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Tomada de Posse AE ISEC PÁG. 6 E 7 ABRIL \ MAIO 2013 Publicação Gratuita | AE ISEC \ STIC - Secção de Tecnologia, Informação e Comunicação www.engenhocas.aeisec.pt PÁG. 10 10º Poliempreende PÁG. 15 ENEEM 2013 FENGE’13 PÁG. 11 PÁG. 9 e Colour Run Welcome Erasmus no ISEC O teu instituto acolheu o evento de recepção aos Erasmus do IPC PÁG. 28 e 29 Em Coimbra: Queima das Fitas e Colour Run No ISEC: Hollywood no ISEC Torneios AE ISEC E ainda... ENDA Setúbal ENEI 20133 www.aeisec.pt O Engenhocas entrevistou Igor Ferreira, Presidente da AE ISEC O mundo empresarial volta ao ISEC numa nova edição da Feira A corrida mais colorida do mundo chega a Coimbra O teu jornal esteve no Encontro de Engenharia Mecânica O concurso de empreendorismo voltou. Tens o que é preciso?

Engenhocas - Abril\Maio 2013

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Engenhocas - Jornal da AE ISEC Publicação Gratuita - Abril \ Maio de 2013

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Page 1: Engenhocas - Abril\Maio 2013

Tomada de Posse AE ISECPÁG. 6 E 7

ABRIL \ MAIO 2013 Publicação Gratuita | AE ISEC \ STIC - Secção de Tecnologia, Informação e Comunicação www.engenhocas.aeisec.pt

PÁG. 10

10º Poliempreende

PÁG. 15ENEEM 2013 FENGE’13

PÁG. 11 PÁG. 9The Colour Run

Welcome Erasmus no ISEC

O teu instituto acolheu o evento de recepção aos Erasmus do IPC

PÁG. 28 e 29

Em Coimbra:Queima das FitasThe Colour Run

No ISEC:Hollywood no ISEC Torneios AE ISEC

E ainda... ENDA Setúbal ENEI 20133

www.aeisec.pt

O Engenhocas entrevistou Igor Ferreira, Presidente da AE ISEC

O mundo empresarial volta ao ISEC numa nova edição da Feira

A corrida mais colorida do mundo chega a Coimbra

O teu jornal esteve no Encontro de Engenharia Mecânica

O concurso de empreendorismo voltou. Tens o que é preciso?

Page 2: Engenhocas - Abril\Maio 2013
Page 3: Engenhocas - Abril\Maio 2013

Editorial: Caros Colegas,

Cabe-me a mim, enquanto Presidente da Direcção da AE ISEC, escrever, naquele que é o Jornal do ISEC por excelência, este primeiro editorial do actual mandato. Esta publicação da AE ISEC, que nos vem informando com os assuntos e noticias mais importantes para o ISEC nas últimas décadas está decididamente mais apelativa, moderna, informativa e capaz.

Espero que estas qualidades sejam notórias para todos vós, mas que também vejam nesta publicação defeitos e melhorias possíveis, para que possam todos fazer parte do “Engenhocas” e contribuir para a melhoria continua desta mesma publicação assim como da nossa Associação.

A actual conjuntura assim o exige. Todos nós devemos cada vez mais apurar o nosso espírito crítico e sermos capazes de contribuir para a melhoria que queremos ver no ISEC, no Sistema Educativo, e no nosso país. Assim, espero que possam, de alguma maneira contribuir também para este jornal, assim como para a AE ISEC, uma AE ISEC que é de todos vós e não apenas dos Órgãos Sociais da mesma.

Aproveitem esta época que se advêm para participar ativamente na FENGE – Feira de Engenharia, assim como em outras atividades de cariz formativo, cultural e didático que estamos a preparar. Informem-se e envolvam-se! Façam parte da mudança e melhoria que querem ver em tudo. Consultem, comentem e critiquem as notícias. Visitem o site www.aeisec.pt, o facebook da AE ISEC e o site fenge.aeisec.pt . Não ignorem como obvio as informações do Movimento Associativo assim como a atual conjuntura politico-educativa, social e económica. Cada vez mais cabe-nos a nós, estudantes sermos parte ativa, interessada e cada vez mais participativa da sociedade.

Resta-me agradecer e dar os devidos parabéns à Secção de Tecnologia, Informação e Comunicação, assim como a todos os colaboradores desta publicação, pelo trabalho que tendes neste momento diante de vós. A todos os outros, deixo a mensagem:

Participem e envolvam-se.

Fico à espera de sugestões e da vossa participação.

Espero que gostem da publicação,

Grato pela atenção dispensada,

Igor M. Ferreira Presidente da Direcção – AE ISEC

JORNAL ENGENHOCAS

Periodicidade: Trimestral Tiragem: 100 Exemplares (1ª Tiragem)

Coordenadora: Hirllany Lago Grafismo: Pedro Santos

Redação: David Silva Cláudia Nunes Mónica Araújo Pedro Santos Ricardo Costa Tânia Ferreira Colaboração: Igor M. FerreiraAdriana Gaspar Tiago AndradeJérôme Salvador

Contatos Telefone: 239708620 Fax: 239708621 Telemóvel: 969188703 E-mail: [email protected] www.engenhocas.aeisec.ptwww.aeisec.pt (C) AE ISEC 2013

Esta publicação já se encontra escrita ao abrigo do Novo Acordo Ortográfico.

Por opção do autor este artigo não se encontra escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

Page 4: Engenhocas - Abril\Maio 2013

Nesta Edição.....

TEMA DE CAPA:Welcome Erasmus - Pág.28

NO ISEC:10º Poliempreende - Pág. 10FENGE’13 - Pág. 11ENDA Setúbal - Pág. 12Torneios AE ISEC / Queima das Fitas - Pág. 13

COIMBRA:Queima das Fitas 2013 - Pág. 8The Color Run - Pág. 9

REPORTAGENS:Tomada de Posse AE ISEC - Pág. 6

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ENGENHARIA: Encontro Nacional de Engenharia Informática - Pág. 14 Encontro Nacional de Engenharia Mecânica - Pág. 15 Purificação energética eficiente da água - Pág. 16 Campanha da Deco para pagar menos pela luz consegue 75 mil consumidores em dois dias - Pág. 17Veículos Híbridos - Pág. 18 Europa precisa de mais 30% Engenheiros - Pág. 19 Silicío de Grau Solar - Pág. 20 Energias Renováveis abastecem Portugal de eletricidade devido ao mau tempo - Pág. 21Jovens Talentos - Pág. 22 Jovem de 17 anos fica milionário - Pág. 23Impressoras 3D - Pág. 24 Beat 4 Beat - Pág. 25 Formula Student - Pág. 26Energia solar transforma CO2 em combustível para carros - Pág. 27 Progressos na Engenharia Biomédica - Pág. 30 Gestão Ambiental - Pág. 32

EM ENTREVISTA: Igor Ferreira, presidente da AE ISEC fala-nos um pouco das suas expectativas para este mandato. (Pág. 6)

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A importância da Energia Hídrica em Portugal - Pág. 33 Banco Alimentar Contra a Fome - Pág. 34 Reconhecimento do curso de engenharia no Brasil - Pág. 35Tecnologia wireless testada em cirurgias - Pág. 36 Coimbra desenvolve técnica promissora, para diagnóstico de doenças cardiovasculares - Pág. 37Energia Alternativa - Pág. 38Duas equipas de engenharia vencem desafios da EBEC - Pág. 39Universidade de Lisboa lança-se na produção de energia - Pág. 40Estudante cria fato que dá poder do homem-aranha - Pág. 41

THE LOUNGE - Pág. 42

AGENDA CULTURAL - Pág. 44 NOTA FINAL - Pág. 46

WELCOME ERASMUS: A primavera no ISEC começou em grande com este evento. (Pág. 28)

The Color Run (Pág. 9)

Queima das Fitas 2013 (Pág 8)

ISECOTUNA Premiada com “Melhor Pandeireta” (Pág 44)

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“Temos a nítida consciência da missão em que nos encontramos investidos.” Nova direcção da AE ISEC toma posse.Igor Ferreira é o presidente que sucede a Rui Campos. O Engenhocas esteve na tomada de posse da AE ISEC.Dia 10 de Janeiro tomaram posse os novos órgãos da AE ISEC. Igor Ferreira, actual presidente da DG AE ISEC e antigo secretário da mesma, discursou no Auditório do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra numa cerimónia que contou com a presença de várias entidades do Instituto Politécnico de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e diversas Associações de Estudantes. O Engenhocas esteve à conversa com o novo presi-dente da AE ISEC.

“Esta associação demonstrou sem-pre uma enorme actividade, es-pírito de sacrifício, e alma quer no próprio Instituto, quer no panora-ma Local e Regional, assim como também no panorama Nacional.”

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Engenhocas: Enquanto presidente da AE ISEC como é que encaras este novo desafio?Igor Ferreira: Encaro, tal como disse aquando da minha tomada de posse, com vontade de fazer mais e melhor, obviamente carregado de esperança e determinação. Estamos a atravessar um período muito conturbado, a todos os níveis, em Portugal. O próprio Associativismo sai cada vez mais fragilizado face a todas as alterações sociais, educativas e organizacionais da ultima década. Não é fácil actualmente trabalhar e poder trabalhar em prol da sociedade e dos estudantes. Os recursos materiais das associações são cada vez menos e os recursos humanos também são cada vez mais escassos. No entanto, não podemos nunca baixar os braços nem esmorecer perante as dificuldades. E: Faz-nos um balanço do teu mandato até agora (Janeiro a Abril)I: Como qualquer mandato tem os seus momentos bons e também tem momentos piores. O trabalho tem sido mais que muito, é certo, mas estou também convicto que neste momento faço tudo o que posso

REPORTAGEM

Podes consultar o discurso de tomada de posse na íntegra no nosso site! (engenhocas.aeisec.pt)

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Igor Ferreira discursa enquanto novo presidente da DG AE ISEC

“(...)não esperem de mim, inér-cia e incapacidade de enfrentar os problemas.”

e que está ao meu alcance, nos cargos e responsabilidades que vou desempenhando para com os estudantes. As primeiras semanas são sempre as mais “estranhas” e de adaptação. A lotação de agenda é um problema, como óbvio, pois nem sempre consigo atender a todos os problemas e a todas as necessidades simultaneamente. Até agora faço um balanço positivo destes primeiros três meses e meio. Continuo a enfrentar todos os dias com o mesmo sentido de responsabilidade do inicio do mandato, e com a plena noção de que tudo, mas mesmo tudo, com trabalho e espírito de sacrifício é possível. Estive, estou e estarei aqui, como sempre fiz questão de dizer para demonstrar que é possível fazer mais e melhor, e que o “Trabalho e dedicação em prol dos estudantes” é uma realidade do meu dia-a-dia e do dia-a-dia da nossa equipa. Gostava por vezes de contar como óbvio com mais interesse, participação e dedicação dos próprios estudantes, mas existe uma parte de mim que compreende que a actual conjuntura não lhes permite poderem dedicar o tempo que desejariam a actividades extra-curriculares como o Associativismo. E: Tomaste posse durante um período de instabilidade politico-financeira, de que forma é que esta situação afecta o teu trabalho?I: Afecta a todos os níveis, claro. Ao nivel da representação associativa e politica, creio que continuamos a participar ao mesmo nivel , e a melhorar, em tudo o que podemos e devemos, democraticamente, e devidamente tecer a nossa opinião. É no entanto um trabalho que se tem demonstrado cada vez mais ingrato, pois, da parte da tutela, e das instituições existe cada vez menos margem para dialogo e para a participação dos estudantes. Em relação a eventos, infraestruturas e ao nivel orçamental, ao nivel de parcerias e participações, a contenção é cada vez mais, e tudo é cada vez mais planeado e orçamentado ao limite do rigor. Eu costumo dizer, que, gostava que todas as organizações e sectores da sociedade, conseguissem fazer tanto, com tão pouco, como por vezes nós,associações estudantis e em especial a AE ISEC, consegue fazer. Eu continuo a achar que um dia ainda podemos ter um país “normal”. Não peço um país “fantástico”, já me fico por almejar um país “normal”. Obviamente, a via é sinuosa e ex iste neste momento demasiada inércia e peso em todas as estruturas estatais.

E: Expectativas para o futuro?I: Bem, futuro, creio que respondi um pouco a esta pergunta à pouco. Não querendo me repetir muito, creio que o caminho é longo, e no fundo, a nossa associação, instituição, país, e o mundo é aquilo que nos queremos que ela seja. Devemos acima de tudo tentar ser a diferença que queremos ver nas coisas. Não nos prostrarmos e ficarmos calados. Devemos participar e agir, e cada vez mais convergir para soluções inteligentes e pormos de parte quezílias e problemas que muito pouco contribuem para o bem comum e para a melhoria da sociedade. Todos juntos, podemos fazer muito. O futuro é aquilo que nós queremos que seja e aquilo que todos permitem que aconteça. Por enquanto, é este o meu modo de ver as coisas. Vou continuar a trabalhar nos inúmeros projectos em que acredito e estou envolvido e esperar que mais pessoas se envolvam no prossecução de um desenvolvimento sustentável que gostaria de assistir, e que é cada vez mais necessário a esta sociedade. Pedro Santos

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REPORTAGEM REPORTAGEM

Por opção do autor este artigo não se encontra escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

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QUEIMA DAS FITAS 2013 A Festa dos Estudantes volta em força a Coimbra

Está a ser um ano atípico para a Queima. Desde uma forte aposta nas redes sociais até um sistema de venda de bilhetes diferente dos anos passados (passando a ter 3 fases com 3 preços distintos), a Queima das Fitas já anda a fazer os estudantes pensar em maio desde o início do ano (altura em que foi anunciada a primeira fase de venda dos bilhetes gerais que esgotaram em pouquíssimo tempo). Mesmo com um orçamento reduzido, as Noites do Parque não parecem poupar esforços estando já confirmados Expensive Soul (dia 3), Xutos & Pontapés e Linda Martini (dia 4), Dannic e Hardwell (dia 8) e Capitão Fausto (dia 9). A Queima das Fitas, que se apresenta este ano com o lema “Tempo de partida, sorte em ter-te p’rá vida” tendo iniciado já as suas actividades culturais com o concurso de Trivial dia 20 de Março. As Noites do Parque irão decorrer de dia 3 a 10 de maio sendo que o Cortejo se realiza no domingo dia 5. Pedro Santos

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EM COIMBRA

Por opção do autor este artigo não se encontra escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

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THE COLOR RUN A explosão de cor chega à cidade dos estudantes.

Com o regresso da maior festa académica do país, a Queima das Fitas de Coimbra, chega também no dia 4 de maio, o “The Color Run”, uma corrida colorida que promete muita animação e convívio entre os participantes.

A corrida de 5 kms, é dividida em quatro etapas e, em cada uma tem associada uma cor: amarelo, laranja, rosa e azul, onde os participantes são borrifados de cor, sendo que depois do banho final, seguir-se-á um convívio que promete muita animação.

Quer se trate de um participante ocasional ou de um verdadeiro atleta, estes 5 kms são apenas o início do festival The Color Run que constitue uma experiência ímpar e incomparável, onde não só a cor, mas também a alegria são comuns a cada um dos participantes.

O The Color Run, visa, também apoiar o Fundo Solidário, sendo esta uma causa que a AE ISEC tem apoiado continuamente e implementado a toda à instituição.

Numa altura em que cada vez mais estudantes perderam as suas bolsas, esta é uma ajuda preciosa onde através do exercício físico aliado à diversão, poderemos despertar o nosso lado mais solidário, contribuindo de forma fácil e saudável para uma causa que afeta centenas de estudantes universitários de Coimbra.

Deste modo, cada um de nós poderá dar o seu contributo através da inserção de um código (qem6aw1izuwxppf1xqkfs) de convite no ato da inscrição.Vamos apoiar esta causa: “Existir para ninguém desistir!”

Ao fazer a inscrição, cada participante recebe um t-shirt da Color Run, uma saqueta com a cor, um dorsal e a doação para solidariedade de uma instituição local.

Mais informações em http://www.thecolorrun.pt Cláudia Nunes

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EM COIMBRA EM COIMBRA

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10º POLIEMPREENDE O mundo empresarial no ISEC

NO ISEC

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O PoliEmpreende é um concurso de ideias de negócio, promovido conjuntamente por todos os Institutos Politécnicos portugueses, que consiste em avaliar e premiar projetos desenvolvidos e apresentados por estudantes do ensino superior.

Esta iniciativa, que começou com alguns politécnicos, estendeu-se desde a sua 5 ª edição em 2008, a todos os Institutos Politécnicos do país e outras escolas superiores, num universo total de mais de 100.000 alunos e 20 escolas.

Numa primeira fase é realizada uma componente regional onde cada Instituto Politécnico promove um conjunto de iniciativas destinadas aos seus alunos, que culminam na escolha do melhor projeto. Mais tarde, numa fase nacional, os projetos vencedores em cada região, são submetidos à apreciação de um júri Nacional que irá escolher os três melhores projetos nacionais.

Estão previstos prémios monetários de 1.000€ a 2.000€, no caso do concurso regional, e 3.000€ a 10.000€, no caso do concurso nacional.

Relativamente ao IPC, tal como se conclui na seguinte tabela, tem ocupado sucessivos lugares de destaque, com algumas ideias a já darem origem a empresas ou patentes de promotores.

Tal deve-se, nomeadamente, ao ISEC que, quer a nível regional como nacional, tem apresentado ideias empreendedoras, inovadoras, criativas e com grandes possibilidades de criarem negócios e emprego.

Na 9ª edição o ISEC, através do DEE arrecadou os 3 primeiros lugares a nível regional, e com o projeto “eSwitch” a ser o vencedor a nível nacional.

No ano de 2013, na 10ª edição do concurso, a coordenação nacional do PoliEmpreende, está a cargo do Instituto Politécnico de Guarda.

Para mais informações:Nelson Pincho: [email protected] Moita: [email protected]://poliempreende.ipc.pthttp://www.poliempreende.pt

David Silva (Com a colaboração do Professor Fernando Moita)

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Jornal Engenhocas - Março 2013 Welcome Erasmus (C) STIC | AE ISEC 2013

NO ISEC

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FENGE ‘13 - FEIRA DE ENGENHARIA A maior feira de engenharia do país volta ao ISEC

NO ISEC

Por opção do autor este artigo não se encontra escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

A FENGE - Feira de Engenharia, regressa numa nova edição de 20 a 23 de Maio no Campus do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra. Esta feira será novamente organizada pelo Gabinete de Emprego e Saídas Profissionais da Associação de Estudantes do ISEC e conta já com várias empresas confirmadas assim como diversos parceiros institucionais.

O Engenhocas entrevistou o Coordenador do Gabinete de Emprego e Saídas Profissionais da AE ISEC, Jérôme Salvador que nos falou sobre o evento.

ENGENHOCAS: Fala-nos um pouco da FENGEJérôme Salvador: A FENGE é uma iniciativa por parte da AE ISEC que foi fundada em 1993 inicialmente chamada NOVATEC e tem como objectivo aproximar os estudantes ao mercado de trabalho.A feira anteriormente realizava-se na Praça da República no entanto em 2011 houve a necessidade de passar da praça para o campus do ISEC visto que a feira se destina aos estudantes e na Praça não conseguíamos ter a visibilidade necessária.

E: Faz-nos um breve balanço da edição do ano passadoJ: Em 2012 a feira contou com mais de 40 empresas com stands como já é habitual assim como 100 palestras em 4 dias o que representou um valor recorde.

E:Quais são as novidades desta edição da FENGE?J: Neste momento temos já 22 empresas confirmadas e a nível programático contamos já com diversas palestras e workshops, posso dar como exemplo do dia 21 no qual a Drª Teresa Botelho da Action Codes irá falar sobre como elaborar um plano de negócios, uma outra novidade será a possibilidade de ver em directo (ou rever) todas as palestras que serão realizadas durante a feira no nosso site (fenge.aeisec.pt).Temos também uma grande novidade que será a realização de uma tertúlia TEDx Coimbra.

Para te manteres a par de tudo o que se passa realicionado com a FENGE mantém-te atento ao site da Feira, AE ISEC e Engenhocas. Pedro Santos

Page 12: Engenhocas - Abril\Maio 2013

ENDA SETÚBAL 2013 A AE ISEC marcou presença em mais um Encontro Nacional de Dirigentes Associativos

No passado dia 8 de março realizou-se o Encontro Nacional de Dirigentes Associativos no Instituto Politécnico de Setúbal tendo este encontro terminado dia 10. A Associação de Estudantes do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra esteve presente neste evento no qual se discutiram a Ação Social, Rede do Ensino Superior e Associativismo, entre outros assuntos.

Segue o Press Release deste ENDA:

O Movimento Associativo Estudantil reuniu em sede de Encontro Nacional de Direções Associativas, em Setúbal, durante os dias 8, 9 e 10 de março.

No que diz respeito à Ação Social, e no seguimento da calendarização definida no último ENDA, foram elaboradas propostas de alteração ao RABEEES – Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo a Estudantes do Ensino Superior a enviar à Secretaria de Estado do Ensino Superior para futura discussão em duas reuniões, também exigidas pelo Movimento Associativo Estudantil em sede de ENDA. Durante o processo de revisão do RABEEES é intenção do Movimento Associativo Estudantil garantir o aumento a abrangência do sistema de ação social, sempre considerando o princípio da justa distribuição dos dinheiros públicos.

Como estruturas fundamentais na construção do sistema de ensino superior, as federações e associações académicas e de estudantes têm a responsabilidade de questionar os modelos ex-istentes, comparando-os com as alternativas disponíveis e propondo soluções coerentes e fundamentadas.

Neste sentido, foi constituída uma comissão para estudar o atual modelo de Ação de Social Escolar em Portugal.

Já no que diz respeito à rede de Ensino Superior, e tendo em conta o relatório recentemente apresentado pelo CRUP, as federações e associações académicas e de estudantes presentes exigem ao Governo a constituição do Conselho Coordenador do Ensino Superior, tal como previsto na Lei e recomendado pelo mesmo relatório, comprometendo-se também a envidar esforços no sentido de trazer para esta reivindicação os restantes membros previstos na constituição do CCES. Foi aprovada ainda uma proposta de racionalização de nomenclaturas de formações iniciais.

No que toca ao Associativismo foi discutida a proposta de nova Lei do Associativismo Jovem, tendo as estruturas presentes aprovado um documento com críticas e contributos ao mesmo.

O Movimento Associativo Estudantil aprovou ainda a realização de uma ação reivindicativa a realizar no próximo dia 24 de março – Dia do Estudante. Para o efeito foi criada uma comissão organizadora que oportunamente divulgará mais pormenores sobre a mesma.

O Movimento Associativo Estudantil manifestou também o seu apoio à candidatura da Associação Académica de Coimbra aos EUSA Games 2016.

Por fim, informa-se que o próximo ENDA será organizado pela Associação Académica da Uni-versidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e realizar-se-á em Vila Real, nos dias 14, 15 e 16 de junho. Pedro Santos

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NO ISEC

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Page 13: Engenhocas - Abril\Maio 2013

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TORNEIOS AE ISEC “OBJETIVO QUEIMA DAS FITAS” Com a Queima à porta vais perder esta oportunidade?

Tal como tem sucedido nos últimos anos a AE ISEC volta a organizar os habituais torneios da Queima das Fitas desta vez com algumas novidades.

Para além do Torneio de Poker (que irá ser realizado dia 29 de Abril), Matrecos e Ténis de Mesa, este ano irá realizar-se também o torneio de Mario Kart Wii, dia 24 de Abril na àrea Polivalente do Bloco Administrativo do ISEC. Aproveita a oportunidade e vem ganhar o teu bilhete geral para a Queima das Fitas 2013!

Ainda podes ganhar.... Torneio de Mario Kart Wii

1º Lugar - Bilhete Geral 2º Lugar - 50% de desconto no Geral

Torneio de Poker

1º Classificado - Bilhete Geral 2º Classificado - 50% de desconto no Geral 3º e 4º Classificados - 15€ de desconto 5º,6º,7º e 8º Classificados - 10€ de desconto

Vais perder esta oportunidade?

NO ISEC NO ISEC

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Page 14: Engenhocas - Abril\Maio 2013

ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA INFORMÁTICA

ENGENHARIA

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Estudantes, professores e empresas voltaram a juntar-se para o 8ª Encontro Nacional de Estudantes de Informática desta vez na cidade do Porto.

Nesta edição do encontro houve uma grande adesão por parte de estudantes universitários de todo o país, onde participaram activamente em palestras de apresentação de empresas e de apre-sentações de trabalhos como segurança, redes, desenvolvimento de software entre outros.

Existiram também diversos workshops para os participantes, em várias areas de informatica nomeadamente desen-volvimento de jogos, HTML 5, Arduino, Segurança (Metasploit), Windows Phone entre muitos outros.Para além disso realizaram-se os habituais convívios no ENEICaffé tendo também ocorrido um churrasco no jantar do segundo dia do evento.

Esta edição do ENEI registou a maior adesão até à data, as próximas edições passarão por Aveiro ou Leiria sendo que ainda resta saber qual destas cidades vai ser a próxima organizadora do Encontro Nacional de Engenharia Informática. Pedro Santos com colaboração de Tiago Andrade

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Page 15: Engenhocas - Abril\Maio 2013

ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA MECÂNICA

ENGENHARIA

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Nos passados dias 21,22, 23 e 24 de março, o núcleo de estudantes do Departamento de Engenharia Mecânica da Associação Académica de Coimbra (NEEMAAC), organizou o Encontro Nacional de Engenharia Mecânica no Polo II da Universidade de Coimbra.Com o objetivo de reunir os estudantes de engenharia Mecânica de todo o país, este encontro integrou inúmeras atividades, destacando-se, as palestras elucidativas referentes às novas oportunidades e dificuldades inerentes ao mercado de trabalho e ainda a exposição dos mais recentes avanços tecnológicos na área. Numa altura em que o mercado de trabalho se encontra cada vez mais competitivo, este encontro pretendeu incutir aos futuros Engenheiros Mecânicos, o espírito empreendedor e a postura a adotar numa futura entrevista de emprego. Neste campo, as palestras incidiram na temática relativa à capacidade oratória, sendo este um dos fatores mais valorizados no recrutamento de profissionais.

O encontro possibilitou, ainda, aos estudantes de Engenharia Mecânica provenientes de outras Universidades do país, descobrir a panóplia de atividades culturais que Coimbra oferece, desde a Universidade, passando também pela Canção de Coimbra, evidenciada através do fado coimbrã. Durante estes dias, a diversão noturna também não foi esquecida, onde locais como a Alta Universitária (candidata ao Património da Humanidade) até à conhecida Avenida Sá Bandeira, foram explorados, criando-se deste modo, uma ponte para o convívio, descoberta e troca de experiências entre os estudantes provenientes de outros pontos do país e os estudantes de Coimbra.

Cláudia Nunes

ENGENHARIA

Page 16: Engenhocas - Abril\Maio 2013

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PURIFICAÇÃO ENERGÉTICA EFICIENTE DA ÁGUA

A escassez de água é um problema ecológico em muitas partes do mundo e numa altura em que as fontes naturais estão sobre exploradas, e em alguns casos, esgotadas, a dessalinização foi o processo encontrado de obter água de forma quase ilimitada.

No entanto, esta técnica acarreta um ele-vado custo energético, principalmente de combustíveis fósseis, sendo por isso destacáveis várias tecnologias emergentes que permitem uma maior eficiência energética nos processos de dessalinização ou de purificação de água residuais.

Técnicas como a eletrodesionização e permu-ta iónica são alternativas de purificação, que permitem remover eficazmente os iões da água.

A osmose inversa é também aplicada, no processo de purificação da água garantindo a remoção de praticamente de todos os seus contaminantes de forma muito económica e de fácil manutenção.

A Luz Ultravioleta e a Ultrafiltração podem ainda, ser aplicadas para a remoção de agentes bactericidas presentes na água, de forma eficaz e rentável.

Futuramente estas tecnologias vão permitir poupar até 50% de energia em relação à que é gasta com os métodos atuais

Osmose inversa para a purificação da água.

Ação da luz UV na remoção dos agentes bactericidas da água.

Cláudia Nunes

ENGENHARIA

Page 17: Engenhocas - Abril\Maio 2013

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CAMPANHA DA DECO PARA PAGAR MENOS PELA LUZ CONSEGUIU 75 MIL CONSUMIDORES EM DOIS DIAS Deco quer provar que ofertas aos pequenos consumidores não são competitivas.

A instituição, que lançou em 25 de fevereiro, a campanha com o mote “juntos pagamos menos”, pretende que os clientes de eletricidade adiram a esta iniciativa, até 30 de abril, findo o qual a Deco fará um leilão, pelo melhor preço, junto dos operadores de mercado, como a EDP, Galp, Endesa ou Iberdrola, entre outros.

Após estarem definidos os operadores vencedores por cada tarifário, os consumidores que aderiram à campanha passarão a ter as condições de preço resultantes do leilão que a Deco tem a expetativa de ser mais baixo do que as atuais tarifas, oferecidas, no mercado livre.Segundo um comunicado da Deco, a intenção é “responder a uma preocupação crescente dos consumidores relativamente aos custos da eletricidade” e “promover um processo transparente e com provas dadas noutros mercados, que visa fomentar a concorrência entre os vários fornecedores do mercado liberalizado”.Esta é uma ação “que visa reduzir a despesa mensal com a eletricidade”, refere a Deco, mas, “para ter o maior sucesso possível, é essencial” que os consumidores façam a sua adesão, de forma a que “quantos mais formos, maior o nosso poder de negociação, junto dos fornecedores, e a pressão, para que nos proponham a tarifa mais baixa possível”.Com esta iniciativa, a associação de defesa dos consumidores espera, também, apresentar vantagens para os fornecedores de eletricidade, como o “acesso a uma larga base de clientes, com significativa redução dos custos de aquisição e comunicação”.Para realizar toda esta operação, a Deco associou-se a um consultor desta área, a PrizeWize, responsável pela plataforma online e com experiência pelo processo, noutros mercados.

O leilão está marcado para 2 de maio e será apurado o vencedor com o preço mais baixo nos vários tarifários.Após a oferta, a partir de 15 de maio, a Deco vai comunicar, a todos os consumidores que participaram na ação, qual o fornecedor vencedor e quanto poderão poupar com o novo contrato, sendo que só mudam se entenderem.A Deco refere, ainda, que poderá vir a receber uma comissão, por cada contrato assinado pelos consumidores, junto do fornecedor que ganhar o leilão.A acontecer, a associação indica que quer “privilegiar” os associados e só irá reter o valor dos não associados “para cobrir os custos administrativos, de organização, de publicidade, de gestão e o investimento em programas”.A instituição adianta que a “é a primeira vez que um leilão de eletricidade ocorre, em Portugal, mas a experiência de países como a Alemanha, a Bélgica, a Holanda e a Inglaterra mostra que é uma forma de conseguir boas poupanças para os consumidores”.

Agência Lusa/Engenhocas

Mais informações: https://www.paguemenosluz.pt/

ENGENHARIA ENGENHARIA

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VEÍCULOS HÍBRIDOSTodos estamos familiarizados com carros a gasolina ou diesel e a maioria das pessoas já ouviu falar em carros elétricos. No entanto, os híbridos continuam a provocar uma certa curiosidade. Um automóvel híbrido é nada mais que uma combinação dos dois, mantendo componentes de veículos a gasolina e elétricos, numa tentativa de obter o melhor dos dois mundos.

Um veículo a gasolina produz um volume relativamente grande de poluição e, em geral, faz poucos quilómetros, por litro de combustível; por sua vez um veículo elétrico quase não polui, mas realiza 80 a 200 km, entre recargas. Posto isto, um automóvel híbrido combina as duas tecnologias, possuindo um motor de combustão interna, normalmente, a gasolina, e um motor elétrico, que permite reduzir o esforço do motor de combustão e, assim, diminuir os consumos e emissões, face a um automóvel movido a gasolina, enquanto supera as deficiências de um carro de propulsão elétrica.

Estes veículos híbridos têm o seguinte funcionamento: para velocidades inferiores a 50km/h, o motor elétrico entra em funcionamento, permitindo, assim, andar num ambiente citadino apenas com o elétrico, o que irá reduzir o número de poluentes. Para velocidades superiores a 50 km/h, entra em ação o motor de combustão, mais adequado para longas viagens.

ESTRUTURA E COMPONENTES

Motor a gasolina O veículo híbrido tem um motor a gasolina, bastante semelhante àquele que encontramos na maioria dos restantes automóveis. No entanto, o motor de um híbrido é, por norma, menor e usa tecnologias avançadas, para reduzir a emissão de poluentes e aumentar sua eficiência. Um motor pequeno é mais eficiente, pelo uso de peças menores e mais leves, pela redução do número de cilindros e pela operação do motor mais próximo à sua carga máxima.

Tanque de combustível O tanque de combustível de um híbrido é um dispositivo de armazenamento de energia, para o motor a gasolina. A gasolina tem uma densidade de energia muito superior à das baterias. Por exemplo, são precisos 450 gramas de baterias, para armazenar energia gerada por 3,79 litros ou 3 quilogramas de gasolina.

Motor elétrico O motor elétrico é um veículo híbrido muito sofisticado. A tecnologia eletrónica avançada permite a atuação, como motor ou como gerador. Por exemplo, se for preciso, o automóvel pode extrair energia das baterias, para acelerar, e, numa descida, quando não for necessário, o sistema de travagem regenerativa funciona como travão e pode, ao mesmo tempo, agir como gerador, devolvendo energia às baterias.

Gerador O gerador é similar a um motor elétrico, mas age, apenas, para a produção de energia elétrica.

Baterias As baterias de um veículo híbrido são o dispositivo de armazenamento de energia, para o motor elétrico. O motor elétrico de um híbrido pode fornecer ou ainda retirar energia das baterias.

Transmissão A transmissão, num veículo híbrido, executa a mesma função básica que a transmissão de um carro convencional. Alguns híbridos, como o Honda Insight, têm transmissões convencionais, enquanto outros possuem sistemas de transmissão radicalmente diferentes, como é o caso do Toyota Prius

Marcos Rodrigues / Ricardo Rosa

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EUROPA PRECISA DE MAIS 30% ENGENHEIROS

A Europa precisa, urgentemente , de mais engenheiros. As empresas, sobretudo dos países nórdicos, estão a ter cada vez mais dificuldades em conseguir encontrar diplomados, para preencherem os empregos disponíveis. Para resolver este problema, oito das melhores escolas de engenharia europeias – (sendo o Instituto Superior Técnico (IST) o representante português) - criaram o projeto “Attract”, que tem, como principal objetivo, “atrair mais jovens para os cursos de engenharia e tecnologia” afirma Mirko Varano, da Universidade KTH, na Suécia.

Mas como é que se consegue convencer mais es-tudantes a seguirem estas áreas? Mostrando-lhes o futuro risonho que os espera, no final do curso. “Elevados salários, facilidade de entrar no mercado de trabalho e possibilidades de uma carreira internacional”, são algumas das vantagens dos diplomados em engenharia - argumentos utilizados, no documento “Enhance the Attractivness of Studies in Science e Techonology - The attractiviness of being a engineer”, coordenado por Mats Hanson da KTH, Royal Institute of Technology, na Suécia.

É preciso, ainda, “mostrar aos estudantes que a engenharia é divertida” e não uma profissão de nerds, acrescenta.

No entanto, não basta aumentar o número de alunos que entram. Há que conseguir, posteriormente, mantê-los nas licenciaturas e combater o abandono escolar, criando-se sistemas de acompanhamento, como tutores, sublinha Lourtie. “Muitos jovens, com excelentes notas no ensino secundário, chegam ao Técnico completamente perdidos”, acrescenta. Durante o encontro, foram propostas outras medidas, como a assinatura de um contrato de formação, entre alunos e professores, logo no início do curso.

Para mais informações:http://www.attractproject.org/

“O engenheiro ideal é um composto ... Ele não é um cientista, ele não é um matemático, ele não é um sociólogo ou um escritor, mas ele pode usar o conhecimentos e técnicas de qualquer ou todas essas disciplinas na solução problemas de engenharia “.N. W. Dougherty (1955)

economico.sapo.pt/Engenhocas

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SILÍCIO DE GRAU SOLAR

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O silício purificado possui diversas aplicações. Foi identificado, pela primeira vez, em 1787, pelo químico francês Antoine Laurent de Lavoisier, e pode ser utilizado tanto para a produção de ligas metálicas e preparação de silicones, como na indústria cerâmica, eletrónica e fotovoltaica.

O elemento químico purificado é a principal matéria-prima dos microprocessadores de computadores, fabricados por empresas de eletrónica e informática. O silício é a matéria-prima usada para a fabricação dos painéis solares, recorrendo às células fotovoltaicas, para transformar a energia solar em energia elétrica.

Uma célula solar fotovoltaica é, em geral, constituída por um cristal de silício (um semicondutor) em que os extremos, por ação da radiação solar, criam uma diferença de potencial (efeito fotovoltaico).

Para a produção destas células de alta eficiência, é necessária uma tecnologia muito complexa, como, por exemplo, processos especiais de texturização da superfície, de forma a diminuir a refletividade da célula, ou criação de campos elétricos da célula, para reduzir a recombinação. As células produzidas a nível industrial apresentam eficiências típicas da ordem dos 15%.

A expressão “grau solar” refere-se ao nível de pureza do silício, que deve ser alcançado para que as células solares sejam eficientes, isto é, quanto maior a pureza do silício, mais eficiente será a célula solar fotovoltaica.

O silício de grau solar é obtido através de um procedimento, que consiste no melhoramento do silício metalúrgico.

O silício metalúrgico é submetido a uma desgaseificação a vácuo, realizado num forno de feixe de eletrões. Este processo reduz as impurezas, com pressão de vapor maior que a pressão do silício. Assim sendo, impurezas com pressão de vapor menor não são eliminadas.Após esta etapa, produz-se lingotes de silício num sistema chamado “Czochralski”. Os lingotes são cortados, em forma de lâminas, para a fabricação das células solares. Na fabricação de células solares, é realizada uma nova etapa de purificação do silício, por um processo de captura de impurezas a altas temperaturas, utilizando átomos de fósforo introduzidos por difusão.

Diversas empresas europeias produzem silício de grau solar, sendo que o programa de energia não nuclear está a financiar trabalhos de investigação e desenvolvimento (I&D) com vista a uma produção mais rentável e eficiente deste tipo de silício, de modo a garantir o abastecimento europeu em todos os tipos adequados de silício de grau solar

Hirllany Lago (Fonte: UNICAMP)

Painel fotovoltaico

Silício em estado bruto

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ENERGIAS RENOVÁVEIS ABASTECEM PORTUGAL DE ELETRICIDADE DEVIDO AO MAU TEMPO.

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Nos últimos cinco dias de março Portugal viu as suas necessidades de energia elétrica praticamente satisfeitas a 100% pelas energias renováveis(Éolica e Hídrica).

Eólicas e barragens estiveram a gerar eletricidade suficiente para todo o país, incluindo nas horas de maior procura (das 8h às 10h e das 19h às 21h, sendo o recurso às centrais térmicas a carvão foi residual).

Segundo a REN (Redes Energéticas de Portugal) as eólicas e as barragens beneficiaram do mau tempo que assolaram o país e que dispensaram por completo as centrais térmicas a gás natural.

No dia 1 de abril, por exemplo, dos 124,7 gigawatts hora (GWh) consumidos, apenas 3,8 GWh tiveram origem nas centrais térmicas a carvão. Só as eólicas injetaram no sistema elétrico nacional 65,8 GWh durante o primeiro dia de abril.

Já por ocasião do temporal registado na noite de 18 para 19 de janeiro deste ano tinha havido uma produção considerada “excecional” de eletricidade como origem em fontes renováveis (55% do consumo ocorrido nessa data), por alguns especialistas em energia. Portugal conseguiu cinco dias consecutivos com o sistema eletroprodutor quase 100% assente em fontes de energia renováveis que manteve o nosso país livre de emissões de CO2 na produção de eletricidade, com destaque para as eólicas e para as barragens.

Como nestes dias, Portugal produziu mais do que o necessário para o consumo interno, houve aumento das exportações de eletricidade, proporcionando à balança comercial de energia elétrica um saldo positivo.

Ricardo Costa (Fonte: Jornal Expresso)

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JOVENS TALENTOS Estudante de 19 anos desenvolve projeto para limpar oceanos

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É crescente o número de jovens empreendedores nos dias de hoje e, cada vez mais somos agradavelmente surpreendidos por ideias inovadoras que contribuem para a evolução e o desenvolvimento da sociedade em geral. Como bons exemplos a seguir temos, Boyan Slat, um jovem holandês de 19 anos, que desenvolveu um projeto para limpar os oceanos.

O projeto consiste numa rede flutuante de barreiras e plataformas de processamento que, em vez se movimentarem aleatoriamente, atravessam o raio de uma mancha de lixo, a funcionar como um funil de dimensões gigantescas. A ideia de Boyan Slat surgiu ainda no liceu, onde efetuou análises sobre o tamanho e as quantidades de plásticos que constituem o lixo do oceano.

O jovem já foi galardoado com alguns prémios e apresentou a versão final do projeto na TEDxDelft 2012.

Boyan fundou a The Ocean Cleanup Foundation, uma organização sem fins lucrativos responsável pelo desenvolvimento das suas propostas de tecnologia. A sua solução engenhosa poderá salvar centenas de milhares de animais aquáticos anualmente, além de levar a uma poupança em custos de limpeza e danos de embarcações.

Prevê-se que o processo de limpeza ocorrerá em cerca de cinco anos, contribuindo para a consciencialização do perigo do plástico no mar. O ângulo das barreiras forçaria o plástico a seguir na direção das plataformas, onde seria então separado do plâncton, filtrado e armazenado para reciclagem.

Um dos problemas no trabalho de prevenção nesta área é que estes restos de lixo estão dispersos ao longo de milhões de quilómetros quadrados, parecendo que não existem. Mas este sistema inovador pode acumular plástico de diferentes partes e torná-lo de fato visível.

Hirllany Lago(Fonte: Greensavers)

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JOVEM DE 17 ANOS FICA MILIONÁRIO E tu tens alguma ideia que possa valer milhões?

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Nick D’Aloisio, um jovem inglês, criou a aplicação Summly quando tinha apenas 15 anos.Agora com 17 anos, Nick D’Aloisio, vendeu a app Summly à empresa norte-americana Yahoo.

A ideia surgiu quando o jovem estudava para um exame de história, “Eu estava a usar os mecanismos de busca online para pesquisas para o exame e notei que os resultados que obtinha eram irrelevantes para a minha pesquisa e prejudicavam a minha atenção, logo a ideia foi de criar uma tecnologia que permitisse que qualquer artigo se resumisse automaticamente em poucos parágrafos e assim se tornasse mais fácil de ler, ao invés de ter o artigo integralmente” afirmou o rapaz em entrevista à BBC.

Summly é um agregador de notícias disponível para smartphones e que torna a organização do conteúdo simples e intuitiva pela possibilidade de organizar o conteúdo por cores e por separadores.

A Yahoo não confirma os valores da compra, mas fontes do site Business Insider apontam para cerca de 23 milhões de euros.

Hirllany Lago (Fonte: Visão)

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IMPRESSORAS 3D

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A Impressão 3D é uma forma de tecnologia de fabricação aditiva, onde um modelo tridimensional é criado por sucessivas camadas de material. As impressoras 3D funcionam utilizando ficheiros com peças tridimensionais construídas a partir de programas de desenho, que depois são convertidas em objetos físicos. À medida que a máquina assume o design da peça, liberta sucessivas quantidades de líquido, pó e camadas que, dependendo da sua densidade estabelece a resolução de impressão.

Além de serem mais rápidas e poderosas que outras tecnologias aditivas, também são capazes de imprimir partes de materiais com diferentes propriedades físicas e mecânicas. A tecnologia de impressão avançada, imita com precisão a aparência e funcionalidades de alguns produtos.

Nos últimos anos, as impressoras 3D tornaram-se financeiramente acessíveis para pequenas e médias empresas, levando a prototipagem da indústria pesada para o ambiente de trabalho.

Esta tecnologia é utilizada em diversos ramos de produção, como em joalharia, calçado, design de produtos, arquitetura, indústria automotiva, aeroespacial e de desenvolvimento biomédico.

Um dos modelos mais avançados para uso caseiro de uma impressora 3D, é o Replicator 2, da empresa norte-americana MakerBot, com capacidades de res-olução de 100 µm a 300 µm e espaço para construção de modelos de 1041 cm3.

Outro modelo de impressoras 3D domésticas é a Ultimaker, que estão disponíveis no mercado há algum tempo. Com o peso de 9kg, a impressora vende-se num kit que deverá mon-tado pelo próprio utilizador e custa cerca de 850 euros.

MakerBot Replicator 2Quando a MakerBot Replicator 2 está em ação, usa um filamento PLA (Ácido Polilático) natural para “imprimir” e segue-se um esquema para impressão de linha após a linha do composto até que a imagem 3D do objeto desejado tenha sido totalmente replicado.

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Mónica Araújo (Fonte: Expresso)

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BEAT 4 BIT

Dois ex-alunos do curso de Engenharia Informática do ISEC (Miguel Monteiro e Luís Machado), orientados pelo docente Jorge Bernardino (DEIS-ISEC) e Alexandre Pinto (iClio), realizaram estágio na iClio, empresa presente no IPN (Instituto Pedro Nunes) e promoveram o desenvolvimento de um conceito inovador: BEAT4BIT.

Esta nova abordagem pretende adicionar valor ao mundo da música, promovendo novas experiências na relação entre os produtos e criativos do universo da música e os seus consumidores e fãs através de um conjunto de aplicações que se propõem desenvolver experiências Taylor Made.

No programa ‘5 para a Meia-Noite’ com Nuno Markl foi apresentada e lançada no mercado a primeira aplicação, deste gênero dedicada aos ANAQUIM, também de Coimbra. A aplicação, disponível no Google Play e na Apple AppStore / iTunes.

Hirllany Lago com a colaboração de Miguel Monteiro

O mercado das aplicações móveis, a cada dia mais complexo e global, exige novas competências e especializações, sendo que a música, criatividade e tecnologia necessitam de uma integração cuidada, pois têm como target a promoção de experiências integradas em produtos que respondam às necessidades dos promotores e dos seus fãs. Aproximar o mundo da música, entre quem faz e quem ouve, à distancia de um clique e na palma da mão é o grande objetivo.Nestas aplicações encontra-se informação sobre os músicos, música, concertos, fotos, vídeos, loja virtual e experiências/jogos.

Espera-se que este tipo de aplicação, promova a proximidade entre produtores e consumidores de música, através do acesso e aquisição legal de conteúdos. Num contexto global em que existem cerca de três aplicações para cada habitante é compreensível a dimensão deste mercado emergente, já não usamos os telemóveis para telefonemas ou mensagens, estamos noutra Era de comunicação móvel.

Espera-se que o mundo da música adira ao BEAT4BIT para estar cada vez mais próximo dos seus fãs e do mercado.

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BEAT4BIT ♯ www.beat4bit.com ♯ [email protected]

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FORMULA STUDENT

A Formula Student é a versão britânica da competição automóvel Formula SAE (Society of Automative Engineers) entre universidades mundiais, organizada pelo Institution of Mechanical Engineers , Reino Unido, com parceria da organização mundial Society of Automotive Engineers.Trata-se da conceção, desenho e fabrico de um veículo do tipo Fórmula 1. O projeto é inteiramente gerido e realizado por alunos. No final de cada ano, o produto final participará no evento Formula Student que se desenrola em países como Alemanha, Itália ou Inglaterra.

Objetivos

A filosofia da competição de Formula Student é a de proporcionar, exclusivamente para Universidades, uma competição semelhante, mas reduzida à escala, a todas as grandes competições atualmente existentes no panorama automóvel mundial (Formula 1, Indy Car Racing, etc..);

Pretende-se construir os melhores e mais rápidos carros e estimular a tecnologia para obter soluções inovadoras, mas tudo isto tem que ser feito dentro de um apertado budget, respeitando regulamentos complexos com base nas competições automóveis sobre a égide da FIA, e ainda, tendo como finalidade clara a possibilidade de construção, com lucro, de 1000 unidades por ano.Para se ter uma noção da dimensão da tarefa a realizar, convém lembrar que se trata da conceção, de raíz, de um veículo de competição, o que mesmo para uma marca automóvel representa um enorme esforço financeiro e humano (milhares de horas de trabalho de profissionais qualificados).

Os carros

Os protótipos são monolugares do tipo Fórmula, onde os propulsores utilizados são geralmente de motas, e por regulamento não podem exceder os 615cc mas estão limitados por um restritor de 20mm na admissão.

Estes motores têm desempenhos muito interessantes, visto que os melhores aceleram dos 0 aos 100 km/h em menos de 4 segundos, atingindo facilmente velocidades superiores aos 150km/h. Os monolugares têm pesos entre os 170kg e 300kg, com piloto, consoante a opção das equipas em utilizar um ultraleve motor monocilíndrico ou um potentíssimo quatro cilindros.

Ricardo Costa (Fonte: Wikipédia)

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ENERGIA SOLAR TRANSFORMA CO2 EM COMBUSTÍVEL PARA CARROS

Carros elétricos não são aviões, mas, certamente, já teriam descolado se a tecnologia das baterias não estivesse, praticamente, estacionada, nos últimos anos.

Porém, há uma ideia que parece estranha, à primeira vista, mas que tem grande potencial, não apenas para explorar a energia solar, como, também, para alimentar os carros a combustão, com um combustível que será, essencialmente, gerado por eletricidade.

A ideia consiste em armazenar a eletricidade, em combustíveis líquidos, que poderão, então, ser queimados, por motores a combustão, ou seja, os carros poderiam ser indiretamente alimentados por eletricidade, sem que precisassem ser convertidos em veículos elétricos.

O alcance disto pode ser, ainda, maior, uma vez que a fonte para a produção de tal combustível líquido é o dióxido de carbono, que todos gostariam de ver desa-parecer - pelo menos, a parte gerada pelo homem -, para tentar diminuir e evitar o aquecimento global.

Uma demonstração de que isto é, tecnicamente, possível, foi realizada pela equipa do Dr. James Liao, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (EUA), onde desenvolveram uma técnica, que usa eletricidade, para converter dióxido de carbono em isobutanol.

Se for usada energia solar, o processo imita, essencialmente, a fotossíntese, convertendo a luz do Sol em energia química.

Um sistema integrado eletro-microbiano produz combustível a partir do CO2 e da luz do Sol. [Imagem: UCLA]

Inovação tecnológica/ Engenhocas

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Welcome Erasmus @ ISEC A Primavera no ISEC com mais uma iniciativa da tua AE

Foi no dia 21 de Março que se realizou o Welcome Erasmus, uma iniciativa organizada em conjunto por todas as AE’s do IPC sendo a anfitriã foi a AE ISEC. Este evento que contou com a presença de 76 alunos do programa Erasmus teve início à tarde com uma apresentação no Anfiteatro do ISEC terminando com uma actuação da ISECOTUNA. Posteriormente decorreu uma apresentação dos diversos projectos de todas as unidades orgânicas do Politécnico de Coimbra no edifício Polivalente do Instituto seguido de um jantar na Escola de Hotelaria de Coimbra onde o Grupo de Fados e Cordas Para Sempre Coimbra actuou.

Texto e Coordenação de Reportagem: Pedro Santos Fotografia: Cadu Marques

Após o jantar seguiu-se um mini-convívio na Sala de Estudo Ricardo Ferraz do ISEC. Apesar do tempo não se mostrar favorável o ambiente descontraído e animação tanto da organização como de todos os alunos envolvidos no evento marcou o dia sendo que todos os alunos se mostraram bastante participativos e deram, no geral, um feedback francamente positivo.

O evento terminou com um convívio no Rugby Club.

Finalizou-se assim o evento que deu as boas vindas a estes nossos colegas que independentemente das suas origens são agora também estudantes de Coimbra.

TEMA DE CAPA

28Por opção do autor este artigo não se encontra escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

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TEMA DE CAPA

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TEMA DE CAPA

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PROGRESSOS NA ENGENHARIA BIOMÉDICA

NO MUNDO

Bioengenharia dá solução para a calvície

Quando alguém é atingido pela calvície, a possibilidade de o cabelo voltar a crescer, de forma natural é, praticamente, impossível. Porém, com a ajuda da bioengenharia, o ‘milagre’ poderá estar para breve. Uma equipa de investigadores japoneses desenvolveu uma nova técnica, com células estaminais, capaz de regenerar, totalmente, o pelo. Em ratos adultos, sem pelos nem bigodes, os cientistas implantaram germes de folículo piloso e conseguiram que os pelos crescessem sãos e fortes.

Os investigadores preparam-se, agora, para realizar ensaios clínicos em seres humanos, dentro de três anos, para encontrar uma cura para a alopecia e problemas capilares semelhantes. Os folículos, criados através da bioengenharia, desenvolveram as estruturas corretas e ligações adequadas com os tecidos circundantes – pele, músculos e nervos. Não foi detetada qualquer diferença entre estes pelos e os naturais. O estudo, acreditam os cientistas, é um avanço no desenvolvimento da próxima geração das terapias regenerativas, para substituição de órgãos danificados por doenças, lesões ou envelhecimento.

Sensor que segue o desenvolvimento de tumores

Uma equipa de investigadores alemães, da Technical University Munich , desenvolveu um sensor que pode ser implantado junto de tumores, para monitorizar o seu crescimento. A aplicação capta níveis de oxigénio próximos do tecido, para detetar se o tumor se desenvolve. Os resultados são, posteriormente, transmitidos à equipa médica, via wireless – reduzindo a necessidade de scanners e idas frequentes ao hospital, para vigiar o crescimento do tecido.

Os especialistas esperam conseguir tratamentos mais direcionados e menos agressivos. O sensor está, ainda, em fase de desenvolvimento, mas os cientistas consideram que possa estar pronto, dentro de dez anos, para uso médico.

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EM PORTUGAL

Português faz avanços em regeneração óssea

O investigador Vítor Espírito Santo, da Universidade do Minho, esteve, no Japão, a desenvolver biomateriais para a regeneração de ossos e de cartilagens. O processo é feito pela estimulação das células estaminais. Os biomateriais desaparecem, aos poucos, deixando o tecido regenerado. Os avanços científicos vão permitir, por exemplo, a total regeneração de defeitos ósseos e de cartilagem incapazes de se autorregenerar e, a longo prazo, deverão ser uma alternativa/complemento às próteses metálicas, que têm uma duração limitada e, em certos casos, são incompatíveis.O estudo centra-se no design de sistemas de libertação controlada de fármacos, à escala nanométrica, com posterior desenvolvimento progressivo de biomateriais organizados, na forma de sistemas hierárquicos. O principal objetivo é a simulação da estrutura e morfologia dos tecidos naturais, osso e cartilagem, sobre os quais se pretende atuar. Os materiais poliméricos usados têm, essencialmente, origem natural. Vítor Espírito Santo está a testar concentrados de plaquetas do sangue, enquanto agente bioativo, para incluir nos biomateriais desenvolvidos, de modo a promover a estimulação da proliferação e diferenciação das células estaminais. A parceria com a Universidade de Quioto, na equipa do professor Yasuhiko Tabata, um dos maiores nomes mundiais na área, permitiu ao aluno da Universidade do Minho atingir uma nova etapa, especialmente no teste dos materiais em modelos animais, como os ratos.

Inflamação “aproveitada” para regenerar tecidos

Quando são feitos implantes, ocorrem, no organismo, respostas inflamatórias que, quando exageradas, podem levar à rejeição. Contudo, se a inflamação for controlada, contribui para a regeneração de tecidos. Com o “objetivo de perceber o equilíbrio benéfico da resposta inflamatória e modelá-la para a regeneração de tecidos e recrutamento de células estaminais”, uma equipa portuguesa do Instituto de Engenharia Biomédica desenvolveu uma investi-gação, em que modificou materiais para implan-tes, promovendo uma ativação eficaz das Natural Killers , células que conduzem a uma resposta inflamatória controlada, indispensável à regeneração dos tecidos. Catarina Almeida afirma que foi feito um estudo de “como os materiais [para implantes] afetam as células NK e qual o seu efeito sobre o comportamento das células estaminais”. Neste trabalho, o grupo recorreu a “biomateriais modificados com moléculas inflamatórias”, de forma a controlar o comportamento das células NK. Além da sua função normal de defesa, estas emitem informação para o meio circundante, de forma a recrutarem células estaminais dos tecidos adjacentes e iniciar o processo de regeneração.

Nas experiências in vitro, “não houve uma resposta inflamatória exacerbada na presença do biomaterial”, notando-se algumas alterações na sua superfície, o que garante que as NK aderiram bem. Contudo, a investigadora sublinhou que, dado este ser um estudo inicial, “não se sabe qual será o efeito num sistema in vivo, que é muito mais complexo”. Adriana Gaspar

(Fonte: Ciência Hoje)

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GESTÃO AMBIENTAL

A gestão ambiental não é um conceito novo, nem mesmo uma atividade nova. Desde sempre, o Homem teve de interagir, responsavelmente, com a natureza e, quando tal não aconteceu, teve de enfrentar as consequências da sua atuação.

Assim, pode dizer-se que a gestão ambiental é a administração do exercício de atividades, económicas e sociais, de forma a utilizar, racionalmente, os recursos naturais, renováveis e não-renováveis. Deve, ainda, visar o uso de práticas que garantam a conservação e preservação da biodiversidade, a reciclagem das matérias-primas e a redução do impacto ambiental das atividades humanas, sobre os recursos naturais.

Neste contexto, a implementação, nas empresas e organizações, de Sistemas de Gestão Ambiental (SGA) tem sofrido um aumento significativo, verificando-se, a nível mundial e, também, em Portugal, um crescimento muito considerável do número de entidades que solicitam a certificação dos SGA.

Os Sistemas de Gestão Ambiental foram projetados para permitirem, a uma empresa ou organização, integrar uma abordagem planeada, coordenada e organizada, para a gestão dos efei-tos das suas atividades, produtos e serviços, sobre o meio ambiente. A implementação de um SGA deve resultar de uma estratégia, delineada pelos órgãos de topo de uma empresa ou organização, resultando num forte compromisso da organização para com o SGA, implementando-o e aperfeiçoando-o de forma a atingir a metas delineadas.

Através do reconhecimento público da utilização de um SGA, a empresa pode demonstrar e assegurar, a todas as partes interessadas, que conduz os seus negócios de forma amiga do ambiente.

Durante as últimas duas décadas, surgiram diversas normas, relativas à implementação de SGA, e a certificação destes permite, a uma empresa ou organização, obter todas as mais-valias das metodologias, segundo a Norma ISO 14001:2004 ou o Regulamento EMAS II (Eco-Management and Audit Scheme), assim como o reconhecimento, por parte dos clientes, fornecedores, parceiros, entidades públicas e cidadãos, em geral, do esforço realizado, pelas organizações, para a melhoria da sua performance ambiental. Tanto a Norma 14001:2004, bem como toda a sua série, permite demonstrar, aos SGA, os seus compromissos com a proteção do meio ambiente, reforçando a sua imagem institucional e acompanhando a constante evolução do mercado.

Contudo, com o aumento dos conhecimentos sobre a gestão do meio-ambiente, as entidades reguladoras começaram a funcionar mais em termos de ecossistemas e de eco regiões. Um número, cada vez maior, de organizações começou a tratar o meio ambiente de forma sistemática.

Verifica-se, atualmente, que as empresas começaram a encarar a necessidade de implementar medidas de proteção ambiental, como parte do seu modelo de gestão.

David Silva

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A IMPORTÂNCIA DA ENERGIA HÍDRICA EM PORTUGAL.Com a infeliz dependência exterior de Portugal, por recursos energéticos, o Nosso Governo, em 2008, propôs-se a construir 5 novas centrais hidroelétricas, no nosso país, e, ainda, reforçar 4, das já existentes, com investimentos na ordem dos 2,5 mil milhões de euros. O Governo tem, assim, a intenção de duplicar a capacidade de produção e de garantir que 45% da energia produzida, em 2010, seria via energias renováveis, garantindo maior autonomia energética.

Os resultados, de 2010, colocaram o país acima dos objetivos, traçados pelo Governo, sendo de destacar, que nos encontrávamos 6% além das metas impostas, pela União Europeia. Segundo dados divulgados pela APREN - Associação de Energias Renováveis, Portugal conseguiu que a produção de energias renováveis atingisse, em 2010, 52,7% do total da energia consumida. Mesmo assim, porém, existe muita energia a recuperar, muito Carbono a deixar de enviar para a atmosfera e muita importação a reduzir.

Em Portugal, existem 145 barragens com mais de 15 metros de altura. Com o objetivo de atingir os 7000 MW de potência instalada, em energia hídrica, até 2020, aproveitando, desta forma, cerca de 67% do potencial hídrico do país, a construção e o reforço das barragens tem sido uma realidade.

Contudo, este plano vem servir muito bem os interesses económicos, sobretudo, dos grandes grupos que querem entrar no mercado da energia.

Além do mais, não é de esquecer que a construção de mais barragens e o reforço das já existentes, irá afetar os ecossistemas, presentes nesses rios e respetivas margens, destruindo habitats, florestas e contribuindo para o desaparecimento de diversas espécies, o que leva à redução, consequente, da biodiversidade aquática. Esta construção interfere, ainda, no ciclo natural dos processos erosivos e sedimentares.

Concluindo, se as grandes barragens e os sistemas hidráulicos contribuem para alterações locais, regionais e globais, é necessário avaliar este tipo de empreendimentos, no vasto contexto das diversas consequências, procedendo, então, a estudos, para averiguar os diversos impactos ambientais, através de uma boa base de informação e, também, da cooperação entre ecologistas e projetistas da barragem, não esquecendo a importância do conhecimento da atmosfera, da biosfera, da hidrosfera e da parte superior da litosfera, no quadro geográfico concreto, em que se inserem.

Perspetivas, por parte do governo, da evolução da capacidade hídrica, instalada em Portugal.

André Sousa (Fonte: notapositiva.com)

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David Silva

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BANCO ALIMENTAR CONTRA A FOME

Os Bancos Alimentares são animados por voluntários e associações de inspiração humana e espiritual. Para poderem congregar todas as boas vontades, os Bancos Alimentares não podem depender do Estado, da Igreja ou de partidos políticos. Devem ser como a água: inodoros, insípidos e transparentes. O trabalho de equipa permite uma ação comum, empenhada no bem comum, ao serviço dos outros, apesar das diferenças.Num mundo onde o individualismo e o corporativismo dão origem à exclusão, é importante sublinhar o espírito, no qual se exerce a atividade humana dos Bancos Alimentares, cuja missão é lutar contra a exclusão e ser agente de unidade.

Os Bancos Alimentares Contra a Fome recolheram, em dezembro de 2012, realizada em 1668 superfícies comerciais de todo o País, um total de 2914 toneladas de géneros alimentares. Tanto as quantidades recolhidas, como o número de voluntários envolvidos ultrapassaram todas as expectativas.

Em termos de quantidades, os resultados excederam, em 13,7%, os atingidos em 2011. Já no tocante a voluntários, os cerca de 38 mil que responderam à chamada, constituiu um recorde absoluto, confirmando que esta iniciativa de voluntariado não tem, ao nível da dimensão, qualquer paralelo no nosso país.

Os portugueses – e, em particular, a sociedade civil – responderam, assim, de forma positiva ao desafio que o lema desta campanha lhes lançou, provando que “maior do que a crise que nos bate à porta, é a solidariedade dos portugueses”.

A atividade dos Bancos Alimentares Contra a Fome prolonga-se, ao longo de todo o ano. Para além das campanhas de recolha, em supermercados, organizadas, duas vezes por ano, os Bancos Alimentares Contra a Fome recebem, diariamente, excedentes alimentares doados pela indústria agroalimentar, pelos agricultores, pelas cadeias de distribuição e pelos operadores dos mercados abastecedores.

São, assim, recuperados produtos alimentares que, de outro modo, teriam como destino provável a destruição. Deste modo, para além de combaterem, de forma eficaz, as carências alimentares, os Bancos Alimentares Contra a Fome lutam contra uma lógica de desperdício e de consumismo, apanágio das sociedades atuais.

PRÓXIMA CAMPANHA DE RECOLHA EM SUPERMERCADOS E ON LINE 1 e 2 de Junho de 2013.Reserves já a data. Se quiseres ser voluntário contates o Banco Alimentar da tua região.

Para mais informações:

Banco Alimentar Contra a Fome: 91 900 02 63 / 21 364 96 55 - www.bancoalimentar.ptEm Coimbra:Morada: Venda do Cego 3040-809 CERNACHETelefone: 239 947 389Fax: 239 947 673Email: [email protected]

Adriana Gaspar (Fonte: bancoalimentar.pt)

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Adriana Gaspar (Fonte: bancoalimentar.pt)

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RECONHECIMENTO DO CURSO DE ENGEN-HARIA NO BRASILO ministro da Educação do Brasil, Aloizio Mercadante disse, no dia 07 de março, em Lisboa, que as universidades portuguesas e brasileiras estão a trabalhar, intensamente, para resolver problemas, no reconhecimento de diplomas, na área da engenharia e arquitetura.

“Oito universidades brasileiras e 15 universidades portuguesas estão a trabalhar, intensamente, para resolver, no âmbito das universidades, - porque, no Brasil, quem reconhece diploma são as universidades públicas, - o problema do reconhecimento dos diplomas, de engenharia e arquitetura, entre os dois países”, declarou Mercadante.

O ministro brasileiro falava, numa conferência de imprensa, conjunta com o ministro da Educação português, Nuno Crato.“Será muito rápido [a resolução do reconhecimento dos diplomas de engenheiros e arquitetos portugueses, no Brasil]”, afirmou Aloizio Mercadante.

“Para isso, [as universidades] estão a trocar os currículos dos cursos, a analisar as grelhas curriculares, carga horária, as disciplinas para verificar a compatibilidade, mas está muito próximo de ser resolvido”, acrescentou.

Solnet/Engenhocas

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Portas, já havia pedido a Mercadante, durante uma visita, ao Brasil, em junho de 2012, que o reconhecimento dos diplomas dos engenheiros e arquitetos portugueses fosse realizado o mais breve possível.

Mercadante referiu, ainda, que, depois de solucionado o problema do reconhecimento dos diplomas, será iniciado o diálogo, para o registo dos profissionais portugueses, no Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia (CREA) no Brasil, sem o qual não podem trabalhar.

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TECNOLOGIA WIRELESS TESTADA EM CIRURGIAS

A tecnologia ‘Kinect’, que permite jogar videojogos, sem qualquer contato físico com os aparelhos, está a ser testada, em Londres, na área da saúde. Esta tecnologia pode vir a contribuir para a redução de contaminações, durante as intervenções cirúrgicas.

Sem ser necessário tocar em ecrãs ou comandos, a tecnologia, batizada de ‘Kinect’, originalmente desenvolvida pela Microsoft, permite ativar e controlar os dispositivos, através de sensores, que captam comandos de voz e movimentos corporais (gestos).

De acordo com o comunicado emitido, pela Lancaster University, parceira do King’s College, neste projeto, no caso específico das cirurgias, este tipo de tecnologia foi aplicado a pequenas câmaras de vídeo, permitindo, aos médicos, ver e manipular as imagens que querem examinar, durante uma cirurgia (tarefa, normalmente, desempenhada manualmente, por um outro profissional de saúde, que segue as orientações do cirurgião).

As imagens são bastante fiéis, uma vez que são reproduzidas em três dimensões. O facto de não ser necessário qualquer tipo de contato físico diminui, drasticamente, os riscos de contaminação, durante as operações. Tratando-se de imagens digitais, este sistema oferece, ainda, a vantagem de fazer zoom e outras manipulações (rodar, inverter), em tempo real.

No comunicado, Mark Rouncefield, da School of Computing and Communication da Lancaster University, afirmou que este “é um excelente exemplo de uma investigação interdisciplinar, que combina as aptidões técnicas dos cientistas informáticos com as capacidades dos profissionais de saúde.”

Depois dos primeiros testes, efetuados no hospital londrino St. Thomas, onde foi usada em cirurgias vasculares, a tecnologia ‘Kinect’ prosseguirá, agora, para aperfeiçoamentos, noutros centros cirúrgicos, sobretudo, na área da neurocirurgia.

Boas Notícias/Engenhocas

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COIMBRA DESENVOLVE TÉCNICA PROMISSORA, PARA DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARESUma nova técnica, não invasiva, de monitorização da atividade cardiovascular, desenvolvida na Universidade de Coimbra, foi reconhecida, internacionalmente. Tânia Pereira, aluna de doutoramento, em Engenharia Biomédica, e autora do projeto, ganhou o prémio “Best Student Paper Award” na conferência Biosignals 2011. Trata-se de uma iniciativa de referência, que reúne investigadores e profissionais de todo o mundo, de várias áreas da engenharia biomédica. Apresenta critérios severos e, no passado ano, teve “uma taxa de aceitação de 11%”, o que é demonstrativo “do rigor com que a organização quer ver os problemas”, assegura Carlos Correia, coordenador da investigação.

Esta técnica de monitorização hemodinâmica (do coração e das artérias) foi desenvolvida, nos últimos quatro anos, no Centro de Instrumentação da UC, e financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia. Teve a colaboração de unidades hospitalares da região, onde vão decorrer os ensaios clínicos. A alternativa proposta por Tânia Pereira destina-se a avaliar um parâmetro do sistema cardiovascular, denominado de velocidade de onda de pulso. “Os cardiologistas atribuem-lhe muita importância para o diagnóstico, porque, se a velocidade for muito elevada, significa que a artéria está a endurecer”, o que revela a existência de uma potencial patologia, explicou. Para tal, são utilizados sensores óticos, para iluminar, no pescoço, o sítio da artéria carótida e transmitir a informação da velocidade de propagação da onda de pulso. Segundo o catedrático de Coimbra, “em função dos sinais de luz recolhidos, pode-se obter esses dados que têm, depois, de ser interpretados pelos médicos”.Para além de fazer a avaliação do parâmetro, sem contacto físico, outra das vantagens desta técnica consiste no facto de obter informação local, mais precisa do que a regional, disponibilizada pelas técnicas clássicas.

O investigador que orientou esta investigação explicou que os métodos convencionais avaliam a VOP, através da média entre dois pontos distantes, o que não revela um valor exato. Já a nova técnica possibilita “dados mais interessantes do ponto de vista local”, uma vez que avalia um local específico. A VOP não é um parâmetro muito antigo e clássico, como a pressão arterial, por exemplo. No entanto, transmite dados relevantes para a avaliação da saúde cardiovascular. Carlos Correia frisou que “não há um único parâmetro que ‘diga tudo’. É preciso interpretar vários aspetos para se perceber o conjunto”. Desta forma, quando o novo método chegar ao mercado, a sua importância, no diagnóstico, pode equiparar-se à do estetoscópio ou do eletrocardiograma. Para isso, terão, ainda, de decorrer os testes de validação clínica, que, em breve, vão ser conduzidos por médicos, em várias unidades de referência, da região de Coimbra.

“A qualidade da avaliação está assegurada”, concluiu Carlos Correia, acrescentando que o impacto social desta invenção só se vai revelar, em pleno, quando começar a ser aplicada pelos médicos e chegar aos pacientes. Neste sentido, destaca-se o papel da empresa ISA – Intelligent Sensing Anywhere, a parceira do projeto, responsável pela passagem dos resultados desta investigação, para o mercado.

Adriana Gaspar (Fonte: Ciência Hoje)

Tãnia Pereira e Carlos Correia estão há quatro anos nesta investigação.

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ENERGIA ALTERNATIVABélgica estuda construir ilha artificial para armazenar energia eólica

O ministro da Economia da Bélgica, Johan Vande Lanotte, apresentou um projeto, o qual prevê a construção de uma ilha, para armazenar o excesso de energia produzido, por um conjunto de geradores eólicos, baseados no Mar do Norte, informa a revista Technology Review, do MIT (Massachusets Institute of Technology).

De acordo com o gabinete do ministro, a ilha acumularia energia, durante as horas em que a produção do parque eólico fosse alta demais, para injeção na rede belga, e libertaria a potência, durante a noite.

Durante o horário de pico de produção, o excesso de eletricidade seria usado para bombear água, a uma altura de 15 metros. Nos horários de maior procura, a água seria libertada, para acionar uma turbina geradora, como ocorre nas centrais hidroelétricas.

De acordo com a Technology Review, o governo belga não pretende suportar os custos de construção da ilha hidroelétrica, mas está a contar com investimentos do setor privado. A ilha ficaria a três km da costa, e teria 2,4 km de diâmetro, segundo uma fonte do gabinete.

Campo de energia eólica: A ideia é que a ilha armazene o excesso de energia produzida por par-ques eólicos instalados no mar

Ouvido pela publicação do MIT, o gerente de programas, do Electric Power Research Institute, disse que, embora o plano belga enfrente alguns desafios significativos – como a construção em alto-mar e o uso de água salgada para acionar o gerador – ele “não é totalmente maluco”. “A questão é se serão capazes de executá-lo”, declarou.

Arte mostra como seria a ilha artificial belga, com sua instalação hidroelétrica

Inovação UNICAMP/Engenhocas (Fonte: UNICAMP)

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DUAS EQUIPAS DE ENGENHARIA VENCEM DESAFIOS DA EBEC

Duas equipas da FEUP (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto) venceram os desafios propostos na 5ªedição da European BEST Engineering Competition (EBEC), que terminou dia 11 de março, na FEUP.

A ‘Backpackers’, na modalidade ‘Team-Design’ e a ‘Jalapeños’, na modalidade ‘Case-Study’ passaram, assim, à fase seguinte da EBEC Portugal, que decorrerá, na Universidade de Aveiro, de 13 a 15 de abril. Se voltarem a ser sele-cionadas, vão competir com as melhores equipas dos 80 países onde se realizou a mesma prova, na fase final, na Warsaw University of Technology, em Varsóvia, na Polónia.

No Porto, responderam ao desafio 34 equipas, num total de 160 alunos das faculdades de engenharia e ciências. Os candidatos tinham que encontrar uma solução real, para dois problemas, em apenas 24 horas. António Cova, aluno do segundo ano do mestrado integrado em Engenharia Mecânica e coordenador do evento, explicou, ao JN, que o primeiro desafio consistia na “construção do protótipo de um comboio, capaz de passar pelas estações sem parar, mas sem deixar de apanhar e deixar passageiros.” O objetivo é “evitar a perda de tempo e economizar energia.” O guião para o segundo desafio foi fornecido pela Bosch e “pretendia diminuir o ruído numa bomba de calor”.

António Cova realça que as “empresas estão cada vez mais interessadas no contato com os estudantes”, mas ressalva que esta competição “não é um evento para fazer recrutamento.”

Jornal de Notícias/ Engenhocas

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UNIVERSIDADE DE LISBOA LANÇA-SE NA PRODUÇÃO DE ENERGIA

A Universidade de Lisboa (UL) vai começar a produzir energia através do sol, tendo inaugurado, no dia 05 de março, as primeiras centrais fotovoltaicas, prevendo-se ter mais de 10.000 painéis instalados, em outubro, o suficiente para abastecer 1.600 famílias.

Os painéis estão já instalados, nas coberturas dos edifícios abrangidos pela primeira parte do projeto e em fase de ligação, disse, à agência Lusa, Márcia Vila, diretora do serviço de sustentabilidade do campus.

A iniciativa desenvolve-se em parceria com a GALP, sem custos para a universidade e com partilha das receitas obtidas, com a venda de energia elétrica à rede.

A universidade tem mais de 30 edifícios e o objetivo é abranger o máximo possível, para que todas as unidades orgânicas (faculdades e refeitórios) tenham uma central fotovoltaica instalada.

Este é um dos maiores projetos de produção de energia elétrica, a partir de fontes renováveis, na cidade, e nas instituições de ensino superior, em Portugal, segundo a UL.

Atualmente está a ser efetuada a ligação de quatro unidades de produção de eletricidade.Os painéis fotovoltaicos (2.627) são colocados nas coberturas dos edifícios, nos parques de estacionamento e nas áreas de lazer.

Os equipamentos, instalados nos edifícios da Faculdade de Ciências, na Faculdade de Psicologia, Instituto de Educação e no Refeitório 1 vão produzir cerca de 1.028 GWh de energia renovável por ano, “evitando, assim, a emissão de 12.106 toneladas de dióxido de carbono (CO2), por ano”, lê-se, num documento da UL.

O projeto beneficia da “excelente orientação de alguns edifícios”, a Sul, e de outros, já construídos para este fim, nomeadamente, na Faculdade de Ciências.

“Foram fatores decisivos para a existência de painéis solares fotovoltaicos, facilitando o melhor aproveitamento das coberturas”, explica a UL, que reclama o desenvolvimento de um projeto pioneiro, a nível universitário em Portugal.O fato de ser instalado na universidade permite que o projeto seja estudado, no local, por recursos existentes na Academia.

Diário de Notícias / Engenhocas

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ESTUDANTE CRIA FATO QUE DÁ PODER DO HOMEM-ARANHA

Um estudante americano, da Universidade de Illinois, em Chicago, criou um fato que permite, a quem o usar, sentir qualquer objeto que se aproxime, dando uma sensação muito semelhante à que o homem-aranha experiencia.

Este fato está a ser desenvolvido, como projeto de doutoramento, pelo estudante Victor Mateevitsi, que o chamou de “SpiderSense”, por este dar ao sujeito à habilidade de sentir objetos que se aproximam e, até, de que direção vêm e quão perigosos podem ser.

O fato “SpiderSense” é composto por vários sensores, que cobrem a pessoa que está a usá-lo, num ângulo de 360º , enviando ondas ultrassónicas ao seu redor, que identificam os objetos, à sua volta, e alertam o indivíduo, a exercer pressão no corpo.

Os estímulos funcionam de formas diferentes, permitem, assim, ao sujeito perceber a direção de que o objeto vem, a proximidade e, também, o seu tamanho. Por exemplo, quanto mais perto estiver o corpo estranho, mais pressão é exercida.

Os voluntários, que participaram nos testes e vestiram o fato, estavam vendados e tinham de identificar qualquer objeto que se aproximasse, e atiravam uma estrela ninja de cartão para a direção do corpo estranho.

Segundo Victor, 95% das vezes o “sentido aranha” foi bem-sucedido e os voluntários dos testes acertaram nos seus “atacantes”.

A equipa tem, ainda, planos para adicionar mais sensores ao fato para aumentar a eficácia da perceção do ultrassom.

Este fato, tão semelhante ao conceito de um dos poderes do homem-aranha, poderia, ainda, permitir, segundo Victor, que pessoas com deficiência visual pudessem usufruir destes sensores, para se manterem alerta de obstáculos que tivessem que atravessar.

Foto Lance Long/Victor Mateevitsi Homepage

Jornal de Notícias / Engenhocas

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The Lounge Porque todo o estudante merece o seu descanso!

CINEMA / TELEVISÃO

CINEMA PORTUGUÊS EM ALTA

Filme português “Tabu” ganha prémio para melhor filme no festival de Cartagena

ARGO MELHOR FILME DO ANO

Argo, realizado por Ben Affleck, arrecadou o Óscar de melhor filme, melhor argumento adaptado e melhor montagem. O filme é baseado numa história verídica do resgate de seis norte-americanos no Irão.

GLOBOS DE OURO 2013: «GIRLS» ELEITA MELHOR SÉRIE DE TV.«Girls» ganhou o prémio de melhor série de TV - comédia ou musical nos Globos de Ouro 2013.A série da HBO destronou «Modern Family» que ao contrário do que aconteceu em 2012 não venceu o Globo de melhor comédia e Sofia Verga-ra também não levou o Globo para casa.

As distinções foram para «Girls»,no Globo de melhor série de TV comédia ou musical e o Globo de melhor atriz série de TV comédia ou musical foi entregue a Lena Dunham.

A longa metragem “Tabu” realizada pelo português Miguel Gomes ganhou o prémio de melhor filme no festival de Cartagena-um dos mais antigos da América Latina.O argumento de “Tabu” foca-se na personagem Aurora, e retrata o seu passado e memórias dos tempos vividos em África, já durante uma velhice solitária, foi coescrito por Miguel Gomes e Mariana Ricardo.

THE LOUNGE

42Elenco da séria “Girls”

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JOGOS

REVIEW: BIOSHOCK INFINITE

Muito poderia ser escrito sobre Bioshock Infinite, basta ver as inúmeras críticas positivas que este jogo tem recebido, sendo que muitos jornalistas apontam já este jogo como um forte candidato a jogo do ano...e com razão.

Posso dizer que é um shooter exemplar? Sim. Que tem um grafismo incrível? Claro. Mas não são estes os factores que definem Bioshock Infinte como uma experiência soberba, é toda a direcção artística que foi capaz de criar todo um mundo fictício com uma atenção aos detalhes capaz de deixar qualquer um imerso e fascinado com os cenários espetaculares criados para este jogo, para além disso (e como já habitual em jogos dirigidos por Ken Levine) o jogo conta com uma história riquíssima com várias referências a eventos reais (neste caso à América do século 20) e acima de tudo com personagens fascinantes que ao longo do jogo irão sofrer uma evolução constante sendo que aquilo com que o jogador se depara no início (uma atmosfera tranquila, e quase reminiscente de um qualquer filme da Disney, filmes esses que serviram de inspiração aos autores do jogo) rapidamente é substituída por um cenário mais sombrio que irá dar ênfase à diferença de classes sociais presentes no mundo de Bioshock).

THE LOUNGE THE LOUNGE

Classificação Final:

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Em termos de jogabilidade, Bioshock Infinite conta com os habituais elementos de um qualquer shooter tais como um inventário no qual o jogador poderá efectuar upgrades às suas armas e poderes, diversas sidequests e um mapa enorme para explorar, exploração essa que é recompensada com a descoberta de diversos items, dinheiro e gravações áudio que explicam mais sobre a história de Columbia, a terra fictícia criada para este jogo.

Não poderei dizer muito mais sem estragar a experiência por isso termino apenas dizendo o seguinte: se alguém me perguntasse qual jogo é que deveria jogar este ano, a minha resposta seria sem som-bra de dúvidas Bioshock Infinite.

Pedro Santos

Por opção do autor este artigo não se encontra escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

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AGENDA CULTURAL

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AGENDA CULTURAL

Entre abril e junho, o Teatrão receberá uma mão cheia de espetáculos de teatro e dança, para todas as idades, que nos darão a conhecer a excelência da produção artística brasileira contemporânea, no âmbito da Mostra de Artes Cénicas do ANO DO BRASIL EM PORTUGAL. Abril é, ainda, tempo de uma nova geração de alunos das Classes d’O Teatrão, onde será apresentado ao público com ÀS ESCURAS, de Davey Anderson, no âmbito do projeto PANOS, da Culturgest.

Teatrão

Teatro Fotografia

Cinema

Outros Ano do Brasil em Portugal 27 de abril a 20 de maio Mostra de Artes Cénicas Espetáculos de dança e teatro do Brasil Escolas 13 a 17 de maio IX Mostra de Teatro Escolar “Conta-me como é” 25 a 26 de maio Sandra Pinheiro

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AGENDA CULTURAL

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No passado dia 23 de março decorreu o III Fes-tival de Tunas “A Fragata” na Escola Superior de Tecnologia do Barreiro. O acontecimento teve lugar em Barreiros e a ISCALINA, TAEB, TUSALD, ESTUNA e a ISECOTUNA foram as tunas a concurso.

Após uma excecional atuação e da conquista do público, a ISECOTUNA foi considerada a tuna com as melhores pandeiretas de entre todos os outros participantes, vencendo um troféu característico da cidade de Barreiro.

Com um desenvolvimento contínuo de talentos e conquista de sucessos, a ISECOTUNA conseguiu em apenas três anos de existência, o reconhecimento em vários pontos do país e em Barreiro não foi exceção.

Recorda-se que no ano anterior a ISECOTU-NA ganhou o prémio de melhores pandeiretas no âmbito da participação do festival “III FESTUS”, em Seia.

ISECOTUNA vence “Melhor Pandeireta”

Pandeiretas premiados: João Carlos, Tânia Ferreira, Vanessa Cordei-ro e Paulo Behringer.

AGENDA CULTURALExposições

Exposição “Um Silêncio no Vazio”, Licínio Florêncio - 11 a 29 de abril - Galeria Ferrer Correia - Casa Municipal da Cultura

“COIMBRA – um outro olhar”

Promover e valorizar o património local, relevando aspetos da Alta de Coimbra que, normalmente, se cruzam menos com o olhar daqueles que visitam a Cidade, é um dos principais objetivos que impulsionaram a Autarquia de Coimbra, pelo Departamento e Cultura, a implementar um novo percurso pedonal na cidade, dirigido ao público em geral, que designou “Coimbra - um outro olhar”.Necessário inscrição: Telef.239702630 (Casa Municipal da Cultura)

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O Engenhocas sempre jovem e dinâmico apresentou-te nesta edição de abril, um jornal com uma vertente mais direcionada para temas sobre a inovação, tecnologia, novidades das mais diversas engenharias e inúmeras informações relevantes para o teu dia-a-dia, cultura e lazer.

A equipa do Engenhocas continuará atenta às tuas prioridades de informação e comunicação, estando, por isso, em constante contato contigo e com a comunidade isequiana.

Se quiseres dar a conhecer as tuas ideias, participa e envia-nos textos para serem divulgados na próxima edição via e-mail para [email protected].

Contamos contigo!

Hirllany Lago (Coordenadora Secção de Tecnologias, Informação e Comunicação)

NOTA FINAL

Esta Edição contou com o apoio de:

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NOTA FINAL

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