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Biologia e Geologia Visita de estudo ao museu e praias da Lourinhã

Relatório visita de estudo lourinhã

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Page 2: Relatório visita de estudo lourinhã

Biologia e Geologia

Índice

Introdução……………………………………………………………………………………………………… 3Esquema/Síntese…………………………………………………………………………………………… 4Praia do Caniçal……………………………………………………………………………………………… 5Praia da Consolação………………………………………………………………………………………. 9Museu da Lourinhã........................................................................................... 12

Paleontologia Arqueologia Etnografia Laboratório

Conclusão………………………………………………………………………………………………………. 18Sugestão e crítica………………………………………………………………………………………. 19Webgrafia/Bibliografia…………………………………………………………………………….. 20

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Biologia e Geologia

Introdução

Esta visita de estudo à Lourinhã teve o propósito de

observarmos três locais: Praia do Caniçal, Praia da Consolação e o

Museu da Lourinhã. Esta actividade de campo foi realizada no âmbito

da consolidação da matéria relativa à parte da Geologia que consiste

na observação de estratos onde estão inseridas falhas, camadas de

sedimentos, dobras, filões. Também se observaram arribas,

ravinamentos, fosseis de idade e de fácies, diques magmáticos, entre

outros assuntos.

Esta visita ocorreu no dia 7 de Janeiro de 2011 e foi

proporcionada pela nossa professora de Biologia e Geologia, Onélia

Afonso. A visita enquadrou-se na matéria que estava na altura a ser

leccionada o que nos proporcionou momentos de contacto com a

natureza e a observação de fenómenos no local.

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Biologia e Geologia

Praia do Caniçal/Paimogo

Foi neste local que teve inicio a nossa visita, depois da viagem

de autocarro. Chegámos por volta das 10h e saímos por volta das

11h45min.

Esta praia é composta por areia, mar e rochas. De entre as

rochas observáveis, existem rochas cinzentas cuja sua composição é

essencialmente matéria orgânica, sedimentos e fosseis ligados por

um “cimento”. Também abunda outro tipo de rochas, rochas

avermelhadas, que são compostas por alta concentração de ferro.

Nesta praia foi possível observar falhas transformantes, um

dique magmático, uma arriba estratificada afectada por uma falha e o

Forte de Paimogo. Também se observou fosseis, designados de

icnofósseis, que consistem no resultado da actividade de um ser vivo.

A costa é formada por arribas fósseis que são caracterizadas por

terem pouca força de erosão, rochas resistentes e terem uma

inclinação muito vertical. O tipo de rocha abundante nesta arriba é

rocha sedimentar, concretamente a maioria eram arenitos e argilas.

A falha transformante pode ser observada na Fig.1 onde se nota

uma ruptura do filão entre a areia e o

mar. As placas deslizaram num

movimento horizontal não provocando

destruição de nenhuma das placas.

Intrusão magmática que originou um

filão que intersecta as camadas de estratos.

Este filão é rico em olivina. Á volta do filão

(Fig. 2 Filão que intersecta as camadas de estratos da arriba.)

(Fig. 1 Falha transformante da Praia do Caniçal.)

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formaram-se rochas metamórficas de contacto e no filão formou-se

rochas magmáticas.

Nesta imagem encontra-se um

estrato que foi “partido” onde uma

metade ficou mais abaixo do que a outra.

Isto deve-se a uma falha vertical que

afectou a região.

Esta fotografia mostra um fóssil com

células de sangue de um ser vivo e ossos.

As pintas brancas dizem respeito às células de sangue do animal.

Aqui estão

representados

icnofósseis.

São o

resultado da

actividade de uma espécie de

minhocas designadas de

anelitos. Estes animais

escavavam túneis, chamados

de galerias, onde depositavam

os seus ovos. Estes túneis

foram preenchidos com areia e

sedimentos e por isso ainda são visíveis.

(Fig. 3 Falha vertical)

(Fig. 4 Fossil de células de sangue de um animal)

(Fig. 5 Icnofósseis – vestígios da actividade de anelitos)

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Biologia e Geologia

As rochas também ajudam a

tentar perceber que alterações

ocorreram no passado. Esta rocha

representa camadas de sedimentos

depositados de diferente modo. Os

sedimentos mais compactos (os

que estão nomeio da rocha) foram

depositados numa bacia onde a

água estava calma. Já as outras camadas, foram formadas num clima

tempestuoso (daí apresentarem sedimentos maiores e dispersos).

Questões:

1. Observa atentamente o filão que intersecta os estratos que

constituem a arriba.

1.1 Estabelece uma cronologia entre os estratos e o filão.

R: Os estratos são mais antigos que o filão.

1.2 Indica como se designa o princípio estratigráfico em

que te baseaste para responder á questão anterior.

R: O principio foi o Principio da Intersecção que diz que o que intersecta é sempre mais recente que o intersectado (salvo alguma excepções).

Praia da Consolação

Por volta das 11h00 chegámos à praia da Consolação, situada na

costa de Peniche, foi a segunda praia que visitámos.

Esta

praia

tem

uma

(Fig. 6 Rocha sedimentar que indica em que condição climatérica foi formada.)

(Fig.1 Praia da Consolação)

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Biologia e Geologia

característica invulgar, é que é constituída unicamente por rochas,

sendo assim desprovida de areia.

Quando chegámos ao destino, começámos por observar uma

maravilhosa paisagem da praia. Antes de termos chegado ao

verdadeiro destino (a praia), foi-nos dado algumas informações sobre

a constituição da praia. Entre elas, o tipo de costa. Foi fácil de

perceber, era uma arriba fóssil. Depois de termos descido por umas

escadas, chegámos às rochas.

Primeiro andámos sobre as rochas que formam a plataforma de

abrasão. Esta serve para diminuir a acção erosiva da água do mar

sobre a arriba.

Aí foi-nos explicado que as rochas eram

constituídas por cálcite. Nessas mesmas rochas, observámos muitos

materiais com características diferentes umas das outras.

O sal ficou na parede da arriba

devido à acção da água do mar, o que

nos leva a pensar que aquele lugar já

esteve imerso. Assim, ao ocorrer uma

regressão marinha, os níveis da água

baixam, deixando vestígios na parede da

arriba (sal).

É visível também, as várias formações fossilíferas, que se

observaram por todas as rochas da praia. Dessas formações

fossilíferas, conseguimos observar os lameli-branquios (mexilhões),

turritelas (búzios) e ainda os corais.

(Fig.2 Arriba com vestígios de sal.)

(Fig.2 Plataforma de abrasão)

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Questões:

1. Observa atentamente os fósseis existentes nas rochas onde andas.

1.1 Procura identificá-los.

Os fósseis existentes nas rochas são os corais, as turritelas/búzios e os mexilhões/lameli-branquios.

1.2 Atendendo ao conteúdo fossilífero que apresentam as rochas que observaste, caracteriza o ambiente que existiu nesta região há aproximadamente 150 M.a.

O ambiente era marinho, com águas límpidas e quentes e pouco profundas.

Museu da Lourinhã

No museu da Lourinhã podemos visitar várias secções como:

secção da paleontologia, arqueologia (Paleolítico, Mesolítico,

Neolítico), etnografia (sala das profissões, sala das colectividades e

tempos livres e arte sacra). Também se visitou o laboratório onde são

tratados os fosseis encontrados, por todo o mundo, de dinossauros. O

museu da Lourinhã é o único em Portugal que contem dinossáurios e

o seu laboratório é reconhecido a nível mundial como um dos

melhores.

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Biologia e Geologia

Paleontologia:

Esta é a ciência que estuda a vida passada na Terra. No museu

existe bastantes fosseis de dinossauros, repteis e plantas.

Observaram-se réplicas feitas de plástico de dinossauros completos. É

a maior exposição de fosseis de dinossáurios de Portugal. Também

existem lá fosseis de crocodilos, invertebrados, peixes e muito mais.

Estão expostos trabalhos resultantes do Concurso de Ilustração de

Dinossaurios. Aqui ficam alguns dos dinossáurios residentes :

Lourinhasaurus

Etimologia: Lagarto da Lourinhã;

Regime Alimentar: Herbívoro;

Tamanho: 17 metros, cauda – 7 metros,

corpo - 10metros;

Taxonomia (Família): Sauropoda;

Distribuição Geográfica: Lourinhã e Alenquer;

Curiosidade: a primeira vértebra pesa 19 kg.

Draconyx Loureiroi

Etimologia: Garra de Dragão;

Regime Alimentar: Herbívoro

Tamanho: 5 a 7 metros

Taxonomia (Família): Ornithischia; Iguanodontia; Camptosauridae;

Distribuição Geográfica: apenas na Lourinhã;

Torosaurus

Etimologia: cabeça com três cornos;

Taxonomia: Ornithischia, Ceratopside;

Período: Cretácico Superior, 65 milhões de anos;

Fig. 8Draconyx Loureiroi

Fig. 7 Lourinhasaurus

Fig. 9 Cabeça do Torosaurus

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Distribuição: Estados Unidos da América;

Regime alimentar: Herbívoro;

Peso/Comprimento: 6 toneladas, 8 metros;

Arqueologia:

A Arqueologia é a ciência que estuda a evolução da civilização

humana desde os nossos ancestrais primatas até hoje. A Arqueologia

do Museu da Lourinhã divide-se em Paleolítico, Mesolítico, Neolítico,

Calcolítico, Romano e Idade Média. Ire-mos abordar apenas as 3 mais

importantes: Paleolítico, Mesolítico e Neolítico.

Paleolítico:

Maior era de maior dimensão cronológica;

Evolução desde Ramapithecus até ao Homo

sapiens sapiens;

Variações climáticas

Uso da madeira, pedra, corda e do osso;

Tempo da indústria dos calhaus rolados e bifaces

entre outros utensílios (lithos – pedra e paleo –

antigo);

Mesolítico:

Novas condições climáticas que

promoveram a vida no litoral (concheiros-

locais onde habitavam os homens);

Aperfeiçoamento dos utensílios e

diversificação do alimento;

Vida sustentada nos recursos naturais;

Neolítico:

(Fig. 10 Utensílios da era)

(Fig. 11 Aperfeiçoamento da

técnica da pedra)

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Técnica de polimento da pedra;

Produção de cerâmica e desenvolvimento da pastorícia e

agricultura;

Do nomadismo ao sedentarismo;

Etnografia:

Esta divisão do museu visa o estudo do Homem e do seu povo.

Tem subdivisões que são a sala das profissões, sala das actividades,

sala da arte sacra, casa saloia, agricultura e pesca e investigação.

Comecemos pelas profissões.

Nesta sala tivemos conhecimento das profissões

de antigamente, como: carpinteiro, alfaiate, sapateiro,

etc. Através da visualização dos materiais, que

antigamente eram usados, podemos concluir que os

nossos materiais do dia-a-dia não variam muito dos

antigos.

Seguimos para a sala das actividades. Aqui

observámos o tipo de actividades praticadas pelos

nossos antecessores. Na região os contemporâneos

recreavam-se em vários pontos como o café Nicola.

Havia também muitas actividades como a

banda filarmónica, os bombeiros voluntários,

jogos tradicionais e a praia.

A banda foi formada no dia 2 de Janeiro

de 1878 e nos anos trinta torna-se a Banda

dos Bombeiros Voluntários.

Os jogos tradicionais, que ainda hoje se jogam, são:

chinquilho, vermelhinha e roleta.

Fig. 12 Aperfeiçoamento da

técnica da pedra polida

(Fig. 13 Café Nicola)

(Fig. 14 Banda Bombeiros Voluntários da Lourinhã)

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A sala da arte sacra é destinada á exposição de quadros e

pinturas de vários artistas internacionais.

Laboratório

Este laboratório é reconhecido a nível mundial e recebe

voluntariado de alunos de vários países. É neste espaço que são

tratados os fósseis encontrados, não só na Lourinhã como de todo o

mundo. Os fósseis são tratados com a maior das delicadezas pois por

qualquer pressão podem se partir ou desintegrar. Os fósseis antes de

chegarem ao laboratório têm de ser encontrados e essa parte não e

muito fácil. Encontrar um fóssil é difícil pois as áreas são muito

extensas e as escavações são feitas com um pincel (se fosse com um

martelos ou outro objecto forte poderia danificar o fóssil) o que faz

com que as escavações demorem bastante. Ao encontrar um fóssil,

tenta encontrar-se toda a sua extensão para depois escavar-se á

volta e retirá-lo num bloco para ser levado para o laboratório. No

laboratório, o fóssil e limpo e recortado da rocha com uma broca

especifica que provoca vibrações altamente poderosas mas que são

localizadas pelo que danificam pouco o fóssil.

Questões:

1- Apresenta possíveis explicações para a extinção dos

dinossáurios.

R: Uma das possibilidades aceites pela comunidade científica é a queda de meteoritos. Presume-se que a queda de meteoritos tenha originado a extinção dos dinossáurios.

2- Refere os métodos de trabalho utilizados pelos paleontólogos,

no desempenho da sua função, como cientistas.

(Fig. 15 Exemplo de uma imagem

presente nesta divisão)

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Biologia e Geologia

R: Os paleontólogos preparam o fóssil limpando-o e escavando á volta dele para ter uma margem de erro ao retirar o fóssil da natureza. Também constroem moldes e replicas para puderem exibi-las ao mundo.

3- Indica alguns dos recordes dos dinossáurios em Portugal que

tiveste conhecimento no museu.

R: Os recordes a que tive acesso no museu foram o maior ninho de ovos da Europa e os ossos de embrião mais antigos do mundo.

4- Apresenta possíveis justificações para o facto de a região da

Lourinhã ser rica em fosseis de dinossáurios.

R: A região da Lourinhã apresenta condições propícias á fossilização de dinossáurios. A existência de várias formações de rochas sedimentares fez com que a Lourinhã possua vários paleoambientes.

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Conclusão

Esta visita de estudo foi muito gratificante pois foi-nos

proporcionada uma aula de campo onde podemos testar os nossos

conhecimentos de forma mais acentuada. O horário foi cumprido, a

organização correu bem, no geral, foi uma aula bem interiorizada. O

momento de convívio e partilha de experiências contribui-o para o

sucesso desta visita.

Todos os objectivos foram cumpridos, desde a ida á praia dos

Caniçais até ao regresso à escola. Esta aula beneficiou-nos bastante

pois foi uma aula dinâmica e interactiva o que facilitou a

aprendizagem. O tempo estava bom e facilitou a visita. O guia era

bastante interactivo e disponível o que nos ajudou a aprender mais

sobre o local e curiosidade de cada estação.