PNLEM 2009
Geografia A Construção do Mundo
Demétrio MagnoliRegina Araújo
Capítulo 15: ALCA
• Iniciativa para as Américas do Presidente George H. Bush (para criar uma zona de livre comércio abrangendo todo o continente).
• Zona de livre comércio como expansão do NAFTA (tratado entre EUA, Canadá e México de 1992).
• Em 1994, ano em que entrou em vigor, o NAFTA sofre problemas com a crise mexicana e o protecionismo nos EUA.
• Nova proposta do presidente Clinton para entrada em vigor da ALCA em 2005.
• Divergências entre EUA e Brasil em torno dos subsídios e liberalização de serviços cria novo impasse.
Origem da proposta da ALCA
• A análise de gráficos é fundamental para a aferição de transformações quando o tema é comércio exterior.
• Trabalho com obras de Portinari retratando a economia cafeeira do início do século no Brasil.
• Pesquisa de charges sobre as relações Brasil-Argentina.
• Matérias recentes publicadas na Folha de S. Paulo sobre as relações do Brasil com seus vizinhos e o que os seus habitantes pensam sobre nós.
• Filme Bye Bye Brasil (anos 70) sobre a abertura da Amazônia com a construção de estradas.
Sugestões para ampliar a discussão
Mercosul: problemas e perspectivas
• Criado através do Tratado de Assunção (1991).
• Ruptura com a tradição de rivalidade histórica entre Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai, foi resultado da redemocratização do Cone Sul.
• Tentativa de fortalecimento regional diante do acirramento da concorrência internacional nas décadas de 1980 e 1990.
• Propostas de livre comércio entre membros e união aduaneira (tarifa externa comum).
• Adesão parcial da Bolívia e Chile; adesão da Venezuela e acordo de livre comércio com a Comunidade Andina – regionalismo aberto.
Argentina: problemas e perspectivas
• Estabilização econômica de ambos e reduções tarifárias aumentaram o comércio.
• Economia brasileira representa ¾ do PIB do Mercosul.
• Isoladamente, o Brasil é o maior parceiro comercial da Argentina.
• Há grandes disparidades econômicas e de tamanho do PIB entre os membros do Mercosul.
• Fraca integração física entre as economias sul-americanas é um entrave para o crescimento comercial, tanto da rede de transportes quanto da rede energética.
Antes dos anos 1960
• Exportações: produtos primários ou pouco elaborados: café, borracha e açúcar.
• Importações: bens industriais de consumo e equipamentos de transporte.
Brasil – Importação e Exportação – Evolução
Depois dos anos 1960
• Exportações: semimanufaturados, manufaturados de baixo valor, manufaturados de maior valor: automóveis e aviões, por exemplo.
• Importações: bens de equipamento para indústrias, produtos químicos.
• A partir dos anos 1990 (alterações em função da maior abertura da economia).
• Exportações: crescimento da participação de produtos básicos e semimanufaturados de baixo valor agregado: soja, carne, aço, minério de ferro. Congelamento da participação dos produtos mais sofisticados: aviões, automóveis, peças de veículos e calçados.
Brasil – Importação e Exportação – Evolução
Circulação de mercadorias e o comércio externo • As redes de transporte refletem como funciona a economia do país.
• Quando a economia era sustentada pelo café, as ferrovias se dirigiam na forma de leque para as áreas produtoras e se afunilavam em direção ao porto de Santos.
• A transformação gradativa do país em uma economia urbano-industrial: representou a decadência do transporte ferroviário e a formação da malha rodoviária nacional, integrando as diferentes regiões. A construção dessa malha caminhou paralelamente com a priorização da indústria automobilística como segmento mais importante da indústria nacional.
Circulação de mercadorias e o comércio externo
Problemas:
• Ausência de pavimentação em grande parte das rodovias.
• Custos de deslocamento de mercadorias é mais caro no transporte rodoviário em comparação a outros meios de transporte.
• Dificuldades no deslocamento de cargas por ocasião das safras de produtos exportáveis, como a soja.
• O Estado não dispõe de recursos para modernizar rodovias e integrá-las com ferrovias e hidrovias – por isso criação das PPPs (para atrair investimentos privados), de modo a tornar nossos produtos competitivos nos mercados internacionais.
Brasil no contexto comercial global
Brasil no contexto comercial global
• O Brasil pode ser considerado um global trader – nosso comércio está bem distribuído mundialmente. Ele é multidirecional.
• Nossos maiores parceiros comerciais são a União Européia, os Estados Unidos, países do extremo oriente (China e Japão) e o Mercosul.
• Temos participação destacada na Organização Mundial do Comércio (OMC), para que possamos defender o fluxo livre dos nossos produtos mundialmente.
• Nos últimos anos temos obtido excelentes superávits comerciais (diferença entre exportações maiores e importações menores).
Comércio exterior e integração sul-americana
Comércio exterior e integração sul-americana• Início do século: a economia brasileira estava organizada para atender às necessidades dos mercados internacionais. O comércio representava grande fatia da riqueza nacional.
• A partir dos anos 1930 uma política de substituições de importações representava o gradativo aumento da importância do mercado interno como motor da economia do Brasil. Por isso o comércio exterior passa a representar fatia menor da riqueza nacional.
• A partir da década de 1990 e anos 2000 o comércio exterior volta a crescer como resultado da redução de protecionismo alfandegário.