP, 2006)
Não é viável colocar um conjunto desses em cada ambiente pelo custo deles e o
espaço que ocupam, mas ao mesmo tempo colocar estes coletores em um ou
dois pontos no departamento também não será suficiente, as pessoas não se
deslocarão grandes distâncias para realizar o descarte correto do seu lixo. Cada
conjunto tem o preço entre R$ 250,00 e R$ 350,00.
No anexo H há uma tabela de decisão para a compra de conjuntos de coletores
para materiais recicláveis, ela foi preenchida para definir os conjuntos de
coletores a serem colocadas no pátio do departamento , mas a tabela pode ser
usada para outras áreas modificando-se os pesos.
Para facilitar a coleta dos copos pelos funcionários podem ser comprados
coletores de copos (lixeiras específicas para copos descartáveis), que além
facilitar a coleta , deixando claro que aquele coletor é só para copos e não outros
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
86
lixos, também diminuem o espaço necessário para armazenagem do lixo por
dispor os copos de uma maneira mais eficaz. São 10 bebedouros no total, sendo
que apenas 4 deles são mantidos pelo departamento, os demais são de
responsabilidade da Vanzolini.
As figuras 41, 42 e 43 mostram exemplos de coletores.
Figura 41: Coletor com compartimento para lixo comum (NATURAL LIMP, 2006)
Figura 42: Coletor simples com cesta (NATURAL LIMP, 2006)
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
87
Figura 43: Coletor simples em tubo (NATURAL LIMP, 2006)
O coletor com compartimento para lixo comum deste fornecedor custa R$ 250,00,
o coletor simples com cesta custa R$ 69,00, enquanto o coletor de tubos de PVC
custa R$ 25,00.
Também buscando facilitar a coleta de um material específico, outra proposta é
deixar uma cesta para descarte exclusivo de papel em cada sala administrativa e
sala de professor. Isso facilita o trabalho do funcionário que coletará o papel.O
USP Recicla dá um subsídio para compra destes coletores. Eles possuem dois
tipos de coletores um de papelão e um de plástico, cabe ao departamento
escolher o que lhe parecer melhor. O subsídio do USP Recicla é de 50% na
compra das cestas através deles, a cesta plástica tem o valor total de R$ 13,00,
R$ 6,50 para o departamento, já a cesta de papelão tem o valor total de R$ 2,00,
R$1,00 para o departamento.
Para juntar o material recolhido no departamento pode ser comprado um
contêiner específico para guardar o material reciclável, os contêineres tem valores
entre R$300,00 e R$800,00 a figura 44 exibe um exemplo de contêiner que pode
usado no departamento .
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
88
Figura 44: Contêiner (NATURAL LIMP, 2006)
7.6. Redução do uso e reutilização
Nesta seção se encontram as propostas de redução e reutilização de uso de
alguns dos materiais analisados. As propostas envolvendo estes 2 R’s tem a
vantagem de ao mesmo tempo reduzir a geração do lixo e reduzir também os
gastos com estes materiais.
Após a implementação completa do processo de reciclagem, com os usuários já
sensibilizados pelo descarte dos materiais, as questões de reutilização e redução
podem ser levantadas com eles como um próximo passo na mudança dos hábitos
da comunidade.
Estas propostas estão sendo consideradas à parte pela maior dificuldade de
implementação, já que elas alteram algum hábito dos usuários do material. Estas
propostas foram avaliadas em entrevistas com professores, funcionários e alunos
(foram entrevistados dezoito professores em regime integral no Departamento,
cinco funcionários e nove alunos do Departamento), verificando quantos usuários
apóiam as medidas e quantos são contra e porque são contra.
A figura 45 tem os gastos com cada tipo de material em 2005, é possível ver que
os gastos com impressões (cartuchos, toners e papel) somam quase R$ 30 mil, o
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
89
que representa metade dos gastos com materiais no departamento. Logo, uma
redução em 20% das impressões representaria uma economia de algo em torno
de R$ 5 mil, quase 10% dos gastos com materiais.
BASE DE GASTOS COM MATERIAISDepartamento de Engenharia de ProduçãoR$ mil/ano, 2005
12.2
8.1
7.8
7.6
5.8
4.8
3.4
54.6
1.5
3.1
0.2
CartuchoPreto eBranco
Produtospara
banheiros *
CartuchoColorido
Papel ** Toner Material deEscritório
Lanche *** Produtospara copa
****
CoposBebedouros
Produtospara limpeza
TOTAL
* Produtos Kimberly Clarck** Papel A4 e Papel almaço
*** Produtos para consumo em eventos**** Produtos de consumo cotidiano
Fonte: Pedidos enviados para almoxarifado (Mercúrio), Notas reembolsada pela FCAV e material comprado com verba PROAP
Foram R$ 25,6 mil gastos só com
cartuchos e toners70 mil copos
descartáveis70 mil copos descartáveis
3 toneladas de papel
3 toneladas de papel
Figura 45: Base de gastos com materiais em 2005 (base analisada)
Açúcar em saches
O açúcar em saches é usado em eventos, reuniões e na sala de café do
departamento, mas pode ser simplesmente substituído por açucareiros para esse
fim, assim diminuindo consideravelmente o lixo e o gasto com esse material que,
naturalmente, é mais caro que o açúcar na embalagem tradicional.
Porém, esta medida não tem força com os usuários, a maioria de professores,
alunos e funcionários que utilizam açúcar não usaria um açucareiro por motivos
higiênicos. Segundo professores e funcionários um açucareiro era usado no
departamento, mas, além de ele atrair formigas e outros insetos, havia usuários
que usava a colher do açucareiro para misturar o café ou chá e colocavam a
colher de volta no açucareiro trazendo desconforto para o próximo usuário do
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
90
açúcar. Portanto esta proposta não deve ser levada a diante, já que cerce de 55%
dos usuários que utilizam açúcar são contra a medida.
Copos Descartáveis (uso de professores e funcionários)
Comprar canecas duráveis para alunos, funcionários e professores utilizarem no
dia a dia. Essas ações diminuiriam a necessidade do uso de copos descartáveis.
A proposta é que cada qual se responsabilize por sua caneca, sua lavagem e
local para guardá-la.
O USP Recicla tem um programa para motivar o uso dessas canecas nos campi
da USP, ele vendem a caneca, que é produzida no campus da USP São Carlos,
com um subsídio para as unidades. O valor total da caneca é de R$ 1,40 e o
subsídio é de 50%, logo, cada caneca sai por R$ 0,70. Há ainda a possibilidade
de personalizar as canecas com um logo ou algo do gênero, nesse caso seria
necessário pedir uma cotação.
Durante as entrevistas professores e funcionários se dividiram, mas a maioria
deles se mostrou a favor da proposta, cerca de 60%, os que se declararam contra
a proposta levantaram as questões do desconforto em ter que lavar as canecas e
em se locomover constantemente com elas.
Copos Descartáveis (uso nos bebedouros)
Uma grande oportunidade de redução do uso de copos está na substituição dos
bebedouros com galões de água por bebedouros de pressão que usam a água
encanada, tomando essa iniciativa os copos descartáveis (de 180ml) nos
bebedouros deixariam de ser necessários.
Além da redução de lixo esse investimento também é vantajoso financeiramente.
Cada bebedouro custa em torno de R$ 550,00, como são três o investimento
inicial será de R$ 1650,00, mas haverá uma economia de aproximadamente
5.000 copos descartáveis por mês, que com o custo de R$ 0,03 por copo se torna
uma economia de R$ 150,00 por mês, e ainda uma economia na compra de
galões de R$ 45,00 (relativos a 15 galões de 20 litros por mês a R$ 3,00) . Há um
aumento pequeno de R$ 1,50 na conta de água mensal, mas levando todos os
números em 9 meses o investimento se paga (payback). No anexo D se encontra
a forma de cálculo de prazo de retorno utilizado.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
91
Nas entrevistas com professores, alunos e funcionários pode-se observar que os
a maioria dos alunos, sete dos nove alunos não vêem diferenças entre os
bebedouros de galão, já entre professores e funcionário apenas cerca de 55%
aprovam a idéia, logo, deve-se levar esta discussão adiante.
Material para impressão (papel A4 e cartuchos/toners)
Nas entrevistas realizadas com os professores e funcionários foram feitas
perguntas buscando entender os seus hábitos de impressão e quais os principais
documentos impressos por eles para que fosse possível identificar oportunidades
reais de diminuição no uso do papel.
Através das entrevistas foi possível identificar que os documentos impressos
pelos funcionários em grande volume são ofícios, resumos escolares e listas de
chamada, já os professores imprimem em grandes volumes trabalhos de alunos
que necessitam de correção e artigos para serem lidos com maior atenção.
Poucos professores se disseram capazes de ler documentos grandes na tela de
um computador, em média, segundo os professores, eles conseguem ler por volta
de 5 páginas em formato eletrônico, acima disso eles optam por imprimir o
material. Tanto professores quanto os funcionários disseram ter muito pouco
material colorido para imprimir, para os professores estes materiais são,
geralmente, artigos e trabalhos com gráficos coloridos ou fotos coloridas que
sejam fundamentais para o entendimento do material e relatórios finais para
apresentação para clientes de serviços de consultoria prestados por eles.
Quanto às configurações da impressora, os funcionários disseram não alterar as
configurações para imprimir diferentes materiais, já os professores se dividiram,
treze disseram alterar as configurações para documentos diferentes, já sete deles
disseram não alterar as configurações, mas mesmo os professores que disseram
alterar as configurações se referiram na sua maioria às configurações de
qualidade e cor, apenas cinco se referiram a usar impressões frente e verso.
Para verificar os padrões de impressão no departamento foram recolhidos durante
duas semanas (na segunda quinzena de outubro) as impressões deixadas na
impressora central (impressões que não foram recolhidas pelos usuários), nas
duas semanas o volume de papel era próximo a duas resmas de papel (mil folhas
de papel A4). Observando estas impressões não foi possível encontrar cópias
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
92
configuradas para serem impressas em frente e verso ou cópias com duas
páginas por folha.
Com esse cenário a proposta seria uma padronização da configuração de uso da
impressora central para cada tipo de documento. Claro que professores e
funcionários precisam de liberdade para imprimir cada documento da melhor
maneira para a situação, a idéia aqui é uma sugestão de padrão para alguns
documentos, para que professores e funcionários tenham um guia e tenham em
mente o melhor aproveitamento do papel quando forem imprimir um documento,
sabendo que se não estão seguindo o padrão por razões objetivas. A tabela 4
mostra uma sugestão de padrão para alguns documentos, o como fazer é apenas
um exemplo ilustrativo, mas ele deve conter os passos para se fazer as
alterações na configuração da impressora.
Usuário Documento Padrão Como fazerTrabalhos de alunos para correção - Cópias frente e verso Geral
- Duas páginas por folha - Imprimir- Qualidade em rascunho - Propriedades
Artigos - Cópias frente e verso Cópias frente e verso- Qualidade em rascunho - Aba acabamento
- Imprimir em ambos os ladosMaterial para alunos em sala - Cópias frente e verso
- Duas páginas por folha Duas páginas por folha- Qualidade em rascunho - Aba acabamento
- Definir 2 páginas por folhaListas de presença - Cópias frente e verso
- Duas páginas por folha Qualidade em rascunho- Qualidade em rascunho - Aba Qualidade
- Definir qualidade 600 dpiOficios - Cópias frente e verso
- Qualidade em rascunho
Professores
Funcionários
Tabela 4: Padrões sugeridos para impressão de documentos
Papel Reciclado
Usando o conceito de rede viva (Capra, 2002), deve-se procurar fechar a rede
onde o alimento de uma empresa são os descartes ou resíduos de outra. Para
isso acontecer é importante participar da outra ponta, comprando o papel que foi
reciclado, claro que há restrições ao uso deste papel, mas em muitos casos ele
pode substituir o papel branco sem problema algum, a figura 46 exemplifica essa
rede.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
93
REDE VIVA DO PAPEL
Departamento
Recicladores
Comércio
Catadores ou Sucateiros
Departamento
Recicladores
Comércio
Catadores ou Sucateiros
Figura 46: Rede viva do papel
Há também uma questão econômica, já que o papel reciclado, ainda tem um
preço em torno de 20% maior do que o papel branco. Em entrevista com pessoas
do almoxarifado e do setor de compras da EPUSP foi constatado que nunca se
comprou papel reciclado centralmente, logo não há um valor de uma licitação de
compra deste produto. Atualmente o valor pago pelo departamento para EPUSP
na compra de uma resma de pape A4 (na verdade não é uma compra, mas um
desconto no orçamento) é de R$ 7,75, enquanto o valor pago normalmente por
distribuidores similares é algo em torno de R$ 9,50 (para os volumes do
departamento). No mercado é possível encontrar papel reciclado por R$ 11,60
reais, caso aberta uma licitação por papel reciclado é ponderado considerar um
redução proporcional no seu valor, ou seja, se de R$ 9,50 para R$ 11,60 tem-se
22% de aumento, se R$ 7,75 é o valor da papel branco pode-se dizer que o papel
reciclado tem o valor R$ 9,46. Na tabela 5 é possível analisar o impacto relativo
no orçamento dado pela substituição do papel branco pelo papel reciclado
(considerando o aumento de 22% no valor do papel reciclável em relação ao
papel branco), como a análise é relativa ela independe do valor, logo independe
do papel ser comprado pela EPUSP ou pela Vanzolini.
ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS
94
Total papel branco (%)
Total papel reciclado (%)
Aumento em valor (%)
100% 0% 0%90% 10% 2%80% 20% 4%70% 30% 7%60% 40% 9%50% 50% 11%40% 60% 13%30% 70% 15%20% 80% 18%10% 90% 20%
Tabela 5: Impacto nos gastos com papel A4 pelo uso de papel reciclado
Este custo adicional pode ser considerado investimento por dois motivos: pela
diferenciação que gera na imagem do departamento dentro da comunidade USP
e pelo lado educacional pela exposição das pessoas ao material, que passam a
ver o mesmo valor que o departamento viu em usar o papel reciclável. Estes dois
motivos são subjetivos, mas o primeiro é o mesmo motivo que leva grandes
empresas a usarem papel reciclado. Há pesquisas que ilustram a preocupação
ambiental do brasileiro, em pesquisa realizada em 2002 pelo Ministério do Meio
Ambiente foram ouvidas duas mil pessoas em vários pontos do país e 35% dos
entrevistados disseram que haviam deixado de comprar algum produto por
acreditar que fazia mal ao meio-ambiente, já em pesquisa realizada em 2001 pelo
Instituto Akatu e Indicator/Gfk Pesquisa de Mercado foram ouvidas mil pessoas e
cerca de 69% declarou que consumir de forma consciente fasz parte dos seus
valores (SCHARF, 2004).
Nas entrevistas com professores e funcionários, cerca de 80% afirmaram que têm
algum uso para o papel reciclado no seu dia a dia e estariam confortáveis com
seu uso, os demais disseram se preocupar com o custo do material, enquanto nas
entrevistas com os alunos, sete dos nove alunos entrevistados afirmaram não ver
problemas em receber materiais em papel reciclado, os demais afirmaram que se
preocupariam com materiais que eles gostariam de tirar xérox, já que a cópia do
papel reciclado não possui qualidade.
GESTOR DO LIXO
95
GESTOR DO LIXO
GESTOR DO LIXO
96
8. Gestor do Lixo
As propostas feitas sobre a gestão do lixo no trabalho não são simples de ser
implementadas, e muito menos simples de serem mantidas, por isso seria
interessante criar a função de gestor do lixo.
Essa pessoa seria responsável por coordenar o processo de maneira geral. Num
primeiro momento seria a pessoa que faria o contato com os parceiros e
divulgaria as mudanças dentro do departamento, no inicio acompanharia de perto,
o recolhimento, armazenagem e descarte ou reciclagem do lixo, mas em seguida
quando os processos estiverem funcionando normalmente ele passaria a ser um
solucionador de problemas, acompanhando mais a distância o dia-a-dia do lixo. A
base para transição deste gestor do lixo está no guia de implementação no anexo
G encontra-se uma sugestão de guia para a implementação dos próximos passos
da reciclagem no departamento .
ANÁLISE DO USO DE ENERGIA ELÉTRICA E DE ÁGUA
97
ANÁLISE DO USO DE
ENERGIA ELÉTRICA E
DE ÁGUA
ANÁLISE DO USO DE ENERGIA ELÉTRICA E DE ÁGUA
98
9. Análise do uso de energia elétrica e de água
As análises relacionadas ao uso de energia e ao uso de água foram feitas em
paralelo ao trabalho sobre o uso dos materiais. O objetivo foi verificar se o
departamento estava de acordo com os regulamentos com as novas diretrizes
estabelecidas pelos Programas de Uso Racional de Energia e Água da USP,
PURE e PURA, respectivamente. Mais informações sobre o PURE e PURA
podem ser encontradas no anexo E.
As análises em detalhe se encontram no anexo F, mas o principal resultado deste
capítulo do trabalho foi o projeto enviado ao PURE, quanto ao uso de água o
departamento já tem seus equipamentos adequados às diretrizes do PURA.
9.1. Projeto - PURE
Todas as propostas de substituição de equipamentos podem ser subsidiadas e
implantadas pelo PURE, mediante a apresentação de uma proposta de projeto
com a situação atual da estrutura do departamento e, eventualmente, das
propostas de mudança. Na tabela 6 está um exemplo das informações a serem
enviadas para o PURE, os números são aproximados.
Tipo de ambiente Área (m²) Quantidade Equipamentos AtuaisQuantidade /
ambienteDetalhe dos
equipamentosLuminárias 3 Fosca
Reatores Eletromagnéticos 3 20WLâmpadas Fluorescentes 6 40WAr-Condicionado de janela 1 7.000 BTU
Luminárias 9 FoscaReatores Eletromagnéticos 9 20WLâmpadas Fluorescentes 18 40W
Ar-Condicionado Split 1 -... ... ... ... ... ...
Sala de Professor 10 29
Sala de Aula 40 12
Tabela 6: Exemplo de informações para requisição de projeto no PURE
Para se ter uma idéia os preços de alguns dos equipamentos (valores fornecidos
pelo PURE), sem a instalação, são:
• Lâmpadas 32W: R$ 8,00
• Reatores Eletrônicos: R$ 35,00
• Luminárias eficientes: R$ 70,00
ANÁLISE DO USO DE ENERGIA ELÉTRICA E DE ÁGUA
99
Então só para modificar estes equipamentos citados nas salas dos professores
seriam gastos R$ 10.527,00, não é possível estimar ganhos para o departamento
já que não temos seu consumo com precisão, mas segundo informações do
PURE em projetos de substituição de lâmpadas, luminárias e reatores a
diminuição do consumo varia entre 25% a 35%;
No anexo I se encontra o projeto enviado ao PURE em agosto de 2006,
solicitando as trocas de equipamentos (lâmpadas, luminárias, reatores e ar-
condicionados) no espaço físico de responsabilidade do Departamento de
Engenharia de Produção que corresponde às áreas ocupadas pelo departamento,
Fundação Vanzolini, Biblioteca e Centro Acadêmico (a Lanchonete por ter
passado por ter sido reformada a pouco tempo, no início de 2005, já está de
acordo com as novas diretrizes).
CONCLUSÃO
100
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
101
10. Conclusão
O trabalho iniciou a discussão sobre sustentabilidade no departamento com o
processo de reciclagem implementado parcialmente e o projeto para substituição
de equipamentos de iluminação e ar-condicionado enviado ao PURE.
Um guia também foi gerado para viabilizar a implementação do processo
completo de reciclagem facilitando o trabalho da pessoa que ficará responsável
pela gestão deste processo e mantendo a as discussões levantadas neste
trabalho no departamento.
Como uma instituição de ensino pública cabe ao departamento manter esta
discussão se diferenciando dentro da Universidade de São Paulo e ampliando os
conhecimentos sobre o tema dentro da sua comunidade.
LISTA DE REFERÊNCIAS
102
LISTA DE
REFERÊNCIAS
LISTA DE REFERÊNCIAS
103
Lista de Referências
• CAPRA, F. Conexões Ocultas. São Paulo: Cultrix; 2002. 296 p.
• DEMAJOROVIC, J.; BESEN, G. R; RATHSAM, A. A. Os desafios da gestão compartilhada de resíduos sólidos face à lógica do mercado. [São Paulo]: [s.n.]; 2005. 15p.
• LUND, H. F. The McGraw Hill Recycling Handbook. [Nova York]: McGraw Hill; 1993.
• NETO, A. H.; SAIDEL, M. A.; ROMERO, M. Sustainability in public buildings. São Paulo: [s.n.], 2005. 6p.
• RIBEIRO, P. J. T. Embalagens de bens alimentares: contributos para a definição de políticas eco-eficientes em Portugal. 2002. 171p. Dissertação para a obtenção do Grau de Mestre em Engenharia e Gestão de Tecnologia. Universidade Técnica de Lisboa - Instituto Superior Técnico.
• RODRIGUES, P. Manual de iluminação eficiente. [Rio de Janeiro]: PROCEL; 2004. 36p.
• SCHARF, R. Manual de negócios sustentáveis. São Paulo: Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, 2004. 176p.
• SCHMIDHEINY, S.; HOLIDAY JR, C.; WATTS, P. Cumprindo o prometido: casos de sucesso de desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2002.
• SILVA, G. S.; TAMAKI, H. O.; GONÇALVES, O. M. Water conservation programs in university campi: the water conservation program of the University of São Paulo. São Paulo: [s.n.], 2005. 8p.
• VEIGA, J. E. Desenvolvimento Sustentável: o desafio do século XXI. Rio de Janeiro: Garamond; 2005. 109-186p.
• <educar.sc.usp.br> (Acessado em 21/04/2006).
• <pa.esalq.usp.br > (Acessado no dia 31/05/2006).
• <pa.esalq.usp.br> (acessado em 02/06/2006).
• <www.arcoweb.com.br> (Acessado no dia 03/06/2006).
• <www.bebedouros.com.br> (acessado em 25/05/2006).
• <www.cecae-usp.usp.br/recicla> (acessado em 10/05/2006).
• <www.cecae-usp.usp.br/recicla> (Acessado no dia 10/05/2006).
LISTA DE REFERÊNCIAS
104
• <www.cecae-usp.usp.br> (Acessado no dia 10/05/2006).
• <www.cempre.org.br> (acessado em 21/05/2006).
• <www.cetea.ital.org.br/ecodata.htm> (acessado em 21/05/2006).
• <www.cqgp.sp.gov.br> (Acessado no dia 02/06/2006).
• <www.eletrobras.com.br> (Acessado no dia 02/06/2006).
• <www.engefrio.com.br> (acessado em 02/06/2006).
• <www.kalunga.com.br > (acessado em 25/05/2006).
• <www.kfr.com.br> (acessado em 25/05/2006).
• <www.mma.gov.br > (Acessado no dia 12/05/2006).
• <www.naturallimp.com.br> (acessado em 31/05/2006).
• <www.officenet.com.br> (acessado em 25/05/2006).
• <www.osram.com.br> (Acessado no dia 03/06/2006).
• <www.poli.usp.br/pura> (Acessado no dia 10/05/2006).
• <www.poli.usp.br> (Acessado no dia 10/05/2006).
• <www.pure.usp.br > (Acessado no dia 10/05/2006).
• <www.receita.fazenda.gov.br> (acessado em 01/06/2006).
• <www.seeds.usp.br/pir> (Acessado no dia 02/06/2006).
• <www.worldwatch.org> (Acessado em 26/05/2006).
• <www.who.int> (Acessado em 26/10/2006).
• <www.zeri.org> (Acessado em 03/06/2006).
ANEXO A
105
ANEXO A
ANEXO A
106
ANEXO A
Açúcar
AÇÚCAR (EMBALAGEM DE 1 KG)
Volume anual: 170 unidadesValor anual: R$ 198,00Embalagem: Plástico
Fonte: Almoxarifado POLI
Responsável: CopaUsuários principais: Professores e Funcionários
Armazenagem: Copa
Copa Repassar açúcar para açucareiro
D0
Funcionário Copa
Repassar açúcar para açucareiro
D0
Funcionário Copa
Usar na preparação de alimentos ou
bebidas
Dn
Usuários
Usar na preparação de alimentos ou
bebidas
Dn
Usuários
Descartar a embalagem
D0
Funcionário Copa
Descartar a embalagem
D0
Funcionário Copa
Resíduo: -Destino Resíduo: -Produto: Orgânico
B
Figura 47: Fluxo do açúcar
Observando as compras em 2005 percebe-se uma diferença entre o primeiro e o
segundo semestre, no primeiro semestre até junho foram comprados
aproximadamente 20 pacotes de açúcar a cada dois meses, enquanto no
segundo semestre foram comprados aproximadamente 20 pacotes por mês.
Esses valores nos dão uma idéia de consumo de aproximadamente 15 pacotes
por mês em média no ano. A figura 47 mostra o fluxo do açúcar.
A embalagem de açúcar é o único lixo gerado neste processo. Neste caso não há
oportunidades alternativas para reutilização já que o produto é ingerido pelo
usuário, como também não há como afirmar que há possibilidade de redução do
uso, mas neste caso há a oportunidade de reciclar a embalagem de plástico. O
ANEXO A
107
fluxo B para reciclagem de lixo reciclagem de plástico está representado na figura
19.
Adoçante
ADOÇANTE
Copa
Levar para o evento ou reunião
D0...~D15
Funcionário Copa
Levar para o evento ou reunião
D0...~D15
Funcionário Copa
Usar adoçante em bebidas
D0...~D15
Usuários
Usar adoçante em bebidas
D0...~D15
Usuários
Recolher embalagens
D0...~D15
Funcionário Copa
Recolher embalagens
D0...~D15
Funcionário Copa
Descartar a embalagem
~D15
Funcionário Copa
Descartar a embalagem
~D15
Funcionário Copa
Embala-gem vazia?
Sim
Não
Volume anual: 24 unidadesValor anual: R$ 50,00Embalagem: Plástico
Fonte: Vanzolini
Responsável: CopaUsuários principais: Professores, Funcionários e Participantes de Eventos e Reuniões
Armazenagem: Copa
Resíduo: -Destino Resíduo: -Produto: Orgânico
B
Figura 48: Fluxo do adoçante
Foi realizada apenas uma compra de 24 unidades no ano de 2005 e como uma
das premissas deste trabalho é que tudo que foi comprado foi utilizado no ano,
estima-se que foram utilizados 2 adoçantes por mês, logo descartadas 2
embalagens plásticas por mês. A figura 48 mostra o fluxo do adoçante.
No caso do adoçante a embalagem também é o único lixo gerado no fluxo. Não
há como definir alternativas de redução no uso, também não há oportunidades
alternativas de reutilização, mas há a oportunidade de reciclar a embalagem de
plástico, mas para isso é necessário que a embalagem seja enviada seca ao lixo.
O fluxo B para reciclagem de plástico está representado na figura 19.
ANEXO A
108
Açúcar sache
AÇÚCAR SACHE
Volume anual: 2.016 pacotesValor anual: R$ 49,00Embalagem: Papel
Fonte: Vanzolini
Responsável: CopaUsuários principais: Participantes de Eventos e Reuniões
Armazenagem: Copa
Organizar os saches para o
evento ou reunião
D0
Funcionário Copa
Organizar os saches para o
evento ou reunião
D0
Funcionário CopaDescartar a embalagem
D0
Funcionário Copa
Descartar a embalagem
D0
Funcionário Copa
Resíduo: -Destino Resíduo: -Produto: Orgânico
A
Deixar saches na sala de café
D0
Funcionário Copa
Deixar saches na sala de café
D0
Funcionário Copa
CopaUsar o açúcar em bebidas e descartar as embalagens
D0
Usuários
Usar o açúcar em bebidas e descartar as embalagens
D0
Usuários
F
Figura 49: Fluxo do açúcar sache
Foram feitas 3 compras de mesmo volume (672 saches de açúcar) no ano, uma
em abril, uma em junho e a última em setembro. Como neste caso o uso do
produto implica diretamente no descarte da embalagem e como as compras são
periódicas no ano pode-se considerar que o uso é regular durante o ano, sendo
este de 39 saches por semana em média, logo são 39 embalagens descartadas
por mês. A figura 49 mostra o fluxo do açúcar sache.
Novamente a embalagem de açúcar em saches é o único lixo gerado neste
processo, só que nesse caso o lixo gerado tem um volume consideravelmente
maior o que no caso anterior. Sendo um produto de consumo ingerido pelo
usuário não há oportunidades alternativas de reutilização. Neste caso também
não há oportunidade de reciclagem da embalagem, porque se trata de papel
encerado, mas há uma oportunidade alternativa de redução no uso. O fluxo A
ANEXO A
109
para o descarte do papel está representado na figura 18 e o fluxo F para descarte
do lixo genérico está representado na figura 25.
ANEXO A
110
Lanches
LANCHES
Copa Levar para o evento ou reunião
D0...~D5
Funcionário Copa
Levar para o evento ou reunião
D0...~D5
Funcionário Copa
Descartar os restos
~D5
Funcionário Copa
Descartar os restos
~D5
Funcionário Copa
Volume anual: -Valor anual: R$ 2.027,00Embalagem: -
Fonte: Vanzolini
Responsável: CopaUsuários principais: Funcionários e Participantes de Eventos e Reuniões
Armazenagem: Copa
Resíduo: -Destino Resíduo: -Produto: Orgânico
C
Figura 50: Fluxo para lanches
A compra de lanches (sanduíches, bolos, salgados, etc.) é mais regular do que a
compra de frutas, acontece durante todo ano, apesar de ser concentrada no início
e fim de ano, para lanches não é possível estabelecer uma medida de volume, já
que é imprevisível o que irá sobrar de restos em uma reunião ou evento. A figura
50 mostra o fluxo dos lanches no departamento .
Da mesma maneira que as frutas, os lanches (com sanduíches, bolos, etc.)
apenas são comprados para eventos e reuniões no departamento, da mesma
maneira a compostagem do lixo orgânico gerado também é uma oportunidade
para os restos orgânicos durante os eventos. O fluxo C para reciclagem do lixo
orgânico está representado na figura 24.
ANEXO A
111
Biscoitos
BISCOITOS
Copa
Levar para o evento ou reunião
D0...Dn
Funcionário Copa
Levar para o evento ou reunião
D0...Dn
Funcionário Copa
Comer biscoitos
D0...Dn
Usuários
Comer biscoitos
D0...Dn
Usuários
Recolher embalagens
D0
Funcionário Copa
Recolher embalagens
D0
Funcionário Copa
Descartar a embalagem
Dn
Funcionário Copa
Descartar a embalagem
Dn
Funcionário Copa
Embala-gem
vazia?
Sim
Não
Volume anual: 1.322 unidadesValor anual: R$ 1.721,00Embalagem: Plástico
Fonte: Vanzolini
Responsável: CopaArmazenagem: Copa
Resíduo: -Destino Resíduo: -
Usuários principais: Professores e funcionários
Produto: Orgânico
F
Figura 51: Fluxo para biscoitos e bolachas
Foram feitas quatro compras de biscoitos e bolachas no ano de 2005, uma em
fevereiro, uma em abril, uma em junho e a última em setembro, sendo que as
maiores compras foram realizadas em abril e junho, sendo que a de junho foi a
maior, o que aparentemente gerou um estoque, porque em setembro a compra foi
significativamente menor do que as de abril e junho. É difícil estimar o uso devido
aos grandes estoques na copa, mas novamente, seguindo a premissa, é possível
dizer que o consumo é contínuo e que mensalmente se consomem 110 pacotes
de bolacha, logo são descartadas, em média, 110 embalagens de biscoito por
mês. A figura 51 mostra o fluxo dos biscoitos no departamento.
Biscoitos e bolachas são consumidos diariamente no departamento, apesar de
serem também consumidas em eventos e reuniões. Nesse caso a embalagem é o
único lixo palpável, o farelo poderia ser considerado lixo, mas não há como
controlar sua geração nem descarte, porém a embalagem desses produtos
ANEXO A
112
geralmente é feita de um material termoplástico que ainda não tem um processo
economicamente viável de reciclagem, ou ainda, dependendo do termoplástico
em questão nem é possível a reciclagem do material. O fluxo F para descarte do
lixo comum (não reciclável) está representado na figura 25.
Frutas
FRUTAS
Copa Levar para o evento ou reunião
D0...~D10
Funcionário Copa
Levar para o evento ou reunião
D0...~D10
Funcionário Copa
Descartar os restos
~D15
Funcionário Copa
Descartar os restos
~D15
Funcionário Copa
Volume anual: -Valor anual: R$ 160,00Embalagem: -
Fonte: Vanzolini
Responsável: CopaUsuários principais: Participantes de Eventos e Reuniões
Armazenagem: Copa
Resíduo: -Destino Resíduo: -Produto: Orgânico
C
Figura 52: Fluxo para frutas
Foram compradas frutas apenas duas vezes no ano, em junho e dezembro. Isso
leva a entender que frutas são compradas apenas para eventos específicos,
esporadicamente, assim não há descarte contínuo de seus restos no ano. A figura
52 mostra o fluxo das frutas no departamento.
Para as frutas, que apenas são compradas para eventos específicos no
departamento, a única oportunidade dentro do conceito dos 3R’s é a
compostagem do lixo orgânico gerado. O fluxo C para reciclagem do lixo
orgânico está representado na figura 24.
ANEXO A
113
Café
CAFÉ (EMBALAGEM DE 0,5 KG)
Copa
Levar para o evento ou reunião
D0... ~D2
Funcionário Copa
Levar para o evento ou reunião
D0... ~D2
Funcionário Copa
Preparar café
D0...~D2
Funcionário Copa
Preparar café
D0...~D2
Funcionário Copa
Recolher embalagens
D0
Funcionário Copa
Recolher embalagens
D0
Funcionário Copa
Descartar a embalagem
~D2
Funcionário Copa
Descartar a embalagem
~D2
Funcionário Copa
Embala-gem vazia?
Sim
Não
Beber na copa
D0...~D2
Funcionário Copa
Beber na copa
D0...~D2
Funcionário Copa
Volume anual: 170 unidadesValor anual: R$ 810,00Embalagem: Plástico
Fonte: Almoxarifado POLI
Responsável: CopaArmazenagem: Copa
Resíduo: -Destino Resíduo: -
Usuários principais: Professores, Funcionários e Participantes de Eventos ou Reuniões
Produto: Orgânico
F
Figura 53: Fluxo para o café
O café preparado no departamento é consumido em eventos, reuniões ou na
própria copa por funcionários, o volume não é alto pela existência do contrato de
aluguel com a Italian Coffee, que mantém uma máquina de café no departamento.
A figura 53 mostra o fluxo do café no departamento
As compras de café são feitas quase que mensalmente e geralmente são de 20
pacotes o que permite assumir que o uso é regular ao longo do ano. No final são
usados aproximadamente 15 pacotes por mês, que terão suas embalagens
descartadas no lixo comum.
Nesse fluxo não é considerado o descarte do café já que ele é realizado junto
com o filtro de papel. Assim o único lixo gerado neste fluxo é o da embalagem de
café que não pode ser reciclada por ser feita de um material termoplástico. O
fluxo F para descarte do lixo genérico está representado na figura 25.
ANEXO A
114
Chá
CHÁ
Copa
Levar para o evento ou reunião
D0
Funcionário Copa
Levar para o evento ou reunião
D0
Funcionário Copa
Preparar chá
D0
Funcionário Copa
Preparar chá
D0
Funcionário Copa
Recolher saches
D0
Funcionário Copa
Recolher saches
D0
Funcionário Copa
Descartar saches com
resíduos orgânicos
D0
Funcionário Copa
Descartar saches com
resíduos orgânicos
D0
Funcionário Copa
Beber na copa
D0
Usuários
Beber na copa
D0
Usuários
Volume anual: 1.655 unidades (saches)Valor anual: R$ 133,00Embalagem: Papelão
Fonte: Almoxarifado POLI
Responsável: CopaArmazenagem: Copa
Resíduo: OrgânicoDestino Resíduo: Lixo
Usuários principais: Professores, Funcionários e Participantes de Eventos ou Reuniões
Produto: Orgânico
C
Embala-gem vazia?
Sim
Não
Descartar embalagem
Dn
Funcionário Copa
Descartar embalagem
Dn
Funcionário Copa
F
Figura 54: Fluxo para o chá
O material teve duas grandes compras, uma em junho e outras duas em setembro
de 2005, as duas compras de setembro somadas são duas vezes maiores de
junho, mas seguindo a premissa de que tudo que foi comprado foi utilizado no ano
tem-se um uso médio de 138 saches por mês, são 45 caixas de chá a cada
quatro meses. A figura 54 mostra o fluxo do chá no departamento .
O chá preparado no departamento é consumido em eventos, reuniões ou na
própria copa por funcionários e professores. Nesse fluxo há dois tipos de descarte
o da embalagem que é de papelão e o do sache que é basicamente orgânico. O
uso é adequado e não há como reutilizar o material, assim a única oportunidade é
a reciclagem dos dois tipos de lixo. O fluxo F para descarte do lixo genérico está
ANEXO A
115
representado na figura 25 e o fluxo C para reciclagem do lixo orgânico está
representado na figura 24.
ANEXO A
116
Guardanapo
GUARDANAPO
Copa Levar para o evento ou reunião
D0
Funcionário Copa
Levar para o evento ou reunião
D0
Funcionário Copa
Recolher guardanapos
usados
D0
Funcionário Copa
Recolher guardanapos
usados
D0
Funcionário Copa
Descartar guardanapo
usado
D0
Funcionário Copa
Descartar guardanapo
usado
D0
Funcionário Copa
Usar na copa
D0
Usuários
Usar na copa
D0
Usuários
Volume anual: 50.400 unidadesValor anual: R$ 558,00Embalagem: Plástico
Fonte: Vanzolini
Responsável: CopaArmazenagem: Copa
Resíduo: OrgânicoDestino Resíduo: Lixo
Usuários principais: Professores e Funcionários
Produto: Papel
Descartar embalagem
D0
Funcionário Copa
Descartar embalagem
D0
Funcionário Copa
B
F
Figura 55: Fluxo para guardanapos
Foram feitas três compras de guardanapo no ano, distribuídas ao longo do ano,
são 4.200 guardanapos utilizados e descartados por mês e são 5 embalagens
descartadas a cada quatro meses. A figura 55 mostra o fluxo de guardanapos no
departamento.
Os guardanapos são usados na copa e em eventos e reuniões no departamento.
Não há oportunidade de reutilização. Novamente há a oportunidade de reciclagem
da embalagem plástica. O fluxo B para reciclagem de plástico está representado
na figura 19 e o fluxo F para descarte do lixo genérico está representado na figura
25.
ANEXO A
117
Lã de Aço
LÃ DE AÇO
Copa Descartar lã de aço usada
Dn
Funcionário Copa
Descartar lã de aço usada
Dn
Funcionário Copa
Usar em limpezas na
copa
D0...Dn
Funcionário Copa
Usar em limpezas na
copa
D0...Dn
Funcionário Copa
Volume anual: 400 unidadesValor anual: R$ 7,00Embalagem: Plástico
Fonte: Vanzolini
Responsável: CopaArmazenagem: Copa
Resíduo: OrgânicoDestino Resíduo: Lixo
Usuários principais: Funcionário da Copa
Produto: Metal
Produto gasto?
Sim
Não
F
Descartar embalagem
D0
Funcionário Copa
Descartar embalagem
D0
Funcionário Copa
B
Figura 56: Fluxo para lã de aço
Foi feita apenas uma compra de lã de aço no ano em setembro, mas novamente
deve-se considerar a premissa de que um ano é o período de regime, logo o que
foi comprado será utilizado no período de doze meses. Assim são 100 lãs de aço
a cada três meses, da mesma maneira são 100 embalagens no mesmo período.
A figura 56 mostra o fluxo de lã de aço no departamento.
A lã de aço é utilizada na copa. Neste caso não há oportunidade de reutilização
nem de redução do uso. Novamente a única oportunidade clara é a de reciclagem
da embalagem plástica. O fluxo B para reciclagem de plástico está representado
na figura 19 e o fluxo F para descarte do lixo genérico está representado na figura
25.
ANEXO A
118
Luva Cirúrgica
LUVA CIRÚRGICA
Copa Descartar luva cirúrgica
D0
Funcionário Copa
Descartar luva cirúrgica
D0
Funcionário Copa
Usar em limpezas diversas
D0
Funcionário Copa
Usar em limpezas diversas
D0
Funcionário Copa
Volume anual: 100 unidadesValor anual: R$ 40,00Embalagem: Papelão
Fonte: Vanzolini
Responsável: CopaArmazenagem: Copa
Resíduo: DiversosDestino Resíduo: Lixo
Usuários principais: Funcionário da Copa
Produto: Plástico
ADescartar embalagem
D0
Funcionário Copa
Descartar embalagem
D0
Funcionário Copa
F
Figura 57: Fluxo para luva cirúrgica
Foi feita uma compra em outubro do material, mas seguindo as premissas deve-
se considerar o uso ao longo do ano, são assim 25 luvas a cada três meses e 1
embalagem a cada 6 meses. A figura 57 mostra o fluxo de luvas cirúrgicas no
departamento.
A luva cirúrgica é utilizada durante limpezas na copa. Outra vez não há
oportunidade de reutilização nem de redução do uso. A oportunidade clara é a de
reciclagem da embalagem plástica. O fluxo B para reciclagem de plástico está
representado na figura 19 e o fluxo F para descarte do lixo genérico está
representado na figura 25.
ANEXO A
119
Sucos
SUCOS
Volume anual: 153 unidadesValor anual: R$ 342,00Embalagem: Plástico
Fonte: Vanzolini
Responsável: CopaArmazenagem: Copa
Resíduo: -Destino Resíduo: -
Usuários principais: Professores e Funcionários
Produto: Orgânico
Copa
Levar para o evento ou reunião
Dn
Funcionário Copa
Levar para o evento ou reunião
Dn
Funcionário Copa
Beber suco
D0...Dn
Usuários
Beber suco
D0...Dn
Usuários
Recolher embalagens
D0... Dn
Funcionário Copa
Recolher embalagens
D0... Dn
Funcionário Copa
Descartar a embalagem
Dn
Funcionário Copa
Descartar a embalagem
Dn
Funcionário Copa
Embala-gem
vazia?
Sim
Não
Preparar suco
D0...Dn
Funcionário Copa
Preparar suco
D0...Dn
Funcionário Copa
B
Figura 58: Fluxo para sucos
Foram feitas compras de sucos ao longo do ano, foram, portanto, 13 garrafas de
suco consumidas por mês e 13 garrafas descartadas. A figura 43 mostra o fluxo
de sucos no departamento.
Os sucos são mais consumidos em eventos e reuniões no departamento. Não há
oportunidade de reutilização. Novamente a única oportunidade clara é a de
reciclagem da embalagem plástica. O fluxo B para reciclagem de plástico está
representado na figura 19.
ANEXO A
120
Papel Almaço
PAPEL ALMAÇO
Volume anual: 10.000 folhas (630 quilos)Valor anual: R$ 470,00Embalagem: Papel
Fonte: Vanzolini / PROAP / Almoxarifado POLI
Resíduo: -Destino Resíduo: - Usuários principais:
ProfessoresProduto: Papel
Secretária
Usar na aplicação de
provas
D0
Usuários
Usar na aplicação de
provas
D0
Usuários
Buscar bloco na secretária
D0
Usuários
Buscar bloco na secretária
D0
Usuários
Descartar Papel
M6
Usuários
Descartar Papel
M6
Usuários
Responsável: SecretáriaArmazenagem: Secretária
Usar para rascunhos ou
anotações
D0
Usuários
Usar para rascunhos ou
anotações
D0
Usuários
Descartar Papel
D7
Usuários
Descartar Papel
D7
Usuários
A
A
Descartar embalagem
D0
Usuários
Descartar embalagem
D0
Usuários
A
Figura 59: Fluxo para papel almaço
O papel almaço fica na secretária e os professores e funcionários o buscam lá.
Basicamente o papel almaço é utilizado pelos professores em provas e trabalhos
em aula, e geralmente eles só vão ser descartados 6 meses depois do uso. A
estimativa de descarte do papel A4 será feita na seção reciclagem, pois será feita
em conjunto com outros tipos de papel. A figura 59 mostra o fluxo de lã de aço no
departamento.
Não há oportunidade de reutilizar o material, nem de reduzir o uso, assim a
principal oportunidade deste material é a reciclagem, que funcionaria da mesma
maneira que a do papel A4 usando o mesmo coletor, específico para papel. O
fluxo A para reciclagem de papel está representado na figura 18.
ANEXO A
121
Assinaturas
ASSINATURA VALOR ECONÔMICO E GAZETA MERCANTIL
Volume anual: 520 unidadesValor anual: R$ 978,00Embalagem: -
Fonte: Vanzolini
Responsável: SecretáriaArmazenagem: Secretária
Resíduo: -Destino Resíduo: -
Usuários principais: Professores e Funcionários
Produto: Papel
SecretáriaLer Jornal
D0...D6
Usuários
Ler Jornal
D0...D6
Usuários
Descartar o jornal
D7
Funcionário Sec.
Descartar o jornal
D7
Funcionário Sec.
Jornal com mais
de 7 dias?
Sim
Não
Buscar jornal na secretária
D0...D6
Usuários
Buscar jornal na secretária
D0...D6
Usuários
Devolver jornal para secretária
D0...D6
Usuários
Devolver jornal para secretária
D0...D6
Usuários
A
Figura 60: Fluxo para jornais
Os jornais ficam na secretária e os professores os buscam lá, lêem e os
devolvem. Não há oportunidade de reutilização nem redução de uso, a única
oportunidade é a de reciclagem do produto. A figura 60 mostra o fluxo de
assinaturas de jornal no departamento .
O fluxo A para reciclagem de papel está representado na figura 18.
ANEXO A
122
ASSINATURA EXAME
Volume anual: 50 unidadesValor anual: R$ 350,00Embalagem: -
Fonte: Vanzolini
Resíduo: -Destino Resíduo: -
Usuários principais: Professores e Funcionários
Produto: Papel
SecretáriaLer Revista
D0...D6
Usuários
Ler Revista
D0...D6
Usuários
Deixar revista na sala de café
D7
Funcionário Sec.
Deixar revista na sala de café
D7
Funcionário Sec.
Revista com mais
de 7 dias?
Sim
Não
Buscar revista na secretária
D0...D6
Usuários
Buscar revista na secretária
D0...D6
Usuários
Devolver revista para secretária
D0...D6
Usuários
Devolver revista para secretária
D0...D6
Usuários
Responsável: SecretáriaArmazenagem: Secretária
A
Figura 61: Fluxo para revista Exame
ANEXO A
123
ASSINATURA HARVARD BUSINESS REVIEW
Volume anual: 6 unidadesValor anual: R$ 537,00Embalagem: -
Fonte: Vanzolini
Resíduo: -Destino Resíduo: -
Usuários principais: Professores e Funcionários
Produto: Papel
SecretáriaLer Revista
D0...D6
Usuários
Ler Revista
D0...D6
Usuários
Deixar revista na sala de café
D7
Funcionário Sec.
Deixar revista na sala de café
D7
Funcionário Sec.
Revista com mais
de 1 mês?
Sim
Não
Buscar revista na secretária
D0...D6
Usuários
Buscar revista na secretária
D0...D6
Usuários
Devolver revista para secretária
D0...D6
Usuários
Devolver revista para secretária
D0...D6
Usuários
Responsável: SecretáriaArmazenagem: Secretária
A
Figura 62: Fluxo para revista Harvard Business Review
As revistas ficam na secretária e os professores as buscam lá, lêem e as
devolvem. Após o período de sete dias elas são colocadas na sala de café. Não
há oportunidade de redução de uso, há oportunidade de reutilização ao
departamento deixar professores ou funcionários interessados levarem as revistas
após determinados períodos, mas a oportunidade mais clara é a de reciclagem do
produto. As figuras 61 e 62 mostram o fluxo de assinaturas de revistas pelo
departamento.
O fluxo A para reciclagem de papel está representado na figura 18.
ANEXO A
124
Envelopes
ENVELOPES DE PAPEL
Volume anual: 2.900 folhasValor anual: R$ 453,00Embalagem: Papel
Fonte: Almoxarifado POLI
Resíduo: -Destino Resíduo: -
Usuários principais: Professores e Funcionários
Produto: Papel
Secretária
Usar para guardar materiais
D0
Usuários
Usar para guardar materiais
D0
Usuários
Buscar envelopes na
secretária
D0
Usuários
Buscar envelopes na
secretária
D0
Usuários
Descartar Papel
M6
Usuários
Descartar Papel
M6
Usuários
Responsável: SecretáriaArmazenagem: Secretária
Usar para enviar
documentos
D0
Usuários
Usar para enviar
documentos
D0
Usuários
A
Descartar embalagem
D0
Usuários
Descartar embalagem
D0
Usuários
A
Figura 63: Fluxo para envelopes
Os envelopes de papel ficam na secretária e os professores e funcionários o
buscam lá. São utilizados para arquivar provas e outros documentos e materiais.
E com esse propósito não se pode dizer com nenhuma precisão quanto e quando
será descartado. A figura 63 mostra o fluxo de envelopes no departamento .
Não há oportunidade de reutilizar o material nem de reduzir seu uso
sistematicamente. Assim a principal oportunidade novamente é a reciclagem. O
fluxo A para reciclagem de papel está representado na figura 18.
ANEXO A
125
Bobinas de papel
BOBINAS DE PAPEL
Volume anual: 12 unidades (6 quilos)Valor anual: R$ 44,00Embalagem: PapelãoResíduo: -Destino Resíduo: -Produto: Papel
SecretáriaImprimir faxes
D0...Dn
Usuários
Imprimir faxes
D0...Dn
Usuários
Buscar bobina na secretária
D0
Usuários
Buscar bobina na secretária
D0
Usuários
Descartar Papel
D0...Dn + M6
Usuários
Descartar Papel
D0...Dn + M6
Usuários
Introduzir a bobina no
aparelho de fax
D0
Usuários
Introduzir a bobina no
aparelho de fax
D0
Usuários
Fonte: Almoxarifado POLI
Usuários principais: Funcionários
Responsável: SecretáriaArmazenagem: Secretária
Descartar embalagem
D0
Usuários
Descartar embalagem
D0
Usuários
A
A
Figura 64: Fluxo para bobinas de papel
As bobinas de papel para fax ficam na secretária e os professores e funcionários
as buscam lá. A estimativa de descarte do papel de fax será feita na seção
reciclagem, pois será feita em conjunto com outros tipos de papel. A figura 64
mostra o fluxo de bobinas de papel no departamento.
Não há oportunidade de reutilizar o material. A principal oportunidade é a
reciclagem que funcionaria da mesma maneira que a do papel A4. O fluxo A para
reciclagem de papel está representado na figura 18.
ANEXO A
126
Geléia
GELÉIA
Volume anual: 18 unidadesValor anual: R$ 33,00Embalagem: Vidro
Fonte: Vanzolini
Responsável: CopaArmazenagem: Copa
Resíduo: -Destino Resíduo: -
Usuários principais: Professores e Funcionários
Produto: Orgânico
Copa
Levar para o evento ou reunião
D0
Funcionário Copa
Levar para o evento ou reunião
D0
Funcionário Copa
Usar geléia
D0
Usuários
Usar geléia
D0
Usuários
Recolher embalagens
D0
Funcionário Copa
Recolher embalagens
D0
Funcionário Copa
Descartar a embalagem
~D20
Funcionário Copa
Descartar a embalagem
~D20
Funcionário Copa
Embala-gem vazia?
Sim
Não
E
Figura 65: Fluxo para geléia
Foram feitas duas compras de geléia no ano, uma em abril outra em junho, a
primeira de 6 unidades e a segunda de 12 unidades. Novamente deve-se usar as
premissas do trabalho e considerar o uso contínuo do material, assim tem-se um
consumo médio de 3 geléias a cada dois meses. A figura 65 mostra o fluxo de
geléia no departamento .
A geléia é usada na própria copa como em reuniões no departamento.
Novamente há a oportunidade de reciclagem da embalagem. O fluxo E para
reciclagem de vidro está representado na figura 20.
ANEXO A
127
Refrigerante
REFRIGERANTE (GARRAFA PET)
Volume anual: 71 unidadesValor anual: R$ 228,00Embalagem: Plástico
Fonte: Vanzolini
Responsável: CopaArmazenagem: Copa
Resíduo: -Destino Resíduo: -
Usuários principais: Professores e Funcionários
Produto: Orgânico
Copa
Levar para o evento ou reunião
Dn
Funcionário Copa
Levar para o evento ou reunião
Dn
Funcionário Copa
Beber refrigerante
D0...Dn
Usuários
Beber refrigerante
D0...Dn
Usuários
Recolher embalagens
D0... Dn
Funcionário Copa
Recolher embalagens
D0... Dn
Funcionário Copa
Descartar a embalagem
Dn
Funcionário Copa
Descartar a embalagem
Dn
Funcionário Copa
Embala-gem vazia?
Sim
Não
B
Figura 66: Fluxo para refrigerantes
Foram feitas compras pequenas durante todo o ano e uma maior em março. Essa
compra foi para o evento de recepção dos alunos, e como ela distorce os dados
deve-se considerar o consumo por quadrimestre. No primeiro quadrimestre são
61 garrafas consumidas, enquanto nos outros quadrimestres são 5 garrafas
consumidas por quadrimestre. A figura 66 mostra o fluxo de refrigerantes no
departamento.
Os refrigerantes são mais consumidos em eventos e reuniões no departamento.
Não há oportunidade de reutilização. Novamente a única oportunidade clara é a
de reciclagem da embalagem plástica. O fluxo B para reciclagem de plástico está
representado na figura 19.
ANEXO A
128
Copo Descartável (110ml)
COPO DESCARTÁVEL 110ml
Copa
Levar para o evento ou reunião
D0
Funcionário Copa
Levar para o evento ou reunião
D0
Funcionário Copa
Levar para sala de café
D0
Funcionário Copa
Levar para sala de café
D0
Funcionário Copa
Usar os copos
D0
Usuários
Usar os copos
D0
Usuários
Descartar os copos
D0
Usuários
Descartar os copos
D0
Usuários
Volume anual: 6.000 unidadesValor anual: R$ 144,00Embalagem: Plástico
Fonte: Almoxarifado POLI
Responsável: CopaArmazenagem: Copa
Resíduo: -Destino Resíduo: -
Usuários principais: Professores, Funcionários e Participantes de Eventos ou Reuniões
Produto: Plástico
B
Descartar embalagem
D0
Usuários
Descartar embalagem
D0
Usuários
B
Figura 67: Fluxo para copo descartável (110ml)
Foi feita apenas uma compra em junho, mas seguindo as premissas do trabalho
pode-se assumir que são usados e descartados 500 copos por mês e
descartadas 5 embalagens por mês. A figura 67 mostra o fluxo de copo
descartável 110ml no departamento. Aqui não estão considerados os copos da
máquina de café.
Os copos descartáveis de 110ml são comprados para uso na sala de café,
eventos e reuniões no departamento. Há oportunidades de redução, mas não de
reutilização, mas oportunidade mais clara é a de reciclagem, tanto da embalagem
quanto dos próprios copos. O fluxo B para reciclagem de plástico está
representado na figura 19.
ANEXO A
129
Canetas
CANETAS
Volume anual: 291 unidadesValor anual: R$ 288,00Embalagem: PapelãoResíduo: QuímicoDestino Resíduo: LixoProduto: Plástico
Secretaria Buscar canetas na Secretaria
D0
Usuários
Buscar canetas na Secretaria
D0
Usuários
Usar caneta
D0...~M6
Usuários
Usar caneta
D0...~M6
Usuários
Fonte: Almoxarifado POLI / PROAP
Usuários principais: Professores e Funcionários
Responsável: SecretariaArmazenagem: Secretaria
Embala-gem
vazia?
Sim
Não
Descartar embalagem
~M6
Usuários
Descartar embalagem
~M6
Usuários
A
FDescartar a
canetas
~M6
Usuários
Descartar a canetas
~M6
Usuários
Figura 68: Fluxo para canetas
São descartadas, seguindo a premissa do trabalho, 25 canetas por mês. A figura
68 mostra o fluxo canetas no departamento . As canetas ficam estocadas na
secretária. Neste caso não há oportunidade de reutilização e redução de uso. Há
a oportunidade de reciclagem da embalagem. O fluxo F para descarte de lixo
comum está representado na figura 25 e o fluxo A para reciclagem de papel está
representado na figura 18.
.
ANEXO A
130
Lápis
LÁPIS
Volume anual: 159 unidadesValor anual: R$ 19,00Embalagem: PapelãoResíduo: MadeiraDestino Resíduo: LixoProduto: Madeira
Secretária Buscar lápis na secretária
D0
Usuários
Buscar lápis na secretária
D0
Usuários
Usar lápis
D0... ~M6
Usuários
Usar lápis
D0... ~M6
Usuários
Fonte: Almoxarifado POLI
Usuários principais: Professores e Funcionários
Responsável: SecretáriaArmazenagem: Secretária
Embala-gem
vazia?
Sim
Não
Descartar embalagem
~M6
Usuários
Descartar embalagem
~M6
Usuários
A
FDescartar lápis
~M6
Usuários
Descartar lápis
~M6
Usuários
Apontar lápis
D0... ~M6
Usuários
Apontar lápis
D0... ~M6
Usuários
Descartar sobras
D0... ~M6
Usuários
Descartar sobras
D0... ~M6
Usuários
F
Figura 69: Fluxo para lápis
Os lápis ficam estocados na secretária. São descartados 13 lápis por mês. Neste
caso não há oportunidade de reutilização nem redução do uso e nem mesmo da
reciclagem do produto. A figura 69 mostra o fluxo de lápis no departamento . A
única oportunidade de reciclagem é a da embalagem. O fluxo A para reciclagem
de papel está representado na figura 18 e o fluxo F para descarte do lixo genérico
está representado na figura 25.
ANEXO A
131
Clipes
CLIPES
Volume anual: 1150 unidadesValor anual: R$ 16,00Embalagem: PapelãoResíduo: -Destino Resíduo: -Produto: Metal
Secretária Buscar clipes na secretária
D0
Usuários
Buscar clipes na secretária
D0
Usuários
Usar clipes de papel
D0...Dn
Usuários
Usar clipes de papel
D0...Dn
Usuários
Guardar clipes
Dn
Usuários
Guardar clipes
Dn
Usuários
Fonte: Almoxarifado POLI
Usuários principais: Professores e Funcionários
Responsável: SecretáriaArmazenagem: Secretária
Descarta clipes
Dn
Usuários
Descarta clipes
Dn
Usuários
Clipes quebra-
do?
Sim
NãoDescartar
material com clipes de papel
Dn
Usuários
Descartar material com
clipes de papel
Dn
Usuários
F
Descartar embalagem
M6
Secretária
Descartar embalagem
M6
Secretária
AEmbala-gem vazia?
SimNão
Figura 70: Fluxo para clipes de papel
Como os clipes são naturalmente reutilizáveis não é possível fazer uma análise
de quantos são descartados. Neste caso os clipes devem ser sempre retirados
dos materiais sendo descartados, mas há oportunidades de redução do uso nem
da reciclagem do produto. A figura 70 mostra o fluxo de clipes no departamento.
A única oportunidade de reciclagem é a da embalagem. O fluxo A para reciclagem
de papel está representado na figura 18 e o fluxo F para descarte do lixo genérico
está representado na figura 25
ANEXO A
132
Papel Lembrete
PAPEL LEMBRETE (POST-IT)
Volume anual: 7.000 unidadesValor anual: R$ 39,00Embalagem: PlásticoResíduo: QuímicoDestino Resíduo: QuímicoProduto: Papel
Secretária Buscar papel lembrete na secretária
D0
Usuários
Buscar papel lembrete na secretária
D0
Usuários
Usar papel lembrete
D0...Dn
Usuários
Usar papel lembrete
D0...Dn
Usuários
Descartar papel lembrete
M1
Usuários
Descartar papel lembrete
M1
Usuários
Fonte: Vanzolini
Usuários principais: Professores e Funcionários
Responsável: SecretáriaArmazenagem: Secretária
A
Figura 71: Fluxo para papel lembrete
Seguindo as premissas do projeto são descartados 135 unidades de papel
lembrete por semana. A figura 71 mostra o fluxo de papel lembrete no
departamento. Neste caso não há oportunidade de redução ou reutilização, a
reciclagem do material é possível em volumes pequenos quando misturado com
volumes maiores de papel e papelão, apesar da dificuldade de separá-lo quando
no descarte. O fluxo A para descarte do papel está representado na figura 18.
ANEXO A
133
Pasta Plástica
PASTA PLÁSTICA
Volume anual: 455 unidadesValor anual: R$ 568,00Embalagem: -Resíduo: -Destino Resíduo: -Produto: Plástico
Secretaria Buscar pasta na Secretaria
D0
Usuários
Buscar pasta na Secretaria
D0
Usuários
Arquivar documentos, artigos, etc.
D0...Dn
Usuários
Arquivar documentos, artigos, etc.
D0...Dn
Usuários
Descartar pasta
Dn
Usuários
Descartar pasta
Dn
Usuários
Fonte: Vanzolini
Usuários principais: Professores e Funcionários
Responsável: SecretariaArmazenagem: Secretaria
B
Figura 72: Fluxo para pastas plásticas
Neste caso não há oportunidade de redução do uso, mas há oportunidades de
reutilização e de reciclagem. Como pastas são usadas para arquivar documentos,
provas, etc. não se pode dizer com nenhuma precisão quanto e quando será
descartado. Deve-se sempre verificar o conteúdo de pastas antigas antes de
comprar pastas novas, muitas vezes o conteúdo de pastas antigas já podem ser
descartados e assim ela já pode ser reutilizada sem a necessidade de se comprar
novas pastas. A figura 72 mostra o fluxo de pastas plásticas no departamento. O
fluxo B para reciclagem de plástico está representado na figura 19.
ANEXO A
134
Transparências
TRANSPARÊNCIA
Volume anual: 5.100 unidadesValor anual: R$ 1.360,00Embalagem: PapelãoResíduo: QuímicoDestino Resíduo: - QuímicoProduto: Plástico
Secretaria Imprimir material
D0...M6
Usuários
Imprimir material
D0...M6
Usuários
Buscar transparência
D0
Usuários
Buscar transparência
D0
Usuários
Usar em apresentações em locais sem
projetor
D0...M6
Usuários
Usar em apresentações em locais sem
projetor
D0...M6
Usuários
Fonte: Almoxarifado POLI / PROAP
Usuários principais: Professores
Responsável: SecretariaArmazenagem: Secretaria
Descartar transparências na Secretaria
M6
Usuários
Descartar transparências na Secretaria
M6
Usuários
B
Descartar embalagem
M6
Secretaria
Descartar embalagem
M6
Secretaria
AEmbala-gem vazia?
SimNão
Figura 73: Fluxo para transparências
Pelos mesmos motivos das pastas não é possível dizer quando se descarta o
material, ele é muito utilizado pelos professores que dão aulas em outros
departamentos, que não possuem datashow nas salas. A figura 73 mostra o fluxo
de transparências no departamento.
Neste caso não há nenhuma oportunidade de redução ou reutilização, a
reciclagem é possível e para facilitar a separação das transparências elas podem
ser descartadas centralmente na secretária, também é possível a reciclagem da
embalagem de papelão. O fluxo B para descarte do plástico está representado na
figura 19 e o fluxo A para reciclagem de papel está representado na figura 18.
ANEXO A
135
Papel Toalha
PAPEL TOALHA
Copa Reabastecer recipiente com
papel toalha
D0
Funcionário Copa
Reabastecer recipiente com
papel toalha
D0
Funcionário Copa
Usar papel higiênico toalha
D0...Dn
Usuários
Usar papel higiênico toalha
D0...Dn
Usuários
Volume anual: 190.000 unidadesValor anual: R$ 3.630,00Embalagem: Papelão
Fonte: Kimberly Clark
Responsável: CopaArmazenagem: Copa
Resíduo: ÁguaDestino Resíduo: Lixo
Usuários principais: Todos
Produto: Papel
Verificar necessidade de
reabastecer banheiros
D0
Funcionário Copa
Verificar necessidade de
reabastecer banheiros
D0
Funcionário Copa
Reabastecer?
Sim
Não
Recolher lixo
D0
Funcionário Copa
Recolher lixo
D0
Funcionário Copa
Descartar papel toalha
D0...Dn
Usuários
Descartar papel toalha
D0...Dn
Usuários
Descartar embalagem
D0
Funcionário Copa
Descartar embalagem
D0
Funcionário Copa
AEmbala
-gem vazia?
SimNão
A
Figura 74: Fluxo para papel toalha
São 3.700 folhas de papel toalha e 3 embalagens descartadas em um mês. Neste
caso não há nenhuma oportunidade de redução e reutilização, há oportunidade
de reciclagem do papel toalha e da embalagem de papelão. A figura 74 mostra o
fluxo de papel toalha no departamento. O fluxo A para reciclagem de papel está
representado na figura 18.
ANEXO A
136
Protetor de Assento Sanitário
PROTETOR DE ASSENTO
Copa Reabastecer recipiente com
protetores
D0
Funcionário Copa
Reabastecer recipiente com
protetores
D0
Funcionário Copa
Usar papel protetores
D0...Dn
Usuários
Usar papel protetores
D0...Dn
Usuários
Volume anual: 5.400 unidadesValor anual: R$ 733,00Embalagem: Papelão
Fonte: Kimberly Clark
Responsável: CopaArmazenagem: Copa
Resíduo: ÁguaDestino Resíduo: Lixo
Usuários principais: Todos
Produto: Papel
Verificar necessidade de
reabastecer banheiros
D0
Funcionário Copa
Verificar necessidade de
reabastecer banheiros
D0
Funcionário Copa
Reabastecer?
Sim
Não
Recolher lixo
D0
Funcionário Copa
Recolher lixo
D0
Funcionário Copa
Descartar protetores
D0...Dn
Usuários
Descartar protetores
D0...Dn
Usuários
Descartar embalagem
D0
Funcionário Copa
Descartar embalagem
D0
Funcionário Copa
AEmbala-gem vazia?
SimNão
F
Figura 75: Fluxo para protetor de assento sanitário
São 104 protetores descartados por mês e 3 embalagens descartadas a cada
quatro meses. A figura 75 mostra o fluxo de protetores de assento sanitário no
departamento. Neste caso não há nenhuma oportunidade de redução, reutilização
ou reciclagem, a não ser a reciclagem da embalagem de papelão, principalmente
por não ser possível separar estes protetores descartados do papel higiênico
descartado. O fluxo F para descarte do lixo genérico está representado na figura
25 e o fluxo A para reciclagem de papel está representado na figura 18.
ANEXO A
137
Placas para Mictório
PLACAS PARA MICTÓRIO
Copa Colocar novas placas no mictório
D0
Funcionário Copa
Colocar novas placas no mictório
D0
Funcionário Copa
Usar mictórios
D0...M4
Usuários
Usar mictórios
D0...M4
Usuários
Volume anual: 48 unidadesValor anual: R$ 320,00Embalagem: Papelão
Fonte: Kimberly Clark
Responsável: CopaArmazenagem: Copa
Resíduo: OrgânicoDestino Resíduo: Lixo
Usuários principais: Todos
Produto: Plástico
Verificar necessidade de
reabastecer banheiros
D0
Funcionário Copa
Verificar necessidade de
reabastecer banheiros
D0
Funcionário Copa
Reabastecer?
Sim
Não
Descartar placas
D0...Dn
Usuários
Descartar placas
D0...Dn
Usuários
Descartar embalagem
D0
Funcionário Copa
Descartar embalagem
D0
Funcionário Copa
AEmbala-gem vazia?
SimNão
F
Figura 76: Fluxo para placas de mictório
São 4 placas usadas por mês e 1 embalagem descartada a cada 3 meses. A
figura 76 mostra o fluxo de placas para mictório no departamento. Neste caso não
há nenhuma oportunidade de redução, reutilização ou reciclagem, a não ser a
reciclagem da embalagem de papelão. O fluxo F para descarte do lixo genérico
está representado na figura 25 e o fluxo A para reciclagem de papel está
representado na figura 18.
ANEXO B
138
ANEXO B
ANEXO B
139
CONTATOS
Sucateiros
SEMPRE LIMPO ENGENHARIA AMBIENTAL
Tipo: Sucateiro
Materiais: Plástico, Papel, Vidro e Eletrônicos.
Endereço: Rua Dr. Ulpiano da Costa Manso, 28.
Contato: Márcio Couto Lopes
Bairro: Butantã
Cidade: São Paulo
Estado: SP
Fone: (11) 37469068
E-mail: [email protected]
KANVASFER COM DE SUCATAS E TAMBORES LTDA
Tipo: Sucateiro
Materiais: Plástico, Metal, Papel, Vidro, Longa Vida, Tubo Dental, Madeira,
Matéria Orgânica, Eletrônicos.
Endereço: R Maestro Sisto Mechetti 173.
Contato: Leandro Vasconcelos
Bairro: Rio Pequeno
CEP: 05379060
Cidade: São Paulo
Estado: SP
Fone: (11)3781-5882 / (11)3714-0024
E-mail: [email protected]
ANEXO B
140
Site: www.kanvasfer.com.br
Cooperativas de catadores de lixo
COOPAMARE
Tipo: Cooperativa
Materiais: Plástico, Metal, Papel, Vidro, Longa Vida e Eletrônicos.
Endereço: Rua Galeno de Almeida, 659.
Contato: Sebastião Raimundo de Melo
Bairro: Pinheiros
CEP: 05410-030
Cidade: São Paulo
Estado: SP
Fone / Fax: (11) 3064-3976
E-mail: [email protected]
COOPERAÇÃO
Tipo: Cooperativa
Materiais: Plástico, Metal, Papel, Vidro e Eletrônicos.
Endereço: Av. Embaixador Macedo Soares, 6000.
Contato: Neilton
Bairro: Vila Leopoldina
CEP: 05400-000
Cidade: São Paulo
Estado: SP
Fone: (11)3836-9043
ANEXO B
141
Composteiras
COSEAS - Creche Oeste
Ano de implantação: 1994
Objetivo: decomposição dos resíduos provenientes de restos de alimentos e
serragem da marcenaria.
Utilização da composteira como atividade educativa
Uso do composto: o composto é embalado em saquinhos de leite reaproveitados
e vendido para comunidade.
Produção: cerca de 30 kg/ mês
Responsável: José Edson
Tel.: 11 3091-4999
Escola de Aplicação - Faculdade de Educação
Ano de implantação: 1999
Objetivo: decomposição dos resíduos orgânicos provenientes de poda de jardim
da unidade. Utilização da composteiras nas atividades e práticas educativas da
Escola
Situação atual: em atividade
Uso do composto: utilizado na horta da Escola
Responsável: Sr. Leo
Tel.: 11 3091-3503
Prefeitura do Campus da Cidade Universitária - PCO
Ano de implantação: 1999
Objetivo: decomposição dos resíduos vegetais produzidos nas áreas comuns do
campus. Redução de custos com transporte e recolhimento desse material.
Situação atual: em funcionamento.
ANEXO B
142
Uso do composto: utilizado nas áreas verdes do campus e doações para
prefeituras
Responsável: Engenheira Márcia Mauro
Tel.: 11 3091-4891
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade - FEA
Ano de implantação: 2002
Objetivo: decomposição dos resíduos orgânicos provenientes de poda de jardim e
do restaurante da unidade (terceirizado)
Situação atual: em atividade
Uso do composto: utilizado nos jardins da unidade
Responsável Sr. Jorge
Tel.: 11 3091-5811
Centro de Práticas Esportivas - CEPÊ
Ano de implantação: 2000
Objetivo: decomposição dos resíduos provenientes de poda e limpeza das áreas
verdes
Situação atual: em atividade
Uso do composto: utilizado nas áreas verdes da unidade
Responsável: Sr. Marino, Sr. Elenildo, Sr Paulo Manoel
Tel.: 11 3091-3564
Instituto de Biociências - IB
Ano de implantação: 2000
Objetivo: decomposição dos resíduos orgânicos provenientes de poda de jardim e
limpeza das áreas verdes da unidade - folhas/ ervas daninhas
ANEXO B
143
Situação atual: em atividade
Uso do composto: utilizado nas áreas verdes do próprio instituto
Responsável: Sr. Erismaldo
Tel.: 11 3091-4775
Instituto de Eletrotécnica e Energia - IEE
Ano de implantação: 2002
Objetivo: decomposição dos resíduos orgânicos provenientes de podas e limpeza
das áreas verdes do instituto.
Situação atual: em atividade
Uso do composto: utilizado na própria unidade ou distribuído entre funcionário.
Produção média: 35 kg/mês
Responsável: Sr. Irineu
Tel.: 11 3091-2531
USP Recicla
USP Recicla - São Paulo
Tel.: 11 3091.4428
E-mail: [email protected]
PURA-USP
Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, travessa 4, nº 67.
Cidade Universitária - São Paulo – SP.
CEP: 05508-900
ANEXO B
144
Tel: (11) 3091.4720
(11) 3091.4721
Fax: (11) 3091.4722
E-mail: [email protected]
PURE-USP
Av. Prof. Lucio Martins Rodrigues, travessa 4, 67.
05508-900 - Cidade Universitária - São Paulo - SP
Tel.: (11) 3091-4724
Fax: (11) 3091-4673
E-mail: [email protected]
ANEXO C
145
ANEXO C
ANEXO C
146
Base de dados de materiais comprados em 2005
Fonte Data Material Quantidade Valor Total
(R$) Kimberly Clark 1/1/2005 Papel Higiênico 5 526,30 Kimberly Clark 1/1/2005 Papel Toalha 5 472,60 Kimberly Clark 1/1/2005 Prot. Assento 2 162,92 Kimberly Clark 1/1/2005 Placa Perf. Para Mictório 1 80,01 Vanzolini 7/1/2005 Bolas 60m 5 12,40 Vanzolini 7/1/2005 Caixa DVD 120 134,40 Vanzolini 7/1/2005 Convites com envelope 5 74,05 Vanzolini 7/1/2005 CR Pentea 2 15,94 Vanzolini 7/1/2005 DVD 120 480,00 Vanzolini 7/1/2005 Escada 1 55,98 Vanzolini 7/1/2005 Etiquetas para Impressora Laser 1 3,53 Vanzolini 7/1/2005 Faca Legume 1 4,40 Vanzolini 7/1/2005 Faq. 42 IPA 1 39,80 Vanzolini 7/1/2005 Porta Retrato 2 11,96 Vanzolini 7/1/2005 Prato raso 6 11,40 Vanzolini 7/1/2005 Tuia PT34 1 43,90 Vanzolini 7/1/2005 Tuia Variada 1 11,40 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Açucar 10 14,80 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Cadernetas Capa plast. 2 3,58 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Cadernetas Capa plast. 2 6,52 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Café 10 47,66 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Canetas esf 12 3,73 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Canetas hidro 10 36,70 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Cartucho Col JT 2 163,80 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Cartucho Col JT 2 183,55 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Cartucho Col JT 1 102,05 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Cartucho Col JT 3 98,10 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Cartucho PB JT 3 172,65 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Cartucho PB JT 3 205,20 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Cartucho Toner 1 135,44 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Cartucho Toner 1 315,02 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Cartucho Toner 1 134,90 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Copo descartável-180ml 50 168,50 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Envelopes Papel 2 32,29 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Filtro de Papel 2 3,60 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Lápis 20 2,48 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Marcador 10 22,50 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Papel A4 50 387,58 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Papel Almaço 8 152,60 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Percevejos 1 0,55 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Transparência 2 55,73 Vanzolini 2/2/2005 Bicoitos 240 345,60 Vanzolini 15/2/2005 Assinatura Harvard 537,00
Vanzolini 15/2/2005 Assinatura Jornal Gazeta Mercantil 540,00
Vanzolini 23/2/2005 Lanches 6 127,00
ANEXO C
147
Fonte Data Material Quantidade Valor Total
(R$) Vanzolini 23/2/2005 Lanches 3 76,00 Vanzolini 23/2/2005 Refrigerantes 4 13,20 Vanzolini 23/2/2005 Refrigerantes 3 10,50 Vanzolini 28/2/2005 Borracha Caneta 12 27,72 Vanzolini 28/2/2005 Copo descartável-180ml 125 308,75 Vanzolini 28/2/2005 Envelope Plast. 4 furos 5 43,85 Vanzolini 28/2/2005 Etiquetas para Impressora Laser 2 54,00 Vanzolini 28/2/2005 Lapiseira 10 94,60 Vanzolini 28/2/2005 Papel A4 20 180,00 Vanzolini 28/2/2005 Pilha AAA 6 22,08 Kimberly Clark 1/3/2005 Papel Higiênico 5 526,30 Kimberly Clark 1/3/2005 Papel Toalha 5 472,60 Kimberly Clark 1/3/2005 Prot. Assento 2 162,92 Kimberly Clark 1/3/2005 Placa Perf. Para Mictório 1 80,01 Vanzolini 2/3/2005 Lanches 6 1.241,30 Vanzolini 2/3/2005 Refrigerantes 50 157,50 Vanzolini 3/3/2005 Canetas 4 1.050,00 Vanzolini 23/3/2005 Cópias Xerográficas 251,32 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Açucar 20 24,76 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Álcool 1 1,69 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Café 20 95,32 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Canetas esf 36 9,86 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Canetas hidro 12 20,29 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Cartucho Col JT 2 115,10 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Cartucho Toner 1 315,02 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Detergente 1 0,72 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Envelopes Papel 2 32,29 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Filtro de Papel 2 3,60 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Grampos 1 1,67 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Papel Almaço 4 76,30 Vanzolini 28/3/2005 Plástico Cristal 0,20 1 6,60 Vanzolini 28/3/2005 Refil Calendário Fin. 9 180,00 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Réguas 3 1,90 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Transparência 2 37,45 Vanzolini 29/3/2005 Bicoitos 340 454,00 Vanzolini 1/4/2005 Açucar sachet 2 15,44 Vanzolini 1/4/2005 Adoçante 2 49,74 Vanzolini 1/4/2005 Água Sanitária 1 15,48 Vanzolini 1/4/2005 Copo descartável-180ml 4 216,64 Vanzolini 1/4/2005 Geléia Turma Monica 2 22,72 Vanzolini 1/4/2005 Guardanapo 10 265,70 Vanzolini 1/4/2005 Lanches 5 120,00 Vanzolini 1/4/2005 Refrigerantes 4 12,60 Vanzolini 1/4/2005 Sucos 4 117,37 Vanzolini 19/4/2005 Cartucho Col JT 3 359,70 Vanzolini 19/4/2005 Cartucho PB JT 6 408,00 Vanzolini 19/4/2005 Grampos 1 5,25 Vanzolini 19/4/2005 Guia de rua 2005 1 48,00 Vanzolini 19/4/2005 Papel Lembrete Col 10 38,50 Vanzolini 19/4/2005 Pasta Registradora 10 24,00
ANEXO C
148
Fonte Data Material Quantidade Valor Total
(R$) Vanzolini 2/5/2005 Lanches 5 125,00 Vanzolini 2/5/2005 Refrigerantes 4 13,60 Vanzolini 9/5/2005 Mouse 1 69,00 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Açucar 20 24,76 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Almofada p/ Carimbo 1 3,07 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Ampola da Garrafa Térmica 1 0,01 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Apagadores 3 11,92 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Cadeado 1 5,40 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Cadernetas Capa plast. 2 3,58 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Café 20 95,32 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Canetas esf 20 5,96 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Canetas hidro 10 36,70 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Cartucho PB JT 2 97,86 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Cartucho Toner 1 135,44 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Cartucho Toner 1 315,02 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Detergente 3 1,40 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Envelopes Papel 6 96,80 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Filtro de Papel 2 3,60 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Flanela 3 1,93 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Lápis 20 2,48 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Marcador 3 6,75 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Pano 2 0,72 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Percevejos 1 0,55 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Sabão em Pedra 2 0,79 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Sabão em Pó 1 3,62 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Saco Alvejado (algodão) 3 6,14 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Transparência 2 55,73 Vanzolini 17/5/2005 Estabilizador 1 42,00 Vanzolini 17/5/2005 Estabilizador 2 76,00 Vanzolini 17/5/2005 No Break 1 294,80 Kimberly Clark 30/5/2005 Papel Higiênico 4 421,04 Kimberly Clark 30/5/2005 Papel Toalha 8 756,16 Kimberly Clark 30/5/2005 Prot. Assento 3 244,38 Kimberly Clark 30/5/2005 Placa Perf. Para Mictório 2 160,02 Kimberly Clark 30/5/2005 Sabão Spray 3 301,86 Vanzolini 10/6/2005 Açucar sachet 2 15,44 Vanzolini 10/6/2005 Álcool 6 16,80 Vanzolini 10/6/2005 Chá 55 47,30 Vanzolini 10/6/2005 Copo descartável-110ml 2 144,00 Vanzolini 10/6/2005 Copo descartável-180ml 5 200,00 Vanzolini 10/6/2005 Detergente 1 15,12 Vanzolini 10/6/2005 Geléia Etti 6 9,54 Vanzolini 10/6/2005 Guardanapo 10 265,70 Vanzolini 10/6/2005 Limpador Multi-uso 1 14,40 Vanzolini 10/6/2005 Sucos 5 10,38 Vanzolini 10/6/2005 Sucos 5 124,56 Vanzolini 16/6/2005 Frutas 90,00 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Açucar 20 24,76 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Álcool 2 4,20 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Café 20 95,32
ANEXO C
149
Fonte Data Material Quantidade Valor Total
(R$) Almoxarifado POLI 21/6/2005 Canetas esf 30 8,55 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Canetas hidro 15 21,42 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Cartucho PB JT 2 130,65 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Cartucho PB JT 2 14,80 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Cartucho Toner 1 315,02 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Envelopes Papel 4 73,17 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Extrator de grampos 4 1,04 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Filtro de Papel 2 3,60 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Grampos 2 3,34 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Lápis 15 1,86 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Papel A4 50 318,13 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Papel Almaço 4 76,30 Vanzolini 30/6/2005 Bicoitos 476 565,16 Vanzolini 1/7/2005 Lanches 5 100,00 Vanzolini 1/7/2005 Refrigerantes 4 14,00 Kimberly Clark 30/7/2005 Papel Higiênico 5 526,30 Kimberly Clark 30/7/2005 Papel Toalha 8 771,20 Vanzolini 1/8/2005 Caderno Capa Dura - 200fl 5 27,00 Vanzolini 1/8/2005 Caderno Capa Dura - 96fl 5 16,25 Vanzolini 1/8/2005 Canetas hidro 24 61,68 Vanzolini 1/8/2005 Cola Bastão 25 46,25 Vanzolini 1/8/2005 Copo descartável-180ml 125 205,00 Vanzolini 1/8/2005 Envelope Plast. 4 furos 5 43,85 Vanzolini 1/8/2005 Etiquetas para Impressora Laser 2 54,00 Vanzolini 1/8/2005 Fita Adesiva 24 259,20 Vanzolini 1/8/2005 Grampeador 1 25,80 Vanzolini 1/8/2005 Grampos 5 12,10 Vanzolini 1/8/2005 Lapiseira 12 30,72 Vanzolini 1/8/2005 Papel A4 50 489,00 Vanzolini 1/8/2005 Pasta plástica c/ elástico 20 17,80 Vanzolini 1/8/2005 Pasta Polionda Azul 50 124,50 Vanzolini 1/8/2005 Pasta Polionda Azul 5 7,40 Vanzolini 1/8/2005 Pilha AA 10 26,30 Vanzolini 1/8/2005 Pilha AAA 20 62,00 Vanzolini 4/8/2005 Cartucho Toner 1 378,00 Vanzolini 4/8/2005 Luva cirúrgica 2 40,00 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Açucar 20 24,76 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Água Sanitária 2 1,08 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Bobinas de papel 3 11,04 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Cadeado 1 9,45 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Cadernetas Capa plast. 2 3,74 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Café 20 95,32 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Canetas esf 24 7,14 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Cartucho Col JT 2 204,10 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Cartucho PB JT 2 14,80 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Cartucho PB JT 2 130,65 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Cartucho Toner 2 630,03 Almoxarifado POLI 11/8/2005 CD-R 10 8,35 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Copo descartável-180ml 30 89,10 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Detergente 2 1,40
ANEXO C
150
Fonte Data Material Quantidade Valor Total
(R$) Almoxarifado POLI 11/8/2005 Envelopes Papel 3 44,61 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Esponja 2 1,04 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Filtro de Papel 2 3,60 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Grampeador 3 16,98 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Lápis 24 2,48 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Limpador Multi-uso 2 1,58 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Papel A4 50 318,13 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Papel Almaço 4 76,30 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Pastas 200 200,00 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Sabão em Pedra 1 0,39 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Sabão em Pó 1 3,62 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Saco Alvejado (algodão) 2 4,10 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Suporte p/ Cadeado 1 0,39 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Transparência 1 37,00 PROAP 23/8/2005 Canetas quadro branco 9 PROAP 23/8/2005 Cartucho Col JT 15 863,25 PROAP 23/8/2005 Cartucho Col JT 3 423,00 PROAP 23/8/2005 Cartucho PB JT 50 1.950,00 PROAP 23/8/2005 Cartucho Toner 8 1.083,52 PROAP 23/8/2005 Cartucho Toner 2 203,92 PROAP 23/8/2005 Cartucho Toner 3 945,06 PROAP 23/8/2005 Cartucho Toner 2 300,00 PROAP 23/8/2005 CD-RW 30 99,00 PROAP 23/8/2005 Papel A4 200 1.272,52 PROAP 23/8/2005 Pasta Polionda Azul 30 44,40 PROAP 23/8/2005 Pasta Registradora 10 24,00 PROAP 23/8/2005 Pastas 50 50,00 PROAP 23/8/2005 Saco plástico 9 PROAP 23/8/2005 Transparência 20 557,00 Vanzolini 29/8/2005 Assinatura Exame 350,26 Vanzolini 13/9/2005 Açucar sachet 2 17,80 Vanzolini 13/9/2005 Chá 60 55,80 Vanzolini 13/9/2005 Chá 20 30,20 Vanzolini 13/9/2005 Filtro de Papel 5 8,20 Vanzolini 13/9/2005 Guardanapo 1 26,57 Vanzolini 13/9/2005 Lã de aço 5 7,20 Vanzolini 13/9/2005 Sucos 40 89,80 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Açucar 20 24,76 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Água Sanitária 1 0,54 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Álcool 2 4,20 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Almofada p/ Carimbo 1 3,07 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Apagadores 2 7,95 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Bobinas de papel 3 11,04 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Café 20 95,32 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Canetas hidro 10 16,55 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Clipes 2 1,40 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Clipes 2 1,26 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Clipes 3 3,66 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Copo descartável-180ml 30 91,64 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Detergente 1 0,70
ANEXO C
151
Fonte Data Material Quantidade Valor Total
(R$) Almoxarifado POLI 19/9/2005 Elástico 2 0,56 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Envelopes Papel 3 44,61 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Envelopes Papel 2 11,90 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Filtro de Papel 2 3,60 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Fita Adesiva 2 4,27 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Lâmpada Incandescente 2 0,02 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Lápis 20 3,60 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Papel A4 50 318,13 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Percevejos 3 1,65 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Sabão em Pedra 1 0,39 Vanzolini 20/9/2005 Bicoitos 276 355,80 Kimberly Clark 20/9/2005 Papel Higiênico 5 526,30 Kimberly Clark 20/9/2005 Papel Toalha 8 771,20 PROAP 21/9/2005 Agenda 5 PROAP 21/9/2005 Canetas quadro branco 8 PROAP 21/9/2005 Cartucho Col JT 15 863,25 PROAP 21/9/2005 Cartucho Col JT 5 705,00 PROAP 21/9/2005 Cartucho Col JT 8 655,20 PROAP 21/9/2005 Cartucho Col JT 5 PROAP 21/9/2005 Cartucho Col JT 5 PROAP 21/9/2005 Cartucho PB JT 50 1.950,00 PROAP 21/9/2005 Cartucho PB JT 8 376,00 PROAP 21/9/2005 Cartucho PB JT 5 287,75 PROAP 21/9/2005 Cartucho PB JT 5 235,00 PROAP 21/9/2005 Cartucho PB JT 5 37,00 PROAP 21/9/2005 Cartucho PB JT 5 PROAP 21/9/2005 Cartucho PB JT 5 PROAP 21/9/2005 Cartucho PB JT 5 PROAP 21/9/2005 Cartucho Toner 5 509,80 PROAP 21/9/2005 CD-RW 50 165,00 PROAP 21/9/2005 Papel A4 500 3.181,30 PROAP 21/9/2005 Pasta Polionda Azul 50 74,00 PROAP 21/9/2005 Pasta Registradora 10 24,00 PROAP 21/9/2005 Pastas 50 50,00 PROAP 21/9/2005 Refil Calendário Fin. 7 140,00 PROAP 21/9/2005 Saco plástico 9 PROAP 21/9/2005 Transparência 20 557,00 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Açucar 20 24,76 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Água Sanitária 1 0,54 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Álcool 1 2,10 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Bobinas de papel 3 11,04 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Café 20 95,32 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Canetas esf 24 7,02 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Canetas hidro 12 19,86 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Cartucho PB JT 2 14,80 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Cartucho PB JT 2 130,65 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Cartucho Toner 1 101,96 Almoxarifado POLI 17/10/2005 CD-RW 10 33,00 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Clipes 3 3,66 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Copo descartável-180ml 30 85,51
ANEXO C
152
Fonte Data Material Quantidade Valor Total
(R$) Almoxarifado POLI 17/10/2005 Detergente 2 1,40 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Envelopes Papel 3 44,61 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Lápis 24 2,48 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Marcador 4 4,00 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Mola para porta 1 100,00 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Papel A4 5 31,81 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Sabão em Pedra 1 0,39 Vanzolini 20/10/2005 Assinatura Valor 438,00 PROAP 21/10/2005 Cartucho Col JT 15 863,25 PROAP 21/10/2005 Cartucho Col JT 5 705,00 PROAP 21/10/2005 Cartucho Col JT 5 705,00 PROAP 21/10/2005 Cartucho Col JT 8 655,20 PROAP 21/10/2005 Cartucho Col JT 5 PROAP 21/10/2005 Cartucho Col JT 5 PROAP 21/10/2005 Cartucho PB JT 15 863,25 PROAP 21/10/2005 Cartucho PB JT 50 1.950,00 PROAP 21/10/2005 Cartucho PB JT 50 1.950,00 PROAP 21/10/2005 Cartucho PB JT 5 287,75 PROAP 21/10/2005 Cartucho PB JT 8 376,00 PROAP 21/10/2005 Cartucho PB JT 5 235,00 PROAP 21/10/2005 Cartucho PB JT 5 37,00 PROAP 21/10/2005 Cartucho PB JT 5 PROAP 21/10/2005 Cartucho PB JT 5 Vanzolini 26/10/2005 Lanches 5 130,00 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Açucar 20 17,20 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Água Sanitária 1 0,93 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Bobinas de papel 3 11,04 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Cadernetas Capa plast. 1 1,86 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Café 20 95,32 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Canetas esf 20 5,86 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Cartucho Col JT 1 141,00 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Cartucho PB JT 1 102,05 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Cartucho PB JT 1 7,40 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Cartucho PB JT 2 94,00 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Clipes 3 2,10 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Clipes 3 3,66 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Copo descartável-180ml 30 89,10 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Detergente 2 1,40 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Elástico 3 0,84 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Envelopes Papel 4 73,17 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Esponja 2 1,04 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Filtro de Papel 2 2,94 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Flanela 2 1,48 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Lápis 24 2,48 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Limpador Multi-uso 2 1,58 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Papel A4 50 313,44 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Percevejos 2 1,10 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Sabão em Pedra 1 0,39 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Sabão em Pó 1 2,47 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Transparência 2 30,20
ANEXO C
153
Fonte Data Material Quantidade Valor Total
(R$) Kimberly Clark 24/11/2005 Papel Higiênico 5 526,30 Kimberly Clark 24/11/2005 Papel Toalha 4 385,60 Kimberly Clark 24/11/2005 Prot. Assento 2 162,92 Kimberly Clark 24/11/2005 Sabão Spray 1 100,62 Vanzolini 6/12/2005 Frutas 70,00 Vanzolini 6/12/2005 Lanches 59,00 Vanzolini 7/12/2005 Lanches 2 49,00 Vanzolini 7/12/2005 Refrigerantes 2 7,00 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Açucar 20 17,20 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Água Sanitária 1 0,93 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Cadernetas Capa plast. 2 4,08 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Café 20 95,32 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Canetas esf 20 7,02 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Canetas hidro 12 19,86 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Cartucho PB JT 2 183,62 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Copo descartável-180ml 30 85,51 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Filtro de Papel 2 2,94 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Grampeador 2 11,32 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Lápis 12 1,24 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Papel A4 50 313,44 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Papel Almaço 5 88,00 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Transparência 2 30,20
ANEXO D
154
ANEXO D
ANEXO D
155
ANEXO D
Prazo de recuperação
O payback considera a dimensão tempo do dinheiro, e é obtido por (caso o
projeto não atenda as condições abaixo diz-se que ele não tem payback :
0)/(
0)/(
1
0
0
<+
≥+=
∑
∑
−
=
=
ik
ii
ik
iii
jiF
e
jiFquetalkPayback
A análise de payback ou prazo para recuperação do capital é um indicador
voltado à medida do tempo necessário para que um projeto recupere o capital
investido. Aplicável, sem restrições, a projetos convencionais de investimento que
apresentem um fluxo de caixa com as seguintes características:
Fo < 0 e Fi > 0, i=1, ..., n.
Onde Fi é o fluxo de caixa no ano i definido por Bi - Ci, os fluxos de benefícios e
de custos dos projetos.
Em projetos que ocorrem múltiplas alterações de sinal no fluxo de caixa, a
obtenção do payback deve ser realizada com cuidado, bem como sua
interpretação, para que os resultados sejam consistentes.
Mesmo sendo um indicador com muitas limitações o payback pode ser útil como
indicador auxiliar no processo de análise. É necessário salientar que se trata de
um indicador intrinsecamente auxiliar, voltado à medida da dimensão tempo de
um projeto.
ANEXO E
156
ANEXO E
ANEXO E
157
PURE
O Programa Permanente para o Uso Eficiente de Energia Elétrica na USP, criado
em 1997 difundido na comunidade com a sigla PURE-USP, surgiu de uma
iniciativa de professores e pesquisadores do Departamento de Engenharia de
Energia e Automação Elétricas – PEA - da Escola Politécnica da USP e, desde os
primeiros momentos, contou com apoio e incentivo decisivos da Coordenadoria
de Administração Geral – CODAGE-USP, em 2004 o PURE foi incorporado à
Coordenadoria do Espaço Físico da Universidade de São Paulo - COESF-USP-
USP.
Os professores e pesquisadores do PEA (Departamento de Energia e Automação
da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo) tiveram a idéia partindo do
objetivo de desenvolver as práticas, nas instalações da universidade, dos
conceitos e ensinamentos que ministravam em suas salas de aulas, com relação
à conservação de energia elétrica.
Para colher subsídios à elaboração da resposta a essa questão, foi proposto
projeto de pesquisa à FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de
São Paulo) objetivando identificar o potencial existente para aplicação dos
princípios da conservação de energia elétrica na Universidade.
Como resultado deste projeto de pesquisa obteve-se um diagnóstico sobre o uso
da energia que, embora parcial, pois enfocou naquele momento apenas no
campus de São Paulo, permitiu concluir que potenciais de economia de energia
de 20% poderiam ser alcançados em quase todas as instalações e que não havia
um processo para gestão da energia na Universidade.
Neste cenário, desde sua instalação, o PURE-USP procurou implantar um
conjunto de medidas que visavam incentivar e promover o uso eficiente e racional
da energia elétrica em todas as instalações da Universidade.
Em 2004 o PURE foi incorporado ao COESF-USP-USP (Coordenadoria de
Espaços Físicos da USP), e a partir daí todas as obras dos campi USP passaram
a ter um padrão ideal de estrutura elétrica.
Atualmente o PURE se divide em três áreas: comercial, tecnológica e
relacionamentos. As atividades de cada uma são:
ANEXO E
158
• Comercial
o Gestão de faturas: análise de todas as faturas de energia de todos
os campi da USP através do sistema Contaluz Web que digitalizou o
controle de faturas na USP, ao receber a fatura o usuário vai no
sistema e digita as informações relevantes que automaticamente
ficam visíveis para a análise do PURE;
o Contratos de fornecimento de energia: através da análise das
faturas e do SISGEN os contratos de fornecimento de energia são
periodicamente revistos, com relação a consumo e fator de potência;
o Projeto Multa-Zero: esta iniciativa visa garantir que todas as outras
ações do PURE estão sendo bem executadas, de maneira que a
USP não receba nenhuma multa, por ultrapassar limite de consumo
ou fator de potência;
• Tecnológica
o SISGEN: Sistema de Gerenciamento de Energia, monitora
continuamente todo consumo de energia em cada prédio dos campi
USP (a partir do 2º semestre de 2006 os dados de consumo estarão
disponíveis a todos no site do PURE);
o Projetos: são projetos que visam aumentar a eficiência energética
nas unidades, estes projetos são propostos pelas próprias unidades
e são, geralmente, de trocas de equipamentos antigos por
equipamentos energeticamente mais eficientes.
o Banco de capacitores: é um projeto bem específico para unidades
que o PURE identifica alto fator de potência, e para evitar multas,
graças a essas unidades são montados bancos de capacitores
nelas;
• Relacionamentos:
o Treinamento de funcionários de manutenção;
o Palestras;
o Divulgação em artigos, teses, jornais, etc.
ANEXO E
159
Listam-se abaixo as atividades realizadas na área de relacionamentos:
• Criação do Projeto Agente de Energia em toda a Universidade durante o
Racionamento de Energia no segundo semestre de 2001. Foram 50 alunos
de graduação, com bolsa-trabalho emergencial, que foram treinados para
visitar as instalações da USP. O objetivo era esclarecer sobre pontos de
economia de energia, divulgar motivações e formas de ação do PURE,
constituindo-se em um ponto de apoio para uma campanha de divulgação
e conscientização sobre o uso racional e a economia de energia. Estes
Agentes foram orientados nos campi do interior por educadores do USP-
Recicla;
• Curso para Aperfeiçoamento Profissional de Eletricistas da USP: 129
eletricistas participaram do curso organizado pelo em 5 turmas no campus
São Paulo e nos campi de Piracicaba e Ribeirão Preto, no período de
outubro a novembro de 2001. O curso foi uma oportunidade dada aos
eletricistas de atualizarem os conceitos sobre eficiência energética e
conservação de energia, fazer uma reciclagem de conhecimentos, discutir
as questões da crise de energia e uniformizar as informações nas áreas de
projeto elétrico e manutenção.
• Palestras de difusão de conceitos de eficiência energética e economia de
energia foram proferidas ao longo da existência do PURE em várias
unidades da USP e até fora da USP. Na Reitoria da USP foram realizadas
palestras durante nove meses para cerca de 75% dos funcionários, com o
apoio do Departamento Pessoal e funcionários voluntário;
• Vários trabalhos foram publicados, visando a divulgação dos resultados do
PURE, bem como algumas teses de mestrado;
• Divulgação das ações de economia e eficiência energética, para
desenvolver a conscientização da importância da energia em nossas
atividades e da participação no programa. Foram utilizados para isso a
distribuição de folders, marcadores de livro, etiquetas para interruptor,
tomadas e computadores com alerta para serem desligados, cartazes e
out-doors.
ANEXO E
160
Na estrutura do PURE há uma figura muito importante nas ações do programa, é
o gestor da unidade. Ele é o braço do PURE nas unidades, é ele quem busca
oportunidades de projetos e mobiliza campanhas do PURE na sua unidade. Na
época do racionamento eles foram os principais responsáveis pela USP atingir a
meta de redução de energia.
O engenheiro Leonardo Brian Favato, foi o entrevistado para o trabalho e já tem
conhecimento das iniciativas aqui presentes, ele pode ser consultado para
esclarecer maiores dúvidas. O contado do PURE se encontra no anexo B.
PUREFA
Nos anos 70, o aquecimento global era debatido entre uns poucos círculos
científicos e apenas ambientalistas davam atenção ao tema. Em 1988, a ONU
criou o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPPC). O consumo
de energia e emissão de substâncias tóxicas no meio ambiente passaram a ser
preocupação de todos, ou pelo menos de todas as nações civilizadas. Para fazer
a sua parte a USP lançou o Programa de Uso racional de Energia e Fontes
Renováveis (PUREFA), sob a coordenação do Prof. Dr. Marco Antonio Saidel. O
projeto pretendia implantar medidas e ações de eficiência energética para reduzir
o consumo e energia elétrica e aumentar a participação das fontes alternativas.
Com recursos de R$ 2,2 milhões obtidos do Fundo Setorial de Energia Elétrica da
FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos, agência do Ministério da Ciência e
Tecnologia) o PUREFA faz parte do Programa Permanente para Uso Eficiente de
Energia (PURE), implantado na USP em 1997 e que vem progressivamente
mostrando a diminuição do consumo de energia em todos os campi. A previsão é
que o projeto seja finalizado, com o fim dos recursos da FINEP, em agosto de
2006.
Este projeto tinha como objetivo a implementação de medidas de gestão e de
eficiência energética, visando a redução do consumo e do desperdício de energia
elétrica, o aumento da participação de fontes alternativas na matriz energética, e
também, incentivar grupos de pesquisas e disseminar o uso racional e eficiente
da energia, despertando a comunidade universitária, principalmente, para a atual
forma de encarar as questões de restrições energéticas, de manutenção predial,
ANEXO E
161
meio ambiente e comportamento humano, de modo a contribuir na busca do
desenvolvimento sustentado.
Dentro da busca por fontes alternativas de energia e aliado a um melhor
gerenciamento dos rejeitos, elementos fundamentais para o desenvolvimento
sustentável e seguindo as recomendações da Agenda 21, este projeto investigou
uma opção de depósito adequado de resíduos e indicou uma alternativa para que
se aumente o uso de uma fonte renovável de energia. De acordo com o Painel
Internacional sobre Mudanças Climáticas da ONU, as emissões pela degradação
anaeróbia de resíduos são responsáveis por 14% das emissões de metano. Com
relação ao Protocolo de Quioto, esta atividade também se classifica como uma
das alternativas para a estabilização da concentração dos gases de efeito estufa,
gerando Créditos de Redução de Emissão, como prevê o Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo, uma vez que promove a redução das emissões de
metano para a atmosfera e o uso de uma fonte renovável de energia em
substituição ao uso de combustíveis fósseis.
Apesar do crescente avanço das energias alternativas na matriz energética
mundial, o Brasil, apesar do grande potencial tem uso praticamente incipiente,
principalmente eólica e solar fotovoltaica. A USP, dado ser um centro avançado
de ensino e pesquisa e formador de opiniões, no seu papel de extensão de
serviços à comunidade, vem consolidando a utilização de fontes alternativas de
energia como biomassa, gás natural, sistemas fotovoltaicos, dentro do contexto
do uso racional e eficiente de energia.
Para isso a USP construiu um sistema demonstrativo em suas instalações,
incluindo:
• Um biodigestor que opera com dejetos humanos gerados, para geração de
energia elétrica.
• Implantação de 10kW em sistemas fotovoltaicos: 6kW integrados aos
6,3kW já existentes e 4kW em um campi do interior.
• Substituição de chuveiros elétricos de um dos blocos dos alojamentos dos
alunos por um sistema de aquecimento a gás.
ANEXO E
162
• Implantação de sistemas solares de aquecimento de água em um dos
blocos dos alojamentos e restaurante .
Com a implementação deste projeto pretende-se:
• Estabelecer rotinas, estratégias, políticas e ações em conjunto com
administradores, engenheiros, técnicos e pessoal encarregado da área de
eletricidade na universidade
• Implantar sistema de gerenciamento do uso da energia elétrica através da
análise de faturas e de medições de todas as Unidades por sistema próprio
• Criar uma norma de eficiência energética em arquitetura estão
relacionados à redução do consumo de energia.
• Disseminar o conhecimento adquirido para a sociedade
Foram avaliados aspectos técnicos de implantação e operação, bem como a sua
viabilidade econômica, através da apresentação de custos e da energia
conservada.
O PUREFA tornou, durante 9 anos, a USP em um "laboratório virtual" de
pesquisas sobre fontes energéticas, ao mesmo tempo em que otimizou a gestão
dos recursos energéticos e beneficiou os usuários dos diversos campi.
PURA
Em 1995 foi criado o Programa de Uso Racional da Água (PURA), através de
Convênio entre a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP),
Laboratório de Sistemas Prediais do Departamento de Construção Civil
(LSP/PCC), Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
(Sabesp) e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). A criação do PURA foi
reflexo de vários trabalhos na área de conservação da água que estavam sendo
desenvolvidos em todo o mundo no final da década de 80.
O programa consiste em seis macro programas integrados, abrangendo
documentação técnica, laboratórios, novas tecnologias, estudos em edifícios
residenciais, programas da qualidade e, finalmente, estudos de caso em
diferentes tipos de edifícios (escritórios, escolas, hospitais, cozinhas, etc.).
ANEXO E
163
Em 1997 começaram os estudos nos diferentes edifícios do campus da USP (a
última etapa do programa), viabilizado através de Convênio entre USP e Sabesp,
como estudo de caso em campi universitários: Programa de Uso Racional da
Água da Universidade de São Paulo (PURA-USP). Fazem parte deste programa a
Reitoria da USP, representada pela Coordenadoria de Administração Geral
(CODAGE-USP), a Escola Politécnica da USP (EPUSP) e o Fundo de Construção
da USP (FUNDUSP).
Essa parceria entre a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de
São Paulo) e a USP, tem como intuito a redução do consumo de água no campus
em virtude dos expressivos valores de consumo observados e seus reflexos no
orçamento da Universidade. Para viabilizar o programa, a Sabesp concedeu um
desconto nas faturas e contas de água mensais do campus de São Paulo a fim de
se criar um fundo destinado às intervenções do PURA-USP. Em contrapartida, a
USP ficou responsabilizada por uma economia de água efetiva a ser obtida com a
implantação de todos os passos propostos, e pelo desenvolvimento de uma
metodologia de aplicação do programa em outras situações similares futuras. O
registro das atividades desenvolvidas também foi encarregado à Universidade.
Com esse cenário foram traçados os seguintes objetivos:
• Reduzir o consumo nas Unidades da USP, através de ações de caráter
tecnológico e comportamental (maximizando a eficiência nas atividades
que utilizam a água, sem comprometer a qualidade), e manter o perfil de
consumo reduzido ao longo do tempo
• Implantar um sistema estruturado de gestão da demanda da água
• Desenvolver metodologia a ser aplicada futuramente em outros locais
Para o desenvolvimento das atividades foi criada uma Comissão para o PURA-
USP formada por membros da EPUSP (Coordenadores e Equipe Técnica) e da
CODAGE-USP (Coordenadoria de Administração Geral da USP), COESF-USP
(Coordenadoria do Espaço Físico) e PCO (Prefeitura do Campus da Capital). Em
cada Unidade foram constituídas Comissões PURA das unidades, compostas por
Professores, Funcionários Administrativos e Pessoal da Manutenção, com a
finalidade de auxiliar nas intervenções e constituir um contato ativo dentro de
cada Unidade.
ANEXO E
164
Abaixo estão descritas as etapas de análise realizadas nas unidades localizadas
no campus de São Paulo:
• ETAPA 1: Diagnóstico geral: Levantamento de características da Unidade.
o Tipologia de uso: hospitalar, laboratorial, ocupação humana, etc.
o Histórico de consumo de água antes das intervenções.
o Componentes do sistema hidráulico, por meio de documentação
técnica, projetos, plantas, entrevistas com os funcionários e
levantamentos em campo.
Número de pontos de consumo de água e sua disposição. Foram
levantados 8.300 e 19.200 pontos nas Unidades (com exceção de pontos
especiais).
• ETAPA 2: Redução de perdas físicas.
o Cadastro das redes.
o Detecção e eliminação de vazamentos em redes externas e internas
(com uso de haste de escuta, correlacionador de ruídos, geofone
eletrônico), e em reservatórios (registros de bóia e extravasores).
• ETAPA 3: Redução de consumo nos equipamentos.
o Substituição de equipamentos convencionais por modelos
economizadores.
o Torneiras hidromecânicas de fechamento automático com arejador e
regulador de vazão.
o Torneiras eletrônicas com sensor de presença.
o Válvulas hidromecânicas de fechamento automático para mictórios e
duchas.
o Bacias sanitárias com volume de descarga reduzido (VDR) - 6 L,
podendo-se utilizar, em função da tipologia e condições de uso,
tanto com caixas acopladas como com válvulas de descarga.
o Torneiras para copas/cozinhas com bica móvel, arejador e
acionamento por alavanca.
ANEXO E
165
o Regulagem e substituição de comandos hidráulicos: válvulas de
descarga e registros.
• ETAPA 4: Caracterização de hábitos e racionalização das atividades que
consomem água:
o Adoção de procedimentos mais eficientes em cozinhas, na limpeza
e em laboratórios.
o Reuso da água de processo: destiladores e refrigeração.
o No contexto da Etapa 4, em 2001, fez-se uma análise dos estudos
até então realizados pela Sabesp do reaproveitamento da água de
resfriamento utilizada nos Destiladores dos laboratórios do campus
de São Paulo, motivada pelo elevado número de equipamentos
(cerca de 240), aliado à perda durante o processo de destilação
(50L/h em média por litro de água destilada, o que representa quase
R$ 30.000,00 por mês).
o Entre as considerações a serem feitas no estudo do melhor
aproveitamento desta água, destacam-se:
§ Entendimento físico de como é o sistema de destilação.
§ Levantamento das características e condições de todo o
sistema.
§ Consumo de água e energia dos destiladores.
§ Mapeamento dos destiladores.
§ Qualidade da água da rede.
§ Levantamento das características dos usuários.
§ Exigências quanto à qualidade da água destilada e período
de utilização.
• ETAPA 5: Campanhas educativas e treinamentos.
o Comunidade USP (docentes, alunos e funcionários): comunicação
em caráter informativo e conscientizador da importância do
programa através de cartazes, palestras, reportagens, textos
(apresentando a filosofia e abrangência do PURA)
ANEXO E
166
o Pessoal de manutenção: treinamentos realizados sobre novos
equipamentos, sua operação e manutenção adequadas
Em 2004 o PURA, da mesma maneira que o PURE, foi incorporado ao COESF-
USP, com isso toda nova construção da USP tem que seguir os padrões de
equipamento definidos pelo programa.
Atualmente a maioria dos hidrômetros de tarifação Sabesp foi substituída por
modelos eletrônicos, permitindo assim a detecção de grandes anomalias no
consumo de água e a imediata ação corretiva que, de outra forma, ocorreria
somente quando do recebimento da conta de água.
Encontram-se em execução a expansão da rede de telemedição, como parte do
programa de setorização da medição de cada uma das Unidades do PURA-USP
Fase 1. Além destes cerca de 50 hidrômetros, estão previstos para a setorização
da Fase 2, mais 150.
Pretende-se que, futuramente, as próprias Unidades possam realizar a gestão de
seu consumo de água.
A principal atividade hoje do PURA é a gestão da demanda de água, ela envolve:
• Acompanhamento do consumo.
• Ampliação da rede de setorização e telemedição.
• Conserto de vazamentos.
• Cuidados com operação e manutenção dos sistemas prediais.
• Reformas em redes hidráulicas em locais com grandes e constantes
perdas.
• Otimização das atividades que consomem água.
• Implantação de práticas de uso racional da água e, quando possível, de
reuso.
• Divulgação, campanhas de conscientização e treinamentos.
• Outros benefícios.
• Domínio sobre o sistema hidráulico.
• Cadastro e condições de redes e reservatórios.
ANEXO E
167
• Cadastro das ligações da concessionária pública.
• Modernização de componentes do sistema.
• Desenvolvimento de novas tecnologias.
• Conscientização dos usuários da importância da água, do seu uso racional
e conseqüentes benefícios econômicos, sociais e ambientais.
O contato do PURA se encontra no anexo B.
ANEXO F
168
ANEXO F
ANEXO F
169
Análise do Uso de Energia Elétrica
Somente a partir do racionamento em 2001 e 2002 a USP começou realmente a
buscar maneiras de economizar energia, foi neste momento que o PURE ganhou
força e reconhecimento, e também foi quando a preocupação com os gastos de
energia se espalhou para as unidades incluindo a EPUSP.
Atualmente o PURE trabalha em três linhas para diminuir os gastos com energia,
são elas: gerenciamento de contas, reeducação (de usuários e treinamentos para
pessoal de manutenção) e projetos nas unidades (troca de equipamentos ou
instalação de banco de capacitores). Na linha de projetos, as propostas devem
ser enviadas pelas próprias unidades ou departamentos e é essa oportunidade
que esta análise pretende aproveitar.
Propostas de redução de energia no departamento eram difíceis de serem
avaliadas em termos de ganho porque o departamento nem a EPUSP recebem a
conta de luz, que é paga centralmente na reitoria para todo o campus de São
Paulo, mas a partir da criação do SISGEN (Sistema de Gestão de Energia) pelo
PURE passou a ser possível saber o consumo de energia em cada prédio do
campus de São Paulo e assim avaliar os resultados destes projetos.
Especificamente para o Departamento de Engenharia de Produção não é tão
simples, como o prédio é o mesmo do Biênio os dados de consumo estão
consolidados, impossibilitando que uma análise exclusiva do departamento, a
figura 77 mostra o consumo no conjunto Biênio e Produção de fevereiro a maio de
2006 (entre março e abril houve um problema nos aparelhos de medição) e a
figura 78 mostra o consumo do mês de maio de 2006.
Com esses dados de consumo por prédio a reitoria já tem a possibilidade de orçar
e cobrar as contas de luz por unidade, não é simples fazer essa mudança, mas
essa é a intenção do PURE, que entende que fazendo a cobrança nos
departamentos incentivá-los-ia a reduzir seu consumo de energia.
Com isso em mente essa análise visa antecipar essa cobrança e propor medidas
técnicas para redução de energia. As principais oportunidades identificadas foram
relacionadas à iluminação e ar-condicionado.
ANEXO F
170
Consumo de Energia - Biênio/Produção
0
5000
10000
15000
20000
25000
Mês
Po
tên
cia
(W)
Fevereiro Março Abril Maio
Figura 77: Consumo de energia elétrica de fevereiro a maio de 2006 (PURE-USP,
2006)
Consumo Maio/06 - Biênio/Produção
-
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
16.000
18.000
01/05
02/05
03/05
04/05
05/05
06/05
07/05
08/05
09/05
10/05
11/05
12/05
13/05
14/05
15/05
16/05
17/05
18/05
19/05
20/05
21/05
22/05
23/05
24/05
25/05
26/05
27/05
28/05
29/05
30/05
31/05
Dia
Po
tên
ca (
W)
Figura 78: Consumo de energia elétrica em maio de 2006 (PURE-USP, 2006)
Iluminação
No Brasil há vários trabalhos recentes que ilustram ineficiências nos sistemas de
iluminação das edificações, públicas como privadas, geralmente esses sistemas
ANEXO F
171
se encontram fora dos padrões técnicos adequados. Os tipos mais comuns
dessas ocorrências são (Rodrigues, 2002):
• Iluminação em excesso;
• Falta de aproveitamento da iluminação artificial;
• Uso de equipamentos com baixa eficiência luminosa;
• Falta de comandos (interruptores) para as luminárias;
• Ausência de manutenção, depreciando o sistema; e
• Hábitos de uso inadequados.
No departamento há vários tipos de salas, mas basicamente todas são salas de
escritório, ou melhor, tem as mesmas necessidades de iluminação de uma sala
de escritório. Sendo assim as salas do departamento estão corretamente
dimensionadas em relação a quantidades de luminárias, mas apresentam
luminárias não eficientes na distribuição da luz e lâmpadas e reatores antigos que
consomem consideravelmente mais energia. São essas as lâmpadas de 40W, os
reatores eletromagnéticos e as luminárias foscas.
As lâmpadas fluorescentes são muito comuns em escritórios pelo conjunto
economia, boa eficiência luminosa (lumens por watts) e bom índice de reprodução
de cores, mas as lâmpadas de 40W não são mais o padrão, porque com evolução
da tecnologia das lâmpadas fluorescentes foram inventadas as lâmpadas
fluorescentes recobertas com pó trifósforo. Elas aumentam o rendimento luminoso
da lâmpada e reproduzem melhor as cores. Em geral, custam mais caro, porém
possuem vida útil é superior e a eficiência luminosa é maior, isto é, gastam menos
energia e iluminam melhor. As primeiras lâmpadas com trifósforo tinham 36W,
agora elas já são vendidas com 32W, e esse já é o padrão atual do COESF-USP
para novas instalações na USP.
Os reatores são equipamentos auxiliares para as lâmpadas e necessários ao
funcionamento de descarga da maioria dos tipos de lâmpada, com a finalidade de
proporcionar a ignição e de maneira a estabilizar a corrente elétrica do circuito. As
suas principais características são: alto fator de potência, pequenas dimensões,
vida longa, baixo nível de ruído e perdas reduzidas. São de dois tipos:
eletromagnéticos e os eletrônicos.
ANEXO F
172
Os reatores eletromagnéticos convencionais foram descontinuados do mercado
nos Estados Unidos, Europa e Japão em 2005, devido aos programas de
conservação de energia presentes nesses países. No Brasil processo de
certificação para os reatores eletrônicos foi criado só em 2003.
Com a tecnologia eletrônica podem-se operar com lâmpadas e reatores com
perfeita união, inexistente anteriormente. Isso possibilita obter uma maior
eficiência luminosa, incrementando ainda a vida útil da lâmpada em até 50%. E
obtendo ainda uma economia de energia, se comparados aos sistemas utilizados
com reatores eletromagnéticos convencionais, reduzindo significativamente o
consumo de energia das instalações elétricas.
As luminárias são peças destinadas a distribuir, filtrar e controlar a luz gerada por
uma ou mais lâmpadas. Existem luminárias para diversas finalidades e destinadas
aos diversos tipos de lâmpadas. As luminárias possuem um papel importante para
distribuir a luz da melhor maneira em um determinado ambiente.
As luminárias do departamento são foscas o que não aproveita da melhor
maneira a luz emitida pela lâmpada, logo, também não aproveita da melhor
maneira a energia elétrica gasta na geração da luz. As luminárias eficientes mais
comuns no mercado são feitas de alumínio polido, dois exemplos estão na figura
79.
Figura 79: Luminárias eficientes (ARCOWEB, 2006)
Ar-condicionado
ANEXO F
173
O departamento já possui nas salas de aula os equipamento split,mais eficientes
para a estrutura do departamento, com um grande número de salas de tamanho
similar, mas as salas de professores e secretaria ainda possuem ar-
condicionados individuais de janela que representam um aumento do consumo de
energia e do fator de potência da rede. A potência de um ar-condicionado é
medida na unidade inglesa British Thermal Unit (BTU/hora)
O aparelho de janela tem todos os seus componentes instalados num único
volume. Os modelos compactos encontrados atualmente nas lojas já apresentam
consumo de energia bastante menor, em comparação com as modelos anteriores.
Porém, como trabalham com baixas capacidades e seus níveis de perda são os
maiores dentre todos os tipos. Em projetos menores com apenas duas ou três
unidades, a diferença no consumo de energia tem menor impacto, mas o
consumo também está relacionado ao número de horas de uso e às temperaturas
médias do local. Os aparelhos menores estão disponíveis em versões de menor
potência, de 7 mil BTUs, até os de grande capacidade, com 30 mil BTUs. Os
primeiros são recomendados para ambientes de10 a 15 metros quadrados. Já os
mais potentes atendem áreas de até 60 metros quadrados, porém deve-se
considerar a distribuição desigual do ar pelo ambiente e a eventua l formação de
bolsões quentes.
Os sistemas split tem potência medida em BTUs/hora ou por tonelada de
refrigeração (TR), sendo que 1 TR equivalente a 12 mil BTUs/hora. A principal
característica do sistema split é a instalação das partes do compressor e
condensador em áreas externas, deixando somente a unidade evaporadora nos
ambientes. Vantagens estão na possibilidade de controle individual e no uso de
compressores de alta eficiência. No caso departamento seria utilizado um sistema
multisplit, pois é o que apresenta uma máquina externa para de 30 à 40 unidades
internas, dependendo da capacidade necessária em cada ponto. Em sistemas
multisplit, é possível dispor as unidades em até 100 metros de distância (sem
alteração na altura) da central ou também se pode trabalhar com uma diferença
de 50 metros de altura entre a unidade e a central. As desvantagens do sistema
split são: ele requer espaço para a instalação de equipamentos internos e
externos e nem todos modelos prevêem a troca do ar nos ambientes, mas nos
ANEXO F
174
demais casos essa operação também requer um sistema à parte e também
demanda espaço e infra-estrutura.
Nos sistemas de ar-condicionado central, água é resfriada no chiller, instalado,
por exemplo, na casa de máquinas, e dali segue para todos andares por meio de
dutos termicamente isolados. A água utilizada retorna e é resfriada novamente.
Esse sistema. O investimento inicial nesse caso é mais alto, porém seu custo
operacional é o mais baixo. Dado o tamanho dos equipamentos, deve-se
considerar um espaço para sua acomodação, operação e manutenção. O peso
das máquinas e dos tanques também devem ser considerados, pois é dado
importante para análise da estrutura da edificação.
Os sistemas de ar-condicionado central se tornam mais econômicos quando
empregam as válvulas de volume de ar variável, que possuem sensores que
captam as variações de temperatura.
Impressoras
O Departamento possui 45 impressoras para 47 funcionários e professores, a
proposta é reduzir o número de impressoras para uma por sala. Durante as
entrevistas com professores e funcionários esta proposta foi levantada, para
professores e funcionários que possuem mais de uma impressora em suas salas,
e nenhum dos funcionários viu empecilhos para trabalhar com menos
impressoras, já alguns dos professores, quatro dos dezesseis que possuíam mais
de uma impressora em suas salas, viram problemas em deixar uma impressora
só na sala, entre as razões por eles levantadas estão a descrença de que a
medida traria alguma economia e que ela dificultaria o trabalho do dia a dia dos
professores.
Gestor no departamento
Para manter o controle sobre o consumo de energia no departamento é
interessante criar a função de gestor de energia. Seria alguém que acessasse as
informações geradas pelo PURE e ficasse atento a alte rações no consumo para
poder identificar as razões para eventuais alterações sejam elas por falhas
(técnicas ou estruturais) ou por alterações nas necessidades de consumo dos
usuários.
ANEXO F
175
Seria interessante que essa pessoa, junto ao PURE, tentasse viabilizar a medição
de consumo apenas nas instalações do Departamento da Engenharia de
Produção, o separando do consumo do Biênio. Isso permitiria que a gestão de
energia fosse feita exclusivamente para o departamento.
Análise do Uso de Água
O PURA-USP também cresceu nos últimos anos com o aumento das
preocupações sobre o consumo de água no campus. O programa tem uma
estrutura bem similar ao PURE, também atuando da mesma maneira:
reeducação, projetos nas unidades e gestão do consumo. A diferença está que o
PURA, atualmente, não reforma os sistemas hidráulicos das unidades com o
objetivo de melhorar o desempenho da distribuição, ele só o faz quando há um
vazamento ou uma mudança de consumo identificada através da Gestão de
consumo.
Novamente o departamento tem seu consumo medido juntamente ao prédio do
Biênio, na figura 80 e 81 estão as medições do conjunto Biênio e Produção para o
dia 30 de maio e o ano de 2005, respectivamente.
ANEXO F
176
Figura 80: Consumo de água no dia 30 de maio (PURA-USP, 2006)
Figura 81: Consumo de água no ano de 2005 (PURA-USP, 2006)
Os equipamentos que costumam apresentar oportunidades de redução de
consumo na USP, segundo o PURA, são pias e bacias sanitárias. O
departamento tem todos seus banheiros adequados aos padrões do PURA, são
bacias de 6 litros, mictórios e pias de fechamento automático.
Propostas alternativas de redução do uso da água requerem um trabalho
elaborado sobre as reais necessidades de consumo do departamento, sobre
ANEXO F
177
disponibilidade de espaço e um dimensionamento para adequar o projeto a algum
ou alguns usos específicos do departamento. Um sistema de reuso de água ou
uma cisterna não são equipamentos prontos para serem instalados, envolvem um
projeto de engenharia, logo não será feita nenhuma proposta nesse sentido neste
trabalho.
Gestor no departamento
Da mesma maneira que para a energia elétrica seria interessante, para manter o
controle sobre o consumo de água no departamento, criar a função de gestor de
água. Seria alguém que acessasse as informações geradas pelo PURA e ficasse
atento a alterações no consumo para poder identificar as razões para eventuais
alterações.
Da mesma maneira que no PURE essa pessoa tentaria viabilizar, junto ao PURA,
a medição de consumo de água apenas nas instalações do Departamento da
Engenharia de Produção, separando o consumo do Biênio, o que permitiria que a
gestão de água fosse feita exclusivamente para o departamento.
ANEXO G
178
ANEXO G
ANEXO H
179
ANEXO H
ANEXO I
180
ANEXO I