I - APRESENTAÇÃO
"Ai de nós, educadores, se deixarmos de sonhar
sonhos possíveis. Os profetas são aqueles que se
molham de tal forma nas águas da cultura e da
história de seu povo, que conhecem o seu aqui e
o seu agora e, por isso, podem prever o amanhã
que eles, mais do que adivinham, realizam".
Paulo Freire.
A Escola Estadual Eurides Cavalcanti Tenório – Ensino Fundamental,
amplamente empenhada em avançar na construção da qualidade do Ensino público,
elaborou o Projeto Político Pedagógico, resultante das discussões realizadas pelos
segmentos e instâncias colegiadas.
Desta forma o presente documento foi elaborado com a comunidade escolar a
partir de reflexões sobre a realidade, a função social da Escola, buscando
possibilidades para os anseios desta comunidade.
Portanto este documento é um caminho para a busca da prática pedagógica,
comprometida com a formação humana, o qual tem como objetivos, a construção
coletiva, a gestão democrática e o direito à educação pública, gratuita e de qualidade.
II - INTRODUÇÃO
2.1Identificação da Escola
Estabelecimento: Escola Estadual Eurídes Cavalcanti Tenório - Ensino
Fundamental
Endereço: Rua Semíramis de Barros Braga, nº 450.
CEP: 87.650-000
Município: Cruzeiro do Sul
Estado: Paraná
Telefone/Fax: ( 44) 3465-1449
E-mail: [email protected]
2.2 Caracterização Geral
2.2.1. Histórico
A Escola Estadual Eurides Cavalcanti Tenório – Ensino Fundamental teve sua
história construída mediante o desenvolvimento econômico e social e o espírito
intrépido de alguns pioneiros que se preocupavam com a dignidade e a promoção
humana. Relembrando que o precursor da educação foi Alípio Gomes de Azevedo,
construtor da primeira sala de aula em Cruzeiro do Sul. E com esse impulso, logo foi
edificada a primeira escola de madeira, denominada Escola Dr. Romário Martins,
localizada a rua com o mesmo nome. Mais tarde o Governador do Estado do Paraná,
Moisés Lupion em conformidade com os dispositivos legais do Decreto n 6.372 com
artigo único designou o funcionamento do Curso Normal Regional no período de 1956 a
1967. No decorrer dos anos houve a alteração do nome para Escola Normal Regional
“Emile Durkhein”. Quando o novo prédio de alvenaria foi concluído em 1968 na Rua
Semíramis de Barros Braga, recebeu o nome de Ginásio Estadual “Emile Durkhein”. De
acordo com a Resolução 2.255/80, foi reorganizado com o nome de Ginásio Estadual
“Emile Durkhein” – Ensino de 1º grau e em 1981, com a Resolução 2.762/81 e
conforme a Lei nº 7861, o Governador do Estado do Paraná (José Richa) autorizou a
alteração para Escola Estadual Eurides Cavalcanti Tenório – Ensino de 1º grau.
Atualmente se organiza de acordo com a Resolução nº 2.673/02 DOE de
23/08/02 como Ensino Fundamental.
No entanto é necessário lembrar que o nome do estabelecimento foi atribuído em
homenagem a Educadora Eurides Cavalcanti Tenório, primeira professora estadual
empossada pelo decreto nº 18.445 para lecionar no Grupo Escolar em 05/02/1957.
Atuou incansavelmente em prol da educação até ser beneficiada pela aposentadoria.
Uma alusão aos diretores que edificaram a escola desde o seu princípio histórico.
Maria Aparecida Galvão de Múzio (1957).
Laurel Rocha de Siqueira (1959)
Dorvalino Ferreira Garcia (1960)
Padre Antonio Ogara (1961 a 1967)
Orides Maia (1968 a 1969 / 1970 a 1977)
José Schincariol Neto (1971 a 1974)
Valdecir Reggiani (1976)
Ana Maria Mendes Gomes (1978)
Waldemir Natal Marion (1978 a 1984)
Celito Rasvailer (1984)
Tereza Garcia Marion (1987 a 1989)
Waldemir Natal Marion (1989 a 1994)
Walter Gayardoni D´aloia (1994 a 2003)
Aparecido Claudecir Vismara.
Atualmente exerce a função gestora Walter Gayardoni D´aloia.
2.2.2. Organização do Espaço Físico
A Escola Estadual Eurides Cavalcanti Tenório está estruturada em alvenaria,
numa área de 987,48 m2, com 6 salas aula, sendo 6 de 8,00 x 6,00 e 1 de 5,80 x 6,00,
em piso cerâmico, onde cada uma das salas possui: 2 ventiladores, quadro negro e
mesa do professor e média de 40 carteiras; 8 banheiros, sendo 4 para o atendimento
aos educandos , contendo 2 sanitários em cada um, 3 destinados aos funcionários; 1
sala para a equipe pedagógica; 1 sala de professores; 1 banheiro para deficientes, 1
sala extensiva ao trabalho docente; 1 biblioteca; 1 laboratório de ciências adaptado
para sala de aula ; salão nobre; cozinha equipada e refeitório, com depósito de
merenda, central de gás e lavanderia, quadra esportiva com cobertura e iluminação
com vestiários feminino e masculino.
Está localizada no centro da cidade, tendo como referenciais o Departamento
Municipal de Educação sito à Rua Semíramis de Barros Braga Nº 430, o Colégio
Estadual “Dr. Romário Martins” à Rua Vereador Jair de Carvalho Nº 613, murado com
2,30 metros de altura, disposto em uma área plana de 12.000 m2.
Tem como suporte para aprendizagem 01 aparelho de som com 02 caixas
acústicas, 7 TV multimídia, 1 em cada sala fixada na Rack, 03 vídeo cassete, 02
retroprojetores, 01 mimeógrafo a álcool, 01 fogão industrial, 01 freezer na cozinha e 2
freezer para o programa leite das crianças, 02 geladeiras, 04 bebedouros, 01 televisão
21 polegadas, 03 DVDs, 01 máquina fotográfica digital, 08 estantes de aço com 07
prateleiras, 10 mesas para refeitório com 02 bancos cada, 04 botijões de gás normal e
2 botijões industriais, 01 batedeira semi industrial, 01 cortador de legumes, 03
microcomputadores Pentium e 03 impressoras dos quais 01 microcomputador e 01
impressora foram adquiridos em 2005 através de doação do Núcleo Regional de
Educação pelo Projeto de Educação Fiscal. Sala de material de Educação Física, sala
de Recursos, Data show, balança p/ pesagem de alunos e Estadiômetro, Laboratório de
Informática do Paraná Digital e Proinfo. A escola recebeu também diversos materiais
para a sala Recursos Multifuncionais I: Material dourado; tapete alfabético, memória de
numerais, quebra cabeça, dominó de animais e de frutas em libras, entre outros.
A Escola foi reformada externa e internamente, com a construção do refeitório,
contendo cozinha, depósito de merenda e banheiros, concluída em 2009.
Um acervo bibliográfico atualizado, atendendo as necessidades dos educandos
e comunidade com aproximadamente 1700 exemplares, entre eles contos, crônicas,
fábulas, folclore, paradidáticos, poesias, romances, novelas, teatros, revistas diversas,
e recebimento diário do jornal Folha de Londrina. Observando que não há profissional
específico para este atendimento.
Conta ainda com jogos matemáticos, tangrans, material dourado, mapas
geográficos, históricos e científicos com a necessidade de atualização, esqueleto
humano, torso de corpo humano, boneco fantoches.
Na organização do espaço escolar, é preciso também estar atento para:
- uma organização que favoreça o convívio entre as pessoas, que seja
flexível e conte com as condições suficientes para o desenvolvimento das atividades de
ensino e aprendizagem.
- a qualidade dos recursos (ou seja, se esses recursos respondem às
necessidades do processo educativo e do envolvimento da comunidade e se estão
organizados, bem cuidados e bonitos).
2.2.3 Oferta de Cursos / Modalidades
A Lei de diretrizes e Base da Educação Nacional ( LDBN ) dispõe que a
“educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurando - lhe a
formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornece- lhe meios para
progredir no trabalho e em estudos posteriores “ ( art. 22 ). e fornece o amparo legal
para que a escola se organiza de formas variadas, desde que sejam observadas as
normas curriculares e os demais dispositivos da legislação e que deverão constar
também do regimento escolar.
Em conformidade com a Lei que regulamenta o Sistema Educacional a Escola
Estadual Eurides Cavalcanti Tenório – Ensino Fundamental, oferta o ensino de 5ª a 8ª
séries e se organiza em séries anuais contando com 13 turmas nos períodos matutinos
e vespertinos, sendo que no período matutino funcionam 07 turmas, com início às 7:45
às 12:10 horas, assim distribuídas: 5ª série A com 31 alunos, 5ª série B com 27 alunos,
6ª série A com 27 alunos, 6ª série B com 31 alunos, 7ª série A com 29 alunos e 7ª série
B com 26 alunos, 8ª série A com 36 alunos. No período vespertino atende a 06 turmas,
com início às 12:45 até às 17:10 horas, distribuídas da seguinte forma: 5ª série C com
29 alunos, 5ª série D com 29 alunos, 6ª série C com 24 alunos, 6ª série D com 25
alunos, 7ª série c com 28 alunos e 8ª série B com 36 alunos. Totalizando 378 alunos no
Ensino Fundamental.
A carga horária do Ensino Regular está distribuída em aulas de 50 minutos com
intervalo de 15 minutos.
A escola oferta também no período vespertino uma Sala de Recursos
Multifuncionais, com professora habilitada na área, atendendo a 08 alunos.
As turmas são compostas a partir da matrícula inicial, com até 35 alunos para as
5ªs séries e 40 alunos para as 6as, 7as e 8as séries.
2.2.4 Recursos Humanos
A Escola conta com um quadro de 37 profissionais que possibilitam o
desencadeamento de ações efetivas no universo escolar.
Para isso o quadro está disposto com:
Diretor: 01 pós-graduado pertencente ao Quadro Próprio do Magistério.
Secretária pertencente ao quadro de Agente Educacional II, tendo concluído na 2ª
turma do Profuncionário, concluindo o curso Superior.
Educadores: 22 dos quais 12 pertencem ao Quadro Próprio do Magistério e pós
graduados, 10 contratados pelo Processo de Seleção Simplificado (PSS).
Equipe Pedagógica: 02 pós-graduadas pertencentes ao Quadro Próprio do
Magistério.
Equipe Administrativa: 01 funcionário do Quadro Próprio do Poder Executivo
(QPPE), 04 funcionários Agente Educacional II, do Quadro de Funcionários da
Educação Básica.
Auxiliares de Serviços Gerais: 05 funcionários Agente Educacional I e 03
funcionários contratados pelo Paranaeducação.
III - Objetivo Geral do Projeto Político Pedagógico
Cumprir a legislação vigente, abrangendo aspectos que funcionem como eixos
centrais, organizados a partir de uma concepção que inclua todas as necessidades e
inovações da Unidade Escolar e, de seus diversos públicos envolvidos – educando,
educador, funcionários, pais e/ou responsáveis e comunidade em geral; baseado no
trabalho a ser realizado em princípios de inclusão, solidariedade, respeito à diversidade
e valorização do potencial humano;
Organizar o trabalho pedagógico de forma a superar as práticas fragmentadas,
garantindo a aprendizagem de todos os educandos;
Assegurar a participação de todos os profissionais da educação, bem como de
toda a comunidade escolar, numa gestão democrática;
Objetivar a formação e aprendizagem, alicerçadas na participação da
comunidade escolar, civil e instâncias colegiadas, respeitando as diversidades no
sentido humano, econômico e social;
Organizar o trabalho pedagógico, de forma a propiciar ao educando
conhecimentos e princípios que contribuem para a formação da sua identidade e
cidadania, em uma perspectiva transformadora.
IV. MARCO SITUACIONAL
4.1 Descrição da Realidade Brasileira, do Estado, do Município e da Escola
Notamos que em todo o mundo, o desempenho da educação/escolaridade
depende, em parte, das características da escola, dos educadores, do ensino que os
educandos recebem, das condições de vida e características das famílias. Há uma
interdependência entre o processo educativo e o desenvolvimento social de um país. O
desenvolvimento social implica na qualidade de vida para a população,
independentemente do desenvolvimento econômico. O país pode ser uma grande
economia e não ser desenvolvido socialmente. Nesse caso, sua população não
desfruta dos direitos que deveriam ser assegurados pelo Estado como saúde, moradia,
transporte, segurança, e é claro, educação.
Os desafios que a realidade social e educacional colocam à nação brasileira são
enormes: resolver a contradição estrutural que existe entre a declaração constitucional
dos direitos sociais (entre eles a educação) e a negação da prática desses; superar a
ideologia que associa pobreza cultural, fazendo uma causa e efeito da outra; recolocar-
se o problema da escola pública em termos de direito de todos, de acesso ao
conhecimento e não a qualquer tipo de conhecimento; recolocar a questão do trabalho
como atividade de produção/apropriação de conhecimento e não apenas como uma
mera operação mecânica, descartável pela implantação da automação; repensar,
enfim, a relação escola- trabalho de maneira a superar a dualidade saber/fazer e a
instrumentalização da escola em função dos interesses do capital. Por outro busca- se
alternativas para superar esses obstáculos como a implantação de programas como:
Bolsa Escola/ Família; Cotas no Ensino Superior para educandos negros e para os que
apresentam necessidades especiais; Programa de erradicação do Analfabetismo
–“Brasil Alfabetizado”.
O Paraná foi um dos pioneiros a assumir as reformas propostas pelo Governo
Federal, não esquecendo de frisar que ainda não há a superação dos preconceitos da
exclusão que aliena e concentra o poder; apresentando um cenário de diferenças,
principalmente econômicas e sociais. Objetivando a superação das dificuldades no
âmbito educacional o governo paranaense apresenta vários programas, como: Bolsa
Escola ou Bolsa Família, Paraná Digital, Escola Inclusiva, Projeto Escola Cidadã, Portal
Dia- a- Dia Educação, Paraná Alfabetizado, Programa de Mobilização para a Inclusão e
a Valorização da vida, entre outros.
O propósito de superação de problemas educacionais induziu a que os
municípios se responsabilizassem pelo ensino de 1as a 4as séries e o Departamento de
Educação Municipal de Cruzeiro do Sul têm por objetivo levar a comunidade uma
educação de qualidade, mantida pela Prefeitura Municipal em parceria com as
Secretarias Estaduais e Federais incentivando e apoiando vários projetos e programas
que trazem benefícios, informações e esclarecimentos para a comunidade em geral,
tais como Programa Agrinho, PROERD, Seminário de Educação Inclusiva, PEJA - Fase
I e Cursos Técnicos - em parceria com o IESDE, atende também todas as crianças nas
áreas psicológicas e odontológicas, para maior incentivo aos familiares o município
fornece uniforme escolar para todos os educandos da rede municipal de ensino. O
município de Cruzeiro do Sul, conta com 3 escolas municipais sendo 2 de Educação
Infantil e 1 de Ensino Fundamental e Supletivo de Jovens e Adultos, totalizando 564
educandos, dos quais 80 , frequentam o Centro de Educação Infantil Anália Mendes
Tenório, 64, na Pré Escola Chapeuzinho Vermelho e 420 educandos na Escola
Municipal Professor Flávio Sarrão – Ensino Fundamental (1ª a 4ª séries).
Em âmbito estadual Cruzeiro do Sul conta com o Colégio Estadual Dr. Romário
Martins - Ensino Médio, atendendo a 167 educandos e com a Escola Estadual Eurides
Cavalcanti Tenório - Ensino Fundamental.
A Escola Estadual Eurídes Cavalcanti Tenório - Ensino Fundamental, atende 378
educandos de 5ª a 8ª séries do Ensino Regular. Com base na pesquisa realizada
através de questionários junto aos familiares dos educandos constatou-se que
aproximadamente 60% residem na zona urbana com média de 4 a 5 pessoas por
família, onde uma média de 33% tem salário inferior ao básico nacional e mais ou
menos 30% recebem até 2 salários mínimos. Quanto ao nível de escolaridade, a
maioria possui apenas o Ensino Fundamental incompleto. A população não é
participativa quando se refere a eventos culturais que visam a formação humana,
devido o baixo nível de escolaridade apresentado. Quanto a profissão dos pais, 40% é
composta de trabalhadores rurais, 25% na área de serviços gerais, e uma pequena
porcentagem de funcionários públicos. As principais referências de trabalho no
município é a Usina de Açúcar Santa Terezinha localizada no município vizinho e áreas
rurais locais. E ainda destaca-se entre as mães a profissão de doméstica, sem carteira
assinada, totalizando 54% entre as demais.
Observa-se que nossos educandos passam grande parte do seu dia sem
acompanhamento de algum responsável, ficando desta forma, muitas vezes pelas ruas
com grupos de crianças na mesma situação, deixando de frequentar regularmente as
aulas.
O cenário apresentado reforça o perfil de apatia e falta de perspectivas da família
e dos educandos em relação à educação, pois há a ausência de limites pré-
estabelecidos, a distância existente entre a escola e a família (falta de diálogo e
incentivo ao trabalho intelectual), devido à carga excessiva de trabalho dos pais,
desorientação da família na educação dos filhos e principalmente comodismo. Não
esquecendo que o problema mais presente é a indisciplina advinda da falta de respeito
mútuo, e dos entraves enfrentados pela escola para tomar atitudes mais eficazes.
Pode- se destacar também outros entraves que impedem o efetivo
desenvolvimento das atividades no âmbito escolar, sendo que um dos mais
preocupantes é a defasagem na aprendizagem com que chegam os educandos nas 5as
séries, por não corresponderem com índices satisfatórios, tanto na expressão oral,
quanto na escrita e no conhecimento matemático. Isto ocorre devido a falta de
comprometimento dos educandos e da família em relação à importância do saber
sistematizado, bem como os métodos facilitadores que, na visão dos profissionais da
escola são estabelecidos com a finalidade de forçar a promoção, refletindo,
consequentemente nas séries posteriores, onde os educandos sempre apresentarão
dificuldades de aprendizagem.
Um outro problema que desestrutura o bom andamento das atividades
pedagógicas é a falta de pessoal que supra a ausência dos profissionais, que se
ausentam para cursos, eventos, reuniões, jogos escolares, seminários, etc. Pode- se
destacar também a falta de um porteiro que evite a afluência de adolescentes
desocupados no interior da escola, um inspetor de aluno que circule pelo pátio
garantindo a segurança e tranquilidade dos educandos, um atendente bibliotecário, sem
a necessidade do deslocamento de auxiliar administrativo para tal função.
Outro fator negativo refere -se ao papel assistencialista que a escola se obriga a
desempenhar (Programa “Leite das Crianças”, encaminhamento de educandos a
serviços de saúde) tirando profissionais de sua função específica para o atendimento.
Com referência aos recursos financeiros as cotas que a escola recebe, que por
sinal melhorou muito nos últimos anos é aplicada em materiais de limpeza, esportivos e
didáticos; cota Escola Cidadã destinada ao reforço da merenda; recebe também uma
quota anual, através do PDDE / Programa Dinheiro Direto na Escola para aquisição de
materiais permanentes e de consumo, outro programa lançado recentemente que vem
ajudando muito na merenda escolar é o programa Compra Direta, diretamente do
produtor local, os problemas apresentados, contempla- se a participação dos
educandos, pais e comunidade nas atividades extraclasses, como concursos de dança,
desenhos, redações; gincanas sociais, esportivas e culturais; feira de saúde; palestras;
filmes; projetos de arte/música; oficina de monitoramento, e outras, visto que a escola
só poderá atuar como agente transformador a partir da inter-relação: escola / família /
comunidade no intuito de auxiliar os alunos em seu desenvolvimento, tanto cognitivo
como afetivo e social, buscando promover novas oportunidades de aprendizagem.
Atualmente nossa escola participa de projetos integradores como: Cidadania em
construção (dramatizações, encenações, palestras, simulações, passeatas, visitas
culturais, passeios, atividades recreativas, para estimular o exercício da cidadania),
Agenda 21 (contempla a importância na promoção do desenvolvimento sustentável e
intensifica a capacidade humana para abordar questões de meio ambiente e
desenvolvimento), Projeto “Vamos Fazer da Nossa Escola a Melhor do Mundo”(os
alunos desenvolvem atividades para a melhoria da sala de aula, escola e
comunidade),” Projeto Combatendo a Indisciplina através do resgate dos Valores
Humanos”, Plano Nacional de Educação Fiscal (conscientização fiscal com vistas a
despertar a sociedade para a importância da cidadania e do sentido participativo
próprios do regime democrático, Cultura Afro-Brasileira e Africana (contempla a
inserção da temática História e Cultura Afro-Brasileira amenizando preconceitos),
Programa Agrinho (visa à promoção social, através de temas transversais, em uma
perspectiva da interdisciplinaridade), Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas
Públicas, Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa, estimular e promover o estudo
da matemática contribuindo para a melhoria da qualidade da educação básica), Uso da
tecnologia (reflete as tendências de comportamento e de interação social das
tecnologias, para não ficar em descompasso com o mundo das comunicações
modernas), Sala de Apoio à Aprendizagem - oportunizado aos alunos de 5ª série (utiliza
encaminhamentos metodológicos que atendem as necessidades de aprendizagem de
cada educando, conduz processos de reversão das dificuldades apresentadas), Sala de
Recursos Multifuncionais I que destina-se a oferta do atendimento educacional
especializados ( AEE ) complementar a escolarização, (intervém como mediadora nos
recursos utilizados e atende as necessidades de cada educando, com vistas a
proporcionar o seu desenvolvimento global, valendo- se de profissional diferentemente
habilitado. A sala de recursos é um serviço especializado de natureza pedagógica que
apoia e complementa o atendimento educacional realizado em classes comuns do
Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries. São utilizadas metodologias diferenciadas para
os educandos que apresentam problemas de aprendizagem com atraso acadêmico
significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou deficiência mental e que necessitam de
apoio especializado complementar para obter sucesso na aprendizagem na classe
comum. Participação em Atividades envolvendo Temas como: prevenção de doenças,
gravidez precoce, preservação do meio ambiente, resgate de valores, valorização da
vida, valorização do estudo, drogas, etc, com posterior mostra de trabalhos realizados
pelos educandos, aberta a comunidade em geral, pois a instituição acredita que o
verdadeiro cidadão é agente de transformação do seu meio, atuando em ações
solidárias e cooperativas, sérias e transparentes.
É preciso destacar ainda outros pontos positivos da escola:
Dispomos de pátio amplo e acolhedor, com calçamento, árvores frutíferas,
palmeiras, pequena gruta para estimular a reflexão; salas de aula acortinadas e bem
arejadas com ventiladores de teto, TV multimídia, carteiras em bom estado, piso
reformado, mesa e cadeira para o professor; a biblioteca é ampla e organizada com
acervo atualizado e diversificado; mesas e bancos para atividades extraclasses,
refeitório com mesas e bancos, cozinha equipada e depósito de merenda.
Os profissionais têm a oportunidade de participar de vários eventos e formação
continuada ofertados pelo MEC, SEED e Escola, inclusive desde 2004 participam do
Seminário de Educação Inclusiva, proporcionado pelo MEC e sediado pelo município.
Sentem- se mais seguros para exercerem suas funções, pois a maioria são efetivos e
há uma relação pessoal agradável e respeitosa.
Todas as ações desenvolvidas pela escola visam a uma educação de qualidade
capaz de formar cidadãos críticos, comprometidos com a transformação social.
V. MARCO CONCEITUAL
5.1 Concepções
5.1.1 Concepção de Sociedade
Se dizemos sociedade, já nisto insinuamos alguma forma de organização, isto é,
conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes e
que interagem entre si, constituindo uma comunidade.
A sociedade é composta pela multiplicidade de interação dos sujeitos dando
origem à ação social, que por sua vez caracteriza-se pelo conjunto de relações entre
pessoas e grupos através da comunicação, o que possibilita criar e acumular
conhecimentos, tradições e costumes historicamente produzidos.
Na sociedade moderna, o homem é um ser prático, que age no contexto da
trama das relações sociais desta sociedade.
Portanto, os interesses sociais admitem muitas gradações. Podem manifestar-se
em defesa das mais diversas categorias sociais e assumir formas conscientes e
políticas de organização.
5.1.2 Concepção de Mundo
Do ponto de vista humano, o mundo é um lugar habitado por seres humanos que
agem e interagem entre si e somam experiências.
Hoje o mundo é traduzido até o horizonte de nossa percepção, até o universo do
nosso conhecimento. O mundo que nos é trazido pelos relatos, que assim conhecemos
e a partir do qual refletimos, é um mundo que nos chega editado, ou seja, ele é
redesenhado num trajeto que passa por centenas, às vezes, milhares de mediações.
Vivemos em constante conflito entre as gerações e caminhamos para um mundo
que requer enormemente o trabalho mental e criativo; vale pensar sobre a atual
condição humana, sobre o mundo em que estamos imersos, onde a realidade e o
virtual, o imaginário e a real se (con) fundem.
Não esquecendo de comentar sobre a globalização, que expande as
oportunidades para um progresso humano sem precedentes para alguns, mas reduz
essas oportunidades para outros, desgasta a segurança humana e fragmenta as
sociedades.
Neste sentido, são necessárias políticas chamadas de “proteção social” para
proteger e promover o desenvolvimento humano.
5.1.3 Concepção de Homem
Concebemos o homem como um ser que se constrói e chega a ser sujeito dessa
construção, na medida em que, integrado em seu contexto, reflete sobre ele e se
compromete tomando consciência de sua historicidade.
Segundo Freire, “o homem é o sujeito do processo educativo e evidencia-se
numa tendência interacionista, já que a interação homem-mundo, sujeito-objeto é
imprescindível para seu pleno desenvolvimento.
O homem é um ser que possui raízes espaço-temporais, situado no e com o
mundo.
Consequentemente, o homem é social, na medida em que vive e sobrevive
socialmente. Vive articulado com o conjunto dos seres humanos de gerações passadas,
presentes e futuras. Não se dá isoladamente. A sua prática é dimensionada por suas
relações com os outros.
Por último, é um ser histórico, uma vez que suas características não são fixas e
eternas, mas determinadas pelo tempo, que passa a ser constitutivo de si mesmo.
Em síntese, o homem é ativo, vive determinadas relações sociais de produção
num determinado momento do tempo. Como consequência disso, cada homem é
propriamente o conjunto das relações sociais que vive, de forma prática, social e
histórica.
5.1.4 Concepção de Educação
Entendemos Educação como uma atividade mediadora no seio da prática social,
entendida como um instrumento, meio ou via, através da qual o homem se torna
plenamente homem, apropriando-se da cultura, da produção humana historicamente
acumulada.
A Educação institui humanidade ao homem, é um processo que efetiva o
desenvolvimento das experiências humanas acumuladas de geração a geração para
adaptá-las à vida social, aprimorando a capacidade física, intelectual e moral.
Podemos entender Educação também como o estado de espírito, a disposição
interior de aprender, de descobrir, de relacionar, de construir. É uma dinâmica que deve
ser buscada e vivida durante toda a existência.
Toda ação educativa, para ser válida, deve, necessariamente, ser precedida
tanto de uma reflexão sobre o homem concreto, a quem se quer ajudar para que se
eduque. O homem se torna, nesta abordagem, o sujeito da educação.
A educação do futuro deve ser mais democrática e menos excludente, com uma
pedagogia centrada no homem.
Resumindo, a Educação entendida como uma possibilidade de ação conjunta
para melhorar a sociedade em que se vive, não pode eximir-se de refletir sobre o papel
de empreender esforços para tudo que puder contribuir para melhorar o entendimento e
a aplicabilidade dos conceitos e reflexões possíveis a partir da ética
5.1.5 Concepção de Escola
Compreendemos a escola como uma instituição de essencial importância para
desenvolver diferentes modelos relacionais, habilidades, construir conhecimentos,
promover o exercício da cidadania e mudanças sociais, logo, escola é o espaço que
possibilita o desenvolvimento e o gosto pelas múltiplas dimensões do conhecimento,
ampliando a visão de mundo, através da socialização da cultura e humanização das
relações.
Neste contexto, o principal papel da escola é mediar o conhecimento entre o
aluno e a realidade, se preocupando com a formação de convicções, tornando os
alunos críticos e portadores de opiniões.
O primeiro desafio que a escola precisa enfrentar, é tornar-se um espaço de
criação e de crítica cultural, o que envolve eleger a cultura como o eixo articulador do
currículo. Precisamos conceber cultura como um conjunto de práticas significativas, que
se dão em meio a relações sociais, relações assimétricas, relações de poder, nas quais
se atribuem e compartilham significados e se formam identidades.
Para tanto, a escola é o lugar em que todos devem ter as mesmas
oportunidades, mas com estratégias de aprendizagens diferentes. É necessário, parar
de privilegiar determinadas qualidades para compreender o desenvolvimento humano,
é preciso considerar o espaço em que ele vive, a maneira como constrói significados e
práticas culturais.
5.1.6 Concepção de Conhecimento
O conhecimento é um ato produzido socialmente; é processo e construção que
se dá no encontro/confronto de saberes tornando-se núcleo do processo da
aprendizagem. Quando apropriado e construído coletivamente, não se consome, não
diminui, nem domina ninguém; torna-se vontade coletiva, solidária, compartilhamento
de poder onde todos se tornam dirigentes mesmo que não esteja claro todo o tempo
quem são os parceiros desse longo processo.
O conhecimento é inerente à atividade humana. A elaboração e o
desenvolvimento do conhecimento estão ligados ao processo de conscientização, a
partir do mútuo condicionamento: pensamento e prática. Ele não acontece sem que
ocorra a fase da constatação, seguida da assimilação e retenção dos fatos. Durante o
período em que o educando frequenta a escola, ele se confronta com modelos que lhe
poderão ser úteis no decorrer de sua vida, e cabe à escola articular o conhecimento das
vivências pessoais, familiares e práticas comunitárias e sociais a novos conhecimentos,
transformando o saber popular em saber elaborado. Portanto, é a única realidade que
se multiplica quando é dividida.
5.1.7 Concepção de Ensino-Aprendizagem
Conjunto de ações e estratégias que o sujeito/educando realiza com a gestão
facilitadora e orientadora do professor para atingir os objetivos propostos.
O processo de ensino-aprendizagem desenvolve-se de forma presencial,
utilizando-se de diferentes espaços e recursos, compreendendo desde a organização
do ambiente educativo, motivação dos participantes, definição do plano de trabalho,
desenvolvimento das atividades de aprendizagem até a avaliação dos resultados e do
processo.
Numa educação emancipadora, que busca a transformação da realidade, o
conhecimento passa a ser fruto de uma construção coletiva, e, assim, o educador é
mais que o mero “ensinante” e o processo de ensino-aprendizagem adquire movimento
de troca e de crescimento mútuo.
Nessa percepção, como Paulo Freire tão bem desvelou, o processo de ensino-
aprendizagem é uma seta de mão dupla: de um lado, o professor ensina e aprende e,
de outro, o estudante aprende e ensina, num processo dialético, isto é, permeado de
contradições e de mediações.
O processo pedagógico caracteriza-se, portanto, com um movimento próprio de
idas e vindas, de construções sobre construções. Num processo educativo dialético
todos aprendem e todos ensinam, numa construção coletiva do conhecimento.
5.1.8 Concepção de Avaliação
Avaliar é investigar para intervir. A avaliação da aprendizagem é uma das
ferramentas capazes de atender e acompanhar individualmente os sujeitos, ajustando a
prática educativa às necessidades dos educandos, já que assim ela estaria atendendo
a ideia de educação enquanto bem comum e direito de todos.
O processo avaliativo deverá obedecer à ordenação e a sequência do ensino-
aprendizagem, bem como a proposta curricular; os resultados obtidos durante o período
letivo em processo contínuo devem ser incorporados num todo do aproveitamento
escolar.
Em síntese, deverá levar em consideração as possibilidades de aprendizagem
do educando dar relevância ao espírito crítico e argumentativo, a capacidade de
decodificação da realidade.
5.1.9 Concepção de Currículo
O Currículo é a organização do conjunto das atividades nucleares da escola,
sendo indispensável ao desempenho de sua função.
O Currículo, na ação, diz respeito a saberes e competências, a representações,
valores, papéis, práticas, relações de poder, modos de participação e gestão.
É uma construção social e deve ser entendido como um processo que envolve
uma multiplicidade de relações em diversos âmbitos que vão da prescrição à ação, das
decisões administrativas às práticas pedagógicas. Compreende também os programas
que dispõem os conteúdos de cada componente e as indicações metodológicas para
seu desenvolvimento.
A organização curricular supõe toda a organização do trabalho pedagógica.
5.2 Princípios da Gestão Democrática
“É possível formar cidadãos autônomos numa
escola onde a autonomia não seja discutida, mas
intimamente vivenciada por seus diferentes
segmentos".
Sônia Couto.
Como afirma o professor Moacir Gadotti em seu livro Pedagogia da práxis (São
Paulo, Cortez/IPF, 1995), “se é verdade que a Educação não pode fazer sozinha a
transformação social, também é verdade que a transformação não se efetivará e não se
consolidará sem a educação”.
No mesmo sentido, não podemos pensar que a gestão democrática da escola
possa resolver todos os problemas de uma instituição de ensino ou da educação. No
entanto, sua implementação é, hoje, uma exigência da própria sociedade, que a vê
como um dos possíveis caminhos para a democratização do poder da escola e na
própria sociedade.
Partindo da concepção de que a Gestão Democrática da escola é uma exigência
de seu Projeto Político Pedagógico, é necessário que haja em primeiro lugar, uma
mudança de mentalidade de todos os membros da comunidade escolar, para isso é
necessário que se coloque em prática alguns princípios que a fundamente:
A autonomia somente existe na proporção em que ela acontece nas relações
sociais e por este caminho ela é construída tanto no plano individual, como no plano
coletivo ou institucional;
Não há ‘autonomia da escola’ sem ‘autonomia dos indivíduos’ que a compõem.
Ela é portanto o resultado da ação concreta dos indivíduos que a constituem, no uso
das suas margens de autonomia relativa.
A participação e gestão democrática não subsistem uma sem a outra. A
participação só acontece quando todos contribuem com igualdade de oportunidades de
algo que pertence a todos: a escola pública.
A liberdade de ambos somente existe quando ambos são livres ao mesmo
tempo, senão não há sentido para a liberdade, nem para a autonomia.
Neste sentido, pensar a gestão democrática implica ampliar os horizontes
históricos, políticos e culturais em que se encontram as instituições educativas,
objetivando alcançar a cada dia mais autonomia. Quando falamos em autonomia,
estamos defendendo que a comunidade escolar tenha um grau de independência e
liberdade para coletivamente, pensar, discutir, planejar construir e executar o projeto de
educação ou de escola que a comunidade almeja, bem como estabelecer os processos
de participação no dia-a-dia da escola. A garantia de progressivos graus de autonomia
é fundamental para a efetivação dos processos de gestão democrática. A construção
da autonomia é processual e se articula ao esforço mais amplo de democratização da
escola.
Participação efetiva e gestão democrática são fundamentais para que a
autonomia escolar seja resultado da construção coletiva e democrática de projetos, na
instituição educativa, que venham a atender aos anseios da comunidade escolar.
A discussão da gestão escolar em uma perspectiva democrática, requer que se
destaquem alguns elementos: a descentralização do poder do gestor; a autonomia do
corpo docente e do quadro administrativo; a participação de alunos e comunidade na
construção coletiva e na definição dos objetivos da escola, bem como de suas
estratégias de ações, compromissos e competências, destacando-se ainda a garantia
da representatividade do conselho escolar e a posição de todos para construir uma
escola comprometida com a transformação social.
Todo desenvolvimento humano deve compreender o conjunto das autonomias
individuais, das participações comunitárias e da consciência de pertencer a espécie
humana. No entanto, para que isso aconteça é necessário estabelecer uma relação
mútua entre a sociedade e os indivíduos pela democracia, contribuindo para a tomada
de consciência das vivências cotidianas.
A gestão democrática da escola implica que a comunidade, os usuários da
escola, sejam seus dirigentes e gestores, e não apenas seus fiscalizadores ou meros
receptores dos serviços educacionais.
• Função dos Segmentos da Escola
DIRETOR: O papel do Diretor é, predominantemente, gestor e administrativo,
mas sempre com enfoque pedagógico, uma vez que se refere a uma instituição e a um
projeto educativo que existe em prol da educação. Mais do que um administrador que
cuida de orçamentos, calendários, vagas e materiais, quem dirige a escola precisa ser
um educador, estar ligado ao cotidiano de sala de aula, conhecer os educandos,
educadores e pais. Deve incentivar iniciativas inovadoras, elaborar planos diários e de
longo prazo, visando a melhoria da escola, gerenciar os recursos financeiros e
humanos, assegurar a participação da comunidade na escola, identificar as
necessidades da instituição e busca de soluções e ainda ficar sempre atento a
execução do Projeto Político Pedagógico, se o mesmo caminha em direção à escola.
EQUIPE PEDAGÓGICA: A Equipe Pedagógica é responsável pela transposição
da teoria para a prática escolar, ajudar na elaboração da proposta pedagógica,
garantindo sua prática, orienta pedagogicamente pais/responsáveis, educandos,
educadores e demais funcionários da instituição; atua como mediador e assessor no
planejamento, acompanhamento, orientação, avaliação e controle dos processos
educacionais.
A imagem da equipe pedagógica provém de ações que se estabelecem com o
fim único de sensibilizar os educadores e educandos para assumirem sua postura.
EDUCADOR: O educador desempenha uma função central para a organização
das atividades de aprendizagem. Deve ter uma capacidade de empatia para saber o
que o educando sente e o que o educando precisa a cada momento. E tem de animá-lo
a trabalhar, ajudá-lo a superar os obstáculos que encontra, guiá-lo no trabalho. O
educador põe o educando a trabalhar e orienta-o para tarefas e propostas que são
acessíveis. É preciso estimular os educandos a que se proponham a estudar um
determinado problema, mas é o educador que tem de direcionar a atividade por
caminhos que sejam viáveis, o que pode fazer graças à sua experiência.
FUNCIONÁRIOS ADMINISTRATIVOS E DE APOIO:
A escola conta com agentes educacionais I e II, de modo que:
O Agente Educacional I têm como função a manutenção de infra-estrutura
escolar, preservação do meio ambiente, alimentação escolar e interação com o
educando.
O Agente Educacional II responde pela administração escolar e pela operação
de multimeios escolares.
Todos são educadores com função diferenciadas, mas com o mesmo objetivo “o
de educar”, contribuindo assim, para o sucesso da educação.
EDUCANDO: o educando é um agente social que leva para a escola uma série
de experiências acumuladas em casa, no trabalho, na igreja, etc. Essas experiências
tornam o aluno capaz de (re)elaborar os conceitos emitidos pelo professor. É nessa
contraposição entre experiência do professor experiência do aluno que o conhecimento
se faz. Ser aluno hoje e ser agente de elaboração do conhecimento e isso só acontece
quando o aluno debate, exige, questiona.
• Função das Instâncias Colegiadas
CONSELHO ESCOLAR: o Conselho Escolar é um colegiado constituído por
representantes de pais, professores, alunos e funcionários que exerce a interferência
nas decisões e deliberações das questões pedagógicas, administrativas, financeiras e
políticas da escola;
O Conselho Escolar é um órgão consultivo, deliberativo e de mobilização mais
importante do processo de gestão democrática na escola. Sua tarefa mais importante
será acompanhar o desenvolvimento da prática educativa e, nela, o processo ensino-
aprendizagem. Assim, a função do Conselho Escolar deverá ser fundamentalmente
político-pedagógica. Política, na medida em que estabelece as transformações
desejáveis na prática educativa escolar. Pedagógica, pois indicará os mecanismos
necessários para que a transformação realmente aconteça. Nesse sentido, a primeira
atividade do Conselho Escolar será discutir e delimitar o tipo de educação a ser
desenvolvido na escola, para que se torne uma prática democrática comprometida com
a qualidade socialmente referenciada.
APMF: Associação de Pais, Mestres e Funcionários, e similares, pessoa jurídica
de direito privado, é um órgão de representação dos pais e profissionais do
estabelecimento não tendo caráter político partidário, religioso, racial e nem fins
lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros, construída para
colaborar na implementação e execução da proposta pedagógica do Estabelecimento
de Ensino, visando a melhoria e qualidade da educação como um todo.
CONSELHO DE CLASSE: Faz parte do processo de gestão político pedagógico
por meio do seu eixo central que é a avaliação escolar.
É uma reunião onde Equipe Pedagógica, Direção, Professores e Alunos
discutem acerca da aprendizagem, seus desempenhos e avaliações. Mais do que saber
se o aluno será aprovado ou não, tem o objetivo de encontrar os pontos de dificuldades
tanto do aluno quanto da própria instituição de ensino, na figura dos professores e
organização escolar, buscando a reformulação das práticas escolares a partir das
reflexões realizadas.
Sendo o Conselho de Classe uma instância integradora, pensar o seu papel
diante de uma nova lógica em que estejam presentes as atuais formas de organização
social e trabalho na escola, leva ao repensar de uma nova relação que deve ser
estabelecida entre os profissionais e o conteúdo a ser trabalhado.
GRÊMIO ESTUDANTIL: O Grêmio Estudantil foi criado como entidade
autônoma, independente da direção da escola, pela Lei nº 7.398/95 com finalidades
educacionais, culturais, desportivas e sociais. A atribuição dos educandos na
construção e consolidação da gestão democrática, além de ser um espaço de
discussão; é defensor do educando e promove a sua participação na política, na arte e
na cultura.
A Instituição está em momento preliminar para a elaboração do Grêmio
Estudantil, haja vista a importância desta representação escolar para que se objetive
um trabalho democrático alicerçado na vontade coletiva, na defesa de direitos e
interesses à melhoria da qualidade de ensino, no incentivo à promoção de atividades
educacionais, culturais, cívicas, desportivas e sociais, sem fins lucrativos e que propicie
também um intercâmbio entre outras instituições.
A organização estudantil deve ser a instância onde se cultiva gradativamente o
interesse do educando para além da sala de aula.
• Formação continuada dos profissionais da educação
A LDB, em consonância com a demanda atual do trabalho, afirma que os
sistemas de ensino deverão promover a valorização dos profissionais da educação,
assegurando-lhes “aperfeiçoamento profissional continuado” e “período reservado a
estudos, planejamento e avaliação, incluindo na carga de trabalho".
A Secretaria de Estado da Educação ao definir a proposta político-pedagógica
que norteará a condução do processo educacional do Estado propõe como uma de
suas metas a formação continuada dos profissionais da educação em cursos de
capacitação, grupos de estudos aos sábados, jornada pedagógica, seminários
congressos, estudos durante a semana pedagógica, entre outros.
Como está claro no Artigo 84 “o professor ou especialista da educação será
obrigado a freqüentar cursos de aperfeiçoamento ou especialização profissional quando
convocados pela SEED”.
Para fins de subsidiar a formação de profissionais da educação a escola
contempla a possibilidade de aproveitar os dias de cursos de capacitação, semana
pedagógica, os momentos de hora-atividade, reuniões pedagógicas, conselho de classe
para estudos e reflexões a respeito de atividades que envolvem a elaboração e
implementação de projetos e ações que visem a melhoria da qualidade de ensino.
Particularmente, nossa escola, para fins de capacitação profissional realizará
atividades que estejam em consonância com as necessidades apresentadas no
contexto escolar.
VI. MARCO OPERACIONAL
6.1 Linhas de Ação
Que a Proposta Pedagógica da Escola seja instrumento de efetivação de ações
voltadas ao educando, através da elaboração de conteúdos específicos e condizentes
com as diferentes faixas etárias, interesses e realidades dos educandos.
Que a escola se utilize da construção da proposta pedagógica, para viabilizar
uma educação de qualidade, com o objetivo de formar cidadãos críticos e
comprometidos com a transformação social.
Que a aprendizagem seja efetivada através de procedimentos metodológicos
inovadores;
Que a prática de inclusão dos educandos com necessidades educativas
especiais e de toda diversidade: econômica, étnica, religiosa, seja efetivada.
Que o retorno dos alunos ausentes seja viabilizado através do Programa FICA.
Que a indisciplina seja amenizada com processo dialógico entre educandos e
profissionais da educação/família e outros segmentos sociais, através de projetos,
reuniões de pais e educadores com momentos de lazer: jogos, danças, esportes, teatro,
palestras envolvendo os temas: ética, saúde, meio ambiente, pluralidade cultural,
orientação sexual, trabalho e consumo, etc.
Que os pais/responsáveis pelos educandos sejam conscientizados da
importância de sua participação na formação e resgate dos valores éticos e culturais,
da valorização do meio ambiente e da própria vida, que são essenciais para a formação
de cidadãos dignos.
Que os avanços tecnológicos e científicos na escola estejam conectados com a
aprendizagem do educando.
Que o resgate da ética, da solidariedade, da paz sejam reafirmados através de
projetos reflexivos e encontros interativos.
Que o compromisso ético e solidário possam estar presentes, promovendo um
clima acolhedor para todos.
Que o processo de capacitação de todos os profissionais da escola sejam
destaque como outras atividades que ocorrem no âmbito escolar, visando uma
formação de qualidade.
Que se promova reuniões de pais por série/turma para que juntos busquem
soluções para os problemas detectados.
Que haja a busca da participação de outros órgãos da comunidade que possam
ofertar atendimentos complementares (saúde, trabalho, associações, creches,
conselhos, igrejas e outros).
Que a escola promova a participação de voluntários que colaborem com o bom
desenvolvimento de trabalhos e relacionamentos envolvendo toda a comunidade
escolar.
Que a avaliação seja compreendida pelo contexto escolar, como parte integrante
e fundamental no processo educativo, realizada através da inter-relação de
capacidades do educando, explorando seu potencial, avaliando e oportunizando uma
nova visão, revendo planos e corrigindo possíveis dificuldades aparentes no
aprendizado do educando.
Que os instrumentos de avaliação sejam o reflexo dos critérios estabelecidos, de
modo a obter dados da aprendizagem ocorrida de acordo com os níveis de
desenvolvimento cognitivo explicitados nos objetivos, a fim de reorientar o trabalho do
professor de modo a intervir no processo ensino-aprendizagem.
Que a avaliação seja contínua e contextual no sentido de ser permanente,
acompanhando o desenvolvimento do aluno através dos avanços, dificuldades e
possibilidades detectadas.
Que a avaliação seja investigativa e diagnóstica com a finalidade de levantar e
mapear dados para oferecer subsídios para os profissionais sobre a prática pedagógica
que realizam.
Que a avaliação seja sistemática e objetiva como orientadora do processo
educacional.
Que o processo de auto-avaliação da escola seja realizada para identificar os
aspectos que demandam esforços diferenciados e sistemáticos para a melhoria da
qualidade do ensino.
Que o acompanhamento dos educandos com o desempenho insatisfatório seja
realizado através de monitoramento visando a recuperação de estudos.
Que os profissionais da escola elaborem programas de reuniões, palestras e
orientação para os pais visando suportes e acompanhamento escolar dos filhos.
Que os conselhos de classe sejam realizados com a presença de educandos e
instâncias colegiadas.
Que a escola busque junto a SEED recursos que solucionem os problemas
advindos pela falta de estrutura física, humana e econômica.
Que a escola busque soluções para a permanência do educando com dificuldade
de aprendizagem em sala de apoio e de recurso.
Que a escola contemple a possibilidade de aproveitar os dias de cursos de
capacitação, semana pedagógica, os momentos de hora-atividade, reuniões
pedagógicas, conselho de classe para estudos e reflexões a respeito de atividadesque
envolvam a elaboração e implementação de projetos e ações que visem a melhoria da
qualidade de ensino.
Que a utilização dos espaços físicos e materiais existentes contribuam para o
aprimoramento das ações políticas e pedagógicas, enfatizando o crescimento e a
coletividade do processo ensino-aprendizagem.
Que a escola busque melhorias no espaço físico, junto a comunidade escolar,
externa e mantenedora.
Que haja o envolvimento de todos os profissionais da escola no ato de
aprovação do Calendário Escolar, tendo como base o que determina a LDB 9394/96.
Que a escola efetive as matrículas dos educandos de acordo com as disposições
legais, assegurando-lhes o acesso e a permanência no espaço escolar.
Que no processo de organização de turmas e distribuição de aulas se observe
as normas e diretrizes contidas na resolução 471/2005, considerando a carga horária
disponível na escola.
Que os registros do cotidiano escolar sejam documentados em Livro de registro
de classe, livros atas, a fim de garantir os direitos e deveres dos educandos e de todos
os profissionais da escola.
Que a escola viabilize aos pais ou responsáveis a comunicação dos resultados
da aprendizagem obtidos pelos educandos através de boletins e informativos impressos
pelo setor administrativo.
6.2 Avaliação do Projeto Político Pedagógico
O processo de avaliação do Projeto Político Pedagógico visa a constatação das
conquistas, e a construção de novos desafios. Para isso a avaliação precisa contemplar
toda a comunidade escolar e civil. Será avaliado anualmente, ou quando se fizer
necessário, partindo das concepções definidas pela escola. Conseqüentemente deve
ser o instrumento dos caminhos percorridos e da identificação dos caminhos a serem
perseguidos.
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ARCO-VERDE, Yvelise Freitas de Souza. Seminário de Disseminação das políticas
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ESCOLA ESTADUAL EURIDES CAVALCANTI
TENÓRIO – ENSINO FUNDAMENTAL
Projeto
Político
Pedagógico
Cruzeiro do Sul
2010
Projeto
Político
Pedagógico:
é transcender em
consonância
“Obra aberta: cada um coloca um pouco de si, a
cada olhar um novo movimento”.