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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU - FECLI CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS MARIA DANIELLE LIMEIRA DA SILVA O USO DE OFICINAS COMO MEDIAÇÃO NA RELAÇÃO ENSINO-APRENDIZAGEM EM CIÊNCIAS NA E.E.F CENTRO EDUCACIONAL PADRE JANUÁRIO CAMPOS IGUATU/CE 2014

O uso de oficinas como mediação na relação ensino aprendizagem em ciências na e.e.f. centro educacional padre januário campos - maria danielle limei

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE

FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU - FECLI

CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

MARIA DANIELLE LIMEIRA DA SILVA

O USO DE OFICINAS COMO MEDIAÇÃO NA RELAÇÃO

ENSINO-APRENDIZAGEM EM CIÊNCIAS NA E.E.F CENTRO

EDUCACIONAL PADRE JANUÁRIO CAMPOS

IGUATU/CE 2014

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MARIA DANIELLE LIMEIRA DA SILVA

O USO DE OFICINAS COMO MEDIAÇÃO NA RELAÇÃO

ENSINO-APRENDIZAGEM EM CIÊNCIAS NA E.E.F CENTRO

EDUCACIONAL PADRE JANUÁRIO CAMPOS

Monografia submetida à Coordenação do Curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu, da Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial para aprovação na disciplina de Monografia.

Orientação: Professor Dr. Fernando Roberto Ferreira da Silva

IGUATU/CE 2014

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S586u Silva, Maria Danielle Limeira da. O Uso de Oficinas como Mediação na Relação Ensino-

Aprendizagem em Ciências na E.E.F. Centro Educacional Padre Januário Campos / Maria Danielle Limeira da Silva. [Orientada por] Fernando Roberto Ferreira da Silva. – Iguatu, 2014.

47 p. Monografia (Graduação) – Universidade Estadual do Ceará, Coordenação do Curso de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas, Iguatu, 2014.

1. Aprendizagem 2. Conhecimento 3 Ensino

I. Silva, Fernando Roberto Ferreira da (Orient.) II. Universidade Estadual do Ceará – UECE – Graduação (Licenciatura) em Ciências Biológicas

III. Título

CDD: 507

iv

v

“Ensinar não é apenas transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua produção ou para a sua construção”.

Paulo Freire

vi

AGRADECIMENTOS

Por tudo conquistado até este momento, por todas as dificuldades, lutas e

vitórias, agradeço especialmente a Deus, por ter me dado forças e mostrado que eu

sou capaz de conquistar coisas que antes pareciam impossíveis pra mim. Nele

confiei, Nele esperei e Nele conquistei.

À minha mãe, por sua capacidade de acreditar em mim mesmo nos

momentos mais extremos. Mãe, seu cuidado e dedicação me deram, em alguns

momentos, a esperança para seguir.

À John, pessoa com quem amo partilhar a vida. Ao seu lado sinto cada

vez mais que posso realizar coisas fantásticas. Obrigado pela paciência e por sua

capacidade de me trazer paz em meio a tanta correria.

Aos meus amigos, pelas alegrias, tristezas e dores compartilhadas,

especialmente minha amiga desde sempre, Nathália Matias, que esteve e está

comigo nas horas mais difíceis.

Ao coordenador do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação

à Docência) Ricardo Rodrigues e às supervisoras do mesmo projeto, Clarice Cartaxo

e Lucicleide Carlos, por me proporcionar experiências magnificas e fundamentais

para minha futura vida docente.

À meu orientador, Prof. Dr. Fernando Roberto Ferreira da Silva, pela sua

paciência e ensinamentos.

Enfim... A todos aqueles que de alguma forma estiveram e estão

próximos de mim, fazendo esta vida valer cada vez mais a pena.

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RESUMO

A educação engloba os processos de ensinar e aprender. A prática educativa formal, que ocorre nos espaços escolarizados, dá-se de forma intencional e com objetivos determinados, passos, ações, procedimentos, artifícios, voltados para uma melhor forma de aprender o conteúdo estudado. Denomina-se aprendizado o processo de aquisição de conhecimento, habilidades, através do estudo ou da experiência. Os métodos de ensino precisam ser claros e diretamente ligados ao processo de aprendizagem, que é a maneira como as pessoas aprendem, mas a educação não é estática, ela sofre modificações ao longo dos tempos, com isso vem a necessidade da utilização de métodos de ensino mais adequados a cada situação, para se promover as relações que permeiam o conhecimento. Esse trabalho se propôs a desenvolver uma oficina de reciclagem a fim de utilizar uma metodologia diferenciada com os alunos na disciplina de Ciências no conteúdo que explora as questões ambientais. Tendo isso em vista, essa pesquisa objetiva verificar se houve melhoria no aprendizado dos alunos na disciplina de Ciências, especificamente nos conteúdos da Educação ambiental, após a realização de uma palestra e aplicação de uma oficina, utilizada como método diferenciado de ensino, na E.E.F. Municipal Padre Januário Campos. Constatou-se que a utilização da oficina de reciclagem como método diferenciado nas aulas de Ciências, especificamente nos conteúdos que abordam o meio ambiente, é um método viável e eficaz para se conseguir que os alunos compreendam que suas próprias atitudes afetam diretamente no meio em que vivemos. Observou-se que após a realização da oficina, as opiniões mudaram e que o aprendizado, de certa forma, aconteceu, tendo em vista que as respostas do questionário foram satisfatórias.

Palavras chaves: Aprendizagem. Conhecimento. Ensino.

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RESUMEN

La educación abarca los procesos de enseñanza y aprendizaje. La práctica de educación formal que se da en espacios escolaridad, se produce intencionalmente y con ciertas metas, medidas, acciones, procedimientos, dispositivos, dirigidos a una mejor manera de aprender el contenido estudiado. Llamado a aprender el proceso de adquisición de conocimientos, habilidades a través del estudio o la experiencia. Los métodos de enseñanza deben ser claros y directamente relacionada con el proceso de aprendizaje, que es la forma de aprender, pero la educación no es estática, se somete a cambios en el tiempo, con esto viene la necesidad de la utilización de métodos de enseñanza más adecuada para cada situación, para promover las relaciones que permean el conocimiento. En este estudio se propone el desarrollo de un taller de reciclaje con el fin de utilizar una metodología distinta con los alumnos en la disciplina de las Ciencias en el contenido, que explora los temas ambientales. Teniendo esto en cuenta, esta investigación tiene como objetivo determinar si hubo una mejoría en el aprendizaje del estudiante en la disciplina de la ciencia, específicamente en el contenido de la educación ambiental, tras llevar a cabo una conferencia y un taller de aplicación, que se utiliza como método de enseñanza diferenciada, el EEF Campos Municipal Padre Gennaro. Se encontró que el uso de taller de reciclaje como método diferencial en las clases de ciencias, en particular el contenido que aborda el medio ambiente, es un método viable y eficaz para que los estudiantes entiendan que sus propias actitudes afectan directamente al entorno en el que vivir. Se observó que después del taller, las opiniones han cambiado y que el aprendizaje de una manera, que sucedió, teniendo en cuenta que las respuestas al cuestionario eran satisfactorios. Palabras clave: Aprendizaje. Conocimiento. Educación.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10

2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 13

2.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................... 13

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................ 13

3 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 14

3.1 MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO ............................................................ 14

3.2 A APRENDIZAGEM ......................................................................................... 15

3.3 DEFICIÊNCIAS NO APRENDIZADO DE CIÊNCIAS ....................................... 16

3.4 OFICINAS DE ENSINO COMO MÉTODO DIFERENCIADO ......................... 16

3.5 EDUCAÇÃO AMBIENTAL .............................................................................. 16

4 METODOLOGIA .................................................................................................... 19

4.1 TIPO DE PESQUISA ....................................................................................... 19

4.2 LOCAL DE ESTUDO ....................................................................................... 19

4.3 SUJEITOS ...................................................................................................... 20

4.4 PROCEDIMENTOS ........................................................................................ 20

4.5 RECURSOS MATERIAIS E FINANCEIROS ................................................... 21

4.6 ANÁLISE DE DADOS ...................................................................................... 21

4.7 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS DA PESQUISA ............................................ 21

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES .......................................................................... 23

6 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 34

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 35

APÊNDICES ............................................................................................................. 37

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1 INTRODUÇÃO

Método de ensino é o modo de como o professor organiza as atividades

de ensino para atingir os objetivos de ensino/aprendizagem, compreendendo as

estratégias, ações e metodologias adotadas que estão conectados a reflexão,

compreensão da realidade. De forma geral, pode-se dizer que os métodos de ensino

são todas as ações pelas quais o professor organiza as atividades que serão

desenvolvidas em sala de aula com os alunos, a fim de atingir os objetivos reais do

trabalho docente em relação a um conteúdo. Já as técnicas de ensino podem ser

definidas como mecanismos utilizados pelo professor para atingir um objetivo de

acordo com o método adotado.

Dentre as diversas técnicas estão: as centradas no professor, que

envolvem técnicas que colocam o professor no centro da atividade educacional, e

tem-se como exemplo a aula expositiva, e as centrada no aluno, que abrangem

recursos que possibilitam maior atenção e curiosidade dos alunos, como por

exemplo, práticas, aulas de campo e utilização de recursos audiovisuais.

A palavra aprender, que deriva do latim aprehendere, significa agarrar,

pegar, apoderar-se de algo, visto isso podemos imaginar a aprendizagem como um

artifício no qual a pessoa se apropria ou torna seus, conhecimentos, atitudes,

valores, crenças ou informações. Sendo um fenômeno que parte da pedagogia, a

aprendizagem consiste na modificação do comportamento do indivíduo em função

de determinada experiência. Sendo assim, a condução desse processo precisa ser

clara e estar ligada às vivências do aluno, dessa forma terá mais facilidade em fixar

com consistência o que está sendo proposto.

Possivelmente, se o aluno não compreende, ele se aborrece e se distrai

podendo causar um clima de “bagunça” na sala de aula, pois a partir do instante que

o estudante não consegue ver uma relação entre os conteúdos estudados e suas

experiências do cotidiano, não sentirá necessidade de estudar o que será visto.

Ter noção da existência de diferentes explicações sobre os fenômenos da

natureza e do mundo é outro fator tão importante quanto aprender conceitos

científicos, porque embora o conhecimento científico seja importante, não é o

suficiente no processo de ensino- aprendizagem, pois também é essencial relacionar

a seu cotidiano, para que a aprendizagem seja significativa. Portanto, é fundamental

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que o professor tenha clareza que o ensino de ciências não se resume a

apresentação de definições científicas que muitas vezes estão fora do alcance da

compreensão dos alunos.

As crianças são, de uma forma geral, sempre muito curiosas, acontece

que essas mesmas crianças não tem demonstrado o mesmo interesse porquês

dentro da sala de aula e apresentam dificuldades para assimilar os conteúdos

relacionados às Ciências e as dificuldades não são somente conceituais, mas

também no uso de táticas de raciocínio como analisar informações, solucionar

problemas, que são essenciais no âmbito científico (HUBNER, 2013). A autora ainda

afirma que, o ensino de Ciências na escola deve tornar possível que os alunos

construam conhecimentos que só seria possível no ambiente escolar e com o auxílio

do professor.

A palavra oficina, se levarmos ao pé da letra, pode ser definida como um

local onde se realiza atividades manuais ou artesanais, tal como a que desenvolve

um eletricista ou um mecânico, ou seja, um lugar de trabalhos técnicos.

Figurativamente refere ao lugar onde se verificam grandes transformações. Uma

oficina pedagógica trata-se de um ambiente destinado ao desenvolvimento de

aptidões e habilidade laborativas orientadas por professores capacitados onde se

encontra material e equipamento para o ensino/aprendizagem.

Diferente do desenvolvimento das formações técnicas ou instrumentais, a

realização de oficinas significa atuar harmoniosamente com o aluno, no qual nesse

processo desmistifica-se a ideia de que o professor é o “dono da verdade” e o

professor também se torna um aprendiz juntamente com o aluno. Fazer oficinas

significa ousar e ir em busca do conhecimento, respeitando os processos

intelectuais dos indivíduos buscando aproveitar cada participação com atenção e

depois realizar uma intervenção adequada no momento apropriado (VIEIRA;

VOLQUIND, 2002). Todas as experiências em oficinas envolvem aprender e a

participar de forma ativa, com isso os autores ainda afirmam que, “ninguém aprende

pelo outro, mas também não é possível aprender sem os outros”.

O autor fala ainda, do dever de ensinar que, hoje, recai na busca de

condições que permitam ao aluno construir de forma progressiva os conhecimentos.

Como o aluno é o indivíduo organizador de seu aprendizado, cabe ao professor a

tarefa de orientá-lo a percorrer caminhos que rompam as barreiras epistemológicas,

construindo novos conhecimentos.

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Segundo o PNUD (Programa das Nações Unidas para o

Desenvolvimento) de 1998 a reciclagem pode ser definida como o processo de

reaproveitamento dos resíduos sólidos, em que os seus componentes são

separados, transformados e recuperados, envolvendo economia de matérias-primas

e energia, combate ao desperdício, redução da poluição ambiental e valorização dos

resíduos, com mudança de concepção em relação aos mesmos (PNUD, 1998). As

oficinas de produção de materiais, especificamente, as “oficinas de reciclagem de

materiais”, que será uma das ações aplicadas no presente trabalho, apresentam

inúmeros benefícios relacionados à aprendizagem. Essa perspectiva baseia-se no

sentido de que, se a aula ministrada pelo professor for interessante, inovadora e

motivadora pode influenciar na participação ativa dos alunos.

Conceitos de Educação Ambiental, geralmente também são recursos

adotados na aplicação desse tipo de oficina, sendo primordial a compreensão

teórica, para posteriormente iniciar a aplicação do conhecimento obtido na produção

dos materiais. Pode-se dizer que o papel da escola dentro da Educação Ambiental é

de sensibilizar o aluno a buscar conhecimentos que ocasionem uma convivência

harmoniosa com o meio ambiente e os seres que fazem parte dele, incentivando-o a

manter uma postura crítica em relação ao uso irracional dos recursos naturais, tendo

consciência de que esses recursos são esgotáveis, considerando a diminuição do

desperdício e a reciclagem como processos fundamentais (EFFTING, 2007).

A perspectiva desse trabalho é baseada no sentido de que se a aula

ministrada pelo professor for interessante, inovadora e motivadora, influencia de

forma direta na participação e aprendizagem ativa dos alunos, portanto, o

desenvolvimento desse trabalho se faz relevante, porque além de propor aos

professores um método diferenciado, viável e de baixo custo para se trabalhar em

sala de aula, proporciona aos alunos uma experiência prática capaz de fazer com

que o conteúdo ensinado seja provido de significados e que possam ser mobilizados

em situações reais.

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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Detectar se há melhorias no aprendizado de Ciências após o

desenvolvimento de uma oficina de reciclagem, como método diferenciado, com os

alunos do 7º ano na Escola de Ensino Fundamental Centro Educacional Municipal

Padre Januário Campos.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Verificar a qualidade do ensino e a relação ensino- aprendizagem, no âmbito

da educação ambiental, após a aplicação de uma oficina de reciclagem;

Averiguar a eficácia e a viabilidade de uma oficina de reciclagem no ensino de

Ciências no campo da Educação ambiental;

Estimular os alunos a adotarem posturas e hábitos de proteção ao meio

ambiente.

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3 REFERNCIAL TEÓRICO

3.1 MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO

O conceito mais simples de “método” é o de caminho para atingir um

objetivo (LIBÂNEO, 1994). Defendendo esse conceito, este autor afirma que o

processo de ensino se caracteriza pela combinação de atividades do professor e dos

alunos, sendo que a direção eficaz desse processo depende do trabalho

sistematizado do professor no desenvolvimento das aulas. Ainda na opinião de

Libâneo, o professor ao dirigir e estimular o processo de ensino em função da

aprendizagem dos alunos utiliza intencionalmente um conjunto de ações, passos,

condições externas e procedimentos, que chamamos de métodos de ensino, que

podemos citar o método de exposição explicando a matéria, o método de elaboração

conjunta estabelecendo uma conversação ou discussão com a classe.

Esses métodos e técnicas de ensino, inseridos numa tendência

pedagógica, dão condição para que a interação ensino e aprendizagem resultem na

assimilação consciente dos conhecimentos e no desenvolvimento das capacidades

de percepção, classificação, reconhecimento e operativas do aluno (LIBÂNEO,

1994). Santomauro (2009) menciona que, os métodos mais comuns no ensino de

Ciências nos últimos 50 anos adotaram estratégias diferentes, pode- se citar os três

principais:

O método tradicional: que predominou por muito tempo até meados da

década de 50, que apesar de não ser a metodologia mais utilizada e/ou

apropriada, ainda é adotada. O objetivo desse método consiste em aprender

conceitos sobre certo tema e baseia-se em aulas expositivas, com o auxilio do

livro didático apenas, incentivando o processo da “decoreba”;

O método tecnicista: surgido na mesma época do método citado

anteriormente, sendo que diverge das ideias do mesmo. Tem como base,

reproduzir os métodos científicos seguindo passos preestabelecidos para

obter o resultado já determinado.

O método investigativo: criado um pouco depois, por volta de 1970, combinou

algumas características dos métodos citados acima e pôs o aluno no centro

do aprendizado. Objetivando a resolução de problemas através de hipóteses,

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observação e investigação, o aluno utiliza seus conhecimentos e busca

novos, para resolvê-los.

Desse modo o que se nota é que esses métodos foram evoluindo à

medida que foi percebido que não faziam mais tanto “efeito”, ou seja, o processo da

decoreba não levava os alunos a uma aprendizagem efetiva, entretanto Gil (1997)

sustenta que, a recomendação da utilização de uma linguagem mais atual não

propõe que as aulas se transformem em espetáculos, mas que se faz necessário

que o professor reconheça a concorrência que as escolas sofrem dos meios de

comunicação que objetivam a audiência de um público, nesse sentido, esses

recursos se tornam bem úteis quando bem elaborados e apresentados em momento

oportunos, tendo uma capacidade superior de despertar a atenção do aluno, em

relação à exposição oral.

3.2 A APRENDIZAGEM

A palavra aprender está relacionado à mudança, ao acrescentamento das

vivências do individuo e como cada ser humano é particular na sua formação, mas

mesmo assim precisa de outros para aprender (NUNES; SILVEIRA, 2008).

Libâneo (1994) cita que a condução do processo de ensino precisa ser

clara e segura do processo de aprendizagem: que consiste em como as pessoas

aprendem, quais as condições externas e internas que o influenciam. O autor Karling

(1991 apud FERREIRA, 2007) define que a aprendizagem significativa é aquela que

significa alguma coisa para o aluno, que é útil para a vida e vem ao encontro de

suas curiosidades, é aquela aprendizagem que é compreensível para ele sendo

capaz de provocar alguma reação nele.

Se o aluno não consegue realizar essa conexão, ele parte para o que

Nunes e Silveira (2008) chamam de aprendizagem memorística, chamada também

de mecânica ou automática, trata-se da chegada de informações ao aluno sem que

haja nenhuma associação com os conceitos preexistentes em sua estrutura

cognitiva. Com isso, fica evidente que também é papel do ensino estabelecer

relações entre os conteúdos vistos e os conhecimentos prévios obtidos no cotidiano,

sendo responsável pela amplitude da construção dos conhecimentos do aluno.

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3.3 DEFICIÊNCIAS NO APRENDIZADO DE CIÊNCIAS

No estágio atual do ensino brasileiro, a formação biológica deve contribuir

para que cada indivíduo seja capaz de compreender os processos e conceitos

biológicos e a importância da ciência e da tecnologia na vida moderna, utilizando o

que aprendeu ao tomar decisões de interesse individual e coletivo, tendo em vista a

responsabilidade e respeito do papel do homem na biosfera (KRASILCHIK, 2008).

Na opinião do mesmo autor, o aluno pode ter diferentes tipos de relação

com o estudo. A maioria dos estudantes preocupa-se com as notas que vai tirar,

com a obrigatoriedade de serem aprovados nas avaliações, agradar o professor e

coisas do tipo, memorizam fatos, conceitos e definições, muitas vezes sem coesão

alguma para simplesmente atingir a média das exigências escolares. Tendo em vista

o exposto, é necessário que os alunos tenham contato com outros métodos de

exposição em sala de aula, métodos esses que precisam ser diferenciados,

tornando as aulas mais interessantes e consequentemente mais proveitosas. Como

exemplo desses métodos, temos: as aulas de campo, oficinas de construção de

materiais, práticas em laboratório, exposição de vídeos, dentre outros.

Reforçando a afirmação, Cavalcante, Silva (2008) assegura que, no

ensino de Ciências a experimentação é componente indispensável no processo de

ensino-aprendizagem, através da prática e da teoria o aluno é capaz de desenvolver

uma relação entre os conhecimentos prévios e as novas ideias. A realização de

atividades experimentais, que envolvem os alunos nos conteúdos estudados, atua

também como fator motivacional por meio da compreensão de fenômenos que

podem ocorrer no seu cotidiano.

No ensino experimental no chamado modelo tecnicista, a prática seguia

roteiros, passos já estabelecidos para assim chegar aos resultados esperados,

divergiu do modelo tradicional, mas continuou a valorizar as definições prontas e

acabadas. Contudo, os estudos relacionados à aprendizagem de alunos mostraram

que o discente sente a necessidade fazer seu próprio trajeto, relacionando as ideias

que já tinha sobre o conteúdo, contrariando a abordagem tecnicista o principal

passou a ser sustentado pela ideia de que as questões deveriam fazer sentido para

o aluno, para que então a curiosidade e interesse pelo conhecimento fossem

despertados. Essa perspectiva investigativa ganhou corpo e hoje é considerada a

mais adequada para o ensino da disciplina (SANTOMAURO, 2009).

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3.4 OFICINAS DE ENSINO COMO MÉTODO DIFERENCIADO

Na educação o construtivismo é uma teoria a respeito do aprendizado

cuja ideia, segundo Becker (2009), firma que, nada a rigor está pronto, acabado,

especificamente, o conhecimento não é dado como algo finalizado. Ela é

caracterizada pela interação entre o individuo, o meio físico e social, se constitui pela

força de sua ação, atitude, e não por qualquer dotação prévia, isto é, ele responde

aos estímulos externos agindo sobre eles para construir e organizar o seu próprio

conhecimento, de forma cada vez mais elaborada. Em resumo, o construtivismo é

uma ideia melhor, uma teoria, um modo de ser do conhecimento ou um movimento

do pensamento que emerge do avanço das Ciências e da filosofia dos últimos

séculos.

A palavra oficina vem do latim, officina, e traz a ideia de reaproximar

experiência e pensamento, esforço e interesse, jogo e trabalho. É um jeito de

aprender e ensinar baseado no principio do aprender fazendo, valorizando os

saberes das crianças e dos adolescentes.

As práticas de oficina, assim como práticas demonstrativas, expositivas,

experimentais, podem ser classificadas como aulas alternativas, segundo Rezende

et al. (2011), que também assegura que, no ensino de Ciências, o professor não

deve se limitar às aulas expositivas ou se prender ao livro didático como única fonte

de pesquisa, sem perceber o ambiente como que se encontra disponível para ser

observado e explorado. O autor ainda comenta que, o PCN de Ciências assegura

que é importante que nas aulas práticas os alunos possam refletir desenvolver e

construir ideias, juntamente com os conhecimentos, procedimentos e ações.

As oficinas de reciclagem podem gerar integração entre os grupos,

técnicas artísticas a partir da criação de outros materiais, além de fazer com que os

alunos compreendam que o ato de reciclar possibilita melhorias das condições do

meio ambiente quanto ao uso indiscriminado dos recursos naturais e a produção

desenfreada do lixo urbano, permitindo ao aluno uma visão mais ampla do papel do

homem no meio ambiente.

É essencial, que o ambiente escolar proporcione uma aprendizagem

muito mais que dinâmica e diversificada e promova o desenvolvimento cognitivo e

emocional do aluno (REZENDE et al., 2011). Essas oficinas de reciclagem podem

ser vista como “agregado de informações”, por disponibilizarem estoques de

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informação visando a assimilação da informação que gere conhecimento e

modifique o indivíduo, seu grupo e a própria sociedade (BARRETO, 1997).

Conceitos de Educação Ambiental como coleta seletiva, meio ambiente,

resíduos sólidos, reciclagem, geralmente também são recursos adotados na

aplicação desse tipo de oficina, sendo primordial a compreensão teórica, para

posteriormente iniciar a aplicação do conhecimento obtido na produção dos

materiais. Pode-se dizer que o papel da escola dentro da Educação Ambiental é de

sensibilizar o aluno a buscar conhecimentos que ocasionem uma convivência

harmoniosa com o meio ambiente e os seres que fazem parte dele, incentivando-o a

manter uma postura crítica em relação ao uso inconsciente dos recursos naturais,

tendo consciência de que esses recursos são esgotáveis, considerando a diminuição

do desperdício e a reciclagem como processos fundamentais (EFFTING, 2007).

3.5 A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Existem várias definições para Educação ambiental, uma das mais

citadas diz que a educação ambiental é um processo que visa:

(...) formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e com os problemas que lhe dizem respeito, uma população que tenha os conhecimentos, as competências, o estado de espírito, as motivações e o sentido de participação e engajamento que lhe permita trabalhar individualmente e coletivamente para resolver os problemas atuais e impedir que se repitam (...) (SEARA FILHO, 1987).

Acredita-se que a melhor forma de se obter êxito em alguma tentativa de

preservar o nosso meio, os recursos e tudo o que a natureza tem a nos oferecer e

de recuperar o que for possível, é através do ambiente escolar que por se tratar de

um espaço formador, tem a capacidade de sensibilização para uma convivência

harmoniosa com o meio ambiente. Um dos objetivos da EA, de acordo com (PNEA)

Política Nacional de Educação Ambiental é:

“(...) o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania (...)” (BRASIL, 1999)

A partir dessa ideia, a escola enquadra-se como um espaço capaz de

cumprir a tais objetivos propostos pela PNEA.

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4 METODOLOGIA

4.1 TIPO DE PESQUISA

Trata-se de uma pesquisa do tipo qualiquantitativa e descritiva. A

pesquisa qualitativa preocupa-se com aspectos que não podem ser quantificados

centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais,

enquanto que os resultados da pesquisa quantitativa podem ser quantificados, e

como as amostras são geralmente grandes e consideradas representativas da

população, os resultados são tomados como se constituíssem um retrato real de

toda a população alvo da pesquisa.

Entretanto, esses dois tipos de pesquisas podem estar presentes na

mesma investigação, que segundo Costa (2002 apud LIMA) hoje em dia, há uma

forte tendência no sentido de integrar aspectos qualitativos e quantitativos na

mesma pesquisa, pode-se falar em pesquisa qualiquantitativa e quantiqualitativa,

conforme haja predominância de informações qualitativas ou quantitativas

respectivamente.

4.2 LOCAL DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Ensino Fundamental Centro

Educacional Municipal Padre Januário Campos, que está localizada na Rua Mônica

Teixeira Peixoto s/n, no bairro Nossa Senhora das Graças, na cidade de Iguatu/CE,

localidade situada na região Centro-Sul do estado do Ceará, com 96.523 habitantes

(IBGE- Censo 2010).

Esta instituição de ensino atende um total 892 alunos, informação obtida

de um mural que contém todos os dados atualizados da quantidade de discentes,

presente na secretaria da escola e que é regulamente atualizado, sendo um público

de crianças, adolescentes, jovens e adultos de baixa renda de vários bairros das

proximidades, funcionando nos turnos tarde, manhã e noite. É uma instituição que

funciona que trabalha com turmas de Ensino Fundamental I e II e EJA (Educação de

jovens e adultos), onde essa modalidade de ensino (EJA) funciona apenas no

período noturno.

20

4.3 SUJEITOS

Os sujeitos dessa pesquisa foram todos os alunos do 7º ano A do turno

matutino da Escola de Ensino Fundamental Centro Educacional Municipal Padre

Januário Campos, que totalizam 26 estudantes com idades entre 12 a 14 anos.

4.4 PROCEDIMENTOS

Num primeiro momento aplicou-se um questionário semiestruturado antes

da realização da oficina, a fim de fazer um comparativo após o desenvolvimento da

ação. Em outro momento, foi ministrada uma palestra com duração de trinta minutos

sobre a Educação Ambiental para todos os alunos do 7º ano A do turno matutino,

para uma melhor socialização da temática abordada. Nesse momento, foram

explanados conceitos de educação ambiental, de coleta seletiva, a importância da

preservação do meio ambiente, as agressões que o homem provoca a natureza e as

consequências desses atos, por que é importante reciclar e/ou reutilizar, entre outros

itens relacionados.

Na semana seguinte foi realizada a oficina de reciclagem com os alunos.

Inicialmente foi mostrada aos discentes uma apresentação de slides com duração de

trinta minutos ilustrando, de uma forma bem dinâmica, os conceitos dos R’s (reduzir,

reutilizar e reciclar), os tipos de materiais que podem ser reciclados e/ou reutilizados,

o tempo que esses resíduos sólidos demoram para se decompor, os danos que

causam ao meio ambiente, além de explanar também a importância da reciclagem e

da coleta seletiva, sendo que durante a apresentação em Power Point, alunos serão

indagados sobre seus conhecimento prévios relacionados ao assunto em questão.

Ainda em apresentação áudio visual foi mostrado um vídeo abordando a temática.

Após essa introdução sobre a temática trabalhada, foi pedido que os

alunos que se dividissem em grupos, a fim de facilitar a execução da prática e os

materiais então foram distribuídos aos estudantes sendo orientados corretamente

para dar início ao trabalho. Ao longo da oficina, imagens de vários objetos já

prontos, feitos a partir de materiais recicláveis, ficaram explanadas em slides, porém

ficou a critério do aluno e da sua imaginação a produção de seu(s) objeto(s). Ao final

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da atividade, foi solicitado aos alunos que fizessem uma avaliação verbal da prática

realizada e os materiais poderiam ficar de posse dos alunos se assim desejassem.

Num último momento, foi aplicado um questionário, a fim de verificar se a

realização da oficina de reciclagem ajudou na fixação dos conhecimentos

trabalhados durante a ação, assim pode-se fazer um comparativo com o

questionário aplicado anteriormente.

4.5 RECURSOS MATERIAIS E FINANCEIROS

Material didático: Papéis variados, tesouras sem ponta, barbante, cola

branca, tinta guache, fita adesiva, gliter, etc.

Materiais recicláveis diversos: garrafas pet, latinha, papel.

Aparelhos áudio visuais: data show, computador portátil e caixa de som.

4.6 ANÁLISE DE DADOS

Os dados foram analisados por meio do Microsoft Excel 10 que permite a

utilização de ferramentas de cálculos e construção de gráficos. Os resultados serão

apresentados através de gráficos.

4.7 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS DA PESQUISA A pesquisa obedece a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde

do Ministério da Saúde sobre Pesquisa Envolvendo Seres Humanos. No que diz

respeito à autonomia, os sujeitos foram esclarecidos quanto à natureza e os

objetivos do estudo quando forem convidados a participar da pesquisa; e após terem

aceitado participar, será oficializado o Consentimento Livre e Esclarecido

(APÊNDICE C).

Com relação ao princípio de beneficência, os alunos puderam levar o

termo de livre esclarecido para casa e para preencher com os pais, garantindo o

conforto e liberdade.

22

Quanto ao princípio de justiça, a escolha desses sujeitos como objeto de

estudo vai ao encontro de gerar discussões e decisões que apontem práticas e

atividades que contribuam para a melhoria da qualidade de vida desses alunos.

Após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

iniciou-se o andamento da coleta de dados. Ao término da pesquisa a mesma

poderá ser foi encaminhada à instituição de realização desta, a fim de contribuir com

o conhecimento científico dos profissionais de educação.

23

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nos últimos 50 anos, o número de pessoas, principalmente os

ambientalistas, preocupados com as questões ambientais tem crescido visivelmente

no mundo inteiro. A mídia, as escolas e diversos meios de comunicação têm

informado sobre os prejuízos de ações antrópicas degradadoras do meio ambiente.

Nesse contexto estão inseridos os alunos entrevistados na escola “Centro

Educacional Municipal Padre Januário Campos”, os quais foram unânimes em

apontar os conteúdos na disciplina de ciências como importantes para preservar o

meio ambiente, tanto antes das informações obtidas na oficina, quanto depois, como

informa a figura 1. Levando-se em conta que os veículos de comunicação estão a

todo tempo abordando a temática através de propagandas de produtos e os alunos

tem um contato direto através da televisão ou da internet, é que supõe-se que já

tenham uma opinião formada fora do ambiente escolar em relação à importância da

preservação do meio.

FIGURA 1 - Indicação da disciplina de Ciências como formadora da opinião nas questões ambientais

A segunda pergunta investiga quais as atividades, na opinião dos alunos,

que poderiam contribuir para seu aprendizado. Os dados revelam que os alunos

sentem realmente a necessidade de atividades diversificadas, além da aula

tradicional com quadro e pincel. Nesse item do questionário antes das ações de

palestra e oficina de reciclagem, no qual os discentes poderiam marcar mais de uma

opção, uma quantidade significativa de 20 alunos disse que aulas de laboratório

poderiam contribuir na melhoria do seu aprendizado, enquanto 15 consideravam os

diversos tipos de oficina como um meio facilitador na aprendizagem, por se tratar de

um método mais dinâmico, sendo que depois da ação subiu para um numero de 25

26

0

Sim Não

ANTES

26

0

Sim Não

DEPOIS

24

alunos que tinham essa visão, tendo em vista que muito deles talvez nunca tenham

vivenciado uma experiência do tipo. Rangel (2007) deixa claro em sua literatura que

esses métodos que podem ser realizadas em sala de aula precisam seguir pelo

menos dois princípios didáticos: o da proximidade e o da direção. O princípio da

proximidade o ensino aprendizagem deve partir do conhecimento mais próximo do

aluno, no princípio de direção à atividade deve ser planejada, estruturada, mantendo

a clareza dos objetivos que se pretende alcançar. Apresentamos o resumo dos

resultados aqui comentados na figura a seguir:

FIGURA 2 - Indicação de atividades que podem contribuir para a aprendizagem segundo os alunos, antes e após as ações

Na questão seguinte, mostrada na Figura 03, foi perguntado aos

participantes se uma aula diferenciada, como por exemplo, uma oficina de

reciclagem, deixaria a aulas de Ciências mais interessantes e proveitosas. Como

resultado foi obtido algo quase que já esperado, já que no momento em que o

projeto foi apresentado aos alunos eles enfatizavam o tempo todos os tipos de

atividades que gostaram de realizar e se mostraram bastante motivados e

interessados pelas ações propostas por essa pesquisa. Uma maioria esmagadora

(24 alunos) considerou que sim, que aulas diferenciadas, que trabalhem a parte

cognitiva são mais interessantes e motivadoras, as respostas obtidas no

questionário posterior mostrou que além de 100% dos alunos gostarem de aulas

mais dinâmicas sempre que possível, os discentes se mostraram mais desenvoltos e

deixaram suas opiniões expostas num canto da folha do questionário, sendo que se

tratava de uma questão objetiva, evidenciando que depois da realização da atividade

em sala de aula os alunos puderam despertar uma visão mais ampla dessa e de

20 15

21 25

0

ANTES

20 25

14 16

3

DEPOIS

25

outras atividades. Uma das alunas descreveu sua opinião subjetiva da seguinte

forma:

“Quando as aulas são apenas com o livro didático a gente se sente na

obrigação de decorar o conteúdo, mas quando nós participamos da aula de Ciências

acredito que aprendemos mais.”

Segundo Santana (2008), as atividades lúdicas acionam o pensamento e

a memória, geram oportunidades para a expansão das emoções, bem como

sensações de prazer e criatividade, com isso, as atividades lúdicas facilitariam a

aprendizagem, pois os mecanismos para os processos de descobertas são

intensificados.

Discutindo a temática por outro ângulo, a maioria dos professores de

Ciências, tanto no ensino fundamental como no ensino médio, acreditam que

introdução de aulas práticas inseridas no currículo escolar melhoraria

significativamente o nível do ensino de ciências, contribuindo dessa forma para a

uma aprendizagem efetiva. Inúmeras escolas são equipadas com equipamentos e

laboratório de Ciências, porém, outros fatores envolvem a causa pelo qual essas

aulas não são realizadas, como por exemplo, a falta de tempo do professor para

planejar essas atividades, a falta de materiais que nem sempre estão disponíveis.

Alguns professores ainda se arriscam e desenvolvem atividades agregadas aos

conteúdos, mas esse trabalho não se torna intensivo e acaba por ser realizado uma

vez ou outra (BORGES, 2002).

A Ciência se apresenta como um sistema de natureza teórica, contudo, é

preciso criar oportunidades para que o ensino experimental e o ensino teórico se

efetuem em concordância, permitindo ao estudante integrar conhecimento prático e

conhecimento teórico.

26

FIGURA 3 – Distribuição de opiniões a respeito das aulas de Ciências diferenciadas

Quanto ao conceito de reciclagem anterior à aplicação das atividades em

sala, conforme mostra a FIGURA 04 do total de alunos 18 reconhecem o conceito de

reutilização e reciclagem por se tratar de uma temática muito abordada nas mídias e

pelo fato da maioria das pessoas terem mais acesso à informação. Contudo, 8

entrevistados ainda não sabiam a definição correta. No questionário pós, 100%

optaram pela opção correta. Partindo do fato de que antes das ações desenvolvidas

com os alunos a professora regente em sala de aula já havia trabalhado a questão

da preservação ambiental em um módulo que está presente no livro didático, fica

claro que apenas as aulas expositivas nem sempre são o suficiente para que haja

uma aprendizagem significativa. Depois da realização da oficina os discentes

puderam compreender o conceito de reciclagem, ou seja, a teoria seguida da prática

surtiu um efeito positivo mesmo que seja em relação a um conceito simples.

Alencar (2005) define reciclagem como resultado de uma serie de

atividades e processos pelos quais os materiais que se tornariam lixo, sejam

reutilizados para a confecção de um novo produto, podendo ser entendida também

como um processo de separação e modificação do lixo para a sua reutilização.

Mesmo sendo um tema bastante abordado e discutido nas mídias, jornais

e revistas, a temática meio ambiente ainda precisa ser trabalhada de forma efetiva

no meio escolar. As respostas no questionário deixam claro que, mesmo em menor

quantidade, ainda existem alunos que desconhecem um simples conceito, deixando

evidente a necessidade de se trabalhar de forma efetiva e dinamizada a educação

ambiental. As políticas de Educação Ambiental da legislação reforçam a abordagem

interdisciplinar, trazendo a temática como um tema transversal, assim como

recomendam os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de 1997. Na

24

2

Sim, gosto quando asaulas são diferentes

Não, prefiro as aulascomuns

ANTES 26

0

Sim, gosto quando asaulas são diferentes

Não, prefiro as aulascomuns

DEPOIS

27

Constituição Federal de 1988, já estava presente que se fazia necessária uma

abordagem interdisciplinar da EA em todos os níveis de escolaridade.

Na Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que institui a Politica Nacional de

Educação Ambiental, em seu art. 10 cita que:

“A Educação Ambiental será desenvolvida como uma prática educativa

integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidade do ensino

formal. § 1º A educação Ambiental não deve ser implantada como disciplina

especifica no currículo de ensino. §2º Nos cursos de pós-graduação, extensão e nas

áreas voltadas ao aspecto metodológico da Educação ambiental, quando se fizer

necessário, é facultada a criação de disciplina especifica [...]”.

FIGURA 4 – Indicação do conceito de reciclagem

Esse era um tipo de questionamento subjetivo, já que não possuía

alternativas a marcar. e dentre as respostas sobre o conhecimento prévio dos tipos

de reciclagem do conhecimento dos alunos obteve-se no questionário anterior que

uma parcela de 2 dos alunos desconhece qualquer tipo, 20 citaram conceitos

errados, enquanto apenas 4 alunos apresentaram conceitos satisfatórios. Visto que,

antes da realização das ações alguns discentes não sabiam nenhum exemplo de

tipos de reciclagem e outros possuíam uma visão errônea sobre a questão

abordada, e posteriormente, como mostra a figura seguinte, a quantidade de alunos

que não souberam responder ao questionamento foi igual a 3, nenhum aluno

respondeu erroneamente e os outros 23 entrevistados conseguiram citar vários

exemplos depois de participar das ações desenvolvidas em sala. Macedo et. al

(2005) supõe em sua obra que mesmo os processos de desenvolvimento do aluno e

da aprendizagem estejam estreitamente ligados, é importante separa-los, ou seja,

18

7

1 0

ANTES 26

0 0 0

DEPOIS

28

não basta explicar um conceito que esteja desvinculado das possibilidades de

assimilação dos alunos.

FIGURA 5 - Conhecimento a cerca dos tipos de reciclagem mais comuns

Quanto ao conhecimento prévio dos alunos em relação a conceitos

básicos em educação ambiental, como por exemplo, a definição dos 3 R’s, os

resultados foram que 11 alunos não sabiam o que significa esse conceito, enquanto

10 responderam de forma incorreta e 8 sabiam o que significava corretamente. O

questionário pós já mostra uma mudança significativa em relação ao primeiro, no

qual 24 dos entrevistados compreenderam corretamente o conceito dos 3 R’s após

as realização da oficina, visto que as ações da EA devem ser trabalhadas não

somente na disciplina de Ciências, por se tratar de um tema multidisciplinar, é

necessário que o professor tenha um tempo disponível para preparar essas

atividades uma vez ou outra, e a falta desse espaço é um dos motivos que leva o

docente a não praticar com frequência uma atividade multidisciplinar com uma

atividade diferenciada.

O professor precisa terminar o conteúdo programático de sua respectiva

disciplina para que então possa avaliar os alunos ao final de cada bimestre e dessa

forma sente-se sobrecarregado a planejar uma atividade que até então seria

proveitosa e que pudesse dinamizar esse conhecimento, entretanto, a carga de

trabalho não possibilita que isso aconteça.

No inicio da implantação da Educação Ambiental, formou-se uma

polêmica se a EA deveria ou não constituir em uma nova disciplina do currículo

escolar ou simplesmente ser inserida nas já então existentes. Nesse conflito de

opiniões entre as instituições, um dos argumentos mais fortes foram as dificuldades

4

20

2

Conceitocerto

Conceitoerrado

Não sabe

ANTES 23

0 3

Conceitocerto

Conceitoerrado

Não sabe

DEPOIS

29

e resistências dos professores das disciplinas tradicionais em aceitar a inserção de

mais tema interdisciplinar, contudo, as instituições decidiram por inserir nos campos

de conhecimentos clássicos e não por criar uma nova área do conhecimento, como

cita claramente os PCN’s em seus documentos que a disciplina de EA é uma

proposta transversal ampliada para todas as disciplinas. (AMARAL, 2001)

A educação ambiental (EA) é um tema cada vez mais discutido nas

escolas brasileiras, sendo trabalhada no desenvolvimento de projetos escolares, e

um dos enfoques da pedagogia da EA é a prática dos 3 R’s (reduzir, reutilizar e

reciclar), mas nem sempre esse assunto é tratado de maneira igualitária, por

exemplo, quando se toca no R de reduzir o consumo ,afeta diretamente o mercado

capitalista e consumista. Este por sua vez valoriza apenas o R da reciclagem, o qual

não apresentaria impacto nenhum a economia e nos impostos gerados pelo

consumismo que são pagos ao governo.

A educação ambiental vem com o objetivo de propiciar um saber

ambiental materializada nos valores éticos e nas regras politicas de convívio social.

Portanto, o trabalho da EA é direcionar para um pensamento que o ambiente

pertence a todos e buscar a compreensão das causas e problemas ambientais.

(SORRENTINO et al., 2005).

Que o consumismo é uma problemática para a EA é notável e isso ficou

obvio nos discursos de vários alunos durante a oficina, mostrando que o

consumismo vem se tornado uma questão cultural do “EU PRECISO COMPRAR’”.

Ao serem indagados se eles tinham conhecimento sobre os 3 R’s que regem a EA,

observou-se que as opiniões se modificaram de forma significativa na segunda

aplicação.

FIGURA 6 – Conhecimento de conceitos em Educação Ambiental- 3R’s.

2

8 5

11

ANTES

1 1

24

0

DEPOIS

30

Na verdade, a maioria dos itens apresentados causam danos ao meio

ambiente. Crimes ambientais como desmatamento e queimadas reduzem as

potencialidades da natureza, a emissão dos gases poluidores na atmosfera afeta o

clima ambiental como um todo.

Em relação às formas que podem causar danos ao meio ambiente mais

da metade dos discentes consideraram que a poluição ambiental, o desmatamento,

as queimadas e a emissão de gases poluentes são os principais causadores dos

danos ambientais, enquanto alguns acreditavam que o tratamento de esgotos e a

inserção de cloro na água também causavam degradação ambiental, mas o fato de

que uma grande maioria respondeu corretamente se deve ao fato de que a escola

desenvolve um projeto de reciclagem de óleo de cozinha e com isso aborda todos os

aspectos voltados para a degradação ambiental, acontece que alguns ainda tinham

uma visão errônea em relação a temática. No questionário pós todos os alunos

responderam corretamente, sendo que nessa questão poderia ser marcada mais de

uma alternativa. Além de marcar as opções propostas no questionário alguns ainda

descreveram na folha do questionário, como por exemplo: “Muito lixo nos lixões”,

“cortando as árvores”, “Utilização de água sem necessidade” e “poluição dos mares”.

Nota-se que em todos os questionamentos realizados depois da oficina, os

discentes, além de marcar as alternativas que consideram corretas ainda discorrem

sobre outras possibilidades, mostrando interesse pelo assunto e mais liberdade para

tratar da temática que esta sendo trabalhada.

FIGURA 7 - Indicação de fatores que podem causar a poluição do meio ambiente

Compreender que as atitudes que praticamos no dia-a-dia e a discussão

sobre as questões ambientais são tão fundamentais que, em abril de 1999, foi

sancionada a lei federal nº 9795, que instituiu a Política Nacional de Educação

Ambiental. A lei define, no capítulo I, como objetivos fundamentais da educação

2 0 1 0

23 19

2 0

ANTES 26 25 26 26

1 0 0 0

DEPOIS

31

ambiental: I) O desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente

em suas múltiplas e complexas relações; II) A garantia da democratização das

informações ambientais; III) o fortalecimento da consciência critica sobre a

problemática ambiental e social; IV) O incentivo à participação individual e coletiva

na preservação do equilíbrio e qualidade ambientais; V) O estímulo à cooperação

entre as diversas regiões do país; VI) O fomento e o fortalecimento da integração

com a ciência e tecnologia; e VII) O fortalecimento da cidadania, autodeterminação

dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade.

Na verdade, maioria dos itens apresentados causam danos ao meio

ambiente. Crimes ambientais como queimadas e contaminação das águas reduzem

aas potencialidades da natureza, por exemplo, a queimada é uma prática comum

entre os agricultores e, apesar de parecer vantajosa traz prejuízos ao meio

ambiente. Ao serem indagados sobre atitudes que poderiam contribuir para a

preservação da natureza, uma quantidade considerável de 19% disseram em suas

respostas que jogar lixo na rua, não plantar na beira de rios, açudes e lagos e cortar

as árvores seriam alternativas para ajudar na preservação do meio ambiente. Na

segunda aplicação as respostas foram mais variadas, onde uma quantidade mínima

de 8% afirmou que não plantando nas beiras dos rios, açudes e lagos, jogando lixo

na rua e cortando as árvores poderiam contribuir com a preservação ambiental.

Partindo do fato de que alguns alunos não se encontravam presentes em sala de

aula durante a aplicação do primeiro questionário e no desenvolvimento das ações,

pode ser que essa porcentagem que respondeu erroneamente na segunda

aplicação seja devido a não participação da ação.

15

10 8

5

24

0 1 0

ANTES

32

FIGURA 8 - Atitudes que podem ajudar a preservar a natureza

Observa-se que nem todos os itens citados na FIGURA 09 são

considerados materiais recicláveis, onde o mais reciclado no Brasil é o alumínio com

91,5% da matéria prima utilizada na indústria vindo de alumínio reciclado, segundo

dados de 2008 do relatório de Indicadores de Desenvolvimento sustentável (IDS) do

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O que se observou foi que,

quando os alunos puderam realizar na pratica, a reutilização dos materiais foi que

despertaram a curiosidade em saber quanto tempo cada material demorava a se

decompor, quais os materiais que mais se reciclava no Brasil. Na segunda aplicação

do questionário, todos os alunos indicaram somente o papel, vidro, plástico e metal

como materiais recicláveis, deixando evidente a aprendizagem depois da realização

da prática.

FIGURA 9 - Indicação dos materiais considerados recicláveis

26 25 25 26

0 0 0 0

DEPOIS

11 8

20 23

10

19

1

ANTES 26 25 26

1 0 1

26

DEPOIS

33

Reciclagem é o nome dado ao processo de reaproveitamento de objetos

usados para confecção de novos produtos. Algumas empresas já usam o

procedimento como uma forma de reduzir os custos e também contribui com a

natureza. A reciclagem juntamente com a coleta seletiva são ações cada vez mais

conhecidas em todo o mundo, uma vez que o processo de reciclagem auxilia na

redução da poluição do sol, do ar e da água.

Segundo Hisatugo e Marçal Júnior (2007), a reciclagem já é um processo

muito presente no Brasil com índices altos na reutilização de alguns materiais como

o alumínio com 97%, papel ondulado 79%, vidro 46% garrafas PET 48% e o papel

de escritório com 33%. Neste contexto de se observar que os autores tratam com

tanta importância da questão do reutilizar, foi perguntado aos alunos quanto ao seu

entendimento sobre a importância desse processo. As repostas mudaram

significativamente após a oficina, visto que um total de 81% respondeu de forma

coerente. Como dito em questões anteriores, pode-se considerar que as questões

marcadas erroneamente podem ser devido ao fato de que alguns alunos que não

realizaram a oficina estivessem presentes no dia da segunda aplicação do

questionário.

Levando em consideração de que os alunos em estudo já tiveram contato

com essa temática de forma teórica através das aulas ministradas pela professora,

pode ser afirmado que alguns conteúdos trabalhados em sala precisam de uma

didática diferente. A oficina trouxe os 3 R’s para os alunos de uma forma mais

concreta, palpável, facilitando o entendimento do que é reduzir, reutilizar e reciclar. A

professora tem ciência disto, mas afirma que existem tantos outros fatores que

impedem que uma aula prática, como por exemplo, a oficina, seja realizada que a

aula expositiva se torna a saída mais viável para o contato com conteúdo.

FIGURA 10 – Entendimento dos alunos sobre a importância da reciclagem dos resíduos

5

19

2

Conceitocerto

Conceitoerrado

Não sabe

ANTES

23

2 1

Conceitocerto

Conceitoerrado

Não sabe

DEPOIS

34

6 CONCLUSÃO

Com essa trabalho procurou-se demonstrar a importância de se trabalhar

métodos diferenciados no ensino de Ciências, especificamente nas aulas que tratam

dos conteúdos relacionados ao meio ambiente. Ao longo das últimas décadas, as

pressões sobre o ambiente tornaram-se cada vez mais evidentes, criando uma

corrente que objetiva o desenvolvimento sustentável, uma estratégia que requer

uma nova visão e conjunto de valores. A educação é essencial na promoção de tais

valores para aumentar a capacidade das pessoas de enfrentar as questões

ambientais e o desenvolvimento e a escola como espaço formador, responsável por

moldar os valores vêm como grande aliada na orientação para o desenvolvimento

sustentável, forjando atitudes, padrões de capacidade e comportamentos

ambientalmente conscientes, tal como um sentido de responsabilidade ética.

Acredita-se que a realização da oficina de reciclagem com os alunos,

contribuiu de forma positiva para a aprendizagem dos discentes, observando suas

respostas antes e após a prática e ainda suas considerações em relação à aulas

diferenciadas pode-se constatar que eles fazem perguntas com mais frequência e

demonstram curiosidades sobre determinados temas da educação ambiente, como

por exemplo, o tempo de decomposição dos materiais que utilizaram durante a

oficina e o porquê do acumulo de lixo no planeta. Dessa forma, a realização desse

trabalho se torna válida, a partir do momento que desperta nos alunos o interesse

pelo conteúdo estudado visto de forma diferenciada, no caso a oficina de reciclagem

de materiais, tratando a temática meio ambiente de forma concreta e palpável com a

produção de objetos feitos a partir de outros materiais que seriam jogados no lixo,

tratando questões. importantes de preservação ao meio ambiente de forma

dinâmica e participativa.

35

REFERÊNCIAS

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36

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37

APÊNDICES

38

APÊNDICE A - FERRAMENTA DE COLETA DE DADOS

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU – FECLI

Este questionário busca avaliar o conhecimento dos alunos do Ensino

Fundamental da Escola Municipal Centro Educacional Padre Januário Campos

sobre algumas questões ambientais, e se os professores de Ciências realizam aulas

diferenciadas no sentido de facilitar a relação ensino-aprendizagem. Os dados aqui

anotados serão utilizados na elaboração de minha monografia de conclusão do

Curso de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas.

Não é necessário identificar seu nome.

Obrigado pela colaboração.

IDENTIFICAÇÃO DOS ENTREVISTADOS:

SEXO: F ( ) M( )

IDADE:

1. Você considera que a disciplina de Ciências é importante em relação à preservação do

meio ambiente?

( ) sim ( ) não

2. Quais as atividades que você acha que poderia contribuir para a melhoria do seu

aprendizado? (pode marcar mais de uma opção)

a) Aulas de laboratório,

b) Oficinas (ex: oficina de reciclagem)

c) Palestras educativas;

d) Apresentação de vídeos/filmes;

e) Outros:_______________________________________

3. Em sua opinião, uma aula diferente como, por exemplo, uma oficina de reciclagem deixa

a aula de Ciências mais interessante e proveitosa?

( ) sim, gosto quando as aulas são diferentes ;

( ) não, prefiro as aulas comuns.

4. Pra você o que significa reciclar?

39

( ) Confeccionar, criar novos objetos a partir de materiais que não tem mais utilidade e que

seriam descartados;

( )Despejar o lixo no lixão;

( )Não sei

( )outros:______________________________________________________

5. Cite os tipos de reciclagem que você conhece.

6. O que significa os três “R’s” da Educação ambiental?

( )Refazer, revisar e racionar;

( )Refazer, jogar e retalhar;

( )Reduzir, reutilizar e reciclar;

( )Não sei.

7. O ser humano está cada vez mais devastando a natureza. Quais são as formas que você

acha que podem destruir a natureza?

a) A poluição industrial;

b) O desmatamento;

c) As queimadas;

d) Emissão de gases poluentes no ar (carros);

e) Tratamento de esgotos;

f) Colocar cloro na água;

g) Criar animais silvestres (cachorro, gato)

h) Outros:________________________________________________________

8.Como você acha que pode ajudar a preservar a natureza?

a) Não queimar o lixo;

b) Não desperdiçar água;

c) Colocar filtros nas chaminés das indústrias;

d) Não utilizar agrotóxicos nas plantações;

e) Não plantar na beira dos rios, açudes e lagos;

f) Jogando lixo na rua;

g) Cortando as arvores

Outros:_________________________________________________________

9. Quais os tipos de materiais que podem ser reciclados?

a) Papel

b) Vidro

40

c) Plástico

d) Papel plastificado (embalagem de biscoito)

e) Absorventes

f) Papel higiênico

g) Metal

10. Em sua opinião, qual a importante de se reciclar os matérias que seriam jogados no

lixo?

41

APÊNDICE B - TERMO DE AUTORIZAÇÃO INSTITUCIONAL UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU – FECLI

Iguatu, ___ de _____ de 2013.

Ilustríssimo (a) Senhor (a)

Eu, Maria Danielle Limeira da Silva, responsável principal pelo projeto de

monografia, venho pelo presente, solicitar vossa autorização para realizar este

trabalho na E.E.F Municipal Padre Januário Campos, para o trabalho de pesquisa

sob o título, “O USO DE OFICINAS COMO MEDIAÇÃO NA RELAÇÃO ENSINO-

APRENDIZAGEM EM CIÊNCIAS NA E.E.F CENTRO EDUCACIONAL PADRE

JANUÁRIO CAMPOS, Orientado pela Professora Marlete Mendes.

Este projeto de pesquisa atendendo o disposto na Resolução CNS 196 de

10 de Outubro de 1996, tem como objetivo verificar a aprendizagem dos alunos após

a aplicação de uma oficina de reciclagem e averiguar a viabilidade da utilização de

oficinas no ensino de Ciências no âmbito da Educação ambiental, estimulando os

alunos a adotarem posturas e hábitos de preservação do meio ambiente. Os

procedimentos adotados serão a realização de uma palestra voltada para a

Educação ambiental, aplicação de uma oficina de reciclagem aos alunos e

posteriormente os alunos serão submetidos a responder um questionário

semiestruturado contendo dez questões objetivas. A coleta de dados se realizará

entre os meses de agosto e setembro de 2013. Período previsto para coleta de

dados.

Espera-se com esta pesquisa, incentivar os professor e mostrá-los que é

possível a pratica de atividades diferenciadas em sala de aula e aos alunos, que os

conhecimentos estudados em sala de aula podem ser mobilizados e utilizados em

situações reais. Qualquer informação adicional poderá ser obtida através do Comitê

de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da coordenação do curso de Ciências

Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu e pelo

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pesquisador Mª Danielle Limeira da Silva, e-mail: [email protected], tel: (88)

9251.0392.

A qualquer momento vossa senhoria poderá solicitar esclarecimento

sobre o desenvolvimento do projeto de pesquisa que está sendo realizado e, sem

qualquer tipo de cobrança, poderá retirar sua autorização. O pesquisador está apto a

esclarecer estes pontos e, em caso de necessidade, dar indicações para solucionar

ou contornar qualquer mal estar que possa surgir em decorrência da pesquisa.

Autorização Institucional

Eu, __________________________ (nome legível) responsável pela

instituição ___________________________________ (nome legível da instituição)

declaro que fui informado dos objetivos da pesquisa acima, e concordo em autorizar

a execução da mesma nesta instituição. Caso necessário, a qualquer momento

como instituição CO-PARTICIPNATE desta pesquisa poderemos revogar esta

autorização, se comprovada atividades que causem algum prejuízo a esta instituição

ou ainda, a qualquer dado que comprometa o sigilo da participação dos integrantes

desta instituição. Declaro também, que não recebemos qualquer pagamento por

esta autorização bem como os participantes também não receberão qualquer tipo de

pagamento.

Ainda informo-lhe que os dados serão apresentados ao Curso de

Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu,

podendo ser utilizado também em eventos científicos, mas não mencionarei seu

nome, pois este será preservado, sendo em sigilo a identidade do participante.

_______________________________________

Maria Danielle Limeira da Silva

Tendo em vista, que fui satisfatoriamente informado sobre a pesquisa “O

USO DE OFICINAS COMO FERRAMENTA PARA A MELHORIA DA RELAÇÃO

ENSINO-APRENDIZAGEM EM CIÊNCIAS NA E.E.F CENTRO EDUCACIONAL

PADRE JANUÁRIO CAMPOS”, realizada sob a responsabilidade da pesquisadora

Mª Danielle Limeira da Silva, concordo em participar da mesma. Estou ciente de que

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meu nome não será divulgado e que o pesquisador estará disponível para responder

- me a quaisquer dúvidas.

Iguatu,________de ________________2012

___________________________________

Assinatura do participante

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APÊNDICE C - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU – FECLI

Prezado (a) Sr. (a):

Eu, Maria Danielle Limeira da Silva, acadêmica do VIII semestre do Curso

de Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Ceará

(UECE), Faculdade de Educação Ciências e Letras de Iguatu (FECLI), sob

orientação da Prof.ª Dra. Marlete Moreira de Sousa Mendes, estou desenvolvendo

uma pesquisa cujo título é “O uso de oficinas como mediação na relação ensino-

aprendizagem em ciências na E.E.F Municipal Centro Educacional Padre Januário

Campos” que tem como objetivo geral: Constatar a melhoria no aprendizado de

Ciências após o desenvolvimento de uma oficina de reciclagem, como método

diferenciado, com os alunos do 7º ano na Escola de Ensino Fundamental Centro

Educacional Municipal Padre Januário Campos.

Por essa razão, o seu filho (a) está sendo convidado (a) a participar da

pesquisa. Sua participação consistirá em responder em conjunto com o seu filho (a)

a um questionário semiestruturado, com dez questões norteadoras. O tipo de

procedimento apresenta um risco mínimo que será reduzido mediante

esclarecimentos detalhados sobre o intuito e objetivos desta pesquisa. Os benefícios

esperados com o estudo são no sentido de contribuir para a disseminação de

conhecimentos a toda a comunidade acadêmica, principalmente aos gestores das

escolas, professores, visto que esses dados podem contribuir para o

desenvolvimento de estratégias que impacte na situação cognitiva desses alunos.

Todas as informações que o(a) Sr.(a) nos fornecer serão utilizadas

somente para esta pesquisa. Suas respostas e dados pessoais serão confidenciais e

seu nome não aparecerá nas entrevistas e nem quando os resultados forem

apresentados.

A sua participação em qualquer tipo de pesquisa é voluntária. Caso o(a)

Sr.(a) aceite participar, não receberá nenhuma compensação financeira, também

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não sofrerá qualquer prejuízo se não aceitar ou se desistir após ter iniciado a

entrevista.

Se o (a) Sr. (a) estiver de acordo em participar deverá preencher e assinar

o Termo de Consentimento Pós-esclarecido que se segue, e receberá uma cópia

deste Termo.

TERMO DE CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO

Pelo presente instrumento que atende às exigências legais, o (a) Sr. (a)

__________________________, portador(a) da cédula de identidade

__________________________, declara que, após leitura minuciosa do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido, teve oportunidade de fazer perguntas,

esclarecer dúvidas que foram devidamente explicadas pelo pesquisador, ciente dos

serviços e procedimentos aos quais será submetido e, não restando quaisquer

dúvidas a respeito do lido e explicado, firma seu CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO em participar voluntariamente desta pesquisa.

E, por estar de acordo, assina o presente termo.

Iguatu - CE, _______ de ________________ de 2013.

__________________________________________

Assinatura do Participante

__________________________________________

Assinatura do Pesquisador

_______________________________________________

Prof.ª.Dra. Marlete Moreira de Sousa Mendes (orientadora)