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O Islamismo e a expansão árabe E a presença da maçonaria Webster Pinheiro

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O Islamismo e a expansão árabeE a presença da

maçonariaWebster Pinheiro

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Beduínos (pastores nômades do deserto da Arábia Saudita)

1. Arábia Pré-islâmica

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De quase 6,5 bilhões de pessoas no mundo, mais de 1 bilhão professa a religião islâmicafundada por Maomé (Mohamed).

Maomé

Nascido em Meca (570), grande centro econômico da Arábia Saudita, Maomé era caravaneiro e politeísta. Viajando pelo deserto, manteve contato com cristãos e judeus. Aos 40 anos, afirmando ter tido uma visão do anjo Gabriel, por meio do qual, Deus (Alá) o chamava a ser seu profeta e converter os povos da Península Arábica ao monoteísmo, Maomé cria o Islamismo.

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2. A expansão do Islã Meca era o grande centro religioso e econômico da Arábia dominada por comerciantes coraixitasOu Coraishitas;

Membros da tribo dos Coraixitas, de Meca

Meca pré-islâmica

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A pregação do monoteísmo e a condenação de outros cultos ameaçavam os interesses dos comerciantes de Meca, que passaram a perseguir Maomé.

Caaba, situada em Meca

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3. A “Hégira” Fuga de Maomé, de Meca para Yathrib (futura Medina = cidade do Profeta)

A Hégira, ocorrida em 622 da Era Cristã, assinala o início do calendário muçulmano;

Maomé entrando em Yathrib. Muito em breve ele converterátodo o povo local e partirá para a “Jihad” em direção a Meca.

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Medina

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Maomé organiza, em 630, a “Jihad” (GuerraSanta) e parte para Meca com cerca de 10 mil seguidores;

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Maomé pregando Em Meca, em 630, após tomada da cidade e sua conversão ao Islamismo;

Após sua morte, em 632,seus sucessores, os califas, iniciariam a expansão islâmica para além da Península Arábica.

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Maomé destruiu todos os 360

ídolos do politeísmo, na Caaba, mantendo apenas a Pedra Negra, que afirmava ter sido mandada do Céu.

Grande mesquita de Meca, tendo ao centro a Caaba.

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Maomé destruiu todos os 360 ídolos do politeísmo, mantendo apenas a Pedra Negra, na Caaba.

O Islamismo assegurou, portanto, a unificação religiosa e política do povo árabe

Mesquita da Caaba, em Meca, vista de fora

Peregrino suplicando em Meca

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4. Os princípios do Islamismo: Crer em Alá como seu único Deus e em

Maomé como seu Profeta; Orar 5 vezes ao dia voltado para Meca; Peregrinar a Meca pelo menos uma vez na

vida, caso as condições permitam; Dar esmolas (ajudar aos pobres); Jejuar no mês do Ramadã (nono mês do

calendário muçulmano); Obs: A “Jihad” é considerada “por alguns”

um princípio fundamental.

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A proteção aos órfãos e às viúvas, assim como o consumo de carne de porco e seus derivados, bebidas alcoólicas, qualquer narcótico, droga ou tóxico são também pregados

pelo Islão.

A leitura do Alcorão (Corão), livro sagrado do Islamismo, compilado após a morte de Maomé, em 632.

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6. Principais motivos da expansão islâmica: A necessidade de terras férteis para atender ao

crescimento demográfico;

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MAÇONARIA & ISLAMISMO

A relação entre Islamismo e Maçonaria sempre foi tema obscuro, delicado, polêmico, e por isso evitado por muitos autores. Quando das raras vezes abordado, os autores se restringem em citar Lojas e Obediências que existiram e existem nos países árabes e, de modo geral, param por aí. Uma postura um tanto quanto incoerente se observarmos os objetivos maçônicos da livre pesquisa da verdade, da busca pela justiça e do combate à ignorância, a intolerância e o fanatismo.

O objetivo aqui é tentar apresentar algo diferente do que “mais do mesmo”, fornecendo informação válida e de forma neutra sobre o assunto e abordando as questões que realmente importam.

Após o triste dia de 11/09/01, muito se tem falado sobre o Islamismo, o qual teve sua imagem de certa forma manchada no mundo ocidental com o marcante incidente. Apesar dos esforços das autoridades, uma onda de intolerância e preconceito, reforçada pela ignorância, tem caído sobre o Islã e seus adeptos no Ocidente desde então.

Por isso, faz-se necessário esclarecer alguns pontos:

O Islamismo não é uma religião radical. É apenas uma religião como as demais que, por ter mais de 1,5 bilhão de adeptos, possui algumas vertentes baseadas em diferentes interpretações de diferentes passagens de seu livro sagrado, sendo que apenas uma minoria dessas é radical. O mesmo ocorre no Cristianismo, que também possui suas vertentes minoritárias radicais, fanáticas, baseadas em diferentes interpretações de suas sagradas escrituras. Não é toda mulher muçulmana que usa burca ou véu, assim como não é toda mulher cristã que tem cabelo até o joelho e saia até o calcanhar.

Por isso, não se pode julgar 1,5 bilhão de pessoas presentes em dezenas de países com base em grupos terroristas que agem por si próprios e sem a concordância de qualquer país ou mesmo de autoridades religiosas. E no que se refere a autoridade religiosa, o Islamismo não possui uma hierarquia com autoridade constituída, não existindo algo um “Papa” ou algo do gênero. Por esse motivo, dizer que existe uma postura oficial do Islamismo sobre determinado assunto seria, no mínimo, imprudente.

Compreendido tais questões, vejamos o Islamismo perante a Maçonaria:

Islã: lua e estrela

Como já esclarecido, não existe uma autoridade que fale em nome da religião muçulmana. Assim sendo, é impossível que o Islamismo seja oficialmente a favor ou contra a Maçonaria. Diferente disso, outras Igrejas já se declararam oficialmente contrárias à Maçonaria, como a Igreja Católica e algumas outras Igrejas Cristãs de menor porte. Mesmo assim, isso não impediu que muitos dos fiéis dessas, sendo homens livres e de bons costumes, ingressassem na Ordem Maçônica nos últimos séculos.

Alguns maçons podem pensar que a Maçonaria talvez seja incompatível com a fé islâmica por conta de sua simbologia. Afinal de contas, muito da Maçonaria está relacionado ao Templo de Salomão, e em muitos graus de muitos ritos vê-se símbolos como letras em hebraico, cruzes, etc. Deve-se ter em mente que existem dezenas e dezenas de ritos maçônicos, sendo que alguns têm maior influência de uma ou outra religião, cultura ou época. Assim, temos ritos maçônicos com influências católicas, protestantes, judaicas, iluministas, egípcias, muçulmanas, cavaleirescas, nacionalistas, etc.

Shriners: lua e estrela

Ainda nesse sentido, observa-se que a Maçonaria é Ordem voltada a homens livres, e essa liberdade também se refere às amarras da intolerância. Um exemplo claro é que muitos dos ritos maçônicos fazem referência a “São João”, ou aos “Santos de nome João”, enquanto que grande parte de seus adeptos são protestantes. Isso ocorre porque o maçom é homem racional, e compreende que a citação de “São João” não é questão dogmática, e sim referência histórica aos Solstícios.

Já Salomão e a construção de seu templo, tão presentes na Maçonaria, ao contrário do que muitos possam presumir, não se encontram apenas na cultura e religião judaica. Esse importante personagem e evento também estão descritos no Alcorão. Para os maometanos, Salomão era um rei dotado por Deus de toda a prudência e sabedoria, um grande profeta como todos os descendentes de Davi estariam predestinados a ser. E sua importância era tamanha que Deus ordenou que os homens e “gênios” obedecessem a suas ordens e trabalhassem na construção de seu templo e palácio.

Gênios? Que gênios?

Esse é um ponto tão interessante que mereceu esse destaque. Os gênios estão presentes na cultura árabe desde tempos imemoriais. Seriam seres criados por Deus, invisíveis, mas que possuem a habilidade de se materializarem entre os homens e realizarem feitos notáveis. Não são anjos, pois possuem o livre-arbítrio e podem ser castigados ou mesmo aprisionados. Dessas crenças surgiu o famoso “gênio da lâmpada”, tão explorado em contos

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infantis. Esses gênios teriam, sob as ordens de Salomão, auxiliado os homens na construção de seu templo.

As duas faces da moeda

Templários - Rito de York

A questão religiosa está presente na Maçonaria desde seu início e, apesar de não ser discutida nas Lojas, está mais em voga do que nunca. Prova disso é que, nos últimos anos, os Nobres Shriners, instituição maçônica fundada no século XIX com temática e simbologia árabe, vem discutindo sobre a redução dessa influência árabe na instituição. Em contrapartida, as históricas críticas à Ordem dos Cavaleiros Templários, último degrau do Rito de York e restrito aos maçons que professam a fé cristã, continuam mais presentes do que nunca. Qual seria o caminho ideal: a busca pela universalidade ou a promoção das diferenças?

Conclusão

A Maçonaria está para o muçulmano assim como está para o cristão: dependente da ausência de intolerância e fanatismo por parte do fiel, e da ausência de ignorância por parte dos demais integrantes.

A durabilidade e sucesso da Maçonaria sempre se deveu ao fato de sua união ser baseada nos pontos comuns e sua riqueza nos pontos diferentes. Enquanto os diversos Ritos, Ordens internas e Corpos aliados proporcionam ao maçom participar daquilo com que se identifica, cujos valores compartilha, todos os membros dessas instituições se sentem integrantes de uma única família, e constroem a fraternidade sobre os landmarks que tornam a todos iguais: a crença num Ser Supremo e na imortalidade da alma.

O Dr. SM Ghazanfar, professor emérito da Universidade de Idaho, escreveu em um de seus artigos que “alienantes por aqueles que são diferentes, nós acabamos nos afastando e diminuindo nossa própria humanidade”. Que a Maçonaria, essa Sublime Ordem cuja finalidade é a felicidade da humanidade, saiba renovar seu compromisso de unir os diferentes pelo que eles têm em comum.

Significados dos símbolos religiosos

A lua crescente Entre os muçulmanos, o Hilal, ou "lua crescente", remete ao calendário lunar, regente de suas vidas

religiosas e seus principais rituais. O símbolo foi adotado por todos os devotos do Islã e tem uma antiga conexão

com a realeza árabe.

O torii Formado por duas colunas cruzadas por duas

vigas, o portal tem a função de separar o terreno dos templos xintoístas do profano mundo exterior. Para os japoneses, o caminho para o sagrado é sempre apontado

por uma estrutura como essa.

O menorá Criado à semelhança do castiçal disposto

originalmente no Templo de Jerusalém, erguido por Salomão, filho de Davi, no século 10, o Menorá é um

dos maiores símbolos da religião judaica, ao lado da Estrela de Davi.

Yin e yang

O símbolo chinês, alçado a ícone pop nos anos 70, representa o equilíbrio eterno de forças

opostas. O Yin está associado ao feminino, à água e à escuridão. O Yang, ao masculino, à atividade e à luz. Eles

trazem um pedaço, ou uma semente, do outro e são interdependentes.

A cruz de cristo

A imagem da cruz vazia serve para lembrar aos

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Significados dos símbolos religiosos

cristãos que Jesus subiu ao Reino dos Céus após sua morte e ressurreição. Símbolo da crucificação de Cristo, ela

representa o seu amor pela humanidade ao morrer pelos seus pecados.

A khanda Para os sikhs indianos, a espada de dois gumes no círculo central é o símbolo da crença num só

Deus, além de traduzir a proteção de sua comunidade contra a opressão alheia. Dispostas à

esquerda e à direita, as outras duas espadas representam o poder espiritual e temporal.

A roda da lei

A imagem simboliza o ensinamento do Buda. Ela surgiu a partir de uma passagem ocorrida na vida

do homem santo. Durante seu primeiro sermão em Sarmath, na Índia, Buda teria colocado em andamento "a

roda do dharma", ao explicar a lei natural das coisas.

O om sagrado

O símbolo é lido pelos hindus como "om", ou "aum". Se você achou o som familiar, basta lembrar que ele é entoado durante os mantras e orações, marca maior do

hinduísmo. O "3" representa a trindade dos deuses da criação, da preservação e da destruição. Já o "0" é o

silêncio de alcançar Deus.

Significados dos símbolos religiosos

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Vista parcial e “paradoxal” da Mesquita de Omar e do Muro das Lamentações.

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A expansão do Islamismo pelo mundo

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População de muçulmanos no mundo

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7. A dissolução da unidade islâmica e as disputas religiosas iniciadas a partir da morte do profeta: Sunitas: Utilizam-se do Suna (livro que exalta os feitos

de de Maomé) e do Alcorão como fontes de fé. Defendem Abu-Bekr (sogro de

Maomé) como seu sucessor. São o maior ramo do Islão, ao qual pertencem 85% do total dos muçulmanos.

Sunitas comendo ao final do Ramadã

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Xiitas: significa "partido de Ali“(primo e genro de Maomé). São mais radicais e defendem o Alcorão como a única fonte legítima de consulta. são o segundo maior ramo de crentes

do Islão, constituindo cerca de15% do total dos muçulmanos.

Auto-flagelo xiita no Paquistão

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Divisão entre Sunitas, Xiitas e outras religiões no Iraque e no Irã

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8. O legado cultural árabe: Na matemática, desenvolveram o sistema numérico (1, 2, 3, 4, 5,...); Na arquitetura, utilizaram minaretes e arcos ogivais;

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Dedicaram-se à Química e a Alquimia; Na Medicina, Avicena fez várias descobertas, diagnosticando a varíola e o sarampo, etc.

Alquimista realizando experiência

Avicena