Pontos Positivos e Negativos da Educação à Distância
Pontos Positivos
Inclusão de pessoas com necessidades especiais.
As pessoas que por algum tipo de deficiência física ou mental não podem freqüentar instituições de ensino convencionais podem, através da EAD, ter acesso a todas as formas de educação formal e informal.
Democratização do acesso ao ensino.
Com o ensino à distância, as pessoas que moram isoladas, afastadas ou ainda aqueles que por algum motivo não podem se deslocar para os distantes locais das instituições de ensino (principalmente ensino superior), podem ter acesso às mesmas, uma vez que a tecnologia possibilita que o acesso ao ensino chegue praticamente a qualquer lugar.
Maior flexibilidade de horários para os alunos acessarem a educação.
A EAD possibilita que as pessoas que trabalham e por isso não podem freqüentar aulas presenciais nos horários convencionais tenham acesso a estas aulas através de aulas assíncronas ou síncronas em horários alternativos ou através da internet.
Facilidade de acesso a cursos de graduação e pós-graduação.
A EAD permite que pessoas participem de cursos de graduação e pós-graduação oferecidos por instituições de grande reputação acadêmica, sem sair das suas casas no Brasil.
Pontos Negativos
Dependência da tecnologia.
Os cursos fornecidos pela EAD são dependentes da tecnologia para que funcionem e eventuais problemas nos equipamentos comprometem muito as aulas, principalmente as aulas síncronas.
Dispersão física dos participantes.
Por na haver uma presença física do professor e dos alunos na sala de aula os alunos podem não prestar atenção na aula, não solucionar eventuais dúvidas, ou seja, pode não haver um 100% de aproveitamento da aula.
Necessidade de maior comprometimento do aluno.
Um curso fornecido pela EAD necessita de muita dedicação por parte do aluno, uma vez que geralmente são poucas aulas por semana e para compensar a falta de aulas o curso exige uma grande quantidade trabalhos complexos e discussões, se o aluno não se empenhar ele não absorverá o conteúdo e ira se prejudicar no curso.
Limitação nas discussões.
As limitações nas discussões ocorrem, geralmente, quando não há um professor interagindo o tempo todo com o aluno para orientar as discussões e tirar possíveis dúvidas.
Custo Financeiro.
Apesar de algumas instituições de EAD serem públicas, a grande maioria faz parte da rede de ensino particular, fazendo com que a EAD não seja tão acessível assim para boa parte da população brasileira.
Educação a distânciaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Educação a distância (EaD, também chamada de teleducação), por vezes designada
erradamente por ensino à distância,[1][2][3][4][5][nota 1] é a modalidade de ensino que permite
que o aprendiz não esteja fisicamente presente em um ambiente formal de ensino-
aprendizagem, assim como, permite também que faça seu auto estudo em tempo distinto.
Diz respeito também à separação temporal ou espacial entre o professor e o aprendiz.
A interligação (conexão) entre professor e aluno se dá por meio de tecnologias,
principalmente as telemáticas, como a Internet, em especial as hipermídias, mas também
podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax,
o celular, o iPod, o notebook, entre outras tecnologias semelhantes.
Na expressão ensino a distância a ênfase é dada ao papel do professor (como alguém que
ensina a distância). O termo educação é preferido por ser mais abrangente, embora
nenhuma das expressões, segundo o professor, seja plenamente completa.
Índice
[esconder]
1 História
o 1.1 Na Antiguidade
o 1.2 Os séculos XVII e XVIII
o 1.3 O século XIX
o 1.4 História Moderna
o 1.5 Gerações
2 Aspecto ideológico
3 Sistemática
4 Ambientes virtuais de aprendizagem (AVA)
5 O professor como mediador no EAD
6 Perspectivas atuais
7 E-learning
8 EaD no mundo
o 8.1 Brasil
9 Aplicações
o 9.1 Ensino jurídico a distância
o 9.2 Língua portuguesa
o 9.3 Administração de empresas
10 Notas
11 Referências
12 Leituras Adicionais
13 Ver também
o 13.1 Entidades
o 13.2 Ferramentas
14 Ligações externas
[editar]História
A educação a distância (EaD), em sua forma empírica, é conhecida desde o século XIX.
Entretanto, somente nas últimas décadas passou a fazer parte das atenções pedagógicas.
Ela surgiu da necessidade do preparo profissional e cultural de milhões de pessoas que,
por vários motivos, não podiam frequentar um estabelecimento de ensino presencial, e
evoluiu com as tecnologias disponíveis em cada momento histórico, as quais influenciam o
ambiente educativo e a sociedade.
[editar]Na Antiguidade
Inicialmente na Grécia antiga e depois em Roma, existiam redes de comunicação que
permitiam o desenvolvimento significativo da correspondência e, por consequência, a troca
de informações. [carece de fontes]
Hoje temos a educação presencial, semi-presencial (parte presencial/parte virtual ou a
distância) e educação a distância (ou virtual). A presencial é a dos cursos regulares, em
qualquer nível, onde professores e alunos se encontram sempre num local físico, chamado
sala de aula. É o ensino convencional. A semipresencial acontece em parte na sala de
aula e outra parte a distância, através de tecnologias. A educação a distância pode ter ou
não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com professores e alunos
separados fisicamente no espaço e ou no tempo, mas podendo estar juntos através de
tecnologias de comunicação.
[editar]Os séculos XVII e XVIII
Com a Revolução Científica iniciada no século XVII, as cartas comunicando informações
científicas inauguraram uma nova era na arte de ensinar. Segundo Lobo Neto (1995), um
primeiro marco da educação a distância foi o anúncio publicado na Gazeta de Boston, no
dia 20 de março de 1728, pelo professor de taquigrafia Cauleb Phillips: "Toda pessoa da
região, desejosa de aprender esta arte, pode receber em sua casa várias lições
semanalmente e ser perfeitamente instruída, como as pessoas que vivem em Boston".[6]
[editar]O século XIX
Em 1833, um anúncio publicado na Suécia já se referia ao ensino por correspondência, e
na Inglaterra, em 1840, Isaac Pitman sintetizou os princípios da taquigrafia em cartões
postaisque trocava com seus alunos. No entanto, o desenvolvimento de uma ação
institucionalizada de educação a distância teve início a partir da metade do século XIX.
Em 1856, em Berlim, Charles Toussaint e Gustav Langenscheidt fundaram a primeira
escola por correspondência destinada ao ensino de línguas. Posteriormente, em 1873,
em Boston,Anna Eliot Ticknor criou a Society to Encourage Study at Home.
Em 1891, Thomas J. Foster iniciou em Scarnton (Pensilvânia) o International
Correspondence Institute, com um curso sobre medidas de segurança no
trabalho de mineração.
Em 1891, a administração da Universidade de Wisconsin aceitou a proposta de seus
professores para organizar cursos por correspondência nos serviços de extensão
universitária. Um ano depois, o reitor da Universidade de Chicago, William R. Harper, que
já havia experimentado a utilização da correspondência na formação de docentes para as
escolas dominicais, criou uma Divisão de Ensino por Correspondência no Departamento
de Extensão daquela Universidade.
Por volta de 1895, em Oxford, Joseph W. Knipe, após experiência bem-sucedida
preparando por correspondência duas turmas de estudantes, a primeira com seis e a
segunda com trinta alunos, para o Certificated Teacher’s Examination, iniciou os cursos de
Wolsey Hall utilizando o mesmo método de ensino. Já em 1898, em Malmö,
na Suécia, Hans Hermod, diretor de uma escola que ministrava cursos de línguas e cursos
comerciais, ofereceu o primeiro curso por correspondência, dando início ao
famoso Instituto Hermod.
[editar]História Moderna
No final da Primeira Guerra Mundial, surgiram novas iniciativas de ensino a distância em
virtude de um considerável aumento da demanda social por educação, confirmando, de
certo modo, as palavras de William Harper, escritas em 1886 "Chegará o dia em que o
volume da instrução recebida por correspondência será maior do que o transmitido nas
aulas de nossas academias e escolas; em que o número dos estudantes por
correspondência ultrapassará o dos presenciais."
O aperfeiçoamento dos serviços de correio, a agilização dos meios de transporte e,
sobretudo, o desenvolvimento tecnológico aplicado ao campo da comunicação e da
informação influíram decisivamente nos destinos da educação a distância. Em 1922, a
antiga União Soviética organizou um sistema de ensino por correspondência que em dois
anos passou a atender 350 mil usuários. A França criou em 1939 um serviço de ensino por
via postal para a clientela de estudantes deslocados pelo êxodo.
A partir daí, começou a utilização de um novo meio de comunicação, o rádio, que penetrou
também no ensino formal. O rádio alcançou muito sucesso em experiências nacionais e
internacionais, tendo sido bastante explorado na América Latina nos programas de
educação a distância do Brasil, Colômbia, México, Venezuela, entre outros.
Após as décadas de 1960 e 1970, a educação a distância, embora mantendo os materiais
escritos como base, passou a incorporar articulada e integradamente o áudio e
ovideocassete, as transmissões de rádio e televisão, o videotexto, o computador e, mais
recentemente, a tecnologia de multimeios, que combina textos, sons, imagens, assim
como mecanismos de geração de caminhos alternativos de aprendizagem (hipertextos,
diferentes linguagens) e instrumentos para fixação de aprendizagem
com feedback imediato (programas tutoriais informatizados) etc..
Atualmente, o ensino não presencial mobiliza os meios pedagógicos de quase todo o
mundo, tanto em nações industrializadas quanto em países em desenvolvimento. Novos e
mais complexos cursos são desenvolvidos, tanto no âmbito dos sistemas de ensino formal
quanto nas áreas de treinamento profissional.
A educação a distância foi utilizada inicialmente como recurso para superação de
deficiências educacionais, para a qualificação profissional e aperfeiçoamento ou
atualização de conhecimentos. Hoje, cada vez mais foi também usada em programas que
complementam outras formas tradicionais, face a face, de interação, e é vista por muitos
como uma modalidade de ensino alternativo que pode complementar parte do sistema
regular de ensino presencial. Por exemplo, a Universidade Aberta oferece comercialmente
somente cursos a distância, sejam cursos regulares ou profissionalizantes. A Virtual
University oferece cursos gratuitos.
[editar]Gerações
O desenvolvimento da EaD pode ser descrito basicamente em três gerações, conforme os
avanços e recursos tecnológicos e de comunicação de cada época.
Primeira geração: Ensino por correspondência, caracterizada pelo material
impresso iniciado no século XIX. Nesta modalidade, por exemplo, o pioneiro
no Brasil é o Instituto Monitor, que, em 1939, ofereceu o primeiro curso por
correspondência, de Radiotécnico. Em seguida, temos o Instituto Universal
Brasileiro atuando há mais de 60 anos nesta modalidade educativa, no país…
Segunda geração: Teleducação/Telecursos, com o recurso aos programas
radiofônicos e televisivos, aulas expositivas, fitas de vídeo e material impresso. A
comunicação síncrona predominou neste período. Nesta fase, por exemplo,
destacaram-se a Telescola, em Portugal, e o Projeto Minerva, no Brasil;
Terceira geração: Ambientes interativos, com a eliminação do tempo fixo para o
acesso à educação, a comunicação é assíncrona em tempos diferentes e as
informações são armazernadas e acessadas em tempos diferentes sem perder a
interatividade. As inovações da World Wide Web possibilitaram avanços na educação
a distância nesta geração doséculo XXI. Hoje os meios disponíveis
são: teleconferência, chat, fóruns de discussão, correio eletrônico, blogues,
espaços wiki, plataformas de ambientes virtuais que possibilitam interação
multidirecional entre alunos e tutores.
[editar]Aspecto ideológico
A EaD caracteriza-se pelo estabelecimento de uma comunicação de múltiplas vias, suas
possibilidades ampliaram-se em meio às mudanças tecnológicas como uma modalidade
alternativa para superar limites de tempo e espaço. Seus referenciais são fundamentados
nos quatro pilares da Educação do Século XXI publicados pela UNESCO, que
são: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser.[7]
Assim, a Educação deixa de ser concebida como mera transferência de informações e
passa a ser norteada pela contextualização de conhecimentos úteis ao aluno. Na
educação a distância, o aluno é desafiado a pesquisar e entender o conteúdo, de forma a
participar da disciplina.
[editar]Sistemática
Nesta modalidade de ensino estudantes e professores não necessitam estar presentes
num local específico durante o período de formação. Desde os primórdios do ensino a
distância, utiliza-se a correspondência postal para enviar material ao estudante, seja na
forma escrita, em vídeos, cassetes áudio ou CD-ROMs, bem como a correção e
comentários aos exercícios enviados, depois de feitos pelo estudante. Depois do advento
da Internet, o e-mail e todos os recursos disponíveis na World Wide Web tornaram-se
largamente utilizados, ampliando o campo de abrangência da EaD. Em alguns casos, é
pedido ao estudante que esteja presente em determinados locais para realizar a
sua avaliação. A presencialidade é muitas vezes necessária no processo de educação.
Metodologias utilizadas
No ensino a distância não deve haver diferença entre a metodologia utilizada no ensino
presencial. As metodologias mais eficientes no ensino presencial são também as mais
adequadas ao ensino a distância. O que muda, basicamente, não é a metodologia de
ensino, mas a forma de comunicação. Isso implica afirmar que o simples uso de
tecnologias avançadas não garante um ensino de qualidade, , segundo as mais modernas
concepções de ensino[8]. As estratégias de ensino devem incorporar as novas formas de
comunicação e, também, incorporar o potencial de informação da Internet.
A Educação apoiada pelas novas tecnologias digitais foi enormemente impulsionada assim
que a banda larga começou a se firmar, e a Internet passou a ser potencialmente um
veículo para a comunicação a distância.
A EaD caracteriza-se pelo estabelecimento de uma comunicação de múltiplas vias, suas
possibilidades ampliaram-se em meio às mudanças tecnológicas como uma modalidade
alternativa para superar limites de tempo e espaço.
[editar]Ambientes virtuais de aprendizagem (AVA)
O ambiente virtual de aprendizagem ou LMS (Learning Management System) é um
software baseado na Internet que facilita a gestão de cursos no ambiente virtual. Existem
diversos programas disponíveis no mercado de forma gratuíta ou não. O Blackboard é um
exemplo de AVA pago e o Moodle é um sistema gratuito e de código aberto. Todo o
conteudo, interação entre os alunos e professores são realizado dentro deste ambiente.
De acordo com Clark e Mayer(2007), os ambientes virtuais são elementos fundamentais
na tarefa de ensino, porém carecem de suporte pedagógico adequado em relação ao
processo de aprendizagem.
[editar]O professor como mediador no EAD
Nesse processo de aprendizagem, assim como no ensino regular o orientador ou o tutor
da aprendizagem atua como "mediador", isto é, aquele que estabelece uma rede de
comunicação e aprendizagem multidirecional, através de diferentes meios e recursos da
tecnologia da comunicação, não podendo assim se desvincular do sistema educacional e
deixar de cumprir funções pedagógicas no que se refere à construção da ambiência de
aprendizagem. Essa mediação tem a tarefa adicional de vencer a distância física entre
educador e o educando, que deverá ser auto-disciplinado e auto-motivado para que possa
superar os desafios e as dificuldades que surgirem durante o processo de ensino-
aprendizagem.
Hoje se tem uma educação diferenciada como: presencial, semi-presencial e educação à
distância. A presencial são os cursos regulares onde professores e alunos se encontram
sempre numa instituição de ensino. A semi-presencial, acontece em parte na sala de aula
e outra parte a distância, utilizando tecnologia da informação.
As pessoas se deparam a cada dia com novos recursos trazidos por esta tecnologia que
evolui rapidamente, atingindo os ramos das instituições de ensino. Falar de educação hoje,
tem uma abrangência muito maior, e fica impossível não falar na educação sem nos
remetermos à educação a distância, com todos os avanços tecnológicos proporcionando
maior interatividade entre as pessoas. Utilizando os meios tecnológicos a EaD veio para
derrubar tabus e começar uma nova era em termos de educação.
Esse tipo de aprendizagem não é mais uma alternativa para quem não faz uso da
educação formal, mas se tornou uma modalidade de ensino de qualidade que possibilita a
aprendizagem de um número maior de pessoas. Antes o EaD não tinha credibilidade, era
um assunto polêmico e trazia muitas divergências,mas hoje esse tipo de ensino vem
conquistando o seu espaço. Porém, não é a modalidade de ensino que determina o
aprendizado, seja ela presencial ou à distância, aprendizagem se tornou hoje sinônimo de
esforço e dedicação de cada um.
[editar]Perspectivas atuais
Atualmente, a educação a distância possibilita a inserção do aluno como sujeito de seu
processo de aprendizagem, com a vantagem de que ele também descobre formas de
tornar-se sujeito ativo da pesquisa e do compartilhar de conteúdos. Cabe às instituições
que promovem o ensino a distância buscar desenvolver seus programas de acordo com os
quatro pilares da educação, definidos pela Unesco.
Aprender a conviver diz respeito ao desenvolvimento da capacidade de aceitar
a diversidade, conviver com as diferenças, estabelecer relações cordiais com a
diversidade cultural respeitando-a e contribuindo para a harmonia mundial.
[editar]E-learning
Ver artigo principal: E-learning
O termo e-Learning é fruto de uma combinação ocorrida entre o ensino com auxílio
da tecnologia e a educação a distância. Ambas modalidades convergiram para a
educação online e para o treinamento baseado em Web, que ao final resultou no e-
Learning.
[editar]EaD no mundo
A Suécia registrou sua primeira experiência em 1833, com um curso
de Contabilidade. Na mesma época, fundou-se na Alemanha em 1856 o primeiro
instituto de ensino de línguas por correspondência. O modelo de ensino foi iniciado
na Inglaterra em 1840, e, em 1843 foi criada a Phonografic Corresponding Society.
Fundada em 1962, a Universidade Aberta mantém um sistema de consultoria,
auxiliando outras nações a implementar uma educação a distância de qualidade.
Também no século XIX, a EaD foi iniciada nos Estados Unidos da Américana Illinois
Weeleyan University.
Já no século XX, em 1974, a Universidade Aberta Allma Iqbal no Paquistão iniciou a
formação de docentes via EaD. A partir de 1980, a Universidade Aberta de Sri
Lanka passou a atender setores importantes para o desenvolvimento do país:
profissões tecnológicas e formação docente. Na Tailândia, a Universidade Aberta
Sukhothiai Thommathirat tem cerca de 400 mil estudantes em diferentes setores e
modalidades.
Criada em 1984, a Universidade de Terbuka na Indonésia surgiu para atender forte
demanda de estudos superiores, e prevê chegar a cinco milhões de estudantes. Já
na Índia, criada em 1985, a Universidade Nacional Aberta Indira Gandhi tem objetivo
de atender a demanda de ensino superior.
A Austrália é um dos países que mais investe em EaD, mas não tem nenhuma
universidade especializada nesta modalidade. Nas universidades de Queensland,
New England, Macquary, Murdoch e Deakin, a proporção de estudantes a distância é
maior ou igual à de estudantes presenciais.
Na América Latina programas existentes incluem o Programa Universidade Aberta,
inserido na Universidade Autônoma do México (criada em 1972), a Universidade
Estatal a Distância da Costa Rica (de 1977), a Universidade Nacional Aberta da
Venezuela (também de 1977) e a Universidade Estatal Aberta e a Distância
da Colômbia (criada em 1983).
[editar]Brasil
No Brasil, desde a fundação do Instituto Rádio Técnico Monitor, em 1939, o
hoje Instituto Monitor, depois do Instituto Universal Brasileiro, em 1941, e o Instituto
Padre Reus em 1974, várias experiências de educação a distância foram iniciadas e
levadas a termo com relativo sucesso. As experiências brasileiras, governamentais e
privadas, foram muitas e representaram, nas últimas décadas, a mobilização de
grandes contingentes de recursos. Os resultados do passado não foram suficientes
para gerar um processo de aceitação governamental e social da modalidade de
educação a distância no país. Porém, a realidade brasileira já mudou e o governo
brasileiro criou leis e estabeleceu normas para a modalidade de educação a distância
no país.
Em 1904, escolas internacionais, que eram instituições privadas, ofereciam cursos
pagos, por correspondência. Em 1934, Edgard Roquette-Pinto instalou a Rádio-
Escola Municipal noRio de Janeiro no projeto para a então Secretaria Municipal de
Educação do Distrito Federal dirigida por Anísio Teixeira integrando o rádio com o
cinema educativo(Humberto Mauro)a biblioteca e o museu escolar numa pioneira
proposta de educação à distância. Estudantes tinham acesso prévio a folhetos e
esquemas de aulas. Utilizava também correspondência para contato com estudantes.
Já em 1939 surgiu em São Paulo (cidade) o Instituto Monitor, na época ainda com o
nome Instituto Rádio Técnico Monitor. Dois anos mais tarde surge a primeira
Universidade do Ar, que durou até 1944. Entretanto, em 1947 surge a Nova
Universidade do Ar, patrocinada pelo SENAC, SESC e emissoras associadas.
Durante a década de 1960, com o Movimento de Educação de Base (MEB), Igreja
Católica e Governo Federal utilizavam um sistema radio-educativo: educação,
conscientização, politização, educação sindicalista etc.. Em 1970 surge o Projeto
Minerva, um convênio entre Fundação Padre Landell de Moura e Fundação Padre
Anchieta para produção de textos e programas. Dois anos mais tarde, o Governo
Federal enviou à Inglaterra um grupo de educadores, tendo à frente o conselheiro
Newton Sucupira: o relatório final marcou uma posição reacionária às mudanças no
sistema educacional brasileiro, colocando um grande obstáculo à implantação
da Universidade Aberta e a Distância no Brasil.
Na década de 1970, a Fundação Roberto Marinho era um programa de educação
supletiva a distância, para ensino fundamental e ensino médio. Entre as décadas de
1970 e 1980, fundações privadas e organizações não-governamentais iniciaram a
oferta de cursos supletivos a distância, no modelo de teleducação, com aulas via
satélite complementadas por kits de materiais impressos, demarcando a chegada da
segunda geração de EaD no país. A maior parte das Instituições de Ensino Superior
brasileiras mobilizou-se para a EaD com o uso de novas tecnologias da comunicação
e da informação somente na década de 1990. Em 1992, foi criada a Universidade
Aberta de Brasília (Lei 403/92), podendo atingir três campos distintos: a ampliação do
conhecimento cultural com a organização de cursos específicos de acesso a todos, a
educação continuada, reciclagem profissional às diversas categorias de
trabalhadores e àqueles que já passaram pela universidade; e o ensino superior,
englobando tanto a graduação como a pós-graduação. Em 1994, teve início a
expansão da Internet no ambiente universitário. Dois anos depois, surgiu a primeira
legislação específica para educação a distância no ensino superior. As bases legais
para essa modalidade foram estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases na
Educação Nacional n°9.394, de 20 de dezembro de 1996, regulamentada pelo
decreto n°5.622 de 20 de dezembro de 2005, que revogou os decretos n°2.494 de
10/02/98, e n°2.561 de 27/04/98, com normatização definida na Portaria Ministerial
n°4.361 de 2004. No decreto n°5.622 dita que, ficam obrigatórios os momentos
presenciais para avaliação, estágios, defesas de trabalhos e conclusão de curso.
Classifica os níveis de modalidades educacionais em educação básica, de jovens e
adultos, especial, profissional e superior; Os cursos deverão ter a mesma duração
definida para os cursos na modalidade presencial; Os cursos poderão aceitar
transferência e aproveitar estudos realizados em cursos presenciais, da mesma
forma que cursos presenciais poderão aproveitar estudos realizados em cursos à
distância. Regulariza o credenciamento de instituições para oferta de cursos e
programas na modalidade à distância (básica, de jovens e adultos, especial,
profissional e superior).
Em Maio de 2009, a ABED - Associação Brasileira de Educação a
Distância organizou o 7º SENAED - Seminário Nacional ABED de Educação a
Distância totalmente online, envolvendo nas atividades palestrantes do Brasil,
Portugal e outros países de língua portuguesa.
[editar]
Educação a Distância: novas práticas pedagógicas e as tecnologias da
informação e da comunicação
Distance Education: new pedagogical practices and information and
communication technologies
Ademilde Silveira Sartori
*
RESUMO: A Educação à Distância-EaD é uma modalidade
educativa que implica na organização e planejamento de
circunstâncias educativas diferentes das usuais, trazendo para o
cenário educacional a discussão sobre novas práticas pedagógicas e
suas relações com as Tecnologias da Informação e da
Comunicação.
PALAVRAS-CHAVE : Educação à Distância. Prática Pedagógica.
Tecnologias da Informação e da Comunicação
ABSTRACT: Distance Education is an educational modality that
involves the organization and planning of uncommon educational
circumstances. It thus stimulates discussion about new pedagogical
practices and their relationships with Information and
Communication Technologies.
KEYWORDS: Distance Education. Pedagogical Practice.
Information and Communication Technologies
O atual processo de mudanças causado pela informatização e automação de diversas
atividades da economia está exigindo das pessoas permanente aperfeiçoamento e formação
especializada para que possam fazer frente à demanda por mão-de-obra, para atuar no
âmbito do desenvolvimento de tecnologias e sua inserção em setores da produção. Esse
contexto forçou a adoção de modelos educacionais que superem a concepção da
impossibilidade educacional da situação na qual o professor e o aprendente estejam
separados um do outro no tempo e no espaço. Ao entrar em cena, a Educação a Distância–
EaD - traz para a discussão novas práticas pedagógicas e suas relações com as tecnologias
da informação e da comunicação–TICs.
*
Licenciada em Física pela UFSC, Mestre em Educação e Ciências pela UFSC, doutoranda em Ciências da
Comunicação pela ECA/USP, professora do Departamento de Metodologia de Ensino da FAED/UDESC. Email: [email protected] Conforme Ritto e Machado Filho (1995, p. 31), a função da educação hoje é
“promover o desenvolvimento das pessoas (e estar) comprometida com o aumento de seus
conhecimentos e da sua percepção de mundo visando a sua formação para a atuação no
mercado de trabalho”. Somente o indivíduo preparado e inovador poderá candidatar-se a
influir no processo de supremacia do conhecimento, pois o trunfo está em sua capacidade
de buscar, de criar, de romper com padrões estabelecidos. O desafio colocado para a
educação é preparar os educandos para aprender a aprender, a ser, a fazer e a viver com os
outros (DELORS, 2003). Essas dimensões do educar apontam para o convívio com o
diferente, com a constante preocupação com a formação, para o desenvolvimento das
diversas potencialidades e a necessidade de formação profissional para enfrentar situações
diversificadas no trabalho.
Preocupada com as demandas da sociedade da informação por indivíduos
capacitados ao trabalho e, também, com os rumos e conseqüências desta sociedade, a União
Européia – UE, traçou como prioridade a melhoria da qualidade de vida de seus cidadãos.
Neste sentido, além de formação profissional, a disseminação da informação e capacidade
de produzir mais conhecimento estão no bojo da política da UE para se preparar para as
mudanças econômicas e culturais que o desenvolvimento tecnológico está colocando em
pauta em nossos dias. Entre outras medidas, a UE designou para a educação a distância a
responsabilidade de formar pessoal preparado para atuar no campo tecnológico. Cabe,
então, à educação a distância formar novos padrões de ensino, revisando os sistemas
educacionais vigentes (MURCIANO; REIS, 2001).
Em nosso país, a EaD ganha aval como elemento da política educacional através da
Lei n.º 9394, de dezembro de 1996, e suas regulamentações. Passa a ser concebida como
portadora da mesma esperança e da mesma responsabilidade perante a qualidade da
educação, deixando de ser entendida como “emergencial” e tornando-se um forte
componente da política educacional brasileira em favor da democratização do acesso à
educação. Neste movimento, teve reconhecido seu potencial renovador dos paradigmas
educacionais devido às especificidades de suas práticas pedagógicas que colocam em
evidência a relação entre educação e comunicação, na medida em que se viabiliza através
das TICs. O termo educação a distância-EaD, abrange formas de estudo nas quais as ações dos
estudantes e as ações dos professores ocorrem de forma assíncrona, objetivando minimizar
custos, superar problemas de escala, possibilitar o acesso à educação a pessoas que residem
distante do provedor de ensino ou que, por outro motivo, não possam freqüentar uma escola
e, também, pessoas interessadas em metodologias de aprendizagem sintonizadas com as
novas exigências corporativas. Para responder a este desafio, a EaD vem desenhando
sistemas de ensino-aprendizagem nos quais os estudantes necessitam desenvolver sua
autonomia, adquirir hábitos e valores que possibilitem sua autodeterminação, capacidade
de trabalharem e decidirem por si mesmos e em equipe.
A EaD vem colaborar com a formação do trabalhador da sociedade da informação,
uma vez que preconiza que o estudante se torne capaz de aprender por si mesmo, busque as
soluções para seus problemas, planeje e organize os seus estudos de acordo com suas
características pessoais de forma que possa estudar por conta própria. Enfim, o estudo
autônomo é uma característica básica desta modalidade educativa. Ao desenvolver suas
habilidades de estudar de forma autônoma, o estudante estará aprendendo a buscar soluções
por conta própria, a se mobilizar na busca de respostas, a gerenciar e avaliar as fontes de
informação e a procurar fontes alternativas, a se responsabilizar por um cronograma a ser
cumprido, a gerir seu tempo em função de suas tarefas e de sua realidade, a buscar parceria
e trabalhar em equipe, a não depender de hierarquias e desenvolver seu senso de iniciativa.
As várias tecnologias de comunicação existentes possibilitam diferentes sistemas de
formação, como: formação individualizada, aberta e a distância, o que implica e
proporciona a organização e planejamento de circunstâncias educativas, e que gera novos
modelos metodológicos de ensino e novos ambientes de aprendizagem. No cenário
educacional, vemos a sala de aula tradicional ser abandonada aos poucos, substituída por
novos modelos educacionais, uma vez que a Internet viabiliza a era da escola virtual.
O uso das diversas tecnologias disponíveis para beneficiar o aprendizado do
estudante, em sistemas de EaD proporciona uma interação mais efetiva e, ao mesmo tempo,
permite ao professor maior oportunidade de aprofundamento dos conteúdos, aumentando,
assim, as alternativas de recursos para o ensino, por parte do professor, e para a
aprendizagem, por parte do estudante. A utilização pedagógica de recursos tecnológicos vem contribuir para maior integração entre professores e estudantes e, até mesmo, destes
entre si, aumentando a qualidade do processo de ensino-aprendizagem.
As novas tecnologias potencializam a EaD através do uso de teleconferências,
videoconferências, do correio eletrônico, ferramentas de buscas na Internet, listas de
discussão, fóruns de discussão e outros. Em conjunto com estas tecnologias, no entanto,
convivem outras já muito conhecidas entre educadores. O material impresso serviu, e ainda
serve, de base para este modelo educacional. Junto com jornais, revistas, apostilas,
cadernos didáticos, fascículos, guias de estudo, cadernos pedagógicos, encontramos fitas de
vídeo, fitas de áudio etc. Precisam ser acrescidos a esta lista os meios de comunicação de
massa, o rádio, a televisão e o cinema. A EaD utiliza toda e qualquer mídia que sirva de
agente mediador, que possibilite a comunicação entre estudantes, corpo docente e
administração.
Do ponto de vista da tecnologia utilizada, podemos encontrar três gerações de EaD
(CUNHA FILHO; NEVES, 2000). O modelo da primeira geração esteve pautado no uso de
material impresso enviado pelo correio. A partir do desenvolvimento dos meios de
comunicação eletrônicos, a EaD passou a se servir do rádio, da televisão, do fax, do
telefone, configurando a chamada segunda geração. Com o desenvolvimento das novas
tecnologias da informação e comunicação, estamos vivenciando a era da terceira geração, a
que agrega as potencialidades telemáticas às tecnologias já desenvolvidas, fazendo uso de
todos os recursos para tornar eficientes e eficazes modelos educacionais não baseados em
encontros face-a-face entre quem ensina e quem aprende. Podemos identificar nestas
gerações, a busca permanente da EaD por meios tecnológicos que apresentem maiores
possibilidades interativas. É com a Internet, no entanto, que interatividade atinge graus
excepcionais, pois oferece ferramentas de comunicação síncronas e assíncronas.
Considerando que podemos ter cursos oferecidos com encontros presenciais
mediatizados tecnologicamente, o curso todo pode se realizar de forma presencial,
independentemente da separação geográfica existente entre alunos e professores. A
comunicação síncrona vem contribuindo para a interação imediata e simultânea entre
professores e alunos e, principalmente, vem permitindo o acesso a informação para todos,
ao mesmo tempo, característica de sistemas presenciais. É a comunicação assíncrona, no entanto, que vem sendo considerada característica
revolucionária na educação atual, pois viabiliza a oferta para estudantes geograficamente
distantes ou não, e “mudam os processos tradicionais através dos quais esta comunicação
vem se dando ao longo dos tempos” (BARROS; NEVES, 2000, p. 41).
A comunicação assíncrona pode ser apontada como a forma de comunicação que
garante o estudo autônomo, na medida em que os estudantes estabelecem seus cronogramas
pessoais de estudos, conforme necessidades e interesses, característica básica da
modalidade a distância. A comunicação assíncrona permite a interação sem hora marcada.
O estudante pode acessar o conteúdo de um curso ou a resposta de um professor quando lhe
for conveniente, pois estes estarão disponíveis, atribuindo à educação um caráter “just in
time”. Cada estudante pode realizar este acesso em tempo diferente, em horário diferente,
conforme suas conveniências.
O uso de todas as tecnologias, da impressa à digital contribuem com o processo de
ensino-aprendizagem, tanto no sentido de facilitar o acesso e a construção do conhecimento
por parte do estudante, quanto pelas diferentes modalidades de linguagens que oferecem.
A escrita foi inventada como mecanismo de registro e controle de informações. Na
cultura letrada, aprende-se a ler e escrever de acordo com padrões determinados e regras
definidas de organização das idéias e do espaço que contém a escrita, organizando-se,
assim, a linguagem e favorecendo-se o desenvolvimento da racionalidade lógica. No
entanto, ler um texto e olhar uma fotografia são atos de natureza diferenciada. A leitura de
texto escrito é linear, é analítica, enquanto que a “leitura” de uma imagem é global, é
sintética. É necessário que o leitor veja a imagem como um todo, precisa “mergulhar” nela
(FÉRRES, 1996). Ostrower (1995) nos ensina que o olhar é construído, deveríamos
também construir o ouvir, uma vez que a linguagem auditiva é espacial e direcional.
A contribuição de tecnologias audiovisuais para a educação é amplamente
reconhecida, de Comênio a nossos dias. Comênio é considerado o pai do uso de
audiovisuais no ensino. O princípio da intuição e do método intuitivo defendidos por ele
serviram de base para justificar a utilização de recursos audiovisuais. Este fundamento é
encontrado na famosa obra chamada Didática Magna, publicada em latim no ano de 1657.
Didática Magna é a versão ampliada e aperfeiçoada da Didática Tcheca, concluída ainda
em 1632 (GASPARIN, 1997). Sua obra intitulada Orbis Sensualium Pictus, escrita em 1654, é considerada o primeiro livro “visualizado”, ilustrando as palavras com
representações pictóricas (PARRA, 1977). Em 1922, Thomas A. Edison afirmava a
revolução que o cinema causaria no ensino. O rádio foi citado por Darrow, em 1932, como
a tecnologia que traria o mundo para a sala de aula. Os computadores, as telecomunicações
e as produções híper e multimídia transformarão a escola, segundo Pappert apud Sancho
(1988).
Do texto escrito, ilustrado por figuras de Comênio, passamos a viver na era da
linguagem hipertextual. O hipertexto se caracteriza por apresentar várias opções diferentes
para os leitores que, individualmente, podem determinar qual delas seguirá no momento de
sua leitura. Da leitura linear passamos à coexistência de diversas possibilidades de leitura,
as “disponibilidades instantâneas para associações múltiplas não-lineares de elementos”
(SILVA, 2000, p. 144).
Atualmente, convivemos com projetos educacionais que utilizam desde o material
impresso como material didático básico do processo ensino-aprendizagem até modelos
totalmente on-line, baseados em Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Estes seriam um
conjunto de ferramentas pedagogicamente preparado e articulado para fornecer o máximo
de interatividade em uma relação pedagógica mediada por computadores, através da
utilização das facilidades disponibilizadas pela Internet. Podemos entender os Ambientes
Virtuais de Aprendizagem como sendo o conjunto de condições ambientais – espaço físico
e temporal, condições técnico-ferramentais e condições didático-pedagógicas para o
desenvolvimento da aprendizagem.
A estratégia didático-pedagógica fundamenta a utilização de tecnologias
constituíndo-se como matriz de regulamentação das condições técnico-ferramentais,
garantindo-lhes qualidade. O estudante precisa de condições físicas e técnicas para estudar,
mas também necessita de condições didático-pedagógicas adequadas. O fator decisivo para
a aprendizagem será a estratégia didático-pedagógica que orienta a utilização dos recursos
didáticos, pois estes devem estar articulados de forma a agirem coordenadamente, tendo
cada recurso função específica, porém formando uma unidade uns com os outros, a partir
de uma orientação pedagógica fundamentada em uma determinada concepção de
aprendizagem. Em outras palavras, trata-se de estabelecer o projeto pedagógico e
comunicativo com o qual serão eleitas e utilizadas todas as tecnologias e suas linguagens. El desarrollo de nuevas tecnologías no ha supuesto, necesariamente, uma
transformación de los modelos comunicativos y educativos puestos em
práctica em las instituciones académicas. La incorporación de programas
de radio, audiocassettes, televisión, vídeo o Internet no significan, em
líneas generales, uma propuesta pedagógica y metodológica distinta si,
previamente, no se los ha integrado y desarrollado em función de um
modelo comunicativo y pedagógico distinto (RODRÍGUEZ;
QUINTILLÁN, 1999, p. 180).
Considerando que “la utilización de medios audiovisuales permite evaluar
conocimientos, actitudes y también la própria metodologia de trabajo que se pone en
prática” (APARICI, 1998, p. 10) é necessário a conjugação de materiais de caráter uni,
multi e hipermídia, no sentido de proporcionar aos estudantes possibilidades de interagir
com diversas linguagens que possibilitam a aprendizagem através das múltiplas
inteligências, ao acionar habilidades e competências sensoriais e cognitivas.
O uso de diversas linguagens, design instrucional interativo, centralização do
processo na atividade do aluno, horizontalidade entre alunos e professores como fonte de
conhecimento e adequação entre o conteúdo e a mídia disponibilizada aos estudantes
podem ser considerados princípios pedagógicos norteadores de uma EaD voltada à
formação de estudantes autônomos.
Neste sentido, é de suma importância perceber quais as contribuições efetivas que as
TICs trazem para o cenário educativo, tanto a distância quanto presencial, e traçar
estratégias pedagógicas que possibilitem o trabalho colaborativo, criativo e autônomo que
se pleiteia para a educação contemporânea.
Tarefa esta que implica o estabelecimento de estratégias didático-pedagógicas que
inaugurem práticas colaborativas, de troca e construção coletiva de significados, tanto por
parte dos estudantes quanto por parte dos professores e tutores. Desta maneira, não apenas
o estudante de um curso que se faz a distância aprende a estudar de forma autônoma, mas
os professores e tutores aprendem a ensinar para um estudante autônomo, portanto,
aprendem também.
Isto significa inaugurar práticas pedagógicas que estabeleçam regras claras de ação
sobre o campo de conhecimento a se tratar – o recorte curricular e a diversidade de
proposições teóricas que o embasam; que superem o uso dominante da linguagem verbal para a conjugação de diversas linguagens; que desenvolvam habilidades gestoras de grupos
produtores de conhecimento; que possibilitem aos educadores a discussão pública e
acadêmica de suas posições teóricas – tanto pedagógicas quanto de sua área de
especialidade; que conjuguem no mesmo tempo os verbos pesquisar e ensinar. Enfim,
práticas pedagógicas que deixem transparecer que ensinar é aprender e que o novo não lhe
é elemento estranho, mas fonte mesmo de novas proposições, de novos olhares, de
crescimento.
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