MAIO Nº05/VOL 36
V. 55, N. 05, Maio 2020 ISSN: 2447-5203
Presidente da República Jair Messias Bolsonaro Ministra do Min. da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias Diretor do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) Carlos Edison Carvalho Gomes Coordenadora Coordenação-Geral de Meteorologia Aplicada, Desenvolvimento e Pesquisa (CGMADP) Marcia dos Santos Seabra Chefe do Serviço de Pesquisa Aplicada (SEPEA) Danielle Barros Ferreira Apoio técnico Maisa Pereira de Souza Viviane Samara Barbosa Nonato Colaborador Mozar de Araújo Salvador
Copyright © 2019 – Instituto Nacional de Meteorologia (INMET)
Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.
Boletim Agroclimatológico / Instituto Nacional de Meteorologia. – v.55 n.5 – (2020) – Brasília: Inmet, 2020.
Disponível em: http://www.inmet.gov.br/
ISSN: 2447-5203
Publicação Mensal
Sumário
Apresentação.................................................................................................. 02
1. Análise das condições climáticas no Brasil em abril de
2020......................................................................................................... 03
2. Condições oceânicas observadas e tendências................................. 06
3. Prognóstico Agroclimático para o período Maio, Junho e
Julho/2020............................................................................................. 08
4. Previsão para os próximos quinze dias .......................................
................................................................................................................. 12
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Apresentação
Criado em 1967, o Boletim Agroclimatológico tem como objetivo levar até
aos usuários uma informação meteorológica direcionada às atividades do
campo. Ainda distante da comunicação eletrônica, os boletins eram impressos
e enviados pelos serviços de correios. Com o advento da internet e de novas
tecnologias em meados dos anos de 1990, o Boletim Agroclimatológico passou
por grande transformação, com novos conteúdos, e passando a ser enviado
por meio eletrônico, via e-mail – um salto na eficiência de entrega da
informação.
Após longo período sem grandes mudanças, em 2019, o Boletim
Agroclimatológico passou por uma nova transformação, fruto de uma
reavaliação técnica interna do Instituto e de sugestões de usuários técnicos
ligados ao meio rural; como, por exemplo, o Primero Encontro de Usuários de
Produtos Agroclimatológicos, ocorrido em agosto de 2019 em Brasília, quando
o Instituto teve a oportunidade de ouvir críticas e sugestões de representantes
dos setores público e privado ligados à agropecuária brasileira.
Assim, o Instituto Nacional de Meteorologia, órgão vinculado ao Ministério
da Agricultura Pecuária e Abastecimento, tem a grata satisfação de apresentar
um novo Boletim Agroclimatológico Mensal, contendo, além da sua histórica
análise das condições climáticas observadas no Brasil, também um panorama
dos fenômenos de grande escala que interferem no clima do País e do mundo,
seguido por informações climáticas prognósticas exclusivas do boletim, visando
auxiliar, com mais eficiência, o planejamento e as ações do setor agrícola.
Instituto Nacional de Meteorologia
Coordenação-Geral de Meteorologia Aplicada, Desenvolvimento e Pesquisa – CGMADP
Eixo Monumental, Via S1 – Sudoeste. 70680-900 – Brasília/DF
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1. Análise das condições climáticas no Brasil em abril de 2020
No mês de abril, os maiores volumes de chuva ocorreram principalmente sobre
a Região Norte do Brasil, faixa litorânea da Região Nordeste, assim como no Distrito
Federal, norte de Goiás e de Mato Grosso. Já os volumes de chuva mais baixos,
inferiores a 120 mm, ocorreram sobre o centrossul do País.
Na costa norte do Brasil, a presença do sistema meteorológico chamado de Zona
de Convergência Intertropical (ZCIT) continua exercendo influência nesta área,
ocasionando chuvas fortes e volumes superiores a 400 mm (Figura 1). Os maiores
recordes de chuva ocorreram nas cidades de Bacabal (MA) e Paragominas (PA), onde
foram registrados 609,6 e 585,2 mm, respectivamente.
O MATOPIBA foi marcado por chuvas significativas, com volumes entre 150 e
250 mm, exceto no sudoeste piauiense onde os valores foram mais baixos. Entretanto,
os níveis de armazenamento de água no solo em toda região encontram-se com níveis
satisfatórios (Figura 2), favorecendo as localidades onde o milho segunda safra está
em fase de desenvolvimento vegetativo. As chuvas durante o mês de abril, também
reduziu a qualidade do algodão no oeste da Bahia, mas não afetou a finalização da
colheita de soja em grande parte do MATOPIBA.
Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste observou-se uma redução das chuvas
em relação ao mês anterior, situação normal a medida que nos aproximamos do
inverno, porém as áreas mais críticas, com chuvas em torno de 10 a 40 mm, ocorreram
nas partes centrossul de Mato Grosso, norte do Mato Grosso do Sul, centro-leste de
São Paulo, extremo sul do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. Apesar destas chuvas
serem abaixo da média em grande parte destas regiões, os valores mais críticos de
armazenamento de água no solo ocorreram somente sobre o centrossul do Mato
Grosso do Sul e parte central e oeste de São Paulo, onde a escassez de chuvas aliada
às temperaturas máximas entre 32 e 36°C (Figura 3) foram condições desfavoráveis
para as lavouras de algodão e milho segunda safra. Ressalta-se ainda que, em grande
parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste, a colheita da soja foi finalizada e obteve
uma boa produtividade.
Os baixos volumes de chuva, entre 30 e 40 mm, continuaram a ocorrer sobre o
centro-leste do Paraná e em algumas localidades do nordeste e extremo-sul do Rio
Grande do Sul, porém nas demais áreas da Região Sul, os volumes de chuvas foram
inferiores a 90 mm, amenizando um pouco a situação de estiagem. A escassez das
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chuvas vem ocorrendo desde o final do ano passado, principalmente no estado
gaúcho e vem ocasionando um armazenamento hídrico no solo abaixo do ideal
(valores inferiores a 30%), bem como vem dificultando o desenvolvimento das
lavouras. Ou seja, faltou água nas fases mais críticas para o desenvolvimento do milho
e da soja, causando grave redução na produtividade destas culturas. Já nos estados
de Santa Catarina e Paraná, a irregularidade das chuvas pode afetar as lavouras de
segunda safra do milho e do feijão, pois estas culturas são sensíveis ao déficit hídrico.
Por outro lado, a colheita de arroz avança e a expectativa é de uma boa produtividade
final.
Destaca-se que, durante o mês de abril ocorreram temperaturas máximas mais
baixas, entre 22 e 24°C (Figura 3), sobre as regiões serranas do Rio Grande do Sul e
Santa Catarina, devido a entrada das primeiras massas de ar frio que ocasionaram
episódios de geadas em algumas localidades desta região.
Figura 1 – Precipitação acumulada em abril de 2020. Fonte: INMET.
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Figura 2 – Armazenamento hídrico no solo em abril de 2020. Fonte: Sisdagro/INMET.
Figura 3 – Temperatura máxima do ar em abril de 2020. Fonte: Sisdagro/INMET.
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2. Condições oceânicas observadas e tendências
A interação entre a superfície dos oceanos e a atmosfera interfere nas condições
do tempo e do clima em diversas localidades no mundo. No Brasil, fenômenos como
El Niño-Oscilação Sul (ENOS), no Oceano Pacífico Equatorial, e o gradiente térmico
do Oceano Atlântico Tropical, também chamado de Dipolo do Atlântico – importante
para o posicionamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) –, são exemplos
dessa interação oceano-atmosfera que influenciam o clima no Brasil.
No Oceano Pacífico Equatorial, a temperatura da superfície do mar (TSM)
apresentou relativa variação por volta de 0,6°C no mês de março até meados de abril.
Após esse período, as anomalias médias diminuíram na segunda metade de abril,
com valores mais próximos da faixa de neutralidade (Figura 4).
Considera-se que o Oceano Pacífico Equatorial está na fase neutra quando as
anomalias médias de TSM estão entre -0,5°C e +0,5°C.
No Atlântico Tropical, ainda persistiu a presença de um Dipolo negativo, ou seja,
o Atlântico Tropical Sul mais quente que o Tropical Norte, como se observa no mapa
da última quinzena de abril. O sinal negativo do Dipolo foi fator importante para as
chuvas acima da média no norte das regiões Nordeste e Norte (incluindo o Tocantins)
do Brasil.
Também no Atlântico, próximo à costa do Rio Grande do Sul e do Uruguai, após
um período com predomínio de temperaturas na superfície do oceano abaixo da
média – anomalias em torno de -0,5°C e -1,0°C –, demonstra que houve uma
tendência de redução dessa área fria no final de abril.
Figura 4 - Mapa de anomalias da TSM na segunda quinzena de abril/2020.
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Para os próximos meses, os modelos de previsão de ENOS apontam para
continuidade do padrão de neutralidade no Oceano Pacífico Tropical. Segundo o
multimodelo de previsão de ENOS do APEC Climate Center (APCC), centro de
pesquisa sediado na Coréia do Sul, há uma probabilidade de 65% de manutenção da
fase de neutralidade na região 3.4 (entre 170°W-120°W) durante o inverno de 2020
(Figura 5). Essa previsão também aponta para um aumento na probabilidade de
ocorrência de La Niña, contudo, trata-se de um único trimestre, o que não é suficiente,
ainda, para afirmar categoricamente que haverá um ENOS negativo (La Niña) ao final
do inverno austral.
Quanto ao Dipolo do Atlântico Tropical, a previsão da Agência Meteorológica do
Japão indica uma tendência de sinal negativo em maio, porém com baixa intensidade
inferior aos meses anteriores. Ainda assim, poderá ser favorável ao regime de chuvas
na faixa leste do Nordeste.
Figura 5 – Previsão probabilística de ENOS do APCC.
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3. Prognóstico Agroclimático para o período Maio, Junho e
Julho/2020
Nas regiões Norte e Região Nordeste, a previsão indica maior probabilidade de
chuvas acima da média climatológica, exceto no interior da Bahia, onde a chuvas
serão de normal a ligeiramente abaixo da média (Figura 6). Ressalta-se que,
normalmente a região do MATOPIBA e sul da Região Norte tem redução das chuvas
nos próximos meses, porém julho corresponde ao mês mais seco destas áreas.
Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, a previsão indica o predomínio de áreas
com chuvas próximas ou abaixo da climatologia, porém durante o mês de maio ainda
ocorrerão chuvas sobre a parte oeste dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do
Sul, porém vale lembrar que estas regiões são caracterizadas por um inverno seco,
que terá início no dia 20 do próximo mês.
Para a Região Sul, as previsões climáticas indicam que as chuvas ainda serão
irregulares e abaixo climatologia, principalmente no norte e extremo sul do Rio Grande
do Sul. Porém, existe a possibilidade de uma variação espacial na distribuição das
chuvas ao longo dos três meses, com previsão de desvios de chuvas ligeiramente
abaixo da média (entre 50 e 100 mm) na parte leste da região.
Segundo as previsões do modelo do INMET, as temperaturas médias devem
predominar de normal a acima da média histórica nas regiões Nordeste e Norte do
país, exceto no sul de Tocantins, leste do Acre e sudoeste do Amazonas, onde a
temperatura média pode ser ligeiramente abaixo da média (Figura 7).
Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, as temperaturas devem ser próximas à
sua climatologia ou ligeiramente abaixo, exceto no noroeste de Mato Grosso, centro
de Goiás, norte de Minas Gerais e parte central do Mato Grosso do Sul, onde as
temperaturas devem ser um pouco mais elevadas.
As temperaturas abaixo da média estão previstas para a Região Sul, onde as
entradas de sistemas frontais podem provocar declínio nas temperaturas
possibilitando a ocorrência de geadas em localidades de maior altitude. Destaca-se
que, durante os próximos meses também podem ocorrer os primeiros episódios de
friagens no sul da Região Norte e nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso
e até mesmo no sul de Goiás.
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Figura 6 – Previsão de anomalias de precipitação do modelo estatístico do
INMET para o trimestre MJJ/2020.
Figura 7 – Previsão de anomalias de temperatura média do ar do modelo estatístico do INMET para o trimestre MJJ/2020.
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O mapa de previsão das variáveis déficit/excesso de umidade no solo do balanço
hídrico para maio/2020, indica deficiência hídrica acima de 30 mm em grande parte
do semiárido nordestino, principalmente no norte da Bahia, sudoeste de Pernambuco
e do Piauí, onde os valores de déficit hídrico podem alcançar até 130 mm (Figura 8a).
Já em toda costa do nordeste brasileiro, desde o Maranhão até a Bahia, as condições
previstas são favoráveis a ocorrência de excedentes hídricos acima de 100 mm.
Para a Região Norte, a previsão indica predomínio de excedentes hídricos,
exceto na parte central e sul do Tocantins, sudoeste de Rondônia e do Pará, onde os
valores de deficiência hídrica no solo podem variar de 10 a 60 mm.
Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, a situação é inversa a da Região Norte
com predominância de déficit hídricos na maior parte destas áreas, principalmente no
norte de Minas Gerais e alguns pontos do centrossul do Mato Grosso. No sul e
sudoeste do Mato Grosso do Sul as condições do solo não serão tão críticas, pois a
previsão indica valores de excedentes hídricos entre 30 e 100 mm.
Para a Região Sul, as chuvas ocorridas no mês de abril deram início ao processo
de recuperação do solo, desta forma a previsão indica ocorrência de excesso hídrico
acima de 30 mm em grande parte da região, exceto no norte do Paraná e extremo-
sul do Rio Grande do Sul, onde a previsão indica que ainda não haverá possibilidade
de formar excedente.
Em junho/2020, o mapa de previsão das variáveis déficit/excesso de umidade no
solo indica uma expansão da área com déficit hídrico para o norte do Brasil, em
relação à previsão de maio. (Figura 8b). Na Região Nordeste, por exemplo, a previsão
indica deficiência hídrica de valores até 200 mm no sudoeste piauiense, enquanto os
excedentes hídricos são previstos somente para a costa leste do Nordeste.
Para a Região Norte, a previsão indica predomínio de excedentes hídricos
somente sobre o norte da região, enquanto que para as demais áreas são previstos
valores de déficit hídricos acima de 30 mm.
Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, a previsão indica o predomínio da
deficiência hídrica no solo, exceto no extremo-sul do Mato Grosso do Sul e de São
Paulo, onde os excedentes hídricos irão ocorrer. Ressalta-se que, normalmente
durante o mês de junho a região encontra-se em seu período seco e o risco de
deficiência hídrica é elevado sobre a região central do País.
Para a Região Sul, a área da previsão de excedente hídrico permanece
praticamente inalterada em relação ao mês anterior, com exceção do sul do Rio
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Grande do Sul e noroeste do Paraná onde existe a possibilidade da formação de
deficiência hídrica no solo. Destaca-se ainda, que os maiores excedentes hídricos
ocorrerão principalmente no sul do Paraná e leste de Santa Catarina, com valores
entre 60 e 100 mm.
Mais detalhes sobre prognóstico e monitoramento climático podem ser vistos na
opção CLIMA do menu principal do sítio do INMET (www.inmet.gov.br).
(a)
(b)
Figura 8 - Previsão déficit e excesso hídrico para os meses de
(a) maio/2020 e (b) junho/2020 no Brasil. Fonte: INMET.
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4. Previsão para as próximas semanas
A previsão de chuva entre os dias 11 e 18 de maio de 2020 é apresentada na Figura
8. Nesse período, a previsão do modelo numérico do INMET indica que os maiores
acumulados de chuva poderão ocorrer especialmente na faixa norte do Brasil, assim
como no oeste dos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, Rio Grande do
Sul e Recôncavo Baiano.
Na Região Centro-Oeste, os maiores acumulados deverão ser registrados sobre o
oeste e sul do Mato Grosso e sudoeste do Mato Grosso do Sul, com valores de até
100 mm, que podem favorecer o desenvolvimento do milho 2ª safra e algodão.
Entretanto, nas demais áreas é necessária atenção, principalmente no leste do Mato
Grosso do Sul, centro-norte de Goiás e Distrito Federal, onde a previsão indica
ausência de precipitação. Esta situação pode prejudicar localidades onde as
condições das lavouras de feijão segunda safra encontram-se em fase de
desenvolvimento vegetativo.
Na Região Sudeste, a previsão é de chuva variando entre 20 e 60 mm no sul de
Minas Gerais, norte de São Paulo e Rio de Janeiro. No restante da região, os
acumulados deverão ser menos intensos, com valores de até 10 mm. Entretanto, no
nordeste de Minas Gerais, a previsão é de falta de chuvas que pode prejudicar as
áreas produtoras de milho segunda safra.
Há previsão de chuva em todo o litoral da Região Nordeste, mas especialmente no
Recôncavo Baiano, onde os acumulados poderão ficar próximos aos 100 mm. Já no
interior dos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba a previsão é de
ausência de chuvas. Para a região do MATOPIBA, não há previsão de chuva para
esta semana.
A semana deverá ter chuva em grande parte da Região Sul, com valores mais
significativos sobre o centrossul do Rio Grande do Sul, com acumulados de chuva de
até 120 mm. Pouca ou ausência de chuva é prevista para a parte leste do Paraná,
onde o desenvolvimento lavouras de feijão e milho 2ª safras podem ser prejudicadas.
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Figura 8 - Previsão de chuva para 1ª semana. Fonte: INMET.
A Figura 9 apresenta a previsão de chuva entre os dias 17 e 23 de maio de 2020.
De acordo com o modelo de previsão numérica, esse período também deverá ter
chuvas mais significativas na faixa norte do Brasil. Os acumulados deverão ficar entre
65 e 100 mm sobre o norte do Amazonas e do Pará e também no estado do Amapá.
Na Região Nordeste as chuvas continuaram concentradas sobre toda a sua faixa
litorânea, onde são esperados volumes de chuva até 70 mm no Recôncavo Baiano.
Na região do MATOPIBA, a previsão é de chuva entre 25 e 55 mm na área entre o
Tocantins e a Bahia.
Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, a semana deverá ser marcada por chuvas
fracas e localizadas. Os volumes de chuva mais significativos podem chegar a 50 mm
e ocorrerão sobre o Mato Grosso do Sul, centro do Mato Grosso, além do centro e
norte de Goiás e no Distrito Federal.
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Para a Região Sul, o modelo indica previsão de chuvas no centro e oeste do Paraná
e no oeste de Santa Catarina, porém os acumulados não deverão ultrapassar os 50
mm. Portanto, estes volumes de chuva ainda serão insuficientes para recuperar a
umidade do solo na região que vem enfrentado problemas da seca nos últimos meses.
Figura 9 - Previsão de chuva para 2ª semana. Fonte: NCEP.
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