Jean piaget epistemologia genética

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  • 1. JEAN PIAGETA EPISTEMOLOGIA GENTICATraduo de Nathanael C. CaixeiraParis. Presses Universitaires de France..IntroduoAproveitei, com prazer, a oportunidade de escrever este pequeno livro sobre Epistemologia Gentica, demodo a poder insistir na noo bem pouco admitida correntemente, mas que parece confirmada pornossos trabalhos coletivos neste domnio: o conhecimento no poderia ser concebido como algopredeterminado nas estruturas internas do indivduo, pois que estas resultam de uma construo efetivae contnua, nem nos caracteres preexistentes do objeto, pois que estes s so conhecidos graas mediao necessria dessas estruturas; e estas estruturas os enriquecem e enquadram (pelo menossituando-os no conjunto dos possveis). Em outras palavras, todo conhecimento comporta um aspecto deelaborao nova, e o grande problema da epistemologia o de conciliar esta criao de novidades como duplo fato de que, no terreno formal, elas se acompanham de necessidade to logo elaboradas e deque, no plano do real, elas permitem (e so mesmo as nicas a permitir) a conquista da objetividade.Este problema da construo de estruturas no pr-formadas , de fato, j antigo, embora a maioria dosepistemologistas permaneam amarrados a hipteses, sejam aprioristas (at mesmo com certos recuosao inatismo), sejam empiristas, que subordinam o conhecimento a formas situadas de antemo no indivduo ou no objeto. Todas ascorrentes dialticas insistem na idia de novidades e procuram o segredo delas em "ultrapassagens" quetranscenderiam incessantemente o jogo das teses e das antteses. No domnio da histria dopensamento cientfico, o problema das mudanas de perspectiva e mesmo das "revolues" nos"paradigmas" (Kuhn) se impe necessariamente, e L. Brunschvicg extraiu dele uma epistemologia do vir-a-ser radical da razo. Adstrito s fronteiras mais especificamente psicolgicas, J. M. Baldwim forneceu,sob o nome de "lgica gentica", pareceres penetrantes sobre a elaborao das estruturas cognitivas.Poderiam ser citadas ainda diversas outras tentativas.Mas, se a epistemologia gentica voltou de novo questo, com o duplo intuito de constituir ummtodo capaz de oferecer os controles e, sobretudo, de retornar s fontes, portanto gnese mesmados conhecimentos de que a episte mologia tradicional apenas conhece os estados superiores, isto ,certas resultantes. O que se prope a epistemologia gentica pois pr a descoberto as razes dasdiversas variedades de conhecimento, desde as suas formas mais elementares, e seuir sua evoluoat os nveis seguintes, at, inclusive, o pensamento cientfico.130131Mas, se esse gnero de anlise comporta uma parte essencial de experimentao psicolgica, de modoalgum significa, por essa razo, um esforo de pura psicologia. Os prprios psiclogos no seenganaram a esse respeito, e numa citao que a .a nrerican Psychological Association teve a gentilezade enviar ao autor destas linhas depara-se com esta passagem significativa: "Ele enfocou questes atento exclusivamente filosficas de um modo decididamente emprico, e constituiu a epistemologia comouma cincia separada da filosofa mas ligada a todas as cincias humanas", sem esquecer. naturalmente,a biologia. Em outros termos, a grande sociedade americana admitiu de bom grado que nossas trabalhosrevestiam-se de uma dimenso psicolgica, mas a ttulo de byproduct, como o esclarece ainda a citao,e reconhecendo que a inteno, no caso, era essencialmente epistemolgica.Quanto necessidade de recuar gnese, como o indica o prprio termo "epistemologia gentica",convm dissipar desde logo um possvel equvoco, que seria de certa gravidade se importasse em opora gnese s outras fases da elabo rao contnua dos conhecimentos. A grande lio contida no estudoda gnese ou das gneses , pelo contrrio, mostrar que no existem jamais conhecimentos absolutos.Isto significa dizer, em outras palavras, seja que tudo gnese, inclusive a elaborao de uma teorianova no estado atual das cincias, seja que a gnese recua indefinidamente, porque as fasespsicogenticos mais elementares so, elas mesmas, precedidas de fases de algum modoorganogenticas, etc. Afirmar a necessidade de recuar gnese no significa de modo algum concederum privilgio a tal ou qual fase considerada primeira, absolutamente falando: , pelo contrrio, lembrar aexistncia de uma construo indefinida e, sobretudo, insistir no fato de que, para compreender suasrazes e seu mecanismo, preciso conhecer todas as suas fases, ou, pelo menos, o mximo possvel.Se fomos levados a insistir muito na questo dos comeos do conhecimento, nos domnios da psicologiada criana e da biologia, tal no se deve a que atribuamos a eles uma significao quase exclusiva:

2. deve-se simplesmente a que se trata de perspectivas em geral quase totalmente negligenciadas pelosepistemologistas.Todas as demais fontes cientficas de informao permanecem pois necessrias, e o segundo aspectoda epistemologia gentica sobre o qual gostaramos de insistir sua natureza decididamenteinterdisciplinar. O problema especfico da epistemologia, expresso sob sua forma geral, , com efeito, odo aumento dos conhecimentos, isto , da passagem de um conhecimento inferior ou mais pobre a umsaber mais rico (em compreenso e em extenso). Ora, como toda cincia est em permanentetransformao e no considera jamais seu estado como definitivo (com exceo de certas iluseshistricas, como as do aristotelismo dos adversrios de Galileu ou da fsica newtoniana para seuscontinuadores), este problema gentico, no sentido amplo, engloba tambm o do progresso de todoconhecimento cientfico e apresenta duas dimenses: uma, respeitante s questes de fato (estado dosconhecimentos em um nvel determinado e passagem de um nvel ao seguinte), e outra, acerca dasquestes de validade (avaliao dos conhecimentos em termos de aprimoramento ou de regresso,estrutura formal dos conhecimentos). , portanto, evidente que, seja qual for a pesquisa em epistemologia gentica, seja que se trate daevoluo de tal setor do conhecimento na criana ( nmero, velocidade, causalidade fsica, etc.) ou de taltransformao num dos ramos correspondentes do pensamento cientfico, tal pesquisa pressupe acolaborao de especialistas em epistemologia da cincia considerada, psiclogos, historiadores dascincias, lgicos, matemticos, cultores da ciberntica, lingstica, etc. Este tem sido sempre o mtodode nosso Centro Internacional de Epistemologia Gentica em Genebra, cuja atividade integral temconsistido sempre de um trabalho de equipe. A obra que se segue , portanto, sob muitos aspectos,coletiva!O objetivo deste opsculo no , todavia, contar a histria desse Centro, nem mesmo resumir osEstudos de Epistemologia Gentica que surgiram graas a ele. Nesses Estudos se encontram ostrabalhos realizados, bem como o sumrio das discusses que tiveram lugar por ocasio de cadaSimpsio anual e que trataram das pesquisas em curso. O que nos propomos aqui simplesmente prem destaque as tendncias gerais da epistemologia gentica e expor os principais fatos que asjustificam. O plano de trabalho portanto muito simples: anlise dos dados psicogenticos, em seguidade seus antecedentes biolgicos e, finalmente, retorno aos problemas epistemolgicos clssicos.Convm no entanto comentar este plano, pois os dois primeiros captulos poderiam parecer inteis.No que diz respeito em particular psicognese dos conhecimentos (cap. I), muitas vezes adescrevemos maneira dos psiclogos. Mas os epistemologistas lem apenas uns poucos trabalhospsicolgicos, o que concebvel, desde que no se destinam explicitamente a corresponder s suaspreocupaes. Procuramos pois centrar nossa exposio unicamente nos fatos que se revestem de umasignificao epistemolgica, e insistindo nesta ltima: trata-se, em conseqncia, de uma tentativa nova,em parte, tanto mais que ela toma em onsiderao um grande nmero de pesquisas ainda nopublicadas sobre a causa e. Quanto s razes biolgicas do conhecimento (cap. II), nomodificamos muito nosso ponto de vista desde a publicao de Biologia e Conhecimento (Gallimard,1967), mas, como pudemos substituir essas 430 pginas por menos de uma vintena, estamos certos deser perdoados por este novo apelo s fontes orgnicas, que era indispensvel para justificar ainterpretao proposta pela epistemologia gentica das relaes entre o sujeito e os objetos.Em poucas palavras se encontrar nestas pginas a exposio de uma epistemologia que naturalistasem ser positivista, que pe em evidncia a atividade do sujeito sem ser idealista, que se apia tambmno objeto sem deixar de consider lo como um limite (existente, portanto, independentemente de ns,mas jamais completamente atingido) e que, sobretudo, v no conhecimento uma elaborao contnua: este ltimo aspecto da epistemologia gentica que suscita mais problemas e so estes que se pretendeequacionar bem assim como discutir exaustivamente. Esta obra ser citada sob o ttulo geral tudes com o nmero do volume em questo. (N. do A.)133CAPTULO IA Formao dos Conhecimentos(Psicognese)A vantagem que um estudo da evoluo dos conhecimentos desde suas razes apresenta (embora, nomomento, sem referncias aos antecedentes biolgicos) oferecer uma resposta questo malsolucionada do sentido das tentativas cogni tivas iniciais. A se restringir s posies clssicas doproblema, no se pode, com efeito, seno indagar se toda informao cognitiva emana dos objetos e 3. vem de fora informar o sujeito, como o supunha o empirismo tradicional, ou, se, pelo contrrio, o sujeitoest desde o incio munido de estruturas endgenas que ele imporia aos objetos, conforme as diversasvariedades de apriorismo ou de inatismo. No obstante, mesmo a multiplicar os matizes entre asposies extremas (e a histria das idias mostrou o nmero dessas combinaes possveis), o postu-lado comum das epistemologias conhecidas supor que existem em todos os nveis um sujeitoconhecedor de seus poderes em graus diversos (mesmo que eles se reduzam mera percepo dosobjetos), objetos existentes como tais aos olhos do sujeito (mesmo que eles se reduzam a "fenmenos"},e, sobretudo, instrumentos de modificao ou de conquista (percepes ou conceitos), determinantes dotrajeto que conduz do sujeito aos objetos ou o inverso.Ora, as primeiras lies da anlise psicogentica parecem contradizer essas pressuposies. De umaparte, o conhecimento no procede, em suas origens, nem de um sujeito consciente de si mesmo nemde objetos j constitudos (do ponto de vista do sujeito) que a ele se imporiam. O conhecimento resultariade interaes que se produzem a meio caminho entre os dois, dependendo, portanto, dos dois aomesmo tempo, mas em decorrncia de uma indiferenciao completa e no de intercmbio entre formasdistintas. De outro lado, e, por conseguinte, se no h, no incio, nem sujeito, no sentido epistemolgicodo termo, nem objetos concebidos como tais, nem, sobretudo, instrumentos invariantes de troca, oproblema inicial do conhecimento ser pois o de elaborar tais mediadores. A partir da zona de contatoentre o corpo prprio e as coisas eles se empenharo ento sempre mais adiante nas duas direescomplementares do exterior e do interior, e desta dupla construo progressiva que depende aelaborao solidria do sujeito e dos objetos.Com efeito, o instrumento de troca inicial no a percepo, como os racionalistas demasiadofacilmente admitiram do empirismo, mas, antes, a prpria ao em sua plasticidade muito maior. Semdvida, as percepes desempenhamum papel essencial, mas elas dependem em parte da ao em seu conjunto, e certos mecanismosperceptivos que se poderiam acreditar inatos ou muito primitivos (como o "efeito tnel" de Michotte) s seconstituem a certo nvel da construo dos objetos. De modo geral, toda percepo chega a conferirsignificaes relativas ao aos elementos percebidos (J. Bruner fala, nesse sentido, de "identifica-es", cf. Estudos, vol. VI, cap. I) e pois da ao que convm partir. Distinguiremos a este respeito doisperodos sucessivos: o das aes sensrio-motoras anteriores a qualquer linguagem ou a todaconceptualizao representativa, e o das aes completadas por estas novas propriedades, a propsitodos quais se coloca ento o problema da tomada de conscincia dos resultados, intenes emecanismos dos atos, isto , de sua traduo em termos de pensamento conceptualizado.I. Os nveis sensrio-motoresNo que diz respeito s aes sensrio-motrizes, J. M. Baldwin mostrou, h muito, que o lactente nomanifesta qualquer ndice de uma conscincia de seu eu, nem de uma fronteira estvel entre dados domundo interior e do universo externo, "adualismo" este que dura at o momento em que a construodesse eu se torna possvel em correspondncia e em oposio com o dos outros. De nossa parte,fizemos notar que o universo primitivo no comportaria objetos permanentes at uma poca coincidentecom o interesse pela pessoa dos outros, sendo os primeiros objetos dotados de permannciaconstitudos precisamente dessas personagens (resultados verificados com mincia por Th. Gouin-Dcarie, em um estudo sobre a permanncia dos objetos materiais e sobre seu sincronismo com as"relaes objetais", neste sentido freudiano do interesse por outrem). Em uma estrutura de realidade queno comporte nem sujeitos nem objetos, evidentemente o nico liame possvel entre o que se tornarmais tarde um sujeito e objetos constitudo por aes, mas aes de um tipo peculiar, cuja significaoepistemolgica parece esclarecedora. Com efeito, tanto no terreno do espao como no dos diversosfeixes perceptivos em construo, o lactente tudo relaciona a seu corpo como se ele fosse o centro domundo, mas um centro que a si mesmo ignora. Em outras palavras, a ao primitiva exibesimultaneamente uma indiferenciao completa entre o subjetivo e o objetivo e uma centraofundamental, embora radicalmente inconsciente, em razo de achar-se ligada a esta indiferenciao.Qual poderia ser, no entanto, o lao entre esses dois aspectos? Se existe uma indiferenciao entre osujeito e o objeto ao ponto que o primeiro no se conhece nem mesmo como fonte de suas aes, porque seriam elas centradas no corpo prprio ao passo que a ateno estaria fixada no exterior? O termo"egocentrismo radical" de que nos valemos para designar esta centrao pode, ao invs (malgradonossas precaues), parecer evocar um eu consciente (e ainda mais o caso do "narcisismo" freudianoao passo que se trata de um narcisismo sem Narciso). De fato, a indiferenciao e a centrao das 4. aes primitivas importam ambas em um terceiro aspecto que lhes geral: elas ainda no estocoordenadas entre si, e134135constituem, cada uma, um pequeno todo isolvel que liga diretamente o corpo prprio.ao objeto (sugar,olhar, segurar, etc.). Da decorre uma falta de diferenciao, pois o sujeito no se afirmar em seguida ano ser coordenando livremente suas aes, e o objeto no se constituir a no ser se sujeitando ouresistindo s coordenaes dos movimentos ou posies em um sistema coerente. Por outro lado, comocada ao forma ainda um todo isolvel, sua nica referncia comum e constante s pode ser o corpoprprio, donde uma centrao automtica sobre ele, embora no desejada nem consciente.Para verificar esta conexo entre a falta de coordenao das aes, a indiferenciao do sujeito e dosobjetos e a centrao sobre o corpq prprio, basta lembrar o que se passa entre esse estado inicial e onvel dos 18 aos 24 meses, incio da funo semitica e da inteligncia representativa. Neste intervalo deum a dois anos realiza-se, de fato, mas ainda apenas no plano dos atos materiais, uma espcie derevoluo coprniciana que consiste em descentralizar as aes em relao ao corpo prprio, emconsiderar este como objeto entre os demais num espao que a todos contm e em associar as aesdos objetos sob o efeito das coordenaes de um sujeito que comea a se conhecer como fonte oumesmo senhor de seus movimentos. Com efeito (e esta terceira novidade que acarreta as duasoutras), presencia-se, em primeiro lugar, nos nveis sucessivos do perodo sensrio-motor, umacoordenao gradual das aes. Em lugar de continuar cada uma a formar um pequeno todo encerradoem si mesmo, elas chegam, mais ou menos rapidamente, pelo jogo fundamentl das assimilaesrecprocas, a se coordenar entre si at constituir esta conexo entre meios e fins que caracteriza os atosda inteligncia propriamente dita. nesta ocasio que se constitui o sujeito na medida em que fonte deaes e pois de conhecimentos, por isso que a coordenao de duas dessas aes supe uma iniciativaque ultrapassa a interdependncia imediata a que se restringiam as condutas primitivas entre uma coisaexterior e o corpo prprio. Mas coordenar aes quer dizer deslocar objetos, e, na medida em que essesdeslocamentos so submetidos a coordenaes, o "grupo de deslocamentos" que se elaboraprogressivamente a partir desse fato permite, em segundo lugar, atribuir aos objetos posiessucessivas, tambm estas determinadas. O objeto adquire, por conseguinte, certa permanncia espao-temporal donde a espacializao e objetivao das prprias relaes causais. Tal diferenciao dosujeito e dos objetos que acarreta a substanciao progressiva destes explica em definitivo esta inversototal das perspectivas, inverso esta que leva o sujeito a considerar seu prprio corpo como um objetono seio dos demais, em um universo espao-temporal e causal do qual ele vem a tornar-se parteintegrante na medida em que aprende a atuar eficazmente sobre ele.Em resumo, a coordenao das aes do sujeito, inseparvel das coordenaes espao-temporais ecausais que ele atribui ao real, ao mesmo tempo fonte das diferenciaes entre este sujeito e osobjetos, e desta descentralizao no plano dos atos materiais que vai tornar possvel com o concurso dafuno semitica a ocorrncia da representao ou do pensamento. Mas essa coordenao mesmaacarreta um problema epistemolgico,emboro ainda limitada a esse planode ao, e a assimilao recproca invocada para esse fim um primeiro exemplo dessas novidades, aum tempo no predeterminadas e vindo a ser, entretanto, "necessrias", e que caracterizam odesenvolvimento dos conhecimentos. Importa pois insistir nisto um pouco mais a partir do incio.A noo fundamental peculiar psicologia de inspirao empirista a da associao que, assinalada jpor Hume, permanece muito em voga nos meios considerados comportamentistas ou reflexolgicos,Contudo, esse conceito de associao refere-se to-somente a um liame exterior entre os elementosassociados, ao passo que a noo de assimilam (Eludes, vol. v, cap. III) implica a de integrao dosdados a uma estrutura anterior ou mesmo a constituio de nova estrutura sob a forma elementar de umesquema. No que se refere a aes primitivas, no coordenadas entre si, dois casos so possveis; noprimeiro a estrutura preexiste por ser hereditria (por exemplo, os reflexos de suco) e a assimilaoconsiste apenas em incorporar-lhe novos objetos no previstos na programao orgnica. No segundocaso, a situao imprevista: por exemplo, o lactente procura apreender um objeto pendurado, mas, nodecorrer de uma tentativa frustrada, limita-se a toc-lo e se segue ento um balanar que lhe interessacomo espetculo indito. Ento ele tentar consegui-lo novamente, donde o que se poderia chamar umaassimilao reprodutora (fazer novamente o mesmo gesto), e a formao de um incio de esquema. Empresena de outro objeto pendurado ele o assimilar a esse mesmoesquema,donde uma assimilaorecognitiva, e medida que repita a ao nesta nova situao, uma assimilao generalizadora, e esses