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Histórico do golpe militar argentino
Inicia em 24 de março de 1976.Visava: combater os movimentos populares e
aniquilar os “subversivos” em sindicatos, igrejas, universidades e associações de bairro.
A ditadura chega ao fim em 1983.Em 1986 foram assinadas as Leyes Punto
Final, que eximiam de responsabilidade homens e mulheres que houvessem cometido crimes políticos – tanto os “subversivos” quanto os encarregados do regime.
Sequestradores do regime
Entravam nas casas de “suspeitos” a qualquer hora do dia ou da noite.
A polícia era avisada para não agir caso fosse chamada pela vizinhança.
Há registros do desaparecimento de crianças e adolescentes. Não se sabe se foram assassinados ou, com documentos falsos, entregues à adoção.
Procedimentos comos criminosos políticos
Eram levados para a ESMA com as mãos amarradas e cabeça coberta por um capuz.
Após alguns dias detidos, os presos eram avisados de que seriam transferidos. Na realidade, eram colocados, encapuzados, em um avião, e atirados na foz do rio Prata ou ao mar. Foram encontrados corpos em Quilmes e outras praias.
Torturadores militares
Técnicas desenvolvidas por militares colonialistas franceses, na Argélia e Indochina.
Interrogatório com “ajuda” da “picana”(choques elétricos), pauladas, asfixia seca e úmida. Os militares também costumavam retirar a pele da sola dos pés dos presos, retorcer seus testículos e estuprá-los.
Um médico acompanhava as seções de tortura.Os presos eram mantidos deitados no chão, em
cubículos, pés contra a parede e a cabeça voltada para o corredor. Música alta soava todo o tempo – era um tipo de tortura psicológica.
Abusos dos militares
Transferência de bens e propriedades dos presos para o nome dos torturadores.
Alguns presos políticos eram feitos escravos pelos militares, e eram obrigados a trabalhar a favor do regime.
Victor Basterra, trabalhador do setor gráfico, foi mantido preso e foi obrigado a trabalhar em falsificações de documentos. Basterra ficou encarcerado de 1979 a 1982. A partir de 1982 passou a ter direito de sair para visitar a família.
Trabalhavam compulsoriamente para os militares presos políticos que haviam sido profissionais competentes em diversas áreas. Professores universitários e tradutores em geral tinham como função preparar textos para reportagens da TV oficial, e traduzir matérias da e para a imprensa internacional.
Resultados
Calcula-se que das 5 mil pessoas detidas na ESMA, em quase 10 anos de ditadura, apenas 5% sobreviveu.
“Em países como Brasil, Equador, Uruguai e Honduras, os homicídios aconteciam aos centos. Na Argentina, foram dezenas de milhares”, diz Daniel Feierstein, diretor do Centro de Estudos em Genocídios, em Buenos Aires.
Bibliografia
Jornal El mundo: http://www.elmundo.es/albumes/2006/03/24/dictadura_argentina/index_6.html
Revista Aventuras na História, edição 85, de agosto de 2010. p. 46 a 51.