Teresa Dib Zambon Atvars
Pró-Reitoria de Pós-Graduação
UNESP-20/09/2006
Internacionalização da Formação Universitária
Unicamp
350 ha.
Estudantes estrangeiros na Unicamp – pós-graduação
63% doutorado
37% mestrado
Latino Americanos 302 (83%)
Mapa de Unicamp en Campinas – I&D
Unicamp
Lab. Síncrotron
CPqDEricssonCi&T
Via D. Pedro I
Rod. Campinas – Mogi Mirim
PUC
NortelPositron
XTal Fiber
TBS Pharma
LucentSONAE
Esquema da apresentação
• O que vou definir como internacionalização ?
• O ranking das universidades no mundo – comparação com a América Latina e Brasil
• Os indicadores internacionais
• Os indicadores Capes para a Avaliação de Programas
• Conflitos ideológicos e internacionalização
• Experiências de grupos e experiências institucionais
• Desafios do futuro
O que vou definir como internacionalização ?
Necessidade absoluta de integração entre os vários sistemas sociais no mundo globalizado – Internacionalização na formação pressupõe internacionalização da Universidade
Universidade
Mundo do trabalho
Segmentos sociais
O ranking das universidades no mundo – comparação com a América Latina e BrasilInstitute of Higher Education, Universidad Shanghai Jiao Tong
A edição de 2004 do Ranking Acadêmico das
Universidades do Mundo publicado pelo
Institute of Higher Education da Universidade Shanghai Jiao Tong.
O ranking contabiliza:1. a qualidade da educação, 2. a qualidade da facultade3. a produção em pesquisa,
4. O tamanho das instituições
Critério Indicador código peso
Qualidade da Educação
Aluno da Instituição ganhadores de Prêmios Nobel e Distinções em uma área
Alunos 10%
Qualidade dos professores
Professores da Instituição ganhadores de Prêmios Nobel e Distinções em uma área
Distinções 20%
Pesquisadores mais citados em 21 categorias amplas de conhecimento
HiCi 20%
Indicadores de pesquisas
Artigos publicados na Nature e Science* N&S 20%
Artigos no Science Citation Index-expandido para as todas as áreas
SCI 20%Tamanho da Instituição
Desempenho acadêmico em relação ao tamanho de uma institução
tamanho 10%
Total 100%
Os indicadores Internacionais
RegiãoTop 20
Top 100
Top 200
Top 300
Top 400
Top 500
América do Norte e
América Latina 17 58 98 137 164 196
Europa 2 34 78 122 171 207
Ásia/Pac 1 9 24 40 63 92
Africa 1 2 5
Total 20 101 200 300 400 500
Estatística por região
Country Top 20 Top 100 Top 200 Top 300 Top 400 Top 5001 USA 17 54 87 118 140 1672 UK 2 11 22 33 37 433 Japan 1 6 9 12 20 324 Germany 5 15 22 36 405 Canada 4 8 16 19 226 France 4 6 12 17 217 Sweden 4 4 9 11 118 Switzerland 3 6 7 7 89 Netherlands 2 7 9 12 1210 Australia 2 6 9 11 1611 Italy 1 6 7 14 2312 Israel 1 4 4 6 713 Denmark 1 3 4 4 514 Norway 1 1 2 3 415 Finland 1 1 2 2 5
Estatística por país
16 Russia 1 1 1 2 217 Belgium 4 6 7 718 China 3 9 15 1919 South Korea 1 3 6 920 Spain 1 3 5 921 Austria 1 3 5 722 Brazil 1 1 3 423 Singapore 1 1 2 224 Argentina 1 1 1 125 Mexico 1 1 1 126 New Zealand 2 2 527 South Africa 1 2 428 Ireland 1 2 329 Czech 1 1 130 Greece 2 231 Hungary 2 232 Poland 2 233 India 1 2
Trabalhos publicados (fonte:Science Indicators-ISI):
Brasil X Países competidores em áreas da Política Industrial, 1981-2003
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
40.000
45.000
1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003
Trab
alho
s
Brasil Taiw an Coréia do Sul Cingapura
India China Espanha
Trabalhos publicados (fonte:Science Indicators-ISI):
Brasil X Países selecionados, 1981-2003
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003
Trab
alho
s
Brasil Áustria Bélgica Dinamarca Finlândia
Israel Noruega Polônia Escócia
Trabalhos publicados (fonte:Science Indicators-ISI):
Brasil X Países mais produtivos (exceto USA), 1981-2003
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
80.000
1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003
Trab
alho
s
Brasil Japão Alemanha França Inglaterra
China Canadá Suécia
Os indicadores Capes para a Avaliação de Programas
Como coordenadores de programas de Pós-Graduação todos vocês sabem a complicação e das polêmicas do novo processo da avaliação da Capes. Para que? A quem interessa? Nosso sistema está ou é melhor que o dos outros países desenvolvidos? A quem interessa as descontinuidades em processos de avaliação?
Conflitos ideológicos e internacionalização
Muitas áreas das nossas universidades tratam a questão da internacionalização e da globalização segundo óticas diversas.Não podemos minimizar esses conflitos no âmbito das nossas instituições da mesma forma que não podemos ignorar que existem indicadores de produção acadêmica que são mais ou menos relevantes para cada área.
Experiências de grupos e experiências institucionais
Experiências de internacionalização dos grupos: atividade individual, com foco no estabelecimento de contatos científicos pontuais. Nível de sucesso dependente da capacitação individual com reflexos indiretos ao ensino e ao aperfeiçoamento dos alunos de pós-graduação.
Exemplos típicos: viagens de intercâmbio científico, participação em congressos, bolsas sanduíche, etc.
Experiências de grupos e experiências institucionais
Experiências de internacionalização da instituição – programas institucionais com efetiva motivação de criar oportunidades de intercambio para docentes e alunos: nível de sucesso imediato de difícil mensuração, com reflexos direto sobre os participantes, com reflexos indiretos ao ensino e ao aperfeiçoamento dos alunos de pós-graduação, fácil de ser avaliado com indicadores numéricos (quantos), difícil de se avaliar o impacto qualitativo.
Exemplos típico: convênios interinstitucionais
Desafios do futuro e do presente
Ampliar nossa participação internacional de modo interferente: exemplo – comitês editorias
ASSOCIATE EDITORS
Alan D. EnglishDuPont Central Research and DevelopmentExperimental StationWilmington, DE 19880-0356Phone: (302) 654-4713Fax: (302) 654-4872E-mail: [email protected] LeiblerMatière Molle et ChimieESPCI10 Rue Vauquelin75231 Paris Cedex 05FrancePhone: 33 1 40 79 51 60Fax: 33 1 40 79 51 17E-mail: [email protected] J. LovingerBell Laboratories (retired)1920 N. Ohio St.Arlington, VA 22205Phone: (703) 534-6772Fax: (703) 534-0680E-mail: [email protected]
Christopher K. OberCornell UniversityIthaca, New York 14853-1501Phone: (607) 277-0330Fax: (607) 277-1668E-mail: [email protected] PughUniversity of AkronAkron, Ohio 44325-3909Phone: (330) 972-7539Fax: (330) 972-8864E-mail: [email protected] P. Russell [Photo]University of MassachusettsAmherst, Massachusetts 01003-9263Phone: (413) 545-0407Fax: (413) 545-0421E-mail: [email protected] Manfred SchmidtInstitut fuer Physikalische ChemieJohannes-Gutenberg-UniversitaetJakob-Welder-Weg 11D-55099 Mainz, GermanyPhone: 49-6131-392-0883Fax: 49-6131-392-0884E-mail: [email protected]
Jerold M. SchultzDepartment of Chemical Engineering335 Colburn LaboratoryUniversity of DelawareNewark, Delaware 19716-3110Phone: (302) 831-1361Fax: (302) 831-1365E-mail: [email protected] M. NovakNorth Carolina State UniversityRaleigh, North Carolina 27695-8204Phone: (919) 513-2826Fax: (919) 513-2828E-mail: [email protected] A. MooreRensselaer Polytechnic InstituteTroy, NY 12180-3590Phone: (518) 276-2086Fax: (518) 276-2489E-mail: [email protected] L. MatticeUniversity of AkronAkron, OH 44325Phone: (330) 972-5128Fax: (330) 972-5396E-mail: [email protected]
Chi WuChinese University of Hong KongShatin N.T., Hong KongPhone: 852-2994-3410Fax: 852-2994-3401E-mail: [email protected]
Aproveitamento de oportunidades
Alemanha Auxílio Curta Duração Doutorado Capes/DAAD Doutorandos Alemães Humboldt Missões de Curta Duração Prêmio Humboldt Probral Unibral
Estados Unidos CAPES/Fipse CAPES/UT, Austin, UTEP e MDACC Universidade do Texas - PVF CAPES/Comissão Fulbright
França Brafitec Capes/Brafagri Cofecub Colégio Doutoral Franco Brasileiro
Argentina Centros Associados Secyt
Chile Conicyt
Holanda Capes/Centro de Pesquisa de Wageningen
China CEE
Itália Capes/Politécnico de Turim
Cuba MES Docentes MES Projetos PPV/MÊS
Portugal Grices
Uruguai La Republica
Espanha CAPES/MECD-DGU
Multinacional PEC-PG PVE
Alemanha
Argentina
Bélgica
Brasil
Canadá
Chile
China
Colombia
Costa Rica
Cuba
Equador
Espanha
Estados Unidos
França
Índia
Itália
Japão
México
Peru
Portugal
Reino Unido
Rússia
Uruguai
Venezuela
A FAPESP mantém convênios com instituições de pesquisa de diversos países visando o intercâmbio de pesquisadores e o desenvolvimento conjunto de projetos de pesquisa de interesse comum ao Brasil e ao país conveniado.
Instituições internacionais com as quais a FAPESP mantém convênios:BRITISH COUNCIL (Reino Unido) CIRAD (França) CNRS (França) COFECUB (França) DAAD (Alemanha) GRUPO ENS (França) FULBRIGHT (Estados Unidos)
GRICES (Portugal - antigo JNICT) INRIA (França) INSERM (França) INSTITUTO LUDWIG (Suíça) MESC (Cuba) MINVEC (Cuba) THE MUSEUM OF FINE ARTS, Houston (Estados Unidos)
Desafios do futuro e do presente: Integrar o cenário internacional da divulgação do conhecimento
Desafios do futuro e do presente: Integrar o cenário local da transferência do conhecimento
Desafios do futuro e do presente: Integrar o cenário local da transferência do conhecimento
Desafios do futuro e do presente: Integrar o cenário local da transferência do conhecimento
Desafios do futuro e do presente: Integrar o cenário local de formação de recursos humanos
Relação entre número de concluintes na graduação e ingressantes no mestrado - regiões sul e sudeste
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
Espí ritoSanto
Minas Gerais Paraná Rio deJ aneiro
Rio G Sul SantaCatarina
São Paulo Médiabrasileira
Rel
ação
2000200120022003
Desafios do futuro e do presente: Integrar o cenário local de formação de recursos humanos
1996 2004(21/mai)
Multidisciplinares e Ensino 25 130 24,9 2,3 6,6 Ciências Sociais Aplicadas 92 236 13,5 8,5 12,0 Engenharias 119 227 9,1 11,0 11,6 Ciências Humanas 146 278 9,1 13,5 14,2 Lingüística, Letras e Artes 62 110 8,0 5,7 5,6 Ciências Biológicas 106 183 7,6 9,8 9,3 Ciências Exatas e da Terra 136 212 6,2 12,6 10,8 Ciências Agrárias 137 208 5,8 12,7 10,6 Ciências da Saúde 260 375 5,1 24,0 19,1
Total 1.083 1.959 8,3 100,0 100,0 1/ Prazo: 7 anos e 5 meses.
Fonte: CAPES/MEC.
Porcentagens
Grande Área do Conhecimento 1996 2004(21/mai)
TaxaGeométrica
(% aa 1/)
Número de cursos segundo a grande área do conhecimento MESTRADO
Desafios do futuro e do presente: Integrar o cenário local de formação de recursos humanos
1996 2004(21/mai)
Multidisciplinares e Ensino 7 32 22,7 1,3 3,1 Ciências Sociais Aplicadas 27 82 16,2 5,0 7,9 Ciências Agrárias 51 121 12,4 9,4 11,7 Ciências Humanas 65 142 11,1 12,0 13,7 Ciências Biológicas 64 131 10,1 11,8 12,7 Engenharias 53 107 9,9 9,8 10,3 Lingüística, Letras e Artes 34 60 8,0 6,3 5,8 Ciências Exatas e da Terra 74 124 7,2 13,7 12,0 Ciências da Saúde 166 235 4,8 30,7 22,7
Total 541 1.034 9,1 100,0 100,0 1/ Prazo: 7 anos e 5 meses.
Fonte: CAPES/MEC.
Grande Área do Conhecimento 1996 2004(21/mai)
TaxaGeométrica
(% aa 1/)
Porcentagens
Número de cursos segundo a grande área do conhecimento DOUTORADO
Desafios do futuro e do presente: Sustentabilidade dos nossos programas de PG
Investimentos do CNPq por doutor/ano segundo unidades da federação - 2002, 2004
05101520253035
(*) Fonte: Diretório dos Grupos de P esquisa no Brasil (nº de doutores cadastrados nos respectivos censos).Ver notas 2 e 3.
R$
mil
corr
ente
s/do
utor
2002 2004
Desafios do futuro e do presente: Sustentabilidade dos nossos programas de PG
Bolsas de doutorado concedidas pelas Agências de Fomento
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
CNPq - D -total
CNPq - D - SP CNPq - D -Unicamp
CAPES - D -total
CAPES - D -SP
CAPES - D -Unicamp
FAPESP - Dtotal
FAPESP - DUnicamp
Agências
Núm
ero
de b
olsa
s
1999 2000 2001
2002 2003 2004
Desafios do futuro e do presente: Sustentabilidade dos nossos programas de PG
Bolsas de mestrado concedidas pelas Agências de Fomento
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
CNPq - M -total
CNPq - M - SP CNPq - M -Unicamp
CAPES - M -total
CAPES - M -SP
CAPES - M -Unicamp
FAPESP - Mtotal
FAPESP - MUnicamp
Agências
Núm
ero
de B
olsa
s
1999 2000 2001
2002 2003 2004
Desafios do futuro e do presente: Integrar o cenário local de formação de recursos humanos
Número de doutores por 100 mil habitantes (*)segundo regiões geográficas - 2002, 2004
05
10152025303540
SE S CO NE N Brasil(*) Fonte: Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil (nº doutorescadastrados nos respectivos censos) e IBGE (estim. populacional com data de referência em 01 /jul. Revisão 2004). Ver notas 2.
Nº d
outo
res/
100
mil
hab.
2002
2004
Desafios do futuro e do presente: Integrar o cenário local de formação de recursos humanos
A Alemanha se destacou como o país com o maior índice de formação de doutores, tendo atingido um patamar de 30 doutores por 100 mil habitantes ao longo do período 1997-2003. No Reino Unido e nos Estados Unidos, este indicador atingiu, em 2001, a marca de 24 e 14 doutores por 100 mil habitantes, respectivamente. Na França, em 1999, o mesmo indicador ficou em torno de 17 doutores titulados/100 mil habitantes;
Desafios do futuro e do presente: Integrar o cenário local de formação de recursos humanos
Em 2003, o Brasil estava formando 4,6 doutores por 100 mil habitantes, ou seja, cerca de 15% da taxa exibida pela Alemanha (30 doutores titulados/100 mil habitantes); a Coréia do Sul, em 2000, ao atingir a marca de 13,6 doutores por 100 mil habitantes, ultrapassou o Japão, com 12,1 doutores titulados/100 mil habitantes. O índice alcançado pela Coréia do Sul representa o triplo da taxa de formação observada no Brasil, naquele mesmo ano.
Resumo
Podemos nos internacionalizar ?
Podemos competir num cenário de ranking de universidades?
Por que não usamos indicadores internacionais?
Podemos superar nosso conflitos ideológicos em relação a internacionalização e à globalização?
Como estimular em universidades grandes e complexas a internacionalização como mecanismo de aperfeiçoamento profissional?
Obrigada!