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Modos simplificadores de conhecimento e implicações nas sociedades Regina Trilho Otero Xavier

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Modos simplificadores de conhecimento e implicaes nas sociedadesRegina Trilho Otero Xavier

QUEM VOC?QUEM VOC?Sou Fulano de Tal diz tudo sobre quem voc ?Se voc der muitas informaes sobre sua vida atual, ento estar dizendo quem voc ?Ou precisamos pensar na nossa condio humana para realmente podermos responder quem somos?

QUEM VOC?A condio humanaDe acordo com Morin (2009), conhecer o humano situ-lo no universo, compreender que trazemos dentro de ns o mundo fsico, o mundo qumico, nossos pensamentos, nossa conscincia, nossa humanidade, nossa animalidade, nossa ascendncia csmica.MORIN, Edgar. A cabea bem-feita. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 2009.QUEM VOC?A condio humanaQuem eu sou inseparvel de onde estou? de onde vim?para onde vou?

Todo indivduo traz em si toda a histria da humanidade.Todos somos resultantes de um longo e complexo processo de hominizao.MORIN, Edgar. A cabea bem-feita. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 2009.Um complexo passado em comumApesar de um passado em comum e de dependncia planetria em comum, os homens negam sua conscincia de coletividade e exageram em aes individualistas.

Que razes podem ter levado a humanidade a enfraquecer o esprito de coletividade?Que razes podem ter levado o homem a no ter conscincia da complexidade que envolve a tudo e a todos?MORIN, Edgar. A cabea bem-feita. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 2009.Pensamento simplificadorPensamento complexoInterdisciplinaridadeTransdisciplinaridade Por que razo costumamos pensar de forma simplificada, no conseguindo relacionar grande parte dos fatores que compem uma situao cotidiana?Porque costumamos desconsiderar a complexidade existente?Ser que isto tem a ver com a forma disciplinar existente em nossa educao escolar?Ser que no poderamos ter aprendido de forma interdisciplinar ou transdisciplinar?

O que interdisciplinaridade?Para Ivani Fazenda (1992, 1995)Uma atitude de esprito.Uma forma de permitir uma educao mais permanente.

Uma forma de compreender e modificar o mundo.

Capra (1996):A essncia da interdisciplinaridade caracterizada por uma viso de mundo integradora, ecolgica que reconhece a interdependncia fundamental de todos os fenmenos.Mas o mundo no foi sempre, interdependente,integrado????Quem o des-integrou?????Antes de 1500Viso de mundo:Orgnica; Interdependncia entre os fenmenos materiais e os espirituais;Subordinao das necessidades individuais s da coletividade.

A partir dos sculos XVI e XVII ...Mudanas revolucionrias na Fsica e na Astronomia (Coprnico, Galileu e Newton) noo de mundo como uma mquina.A partir dos sculos XVI e XVII ...Fazer cincia De acordo com os cientistas da poca, s teria valor se estivesse de acordo com seus princpios epistemolgicos e suas regras metodolgicas A partir dos sculos XVI e XVII ...UMA S FORMA CORRETA DE FAZER CINCIA (CONHECIMENTO) Para combater a forma autoritria e dogmtica at ento existente, os cientistas da poca exageram em seus pressupostos e acabaram criando tambm um modelo totalitrio.A partir dos sculos XVI e XVII ...Nova viso de FAZER CINCIA Todo conhecimento obtido fora de seus princpios e regras passou a no ter valor.Senso comum no tem valorPara Conhecer - dividir, classificar, quantificar

A partir dos sculos XVI e XVII PENSAMENTO SIMPLIFICADOR E REDUCIONISTA baseado no racionalismo cartesiano e no determinismo mecanicista

Mtodo cientfico implicava emreduo da complexidade (pensamento simplificador, reducionista)dividir o todo em partes para compreend-lo (racionalismo cartesiano) Ideia de ordem e de estabilidade (como se o mundo fosse esttico e eterno)Ideia de mundo-mquina (determinismo mecanicista)

Conseqncias:Grandes benefcios para o desenvolvimento da cincia

MAS

Pesado nus perda para a humanidade em termos de sensibilidade, valores, sentimentos.Francis Bacon (1561 1626)(lanou as bases do pensamento cientfico ocidental)Para Bacon o objetivo da cincia dominar e controlar a natureza. Descartes (1596-1650)(considerado o fundador da cincia moderna)Props: o mtodo analtico e dedutivo os pensamentos e problemas devem ser decompostos em suas partes componentes, numa ordem lgica.

Descartes (continuao)nfase exagerada levou a:Fragmentao das disciplinas;Fragmentao do pensamento;Reducionismo crena em que todos os fenmenos, mesmo os mais complexos podem ser entendidos atravs da anlise de suas partes constituintes;Isaac Newton (1642-1727)O mundo um sistema mecnico que pode ser descrito de forma objetiva sem necessidade de se fazer meno ao observador.O sucesso do modelo mecanicista de Newton (que se consolida com a teoria da qumica atmica) faz com que os princpios do seu mtodo sejam adotados por todas as cincias, inclusive as cincias humanas.Paradigma tradicional(ou paradigma da cincia moderna - sntese)Natureza, ser humano, plantas e animais mquinaO todo compreendido a partir das partesVerdade absoluta na cinciaS se considera cientfico as coisas que podem ser medidas e quantificadasO homem visto como separado da naturezaA natureza vista como sendo obrigada a servir ao homem.Viso mecanicista ou viso cartesiana de mundoSepara os indivduos de seus relacionamentos, no reconhecendo a importncia do contexto em que esto inseridos.Gerou individualismo exagerado e egocentrismo humanoE na Educao?A nfase excessiva dada ao mtodo cartesiano levou :fragmentao do nosso pensamento;unilateralidade de nossa viso;direcionando a nossa educao para valores fragmentados, superespecializao, processos de alienao:

MENTE TCNICA E CORAO VAZIOQuais so as implicaes do pensamento cartesiano-newtoniano em nossas vidas?

AtualmenteA Ecologia nos ensina que:A humanidade no o centro da vida no planeta;A terra inteira parte do nosso corpo.

PENSAMENTO ECOLGICOINTERDISCIPLINARTRANSDISCIPLINAR

Novas descobertas, novas formas de pensar Princpio da Incerteza (Heisenberg)Princpio da Complementaridade (Bohr)Teoria das Estruturas Dissipativas (Prigogine)Teoria Autopoitica (Maturana e Varela)Teoria da Enao (Varela)Pensamento Complexo (Morin)Novas formas de pensarOs prprios progressos da Cincia mostraram suas falhas anteriores e esto nos levando a novas formas de pensar:Viso de mundo total, INTEGRADO;Nova maneira de pensar a totalidade;UM NOVO PARADIGMA PARA A EDUCAO.UMA NOVA FORMA DE PENSAR O MUNDO E VER (SENTIR) O OUTRONovas formas de organizar o conhecimento cientfico(ENGLOBANDO AS ANTERIORES TAMBM!)Disciplinaridade InterdisciplinaridadeTransdisciplinaridade Inseparabilidade sujeito/objeto, corpo/mente, educador/educandoIntegrao da experincia objetiva com a subjetivaSentipensar e atuar MORAES, 2008 Transdisciplinaridade Rompimento de barreirasDestruio de fronteirasViso pluralista e multirreferencialDiferentes nveis de realidadeNecessidade de uma pluralidade de olhares e linguagens para compreender a complexidade da realidade.Como ocorre o conhecimento?

O entendimento que se tem da resposta a esta questo, mesmo que de forma inconsciente, vem determinando nossas aes, sobretudo as aes educativas.

Fernando Becker NOSSAS FORMAS DE PENSARa forma de pensar (e organizar) o conhecimento est relacionada com nosso comportamento nossa forma de perceber a realidade Boaventura Santos Busca esclarecer os valores que presidem os modos de fazer cincia.

Duas concepes de conhecimento (educao e de sociedade):Paradigma dominante da cincia moderna,Paradigma emergente (de um conhecimento prudente para uma vida decente) ou paradigma da solidariedade.Paradigma emergenteMoraes (1996) e Ramos (1996) Deve ser capaz de gerar ambientes de aprendizagem que: compreendam o ser humano em sua totalidade, com seus diferentes estilos de aprendizagem edistintas formas de resolver problemas, Paradigma emergenteMoraes (1996) e Ramos (1996)(continuao) levando em considerao os aspectosfsicos,biolgicos, mentais, psicolgicos, morais,culturais e sociais dos aprendizes.Paradigma emergente(continuao)preocupao em formar indivduos autnomos, criativos, crticos, cooperativos, solidrios, fraternos, mais integrados e harmoniosos,isto , indivduos intelectual e humanamente competentes;Novos tempos, novos desafiosCultura DigitalAtuaes no ciberterritrioNovas habilidades Novas linguagensNovos cdigosNovos meios de expressoNovos meios de publicaoNovas formas de tratar linguagens e cdigos A PARTIR DE 1990 cultura digital grande interao entre os usurios novos canais de sociabilidade novos canais de expresso cultural e de participao poltica

RECONFIGURAO DA VIDA COTIDIANA DOS INDIVDUOSNovos tempos, novos desafiosAtuar no ciberterritrio

nova cartografia novos sentidos e comportamentos

Surge um novo sujeito em um espao que no privado, nem pblico, mas coletivo e miditico. (FERRARA, 2009)Novos tempos, novos desafiosacesso s informaestroca de informaescomunicaes coletivas(a instantaneidade de tudo isto)

So determinantes de novos tempos que

exigem novas habilidadese conduzem a novos comportamentos.Novos tempos, novos desafiosNovas habilidades cognitivas?novas competncias cognitivas esto sendo desenvolvidas nas prticas comunicativas do entretenimento contemporneo cibertextuais, lgicas, criativas, sensoriais e sociais.(RGIS, 2010)

(esto sendo desenvolvidas FORA DA ESCOLA) Homo ZappiensNativos digitaisGerao Cnovas competncias cognitivas - Sociais possibilitam processos de colaborao entre indivduos reunidos em comunidades virtuais, listas de discusso, blogs com finalidades de busca, produo e partilha de informaes adicionais sobre seus produtos culturais favoritos.Homo ZappiensNativos digitaisGerao CComunicao e EducaoModo de pensar e comportamento socialRelaes estratgicas, estruturais (se uma muda a outra muda)Relao entre comunicao e educao Relao entre modo de pensar (aprendido na Educao Formal) e modo de ver o mundo, o outro e comportamento social Entender o mundo hoje

compreenso de vrias linguagens

expresso (publicao) em vrias linguagens e em vrios suportes (mdias). FANTIN (2008)

Uso de Tecnologias Educativas permite formas de participao ativa dos educandos

em processos interativos, em diversas linguagens, em diversos suportes, independente de tempo e local.

FANTIN (2008)

Saber relacionado aos contedos (SIM!!!)Saber fazerSaber sentir e ser sentipensar que envolve sensibilidade, escuta sensvel, fala sensvel e muito querer bem na construo de si, do outro e do coletivo

Educadores:Saber complexo, inter e transdisciplinarModos de ensinar e aprender (modos de pensar) que considerem:

sensibilidade, amorosidade compreenso de contextos coletivos e individuais.

Ser que existe realmente relao entre a forma com que os cientistas dos sculos XVI e XVII acreditavam que o conhecimento era construdo e a forma de pensar individualista dos tempos atuais?

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58Ser que a cultura digital e os novas competncias que os nativos digitais esto construindo podero contribuir para uma nova forma de ver o mundo e o outro, bem como uma nova forma de conviver?

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65Vamos para o frum do moodle conversar sobre isto agora?

RefernciasBASTOS, J. A. A educao tecnolgica: conceitos, caractersticas eperspectivas, in A Educao e Tecnologia. Tecnologia e Interao. Curitiba:CEFET/PR, 1998.FANTIN, Mnica. Liga, Roda, Clica.Campinas, SP: Papirus, 2008.GAMA, Ruy, Tecnologia e o Trabalho na Histria. So Paulo: Studio Nobel, 1986.MEDEIROS, Zulmira; VENTURA, Paulo Cezar. O conceito Cultura Tecnolgica e um estudo no meio educacional . Disponvel em http://www.portal.fae.ufmg.br/seer/index.php/ensaio/article/viewFile/133/183. Acesso em 14 de agosto de 2011.REIS, Junias. O conceito de tecnologia educacional para alunos do ensino mdio e superior. Disponvel em http://alb.com.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais17/txtcompletos/sem16/COLE_932.pdf. Acesso em 14 de agosto de 2011.ROCHA NETO, Ivan. Tecnologias Sociais. Disponvel em http://ieham.org/html/docs/Tecnologias_Sociais_Conceitos_e_perspectivas.pdf. Acesso em 14 de agosto de 2011.Tickton, S. To improve learning: an evaluation of instructional technology. New York, Bowkwer, 1970...............LEMOS, JAMBEIRO esto no Livro: A cibercultura e seu espelho. Disponvel em (http://abciber.org/publicacoes/livro1/a_cibercultura_e_seu_espelho.pdf) no deixem de ler algumas partes desse livro FANTSTICO!!!Modos simplificadores de conhecimento e implicaes nas sociedadesRegina Trilho Otero Xavier