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EaneAbreu

CURSO DE ESPECIALlZA~AO EM FOTOGRAFIA DA UEL MESTRADO

UEL

ISSN 1808-5652

VSmiddotN62009

Revista do Curso de Especializa~ao em Fotografiacutea Praacutexis e Discurso Fotograacutefico e do Mestrado em Comunica~ao da UEL

(T~ rt1 rErFiJ UNiVERsidAdE ESTAduAI CURSO DE ESPE(lAUZA~AO EM FQTOGRAFIl DA UEL

ME$TRAOQdE LONdRiNA COMUNICACAo

VISUAL UEL

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Revista do Curso de Especializa~iio em Fotografia Praacutexis eDiscurso Fotograacutefico e do Mestrado em

Comunica~iio da Universidade Estadual de Londrina

Editor Prof Dr Paulo Ceacutesar Boni

Revisao Prof Dr Joseacute de Arimatheacuteia Cordeiro Custoacutedio

Prof Dr Miguel Luiz Contani

Normatiza~ao

Laudicena de Faacutetima Ribeiro - CRB 9 I 008

Capa e programa~lio visual Heliane Miyuki Miazaki

Impresslio Planograacutefica - Editora e rmpressora

Administra~lio editora~iexcliexclo e distribui~lio

Curso de Especializayao em Fotografia Praacutexis e Discurso Fotograacutefico Campus Universitaacuterio - Caixa Postal 600 I

Fonefax (43) 337 1-4328 e-mail discursosfotollelbr

o conteuacutedo dos artigos eacute de responsabilidade exclusiva dos respectivos autores

Catalogaliexcllio na publicaliexclao Dados Internacionais de Catalogaliexcllio na Publicaliexclao (CIP)

Discursos Fotograacuteficos Universidade Estadual de Londrina Curso de Especializa((ao em Fotografia Praacutexis e Discurso Fotograacutefico Mestrado em Comunicayao - Lo ndrina- PR vl n I jandez (2005-)

Semestral ISSN 1808-5652

l Fotografia - Perioacutedicos l Universidade Estadllal de LondrinaCurso de Especializa((ao em Fotografia Praacutexis e Discurso Fotograacutefico

CDU 77(05)

Elaborada por Terezinha Batista de Souza - eRB 935 1

Editor Prof Dr Paulo Ceacutesar Boni

(Universidade Estadual de Londrina)

Comissao Editorial I Prof Dr Alberto Carlos Augusto Klein

(kleinuelbr)

Prof Dr Joseacute de Arimatheacuteia Cordeiro Custoacutedio (jotacustodiouolcombr)

Prof Dr Miguel Luiz Contani (contanisercomtelcom br)

Conselho Consultivo Prof Dr Boris Kossoy (Universidade de Sao Pau lo)

Prof Dr Fernando Cury de Tacca (Universidade Estad ual de Campinas)

Prof Dr Jorge Pedro Sousa (Universidade Femando Pessoa - Porto)

Profa Dra Luacutecia Rottava

(Universidade Estadual do Rio Grande do Sul)

Profa Dra Margarita Ledo Andioacuten (Universidade de Santiago de Compostella - Espanha)

Profa Dra Maria Joseacute Baldessar (Un iversidade Federa l de Santa Catari na)

Prof Dr Miguel Luiz Contani (Univers idade Estadual de Londrina)

Prof Dr Milton Roberto Monteiro Ribeiro (Milton Guran) (Universidade Federa l Fluminense)

Prof Dr Paulo Ceacutesar Boni (Universidade Estadual de Londrina)

Prof Ms Pedro Karp Vasquez (Instituto Histoacuterico e Geograacutefico Brasileiro)

Profa Dra Simonetta Persichetti (Criacutetica de Fotografia - Sao Paulo)

Sumaacuterio

Editorial 9

Artigos

Linha de pesquisa Imagem Miacutedia e Linguagem

Memoacuteria e apagamento no imaginaacuterio dos telejornais 13 Renata Marcelle Lara Pimentel

Fotografias de um nao-lugar e a transposi~ao da comunica~ao em supermercados de rede 35 Desire Blum Menezes Torres

A interdi~ao das imagens a constru~ao do outro

pelas charges de Maomeacute 59 Alberto Klein e Maria Luisa Hoffmann

De 1965 para caacute contando o tempo de Opalka na pintura e na fotografia 77

Elane Abreu e Nina Velasco

Robert Capa espectador e coadjuvante nos conflitos de seu tempo 99 Rodolpho Cavalheiro Neto e Mariacutea Dolores Aybar Ramiacuterez

Fotoacutegrafos de guerra la cobertura fotograacutefica de la Guerra Civil Espantildeola en Madrid (1936-1939) 131 Beatriz de las Heras

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Linha de pesquisa Imagem Cultura e Processos Sociais

Ultima Hora ern cena a rnodernidade fotograacutefica 161

Silvana Louzada

Reterritorializa~oes no orkut urn olhar netnograacutefico sobre os Brasileiros no Exterior 1 89 Cynthia Harumy Watanabe Correa

Olhares de pertencirnento novos fotodocurnentaristas sociais 213 Juacutelia Mariano Ferreira e Marcelo Henrique da Costa

Particularidades da anaacutelise fotograacutefica 229

Tatiana Fecchio da Cunha Gonyalves

Resenhas

Mais urna agradaacutevel viagem de trern 247 Paulo Ceacutesar Boni

Tesouro Imperial 255 Larissa Ayumi Sato

1860-1960 urn seacuteculo de fotografia no estado do Mato Grosso 261

Caacutessia Maria Popolin

Sao Paulo degustada aos poucos 267 Maria Zaclis Veiga Ferreira

Entrevista

Pedro Karp Vasquez 273 Paulo Ceacutesar Boni

Editorial

Este eacute o sexto nuacutemero da revista Discursos Fotograacuteficos e ateacute agora a cada ediyao a capa saiu com urna cor diferente Para os tres primeiros nuacutemeros optamos pelas cores primaacuterias - vermelho verde e azul a trilogia do famoso RGB ingles (red green and blue) O quarto nuacutemero saiu com a capa preta e o quinto com a capa branca para lembrar o claacutessico preto e branco das fotografiacuteas O sexto nuacutemero entra em circulayao com a capa dourada Por que dourado - Para comemorar urna data especial os 170 anos da invenyao da fotografiacutea desde que considerado eacute claro seu anuacutencio na Franya em 19 de agosto de 1839 com a paternidade do invento num primeiro momento atribuiacuteda a Louis-Jacques Mande Daguerre tanto que ele foi batizado de Daguerreoacutetipo

Por conta dessa data especial tambeacutem ternos um entrevistado especial Pedro Karp Vasquez um dos mais importantes nomes da histoacutelae da memoacuteria da fotografiacutea brasileira autor de mais de 20 livros Pedro fala de sua forrnayao seus livros e projetos e sua atuayao na Funarte onde tr~balhou Diz que comeyou a escrever sobre fotografiacutea porque percebeu que os paiacuteses em que a fotografiacutea era mais forte

eraacutem precisamente aqueles que melhor conheciam a sua proacutepria hisjOacuteria Confessa ser fascinado pelo Brasil e diexclz que descobriu sua verdadeira vocayao com Josune Dorronsoro criadora do Departamento de Fotografiacutea do Museu de BeJas Artes de Caracas que lhe disse certa vez noacutes somos facilitadores Isso mudou meu modo de pensar e agir admite

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SONTAG Susano Diante da dor dos outros Sao Paulo Companhia das Letras 2003

SOUSA Jorge Pedro Urna histoacuteria criacutetica do fotojornalismo ocidentaI Florianoacutepolis Letras Contemporaneas 2000

WHELAN Richard Robert Capa a biography Lincoln University ofNebraska Press 1994

WHELAN Richard Introdwao In CAPA Comel Robert Capa fotografias Traduyao de Beatriz Karam Guimaraes Sao Paulo Cosac amp Naify Ediyoes 2000 p1 O

WHELAN Richard Proving that Robert Capas Falling Soldier is genuine a detective story 2002 Disponiacutevel em lt http wwwpbsorgwnetlamericanmastersepisodesrobert-capalin-Iove-andshywar47gt Acesso em 21 set 2008

Beatriz de las Heras

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Fotoacutegrafos de guerra la cobertura fotograacutefica de la Guerra Civil Espantildeola en Madrid (1936-1939)

War photographers the photographic coverage ofthe Spanish Civil War in Madrid (1936-1939)

Beatriz de las Heras

Resumen El objetivo de esta comunicacioacuten es aproximarnos al papel desarrollado p or los fo toacutegrafos nacionales e internacionales que trabajaron en la ciudad de Nfadrid durante la Guerra Civil Espantildeola De este modo rejlexionaremos acerca de sus condiciones de trabajo las limitaciones en su actividad y el control ejercido por las autoridades responsables y abordaremos una cuestioacuten altamente interesante para aquellos que estudiamos la imagen como fuente de conocimiento del pasado las distintas maneras de mirar que tienen los fotoacutegrafos dependiendo del canalpor el que se distribuyesu trabajo

Palavras-chave Guerra Civil Espantildeola fo toacutegrafos de guerra fotografia

Abstract The arget ofhis communicaion consists in analyzing he role developed by press phgraphers boh na tional and internaional who worked in Nfadrid during the Spanish Civil Wal~ In this way we will rejlect onheir working conditions the limitations intheir activities and the control exerted by the authoriies in charge We will also approach a highly interesing point to those who study the image as a knowledge source ofthe pas the difieren ways press photographers had to Iook ino depending onthe channel in which Iher work is distributed

Key-words Spanish Civil War War photographers Photography

Doctora e n Humanidades Professora en la aacuterea de historia contemporanea del Departamento de Humanidades de la Univers idad Carlos IIJ de Madrid Especia lista en e l es tudio de la histori a atraves de las fuentes visuales E-mail bherashumuc3mes

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)ffliama ult a LJuelTIltivil Es~antildeol a en Madrid lt1936-1939)

Introduccioacuten

La Guerra Civil se considera el acontecimiento maacutes determinante en el desarrollo de la historia de Espantildea del siglo XX Fue el resultado del fracaso de una sublevacioacuten militar que se produjo el 17 de julio de 1936 cuando parte del ejeacutercito se alzoacute contra el gobierno constituido legiacutetimamente el 16 de febrero y fue obligado a combatir en una lucha fraticida La contienda se prolongoacute hasta el1 de abril de 1939 gracias sobretodo a la resistencia de los ciudadanos que decidieron voluntariamente oponerse a los militares Esto ocurrioacute en ciudades como Madrid que a pesar de ser rodeada por los sublevados en el mes de noviembre de 1936 se convirtioacute en el bastioacuten inexpugnable para el fascismo en el siacutembolo de la resistencia republicana durante tres antildeos El resultado de este enfrentamiento miles de muertos y la ruina econoacutemica poliacutetica y social de un paiacutes que soportoacute los 40 antildeos de dictadura impuesta por el vencedor de la contienda Francisco Franco

La guerra se consideroacute el laboratorio de ensayo de la II Guerra Mundial por ser precursora del uso de nuevo armamento taacutecticas militares sistemas de evacuacioacuten de poblacioacuten civil proteccioacuten del tesoro artiacutestico nacional pero sobretodo fue pionera en lo concerniente al dominio de la informacioacuten y de la propaganda en los distintos soportes el soporte oral (los discursos y la radio) el soporte escrito (la prensa escrita) y el soporte visual (el cine y los documentales de guerra la fotografiacutea y la carteliacutestica) Tambieacuten en lo concerniente a la direccioacuten de sus objetivos la vanguardia y la retaguardia (para mantener la moral de los combatientes y de la poblacioacuten civil respectivamente) los enemigos (para minar sus fuerzas) y los neutrales (con la intencioacuten de conseguir su respaldo) Tal fue el nivel de utilizacioacuten de la propaganda por parte de los bandos enfrentados que el historiador y diplomaacutetico espantildeol Salvador de Madariaga habloacute de guerra de tinta para referirse a la Guerra Civil Espantildeola

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Durante la contienda las autoridades entendieron las ventajas de la utilizacioacuten de la informacioacuten divulgada (sobretodo por parte de los antifascistas) y de la necesidad de emplearla bien tal y como se expresa en La voz del combatiente en el mes de enero de 1937

Este punto hay que plantearlo con toda claridad Si queremos que este arma no pierda ninguna de sus virtudes tenemos que I

I calibrar muy bien su empleo y conocer el modo de emplearla lo maacutes eficazmente posible Una de las armas maacutes a nuestro favor con que contamos para ganar la guerra es precisamente la propaganda de ahiacute que nos valgamos de ella con tacto con mesura con verdadero tino y no confundamos su prop ia fi nalidad De esta manera si no nos libramos de los entuertos ya hechos nos evitaremos el seguir cometieacutendolos en lo sucesivo [] Sobretodo que un arma llamada a deshacer entuertos no los siga creando de la manera maacutes lamentable por la impreparacioacuten de quienes ni saben manejarla ni comprenden su alcance poliacutetico

La utilizacioacuten de la propaganda no solo se realizoacute en tomo a las propias filas como ya hemos comentado sino que tambieacuten tuvo como objetivo filtrarse en el bando enemigo con la intencioacuten de minar sus fuel7as o atraer a los combatientes contrarios

Se ha escrito mucho resaltando la gran impOliancia que para nosotros y para nuestra causa tiene el desarrollo de una propaganda sistemaacutetica y organizada en las filas enemigas No nos costariacutea mucho trabajo sentildealar infinidad de casos que demuestran esa realidad Alliacute donde la propaganda se lleva a cabo con constancia y organizacioacuten los frutos no se hacen esperar decenas de evadidos del campo faccioso vienen a nuestras filas decenas de nuevos combatientes que gana nuestro Ejeacutercito un debilitamiento y una desmoralizacioacuten constante del enemigo (NUESTRA PROPAGANDA 1937 p5)

Fue tal el nivel de explotacioacuten propagandiacutestica que incluso llegoacute a ser objeto de criacutetica por parte de la prensa de la eacutepoca Pareciacutea que el gobierno republicano estaba maacutes concentrado en hacer grandes campantildeas

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que mostraran las maldades facciosas y las bondades de los antifascistas que en el propio desarrollo militar de la contienda tal y como se escribioacute en El Socialista en febrero de 1937 y que el gobierno censuroacute

y puesto que estamos resueltos a que ninguna falta quede sin corregir iquestno seraacute menester que alguna vez nos pongamos a pensar si desde el Comisariado de Guerra por ejemplo no se estaacute atendiendo maacutes mucho maacutes a la propaganda de partido - no el nuestro ciertamente- que a servir calladamente las exigencias que la guerra plantea

El soporte maacutes empleado en estos trabajos propagandiacutesticos fue el visual debido a su capacidad de persuasioacuten que le haciacutea un arma maacutes que sugerente para condicionar a un puacuteblico deseoso de informacioacuten y faacutecilmente manipulable por las circunstancias que se imponiacutean en esta guerra fraticida de tal modo que los carteles y las fotografiacuteas tomadas en el frente y en la retaguardia invadiacutean muros perioacutedicos y revistas En el caso concreto de las imaacutegenes fotograacuteficas no solo se entendiacutean como medio propagandiacutestico sino tambieacuten por ser el maacutes cercano a la realidad como un soporte contenedor de informacioacuten privilegiada que no podiacutea caer en manos del enemigo por lo que desde las tribunas responsables se realizaban llamamientos para evitar que esa informacioacuten pudiera emplearse en contra de sus intereses Ell de enero de 1937 la Seccioacuten de Propaganda y Prensa de la Junta Delegada de Defensa de Madrid publicoacute en su Boletiacuten la siguiente informacioacuten

Las reproducciones fotograacuteficas son al mismo tiempo que medios eficaciacutesimos para la propaganda elementos peligrosos que pueden revelar al enemigo datos de intereacutes para la ofensiva Es pues elemental medida previsora cuya omisioacuten seriacutea imperdonable emplear medios para tener la seguridad de que quienes utilizan las reproducciones fotograacuteficas son personas leales a la causa antifascista 2

Artiacuteculo censurado a El Socialista en Boletiacuten de propaganda de la Junta Delegada de Defensa de Madrid 19 febo 1937 Conservado en FPI p4456 Caja 18 p7 2 Delegacioacuten de Propaganda y Prensa Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid Madrid 1 ene 1937 p2

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136 Reatril de las lIerJS~____

Este es el motivo por el que nuestra reflexioacuten se centraraacute en el trabajo de aquellos que fueron responsables de cubrir visualmente el acontecimiento La dificultad a la hora de componer la historia colectiva de los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid entre julio de 1936 y abril de 1939 reside en el hecho de que la mayoriacutea de la documentacioacuten referente a su trabajo antes y durante la guerra fue destruida o por los propios responsables para evitar posib les represalias tras la derrota republicana o por los vencedores que la consideraron de poca utilidad para el reacutegimen que se instauraba A pesar de esto hemos logrado reconstruir alguna de las caracteriacutesticas de su laboro a traveacutes de la documentacioacuten rescatada del Archivo General de la Guerra Civil Espantildeola la Fundacioacuten Pablo Iglesias y del oacutergano que dio voz a las disposiciones oficiales del Gobierno Republicano la Gaceta de Madrid

El estallido de la guerra

Los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de marzo de 1939 fueron adaptaacutendose a los constantes cambios que se produjeron en la capital tras el alzamiento militar Un ritmo que en un primer momento fue marcado por la clase trabajadora responsable de tomar el mando de la ciudad Aprovechando la coyuntura que ofreciacutea el marco de la sublevacioacuten militar los sindicatos Confederacioacuten Nacional del Trabajo (CNT) y Unioacuten General de Trabajadores (UGT) emprendieron una Revolucioacuten social en el terreno social poliacutetico y econoacutemico basada en sus criterios Una de las primeras medidas tomadas fue la intervencioacuten (en el caso de la exclusiva direccioacuten de los trabajadores) o la incautacioacuten (en el caso de la participacioacuten de los sindicatos) de las industrias y locales comerciales de la ciudad incluidas tiendas laboratorios estudios dedicados a la fotografiacutea y las redacciones de los perioacutedicos Este sistema se basoacute en la explotacioacuten comuacuten por

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- U~ uucrraJiacutevirnspantildeola en ~Iadrid (1936-1939)

parte de los trabajadores de los locales abandonados por los propietarios (que al inicio de la contienda huyeron de la ciudad) o de los locales intervenidos (en este caso se permitioacute a los patronos su incorporacioacuten como otro colectivista maacutes hecho muy comuacuten en el caso de los fotoacutegrafos)

En el caso que nos ocupa fue el Comiteacute de Intervencioacuten e incautacioacuten de las Artes Graacuteficas el responsable de

Recoger y encauzar las colectividades y las necesidades de la industria y de su parte maacutes esencial para nosotros el respeto de los contratos de trabajo y a la dignidad de los compantildeeros cuya custodia se poniacutea de hecho en nuestras manos (AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid)

Este comiteacute se creo el ] 8 de agosto de 1936 tras la labor de las Comisiones de Incautaciones y Conflictos con la intencioacuten de centralizar las actuaciones que de manera permanente se estaban llevando a cabo para solventar los problemas derivados de una sublevacioacuten militar que afectaba a todo el paiacutes

Los problemas han ido creciendo como consecuencia de los meses que se dilatoacute y se di lata la guerra Por tanto lo que empezoacute siendo una cosa constrentildeida a las actividades sindicales o de salvaguardia de nuestros intereses puramente sindicales en torno a la industria se ha ido complicando con problemas como estos papel destrozo de industrias cierre de talleres reduccioacuten de jornada reduccioacuten de jornales militarizacioacuten aplicacioacuten del 60 a movilizados desplazamiento de maquinaria saboteo envuelto de algunos patronos y otros mil problemas inherentes a la marcha es precario de la industria (AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

Las primeras intervenciones de locales fotograacuteficos de la ciudad se produjeron el 19 de julio de 1936 seguacuten se indica en un documento sellado el27 de marzo de 1937 y en el que se describe una relacioacuten de doscientas treinta y dos casas relacionadas con la fotografiacutea que fueron intervenidas e incautadas por el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Artes

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atrlziacutele las tleras

Graacuteficas Al margen de esta informacioacuten contamos con las actas de intervencioacuten de algunos locales fotograacuteficos de la ciudad en concreto veintiuna De entre el total cuatro actas pelienecen a la intervencioacuten de locales que no aparecen en el este listado y si a esto le sumamos la informacioacuten de distinto tipo que hemos localizado en los archivos sobre la actividad fotograacutefica de Madrid podemos concluir que son sesenta y seis los locales dedicados a esta actividad durante la contienda al margen de la desan-ollada en los perioacutedicos revistas y de manera ambulante

Estas actas de intervencioacuten siguieron un modelo estaacutendar elaborado por el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Organizaciones Graacuteficas pelieneciente a la Unioacuten General de Trabajadores En el documento constaba el nombre del taller o local intervenido el domicilio y la fecha de la firma Ademaacutes debiacutea estar sellado por la empresa intervenida el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Artes Graacuteficas y por la Seccioacuten de Fotografia de dicho comiteacute El texto del acta de incautacioacuten era el siguiente

Con fecha de hoy el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Organizaciones Graacuteficas pertenecientes a la Unioacuten General de Trabajadores de acuerdo con el personal de las distintas secciones de los talleres de con domicilio en decidimos la intervencioacuten y control como garantiacutea del cumplimiento de las obligaciones que esta Empresa tiene convenidas con estas Organizaciones y en virtud de los que dispone la legislacioacuten social y la Carta Constitucional Espantildeola

A continuacioacuten presentamos el acta de incautacioacuten de Fotografiacutea Amer estudio que se ubicaba en la calle Montera en pleno centro de Madrid y que se produjo el21 de octubre de 1936 (Figura 1)

Seguacuten las actas de incautacioacuten e intervencioacuten conservadas la mayoriacutea de los procesos se llevaron a cabo durante los meses de septiembre y octubre de 1936 de tal modo que tres de lbs cuarenta y un locales de fotografiacutea existentes en Madrid sufrieron este proceso en el mes de agosto trece en el mes de septiembre veintidoacutes en el mes de octubre uno en el mes de noviembre y dos en el mes de enero de 1937

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Figura 1 shy El acta de incautacioacuten de Fotografia Amer Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

A pesar de la complejidad del proceso el resultado de las intervenciones e incautaciones de los locales fotograacuteficos de Madrid fueron desde el punto de vista econoacutemico un eacutexito sobretodo en el caso concreto de las intervenciones que pelmitieron un superavit en los balances econoacutemicos totales tal y como se afinnoacute en el boletiacuten de Obreros

Fotoacutegrafos del mes de marzo de 1938

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En la parte de intervencioacuten hemos podido observar que la guerra que se inicioacute en los primeros momentos anuncios de despido reduccioacuten de plantilla etc no era sino una arma con la que se queriacutea ay udar al fascismo Los nuacutemeros que no mienten demuestran cuales eran los beneficios que la clase patronal veniacutean

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obteniendo de la industria Este beneficio - por primera vez los obreros fotoacutegrafos tienen conocimiento de eacutel- es el producto del esfuerzo de los trabajadores Ved si tiene importancia la labor a desarrollar en el control de la industria

El trabajo de los fotoacutegrafos

El laboro de los fotoacutegrafos se vio afectado por el ritmo de la contienda sobretodo a partir del mes de noviembre de 1936 cuando Madrid se convirtioacute en una ciudad asediada Fueron cuatro los problemas a los que se enfrentaron los profesionales

-la falta de suministros - el control y la censura de las autoridades -la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente -los peligros derivados de la guerra La falta de suministros surgioacute con el corte de comunicaciones

por carretera de Madrid con otras ciudades republicanas debido a que las tropas sublevadas rodearon la ciudad cuatro meses despueacutes del alzamiento militar De este modo se impidioacute la llegada de viacuteveres incluido el material baacutesico para trabajar por lo que muchos fotoacutegrafos se vieron obligados a adaptarse a estas limitaciones (LOacutePEZ MONDEacuteJAR 2004)

La ausencia de negativos de paso universal llevoacute a muchos de ellos - a los fotoacutegrafos - a recuperar sus caacutemaras de placas y a utilizar restos de peliacuteculas de los noticieros cinematograacuteficos El propio Alfonso debioacute recurrir a sus viejas caacutemaras estereoscoacutepicas para realizar un reportaje encargado por el Ayuntamiento sobre los estragos producidos por los bombardeos en las calles de Madrid

y esto que afectoacute maacutes a los fotoacutegrafos espantildeoles que a los 1 1

extranjeros a los que les enviaban el material por correo o lo recogiacutean cuando haciacutean viajes a sus paiacuteses supuso un handicap debido a que los equipamientos modernos (como las caacutemaras Ermanox y Rolleijlex

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y las peliacuteculas maacutes sensibles) facilitaron la toma (desde puntos de vista hasta ese momento desconocidos) Y permitiacutean captar escenas sin flash ni triacutepode que permitiacutean que se sustituyeran las tomas estaacuteticas y posadas por la naturalidad de la accioacuten De hecho fotografiacuteas como la del miliciano en Cerro Muriano de Robert Capa hubiera sido impensable si el fotoacutegrafo no hubiera contado con la tecnologiacutea apropiada tal y como afirma su bioacutegrafo Whelan (1999 p32)

[ ] los lectores quedaron impactados ya que nadie habiacutea visto nada parecido hasta entonces Las anteriores fotografiacuteas de guerra habiacutean sido necesariamente estaacuteticas y tomadas a distancia En la Primera Guerra Mundial no tan lejana de aquella eacutepoca la caacutemara habitual era la Graflex mediana con un fuelle y placas de cuatro a cinco pulgadas Ademaacutes de resultar muy llamativa impediacutea praacutecticamente obtener fotos espontaacuteneas era muy pesada y dificultaba el margen de maniobra del fotoacutegrafo en situaciones de peligro Por el contrario la Leica de 35mm de Capa era discreta y le permitiacutea la maacutexima movilidad Con ella se lanzoacute al torbellino de la guerra como nadie antes que eacutel se habiacutea

atrevido a hacerlo

Algunos locales de la ciudad se vieron obligados a cerrar sus puertas ante la imposibilidad de lograr suministros tal y como se informoacute en la siguiente nota publicada en el boletiacuten Obreros Fotoacutegrafos en el antildeo 1938

Las dificultades insuperables de la adquisicioacuten de materiales han obligado a la Directiva a proceder al cierre de algunos talleres a los que la vida econoacutemica se les haciacutea imposible mermaacutendose por diacuteas las posibilidades y llegando a constituir un peligro de desaparicioacuten cosa que estudiada debidamente se trata de cortar con las medidas adoptadas La Directiva informaraacute ampliamente

de ello

Este problema se sumoacute a otros como la movilizacioacuten al frente de parte del personal empleado en los talleres y estudios o la censura impuesta por las autoridades responsables de Madrid Los fotoacutegrafos estuvieron controlados por las autoridades madrilentildeas ya que no podiacutean

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acudir al frente sin un pase que se obteniacutea tras la identificacioacuten de quieacutenes eran y para quieacuten trabajaban como desarrollaremos maacutes adelante En el caso de la cobertura en el frente eran trasladados y acompantildeados por un responsable de propaganda y la burla de cualquiera de estas normas suponiacutea un peligro para el fotoacutegrafo como comenta en sus memorias uno de los periodistas que cubrieron el conflicto en Madrid acerca del fotoacutegrafo londinense HY Drees

Durante diez diacuteas estuvo sin pases Y sin embargo gracias a alguacuten don excepcional - supongo que esto es lo que tienen los buenos fotoacutegrafos de prensa - siempre salioacute bien parado La noche del principal ataque aeacutereo fue su gran triunfo Estaba muy afectado por el bombardeo porque le habiacutea golpeado literalmente el soplo de la explosioacuten en una callejuela y se estaba recuperando en una cama de la Telefoacutenica cuando de repente se despertoacute agarroacute su caacutemara y subioacute a la deacutecima planta para fotografiar la ciudad en llamas Alliacute le arrestoacute un guardia Un periodista que hablaba espantildeol y habiacutea escuchado el incidente fue a ofrecer explicaciones al jefe de los guardias del edificio No soacutelo se encontroacute con que Drees ya no estaba arrestado sino que estaba tan campante en la planta trece rodeado de guardias admirativos que le miraban mientras fotografiaba la escena entera y posaban con orgullo para sus propias fotografiacuteas (COX 2005 p261-262)

Los problemas maacutes graves a los que tuvieron que enfrentarse los fotoacutegrafos en Madrid fueron los derivados de los constantes bombardeos que los aviones enemigos lanzaron sobre la ciudad puesto que como muchos de los locales dedicados a la fotografiacutea en Madrid y las residencias de los fotoacutegrafos extranjeros estaban ubicados en la zona centro corriacutean un mayor riesgo De hecho conocemos como el fotoacutegrafo Alfonso se vio obligado a abandonar durante meses su estudio de la calle Fuencarral por la constante amenazada que significaba encontrarse cercano al edificio de la Telefoacutenica el maacutes alto de Madrid y por tanto objetivo prioritario de la aviacioacuten enemiga Un ejemplo graacutefico del peligro que corrieron los locales de fotografia de la ciudad

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eS la siguiente fotografiacutea (Figura 2) en la que se puede ver el estudio de Fotos Galaacuten3 situado en la calle Alcalaacute 9 completamente derruido como consecuencia de uno de los numerosos bombardeos aeacutereos

Figura 2 - Estudio de Fotos Galaacuten derruido Fotografla Aulor nojuacutee citado

Fuente Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Otros fotoacutegrafos aquellos encargados de cubrir el frente llegaron a pagar con su vida Uno de los ejemplos maacutes conocidos es el de Gerda Taro que trabajoacute para las revistas francesas Ce Soir y Regards cubriendo el conflicto en Coacuterdoba Barcelona y Madrid entre otras ciudades En la

3 A pesar de que en el letrero del local fotograacutefico se lee claramente Totos Galaacuten en el li stado que hemos localizado en el Anuario General de Espantildea Bailly-Baillieacutere de 1936 figura el nombre de Teodoro Orozco como el correspondie nte al estudio fotograacute fi co del nuacutemero nueve de la ca lle Alcalaacute Puede deberse a dos razones un cambio de nombre tras la edicioacuten del nuacutemero del Anuario o a que con el estallido de la guerra el com iteacute de trabajadores del local sustituye ran el nombre del propietario por el de FalOS Galaacuten

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fotografiacutea que se presenta a continuacioacuten (Figura 3) Robert Capa su pareja la retratoacute resguardada del ataque de los sublevados en el Frente de Coacuterdoba en 1936

Figura 3 - Cerda Taro resguardada del alaque de los sublevados en el Frente de Coacuterdoba en 1936

Faagrafia Robert Capa Fuente Olmeda (2007)

y seraacute precisamente en el Frente de Brunete en el que el25 de jul io de 1937 a las 18 30 horas cuando la fotoacutegrafa pierda la vida a causa de un accidente fOltuitO un tanque descontrolado que intentoacute zafarse de un bombardeo enemigo se cruzoacute en la carretera invadiendo el carril en el que transitaba el camioacuten que trasladaba a varios heridos y a Gerda El golpe le hizo caer y el tanque pasoacute por encima de su cuerpo Murioacute unas horas maacutes tarde en el hospital ingleacutes de El Goloso Unos minutos antes del incidente Gerda escribioacute en su diario

Caen bombas muy cerca de nuestra posicioacuten Oiacutemos el ruido estremecedor de los bombardeos Ted se cubre la cabeza pero yo saco fotos sin parar Mantengo la sangre friacutea en medio de una escena apocaliacuteptica con aviones descendi endo en picado explosiones que agujerean la tierra y soldados que hu yen presos

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 janJjun 2009

Fotoacutegrafos de guen-a la cobertura iacuteotogijiacutefica d~ la iexcliexcllIerra CiiacuteirEspantildeQla en ~fadrid (1936-1939)

del paacutenico Conservo la calma cuando un avioacuten abre fuego sobre nuestro hoyo Me quedo tumbada de espaldas y sigo disparando la Leica Se me acaban los carretes (OLMEDA 2007 p179)

Soacutelo por este motivo (a Gerda se le habiacutea acabado el material para fotografiar) decidioacute abandonar la primera liacutenea y subirse al camioacuten Esta decisioacuten a la hora de fotografiar en primera liacutenea (y que desobedeciacutea la orden expresa del general Walter miembro de las Brigadas Intemacionales) le costoacute la vida pero hasta el uacuteltimo aliento se preocupoacute por su material porque sabiacutea de la importancia de denunciar visualmente aquello que estaba ocurriendo De hecho una de las enfermeras que le atendioacute Irene Goldin afirmoacute el tanque le habiacutea abierto el estoacutemago y teniacutea heridas abdominales muy graves se le habiacutean salido todos los intestinos [ ] Lo uacutenico que dijo fue iquestestaacuten bien mis caacutemaras Son nuevas iquestEstaacuten bien (KERSHAW 2003 p181)

A pesar de las numerosas complicaciones los fotoacutegrafos continuaron con su labor orientada a tres actividades primordiales fotoperiodismo fotografiacutea oficial y otros trabajos entre los que podriacuteamos incluir los de estudio sobretodo las fotografiacuteas de carnet esenciales en una ciudad en la que todos debiacutean estar identificados

Los fotoacutegrafos

Fueron muchos los fotoacutegrafos conocidos que trabajaron en Madlid Entre los espantildeoles destacaron Manuel Albero y Francisco Segovia Marin loseacute Mariacutea Casariego Alfonso Santos Yubero Agustiacute y Llu iacutes Centelles Lluiacutes Torrents Luis Vidal Corrella los Mayo entre otros Entre los reporteros extranjeros que soliacutean alojarse en el Hotel Florida (en la plaza de Callao) o el Hotel Gran Viacutea Uunto al bar Chicote) que cubrieron el conflicto en la capital encontramos a Robert Capa Gerda Taro lean Moral David Seymour Luis Bressange Walter Reuter y otros que trabajaron para las agenciasAP Keystone View Company Planet News

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World Wide Photo Central Press y London News Agency Press por mencionar las maacutes importantes

Durante la Guerra Civil Espantildeola los fotoacutegrafos se agruparon bajo varias organizaciones sindicales dependientes de las ramas de Artes Graacuteficas la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y la Seccioacuten de Fotoacutegrafos de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola Si a la informacioacuten que se desprendede las fichas de afiliacioacuten de estos sindicatos unimos la extraiacuteda de los archivos de la Junta Delegada de Defensa de Madrid a traveacutes de las fichas laborales que la Seccioacuten Fotograacutefica elaboroacute con el fin de controlar la actividad en la capital podemos hacemos una idea del nuacutemero de fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid y una cuestioacuten maacutes interesante quieacutenes eran

Se trata de un total de 1249 fichas distribuidas de la siguiente manera 197 de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 455 fichas de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y 597 fichas de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Junta Delegada de Defensa de Madrid

De entre el total de fotoacutegrafos 113 trabajaron para perioacutedicos y revistas 37 en el frente 57 para una institucioacuten oficial 585 en un local de fotografiacutea 193 en la viacutea puacuteblica o como fotoacutegrafo al minuto y 240 eran afiliados de los que o no tenemos constancia de doacutende trabajaron o no eran fotoacutegrafos pero su trabajo estaban directamente relacionado con el mundo de la imagen A continuacioacuten presentamos una tabla con esta informacioacuten detallada por organizaciones

Perioacutedicos Institucioacuten Locales Viacutea PuacuteblicaFrente OtrosRevistas Oficial Fotograacuteficos Al Minuto

Junta Delegada 73 34 54 121 180 115JI L -lt 1 ~

26 H 2 JL middottrSociedad Obrera 315 10 101J~ I shy

Federacioacuten Graacutefica 14 lt 1f 2 lf 149 r 3 -

24

Tabla 1 - Fotograacutefos e otros relacionados con el mundo de laf grafia que trabajaron en la guerra

Ante estos datos debemos hacer dos aclaraciones en primer lugar estos registros no soacutelo se refieren exclusivamente a fotoacutegrafos sino a todos aquellos que estuvieron relacionados con el mundo de la fotografiacutea (incluidos reveladores ayudantes aprendices encargados de tienda etc) y en segundo lugar que alguno de los nombres se encuentra en varias de estas organizaciones 14 obtuvieron fichas de ingreso de la Junta Delegada de Defensa de Madrid la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares 4 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 22 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y 120 obtuvieron ficha de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y la Sociedad de Obreros Fotoacutegrafos

La fuente maacutes interesante de trabajo la encontramos en las fichas de la Junta Delegada de Defensa de Madrid puesto que controloacute exhaustivamente a los fotoacutegrafos a traveacutes del trabajo de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa dirigida por Joseacute Carrentildeo Espantildea De hecho se anularon los permisos concedidos con anterioridad y se obligoacute a solicitar unos nuevos ahora controlados por la Junta tal y como se publicoacute en su Boletiacuten Oficial en diciembre de 1936

Para poder obtener fotografiacuteas tanto de la ciudad como de sus frentes de guerra a que se extiende mi autoridad de Comandante de la plaza seraacute preciso proveerse de licencia concedida por el Delegado de Propaganda y Prensa de esta Junta que necesariamente habraacute estar firmada por el mismo

A continuacioacuten presentamos la ficha de Gerda Taro (Figura 4) sellada el 25 de enero de 1937 en la que se incluyen datos como su nombre completo (Gerta Pohorylle) su domicilio en Pariacutes (50 Rue Vavin) el lugar y fecha de nacimiento (Stuttgart 01081910) la empresa para la que trabajaba (Le Soir Paris) el domicilio oficial en Madrid (Alianza de Intelectuales) y el partido poliacutetico al que perteneciacutea (AEAR) La ficha iba acompantildeada de una fotografiacutea de carnet entregada por la interesada (Figura 5)

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JUNTA OELEGADA DE DEfENSA DE MADRID Secretaria de Propagandamiddot Seccioacuten Fotooraacutefical FILlAcrOacuteN DEL FOTOacuteGRAfO -7-rt

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Figura 4 - La ficha de Gerda Taro Fuene AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

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Figura 5 - Fotografla de Gerda Taro Fotografia Autor nojuacutee citado

Fuente AHNSeccioacuten Salamanca pis Madrid

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Fotoacutegrafos de guerra la co_bertllra fotoiexcl(rJJICil aiexcliexcliexcliexcluiexcllIctra Ct1T]spantildeola en Madrid (1936-19l9) 149

Para poder trabajar libremente esta identificacioacuten debiacutea ir acompantildeada de una autorizacioacuten expedida por los jefes militares del sector correspondiente tal y como se detalla en la siguiente autorizacioacuten (Figura 6) sellada por la Junta Delegada de Defensa de Madrid y la 40 Brigada Mixta del Estado Mayor de la Repuacuteblica Espantildeola (que estaacute firmada por el General Miaja el 17 de febrero de 1937) a Alfonso Saacutenchez Portela conocido como Alfonso concedieacutendole permiso para trabajar en el frente o la siguiente (Figura 7) sellada ellO de marzo de 1939 (unos diacuteas antes de finalizar la guerra) en la que el Director General de Seguridad le autorizaba a obtener informacioacuten graacutefica en el interior de la capital

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Figura 6 - Autorizacioacuten expedida para poder trabajar libremente Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

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Figura 7 - Autorizacioacuten expedida para Alfonso Saacutenchez Porlea diacuteas antes dejinalizar la guerra

Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

Si tras la entrada en vigor de la disposicioacuten de obligatoriedad de identificacioacuten se sorprendiacutea a un fotoacutegrafo sin permiso o empleando una caacutemara que no hubiera obtenido la licencia adecuada eacuteste era considerado un desafecto a la causa republicana y debiacutea ser juzgado por tal causa por el fuero militar

En el caso del reportero graacutefico eacuteste debiacutea proveerse de una chapa metaacutelica numerada que le identificara como tal (tras previo aval de la Direccioacuten de la agrupacioacuten Unioacutende Informadores Graacuteficos de Prensa) y asiacute tener acceso libre a los espacios de la ciudad ademaacutes de una tarjeta identificativa autorizada por el Delegado y el Secretario General de Prensa

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Una vez que los fotoacutegrafos haciacutea su trabajo el control se extendiacutea a la seccioacuten graacutefica de las revistas y perioacutedicos sometida a un total control por parte de las autoridades tal y como se extrae de la sifruiente disposicioacuten publicada en el Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid en enero de 1937

A partir de las doce de la noche del diacutea 30 de diciembre de 1936 queda terminantemente prohibida la publicacioacuten en Madrid de perioacutedicos diarios revistas boletines tanto de empresas como de organizaciones poliacuteticas sindicales y de milicias dibujos litografiacuteas y demaacutes med ios graacuteficos mencionados en el artiacuteculo segundo de la Ley de Imprenta con excepcioacuten de libros si que previamente hayan sido autori zados por la censura de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa de esta Junta De toda publicacioacuten graacutefica sometida a censura se presentaraacuten tres ejemplares uno que se devolveraacute sellado cuando se autorice para que salga a la luz y dos que se conservaraacuten en la referida Delegacioacuten para constituir el Archivo de la revolucioacuten que en su diacutea seraacute depositado donde disponga el Gobierno legiacutetimo de la Repuacuteblica 4

Como ya hemos comentado la fotografiacutea es el mejor soporte para mostrar aquello que se quiere mostrar por lo que las autoridades responsables de la defensa de Madrid la utilizaron como medio propagandiacutestico de ahiacute el feacuterreo control de fotoacutegrafos y medios de comunicacioacuten Por eso resulta interesante hablar no soacutelo de lo que se retrata sino tambieacuten de lo que se oculta Pondremos un ejemplo a traveacutes de lo visual que nos serviraacute para ilustra nuestra hipoacutetesis las fotografiacuteas tomadas a milicianos y soldados defensores de la capital en momentos de asueto Si analizamos la produccioacuten fotograacutefica de este asunto que se conserva en el Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola de la Biblioteca Nacional observamos que la imagen gira en tomo a dos ejes de representacioacuten la alimentacioacuten y la formacioacuten

bull Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid Antildeo 2 n2 1 dc enero de 1937 Tomo 1 p7)

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151

152 153

cultural de los combatientes No parece casual que la mayoriacutea de las imaacutegenes del descanso de los soldados de Madrid que se conservan en el fondo que trabajamos coincidan en tema con las maacutexi mas preocupaciones del gobierno republicano los problemas de alimentacioacuten y abastecimiento de las tropas defensoras y la educacioacuten como medio de luchar contra el fascismo Esto se puede ver claramente en la siguiente imagen (Figura 8) un trabajo de la casa de fotografiacutea Albero y Segovia en la que un grupo de 7 milicianos alguno de ellos armado que estaacuten en un espacio cerrado rodean una mesa en la que se disponen copiosamente viacuteveres Si atendemos a la expresioacuten corporal podemos intuir que los siete observadores intemos mantienen claramente una pose ante la caacutemara del fotoacutegrafo Por ejemplo el hombre que cierra la escena a la derecha sostiene con cierta dificultad y de manera muy artificial en su mano izquierda unas cajetillas de tabaco y un paquete sin soltar el arma (que no estaacute colgada) de tal modo que la mano derecha le impide ayudarse con la carga La intencioacuten parece clara este personaje debe ser fotografiado con los viacuteveres en su mano pero sin soltar su arma que debe formar parte del cuadro

Figura 8 - Grupo de 7 milicianos rodean una mesa Fotografia Autor nofuacutee citado Casa de fOlografia Albero y Segovia

Fue11le Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

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Lo que recuperamos en el reverso de la imagen tambieacuten nos ayuda a descubrir la connotacioacuten de la fotografia

El fin del antildeo 36 de los milicianos de la intendencia reciben cajetillas chocolates vinos y licores conservas hasta jamones abundante ropa y tambieacuten cantidades en metaacute lico Asiacute cuida la Repuacuteblica a sus bravos luchadores

Como hemos comentado tan importante resulta lo que se ve como lo que se oculta Pongamos otro ejemplo A pesar de las numerosas fotografiacuteas que muestran los momentos de asueto de los defensores del Madrid del iexclNo pasaraacuten no existe ninguna en la que se retrate a los soldados realizando actividades luacutedicas como jugar a las cartas algo que resulta sorprendente si tenemos en cuenta que seguacuten el testimonio de alguno de los supervivientes era algo habitual hasta el punto de convertirse en la uacutenica manera de matar el tiempo Por el contrario siacute encontramos testimonio graacutefico de la praacutectica de este tipo de juegos entre las fotografias (en un nuacutemero muy inferior si las comparamos con la produccioacuten fotograacutefica de los antifascistas) del bando sublevado como aquellas que retratan eljuego de un grupo de soldados del Ejeacutercito de Marruecos en un rato de juego en la Ciudad Universitaria el19 de mayo de 1938 tal y como se indica en el reverso de la imagen sellada por la Seccioacuten Teacutecnica del Ministerio del Interior (Figura 9)

El porqueacute de la inexistencia de alguna huella visual de ese momento de ocio entre los soldados republicanos podriacutea explicarse como algo meramente casual de no ser porque conocemos a traveacutes de la prensa que el gobierno republicano consideroacute el juego como una actividad impropia en el frente hasta tal punto que este tema se convirtioacute en el protagonista de la tira coacutemica Hay que evitar ser tan bruto como el soldado Canuto publicada en La Voz del combatiente Esta seccioacuten se encargaba de recordar al soldado antifascista a traveacutes del personaje de Canuto como no debla comportarse El diacutea cinco de abril de 1937 bajo el tiacutetulo El peor de

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155 154 W

los vicios es eljuego la tira estaacute dedicada a advertir a los soldados de lo negativo del juego Canuto retorna al frente y sigue tan imprudente Pues a su sector llegado una baraja ha sacado Logra formar enseguida una importante partida Se juega con gran fruic ioacuten hasta la respiracioacuten A Canuto le han ganado y encima quedoacute entrampado

Figura 9 - Juego de un grupo de soLdados deL Ejeacutercito de Marruecos Fotografia Autor nofue citado Seccioacuten Teacutecnica deL Ministerio deL Interior

Fuente Biblioteca NacionaL Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Tambieacuten en el Manual del Miliciano que la Editorial Labor publica en 1937 en el apartado dedicado a la Moral del Miliciano se advierte de la necesidad de controlar a aquellos que se dejan llevar por los impulsos

Nada maacutes nefasto en cambio que la conducta de quienes a riacuteo revuelto pretenden convertir la guerra en tolvanera de sus apetitos El arte y la literatura han marcado con fuego la injuria de aquellos seres indignos qu~ al margen de la lucha y casi siempre a cubierto de sus riesgos caen sin piedad sobre vidas y haciendas sin otro moacutevil que el de saciar sus ansias de destruccioacuten o de rapintildea Son eacutestos elementos indeseables cuya eliminacioacuten del cuerpo social soacutelo puede reportar grandes

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beneficios no ya porque manchan la revo luc ioacuten con sus actos reprobables sino porque alumbran en el alma de los indiferentes la idea de que la razoacuten - tan clara - no estaacute de nuestra parte

Se podriacutea pensar que las dificultades por las que atravesaba la retaguardia madrilentildea con el fin de suministrar lo necesario en la vanguardia haciacutean inconveniente mostrar una imagen tan friacutevola de los defensores de la ciudad y por tanto se podriacutea haber evitado retratar esa situacioacuten Parece que el juego y las apuestas no eran del gusto de un ejeacutercito que primaba la formacioacuten sobre la diversioacuten

En otras ocasiones y como resultado de ese control el fotoacutegrafo teniacutea que enfrentarse a la recreacioacuten de escenas beacutelicas que debiacutean ser fotografiadas como si se tratara de una real Son muchos los testimonios de reporteros que afirmaron la escenificacioacuten de determinadas acciones ante la caacutemara con fines propagandiacutesticos pero no soacutelo en la zona republicana sino tambieacuten en la sublevada tal y como afirma el periodista britaacutenico DDowd Gallagher a quien Robert Capa confesoacute

En Espantildea empeceacute por Hendaya en Francia en la frontera espantildeola proacutexima a San Sebastiaacuten La mayoriacutea de los reporteros y fotoacutegrafos nos hospedaacutebamos en un pequentildeo hotel destartalado Nos introdujimos en la Espantildea de Franco a traveacutes del riacuteo Iruacuten una vez que nos dieron penniso los oficiales de prensa de Franco en Burgos En una ocasioacuten soacutelo invitaron a los fotoacutegrafos [ ] y Capa me lo contoacute Les simularon escenas de batalla Las tropas de Franco vestiacutean de uniforme y estaban armadas y simulaban situaciones de ataque y de defensa Utilizaron bombas de humo para ambientar la escena (LEWINSKY 1978 p88)

De este modo el control ejercido por las autoridades poliacuteticas sindicales y militares tanto del frente como de la retaguardia fue uno de los caballos de batalla de los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid Sin embargo el manejo del lenguaje visual (complejo por definicioacuten) de eacutestos haciacutea posible establecer miradas diferentes en las imaacutegenes que eran tomadas por los que hemos denominado fotoacutegrafos oficiales y fotoacutegrafos oficiosos

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156 157

Los fotoacutegrafos oficiales y oficiosos en un ejemplo concreto el retrato de mujeres

Para cerrar esta breve reflexioacuten acerca del papel desarrollado por los fotoacutegrafos que cubrieron la Guerra Civil Espantildeola en Madrid debemos hacer una diferenciacioacuten que marca las dos maneras de mirar que se plasman a traveacutes de las fotografiacuteas Para entender de queacute hablamos cuando hacemos una distincioacuten entre fotoacutegrafos oficiales y oficiosos pondremos un ejemplo visual

Figura JO - Mujer abatida sobre los restos de su casa de Teuaacute de las ViclOrias Fotografza Autor nojIacutete citadoServicio de Propaganda del Servicio Fgraacutefico

dell1inisterio de EXleriores Fuente Biblioteca NacionalFondo FOlOgraacutefico de la Guerra Civil Madrid

discursos fotogniacuteficos Londrina 5 n6 p131-160 jan)jun 2009

Fotoacutegrafos de guerra la cobertunI iacuteotogiiexclififad~ Iiexcll GueriexcliexcltCiexcl1EspaIIacuteola (1 Mwrjd 51 WJmiddot19~9)

Figura J J - l1ujeres inen tan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacuteiles en su nueva residencia

Faagrafia AUlOr no jite citado Casa barcelonesa de P Luis Torrents Fuente Biblioeca NacionalFondo FOlograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Se trata de dos fotografiacuteas rescatadas del Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola que se conserva en la Biblioteca Nacional (Madrid) en las que se retratan mujeres regresando a sus hogares tras el estallido de una bomba lanzada por la aviacioacuten enemiga Las dos imaacutegenes representan una misma accioacuten sin embargo el enfoque es diferente Mientras en la figura 10 (sellada por el Servicio de Propaganda del Servicio Fotograacutefico del Ministerio de Exteriores) se muestra una mujer abatida sobre los restos de su casa de Tetuaacuten de las Victorias la figura 11 (sellada por la casa barcelonesa de P Luis Torrents) muestra una actitud diferente ante ese mismo hecho En esta imagen las mujeres no se sientan a contemplar el resultado de los proyectiles lanzados por la aviacioacuten facciosa sino que intentan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacutetiles en su nueva residencia Por tanto la primera fotografia corresponde a la imagen pasiva de la mujer tradicional y La segunda a la verdadera imagen de la mujer de Madrid aquella que luchoacute de manera activa contra el fascismo en la retaguardia madrilentildea hacieacutendose responsable del sustento material y moral de su familia

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 janJJlltl 211()1

159 158 1

La totalidad de fotografias que retratan a la mujer de costumbres madrilentildea (es decir aquella que se encargoacute de cuidar de su familia) y que estaacuten selladas por los fotoacutegrafos oficiales (entendiendo por oficial aquel que trabaja para una institucioacuten puacuteblica ya sea poliacutetica o sindical)

responde al prototipo de mujer pasiva viacutectima de lo que OCUlTe mientras

que las fotografiacuteas tomadas por los fotoacutegrafos oficiosos (los que

trabajaron para las distintas casas de fotografiacutea de Madrid y de otras

localidades y los reporteros de guelTa) muestran la imagen de una mujer

combativa que lucha contra la sublevacioacuten desde la retaguardia

El motivo parece estar claro la imagen de la mujer de costumbres

abatida que se mostraba en carteles documentales y fotografias tomadas

por las autoridades antifascistas resultaba maacutes exportable para mostrar

al mundo las siniestras consecuencias de una sublevacioacuten militar que la

imagen de una mujer que intentoacute acomodarse a las exigencias impuestas por el estallido del conflicto

Consideraciones finales

Como dijo Pierre Bourdieu al hablar de las cinco satisfacciones que

aporta la fotografiacutea (la proteccioacuten contra el paso del tiempo la

comunicacioacuten con los demaacutes y la expresioacuten de sentimientos las

realizaciones de uno mismo el prestigio social la distraccioacuten y la evasioacuten)

[ ] la fotografia tendriacutea como funcioacuten ayudar a sobrellevar la angustia suscitada por el paso del tiempo ya sea proporcionando un sustituto maacutegico de lo que aqueacutel se ha llevado ya sea supliendo las fallas de la memoria y sirviendo de punto de apoyo a la evocacioacuten de recuerdos asociados en suma produciendo el sentimiento de vencer al tiempo y su poder de destruccioacuten (BOURDIEU 2003 p52)

Gracias al trabajo realizado por los fotoacutegrafos que cubrieron el

conflicto en la ciudad de Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de

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Fotoacutegrafos de guenll la coacuteberful1l totograllca ele la tilli]sectpaifiJii 1 ~fjhiacutef (1 )3fiacutellJ3m

abril de 1939 hemos podido recuperar la memoria (jiexcll acontecimiento

maacutes negro de la historia reciente de Espantildea a traveacutes del soporte visual

El trabajo que los corresponsales y fotoacutegrafos realizaron al estallar la guerra se ajustoacute al ritmo impuesto por la contienda por lo que tuvieron que enfrentarse a cuatro problemas baacutesicos que condicionaron su trabajo

la falta de suministros la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente los peligros derivados del fuego cruzado y de los continuos bombardeos sobre el frente y la retaguardia y el control y la censura impuesta por las autoridades Este uacuteltimo condicionante fue determinante en tanto que

los servicios de propaganda controlaron el laboro de los fotoacutegrafos y el resultado que era publicado en revistas y perioacutedicos de la Espantildea republicana de ahiacute que podamos hablar de dos tipos de fotografias que reflejan dos miradas diferentes sobre la realidad las tomadas por fotoacutegrafos que trabajaron para una institucioacuten poliacutetica y sindical (los fotoacutegrafos oficiales) y los retratos realizados por fotoacutegrafos que lo hicieron para un local de fotografia o para medios extranjeros (los fotoacutegrafos oficiosos) Por otro lado y debido a este feacuterreo control resulta muy interesante para los estudiosos que trabajan la imagen como medio para acercarse al pasado observar tanto lo que se retrata como lo que se silencia visualmente ya que marca el discurso oficial que se impuso durante los tres antildeos de contienda Para ilustrar nuestra hipoacutetesis de trabajo hemos empleado varios ejemplos visuales

Bibliografia

BOURDIEU Pierre Un arte intermedio ensayo sobre los usos

sociales de la fotografia Barcelona Gustavo Giliacute 2003

COx Geoffrey La defensa de Madrid Madrid Oberon 2005

KERSHAW Alex Sangre y champaacuten la vida y la (poca de Robert

Capa Madrid Debate 2003

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 jan lim ~(iexclI~

160

LEWINSKY Jorge The camera at war a history ofworld photography from 1848 to present day Nueva York Simon amp Schuster 1978

LOacutePEZ MONDEacuteJAR Publio Alfonso cincuenta antildeos de Historia de Espantildea Madrid Editorial Lunwerg 2004

MANUAL del Miliciano [Sl] Editorial Labor 1937

NUESTRA propaganda en las filas facciosas La voz del combatiente Madrid 23 mar 1937 p5

OLMEDA Fernando Gerda Tardo fotoacutegrafa de guerra el peliodismo como testigo de la historia Madrid Debate 2007

WHELAN Richard Capa cara a cara fotografias de Robert Capa sobre la Guerra Civil Espantildeola Madrid MNCARS 1999

111 bull bullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbull bullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbull

Ultima Hora em cena amodernidade fotograacutefica

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Silvana Louzada

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 jan jun 2009

Revista do Curso de Especializa~ao em Fotografiacutea Praacutexis e Discurso Fotograacutefico e do Mestrado em Comunica~ao da UEL

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Comunica~iio da Universidade Estadual de Londrina

Editor Prof Dr Paulo Ceacutesar Boni

Revisao Prof Dr Joseacute de Arimatheacuteia Cordeiro Custoacutedio

Prof Dr Miguel Luiz Contani

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l Fotografia - Perioacutedicos l Universidade Estadllal de LondrinaCurso de Especializa((ao em Fotografia Praacutexis e Discurso Fotograacutefico

CDU 77(05)

Elaborada por Terezinha Batista de Souza - eRB 935 1

Editor Prof Dr Paulo Ceacutesar Boni

(Universidade Estadual de Londrina)

Comissao Editorial I Prof Dr Alberto Carlos Augusto Klein

(kleinuelbr)

Prof Dr Joseacute de Arimatheacuteia Cordeiro Custoacutedio (jotacustodiouolcombr)

Prof Dr Miguel Luiz Contani (contanisercomtelcom br)

Conselho Consultivo Prof Dr Boris Kossoy (Universidade de Sao Pau lo)

Prof Dr Fernando Cury de Tacca (Universidade Estad ual de Campinas)

Prof Dr Jorge Pedro Sousa (Universidade Femando Pessoa - Porto)

Profa Dra Luacutecia Rottava

(Universidade Estadual do Rio Grande do Sul)

Profa Dra Margarita Ledo Andioacuten (Universidade de Santiago de Compostella - Espanha)

Profa Dra Maria Joseacute Baldessar (Un iversidade Federa l de Santa Catari na)

Prof Dr Miguel Luiz Contani (Univers idade Estadual de Londrina)

Prof Dr Milton Roberto Monteiro Ribeiro (Milton Guran) (Universidade Federa l Fluminense)

Prof Dr Paulo Ceacutesar Boni (Universidade Estadual de Londrina)

Prof Ms Pedro Karp Vasquez (Instituto Histoacuterico e Geograacutefico Brasileiro)

Profa Dra Simonetta Persichetti (Criacutetica de Fotografia - Sao Paulo)

Sumaacuterio

Editorial 9

Artigos

Linha de pesquisa Imagem Miacutedia e Linguagem

Memoacuteria e apagamento no imaginaacuterio dos telejornais 13 Renata Marcelle Lara Pimentel

Fotografias de um nao-lugar e a transposi~ao da comunica~ao em supermercados de rede 35 Desire Blum Menezes Torres

A interdi~ao das imagens a constru~ao do outro

pelas charges de Maomeacute 59 Alberto Klein e Maria Luisa Hoffmann

De 1965 para caacute contando o tempo de Opalka na pintura e na fotografia 77

Elane Abreu e Nina Velasco

Robert Capa espectador e coadjuvante nos conflitos de seu tempo 99 Rodolpho Cavalheiro Neto e Mariacutea Dolores Aybar Ramiacuterez

Fotoacutegrafos de guerra la cobertura fotograacutefica de la Guerra Civil Espantildeola en Madrid (1936-1939) 131 Beatriz de las Heras

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Linha de pesquisa Imagem Cultura e Processos Sociais

Ultima Hora ern cena a rnodernidade fotograacutefica 161

Silvana Louzada

Reterritorializa~oes no orkut urn olhar netnograacutefico sobre os Brasileiros no Exterior 1 89 Cynthia Harumy Watanabe Correa

Olhares de pertencirnento novos fotodocurnentaristas sociais 213 Juacutelia Mariano Ferreira e Marcelo Henrique da Costa

Particularidades da anaacutelise fotograacutefica 229

Tatiana Fecchio da Cunha Gonyalves

Resenhas

Mais urna agradaacutevel viagem de trern 247 Paulo Ceacutesar Boni

Tesouro Imperial 255 Larissa Ayumi Sato

1860-1960 urn seacuteculo de fotografia no estado do Mato Grosso 261

Caacutessia Maria Popolin

Sao Paulo degustada aos poucos 267 Maria Zaclis Veiga Ferreira

Entrevista

Pedro Karp Vasquez 273 Paulo Ceacutesar Boni

Editorial

Este eacute o sexto nuacutemero da revista Discursos Fotograacuteficos e ateacute agora a cada ediyao a capa saiu com urna cor diferente Para os tres primeiros nuacutemeros optamos pelas cores primaacuterias - vermelho verde e azul a trilogia do famoso RGB ingles (red green and blue) O quarto nuacutemero saiu com a capa preta e o quinto com a capa branca para lembrar o claacutessico preto e branco das fotografiacuteas O sexto nuacutemero entra em circulayao com a capa dourada Por que dourado - Para comemorar urna data especial os 170 anos da invenyao da fotografiacutea desde que considerado eacute claro seu anuacutencio na Franya em 19 de agosto de 1839 com a paternidade do invento num primeiro momento atribuiacuteda a Louis-Jacques Mande Daguerre tanto que ele foi batizado de Daguerreoacutetipo

Por conta dessa data especial tambeacutem ternos um entrevistado especial Pedro Karp Vasquez um dos mais importantes nomes da histoacutelae da memoacuteria da fotografiacutea brasileira autor de mais de 20 livros Pedro fala de sua forrnayao seus livros e projetos e sua atuayao na Funarte onde tr~balhou Diz que comeyou a escrever sobre fotografiacutea porque percebeu que os paiacuteses em que a fotografiacutea era mais forte

eraacutem precisamente aqueles que melhor conheciam a sua proacutepria hisjOacuteria Confessa ser fascinado pelo Brasil e diexclz que descobriu sua verdadeira vocayao com Josune Dorronsoro criadora do Departamento de Fotografiacutea do Museu de BeJas Artes de Caracas que lhe disse certa vez noacutes somos facilitadores Isso mudou meu modo de pensar e agir admite

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SONTAG Susano Diante da dor dos outros Sao Paulo Companhia das Letras 2003

SOUSA Jorge Pedro Urna histoacuteria criacutetica do fotojornalismo ocidentaI Florianoacutepolis Letras Contemporaneas 2000

WHELAN Richard Robert Capa a biography Lincoln University ofNebraska Press 1994

WHELAN Richard Introdwao In CAPA Comel Robert Capa fotografias Traduyao de Beatriz Karam Guimaraes Sao Paulo Cosac amp Naify Ediyoes 2000 p1 O

WHELAN Richard Proving that Robert Capas Falling Soldier is genuine a detective story 2002 Disponiacutevel em lt http wwwpbsorgwnetlamericanmastersepisodesrobert-capalin-Iove-andshywar47gt Acesso em 21 set 2008

Beatriz de las Heras

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I i 1 I

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Fotoacutegrafos de guerra la cobertura fotograacutefica de la Guerra Civil Espantildeola en Madrid (1936-1939)

War photographers the photographic coverage ofthe Spanish Civil War in Madrid (1936-1939)

Beatriz de las Heras

Resumen El objetivo de esta comunicacioacuten es aproximarnos al papel desarrollado p or los fo toacutegrafos nacionales e internacionales que trabajaron en la ciudad de Nfadrid durante la Guerra Civil Espantildeola De este modo rejlexionaremos acerca de sus condiciones de trabajo las limitaciones en su actividad y el control ejercido por las autoridades responsables y abordaremos una cuestioacuten altamente interesante para aquellos que estudiamos la imagen como fuente de conocimiento del pasado las distintas maneras de mirar que tienen los fotoacutegrafos dependiendo del canalpor el que se distribuyesu trabajo

Palavras-chave Guerra Civil Espantildeola fo toacutegrafos de guerra fotografia

Abstract The arget ofhis communicaion consists in analyzing he role developed by press phgraphers boh na tional and internaional who worked in Nfadrid during the Spanish Civil Wal~ In this way we will rejlect onheir working conditions the limitations intheir activities and the control exerted by the authoriies in charge We will also approach a highly interesing point to those who study the image as a knowledge source ofthe pas the difieren ways press photographers had to Iook ino depending onthe channel in which Iher work is distributed

Key-words Spanish Civil War War photographers Photography

Doctora e n Humanidades Professora en la aacuterea de historia contemporanea del Departamento de Humanidades de la Univers idad Carlos IIJ de Madrid Especia lista en e l es tudio de la histori a atraves de las fuentes visuales E-mail bherashumuc3mes

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)ffliama ult a LJuelTIltivil Es~antildeol a en Madrid lt1936-1939)

Introduccioacuten

La Guerra Civil se considera el acontecimiento maacutes determinante en el desarrollo de la historia de Espantildea del siglo XX Fue el resultado del fracaso de una sublevacioacuten militar que se produjo el 17 de julio de 1936 cuando parte del ejeacutercito se alzoacute contra el gobierno constituido legiacutetimamente el 16 de febrero y fue obligado a combatir en una lucha fraticida La contienda se prolongoacute hasta el1 de abril de 1939 gracias sobretodo a la resistencia de los ciudadanos que decidieron voluntariamente oponerse a los militares Esto ocurrioacute en ciudades como Madrid que a pesar de ser rodeada por los sublevados en el mes de noviembre de 1936 se convirtioacute en el bastioacuten inexpugnable para el fascismo en el siacutembolo de la resistencia republicana durante tres antildeos El resultado de este enfrentamiento miles de muertos y la ruina econoacutemica poliacutetica y social de un paiacutes que soportoacute los 40 antildeos de dictadura impuesta por el vencedor de la contienda Francisco Franco

La guerra se consideroacute el laboratorio de ensayo de la II Guerra Mundial por ser precursora del uso de nuevo armamento taacutecticas militares sistemas de evacuacioacuten de poblacioacuten civil proteccioacuten del tesoro artiacutestico nacional pero sobretodo fue pionera en lo concerniente al dominio de la informacioacuten y de la propaganda en los distintos soportes el soporte oral (los discursos y la radio) el soporte escrito (la prensa escrita) y el soporte visual (el cine y los documentales de guerra la fotografiacutea y la carteliacutestica) Tambieacuten en lo concerniente a la direccioacuten de sus objetivos la vanguardia y la retaguardia (para mantener la moral de los combatientes y de la poblacioacuten civil respectivamente) los enemigos (para minar sus fuerzas) y los neutrales (con la intencioacuten de conseguir su respaldo) Tal fue el nivel de utilizacioacuten de la propaganda por parte de los bandos enfrentados que el historiador y diplomaacutetico espantildeol Salvador de Madariaga habloacute de guerra de tinta para referirse a la Guerra Civil Espantildeola

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135 134 eatriz ueJas lIerd

Durante la contienda las autoridades entendieron las ventajas de la utilizacioacuten de la informacioacuten divulgada (sobretodo por parte de los antifascistas) y de la necesidad de emplearla bien tal y como se expresa en La voz del combatiente en el mes de enero de 1937

Este punto hay que plantearlo con toda claridad Si queremos que este arma no pierda ninguna de sus virtudes tenemos que I

I calibrar muy bien su empleo y conocer el modo de emplearla lo maacutes eficazmente posible Una de las armas maacutes a nuestro favor con que contamos para ganar la guerra es precisamente la propaganda de ahiacute que nos valgamos de ella con tacto con mesura con verdadero tino y no confundamos su prop ia fi nalidad De esta manera si no nos libramos de los entuertos ya hechos nos evitaremos el seguir cometieacutendolos en lo sucesivo [] Sobretodo que un arma llamada a deshacer entuertos no los siga creando de la manera maacutes lamentable por la impreparacioacuten de quienes ni saben manejarla ni comprenden su alcance poliacutetico

La utilizacioacuten de la propaganda no solo se realizoacute en tomo a las propias filas como ya hemos comentado sino que tambieacuten tuvo como objetivo filtrarse en el bando enemigo con la intencioacuten de minar sus fuel7as o atraer a los combatientes contrarios

Se ha escrito mucho resaltando la gran impOliancia que para nosotros y para nuestra causa tiene el desarrollo de una propaganda sistemaacutetica y organizada en las filas enemigas No nos costariacutea mucho trabajo sentildealar infinidad de casos que demuestran esa realidad Alliacute donde la propaganda se lleva a cabo con constancia y organizacioacuten los frutos no se hacen esperar decenas de evadidos del campo faccioso vienen a nuestras filas decenas de nuevos combatientes que gana nuestro Ejeacutercito un debilitamiento y una desmoralizacioacuten constante del enemigo (NUESTRA PROPAGANDA 1937 p5)

Fue tal el nivel de explotacioacuten propagandiacutestica que incluso llegoacute a ser objeto de criacutetica por parte de la prensa de la eacutepoca Pareciacutea que el gobierno republicano estaba maacutes concentrado en hacer grandes campantildeas

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que mostraran las maldades facciosas y las bondades de los antifascistas que en el propio desarrollo militar de la contienda tal y como se escribioacute en El Socialista en febrero de 1937 y que el gobierno censuroacute

y puesto que estamos resueltos a que ninguna falta quede sin corregir iquestno seraacute menester que alguna vez nos pongamos a pensar si desde el Comisariado de Guerra por ejemplo no se estaacute atendiendo maacutes mucho maacutes a la propaganda de partido - no el nuestro ciertamente- que a servir calladamente las exigencias que la guerra plantea

El soporte maacutes empleado en estos trabajos propagandiacutesticos fue el visual debido a su capacidad de persuasioacuten que le haciacutea un arma maacutes que sugerente para condicionar a un puacuteblico deseoso de informacioacuten y faacutecilmente manipulable por las circunstancias que se imponiacutean en esta guerra fraticida de tal modo que los carteles y las fotografiacuteas tomadas en el frente y en la retaguardia invadiacutean muros perioacutedicos y revistas En el caso concreto de las imaacutegenes fotograacuteficas no solo se entendiacutean como medio propagandiacutestico sino tambieacuten por ser el maacutes cercano a la realidad como un soporte contenedor de informacioacuten privilegiada que no podiacutea caer en manos del enemigo por lo que desde las tribunas responsables se realizaban llamamientos para evitar que esa informacioacuten pudiera emplearse en contra de sus intereses Ell de enero de 1937 la Seccioacuten de Propaganda y Prensa de la Junta Delegada de Defensa de Madrid publicoacute en su Boletiacuten la siguiente informacioacuten

Las reproducciones fotograacuteficas son al mismo tiempo que medios eficaciacutesimos para la propaganda elementos peligrosos que pueden revelar al enemigo datos de intereacutes para la ofensiva Es pues elemental medida previsora cuya omisioacuten seriacutea imperdonable emplear medios para tener la seguridad de que quienes utilizan las reproducciones fotograacuteficas son personas leales a la causa antifascista 2

Artiacuteculo censurado a El Socialista en Boletiacuten de propaganda de la Junta Delegada de Defensa de Madrid 19 febo 1937 Conservado en FPI p4456 Caja 18 p7 2 Delegacioacuten de Propaganda y Prensa Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid Madrid 1 ene 1937 p2

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136 Reatril de las lIerJS~____

Este es el motivo por el que nuestra reflexioacuten se centraraacute en el trabajo de aquellos que fueron responsables de cubrir visualmente el acontecimiento La dificultad a la hora de componer la historia colectiva de los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid entre julio de 1936 y abril de 1939 reside en el hecho de que la mayoriacutea de la documentacioacuten referente a su trabajo antes y durante la guerra fue destruida o por los propios responsables para evitar posib les represalias tras la derrota republicana o por los vencedores que la consideraron de poca utilidad para el reacutegimen que se instauraba A pesar de esto hemos logrado reconstruir alguna de las caracteriacutesticas de su laboro a traveacutes de la documentacioacuten rescatada del Archivo General de la Guerra Civil Espantildeola la Fundacioacuten Pablo Iglesias y del oacutergano que dio voz a las disposiciones oficiales del Gobierno Republicano la Gaceta de Madrid

El estallido de la guerra

Los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de marzo de 1939 fueron adaptaacutendose a los constantes cambios que se produjeron en la capital tras el alzamiento militar Un ritmo que en un primer momento fue marcado por la clase trabajadora responsable de tomar el mando de la ciudad Aprovechando la coyuntura que ofreciacutea el marco de la sublevacioacuten militar los sindicatos Confederacioacuten Nacional del Trabajo (CNT) y Unioacuten General de Trabajadores (UGT) emprendieron una Revolucioacuten social en el terreno social poliacutetico y econoacutemico basada en sus criterios Una de las primeras medidas tomadas fue la intervencioacuten (en el caso de la exclusiva direccioacuten de los trabajadores) o la incautacioacuten (en el caso de la participacioacuten de los sindicatos) de las industrias y locales comerciales de la ciudad incluidas tiendas laboratorios estudios dedicados a la fotografiacutea y las redacciones de los perioacutedicos Este sistema se basoacute en la explotacioacuten comuacuten por

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- U~ uucrraJiacutevirnspantildeola en ~Iadrid (1936-1939)

parte de los trabajadores de los locales abandonados por los propietarios (que al inicio de la contienda huyeron de la ciudad) o de los locales intervenidos (en este caso se permitioacute a los patronos su incorporacioacuten como otro colectivista maacutes hecho muy comuacuten en el caso de los fotoacutegrafos)

En el caso que nos ocupa fue el Comiteacute de Intervencioacuten e incautacioacuten de las Artes Graacuteficas el responsable de

Recoger y encauzar las colectividades y las necesidades de la industria y de su parte maacutes esencial para nosotros el respeto de los contratos de trabajo y a la dignidad de los compantildeeros cuya custodia se poniacutea de hecho en nuestras manos (AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid)

Este comiteacute se creo el ] 8 de agosto de 1936 tras la labor de las Comisiones de Incautaciones y Conflictos con la intencioacuten de centralizar las actuaciones que de manera permanente se estaban llevando a cabo para solventar los problemas derivados de una sublevacioacuten militar que afectaba a todo el paiacutes

Los problemas han ido creciendo como consecuencia de los meses que se dilatoacute y se di lata la guerra Por tanto lo que empezoacute siendo una cosa constrentildeida a las actividades sindicales o de salvaguardia de nuestros intereses puramente sindicales en torno a la industria se ha ido complicando con problemas como estos papel destrozo de industrias cierre de talleres reduccioacuten de jornada reduccioacuten de jornales militarizacioacuten aplicacioacuten del 60 a movilizados desplazamiento de maquinaria saboteo envuelto de algunos patronos y otros mil problemas inherentes a la marcha es precario de la industria (AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

Las primeras intervenciones de locales fotograacuteficos de la ciudad se produjeron el 19 de julio de 1936 seguacuten se indica en un documento sellado el27 de marzo de 1937 y en el que se describe una relacioacuten de doscientas treinta y dos casas relacionadas con la fotografiacutea que fueron intervenidas e incautadas por el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Artes

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atrlziacutele las tleras

Graacuteficas Al margen de esta informacioacuten contamos con las actas de intervencioacuten de algunos locales fotograacuteficos de la ciudad en concreto veintiuna De entre el total cuatro actas pelienecen a la intervencioacuten de locales que no aparecen en el este listado y si a esto le sumamos la informacioacuten de distinto tipo que hemos localizado en los archivos sobre la actividad fotograacutefica de Madrid podemos concluir que son sesenta y seis los locales dedicados a esta actividad durante la contienda al margen de la desan-ollada en los perioacutedicos revistas y de manera ambulante

Estas actas de intervencioacuten siguieron un modelo estaacutendar elaborado por el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Organizaciones Graacuteficas pelieneciente a la Unioacuten General de Trabajadores En el documento constaba el nombre del taller o local intervenido el domicilio y la fecha de la firma Ademaacutes debiacutea estar sellado por la empresa intervenida el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Artes Graacuteficas y por la Seccioacuten de Fotografia de dicho comiteacute El texto del acta de incautacioacuten era el siguiente

Con fecha de hoy el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Organizaciones Graacuteficas pertenecientes a la Unioacuten General de Trabajadores de acuerdo con el personal de las distintas secciones de los talleres de con domicilio en decidimos la intervencioacuten y control como garantiacutea del cumplimiento de las obligaciones que esta Empresa tiene convenidas con estas Organizaciones y en virtud de los que dispone la legislacioacuten social y la Carta Constitucional Espantildeola

A continuacioacuten presentamos el acta de incautacioacuten de Fotografiacutea Amer estudio que se ubicaba en la calle Montera en pleno centro de Madrid y que se produjo el21 de octubre de 1936 (Figura 1)

Seguacuten las actas de incautacioacuten e intervencioacuten conservadas la mayoriacutea de los procesos se llevaron a cabo durante los meses de septiembre y octubre de 1936 de tal modo que tres de lbs cuarenta y un locales de fotografiacutea existentes en Madrid sufrieron este proceso en el mes de agosto trece en el mes de septiembre veintidoacutes en el mes de octubre uno en el mes de noviembre y dos en el mes de enero de 1937

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Figura 1 shy El acta de incautacioacuten de Fotografia Amer Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

A pesar de la complejidad del proceso el resultado de las intervenciones e incautaciones de los locales fotograacuteficos de Madrid fueron desde el punto de vista econoacutemico un eacutexito sobretodo en el caso concreto de las intervenciones que pelmitieron un superavit en los balances econoacutemicos totales tal y como se afinnoacute en el boletiacuten de Obreros

Fotoacutegrafos del mes de marzo de 1938

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En la parte de intervencioacuten hemos podido observar que la guerra que se inicioacute en los primeros momentos anuncios de despido reduccioacuten de plantilla etc no era sino una arma con la que se queriacutea ay udar al fascismo Los nuacutemeros que no mienten demuestran cuales eran los beneficios que la clase patronal veniacutean

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obteniendo de la industria Este beneficio - por primera vez los obreros fotoacutegrafos tienen conocimiento de eacutel- es el producto del esfuerzo de los trabajadores Ved si tiene importancia la labor a desarrollar en el control de la industria

El trabajo de los fotoacutegrafos

El laboro de los fotoacutegrafos se vio afectado por el ritmo de la contienda sobretodo a partir del mes de noviembre de 1936 cuando Madrid se convirtioacute en una ciudad asediada Fueron cuatro los problemas a los que se enfrentaron los profesionales

-la falta de suministros - el control y la censura de las autoridades -la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente -los peligros derivados de la guerra La falta de suministros surgioacute con el corte de comunicaciones

por carretera de Madrid con otras ciudades republicanas debido a que las tropas sublevadas rodearon la ciudad cuatro meses despueacutes del alzamiento militar De este modo se impidioacute la llegada de viacuteveres incluido el material baacutesico para trabajar por lo que muchos fotoacutegrafos se vieron obligados a adaptarse a estas limitaciones (LOacutePEZ MONDEacuteJAR 2004)

La ausencia de negativos de paso universal llevoacute a muchos de ellos - a los fotoacutegrafos - a recuperar sus caacutemaras de placas y a utilizar restos de peliacuteculas de los noticieros cinematograacuteficos El propio Alfonso debioacute recurrir a sus viejas caacutemaras estereoscoacutepicas para realizar un reportaje encargado por el Ayuntamiento sobre los estragos producidos por los bombardeos en las calles de Madrid

y esto que afectoacute maacutes a los fotoacutegrafos espantildeoles que a los 1 1

extranjeros a los que les enviaban el material por correo o lo recogiacutean cuando haciacutean viajes a sus paiacuteses supuso un handicap debido a que los equipamientos modernos (como las caacutemaras Ermanox y Rolleijlex

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y las peliacuteculas maacutes sensibles) facilitaron la toma (desde puntos de vista hasta ese momento desconocidos) Y permitiacutean captar escenas sin flash ni triacutepode que permitiacutean que se sustituyeran las tomas estaacuteticas y posadas por la naturalidad de la accioacuten De hecho fotografiacuteas como la del miliciano en Cerro Muriano de Robert Capa hubiera sido impensable si el fotoacutegrafo no hubiera contado con la tecnologiacutea apropiada tal y como afirma su bioacutegrafo Whelan (1999 p32)

[ ] los lectores quedaron impactados ya que nadie habiacutea visto nada parecido hasta entonces Las anteriores fotografiacuteas de guerra habiacutean sido necesariamente estaacuteticas y tomadas a distancia En la Primera Guerra Mundial no tan lejana de aquella eacutepoca la caacutemara habitual era la Graflex mediana con un fuelle y placas de cuatro a cinco pulgadas Ademaacutes de resultar muy llamativa impediacutea praacutecticamente obtener fotos espontaacuteneas era muy pesada y dificultaba el margen de maniobra del fotoacutegrafo en situaciones de peligro Por el contrario la Leica de 35mm de Capa era discreta y le permitiacutea la maacutexima movilidad Con ella se lanzoacute al torbellino de la guerra como nadie antes que eacutel se habiacutea

atrevido a hacerlo

Algunos locales de la ciudad se vieron obligados a cerrar sus puertas ante la imposibilidad de lograr suministros tal y como se informoacute en la siguiente nota publicada en el boletiacuten Obreros Fotoacutegrafos en el antildeo 1938

Las dificultades insuperables de la adquisicioacuten de materiales han obligado a la Directiva a proceder al cierre de algunos talleres a los que la vida econoacutemica se les haciacutea imposible mermaacutendose por diacuteas las posibilidades y llegando a constituir un peligro de desaparicioacuten cosa que estudiada debidamente se trata de cortar con las medidas adoptadas La Directiva informaraacute ampliamente

de ello

Este problema se sumoacute a otros como la movilizacioacuten al frente de parte del personal empleado en los talleres y estudios o la censura impuesta por las autoridades responsables de Madrid Los fotoacutegrafos estuvieron controlados por las autoridades madrilentildeas ya que no podiacutean

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acudir al frente sin un pase que se obteniacutea tras la identificacioacuten de quieacutenes eran y para quieacuten trabajaban como desarrollaremos maacutes adelante En el caso de la cobertura en el frente eran trasladados y acompantildeados por un responsable de propaganda y la burla de cualquiera de estas normas suponiacutea un peligro para el fotoacutegrafo como comenta en sus memorias uno de los periodistas que cubrieron el conflicto en Madrid acerca del fotoacutegrafo londinense HY Drees

Durante diez diacuteas estuvo sin pases Y sin embargo gracias a alguacuten don excepcional - supongo que esto es lo que tienen los buenos fotoacutegrafos de prensa - siempre salioacute bien parado La noche del principal ataque aeacutereo fue su gran triunfo Estaba muy afectado por el bombardeo porque le habiacutea golpeado literalmente el soplo de la explosioacuten en una callejuela y se estaba recuperando en una cama de la Telefoacutenica cuando de repente se despertoacute agarroacute su caacutemara y subioacute a la deacutecima planta para fotografiar la ciudad en llamas Alliacute le arrestoacute un guardia Un periodista que hablaba espantildeol y habiacutea escuchado el incidente fue a ofrecer explicaciones al jefe de los guardias del edificio No soacutelo se encontroacute con que Drees ya no estaba arrestado sino que estaba tan campante en la planta trece rodeado de guardias admirativos que le miraban mientras fotografiaba la escena entera y posaban con orgullo para sus propias fotografiacuteas (COX 2005 p261-262)

Los problemas maacutes graves a los que tuvieron que enfrentarse los fotoacutegrafos en Madrid fueron los derivados de los constantes bombardeos que los aviones enemigos lanzaron sobre la ciudad puesto que como muchos de los locales dedicados a la fotografiacutea en Madrid y las residencias de los fotoacutegrafos extranjeros estaban ubicados en la zona centro corriacutean un mayor riesgo De hecho conocemos como el fotoacutegrafo Alfonso se vio obligado a abandonar durante meses su estudio de la calle Fuencarral por la constante amenazada que significaba encontrarse cercano al edificio de la Telefoacutenica el maacutes alto de Madrid y por tanto objetivo prioritario de la aviacioacuten enemiga Un ejemplo graacutefico del peligro que corrieron los locales de fotografia de la ciudad

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eS la siguiente fotografiacutea (Figura 2) en la que se puede ver el estudio de Fotos Galaacuten3 situado en la calle Alcalaacute 9 completamente derruido como consecuencia de uno de los numerosos bombardeos aeacutereos

Figura 2 - Estudio de Fotos Galaacuten derruido Fotografla Aulor nojuacutee citado

Fuente Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Otros fotoacutegrafos aquellos encargados de cubrir el frente llegaron a pagar con su vida Uno de los ejemplos maacutes conocidos es el de Gerda Taro que trabajoacute para las revistas francesas Ce Soir y Regards cubriendo el conflicto en Coacuterdoba Barcelona y Madrid entre otras ciudades En la

3 A pesar de que en el letrero del local fotograacutefico se lee claramente Totos Galaacuten en el li stado que hemos localizado en el Anuario General de Espantildea Bailly-Baillieacutere de 1936 figura el nombre de Teodoro Orozco como el correspondie nte al estudio fotograacute fi co del nuacutemero nueve de la ca lle Alcalaacute Puede deberse a dos razones un cambio de nombre tras la edicioacuten del nuacutemero del Anuario o a que con el estallido de la guerra el com iteacute de trabajadores del local sustituye ran el nombre del propietario por el de FalOS Galaacuten

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fotografiacutea que se presenta a continuacioacuten (Figura 3) Robert Capa su pareja la retratoacute resguardada del ataque de los sublevados en el Frente de Coacuterdoba en 1936

Figura 3 - Cerda Taro resguardada del alaque de los sublevados en el Frente de Coacuterdoba en 1936

Faagrafia Robert Capa Fuente Olmeda (2007)

y seraacute precisamente en el Frente de Brunete en el que el25 de jul io de 1937 a las 18 30 horas cuando la fotoacutegrafa pierda la vida a causa de un accidente fOltuitO un tanque descontrolado que intentoacute zafarse de un bombardeo enemigo se cruzoacute en la carretera invadiendo el carril en el que transitaba el camioacuten que trasladaba a varios heridos y a Gerda El golpe le hizo caer y el tanque pasoacute por encima de su cuerpo Murioacute unas horas maacutes tarde en el hospital ingleacutes de El Goloso Unos minutos antes del incidente Gerda escribioacute en su diario

Caen bombas muy cerca de nuestra posicioacuten Oiacutemos el ruido estremecedor de los bombardeos Ted se cubre la cabeza pero yo saco fotos sin parar Mantengo la sangre friacutea en medio de una escena apocaliacuteptica con aviones descendi endo en picado explosiones que agujerean la tierra y soldados que hu yen presos

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Fotoacutegrafos de guen-a la cobertura iacuteotogijiacutefica d~ la iexcliexcllIerra CiiacuteirEspantildeQla en ~fadrid (1936-1939)

del paacutenico Conservo la calma cuando un avioacuten abre fuego sobre nuestro hoyo Me quedo tumbada de espaldas y sigo disparando la Leica Se me acaban los carretes (OLMEDA 2007 p179)

Soacutelo por este motivo (a Gerda se le habiacutea acabado el material para fotografiar) decidioacute abandonar la primera liacutenea y subirse al camioacuten Esta decisioacuten a la hora de fotografiar en primera liacutenea (y que desobedeciacutea la orden expresa del general Walter miembro de las Brigadas Intemacionales) le costoacute la vida pero hasta el uacuteltimo aliento se preocupoacute por su material porque sabiacutea de la importancia de denunciar visualmente aquello que estaba ocurriendo De hecho una de las enfermeras que le atendioacute Irene Goldin afirmoacute el tanque le habiacutea abierto el estoacutemago y teniacutea heridas abdominales muy graves se le habiacutean salido todos los intestinos [ ] Lo uacutenico que dijo fue iquestestaacuten bien mis caacutemaras Son nuevas iquestEstaacuten bien (KERSHAW 2003 p181)

A pesar de las numerosas complicaciones los fotoacutegrafos continuaron con su labor orientada a tres actividades primordiales fotoperiodismo fotografiacutea oficial y otros trabajos entre los que podriacuteamos incluir los de estudio sobretodo las fotografiacuteas de carnet esenciales en una ciudad en la que todos debiacutean estar identificados

Los fotoacutegrafos

Fueron muchos los fotoacutegrafos conocidos que trabajaron en Madlid Entre los espantildeoles destacaron Manuel Albero y Francisco Segovia Marin loseacute Mariacutea Casariego Alfonso Santos Yubero Agustiacute y Llu iacutes Centelles Lluiacutes Torrents Luis Vidal Corrella los Mayo entre otros Entre los reporteros extranjeros que soliacutean alojarse en el Hotel Florida (en la plaza de Callao) o el Hotel Gran Viacutea Uunto al bar Chicote) que cubrieron el conflicto en la capital encontramos a Robert Capa Gerda Taro lean Moral David Seymour Luis Bressange Walter Reuter y otros que trabajaron para las agenciasAP Keystone View Company Planet News

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146 147

World Wide Photo Central Press y London News Agency Press por mencionar las maacutes importantes

Durante la Guerra Civil Espantildeola los fotoacutegrafos se agruparon bajo varias organizaciones sindicales dependientes de las ramas de Artes Graacuteficas la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y la Seccioacuten de Fotoacutegrafos de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola Si a la informacioacuten que se desprendede las fichas de afiliacioacuten de estos sindicatos unimos la extraiacuteda de los archivos de la Junta Delegada de Defensa de Madrid a traveacutes de las fichas laborales que la Seccioacuten Fotograacutefica elaboroacute con el fin de controlar la actividad en la capital podemos hacemos una idea del nuacutemero de fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid y una cuestioacuten maacutes interesante quieacutenes eran

Se trata de un total de 1249 fichas distribuidas de la siguiente manera 197 de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 455 fichas de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y 597 fichas de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Junta Delegada de Defensa de Madrid

De entre el total de fotoacutegrafos 113 trabajaron para perioacutedicos y revistas 37 en el frente 57 para una institucioacuten oficial 585 en un local de fotografiacutea 193 en la viacutea puacuteblica o como fotoacutegrafo al minuto y 240 eran afiliados de los que o no tenemos constancia de doacutende trabajaron o no eran fotoacutegrafos pero su trabajo estaban directamente relacionado con el mundo de la imagen A continuacioacuten presentamos una tabla con esta informacioacuten detallada por organizaciones

Perioacutedicos Institucioacuten Locales Viacutea PuacuteblicaFrente OtrosRevistas Oficial Fotograacuteficos Al Minuto

Junta Delegada 73 34 54 121 180 115JI L -lt 1 ~

26 H 2 JL middottrSociedad Obrera 315 10 101J~ I shy

Federacioacuten Graacutefica 14 lt 1f 2 lf 149 r 3 -

24

Tabla 1 - Fotograacutefos e otros relacionados con el mundo de laf grafia que trabajaron en la guerra

Ante estos datos debemos hacer dos aclaraciones en primer lugar estos registros no soacutelo se refieren exclusivamente a fotoacutegrafos sino a todos aquellos que estuvieron relacionados con el mundo de la fotografiacutea (incluidos reveladores ayudantes aprendices encargados de tienda etc) y en segundo lugar que alguno de los nombres se encuentra en varias de estas organizaciones 14 obtuvieron fichas de ingreso de la Junta Delegada de Defensa de Madrid la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares 4 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 22 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y 120 obtuvieron ficha de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y la Sociedad de Obreros Fotoacutegrafos

La fuente maacutes interesante de trabajo la encontramos en las fichas de la Junta Delegada de Defensa de Madrid puesto que controloacute exhaustivamente a los fotoacutegrafos a traveacutes del trabajo de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa dirigida por Joseacute Carrentildeo Espantildea De hecho se anularon los permisos concedidos con anterioridad y se obligoacute a solicitar unos nuevos ahora controlados por la Junta tal y como se publicoacute en su Boletiacuten Oficial en diciembre de 1936

Para poder obtener fotografiacuteas tanto de la ciudad como de sus frentes de guerra a que se extiende mi autoridad de Comandante de la plaza seraacute preciso proveerse de licencia concedida por el Delegado de Propaganda y Prensa de esta Junta que necesariamente habraacute estar firmada por el mismo

A continuacioacuten presentamos la ficha de Gerda Taro (Figura 4) sellada el 25 de enero de 1937 en la que se incluyen datos como su nombre completo (Gerta Pohorylle) su domicilio en Pariacutes (50 Rue Vavin) el lugar y fecha de nacimiento (Stuttgart 01081910) la empresa para la que trabajaba (Le Soir Paris) el domicilio oficial en Madrid (Alianza de Intelectuales) y el partido poliacutetico al que perteneciacutea (AEAR) La ficha iba acompantildeada de una fotografiacutea de carnet entregada por la interesada (Figura 5)

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148

JUNTA OELEGADA DE DEfENSA DE MADRID Secretaria de Propagandamiddot Seccioacuten Fotooraacutefical FILlAcrOacuteN DEL FOTOacuteGRAfO -7-rt

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Figura 4 - La ficha de Gerda Taro Fuene AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

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Figura 5 - Fotografla de Gerda Taro Fotografia Autor nojuacutee citado

Fuente AHNSeccioacuten Salamanca pis Madrid

discursos tOUacutelgraacuteficos Londrina ~ 5 n6 p131-160 janJjun 2009

Fotoacutegrafos de guerra la co_bertllra fotoiexcl(rJJICil aiexcliexcliexcliexcluiexcllIctra Ct1T]spantildeola en Madrid (1936-19l9) 149

Para poder trabajar libremente esta identificacioacuten debiacutea ir acompantildeada de una autorizacioacuten expedida por los jefes militares del sector correspondiente tal y como se detalla en la siguiente autorizacioacuten (Figura 6) sellada por la Junta Delegada de Defensa de Madrid y la 40 Brigada Mixta del Estado Mayor de la Repuacuteblica Espantildeola (que estaacute firmada por el General Miaja el 17 de febrero de 1937) a Alfonso Saacutenchez Portela conocido como Alfonso concedieacutendole permiso para trabajar en el frente o la siguiente (Figura 7) sellada ellO de marzo de 1939 (unos diacuteas antes de finalizar la guerra) en la que el Director General de Seguridad le autorizaba a obtener informacioacuten graacutefica en el interior de la capital

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Figura 6 - Autorizacioacuten expedida para poder trabajar libremente Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

discursos fotograacutefi cos Londrina v5 n6 pl 31-160 janJjun 2009

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Figura 7 - Autorizacioacuten expedida para Alfonso Saacutenchez Porlea diacuteas antes dejinalizar la guerra

Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

Si tras la entrada en vigor de la disposicioacuten de obligatoriedad de identificacioacuten se sorprendiacutea a un fotoacutegrafo sin permiso o empleando una caacutemara que no hubiera obtenido la licencia adecuada eacuteste era considerado un desafecto a la causa republicana y debiacutea ser juzgado por tal causa por el fuero militar

En el caso del reportero graacutefico eacuteste debiacutea proveerse de una chapa metaacutelica numerada que le identificara como tal (tras previo aval de la Direccioacuten de la agrupacioacuten Unioacutende Informadores Graacuteficos de Prensa) y asiacute tener acceso libre a los espacios de la ciudad ademaacutes de una tarjeta identificativa autorizada por el Delegado y el Secretario General de Prensa

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Una vez que los fotoacutegrafos haciacutea su trabajo el control se extendiacutea a la seccioacuten graacutefica de las revistas y perioacutedicos sometida a un total control por parte de las autoridades tal y como se extrae de la sifruiente disposicioacuten publicada en el Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid en enero de 1937

A partir de las doce de la noche del diacutea 30 de diciembre de 1936 queda terminantemente prohibida la publicacioacuten en Madrid de perioacutedicos diarios revistas boletines tanto de empresas como de organizaciones poliacuteticas sindicales y de milicias dibujos litografiacuteas y demaacutes med ios graacuteficos mencionados en el artiacuteculo segundo de la Ley de Imprenta con excepcioacuten de libros si que previamente hayan sido autori zados por la censura de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa de esta Junta De toda publicacioacuten graacutefica sometida a censura se presentaraacuten tres ejemplares uno que se devolveraacute sellado cuando se autorice para que salga a la luz y dos que se conservaraacuten en la referida Delegacioacuten para constituir el Archivo de la revolucioacuten que en su diacutea seraacute depositado donde disponga el Gobierno legiacutetimo de la Repuacuteblica 4

Como ya hemos comentado la fotografiacutea es el mejor soporte para mostrar aquello que se quiere mostrar por lo que las autoridades responsables de la defensa de Madrid la utilizaron como medio propagandiacutestico de ahiacute el feacuterreo control de fotoacutegrafos y medios de comunicacioacuten Por eso resulta interesante hablar no soacutelo de lo que se retrata sino tambieacuten de lo que se oculta Pondremos un ejemplo a traveacutes de lo visual que nos serviraacute para ilustra nuestra hipoacutetesis las fotografiacuteas tomadas a milicianos y soldados defensores de la capital en momentos de asueto Si analizamos la produccioacuten fotograacutefica de este asunto que se conserva en el Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola de la Biblioteca Nacional observamos que la imagen gira en tomo a dos ejes de representacioacuten la alimentacioacuten y la formacioacuten

bull Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid Antildeo 2 n2 1 dc enero de 1937 Tomo 1 p7)

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151

152 153

cultural de los combatientes No parece casual que la mayoriacutea de las imaacutegenes del descanso de los soldados de Madrid que se conservan en el fondo que trabajamos coincidan en tema con las maacutexi mas preocupaciones del gobierno republicano los problemas de alimentacioacuten y abastecimiento de las tropas defensoras y la educacioacuten como medio de luchar contra el fascismo Esto se puede ver claramente en la siguiente imagen (Figura 8) un trabajo de la casa de fotografiacutea Albero y Segovia en la que un grupo de 7 milicianos alguno de ellos armado que estaacuten en un espacio cerrado rodean una mesa en la que se disponen copiosamente viacuteveres Si atendemos a la expresioacuten corporal podemos intuir que los siete observadores intemos mantienen claramente una pose ante la caacutemara del fotoacutegrafo Por ejemplo el hombre que cierra la escena a la derecha sostiene con cierta dificultad y de manera muy artificial en su mano izquierda unas cajetillas de tabaco y un paquete sin soltar el arma (que no estaacute colgada) de tal modo que la mano derecha le impide ayudarse con la carga La intencioacuten parece clara este personaje debe ser fotografiado con los viacuteveres en su mano pero sin soltar su arma que debe formar parte del cuadro

Figura 8 - Grupo de 7 milicianos rodean una mesa Fotografia Autor nofuacutee citado Casa de fOlografia Albero y Segovia

Fue11le Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

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Lo que recuperamos en el reverso de la imagen tambieacuten nos ayuda a descubrir la connotacioacuten de la fotografia

El fin del antildeo 36 de los milicianos de la intendencia reciben cajetillas chocolates vinos y licores conservas hasta jamones abundante ropa y tambieacuten cantidades en metaacute lico Asiacute cuida la Repuacuteblica a sus bravos luchadores

Como hemos comentado tan importante resulta lo que se ve como lo que se oculta Pongamos otro ejemplo A pesar de las numerosas fotografiacuteas que muestran los momentos de asueto de los defensores del Madrid del iexclNo pasaraacuten no existe ninguna en la que se retrate a los soldados realizando actividades luacutedicas como jugar a las cartas algo que resulta sorprendente si tenemos en cuenta que seguacuten el testimonio de alguno de los supervivientes era algo habitual hasta el punto de convertirse en la uacutenica manera de matar el tiempo Por el contrario siacute encontramos testimonio graacutefico de la praacutectica de este tipo de juegos entre las fotografias (en un nuacutemero muy inferior si las comparamos con la produccioacuten fotograacutefica de los antifascistas) del bando sublevado como aquellas que retratan eljuego de un grupo de soldados del Ejeacutercito de Marruecos en un rato de juego en la Ciudad Universitaria el19 de mayo de 1938 tal y como se indica en el reverso de la imagen sellada por la Seccioacuten Teacutecnica del Ministerio del Interior (Figura 9)

El porqueacute de la inexistencia de alguna huella visual de ese momento de ocio entre los soldados republicanos podriacutea explicarse como algo meramente casual de no ser porque conocemos a traveacutes de la prensa que el gobierno republicano consideroacute el juego como una actividad impropia en el frente hasta tal punto que este tema se convirtioacute en el protagonista de la tira coacutemica Hay que evitar ser tan bruto como el soldado Canuto publicada en La Voz del combatiente Esta seccioacuten se encargaba de recordar al soldado antifascista a traveacutes del personaje de Canuto como no debla comportarse El diacutea cinco de abril de 1937 bajo el tiacutetulo El peor de

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155 154 W

los vicios es eljuego la tira estaacute dedicada a advertir a los soldados de lo negativo del juego Canuto retorna al frente y sigue tan imprudente Pues a su sector llegado una baraja ha sacado Logra formar enseguida una importante partida Se juega con gran fruic ioacuten hasta la respiracioacuten A Canuto le han ganado y encima quedoacute entrampado

Figura 9 - Juego de un grupo de soLdados deL Ejeacutercito de Marruecos Fotografia Autor nofue citado Seccioacuten Teacutecnica deL Ministerio deL Interior

Fuente Biblioteca NacionaL Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Tambieacuten en el Manual del Miliciano que la Editorial Labor publica en 1937 en el apartado dedicado a la Moral del Miliciano se advierte de la necesidad de controlar a aquellos que se dejan llevar por los impulsos

Nada maacutes nefasto en cambio que la conducta de quienes a riacuteo revuelto pretenden convertir la guerra en tolvanera de sus apetitos El arte y la literatura han marcado con fuego la injuria de aquellos seres indignos qu~ al margen de la lucha y casi siempre a cubierto de sus riesgos caen sin piedad sobre vidas y haciendas sin otro moacutevil que el de saciar sus ansias de destruccioacuten o de rapintildea Son eacutestos elementos indeseables cuya eliminacioacuten del cuerpo social soacutelo puede reportar grandes

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beneficios no ya porque manchan la revo luc ioacuten con sus actos reprobables sino porque alumbran en el alma de los indiferentes la idea de que la razoacuten - tan clara - no estaacute de nuestra parte

Se podriacutea pensar que las dificultades por las que atravesaba la retaguardia madrilentildea con el fin de suministrar lo necesario en la vanguardia haciacutean inconveniente mostrar una imagen tan friacutevola de los defensores de la ciudad y por tanto se podriacutea haber evitado retratar esa situacioacuten Parece que el juego y las apuestas no eran del gusto de un ejeacutercito que primaba la formacioacuten sobre la diversioacuten

En otras ocasiones y como resultado de ese control el fotoacutegrafo teniacutea que enfrentarse a la recreacioacuten de escenas beacutelicas que debiacutean ser fotografiadas como si se tratara de una real Son muchos los testimonios de reporteros que afirmaron la escenificacioacuten de determinadas acciones ante la caacutemara con fines propagandiacutesticos pero no soacutelo en la zona republicana sino tambieacuten en la sublevada tal y como afirma el periodista britaacutenico DDowd Gallagher a quien Robert Capa confesoacute

En Espantildea empeceacute por Hendaya en Francia en la frontera espantildeola proacutexima a San Sebastiaacuten La mayoriacutea de los reporteros y fotoacutegrafos nos hospedaacutebamos en un pequentildeo hotel destartalado Nos introdujimos en la Espantildea de Franco a traveacutes del riacuteo Iruacuten una vez que nos dieron penniso los oficiales de prensa de Franco en Burgos En una ocasioacuten soacutelo invitaron a los fotoacutegrafos [ ] y Capa me lo contoacute Les simularon escenas de batalla Las tropas de Franco vestiacutean de uniforme y estaban armadas y simulaban situaciones de ataque y de defensa Utilizaron bombas de humo para ambientar la escena (LEWINSKY 1978 p88)

De este modo el control ejercido por las autoridades poliacuteticas sindicales y militares tanto del frente como de la retaguardia fue uno de los caballos de batalla de los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid Sin embargo el manejo del lenguaje visual (complejo por definicioacuten) de eacutestos haciacutea posible establecer miradas diferentes en las imaacutegenes que eran tomadas por los que hemos denominado fotoacutegrafos oficiales y fotoacutegrafos oficiosos

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Los fotoacutegrafos oficiales y oficiosos en un ejemplo concreto el retrato de mujeres

Para cerrar esta breve reflexioacuten acerca del papel desarrollado por los fotoacutegrafos que cubrieron la Guerra Civil Espantildeola en Madrid debemos hacer una diferenciacioacuten que marca las dos maneras de mirar que se plasman a traveacutes de las fotografiacuteas Para entender de queacute hablamos cuando hacemos una distincioacuten entre fotoacutegrafos oficiales y oficiosos pondremos un ejemplo visual

Figura JO - Mujer abatida sobre los restos de su casa de Teuaacute de las ViclOrias Fotografza Autor nojIacutete citadoServicio de Propaganda del Servicio Fgraacutefico

dell1inisterio de EXleriores Fuente Biblioteca NacionalFondo FOlOgraacutefico de la Guerra Civil Madrid

discursos fotogniacuteficos Londrina 5 n6 p131-160 jan)jun 2009

Fotoacutegrafos de guerra la cobertunI iacuteotogiiexclififad~ Iiexcll GueriexcliexcltCiexcl1EspaIIacuteola (1 Mwrjd 51 WJmiddot19~9)

Figura J J - l1ujeres inen tan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacuteiles en su nueva residencia

Faagrafia AUlOr no jite citado Casa barcelonesa de P Luis Torrents Fuente Biblioeca NacionalFondo FOlograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Se trata de dos fotografiacuteas rescatadas del Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola que se conserva en la Biblioteca Nacional (Madrid) en las que se retratan mujeres regresando a sus hogares tras el estallido de una bomba lanzada por la aviacioacuten enemiga Las dos imaacutegenes representan una misma accioacuten sin embargo el enfoque es diferente Mientras en la figura 10 (sellada por el Servicio de Propaganda del Servicio Fotograacutefico del Ministerio de Exteriores) se muestra una mujer abatida sobre los restos de su casa de Tetuaacuten de las Victorias la figura 11 (sellada por la casa barcelonesa de P Luis Torrents) muestra una actitud diferente ante ese mismo hecho En esta imagen las mujeres no se sientan a contemplar el resultado de los proyectiles lanzados por la aviacioacuten facciosa sino que intentan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacutetiles en su nueva residencia Por tanto la primera fotografia corresponde a la imagen pasiva de la mujer tradicional y La segunda a la verdadera imagen de la mujer de Madrid aquella que luchoacute de manera activa contra el fascismo en la retaguardia madrilentildea hacieacutendose responsable del sustento material y moral de su familia

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159 158 1

La totalidad de fotografias que retratan a la mujer de costumbres madrilentildea (es decir aquella que se encargoacute de cuidar de su familia) y que estaacuten selladas por los fotoacutegrafos oficiales (entendiendo por oficial aquel que trabaja para una institucioacuten puacuteblica ya sea poliacutetica o sindical)

responde al prototipo de mujer pasiva viacutectima de lo que OCUlTe mientras

que las fotografiacuteas tomadas por los fotoacutegrafos oficiosos (los que

trabajaron para las distintas casas de fotografiacutea de Madrid y de otras

localidades y los reporteros de guelTa) muestran la imagen de una mujer

combativa que lucha contra la sublevacioacuten desde la retaguardia

El motivo parece estar claro la imagen de la mujer de costumbres

abatida que se mostraba en carteles documentales y fotografias tomadas

por las autoridades antifascistas resultaba maacutes exportable para mostrar

al mundo las siniestras consecuencias de una sublevacioacuten militar que la

imagen de una mujer que intentoacute acomodarse a las exigencias impuestas por el estallido del conflicto

Consideraciones finales

Como dijo Pierre Bourdieu al hablar de las cinco satisfacciones que

aporta la fotografiacutea (la proteccioacuten contra el paso del tiempo la

comunicacioacuten con los demaacutes y la expresioacuten de sentimientos las

realizaciones de uno mismo el prestigio social la distraccioacuten y la evasioacuten)

[ ] la fotografia tendriacutea como funcioacuten ayudar a sobrellevar la angustia suscitada por el paso del tiempo ya sea proporcionando un sustituto maacutegico de lo que aqueacutel se ha llevado ya sea supliendo las fallas de la memoria y sirviendo de punto de apoyo a la evocacioacuten de recuerdos asociados en suma produciendo el sentimiento de vencer al tiempo y su poder de destruccioacuten (BOURDIEU 2003 p52)

Gracias al trabajo realizado por los fotoacutegrafos que cubrieron el

conflicto en la ciudad de Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de

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Fotoacutegrafos de guenll la coacuteberful1l totograllca ele la tilli]sectpaifiJii 1 ~fjhiacutef (1 )3fiacutellJ3m

abril de 1939 hemos podido recuperar la memoria (jiexcll acontecimiento

maacutes negro de la historia reciente de Espantildea a traveacutes del soporte visual

El trabajo que los corresponsales y fotoacutegrafos realizaron al estallar la guerra se ajustoacute al ritmo impuesto por la contienda por lo que tuvieron que enfrentarse a cuatro problemas baacutesicos que condicionaron su trabajo

la falta de suministros la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente los peligros derivados del fuego cruzado y de los continuos bombardeos sobre el frente y la retaguardia y el control y la censura impuesta por las autoridades Este uacuteltimo condicionante fue determinante en tanto que

los servicios de propaganda controlaron el laboro de los fotoacutegrafos y el resultado que era publicado en revistas y perioacutedicos de la Espantildea republicana de ahiacute que podamos hablar de dos tipos de fotografias que reflejan dos miradas diferentes sobre la realidad las tomadas por fotoacutegrafos que trabajaron para una institucioacuten poliacutetica y sindical (los fotoacutegrafos oficiales) y los retratos realizados por fotoacutegrafos que lo hicieron para un local de fotografia o para medios extranjeros (los fotoacutegrafos oficiosos) Por otro lado y debido a este feacuterreo control resulta muy interesante para los estudiosos que trabajan la imagen como medio para acercarse al pasado observar tanto lo que se retrata como lo que se silencia visualmente ya que marca el discurso oficial que se impuso durante los tres antildeos de contienda Para ilustrar nuestra hipoacutetesis de trabajo hemos empleado varios ejemplos visuales

Bibliografia

BOURDIEU Pierre Un arte intermedio ensayo sobre los usos

sociales de la fotografia Barcelona Gustavo Giliacute 2003

COx Geoffrey La defensa de Madrid Madrid Oberon 2005

KERSHAW Alex Sangre y champaacuten la vida y la (poca de Robert

Capa Madrid Debate 2003

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 jan lim ~(iexclI~

160

LEWINSKY Jorge The camera at war a history ofworld photography from 1848 to present day Nueva York Simon amp Schuster 1978

LOacutePEZ MONDEacuteJAR Publio Alfonso cincuenta antildeos de Historia de Espantildea Madrid Editorial Lunwerg 2004

MANUAL del Miliciano [Sl] Editorial Labor 1937

NUESTRA propaganda en las filas facciosas La voz del combatiente Madrid 23 mar 1937 p5

OLMEDA Fernando Gerda Tardo fotoacutegrafa de guerra el peliodismo como testigo de la historia Madrid Debate 2007

WHELAN Richard Capa cara a cara fotografias de Robert Capa sobre la Guerra Civil Espantildeola Madrid MNCARS 1999

111 bull bullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbull bullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbull

Ultima Hora em cena amodernidade fotograacutefica

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Silvana Louzada

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 jan jun 2009

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Revista do Curso de Especializa~iio em Fotografia Praacutexis eDiscurso Fotograacutefico e do Mestrado em

Comunica~iio da Universidade Estadual de Londrina

Editor Prof Dr Paulo Ceacutesar Boni

Revisao Prof Dr Joseacute de Arimatheacuteia Cordeiro Custoacutedio

Prof Dr Miguel Luiz Contani

Normatiza~ao

Laudicena de Faacutetima Ribeiro - CRB 9 I 008

Capa e programa~lio visual Heliane Miyuki Miazaki

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Administra~lio editora~iexcliexclo e distribui~lio

Curso de Especializayao em Fotografia Praacutexis e Discurso Fotograacutefico Campus Universitaacuterio - Caixa Postal 600 I

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o conteuacutedo dos artigos eacute de responsabilidade exclusiva dos respectivos autores

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Discursos Fotograacuteficos Universidade Estadual de Londrina Curso de Especializa((ao em Fotografia Praacutexis e Discurso Fotograacutefico Mestrado em Comunicayao - Lo ndrina- PR vl n I jandez (2005-)

Semestral ISSN 1808-5652

l Fotografia - Perioacutedicos l Universidade Estadllal de LondrinaCurso de Especializa((ao em Fotografia Praacutexis e Discurso Fotograacutefico

CDU 77(05)

Elaborada por Terezinha Batista de Souza - eRB 935 1

Editor Prof Dr Paulo Ceacutesar Boni

(Universidade Estadual de Londrina)

Comissao Editorial I Prof Dr Alberto Carlos Augusto Klein

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(Universidade Estadual do Rio Grande do Sul)

Profa Dra Margarita Ledo Andioacuten (Universidade de Santiago de Compostella - Espanha)

Profa Dra Maria Joseacute Baldessar (Un iversidade Federa l de Santa Catari na)

Prof Dr Miguel Luiz Contani (Univers idade Estadual de Londrina)

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Prof Dr Paulo Ceacutesar Boni (Universidade Estadual de Londrina)

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Profa Dra Simonetta Persichetti (Criacutetica de Fotografia - Sao Paulo)

Sumaacuterio

Editorial 9

Artigos

Linha de pesquisa Imagem Miacutedia e Linguagem

Memoacuteria e apagamento no imaginaacuterio dos telejornais 13 Renata Marcelle Lara Pimentel

Fotografias de um nao-lugar e a transposi~ao da comunica~ao em supermercados de rede 35 Desire Blum Menezes Torres

A interdi~ao das imagens a constru~ao do outro

pelas charges de Maomeacute 59 Alberto Klein e Maria Luisa Hoffmann

De 1965 para caacute contando o tempo de Opalka na pintura e na fotografia 77

Elane Abreu e Nina Velasco

Robert Capa espectador e coadjuvante nos conflitos de seu tempo 99 Rodolpho Cavalheiro Neto e Mariacutea Dolores Aybar Ramiacuterez

Fotoacutegrafos de guerra la cobertura fotograacutefica de la Guerra Civil Espantildeola en Madrid (1936-1939) 131 Beatriz de las Heras

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Linha de pesquisa Imagem Cultura e Processos Sociais

Ultima Hora ern cena a rnodernidade fotograacutefica 161

Silvana Louzada

Reterritorializa~oes no orkut urn olhar netnograacutefico sobre os Brasileiros no Exterior 1 89 Cynthia Harumy Watanabe Correa

Olhares de pertencirnento novos fotodocurnentaristas sociais 213 Juacutelia Mariano Ferreira e Marcelo Henrique da Costa

Particularidades da anaacutelise fotograacutefica 229

Tatiana Fecchio da Cunha Gonyalves

Resenhas

Mais urna agradaacutevel viagem de trern 247 Paulo Ceacutesar Boni

Tesouro Imperial 255 Larissa Ayumi Sato

1860-1960 urn seacuteculo de fotografia no estado do Mato Grosso 261

Caacutessia Maria Popolin

Sao Paulo degustada aos poucos 267 Maria Zaclis Veiga Ferreira

Entrevista

Pedro Karp Vasquez 273 Paulo Ceacutesar Boni

Editorial

Este eacute o sexto nuacutemero da revista Discursos Fotograacuteficos e ateacute agora a cada ediyao a capa saiu com urna cor diferente Para os tres primeiros nuacutemeros optamos pelas cores primaacuterias - vermelho verde e azul a trilogia do famoso RGB ingles (red green and blue) O quarto nuacutemero saiu com a capa preta e o quinto com a capa branca para lembrar o claacutessico preto e branco das fotografiacuteas O sexto nuacutemero entra em circulayao com a capa dourada Por que dourado - Para comemorar urna data especial os 170 anos da invenyao da fotografiacutea desde que considerado eacute claro seu anuacutencio na Franya em 19 de agosto de 1839 com a paternidade do invento num primeiro momento atribuiacuteda a Louis-Jacques Mande Daguerre tanto que ele foi batizado de Daguerreoacutetipo

Por conta dessa data especial tambeacutem ternos um entrevistado especial Pedro Karp Vasquez um dos mais importantes nomes da histoacutelae da memoacuteria da fotografiacutea brasileira autor de mais de 20 livros Pedro fala de sua forrnayao seus livros e projetos e sua atuayao na Funarte onde tr~balhou Diz que comeyou a escrever sobre fotografiacutea porque percebeu que os paiacuteses em que a fotografiacutea era mais forte

eraacutem precisamente aqueles que melhor conheciam a sua proacutepria hisjOacuteria Confessa ser fascinado pelo Brasil e diexclz que descobriu sua verdadeira vocayao com Josune Dorronsoro criadora do Departamento de Fotografiacutea do Museu de BeJas Artes de Caracas que lhe disse certa vez noacutes somos facilitadores Isso mudou meu modo de pensar e agir admite

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SONTAG Susano Diante da dor dos outros Sao Paulo Companhia das Letras 2003

SOUSA Jorge Pedro Urna histoacuteria criacutetica do fotojornalismo ocidentaI Florianoacutepolis Letras Contemporaneas 2000

WHELAN Richard Robert Capa a biography Lincoln University ofNebraska Press 1994

WHELAN Richard Introdwao In CAPA Comel Robert Capa fotografias Traduyao de Beatriz Karam Guimaraes Sao Paulo Cosac amp Naify Ediyoes 2000 p1 O

WHELAN Richard Proving that Robert Capas Falling Soldier is genuine a detective story 2002 Disponiacutevel em lt http wwwpbsorgwnetlamericanmastersepisodesrobert-capalin-Iove-andshywar47gt Acesso em 21 set 2008

Beatriz de las Heras

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I i 1 I

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Fotoacutegrafos de guerra la cobertura fotograacutefica de la Guerra Civil Espantildeola en Madrid (1936-1939)

War photographers the photographic coverage ofthe Spanish Civil War in Madrid (1936-1939)

Beatriz de las Heras

Resumen El objetivo de esta comunicacioacuten es aproximarnos al papel desarrollado p or los fo toacutegrafos nacionales e internacionales que trabajaron en la ciudad de Nfadrid durante la Guerra Civil Espantildeola De este modo rejlexionaremos acerca de sus condiciones de trabajo las limitaciones en su actividad y el control ejercido por las autoridades responsables y abordaremos una cuestioacuten altamente interesante para aquellos que estudiamos la imagen como fuente de conocimiento del pasado las distintas maneras de mirar que tienen los fotoacutegrafos dependiendo del canalpor el que se distribuyesu trabajo

Palavras-chave Guerra Civil Espantildeola fo toacutegrafos de guerra fotografia

Abstract The arget ofhis communicaion consists in analyzing he role developed by press phgraphers boh na tional and internaional who worked in Nfadrid during the Spanish Civil Wal~ In this way we will rejlect onheir working conditions the limitations intheir activities and the control exerted by the authoriies in charge We will also approach a highly interesing point to those who study the image as a knowledge source ofthe pas the difieren ways press photographers had to Iook ino depending onthe channel in which Iher work is distributed

Key-words Spanish Civil War War photographers Photography

Doctora e n Humanidades Professora en la aacuterea de historia contemporanea del Departamento de Humanidades de la Univers idad Carlos IIJ de Madrid Especia lista en e l es tudio de la histori a atraves de las fuentes visuales E-mail bherashumuc3mes

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)ffliama ult a LJuelTIltivil Es~antildeol a en Madrid lt1936-1939)

Introduccioacuten

La Guerra Civil se considera el acontecimiento maacutes determinante en el desarrollo de la historia de Espantildea del siglo XX Fue el resultado del fracaso de una sublevacioacuten militar que se produjo el 17 de julio de 1936 cuando parte del ejeacutercito se alzoacute contra el gobierno constituido legiacutetimamente el 16 de febrero y fue obligado a combatir en una lucha fraticida La contienda se prolongoacute hasta el1 de abril de 1939 gracias sobretodo a la resistencia de los ciudadanos que decidieron voluntariamente oponerse a los militares Esto ocurrioacute en ciudades como Madrid que a pesar de ser rodeada por los sublevados en el mes de noviembre de 1936 se convirtioacute en el bastioacuten inexpugnable para el fascismo en el siacutembolo de la resistencia republicana durante tres antildeos El resultado de este enfrentamiento miles de muertos y la ruina econoacutemica poliacutetica y social de un paiacutes que soportoacute los 40 antildeos de dictadura impuesta por el vencedor de la contienda Francisco Franco

La guerra se consideroacute el laboratorio de ensayo de la II Guerra Mundial por ser precursora del uso de nuevo armamento taacutecticas militares sistemas de evacuacioacuten de poblacioacuten civil proteccioacuten del tesoro artiacutestico nacional pero sobretodo fue pionera en lo concerniente al dominio de la informacioacuten y de la propaganda en los distintos soportes el soporte oral (los discursos y la radio) el soporte escrito (la prensa escrita) y el soporte visual (el cine y los documentales de guerra la fotografiacutea y la carteliacutestica) Tambieacuten en lo concerniente a la direccioacuten de sus objetivos la vanguardia y la retaguardia (para mantener la moral de los combatientes y de la poblacioacuten civil respectivamente) los enemigos (para minar sus fuerzas) y los neutrales (con la intencioacuten de conseguir su respaldo) Tal fue el nivel de utilizacioacuten de la propaganda por parte de los bandos enfrentados que el historiador y diplomaacutetico espantildeol Salvador de Madariaga habloacute de guerra de tinta para referirse a la Guerra Civil Espantildeola

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135 134 eatriz ueJas lIerd

Durante la contienda las autoridades entendieron las ventajas de la utilizacioacuten de la informacioacuten divulgada (sobretodo por parte de los antifascistas) y de la necesidad de emplearla bien tal y como se expresa en La voz del combatiente en el mes de enero de 1937

Este punto hay que plantearlo con toda claridad Si queremos que este arma no pierda ninguna de sus virtudes tenemos que I

I calibrar muy bien su empleo y conocer el modo de emplearla lo maacutes eficazmente posible Una de las armas maacutes a nuestro favor con que contamos para ganar la guerra es precisamente la propaganda de ahiacute que nos valgamos de ella con tacto con mesura con verdadero tino y no confundamos su prop ia fi nalidad De esta manera si no nos libramos de los entuertos ya hechos nos evitaremos el seguir cometieacutendolos en lo sucesivo [] Sobretodo que un arma llamada a deshacer entuertos no los siga creando de la manera maacutes lamentable por la impreparacioacuten de quienes ni saben manejarla ni comprenden su alcance poliacutetico

La utilizacioacuten de la propaganda no solo se realizoacute en tomo a las propias filas como ya hemos comentado sino que tambieacuten tuvo como objetivo filtrarse en el bando enemigo con la intencioacuten de minar sus fuel7as o atraer a los combatientes contrarios

Se ha escrito mucho resaltando la gran impOliancia que para nosotros y para nuestra causa tiene el desarrollo de una propaganda sistemaacutetica y organizada en las filas enemigas No nos costariacutea mucho trabajo sentildealar infinidad de casos que demuestran esa realidad Alliacute donde la propaganda se lleva a cabo con constancia y organizacioacuten los frutos no se hacen esperar decenas de evadidos del campo faccioso vienen a nuestras filas decenas de nuevos combatientes que gana nuestro Ejeacutercito un debilitamiento y una desmoralizacioacuten constante del enemigo (NUESTRA PROPAGANDA 1937 p5)

Fue tal el nivel de explotacioacuten propagandiacutestica que incluso llegoacute a ser objeto de criacutetica por parte de la prensa de la eacutepoca Pareciacutea que el gobierno republicano estaba maacutes concentrado en hacer grandes campantildeas

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que mostraran las maldades facciosas y las bondades de los antifascistas que en el propio desarrollo militar de la contienda tal y como se escribioacute en El Socialista en febrero de 1937 y que el gobierno censuroacute

y puesto que estamos resueltos a que ninguna falta quede sin corregir iquestno seraacute menester que alguna vez nos pongamos a pensar si desde el Comisariado de Guerra por ejemplo no se estaacute atendiendo maacutes mucho maacutes a la propaganda de partido - no el nuestro ciertamente- que a servir calladamente las exigencias que la guerra plantea

El soporte maacutes empleado en estos trabajos propagandiacutesticos fue el visual debido a su capacidad de persuasioacuten que le haciacutea un arma maacutes que sugerente para condicionar a un puacuteblico deseoso de informacioacuten y faacutecilmente manipulable por las circunstancias que se imponiacutean en esta guerra fraticida de tal modo que los carteles y las fotografiacuteas tomadas en el frente y en la retaguardia invadiacutean muros perioacutedicos y revistas En el caso concreto de las imaacutegenes fotograacuteficas no solo se entendiacutean como medio propagandiacutestico sino tambieacuten por ser el maacutes cercano a la realidad como un soporte contenedor de informacioacuten privilegiada que no podiacutea caer en manos del enemigo por lo que desde las tribunas responsables se realizaban llamamientos para evitar que esa informacioacuten pudiera emplearse en contra de sus intereses Ell de enero de 1937 la Seccioacuten de Propaganda y Prensa de la Junta Delegada de Defensa de Madrid publicoacute en su Boletiacuten la siguiente informacioacuten

Las reproducciones fotograacuteficas son al mismo tiempo que medios eficaciacutesimos para la propaganda elementos peligrosos que pueden revelar al enemigo datos de intereacutes para la ofensiva Es pues elemental medida previsora cuya omisioacuten seriacutea imperdonable emplear medios para tener la seguridad de que quienes utilizan las reproducciones fotograacuteficas son personas leales a la causa antifascista 2

Artiacuteculo censurado a El Socialista en Boletiacuten de propaganda de la Junta Delegada de Defensa de Madrid 19 febo 1937 Conservado en FPI p4456 Caja 18 p7 2 Delegacioacuten de Propaganda y Prensa Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid Madrid 1 ene 1937 p2

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IJ

136 Reatril de las lIerJS~____

Este es el motivo por el que nuestra reflexioacuten se centraraacute en el trabajo de aquellos que fueron responsables de cubrir visualmente el acontecimiento La dificultad a la hora de componer la historia colectiva de los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid entre julio de 1936 y abril de 1939 reside en el hecho de que la mayoriacutea de la documentacioacuten referente a su trabajo antes y durante la guerra fue destruida o por los propios responsables para evitar posib les represalias tras la derrota republicana o por los vencedores que la consideraron de poca utilidad para el reacutegimen que se instauraba A pesar de esto hemos logrado reconstruir alguna de las caracteriacutesticas de su laboro a traveacutes de la documentacioacuten rescatada del Archivo General de la Guerra Civil Espantildeola la Fundacioacuten Pablo Iglesias y del oacutergano que dio voz a las disposiciones oficiales del Gobierno Republicano la Gaceta de Madrid

El estallido de la guerra

Los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de marzo de 1939 fueron adaptaacutendose a los constantes cambios que se produjeron en la capital tras el alzamiento militar Un ritmo que en un primer momento fue marcado por la clase trabajadora responsable de tomar el mando de la ciudad Aprovechando la coyuntura que ofreciacutea el marco de la sublevacioacuten militar los sindicatos Confederacioacuten Nacional del Trabajo (CNT) y Unioacuten General de Trabajadores (UGT) emprendieron una Revolucioacuten social en el terreno social poliacutetico y econoacutemico basada en sus criterios Una de las primeras medidas tomadas fue la intervencioacuten (en el caso de la exclusiva direccioacuten de los trabajadores) o la incautacioacuten (en el caso de la participacioacuten de los sindicatos) de las industrias y locales comerciales de la ciudad incluidas tiendas laboratorios estudios dedicados a la fotografiacutea y las redacciones de los perioacutedicos Este sistema se basoacute en la explotacioacuten comuacuten por

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- U~ uucrraJiacutevirnspantildeola en ~Iadrid (1936-1939)

parte de los trabajadores de los locales abandonados por los propietarios (que al inicio de la contienda huyeron de la ciudad) o de los locales intervenidos (en este caso se permitioacute a los patronos su incorporacioacuten como otro colectivista maacutes hecho muy comuacuten en el caso de los fotoacutegrafos)

En el caso que nos ocupa fue el Comiteacute de Intervencioacuten e incautacioacuten de las Artes Graacuteficas el responsable de

Recoger y encauzar las colectividades y las necesidades de la industria y de su parte maacutes esencial para nosotros el respeto de los contratos de trabajo y a la dignidad de los compantildeeros cuya custodia se poniacutea de hecho en nuestras manos (AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid)

Este comiteacute se creo el ] 8 de agosto de 1936 tras la labor de las Comisiones de Incautaciones y Conflictos con la intencioacuten de centralizar las actuaciones que de manera permanente se estaban llevando a cabo para solventar los problemas derivados de una sublevacioacuten militar que afectaba a todo el paiacutes

Los problemas han ido creciendo como consecuencia de los meses que se dilatoacute y se di lata la guerra Por tanto lo que empezoacute siendo una cosa constrentildeida a las actividades sindicales o de salvaguardia de nuestros intereses puramente sindicales en torno a la industria se ha ido complicando con problemas como estos papel destrozo de industrias cierre de talleres reduccioacuten de jornada reduccioacuten de jornales militarizacioacuten aplicacioacuten del 60 a movilizados desplazamiento de maquinaria saboteo envuelto de algunos patronos y otros mil problemas inherentes a la marcha es precario de la industria (AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

Las primeras intervenciones de locales fotograacuteficos de la ciudad se produjeron el 19 de julio de 1936 seguacuten se indica en un documento sellado el27 de marzo de 1937 y en el que se describe una relacioacuten de doscientas treinta y dos casas relacionadas con la fotografiacutea que fueron intervenidas e incautadas por el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Artes

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atrlziacutele las tleras

Graacuteficas Al margen de esta informacioacuten contamos con las actas de intervencioacuten de algunos locales fotograacuteficos de la ciudad en concreto veintiuna De entre el total cuatro actas pelienecen a la intervencioacuten de locales que no aparecen en el este listado y si a esto le sumamos la informacioacuten de distinto tipo que hemos localizado en los archivos sobre la actividad fotograacutefica de Madrid podemos concluir que son sesenta y seis los locales dedicados a esta actividad durante la contienda al margen de la desan-ollada en los perioacutedicos revistas y de manera ambulante

Estas actas de intervencioacuten siguieron un modelo estaacutendar elaborado por el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Organizaciones Graacuteficas pelieneciente a la Unioacuten General de Trabajadores En el documento constaba el nombre del taller o local intervenido el domicilio y la fecha de la firma Ademaacutes debiacutea estar sellado por la empresa intervenida el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Artes Graacuteficas y por la Seccioacuten de Fotografia de dicho comiteacute El texto del acta de incautacioacuten era el siguiente

Con fecha de hoy el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Organizaciones Graacuteficas pertenecientes a la Unioacuten General de Trabajadores de acuerdo con el personal de las distintas secciones de los talleres de con domicilio en decidimos la intervencioacuten y control como garantiacutea del cumplimiento de las obligaciones que esta Empresa tiene convenidas con estas Organizaciones y en virtud de los que dispone la legislacioacuten social y la Carta Constitucional Espantildeola

A continuacioacuten presentamos el acta de incautacioacuten de Fotografiacutea Amer estudio que se ubicaba en la calle Montera en pleno centro de Madrid y que se produjo el21 de octubre de 1936 (Figura 1)

Seguacuten las actas de incautacioacuten e intervencioacuten conservadas la mayoriacutea de los procesos se llevaron a cabo durante los meses de septiembre y octubre de 1936 de tal modo que tres de lbs cuarenta y un locales de fotografiacutea existentes en Madrid sufrieron este proceso en el mes de agosto trece en el mes de septiembre veintidoacutes en el mes de octubre uno en el mes de noviembre y dos en el mes de enero de 1937

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Figura 1 shy El acta de incautacioacuten de Fotografia Amer Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

A pesar de la complejidad del proceso el resultado de las intervenciones e incautaciones de los locales fotograacuteficos de Madrid fueron desde el punto de vista econoacutemico un eacutexito sobretodo en el caso concreto de las intervenciones que pelmitieron un superavit en los balances econoacutemicos totales tal y como se afinnoacute en el boletiacuten de Obreros

Fotoacutegrafos del mes de marzo de 1938

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En la parte de intervencioacuten hemos podido observar que la guerra que se inicioacute en los primeros momentos anuncios de despido reduccioacuten de plantilla etc no era sino una arma con la que se queriacutea ay udar al fascismo Los nuacutemeros que no mienten demuestran cuales eran los beneficios que la clase patronal veniacutean

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obteniendo de la industria Este beneficio - por primera vez los obreros fotoacutegrafos tienen conocimiento de eacutel- es el producto del esfuerzo de los trabajadores Ved si tiene importancia la labor a desarrollar en el control de la industria

El trabajo de los fotoacutegrafos

El laboro de los fotoacutegrafos se vio afectado por el ritmo de la contienda sobretodo a partir del mes de noviembre de 1936 cuando Madrid se convirtioacute en una ciudad asediada Fueron cuatro los problemas a los que se enfrentaron los profesionales

-la falta de suministros - el control y la censura de las autoridades -la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente -los peligros derivados de la guerra La falta de suministros surgioacute con el corte de comunicaciones

por carretera de Madrid con otras ciudades republicanas debido a que las tropas sublevadas rodearon la ciudad cuatro meses despueacutes del alzamiento militar De este modo se impidioacute la llegada de viacuteveres incluido el material baacutesico para trabajar por lo que muchos fotoacutegrafos se vieron obligados a adaptarse a estas limitaciones (LOacutePEZ MONDEacuteJAR 2004)

La ausencia de negativos de paso universal llevoacute a muchos de ellos - a los fotoacutegrafos - a recuperar sus caacutemaras de placas y a utilizar restos de peliacuteculas de los noticieros cinematograacuteficos El propio Alfonso debioacute recurrir a sus viejas caacutemaras estereoscoacutepicas para realizar un reportaje encargado por el Ayuntamiento sobre los estragos producidos por los bombardeos en las calles de Madrid

y esto que afectoacute maacutes a los fotoacutegrafos espantildeoles que a los 1 1

extranjeros a los que les enviaban el material por correo o lo recogiacutean cuando haciacutean viajes a sus paiacuteses supuso un handicap debido a que los equipamientos modernos (como las caacutemaras Ermanox y Rolleijlex

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y las peliacuteculas maacutes sensibles) facilitaron la toma (desde puntos de vista hasta ese momento desconocidos) Y permitiacutean captar escenas sin flash ni triacutepode que permitiacutean que se sustituyeran las tomas estaacuteticas y posadas por la naturalidad de la accioacuten De hecho fotografiacuteas como la del miliciano en Cerro Muriano de Robert Capa hubiera sido impensable si el fotoacutegrafo no hubiera contado con la tecnologiacutea apropiada tal y como afirma su bioacutegrafo Whelan (1999 p32)

[ ] los lectores quedaron impactados ya que nadie habiacutea visto nada parecido hasta entonces Las anteriores fotografiacuteas de guerra habiacutean sido necesariamente estaacuteticas y tomadas a distancia En la Primera Guerra Mundial no tan lejana de aquella eacutepoca la caacutemara habitual era la Graflex mediana con un fuelle y placas de cuatro a cinco pulgadas Ademaacutes de resultar muy llamativa impediacutea praacutecticamente obtener fotos espontaacuteneas era muy pesada y dificultaba el margen de maniobra del fotoacutegrafo en situaciones de peligro Por el contrario la Leica de 35mm de Capa era discreta y le permitiacutea la maacutexima movilidad Con ella se lanzoacute al torbellino de la guerra como nadie antes que eacutel se habiacutea

atrevido a hacerlo

Algunos locales de la ciudad se vieron obligados a cerrar sus puertas ante la imposibilidad de lograr suministros tal y como se informoacute en la siguiente nota publicada en el boletiacuten Obreros Fotoacutegrafos en el antildeo 1938

Las dificultades insuperables de la adquisicioacuten de materiales han obligado a la Directiva a proceder al cierre de algunos talleres a los que la vida econoacutemica se les haciacutea imposible mermaacutendose por diacuteas las posibilidades y llegando a constituir un peligro de desaparicioacuten cosa que estudiada debidamente se trata de cortar con las medidas adoptadas La Directiva informaraacute ampliamente

de ello

Este problema se sumoacute a otros como la movilizacioacuten al frente de parte del personal empleado en los talleres y estudios o la censura impuesta por las autoridades responsables de Madrid Los fotoacutegrafos estuvieron controlados por las autoridades madrilentildeas ya que no podiacutean

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acudir al frente sin un pase que se obteniacutea tras la identificacioacuten de quieacutenes eran y para quieacuten trabajaban como desarrollaremos maacutes adelante En el caso de la cobertura en el frente eran trasladados y acompantildeados por un responsable de propaganda y la burla de cualquiera de estas normas suponiacutea un peligro para el fotoacutegrafo como comenta en sus memorias uno de los periodistas que cubrieron el conflicto en Madrid acerca del fotoacutegrafo londinense HY Drees

Durante diez diacuteas estuvo sin pases Y sin embargo gracias a alguacuten don excepcional - supongo que esto es lo que tienen los buenos fotoacutegrafos de prensa - siempre salioacute bien parado La noche del principal ataque aeacutereo fue su gran triunfo Estaba muy afectado por el bombardeo porque le habiacutea golpeado literalmente el soplo de la explosioacuten en una callejuela y se estaba recuperando en una cama de la Telefoacutenica cuando de repente se despertoacute agarroacute su caacutemara y subioacute a la deacutecima planta para fotografiar la ciudad en llamas Alliacute le arrestoacute un guardia Un periodista que hablaba espantildeol y habiacutea escuchado el incidente fue a ofrecer explicaciones al jefe de los guardias del edificio No soacutelo se encontroacute con que Drees ya no estaba arrestado sino que estaba tan campante en la planta trece rodeado de guardias admirativos que le miraban mientras fotografiaba la escena entera y posaban con orgullo para sus propias fotografiacuteas (COX 2005 p261-262)

Los problemas maacutes graves a los que tuvieron que enfrentarse los fotoacutegrafos en Madrid fueron los derivados de los constantes bombardeos que los aviones enemigos lanzaron sobre la ciudad puesto que como muchos de los locales dedicados a la fotografiacutea en Madrid y las residencias de los fotoacutegrafos extranjeros estaban ubicados en la zona centro corriacutean un mayor riesgo De hecho conocemos como el fotoacutegrafo Alfonso se vio obligado a abandonar durante meses su estudio de la calle Fuencarral por la constante amenazada que significaba encontrarse cercano al edificio de la Telefoacutenica el maacutes alto de Madrid y por tanto objetivo prioritario de la aviacioacuten enemiga Un ejemplo graacutefico del peligro que corrieron los locales de fotografia de la ciudad

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eS la siguiente fotografiacutea (Figura 2) en la que se puede ver el estudio de Fotos Galaacuten3 situado en la calle Alcalaacute 9 completamente derruido como consecuencia de uno de los numerosos bombardeos aeacutereos

Figura 2 - Estudio de Fotos Galaacuten derruido Fotografla Aulor nojuacutee citado

Fuente Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Otros fotoacutegrafos aquellos encargados de cubrir el frente llegaron a pagar con su vida Uno de los ejemplos maacutes conocidos es el de Gerda Taro que trabajoacute para las revistas francesas Ce Soir y Regards cubriendo el conflicto en Coacuterdoba Barcelona y Madrid entre otras ciudades En la

3 A pesar de que en el letrero del local fotograacutefico se lee claramente Totos Galaacuten en el li stado que hemos localizado en el Anuario General de Espantildea Bailly-Baillieacutere de 1936 figura el nombre de Teodoro Orozco como el correspondie nte al estudio fotograacute fi co del nuacutemero nueve de la ca lle Alcalaacute Puede deberse a dos razones un cambio de nombre tras la edicioacuten del nuacutemero del Anuario o a que con el estallido de la guerra el com iteacute de trabajadores del local sustituye ran el nombre del propietario por el de FalOS Galaacuten

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fotografiacutea que se presenta a continuacioacuten (Figura 3) Robert Capa su pareja la retratoacute resguardada del ataque de los sublevados en el Frente de Coacuterdoba en 1936

Figura 3 - Cerda Taro resguardada del alaque de los sublevados en el Frente de Coacuterdoba en 1936

Faagrafia Robert Capa Fuente Olmeda (2007)

y seraacute precisamente en el Frente de Brunete en el que el25 de jul io de 1937 a las 18 30 horas cuando la fotoacutegrafa pierda la vida a causa de un accidente fOltuitO un tanque descontrolado que intentoacute zafarse de un bombardeo enemigo se cruzoacute en la carretera invadiendo el carril en el que transitaba el camioacuten que trasladaba a varios heridos y a Gerda El golpe le hizo caer y el tanque pasoacute por encima de su cuerpo Murioacute unas horas maacutes tarde en el hospital ingleacutes de El Goloso Unos minutos antes del incidente Gerda escribioacute en su diario

Caen bombas muy cerca de nuestra posicioacuten Oiacutemos el ruido estremecedor de los bombardeos Ted se cubre la cabeza pero yo saco fotos sin parar Mantengo la sangre friacutea en medio de una escena apocaliacuteptica con aviones descendi endo en picado explosiones que agujerean la tierra y soldados que hu yen presos

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Fotoacutegrafos de guen-a la cobertura iacuteotogijiacutefica d~ la iexcliexcllIerra CiiacuteirEspantildeQla en ~fadrid (1936-1939)

del paacutenico Conservo la calma cuando un avioacuten abre fuego sobre nuestro hoyo Me quedo tumbada de espaldas y sigo disparando la Leica Se me acaban los carretes (OLMEDA 2007 p179)

Soacutelo por este motivo (a Gerda se le habiacutea acabado el material para fotografiar) decidioacute abandonar la primera liacutenea y subirse al camioacuten Esta decisioacuten a la hora de fotografiar en primera liacutenea (y que desobedeciacutea la orden expresa del general Walter miembro de las Brigadas Intemacionales) le costoacute la vida pero hasta el uacuteltimo aliento se preocupoacute por su material porque sabiacutea de la importancia de denunciar visualmente aquello que estaba ocurriendo De hecho una de las enfermeras que le atendioacute Irene Goldin afirmoacute el tanque le habiacutea abierto el estoacutemago y teniacutea heridas abdominales muy graves se le habiacutean salido todos los intestinos [ ] Lo uacutenico que dijo fue iquestestaacuten bien mis caacutemaras Son nuevas iquestEstaacuten bien (KERSHAW 2003 p181)

A pesar de las numerosas complicaciones los fotoacutegrafos continuaron con su labor orientada a tres actividades primordiales fotoperiodismo fotografiacutea oficial y otros trabajos entre los que podriacuteamos incluir los de estudio sobretodo las fotografiacuteas de carnet esenciales en una ciudad en la que todos debiacutean estar identificados

Los fotoacutegrafos

Fueron muchos los fotoacutegrafos conocidos que trabajaron en Madlid Entre los espantildeoles destacaron Manuel Albero y Francisco Segovia Marin loseacute Mariacutea Casariego Alfonso Santos Yubero Agustiacute y Llu iacutes Centelles Lluiacutes Torrents Luis Vidal Corrella los Mayo entre otros Entre los reporteros extranjeros que soliacutean alojarse en el Hotel Florida (en la plaza de Callao) o el Hotel Gran Viacutea Uunto al bar Chicote) que cubrieron el conflicto en la capital encontramos a Robert Capa Gerda Taro lean Moral David Seymour Luis Bressange Walter Reuter y otros que trabajaron para las agenciasAP Keystone View Company Planet News

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World Wide Photo Central Press y London News Agency Press por mencionar las maacutes importantes

Durante la Guerra Civil Espantildeola los fotoacutegrafos se agruparon bajo varias organizaciones sindicales dependientes de las ramas de Artes Graacuteficas la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y la Seccioacuten de Fotoacutegrafos de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola Si a la informacioacuten que se desprendede las fichas de afiliacioacuten de estos sindicatos unimos la extraiacuteda de los archivos de la Junta Delegada de Defensa de Madrid a traveacutes de las fichas laborales que la Seccioacuten Fotograacutefica elaboroacute con el fin de controlar la actividad en la capital podemos hacemos una idea del nuacutemero de fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid y una cuestioacuten maacutes interesante quieacutenes eran

Se trata de un total de 1249 fichas distribuidas de la siguiente manera 197 de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 455 fichas de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y 597 fichas de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Junta Delegada de Defensa de Madrid

De entre el total de fotoacutegrafos 113 trabajaron para perioacutedicos y revistas 37 en el frente 57 para una institucioacuten oficial 585 en un local de fotografiacutea 193 en la viacutea puacuteblica o como fotoacutegrafo al minuto y 240 eran afiliados de los que o no tenemos constancia de doacutende trabajaron o no eran fotoacutegrafos pero su trabajo estaban directamente relacionado con el mundo de la imagen A continuacioacuten presentamos una tabla con esta informacioacuten detallada por organizaciones

Perioacutedicos Institucioacuten Locales Viacutea PuacuteblicaFrente OtrosRevistas Oficial Fotograacuteficos Al Minuto

Junta Delegada 73 34 54 121 180 115JI L -lt 1 ~

26 H 2 JL middottrSociedad Obrera 315 10 101J~ I shy

Federacioacuten Graacutefica 14 lt 1f 2 lf 149 r 3 -

24

Tabla 1 - Fotograacutefos e otros relacionados con el mundo de laf grafia que trabajaron en la guerra

Ante estos datos debemos hacer dos aclaraciones en primer lugar estos registros no soacutelo se refieren exclusivamente a fotoacutegrafos sino a todos aquellos que estuvieron relacionados con el mundo de la fotografiacutea (incluidos reveladores ayudantes aprendices encargados de tienda etc) y en segundo lugar que alguno de los nombres se encuentra en varias de estas organizaciones 14 obtuvieron fichas de ingreso de la Junta Delegada de Defensa de Madrid la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares 4 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 22 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y 120 obtuvieron ficha de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y la Sociedad de Obreros Fotoacutegrafos

La fuente maacutes interesante de trabajo la encontramos en las fichas de la Junta Delegada de Defensa de Madrid puesto que controloacute exhaustivamente a los fotoacutegrafos a traveacutes del trabajo de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa dirigida por Joseacute Carrentildeo Espantildea De hecho se anularon los permisos concedidos con anterioridad y se obligoacute a solicitar unos nuevos ahora controlados por la Junta tal y como se publicoacute en su Boletiacuten Oficial en diciembre de 1936

Para poder obtener fotografiacuteas tanto de la ciudad como de sus frentes de guerra a que se extiende mi autoridad de Comandante de la plaza seraacute preciso proveerse de licencia concedida por el Delegado de Propaganda y Prensa de esta Junta que necesariamente habraacute estar firmada por el mismo

A continuacioacuten presentamos la ficha de Gerda Taro (Figura 4) sellada el 25 de enero de 1937 en la que se incluyen datos como su nombre completo (Gerta Pohorylle) su domicilio en Pariacutes (50 Rue Vavin) el lugar y fecha de nacimiento (Stuttgart 01081910) la empresa para la que trabajaba (Le Soir Paris) el domicilio oficial en Madrid (Alianza de Intelectuales) y el partido poliacutetico al que perteneciacutea (AEAR) La ficha iba acompantildeada de una fotografiacutea de carnet entregada por la interesada (Figura 5)

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 janjun 2009 discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 janjun 2009

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JUNTA OELEGADA DE DEfENSA DE MADRID Secretaria de Propagandamiddot Seccioacuten Fotooraacutefical FILlAcrOacuteN DEL FOTOacuteGRAfO -7-rt

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Figura 4 - La ficha de Gerda Taro Fuene AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

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Figura 5 - Fotografla de Gerda Taro Fotografia Autor nojuacutee citado

Fuente AHNSeccioacuten Salamanca pis Madrid

discursos tOUacutelgraacuteficos Londrina ~ 5 n6 p131-160 janJjun 2009

Fotoacutegrafos de guerra la co_bertllra fotoiexcl(rJJICil aiexcliexcliexcliexcluiexcllIctra Ct1T]spantildeola en Madrid (1936-19l9) 149

Para poder trabajar libremente esta identificacioacuten debiacutea ir acompantildeada de una autorizacioacuten expedida por los jefes militares del sector correspondiente tal y como se detalla en la siguiente autorizacioacuten (Figura 6) sellada por la Junta Delegada de Defensa de Madrid y la 40 Brigada Mixta del Estado Mayor de la Repuacuteblica Espantildeola (que estaacute firmada por el General Miaja el 17 de febrero de 1937) a Alfonso Saacutenchez Portela conocido como Alfonso concedieacutendole permiso para trabajar en el frente o la siguiente (Figura 7) sellada ellO de marzo de 1939 (unos diacuteas antes de finalizar la guerra) en la que el Director General de Seguridad le autorizaba a obtener informacioacuten graacutefica en el interior de la capital

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Figura 6 - Autorizacioacuten expedida para poder trabajar libremente Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

discursos fotograacutefi cos Londrina v5 n6 pl 31-160 janJjun 2009

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Figura 7 - Autorizacioacuten expedida para Alfonso Saacutenchez Porlea diacuteas antes dejinalizar la guerra

Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

Si tras la entrada en vigor de la disposicioacuten de obligatoriedad de identificacioacuten se sorprendiacutea a un fotoacutegrafo sin permiso o empleando una caacutemara que no hubiera obtenido la licencia adecuada eacuteste era considerado un desafecto a la causa republicana y debiacutea ser juzgado por tal causa por el fuero militar

En el caso del reportero graacutefico eacuteste debiacutea proveerse de una chapa metaacutelica numerada que le identificara como tal (tras previo aval de la Direccioacuten de la agrupacioacuten Unioacutende Informadores Graacuteficos de Prensa) y asiacute tener acceso libre a los espacios de la ciudad ademaacutes de una tarjeta identificativa autorizada por el Delegado y el Secretario General de Prensa

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Una vez que los fotoacutegrafos haciacutea su trabajo el control se extendiacutea a la seccioacuten graacutefica de las revistas y perioacutedicos sometida a un total control por parte de las autoridades tal y como se extrae de la sifruiente disposicioacuten publicada en el Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid en enero de 1937

A partir de las doce de la noche del diacutea 30 de diciembre de 1936 queda terminantemente prohibida la publicacioacuten en Madrid de perioacutedicos diarios revistas boletines tanto de empresas como de organizaciones poliacuteticas sindicales y de milicias dibujos litografiacuteas y demaacutes med ios graacuteficos mencionados en el artiacuteculo segundo de la Ley de Imprenta con excepcioacuten de libros si que previamente hayan sido autori zados por la censura de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa de esta Junta De toda publicacioacuten graacutefica sometida a censura se presentaraacuten tres ejemplares uno que se devolveraacute sellado cuando se autorice para que salga a la luz y dos que se conservaraacuten en la referida Delegacioacuten para constituir el Archivo de la revolucioacuten que en su diacutea seraacute depositado donde disponga el Gobierno legiacutetimo de la Repuacuteblica 4

Como ya hemos comentado la fotografiacutea es el mejor soporte para mostrar aquello que se quiere mostrar por lo que las autoridades responsables de la defensa de Madrid la utilizaron como medio propagandiacutestico de ahiacute el feacuterreo control de fotoacutegrafos y medios de comunicacioacuten Por eso resulta interesante hablar no soacutelo de lo que se retrata sino tambieacuten de lo que se oculta Pondremos un ejemplo a traveacutes de lo visual que nos serviraacute para ilustra nuestra hipoacutetesis las fotografiacuteas tomadas a milicianos y soldados defensores de la capital en momentos de asueto Si analizamos la produccioacuten fotograacutefica de este asunto que se conserva en el Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola de la Biblioteca Nacional observamos que la imagen gira en tomo a dos ejes de representacioacuten la alimentacioacuten y la formacioacuten

bull Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid Antildeo 2 n2 1 dc enero de 1937 Tomo 1 p7)

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151

152 153

cultural de los combatientes No parece casual que la mayoriacutea de las imaacutegenes del descanso de los soldados de Madrid que se conservan en el fondo que trabajamos coincidan en tema con las maacutexi mas preocupaciones del gobierno republicano los problemas de alimentacioacuten y abastecimiento de las tropas defensoras y la educacioacuten como medio de luchar contra el fascismo Esto se puede ver claramente en la siguiente imagen (Figura 8) un trabajo de la casa de fotografiacutea Albero y Segovia en la que un grupo de 7 milicianos alguno de ellos armado que estaacuten en un espacio cerrado rodean una mesa en la que se disponen copiosamente viacuteveres Si atendemos a la expresioacuten corporal podemos intuir que los siete observadores intemos mantienen claramente una pose ante la caacutemara del fotoacutegrafo Por ejemplo el hombre que cierra la escena a la derecha sostiene con cierta dificultad y de manera muy artificial en su mano izquierda unas cajetillas de tabaco y un paquete sin soltar el arma (que no estaacute colgada) de tal modo que la mano derecha le impide ayudarse con la carga La intencioacuten parece clara este personaje debe ser fotografiado con los viacuteveres en su mano pero sin soltar su arma que debe formar parte del cuadro

Figura 8 - Grupo de 7 milicianos rodean una mesa Fotografia Autor nofuacutee citado Casa de fOlografia Albero y Segovia

Fue11le Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

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Lo que recuperamos en el reverso de la imagen tambieacuten nos ayuda a descubrir la connotacioacuten de la fotografia

El fin del antildeo 36 de los milicianos de la intendencia reciben cajetillas chocolates vinos y licores conservas hasta jamones abundante ropa y tambieacuten cantidades en metaacute lico Asiacute cuida la Repuacuteblica a sus bravos luchadores

Como hemos comentado tan importante resulta lo que se ve como lo que se oculta Pongamos otro ejemplo A pesar de las numerosas fotografiacuteas que muestran los momentos de asueto de los defensores del Madrid del iexclNo pasaraacuten no existe ninguna en la que se retrate a los soldados realizando actividades luacutedicas como jugar a las cartas algo que resulta sorprendente si tenemos en cuenta que seguacuten el testimonio de alguno de los supervivientes era algo habitual hasta el punto de convertirse en la uacutenica manera de matar el tiempo Por el contrario siacute encontramos testimonio graacutefico de la praacutectica de este tipo de juegos entre las fotografias (en un nuacutemero muy inferior si las comparamos con la produccioacuten fotograacutefica de los antifascistas) del bando sublevado como aquellas que retratan eljuego de un grupo de soldados del Ejeacutercito de Marruecos en un rato de juego en la Ciudad Universitaria el19 de mayo de 1938 tal y como se indica en el reverso de la imagen sellada por la Seccioacuten Teacutecnica del Ministerio del Interior (Figura 9)

El porqueacute de la inexistencia de alguna huella visual de ese momento de ocio entre los soldados republicanos podriacutea explicarse como algo meramente casual de no ser porque conocemos a traveacutes de la prensa que el gobierno republicano consideroacute el juego como una actividad impropia en el frente hasta tal punto que este tema se convirtioacute en el protagonista de la tira coacutemica Hay que evitar ser tan bruto como el soldado Canuto publicada en La Voz del combatiente Esta seccioacuten se encargaba de recordar al soldado antifascista a traveacutes del personaje de Canuto como no debla comportarse El diacutea cinco de abril de 1937 bajo el tiacutetulo El peor de

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155 154 W

los vicios es eljuego la tira estaacute dedicada a advertir a los soldados de lo negativo del juego Canuto retorna al frente y sigue tan imprudente Pues a su sector llegado una baraja ha sacado Logra formar enseguida una importante partida Se juega con gran fruic ioacuten hasta la respiracioacuten A Canuto le han ganado y encima quedoacute entrampado

Figura 9 - Juego de un grupo de soLdados deL Ejeacutercito de Marruecos Fotografia Autor nofue citado Seccioacuten Teacutecnica deL Ministerio deL Interior

Fuente Biblioteca NacionaL Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Tambieacuten en el Manual del Miliciano que la Editorial Labor publica en 1937 en el apartado dedicado a la Moral del Miliciano se advierte de la necesidad de controlar a aquellos que se dejan llevar por los impulsos

Nada maacutes nefasto en cambio que la conducta de quienes a riacuteo revuelto pretenden convertir la guerra en tolvanera de sus apetitos El arte y la literatura han marcado con fuego la injuria de aquellos seres indignos qu~ al margen de la lucha y casi siempre a cubierto de sus riesgos caen sin piedad sobre vidas y haciendas sin otro moacutevil que el de saciar sus ansias de destruccioacuten o de rapintildea Son eacutestos elementos indeseables cuya eliminacioacuten del cuerpo social soacutelo puede reportar grandes

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 jan jun 2009

beneficios no ya porque manchan la revo luc ioacuten con sus actos reprobables sino porque alumbran en el alma de los indiferentes la idea de que la razoacuten - tan clara - no estaacute de nuestra parte

Se podriacutea pensar que las dificultades por las que atravesaba la retaguardia madrilentildea con el fin de suministrar lo necesario en la vanguardia haciacutean inconveniente mostrar una imagen tan friacutevola de los defensores de la ciudad y por tanto se podriacutea haber evitado retratar esa situacioacuten Parece que el juego y las apuestas no eran del gusto de un ejeacutercito que primaba la formacioacuten sobre la diversioacuten

En otras ocasiones y como resultado de ese control el fotoacutegrafo teniacutea que enfrentarse a la recreacioacuten de escenas beacutelicas que debiacutean ser fotografiadas como si se tratara de una real Son muchos los testimonios de reporteros que afirmaron la escenificacioacuten de determinadas acciones ante la caacutemara con fines propagandiacutesticos pero no soacutelo en la zona republicana sino tambieacuten en la sublevada tal y como afirma el periodista britaacutenico DDowd Gallagher a quien Robert Capa confesoacute

En Espantildea empeceacute por Hendaya en Francia en la frontera espantildeola proacutexima a San Sebastiaacuten La mayoriacutea de los reporteros y fotoacutegrafos nos hospedaacutebamos en un pequentildeo hotel destartalado Nos introdujimos en la Espantildea de Franco a traveacutes del riacuteo Iruacuten una vez que nos dieron penniso los oficiales de prensa de Franco en Burgos En una ocasioacuten soacutelo invitaron a los fotoacutegrafos [ ] y Capa me lo contoacute Les simularon escenas de batalla Las tropas de Franco vestiacutean de uniforme y estaban armadas y simulaban situaciones de ataque y de defensa Utilizaron bombas de humo para ambientar la escena (LEWINSKY 1978 p88)

De este modo el control ejercido por las autoridades poliacuteticas sindicales y militares tanto del frente como de la retaguardia fue uno de los caballos de batalla de los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid Sin embargo el manejo del lenguaje visual (complejo por definicioacuten) de eacutestos haciacutea posible establecer miradas diferentes en las imaacutegenes que eran tomadas por los que hemos denominado fotoacutegrafos oficiales y fotoacutegrafos oficiosos

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156 157

Los fotoacutegrafos oficiales y oficiosos en un ejemplo concreto el retrato de mujeres

Para cerrar esta breve reflexioacuten acerca del papel desarrollado por los fotoacutegrafos que cubrieron la Guerra Civil Espantildeola en Madrid debemos hacer una diferenciacioacuten que marca las dos maneras de mirar que se plasman a traveacutes de las fotografiacuteas Para entender de queacute hablamos cuando hacemos una distincioacuten entre fotoacutegrafos oficiales y oficiosos pondremos un ejemplo visual

Figura JO - Mujer abatida sobre los restos de su casa de Teuaacute de las ViclOrias Fotografza Autor nojIacutete citadoServicio de Propaganda del Servicio Fgraacutefico

dell1inisterio de EXleriores Fuente Biblioteca NacionalFondo FOlOgraacutefico de la Guerra Civil Madrid

discursos fotogniacuteficos Londrina 5 n6 p131-160 jan)jun 2009

Fotoacutegrafos de guerra la cobertunI iacuteotogiiexclififad~ Iiexcll GueriexcliexcltCiexcl1EspaIIacuteola (1 Mwrjd 51 WJmiddot19~9)

Figura J J - l1ujeres inen tan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacuteiles en su nueva residencia

Faagrafia AUlOr no jite citado Casa barcelonesa de P Luis Torrents Fuente Biblioeca NacionalFondo FOlograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Se trata de dos fotografiacuteas rescatadas del Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola que se conserva en la Biblioteca Nacional (Madrid) en las que se retratan mujeres regresando a sus hogares tras el estallido de una bomba lanzada por la aviacioacuten enemiga Las dos imaacutegenes representan una misma accioacuten sin embargo el enfoque es diferente Mientras en la figura 10 (sellada por el Servicio de Propaganda del Servicio Fotograacutefico del Ministerio de Exteriores) se muestra una mujer abatida sobre los restos de su casa de Tetuaacuten de las Victorias la figura 11 (sellada por la casa barcelonesa de P Luis Torrents) muestra una actitud diferente ante ese mismo hecho En esta imagen las mujeres no se sientan a contemplar el resultado de los proyectiles lanzados por la aviacioacuten facciosa sino que intentan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacutetiles en su nueva residencia Por tanto la primera fotografia corresponde a la imagen pasiva de la mujer tradicional y La segunda a la verdadera imagen de la mujer de Madrid aquella que luchoacute de manera activa contra el fascismo en la retaguardia madrilentildea hacieacutendose responsable del sustento material y moral de su familia

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 janJJlltl 211()1

159 158 1

La totalidad de fotografias que retratan a la mujer de costumbres madrilentildea (es decir aquella que se encargoacute de cuidar de su familia) y que estaacuten selladas por los fotoacutegrafos oficiales (entendiendo por oficial aquel que trabaja para una institucioacuten puacuteblica ya sea poliacutetica o sindical)

responde al prototipo de mujer pasiva viacutectima de lo que OCUlTe mientras

que las fotografiacuteas tomadas por los fotoacutegrafos oficiosos (los que

trabajaron para las distintas casas de fotografiacutea de Madrid y de otras

localidades y los reporteros de guelTa) muestran la imagen de una mujer

combativa que lucha contra la sublevacioacuten desde la retaguardia

El motivo parece estar claro la imagen de la mujer de costumbres

abatida que se mostraba en carteles documentales y fotografias tomadas

por las autoridades antifascistas resultaba maacutes exportable para mostrar

al mundo las siniestras consecuencias de una sublevacioacuten militar que la

imagen de una mujer que intentoacute acomodarse a las exigencias impuestas por el estallido del conflicto

Consideraciones finales

Como dijo Pierre Bourdieu al hablar de las cinco satisfacciones que

aporta la fotografiacutea (la proteccioacuten contra el paso del tiempo la

comunicacioacuten con los demaacutes y la expresioacuten de sentimientos las

realizaciones de uno mismo el prestigio social la distraccioacuten y la evasioacuten)

[ ] la fotografia tendriacutea como funcioacuten ayudar a sobrellevar la angustia suscitada por el paso del tiempo ya sea proporcionando un sustituto maacutegico de lo que aqueacutel se ha llevado ya sea supliendo las fallas de la memoria y sirviendo de punto de apoyo a la evocacioacuten de recuerdos asociados en suma produciendo el sentimiento de vencer al tiempo y su poder de destruccioacuten (BOURDIEU 2003 p52)

Gracias al trabajo realizado por los fotoacutegrafos que cubrieron el

conflicto en la ciudad de Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 p131-160 janjun 2009

Fotoacutegrafos de guenll la coacuteberful1l totograllca ele la tilli]sectpaifiJii 1 ~fjhiacutef (1 )3fiacutellJ3m

abril de 1939 hemos podido recuperar la memoria (jiexcll acontecimiento

maacutes negro de la historia reciente de Espantildea a traveacutes del soporte visual

El trabajo que los corresponsales y fotoacutegrafos realizaron al estallar la guerra se ajustoacute al ritmo impuesto por la contienda por lo que tuvieron que enfrentarse a cuatro problemas baacutesicos que condicionaron su trabajo

la falta de suministros la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente los peligros derivados del fuego cruzado y de los continuos bombardeos sobre el frente y la retaguardia y el control y la censura impuesta por las autoridades Este uacuteltimo condicionante fue determinante en tanto que

los servicios de propaganda controlaron el laboro de los fotoacutegrafos y el resultado que era publicado en revistas y perioacutedicos de la Espantildea republicana de ahiacute que podamos hablar de dos tipos de fotografias que reflejan dos miradas diferentes sobre la realidad las tomadas por fotoacutegrafos que trabajaron para una institucioacuten poliacutetica y sindical (los fotoacutegrafos oficiales) y los retratos realizados por fotoacutegrafos que lo hicieron para un local de fotografia o para medios extranjeros (los fotoacutegrafos oficiosos) Por otro lado y debido a este feacuterreo control resulta muy interesante para los estudiosos que trabajan la imagen como medio para acercarse al pasado observar tanto lo que se retrata como lo que se silencia visualmente ya que marca el discurso oficial que se impuso durante los tres antildeos de contienda Para ilustrar nuestra hipoacutetesis de trabajo hemos empleado varios ejemplos visuales

Bibliografia

BOURDIEU Pierre Un arte intermedio ensayo sobre los usos

sociales de la fotografia Barcelona Gustavo Giliacute 2003

COx Geoffrey La defensa de Madrid Madrid Oberon 2005

KERSHAW Alex Sangre y champaacuten la vida y la (poca de Robert

Capa Madrid Debate 2003

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 jan lim ~(iexclI~

160

LEWINSKY Jorge The camera at war a history ofworld photography from 1848 to present day Nueva York Simon amp Schuster 1978

LOacutePEZ MONDEacuteJAR Publio Alfonso cincuenta antildeos de Historia de Espantildea Madrid Editorial Lunwerg 2004

MANUAL del Miliciano [Sl] Editorial Labor 1937

NUESTRA propaganda en las filas facciosas La voz del combatiente Madrid 23 mar 1937 p5

OLMEDA Fernando Gerda Tardo fotoacutegrafa de guerra el peliodismo como testigo de la historia Madrid Debate 2007

WHELAN Richard Capa cara a cara fotografias de Robert Capa sobre la Guerra Civil Espantildeola Madrid MNCARS 1999

111 bull bullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbull bullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbull

Ultima Hora em cena amodernidade fotograacutefica

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Silvana Louzada

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 jan jun 2009

Sumaacuterio

Editorial 9

Artigos

Linha de pesquisa Imagem Miacutedia e Linguagem

Memoacuteria e apagamento no imaginaacuterio dos telejornais 13 Renata Marcelle Lara Pimentel

Fotografias de um nao-lugar e a transposi~ao da comunica~ao em supermercados de rede 35 Desire Blum Menezes Torres

A interdi~ao das imagens a constru~ao do outro

pelas charges de Maomeacute 59 Alberto Klein e Maria Luisa Hoffmann

De 1965 para caacute contando o tempo de Opalka na pintura e na fotografia 77

Elane Abreu e Nina Velasco

Robert Capa espectador e coadjuvante nos conflitos de seu tempo 99 Rodolpho Cavalheiro Neto e Mariacutea Dolores Aybar Ramiacuterez

Fotoacutegrafos de guerra la cobertura fotograacutefica de la Guerra Civil Espantildeola en Madrid (1936-1939) 131 Beatriz de las Heras

8

Linha de pesquisa Imagem Cultura e Processos Sociais

Ultima Hora ern cena a rnodernidade fotograacutefica 161

Silvana Louzada

Reterritorializa~oes no orkut urn olhar netnograacutefico sobre os Brasileiros no Exterior 1 89 Cynthia Harumy Watanabe Correa

Olhares de pertencirnento novos fotodocurnentaristas sociais 213 Juacutelia Mariano Ferreira e Marcelo Henrique da Costa

Particularidades da anaacutelise fotograacutefica 229

Tatiana Fecchio da Cunha Gonyalves

Resenhas

Mais urna agradaacutevel viagem de trern 247 Paulo Ceacutesar Boni

Tesouro Imperial 255 Larissa Ayumi Sato

1860-1960 urn seacuteculo de fotografia no estado do Mato Grosso 261

Caacutessia Maria Popolin

Sao Paulo degustada aos poucos 267 Maria Zaclis Veiga Ferreira

Entrevista

Pedro Karp Vasquez 273 Paulo Ceacutesar Boni

Editorial

Este eacute o sexto nuacutemero da revista Discursos Fotograacuteficos e ateacute agora a cada ediyao a capa saiu com urna cor diferente Para os tres primeiros nuacutemeros optamos pelas cores primaacuterias - vermelho verde e azul a trilogia do famoso RGB ingles (red green and blue) O quarto nuacutemero saiu com a capa preta e o quinto com a capa branca para lembrar o claacutessico preto e branco das fotografiacuteas O sexto nuacutemero entra em circulayao com a capa dourada Por que dourado - Para comemorar urna data especial os 170 anos da invenyao da fotografiacutea desde que considerado eacute claro seu anuacutencio na Franya em 19 de agosto de 1839 com a paternidade do invento num primeiro momento atribuiacuteda a Louis-Jacques Mande Daguerre tanto que ele foi batizado de Daguerreoacutetipo

Por conta dessa data especial tambeacutem ternos um entrevistado especial Pedro Karp Vasquez um dos mais importantes nomes da histoacutelae da memoacuteria da fotografiacutea brasileira autor de mais de 20 livros Pedro fala de sua forrnayao seus livros e projetos e sua atuayao na Funarte onde tr~balhou Diz que comeyou a escrever sobre fotografiacutea porque percebeu que os paiacuteses em que a fotografiacutea era mais forte

eraacutem precisamente aqueles que melhor conheciam a sua proacutepria hisjOacuteria Confessa ser fascinado pelo Brasil e diexclz que descobriu sua verdadeira vocayao com Josune Dorronsoro criadora do Departamento de Fotografiacutea do Museu de BeJas Artes de Caracas que lhe disse certa vez noacutes somos facilitadores Isso mudou meu modo de pensar e agir admite

130

SONTAG Susano Diante da dor dos outros Sao Paulo Companhia das Letras 2003

SOUSA Jorge Pedro Urna histoacuteria criacutetica do fotojornalismo ocidentaI Florianoacutepolis Letras Contemporaneas 2000

WHELAN Richard Robert Capa a biography Lincoln University ofNebraska Press 1994

WHELAN Richard Introdwao In CAPA Comel Robert Capa fotografias Traduyao de Beatriz Karam Guimaraes Sao Paulo Cosac amp Naify Ediyoes 2000 p1 O

WHELAN Richard Proving that Robert Capas Falling Soldier is genuine a detective story 2002 Disponiacutevel em lt http wwwpbsorgwnetlamericanmastersepisodesrobert-capalin-Iove-andshywar47gt Acesso em 21 set 2008

Beatriz de las Heras

discursos fotograacuteficos Londrina 5 n6 p99-130 janiexclun 2009

I i 1 I

132

Fotoacutegrafos de guerra la cobertura fotograacutefica de la Guerra Civil Espantildeola en Madrid (1936-1939)

War photographers the photographic coverage ofthe Spanish Civil War in Madrid (1936-1939)

Beatriz de las Heras

Resumen El objetivo de esta comunicacioacuten es aproximarnos al papel desarrollado p or los fo toacutegrafos nacionales e internacionales que trabajaron en la ciudad de Nfadrid durante la Guerra Civil Espantildeola De este modo rejlexionaremos acerca de sus condiciones de trabajo las limitaciones en su actividad y el control ejercido por las autoridades responsables y abordaremos una cuestioacuten altamente interesante para aquellos que estudiamos la imagen como fuente de conocimiento del pasado las distintas maneras de mirar que tienen los fotoacutegrafos dependiendo del canalpor el que se distribuyesu trabajo

Palavras-chave Guerra Civil Espantildeola fo toacutegrafos de guerra fotografia

Abstract The arget ofhis communicaion consists in analyzing he role developed by press phgraphers boh na tional and internaional who worked in Nfadrid during the Spanish Civil Wal~ In this way we will rejlect onheir working conditions the limitations intheir activities and the control exerted by the authoriies in charge We will also approach a highly interesing point to those who study the image as a knowledge source ofthe pas the difieren ways press photographers had to Iook ino depending onthe channel in which Iher work is distributed

Key-words Spanish Civil War War photographers Photography

Doctora e n Humanidades Professora en la aacuterea de historia contemporanea del Departamento de Humanidades de la Univers idad Carlos IIJ de Madrid Especia lista en e l es tudio de la histori a atraves de las fuentes visuales E-mail bherashumuc3mes

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)ffliama ult a LJuelTIltivil Es~antildeol a en Madrid lt1936-1939)

Introduccioacuten

La Guerra Civil se considera el acontecimiento maacutes determinante en el desarrollo de la historia de Espantildea del siglo XX Fue el resultado del fracaso de una sublevacioacuten militar que se produjo el 17 de julio de 1936 cuando parte del ejeacutercito se alzoacute contra el gobierno constituido legiacutetimamente el 16 de febrero y fue obligado a combatir en una lucha fraticida La contienda se prolongoacute hasta el1 de abril de 1939 gracias sobretodo a la resistencia de los ciudadanos que decidieron voluntariamente oponerse a los militares Esto ocurrioacute en ciudades como Madrid que a pesar de ser rodeada por los sublevados en el mes de noviembre de 1936 se convirtioacute en el bastioacuten inexpugnable para el fascismo en el siacutembolo de la resistencia republicana durante tres antildeos El resultado de este enfrentamiento miles de muertos y la ruina econoacutemica poliacutetica y social de un paiacutes que soportoacute los 40 antildeos de dictadura impuesta por el vencedor de la contienda Francisco Franco

La guerra se consideroacute el laboratorio de ensayo de la II Guerra Mundial por ser precursora del uso de nuevo armamento taacutecticas militares sistemas de evacuacioacuten de poblacioacuten civil proteccioacuten del tesoro artiacutestico nacional pero sobretodo fue pionera en lo concerniente al dominio de la informacioacuten y de la propaganda en los distintos soportes el soporte oral (los discursos y la radio) el soporte escrito (la prensa escrita) y el soporte visual (el cine y los documentales de guerra la fotografiacutea y la carteliacutestica) Tambieacuten en lo concerniente a la direccioacuten de sus objetivos la vanguardia y la retaguardia (para mantener la moral de los combatientes y de la poblacioacuten civil respectivamente) los enemigos (para minar sus fuerzas) y los neutrales (con la intencioacuten de conseguir su respaldo) Tal fue el nivel de utilizacioacuten de la propaganda por parte de los bandos enfrentados que el historiador y diplomaacutetico espantildeol Salvador de Madariaga habloacute de guerra de tinta para referirse a la Guerra Civil Espantildeola

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135 134 eatriz ueJas lIerd

Durante la contienda las autoridades entendieron las ventajas de la utilizacioacuten de la informacioacuten divulgada (sobretodo por parte de los antifascistas) y de la necesidad de emplearla bien tal y como se expresa en La voz del combatiente en el mes de enero de 1937

Este punto hay que plantearlo con toda claridad Si queremos que este arma no pierda ninguna de sus virtudes tenemos que I

I calibrar muy bien su empleo y conocer el modo de emplearla lo maacutes eficazmente posible Una de las armas maacutes a nuestro favor con que contamos para ganar la guerra es precisamente la propaganda de ahiacute que nos valgamos de ella con tacto con mesura con verdadero tino y no confundamos su prop ia fi nalidad De esta manera si no nos libramos de los entuertos ya hechos nos evitaremos el seguir cometieacutendolos en lo sucesivo [] Sobretodo que un arma llamada a deshacer entuertos no los siga creando de la manera maacutes lamentable por la impreparacioacuten de quienes ni saben manejarla ni comprenden su alcance poliacutetico

La utilizacioacuten de la propaganda no solo se realizoacute en tomo a las propias filas como ya hemos comentado sino que tambieacuten tuvo como objetivo filtrarse en el bando enemigo con la intencioacuten de minar sus fuel7as o atraer a los combatientes contrarios

Se ha escrito mucho resaltando la gran impOliancia que para nosotros y para nuestra causa tiene el desarrollo de una propaganda sistemaacutetica y organizada en las filas enemigas No nos costariacutea mucho trabajo sentildealar infinidad de casos que demuestran esa realidad Alliacute donde la propaganda se lleva a cabo con constancia y organizacioacuten los frutos no se hacen esperar decenas de evadidos del campo faccioso vienen a nuestras filas decenas de nuevos combatientes que gana nuestro Ejeacutercito un debilitamiento y una desmoralizacioacuten constante del enemigo (NUESTRA PROPAGANDA 1937 p5)

Fue tal el nivel de explotacioacuten propagandiacutestica que incluso llegoacute a ser objeto de criacutetica por parte de la prensa de la eacutepoca Pareciacutea que el gobierno republicano estaba maacutes concentrado en hacer grandes campantildeas

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que mostraran las maldades facciosas y las bondades de los antifascistas que en el propio desarrollo militar de la contienda tal y como se escribioacute en El Socialista en febrero de 1937 y que el gobierno censuroacute

y puesto que estamos resueltos a que ninguna falta quede sin corregir iquestno seraacute menester que alguna vez nos pongamos a pensar si desde el Comisariado de Guerra por ejemplo no se estaacute atendiendo maacutes mucho maacutes a la propaganda de partido - no el nuestro ciertamente- que a servir calladamente las exigencias que la guerra plantea

El soporte maacutes empleado en estos trabajos propagandiacutesticos fue el visual debido a su capacidad de persuasioacuten que le haciacutea un arma maacutes que sugerente para condicionar a un puacuteblico deseoso de informacioacuten y faacutecilmente manipulable por las circunstancias que se imponiacutean en esta guerra fraticida de tal modo que los carteles y las fotografiacuteas tomadas en el frente y en la retaguardia invadiacutean muros perioacutedicos y revistas En el caso concreto de las imaacutegenes fotograacuteficas no solo se entendiacutean como medio propagandiacutestico sino tambieacuten por ser el maacutes cercano a la realidad como un soporte contenedor de informacioacuten privilegiada que no podiacutea caer en manos del enemigo por lo que desde las tribunas responsables se realizaban llamamientos para evitar que esa informacioacuten pudiera emplearse en contra de sus intereses Ell de enero de 1937 la Seccioacuten de Propaganda y Prensa de la Junta Delegada de Defensa de Madrid publicoacute en su Boletiacuten la siguiente informacioacuten

Las reproducciones fotograacuteficas son al mismo tiempo que medios eficaciacutesimos para la propaganda elementos peligrosos que pueden revelar al enemigo datos de intereacutes para la ofensiva Es pues elemental medida previsora cuya omisioacuten seriacutea imperdonable emplear medios para tener la seguridad de que quienes utilizan las reproducciones fotograacuteficas son personas leales a la causa antifascista 2

Artiacuteculo censurado a El Socialista en Boletiacuten de propaganda de la Junta Delegada de Defensa de Madrid 19 febo 1937 Conservado en FPI p4456 Caja 18 p7 2 Delegacioacuten de Propaganda y Prensa Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid Madrid 1 ene 1937 p2

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136 Reatril de las lIerJS~____

Este es el motivo por el que nuestra reflexioacuten se centraraacute en el trabajo de aquellos que fueron responsables de cubrir visualmente el acontecimiento La dificultad a la hora de componer la historia colectiva de los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid entre julio de 1936 y abril de 1939 reside en el hecho de que la mayoriacutea de la documentacioacuten referente a su trabajo antes y durante la guerra fue destruida o por los propios responsables para evitar posib les represalias tras la derrota republicana o por los vencedores que la consideraron de poca utilidad para el reacutegimen que se instauraba A pesar de esto hemos logrado reconstruir alguna de las caracteriacutesticas de su laboro a traveacutes de la documentacioacuten rescatada del Archivo General de la Guerra Civil Espantildeola la Fundacioacuten Pablo Iglesias y del oacutergano que dio voz a las disposiciones oficiales del Gobierno Republicano la Gaceta de Madrid

El estallido de la guerra

Los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de marzo de 1939 fueron adaptaacutendose a los constantes cambios que se produjeron en la capital tras el alzamiento militar Un ritmo que en un primer momento fue marcado por la clase trabajadora responsable de tomar el mando de la ciudad Aprovechando la coyuntura que ofreciacutea el marco de la sublevacioacuten militar los sindicatos Confederacioacuten Nacional del Trabajo (CNT) y Unioacuten General de Trabajadores (UGT) emprendieron una Revolucioacuten social en el terreno social poliacutetico y econoacutemico basada en sus criterios Una de las primeras medidas tomadas fue la intervencioacuten (en el caso de la exclusiva direccioacuten de los trabajadores) o la incautacioacuten (en el caso de la participacioacuten de los sindicatos) de las industrias y locales comerciales de la ciudad incluidas tiendas laboratorios estudios dedicados a la fotografiacutea y las redacciones de los perioacutedicos Este sistema se basoacute en la explotacioacuten comuacuten por

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- U~ uucrraJiacutevirnspantildeola en ~Iadrid (1936-1939)

parte de los trabajadores de los locales abandonados por los propietarios (que al inicio de la contienda huyeron de la ciudad) o de los locales intervenidos (en este caso se permitioacute a los patronos su incorporacioacuten como otro colectivista maacutes hecho muy comuacuten en el caso de los fotoacutegrafos)

En el caso que nos ocupa fue el Comiteacute de Intervencioacuten e incautacioacuten de las Artes Graacuteficas el responsable de

Recoger y encauzar las colectividades y las necesidades de la industria y de su parte maacutes esencial para nosotros el respeto de los contratos de trabajo y a la dignidad de los compantildeeros cuya custodia se poniacutea de hecho en nuestras manos (AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid)

Este comiteacute se creo el ] 8 de agosto de 1936 tras la labor de las Comisiones de Incautaciones y Conflictos con la intencioacuten de centralizar las actuaciones que de manera permanente se estaban llevando a cabo para solventar los problemas derivados de una sublevacioacuten militar que afectaba a todo el paiacutes

Los problemas han ido creciendo como consecuencia de los meses que se dilatoacute y se di lata la guerra Por tanto lo que empezoacute siendo una cosa constrentildeida a las actividades sindicales o de salvaguardia de nuestros intereses puramente sindicales en torno a la industria se ha ido complicando con problemas como estos papel destrozo de industrias cierre de talleres reduccioacuten de jornada reduccioacuten de jornales militarizacioacuten aplicacioacuten del 60 a movilizados desplazamiento de maquinaria saboteo envuelto de algunos patronos y otros mil problemas inherentes a la marcha es precario de la industria (AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

Las primeras intervenciones de locales fotograacuteficos de la ciudad se produjeron el 19 de julio de 1936 seguacuten se indica en un documento sellado el27 de marzo de 1937 y en el que se describe una relacioacuten de doscientas treinta y dos casas relacionadas con la fotografiacutea que fueron intervenidas e incautadas por el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Artes

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atrlziacutele las tleras

Graacuteficas Al margen de esta informacioacuten contamos con las actas de intervencioacuten de algunos locales fotograacuteficos de la ciudad en concreto veintiuna De entre el total cuatro actas pelienecen a la intervencioacuten de locales que no aparecen en el este listado y si a esto le sumamos la informacioacuten de distinto tipo que hemos localizado en los archivos sobre la actividad fotograacutefica de Madrid podemos concluir que son sesenta y seis los locales dedicados a esta actividad durante la contienda al margen de la desan-ollada en los perioacutedicos revistas y de manera ambulante

Estas actas de intervencioacuten siguieron un modelo estaacutendar elaborado por el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Organizaciones Graacuteficas pelieneciente a la Unioacuten General de Trabajadores En el documento constaba el nombre del taller o local intervenido el domicilio y la fecha de la firma Ademaacutes debiacutea estar sellado por la empresa intervenida el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Artes Graacuteficas y por la Seccioacuten de Fotografia de dicho comiteacute El texto del acta de incautacioacuten era el siguiente

Con fecha de hoy el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Organizaciones Graacuteficas pertenecientes a la Unioacuten General de Trabajadores de acuerdo con el personal de las distintas secciones de los talleres de con domicilio en decidimos la intervencioacuten y control como garantiacutea del cumplimiento de las obligaciones que esta Empresa tiene convenidas con estas Organizaciones y en virtud de los que dispone la legislacioacuten social y la Carta Constitucional Espantildeola

A continuacioacuten presentamos el acta de incautacioacuten de Fotografiacutea Amer estudio que se ubicaba en la calle Montera en pleno centro de Madrid y que se produjo el21 de octubre de 1936 (Figura 1)

Seguacuten las actas de incautacioacuten e intervencioacuten conservadas la mayoriacutea de los procesos se llevaron a cabo durante los meses de septiembre y octubre de 1936 de tal modo que tres de lbs cuarenta y un locales de fotografiacutea existentes en Madrid sufrieron este proceso en el mes de agosto trece en el mes de septiembre veintidoacutes en el mes de octubre uno en el mes de noviembre y dos en el mes de enero de 1937

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Figura 1 shy El acta de incautacioacuten de Fotografia Amer Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

A pesar de la complejidad del proceso el resultado de las intervenciones e incautaciones de los locales fotograacuteficos de Madrid fueron desde el punto de vista econoacutemico un eacutexito sobretodo en el caso concreto de las intervenciones que pelmitieron un superavit en los balances econoacutemicos totales tal y como se afinnoacute en el boletiacuten de Obreros

Fotoacutegrafos del mes de marzo de 1938

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En la parte de intervencioacuten hemos podido observar que la guerra que se inicioacute en los primeros momentos anuncios de despido reduccioacuten de plantilla etc no era sino una arma con la que se queriacutea ay udar al fascismo Los nuacutemeros que no mienten demuestran cuales eran los beneficios que la clase patronal veniacutean

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obteniendo de la industria Este beneficio - por primera vez los obreros fotoacutegrafos tienen conocimiento de eacutel- es el producto del esfuerzo de los trabajadores Ved si tiene importancia la labor a desarrollar en el control de la industria

El trabajo de los fotoacutegrafos

El laboro de los fotoacutegrafos se vio afectado por el ritmo de la contienda sobretodo a partir del mes de noviembre de 1936 cuando Madrid se convirtioacute en una ciudad asediada Fueron cuatro los problemas a los que se enfrentaron los profesionales

-la falta de suministros - el control y la censura de las autoridades -la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente -los peligros derivados de la guerra La falta de suministros surgioacute con el corte de comunicaciones

por carretera de Madrid con otras ciudades republicanas debido a que las tropas sublevadas rodearon la ciudad cuatro meses despueacutes del alzamiento militar De este modo se impidioacute la llegada de viacuteveres incluido el material baacutesico para trabajar por lo que muchos fotoacutegrafos se vieron obligados a adaptarse a estas limitaciones (LOacutePEZ MONDEacuteJAR 2004)

La ausencia de negativos de paso universal llevoacute a muchos de ellos - a los fotoacutegrafos - a recuperar sus caacutemaras de placas y a utilizar restos de peliacuteculas de los noticieros cinematograacuteficos El propio Alfonso debioacute recurrir a sus viejas caacutemaras estereoscoacutepicas para realizar un reportaje encargado por el Ayuntamiento sobre los estragos producidos por los bombardeos en las calles de Madrid

y esto que afectoacute maacutes a los fotoacutegrafos espantildeoles que a los 1 1

extranjeros a los que les enviaban el material por correo o lo recogiacutean cuando haciacutean viajes a sus paiacuteses supuso un handicap debido a que los equipamientos modernos (como las caacutemaras Ermanox y Rolleijlex

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y las peliacuteculas maacutes sensibles) facilitaron la toma (desde puntos de vista hasta ese momento desconocidos) Y permitiacutean captar escenas sin flash ni triacutepode que permitiacutean que se sustituyeran las tomas estaacuteticas y posadas por la naturalidad de la accioacuten De hecho fotografiacuteas como la del miliciano en Cerro Muriano de Robert Capa hubiera sido impensable si el fotoacutegrafo no hubiera contado con la tecnologiacutea apropiada tal y como afirma su bioacutegrafo Whelan (1999 p32)

[ ] los lectores quedaron impactados ya que nadie habiacutea visto nada parecido hasta entonces Las anteriores fotografiacuteas de guerra habiacutean sido necesariamente estaacuteticas y tomadas a distancia En la Primera Guerra Mundial no tan lejana de aquella eacutepoca la caacutemara habitual era la Graflex mediana con un fuelle y placas de cuatro a cinco pulgadas Ademaacutes de resultar muy llamativa impediacutea praacutecticamente obtener fotos espontaacuteneas era muy pesada y dificultaba el margen de maniobra del fotoacutegrafo en situaciones de peligro Por el contrario la Leica de 35mm de Capa era discreta y le permitiacutea la maacutexima movilidad Con ella se lanzoacute al torbellino de la guerra como nadie antes que eacutel se habiacutea

atrevido a hacerlo

Algunos locales de la ciudad se vieron obligados a cerrar sus puertas ante la imposibilidad de lograr suministros tal y como se informoacute en la siguiente nota publicada en el boletiacuten Obreros Fotoacutegrafos en el antildeo 1938

Las dificultades insuperables de la adquisicioacuten de materiales han obligado a la Directiva a proceder al cierre de algunos talleres a los que la vida econoacutemica se les haciacutea imposible mermaacutendose por diacuteas las posibilidades y llegando a constituir un peligro de desaparicioacuten cosa que estudiada debidamente se trata de cortar con las medidas adoptadas La Directiva informaraacute ampliamente

de ello

Este problema se sumoacute a otros como la movilizacioacuten al frente de parte del personal empleado en los talleres y estudios o la censura impuesta por las autoridades responsables de Madrid Los fotoacutegrafos estuvieron controlados por las autoridades madrilentildeas ya que no podiacutean

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acudir al frente sin un pase que se obteniacutea tras la identificacioacuten de quieacutenes eran y para quieacuten trabajaban como desarrollaremos maacutes adelante En el caso de la cobertura en el frente eran trasladados y acompantildeados por un responsable de propaganda y la burla de cualquiera de estas normas suponiacutea un peligro para el fotoacutegrafo como comenta en sus memorias uno de los periodistas que cubrieron el conflicto en Madrid acerca del fotoacutegrafo londinense HY Drees

Durante diez diacuteas estuvo sin pases Y sin embargo gracias a alguacuten don excepcional - supongo que esto es lo que tienen los buenos fotoacutegrafos de prensa - siempre salioacute bien parado La noche del principal ataque aeacutereo fue su gran triunfo Estaba muy afectado por el bombardeo porque le habiacutea golpeado literalmente el soplo de la explosioacuten en una callejuela y se estaba recuperando en una cama de la Telefoacutenica cuando de repente se despertoacute agarroacute su caacutemara y subioacute a la deacutecima planta para fotografiar la ciudad en llamas Alliacute le arrestoacute un guardia Un periodista que hablaba espantildeol y habiacutea escuchado el incidente fue a ofrecer explicaciones al jefe de los guardias del edificio No soacutelo se encontroacute con que Drees ya no estaba arrestado sino que estaba tan campante en la planta trece rodeado de guardias admirativos que le miraban mientras fotografiaba la escena entera y posaban con orgullo para sus propias fotografiacuteas (COX 2005 p261-262)

Los problemas maacutes graves a los que tuvieron que enfrentarse los fotoacutegrafos en Madrid fueron los derivados de los constantes bombardeos que los aviones enemigos lanzaron sobre la ciudad puesto que como muchos de los locales dedicados a la fotografiacutea en Madrid y las residencias de los fotoacutegrafos extranjeros estaban ubicados en la zona centro corriacutean un mayor riesgo De hecho conocemos como el fotoacutegrafo Alfonso se vio obligado a abandonar durante meses su estudio de la calle Fuencarral por la constante amenazada que significaba encontrarse cercano al edificio de la Telefoacutenica el maacutes alto de Madrid y por tanto objetivo prioritario de la aviacioacuten enemiga Un ejemplo graacutefico del peligro que corrieron los locales de fotografia de la ciudad

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eS la siguiente fotografiacutea (Figura 2) en la que se puede ver el estudio de Fotos Galaacuten3 situado en la calle Alcalaacute 9 completamente derruido como consecuencia de uno de los numerosos bombardeos aeacutereos

Figura 2 - Estudio de Fotos Galaacuten derruido Fotografla Aulor nojuacutee citado

Fuente Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Otros fotoacutegrafos aquellos encargados de cubrir el frente llegaron a pagar con su vida Uno de los ejemplos maacutes conocidos es el de Gerda Taro que trabajoacute para las revistas francesas Ce Soir y Regards cubriendo el conflicto en Coacuterdoba Barcelona y Madrid entre otras ciudades En la

3 A pesar de que en el letrero del local fotograacutefico se lee claramente Totos Galaacuten en el li stado que hemos localizado en el Anuario General de Espantildea Bailly-Baillieacutere de 1936 figura el nombre de Teodoro Orozco como el correspondie nte al estudio fotograacute fi co del nuacutemero nueve de la ca lle Alcalaacute Puede deberse a dos razones un cambio de nombre tras la edicioacuten del nuacutemero del Anuario o a que con el estallido de la guerra el com iteacute de trabajadores del local sustituye ran el nombre del propietario por el de FalOS Galaacuten

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fotografiacutea que se presenta a continuacioacuten (Figura 3) Robert Capa su pareja la retratoacute resguardada del ataque de los sublevados en el Frente de Coacuterdoba en 1936

Figura 3 - Cerda Taro resguardada del alaque de los sublevados en el Frente de Coacuterdoba en 1936

Faagrafia Robert Capa Fuente Olmeda (2007)

y seraacute precisamente en el Frente de Brunete en el que el25 de jul io de 1937 a las 18 30 horas cuando la fotoacutegrafa pierda la vida a causa de un accidente fOltuitO un tanque descontrolado que intentoacute zafarse de un bombardeo enemigo se cruzoacute en la carretera invadiendo el carril en el que transitaba el camioacuten que trasladaba a varios heridos y a Gerda El golpe le hizo caer y el tanque pasoacute por encima de su cuerpo Murioacute unas horas maacutes tarde en el hospital ingleacutes de El Goloso Unos minutos antes del incidente Gerda escribioacute en su diario

Caen bombas muy cerca de nuestra posicioacuten Oiacutemos el ruido estremecedor de los bombardeos Ted se cubre la cabeza pero yo saco fotos sin parar Mantengo la sangre friacutea en medio de una escena apocaliacuteptica con aviones descendi endo en picado explosiones que agujerean la tierra y soldados que hu yen presos

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Fotoacutegrafos de guen-a la cobertura iacuteotogijiacutefica d~ la iexcliexcllIerra CiiacuteirEspantildeQla en ~fadrid (1936-1939)

del paacutenico Conservo la calma cuando un avioacuten abre fuego sobre nuestro hoyo Me quedo tumbada de espaldas y sigo disparando la Leica Se me acaban los carretes (OLMEDA 2007 p179)

Soacutelo por este motivo (a Gerda se le habiacutea acabado el material para fotografiar) decidioacute abandonar la primera liacutenea y subirse al camioacuten Esta decisioacuten a la hora de fotografiar en primera liacutenea (y que desobedeciacutea la orden expresa del general Walter miembro de las Brigadas Intemacionales) le costoacute la vida pero hasta el uacuteltimo aliento se preocupoacute por su material porque sabiacutea de la importancia de denunciar visualmente aquello que estaba ocurriendo De hecho una de las enfermeras que le atendioacute Irene Goldin afirmoacute el tanque le habiacutea abierto el estoacutemago y teniacutea heridas abdominales muy graves se le habiacutean salido todos los intestinos [ ] Lo uacutenico que dijo fue iquestestaacuten bien mis caacutemaras Son nuevas iquestEstaacuten bien (KERSHAW 2003 p181)

A pesar de las numerosas complicaciones los fotoacutegrafos continuaron con su labor orientada a tres actividades primordiales fotoperiodismo fotografiacutea oficial y otros trabajos entre los que podriacuteamos incluir los de estudio sobretodo las fotografiacuteas de carnet esenciales en una ciudad en la que todos debiacutean estar identificados

Los fotoacutegrafos

Fueron muchos los fotoacutegrafos conocidos que trabajaron en Madlid Entre los espantildeoles destacaron Manuel Albero y Francisco Segovia Marin loseacute Mariacutea Casariego Alfonso Santos Yubero Agustiacute y Llu iacutes Centelles Lluiacutes Torrents Luis Vidal Corrella los Mayo entre otros Entre los reporteros extranjeros que soliacutean alojarse en el Hotel Florida (en la plaza de Callao) o el Hotel Gran Viacutea Uunto al bar Chicote) que cubrieron el conflicto en la capital encontramos a Robert Capa Gerda Taro lean Moral David Seymour Luis Bressange Walter Reuter y otros que trabajaron para las agenciasAP Keystone View Company Planet News

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World Wide Photo Central Press y London News Agency Press por mencionar las maacutes importantes

Durante la Guerra Civil Espantildeola los fotoacutegrafos se agruparon bajo varias organizaciones sindicales dependientes de las ramas de Artes Graacuteficas la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y la Seccioacuten de Fotoacutegrafos de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola Si a la informacioacuten que se desprendede las fichas de afiliacioacuten de estos sindicatos unimos la extraiacuteda de los archivos de la Junta Delegada de Defensa de Madrid a traveacutes de las fichas laborales que la Seccioacuten Fotograacutefica elaboroacute con el fin de controlar la actividad en la capital podemos hacemos una idea del nuacutemero de fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid y una cuestioacuten maacutes interesante quieacutenes eran

Se trata de un total de 1249 fichas distribuidas de la siguiente manera 197 de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 455 fichas de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y 597 fichas de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Junta Delegada de Defensa de Madrid

De entre el total de fotoacutegrafos 113 trabajaron para perioacutedicos y revistas 37 en el frente 57 para una institucioacuten oficial 585 en un local de fotografiacutea 193 en la viacutea puacuteblica o como fotoacutegrafo al minuto y 240 eran afiliados de los que o no tenemos constancia de doacutende trabajaron o no eran fotoacutegrafos pero su trabajo estaban directamente relacionado con el mundo de la imagen A continuacioacuten presentamos una tabla con esta informacioacuten detallada por organizaciones

Perioacutedicos Institucioacuten Locales Viacutea PuacuteblicaFrente OtrosRevistas Oficial Fotograacuteficos Al Minuto

Junta Delegada 73 34 54 121 180 115JI L -lt 1 ~

26 H 2 JL middottrSociedad Obrera 315 10 101J~ I shy

Federacioacuten Graacutefica 14 lt 1f 2 lf 149 r 3 -

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Tabla 1 - Fotograacutefos e otros relacionados con el mundo de laf grafia que trabajaron en la guerra

Ante estos datos debemos hacer dos aclaraciones en primer lugar estos registros no soacutelo se refieren exclusivamente a fotoacutegrafos sino a todos aquellos que estuvieron relacionados con el mundo de la fotografiacutea (incluidos reveladores ayudantes aprendices encargados de tienda etc) y en segundo lugar que alguno de los nombres se encuentra en varias de estas organizaciones 14 obtuvieron fichas de ingreso de la Junta Delegada de Defensa de Madrid la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares 4 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 22 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y 120 obtuvieron ficha de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y la Sociedad de Obreros Fotoacutegrafos

La fuente maacutes interesante de trabajo la encontramos en las fichas de la Junta Delegada de Defensa de Madrid puesto que controloacute exhaustivamente a los fotoacutegrafos a traveacutes del trabajo de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa dirigida por Joseacute Carrentildeo Espantildea De hecho se anularon los permisos concedidos con anterioridad y se obligoacute a solicitar unos nuevos ahora controlados por la Junta tal y como se publicoacute en su Boletiacuten Oficial en diciembre de 1936

Para poder obtener fotografiacuteas tanto de la ciudad como de sus frentes de guerra a que se extiende mi autoridad de Comandante de la plaza seraacute preciso proveerse de licencia concedida por el Delegado de Propaganda y Prensa de esta Junta que necesariamente habraacute estar firmada por el mismo

A continuacioacuten presentamos la ficha de Gerda Taro (Figura 4) sellada el 25 de enero de 1937 en la que se incluyen datos como su nombre completo (Gerta Pohorylle) su domicilio en Pariacutes (50 Rue Vavin) el lugar y fecha de nacimiento (Stuttgart 01081910) la empresa para la que trabajaba (Le Soir Paris) el domicilio oficial en Madrid (Alianza de Intelectuales) y el partido poliacutetico al que perteneciacutea (AEAR) La ficha iba acompantildeada de una fotografiacutea de carnet entregada por la interesada (Figura 5)

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JUNTA OELEGADA DE DEfENSA DE MADRID Secretaria de Propagandamiddot Seccioacuten Fotooraacutefical FILlAcrOacuteN DEL FOTOacuteGRAfO -7-rt

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Figura 4 - La ficha de Gerda Taro Fuene AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

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Figura 5 - Fotografla de Gerda Taro Fotografia Autor nojuacutee citado

Fuente AHNSeccioacuten Salamanca pis Madrid

discursos tOUacutelgraacuteficos Londrina ~ 5 n6 p131-160 janJjun 2009

Fotoacutegrafos de guerra la co_bertllra fotoiexcl(rJJICil aiexcliexcliexcliexcluiexcllIctra Ct1T]spantildeola en Madrid (1936-19l9) 149

Para poder trabajar libremente esta identificacioacuten debiacutea ir acompantildeada de una autorizacioacuten expedida por los jefes militares del sector correspondiente tal y como se detalla en la siguiente autorizacioacuten (Figura 6) sellada por la Junta Delegada de Defensa de Madrid y la 40 Brigada Mixta del Estado Mayor de la Repuacuteblica Espantildeola (que estaacute firmada por el General Miaja el 17 de febrero de 1937) a Alfonso Saacutenchez Portela conocido como Alfonso concedieacutendole permiso para trabajar en el frente o la siguiente (Figura 7) sellada ellO de marzo de 1939 (unos diacuteas antes de finalizar la guerra) en la que el Director General de Seguridad le autorizaba a obtener informacioacuten graacutefica en el interior de la capital

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Figura 6 - Autorizacioacuten expedida para poder trabajar libremente Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

discursos fotograacutefi cos Londrina v5 n6 pl 31-160 janJjun 2009

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Figura 7 - Autorizacioacuten expedida para Alfonso Saacutenchez Porlea diacuteas antes dejinalizar la guerra

Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

Si tras la entrada en vigor de la disposicioacuten de obligatoriedad de identificacioacuten se sorprendiacutea a un fotoacutegrafo sin permiso o empleando una caacutemara que no hubiera obtenido la licencia adecuada eacuteste era considerado un desafecto a la causa republicana y debiacutea ser juzgado por tal causa por el fuero militar

En el caso del reportero graacutefico eacuteste debiacutea proveerse de una chapa metaacutelica numerada que le identificara como tal (tras previo aval de la Direccioacuten de la agrupacioacuten Unioacutende Informadores Graacuteficos de Prensa) y asiacute tener acceso libre a los espacios de la ciudad ademaacutes de una tarjeta identificativa autorizada por el Delegado y el Secretario General de Prensa

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Una vez que los fotoacutegrafos haciacutea su trabajo el control se extendiacutea a la seccioacuten graacutefica de las revistas y perioacutedicos sometida a un total control por parte de las autoridades tal y como se extrae de la sifruiente disposicioacuten publicada en el Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid en enero de 1937

A partir de las doce de la noche del diacutea 30 de diciembre de 1936 queda terminantemente prohibida la publicacioacuten en Madrid de perioacutedicos diarios revistas boletines tanto de empresas como de organizaciones poliacuteticas sindicales y de milicias dibujos litografiacuteas y demaacutes med ios graacuteficos mencionados en el artiacuteculo segundo de la Ley de Imprenta con excepcioacuten de libros si que previamente hayan sido autori zados por la censura de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa de esta Junta De toda publicacioacuten graacutefica sometida a censura se presentaraacuten tres ejemplares uno que se devolveraacute sellado cuando se autorice para que salga a la luz y dos que se conservaraacuten en la referida Delegacioacuten para constituir el Archivo de la revolucioacuten que en su diacutea seraacute depositado donde disponga el Gobierno legiacutetimo de la Repuacuteblica 4

Como ya hemos comentado la fotografiacutea es el mejor soporte para mostrar aquello que se quiere mostrar por lo que las autoridades responsables de la defensa de Madrid la utilizaron como medio propagandiacutestico de ahiacute el feacuterreo control de fotoacutegrafos y medios de comunicacioacuten Por eso resulta interesante hablar no soacutelo de lo que se retrata sino tambieacuten de lo que se oculta Pondremos un ejemplo a traveacutes de lo visual que nos serviraacute para ilustra nuestra hipoacutetesis las fotografiacuteas tomadas a milicianos y soldados defensores de la capital en momentos de asueto Si analizamos la produccioacuten fotograacutefica de este asunto que se conserva en el Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola de la Biblioteca Nacional observamos que la imagen gira en tomo a dos ejes de representacioacuten la alimentacioacuten y la formacioacuten

bull Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid Antildeo 2 n2 1 dc enero de 1937 Tomo 1 p7)

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cultural de los combatientes No parece casual que la mayoriacutea de las imaacutegenes del descanso de los soldados de Madrid que se conservan en el fondo que trabajamos coincidan en tema con las maacutexi mas preocupaciones del gobierno republicano los problemas de alimentacioacuten y abastecimiento de las tropas defensoras y la educacioacuten como medio de luchar contra el fascismo Esto se puede ver claramente en la siguiente imagen (Figura 8) un trabajo de la casa de fotografiacutea Albero y Segovia en la que un grupo de 7 milicianos alguno de ellos armado que estaacuten en un espacio cerrado rodean una mesa en la que se disponen copiosamente viacuteveres Si atendemos a la expresioacuten corporal podemos intuir que los siete observadores intemos mantienen claramente una pose ante la caacutemara del fotoacutegrafo Por ejemplo el hombre que cierra la escena a la derecha sostiene con cierta dificultad y de manera muy artificial en su mano izquierda unas cajetillas de tabaco y un paquete sin soltar el arma (que no estaacute colgada) de tal modo que la mano derecha le impide ayudarse con la carga La intencioacuten parece clara este personaje debe ser fotografiado con los viacuteveres en su mano pero sin soltar su arma que debe formar parte del cuadro

Figura 8 - Grupo de 7 milicianos rodean una mesa Fotografia Autor nofuacutee citado Casa de fOlografia Albero y Segovia

Fue11le Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

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Lo que recuperamos en el reverso de la imagen tambieacuten nos ayuda a descubrir la connotacioacuten de la fotografia

El fin del antildeo 36 de los milicianos de la intendencia reciben cajetillas chocolates vinos y licores conservas hasta jamones abundante ropa y tambieacuten cantidades en metaacute lico Asiacute cuida la Repuacuteblica a sus bravos luchadores

Como hemos comentado tan importante resulta lo que se ve como lo que se oculta Pongamos otro ejemplo A pesar de las numerosas fotografiacuteas que muestran los momentos de asueto de los defensores del Madrid del iexclNo pasaraacuten no existe ninguna en la que se retrate a los soldados realizando actividades luacutedicas como jugar a las cartas algo que resulta sorprendente si tenemos en cuenta que seguacuten el testimonio de alguno de los supervivientes era algo habitual hasta el punto de convertirse en la uacutenica manera de matar el tiempo Por el contrario siacute encontramos testimonio graacutefico de la praacutectica de este tipo de juegos entre las fotografias (en un nuacutemero muy inferior si las comparamos con la produccioacuten fotograacutefica de los antifascistas) del bando sublevado como aquellas que retratan eljuego de un grupo de soldados del Ejeacutercito de Marruecos en un rato de juego en la Ciudad Universitaria el19 de mayo de 1938 tal y como se indica en el reverso de la imagen sellada por la Seccioacuten Teacutecnica del Ministerio del Interior (Figura 9)

El porqueacute de la inexistencia de alguna huella visual de ese momento de ocio entre los soldados republicanos podriacutea explicarse como algo meramente casual de no ser porque conocemos a traveacutes de la prensa que el gobierno republicano consideroacute el juego como una actividad impropia en el frente hasta tal punto que este tema se convirtioacute en el protagonista de la tira coacutemica Hay que evitar ser tan bruto como el soldado Canuto publicada en La Voz del combatiente Esta seccioacuten se encargaba de recordar al soldado antifascista a traveacutes del personaje de Canuto como no debla comportarse El diacutea cinco de abril de 1937 bajo el tiacutetulo El peor de

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los vicios es eljuego la tira estaacute dedicada a advertir a los soldados de lo negativo del juego Canuto retorna al frente y sigue tan imprudente Pues a su sector llegado una baraja ha sacado Logra formar enseguida una importante partida Se juega con gran fruic ioacuten hasta la respiracioacuten A Canuto le han ganado y encima quedoacute entrampado

Figura 9 - Juego de un grupo de soLdados deL Ejeacutercito de Marruecos Fotografia Autor nofue citado Seccioacuten Teacutecnica deL Ministerio deL Interior

Fuente Biblioteca NacionaL Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Tambieacuten en el Manual del Miliciano que la Editorial Labor publica en 1937 en el apartado dedicado a la Moral del Miliciano se advierte de la necesidad de controlar a aquellos que se dejan llevar por los impulsos

Nada maacutes nefasto en cambio que la conducta de quienes a riacuteo revuelto pretenden convertir la guerra en tolvanera de sus apetitos El arte y la literatura han marcado con fuego la injuria de aquellos seres indignos qu~ al margen de la lucha y casi siempre a cubierto de sus riesgos caen sin piedad sobre vidas y haciendas sin otro moacutevil que el de saciar sus ansias de destruccioacuten o de rapintildea Son eacutestos elementos indeseables cuya eliminacioacuten del cuerpo social soacutelo puede reportar grandes

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beneficios no ya porque manchan la revo luc ioacuten con sus actos reprobables sino porque alumbran en el alma de los indiferentes la idea de que la razoacuten - tan clara - no estaacute de nuestra parte

Se podriacutea pensar que las dificultades por las que atravesaba la retaguardia madrilentildea con el fin de suministrar lo necesario en la vanguardia haciacutean inconveniente mostrar una imagen tan friacutevola de los defensores de la ciudad y por tanto se podriacutea haber evitado retratar esa situacioacuten Parece que el juego y las apuestas no eran del gusto de un ejeacutercito que primaba la formacioacuten sobre la diversioacuten

En otras ocasiones y como resultado de ese control el fotoacutegrafo teniacutea que enfrentarse a la recreacioacuten de escenas beacutelicas que debiacutean ser fotografiadas como si se tratara de una real Son muchos los testimonios de reporteros que afirmaron la escenificacioacuten de determinadas acciones ante la caacutemara con fines propagandiacutesticos pero no soacutelo en la zona republicana sino tambieacuten en la sublevada tal y como afirma el periodista britaacutenico DDowd Gallagher a quien Robert Capa confesoacute

En Espantildea empeceacute por Hendaya en Francia en la frontera espantildeola proacutexima a San Sebastiaacuten La mayoriacutea de los reporteros y fotoacutegrafos nos hospedaacutebamos en un pequentildeo hotel destartalado Nos introdujimos en la Espantildea de Franco a traveacutes del riacuteo Iruacuten una vez que nos dieron penniso los oficiales de prensa de Franco en Burgos En una ocasioacuten soacutelo invitaron a los fotoacutegrafos [ ] y Capa me lo contoacute Les simularon escenas de batalla Las tropas de Franco vestiacutean de uniforme y estaban armadas y simulaban situaciones de ataque y de defensa Utilizaron bombas de humo para ambientar la escena (LEWINSKY 1978 p88)

De este modo el control ejercido por las autoridades poliacuteticas sindicales y militares tanto del frente como de la retaguardia fue uno de los caballos de batalla de los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid Sin embargo el manejo del lenguaje visual (complejo por definicioacuten) de eacutestos haciacutea posible establecer miradas diferentes en las imaacutegenes que eran tomadas por los que hemos denominado fotoacutegrafos oficiales y fotoacutegrafos oficiosos

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Los fotoacutegrafos oficiales y oficiosos en un ejemplo concreto el retrato de mujeres

Para cerrar esta breve reflexioacuten acerca del papel desarrollado por los fotoacutegrafos que cubrieron la Guerra Civil Espantildeola en Madrid debemos hacer una diferenciacioacuten que marca las dos maneras de mirar que se plasman a traveacutes de las fotografiacuteas Para entender de queacute hablamos cuando hacemos una distincioacuten entre fotoacutegrafos oficiales y oficiosos pondremos un ejemplo visual

Figura JO - Mujer abatida sobre los restos de su casa de Teuaacute de las ViclOrias Fotografza Autor nojIacutete citadoServicio de Propaganda del Servicio Fgraacutefico

dell1inisterio de EXleriores Fuente Biblioteca NacionalFondo FOlOgraacutefico de la Guerra Civil Madrid

discursos fotogniacuteficos Londrina 5 n6 p131-160 jan)jun 2009

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Figura J J - l1ujeres inen tan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacuteiles en su nueva residencia

Faagrafia AUlOr no jite citado Casa barcelonesa de P Luis Torrents Fuente Biblioeca NacionalFondo FOlograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Se trata de dos fotografiacuteas rescatadas del Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola que se conserva en la Biblioteca Nacional (Madrid) en las que se retratan mujeres regresando a sus hogares tras el estallido de una bomba lanzada por la aviacioacuten enemiga Las dos imaacutegenes representan una misma accioacuten sin embargo el enfoque es diferente Mientras en la figura 10 (sellada por el Servicio de Propaganda del Servicio Fotograacutefico del Ministerio de Exteriores) se muestra una mujer abatida sobre los restos de su casa de Tetuaacuten de las Victorias la figura 11 (sellada por la casa barcelonesa de P Luis Torrents) muestra una actitud diferente ante ese mismo hecho En esta imagen las mujeres no se sientan a contemplar el resultado de los proyectiles lanzados por la aviacioacuten facciosa sino que intentan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacutetiles en su nueva residencia Por tanto la primera fotografia corresponde a la imagen pasiva de la mujer tradicional y La segunda a la verdadera imagen de la mujer de Madrid aquella que luchoacute de manera activa contra el fascismo en la retaguardia madrilentildea hacieacutendose responsable del sustento material y moral de su familia

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La totalidad de fotografias que retratan a la mujer de costumbres madrilentildea (es decir aquella que se encargoacute de cuidar de su familia) y que estaacuten selladas por los fotoacutegrafos oficiales (entendiendo por oficial aquel que trabaja para una institucioacuten puacuteblica ya sea poliacutetica o sindical)

responde al prototipo de mujer pasiva viacutectima de lo que OCUlTe mientras

que las fotografiacuteas tomadas por los fotoacutegrafos oficiosos (los que

trabajaron para las distintas casas de fotografiacutea de Madrid y de otras

localidades y los reporteros de guelTa) muestran la imagen de una mujer

combativa que lucha contra la sublevacioacuten desde la retaguardia

El motivo parece estar claro la imagen de la mujer de costumbres

abatida que se mostraba en carteles documentales y fotografias tomadas

por las autoridades antifascistas resultaba maacutes exportable para mostrar

al mundo las siniestras consecuencias de una sublevacioacuten militar que la

imagen de una mujer que intentoacute acomodarse a las exigencias impuestas por el estallido del conflicto

Consideraciones finales

Como dijo Pierre Bourdieu al hablar de las cinco satisfacciones que

aporta la fotografiacutea (la proteccioacuten contra el paso del tiempo la

comunicacioacuten con los demaacutes y la expresioacuten de sentimientos las

realizaciones de uno mismo el prestigio social la distraccioacuten y la evasioacuten)

[ ] la fotografia tendriacutea como funcioacuten ayudar a sobrellevar la angustia suscitada por el paso del tiempo ya sea proporcionando un sustituto maacutegico de lo que aqueacutel se ha llevado ya sea supliendo las fallas de la memoria y sirviendo de punto de apoyo a la evocacioacuten de recuerdos asociados en suma produciendo el sentimiento de vencer al tiempo y su poder de destruccioacuten (BOURDIEU 2003 p52)

Gracias al trabajo realizado por los fotoacutegrafos que cubrieron el

conflicto en la ciudad de Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de

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abril de 1939 hemos podido recuperar la memoria (jiexcll acontecimiento

maacutes negro de la historia reciente de Espantildea a traveacutes del soporte visual

El trabajo que los corresponsales y fotoacutegrafos realizaron al estallar la guerra se ajustoacute al ritmo impuesto por la contienda por lo que tuvieron que enfrentarse a cuatro problemas baacutesicos que condicionaron su trabajo

la falta de suministros la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente los peligros derivados del fuego cruzado y de los continuos bombardeos sobre el frente y la retaguardia y el control y la censura impuesta por las autoridades Este uacuteltimo condicionante fue determinante en tanto que

los servicios de propaganda controlaron el laboro de los fotoacutegrafos y el resultado que era publicado en revistas y perioacutedicos de la Espantildea republicana de ahiacute que podamos hablar de dos tipos de fotografias que reflejan dos miradas diferentes sobre la realidad las tomadas por fotoacutegrafos que trabajaron para una institucioacuten poliacutetica y sindical (los fotoacutegrafos oficiales) y los retratos realizados por fotoacutegrafos que lo hicieron para un local de fotografia o para medios extranjeros (los fotoacutegrafos oficiosos) Por otro lado y debido a este feacuterreo control resulta muy interesante para los estudiosos que trabajan la imagen como medio para acercarse al pasado observar tanto lo que se retrata como lo que se silencia visualmente ya que marca el discurso oficial que se impuso durante los tres antildeos de contienda Para ilustrar nuestra hipoacutetesis de trabajo hemos empleado varios ejemplos visuales

Bibliografia

BOURDIEU Pierre Un arte intermedio ensayo sobre los usos

sociales de la fotografia Barcelona Gustavo Giliacute 2003

COx Geoffrey La defensa de Madrid Madrid Oberon 2005

KERSHAW Alex Sangre y champaacuten la vida y la (poca de Robert

Capa Madrid Debate 2003

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 jan lim ~(iexclI~

160

LEWINSKY Jorge The camera at war a history ofworld photography from 1848 to present day Nueva York Simon amp Schuster 1978

LOacutePEZ MONDEacuteJAR Publio Alfonso cincuenta antildeos de Historia de Espantildea Madrid Editorial Lunwerg 2004

MANUAL del Miliciano [Sl] Editorial Labor 1937

NUESTRA propaganda en las filas facciosas La voz del combatiente Madrid 23 mar 1937 p5

OLMEDA Fernando Gerda Tardo fotoacutegrafa de guerra el peliodismo como testigo de la historia Madrid Debate 2007

WHELAN Richard Capa cara a cara fotografias de Robert Capa sobre la Guerra Civil Espantildeola Madrid MNCARS 1999

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Ultima Hora em cena amodernidade fotograacutefica

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Silvana Louzada

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 jan jun 2009

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Linha de pesquisa Imagem Cultura e Processos Sociais

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Silvana Louzada

Reterritorializa~oes no orkut urn olhar netnograacutefico sobre os Brasileiros no Exterior 1 89 Cynthia Harumy Watanabe Correa

Olhares de pertencirnento novos fotodocurnentaristas sociais 213 Juacutelia Mariano Ferreira e Marcelo Henrique da Costa

Particularidades da anaacutelise fotograacutefica 229

Tatiana Fecchio da Cunha Gonyalves

Resenhas

Mais urna agradaacutevel viagem de trern 247 Paulo Ceacutesar Boni

Tesouro Imperial 255 Larissa Ayumi Sato

1860-1960 urn seacuteculo de fotografia no estado do Mato Grosso 261

Caacutessia Maria Popolin

Sao Paulo degustada aos poucos 267 Maria Zaclis Veiga Ferreira

Entrevista

Pedro Karp Vasquez 273 Paulo Ceacutesar Boni

Editorial

Este eacute o sexto nuacutemero da revista Discursos Fotograacuteficos e ateacute agora a cada ediyao a capa saiu com urna cor diferente Para os tres primeiros nuacutemeros optamos pelas cores primaacuterias - vermelho verde e azul a trilogia do famoso RGB ingles (red green and blue) O quarto nuacutemero saiu com a capa preta e o quinto com a capa branca para lembrar o claacutessico preto e branco das fotografiacuteas O sexto nuacutemero entra em circulayao com a capa dourada Por que dourado - Para comemorar urna data especial os 170 anos da invenyao da fotografiacutea desde que considerado eacute claro seu anuacutencio na Franya em 19 de agosto de 1839 com a paternidade do invento num primeiro momento atribuiacuteda a Louis-Jacques Mande Daguerre tanto que ele foi batizado de Daguerreoacutetipo

Por conta dessa data especial tambeacutem ternos um entrevistado especial Pedro Karp Vasquez um dos mais importantes nomes da histoacutelae da memoacuteria da fotografiacutea brasileira autor de mais de 20 livros Pedro fala de sua forrnayao seus livros e projetos e sua atuayao na Funarte onde tr~balhou Diz que comeyou a escrever sobre fotografiacutea porque percebeu que os paiacuteses em que a fotografiacutea era mais forte

eraacutem precisamente aqueles que melhor conheciam a sua proacutepria hisjOacuteria Confessa ser fascinado pelo Brasil e diexclz que descobriu sua verdadeira vocayao com Josune Dorronsoro criadora do Departamento de Fotografiacutea do Museu de BeJas Artes de Caracas que lhe disse certa vez noacutes somos facilitadores Isso mudou meu modo de pensar e agir admite

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SONTAG Susano Diante da dor dos outros Sao Paulo Companhia das Letras 2003

SOUSA Jorge Pedro Urna histoacuteria criacutetica do fotojornalismo ocidentaI Florianoacutepolis Letras Contemporaneas 2000

WHELAN Richard Robert Capa a biography Lincoln University ofNebraska Press 1994

WHELAN Richard Introdwao In CAPA Comel Robert Capa fotografias Traduyao de Beatriz Karam Guimaraes Sao Paulo Cosac amp Naify Ediyoes 2000 p1 O

WHELAN Richard Proving that Robert Capas Falling Soldier is genuine a detective story 2002 Disponiacutevel em lt http wwwpbsorgwnetlamericanmastersepisodesrobert-capalin-Iove-andshywar47gt Acesso em 21 set 2008

Beatriz de las Heras

discursos fotograacuteficos Londrina 5 n6 p99-130 janiexclun 2009

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Fotoacutegrafos de guerra la cobertura fotograacutefica de la Guerra Civil Espantildeola en Madrid (1936-1939)

War photographers the photographic coverage ofthe Spanish Civil War in Madrid (1936-1939)

Beatriz de las Heras

Resumen El objetivo de esta comunicacioacuten es aproximarnos al papel desarrollado p or los fo toacutegrafos nacionales e internacionales que trabajaron en la ciudad de Nfadrid durante la Guerra Civil Espantildeola De este modo rejlexionaremos acerca de sus condiciones de trabajo las limitaciones en su actividad y el control ejercido por las autoridades responsables y abordaremos una cuestioacuten altamente interesante para aquellos que estudiamos la imagen como fuente de conocimiento del pasado las distintas maneras de mirar que tienen los fotoacutegrafos dependiendo del canalpor el que se distribuyesu trabajo

Palavras-chave Guerra Civil Espantildeola fo toacutegrafos de guerra fotografia

Abstract The arget ofhis communicaion consists in analyzing he role developed by press phgraphers boh na tional and internaional who worked in Nfadrid during the Spanish Civil Wal~ In this way we will rejlect onheir working conditions the limitations intheir activities and the control exerted by the authoriies in charge We will also approach a highly interesing point to those who study the image as a knowledge source ofthe pas the difieren ways press photographers had to Iook ino depending onthe channel in which Iher work is distributed

Key-words Spanish Civil War War photographers Photography

Doctora e n Humanidades Professora en la aacuterea de historia contemporanea del Departamento de Humanidades de la Univers idad Carlos IIJ de Madrid Especia lista en e l es tudio de la histori a atraves de las fuentes visuales E-mail bherashumuc3mes

discursos fotograacuteficos Londrina 5 116 pl31-160 jan]un 2009

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Introduccioacuten

La Guerra Civil se considera el acontecimiento maacutes determinante en el desarrollo de la historia de Espantildea del siglo XX Fue el resultado del fracaso de una sublevacioacuten militar que se produjo el 17 de julio de 1936 cuando parte del ejeacutercito se alzoacute contra el gobierno constituido legiacutetimamente el 16 de febrero y fue obligado a combatir en una lucha fraticida La contienda se prolongoacute hasta el1 de abril de 1939 gracias sobretodo a la resistencia de los ciudadanos que decidieron voluntariamente oponerse a los militares Esto ocurrioacute en ciudades como Madrid que a pesar de ser rodeada por los sublevados en el mes de noviembre de 1936 se convirtioacute en el bastioacuten inexpugnable para el fascismo en el siacutembolo de la resistencia republicana durante tres antildeos El resultado de este enfrentamiento miles de muertos y la ruina econoacutemica poliacutetica y social de un paiacutes que soportoacute los 40 antildeos de dictadura impuesta por el vencedor de la contienda Francisco Franco

La guerra se consideroacute el laboratorio de ensayo de la II Guerra Mundial por ser precursora del uso de nuevo armamento taacutecticas militares sistemas de evacuacioacuten de poblacioacuten civil proteccioacuten del tesoro artiacutestico nacional pero sobretodo fue pionera en lo concerniente al dominio de la informacioacuten y de la propaganda en los distintos soportes el soporte oral (los discursos y la radio) el soporte escrito (la prensa escrita) y el soporte visual (el cine y los documentales de guerra la fotografiacutea y la carteliacutestica) Tambieacuten en lo concerniente a la direccioacuten de sus objetivos la vanguardia y la retaguardia (para mantener la moral de los combatientes y de la poblacioacuten civil respectivamente) los enemigos (para minar sus fuerzas) y los neutrales (con la intencioacuten de conseguir su respaldo) Tal fue el nivel de utilizacioacuten de la propaganda por parte de los bandos enfrentados que el historiador y diplomaacutetico espantildeol Salvador de Madariaga habloacute de guerra de tinta para referirse a la Guerra Civil Espantildeola

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135 134 eatriz ueJas lIerd

Durante la contienda las autoridades entendieron las ventajas de la utilizacioacuten de la informacioacuten divulgada (sobretodo por parte de los antifascistas) y de la necesidad de emplearla bien tal y como se expresa en La voz del combatiente en el mes de enero de 1937

Este punto hay que plantearlo con toda claridad Si queremos que este arma no pierda ninguna de sus virtudes tenemos que I

I calibrar muy bien su empleo y conocer el modo de emplearla lo maacutes eficazmente posible Una de las armas maacutes a nuestro favor con que contamos para ganar la guerra es precisamente la propaganda de ahiacute que nos valgamos de ella con tacto con mesura con verdadero tino y no confundamos su prop ia fi nalidad De esta manera si no nos libramos de los entuertos ya hechos nos evitaremos el seguir cometieacutendolos en lo sucesivo [] Sobretodo que un arma llamada a deshacer entuertos no los siga creando de la manera maacutes lamentable por la impreparacioacuten de quienes ni saben manejarla ni comprenden su alcance poliacutetico

La utilizacioacuten de la propaganda no solo se realizoacute en tomo a las propias filas como ya hemos comentado sino que tambieacuten tuvo como objetivo filtrarse en el bando enemigo con la intencioacuten de minar sus fuel7as o atraer a los combatientes contrarios

Se ha escrito mucho resaltando la gran impOliancia que para nosotros y para nuestra causa tiene el desarrollo de una propaganda sistemaacutetica y organizada en las filas enemigas No nos costariacutea mucho trabajo sentildealar infinidad de casos que demuestran esa realidad Alliacute donde la propaganda se lleva a cabo con constancia y organizacioacuten los frutos no se hacen esperar decenas de evadidos del campo faccioso vienen a nuestras filas decenas de nuevos combatientes que gana nuestro Ejeacutercito un debilitamiento y una desmoralizacioacuten constante del enemigo (NUESTRA PROPAGANDA 1937 p5)

Fue tal el nivel de explotacioacuten propagandiacutestica que incluso llegoacute a ser objeto de criacutetica por parte de la prensa de la eacutepoca Pareciacutea que el gobierno republicano estaba maacutes concentrado en hacer grandes campantildeas

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 janJjun 2009

que mostraran las maldades facciosas y las bondades de los antifascistas que en el propio desarrollo militar de la contienda tal y como se escribioacute en El Socialista en febrero de 1937 y que el gobierno censuroacute

y puesto que estamos resueltos a que ninguna falta quede sin corregir iquestno seraacute menester que alguna vez nos pongamos a pensar si desde el Comisariado de Guerra por ejemplo no se estaacute atendiendo maacutes mucho maacutes a la propaganda de partido - no el nuestro ciertamente- que a servir calladamente las exigencias que la guerra plantea

El soporte maacutes empleado en estos trabajos propagandiacutesticos fue el visual debido a su capacidad de persuasioacuten que le haciacutea un arma maacutes que sugerente para condicionar a un puacuteblico deseoso de informacioacuten y faacutecilmente manipulable por las circunstancias que se imponiacutean en esta guerra fraticida de tal modo que los carteles y las fotografiacuteas tomadas en el frente y en la retaguardia invadiacutean muros perioacutedicos y revistas En el caso concreto de las imaacutegenes fotograacuteficas no solo se entendiacutean como medio propagandiacutestico sino tambieacuten por ser el maacutes cercano a la realidad como un soporte contenedor de informacioacuten privilegiada que no podiacutea caer en manos del enemigo por lo que desde las tribunas responsables se realizaban llamamientos para evitar que esa informacioacuten pudiera emplearse en contra de sus intereses Ell de enero de 1937 la Seccioacuten de Propaganda y Prensa de la Junta Delegada de Defensa de Madrid publicoacute en su Boletiacuten la siguiente informacioacuten

Las reproducciones fotograacuteficas son al mismo tiempo que medios eficaciacutesimos para la propaganda elementos peligrosos que pueden revelar al enemigo datos de intereacutes para la ofensiva Es pues elemental medida previsora cuya omisioacuten seriacutea imperdonable emplear medios para tener la seguridad de que quienes utilizan las reproducciones fotograacuteficas son personas leales a la causa antifascista 2

Artiacuteculo censurado a El Socialista en Boletiacuten de propaganda de la Junta Delegada de Defensa de Madrid 19 febo 1937 Conservado en FPI p4456 Caja 18 p7 2 Delegacioacuten de Propaganda y Prensa Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid Madrid 1 ene 1937 p2

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136 Reatril de las lIerJS~____

Este es el motivo por el que nuestra reflexioacuten se centraraacute en el trabajo de aquellos que fueron responsables de cubrir visualmente el acontecimiento La dificultad a la hora de componer la historia colectiva de los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid entre julio de 1936 y abril de 1939 reside en el hecho de que la mayoriacutea de la documentacioacuten referente a su trabajo antes y durante la guerra fue destruida o por los propios responsables para evitar posib les represalias tras la derrota republicana o por los vencedores que la consideraron de poca utilidad para el reacutegimen que se instauraba A pesar de esto hemos logrado reconstruir alguna de las caracteriacutesticas de su laboro a traveacutes de la documentacioacuten rescatada del Archivo General de la Guerra Civil Espantildeola la Fundacioacuten Pablo Iglesias y del oacutergano que dio voz a las disposiciones oficiales del Gobierno Republicano la Gaceta de Madrid

El estallido de la guerra

Los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de marzo de 1939 fueron adaptaacutendose a los constantes cambios que se produjeron en la capital tras el alzamiento militar Un ritmo que en un primer momento fue marcado por la clase trabajadora responsable de tomar el mando de la ciudad Aprovechando la coyuntura que ofreciacutea el marco de la sublevacioacuten militar los sindicatos Confederacioacuten Nacional del Trabajo (CNT) y Unioacuten General de Trabajadores (UGT) emprendieron una Revolucioacuten social en el terreno social poliacutetico y econoacutemico basada en sus criterios Una de las primeras medidas tomadas fue la intervencioacuten (en el caso de la exclusiva direccioacuten de los trabajadores) o la incautacioacuten (en el caso de la participacioacuten de los sindicatos) de las industrias y locales comerciales de la ciudad incluidas tiendas laboratorios estudios dedicados a la fotografiacutea y las redacciones de los perioacutedicos Este sistema se basoacute en la explotacioacuten comuacuten por

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- U~ uucrraJiacutevirnspantildeola en ~Iadrid (1936-1939)

parte de los trabajadores de los locales abandonados por los propietarios (que al inicio de la contienda huyeron de la ciudad) o de los locales intervenidos (en este caso se permitioacute a los patronos su incorporacioacuten como otro colectivista maacutes hecho muy comuacuten en el caso de los fotoacutegrafos)

En el caso que nos ocupa fue el Comiteacute de Intervencioacuten e incautacioacuten de las Artes Graacuteficas el responsable de

Recoger y encauzar las colectividades y las necesidades de la industria y de su parte maacutes esencial para nosotros el respeto de los contratos de trabajo y a la dignidad de los compantildeeros cuya custodia se poniacutea de hecho en nuestras manos (AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid)

Este comiteacute se creo el ] 8 de agosto de 1936 tras la labor de las Comisiones de Incautaciones y Conflictos con la intencioacuten de centralizar las actuaciones que de manera permanente se estaban llevando a cabo para solventar los problemas derivados de una sublevacioacuten militar que afectaba a todo el paiacutes

Los problemas han ido creciendo como consecuencia de los meses que se dilatoacute y se di lata la guerra Por tanto lo que empezoacute siendo una cosa constrentildeida a las actividades sindicales o de salvaguardia de nuestros intereses puramente sindicales en torno a la industria se ha ido complicando con problemas como estos papel destrozo de industrias cierre de talleres reduccioacuten de jornada reduccioacuten de jornales militarizacioacuten aplicacioacuten del 60 a movilizados desplazamiento de maquinaria saboteo envuelto de algunos patronos y otros mil problemas inherentes a la marcha es precario de la industria (AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

Las primeras intervenciones de locales fotograacuteficos de la ciudad se produjeron el 19 de julio de 1936 seguacuten se indica en un documento sellado el27 de marzo de 1937 y en el que se describe una relacioacuten de doscientas treinta y dos casas relacionadas con la fotografiacutea que fueron intervenidas e incautadas por el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Artes

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138

11

atrlziacutele las tleras

Graacuteficas Al margen de esta informacioacuten contamos con las actas de intervencioacuten de algunos locales fotograacuteficos de la ciudad en concreto veintiuna De entre el total cuatro actas pelienecen a la intervencioacuten de locales que no aparecen en el este listado y si a esto le sumamos la informacioacuten de distinto tipo que hemos localizado en los archivos sobre la actividad fotograacutefica de Madrid podemos concluir que son sesenta y seis los locales dedicados a esta actividad durante la contienda al margen de la desan-ollada en los perioacutedicos revistas y de manera ambulante

Estas actas de intervencioacuten siguieron un modelo estaacutendar elaborado por el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Organizaciones Graacuteficas pelieneciente a la Unioacuten General de Trabajadores En el documento constaba el nombre del taller o local intervenido el domicilio y la fecha de la firma Ademaacutes debiacutea estar sellado por la empresa intervenida el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Artes Graacuteficas y por la Seccioacuten de Fotografia de dicho comiteacute El texto del acta de incautacioacuten era el siguiente

Con fecha de hoy el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Organizaciones Graacuteficas pertenecientes a la Unioacuten General de Trabajadores de acuerdo con el personal de las distintas secciones de los talleres de con domicilio en decidimos la intervencioacuten y control como garantiacutea del cumplimiento de las obligaciones que esta Empresa tiene convenidas con estas Organizaciones y en virtud de los que dispone la legislacioacuten social y la Carta Constitucional Espantildeola

A continuacioacuten presentamos el acta de incautacioacuten de Fotografiacutea Amer estudio que se ubicaba en la calle Montera en pleno centro de Madrid y que se produjo el21 de octubre de 1936 (Figura 1)

Seguacuten las actas de incautacioacuten e intervencioacuten conservadas la mayoriacutea de los procesos se llevaron a cabo durante los meses de septiembre y octubre de 1936 de tal modo que tres de lbs cuarenta y un locales de fotografiacutea existentes en Madrid sufrieron este proceso en el mes de agosto trece en el mes de septiembre veintidoacutes en el mes de octubre uno en el mes de noviembre y dos en el mes de enero de 1937

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Figura 1 shy El acta de incautacioacuten de Fotografia Amer Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

A pesar de la complejidad del proceso el resultado de las intervenciones e incautaciones de los locales fotograacuteficos de Madrid fueron desde el punto de vista econoacutemico un eacutexito sobretodo en el caso concreto de las intervenciones que pelmitieron un superavit en los balances econoacutemicos totales tal y como se afinnoacute en el boletiacuten de Obreros

Fotoacutegrafos del mes de marzo de 1938

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En la parte de intervencioacuten hemos podido observar que la guerra que se inicioacute en los primeros momentos anuncios de despido reduccioacuten de plantilla etc no era sino una arma con la que se queriacutea ay udar al fascismo Los nuacutemeros que no mienten demuestran cuales eran los beneficios que la clase patronal veniacutean

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obteniendo de la industria Este beneficio - por primera vez los obreros fotoacutegrafos tienen conocimiento de eacutel- es el producto del esfuerzo de los trabajadores Ved si tiene importancia la labor a desarrollar en el control de la industria

El trabajo de los fotoacutegrafos

El laboro de los fotoacutegrafos se vio afectado por el ritmo de la contienda sobretodo a partir del mes de noviembre de 1936 cuando Madrid se convirtioacute en una ciudad asediada Fueron cuatro los problemas a los que se enfrentaron los profesionales

-la falta de suministros - el control y la censura de las autoridades -la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente -los peligros derivados de la guerra La falta de suministros surgioacute con el corte de comunicaciones

por carretera de Madrid con otras ciudades republicanas debido a que las tropas sublevadas rodearon la ciudad cuatro meses despueacutes del alzamiento militar De este modo se impidioacute la llegada de viacuteveres incluido el material baacutesico para trabajar por lo que muchos fotoacutegrafos se vieron obligados a adaptarse a estas limitaciones (LOacutePEZ MONDEacuteJAR 2004)

La ausencia de negativos de paso universal llevoacute a muchos de ellos - a los fotoacutegrafos - a recuperar sus caacutemaras de placas y a utilizar restos de peliacuteculas de los noticieros cinematograacuteficos El propio Alfonso debioacute recurrir a sus viejas caacutemaras estereoscoacutepicas para realizar un reportaje encargado por el Ayuntamiento sobre los estragos producidos por los bombardeos en las calles de Madrid

y esto que afectoacute maacutes a los fotoacutegrafos espantildeoles que a los 1 1

extranjeros a los que les enviaban el material por correo o lo recogiacutean cuando haciacutean viajes a sus paiacuteses supuso un handicap debido a que los equipamientos modernos (como las caacutemaras Ermanox y Rolleijlex

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y las peliacuteculas maacutes sensibles) facilitaron la toma (desde puntos de vista hasta ese momento desconocidos) Y permitiacutean captar escenas sin flash ni triacutepode que permitiacutean que se sustituyeran las tomas estaacuteticas y posadas por la naturalidad de la accioacuten De hecho fotografiacuteas como la del miliciano en Cerro Muriano de Robert Capa hubiera sido impensable si el fotoacutegrafo no hubiera contado con la tecnologiacutea apropiada tal y como afirma su bioacutegrafo Whelan (1999 p32)

[ ] los lectores quedaron impactados ya que nadie habiacutea visto nada parecido hasta entonces Las anteriores fotografiacuteas de guerra habiacutean sido necesariamente estaacuteticas y tomadas a distancia En la Primera Guerra Mundial no tan lejana de aquella eacutepoca la caacutemara habitual era la Graflex mediana con un fuelle y placas de cuatro a cinco pulgadas Ademaacutes de resultar muy llamativa impediacutea praacutecticamente obtener fotos espontaacuteneas era muy pesada y dificultaba el margen de maniobra del fotoacutegrafo en situaciones de peligro Por el contrario la Leica de 35mm de Capa era discreta y le permitiacutea la maacutexima movilidad Con ella se lanzoacute al torbellino de la guerra como nadie antes que eacutel se habiacutea

atrevido a hacerlo

Algunos locales de la ciudad se vieron obligados a cerrar sus puertas ante la imposibilidad de lograr suministros tal y como se informoacute en la siguiente nota publicada en el boletiacuten Obreros Fotoacutegrafos en el antildeo 1938

Las dificultades insuperables de la adquisicioacuten de materiales han obligado a la Directiva a proceder al cierre de algunos talleres a los que la vida econoacutemica se les haciacutea imposible mermaacutendose por diacuteas las posibilidades y llegando a constituir un peligro de desaparicioacuten cosa que estudiada debidamente se trata de cortar con las medidas adoptadas La Directiva informaraacute ampliamente

de ello

Este problema se sumoacute a otros como la movilizacioacuten al frente de parte del personal empleado en los talleres y estudios o la censura impuesta por las autoridades responsables de Madrid Los fotoacutegrafos estuvieron controlados por las autoridades madrilentildeas ya que no podiacutean

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acudir al frente sin un pase que se obteniacutea tras la identificacioacuten de quieacutenes eran y para quieacuten trabajaban como desarrollaremos maacutes adelante En el caso de la cobertura en el frente eran trasladados y acompantildeados por un responsable de propaganda y la burla de cualquiera de estas normas suponiacutea un peligro para el fotoacutegrafo como comenta en sus memorias uno de los periodistas que cubrieron el conflicto en Madrid acerca del fotoacutegrafo londinense HY Drees

Durante diez diacuteas estuvo sin pases Y sin embargo gracias a alguacuten don excepcional - supongo que esto es lo que tienen los buenos fotoacutegrafos de prensa - siempre salioacute bien parado La noche del principal ataque aeacutereo fue su gran triunfo Estaba muy afectado por el bombardeo porque le habiacutea golpeado literalmente el soplo de la explosioacuten en una callejuela y se estaba recuperando en una cama de la Telefoacutenica cuando de repente se despertoacute agarroacute su caacutemara y subioacute a la deacutecima planta para fotografiar la ciudad en llamas Alliacute le arrestoacute un guardia Un periodista que hablaba espantildeol y habiacutea escuchado el incidente fue a ofrecer explicaciones al jefe de los guardias del edificio No soacutelo se encontroacute con que Drees ya no estaba arrestado sino que estaba tan campante en la planta trece rodeado de guardias admirativos que le miraban mientras fotografiaba la escena entera y posaban con orgullo para sus propias fotografiacuteas (COX 2005 p261-262)

Los problemas maacutes graves a los que tuvieron que enfrentarse los fotoacutegrafos en Madrid fueron los derivados de los constantes bombardeos que los aviones enemigos lanzaron sobre la ciudad puesto que como muchos de los locales dedicados a la fotografiacutea en Madrid y las residencias de los fotoacutegrafos extranjeros estaban ubicados en la zona centro corriacutean un mayor riesgo De hecho conocemos como el fotoacutegrafo Alfonso se vio obligado a abandonar durante meses su estudio de la calle Fuencarral por la constante amenazada que significaba encontrarse cercano al edificio de la Telefoacutenica el maacutes alto de Madrid y por tanto objetivo prioritario de la aviacioacuten enemiga Un ejemplo graacutefico del peligro que corrieron los locales de fotografia de la ciudad

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eS la siguiente fotografiacutea (Figura 2) en la que se puede ver el estudio de Fotos Galaacuten3 situado en la calle Alcalaacute 9 completamente derruido como consecuencia de uno de los numerosos bombardeos aeacutereos

Figura 2 - Estudio de Fotos Galaacuten derruido Fotografla Aulor nojuacutee citado

Fuente Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Otros fotoacutegrafos aquellos encargados de cubrir el frente llegaron a pagar con su vida Uno de los ejemplos maacutes conocidos es el de Gerda Taro que trabajoacute para las revistas francesas Ce Soir y Regards cubriendo el conflicto en Coacuterdoba Barcelona y Madrid entre otras ciudades En la

3 A pesar de que en el letrero del local fotograacutefico se lee claramente Totos Galaacuten en el li stado que hemos localizado en el Anuario General de Espantildea Bailly-Baillieacutere de 1936 figura el nombre de Teodoro Orozco como el correspondie nte al estudio fotograacute fi co del nuacutemero nueve de la ca lle Alcalaacute Puede deberse a dos razones un cambio de nombre tras la edicioacuten del nuacutemero del Anuario o a que con el estallido de la guerra el com iteacute de trabajadores del local sustituye ran el nombre del propietario por el de FalOS Galaacuten

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fotografiacutea que se presenta a continuacioacuten (Figura 3) Robert Capa su pareja la retratoacute resguardada del ataque de los sublevados en el Frente de Coacuterdoba en 1936

Figura 3 - Cerda Taro resguardada del alaque de los sublevados en el Frente de Coacuterdoba en 1936

Faagrafia Robert Capa Fuente Olmeda (2007)

y seraacute precisamente en el Frente de Brunete en el que el25 de jul io de 1937 a las 18 30 horas cuando la fotoacutegrafa pierda la vida a causa de un accidente fOltuitO un tanque descontrolado que intentoacute zafarse de un bombardeo enemigo se cruzoacute en la carretera invadiendo el carril en el que transitaba el camioacuten que trasladaba a varios heridos y a Gerda El golpe le hizo caer y el tanque pasoacute por encima de su cuerpo Murioacute unas horas maacutes tarde en el hospital ingleacutes de El Goloso Unos minutos antes del incidente Gerda escribioacute en su diario

Caen bombas muy cerca de nuestra posicioacuten Oiacutemos el ruido estremecedor de los bombardeos Ted se cubre la cabeza pero yo saco fotos sin parar Mantengo la sangre friacutea en medio de una escena apocaliacuteptica con aviones descendi endo en picado explosiones que agujerean la tierra y soldados que hu yen presos

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Fotoacutegrafos de guen-a la cobertura iacuteotogijiacutefica d~ la iexcliexcllIerra CiiacuteirEspantildeQla en ~fadrid (1936-1939)

del paacutenico Conservo la calma cuando un avioacuten abre fuego sobre nuestro hoyo Me quedo tumbada de espaldas y sigo disparando la Leica Se me acaban los carretes (OLMEDA 2007 p179)

Soacutelo por este motivo (a Gerda se le habiacutea acabado el material para fotografiar) decidioacute abandonar la primera liacutenea y subirse al camioacuten Esta decisioacuten a la hora de fotografiar en primera liacutenea (y que desobedeciacutea la orden expresa del general Walter miembro de las Brigadas Intemacionales) le costoacute la vida pero hasta el uacuteltimo aliento se preocupoacute por su material porque sabiacutea de la importancia de denunciar visualmente aquello que estaba ocurriendo De hecho una de las enfermeras que le atendioacute Irene Goldin afirmoacute el tanque le habiacutea abierto el estoacutemago y teniacutea heridas abdominales muy graves se le habiacutean salido todos los intestinos [ ] Lo uacutenico que dijo fue iquestestaacuten bien mis caacutemaras Son nuevas iquestEstaacuten bien (KERSHAW 2003 p181)

A pesar de las numerosas complicaciones los fotoacutegrafos continuaron con su labor orientada a tres actividades primordiales fotoperiodismo fotografiacutea oficial y otros trabajos entre los que podriacuteamos incluir los de estudio sobretodo las fotografiacuteas de carnet esenciales en una ciudad en la que todos debiacutean estar identificados

Los fotoacutegrafos

Fueron muchos los fotoacutegrafos conocidos que trabajaron en Madlid Entre los espantildeoles destacaron Manuel Albero y Francisco Segovia Marin loseacute Mariacutea Casariego Alfonso Santos Yubero Agustiacute y Llu iacutes Centelles Lluiacutes Torrents Luis Vidal Corrella los Mayo entre otros Entre los reporteros extranjeros que soliacutean alojarse en el Hotel Florida (en la plaza de Callao) o el Hotel Gran Viacutea Uunto al bar Chicote) que cubrieron el conflicto en la capital encontramos a Robert Capa Gerda Taro lean Moral David Seymour Luis Bressange Walter Reuter y otros que trabajaron para las agenciasAP Keystone View Company Planet News

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World Wide Photo Central Press y London News Agency Press por mencionar las maacutes importantes

Durante la Guerra Civil Espantildeola los fotoacutegrafos se agruparon bajo varias organizaciones sindicales dependientes de las ramas de Artes Graacuteficas la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y la Seccioacuten de Fotoacutegrafos de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola Si a la informacioacuten que se desprendede las fichas de afiliacioacuten de estos sindicatos unimos la extraiacuteda de los archivos de la Junta Delegada de Defensa de Madrid a traveacutes de las fichas laborales que la Seccioacuten Fotograacutefica elaboroacute con el fin de controlar la actividad en la capital podemos hacemos una idea del nuacutemero de fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid y una cuestioacuten maacutes interesante quieacutenes eran

Se trata de un total de 1249 fichas distribuidas de la siguiente manera 197 de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 455 fichas de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y 597 fichas de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Junta Delegada de Defensa de Madrid

De entre el total de fotoacutegrafos 113 trabajaron para perioacutedicos y revistas 37 en el frente 57 para una institucioacuten oficial 585 en un local de fotografiacutea 193 en la viacutea puacuteblica o como fotoacutegrafo al minuto y 240 eran afiliados de los que o no tenemos constancia de doacutende trabajaron o no eran fotoacutegrafos pero su trabajo estaban directamente relacionado con el mundo de la imagen A continuacioacuten presentamos una tabla con esta informacioacuten detallada por organizaciones

Perioacutedicos Institucioacuten Locales Viacutea PuacuteblicaFrente OtrosRevistas Oficial Fotograacuteficos Al Minuto

Junta Delegada 73 34 54 121 180 115JI L -lt 1 ~

26 H 2 JL middottrSociedad Obrera 315 10 101J~ I shy

Federacioacuten Graacutefica 14 lt 1f 2 lf 149 r 3 -

24

Tabla 1 - Fotograacutefos e otros relacionados con el mundo de laf grafia que trabajaron en la guerra

Ante estos datos debemos hacer dos aclaraciones en primer lugar estos registros no soacutelo se refieren exclusivamente a fotoacutegrafos sino a todos aquellos que estuvieron relacionados con el mundo de la fotografiacutea (incluidos reveladores ayudantes aprendices encargados de tienda etc) y en segundo lugar que alguno de los nombres se encuentra en varias de estas organizaciones 14 obtuvieron fichas de ingreso de la Junta Delegada de Defensa de Madrid la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares 4 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 22 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y 120 obtuvieron ficha de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y la Sociedad de Obreros Fotoacutegrafos

La fuente maacutes interesante de trabajo la encontramos en las fichas de la Junta Delegada de Defensa de Madrid puesto que controloacute exhaustivamente a los fotoacutegrafos a traveacutes del trabajo de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa dirigida por Joseacute Carrentildeo Espantildea De hecho se anularon los permisos concedidos con anterioridad y se obligoacute a solicitar unos nuevos ahora controlados por la Junta tal y como se publicoacute en su Boletiacuten Oficial en diciembre de 1936

Para poder obtener fotografiacuteas tanto de la ciudad como de sus frentes de guerra a que se extiende mi autoridad de Comandante de la plaza seraacute preciso proveerse de licencia concedida por el Delegado de Propaganda y Prensa de esta Junta que necesariamente habraacute estar firmada por el mismo

A continuacioacuten presentamos la ficha de Gerda Taro (Figura 4) sellada el 25 de enero de 1937 en la que se incluyen datos como su nombre completo (Gerta Pohorylle) su domicilio en Pariacutes (50 Rue Vavin) el lugar y fecha de nacimiento (Stuttgart 01081910) la empresa para la que trabajaba (Le Soir Paris) el domicilio oficial en Madrid (Alianza de Intelectuales) y el partido poliacutetico al que perteneciacutea (AEAR) La ficha iba acompantildeada de una fotografiacutea de carnet entregada por la interesada (Figura 5)

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JUNTA OELEGADA DE DEfENSA DE MADRID Secretaria de Propagandamiddot Seccioacuten Fotooraacutefical FILlAcrOacuteN DEL FOTOacuteGRAfO -7-rt

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Figura 5 - Fotografla de Gerda Taro Fotografia Autor nojuacutee citado

Fuente AHNSeccioacuten Salamanca pis Madrid

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Fotoacutegrafos de guerra la co_bertllra fotoiexcl(rJJICil aiexcliexcliexcliexcluiexcllIctra Ct1T]spantildeola en Madrid (1936-19l9) 149

Para poder trabajar libremente esta identificacioacuten debiacutea ir acompantildeada de una autorizacioacuten expedida por los jefes militares del sector correspondiente tal y como se detalla en la siguiente autorizacioacuten (Figura 6) sellada por la Junta Delegada de Defensa de Madrid y la 40 Brigada Mixta del Estado Mayor de la Repuacuteblica Espantildeola (que estaacute firmada por el General Miaja el 17 de febrero de 1937) a Alfonso Saacutenchez Portela conocido como Alfonso concedieacutendole permiso para trabajar en el frente o la siguiente (Figura 7) sellada ellO de marzo de 1939 (unos diacuteas antes de finalizar la guerra) en la que el Director General de Seguridad le autorizaba a obtener informacioacuten graacutefica en el interior de la capital

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Figura 6 - Autorizacioacuten expedida para poder trabajar libremente Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

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Figura 7 - Autorizacioacuten expedida para Alfonso Saacutenchez Porlea diacuteas antes dejinalizar la guerra

Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

Si tras la entrada en vigor de la disposicioacuten de obligatoriedad de identificacioacuten se sorprendiacutea a un fotoacutegrafo sin permiso o empleando una caacutemara que no hubiera obtenido la licencia adecuada eacuteste era considerado un desafecto a la causa republicana y debiacutea ser juzgado por tal causa por el fuero militar

En el caso del reportero graacutefico eacuteste debiacutea proveerse de una chapa metaacutelica numerada que le identificara como tal (tras previo aval de la Direccioacuten de la agrupacioacuten Unioacutende Informadores Graacuteficos de Prensa) y asiacute tener acceso libre a los espacios de la ciudad ademaacutes de una tarjeta identificativa autorizada por el Delegado y el Secretario General de Prensa

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Una vez que los fotoacutegrafos haciacutea su trabajo el control se extendiacutea a la seccioacuten graacutefica de las revistas y perioacutedicos sometida a un total control por parte de las autoridades tal y como se extrae de la sifruiente disposicioacuten publicada en el Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid en enero de 1937

A partir de las doce de la noche del diacutea 30 de diciembre de 1936 queda terminantemente prohibida la publicacioacuten en Madrid de perioacutedicos diarios revistas boletines tanto de empresas como de organizaciones poliacuteticas sindicales y de milicias dibujos litografiacuteas y demaacutes med ios graacuteficos mencionados en el artiacuteculo segundo de la Ley de Imprenta con excepcioacuten de libros si que previamente hayan sido autori zados por la censura de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa de esta Junta De toda publicacioacuten graacutefica sometida a censura se presentaraacuten tres ejemplares uno que se devolveraacute sellado cuando se autorice para que salga a la luz y dos que se conservaraacuten en la referida Delegacioacuten para constituir el Archivo de la revolucioacuten que en su diacutea seraacute depositado donde disponga el Gobierno legiacutetimo de la Repuacuteblica 4

Como ya hemos comentado la fotografiacutea es el mejor soporte para mostrar aquello que se quiere mostrar por lo que las autoridades responsables de la defensa de Madrid la utilizaron como medio propagandiacutestico de ahiacute el feacuterreo control de fotoacutegrafos y medios de comunicacioacuten Por eso resulta interesante hablar no soacutelo de lo que se retrata sino tambieacuten de lo que se oculta Pondremos un ejemplo a traveacutes de lo visual que nos serviraacute para ilustra nuestra hipoacutetesis las fotografiacuteas tomadas a milicianos y soldados defensores de la capital en momentos de asueto Si analizamos la produccioacuten fotograacutefica de este asunto que se conserva en el Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola de la Biblioteca Nacional observamos que la imagen gira en tomo a dos ejes de representacioacuten la alimentacioacuten y la formacioacuten

bull Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid Antildeo 2 n2 1 dc enero de 1937 Tomo 1 p7)

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cultural de los combatientes No parece casual que la mayoriacutea de las imaacutegenes del descanso de los soldados de Madrid que se conservan en el fondo que trabajamos coincidan en tema con las maacutexi mas preocupaciones del gobierno republicano los problemas de alimentacioacuten y abastecimiento de las tropas defensoras y la educacioacuten como medio de luchar contra el fascismo Esto se puede ver claramente en la siguiente imagen (Figura 8) un trabajo de la casa de fotografiacutea Albero y Segovia en la que un grupo de 7 milicianos alguno de ellos armado que estaacuten en un espacio cerrado rodean una mesa en la que se disponen copiosamente viacuteveres Si atendemos a la expresioacuten corporal podemos intuir que los siete observadores intemos mantienen claramente una pose ante la caacutemara del fotoacutegrafo Por ejemplo el hombre que cierra la escena a la derecha sostiene con cierta dificultad y de manera muy artificial en su mano izquierda unas cajetillas de tabaco y un paquete sin soltar el arma (que no estaacute colgada) de tal modo que la mano derecha le impide ayudarse con la carga La intencioacuten parece clara este personaje debe ser fotografiado con los viacuteveres en su mano pero sin soltar su arma que debe formar parte del cuadro

Figura 8 - Grupo de 7 milicianos rodean una mesa Fotografia Autor nofuacutee citado Casa de fOlografia Albero y Segovia

Fue11le Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

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Lo que recuperamos en el reverso de la imagen tambieacuten nos ayuda a descubrir la connotacioacuten de la fotografia

El fin del antildeo 36 de los milicianos de la intendencia reciben cajetillas chocolates vinos y licores conservas hasta jamones abundante ropa y tambieacuten cantidades en metaacute lico Asiacute cuida la Repuacuteblica a sus bravos luchadores

Como hemos comentado tan importante resulta lo que se ve como lo que se oculta Pongamos otro ejemplo A pesar de las numerosas fotografiacuteas que muestran los momentos de asueto de los defensores del Madrid del iexclNo pasaraacuten no existe ninguna en la que se retrate a los soldados realizando actividades luacutedicas como jugar a las cartas algo que resulta sorprendente si tenemos en cuenta que seguacuten el testimonio de alguno de los supervivientes era algo habitual hasta el punto de convertirse en la uacutenica manera de matar el tiempo Por el contrario siacute encontramos testimonio graacutefico de la praacutectica de este tipo de juegos entre las fotografias (en un nuacutemero muy inferior si las comparamos con la produccioacuten fotograacutefica de los antifascistas) del bando sublevado como aquellas que retratan eljuego de un grupo de soldados del Ejeacutercito de Marruecos en un rato de juego en la Ciudad Universitaria el19 de mayo de 1938 tal y como se indica en el reverso de la imagen sellada por la Seccioacuten Teacutecnica del Ministerio del Interior (Figura 9)

El porqueacute de la inexistencia de alguna huella visual de ese momento de ocio entre los soldados republicanos podriacutea explicarse como algo meramente casual de no ser porque conocemos a traveacutes de la prensa que el gobierno republicano consideroacute el juego como una actividad impropia en el frente hasta tal punto que este tema se convirtioacute en el protagonista de la tira coacutemica Hay que evitar ser tan bruto como el soldado Canuto publicada en La Voz del combatiente Esta seccioacuten se encargaba de recordar al soldado antifascista a traveacutes del personaje de Canuto como no debla comportarse El diacutea cinco de abril de 1937 bajo el tiacutetulo El peor de

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los vicios es eljuego la tira estaacute dedicada a advertir a los soldados de lo negativo del juego Canuto retorna al frente y sigue tan imprudente Pues a su sector llegado una baraja ha sacado Logra formar enseguida una importante partida Se juega con gran fruic ioacuten hasta la respiracioacuten A Canuto le han ganado y encima quedoacute entrampado

Figura 9 - Juego de un grupo de soLdados deL Ejeacutercito de Marruecos Fotografia Autor nofue citado Seccioacuten Teacutecnica deL Ministerio deL Interior

Fuente Biblioteca NacionaL Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Tambieacuten en el Manual del Miliciano que la Editorial Labor publica en 1937 en el apartado dedicado a la Moral del Miliciano se advierte de la necesidad de controlar a aquellos que se dejan llevar por los impulsos

Nada maacutes nefasto en cambio que la conducta de quienes a riacuteo revuelto pretenden convertir la guerra en tolvanera de sus apetitos El arte y la literatura han marcado con fuego la injuria de aquellos seres indignos qu~ al margen de la lucha y casi siempre a cubierto de sus riesgos caen sin piedad sobre vidas y haciendas sin otro moacutevil que el de saciar sus ansias de destruccioacuten o de rapintildea Son eacutestos elementos indeseables cuya eliminacioacuten del cuerpo social soacutelo puede reportar grandes

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beneficios no ya porque manchan la revo luc ioacuten con sus actos reprobables sino porque alumbran en el alma de los indiferentes la idea de que la razoacuten - tan clara - no estaacute de nuestra parte

Se podriacutea pensar que las dificultades por las que atravesaba la retaguardia madrilentildea con el fin de suministrar lo necesario en la vanguardia haciacutean inconveniente mostrar una imagen tan friacutevola de los defensores de la ciudad y por tanto se podriacutea haber evitado retratar esa situacioacuten Parece que el juego y las apuestas no eran del gusto de un ejeacutercito que primaba la formacioacuten sobre la diversioacuten

En otras ocasiones y como resultado de ese control el fotoacutegrafo teniacutea que enfrentarse a la recreacioacuten de escenas beacutelicas que debiacutean ser fotografiadas como si se tratara de una real Son muchos los testimonios de reporteros que afirmaron la escenificacioacuten de determinadas acciones ante la caacutemara con fines propagandiacutesticos pero no soacutelo en la zona republicana sino tambieacuten en la sublevada tal y como afirma el periodista britaacutenico DDowd Gallagher a quien Robert Capa confesoacute

En Espantildea empeceacute por Hendaya en Francia en la frontera espantildeola proacutexima a San Sebastiaacuten La mayoriacutea de los reporteros y fotoacutegrafos nos hospedaacutebamos en un pequentildeo hotel destartalado Nos introdujimos en la Espantildea de Franco a traveacutes del riacuteo Iruacuten una vez que nos dieron penniso los oficiales de prensa de Franco en Burgos En una ocasioacuten soacutelo invitaron a los fotoacutegrafos [ ] y Capa me lo contoacute Les simularon escenas de batalla Las tropas de Franco vestiacutean de uniforme y estaban armadas y simulaban situaciones de ataque y de defensa Utilizaron bombas de humo para ambientar la escena (LEWINSKY 1978 p88)

De este modo el control ejercido por las autoridades poliacuteticas sindicales y militares tanto del frente como de la retaguardia fue uno de los caballos de batalla de los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid Sin embargo el manejo del lenguaje visual (complejo por definicioacuten) de eacutestos haciacutea posible establecer miradas diferentes en las imaacutegenes que eran tomadas por los que hemos denominado fotoacutegrafos oficiales y fotoacutegrafos oficiosos

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Los fotoacutegrafos oficiales y oficiosos en un ejemplo concreto el retrato de mujeres

Para cerrar esta breve reflexioacuten acerca del papel desarrollado por los fotoacutegrafos que cubrieron la Guerra Civil Espantildeola en Madrid debemos hacer una diferenciacioacuten que marca las dos maneras de mirar que se plasman a traveacutes de las fotografiacuteas Para entender de queacute hablamos cuando hacemos una distincioacuten entre fotoacutegrafos oficiales y oficiosos pondremos un ejemplo visual

Figura JO - Mujer abatida sobre los restos de su casa de Teuaacute de las ViclOrias Fotografza Autor nojIacutete citadoServicio de Propaganda del Servicio Fgraacutefico

dell1inisterio de EXleriores Fuente Biblioteca NacionalFondo FOlOgraacutefico de la Guerra Civil Madrid

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Fotoacutegrafos de guerra la cobertunI iacuteotogiiexclififad~ Iiexcll GueriexcliexcltCiexcl1EspaIIacuteola (1 Mwrjd 51 WJmiddot19~9)

Figura J J - l1ujeres inen tan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacuteiles en su nueva residencia

Faagrafia AUlOr no jite citado Casa barcelonesa de P Luis Torrents Fuente Biblioeca NacionalFondo FOlograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Se trata de dos fotografiacuteas rescatadas del Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola que se conserva en la Biblioteca Nacional (Madrid) en las que se retratan mujeres regresando a sus hogares tras el estallido de una bomba lanzada por la aviacioacuten enemiga Las dos imaacutegenes representan una misma accioacuten sin embargo el enfoque es diferente Mientras en la figura 10 (sellada por el Servicio de Propaganda del Servicio Fotograacutefico del Ministerio de Exteriores) se muestra una mujer abatida sobre los restos de su casa de Tetuaacuten de las Victorias la figura 11 (sellada por la casa barcelonesa de P Luis Torrents) muestra una actitud diferente ante ese mismo hecho En esta imagen las mujeres no se sientan a contemplar el resultado de los proyectiles lanzados por la aviacioacuten facciosa sino que intentan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacutetiles en su nueva residencia Por tanto la primera fotografia corresponde a la imagen pasiva de la mujer tradicional y La segunda a la verdadera imagen de la mujer de Madrid aquella que luchoacute de manera activa contra el fascismo en la retaguardia madrilentildea hacieacutendose responsable del sustento material y moral de su familia

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La totalidad de fotografias que retratan a la mujer de costumbres madrilentildea (es decir aquella que se encargoacute de cuidar de su familia) y que estaacuten selladas por los fotoacutegrafos oficiales (entendiendo por oficial aquel que trabaja para una institucioacuten puacuteblica ya sea poliacutetica o sindical)

responde al prototipo de mujer pasiva viacutectima de lo que OCUlTe mientras

que las fotografiacuteas tomadas por los fotoacutegrafos oficiosos (los que

trabajaron para las distintas casas de fotografiacutea de Madrid y de otras

localidades y los reporteros de guelTa) muestran la imagen de una mujer

combativa que lucha contra la sublevacioacuten desde la retaguardia

El motivo parece estar claro la imagen de la mujer de costumbres

abatida que se mostraba en carteles documentales y fotografias tomadas

por las autoridades antifascistas resultaba maacutes exportable para mostrar

al mundo las siniestras consecuencias de una sublevacioacuten militar que la

imagen de una mujer que intentoacute acomodarse a las exigencias impuestas por el estallido del conflicto

Consideraciones finales

Como dijo Pierre Bourdieu al hablar de las cinco satisfacciones que

aporta la fotografiacutea (la proteccioacuten contra el paso del tiempo la

comunicacioacuten con los demaacutes y la expresioacuten de sentimientos las

realizaciones de uno mismo el prestigio social la distraccioacuten y la evasioacuten)

[ ] la fotografia tendriacutea como funcioacuten ayudar a sobrellevar la angustia suscitada por el paso del tiempo ya sea proporcionando un sustituto maacutegico de lo que aqueacutel se ha llevado ya sea supliendo las fallas de la memoria y sirviendo de punto de apoyo a la evocacioacuten de recuerdos asociados en suma produciendo el sentimiento de vencer al tiempo y su poder de destruccioacuten (BOURDIEU 2003 p52)

Gracias al trabajo realizado por los fotoacutegrafos que cubrieron el

conflicto en la ciudad de Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de

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Fotoacutegrafos de guenll la coacuteberful1l totograllca ele la tilli]sectpaifiJii 1 ~fjhiacutef (1 )3fiacutellJ3m

abril de 1939 hemos podido recuperar la memoria (jiexcll acontecimiento

maacutes negro de la historia reciente de Espantildea a traveacutes del soporte visual

El trabajo que los corresponsales y fotoacutegrafos realizaron al estallar la guerra se ajustoacute al ritmo impuesto por la contienda por lo que tuvieron que enfrentarse a cuatro problemas baacutesicos que condicionaron su trabajo

la falta de suministros la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente los peligros derivados del fuego cruzado y de los continuos bombardeos sobre el frente y la retaguardia y el control y la censura impuesta por las autoridades Este uacuteltimo condicionante fue determinante en tanto que

los servicios de propaganda controlaron el laboro de los fotoacutegrafos y el resultado que era publicado en revistas y perioacutedicos de la Espantildea republicana de ahiacute que podamos hablar de dos tipos de fotografias que reflejan dos miradas diferentes sobre la realidad las tomadas por fotoacutegrafos que trabajaron para una institucioacuten poliacutetica y sindical (los fotoacutegrafos oficiales) y los retratos realizados por fotoacutegrafos que lo hicieron para un local de fotografia o para medios extranjeros (los fotoacutegrafos oficiosos) Por otro lado y debido a este feacuterreo control resulta muy interesante para los estudiosos que trabajan la imagen como medio para acercarse al pasado observar tanto lo que se retrata como lo que se silencia visualmente ya que marca el discurso oficial que se impuso durante los tres antildeos de contienda Para ilustrar nuestra hipoacutetesis de trabajo hemos empleado varios ejemplos visuales

Bibliografia

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KERSHAW Alex Sangre y champaacuten la vida y la (poca de Robert

Capa Madrid Debate 2003

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LEWINSKY Jorge The camera at war a history ofworld photography from 1848 to present day Nueva York Simon amp Schuster 1978

LOacutePEZ MONDEacuteJAR Publio Alfonso cincuenta antildeos de Historia de Espantildea Madrid Editorial Lunwerg 2004

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OLMEDA Fernando Gerda Tardo fotoacutegrafa de guerra el peliodismo como testigo de la historia Madrid Debate 2007

WHELAN Richard Capa cara a cara fotografias de Robert Capa sobre la Guerra Civil Espantildeola Madrid MNCARS 1999

111 bull bullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbull bullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbull

Ultima Hora em cena amodernidade fotograacutefica

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Silvana Louzada

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SONTAG Susano Diante da dor dos outros Sao Paulo Companhia das Letras 2003

SOUSA Jorge Pedro Urna histoacuteria criacutetica do fotojornalismo ocidentaI Florianoacutepolis Letras Contemporaneas 2000

WHELAN Richard Robert Capa a biography Lincoln University ofNebraska Press 1994

WHELAN Richard Introdwao In CAPA Comel Robert Capa fotografias Traduyao de Beatriz Karam Guimaraes Sao Paulo Cosac amp Naify Ediyoes 2000 p1 O

WHELAN Richard Proving that Robert Capas Falling Soldier is genuine a detective story 2002 Disponiacutevel em lt http wwwpbsorgwnetlamericanmastersepisodesrobert-capalin-Iove-andshywar47gt Acesso em 21 set 2008

Beatriz de las Heras

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Fotoacutegrafos de guerra la cobertura fotograacutefica de la Guerra Civil Espantildeola en Madrid (1936-1939)

War photographers the photographic coverage ofthe Spanish Civil War in Madrid (1936-1939)

Beatriz de las Heras

Resumen El objetivo de esta comunicacioacuten es aproximarnos al papel desarrollado p or los fo toacutegrafos nacionales e internacionales que trabajaron en la ciudad de Nfadrid durante la Guerra Civil Espantildeola De este modo rejlexionaremos acerca de sus condiciones de trabajo las limitaciones en su actividad y el control ejercido por las autoridades responsables y abordaremos una cuestioacuten altamente interesante para aquellos que estudiamos la imagen como fuente de conocimiento del pasado las distintas maneras de mirar que tienen los fotoacutegrafos dependiendo del canalpor el que se distribuyesu trabajo

Palavras-chave Guerra Civil Espantildeola fo toacutegrafos de guerra fotografia

Abstract The arget ofhis communicaion consists in analyzing he role developed by press phgraphers boh na tional and internaional who worked in Nfadrid during the Spanish Civil Wal~ In this way we will rejlect onheir working conditions the limitations intheir activities and the control exerted by the authoriies in charge We will also approach a highly interesing point to those who study the image as a knowledge source ofthe pas the difieren ways press photographers had to Iook ino depending onthe channel in which Iher work is distributed

Key-words Spanish Civil War War photographers Photography

Doctora e n Humanidades Professora en la aacuterea de historia contemporanea del Departamento de Humanidades de la Univers idad Carlos IIJ de Madrid Especia lista en e l es tudio de la histori a atraves de las fuentes visuales E-mail bherashumuc3mes

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)ffliama ult a LJuelTIltivil Es~antildeol a en Madrid lt1936-1939)

Introduccioacuten

La Guerra Civil se considera el acontecimiento maacutes determinante en el desarrollo de la historia de Espantildea del siglo XX Fue el resultado del fracaso de una sublevacioacuten militar que se produjo el 17 de julio de 1936 cuando parte del ejeacutercito se alzoacute contra el gobierno constituido legiacutetimamente el 16 de febrero y fue obligado a combatir en una lucha fraticida La contienda se prolongoacute hasta el1 de abril de 1939 gracias sobretodo a la resistencia de los ciudadanos que decidieron voluntariamente oponerse a los militares Esto ocurrioacute en ciudades como Madrid que a pesar de ser rodeada por los sublevados en el mes de noviembre de 1936 se convirtioacute en el bastioacuten inexpugnable para el fascismo en el siacutembolo de la resistencia republicana durante tres antildeos El resultado de este enfrentamiento miles de muertos y la ruina econoacutemica poliacutetica y social de un paiacutes que soportoacute los 40 antildeos de dictadura impuesta por el vencedor de la contienda Francisco Franco

La guerra se consideroacute el laboratorio de ensayo de la II Guerra Mundial por ser precursora del uso de nuevo armamento taacutecticas militares sistemas de evacuacioacuten de poblacioacuten civil proteccioacuten del tesoro artiacutestico nacional pero sobretodo fue pionera en lo concerniente al dominio de la informacioacuten y de la propaganda en los distintos soportes el soporte oral (los discursos y la radio) el soporte escrito (la prensa escrita) y el soporte visual (el cine y los documentales de guerra la fotografiacutea y la carteliacutestica) Tambieacuten en lo concerniente a la direccioacuten de sus objetivos la vanguardia y la retaguardia (para mantener la moral de los combatientes y de la poblacioacuten civil respectivamente) los enemigos (para minar sus fuerzas) y los neutrales (con la intencioacuten de conseguir su respaldo) Tal fue el nivel de utilizacioacuten de la propaganda por parte de los bandos enfrentados que el historiador y diplomaacutetico espantildeol Salvador de Madariaga habloacute de guerra de tinta para referirse a la Guerra Civil Espantildeola

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135 134 eatriz ueJas lIerd

Durante la contienda las autoridades entendieron las ventajas de la utilizacioacuten de la informacioacuten divulgada (sobretodo por parte de los antifascistas) y de la necesidad de emplearla bien tal y como se expresa en La voz del combatiente en el mes de enero de 1937

Este punto hay que plantearlo con toda claridad Si queremos que este arma no pierda ninguna de sus virtudes tenemos que I

I calibrar muy bien su empleo y conocer el modo de emplearla lo maacutes eficazmente posible Una de las armas maacutes a nuestro favor con que contamos para ganar la guerra es precisamente la propaganda de ahiacute que nos valgamos de ella con tacto con mesura con verdadero tino y no confundamos su prop ia fi nalidad De esta manera si no nos libramos de los entuertos ya hechos nos evitaremos el seguir cometieacutendolos en lo sucesivo [] Sobretodo que un arma llamada a deshacer entuertos no los siga creando de la manera maacutes lamentable por la impreparacioacuten de quienes ni saben manejarla ni comprenden su alcance poliacutetico

La utilizacioacuten de la propaganda no solo se realizoacute en tomo a las propias filas como ya hemos comentado sino que tambieacuten tuvo como objetivo filtrarse en el bando enemigo con la intencioacuten de minar sus fuel7as o atraer a los combatientes contrarios

Se ha escrito mucho resaltando la gran impOliancia que para nosotros y para nuestra causa tiene el desarrollo de una propaganda sistemaacutetica y organizada en las filas enemigas No nos costariacutea mucho trabajo sentildealar infinidad de casos que demuestran esa realidad Alliacute donde la propaganda se lleva a cabo con constancia y organizacioacuten los frutos no se hacen esperar decenas de evadidos del campo faccioso vienen a nuestras filas decenas de nuevos combatientes que gana nuestro Ejeacutercito un debilitamiento y una desmoralizacioacuten constante del enemigo (NUESTRA PROPAGANDA 1937 p5)

Fue tal el nivel de explotacioacuten propagandiacutestica que incluso llegoacute a ser objeto de criacutetica por parte de la prensa de la eacutepoca Pareciacutea que el gobierno republicano estaba maacutes concentrado en hacer grandes campantildeas

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que mostraran las maldades facciosas y las bondades de los antifascistas que en el propio desarrollo militar de la contienda tal y como se escribioacute en El Socialista en febrero de 1937 y que el gobierno censuroacute

y puesto que estamos resueltos a que ninguna falta quede sin corregir iquestno seraacute menester que alguna vez nos pongamos a pensar si desde el Comisariado de Guerra por ejemplo no se estaacute atendiendo maacutes mucho maacutes a la propaganda de partido - no el nuestro ciertamente- que a servir calladamente las exigencias que la guerra plantea

El soporte maacutes empleado en estos trabajos propagandiacutesticos fue el visual debido a su capacidad de persuasioacuten que le haciacutea un arma maacutes que sugerente para condicionar a un puacuteblico deseoso de informacioacuten y faacutecilmente manipulable por las circunstancias que se imponiacutean en esta guerra fraticida de tal modo que los carteles y las fotografiacuteas tomadas en el frente y en la retaguardia invadiacutean muros perioacutedicos y revistas En el caso concreto de las imaacutegenes fotograacuteficas no solo se entendiacutean como medio propagandiacutestico sino tambieacuten por ser el maacutes cercano a la realidad como un soporte contenedor de informacioacuten privilegiada que no podiacutea caer en manos del enemigo por lo que desde las tribunas responsables se realizaban llamamientos para evitar que esa informacioacuten pudiera emplearse en contra de sus intereses Ell de enero de 1937 la Seccioacuten de Propaganda y Prensa de la Junta Delegada de Defensa de Madrid publicoacute en su Boletiacuten la siguiente informacioacuten

Las reproducciones fotograacuteficas son al mismo tiempo que medios eficaciacutesimos para la propaganda elementos peligrosos que pueden revelar al enemigo datos de intereacutes para la ofensiva Es pues elemental medida previsora cuya omisioacuten seriacutea imperdonable emplear medios para tener la seguridad de que quienes utilizan las reproducciones fotograacuteficas son personas leales a la causa antifascista 2

Artiacuteculo censurado a El Socialista en Boletiacuten de propaganda de la Junta Delegada de Defensa de Madrid 19 febo 1937 Conservado en FPI p4456 Caja 18 p7 2 Delegacioacuten de Propaganda y Prensa Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid Madrid 1 ene 1937 p2

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136 Reatril de las lIerJS~____

Este es el motivo por el que nuestra reflexioacuten se centraraacute en el trabajo de aquellos que fueron responsables de cubrir visualmente el acontecimiento La dificultad a la hora de componer la historia colectiva de los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid entre julio de 1936 y abril de 1939 reside en el hecho de que la mayoriacutea de la documentacioacuten referente a su trabajo antes y durante la guerra fue destruida o por los propios responsables para evitar posib les represalias tras la derrota republicana o por los vencedores que la consideraron de poca utilidad para el reacutegimen que se instauraba A pesar de esto hemos logrado reconstruir alguna de las caracteriacutesticas de su laboro a traveacutes de la documentacioacuten rescatada del Archivo General de la Guerra Civil Espantildeola la Fundacioacuten Pablo Iglesias y del oacutergano que dio voz a las disposiciones oficiales del Gobierno Republicano la Gaceta de Madrid

El estallido de la guerra

Los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de marzo de 1939 fueron adaptaacutendose a los constantes cambios que se produjeron en la capital tras el alzamiento militar Un ritmo que en un primer momento fue marcado por la clase trabajadora responsable de tomar el mando de la ciudad Aprovechando la coyuntura que ofreciacutea el marco de la sublevacioacuten militar los sindicatos Confederacioacuten Nacional del Trabajo (CNT) y Unioacuten General de Trabajadores (UGT) emprendieron una Revolucioacuten social en el terreno social poliacutetico y econoacutemico basada en sus criterios Una de las primeras medidas tomadas fue la intervencioacuten (en el caso de la exclusiva direccioacuten de los trabajadores) o la incautacioacuten (en el caso de la participacioacuten de los sindicatos) de las industrias y locales comerciales de la ciudad incluidas tiendas laboratorios estudios dedicados a la fotografiacutea y las redacciones de los perioacutedicos Este sistema se basoacute en la explotacioacuten comuacuten por

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- U~ uucrraJiacutevirnspantildeola en ~Iadrid (1936-1939)

parte de los trabajadores de los locales abandonados por los propietarios (que al inicio de la contienda huyeron de la ciudad) o de los locales intervenidos (en este caso se permitioacute a los patronos su incorporacioacuten como otro colectivista maacutes hecho muy comuacuten en el caso de los fotoacutegrafos)

En el caso que nos ocupa fue el Comiteacute de Intervencioacuten e incautacioacuten de las Artes Graacuteficas el responsable de

Recoger y encauzar las colectividades y las necesidades de la industria y de su parte maacutes esencial para nosotros el respeto de los contratos de trabajo y a la dignidad de los compantildeeros cuya custodia se poniacutea de hecho en nuestras manos (AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid)

Este comiteacute se creo el ] 8 de agosto de 1936 tras la labor de las Comisiones de Incautaciones y Conflictos con la intencioacuten de centralizar las actuaciones que de manera permanente se estaban llevando a cabo para solventar los problemas derivados de una sublevacioacuten militar que afectaba a todo el paiacutes

Los problemas han ido creciendo como consecuencia de los meses que se dilatoacute y se di lata la guerra Por tanto lo que empezoacute siendo una cosa constrentildeida a las actividades sindicales o de salvaguardia de nuestros intereses puramente sindicales en torno a la industria se ha ido complicando con problemas como estos papel destrozo de industrias cierre de talleres reduccioacuten de jornada reduccioacuten de jornales militarizacioacuten aplicacioacuten del 60 a movilizados desplazamiento de maquinaria saboteo envuelto de algunos patronos y otros mil problemas inherentes a la marcha es precario de la industria (AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

Las primeras intervenciones de locales fotograacuteficos de la ciudad se produjeron el 19 de julio de 1936 seguacuten se indica en un documento sellado el27 de marzo de 1937 y en el que se describe una relacioacuten de doscientas treinta y dos casas relacionadas con la fotografiacutea que fueron intervenidas e incautadas por el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Artes

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atrlziacutele las tleras

Graacuteficas Al margen de esta informacioacuten contamos con las actas de intervencioacuten de algunos locales fotograacuteficos de la ciudad en concreto veintiuna De entre el total cuatro actas pelienecen a la intervencioacuten de locales que no aparecen en el este listado y si a esto le sumamos la informacioacuten de distinto tipo que hemos localizado en los archivos sobre la actividad fotograacutefica de Madrid podemos concluir que son sesenta y seis los locales dedicados a esta actividad durante la contienda al margen de la desan-ollada en los perioacutedicos revistas y de manera ambulante

Estas actas de intervencioacuten siguieron un modelo estaacutendar elaborado por el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Organizaciones Graacuteficas pelieneciente a la Unioacuten General de Trabajadores En el documento constaba el nombre del taller o local intervenido el domicilio y la fecha de la firma Ademaacutes debiacutea estar sellado por la empresa intervenida el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Artes Graacuteficas y por la Seccioacuten de Fotografia de dicho comiteacute El texto del acta de incautacioacuten era el siguiente

Con fecha de hoy el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Organizaciones Graacuteficas pertenecientes a la Unioacuten General de Trabajadores de acuerdo con el personal de las distintas secciones de los talleres de con domicilio en decidimos la intervencioacuten y control como garantiacutea del cumplimiento de las obligaciones que esta Empresa tiene convenidas con estas Organizaciones y en virtud de los que dispone la legislacioacuten social y la Carta Constitucional Espantildeola

A continuacioacuten presentamos el acta de incautacioacuten de Fotografiacutea Amer estudio que se ubicaba en la calle Montera en pleno centro de Madrid y que se produjo el21 de octubre de 1936 (Figura 1)

Seguacuten las actas de incautacioacuten e intervencioacuten conservadas la mayoriacutea de los procesos se llevaron a cabo durante los meses de septiembre y octubre de 1936 de tal modo que tres de lbs cuarenta y un locales de fotografiacutea existentes en Madrid sufrieron este proceso en el mes de agosto trece en el mes de septiembre veintidoacutes en el mes de octubre uno en el mes de noviembre y dos en el mes de enero de 1937

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Figura 1 shy El acta de incautacioacuten de Fotografia Amer Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

A pesar de la complejidad del proceso el resultado de las intervenciones e incautaciones de los locales fotograacuteficos de Madrid fueron desde el punto de vista econoacutemico un eacutexito sobretodo en el caso concreto de las intervenciones que pelmitieron un superavit en los balances econoacutemicos totales tal y como se afinnoacute en el boletiacuten de Obreros

Fotoacutegrafos del mes de marzo de 1938

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En la parte de intervencioacuten hemos podido observar que la guerra que se inicioacute en los primeros momentos anuncios de despido reduccioacuten de plantilla etc no era sino una arma con la que se queriacutea ay udar al fascismo Los nuacutemeros que no mienten demuestran cuales eran los beneficios que la clase patronal veniacutean

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obteniendo de la industria Este beneficio - por primera vez los obreros fotoacutegrafos tienen conocimiento de eacutel- es el producto del esfuerzo de los trabajadores Ved si tiene importancia la labor a desarrollar en el control de la industria

El trabajo de los fotoacutegrafos

El laboro de los fotoacutegrafos se vio afectado por el ritmo de la contienda sobretodo a partir del mes de noviembre de 1936 cuando Madrid se convirtioacute en una ciudad asediada Fueron cuatro los problemas a los que se enfrentaron los profesionales

-la falta de suministros - el control y la censura de las autoridades -la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente -los peligros derivados de la guerra La falta de suministros surgioacute con el corte de comunicaciones

por carretera de Madrid con otras ciudades republicanas debido a que las tropas sublevadas rodearon la ciudad cuatro meses despueacutes del alzamiento militar De este modo se impidioacute la llegada de viacuteveres incluido el material baacutesico para trabajar por lo que muchos fotoacutegrafos se vieron obligados a adaptarse a estas limitaciones (LOacutePEZ MONDEacuteJAR 2004)

La ausencia de negativos de paso universal llevoacute a muchos de ellos - a los fotoacutegrafos - a recuperar sus caacutemaras de placas y a utilizar restos de peliacuteculas de los noticieros cinematograacuteficos El propio Alfonso debioacute recurrir a sus viejas caacutemaras estereoscoacutepicas para realizar un reportaje encargado por el Ayuntamiento sobre los estragos producidos por los bombardeos en las calles de Madrid

y esto que afectoacute maacutes a los fotoacutegrafos espantildeoles que a los 1 1

extranjeros a los que les enviaban el material por correo o lo recogiacutean cuando haciacutean viajes a sus paiacuteses supuso un handicap debido a que los equipamientos modernos (como las caacutemaras Ermanox y Rolleijlex

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y las peliacuteculas maacutes sensibles) facilitaron la toma (desde puntos de vista hasta ese momento desconocidos) Y permitiacutean captar escenas sin flash ni triacutepode que permitiacutean que se sustituyeran las tomas estaacuteticas y posadas por la naturalidad de la accioacuten De hecho fotografiacuteas como la del miliciano en Cerro Muriano de Robert Capa hubiera sido impensable si el fotoacutegrafo no hubiera contado con la tecnologiacutea apropiada tal y como afirma su bioacutegrafo Whelan (1999 p32)

[ ] los lectores quedaron impactados ya que nadie habiacutea visto nada parecido hasta entonces Las anteriores fotografiacuteas de guerra habiacutean sido necesariamente estaacuteticas y tomadas a distancia En la Primera Guerra Mundial no tan lejana de aquella eacutepoca la caacutemara habitual era la Graflex mediana con un fuelle y placas de cuatro a cinco pulgadas Ademaacutes de resultar muy llamativa impediacutea praacutecticamente obtener fotos espontaacuteneas era muy pesada y dificultaba el margen de maniobra del fotoacutegrafo en situaciones de peligro Por el contrario la Leica de 35mm de Capa era discreta y le permitiacutea la maacutexima movilidad Con ella se lanzoacute al torbellino de la guerra como nadie antes que eacutel se habiacutea

atrevido a hacerlo

Algunos locales de la ciudad se vieron obligados a cerrar sus puertas ante la imposibilidad de lograr suministros tal y como se informoacute en la siguiente nota publicada en el boletiacuten Obreros Fotoacutegrafos en el antildeo 1938

Las dificultades insuperables de la adquisicioacuten de materiales han obligado a la Directiva a proceder al cierre de algunos talleres a los que la vida econoacutemica se les haciacutea imposible mermaacutendose por diacuteas las posibilidades y llegando a constituir un peligro de desaparicioacuten cosa que estudiada debidamente se trata de cortar con las medidas adoptadas La Directiva informaraacute ampliamente

de ello

Este problema se sumoacute a otros como la movilizacioacuten al frente de parte del personal empleado en los talleres y estudios o la censura impuesta por las autoridades responsables de Madrid Los fotoacutegrafos estuvieron controlados por las autoridades madrilentildeas ya que no podiacutean

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acudir al frente sin un pase que se obteniacutea tras la identificacioacuten de quieacutenes eran y para quieacuten trabajaban como desarrollaremos maacutes adelante En el caso de la cobertura en el frente eran trasladados y acompantildeados por un responsable de propaganda y la burla de cualquiera de estas normas suponiacutea un peligro para el fotoacutegrafo como comenta en sus memorias uno de los periodistas que cubrieron el conflicto en Madrid acerca del fotoacutegrafo londinense HY Drees

Durante diez diacuteas estuvo sin pases Y sin embargo gracias a alguacuten don excepcional - supongo que esto es lo que tienen los buenos fotoacutegrafos de prensa - siempre salioacute bien parado La noche del principal ataque aeacutereo fue su gran triunfo Estaba muy afectado por el bombardeo porque le habiacutea golpeado literalmente el soplo de la explosioacuten en una callejuela y se estaba recuperando en una cama de la Telefoacutenica cuando de repente se despertoacute agarroacute su caacutemara y subioacute a la deacutecima planta para fotografiar la ciudad en llamas Alliacute le arrestoacute un guardia Un periodista que hablaba espantildeol y habiacutea escuchado el incidente fue a ofrecer explicaciones al jefe de los guardias del edificio No soacutelo se encontroacute con que Drees ya no estaba arrestado sino que estaba tan campante en la planta trece rodeado de guardias admirativos que le miraban mientras fotografiaba la escena entera y posaban con orgullo para sus propias fotografiacuteas (COX 2005 p261-262)

Los problemas maacutes graves a los que tuvieron que enfrentarse los fotoacutegrafos en Madrid fueron los derivados de los constantes bombardeos que los aviones enemigos lanzaron sobre la ciudad puesto que como muchos de los locales dedicados a la fotografiacutea en Madrid y las residencias de los fotoacutegrafos extranjeros estaban ubicados en la zona centro corriacutean un mayor riesgo De hecho conocemos como el fotoacutegrafo Alfonso se vio obligado a abandonar durante meses su estudio de la calle Fuencarral por la constante amenazada que significaba encontrarse cercano al edificio de la Telefoacutenica el maacutes alto de Madrid y por tanto objetivo prioritario de la aviacioacuten enemiga Un ejemplo graacutefico del peligro que corrieron los locales de fotografia de la ciudad

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eS la siguiente fotografiacutea (Figura 2) en la que se puede ver el estudio de Fotos Galaacuten3 situado en la calle Alcalaacute 9 completamente derruido como consecuencia de uno de los numerosos bombardeos aeacutereos

Figura 2 - Estudio de Fotos Galaacuten derruido Fotografla Aulor nojuacutee citado

Fuente Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Otros fotoacutegrafos aquellos encargados de cubrir el frente llegaron a pagar con su vida Uno de los ejemplos maacutes conocidos es el de Gerda Taro que trabajoacute para las revistas francesas Ce Soir y Regards cubriendo el conflicto en Coacuterdoba Barcelona y Madrid entre otras ciudades En la

3 A pesar de que en el letrero del local fotograacutefico se lee claramente Totos Galaacuten en el li stado que hemos localizado en el Anuario General de Espantildea Bailly-Baillieacutere de 1936 figura el nombre de Teodoro Orozco como el correspondie nte al estudio fotograacute fi co del nuacutemero nueve de la ca lle Alcalaacute Puede deberse a dos razones un cambio de nombre tras la edicioacuten del nuacutemero del Anuario o a que con el estallido de la guerra el com iteacute de trabajadores del local sustituye ran el nombre del propietario por el de FalOS Galaacuten

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fotografiacutea que se presenta a continuacioacuten (Figura 3) Robert Capa su pareja la retratoacute resguardada del ataque de los sublevados en el Frente de Coacuterdoba en 1936

Figura 3 - Cerda Taro resguardada del alaque de los sublevados en el Frente de Coacuterdoba en 1936

Faagrafia Robert Capa Fuente Olmeda (2007)

y seraacute precisamente en el Frente de Brunete en el que el25 de jul io de 1937 a las 18 30 horas cuando la fotoacutegrafa pierda la vida a causa de un accidente fOltuitO un tanque descontrolado que intentoacute zafarse de un bombardeo enemigo se cruzoacute en la carretera invadiendo el carril en el que transitaba el camioacuten que trasladaba a varios heridos y a Gerda El golpe le hizo caer y el tanque pasoacute por encima de su cuerpo Murioacute unas horas maacutes tarde en el hospital ingleacutes de El Goloso Unos minutos antes del incidente Gerda escribioacute en su diario

Caen bombas muy cerca de nuestra posicioacuten Oiacutemos el ruido estremecedor de los bombardeos Ted se cubre la cabeza pero yo saco fotos sin parar Mantengo la sangre friacutea en medio de una escena apocaliacuteptica con aviones descendi endo en picado explosiones que agujerean la tierra y soldados que hu yen presos

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Fotoacutegrafos de guen-a la cobertura iacuteotogijiacutefica d~ la iexcliexcllIerra CiiacuteirEspantildeQla en ~fadrid (1936-1939)

del paacutenico Conservo la calma cuando un avioacuten abre fuego sobre nuestro hoyo Me quedo tumbada de espaldas y sigo disparando la Leica Se me acaban los carretes (OLMEDA 2007 p179)

Soacutelo por este motivo (a Gerda se le habiacutea acabado el material para fotografiar) decidioacute abandonar la primera liacutenea y subirse al camioacuten Esta decisioacuten a la hora de fotografiar en primera liacutenea (y que desobedeciacutea la orden expresa del general Walter miembro de las Brigadas Intemacionales) le costoacute la vida pero hasta el uacuteltimo aliento se preocupoacute por su material porque sabiacutea de la importancia de denunciar visualmente aquello que estaba ocurriendo De hecho una de las enfermeras que le atendioacute Irene Goldin afirmoacute el tanque le habiacutea abierto el estoacutemago y teniacutea heridas abdominales muy graves se le habiacutean salido todos los intestinos [ ] Lo uacutenico que dijo fue iquestestaacuten bien mis caacutemaras Son nuevas iquestEstaacuten bien (KERSHAW 2003 p181)

A pesar de las numerosas complicaciones los fotoacutegrafos continuaron con su labor orientada a tres actividades primordiales fotoperiodismo fotografiacutea oficial y otros trabajos entre los que podriacuteamos incluir los de estudio sobretodo las fotografiacuteas de carnet esenciales en una ciudad en la que todos debiacutean estar identificados

Los fotoacutegrafos

Fueron muchos los fotoacutegrafos conocidos que trabajaron en Madlid Entre los espantildeoles destacaron Manuel Albero y Francisco Segovia Marin loseacute Mariacutea Casariego Alfonso Santos Yubero Agustiacute y Llu iacutes Centelles Lluiacutes Torrents Luis Vidal Corrella los Mayo entre otros Entre los reporteros extranjeros que soliacutean alojarse en el Hotel Florida (en la plaza de Callao) o el Hotel Gran Viacutea Uunto al bar Chicote) que cubrieron el conflicto en la capital encontramos a Robert Capa Gerda Taro lean Moral David Seymour Luis Bressange Walter Reuter y otros que trabajaron para las agenciasAP Keystone View Company Planet News

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World Wide Photo Central Press y London News Agency Press por mencionar las maacutes importantes

Durante la Guerra Civil Espantildeola los fotoacutegrafos se agruparon bajo varias organizaciones sindicales dependientes de las ramas de Artes Graacuteficas la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y la Seccioacuten de Fotoacutegrafos de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola Si a la informacioacuten que se desprendede las fichas de afiliacioacuten de estos sindicatos unimos la extraiacuteda de los archivos de la Junta Delegada de Defensa de Madrid a traveacutes de las fichas laborales que la Seccioacuten Fotograacutefica elaboroacute con el fin de controlar la actividad en la capital podemos hacemos una idea del nuacutemero de fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid y una cuestioacuten maacutes interesante quieacutenes eran

Se trata de un total de 1249 fichas distribuidas de la siguiente manera 197 de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 455 fichas de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y 597 fichas de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Junta Delegada de Defensa de Madrid

De entre el total de fotoacutegrafos 113 trabajaron para perioacutedicos y revistas 37 en el frente 57 para una institucioacuten oficial 585 en un local de fotografiacutea 193 en la viacutea puacuteblica o como fotoacutegrafo al minuto y 240 eran afiliados de los que o no tenemos constancia de doacutende trabajaron o no eran fotoacutegrafos pero su trabajo estaban directamente relacionado con el mundo de la imagen A continuacioacuten presentamos una tabla con esta informacioacuten detallada por organizaciones

Perioacutedicos Institucioacuten Locales Viacutea PuacuteblicaFrente OtrosRevistas Oficial Fotograacuteficos Al Minuto

Junta Delegada 73 34 54 121 180 115JI L -lt 1 ~

26 H 2 JL middottrSociedad Obrera 315 10 101J~ I shy

Federacioacuten Graacutefica 14 lt 1f 2 lf 149 r 3 -

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Tabla 1 - Fotograacutefos e otros relacionados con el mundo de laf grafia que trabajaron en la guerra

Ante estos datos debemos hacer dos aclaraciones en primer lugar estos registros no soacutelo se refieren exclusivamente a fotoacutegrafos sino a todos aquellos que estuvieron relacionados con el mundo de la fotografiacutea (incluidos reveladores ayudantes aprendices encargados de tienda etc) y en segundo lugar que alguno de los nombres se encuentra en varias de estas organizaciones 14 obtuvieron fichas de ingreso de la Junta Delegada de Defensa de Madrid la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares 4 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 22 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y 120 obtuvieron ficha de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y la Sociedad de Obreros Fotoacutegrafos

La fuente maacutes interesante de trabajo la encontramos en las fichas de la Junta Delegada de Defensa de Madrid puesto que controloacute exhaustivamente a los fotoacutegrafos a traveacutes del trabajo de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa dirigida por Joseacute Carrentildeo Espantildea De hecho se anularon los permisos concedidos con anterioridad y se obligoacute a solicitar unos nuevos ahora controlados por la Junta tal y como se publicoacute en su Boletiacuten Oficial en diciembre de 1936

Para poder obtener fotografiacuteas tanto de la ciudad como de sus frentes de guerra a que se extiende mi autoridad de Comandante de la plaza seraacute preciso proveerse de licencia concedida por el Delegado de Propaganda y Prensa de esta Junta que necesariamente habraacute estar firmada por el mismo

A continuacioacuten presentamos la ficha de Gerda Taro (Figura 4) sellada el 25 de enero de 1937 en la que se incluyen datos como su nombre completo (Gerta Pohorylle) su domicilio en Pariacutes (50 Rue Vavin) el lugar y fecha de nacimiento (Stuttgart 01081910) la empresa para la que trabajaba (Le Soir Paris) el domicilio oficial en Madrid (Alianza de Intelectuales) y el partido poliacutetico al que perteneciacutea (AEAR) La ficha iba acompantildeada de una fotografiacutea de carnet entregada por la interesada (Figura 5)

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JUNTA OELEGADA DE DEfENSA DE MADRID Secretaria de Propagandamiddot Seccioacuten Fotooraacutefical FILlAcrOacuteN DEL FOTOacuteGRAfO -7-rt

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Figura 5 - Fotografla de Gerda Taro Fotografia Autor nojuacutee citado

Fuente AHNSeccioacuten Salamanca pis Madrid

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Para poder trabajar libremente esta identificacioacuten debiacutea ir acompantildeada de una autorizacioacuten expedida por los jefes militares del sector correspondiente tal y como se detalla en la siguiente autorizacioacuten (Figura 6) sellada por la Junta Delegada de Defensa de Madrid y la 40 Brigada Mixta del Estado Mayor de la Repuacuteblica Espantildeola (que estaacute firmada por el General Miaja el 17 de febrero de 1937) a Alfonso Saacutenchez Portela conocido como Alfonso concedieacutendole permiso para trabajar en el frente o la siguiente (Figura 7) sellada ellO de marzo de 1939 (unos diacuteas antes de finalizar la guerra) en la que el Director General de Seguridad le autorizaba a obtener informacioacuten graacutefica en el interior de la capital

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Figura 6 - Autorizacioacuten expedida para poder trabajar libremente Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

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Figura 7 - Autorizacioacuten expedida para Alfonso Saacutenchez Porlea diacuteas antes dejinalizar la guerra

Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

Si tras la entrada en vigor de la disposicioacuten de obligatoriedad de identificacioacuten se sorprendiacutea a un fotoacutegrafo sin permiso o empleando una caacutemara que no hubiera obtenido la licencia adecuada eacuteste era considerado un desafecto a la causa republicana y debiacutea ser juzgado por tal causa por el fuero militar

En el caso del reportero graacutefico eacuteste debiacutea proveerse de una chapa metaacutelica numerada que le identificara como tal (tras previo aval de la Direccioacuten de la agrupacioacuten Unioacutende Informadores Graacuteficos de Prensa) y asiacute tener acceso libre a los espacios de la ciudad ademaacutes de una tarjeta identificativa autorizada por el Delegado y el Secretario General de Prensa

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Una vez que los fotoacutegrafos haciacutea su trabajo el control se extendiacutea a la seccioacuten graacutefica de las revistas y perioacutedicos sometida a un total control por parte de las autoridades tal y como se extrae de la sifruiente disposicioacuten publicada en el Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid en enero de 1937

A partir de las doce de la noche del diacutea 30 de diciembre de 1936 queda terminantemente prohibida la publicacioacuten en Madrid de perioacutedicos diarios revistas boletines tanto de empresas como de organizaciones poliacuteticas sindicales y de milicias dibujos litografiacuteas y demaacutes med ios graacuteficos mencionados en el artiacuteculo segundo de la Ley de Imprenta con excepcioacuten de libros si que previamente hayan sido autori zados por la censura de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa de esta Junta De toda publicacioacuten graacutefica sometida a censura se presentaraacuten tres ejemplares uno que se devolveraacute sellado cuando se autorice para que salga a la luz y dos que se conservaraacuten en la referida Delegacioacuten para constituir el Archivo de la revolucioacuten que en su diacutea seraacute depositado donde disponga el Gobierno legiacutetimo de la Repuacuteblica 4

Como ya hemos comentado la fotografiacutea es el mejor soporte para mostrar aquello que se quiere mostrar por lo que las autoridades responsables de la defensa de Madrid la utilizaron como medio propagandiacutestico de ahiacute el feacuterreo control de fotoacutegrafos y medios de comunicacioacuten Por eso resulta interesante hablar no soacutelo de lo que se retrata sino tambieacuten de lo que se oculta Pondremos un ejemplo a traveacutes de lo visual que nos serviraacute para ilustra nuestra hipoacutetesis las fotografiacuteas tomadas a milicianos y soldados defensores de la capital en momentos de asueto Si analizamos la produccioacuten fotograacutefica de este asunto que se conserva en el Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola de la Biblioteca Nacional observamos que la imagen gira en tomo a dos ejes de representacioacuten la alimentacioacuten y la formacioacuten

bull Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid Antildeo 2 n2 1 dc enero de 1937 Tomo 1 p7)

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cultural de los combatientes No parece casual que la mayoriacutea de las imaacutegenes del descanso de los soldados de Madrid que se conservan en el fondo que trabajamos coincidan en tema con las maacutexi mas preocupaciones del gobierno republicano los problemas de alimentacioacuten y abastecimiento de las tropas defensoras y la educacioacuten como medio de luchar contra el fascismo Esto se puede ver claramente en la siguiente imagen (Figura 8) un trabajo de la casa de fotografiacutea Albero y Segovia en la que un grupo de 7 milicianos alguno de ellos armado que estaacuten en un espacio cerrado rodean una mesa en la que se disponen copiosamente viacuteveres Si atendemos a la expresioacuten corporal podemos intuir que los siete observadores intemos mantienen claramente una pose ante la caacutemara del fotoacutegrafo Por ejemplo el hombre que cierra la escena a la derecha sostiene con cierta dificultad y de manera muy artificial en su mano izquierda unas cajetillas de tabaco y un paquete sin soltar el arma (que no estaacute colgada) de tal modo que la mano derecha le impide ayudarse con la carga La intencioacuten parece clara este personaje debe ser fotografiado con los viacuteveres en su mano pero sin soltar su arma que debe formar parte del cuadro

Figura 8 - Grupo de 7 milicianos rodean una mesa Fotografia Autor nofuacutee citado Casa de fOlografia Albero y Segovia

Fue11le Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

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Lo que recuperamos en el reverso de la imagen tambieacuten nos ayuda a descubrir la connotacioacuten de la fotografia

El fin del antildeo 36 de los milicianos de la intendencia reciben cajetillas chocolates vinos y licores conservas hasta jamones abundante ropa y tambieacuten cantidades en metaacute lico Asiacute cuida la Repuacuteblica a sus bravos luchadores

Como hemos comentado tan importante resulta lo que se ve como lo que se oculta Pongamos otro ejemplo A pesar de las numerosas fotografiacuteas que muestran los momentos de asueto de los defensores del Madrid del iexclNo pasaraacuten no existe ninguna en la que se retrate a los soldados realizando actividades luacutedicas como jugar a las cartas algo que resulta sorprendente si tenemos en cuenta que seguacuten el testimonio de alguno de los supervivientes era algo habitual hasta el punto de convertirse en la uacutenica manera de matar el tiempo Por el contrario siacute encontramos testimonio graacutefico de la praacutectica de este tipo de juegos entre las fotografias (en un nuacutemero muy inferior si las comparamos con la produccioacuten fotograacutefica de los antifascistas) del bando sublevado como aquellas que retratan eljuego de un grupo de soldados del Ejeacutercito de Marruecos en un rato de juego en la Ciudad Universitaria el19 de mayo de 1938 tal y como se indica en el reverso de la imagen sellada por la Seccioacuten Teacutecnica del Ministerio del Interior (Figura 9)

El porqueacute de la inexistencia de alguna huella visual de ese momento de ocio entre los soldados republicanos podriacutea explicarse como algo meramente casual de no ser porque conocemos a traveacutes de la prensa que el gobierno republicano consideroacute el juego como una actividad impropia en el frente hasta tal punto que este tema se convirtioacute en el protagonista de la tira coacutemica Hay que evitar ser tan bruto como el soldado Canuto publicada en La Voz del combatiente Esta seccioacuten se encargaba de recordar al soldado antifascista a traveacutes del personaje de Canuto como no debla comportarse El diacutea cinco de abril de 1937 bajo el tiacutetulo El peor de

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los vicios es eljuego la tira estaacute dedicada a advertir a los soldados de lo negativo del juego Canuto retorna al frente y sigue tan imprudente Pues a su sector llegado una baraja ha sacado Logra formar enseguida una importante partida Se juega con gran fruic ioacuten hasta la respiracioacuten A Canuto le han ganado y encima quedoacute entrampado

Figura 9 - Juego de un grupo de soLdados deL Ejeacutercito de Marruecos Fotografia Autor nofue citado Seccioacuten Teacutecnica deL Ministerio deL Interior

Fuente Biblioteca NacionaL Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Tambieacuten en el Manual del Miliciano que la Editorial Labor publica en 1937 en el apartado dedicado a la Moral del Miliciano se advierte de la necesidad de controlar a aquellos que se dejan llevar por los impulsos

Nada maacutes nefasto en cambio que la conducta de quienes a riacuteo revuelto pretenden convertir la guerra en tolvanera de sus apetitos El arte y la literatura han marcado con fuego la injuria de aquellos seres indignos qu~ al margen de la lucha y casi siempre a cubierto de sus riesgos caen sin piedad sobre vidas y haciendas sin otro moacutevil que el de saciar sus ansias de destruccioacuten o de rapintildea Son eacutestos elementos indeseables cuya eliminacioacuten del cuerpo social soacutelo puede reportar grandes

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beneficios no ya porque manchan la revo luc ioacuten con sus actos reprobables sino porque alumbran en el alma de los indiferentes la idea de que la razoacuten - tan clara - no estaacute de nuestra parte

Se podriacutea pensar que las dificultades por las que atravesaba la retaguardia madrilentildea con el fin de suministrar lo necesario en la vanguardia haciacutean inconveniente mostrar una imagen tan friacutevola de los defensores de la ciudad y por tanto se podriacutea haber evitado retratar esa situacioacuten Parece que el juego y las apuestas no eran del gusto de un ejeacutercito que primaba la formacioacuten sobre la diversioacuten

En otras ocasiones y como resultado de ese control el fotoacutegrafo teniacutea que enfrentarse a la recreacioacuten de escenas beacutelicas que debiacutean ser fotografiadas como si se tratara de una real Son muchos los testimonios de reporteros que afirmaron la escenificacioacuten de determinadas acciones ante la caacutemara con fines propagandiacutesticos pero no soacutelo en la zona republicana sino tambieacuten en la sublevada tal y como afirma el periodista britaacutenico DDowd Gallagher a quien Robert Capa confesoacute

En Espantildea empeceacute por Hendaya en Francia en la frontera espantildeola proacutexima a San Sebastiaacuten La mayoriacutea de los reporteros y fotoacutegrafos nos hospedaacutebamos en un pequentildeo hotel destartalado Nos introdujimos en la Espantildea de Franco a traveacutes del riacuteo Iruacuten una vez que nos dieron penniso los oficiales de prensa de Franco en Burgos En una ocasioacuten soacutelo invitaron a los fotoacutegrafos [ ] y Capa me lo contoacute Les simularon escenas de batalla Las tropas de Franco vestiacutean de uniforme y estaban armadas y simulaban situaciones de ataque y de defensa Utilizaron bombas de humo para ambientar la escena (LEWINSKY 1978 p88)

De este modo el control ejercido por las autoridades poliacuteticas sindicales y militares tanto del frente como de la retaguardia fue uno de los caballos de batalla de los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid Sin embargo el manejo del lenguaje visual (complejo por definicioacuten) de eacutestos haciacutea posible establecer miradas diferentes en las imaacutegenes que eran tomadas por los que hemos denominado fotoacutegrafos oficiales y fotoacutegrafos oficiosos

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Los fotoacutegrafos oficiales y oficiosos en un ejemplo concreto el retrato de mujeres

Para cerrar esta breve reflexioacuten acerca del papel desarrollado por los fotoacutegrafos que cubrieron la Guerra Civil Espantildeola en Madrid debemos hacer una diferenciacioacuten que marca las dos maneras de mirar que se plasman a traveacutes de las fotografiacuteas Para entender de queacute hablamos cuando hacemos una distincioacuten entre fotoacutegrafos oficiales y oficiosos pondremos un ejemplo visual

Figura JO - Mujer abatida sobre los restos de su casa de Teuaacute de las ViclOrias Fotografza Autor nojIacutete citadoServicio de Propaganda del Servicio Fgraacutefico

dell1inisterio de EXleriores Fuente Biblioteca NacionalFondo FOlOgraacutefico de la Guerra Civil Madrid

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Fotoacutegrafos de guerra la cobertunI iacuteotogiiexclififad~ Iiexcll GueriexcliexcltCiexcl1EspaIIacuteola (1 Mwrjd 51 WJmiddot19~9)

Figura J J - l1ujeres inen tan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacuteiles en su nueva residencia

Faagrafia AUlOr no jite citado Casa barcelonesa de P Luis Torrents Fuente Biblioeca NacionalFondo FOlograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Se trata de dos fotografiacuteas rescatadas del Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola que se conserva en la Biblioteca Nacional (Madrid) en las que se retratan mujeres regresando a sus hogares tras el estallido de una bomba lanzada por la aviacioacuten enemiga Las dos imaacutegenes representan una misma accioacuten sin embargo el enfoque es diferente Mientras en la figura 10 (sellada por el Servicio de Propaganda del Servicio Fotograacutefico del Ministerio de Exteriores) se muestra una mujer abatida sobre los restos de su casa de Tetuaacuten de las Victorias la figura 11 (sellada por la casa barcelonesa de P Luis Torrents) muestra una actitud diferente ante ese mismo hecho En esta imagen las mujeres no se sientan a contemplar el resultado de los proyectiles lanzados por la aviacioacuten facciosa sino que intentan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacutetiles en su nueva residencia Por tanto la primera fotografia corresponde a la imagen pasiva de la mujer tradicional y La segunda a la verdadera imagen de la mujer de Madrid aquella que luchoacute de manera activa contra el fascismo en la retaguardia madrilentildea hacieacutendose responsable del sustento material y moral de su familia

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La totalidad de fotografias que retratan a la mujer de costumbres madrilentildea (es decir aquella que se encargoacute de cuidar de su familia) y que estaacuten selladas por los fotoacutegrafos oficiales (entendiendo por oficial aquel que trabaja para una institucioacuten puacuteblica ya sea poliacutetica o sindical)

responde al prototipo de mujer pasiva viacutectima de lo que OCUlTe mientras

que las fotografiacuteas tomadas por los fotoacutegrafos oficiosos (los que

trabajaron para las distintas casas de fotografiacutea de Madrid y de otras

localidades y los reporteros de guelTa) muestran la imagen de una mujer

combativa que lucha contra la sublevacioacuten desde la retaguardia

El motivo parece estar claro la imagen de la mujer de costumbres

abatida que se mostraba en carteles documentales y fotografias tomadas

por las autoridades antifascistas resultaba maacutes exportable para mostrar

al mundo las siniestras consecuencias de una sublevacioacuten militar que la

imagen de una mujer que intentoacute acomodarse a las exigencias impuestas por el estallido del conflicto

Consideraciones finales

Como dijo Pierre Bourdieu al hablar de las cinco satisfacciones que

aporta la fotografiacutea (la proteccioacuten contra el paso del tiempo la

comunicacioacuten con los demaacutes y la expresioacuten de sentimientos las

realizaciones de uno mismo el prestigio social la distraccioacuten y la evasioacuten)

[ ] la fotografia tendriacutea como funcioacuten ayudar a sobrellevar la angustia suscitada por el paso del tiempo ya sea proporcionando un sustituto maacutegico de lo que aqueacutel se ha llevado ya sea supliendo las fallas de la memoria y sirviendo de punto de apoyo a la evocacioacuten de recuerdos asociados en suma produciendo el sentimiento de vencer al tiempo y su poder de destruccioacuten (BOURDIEU 2003 p52)

Gracias al trabajo realizado por los fotoacutegrafos que cubrieron el

conflicto en la ciudad de Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de

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Fotoacutegrafos de guenll la coacuteberful1l totograllca ele la tilli]sectpaifiJii 1 ~fjhiacutef (1 )3fiacutellJ3m

abril de 1939 hemos podido recuperar la memoria (jiexcll acontecimiento

maacutes negro de la historia reciente de Espantildea a traveacutes del soporte visual

El trabajo que los corresponsales y fotoacutegrafos realizaron al estallar la guerra se ajustoacute al ritmo impuesto por la contienda por lo que tuvieron que enfrentarse a cuatro problemas baacutesicos que condicionaron su trabajo

la falta de suministros la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente los peligros derivados del fuego cruzado y de los continuos bombardeos sobre el frente y la retaguardia y el control y la censura impuesta por las autoridades Este uacuteltimo condicionante fue determinante en tanto que

los servicios de propaganda controlaron el laboro de los fotoacutegrafos y el resultado que era publicado en revistas y perioacutedicos de la Espantildea republicana de ahiacute que podamos hablar de dos tipos de fotografias que reflejan dos miradas diferentes sobre la realidad las tomadas por fotoacutegrafos que trabajaron para una institucioacuten poliacutetica y sindical (los fotoacutegrafos oficiales) y los retratos realizados por fotoacutegrafos que lo hicieron para un local de fotografia o para medios extranjeros (los fotoacutegrafos oficiosos) Por otro lado y debido a este feacuterreo control resulta muy interesante para los estudiosos que trabajan la imagen como medio para acercarse al pasado observar tanto lo que se retrata como lo que se silencia visualmente ya que marca el discurso oficial que se impuso durante los tres antildeos de contienda Para ilustrar nuestra hipoacutetesis de trabajo hemos empleado varios ejemplos visuales

Bibliografia

BOURDIEU Pierre Un arte intermedio ensayo sobre los usos

sociales de la fotografia Barcelona Gustavo Giliacute 2003

COx Geoffrey La defensa de Madrid Madrid Oberon 2005

KERSHAW Alex Sangre y champaacuten la vida y la (poca de Robert

Capa Madrid Debate 2003

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LEWINSKY Jorge The camera at war a history ofworld photography from 1848 to present day Nueva York Simon amp Schuster 1978

LOacutePEZ MONDEacuteJAR Publio Alfonso cincuenta antildeos de Historia de Espantildea Madrid Editorial Lunwerg 2004

MANUAL del Miliciano [Sl] Editorial Labor 1937

NUESTRA propaganda en las filas facciosas La voz del combatiente Madrid 23 mar 1937 p5

OLMEDA Fernando Gerda Tardo fotoacutegrafa de guerra el peliodismo como testigo de la historia Madrid Debate 2007

WHELAN Richard Capa cara a cara fotografias de Robert Capa sobre la Guerra Civil Espantildeola Madrid MNCARS 1999

111 bull bullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbull bullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbull

Ultima Hora em cena amodernidade fotograacutefica

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Silvana Louzada

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I i 1 I

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Fotoacutegrafos de guerra la cobertura fotograacutefica de la Guerra Civil Espantildeola en Madrid (1936-1939)

War photographers the photographic coverage ofthe Spanish Civil War in Madrid (1936-1939)

Beatriz de las Heras

Resumen El objetivo de esta comunicacioacuten es aproximarnos al papel desarrollado p or los fo toacutegrafos nacionales e internacionales que trabajaron en la ciudad de Nfadrid durante la Guerra Civil Espantildeola De este modo rejlexionaremos acerca de sus condiciones de trabajo las limitaciones en su actividad y el control ejercido por las autoridades responsables y abordaremos una cuestioacuten altamente interesante para aquellos que estudiamos la imagen como fuente de conocimiento del pasado las distintas maneras de mirar que tienen los fotoacutegrafos dependiendo del canalpor el que se distribuyesu trabajo

Palavras-chave Guerra Civil Espantildeola fo toacutegrafos de guerra fotografia

Abstract The arget ofhis communicaion consists in analyzing he role developed by press phgraphers boh na tional and internaional who worked in Nfadrid during the Spanish Civil Wal~ In this way we will rejlect onheir working conditions the limitations intheir activities and the control exerted by the authoriies in charge We will also approach a highly interesing point to those who study the image as a knowledge source ofthe pas the difieren ways press photographers had to Iook ino depending onthe channel in which Iher work is distributed

Key-words Spanish Civil War War photographers Photography

Doctora e n Humanidades Professora en la aacuterea de historia contemporanea del Departamento de Humanidades de la Univers idad Carlos IIJ de Madrid Especia lista en e l es tudio de la histori a atraves de las fuentes visuales E-mail bherashumuc3mes

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)ffliama ult a LJuelTIltivil Es~antildeol a en Madrid lt1936-1939)

Introduccioacuten

La Guerra Civil se considera el acontecimiento maacutes determinante en el desarrollo de la historia de Espantildea del siglo XX Fue el resultado del fracaso de una sublevacioacuten militar que se produjo el 17 de julio de 1936 cuando parte del ejeacutercito se alzoacute contra el gobierno constituido legiacutetimamente el 16 de febrero y fue obligado a combatir en una lucha fraticida La contienda se prolongoacute hasta el1 de abril de 1939 gracias sobretodo a la resistencia de los ciudadanos que decidieron voluntariamente oponerse a los militares Esto ocurrioacute en ciudades como Madrid que a pesar de ser rodeada por los sublevados en el mes de noviembre de 1936 se convirtioacute en el bastioacuten inexpugnable para el fascismo en el siacutembolo de la resistencia republicana durante tres antildeos El resultado de este enfrentamiento miles de muertos y la ruina econoacutemica poliacutetica y social de un paiacutes que soportoacute los 40 antildeos de dictadura impuesta por el vencedor de la contienda Francisco Franco

La guerra se consideroacute el laboratorio de ensayo de la II Guerra Mundial por ser precursora del uso de nuevo armamento taacutecticas militares sistemas de evacuacioacuten de poblacioacuten civil proteccioacuten del tesoro artiacutestico nacional pero sobretodo fue pionera en lo concerniente al dominio de la informacioacuten y de la propaganda en los distintos soportes el soporte oral (los discursos y la radio) el soporte escrito (la prensa escrita) y el soporte visual (el cine y los documentales de guerra la fotografiacutea y la carteliacutestica) Tambieacuten en lo concerniente a la direccioacuten de sus objetivos la vanguardia y la retaguardia (para mantener la moral de los combatientes y de la poblacioacuten civil respectivamente) los enemigos (para minar sus fuerzas) y los neutrales (con la intencioacuten de conseguir su respaldo) Tal fue el nivel de utilizacioacuten de la propaganda por parte de los bandos enfrentados que el historiador y diplomaacutetico espantildeol Salvador de Madariaga habloacute de guerra de tinta para referirse a la Guerra Civil Espantildeola

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135 134 eatriz ueJas lIerd

Durante la contienda las autoridades entendieron las ventajas de la utilizacioacuten de la informacioacuten divulgada (sobretodo por parte de los antifascistas) y de la necesidad de emplearla bien tal y como se expresa en La voz del combatiente en el mes de enero de 1937

Este punto hay que plantearlo con toda claridad Si queremos que este arma no pierda ninguna de sus virtudes tenemos que I

I calibrar muy bien su empleo y conocer el modo de emplearla lo maacutes eficazmente posible Una de las armas maacutes a nuestro favor con que contamos para ganar la guerra es precisamente la propaganda de ahiacute que nos valgamos de ella con tacto con mesura con verdadero tino y no confundamos su prop ia fi nalidad De esta manera si no nos libramos de los entuertos ya hechos nos evitaremos el seguir cometieacutendolos en lo sucesivo [] Sobretodo que un arma llamada a deshacer entuertos no los siga creando de la manera maacutes lamentable por la impreparacioacuten de quienes ni saben manejarla ni comprenden su alcance poliacutetico

La utilizacioacuten de la propaganda no solo se realizoacute en tomo a las propias filas como ya hemos comentado sino que tambieacuten tuvo como objetivo filtrarse en el bando enemigo con la intencioacuten de minar sus fuel7as o atraer a los combatientes contrarios

Se ha escrito mucho resaltando la gran impOliancia que para nosotros y para nuestra causa tiene el desarrollo de una propaganda sistemaacutetica y organizada en las filas enemigas No nos costariacutea mucho trabajo sentildealar infinidad de casos que demuestran esa realidad Alliacute donde la propaganda se lleva a cabo con constancia y organizacioacuten los frutos no se hacen esperar decenas de evadidos del campo faccioso vienen a nuestras filas decenas de nuevos combatientes que gana nuestro Ejeacutercito un debilitamiento y una desmoralizacioacuten constante del enemigo (NUESTRA PROPAGANDA 1937 p5)

Fue tal el nivel de explotacioacuten propagandiacutestica que incluso llegoacute a ser objeto de criacutetica por parte de la prensa de la eacutepoca Pareciacutea que el gobierno republicano estaba maacutes concentrado en hacer grandes campantildeas

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que mostraran las maldades facciosas y las bondades de los antifascistas que en el propio desarrollo militar de la contienda tal y como se escribioacute en El Socialista en febrero de 1937 y que el gobierno censuroacute

y puesto que estamos resueltos a que ninguna falta quede sin corregir iquestno seraacute menester que alguna vez nos pongamos a pensar si desde el Comisariado de Guerra por ejemplo no se estaacute atendiendo maacutes mucho maacutes a la propaganda de partido - no el nuestro ciertamente- que a servir calladamente las exigencias que la guerra plantea

El soporte maacutes empleado en estos trabajos propagandiacutesticos fue el visual debido a su capacidad de persuasioacuten que le haciacutea un arma maacutes que sugerente para condicionar a un puacuteblico deseoso de informacioacuten y faacutecilmente manipulable por las circunstancias que se imponiacutean en esta guerra fraticida de tal modo que los carteles y las fotografiacuteas tomadas en el frente y en la retaguardia invadiacutean muros perioacutedicos y revistas En el caso concreto de las imaacutegenes fotograacuteficas no solo se entendiacutean como medio propagandiacutestico sino tambieacuten por ser el maacutes cercano a la realidad como un soporte contenedor de informacioacuten privilegiada que no podiacutea caer en manos del enemigo por lo que desde las tribunas responsables se realizaban llamamientos para evitar que esa informacioacuten pudiera emplearse en contra de sus intereses Ell de enero de 1937 la Seccioacuten de Propaganda y Prensa de la Junta Delegada de Defensa de Madrid publicoacute en su Boletiacuten la siguiente informacioacuten

Las reproducciones fotograacuteficas son al mismo tiempo que medios eficaciacutesimos para la propaganda elementos peligrosos que pueden revelar al enemigo datos de intereacutes para la ofensiva Es pues elemental medida previsora cuya omisioacuten seriacutea imperdonable emplear medios para tener la seguridad de que quienes utilizan las reproducciones fotograacuteficas son personas leales a la causa antifascista 2

Artiacuteculo censurado a El Socialista en Boletiacuten de propaganda de la Junta Delegada de Defensa de Madrid 19 febo 1937 Conservado en FPI p4456 Caja 18 p7 2 Delegacioacuten de Propaganda y Prensa Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid Madrid 1 ene 1937 p2

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136 Reatril de las lIerJS~____

Este es el motivo por el que nuestra reflexioacuten se centraraacute en el trabajo de aquellos que fueron responsables de cubrir visualmente el acontecimiento La dificultad a la hora de componer la historia colectiva de los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid entre julio de 1936 y abril de 1939 reside en el hecho de que la mayoriacutea de la documentacioacuten referente a su trabajo antes y durante la guerra fue destruida o por los propios responsables para evitar posib les represalias tras la derrota republicana o por los vencedores que la consideraron de poca utilidad para el reacutegimen que se instauraba A pesar de esto hemos logrado reconstruir alguna de las caracteriacutesticas de su laboro a traveacutes de la documentacioacuten rescatada del Archivo General de la Guerra Civil Espantildeola la Fundacioacuten Pablo Iglesias y del oacutergano que dio voz a las disposiciones oficiales del Gobierno Republicano la Gaceta de Madrid

El estallido de la guerra

Los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de marzo de 1939 fueron adaptaacutendose a los constantes cambios que se produjeron en la capital tras el alzamiento militar Un ritmo que en un primer momento fue marcado por la clase trabajadora responsable de tomar el mando de la ciudad Aprovechando la coyuntura que ofreciacutea el marco de la sublevacioacuten militar los sindicatos Confederacioacuten Nacional del Trabajo (CNT) y Unioacuten General de Trabajadores (UGT) emprendieron una Revolucioacuten social en el terreno social poliacutetico y econoacutemico basada en sus criterios Una de las primeras medidas tomadas fue la intervencioacuten (en el caso de la exclusiva direccioacuten de los trabajadores) o la incautacioacuten (en el caso de la participacioacuten de los sindicatos) de las industrias y locales comerciales de la ciudad incluidas tiendas laboratorios estudios dedicados a la fotografiacutea y las redacciones de los perioacutedicos Este sistema se basoacute en la explotacioacuten comuacuten por

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- U~ uucrraJiacutevirnspantildeola en ~Iadrid (1936-1939)

parte de los trabajadores de los locales abandonados por los propietarios (que al inicio de la contienda huyeron de la ciudad) o de los locales intervenidos (en este caso se permitioacute a los patronos su incorporacioacuten como otro colectivista maacutes hecho muy comuacuten en el caso de los fotoacutegrafos)

En el caso que nos ocupa fue el Comiteacute de Intervencioacuten e incautacioacuten de las Artes Graacuteficas el responsable de

Recoger y encauzar las colectividades y las necesidades de la industria y de su parte maacutes esencial para nosotros el respeto de los contratos de trabajo y a la dignidad de los compantildeeros cuya custodia se poniacutea de hecho en nuestras manos (AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid)

Este comiteacute se creo el ] 8 de agosto de 1936 tras la labor de las Comisiones de Incautaciones y Conflictos con la intencioacuten de centralizar las actuaciones que de manera permanente se estaban llevando a cabo para solventar los problemas derivados de una sublevacioacuten militar que afectaba a todo el paiacutes

Los problemas han ido creciendo como consecuencia de los meses que se dilatoacute y se di lata la guerra Por tanto lo que empezoacute siendo una cosa constrentildeida a las actividades sindicales o de salvaguardia de nuestros intereses puramente sindicales en torno a la industria se ha ido complicando con problemas como estos papel destrozo de industrias cierre de talleres reduccioacuten de jornada reduccioacuten de jornales militarizacioacuten aplicacioacuten del 60 a movilizados desplazamiento de maquinaria saboteo envuelto de algunos patronos y otros mil problemas inherentes a la marcha es precario de la industria (AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

Las primeras intervenciones de locales fotograacuteficos de la ciudad se produjeron el 19 de julio de 1936 seguacuten se indica en un documento sellado el27 de marzo de 1937 y en el que se describe una relacioacuten de doscientas treinta y dos casas relacionadas con la fotografiacutea que fueron intervenidas e incautadas por el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Artes

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atrlziacutele las tleras

Graacuteficas Al margen de esta informacioacuten contamos con las actas de intervencioacuten de algunos locales fotograacuteficos de la ciudad en concreto veintiuna De entre el total cuatro actas pelienecen a la intervencioacuten de locales que no aparecen en el este listado y si a esto le sumamos la informacioacuten de distinto tipo que hemos localizado en los archivos sobre la actividad fotograacutefica de Madrid podemos concluir que son sesenta y seis los locales dedicados a esta actividad durante la contienda al margen de la desan-ollada en los perioacutedicos revistas y de manera ambulante

Estas actas de intervencioacuten siguieron un modelo estaacutendar elaborado por el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Organizaciones Graacuteficas pelieneciente a la Unioacuten General de Trabajadores En el documento constaba el nombre del taller o local intervenido el domicilio y la fecha de la firma Ademaacutes debiacutea estar sellado por la empresa intervenida el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Artes Graacuteficas y por la Seccioacuten de Fotografia de dicho comiteacute El texto del acta de incautacioacuten era el siguiente

Con fecha de hoy el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Organizaciones Graacuteficas pertenecientes a la Unioacuten General de Trabajadores de acuerdo con el personal de las distintas secciones de los talleres de con domicilio en decidimos la intervencioacuten y control como garantiacutea del cumplimiento de las obligaciones que esta Empresa tiene convenidas con estas Organizaciones y en virtud de los que dispone la legislacioacuten social y la Carta Constitucional Espantildeola

A continuacioacuten presentamos el acta de incautacioacuten de Fotografiacutea Amer estudio que se ubicaba en la calle Montera en pleno centro de Madrid y que se produjo el21 de octubre de 1936 (Figura 1)

Seguacuten las actas de incautacioacuten e intervencioacuten conservadas la mayoriacutea de los procesos se llevaron a cabo durante los meses de septiembre y octubre de 1936 de tal modo que tres de lbs cuarenta y un locales de fotografiacutea existentes en Madrid sufrieron este proceso en el mes de agosto trece en el mes de septiembre veintidoacutes en el mes de octubre uno en el mes de noviembre y dos en el mes de enero de 1937

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Figura 1 shy El acta de incautacioacuten de Fotografia Amer Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

A pesar de la complejidad del proceso el resultado de las intervenciones e incautaciones de los locales fotograacuteficos de Madrid fueron desde el punto de vista econoacutemico un eacutexito sobretodo en el caso concreto de las intervenciones que pelmitieron un superavit en los balances econoacutemicos totales tal y como se afinnoacute en el boletiacuten de Obreros

Fotoacutegrafos del mes de marzo de 1938

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En la parte de intervencioacuten hemos podido observar que la guerra que se inicioacute en los primeros momentos anuncios de despido reduccioacuten de plantilla etc no era sino una arma con la que se queriacutea ay udar al fascismo Los nuacutemeros que no mienten demuestran cuales eran los beneficios que la clase patronal veniacutean

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obteniendo de la industria Este beneficio - por primera vez los obreros fotoacutegrafos tienen conocimiento de eacutel- es el producto del esfuerzo de los trabajadores Ved si tiene importancia la labor a desarrollar en el control de la industria

El trabajo de los fotoacutegrafos

El laboro de los fotoacutegrafos se vio afectado por el ritmo de la contienda sobretodo a partir del mes de noviembre de 1936 cuando Madrid se convirtioacute en una ciudad asediada Fueron cuatro los problemas a los que se enfrentaron los profesionales

-la falta de suministros - el control y la censura de las autoridades -la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente -los peligros derivados de la guerra La falta de suministros surgioacute con el corte de comunicaciones

por carretera de Madrid con otras ciudades republicanas debido a que las tropas sublevadas rodearon la ciudad cuatro meses despueacutes del alzamiento militar De este modo se impidioacute la llegada de viacuteveres incluido el material baacutesico para trabajar por lo que muchos fotoacutegrafos se vieron obligados a adaptarse a estas limitaciones (LOacutePEZ MONDEacuteJAR 2004)

La ausencia de negativos de paso universal llevoacute a muchos de ellos - a los fotoacutegrafos - a recuperar sus caacutemaras de placas y a utilizar restos de peliacuteculas de los noticieros cinematograacuteficos El propio Alfonso debioacute recurrir a sus viejas caacutemaras estereoscoacutepicas para realizar un reportaje encargado por el Ayuntamiento sobre los estragos producidos por los bombardeos en las calles de Madrid

y esto que afectoacute maacutes a los fotoacutegrafos espantildeoles que a los 1 1

extranjeros a los que les enviaban el material por correo o lo recogiacutean cuando haciacutean viajes a sus paiacuteses supuso un handicap debido a que los equipamientos modernos (como las caacutemaras Ermanox y Rolleijlex

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y las peliacuteculas maacutes sensibles) facilitaron la toma (desde puntos de vista hasta ese momento desconocidos) Y permitiacutean captar escenas sin flash ni triacutepode que permitiacutean que se sustituyeran las tomas estaacuteticas y posadas por la naturalidad de la accioacuten De hecho fotografiacuteas como la del miliciano en Cerro Muriano de Robert Capa hubiera sido impensable si el fotoacutegrafo no hubiera contado con la tecnologiacutea apropiada tal y como afirma su bioacutegrafo Whelan (1999 p32)

[ ] los lectores quedaron impactados ya que nadie habiacutea visto nada parecido hasta entonces Las anteriores fotografiacuteas de guerra habiacutean sido necesariamente estaacuteticas y tomadas a distancia En la Primera Guerra Mundial no tan lejana de aquella eacutepoca la caacutemara habitual era la Graflex mediana con un fuelle y placas de cuatro a cinco pulgadas Ademaacutes de resultar muy llamativa impediacutea praacutecticamente obtener fotos espontaacuteneas era muy pesada y dificultaba el margen de maniobra del fotoacutegrafo en situaciones de peligro Por el contrario la Leica de 35mm de Capa era discreta y le permitiacutea la maacutexima movilidad Con ella se lanzoacute al torbellino de la guerra como nadie antes que eacutel se habiacutea

atrevido a hacerlo

Algunos locales de la ciudad se vieron obligados a cerrar sus puertas ante la imposibilidad de lograr suministros tal y como se informoacute en la siguiente nota publicada en el boletiacuten Obreros Fotoacutegrafos en el antildeo 1938

Las dificultades insuperables de la adquisicioacuten de materiales han obligado a la Directiva a proceder al cierre de algunos talleres a los que la vida econoacutemica se les haciacutea imposible mermaacutendose por diacuteas las posibilidades y llegando a constituir un peligro de desaparicioacuten cosa que estudiada debidamente se trata de cortar con las medidas adoptadas La Directiva informaraacute ampliamente

de ello

Este problema se sumoacute a otros como la movilizacioacuten al frente de parte del personal empleado en los talleres y estudios o la censura impuesta por las autoridades responsables de Madrid Los fotoacutegrafos estuvieron controlados por las autoridades madrilentildeas ya que no podiacutean

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acudir al frente sin un pase que se obteniacutea tras la identificacioacuten de quieacutenes eran y para quieacuten trabajaban como desarrollaremos maacutes adelante En el caso de la cobertura en el frente eran trasladados y acompantildeados por un responsable de propaganda y la burla de cualquiera de estas normas suponiacutea un peligro para el fotoacutegrafo como comenta en sus memorias uno de los periodistas que cubrieron el conflicto en Madrid acerca del fotoacutegrafo londinense HY Drees

Durante diez diacuteas estuvo sin pases Y sin embargo gracias a alguacuten don excepcional - supongo que esto es lo que tienen los buenos fotoacutegrafos de prensa - siempre salioacute bien parado La noche del principal ataque aeacutereo fue su gran triunfo Estaba muy afectado por el bombardeo porque le habiacutea golpeado literalmente el soplo de la explosioacuten en una callejuela y se estaba recuperando en una cama de la Telefoacutenica cuando de repente se despertoacute agarroacute su caacutemara y subioacute a la deacutecima planta para fotografiar la ciudad en llamas Alliacute le arrestoacute un guardia Un periodista que hablaba espantildeol y habiacutea escuchado el incidente fue a ofrecer explicaciones al jefe de los guardias del edificio No soacutelo se encontroacute con que Drees ya no estaba arrestado sino que estaba tan campante en la planta trece rodeado de guardias admirativos que le miraban mientras fotografiaba la escena entera y posaban con orgullo para sus propias fotografiacuteas (COX 2005 p261-262)

Los problemas maacutes graves a los que tuvieron que enfrentarse los fotoacutegrafos en Madrid fueron los derivados de los constantes bombardeos que los aviones enemigos lanzaron sobre la ciudad puesto que como muchos de los locales dedicados a la fotografiacutea en Madrid y las residencias de los fotoacutegrafos extranjeros estaban ubicados en la zona centro corriacutean un mayor riesgo De hecho conocemos como el fotoacutegrafo Alfonso se vio obligado a abandonar durante meses su estudio de la calle Fuencarral por la constante amenazada que significaba encontrarse cercano al edificio de la Telefoacutenica el maacutes alto de Madrid y por tanto objetivo prioritario de la aviacioacuten enemiga Un ejemplo graacutefico del peligro que corrieron los locales de fotografia de la ciudad

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eS la siguiente fotografiacutea (Figura 2) en la que se puede ver el estudio de Fotos Galaacuten3 situado en la calle Alcalaacute 9 completamente derruido como consecuencia de uno de los numerosos bombardeos aeacutereos

Figura 2 - Estudio de Fotos Galaacuten derruido Fotografla Aulor nojuacutee citado

Fuente Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Otros fotoacutegrafos aquellos encargados de cubrir el frente llegaron a pagar con su vida Uno de los ejemplos maacutes conocidos es el de Gerda Taro que trabajoacute para las revistas francesas Ce Soir y Regards cubriendo el conflicto en Coacuterdoba Barcelona y Madrid entre otras ciudades En la

3 A pesar de que en el letrero del local fotograacutefico se lee claramente Totos Galaacuten en el li stado que hemos localizado en el Anuario General de Espantildea Bailly-Baillieacutere de 1936 figura el nombre de Teodoro Orozco como el correspondie nte al estudio fotograacute fi co del nuacutemero nueve de la ca lle Alcalaacute Puede deberse a dos razones un cambio de nombre tras la edicioacuten del nuacutemero del Anuario o a que con el estallido de la guerra el com iteacute de trabajadores del local sustituye ran el nombre del propietario por el de FalOS Galaacuten

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fotografiacutea que se presenta a continuacioacuten (Figura 3) Robert Capa su pareja la retratoacute resguardada del ataque de los sublevados en el Frente de Coacuterdoba en 1936

Figura 3 - Cerda Taro resguardada del alaque de los sublevados en el Frente de Coacuterdoba en 1936

Faagrafia Robert Capa Fuente Olmeda (2007)

y seraacute precisamente en el Frente de Brunete en el que el25 de jul io de 1937 a las 18 30 horas cuando la fotoacutegrafa pierda la vida a causa de un accidente fOltuitO un tanque descontrolado que intentoacute zafarse de un bombardeo enemigo se cruzoacute en la carretera invadiendo el carril en el que transitaba el camioacuten que trasladaba a varios heridos y a Gerda El golpe le hizo caer y el tanque pasoacute por encima de su cuerpo Murioacute unas horas maacutes tarde en el hospital ingleacutes de El Goloso Unos minutos antes del incidente Gerda escribioacute en su diario

Caen bombas muy cerca de nuestra posicioacuten Oiacutemos el ruido estremecedor de los bombardeos Ted se cubre la cabeza pero yo saco fotos sin parar Mantengo la sangre friacutea en medio de una escena apocaliacuteptica con aviones descendi endo en picado explosiones que agujerean la tierra y soldados que hu yen presos

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Fotoacutegrafos de guen-a la cobertura iacuteotogijiacutefica d~ la iexcliexcllIerra CiiacuteirEspantildeQla en ~fadrid (1936-1939)

del paacutenico Conservo la calma cuando un avioacuten abre fuego sobre nuestro hoyo Me quedo tumbada de espaldas y sigo disparando la Leica Se me acaban los carretes (OLMEDA 2007 p179)

Soacutelo por este motivo (a Gerda se le habiacutea acabado el material para fotografiar) decidioacute abandonar la primera liacutenea y subirse al camioacuten Esta decisioacuten a la hora de fotografiar en primera liacutenea (y que desobedeciacutea la orden expresa del general Walter miembro de las Brigadas Intemacionales) le costoacute la vida pero hasta el uacuteltimo aliento se preocupoacute por su material porque sabiacutea de la importancia de denunciar visualmente aquello que estaba ocurriendo De hecho una de las enfermeras que le atendioacute Irene Goldin afirmoacute el tanque le habiacutea abierto el estoacutemago y teniacutea heridas abdominales muy graves se le habiacutean salido todos los intestinos [ ] Lo uacutenico que dijo fue iquestestaacuten bien mis caacutemaras Son nuevas iquestEstaacuten bien (KERSHAW 2003 p181)

A pesar de las numerosas complicaciones los fotoacutegrafos continuaron con su labor orientada a tres actividades primordiales fotoperiodismo fotografiacutea oficial y otros trabajos entre los que podriacuteamos incluir los de estudio sobretodo las fotografiacuteas de carnet esenciales en una ciudad en la que todos debiacutean estar identificados

Los fotoacutegrafos

Fueron muchos los fotoacutegrafos conocidos que trabajaron en Madlid Entre los espantildeoles destacaron Manuel Albero y Francisco Segovia Marin loseacute Mariacutea Casariego Alfonso Santos Yubero Agustiacute y Llu iacutes Centelles Lluiacutes Torrents Luis Vidal Corrella los Mayo entre otros Entre los reporteros extranjeros que soliacutean alojarse en el Hotel Florida (en la plaza de Callao) o el Hotel Gran Viacutea Uunto al bar Chicote) que cubrieron el conflicto en la capital encontramos a Robert Capa Gerda Taro lean Moral David Seymour Luis Bressange Walter Reuter y otros que trabajaron para las agenciasAP Keystone View Company Planet News

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World Wide Photo Central Press y London News Agency Press por mencionar las maacutes importantes

Durante la Guerra Civil Espantildeola los fotoacutegrafos se agruparon bajo varias organizaciones sindicales dependientes de las ramas de Artes Graacuteficas la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y la Seccioacuten de Fotoacutegrafos de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola Si a la informacioacuten que se desprendede las fichas de afiliacioacuten de estos sindicatos unimos la extraiacuteda de los archivos de la Junta Delegada de Defensa de Madrid a traveacutes de las fichas laborales que la Seccioacuten Fotograacutefica elaboroacute con el fin de controlar la actividad en la capital podemos hacemos una idea del nuacutemero de fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid y una cuestioacuten maacutes interesante quieacutenes eran

Se trata de un total de 1249 fichas distribuidas de la siguiente manera 197 de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 455 fichas de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y 597 fichas de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Junta Delegada de Defensa de Madrid

De entre el total de fotoacutegrafos 113 trabajaron para perioacutedicos y revistas 37 en el frente 57 para una institucioacuten oficial 585 en un local de fotografiacutea 193 en la viacutea puacuteblica o como fotoacutegrafo al minuto y 240 eran afiliados de los que o no tenemos constancia de doacutende trabajaron o no eran fotoacutegrafos pero su trabajo estaban directamente relacionado con el mundo de la imagen A continuacioacuten presentamos una tabla con esta informacioacuten detallada por organizaciones

Perioacutedicos Institucioacuten Locales Viacutea PuacuteblicaFrente OtrosRevistas Oficial Fotograacuteficos Al Minuto

Junta Delegada 73 34 54 121 180 115JI L -lt 1 ~

26 H 2 JL middottrSociedad Obrera 315 10 101J~ I shy

Federacioacuten Graacutefica 14 lt 1f 2 lf 149 r 3 -

24

Tabla 1 - Fotograacutefos e otros relacionados con el mundo de laf grafia que trabajaron en la guerra

Ante estos datos debemos hacer dos aclaraciones en primer lugar estos registros no soacutelo se refieren exclusivamente a fotoacutegrafos sino a todos aquellos que estuvieron relacionados con el mundo de la fotografiacutea (incluidos reveladores ayudantes aprendices encargados de tienda etc) y en segundo lugar que alguno de los nombres se encuentra en varias de estas organizaciones 14 obtuvieron fichas de ingreso de la Junta Delegada de Defensa de Madrid la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares 4 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 22 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y 120 obtuvieron ficha de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y la Sociedad de Obreros Fotoacutegrafos

La fuente maacutes interesante de trabajo la encontramos en las fichas de la Junta Delegada de Defensa de Madrid puesto que controloacute exhaustivamente a los fotoacutegrafos a traveacutes del trabajo de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa dirigida por Joseacute Carrentildeo Espantildea De hecho se anularon los permisos concedidos con anterioridad y se obligoacute a solicitar unos nuevos ahora controlados por la Junta tal y como se publicoacute en su Boletiacuten Oficial en diciembre de 1936

Para poder obtener fotografiacuteas tanto de la ciudad como de sus frentes de guerra a que se extiende mi autoridad de Comandante de la plaza seraacute preciso proveerse de licencia concedida por el Delegado de Propaganda y Prensa de esta Junta que necesariamente habraacute estar firmada por el mismo

A continuacioacuten presentamos la ficha de Gerda Taro (Figura 4) sellada el 25 de enero de 1937 en la que se incluyen datos como su nombre completo (Gerta Pohorylle) su domicilio en Pariacutes (50 Rue Vavin) el lugar y fecha de nacimiento (Stuttgart 01081910) la empresa para la que trabajaba (Le Soir Paris) el domicilio oficial en Madrid (Alianza de Intelectuales) y el partido poliacutetico al que perteneciacutea (AEAR) La ficha iba acompantildeada de una fotografiacutea de carnet entregada por la interesada (Figura 5)

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JUNTA OELEGADA DE DEfENSA DE MADRID Secretaria de Propagandamiddot Seccioacuten Fotooraacutefical FILlAcrOacuteN DEL FOTOacuteGRAfO -7-rt

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Figura 4 - La ficha de Gerda Taro Fuene AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

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Figura 5 - Fotografla de Gerda Taro Fotografia Autor nojuacutee citado

Fuente AHNSeccioacuten Salamanca pis Madrid

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Fotoacutegrafos de guerra la co_bertllra fotoiexcl(rJJICil aiexcliexcliexcliexcluiexcllIctra Ct1T]spantildeola en Madrid (1936-19l9) 149

Para poder trabajar libremente esta identificacioacuten debiacutea ir acompantildeada de una autorizacioacuten expedida por los jefes militares del sector correspondiente tal y como se detalla en la siguiente autorizacioacuten (Figura 6) sellada por la Junta Delegada de Defensa de Madrid y la 40 Brigada Mixta del Estado Mayor de la Repuacuteblica Espantildeola (que estaacute firmada por el General Miaja el 17 de febrero de 1937) a Alfonso Saacutenchez Portela conocido como Alfonso concedieacutendole permiso para trabajar en el frente o la siguiente (Figura 7) sellada ellO de marzo de 1939 (unos diacuteas antes de finalizar la guerra) en la que el Director General de Seguridad le autorizaba a obtener informacioacuten graacutefica en el interior de la capital

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Figura 6 - Autorizacioacuten expedida para poder trabajar libremente Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

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Figura 7 - Autorizacioacuten expedida para Alfonso Saacutenchez Porlea diacuteas antes dejinalizar la guerra

Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

Si tras la entrada en vigor de la disposicioacuten de obligatoriedad de identificacioacuten se sorprendiacutea a un fotoacutegrafo sin permiso o empleando una caacutemara que no hubiera obtenido la licencia adecuada eacuteste era considerado un desafecto a la causa republicana y debiacutea ser juzgado por tal causa por el fuero militar

En el caso del reportero graacutefico eacuteste debiacutea proveerse de una chapa metaacutelica numerada que le identificara como tal (tras previo aval de la Direccioacuten de la agrupacioacuten Unioacutende Informadores Graacuteficos de Prensa) y asiacute tener acceso libre a los espacios de la ciudad ademaacutes de una tarjeta identificativa autorizada por el Delegado y el Secretario General de Prensa

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Una vez que los fotoacutegrafos haciacutea su trabajo el control se extendiacutea a la seccioacuten graacutefica de las revistas y perioacutedicos sometida a un total control por parte de las autoridades tal y como se extrae de la sifruiente disposicioacuten publicada en el Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid en enero de 1937

A partir de las doce de la noche del diacutea 30 de diciembre de 1936 queda terminantemente prohibida la publicacioacuten en Madrid de perioacutedicos diarios revistas boletines tanto de empresas como de organizaciones poliacuteticas sindicales y de milicias dibujos litografiacuteas y demaacutes med ios graacuteficos mencionados en el artiacuteculo segundo de la Ley de Imprenta con excepcioacuten de libros si que previamente hayan sido autori zados por la censura de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa de esta Junta De toda publicacioacuten graacutefica sometida a censura se presentaraacuten tres ejemplares uno que se devolveraacute sellado cuando se autorice para que salga a la luz y dos que se conservaraacuten en la referida Delegacioacuten para constituir el Archivo de la revolucioacuten que en su diacutea seraacute depositado donde disponga el Gobierno legiacutetimo de la Repuacuteblica 4

Como ya hemos comentado la fotografiacutea es el mejor soporte para mostrar aquello que se quiere mostrar por lo que las autoridades responsables de la defensa de Madrid la utilizaron como medio propagandiacutestico de ahiacute el feacuterreo control de fotoacutegrafos y medios de comunicacioacuten Por eso resulta interesante hablar no soacutelo de lo que se retrata sino tambieacuten de lo que se oculta Pondremos un ejemplo a traveacutes de lo visual que nos serviraacute para ilustra nuestra hipoacutetesis las fotografiacuteas tomadas a milicianos y soldados defensores de la capital en momentos de asueto Si analizamos la produccioacuten fotograacutefica de este asunto que se conserva en el Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola de la Biblioteca Nacional observamos que la imagen gira en tomo a dos ejes de representacioacuten la alimentacioacuten y la formacioacuten

bull Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid Antildeo 2 n2 1 dc enero de 1937 Tomo 1 p7)

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cultural de los combatientes No parece casual que la mayoriacutea de las imaacutegenes del descanso de los soldados de Madrid que se conservan en el fondo que trabajamos coincidan en tema con las maacutexi mas preocupaciones del gobierno republicano los problemas de alimentacioacuten y abastecimiento de las tropas defensoras y la educacioacuten como medio de luchar contra el fascismo Esto se puede ver claramente en la siguiente imagen (Figura 8) un trabajo de la casa de fotografiacutea Albero y Segovia en la que un grupo de 7 milicianos alguno de ellos armado que estaacuten en un espacio cerrado rodean una mesa en la que se disponen copiosamente viacuteveres Si atendemos a la expresioacuten corporal podemos intuir que los siete observadores intemos mantienen claramente una pose ante la caacutemara del fotoacutegrafo Por ejemplo el hombre que cierra la escena a la derecha sostiene con cierta dificultad y de manera muy artificial en su mano izquierda unas cajetillas de tabaco y un paquete sin soltar el arma (que no estaacute colgada) de tal modo que la mano derecha le impide ayudarse con la carga La intencioacuten parece clara este personaje debe ser fotografiado con los viacuteveres en su mano pero sin soltar su arma que debe formar parte del cuadro

Figura 8 - Grupo de 7 milicianos rodean una mesa Fotografia Autor nofuacutee citado Casa de fOlografia Albero y Segovia

Fue11le Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

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Lo que recuperamos en el reverso de la imagen tambieacuten nos ayuda a descubrir la connotacioacuten de la fotografia

El fin del antildeo 36 de los milicianos de la intendencia reciben cajetillas chocolates vinos y licores conservas hasta jamones abundante ropa y tambieacuten cantidades en metaacute lico Asiacute cuida la Repuacuteblica a sus bravos luchadores

Como hemos comentado tan importante resulta lo que se ve como lo que se oculta Pongamos otro ejemplo A pesar de las numerosas fotografiacuteas que muestran los momentos de asueto de los defensores del Madrid del iexclNo pasaraacuten no existe ninguna en la que se retrate a los soldados realizando actividades luacutedicas como jugar a las cartas algo que resulta sorprendente si tenemos en cuenta que seguacuten el testimonio de alguno de los supervivientes era algo habitual hasta el punto de convertirse en la uacutenica manera de matar el tiempo Por el contrario siacute encontramos testimonio graacutefico de la praacutectica de este tipo de juegos entre las fotografias (en un nuacutemero muy inferior si las comparamos con la produccioacuten fotograacutefica de los antifascistas) del bando sublevado como aquellas que retratan eljuego de un grupo de soldados del Ejeacutercito de Marruecos en un rato de juego en la Ciudad Universitaria el19 de mayo de 1938 tal y como se indica en el reverso de la imagen sellada por la Seccioacuten Teacutecnica del Ministerio del Interior (Figura 9)

El porqueacute de la inexistencia de alguna huella visual de ese momento de ocio entre los soldados republicanos podriacutea explicarse como algo meramente casual de no ser porque conocemos a traveacutes de la prensa que el gobierno republicano consideroacute el juego como una actividad impropia en el frente hasta tal punto que este tema se convirtioacute en el protagonista de la tira coacutemica Hay que evitar ser tan bruto como el soldado Canuto publicada en La Voz del combatiente Esta seccioacuten se encargaba de recordar al soldado antifascista a traveacutes del personaje de Canuto como no debla comportarse El diacutea cinco de abril de 1937 bajo el tiacutetulo El peor de

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los vicios es eljuego la tira estaacute dedicada a advertir a los soldados de lo negativo del juego Canuto retorna al frente y sigue tan imprudente Pues a su sector llegado una baraja ha sacado Logra formar enseguida una importante partida Se juega con gran fruic ioacuten hasta la respiracioacuten A Canuto le han ganado y encima quedoacute entrampado

Figura 9 - Juego de un grupo de soLdados deL Ejeacutercito de Marruecos Fotografia Autor nofue citado Seccioacuten Teacutecnica deL Ministerio deL Interior

Fuente Biblioteca NacionaL Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Tambieacuten en el Manual del Miliciano que la Editorial Labor publica en 1937 en el apartado dedicado a la Moral del Miliciano se advierte de la necesidad de controlar a aquellos que se dejan llevar por los impulsos

Nada maacutes nefasto en cambio que la conducta de quienes a riacuteo revuelto pretenden convertir la guerra en tolvanera de sus apetitos El arte y la literatura han marcado con fuego la injuria de aquellos seres indignos qu~ al margen de la lucha y casi siempre a cubierto de sus riesgos caen sin piedad sobre vidas y haciendas sin otro moacutevil que el de saciar sus ansias de destruccioacuten o de rapintildea Son eacutestos elementos indeseables cuya eliminacioacuten del cuerpo social soacutelo puede reportar grandes

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beneficios no ya porque manchan la revo luc ioacuten con sus actos reprobables sino porque alumbran en el alma de los indiferentes la idea de que la razoacuten - tan clara - no estaacute de nuestra parte

Se podriacutea pensar que las dificultades por las que atravesaba la retaguardia madrilentildea con el fin de suministrar lo necesario en la vanguardia haciacutean inconveniente mostrar una imagen tan friacutevola de los defensores de la ciudad y por tanto se podriacutea haber evitado retratar esa situacioacuten Parece que el juego y las apuestas no eran del gusto de un ejeacutercito que primaba la formacioacuten sobre la diversioacuten

En otras ocasiones y como resultado de ese control el fotoacutegrafo teniacutea que enfrentarse a la recreacioacuten de escenas beacutelicas que debiacutean ser fotografiadas como si se tratara de una real Son muchos los testimonios de reporteros que afirmaron la escenificacioacuten de determinadas acciones ante la caacutemara con fines propagandiacutesticos pero no soacutelo en la zona republicana sino tambieacuten en la sublevada tal y como afirma el periodista britaacutenico DDowd Gallagher a quien Robert Capa confesoacute

En Espantildea empeceacute por Hendaya en Francia en la frontera espantildeola proacutexima a San Sebastiaacuten La mayoriacutea de los reporteros y fotoacutegrafos nos hospedaacutebamos en un pequentildeo hotel destartalado Nos introdujimos en la Espantildea de Franco a traveacutes del riacuteo Iruacuten una vez que nos dieron penniso los oficiales de prensa de Franco en Burgos En una ocasioacuten soacutelo invitaron a los fotoacutegrafos [ ] y Capa me lo contoacute Les simularon escenas de batalla Las tropas de Franco vestiacutean de uniforme y estaban armadas y simulaban situaciones de ataque y de defensa Utilizaron bombas de humo para ambientar la escena (LEWINSKY 1978 p88)

De este modo el control ejercido por las autoridades poliacuteticas sindicales y militares tanto del frente como de la retaguardia fue uno de los caballos de batalla de los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid Sin embargo el manejo del lenguaje visual (complejo por definicioacuten) de eacutestos haciacutea posible establecer miradas diferentes en las imaacutegenes que eran tomadas por los que hemos denominado fotoacutegrafos oficiales y fotoacutegrafos oficiosos

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Los fotoacutegrafos oficiales y oficiosos en un ejemplo concreto el retrato de mujeres

Para cerrar esta breve reflexioacuten acerca del papel desarrollado por los fotoacutegrafos que cubrieron la Guerra Civil Espantildeola en Madrid debemos hacer una diferenciacioacuten que marca las dos maneras de mirar que se plasman a traveacutes de las fotografiacuteas Para entender de queacute hablamos cuando hacemos una distincioacuten entre fotoacutegrafos oficiales y oficiosos pondremos un ejemplo visual

Figura JO - Mujer abatida sobre los restos de su casa de Teuaacute de las ViclOrias Fotografza Autor nojIacutete citadoServicio de Propaganda del Servicio Fgraacutefico

dell1inisterio de EXleriores Fuente Biblioteca NacionalFondo FOlOgraacutefico de la Guerra Civil Madrid

discursos fotogniacuteficos Londrina 5 n6 p131-160 jan)jun 2009

Fotoacutegrafos de guerra la cobertunI iacuteotogiiexclififad~ Iiexcll GueriexcliexcltCiexcl1EspaIIacuteola (1 Mwrjd 51 WJmiddot19~9)

Figura J J - l1ujeres inen tan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacuteiles en su nueva residencia

Faagrafia AUlOr no jite citado Casa barcelonesa de P Luis Torrents Fuente Biblioeca NacionalFondo FOlograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Se trata de dos fotografiacuteas rescatadas del Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola que se conserva en la Biblioteca Nacional (Madrid) en las que se retratan mujeres regresando a sus hogares tras el estallido de una bomba lanzada por la aviacioacuten enemiga Las dos imaacutegenes representan una misma accioacuten sin embargo el enfoque es diferente Mientras en la figura 10 (sellada por el Servicio de Propaganda del Servicio Fotograacutefico del Ministerio de Exteriores) se muestra una mujer abatida sobre los restos de su casa de Tetuaacuten de las Victorias la figura 11 (sellada por la casa barcelonesa de P Luis Torrents) muestra una actitud diferente ante ese mismo hecho En esta imagen las mujeres no se sientan a contemplar el resultado de los proyectiles lanzados por la aviacioacuten facciosa sino que intentan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacutetiles en su nueva residencia Por tanto la primera fotografia corresponde a la imagen pasiva de la mujer tradicional y La segunda a la verdadera imagen de la mujer de Madrid aquella que luchoacute de manera activa contra el fascismo en la retaguardia madrilentildea hacieacutendose responsable del sustento material y moral de su familia

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159 158 1

La totalidad de fotografias que retratan a la mujer de costumbres madrilentildea (es decir aquella que se encargoacute de cuidar de su familia) y que estaacuten selladas por los fotoacutegrafos oficiales (entendiendo por oficial aquel que trabaja para una institucioacuten puacuteblica ya sea poliacutetica o sindical)

responde al prototipo de mujer pasiva viacutectima de lo que OCUlTe mientras

que las fotografiacuteas tomadas por los fotoacutegrafos oficiosos (los que

trabajaron para las distintas casas de fotografiacutea de Madrid y de otras

localidades y los reporteros de guelTa) muestran la imagen de una mujer

combativa que lucha contra la sublevacioacuten desde la retaguardia

El motivo parece estar claro la imagen de la mujer de costumbres

abatida que se mostraba en carteles documentales y fotografias tomadas

por las autoridades antifascistas resultaba maacutes exportable para mostrar

al mundo las siniestras consecuencias de una sublevacioacuten militar que la

imagen de una mujer que intentoacute acomodarse a las exigencias impuestas por el estallido del conflicto

Consideraciones finales

Como dijo Pierre Bourdieu al hablar de las cinco satisfacciones que

aporta la fotografiacutea (la proteccioacuten contra el paso del tiempo la

comunicacioacuten con los demaacutes y la expresioacuten de sentimientos las

realizaciones de uno mismo el prestigio social la distraccioacuten y la evasioacuten)

[ ] la fotografia tendriacutea como funcioacuten ayudar a sobrellevar la angustia suscitada por el paso del tiempo ya sea proporcionando un sustituto maacutegico de lo que aqueacutel se ha llevado ya sea supliendo las fallas de la memoria y sirviendo de punto de apoyo a la evocacioacuten de recuerdos asociados en suma produciendo el sentimiento de vencer al tiempo y su poder de destruccioacuten (BOURDIEU 2003 p52)

Gracias al trabajo realizado por los fotoacutegrafos que cubrieron el

conflicto en la ciudad de Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de

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Fotoacutegrafos de guenll la coacuteberful1l totograllca ele la tilli]sectpaifiJii 1 ~fjhiacutef (1 )3fiacutellJ3m

abril de 1939 hemos podido recuperar la memoria (jiexcll acontecimiento

maacutes negro de la historia reciente de Espantildea a traveacutes del soporte visual

El trabajo que los corresponsales y fotoacutegrafos realizaron al estallar la guerra se ajustoacute al ritmo impuesto por la contienda por lo que tuvieron que enfrentarse a cuatro problemas baacutesicos que condicionaron su trabajo

la falta de suministros la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente los peligros derivados del fuego cruzado y de los continuos bombardeos sobre el frente y la retaguardia y el control y la censura impuesta por las autoridades Este uacuteltimo condicionante fue determinante en tanto que

los servicios de propaganda controlaron el laboro de los fotoacutegrafos y el resultado que era publicado en revistas y perioacutedicos de la Espantildea republicana de ahiacute que podamos hablar de dos tipos de fotografias que reflejan dos miradas diferentes sobre la realidad las tomadas por fotoacutegrafos que trabajaron para una institucioacuten poliacutetica y sindical (los fotoacutegrafos oficiales) y los retratos realizados por fotoacutegrafos que lo hicieron para un local de fotografia o para medios extranjeros (los fotoacutegrafos oficiosos) Por otro lado y debido a este feacuterreo control resulta muy interesante para los estudiosos que trabajan la imagen como medio para acercarse al pasado observar tanto lo que se retrata como lo que se silencia visualmente ya que marca el discurso oficial que se impuso durante los tres antildeos de contienda Para ilustrar nuestra hipoacutetesis de trabajo hemos empleado varios ejemplos visuales

Bibliografia

BOURDIEU Pierre Un arte intermedio ensayo sobre los usos

sociales de la fotografia Barcelona Gustavo Giliacute 2003

COx Geoffrey La defensa de Madrid Madrid Oberon 2005

KERSHAW Alex Sangre y champaacuten la vida y la (poca de Robert

Capa Madrid Debate 2003

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 jan lim ~(iexclI~

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LEWINSKY Jorge The camera at war a history ofworld photography from 1848 to present day Nueva York Simon amp Schuster 1978

LOacutePEZ MONDEacuteJAR Publio Alfonso cincuenta antildeos de Historia de Espantildea Madrid Editorial Lunwerg 2004

MANUAL del Miliciano [Sl] Editorial Labor 1937

NUESTRA propaganda en las filas facciosas La voz del combatiente Madrid 23 mar 1937 p5

OLMEDA Fernando Gerda Tardo fotoacutegrafa de guerra el peliodismo como testigo de la historia Madrid Debate 2007

WHELAN Richard Capa cara a cara fotografias de Robert Capa sobre la Guerra Civil Espantildeola Madrid MNCARS 1999

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Ultima Hora em cena amodernidade fotograacutefica

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Silvana Louzada

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Durante la contienda las autoridades entendieron las ventajas de la utilizacioacuten de la informacioacuten divulgada (sobretodo por parte de los antifascistas) y de la necesidad de emplearla bien tal y como se expresa en La voz del combatiente en el mes de enero de 1937

Este punto hay que plantearlo con toda claridad Si queremos que este arma no pierda ninguna de sus virtudes tenemos que I

I calibrar muy bien su empleo y conocer el modo de emplearla lo maacutes eficazmente posible Una de las armas maacutes a nuestro favor con que contamos para ganar la guerra es precisamente la propaganda de ahiacute que nos valgamos de ella con tacto con mesura con verdadero tino y no confundamos su prop ia fi nalidad De esta manera si no nos libramos de los entuertos ya hechos nos evitaremos el seguir cometieacutendolos en lo sucesivo [] Sobretodo que un arma llamada a deshacer entuertos no los siga creando de la manera maacutes lamentable por la impreparacioacuten de quienes ni saben manejarla ni comprenden su alcance poliacutetico

La utilizacioacuten de la propaganda no solo se realizoacute en tomo a las propias filas como ya hemos comentado sino que tambieacuten tuvo como objetivo filtrarse en el bando enemigo con la intencioacuten de minar sus fuel7as o atraer a los combatientes contrarios

Se ha escrito mucho resaltando la gran impOliancia que para nosotros y para nuestra causa tiene el desarrollo de una propaganda sistemaacutetica y organizada en las filas enemigas No nos costariacutea mucho trabajo sentildealar infinidad de casos que demuestran esa realidad Alliacute donde la propaganda se lleva a cabo con constancia y organizacioacuten los frutos no se hacen esperar decenas de evadidos del campo faccioso vienen a nuestras filas decenas de nuevos combatientes que gana nuestro Ejeacutercito un debilitamiento y una desmoralizacioacuten constante del enemigo (NUESTRA PROPAGANDA 1937 p5)

Fue tal el nivel de explotacioacuten propagandiacutestica que incluso llegoacute a ser objeto de criacutetica por parte de la prensa de la eacutepoca Pareciacutea que el gobierno republicano estaba maacutes concentrado en hacer grandes campantildeas

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que mostraran las maldades facciosas y las bondades de los antifascistas que en el propio desarrollo militar de la contienda tal y como se escribioacute en El Socialista en febrero de 1937 y que el gobierno censuroacute

y puesto que estamos resueltos a que ninguna falta quede sin corregir iquestno seraacute menester que alguna vez nos pongamos a pensar si desde el Comisariado de Guerra por ejemplo no se estaacute atendiendo maacutes mucho maacutes a la propaganda de partido - no el nuestro ciertamente- que a servir calladamente las exigencias que la guerra plantea

El soporte maacutes empleado en estos trabajos propagandiacutesticos fue el visual debido a su capacidad de persuasioacuten que le haciacutea un arma maacutes que sugerente para condicionar a un puacuteblico deseoso de informacioacuten y faacutecilmente manipulable por las circunstancias que se imponiacutean en esta guerra fraticida de tal modo que los carteles y las fotografiacuteas tomadas en el frente y en la retaguardia invadiacutean muros perioacutedicos y revistas En el caso concreto de las imaacutegenes fotograacuteficas no solo se entendiacutean como medio propagandiacutestico sino tambieacuten por ser el maacutes cercano a la realidad como un soporte contenedor de informacioacuten privilegiada que no podiacutea caer en manos del enemigo por lo que desde las tribunas responsables se realizaban llamamientos para evitar que esa informacioacuten pudiera emplearse en contra de sus intereses Ell de enero de 1937 la Seccioacuten de Propaganda y Prensa de la Junta Delegada de Defensa de Madrid publicoacute en su Boletiacuten la siguiente informacioacuten

Las reproducciones fotograacuteficas son al mismo tiempo que medios eficaciacutesimos para la propaganda elementos peligrosos que pueden revelar al enemigo datos de intereacutes para la ofensiva Es pues elemental medida previsora cuya omisioacuten seriacutea imperdonable emplear medios para tener la seguridad de que quienes utilizan las reproducciones fotograacuteficas son personas leales a la causa antifascista 2

Artiacuteculo censurado a El Socialista en Boletiacuten de propaganda de la Junta Delegada de Defensa de Madrid 19 febo 1937 Conservado en FPI p4456 Caja 18 p7 2 Delegacioacuten de Propaganda y Prensa Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid Madrid 1 ene 1937 p2

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136 Reatril de las lIerJS~____

Este es el motivo por el que nuestra reflexioacuten se centraraacute en el trabajo de aquellos que fueron responsables de cubrir visualmente el acontecimiento La dificultad a la hora de componer la historia colectiva de los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid entre julio de 1936 y abril de 1939 reside en el hecho de que la mayoriacutea de la documentacioacuten referente a su trabajo antes y durante la guerra fue destruida o por los propios responsables para evitar posib les represalias tras la derrota republicana o por los vencedores que la consideraron de poca utilidad para el reacutegimen que se instauraba A pesar de esto hemos logrado reconstruir alguna de las caracteriacutesticas de su laboro a traveacutes de la documentacioacuten rescatada del Archivo General de la Guerra Civil Espantildeola la Fundacioacuten Pablo Iglesias y del oacutergano que dio voz a las disposiciones oficiales del Gobierno Republicano la Gaceta de Madrid

El estallido de la guerra

Los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de marzo de 1939 fueron adaptaacutendose a los constantes cambios que se produjeron en la capital tras el alzamiento militar Un ritmo que en un primer momento fue marcado por la clase trabajadora responsable de tomar el mando de la ciudad Aprovechando la coyuntura que ofreciacutea el marco de la sublevacioacuten militar los sindicatos Confederacioacuten Nacional del Trabajo (CNT) y Unioacuten General de Trabajadores (UGT) emprendieron una Revolucioacuten social en el terreno social poliacutetico y econoacutemico basada en sus criterios Una de las primeras medidas tomadas fue la intervencioacuten (en el caso de la exclusiva direccioacuten de los trabajadores) o la incautacioacuten (en el caso de la participacioacuten de los sindicatos) de las industrias y locales comerciales de la ciudad incluidas tiendas laboratorios estudios dedicados a la fotografiacutea y las redacciones de los perioacutedicos Este sistema se basoacute en la explotacioacuten comuacuten por

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- U~ uucrraJiacutevirnspantildeola en ~Iadrid (1936-1939)

parte de los trabajadores de los locales abandonados por los propietarios (que al inicio de la contienda huyeron de la ciudad) o de los locales intervenidos (en este caso se permitioacute a los patronos su incorporacioacuten como otro colectivista maacutes hecho muy comuacuten en el caso de los fotoacutegrafos)

En el caso que nos ocupa fue el Comiteacute de Intervencioacuten e incautacioacuten de las Artes Graacuteficas el responsable de

Recoger y encauzar las colectividades y las necesidades de la industria y de su parte maacutes esencial para nosotros el respeto de los contratos de trabajo y a la dignidad de los compantildeeros cuya custodia se poniacutea de hecho en nuestras manos (AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid)

Este comiteacute se creo el ] 8 de agosto de 1936 tras la labor de las Comisiones de Incautaciones y Conflictos con la intencioacuten de centralizar las actuaciones que de manera permanente se estaban llevando a cabo para solventar los problemas derivados de una sublevacioacuten militar que afectaba a todo el paiacutes

Los problemas han ido creciendo como consecuencia de los meses que se dilatoacute y se di lata la guerra Por tanto lo que empezoacute siendo una cosa constrentildeida a las actividades sindicales o de salvaguardia de nuestros intereses puramente sindicales en torno a la industria se ha ido complicando con problemas como estos papel destrozo de industrias cierre de talleres reduccioacuten de jornada reduccioacuten de jornales militarizacioacuten aplicacioacuten del 60 a movilizados desplazamiento de maquinaria saboteo envuelto de algunos patronos y otros mil problemas inherentes a la marcha es precario de la industria (AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

Las primeras intervenciones de locales fotograacuteficos de la ciudad se produjeron el 19 de julio de 1936 seguacuten se indica en un documento sellado el27 de marzo de 1937 y en el que se describe una relacioacuten de doscientas treinta y dos casas relacionadas con la fotografiacutea que fueron intervenidas e incautadas por el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Artes

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atrlziacutele las tleras

Graacuteficas Al margen de esta informacioacuten contamos con las actas de intervencioacuten de algunos locales fotograacuteficos de la ciudad en concreto veintiuna De entre el total cuatro actas pelienecen a la intervencioacuten de locales que no aparecen en el este listado y si a esto le sumamos la informacioacuten de distinto tipo que hemos localizado en los archivos sobre la actividad fotograacutefica de Madrid podemos concluir que son sesenta y seis los locales dedicados a esta actividad durante la contienda al margen de la desan-ollada en los perioacutedicos revistas y de manera ambulante

Estas actas de intervencioacuten siguieron un modelo estaacutendar elaborado por el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Organizaciones Graacuteficas pelieneciente a la Unioacuten General de Trabajadores En el documento constaba el nombre del taller o local intervenido el domicilio y la fecha de la firma Ademaacutes debiacutea estar sellado por la empresa intervenida el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Artes Graacuteficas y por la Seccioacuten de Fotografia de dicho comiteacute El texto del acta de incautacioacuten era el siguiente

Con fecha de hoy el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Organizaciones Graacuteficas pertenecientes a la Unioacuten General de Trabajadores de acuerdo con el personal de las distintas secciones de los talleres de con domicilio en decidimos la intervencioacuten y control como garantiacutea del cumplimiento de las obligaciones que esta Empresa tiene convenidas con estas Organizaciones y en virtud de los que dispone la legislacioacuten social y la Carta Constitucional Espantildeola

A continuacioacuten presentamos el acta de incautacioacuten de Fotografiacutea Amer estudio que se ubicaba en la calle Montera en pleno centro de Madrid y que se produjo el21 de octubre de 1936 (Figura 1)

Seguacuten las actas de incautacioacuten e intervencioacuten conservadas la mayoriacutea de los procesos se llevaron a cabo durante los meses de septiembre y octubre de 1936 de tal modo que tres de lbs cuarenta y un locales de fotografiacutea existentes en Madrid sufrieron este proceso en el mes de agosto trece en el mes de septiembre veintidoacutes en el mes de octubre uno en el mes de noviembre y dos en el mes de enero de 1937

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Figura 1 shy El acta de incautacioacuten de Fotografia Amer Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

A pesar de la complejidad del proceso el resultado de las intervenciones e incautaciones de los locales fotograacuteficos de Madrid fueron desde el punto de vista econoacutemico un eacutexito sobretodo en el caso concreto de las intervenciones que pelmitieron un superavit en los balances econoacutemicos totales tal y como se afinnoacute en el boletiacuten de Obreros

Fotoacutegrafos del mes de marzo de 1938

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En la parte de intervencioacuten hemos podido observar que la guerra que se inicioacute en los primeros momentos anuncios de despido reduccioacuten de plantilla etc no era sino una arma con la que se queriacutea ay udar al fascismo Los nuacutemeros que no mienten demuestran cuales eran los beneficios que la clase patronal veniacutean

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obteniendo de la industria Este beneficio - por primera vez los obreros fotoacutegrafos tienen conocimiento de eacutel- es el producto del esfuerzo de los trabajadores Ved si tiene importancia la labor a desarrollar en el control de la industria

El trabajo de los fotoacutegrafos

El laboro de los fotoacutegrafos se vio afectado por el ritmo de la contienda sobretodo a partir del mes de noviembre de 1936 cuando Madrid se convirtioacute en una ciudad asediada Fueron cuatro los problemas a los que se enfrentaron los profesionales

-la falta de suministros - el control y la censura de las autoridades -la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente -los peligros derivados de la guerra La falta de suministros surgioacute con el corte de comunicaciones

por carretera de Madrid con otras ciudades republicanas debido a que las tropas sublevadas rodearon la ciudad cuatro meses despueacutes del alzamiento militar De este modo se impidioacute la llegada de viacuteveres incluido el material baacutesico para trabajar por lo que muchos fotoacutegrafos se vieron obligados a adaptarse a estas limitaciones (LOacutePEZ MONDEacuteJAR 2004)

La ausencia de negativos de paso universal llevoacute a muchos de ellos - a los fotoacutegrafos - a recuperar sus caacutemaras de placas y a utilizar restos de peliacuteculas de los noticieros cinematograacuteficos El propio Alfonso debioacute recurrir a sus viejas caacutemaras estereoscoacutepicas para realizar un reportaje encargado por el Ayuntamiento sobre los estragos producidos por los bombardeos en las calles de Madrid

y esto que afectoacute maacutes a los fotoacutegrafos espantildeoles que a los 1 1

extranjeros a los que les enviaban el material por correo o lo recogiacutean cuando haciacutean viajes a sus paiacuteses supuso un handicap debido a que los equipamientos modernos (como las caacutemaras Ermanox y Rolleijlex

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y las peliacuteculas maacutes sensibles) facilitaron la toma (desde puntos de vista hasta ese momento desconocidos) Y permitiacutean captar escenas sin flash ni triacutepode que permitiacutean que se sustituyeran las tomas estaacuteticas y posadas por la naturalidad de la accioacuten De hecho fotografiacuteas como la del miliciano en Cerro Muriano de Robert Capa hubiera sido impensable si el fotoacutegrafo no hubiera contado con la tecnologiacutea apropiada tal y como afirma su bioacutegrafo Whelan (1999 p32)

[ ] los lectores quedaron impactados ya que nadie habiacutea visto nada parecido hasta entonces Las anteriores fotografiacuteas de guerra habiacutean sido necesariamente estaacuteticas y tomadas a distancia En la Primera Guerra Mundial no tan lejana de aquella eacutepoca la caacutemara habitual era la Graflex mediana con un fuelle y placas de cuatro a cinco pulgadas Ademaacutes de resultar muy llamativa impediacutea praacutecticamente obtener fotos espontaacuteneas era muy pesada y dificultaba el margen de maniobra del fotoacutegrafo en situaciones de peligro Por el contrario la Leica de 35mm de Capa era discreta y le permitiacutea la maacutexima movilidad Con ella se lanzoacute al torbellino de la guerra como nadie antes que eacutel se habiacutea

atrevido a hacerlo

Algunos locales de la ciudad se vieron obligados a cerrar sus puertas ante la imposibilidad de lograr suministros tal y como se informoacute en la siguiente nota publicada en el boletiacuten Obreros Fotoacutegrafos en el antildeo 1938

Las dificultades insuperables de la adquisicioacuten de materiales han obligado a la Directiva a proceder al cierre de algunos talleres a los que la vida econoacutemica se les haciacutea imposible mermaacutendose por diacuteas las posibilidades y llegando a constituir un peligro de desaparicioacuten cosa que estudiada debidamente se trata de cortar con las medidas adoptadas La Directiva informaraacute ampliamente

de ello

Este problema se sumoacute a otros como la movilizacioacuten al frente de parte del personal empleado en los talleres y estudios o la censura impuesta por las autoridades responsables de Madrid Los fotoacutegrafos estuvieron controlados por las autoridades madrilentildeas ya que no podiacutean

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acudir al frente sin un pase que se obteniacutea tras la identificacioacuten de quieacutenes eran y para quieacuten trabajaban como desarrollaremos maacutes adelante En el caso de la cobertura en el frente eran trasladados y acompantildeados por un responsable de propaganda y la burla de cualquiera de estas normas suponiacutea un peligro para el fotoacutegrafo como comenta en sus memorias uno de los periodistas que cubrieron el conflicto en Madrid acerca del fotoacutegrafo londinense HY Drees

Durante diez diacuteas estuvo sin pases Y sin embargo gracias a alguacuten don excepcional - supongo que esto es lo que tienen los buenos fotoacutegrafos de prensa - siempre salioacute bien parado La noche del principal ataque aeacutereo fue su gran triunfo Estaba muy afectado por el bombardeo porque le habiacutea golpeado literalmente el soplo de la explosioacuten en una callejuela y se estaba recuperando en una cama de la Telefoacutenica cuando de repente se despertoacute agarroacute su caacutemara y subioacute a la deacutecima planta para fotografiar la ciudad en llamas Alliacute le arrestoacute un guardia Un periodista que hablaba espantildeol y habiacutea escuchado el incidente fue a ofrecer explicaciones al jefe de los guardias del edificio No soacutelo se encontroacute con que Drees ya no estaba arrestado sino que estaba tan campante en la planta trece rodeado de guardias admirativos que le miraban mientras fotografiaba la escena entera y posaban con orgullo para sus propias fotografiacuteas (COX 2005 p261-262)

Los problemas maacutes graves a los que tuvieron que enfrentarse los fotoacutegrafos en Madrid fueron los derivados de los constantes bombardeos que los aviones enemigos lanzaron sobre la ciudad puesto que como muchos de los locales dedicados a la fotografiacutea en Madrid y las residencias de los fotoacutegrafos extranjeros estaban ubicados en la zona centro corriacutean un mayor riesgo De hecho conocemos como el fotoacutegrafo Alfonso se vio obligado a abandonar durante meses su estudio de la calle Fuencarral por la constante amenazada que significaba encontrarse cercano al edificio de la Telefoacutenica el maacutes alto de Madrid y por tanto objetivo prioritario de la aviacioacuten enemiga Un ejemplo graacutefico del peligro que corrieron los locales de fotografia de la ciudad

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eS la siguiente fotografiacutea (Figura 2) en la que se puede ver el estudio de Fotos Galaacuten3 situado en la calle Alcalaacute 9 completamente derruido como consecuencia de uno de los numerosos bombardeos aeacutereos

Figura 2 - Estudio de Fotos Galaacuten derruido Fotografla Aulor nojuacutee citado

Fuente Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Otros fotoacutegrafos aquellos encargados de cubrir el frente llegaron a pagar con su vida Uno de los ejemplos maacutes conocidos es el de Gerda Taro que trabajoacute para las revistas francesas Ce Soir y Regards cubriendo el conflicto en Coacuterdoba Barcelona y Madrid entre otras ciudades En la

3 A pesar de que en el letrero del local fotograacutefico se lee claramente Totos Galaacuten en el li stado que hemos localizado en el Anuario General de Espantildea Bailly-Baillieacutere de 1936 figura el nombre de Teodoro Orozco como el correspondie nte al estudio fotograacute fi co del nuacutemero nueve de la ca lle Alcalaacute Puede deberse a dos razones un cambio de nombre tras la edicioacuten del nuacutemero del Anuario o a que con el estallido de la guerra el com iteacute de trabajadores del local sustituye ran el nombre del propietario por el de FalOS Galaacuten

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fotografiacutea que se presenta a continuacioacuten (Figura 3) Robert Capa su pareja la retratoacute resguardada del ataque de los sublevados en el Frente de Coacuterdoba en 1936

Figura 3 - Cerda Taro resguardada del alaque de los sublevados en el Frente de Coacuterdoba en 1936

Faagrafia Robert Capa Fuente Olmeda (2007)

y seraacute precisamente en el Frente de Brunete en el que el25 de jul io de 1937 a las 18 30 horas cuando la fotoacutegrafa pierda la vida a causa de un accidente fOltuitO un tanque descontrolado que intentoacute zafarse de un bombardeo enemigo se cruzoacute en la carretera invadiendo el carril en el que transitaba el camioacuten que trasladaba a varios heridos y a Gerda El golpe le hizo caer y el tanque pasoacute por encima de su cuerpo Murioacute unas horas maacutes tarde en el hospital ingleacutes de El Goloso Unos minutos antes del incidente Gerda escribioacute en su diario

Caen bombas muy cerca de nuestra posicioacuten Oiacutemos el ruido estremecedor de los bombardeos Ted se cubre la cabeza pero yo saco fotos sin parar Mantengo la sangre friacutea en medio de una escena apocaliacuteptica con aviones descendi endo en picado explosiones que agujerean la tierra y soldados que hu yen presos

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Fotoacutegrafos de guen-a la cobertura iacuteotogijiacutefica d~ la iexcliexcllIerra CiiacuteirEspantildeQla en ~fadrid (1936-1939)

del paacutenico Conservo la calma cuando un avioacuten abre fuego sobre nuestro hoyo Me quedo tumbada de espaldas y sigo disparando la Leica Se me acaban los carretes (OLMEDA 2007 p179)

Soacutelo por este motivo (a Gerda se le habiacutea acabado el material para fotografiar) decidioacute abandonar la primera liacutenea y subirse al camioacuten Esta decisioacuten a la hora de fotografiar en primera liacutenea (y que desobedeciacutea la orden expresa del general Walter miembro de las Brigadas Intemacionales) le costoacute la vida pero hasta el uacuteltimo aliento se preocupoacute por su material porque sabiacutea de la importancia de denunciar visualmente aquello que estaba ocurriendo De hecho una de las enfermeras que le atendioacute Irene Goldin afirmoacute el tanque le habiacutea abierto el estoacutemago y teniacutea heridas abdominales muy graves se le habiacutean salido todos los intestinos [ ] Lo uacutenico que dijo fue iquestestaacuten bien mis caacutemaras Son nuevas iquestEstaacuten bien (KERSHAW 2003 p181)

A pesar de las numerosas complicaciones los fotoacutegrafos continuaron con su labor orientada a tres actividades primordiales fotoperiodismo fotografiacutea oficial y otros trabajos entre los que podriacuteamos incluir los de estudio sobretodo las fotografiacuteas de carnet esenciales en una ciudad en la que todos debiacutean estar identificados

Los fotoacutegrafos

Fueron muchos los fotoacutegrafos conocidos que trabajaron en Madlid Entre los espantildeoles destacaron Manuel Albero y Francisco Segovia Marin loseacute Mariacutea Casariego Alfonso Santos Yubero Agustiacute y Llu iacutes Centelles Lluiacutes Torrents Luis Vidal Corrella los Mayo entre otros Entre los reporteros extranjeros que soliacutean alojarse en el Hotel Florida (en la plaza de Callao) o el Hotel Gran Viacutea Uunto al bar Chicote) que cubrieron el conflicto en la capital encontramos a Robert Capa Gerda Taro lean Moral David Seymour Luis Bressange Walter Reuter y otros que trabajaron para las agenciasAP Keystone View Company Planet News

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World Wide Photo Central Press y London News Agency Press por mencionar las maacutes importantes

Durante la Guerra Civil Espantildeola los fotoacutegrafos se agruparon bajo varias organizaciones sindicales dependientes de las ramas de Artes Graacuteficas la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y la Seccioacuten de Fotoacutegrafos de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola Si a la informacioacuten que se desprendede las fichas de afiliacioacuten de estos sindicatos unimos la extraiacuteda de los archivos de la Junta Delegada de Defensa de Madrid a traveacutes de las fichas laborales que la Seccioacuten Fotograacutefica elaboroacute con el fin de controlar la actividad en la capital podemos hacemos una idea del nuacutemero de fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid y una cuestioacuten maacutes interesante quieacutenes eran

Se trata de un total de 1249 fichas distribuidas de la siguiente manera 197 de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 455 fichas de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y 597 fichas de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Junta Delegada de Defensa de Madrid

De entre el total de fotoacutegrafos 113 trabajaron para perioacutedicos y revistas 37 en el frente 57 para una institucioacuten oficial 585 en un local de fotografiacutea 193 en la viacutea puacuteblica o como fotoacutegrafo al minuto y 240 eran afiliados de los que o no tenemos constancia de doacutende trabajaron o no eran fotoacutegrafos pero su trabajo estaban directamente relacionado con el mundo de la imagen A continuacioacuten presentamos una tabla con esta informacioacuten detallada por organizaciones

Perioacutedicos Institucioacuten Locales Viacutea PuacuteblicaFrente OtrosRevistas Oficial Fotograacuteficos Al Minuto

Junta Delegada 73 34 54 121 180 115JI L -lt 1 ~

26 H 2 JL middottrSociedad Obrera 315 10 101J~ I shy

Federacioacuten Graacutefica 14 lt 1f 2 lf 149 r 3 -

24

Tabla 1 - Fotograacutefos e otros relacionados con el mundo de laf grafia que trabajaron en la guerra

Ante estos datos debemos hacer dos aclaraciones en primer lugar estos registros no soacutelo se refieren exclusivamente a fotoacutegrafos sino a todos aquellos que estuvieron relacionados con el mundo de la fotografiacutea (incluidos reveladores ayudantes aprendices encargados de tienda etc) y en segundo lugar que alguno de los nombres se encuentra en varias de estas organizaciones 14 obtuvieron fichas de ingreso de la Junta Delegada de Defensa de Madrid la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares 4 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 22 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y 120 obtuvieron ficha de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y la Sociedad de Obreros Fotoacutegrafos

La fuente maacutes interesante de trabajo la encontramos en las fichas de la Junta Delegada de Defensa de Madrid puesto que controloacute exhaustivamente a los fotoacutegrafos a traveacutes del trabajo de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa dirigida por Joseacute Carrentildeo Espantildea De hecho se anularon los permisos concedidos con anterioridad y se obligoacute a solicitar unos nuevos ahora controlados por la Junta tal y como se publicoacute en su Boletiacuten Oficial en diciembre de 1936

Para poder obtener fotografiacuteas tanto de la ciudad como de sus frentes de guerra a que se extiende mi autoridad de Comandante de la plaza seraacute preciso proveerse de licencia concedida por el Delegado de Propaganda y Prensa de esta Junta que necesariamente habraacute estar firmada por el mismo

A continuacioacuten presentamos la ficha de Gerda Taro (Figura 4) sellada el 25 de enero de 1937 en la que se incluyen datos como su nombre completo (Gerta Pohorylle) su domicilio en Pariacutes (50 Rue Vavin) el lugar y fecha de nacimiento (Stuttgart 01081910) la empresa para la que trabajaba (Le Soir Paris) el domicilio oficial en Madrid (Alianza de Intelectuales) y el partido poliacutetico al que perteneciacutea (AEAR) La ficha iba acompantildeada de una fotografiacutea de carnet entregada por la interesada (Figura 5)

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JUNTA OELEGADA DE DEfENSA DE MADRID Secretaria de Propagandamiddot Seccioacuten Fotooraacutefical FILlAcrOacuteN DEL FOTOacuteGRAfO -7-rt

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Figura 4 - La ficha de Gerda Taro Fuene AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

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Figura 5 - Fotografla de Gerda Taro Fotografia Autor nojuacutee citado

Fuente AHNSeccioacuten Salamanca pis Madrid

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Fotoacutegrafos de guerra la co_bertllra fotoiexcl(rJJICil aiexcliexcliexcliexcluiexcllIctra Ct1T]spantildeola en Madrid (1936-19l9) 149

Para poder trabajar libremente esta identificacioacuten debiacutea ir acompantildeada de una autorizacioacuten expedida por los jefes militares del sector correspondiente tal y como se detalla en la siguiente autorizacioacuten (Figura 6) sellada por la Junta Delegada de Defensa de Madrid y la 40 Brigada Mixta del Estado Mayor de la Repuacuteblica Espantildeola (que estaacute firmada por el General Miaja el 17 de febrero de 1937) a Alfonso Saacutenchez Portela conocido como Alfonso concedieacutendole permiso para trabajar en el frente o la siguiente (Figura 7) sellada ellO de marzo de 1939 (unos diacuteas antes de finalizar la guerra) en la que el Director General de Seguridad le autorizaba a obtener informacioacuten graacutefica en el interior de la capital

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Figura 6 - Autorizacioacuten expedida para poder trabajar libremente Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

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Figura 7 - Autorizacioacuten expedida para Alfonso Saacutenchez Porlea diacuteas antes dejinalizar la guerra

Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

Si tras la entrada en vigor de la disposicioacuten de obligatoriedad de identificacioacuten se sorprendiacutea a un fotoacutegrafo sin permiso o empleando una caacutemara que no hubiera obtenido la licencia adecuada eacuteste era considerado un desafecto a la causa republicana y debiacutea ser juzgado por tal causa por el fuero militar

En el caso del reportero graacutefico eacuteste debiacutea proveerse de una chapa metaacutelica numerada que le identificara como tal (tras previo aval de la Direccioacuten de la agrupacioacuten Unioacutende Informadores Graacuteficos de Prensa) y asiacute tener acceso libre a los espacios de la ciudad ademaacutes de una tarjeta identificativa autorizada por el Delegado y el Secretario General de Prensa

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Una vez que los fotoacutegrafos haciacutea su trabajo el control se extendiacutea a la seccioacuten graacutefica de las revistas y perioacutedicos sometida a un total control por parte de las autoridades tal y como se extrae de la sifruiente disposicioacuten publicada en el Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid en enero de 1937

A partir de las doce de la noche del diacutea 30 de diciembre de 1936 queda terminantemente prohibida la publicacioacuten en Madrid de perioacutedicos diarios revistas boletines tanto de empresas como de organizaciones poliacuteticas sindicales y de milicias dibujos litografiacuteas y demaacutes med ios graacuteficos mencionados en el artiacuteculo segundo de la Ley de Imprenta con excepcioacuten de libros si que previamente hayan sido autori zados por la censura de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa de esta Junta De toda publicacioacuten graacutefica sometida a censura se presentaraacuten tres ejemplares uno que se devolveraacute sellado cuando se autorice para que salga a la luz y dos que se conservaraacuten en la referida Delegacioacuten para constituir el Archivo de la revolucioacuten que en su diacutea seraacute depositado donde disponga el Gobierno legiacutetimo de la Repuacuteblica 4

Como ya hemos comentado la fotografiacutea es el mejor soporte para mostrar aquello que se quiere mostrar por lo que las autoridades responsables de la defensa de Madrid la utilizaron como medio propagandiacutestico de ahiacute el feacuterreo control de fotoacutegrafos y medios de comunicacioacuten Por eso resulta interesante hablar no soacutelo de lo que se retrata sino tambieacuten de lo que se oculta Pondremos un ejemplo a traveacutes de lo visual que nos serviraacute para ilustra nuestra hipoacutetesis las fotografiacuteas tomadas a milicianos y soldados defensores de la capital en momentos de asueto Si analizamos la produccioacuten fotograacutefica de este asunto que se conserva en el Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola de la Biblioteca Nacional observamos que la imagen gira en tomo a dos ejes de representacioacuten la alimentacioacuten y la formacioacuten

bull Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid Antildeo 2 n2 1 dc enero de 1937 Tomo 1 p7)

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cultural de los combatientes No parece casual que la mayoriacutea de las imaacutegenes del descanso de los soldados de Madrid que se conservan en el fondo que trabajamos coincidan en tema con las maacutexi mas preocupaciones del gobierno republicano los problemas de alimentacioacuten y abastecimiento de las tropas defensoras y la educacioacuten como medio de luchar contra el fascismo Esto se puede ver claramente en la siguiente imagen (Figura 8) un trabajo de la casa de fotografiacutea Albero y Segovia en la que un grupo de 7 milicianos alguno de ellos armado que estaacuten en un espacio cerrado rodean una mesa en la que se disponen copiosamente viacuteveres Si atendemos a la expresioacuten corporal podemos intuir que los siete observadores intemos mantienen claramente una pose ante la caacutemara del fotoacutegrafo Por ejemplo el hombre que cierra la escena a la derecha sostiene con cierta dificultad y de manera muy artificial en su mano izquierda unas cajetillas de tabaco y un paquete sin soltar el arma (que no estaacute colgada) de tal modo que la mano derecha le impide ayudarse con la carga La intencioacuten parece clara este personaje debe ser fotografiado con los viacuteveres en su mano pero sin soltar su arma que debe formar parte del cuadro

Figura 8 - Grupo de 7 milicianos rodean una mesa Fotografia Autor nofuacutee citado Casa de fOlografia Albero y Segovia

Fue11le Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

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Lo que recuperamos en el reverso de la imagen tambieacuten nos ayuda a descubrir la connotacioacuten de la fotografia

El fin del antildeo 36 de los milicianos de la intendencia reciben cajetillas chocolates vinos y licores conservas hasta jamones abundante ropa y tambieacuten cantidades en metaacute lico Asiacute cuida la Repuacuteblica a sus bravos luchadores

Como hemos comentado tan importante resulta lo que se ve como lo que se oculta Pongamos otro ejemplo A pesar de las numerosas fotografiacuteas que muestran los momentos de asueto de los defensores del Madrid del iexclNo pasaraacuten no existe ninguna en la que se retrate a los soldados realizando actividades luacutedicas como jugar a las cartas algo que resulta sorprendente si tenemos en cuenta que seguacuten el testimonio de alguno de los supervivientes era algo habitual hasta el punto de convertirse en la uacutenica manera de matar el tiempo Por el contrario siacute encontramos testimonio graacutefico de la praacutectica de este tipo de juegos entre las fotografias (en un nuacutemero muy inferior si las comparamos con la produccioacuten fotograacutefica de los antifascistas) del bando sublevado como aquellas que retratan eljuego de un grupo de soldados del Ejeacutercito de Marruecos en un rato de juego en la Ciudad Universitaria el19 de mayo de 1938 tal y como se indica en el reverso de la imagen sellada por la Seccioacuten Teacutecnica del Ministerio del Interior (Figura 9)

El porqueacute de la inexistencia de alguna huella visual de ese momento de ocio entre los soldados republicanos podriacutea explicarse como algo meramente casual de no ser porque conocemos a traveacutes de la prensa que el gobierno republicano consideroacute el juego como una actividad impropia en el frente hasta tal punto que este tema se convirtioacute en el protagonista de la tira coacutemica Hay que evitar ser tan bruto como el soldado Canuto publicada en La Voz del combatiente Esta seccioacuten se encargaba de recordar al soldado antifascista a traveacutes del personaje de Canuto como no debla comportarse El diacutea cinco de abril de 1937 bajo el tiacutetulo El peor de

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los vicios es eljuego la tira estaacute dedicada a advertir a los soldados de lo negativo del juego Canuto retorna al frente y sigue tan imprudente Pues a su sector llegado una baraja ha sacado Logra formar enseguida una importante partida Se juega con gran fruic ioacuten hasta la respiracioacuten A Canuto le han ganado y encima quedoacute entrampado

Figura 9 - Juego de un grupo de soLdados deL Ejeacutercito de Marruecos Fotografia Autor nofue citado Seccioacuten Teacutecnica deL Ministerio deL Interior

Fuente Biblioteca NacionaL Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Tambieacuten en el Manual del Miliciano que la Editorial Labor publica en 1937 en el apartado dedicado a la Moral del Miliciano se advierte de la necesidad de controlar a aquellos que se dejan llevar por los impulsos

Nada maacutes nefasto en cambio que la conducta de quienes a riacuteo revuelto pretenden convertir la guerra en tolvanera de sus apetitos El arte y la literatura han marcado con fuego la injuria de aquellos seres indignos qu~ al margen de la lucha y casi siempre a cubierto de sus riesgos caen sin piedad sobre vidas y haciendas sin otro moacutevil que el de saciar sus ansias de destruccioacuten o de rapintildea Son eacutestos elementos indeseables cuya eliminacioacuten del cuerpo social soacutelo puede reportar grandes

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beneficios no ya porque manchan la revo luc ioacuten con sus actos reprobables sino porque alumbran en el alma de los indiferentes la idea de que la razoacuten - tan clara - no estaacute de nuestra parte

Se podriacutea pensar que las dificultades por las que atravesaba la retaguardia madrilentildea con el fin de suministrar lo necesario en la vanguardia haciacutean inconveniente mostrar una imagen tan friacutevola de los defensores de la ciudad y por tanto se podriacutea haber evitado retratar esa situacioacuten Parece que el juego y las apuestas no eran del gusto de un ejeacutercito que primaba la formacioacuten sobre la diversioacuten

En otras ocasiones y como resultado de ese control el fotoacutegrafo teniacutea que enfrentarse a la recreacioacuten de escenas beacutelicas que debiacutean ser fotografiadas como si se tratara de una real Son muchos los testimonios de reporteros que afirmaron la escenificacioacuten de determinadas acciones ante la caacutemara con fines propagandiacutesticos pero no soacutelo en la zona republicana sino tambieacuten en la sublevada tal y como afirma el periodista britaacutenico DDowd Gallagher a quien Robert Capa confesoacute

En Espantildea empeceacute por Hendaya en Francia en la frontera espantildeola proacutexima a San Sebastiaacuten La mayoriacutea de los reporteros y fotoacutegrafos nos hospedaacutebamos en un pequentildeo hotel destartalado Nos introdujimos en la Espantildea de Franco a traveacutes del riacuteo Iruacuten una vez que nos dieron penniso los oficiales de prensa de Franco en Burgos En una ocasioacuten soacutelo invitaron a los fotoacutegrafos [ ] y Capa me lo contoacute Les simularon escenas de batalla Las tropas de Franco vestiacutean de uniforme y estaban armadas y simulaban situaciones de ataque y de defensa Utilizaron bombas de humo para ambientar la escena (LEWINSKY 1978 p88)

De este modo el control ejercido por las autoridades poliacuteticas sindicales y militares tanto del frente como de la retaguardia fue uno de los caballos de batalla de los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid Sin embargo el manejo del lenguaje visual (complejo por definicioacuten) de eacutestos haciacutea posible establecer miradas diferentes en las imaacutegenes que eran tomadas por los que hemos denominado fotoacutegrafos oficiales y fotoacutegrafos oficiosos

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Los fotoacutegrafos oficiales y oficiosos en un ejemplo concreto el retrato de mujeres

Para cerrar esta breve reflexioacuten acerca del papel desarrollado por los fotoacutegrafos que cubrieron la Guerra Civil Espantildeola en Madrid debemos hacer una diferenciacioacuten que marca las dos maneras de mirar que se plasman a traveacutes de las fotografiacuteas Para entender de queacute hablamos cuando hacemos una distincioacuten entre fotoacutegrafos oficiales y oficiosos pondremos un ejemplo visual

Figura JO - Mujer abatida sobre los restos de su casa de Teuaacute de las ViclOrias Fotografza Autor nojIacutete citadoServicio de Propaganda del Servicio Fgraacutefico

dell1inisterio de EXleriores Fuente Biblioteca NacionalFondo FOlOgraacutefico de la Guerra Civil Madrid

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Figura J J - l1ujeres inen tan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacuteiles en su nueva residencia

Faagrafia AUlOr no jite citado Casa barcelonesa de P Luis Torrents Fuente Biblioeca NacionalFondo FOlograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Se trata de dos fotografiacuteas rescatadas del Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola que se conserva en la Biblioteca Nacional (Madrid) en las que se retratan mujeres regresando a sus hogares tras el estallido de una bomba lanzada por la aviacioacuten enemiga Las dos imaacutegenes representan una misma accioacuten sin embargo el enfoque es diferente Mientras en la figura 10 (sellada por el Servicio de Propaganda del Servicio Fotograacutefico del Ministerio de Exteriores) se muestra una mujer abatida sobre los restos de su casa de Tetuaacuten de las Victorias la figura 11 (sellada por la casa barcelonesa de P Luis Torrents) muestra una actitud diferente ante ese mismo hecho En esta imagen las mujeres no se sientan a contemplar el resultado de los proyectiles lanzados por la aviacioacuten facciosa sino que intentan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacutetiles en su nueva residencia Por tanto la primera fotografia corresponde a la imagen pasiva de la mujer tradicional y La segunda a la verdadera imagen de la mujer de Madrid aquella que luchoacute de manera activa contra el fascismo en la retaguardia madrilentildea hacieacutendose responsable del sustento material y moral de su familia

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La totalidad de fotografias que retratan a la mujer de costumbres madrilentildea (es decir aquella que se encargoacute de cuidar de su familia) y que estaacuten selladas por los fotoacutegrafos oficiales (entendiendo por oficial aquel que trabaja para una institucioacuten puacuteblica ya sea poliacutetica o sindical)

responde al prototipo de mujer pasiva viacutectima de lo que OCUlTe mientras

que las fotografiacuteas tomadas por los fotoacutegrafos oficiosos (los que

trabajaron para las distintas casas de fotografiacutea de Madrid y de otras

localidades y los reporteros de guelTa) muestran la imagen de una mujer

combativa que lucha contra la sublevacioacuten desde la retaguardia

El motivo parece estar claro la imagen de la mujer de costumbres

abatida que se mostraba en carteles documentales y fotografias tomadas

por las autoridades antifascistas resultaba maacutes exportable para mostrar

al mundo las siniestras consecuencias de una sublevacioacuten militar que la

imagen de una mujer que intentoacute acomodarse a las exigencias impuestas por el estallido del conflicto

Consideraciones finales

Como dijo Pierre Bourdieu al hablar de las cinco satisfacciones que

aporta la fotografiacutea (la proteccioacuten contra el paso del tiempo la

comunicacioacuten con los demaacutes y la expresioacuten de sentimientos las

realizaciones de uno mismo el prestigio social la distraccioacuten y la evasioacuten)

[ ] la fotografia tendriacutea como funcioacuten ayudar a sobrellevar la angustia suscitada por el paso del tiempo ya sea proporcionando un sustituto maacutegico de lo que aqueacutel se ha llevado ya sea supliendo las fallas de la memoria y sirviendo de punto de apoyo a la evocacioacuten de recuerdos asociados en suma produciendo el sentimiento de vencer al tiempo y su poder de destruccioacuten (BOURDIEU 2003 p52)

Gracias al trabajo realizado por los fotoacutegrafos que cubrieron el

conflicto en la ciudad de Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de

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abril de 1939 hemos podido recuperar la memoria (jiexcll acontecimiento

maacutes negro de la historia reciente de Espantildea a traveacutes del soporte visual

El trabajo que los corresponsales y fotoacutegrafos realizaron al estallar la guerra se ajustoacute al ritmo impuesto por la contienda por lo que tuvieron que enfrentarse a cuatro problemas baacutesicos que condicionaron su trabajo

la falta de suministros la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente los peligros derivados del fuego cruzado y de los continuos bombardeos sobre el frente y la retaguardia y el control y la censura impuesta por las autoridades Este uacuteltimo condicionante fue determinante en tanto que

los servicios de propaganda controlaron el laboro de los fotoacutegrafos y el resultado que era publicado en revistas y perioacutedicos de la Espantildea republicana de ahiacute que podamos hablar de dos tipos de fotografias que reflejan dos miradas diferentes sobre la realidad las tomadas por fotoacutegrafos que trabajaron para una institucioacuten poliacutetica y sindical (los fotoacutegrafos oficiales) y los retratos realizados por fotoacutegrafos que lo hicieron para un local de fotografia o para medios extranjeros (los fotoacutegrafos oficiosos) Por otro lado y debido a este feacuterreo control resulta muy interesante para los estudiosos que trabajan la imagen como medio para acercarse al pasado observar tanto lo que se retrata como lo que se silencia visualmente ya que marca el discurso oficial que se impuso durante los tres antildeos de contienda Para ilustrar nuestra hipoacutetesis de trabajo hemos empleado varios ejemplos visuales

Bibliografia

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sociales de la fotografia Barcelona Gustavo Giliacute 2003

COx Geoffrey La defensa de Madrid Madrid Oberon 2005

KERSHAW Alex Sangre y champaacuten la vida y la (poca de Robert

Capa Madrid Debate 2003

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LEWINSKY Jorge The camera at war a history ofworld photography from 1848 to present day Nueva York Simon amp Schuster 1978

LOacutePEZ MONDEacuteJAR Publio Alfonso cincuenta antildeos de Historia de Espantildea Madrid Editorial Lunwerg 2004

MANUAL del Miliciano [Sl] Editorial Labor 1937

NUESTRA propaganda en las filas facciosas La voz del combatiente Madrid 23 mar 1937 p5

OLMEDA Fernando Gerda Tardo fotoacutegrafa de guerra el peliodismo como testigo de la historia Madrid Debate 2007

WHELAN Richard Capa cara a cara fotografias de Robert Capa sobre la Guerra Civil Espantildeola Madrid MNCARS 1999

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Ultima Hora em cena amodernidade fotograacutefica

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Silvana Louzada

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Este es el motivo por el que nuestra reflexioacuten se centraraacute en el trabajo de aquellos que fueron responsables de cubrir visualmente el acontecimiento La dificultad a la hora de componer la historia colectiva de los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid entre julio de 1936 y abril de 1939 reside en el hecho de que la mayoriacutea de la documentacioacuten referente a su trabajo antes y durante la guerra fue destruida o por los propios responsables para evitar posib les represalias tras la derrota republicana o por los vencedores que la consideraron de poca utilidad para el reacutegimen que se instauraba A pesar de esto hemos logrado reconstruir alguna de las caracteriacutesticas de su laboro a traveacutes de la documentacioacuten rescatada del Archivo General de la Guerra Civil Espantildeola la Fundacioacuten Pablo Iglesias y del oacutergano que dio voz a las disposiciones oficiales del Gobierno Republicano la Gaceta de Madrid

El estallido de la guerra

Los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de marzo de 1939 fueron adaptaacutendose a los constantes cambios que se produjeron en la capital tras el alzamiento militar Un ritmo que en un primer momento fue marcado por la clase trabajadora responsable de tomar el mando de la ciudad Aprovechando la coyuntura que ofreciacutea el marco de la sublevacioacuten militar los sindicatos Confederacioacuten Nacional del Trabajo (CNT) y Unioacuten General de Trabajadores (UGT) emprendieron una Revolucioacuten social en el terreno social poliacutetico y econoacutemico basada en sus criterios Una de las primeras medidas tomadas fue la intervencioacuten (en el caso de la exclusiva direccioacuten de los trabajadores) o la incautacioacuten (en el caso de la participacioacuten de los sindicatos) de las industrias y locales comerciales de la ciudad incluidas tiendas laboratorios estudios dedicados a la fotografiacutea y las redacciones de los perioacutedicos Este sistema se basoacute en la explotacioacuten comuacuten por

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parte de los trabajadores de los locales abandonados por los propietarios (que al inicio de la contienda huyeron de la ciudad) o de los locales intervenidos (en este caso se permitioacute a los patronos su incorporacioacuten como otro colectivista maacutes hecho muy comuacuten en el caso de los fotoacutegrafos)

En el caso que nos ocupa fue el Comiteacute de Intervencioacuten e incautacioacuten de las Artes Graacuteficas el responsable de

Recoger y encauzar las colectividades y las necesidades de la industria y de su parte maacutes esencial para nosotros el respeto de los contratos de trabajo y a la dignidad de los compantildeeros cuya custodia se poniacutea de hecho en nuestras manos (AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid)

Este comiteacute se creo el ] 8 de agosto de 1936 tras la labor de las Comisiones de Incautaciones y Conflictos con la intencioacuten de centralizar las actuaciones que de manera permanente se estaban llevando a cabo para solventar los problemas derivados de una sublevacioacuten militar que afectaba a todo el paiacutes

Los problemas han ido creciendo como consecuencia de los meses que se dilatoacute y se di lata la guerra Por tanto lo que empezoacute siendo una cosa constrentildeida a las actividades sindicales o de salvaguardia de nuestros intereses puramente sindicales en torno a la industria se ha ido complicando con problemas como estos papel destrozo de industrias cierre de talleres reduccioacuten de jornada reduccioacuten de jornales militarizacioacuten aplicacioacuten del 60 a movilizados desplazamiento de maquinaria saboteo envuelto de algunos patronos y otros mil problemas inherentes a la marcha es precario de la industria (AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

Las primeras intervenciones de locales fotograacuteficos de la ciudad se produjeron el 19 de julio de 1936 seguacuten se indica en un documento sellado el27 de marzo de 1937 y en el que se describe una relacioacuten de doscientas treinta y dos casas relacionadas con la fotografiacutea que fueron intervenidas e incautadas por el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Artes

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Graacuteficas Al margen de esta informacioacuten contamos con las actas de intervencioacuten de algunos locales fotograacuteficos de la ciudad en concreto veintiuna De entre el total cuatro actas pelienecen a la intervencioacuten de locales que no aparecen en el este listado y si a esto le sumamos la informacioacuten de distinto tipo que hemos localizado en los archivos sobre la actividad fotograacutefica de Madrid podemos concluir que son sesenta y seis los locales dedicados a esta actividad durante la contienda al margen de la desan-ollada en los perioacutedicos revistas y de manera ambulante

Estas actas de intervencioacuten siguieron un modelo estaacutendar elaborado por el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Organizaciones Graacuteficas pelieneciente a la Unioacuten General de Trabajadores En el documento constaba el nombre del taller o local intervenido el domicilio y la fecha de la firma Ademaacutes debiacutea estar sellado por la empresa intervenida el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Artes Graacuteficas y por la Seccioacuten de Fotografia de dicho comiteacute El texto del acta de incautacioacuten era el siguiente

Con fecha de hoy el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Organizaciones Graacuteficas pertenecientes a la Unioacuten General de Trabajadores de acuerdo con el personal de las distintas secciones de los talleres de con domicilio en decidimos la intervencioacuten y control como garantiacutea del cumplimiento de las obligaciones que esta Empresa tiene convenidas con estas Organizaciones y en virtud de los que dispone la legislacioacuten social y la Carta Constitucional Espantildeola

A continuacioacuten presentamos el acta de incautacioacuten de Fotografiacutea Amer estudio que se ubicaba en la calle Montera en pleno centro de Madrid y que se produjo el21 de octubre de 1936 (Figura 1)

Seguacuten las actas de incautacioacuten e intervencioacuten conservadas la mayoriacutea de los procesos se llevaron a cabo durante los meses de septiembre y octubre de 1936 de tal modo que tres de lbs cuarenta y un locales de fotografiacutea existentes en Madrid sufrieron este proceso en el mes de agosto trece en el mes de septiembre veintidoacutes en el mes de octubre uno en el mes de noviembre y dos en el mes de enero de 1937

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Figura 1 shy El acta de incautacioacuten de Fotografia Amer Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

A pesar de la complejidad del proceso el resultado de las intervenciones e incautaciones de los locales fotograacuteficos de Madrid fueron desde el punto de vista econoacutemico un eacutexito sobretodo en el caso concreto de las intervenciones que pelmitieron un superavit en los balances econoacutemicos totales tal y como se afinnoacute en el boletiacuten de Obreros

Fotoacutegrafos del mes de marzo de 1938

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En la parte de intervencioacuten hemos podido observar que la guerra que se inicioacute en los primeros momentos anuncios de despido reduccioacuten de plantilla etc no era sino una arma con la que se queriacutea ay udar al fascismo Los nuacutemeros que no mienten demuestran cuales eran los beneficios que la clase patronal veniacutean

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obteniendo de la industria Este beneficio - por primera vez los obreros fotoacutegrafos tienen conocimiento de eacutel- es el producto del esfuerzo de los trabajadores Ved si tiene importancia la labor a desarrollar en el control de la industria

El trabajo de los fotoacutegrafos

El laboro de los fotoacutegrafos se vio afectado por el ritmo de la contienda sobretodo a partir del mes de noviembre de 1936 cuando Madrid se convirtioacute en una ciudad asediada Fueron cuatro los problemas a los que se enfrentaron los profesionales

-la falta de suministros - el control y la censura de las autoridades -la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente -los peligros derivados de la guerra La falta de suministros surgioacute con el corte de comunicaciones

por carretera de Madrid con otras ciudades republicanas debido a que las tropas sublevadas rodearon la ciudad cuatro meses despueacutes del alzamiento militar De este modo se impidioacute la llegada de viacuteveres incluido el material baacutesico para trabajar por lo que muchos fotoacutegrafos se vieron obligados a adaptarse a estas limitaciones (LOacutePEZ MONDEacuteJAR 2004)

La ausencia de negativos de paso universal llevoacute a muchos de ellos - a los fotoacutegrafos - a recuperar sus caacutemaras de placas y a utilizar restos de peliacuteculas de los noticieros cinematograacuteficos El propio Alfonso debioacute recurrir a sus viejas caacutemaras estereoscoacutepicas para realizar un reportaje encargado por el Ayuntamiento sobre los estragos producidos por los bombardeos en las calles de Madrid

y esto que afectoacute maacutes a los fotoacutegrafos espantildeoles que a los 1 1

extranjeros a los que les enviaban el material por correo o lo recogiacutean cuando haciacutean viajes a sus paiacuteses supuso un handicap debido a que los equipamientos modernos (como las caacutemaras Ermanox y Rolleijlex

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y las peliacuteculas maacutes sensibles) facilitaron la toma (desde puntos de vista hasta ese momento desconocidos) Y permitiacutean captar escenas sin flash ni triacutepode que permitiacutean que se sustituyeran las tomas estaacuteticas y posadas por la naturalidad de la accioacuten De hecho fotografiacuteas como la del miliciano en Cerro Muriano de Robert Capa hubiera sido impensable si el fotoacutegrafo no hubiera contado con la tecnologiacutea apropiada tal y como afirma su bioacutegrafo Whelan (1999 p32)

[ ] los lectores quedaron impactados ya que nadie habiacutea visto nada parecido hasta entonces Las anteriores fotografiacuteas de guerra habiacutean sido necesariamente estaacuteticas y tomadas a distancia En la Primera Guerra Mundial no tan lejana de aquella eacutepoca la caacutemara habitual era la Graflex mediana con un fuelle y placas de cuatro a cinco pulgadas Ademaacutes de resultar muy llamativa impediacutea praacutecticamente obtener fotos espontaacuteneas era muy pesada y dificultaba el margen de maniobra del fotoacutegrafo en situaciones de peligro Por el contrario la Leica de 35mm de Capa era discreta y le permitiacutea la maacutexima movilidad Con ella se lanzoacute al torbellino de la guerra como nadie antes que eacutel se habiacutea

atrevido a hacerlo

Algunos locales de la ciudad se vieron obligados a cerrar sus puertas ante la imposibilidad de lograr suministros tal y como se informoacute en la siguiente nota publicada en el boletiacuten Obreros Fotoacutegrafos en el antildeo 1938

Las dificultades insuperables de la adquisicioacuten de materiales han obligado a la Directiva a proceder al cierre de algunos talleres a los que la vida econoacutemica se les haciacutea imposible mermaacutendose por diacuteas las posibilidades y llegando a constituir un peligro de desaparicioacuten cosa que estudiada debidamente se trata de cortar con las medidas adoptadas La Directiva informaraacute ampliamente

de ello

Este problema se sumoacute a otros como la movilizacioacuten al frente de parte del personal empleado en los talleres y estudios o la censura impuesta por las autoridades responsables de Madrid Los fotoacutegrafos estuvieron controlados por las autoridades madrilentildeas ya que no podiacutean

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acudir al frente sin un pase que se obteniacutea tras la identificacioacuten de quieacutenes eran y para quieacuten trabajaban como desarrollaremos maacutes adelante En el caso de la cobertura en el frente eran trasladados y acompantildeados por un responsable de propaganda y la burla de cualquiera de estas normas suponiacutea un peligro para el fotoacutegrafo como comenta en sus memorias uno de los periodistas que cubrieron el conflicto en Madrid acerca del fotoacutegrafo londinense HY Drees

Durante diez diacuteas estuvo sin pases Y sin embargo gracias a alguacuten don excepcional - supongo que esto es lo que tienen los buenos fotoacutegrafos de prensa - siempre salioacute bien parado La noche del principal ataque aeacutereo fue su gran triunfo Estaba muy afectado por el bombardeo porque le habiacutea golpeado literalmente el soplo de la explosioacuten en una callejuela y se estaba recuperando en una cama de la Telefoacutenica cuando de repente se despertoacute agarroacute su caacutemara y subioacute a la deacutecima planta para fotografiar la ciudad en llamas Alliacute le arrestoacute un guardia Un periodista que hablaba espantildeol y habiacutea escuchado el incidente fue a ofrecer explicaciones al jefe de los guardias del edificio No soacutelo se encontroacute con que Drees ya no estaba arrestado sino que estaba tan campante en la planta trece rodeado de guardias admirativos que le miraban mientras fotografiaba la escena entera y posaban con orgullo para sus propias fotografiacuteas (COX 2005 p261-262)

Los problemas maacutes graves a los que tuvieron que enfrentarse los fotoacutegrafos en Madrid fueron los derivados de los constantes bombardeos que los aviones enemigos lanzaron sobre la ciudad puesto que como muchos de los locales dedicados a la fotografiacutea en Madrid y las residencias de los fotoacutegrafos extranjeros estaban ubicados en la zona centro corriacutean un mayor riesgo De hecho conocemos como el fotoacutegrafo Alfonso se vio obligado a abandonar durante meses su estudio de la calle Fuencarral por la constante amenazada que significaba encontrarse cercano al edificio de la Telefoacutenica el maacutes alto de Madrid y por tanto objetivo prioritario de la aviacioacuten enemiga Un ejemplo graacutefico del peligro que corrieron los locales de fotografia de la ciudad

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eS la siguiente fotografiacutea (Figura 2) en la que se puede ver el estudio de Fotos Galaacuten3 situado en la calle Alcalaacute 9 completamente derruido como consecuencia de uno de los numerosos bombardeos aeacutereos

Figura 2 - Estudio de Fotos Galaacuten derruido Fotografla Aulor nojuacutee citado

Fuente Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Otros fotoacutegrafos aquellos encargados de cubrir el frente llegaron a pagar con su vida Uno de los ejemplos maacutes conocidos es el de Gerda Taro que trabajoacute para las revistas francesas Ce Soir y Regards cubriendo el conflicto en Coacuterdoba Barcelona y Madrid entre otras ciudades En la

3 A pesar de que en el letrero del local fotograacutefico se lee claramente Totos Galaacuten en el li stado que hemos localizado en el Anuario General de Espantildea Bailly-Baillieacutere de 1936 figura el nombre de Teodoro Orozco como el correspondie nte al estudio fotograacute fi co del nuacutemero nueve de la ca lle Alcalaacute Puede deberse a dos razones un cambio de nombre tras la edicioacuten del nuacutemero del Anuario o a que con el estallido de la guerra el com iteacute de trabajadores del local sustituye ran el nombre del propietario por el de FalOS Galaacuten

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fotografiacutea que se presenta a continuacioacuten (Figura 3) Robert Capa su pareja la retratoacute resguardada del ataque de los sublevados en el Frente de Coacuterdoba en 1936

Figura 3 - Cerda Taro resguardada del alaque de los sublevados en el Frente de Coacuterdoba en 1936

Faagrafia Robert Capa Fuente Olmeda (2007)

y seraacute precisamente en el Frente de Brunete en el que el25 de jul io de 1937 a las 18 30 horas cuando la fotoacutegrafa pierda la vida a causa de un accidente fOltuitO un tanque descontrolado que intentoacute zafarse de un bombardeo enemigo se cruzoacute en la carretera invadiendo el carril en el que transitaba el camioacuten que trasladaba a varios heridos y a Gerda El golpe le hizo caer y el tanque pasoacute por encima de su cuerpo Murioacute unas horas maacutes tarde en el hospital ingleacutes de El Goloso Unos minutos antes del incidente Gerda escribioacute en su diario

Caen bombas muy cerca de nuestra posicioacuten Oiacutemos el ruido estremecedor de los bombardeos Ted se cubre la cabeza pero yo saco fotos sin parar Mantengo la sangre friacutea en medio de una escena apocaliacuteptica con aviones descendi endo en picado explosiones que agujerean la tierra y soldados que hu yen presos

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Fotoacutegrafos de guen-a la cobertura iacuteotogijiacutefica d~ la iexcliexcllIerra CiiacuteirEspantildeQla en ~fadrid (1936-1939)

del paacutenico Conservo la calma cuando un avioacuten abre fuego sobre nuestro hoyo Me quedo tumbada de espaldas y sigo disparando la Leica Se me acaban los carretes (OLMEDA 2007 p179)

Soacutelo por este motivo (a Gerda se le habiacutea acabado el material para fotografiar) decidioacute abandonar la primera liacutenea y subirse al camioacuten Esta decisioacuten a la hora de fotografiar en primera liacutenea (y que desobedeciacutea la orden expresa del general Walter miembro de las Brigadas Intemacionales) le costoacute la vida pero hasta el uacuteltimo aliento se preocupoacute por su material porque sabiacutea de la importancia de denunciar visualmente aquello que estaba ocurriendo De hecho una de las enfermeras que le atendioacute Irene Goldin afirmoacute el tanque le habiacutea abierto el estoacutemago y teniacutea heridas abdominales muy graves se le habiacutean salido todos los intestinos [ ] Lo uacutenico que dijo fue iquestestaacuten bien mis caacutemaras Son nuevas iquestEstaacuten bien (KERSHAW 2003 p181)

A pesar de las numerosas complicaciones los fotoacutegrafos continuaron con su labor orientada a tres actividades primordiales fotoperiodismo fotografiacutea oficial y otros trabajos entre los que podriacuteamos incluir los de estudio sobretodo las fotografiacuteas de carnet esenciales en una ciudad en la que todos debiacutean estar identificados

Los fotoacutegrafos

Fueron muchos los fotoacutegrafos conocidos que trabajaron en Madlid Entre los espantildeoles destacaron Manuel Albero y Francisco Segovia Marin loseacute Mariacutea Casariego Alfonso Santos Yubero Agustiacute y Llu iacutes Centelles Lluiacutes Torrents Luis Vidal Corrella los Mayo entre otros Entre los reporteros extranjeros que soliacutean alojarse en el Hotel Florida (en la plaza de Callao) o el Hotel Gran Viacutea Uunto al bar Chicote) que cubrieron el conflicto en la capital encontramos a Robert Capa Gerda Taro lean Moral David Seymour Luis Bressange Walter Reuter y otros que trabajaron para las agenciasAP Keystone View Company Planet News

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World Wide Photo Central Press y London News Agency Press por mencionar las maacutes importantes

Durante la Guerra Civil Espantildeola los fotoacutegrafos se agruparon bajo varias organizaciones sindicales dependientes de las ramas de Artes Graacuteficas la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y la Seccioacuten de Fotoacutegrafos de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola Si a la informacioacuten que se desprendede las fichas de afiliacioacuten de estos sindicatos unimos la extraiacuteda de los archivos de la Junta Delegada de Defensa de Madrid a traveacutes de las fichas laborales que la Seccioacuten Fotograacutefica elaboroacute con el fin de controlar la actividad en la capital podemos hacemos una idea del nuacutemero de fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid y una cuestioacuten maacutes interesante quieacutenes eran

Se trata de un total de 1249 fichas distribuidas de la siguiente manera 197 de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 455 fichas de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y 597 fichas de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Junta Delegada de Defensa de Madrid

De entre el total de fotoacutegrafos 113 trabajaron para perioacutedicos y revistas 37 en el frente 57 para una institucioacuten oficial 585 en un local de fotografiacutea 193 en la viacutea puacuteblica o como fotoacutegrafo al minuto y 240 eran afiliados de los que o no tenemos constancia de doacutende trabajaron o no eran fotoacutegrafos pero su trabajo estaban directamente relacionado con el mundo de la imagen A continuacioacuten presentamos una tabla con esta informacioacuten detallada por organizaciones

Perioacutedicos Institucioacuten Locales Viacutea PuacuteblicaFrente OtrosRevistas Oficial Fotograacuteficos Al Minuto

Junta Delegada 73 34 54 121 180 115JI L -lt 1 ~

26 H 2 JL middottrSociedad Obrera 315 10 101J~ I shy

Federacioacuten Graacutefica 14 lt 1f 2 lf 149 r 3 -

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Tabla 1 - Fotograacutefos e otros relacionados con el mundo de laf grafia que trabajaron en la guerra

Ante estos datos debemos hacer dos aclaraciones en primer lugar estos registros no soacutelo se refieren exclusivamente a fotoacutegrafos sino a todos aquellos que estuvieron relacionados con el mundo de la fotografiacutea (incluidos reveladores ayudantes aprendices encargados de tienda etc) y en segundo lugar que alguno de los nombres se encuentra en varias de estas organizaciones 14 obtuvieron fichas de ingreso de la Junta Delegada de Defensa de Madrid la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares 4 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 22 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y 120 obtuvieron ficha de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y la Sociedad de Obreros Fotoacutegrafos

La fuente maacutes interesante de trabajo la encontramos en las fichas de la Junta Delegada de Defensa de Madrid puesto que controloacute exhaustivamente a los fotoacutegrafos a traveacutes del trabajo de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa dirigida por Joseacute Carrentildeo Espantildea De hecho se anularon los permisos concedidos con anterioridad y se obligoacute a solicitar unos nuevos ahora controlados por la Junta tal y como se publicoacute en su Boletiacuten Oficial en diciembre de 1936

Para poder obtener fotografiacuteas tanto de la ciudad como de sus frentes de guerra a que se extiende mi autoridad de Comandante de la plaza seraacute preciso proveerse de licencia concedida por el Delegado de Propaganda y Prensa de esta Junta que necesariamente habraacute estar firmada por el mismo

A continuacioacuten presentamos la ficha de Gerda Taro (Figura 4) sellada el 25 de enero de 1937 en la que se incluyen datos como su nombre completo (Gerta Pohorylle) su domicilio en Pariacutes (50 Rue Vavin) el lugar y fecha de nacimiento (Stuttgart 01081910) la empresa para la que trabajaba (Le Soir Paris) el domicilio oficial en Madrid (Alianza de Intelectuales) y el partido poliacutetico al que perteneciacutea (AEAR) La ficha iba acompantildeada de una fotografiacutea de carnet entregada por la interesada (Figura 5)

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JUNTA OELEGADA DE DEfENSA DE MADRID Secretaria de Propagandamiddot Seccioacuten Fotooraacutefical FILlAcrOacuteN DEL FOTOacuteGRAfO -7-rt

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Figura 4 - La ficha de Gerda Taro Fuene AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

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Figura 5 - Fotografla de Gerda Taro Fotografia Autor nojuacutee citado

Fuente AHNSeccioacuten Salamanca pis Madrid

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Fotoacutegrafos de guerra la co_bertllra fotoiexcl(rJJICil aiexcliexcliexcliexcluiexcllIctra Ct1T]spantildeola en Madrid (1936-19l9) 149

Para poder trabajar libremente esta identificacioacuten debiacutea ir acompantildeada de una autorizacioacuten expedida por los jefes militares del sector correspondiente tal y como se detalla en la siguiente autorizacioacuten (Figura 6) sellada por la Junta Delegada de Defensa de Madrid y la 40 Brigada Mixta del Estado Mayor de la Repuacuteblica Espantildeola (que estaacute firmada por el General Miaja el 17 de febrero de 1937) a Alfonso Saacutenchez Portela conocido como Alfonso concedieacutendole permiso para trabajar en el frente o la siguiente (Figura 7) sellada ellO de marzo de 1939 (unos diacuteas antes de finalizar la guerra) en la que el Director General de Seguridad le autorizaba a obtener informacioacuten graacutefica en el interior de la capital

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Figura 6 - Autorizacioacuten expedida para poder trabajar libremente Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

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Figura 7 - Autorizacioacuten expedida para Alfonso Saacutenchez Porlea diacuteas antes dejinalizar la guerra

Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

Si tras la entrada en vigor de la disposicioacuten de obligatoriedad de identificacioacuten se sorprendiacutea a un fotoacutegrafo sin permiso o empleando una caacutemara que no hubiera obtenido la licencia adecuada eacuteste era considerado un desafecto a la causa republicana y debiacutea ser juzgado por tal causa por el fuero militar

En el caso del reportero graacutefico eacuteste debiacutea proveerse de una chapa metaacutelica numerada que le identificara como tal (tras previo aval de la Direccioacuten de la agrupacioacuten Unioacutende Informadores Graacuteficos de Prensa) y asiacute tener acceso libre a los espacios de la ciudad ademaacutes de una tarjeta identificativa autorizada por el Delegado y el Secretario General de Prensa

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Una vez que los fotoacutegrafos haciacutea su trabajo el control se extendiacutea a la seccioacuten graacutefica de las revistas y perioacutedicos sometida a un total control por parte de las autoridades tal y como se extrae de la sifruiente disposicioacuten publicada en el Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid en enero de 1937

A partir de las doce de la noche del diacutea 30 de diciembre de 1936 queda terminantemente prohibida la publicacioacuten en Madrid de perioacutedicos diarios revistas boletines tanto de empresas como de organizaciones poliacuteticas sindicales y de milicias dibujos litografiacuteas y demaacutes med ios graacuteficos mencionados en el artiacuteculo segundo de la Ley de Imprenta con excepcioacuten de libros si que previamente hayan sido autori zados por la censura de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa de esta Junta De toda publicacioacuten graacutefica sometida a censura se presentaraacuten tres ejemplares uno que se devolveraacute sellado cuando se autorice para que salga a la luz y dos que se conservaraacuten en la referida Delegacioacuten para constituir el Archivo de la revolucioacuten que en su diacutea seraacute depositado donde disponga el Gobierno legiacutetimo de la Repuacuteblica 4

Como ya hemos comentado la fotografiacutea es el mejor soporte para mostrar aquello que se quiere mostrar por lo que las autoridades responsables de la defensa de Madrid la utilizaron como medio propagandiacutestico de ahiacute el feacuterreo control de fotoacutegrafos y medios de comunicacioacuten Por eso resulta interesante hablar no soacutelo de lo que se retrata sino tambieacuten de lo que se oculta Pondremos un ejemplo a traveacutes de lo visual que nos serviraacute para ilustra nuestra hipoacutetesis las fotografiacuteas tomadas a milicianos y soldados defensores de la capital en momentos de asueto Si analizamos la produccioacuten fotograacutefica de este asunto que se conserva en el Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola de la Biblioteca Nacional observamos que la imagen gira en tomo a dos ejes de representacioacuten la alimentacioacuten y la formacioacuten

bull Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid Antildeo 2 n2 1 dc enero de 1937 Tomo 1 p7)

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cultural de los combatientes No parece casual que la mayoriacutea de las imaacutegenes del descanso de los soldados de Madrid que se conservan en el fondo que trabajamos coincidan en tema con las maacutexi mas preocupaciones del gobierno republicano los problemas de alimentacioacuten y abastecimiento de las tropas defensoras y la educacioacuten como medio de luchar contra el fascismo Esto se puede ver claramente en la siguiente imagen (Figura 8) un trabajo de la casa de fotografiacutea Albero y Segovia en la que un grupo de 7 milicianos alguno de ellos armado que estaacuten en un espacio cerrado rodean una mesa en la que se disponen copiosamente viacuteveres Si atendemos a la expresioacuten corporal podemos intuir que los siete observadores intemos mantienen claramente una pose ante la caacutemara del fotoacutegrafo Por ejemplo el hombre que cierra la escena a la derecha sostiene con cierta dificultad y de manera muy artificial en su mano izquierda unas cajetillas de tabaco y un paquete sin soltar el arma (que no estaacute colgada) de tal modo que la mano derecha le impide ayudarse con la carga La intencioacuten parece clara este personaje debe ser fotografiado con los viacuteveres en su mano pero sin soltar su arma que debe formar parte del cuadro

Figura 8 - Grupo de 7 milicianos rodean una mesa Fotografia Autor nofuacutee citado Casa de fOlografia Albero y Segovia

Fue11le Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

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Lo que recuperamos en el reverso de la imagen tambieacuten nos ayuda a descubrir la connotacioacuten de la fotografia

El fin del antildeo 36 de los milicianos de la intendencia reciben cajetillas chocolates vinos y licores conservas hasta jamones abundante ropa y tambieacuten cantidades en metaacute lico Asiacute cuida la Repuacuteblica a sus bravos luchadores

Como hemos comentado tan importante resulta lo que se ve como lo que se oculta Pongamos otro ejemplo A pesar de las numerosas fotografiacuteas que muestran los momentos de asueto de los defensores del Madrid del iexclNo pasaraacuten no existe ninguna en la que se retrate a los soldados realizando actividades luacutedicas como jugar a las cartas algo que resulta sorprendente si tenemos en cuenta que seguacuten el testimonio de alguno de los supervivientes era algo habitual hasta el punto de convertirse en la uacutenica manera de matar el tiempo Por el contrario siacute encontramos testimonio graacutefico de la praacutectica de este tipo de juegos entre las fotografias (en un nuacutemero muy inferior si las comparamos con la produccioacuten fotograacutefica de los antifascistas) del bando sublevado como aquellas que retratan eljuego de un grupo de soldados del Ejeacutercito de Marruecos en un rato de juego en la Ciudad Universitaria el19 de mayo de 1938 tal y como se indica en el reverso de la imagen sellada por la Seccioacuten Teacutecnica del Ministerio del Interior (Figura 9)

El porqueacute de la inexistencia de alguna huella visual de ese momento de ocio entre los soldados republicanos podriacutea explicarse como algo meramente casual de no ser porque conocemos a traveacutes de la prensa que el gobierno republicano consideroacute el juego como una actividad impropia en el frente hasta tal punto que este tema se convirtioacute en el protagonista de la tira coacutemica Hay que evitar ser tan bruto como el soldado Canuto publicada en La Voz del combatiente Esta seccioacuten se encargaba de recordar al soldado antifascista a traveacutes del personaje de Canuto como no debla comportarse El diacutea cinco de abril de 1937 bajo el tiacutetulo El peor de

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los vicios es eljuego la tira estaacute dedicada a advertir a los soldados de lo negativo del juego Canuto retorna al frente y sigue tan imprudente Pues a su sector llegado una baraja ha sacado Logra formar enseguida una importante partida Se juega con gran fruic ioacuten hasta la respiracioacuten A Canuto le han ganado y encima quedoacute entrampado

Figura 9 - Juego de un grupo de soLdados deL Ejeacutercito de Marruecos Fotografia Autor nofue citado Seccioacuten Teacutecnica deL Ministerio deL Interior

Fuente Biblioteca NacionaL Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Tambieacuten en el Manual del Miliciano que la Editorial Labor publica en 1937 en el apartado dedicado a la Moral del Miliciano se advierte de la necesidad de controlar a aquellos que se dejan llevar por los impulsos

Nada maacutes nefasto en cambio que la conducta de quienes a riacuteo revuelto pretenden convertir la guerra en tolvanera de sus apetitos El arte y la literatura han marcado con fuego la injuria de aquellos seres indignos qu~ al margen de la lucha y casi siempre a cubierto de sus riesgos caen sin piedad sobre vidas y haciendas sin otro moacutevil que el de saciar sus ansias de destruccioacuten o de rapintildea Son eacutestos elementos indeseables cuya eliminacioacuten del cuerpo social soacutelo puede reportar grandes

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beneficios no ya porque manchan la revo luc ioacuten con sus actos reprobables sino porque alumbran en el alma de los indiferentes la idea de que la razoacuten - tan clara - no estaacute de nuestra parte

Se podriacutea pensar que las dificultades por las que atravesaba la retaguardia madrilentildea con el fin de suministrar lo necesario en la vanguardia haciacutean inconveniente mostrar una imagen tan friacutevola de los defensores de la ciudad y por tanto se podriacutea haber evitado retratar esa situacioacuten Parece que el juego y las apuestas no eran del gusto de un ejeacutercito que primaba la formacioacuten sobre la diversioacuten

En otras ocasiones y como resultado de ese control el fotoacutegrafo teniacutea que enfrentarse a la recreacioacuten de escenas beacutelicas que debiacutean ser fotografiadas como si se tratara de una real Son muchos los testimonios de reporteros que afirmaron la escenificacioacuten de determinadas acciones ante la caacutemara con fines propagandiacutesticos pero no soacutelo en la zona republicana sino tambieacuten en la sublevada tal y como afirma el periodista britaacutenico DDowd Gallagher a quien Robert Capa confesoacute

En Espantildea empeceacute por Hendaya en Francia en la frontera espantildeola proacutexima a San Sebastiaacuten La mayoriacutea de los reporteros y fotoacutegrafos nos hospedaacutebamos en un pequentildeo hotel destartalado Nos introdujimos en la Espantildea de Franco a traveacutes del riacuteo Iruacuten una vez que nos dieron penniso los oficiales de prensa de Franco en Burgos En una ocasioacuten soacutelo invitaron a los fotoacutegrafos [ ] y Capa me lo contoacute Les simularon escenas de batalla Las tropas de Franco vestiacutean de uniforme y estaban armadas y simulaban situaciones de ataque y de defensa Utilizaron bombas de humo para ambientar la escena (LEWINSKY 1978 p88)

De este modo el control ejercido por las autoridades poliacuteticas sindicales y militares tanto del frente como de la retaguardia fue uno de los caballos de batalla de los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid Sin embargo el manejo del lenguaje visual (complejo por definicioacuten) de eacutestos haciacutea posible establecer miradas diferentes en las imaacutegenes que eran tomadas por los que hemos denominado fotoacutegrafos oficiales y fotoacutegrafos oficiosos

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Los fotoacutegrafos oficiales y oficiosos en un ejemplo concreto el retrato de mujeres

Para cerrar esta breve reflexioacuten acerca del papel desarrollado por los fotoacutegrafos que cubrieron la Guerra Civil Espantildeola en Madrid debemos hacer una diferenciacioacuten que marca las dos maneras de mirar que se plasman a traveacutes de las fotografiacuteas Para entender de queacute hablamos cuando hacemos una distincioacuten entre fotoacutegrafos oficiales y oficiosos pondremos un ejemplo visual

Figura JO - Mujer abatida sobre los restos de su casa de Teuaacute de las ViclOrias Fotografza Autor nojIacutete citadoServicio de Propaganda del Servicio Fgraacutefico

dell1inisterio de EXleriores Fuente Biblioteca NacionalFondo FOlOgraacutefico de la Guerra Civil Madrid

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Fotoacutegrafos de guerra la cobertunI iacuteotogiiexclififad~ Iiexcll GueriexcliexcltCiexcl1EspaIIacuteola (1 Mwrjd 51 WJmiddot19~9)

Figura J J - l1ujeres inen tan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacuteiles en su nueva residencia

Faagrafia AUlOr no jite citado Casa barcelonesa de P Luis Torrents Fuente Biblioeca NacionalFondo FOlograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Se trata de dos fotografiacuteas rescatadas del Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola que se conserva en la Biblioteca Nacional (Madrid) en las que se retratan mujeres regresando a sus hogares tras el estallido de una bomba lanzada por la aviacioacuten enemiga Las dos imaacutegenes representan una misma accioacuten sin embargo el enfoque es diferente Mientras en la figura 10 (sellada por el Servicio de Propaganda del Servicio Fotograacutefico del Ministerio de Exteriores) se muestra una mujer abatida sobre los restos de su casa de Tetuaacuten de las Victorias la figura 11 (sellada por la casa barcelonesa de P Luis Torrents) muestra una actitud diferente ante ese mismo hecho En esta imagen las mujeres no se sientan a contemplar el resultado de los proyectiles lanzados por la aviacioacuten facciosa sino que intentan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacutetiles en su nueva residencia Por tanto la primera fotografia corresponde a la imagen pasiva de la mujer tradicional y La segunda a la verdadera imagen de la mujer de Madrid aquella que luchoacute de manera activa contra el fascismo en la retaguardia madrilentildea hacieacutendose responsable del sustento material y moral de su familia

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La totalidad de fotografias que retratan a la mujer de costumbres madrilentildea (es decir aquella que se encargoacute de cuidar de su familia) y que estaacuten selladas por los fotoacutegrafos oficiales (entendiendo por oficial aquel que trabaja para una institucioacuten puacuteblica ya sea poliacutetica o sindical)

responde al prototipo de mujer pasiva viacutectima de lo que OCUlTe mientras

que las fotografiacuteas tomadas por los fotoacutegrafos oficiosos (los que

trabajaron para las distintas casas de fotografiacutea de Madrid y de otras

localidades y los reporteros de guelTa) muestran la imagen de una mujer

combativa que lucha contra la sublevacioacuten desde la retaguardia

El motivo parece estar claro la imagen de la mujer de costumbres

abatida que se mostraba en carteles documentales y fotografias tomadas

por las autoridades antifascistas resultaba maacutes exportable para mostrar

al mundo las siniestras consecuencias de una sublevacioacuten militar que la

imagen de una mujer que intentoacute acomodarse a las exigencias impuestas por el estallido del conflicto

Consideraciones finales

Como dijo Pierre Bourdieu al hablar de las cinco satisfacciones que

aporta la fotografiacutea (la proteccioacuten contra el paso del tiempo la

comunicacioacuten con los demaacutes y la expresioacuten de sentimientos las

realizaciones de uno mismo el prestigio social la distraccioacuten y la evasioacuten)

[ ] la fotografia tendriacutea como funcioacuten ayudar a sobrellevar la angustia suscitada por el paso del tiempo ya sea proporcionando un sustituto maacutegico de lo que aqueacutel se ha llevado ya sea supliendo las fallas de la memoria y sirviendo de punto de apoyo a la evocacioacuten de recuerdos asociados en suma produciendo el sentimiento de vencer al tiempo y su poder de destruccioacuten (BOURDIEU 2003 p52)

Gracias al trabajo realizado por los fotoacutegrafos que cubrieron el

conflicto en la ciudad de Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de

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abril de 1939 hemos podido recuperar la memoria (jiexcll acontecimiento

maacutes negro de la historia reciente de Espantildea a traveacutes del soporte visual

El trabajo que los corresponsales y fotoacutegrafos realizaron al estallar la guerra se ajustoacute al ritmo impuesto por la contienda por lo que tuvieron que enfrentarse a cuatro problemas baacutesicos que condicionaron su trabajo

la falta de suministros la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente los peligros derivados del fuego cruzado y de los continuos bombardeos sobre el frente y la retaguardia y el control y la censura impuesta por las autoridades Este uacuteltimo condicionante fue determinante en tanto que

los servicios de propaganda controlaron el laboro de los fotoacutegrafos y el resultado que era publicado en revistas y perioacutedicos de la Espantildea republicana de ahiacute que podamos hablar de dos tipos de fotografias que reflejan dos miradas diferentes sobre la realidad las tomadas por fotoacutegrafos que trabajaron para una institucioacuten poliacutetica y sindical (los fotoacutegrafos oficiales) y los retratos realizados por fotoacutegrafos que lo hicieron para un local de fotografia o para medios extranjeros (los fotoacutegrafos oficiosos) Por otro lado y debido a este feacuterreo control resulta muy interesante para los estudiosos que trabajan la imagen como medio para acercarse al pasado observar tanto lo que se retrata como lo que se silencia visualmente ya que marca el discurso oficial que se impuso durante los tres antildeos de contienda Para ilustrar nuestra hipoacutetesis de trabajo hemos empleado varios ejemplos visuales

Bibliografia

BOURDIEU Pierre Un arte intermedio ensayo sobre los usos

sociales de la fotografia Barcelona Gustavo Giliacute 2003

COx Geoffrey La defensa de Madrid Madrid Oberon 2005

KERSHAW Alex Sangre y champaacuten la vida y la (poca de Robert

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LEWINSKY Jorge The camera at war a history ofworld photography from 1848 to present day Nueva York Simon amp Schuster 1978

LOacutePEZ MONDEacuteJAR Publio Alfonso cincuenta antildeos de Historia de Espantildea Madrid Editorial Lunwerg 2004

MANUAL del Miliciano [Sl] Editorial Labor 1937

NUESTRA propaganda en las filas facciosas La voz del combatiente Madrid 23 mar 1937 p5

OLMEDA Fernando Gerda Tardo fotoacutegrafa de guerra el peliodismo como testigo de la historia Madrid Debate 2007

WHELAN Richard Capa cara a cara fotografias de Robert Capa sobre la Guerra Civil Espantildeola Madrid MNCARS 1999

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Ultima Hora em cena amodernidade fotograacutefica

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Silvana Louzada

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atrlziacutele las tleras

Graacuteficas Al margen de esta informacioacuten contamos con las actas de intervencioacuten de algunos locales fotograacuteficos de la ciudad en concreto veintiuna De entre el total cuatro actas pelienecen a la intervencioacuten de locales que no aparecen en el este listado y si a esto le sumamos la informacioacuten de distinto tipo que hemos localizado en los archivos sobre la actividad fotograacutefica de Madrid podemos concluir que son sesenta y seis los locales dedicados a esta actividad durante la contienda al margen de la desan-ollada en los perioacutedicos revistas y de manera ambulante

Estas actas de intervencioacuten siguieron un modelo estaacutendar elaborado por el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Organizaciones Graacuteficas pelieneciente a la Unioacuten General de Trabajadores En el documento constaba el nombre del taller o local intervenido el domicilio y la fecha de la firma Ademaacutes debiacutea estar sellado por la empresa intervenida el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Artes Graacuteficas y por la Seccioacuten de Fotografia de dicho comiteacute El texto del acta de incautacioacuten era el siguiente

Con fecha de hoy el Comiteacute de Intervencioacuten e Incautacioacuten de las Organizaciones Graacuteficas pertenecientes a la Unioacuten General de Trabajadores de acuerdo con el personal de las distintas secciones de los talleres de con domicilio en decidimos la intervencioacuten y control como garantiacutea del cumplimiento de las obligaciones que esta Empresa tiene convenidas con estas Organizaciones y en virtud de los que dispone la legislacioacuten social y la Carta Constitucional Espantildeola

A continuacioacuten presentamos el acta de incautacioacuten de Fotografiacutea Amer estudio que se ubicaba en la calle Montera en pleno centro de Madrid y que se produjo el21 de octubre de 1936 (Figura 1)

Seguacuten las actas de incautacioacuten e intervencioacuten conservadas la mayoriacutea de los procesos se llevaron a cabo durante los meses de septiembre y octubre de 1936 de tal modo que tres de lbs cuarenta y un locales de fotografiacutea existentes en Madrid sufrieron este proceso en el mes de agosto trece en el mes de septiembre veintidoacutes en el mes de octubre uno en el mes de noviembre y dos en el mes de enero de 1937

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Figura 1 shy El acta de incautacioacuten de Fotografia Amer Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

A pesar de la complejidad del proceso el resultado de las intervenciones e incautaciones de los locales fotograacuteficos de Madrid fueron desde el punto de vista econoacutemico un eacutexito sobretodo en el caso concreto de las intervenciones que pelmitieron un superavit en los balances econoacutemicos totales tal y como se afinnoacute en el boletiacuten de Obreros

Fotoacutegrafos del mes de marzo de 1938

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En la parte de intervencioacuten hemos podido observar que la guerra que se inicioacute en los primeros momentos anuncios de despido reduccioacuten de plantilla etc no era sino una arma con la que se queriacutea ay udar al fascismo Los nuacutemeros que no mienten demuestran cuales eran los beneficios que la clase patronal veniacutean

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obteniendo de la industria Este beneficio - por primera vez los obreros fotoacutegrafos tienen conocimiento de eacutel- es el producto del esfuerzo de los trabajadores Ved si tiene importancia la labor a desarrollar en el control de la industria

El trabajo de los fotoacutegrafos

El laboro de los fotoacutegrafos se vio afectado por el ritmo de la contienda sobretodo a partir del mes de noviembre de 1936 cuando Madrid se convirtioacute en una ciudad asediada Fueron cuatro los problemas a los que se enfrentaron los profesionales

-la falta de suministros - el control y la censura de las autoridades -la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente -los peligros derivados de la guerra La falta de suministros surgioacute con el corte de comunicaciones

por carretera de Madrid con otras ciudades republicanas debido a que las tropas sublevadas rodearon la ciudad cuatro meses despueacutes del alzamiento militar De este modo se impidioacute la llegada de viacuteveres incluido el material baacutesico para trabajar por lo que muchos fotoacutegrafos se vieron obligados a adaptarse a estas limitaciones (LOacutePEZ MONDEacuteJAR 2004)

La ausencia de negativos de paso universal llevoacute a muchos de ellos - a los fotoacutegrafos - a recuperar sus caacutemaras de placas y a utilizar restos de peliacuteculas de los noticieros cinematograacuteficos El propio Alfonso debioacute recurrir a sus viejas caacutemaras estereoscoacutepicas para realizar un reportaje encargado por el Ayuntamiento sobre los estragos producidos por los bombardeos en las calles de Madrid

y esto que afectoacute maacutes a los fotoacutegrafos espantildeoles que a los 1 1

extranjeros a los que les enviaban el material por correo o lo recogiacutean cuando haciacutean viajes a sus paiacuteses supuso un handicap debido a que los equipamientos modernos (como las caacutemaras Ermanox y Rolleijlex

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y las peliacuteculas maacutes sensibles) facilitaron la toma (desde puntos de vista hasta ese momento desconocidos) Y permitiacutean captar escenas sin flash ni triacutepode que permitiacutean que se sustituyeran las tomas estaacuteticas y posadas por la naturalidad de la accioacuten De hecho fotografiacuteas como la del miliciano en Cerro Muriano de Robert Capa hubiera sido impensable si el fotoacutegrafo no hubiera contado con la tecnologiacutea apropiada tal y como afirma su bioacutegrafo Whelan (1999 p32)

[ ] los lectores quedaron impactados ya que nadie habiacutea visto nada parecido hasta entonces Las anteriores fotografiacuteas de guerra habiacutean sido necesariamente estaacuteticas y tomadas a distancia En la Primera Guerra Mundial no tan lejana de aquella eacutepoca la caacutemara habitual era la Graflex mediana con un fuelle y placas de cuatro a cinco pulgadas Ademaacutes de resultar muy llamativa impediacutea praacutecticamente obtener fotos espontaacuteneas era muy pesada y dificultaba el margen de maniobra del fotoacutegrafo en situaciones de peligro Por el contrario la Leica de 35mm de Capa era discreta y le permitiacutea la maacutexima movilidad Con ella se lanzoacute al torbellino de la guerra como nadie antes que eacutel se habiacutea

atrevido a hacerlo

Algunos locales de la ciudad se vieron obligados a cerrar sus puertas ante la imposibilidad de lograr suministros tal y como se informoacute en la siguiente nota publicada en el boletiacuten Obreros Fotoacutegrafos en el antildeo 1938

Las dificultades insuperables de la adquisicioacuten de materiales han obligado a la Directiva a proceder al cierre de algunos talleres a los que la vida econoacutemica se les haciacutea imposible mermaacutendose por diacuteas las posibilidades y llegando a constituir un peligro de desaparicioacuten cosa que estudiada debidamente se trata de cortar con las medidas adoptadas La Directiva informaraacute ampliamente

de ello

Este problema se sumoacute a otros como la movilizacioacuten al frente de parte del personal empleado en los talleres y estudios o la censura impuesta por las autoridades responsables de Madrid Los fotoacutegrafos estuvieron controlados por las autoridades madrilentildeas ya que no podiacutean

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acudir al frente sin un pase que se obteniacutea tras la identificacioacuten de quieacutenes eran y para quieacuten trabajaban como desarrollaremos maacutes adelante En el caso de la cobertura en el frente eran trasladados y acompantildeados por un responsable de propaganda y la burla de cualquiera de estas normas suponiacutea un peligro para el fotoacutegrafo como comenta en sus memorias uno de los periodistas que cubrieron el conflicto en Madrid acerca del fotoacutegrafo londinense HY Drees

Durante diez diacuteas estuvo sin pases Y sin embargo gracias a alguacuten don excepcional - supongo que esto es lo que tienen los buenos fotoacutegrafos de prensa - siempre salioacute bien parado La noche del principal ataque aeacutereo fue su gran triunfo Estaba muy afectado por el bombardeo porque le habiacutea golpeado literalmente el soplo de la explosioacuten en una callejuela y se estaba recuperando en una cama de la Telefoacutenica cuando de repente se despertoacute agarroacute su caacutemara y subioacute a la deacutecima planta para fotografiar la ciudad en llamas Alliacute le arrestoacute un guardia Un periodista que hablaba espantildeol y habiacutea escuchado el incidente fue a ofrecer explicaciones al jefe de los guardias del edificio No soacutelo se encontroacute con que Drees ya no estaba arrestado sino que estaba tan campante en la planta trece rodeado de guardias admirativos que le miraban mientras fotografiaba la escena entera y posaban con orgullo para sus propias fotografiacuteas (COX 2005 p261-262)

Los problemas maacutes graves a los que tuvieron que enfrentarse los fotoacutegrafos en Madrid fueron los derivados de los constantes bombardeos que los aviones enemigos lanzaron sobre la ciudad puesto que como muchos de los locales dedicados a la fotografiacutea en Madrid y las residencias de los fotoacutegrafos extranjeros estaban ubicados en la zona centro corriacutean un mayor riesgo De hecho conocemos como el fotoacutegrafo Alfonso se vio obligado a abandonar durante meses su estudio de la calle Fuencarral por la constante amenazada que significaba encontrarse cercano al edificio de la Telefoacutenica el maacutes alto de Madrid y por tanto objetivo prioritario de la aviacioacuten enemiga Un ejemplo graacutefico del peligro que corrieron los locales de fotografia de la ciudad

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eS la siguiente fotografiacutea (Figura 2) en la que se puede ver el estudio de Fotos Galaacuten3 situado en la calle Alcalaacute 9 completamente derruido como consecuencia de uno de los numerosos bombardeos aeacutereos

Figura 2 - Estudio de Fotos Galaacuten derruido Fotografla Aulor nojuacutee citado

Fuente Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Otros fotoacutegrafos aquellos encargados de cubrir el frente llegaron a pagar con su vida Uno de los ejemplos maacutes conocidos es el de Gerda Taro que trabajoacute para las revistas francesas Ce Soir y Regards cubriendo el conflicto en Coacuterdoba Barcelona y Madrid entre otras ciudades En la

3 A pesar de que en el letrero del local fotograacutefico se lee claramente Totos Galaacuten en el li stado que hemos localizado en el Anuario General de Espantildea Bailly-Baillieacutere de 1936 figura el nombre de Teodoro Orozco como el correspondie nte al estudio fotograacute fi co del nuacutemero nueve de la ca lle Alcalaacute Puede deberse a dos razones un cambio de nombre tras la edicioacuten del nuacutemero del Anuario o a que con el estallido de la guerra el com iteacute de trabajadores del local sustituye ran el nombre del propietario por el de FalOS Galaacuten

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fotografiacutea que se presenta a continuacioacuten (Figura 3) Robert Capa su pareja la retratoacute resguardada del ataque de los sublevados en el Frente de Coacuterdoba en 1936

Figura 3 - Cerda Taro resguardada del alaque de los sublevados en el Frente de Coacuterdoba en 1936

Faagrafia Robert Capa Fuente Olmeda (2007)

y seraacute precisamente en el Frente de Brunete en el que el25 de jul io de 1937 a las 18 30 horas cuando la fotoacutegrafa pierda la vida a causa de un accidente fOltuitO un tanque descontrolado que intentoacute zafarse de un bombardeo enemigo se cruzoacute en la carretera invadiendo el carril en el que transitaba el camioacuten que trasladaba a varios heridos y a Gerda El golpe le hizo caer y el tanque pasoacute por encima de su cuerpo Murioacute unas horas maacutes tarde en el hospital ingleacutes de El Goloso Unos minutos antes del incidente Gerda escribioacute en su diario

Caen bombas muy cerca de nuestra posicioacuten Oiacutemos el ruido estremecedor de los bombardeos Ted se cubre la cabeza pero yo saco fotos sin parar Mantengo la sangre friacutea en medio de una escena apocaliacuteptica con aviones descendi endo en picado explosiones que agujerean la tierra y soldados que hu yen presos

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Fotoacutegrafos de guen-a la cobertura iacuteotogijiacutefica d~ la iexcliexcllIerra CiiacuteirEspantildeQla en ~fadrid (1936-1939)

del paacutenico Conservo la calma cuando un avioacuten abre fuego sobre nuestro hoyo Me quedo tumbada de espaldas y sigo disparando la Leica Se me acaban los carretes (OLMEDA 2007 p179)

Soacutelo por este motivo (a Gerda se le habiacutea acabado el material para fotografiar) decidioacute abandonar la primera liacutenea y subirse al camioacuten Esta decisioacuten a la hora de fotografiar en primera liacutenea (y que desobedeciacutea la orden expresa del general Walter miembro de las Brigadas Intemacionales) le costoacute la vida pero hasta el uacuteltimo aliento se preocupoacute por su material porque sabiacutea de la importancia de denunciar visualmente aquello que estaba ocurriendo De hecho una de las enfermeras que le atendioacute Irene Goldin afirmoacute el tanque le habiacutea abierto el estoacutemago y teniacutea heridas abdominales muy graves se le habiacutean salido todos los intestinos [ ] Lo uacutenico que dijo fue iquestestaacuten bien mis caacutemaras Son nuevas iquestEstaacuten bien (KERSHAW 2003 p181)

A pesar de las numerosas complicaciones los fotoacutegrafos continuaron con su labor orientada a tres actividades primordiales fotoperiodismo fotografiacutea oficial y otros trabajos entre los que podriacuteamos incluir los de estudio sobretodo las fotografiacuteas de carnet esenciales en una ciudad en la que todos debiacutean estar identificados

Los fotoacutegrafos

Fueron muchos los fotoacutegrafos conocidos que trabajaron en Madlid Entre los espantildeoles destacaron Manuel Albero y Francisco Segovia Marin loseacute Mariacutea Casariego Alfonso Santos Yubero Agustiacute y Llu iacutes Centelles Lluiacutes Torrents Luis Vidal Corrella los Mayo entre otros Entre los reporteros extranjeros que soliacutean alojarse en el Hotel Florida (en la plaza de Callao) o el Hotel Gran Viacutea Uunto al bar Chicote) que cubrieron el conflicto en la capital encontramos a Robert Capa Gerda Taro lean Moral David Seymour Luis Bressange Walter Reuter y otros que trabajaron para las agenciasAP Keystone View Company Planet News

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World Wide Photo Central Press y London News Agency Press por mencionar las maacutes importantes

Durante la Guerra Civil Espantildeola los fotoacutegrafos se agruparon bajo varias organizaciones sindicales dependientes de las ramas de Artes Graacuteficas la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y la Seccioacuten de Fotoacutegrafos de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola Si a la informacioacuten que se desprendede las fichas de afiliacioacuten de estos sindicatos unimos la extraiacuteda de los archivos de la Junta Delegada de Defensa de Madrid a traveacutes de las fichas laborales que la Seccioacuten Fotograacutefica elaboroacute con el fin de controlar la actividad en la capital podemos hacemos una idea del nuacutemero de fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid y una cuestioacuten maacutes interesante quieacutenes eran

Se trata de un total de 1249 fichas distribuidas de la siguiente manera 197 de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 455 fichas de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y 597 fichas de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Junta Delegada de Defensa de Madrid

De entre el total de fotoacutegrafos 113 trabajaron para perioacutedicos y revistas 37 en el frente 57 para una institucioacuten oficial 585 en un local de fotografiacutea 193 en la viacutea puacuteblica o como fotoacutegrafo al minuto y 240 eran afiliados de los que o no tenemos constancia de doacutende trabajaron o no eran fotoacutegrafos pero su trabajo estaban directamente relacionado con el mundo de la imagen A continuacioacuten presentamos una tabla con esta informacioacuten detallada por organizaciones

Perioacutedicos Institucioacuten Locales Viacutea PuacuteblicaFrente OtrosRevistas Oficial Fotograacuteficos Al Minuto

Junta Delegada 73 34 54 121 180 115JI L -lt 1 ~

26 H 2 JL middottrSociedad Obrera 315 10 101J~ I shy

Federacioacuten Graacutefica 14 lt 1f 2 lf 149 r 3 -

24

Tabla 1 - Fotograacutefos e otros relacionados con el mundo de laf grafia que trabajaron en la guerra

Ante estos datos debemos hacer dos aclaraciones en primer lugar estos registros no soacutelo se refieren exclusivamente a fotoacutegrafos sino a todos aquellos que estuvieron relacionados con el mundo de la fotografiacutea (incluidos reveladores ayudantes aprendices encargados de tienda etc) y en segundo lugar que alguno de los nombres se encuentra en varias de estas organizaciones 14 obtuvieron fichas de ingreso de la Junta Delegada de Defensa de Madrid la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares 4 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 22 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y 120 obtuvieron ficha de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y la Sociedad de Obreros Fotoacutegrafos

La fuente maacutes interesante de trabajo la encontramos en las fichas de la Junta Delegada de Defensa de Madrid puesto que controloacute exhaustivamente a los fotoacutegrafos a traveacutes del trabajo de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa dirigida por Joseacute Carrentildeo Espantildea De hecho se anularon los permisos concedidos con anterioridad y se obligoacute a solicitar unos nuevos ahora controlados por la Junta tal y como se publicoacute en su Boletiacuten Oficial en diciembre de 1936

Para poder obtener fotografiacuteas tanto de la ciudad como de sus frentes de guerra a que se extiende mi autoridad de Comandante de la plaza seraacute preciso proveerse de licencia concedida por el Delegado de Propaganda y Prensa de esta Junta que necesariamente habraacute estar firmada por el mismo

A continuacioacuten presentamos la ficha de Gerda Taro (Figura 4) sellada el 25 de enero de 1937 en la que se incluyen datos como su nombre completo (Gerta Pohorylle) su domicilio en Pariacutes (50 Rue Vavin) el lugar y fecha de nacimiento (Stuttgart 01081910) la empresa para la que trabajaba (Le Soir Paris) el domicilio oficial en Madrid (Alianza de Intelectuales) y el partido poliacutetico al que perteneciacutea (AEAR) La ficha iba acompantildeada de una fotografiacutea de carnet entregada por la interesada (Figura 5)

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JUNTA OELEGADA DE DEfENSA DE MADRID Secretaria de Propagandamiddot Seccioacuten Fotooraacutefical FILlAcrOacuteN DEL FOTOacuteGRAfO -7-rt

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Figura 4 - La ficha de Gerda Taro Fuene AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

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Figura 5 - Fotografla de Gerda Taro Fotografia Autor nojuacutee citado

Fuente AHNSeccioacuten Salamanca pis Madrid

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Fotoacutegrafos de guerra la co_bertllra fotoiexcl(rJJICil aiexcliexcliexcliexcluiexcllIctra Ct1T]spantildeola en Madrid (1936-19l9) 149

Para poder trabajar libremente esta identificacioacuten debiacutea ir acompantildeada de una autorizacioacuten expedida por los jefes militares del sector correspondiente tal y como se detalla en la siguiente autorizacioacuten (Figura 6) sellada por la Junta Delegada de Defensa de Madrid y la 40 Brigada Mixta del Estado Mayor de la Repuacuteblica Espantildeola (que estaacute firmada por el General Miaja el 17 de febrero de 1937) a Alfonso Saacutenchez Portela conocido como Alfonso concedieacutendole permiso para trabajar en el frente o la siguiente (Figura 7) sellada ellO de marzo de 1939 (unos diacuteas antes de finalizar la guerra) en la que el Director General de Seguridad le autorizaba a obtener informacioacuten graacutefica en el interior de la capital

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Figura 6 - Autorizacioacuten expedida para poder trabajar libremente Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

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Figura 7 - Autorizacioacuten expedida para Alfonso Saacutenchez Porlea diacuteas antes dejinalizar la guerra

Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

Si tras la entrada en vigor de la disposicioacuten de obligatoriedad de identificacioacuten se sorprendiacutea a un fotoacutegrafo sin permiso o empleando una caacutemara que no hubiera obtenido la licencia adecuada eacuteste era considerado un desafecto a la causa republicana y debiacutea ser juzgado por tal causa por el fuero militar

En el caso del reportero graacutefico eacuteste debiacutea proveerse de una chapa metaacutelica numerada que le identificara como tal (tras previo aval de la Direccioacuten de la agrupacioacuten Unioacutende Informadores Graacuteficos de Prensa) y asiacute tener acceso libre a los espacios de la ciudad ademaacutes de una tarjeta identificativa autorizada por el Delegado y el Secretario General de Prensa

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Una vez que los fotoacutegrafos haciacutea su trabajo el control se extendiacutea a la seccioacuten graacutefica de las revistas y perioacutedicos sometida a un total control por parte de las autoridades tal y como se extrae de la sifruiente disposicioacuten publicada en el Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid en enero de 1937

A partir de las doce de la noche del diacutea 30 de diciembre de 1936 queda terminantemente prohibida la publicacioacuten en Madrid de perioacutedicos diarios revistas boletines tanto de empresas como de organizaciones poliacuteticas sindicales y de milicias dibujos litografiacuteas y demaacutes med ios graacuteficos mencionados en el artiacuteculo segundo de la Ley de Imprenta con excepcioacuten de libros si que previamente hayan sido autori zados por la censura de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa de esta Junta De toda publicacioacuten graacutefica sometida a censura se presentaraacuten tres ejemplares uno que se devolveraacute sellado cuando se autorice para que salga a la luz y dos que se conservaraacuten en la referida Delegacioacuten para constituir el Archivo de la revolucioacuten que en su diacutea seraacute depositado donde disponga el Gobierno legiacutetimo de la Repuacuteblica 4

Como ya hemos comentado la fotografiacutea es el mejor soporte para mostrar aquello que se quiere mostrar por lo que las autoridades responsables de la defensa de Madrid la utilizaron como medio propagandiacutestico de ahiacute el feacuterreo control de fotoacutegrafos y medios de comunicacioacuten Por eso resulta interesante hablar no soacutelo de lo que se retrata sino tambieacuten de lo que se oculta Pondremos un ejemplo a traveacutes de lo visual que nos serviraacute para ilustra nuestra hipoacutetesis las fotografiacuteas tomadas a milicianos y soldados defensores de la capital en momentos de asueto Si analizamos la produccioacuten fotograacutefica de este asunto que se conserva en el Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola de la Biblioteca Nacional observamos que la imagen gira en tomo a dos ejes de representacioacuten la alimentacioacuten y la formacioacuten

bull Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid Antildeo 2 n2 1 dc enero de 1937 Tomo 1 p7)

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cultural de los combatientes No parece casual que la mayoriacutea de las imaacutegenes del descanso de los soldados de Madrid que se conservan en el fondo que trabajamos coincidan en tema con las maacutexi mas preocupaciones del gobierno republicano los problemas de alimentacioacuten y abastecimiento de las tropas defensoras y la educacioacuten como medio de luchar contra el fascismo Esto se puede ver claramente en la siguiente imagen (Figura 8) un trabajo de la casa de fotografiacutea Albero y Segovia en la que un grupo de 7 milicianos alguno de ellos armado que estaacuten en un espacio cerrado rodean una mesa en la que se disponen copiosamente viacuteveres Si atendemos a la expresioacuten corporal podemos intuir que los siete observadores intemos mantienen claramente una pose ante la caacutemara del fotoacutegrafo Por ejemplo el hombre que cierra la escena a la derecha sostiene con cierta dificultad y de manera muy artificial en su mano izquierda unas cajetillas de tabaco y un paquete sin soltar el arma (que no estaacute colgada) de tal modo que la mano derecha le impide ayudarse con la carga La intencioacuten parece clara este personaje debe ser fotografiado con los viacuteveres en su mano pero sin soltar su arma que debe formar parte del cuadro

Figura 8 - Grupo de 7 milicianos rodean una mesa Fotografia Autor nofuacutee citado Casa de fOlografia Albero y Segovia

Fue11le Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

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Lo que recuperamos en el reverso de la imagen tambieacuten nos ayuda a descubrir la connotacioacuten de la fotografia

El fin del antildeo 36 de los milicianos de la intendencia reciben cajetillas chocolates vinos y licores conservas hasta jamones abundante ropa y tambieacuten cantidades en metaacute lico Asiacute cuida la Repuacuteblica a sus bravos luchadores

Como hemos comentado tan importante resulta lo que se ve como lo que se oculta Pongamos otro ejemplo A pesar de las numerosas fotografiacuteas que muestran los momentos de asueto de los defensores del Madrid del iexclNo pasaraacuten no existe ninguna en la que se retrate a los soldados realizando actividades luacutedicas como jugar a las cartas algo que resulta sorprendente si tenemos en cuenta que seguacuten el testimonio de alguno de los supervivientes era algo habitual hasta el punto de convertirse en la uacutenica manera de matar el tiempo Por el contrario siacute encontramos testimonio graacutefico de la praacutectica de este tipo de juegos entre las fotografias (en un nuacutemero muy inferior si las comparamos con la produccioacuten fotograacutefica de los antifascistas) del bando sublevado como aquellas que retratan eljuego de un grupo de soldados del Ejeacutercito de Marruecos en un rato de juego en la Ciudad Universitaria el19 de mayo de 1938 tal y como se indica en el reverso de la imagen sellada por la Seccioacuten Teacutecnica del Ministerio del Interior (Figura 9)

El porqueacute de la inexistencia de alguna huella visual de ese momento de ocio entre los soldados republicanos podriacutea explicarse como algo meramente casual de no ser porque conocemos a traveacutes de la prensa que el gobierno republicano consideroacute el juego como una actividad impropia en el frente hasta tal punto que este tema se convirtioacute en el protagonista de la tira coacutemica Hay que evitar ser tan bruto como el soldado Canuto publicada en La Voz del combatiente Esta seccioacuten se encargaba de recordar al soldado antifascista a traveacutes del personaje de Canuto como no debla comportarse El diacutea cinco de abril de 1937 bajo el tiacutetulo El peor de

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los vicios es eljuego la tira estaacute dedicada a advertir a los soldados de lo negativo del juego Canuto retorna al frente y sigue tan imprudente Pues a su sector llegado una baraja ha sacado Logra formar enseguida una importante partida Se juega con gran fruic ioacuten hasta la respiracioacuten A Canuto le han ganado y encima quedoacute entrampado

Figura 9 - Juego de un grupo de soLdados deL Ejeacutercito de Marruecos Fotografia Autor nofue citado Seccioacuten Teacutecnica deL Ministerio deL Interior

Fuente Biblioteca NacionaL Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Tambieacuten en el Manual del Miliciano que la Editorial Labor publica en 1937 en el apartado dedicado a la Moral del Miliciano se advierte de la necesidad de controlar a aquellos que se dejan llevar por los impulsos

Nada maacutes nefasto en cambio que la conducta de quienes a riacuteo revuelto pretenden convertir la guerra en tolvanera de sus apetitos El arte y la literatura han marcado con fuego la injuria de aquellos seres indignos qu~ al margen de la lucha y casi siempre a cubierto de sus riesgos caen sin piedad sobre vidas y haciendas sin otro moacutevil que el de saciar sus ansias de destruccioacuten o de rapintildea Son eacutestos elementos indeseables cuya eliminacioacuten del cuerpo social soacutelo puede reportar grandes

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beneficios no ya porque manchan la revo luc ioacuten con sus actos reprobables sino porque alumbran en el alma de los indiferentes la idea de que la razoacuten - tan clara - no estaacute de nuestra parte

Se podriacutea pensar que las dificultades por las que atravesaba la retaguardia madrilentildea con el fin de suministrar lo necesario en la vanguardia haciacutean inconveniente mostrar una imagen tan friacutevola de los defensores de la ciudad y por tanto se podriacutea haber evitado retratar esa situacioacuten Parece que el juego y las apuestas no eran del gusto de un ejeacutercito que primaba la formacioacuten sobre la diversioacuten

En otras ocasiones y como resultado de ese control el fotoacutegrafo teniacutea que enfrentarse a la recreacioacuten de escenas beacutelicas que debiacutean ser fotografiadas como si se tratara de una real Son muchos los testimonios de reporteros que afirmaron la escenificacioacuten de determinadas acciones ante la caacutemara con fines propagandiacutesticos pero no soacutelo en la zona republicana sino tambieacuten en la sublevada tal y como afirma el periodista britaacutenico DDowd Gallagher a quien Robert Capa confesoacute

En Espantildea empeceacute por Hendaya en Francia en la frontera espantildeola proacutexima a San Sebastiaacuten La mayoriacutea de los reporteros y fotoacutegrafos nos hospedaacutebamos en un pequentildeo hotel destartalado Nos introdujimos en la Espantildea de Franco a traveacutes del riacuteo Iruacuten una vez que nos dieron penniso los oficiales de prensa de Franco en Burgos En una ocasioacuten soacutelo invitaron a los fotoacutegrafos [ ] y Capa me lo contoacute Les simularon escenas de batalla Las tropas de Franco vestiacutean de uniforme y estaban armadas y simulaban situaciones de ataque y de defensa Utilizaron bombas de humo para ambientar la escena (LEWINSKY 1978 p88)

De este modo el control ejercido por las autoridades poliacuteticas sindicales y militares tanto del frente como de la retaguardia fue uno de los caballos de batalla de los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid Sin embargo el manejo del lenguaje visual (complejo por definicioacuten) de eacutestos haciacutea posible establecer miradas diferentes en las imaacutegenes que eran tomadas por los que hemos denominado fotoacutegrafos oficiales y fotoacutegrafos oficiosos

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Los fotoacutegrafos oficiales y oficiosos en un ejemplo concreto el retrato de mujeres

Para cerrar esta breve reflexioacuten acerca del papel desarrollado por los fotoacutegrafos que cubrieron la Guerra Civil Espantildeola en Madrid debemos hacer una diferenciacioacuten que marca las dos maneras de mirar que se plasman a traveacutes de las fotografiacuteas Para entender de queacute hablamos cuando hacemos una distincioacuten entre fotoacutegrafos oficiales y oficiosos pondremos un ejemplo visual

Figura JO - Mujer abatida sobre los restos de su casa de Teuaacute de las ViclOrias Fotografza Autor nojIacutete citadoServicio de Propaganda del Servicio Fgraacutefico

dell1inisterio de EXleriores Fuente Biblioteca NacionalFondo FOlOgraacutefico de la Guerra Civil Madrid

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Fotoacutegrafos de guerra la cobertunI iacuteotogiiexclififad~ Iiexcll GueriexcliexcltCiexcl1EspaIIacuteola (1 Mwrjd 51 WJmiddot19~9)

Figura J J - l1ujeres inen tan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacuteiles en su nueva residencia

Faagrafia AUlOr no jite citado Casa barcelonesa de P Luis Torrents Fuente Biblioeca NacionalFondo FOlograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Se trata de dos fotografiacuteas rescatadas del Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola que se conserva en la Biblioteca Nacional (Madrid) en las que se retratan mujeres regresando a sus hogares tras el estallido de una bomba lanzada por la aviacioacuten enemiga Las dos imaacutegenes representan una misma accioacuten sin embargo el enfoque es diferente Mientras en la figura 10 (sellada por el Servicio de Propaganda del Servicio Fotograacutefico del Ministerio de Exteriores) se muestra una mujer abatida sobre los restos de su casa de Tetuaacuten de las Victorias la figura 11 (sellada por la casa barcelonesa de P Luis Torrents) muestra una actitud diferente ante ese mismo hecho En esta imagen las mujeres no se sientan a contemplar el resultado de los proyectiles lanzados por la aviacioacuten facciosa sino que intentan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacutetiles en su nueva residencia Por tanto la primera fotografia corresponde a la imagen pasiva de la mujer tradicional y La segunda a la verdadera imagen de la mujer de Madrid aquella que luchoacute de manera activa contra el fascismo en la retaguardia madrilentildea hacieacutendose responsable del sustento material y moral de su familia

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La totalidad de fotografias que retratan a la mujer de costumbres madrilentildea (es decir aquella que se encargoacute de cuidar de su familia) y que estaacuten selladas por los fotoacutegrafos oficiales (entendiendo por oficial aquel que trabaja para una institucioacuten puacuteblica ya sea poliacutetica o sindical)

responde al prototipo de mujer pasiva viacutectima de lo que OCUlTe mientras

que las fotografiacuteas tomadas por los fotoacutegrafos oficiosos (los que

trabajaron para las distintas casas de fotografiacutea de Madrid y de otras

localidades y los reporteros de guelTa) muestran la imagen de una mujer

combativa que lucha contra la sublevacioacuten desde la retaguardia

El motivo parece estar claro la imagen de la mujer de costumbres

abatida que se mostraba en carteles documentales y fotografias tomadas

por las autoridades antifascistas resultaba maacutes exportable para mostrar

al mundo las siniestras consecuencias de una sublevacioacuten militar que la

imagen de una mujer que intentoacute acomodarse a las exigencias impuestas por el estallido del conflicto

Consideraciones finales

Como dijo Pierre Bourdieu al hablar de las cinco satisfacciones que

aporta la fotografiacutea (la proteccioacuten contra el paso del tiempo la

comunicacioacuten con los demaacutes y la expresioacuten de sentimientos las

realizaciones de uno mismo el prestigio social la distraccioacuten y la evasioacuten)

[ ] la fotografia tendriacutea como funcioacuten ayudar a sobrellevar la angustia suscitada por el paso del tiempo ya sea proporcionando un sustituto maacutegico de lo que aqueacutel se ha llevado ya sea supliendo las fallas de la memoria y sirviendo de punto de apoyo a la evocacioacuten de recuerdos asociados en suma produciendo el sentimiento de vencer al tiempo y su poder de destruccioacuten (BOURDIEU 2003 p52)

Gracias al trabajo realizado por los fotoacutegrafos que cubrieron el

conflicto en la ciudad de Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de

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Fotoacutegrafos de guenll la coacuteberful1l totograllca ele la tilli]sectpaifiJii 1 ~fjhiacutef (1 )3fiacutellJ3m

abril de 1939 hemos podido recuperar la memoria (jiexcll acontecimiento

maacutes negro de la historia reciente de Espantildea a traveacutes del soporte visual

El trabajo que los corresponsales y fotoacutegrafos realizaron al estallar la guerra se ajustoacute al ritmo impuesto por la contienda por lo que tuvieron que enfrentarse a cuatro problemas baacutesicos que condicionaron su trabajo

la falta de suministros la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente los peligros derivados del fuego cruzado y de los continuos bombardeos sobre el frente y la retaguardia y el control y la censura impuesta por las autoridades Este uacuteltimo condicionante fue determinante en tanto que

los servicios de propaganda controlaron el laboro de los fotoacutegrafos y el resultado que era publicado en revistas y perioacutedicos de la Espantildea republicana de ahiacute que podamos hablar de dos tipos de fotografias que reflejan dos miradas diferentes sobre la realidad las tomadas por fotoacutegrafos que trabajaron para una institucioacuten poliacutetica y sindical (los fotoacutegrafos oficiales) y los retratos realizados por fotoacutegrafos que lo hicieron para un local de fotografia o para medios extranjeros (los fotoacutegrafos oficiosos) Por otro lado y debido a este feacuterreo control resulta muy interesante para los estudiosos que trabajan la imagen como medio para acercarse al pasado observar tanto lo que se retrata como lo que se silencia visualmente ya que marca el discurso oficial que se impuso durante los tres antildeos de contienda Para ilustrar nuestra hipoacutetesis de trabajo hemos empleado varios ejemplos visuales

Bibliografia

BOURDIEU Pierre Un arte intermedio ensayo sobre los usos

sociales de la fotografia Barcelona Gustavo Giliacute 2003

COx Geoffrey La defensa de Madrid Madrid Oberon 2005

KERSHAW Alex Sangre y champaacuten la vida y la (poca de Robert

Capa Madrid Debate 2003

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LEWINSKY Jorge The camera at war a history ofworld photography from 1848 to present day Nueva York Simon amp Schuster 1978

LOacutePEZ MONDEacuteJAR Publio Alfonso cincuenta antildeos de Historia de Espantildea Madrid Editorial Lunwerg 2004

MANUAL del Miliciano [Sl] Editorial Labor 1937

NUESTRA propaganda en las filas facciosas La voz del combatiente Madrid 23 mar 1937 p5

OLMEDA Fernando Gerda Tardo fotoacutegrafa de guerra el peliodismo como testigo de la historia Madrid Debate 2007

WHELAN Richard Capa cara a cara fotografias de Robert Capa sobre la Guerra Civil Espantildeola Madrid MNCARS 1999

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Ultima Hora em cena amodernidade fotograacutefica

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Silvana Louzada

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obteniendo de la industria Este beneficio - por primera vez los obreros fotoacutegrafos tienen conocimiento de eacutel- es el producto del esfuerzo de los trabajadores Ved si tiene importancia la labor a desarrollar en el control de la industria

El trabajo de los fotoacutegrafos

El laboro de los fotoacutegrafos se vio afectado por el ritmo de la contienda sobretodo a partir del mes de noviembre de 1936 cuando Madrid se convirtioacute en una ciudad asediada Fueron cuatro los problemas a los que se enfrentaron los profesionales

-la falta de suministros - el control y la censura de las autoridades -la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente -los peligros derivados de la guerra La falta de suministros surgioacute con el corte de comunicaciones

por carretera de Madrid con otras ciudades republicanas debido a que las tropas sublevadas rodearon la ciudad cuatro meses despueacutes del alzamiento militar De este modo se impidioacute la llegada de viacuteveres incluido el material baacutesico para trabajar por lo que muchos fotoacutegrafos se vieron obligados a adaptarse a estas limitaciones (LOacutePEZ MONDEacuteJAR 2004)

La ausencia de negativos de paso universal llevoacute a muchos de ellos - a los fotoacutegrafos - a recuperar sus caacutemaras de placas y a utilizar restos de peliacuteculas de los noticieros cinematograacuteficos El propio Alfonso debioacute recurrir a sus viejas caacutemaras estereoscoacutepicas para realizar un reportaje encargado por el Ayuntamiento sobre los estragos producidos por los bombardeos en las calles de Madrid

y esto que afectoacute maacutes a los fotoacutegrafos espantildeoles que a los 1 1

extranjeros a los que les enviaban el material por correo o lo recogiacutean cuando haciacutean viajes a sus paiacuteses supuso un handicap debido a que los equipamientos modernos (como las caacutemaras Ermanox y Rolleijlex

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y las peliacuteculas maacutes sensibles) facilitaron la toma (desde puntos de vista hasta ese momento desconocidos) Y permitiacutean captar escenas sin flash ni triacutepode que permitiacutean que se sustituyeran las tomas estaacuteticas y posadas por la naturalidad de la accioacuten De hecho fotografiacuteas como la del miliciano en Cerro Muriano de Robert Capa hubiera sido impensable si el fotoacutegrafo no hubiera contado con la tecnologiacutea apropiada tal y como afirma su bioacutegrafo Whelan (1999 p32)

[ ] los lectores quedaron impactados ya que nadie habiacutea visto nada parecido hasta entonces Las anteriores fotografiacuteas de guerra habiacutean sido necesariamente estaacuteticas y tomadas a distancia En la Primera Guerra Mundial no tan lejana de aquella eacutepoca la caacutemara habitual era la Graflex mediana con un fuelle y placas de cuatro a cinco pulgadas Ademaacutes de resultar muy llamativa impediacutea praacutecticamente obtener fotos espontaacuteneas era muy pesada y dificultaba el margen de maniobra del fotoacutegrafo en situaciones de peligro Por el contrario la Leica de 35mm de Capa era discreta y le permitiacutea la maacutexima movilidad Con ella se lanzoacute al torbellino de la guerra como nadie antes que eacutel se habiacutea

atrevido a hacerlo

Algunos locales de la ciudad se vieron obligados a cerrar sus puertas ante la imposibilidad de lograr suministros tal y como se informoacute en la siguiente nota publicada en el boletiacuten Obreros Fotoacutegrafos en el antildeo 1938

Las dificultades insuperables de la adquisicioacuten de materiales han obligado a la Directiva a proceder al cierre de algunos talleres a los que la vida econoacutemica se les haciacutea imposible mermaacutendose por diacuteas las posibilidades y llegando a constituir un peligro de desaparicioacuten cosa que estudiada debidamente se trata de cortar con las medidas adoptadas La Directiva informaraacute ampliamente

de ello

Este problema se sumoacute a otros como la movilizacioacuten al frente de parte del personal empleado en los talleres y estudios o la censura impuesta por las autoridades responsables de Madrid Los fotoacutegrafos estuvieron controlados por las autoridades madrilentildeas ya que no podiacutean

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acudir al frente sin un pase que se obteniacutea tras la identificacioacuten de quieacutenes eran y para quieacuten trabajaban como desarrollaremos maacutes adelante En el caso de la cobertura en el frente eran trasladados y acompantildeados por un responsable de propaganda y la burla de cualquiera de estas normas suponiacutea un peligro para el fotoacutegrafo como comenta en sus memorias uno de los periodistas que cubrieron el conflicto en Madrid acerca del fotoacutegrafo londinense HY Drees

Durante diez diacuteas estuvo sin pases Y sin embargo gracias a alguacuten don excepcional - supongo que esto es lo que tienen los buenos fotoacutegrafos de prensa - siempre salioacute bien parado La noche del principal ataque aeacutereo fue su gran triunfo Estaba muy afectado por el bombardeo porque le habiacutea golpeado literalmente el soplo de la explosioacuten en una callejuela y se estaba recuperando en una cama de la Telefoacutenica cuando de repente se despertoacute agarroacute su caacutemara y subioacute a la deacutecima planta para fotografiar la ciudad en llamas Alliacute le arrestoacute un guardia Un periodista que hablaba espantildeol y habiacutea escuchado el incidente fue a ofrecer explicaciones al jefe de los guardias del edificio No soacutelo se encontroacute con que Drees ya no estaba arrestado sino que estaba tan campante en la planta trece rodeado de guardias admirativos que le miraban mientras fotografiaba la escena entera y posaban con orgullo para sus propias fotografiacuteas (COX 2005 p261-262)

Los problemas maacutes graves a los que tuvieron que enfrentarse los fotoacutegrafos en Madrid fueron los derivados de los constantes bombardeos que los aviones enemigos lanzaron sobre la ciudad puesto que como muchos de los locales dedicados a la fotografiacutea en Madrid y las residencias de los fotoacutegrafos extranjeros estaban ubicados en la zona centro corriacutean un mayor riesgo De hecho conocemos como el fotoacutegrafo Alfonso se vio obligado a abandonar durante meses su estudio de la calle Fuencarral por la constante amenazada que significaba encontrarse cercano al edificio de la Telefoacutenica el maacutes alto de Madrid y por tanto objetivo prioritario de la aviacioacuten enemiga Un ejemplo graacutefico del peligro que corrieron los locales de fotografia de la ciudad

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eS la siguiente fotografiacutea (Figura 2) en la que se puede ver el estudio de Fotos Galaacuten3 situado en la calle Alcalaacute 9 completamente derruido como consecuencia de uno de los numerosos bombardeos aeacutereos

Figura 2 - Estudio de Fotos Galaacuten derruido Fotografla Aulor nojuacutee citado

Fuente Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Otros fotoacutegrafos aquellos encargados de cubrir el frente llegaron a pagar con su vida Uno de los ejemplos maacutes conocidos es el de Gerda Taro que trabajoacute para las revistas francesas Ce Soir y Regards cubriendo el conflicto en Coacuterdoba Barcelona y Madrid entre otras ciudades En la

3 A pesar de que en el letrero del local fotograacutefico se lee claramente Totos Galaacuten en el li stado que hemos localizado en el Anuario General de Espantildea Bailly-Baillieacutere de 1936 figura el nombre de Teodoro Orozco como el correspondie nte al estudio fotograacute fi co del nuacutemero nueve de la ca lle Alcalaacute Puede deberse a dos razones un cambio de nombre tras la edicioacuten del nuacutemero del Anuario o a que con el estallido de la guerra el com iteacute de trabajadores del local sustituye ran el nombre del propietario por el de FalOS Galaacuten

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fotografiacutea que se presenta a continuacioacuten (Figura 3) Robert Capa su pareja la retratoacute resguardada del ataque de los sublevados en el Frente de Coacuterdoba en 1936

Figura 3 - Cerda Taro resguardada del alaque de los sublevados en el Frente de Coacuterdoba en 1936

Faagrafia Robert Capa Fuente Olmeda (2007)

y seraacute precisamente en el Frente de Brunete en el que el25 de jul io de 1937 a las 18 30 horas cuando la fotoacutegrafa pierda la vida a causa de un accidente fOltuitO un tanque descontrolado que intentoacute zafarse de un bombardeo enemigo se cruzoacute en la carretera invadiendo el carril en el que transitaba el camioacuten que trasladaba a varios heridos y a Gerda El golpe le hizo caer y el tanque pasoacute por encima de su cuerpo Murioacute unas horas maacutes tarde en el hospital ingleacutes de El Goloso Unos minutos antes del incidente Gerda escribioacute en su diario

Caen bombas muy cerca de nuestra posicioacuten Oiacutemos el ruido estremecedor de los bombardeos Ted se cubre la cabeza pero yo saco fotos sin parar Mantengo la sangre friacutea en medio de una escena apocaliacuteptica con aviones descendi endo en picado explosiones que agujerean la tierra y soldados que hu yen presos

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Fotoacutegrafos de guen-a la cobertura iacuteotogijiacutefica d~ la iexcliexcllIerra CiiacuteirEspantildeQla en ~fadrid (1936-1939)

del paacutenico Conservo la calma cuando un avioacuten abre fuego sobre nuestro hoyo Me quedo tumbada de espaldas y sigo disparando la Leica Se me acaban los carretes (OLMEDA 2007 p179)

Soacutelo por este motivo (a Gerda se le habiacutea acabado el material para fotografiar) decidioacute abandonar la primera liacutenea y subirse al camioacuten Esta decisioacuten a la hora de fotografiar en primera liacutenea (y que desobedeciacutea la orden expresa del general Walter miembro de las Brigadas Intemacionales) le costoacute la vida pero hasta el uacuteltimo aliento se preocupoacute por su material porque sabiacutea de la importancia de denunciar visualmente aquello que estaba ocurriendo De hecho una de las enfermeras que le atendioacute Irene Goldin afirmoacute el tanque le habiacutea abierto el estoacutemago y teniacutea heridas abdominales muy graves se le habiacutean salido todos los intestinos [ ] Lo uacutenico que dijo fue iquestestaacuten bien mis caacutemaras Son nuevas iquestEstaacuten bien (KERSHAW 2003 p181)

A pesar de las numerosas complicaciones los fotoacutegrafos continuaron con su labor orientada a tres actividades primordiales fotoperiodismo fotografiacutea oficial y otros trabajos entre los que podriacuteamos incluir los de estudio sobretodo las fotografiacuteas de carnet esenciales en una ciudad en la que todos debiacutean estar identificados

Los fotoacutegrafos

Fueron muchos los fotoacutegrafos conocidos que trabajaron en Madlid Entre los espantildeoles destacaron Manuel Albero y Francisco Segovia Marin loseacute Mariacutea Casariego Alfonso Santos Yubero Agustiacute y Llu iacutes Centelles Lluiacutes Torrents Luis Vidal Corrella los Mayo entre otros Entre los reporteros extranjeros que soliacutean alojarse en el Hotel Florida (en la plaza de Callao) o el Hotel Gran Viacutea Uunto al bar Chicote) que cubrieron el conflicto en la capital encontramos a Robert Capa Gerda Taro lean Moral David Seymour Luis Bressange Walter Reuter y otros que trabajaron para las agenciasAP Keystone View Company Planet News

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World Wide Photo Central Press y London News Agency Press por mencionar las maacutes importantes

Durante la Guerra Civil Espantildeola los fotoacutegrafos se agruparon bajo varias organizaciones sindicales dependientes de las ramas de Artes Graacuteficas la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y la Seccioacuten de Fotoacutegrafos de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola Si a la informacioacuten que se desprendede las fichas de afiliacioacuten de estos sindicatos unimos la extraiacuteda de los archivos de la Junta Delegada de Defensa de Madrid a traveacutes de las fichas laborales que la Seccioacuten Fotograacutefica elaboroacute con el fin de controlar la actividad en la capital podemos hacemos una idea del nuacutemero de fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid y una cuestioacuten maacutes interesante quieacutenes eran

Se trata de un total de 1249 fichas distribuidas de la siguiente manera 197 de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 455 fichas de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y 597 fichas de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Junta Delegada de Defensa de Madrid

De entre el total de fotoacutegrafos 113 trabajaron para perioacutedicos y revistas 37 en el frente 57 para una institucioacuten oficial 585 en un local de fotografiacutea 193 en la viacutea puacuteblica o como fotoacutegrafo al minuto y 240 eran afiliados de los que o no tenemos constancia de doacutende trabajaron o no eran fotoacutegrafos pero su trabajo estaban directamente relacionado con el mundo de la imagen A continuacioacuten presentamos una tabla con esta informacioacuten detallada por organizaciones

Perioacutedicos Institucioacuten Locales Viacutea PuacuteblicaFrente OtrosRevistas Oficial Fotograacuteficos Al Minuto

Junta Delegada 73 34 54 121 180 115JI L -lt 1 ~

26 H 2 JL middottrSociedad Obrera 315 10 101J~ I shy

Federacioacuten Graacutefica 14 lt 1f 2 lf 149 r 3 -

24

Tabla 1 - Fotograacutefos e otros relacionados con el mundo de laf grafia que trabajaron en la guerra

Ante estos datos debemos hacer dos aclaraciones en primer lugar estos registros no soacutelo se refieren exclusivamente a fotoacutegrafos sino a todos aquellos que estuvieron relacionados con el mundo de la fotografiacutea (incluidos reveladores ayudantes aprendices encargados de tienda etc) y en segundo lugar que alguno de los nombres se encuentra en varias de estas organizaciones 14 obtuvieron fichas de ingreso de la Junta Delegada de Defensa de Madrid la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares 4 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 22 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y 120 obtuvieron ficha de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y la Sociedad de Obreros Fotoacutegrafos

La fuente maacutes interesante de trabajo la encontramos en las fichas de la Junta Delegada de Defensa de Madrid puesto que controloacute exhaustivamente a los fotoacutegrafos a traveacutes del trabajo de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa dirigida por Joseacute Carrentildeo Espantildea De hecho se anularon los permisos concedidos con anterioridad y se obligoacute a solicitar unos nuevos ahora controlados por la Junta tal y como se publicoacute en su Boletiacuten Oficial en diciembre de 1936

Para poder obtener fotografiacuteas tanto de la ciudad como de sus frentes de guerra a que se extiende mi autoridad de Comandante de la plaza seraacute preciso proveerse de licencia concedida por el Delegado de Propaganda y Prensa de esta Junta que necesariamente habraacute estar firmada por el mismo

A continuacioacuten presentamos la ficha de Gerda Taro (Figura 4) sellada el 25 de enero de 1937 en la que se incluyen datos como su nombre completo (Gerta Pohorylle) su domicilio en Pariacutes (50 Rue Vavin) el lugar y fecha de nacimiento (Stuttgart 01081910) la empresa para la que trabajaba (Le Soir Paris) el domicilio oficial en Madrid (Alianza de Intelectuales) y el partido poliacutetico al que perteneciacutea (AEAR) La ficha iba acompantildeada de una fotografiacutea de carnet entregada por la interesada (Figura 5)

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JUNTA OELEGADA DE DEfENSA DE MADRID Secretaria de Propagandamiddot Seccioacuten Fotooraacutefical FILlAcrOacuteN DEL FOTOacuteGRAfO -7-rt

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Figura 4 - La ficha de Gerda Taro Fuene AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

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Figura 5 - Fotografla de Gerda Taro Fotografia Autor nojuacutee citado

Fuente AHNSeccioacuten Salamanca pis Madrid

discursos tOUacutelgraacuteficos Londrina ~ 5 n6 p131-160 janJjun 2009

Fotoacutegrafos de guerra la co_bertllra fotoiexcl(rJJICil aiexcliexcliexcliexcluiexcllIctra Ct1T]spantildeola en Madrid (1936-19l9) 149

Para poder trabajar libremente esta identificacioacuten debiacutea ir acompantildeada de una autorizacioacuten expedida por los jefes militares del sector correspondiente tal y como se detalla en la siguiente autorizacioacuten (Figura 6) sellada por la Junta Delegada de Defensa de Madrid y la 40 Brigada Mixta del Estado Mayor de la Repuacuteblica Espantildeola (que estaacute firmada por el General Miaja el 17 de febrero de 1937) a Alfonso Saacutenchez Portela conocido como Alfonso concedieacutendole permiso para trabajar en el frente o la siguiente (Figura 7) sellada ellO de marzo de 1939 (unos diacuteas antes de finalizar la guerra) en la que el Director General de Seguridad le autorizaba a obtener informacioacuten graacutefica en el interior de la capital

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Figura 6 - Autorizacioacuten expedida para poder trabajar libremente Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

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Figura 7 - Autorizacioacuten expedida para Alfonso Saacutenchez Porlea diacuteas antes dejinalizar la guerra

Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

Si tras la entrada en vigor de la disposicioacuten de obligatoriedad de identificacioacuten se sorprendiacutea a un fotoacutegrafo sin permiso o empleando una caacutemara que no hubiera obtenido la licencia adecuada eacuteste era considerado un desafecto a la causa republicana y debiacutea ser juzgado por tal causa por el fuero militar

En el caso del reportero graacutefico eacuteste debiacutea proveerse de una chapa metaacutelica numerada que le identificara como tal (tras previo aval de la Direccioacuten de la agrupacioacuten Unioacutende Informadores Graacuteficos de Prensa) y asiacute tener acceso libre a los espacios de la ciudad ademaacutes de una tarjeta identificativa autorizada por el Delegado y el Secretario General de Prensa

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Una vez que los fotoacutegrafos haciacutea su trabajo el control se extendiacutea a la seccioacuten graacutefica de las revistas y perioacutedicos sometida a un total control por parte de las autoridades tal y como se extrae de la sifruiente disposicioacuten publicada en el Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid en enero de 1937

A partir de las doce de la noche del diacutea 30 de diciembre de 1936 queda terminantemente prohibida la publicacioacuten en Madrid de perioacutedicos diarios revistas boletines tanto de empresas como de organizaciones poliacuteticas sindicales y de milicias dibujos litografiacuteas y demaacutes med ios graacuteficos mencionados en el artiacuteculo segundo de la Ley de Imprenta con excepcioacuten de libros si que previamente hayan sido autori zados por la censura de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa de esta Junta De toda publicacioacuten graacutefica sometida a censura se presentaraacuten tres ejemplares uno que se devolveraacute sellado cuando se autorice para que salga a la luz y dos que se conservaraacuten en la referida Delegacioacuten para constituir el Archivo de la revolucioacuten que en su diacutea seraacute depositado donde disponga el Gobierno legiacutetimo de la Repuacuteblica 4

Como ya hemos comentado la fotografiacutea es el mejor soporte para mostrar aquello que se quiere mostrar por lo que las autoridades responsables de la defensa de Madrid la utilizaron como medio propagandiacutestico de ahiacute el feacuterreo control de fotoacutegrafos y medios de comunicacioacuten Por eso resulta interesante hablar no soacutelo de lo que se retrata sino tambieacuten de lo que se oculta Pondremos un ejemplo a traveacutes de lo visual que nos serviraacute para ilustra nuestra hipoacutetesis las fotografiacuteas tomadas a milicianos y soldados defensores de la capital en momentos de asueto Si analizamos la produccioacuten fotograacutefica de este asunto que se conserva en el Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola de la Biblioteca Nacional observamos que la imagen gira en tomo a dos ejes de representacioacuten la alimentacioacuten y la formacioacuten

bull Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid Antildeo 2 n2 1 dc enero de 1937 Tomo 1 p7)

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cultural de los combatientes No parece casual que la mayoriacutea de las imaacutegenes del descanso de los soldados de Madrid que se conservan en el fondo que trabajamos coincidan en tema con las maacutexi mas preocupaciones del gobierno republicano los problemas de alimentacioacuten y abastecimiento de las tropas defensoras y la educacioacuten como medio de luchar contra el fascismo Esto se puede ver claramente en la siguiente imagen (Figura 8) un trabajo de la casa de fotografiacutea Albero y Segovia en la que un grupo de 7 milicianos alguno de ellos armado que estaacuten en un espacio cerrado rodean una mesa en la que se disponen copiosamente viacuteveres Si atendemos a la expresioacuten corporal podemos intuir que los siete observadores intemos mantienen claramente una pose ante la caacutemara del fotoacutegrafo Por ejemplo el hombre que cierra la escena a la derecha sostiene con cierta dificultad y de manera muy artificial en su mano izquierda unas cajetillas de tabaco y un paquete sin soltar el arma (que no estaacute colgada) de tal modo que la mano derecha le impide ayudarse con la carga La intencioacuten parece clara este personaje debe ser fotografiado con los viacuteveres en su mano pero sin soltar su arma que debe formar parte del cuadro

Figura 8 - Grupo de 7 milicianos rodean una mesa Fotografia Autor nofuacutee citado Casa de fOlografia Albero y Segovia

Fue11le Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

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Lo que recuperamos en el reverso de la imagen tambieacuten nos ayuda a descubrir la connotacioacuten de la fotografia

El fin del antildeo 36 de los milicianos de la intendencia reciben cajetillas chocolates vinos y licores conservas hasta jamones abundante ropa y tambieacuten cantidades en metaacute lico Asiacute cuida la Repuacuteblica a sus bravos luchadores

Como hemos comentado tan importante resulta lo que se ve como lo que se oculta Pongamos otro ejemplo A pesar de las numerosas fotografiacuteas que muestran los momentos de asueto de los defensores del Madrid del iexclNo pasaraacuten no existe ninguna en la que se retrate a los soldados realizando actividades luacutedicas como jugar a las cartas algo que resulta sorprendente si tenemos en cuenta que seguacuten el testimonio de alguno de los supervivientes era algo habitual hasta el punto de convertirse en la uacutenica manera de matar el tiempo Por el contrario siacute encontramos testimonio graacutefico de la praacutectica de este tipo de juegos entre las fotografias (en un nuacutemero muy inferior si las comparamos con la produccioacuten fotograacutefica de los antifascistas) del bando sublevado como aquellas que retratan eljuego de un grupo de soldados del Ejeacutercito de Marruecos en un rato de juego en la Ciudad Universitaria el19 de mayo de 1938 tal y como se indica en el reverso de la imagen sellada por la Seccioacuten Teacutecnica del Ministerio del Interior (Figura 9)

El porqueacute de la inexistencia de alguna huella visual de ese momento de ocio entre los soldados republicanos podriacutea explicarse como algo meramente casual de no ser porque conocemos a traveacutes de la prensa que el gobierno republicano consideroacute el juego como una actividad impropia en el frente hasta tal punto que este tema se convirtioacute en el protagonista de la tira coacutemica Hay que evitar ser tan bruto como el soldado Canuto publicada en La Voz del combatiente Esta seccioacuten se encargaba de recordar al soldado antifascista a traveacutes del personaje de Canuto como no debla comportarse El diacutea cinco de abril de 1937 bajo el tiacutetulo El peor de

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los vicios es eljuego la tira estaacute dedicada a advertir a los soldados de lo negativo del juego Canuto retorna al frente y sigue tan imprudente Pues a su sector llegado una baraja ha sacado Logra formar enseguida una importante partida Se juega con gran fruic ioacuten hasta la respiracioacuten A Canuto le han ganado y encima quedoacute entrampado

Figura 9 - Juego de un grupo de soLdados deL Ejeacutercito de Marruecos Fotografia Autor nofue citado Seccioacuten Teacutecnica deL Ministerio deL Interior

Fuente Biblioteca NacionaL Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Tambieacuten en el Manual del Miliciano que la Editorial Labor publica en 1937 en el apartado dedicado a la Moral del Miliciano se advierte de la necesidad de controlar a aquellos que se dejan llevar por los impulsos

Nada maacutes nefasto en cambio que la conducta de quienes a riacuteo revuelto pretenden convertir la guerra en tolvanera de sus apetitos El arte y la literatura han marcado con fuego la injuria de aquellos seres indignos qu~ al margen de la lucha y casi siempre a cubierto de sus riesgos caen sin piedad sobre vidas y haciendas sin otro moacutevil que el de saciar sus ansias de destruccioacuten o de rapintildea Son eacutestos elementos indeseables cuya eliminacioacuten del cuerpo social soacutelo puede reportar grandes

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beneficios no ya porque manchan la revo luc ioacuten con sus actos reprobables sino porque alumbran en el alma de los indiferentes la idea de que la razoacuten - tan clara - no estaacute de nuestra parte

Se podriacutea pensar que las dificultades por las que atravesaba la retaguardia madrilentildea con el fin de suministrar lo necesario en la vanguardia haciacutean inconveniente mostrar una imagen tan friacutevola de los defensores de la ciudad y por tanto se podriacutea haber evitado retratar esa situacioacuten Parece que el juego y las apuestas no eran del gusto de un ejeacutercito que primaba la formacioacuten sobre la diversioacuten

En otras ocasiones y como resultado de ese control el fotoacutegrafo teniacutea que enfrentarse a la recreacioacuten de escenas beacutelicas que debiacutean ser fotografiadas como si se tratara de una real Son muchos los testimonios de reporteros que afirmaron la escenificacioacuten de determinadas acciones ante la caacutemara con fines propagandiacutesticos pero no soacutelo en la zona republicana sino tambieacuten en la sublevada tal y como afirma el periodista britaacutenico DDowd Gallagher a quien Robert Capa confesoacute

En Espantildea empeceacute por Hendaya en Francia en la frontera espantildeola proacutexima a San Sebastiaacuten La mayoriacutea de los reporteros y fotoacutegrafos nos hospedaacutebamos en un pequentildeo hotel destartalado Nos introdujimos en la Espantildea de Franco a traveacutes del riacuteo Iruacuten una vez que nos dieron penniso los oficiales de prensa de Franco en Burgos En una ocasioacuten soacutelo invitaron a los fotoacutegrafos [ ] y Capa me lo contoacute Les simularon escenas de batalla Las tropas de Franco vestiacutean de uniforme y estaban armadas y simulaban situaciones de ataque y de defensa Utilizaron bombas de humo para ambientar la escena (LEWINSKY 1978 p88)

De este modo el control ejercido por las autoridades poliacuteticas sindicales y militares tanto del frente como de la retaguardia fue uno de los caballos de batalla de los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid Sin embargo el manejo del lenguaje visual (complejo por definicioacuten) de eacutestos haciacutea posible establecer miradas diferentes en las imaacutegenes que eran tomadas por los que hemos denominado fotoacutegrafos oficiales y fotoacutegrafos oficiosos

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Los fotoacutegrafos oficiales y oficiosos en un ejemplo concreto el retrato de mujeres

Para cerrar esta breve reflexioacuten acerca del papel desarrollado por los fotoacutegrafos que cubrieron la Guerra Civil Espantildeola en Madrid debemos hacer una diferenciacioacuten que marca las dos maneras de mirar que se plasman a traveacutes de las fotografiacuteas Para entender de queacute hablamos cuando hacemos una distincioacuten entre fotoacutegrafos oficiales y oficiosos pondremos un ejemplo visual

Figura JO - Mujer abatida sobre los restos de su casa de Teuaacute de las ViclOrias Fotografza Autor nojIacutete citadoServicio de Propaganda del Servicio Fgraacutefico

dell1inisterio de EXleriores Fuente Biblioteca NacionalFondo FOlOgraacutefico de la Guerra Civil Madrid

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Fotoacutegrafos de guerra la cobertunI iacuteotogiiexclififad~ Iiexcll GueriexcliexcltCiexcl1EspaIIacuteola (1 Mwrjd 51 WJmiddot19~9)

Figura J J - l1ujeres inen tan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacuteiles en su nueva residencia

Faagrafia AUlOr no jite citado Casa barcelonesa de P Luis Torrents Fuente Biblioeca NacionalFondo FOlograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Se trata de dos fotografiacuteas rescatadas del Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola que se conserva en la Biblioteca Nacional (Madrid) en las que se retratan mujeres regresando a sus hogares tras el estallido de una bomba lanzada por la aviacioacuten enemiga Las dos imaacutegenes representan una misma accioacuten sin embargo el enfoque es diferente Mientras en la figura 10 (sellada por el Servicio de Propaganda del Servicio Fotograacutefico del Ministerio de Exteriores) se muestra una mujer abatida sobre los restos de su casa de Tetuaacuten de las Victorias la figura 11 (sellada por la casa barcelonesa de P Luis Torrents) muestra una actitud diferente ante ese mismo hecho En esta imagen las mujeres no se sientan a contemplar el resultado de los proyectiles lanzados por la aviacioacuten facciosa sino que intentan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacutetiles en su nueva residencia Por tanto la primera fotografia corresponde a la imagen pasiva de la mujer tradicional y La segunda a la verdadera imagen de la mujer de Madrid aquella que luchoacute de manera activa contra el fascismo en la retaguardia madrilentildea hacieacutendose responsable del sustento material y moral de su familia

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La totalidad de fotografias que retratan a la mujer de costumbres madrilentildea (es decir aquella que se encargoacute de cuidar de su familia) y que estaacuten selladas por los fotoacutegrafos oficiales (entendiendo por oficial aquel que trabaja para una institucioacuten puacuteblica ya sea poliacutetica o sindical)

responde al prototipo de mujer pasiva viacutectima de lo que OCUlTe mientras

que las fotografiacuteas tomadas por los fotoacutegrafos oficiosos (los que

trabajaron para las distintas casas de fotografiacutea de Madrid y de otras

localidades y los reporteros de guelTa) muestran la imagen de una mujer

combativa que lucha contra la sublevacioacuten desde la retaguardia

El motivo parece estar claro la imagen de la mujer de costumbres

abatida que se mostraba en carteles documentales y fotografias tomadas

por las autoridades antifascistas resultaba maacutes exportable para mostrar

al mundo las siniestras consecuencias de una sublevacioacuten militar que la

imagen de una mujer que intentoacute acomodarse a las exigencias impuestas por el estallido del conflicto

Consideraciones finales

Como dijo Pierre Bourdieu al hablar de las cinco satisfacciones que

aporta la fotografiacutea (la proteccioacuten contra el paso del tiempo la

comunicacioacuten con los demaacutes y la expresioacuten de sentimientos las

realizaciones de uno mismo el prestigio social la distraccioacuten y la evasioacuten)

[ ] la fotografia tendriacutea como funcioacuten ayudar a sobrellevar la angustia suscitada por el paso del tiempo ya sea proporcionando un sustituto maacutegico de lo que aqueacutel se ha llevado ya sea supliendo las fallas de la memoria y sirviendo de punto de apoyo a la evocacioacuten de recuerdos asociados en suma produciendo el sentimiento de vencer al tiempo y su poder de destruccioacuten (BOURDIEU 2003 p52)

Gracias al trabajo realizado por los fotoacutegrafos que cubrieron el

conflicto en la ciudad de Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de

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abril de 1939 hemos podido recuperar la memoria (jiexcll acontecimiento

maacutes negro de la historia reciente de Espantildea a traveacutes del soporte visual

El trabajo que los corresponsales y fotoacutegrafos realizaron al estallar la guerra se ajustoacute al ritmo impuesto por la contienda por lo que tuvieron que enfrentarse a cuatro problemas baacutesicos que condicionaron su trabajo

la falta de suministros la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente los peligros derivados del fuego cruzado y de los continuos bombardeos sobre el frente y la retaguardia y el control y la censura impuesta por las autoridades Este uacuteltimo condicionante fue determinante en tanto que

los servicios de propaganda controlaron el laboro de los fotoacutegrafos y el resultado que era publicado en revistas y perioacutedicos de la Espantildea republicana de ahiacute que podamos hablar de dos tipos de fotografias que reflejan dos miradas diferentes sobre la realidad las tomadas por fotoacutegrafos que trabajaron para una institucioacuten poliacutetica y sindical (los fotoacutegrafos oficiales) y los retratos realizados por fotoacutegrafos que lo hicieron para un local de fotografia o para medios extranjeros (los fotoacutegrafos oficiosos) Por otro lado y debido a este feacuterreo control resulta muy interesante para los estudiosos que trabajan la imagen como medio para acercarse al pasado observar tanto lo que se retrata como lo que se silencia visualmente ya que marca el discurso oficial que se impuso durante los tres antildeos de contienda Para ilustrar nuestra hipoacutetesis de trabajo hemos empleado varios ejemplos visuales

Bibliografia

BOURDIEU Pierre Un arte intermedio ensayo sobre los usos

sociales de la fotografia Barcelona Gustavo Giliacute 2003

COx Geoffrey La defensa de Madrid Madrid Oberon 2005

KERSHAW Alex Sangre y champaacuten la vida y la (poca de Robert

Capa Madrid Debate 2003

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LEWINSKY Jorge The camera at war a history ofworld photography from 1848 to present day Nueva York Simon amp Schuster 1978

LOacutePEZ MONDEacuteJAR Publio Alfonso cincuenta antildeos de Historia de Espantildea Madrid Editorial Lunwerg 2004

MANUAL del Miliciano [Sl] Editorial Labor 1937

NUESTRA propaganda en las filas facciosas La voz del combatiente Madrid 23 mar 1937 p5

OLMEDA Fernando Gerda Tardo fotoacutegrafa de guerra el peliodismo como testigo de la historia Madrid Debate 2007

WHELAN Richard Capa cara a cara fotografias de Robert Capa sobre la Guerra Civil Espantildeola Madrid MNCARS 1999

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Ultima Hora em cena amodernidade fotograacutefica

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Silvana Louzada

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acudir al frente sin un pase que se obteniacutea tras la identificacioacuten de quieacutenes eran y para quieacuten trabajaban como desarrollaremos maacutes adelante En el caso de la cobertura en el frente eran trasladados y acompantildeados por un responsable de propaganda y la burla de cualquiera de estas normas suponiacutea un peligro para el fotoacutegrafo como comenta en sus memorias uno de los periodistas que cubrieron el conflicto en Madrid acerca del fotoacutegrafo londinense HY Drees

Durante diez diacuteas estuvo sin pases Y sin embargo gracias a alguacuten don excepcional - supongo que esto es lo que tienen los buenos fotoacutegrafos de prensa - siempre salioacute bien parado La noche del principal ataque aeacutereo fue su gran triunfo Estaba muy afectado por el bombardeo porque le habiacutea golpeado literalmente el soplo de la explosioacuten en una callejuela y se estaba recuperando en una cama de la Telefoacutenica cuando de repente se despertoacute agarroacute su caacutemara y subioacute a la deacutecima planta para fotografiar la ciudad en llamas Alliacute le arrestoacute un guardia Un periodista que hablaba espantildeol y habiacutea escuchado el incidente fue a ofrecer explicaciones al jefe de los guardias del edificio No soacutelo se encontroacute con que Drees ya no estaba arrestado sino que estaba tan campante en la planta trece rodeado de guardias admirativos que le miraban mientras fotografiaba la escena entera y posaban con orgullo para sus propias fotografiacuteas (COX 2005 p261-262)

Los problemas maacutes graves a los que tuvieron que enfrentarse los fotoacutegrafos en Madrid fueron los derivados de los constantes bombardeos que los aviones enemigos lanzaron sobre la ciudad puesto que como muchos de los locales dedicados a la fotografiacutea en Madrid y las residencias de los fotoacutegrafos extranjeros estaban ubicados en la zona centro corriacutean un mayor riesgo De hecho conocemos como el fotoacutegrafo Alfonso se vio obligado a abandonar durante meses su estudio de la calle Fuencarral por la constante amenazada que significaba encontrarse cercano al edificio de la Telefoacutenica el maacutes alto de Madrid y por tanto objetivo prioritario de la aviacioacuten enemiga Un ejemplo graacutefico del peligro que corrieron los locales de fotografia de la ciudad

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eS la siguiente fotografiacutea (Figura 2) en la que se puede ver el estudio de Fotos Galaacuten3 situado en la calle Alcalaacute 9 completamente derruido como consecuencia de uno de los numerosos bombardeos aeacutereos

Figura 2 - Estudio de Fotos Galaacuten derruido Fotografla Aulor nojuacutee citado

Fuente Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Otros fotoacutegrafos aquellos encargados de cubrir el frente llegaron a pagar con su vida Uno de los ejemplos maacutes conocidos es el de Gerda Taro que trabajoacute para las revistas francesas Ce Soir y Regards cubriendo el conflicto en Coacuterdoba Barcelona y Madrid entre otras ciudades En la

3 A pesar de que en el letrero del local fotograacutefico se lee claramente Totos Galaacuten en el li stado que hemos localizado en el Anuario General de Espantildea Bailly-Baillieacutere de 1936 figura el nombre de Teodoro Orozco como el correspondie nte al estudio fotograacute fi co del nuacutemero nueve de la ca lle Alcalaacute Puede deberse a dos razones un cambio de nombre tras la edicioacuten del nuacutemero del Anuario o a que con el estallido de la guerra el com iteacute de trabajadores del local sustituye ran el nombre del propietario por el de FalOS Galaacuten

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fotografiacutea que se presenta a continuacioacuten (Figura 3) Robert Capa su pareja la retratoacute resguardada del ataque de los sublevados en el Frente de Coacuterdoba en 1936

Figura 3 - Cerda Taro resguardada del alaque de los sublevados en el Frente de Coacuterdoba en 1936

Faagrafia Robert Capa Fuente Olmeda (2007)

y seraacute precisamente en el Frente de Brunete en el que el25 de jul io de 1937 a las 18 30 horas cuando la fotoacutegrafa pierda la vida a causa de un accidente fOltuitO un tanque descontrolado que intentoacute zafarse de un bombardeo enemigo se cruzoacute en la carretera invadiendo el carril en el que transitaba el camioacuten que trasladaba a varios heridos y a Gerda El golpe le hizo caer y el tanque pasoacute por encima de su cuerpo Murioacute unas horas maacutes tarde en el hospital ingleacutes de El Goloso Unos minutos antes del incidente Gerda escribioacute en su diario

Caen bombas muy cerca de nuestra posicioacuten Oiacutemos el ruido estremecedor de los bombardeos Ted se cubre la cabeza pero yo saco fotos sin parar Mantengo la sangre friacutea en medio de una escena apocaliacuteptica con aviones descendi endo en picado explosiones que agujerean la tierra y soldados que hu yen presos

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Fotoacutegrafos de guen-a la cobertura iacuteotogijiacutefica d~ la iexcliexcllIerra CiiacuteirEspantildeQla en ~fadrid (1936-1939)

del paacutenico Conservo la calma cuando un avioacuten abre fuego sobre nuestro hoyo Me quedo tumbada de espaldas y sigo disparando la Leica Se me acaban los carretes (OLMEDA 2007 p179)

Soacutelo por este motivo (a Gerda se le habiacutea acabado el material para fotografiar) decidioacute abandonar la primera liacutenea y subirse al camioacuten Esta decisioacuten a la hora de fotografiar en primera liacutenea (y que desobedeciacutea la orden expresa del general Walter miembro de las Brigadas Intemacionales) le costoacute la vida pero hasta el uacuteltimo aliento se preocupoacute por su material porque sabiacutea de la importancia de denunciar visualmente aquello que estaba ocurriendo De hecho una de las enfermeras que le atendioacute Irene Goldin afirmoacute el tanque le habiacutea abierto el estoacutemago y teniacutea heridas abdominales muy graves se le habiacutean salido todos los intestinos [ ] Lo uacutenico que dijo fue iquestestaacuten bien mis caacutemaras Son nuevas iquestEstaacuten bien (KERSHAW 2003 p181)

A pesar de las numerosas complicaciones los fotoacutegrafos continuaron con su labor orientada a tres actividades primordiales fotoperiodismo fotografiacutea oficial y otros trabajos entre los que podriacuteamos incluir los de estudio sobretodo las fotografiacuteas de carnet esenciales en una ciudad en la que todos debiacutean estar identificados

Los fotoacutegrafos

Fueron muchos los fotoacutegrafos conocidos que trabajaron en Madlid Entre los espantildeoles destacaron Manuel Albero y Francisco Segovia Marin loseacute Mariacutea Casariego Alfonso Santos Yubero Agustiacute y Llu iacutes Centelles Lluiacutes Torrents Luis Vidal Corrella los Mayo entre otros Entre los reporteros extranjeros que soliacutean alojarse en el Hotel Florida (en la plaza de Callao) o el Hotel Gran Viacutea Uunto al bar Chicote) que cubrieron el conflicto en la capital encontramos a Robert Capa Gerda Taro lean Moral David Seymour Luis Bressange Walter Reuter y otros que trabajaron para las agenciasAP Keystone View Company Planet News

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World Wide Photo Central Press y London News Agency Press por mencionar las maacutes importantes

Durante la Guerra Civil Espantildeola los fotoacutegrafos se agruparon bajo varias organizaciones sindicales dependientes de las ramas de Artes Graacuteficas la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y la Seccioacuten de Fotoacutegrafos de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola Si a la informacioacuten que se desprendede las fichas de afiliacioacuten de estos sindicatos unimos la extraiacuteda de los archivos de la Junta Delegada de Defensa de Madrid a traveacutes de las fichas laborales que la Seccioacuten Fotograacutefica elaboroacute con el fin de controlar la actividad en la capital podemos hacemos una idea del nuacutemero de fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid y una cuestioacuten maacutes interesante quieacutenes eran

Se trata de un total de 1249 fichas distribuidas de la siguiente manera 197 de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 455 fichas de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y 597 fichas de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Junta Delegada de Defensa de Madrid

De entre el total de fotoacutegrafos 113 trabajaron para perioacutedicos y revistas 37 en el frente 57 para una institucioacuten oficial 585 en un local de fotografiacutea 193 en la viacutea puacuteblica o como fotoacutegrafo al minuto y 240 eran afiliados de los que o no tenemos constancia de doacutende trabajaron o no eran fotoacutegrafos pero su trabajo estaban directamente relacionado con el mundo de la imagen A continuacioacuten presentamos una tabla con esta informacioacuten detallada por organizaciones

Perioacutedicos Institucioacuten Locales Viacutea PuacuteblicaFrente OtrosRevistas Oficial Fotograacuteficos Al Minuto

Junta Delegada 73 34 54 121 180 115JI L -lt 1 ~

26 H 2 JL middottrSociedad Obrera 315 10 101J~ I shy

Federacioacuten Graacutefica 14 lt 1f 2 lf 149 r 3 -

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Tabla 1 - Fotograacutefos e otros relacionados con el mundo de laf grafia que trabajaron en la guerra

Ante estos datos debemos hacer dos aclaraciones en primer lugar estos registros no soacutelo se refieren exclusivamente a fotoacutegrafos sino a todos aquellos que estuvieron relacionados con el mundo de la fotografiacutea (incluidos reveladores ayudantes aprendices encargados de tienda etc) y en segundo lugar que alguno de los nombres se encuentra en varias de estas organizaciones 14 obtuvieron fichas de ingreso de la Junta Delegada de Defensa de Madrid la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares 4 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 22 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y 120 obtuvieron ficha de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y la Sociedad de Obreros Fotoacutegrafos

La fuente maacutes interesante de trabajo la encontramos en las fichas de la Junta Delegada de Defensa de Madrid puesto que controloacute exhaustivamente a los fotoacutegrafos a traveacutes del trabajo de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa dirigida por Joseacute Carrentildeo Espantildea De hecho se anularon los permisos concedidos con anterioridad y se obligoacute a solicitar unos nuevos ahora controlados por la Junta tal y como se publicoacute en su Boletiacuten Oficial en diciembre de 1936

Para poder obtener fotografiacuteas tanto de la ciudad como de sus frentes de guerra a que se extiende mi autoridad de Comandante de la plaza seraacute preciso proveerse de licencia concedida por el Delegado de Propaganda y Prensa de esta Junta que necesariamente habraacute estar firmada por el mismo

A continuacioacuten presentamos la ficha de Gerda Taro (Figura 4) sellada el 25 de enero de 1937 en la que se incluyen datos como su nombre completo (Gerta Pohorylle) su domicilio en Pariacutes (50 Rue Vavin) el lugar y fecha de nacimiento (Stuttgart 01081910) la empresa para la que trabajaba (Le Soir Paris) el domicilio oficial en Madrid (Alianza de Intelectuales) y el partido poliacutetico al que perteneciacutea (AEAR) La ficha iba acompantildeada de una fotografiacutea de carnet entregada por la interesada (Figura 5)

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JUNTA OELEGADA DE DEfENSA DE MADRID Secretaria de Propagandamiddot Seccioacuten Fotooraacutefical FILlAcrOacuteN DEL FOTOacuteGRAfO -7-rt

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Figura 4 - La ficha de Gerda Taro Fuene AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

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Figura 5 - Fotografla de Gerda Taro Fotografia Autor nojuacutee citado

Fuente AHNSeccioacuten Salamanca pis Madrid

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Fotoacutegrafos de guerra la co_bertllra fotoiexcl(rJJICil aiexcliexcliexcliexcluiexcllIctra Ct1T]spantildeola en Madrid (1936-19l9) 149

Para poder trabajar libremente esta identificacioacuten debiacutea ir acompantildeada de una autorizacioacuten expedida por los jefes militares del sector correspondiente tal y como se detalla en la siguiente autorizacioacuten (Figura 6) sellada por la Junta Delegada de Defensa de Madrid y la 40 Brigada Mixta del Estado Mayor de la Repuacuteblica Espantildeola (que estaacute firmada por el General Miaja el 17 de febrero de 1937) a Alfonso Saacutenchez Portela conocido como Alfonso concedieacutendole permiso para trabajar en el frente o la siguiente (Figura 7) sellada ellO de marzo de 1939 (unos diacuteas antes de finalizar la guerra) en la que el Director General de Seguridad le autorizaba a obtener informacioacuten graacutefica en el interior de la capital

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Figura 6 - Autorizacioacuten expedida para poder trabajar libremente Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

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Figura 7 - Autorizacioacuten expedida para Alfonso Saacutenchez Porlea diacuteas antes dejinalizar la guerra

Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

Si tras la entrada en vigor de la disposicioacuten de obligatoriedad de identificacioacuten se sorprendiacutea a un fotoacutegrafo sin permiso o empleando una caacutemara que no hubiera obtenido la licencia adecuada eacuteste era considerado un desafecto a la causa republicana y debiacutea ser juzgado por tal causa por el fuero militar

En el caso del reportero graacutefico eacuteste debiacutea proveerse de una chapa metaacutelica numerada que le identificara como tal (tras previo aval de la Direccioacuten de la agrupacioacuten Unioacutende Informadores Graacuteficos de Prensa) y asiacute tener acceso libre a los espacios de la ciudad ademaacutes de una tarjeta identificativa autorizada por el Delegado y el Secretario General de Prensa

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Una vez que los fotoacutegrafos haciacutea su trabajo el control se extendiacutea a la seccioacuten graacutefica de las revistas y perioacutedicos sometida a un total control por parte de las autoridades tal y como se extrae de la sifruiente disposicioacuten publicada en el Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid en enero de 1937

A partir de las doce de la noche del diacutea 30 de diciembre de 1936 queda terminantemente prohibida la publicacioacuten en Madrid de perioacutedicos diarios revistas boletines tanto de empresas como de organizaciones poliacuteticas sindicales y de milicias dibujos litografiacuteas y demaacutes med ios graacuteficos mencionados en el artiacuteculo segundo de la Ley de Imprenta con excepcioacuten de libros si que previamente hayan sido autori zados por la censura de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa de esta Junta De toda publicacioacuten graacutefica sometida a censura se presentaraacuten tres ejemplares uno que se devolveraacute sellado cuando se autorice para que salga a la luz y dos que se conservaraacuten en la referida Delegacioacuten para constituir el Archivo de la revolucioacuten que en su diacutea seraacute depositado donde disponga el Gobierno legiacutetimo de la Repuacuteblica 4

Como ya hemos comentado la fotografiacutea es el mejor soporte para mostrar aquello que se quiere mostrar por lo que las autoridades responsables de la defensa de Madrid la utilizaron como medio propagandiacutestico de ahiacute el feacuterreo control de fotoacutegrafos y medios de comunicacioacuten Por eso resulta interesante hablar no soacutelo de lo que se retrata sino tambieacuten de lo que se oculta Pondremos un ejemplo a traveacutes de lo visual que nos serviraacute para ilustra nuestra hipoacutetesis las fotografiacuteas tomadas a milicianos y soldados defensores de la capital en momentos de asueto Si analizamos la produccioacuten fotograacutefica de este asunto que se conserva en el Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola de la Biblioteca Nacional observamos que la imagen gira en tomo a dos ejes de representacioacuten la alimentacioacuten y la formacioacuten

bull Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid Antildeo 2 n2 1 dc enero de 1937 Tomo 1 p7)

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cultural de los combatientes No parece casual que la mayoriacutea de las imaacutegenes del descanso de los soldados de Madrid que se conservan en el fondo que trabajamos coincidan en tema con las maacutexi mas preocupaciones del gobierno republicano los problemas de alimentacioacuten y abastecimiento de las tropas defensoras y la educacioacuten como medio de luchar contra el fascismo Esto se puede ver claramente en la siguiente imagen (Figura 8) un trabajo de la casa de fotografiacutea Albero y Segovia en la que un grupo de 7 milicianos alguno de ellos armado que estaacuten en un espacio cerrado rodean una mesa en la que se disponen copiosamente viacuteveres Si atendemos a la expresioacuten corporal podemos intuir que los siete observadores intemos mantienen claramente una pose ante la caacutemara del fotoacutegrafo Por ejemplo el hombre que cierra la escena a la derecha sostiene con cierta dificultad y de manera muy artificial en su mano izquierda unas cajetillas de tabaco y un paquete sin soltar el arma (que no estaacute colgada) de tal modo que la mano derecha le impide ayudarse con la carga La intencioacuten parece clara este personaje debe ser fotografiado con los viacuteveres en su mano pero sin soltar su arma que debe formar parte del cuadro

Figura 8 - Grupo de 7 milicianos rodean una mesa Fotografia Autor nofuacutee citado Casa de fOlografia Albero y Segovia

Fue11le Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

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Lo que recuperamos en el reverso de la imagen tambieacuten nos ayuda a descubrir la connotacioacuten de la fotografia

El fin del antildeo 36 de los milicianos de la intendencia reciben cajetillas chocolates vinos y licores conservas hasta jamones abundante ropa y tambieacuten cantidades en metaacute lico Asiacute cuida la Repuacuteblica a sus bravos luchadores

Como hemos comentado tan importante resulta lo que se ve como lo que se oculta Pongamos otro ejemplo A pesar de las numerosas fotografiacuteas que muestran los momentos de asueto de los defensores del Madrid del iexclNo pasaraacuten no existe ninguna en la que se retrate a los soldados realizando actividades luacutedicas como jugar a las cartas algo que resulta sorprendente si tenemos en cuenta que seguacuten el testimonio de alguno de los supervivientes era algo habitual hasta el punto de convertirse en la uacutenica manera de matar el tiempo Por el contrario siacute encontramos testimonio graacutefico de la praacutectica de este tipo de juegos entre las fotografias (en un nuacutemero muy inferior si las comparamos con la produccioacuten fotograacutefica de los antifascistas) del bando sublevado como aquellas que retratan eljuego de un grupo de soldados del Ejeacutercito de Marruecos en un rato de juego en la Ciudad Universitaria el19 de mayo de 1938 tal y como se indica en el reverso de la imagen sellada por la Seccioacuten Teacutecnica del Ministerio del Interior (Figura 9)

El porqueacute de la inexistencia de alguna huella visual de ese momento de ocio entre los soldados republicanos podriacutea explicarse como algo meramente casual de no ser porque conocemos a traveacutes de la prensa que el gobierno republicano consideroacute el juego como una actividad impropia en el frente hasta tal punto que este tema se convirtioacute en el protagonista de la tira coacutemica Hay que evitar ser tan bruto como el soldado Canuto publicada en La Voz del combatiente Esta seccioacuten se encargaba de recordar al soldado antifascista a traveacutes del personaje de Canuto como no debla comportarse El diacutea cinco de abril de 1937 bajo el tiacutetulo El peor de

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los vicios es eljuego la tira estaacute dedicada a advertir a los soldados de lo negativo del juego Canuto retorna al frente y sigue tan imprudente Pues a su sector llegado una baraja ha sacado Logra formar enseguida una importante partida Se juega con gran fruic ioacuten hasta la respiracioacuten A Canuto le han ganado y encima quedoacute entrampado

Figura 9 - Juego de un grupo de soLdados deL Ejeacutercito de Marruecos Fotografia Autor nofue citado Seccioacuten Teacutecnica deL Ministerio deL Interior

Fuente Biblioteca NacionaL Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Tambieacuten en el Manual del Miliciano que la Editorial Labor publica en 1937 en el apartado dedicado a la Moral del Miliciano se advierte de la necesidad de controlar a aquellos que se dejan llevar por los impulsos

Nada maacutes nefasto en cambio que la conducta de quienes a riacuteo revuelto pretenden convertir la guerra en tolvanera de sus apetitos El arte y la literatura han marcado con fuego la injuria de aquellos seres indignos qu~ al margen de la lucha y casi siempre a cubierto de sus riesgos caen sin piedad sobre vidas y haciendas sin otro moacutevil que el de saciar sus ansias de destruccioacuten o de rapintildea Son eacutestos elementos indeseables cuya eliminacioacuten del cuerpo social soacutelo puede reportar grandes

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beneficios no ya porque manchan la revo luc ioacuten con sus actos reprobables sino porque alumbran en el alma de los indiferentes la idea de que la razoacuten - tan clara - no estaacute de nuestra parte

Se podriacutea pensar que las dificultades por las que atravesaba la retaguardia madrilentildea con el fin de suministrar lo necesario en la vanguardia haciacutean inconveniente mostrar una imagen tan friacutevola de los defensores de la ciudad y por tanto se podriacutea haber evitado retratar esa situacioacuten Parece que el juego y las apuestas no eran del gusto de un ejeacutercito que primaba la formacioacuten sobre la diversioacuten

En otras ocasiones y como resultado de ese control el fotoacutegrafo teniacutea que enfrentarse a la recreacioacuten de escenas beacutelicas que debiacutean ser fotografiadas como si se tratara de una real Son muchos los testimonios de reporteros que afirmaron la escenificacioacuten de determinadas acciones ante la caacutemara con fines propagandiacutesticos pero no soacutelo en la zona republicana sino tambieacuten en la sublevada tal y como afirma el periodista britaacutenico DDowd Gallagher a quien Robert Capa confesoacute

En Espantildea empeceacute por Hendaya en Francia en la frontera espantildeola proacutexima a San Sebastiaacuten La mayoriacutea de los reporteros y fotoacutegrafos nos hospedaacutebamos en un pequentildeo hotel destartalado Nos introdujimos en la Espantildea de Franco a traveacutes del riacuteo Iruacuten una vez que nos dieron penniso los oficiales de prensa de Franco en Burgos En una ocasioacuten soacutelo invitaron a los fotoacutegrafos [ ] y Capa me lo contoacute Les simularon escenas de batalla Las tropas de Franco vestiacutean de uniforme y estaban armadas y simulaban situaciones de ataque y de defensa Utilizaron bombas de humo para ambientar la escena (LEWINSKY 1978 p88)

De este modo el control ejercido por las autoridades poliacuteticas sindicales y militares tanto del frente como de la retaguardia fue uno de los caballos de batalla de los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid Sin embargo el manejo del lenguaje visual (complejo por definicioacuten) de eacutestos haciacutea posible establecer miradas diferentes en las imaacutegenes que eran tomadas por los que hemos denominado fotoacutegrafos oficiales y fotoacutegrafos oficiosos

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Los fotoacutegrafos oficiales y oficiosos en un ejemplo concreto el retrato de mujeres

Para cerrar esta breve reflexioacuten acerca del papel desarrollado por los fotoacutegrafos que cubrieron la Guerra Civil Espantildeola en Madrid debemos hacer una diferenciacioacuten que marca las dos maneras de mirar que se plasman a traveacutes de las fotografiacuteas Para entender de queacute hablamos cuando hacemos una distincioacuten entre fotoacutegrafos oficiales y oficiosos pondremos un ejemplo visual

Figura JO - Mujer abatida sobre los restos de su casa de Teuaacute de las ViclOrias Fotografza Autor nojIacutete citadoServicio de Propaganda del Servicio Fgraacutefico

dell1inisterio de EXleriores Fuente Biblioteca NacionalFondo FOlOgraacutefico de la Guerra Civil Madrid

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Figura J J - l1ujeres inen tan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacuteiles en su nueva residencia

Faagrafia AUlOr no jite citado Casa barcelonesa de P Luis Torrents Fuente Biblioeca NacionalFondo FOlograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Se trata de dos fotografiacuteas rescatadas del Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola que se conserva en la Biblioteca Nacional (Madrid) en las que se retratan mujeres regresando a sus hogares tras el estallido de una bomba lanzada por la aviacioacuten enemiga Las dos imaacutegenes representan una misma accioacuten sin embargo el enfoque es diferente Mientras en la figura 10 (sellada por el Servicio de Propaganda del Servicio Fotograacutefico del Ministerio de Exteriores) se muestra una mujer abatida sobre los restos de su casa de Tetuaacuten de las Victorias la figura 11 (sellada por la casa barcelonesa de P Luis Torrents) muestra una actitud diferente ante ese mismo hecho En esta imagen las mujeres no se sientan a contemplar el resultado de los proyectiles lanzados por la aviacioacuten facciosa sino que intentan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacutetiles en su nueva residencia Por tanto la primera fotografia corresponde a la imagen pasiva de la mujer tradicional y La segunda a la verdadera imagen de la mujer de Madrid aquella que luchoacute de manera activa contra el fascismo en la retaguardia madrilentildea hacieacutendose responsable del sustento material y moral de su familia

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La totalidad de fotografias que retratan a la mujer de costumbres madrilentildea (es decir aquella que se encargoacute de cuidar de su familia) y que estaacuten selladas por los fotoacutegrafos oficiales (entendiendo por oficial aquel que trabaja para una institucioacuten puacuteblica ya sea poliacutetica o sindical)

responde al prototipo de mujer pasiva viacutectima de lo que OCUlTe mientras

que las fotografiacuteas tomadas por los fotoacutegrafos oficiosos (los que

trabajaron para las distintas casas de fotografiacutea de Madrid y de otras

localidades y los reporteros de guelTa) muestran la imagen de una mujer

combativa que lucha contra la sublevacioacuten desde la retaguardia

El motivo parece estar claro la imagen de la mujer de costumbres

abatida que se mostraba en carteles documentales y fotografias tomadas

por las autoridades antifascistas resultaba maacutes exportable para mostrar

al mundo las siniestras consecuencias de una sublevacioacuten militar que la

imagen de una mujer que intentoacute acomodarse a las exigencias impuestas por el estallido del conflicto

Consideraciones finales

Como dijo Pierre Bourdieu al hablar de las cinco satisfacciones que

aporta la fotografiacutea (la proteccioacuten contra el paso del tiempo la

comunicacioacuten con los demaacutes y la expresioacuten de sentimientos las

realizaciones de uno mismo el prestigio social la distraccioacuten y la evasioacuten)

[ ] la fotografia tendriacutea como funcioacuten ayudar a sobrellevar la angustia suscitada por el paso del tiempo ya sea proporcionando un sustituto maacutegico de lo que aqueacutel se ha llevado ya sea supliendo las fallas de la memoria y sirviendo de punto de apoyo a la evocacioacuten de recuerdos asociados en suma produciendo el sentimiento de vencer al tiempo y su poder de destruccioacuten (BOURDIEU 2003 p52)

Gracias al trabajo realizado por los fotoacutegrafos que cubrieron el

conflicto en la ciudad de Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de

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abril de 1939 hemos podido recuperar la memoria (jiexcll acontecimiento

maacutes negro de la historia reciente de Espantildea a traveacutes del soporte visual

El trabajo que los corresponsales y fotoacutegrafos realizaron al estallar la guerra se ajustoacute al ritmo impuesto por la contienda por lo que tuvieron que enfrentarse a cuatro problemas baacutesicos que condicionaron su trabajo

la falta de suministros la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente los peligros derivados del fuego cruzado y de los continuos bombardeos sobre el frente y la retaguardia y el control y la censura impuesta por las autoridades Este uacuteltimo condicionante fue determinante en tanto que

los servicios de propaganda controlaron el laboro de los fotoacutegrafos y el resultado que era publicado en revistas y perioacutedicos de la Espantildea republicana de ahiacute que podamos hablar de dos tipos de fotografias que reflejan dos miradas diferentes sobre la realidad las tomadas por fotoacutegrafos que trabajaron para una institucioacuten poliacutetica y sindical (los fotoacutegrafos oficiales) y los retratos realizados por fotoacutegrafos que lo hicieron para un local de fotografia o para medios extranjeros (los fotoacutegrafos oficiosos) Por otro lado y debido a este feacuterreo control resulta muy interesante para los estudiosos que trabajan la imagen como medio para acercarse al pasado observar tanto lo que se retrata como lo que se silencia visualmente ya que marca el discurso oficial que se impuso durante los tres antildeos de contienda Para ilustrar nuestra hipoacutetesis de trabajo hemos empleado varios ejemplos visuales

Bibliografia

BOURDIEU Pierre Un arte intermedio ensayo sobre los usos

sociales de la fotografia Barcelona Gustavo Giliacute 2003

COx Geoffrey La defensa de Madrid Madrid Oberon 2005

KERSHAW Alex Sangre y champaacuten la vida y la (poca de Robert

Capa Madrid Debate 2003

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 jan lim ~(iexclI~

160

LEWINSKY Jorge The camera at war a history ofworld photography from 1848 to present day Nueva York Simon amp Schuster 1978

LOacutePEZ MONDEacuteJAR Publio Alfonso cincuenta antildeos de Historia de Espantildea Madrid Editorial Lunwerg 2004

MANUAL del Miliciano [Sl] Editorial Labor 1937

NUESTRA propaganda en las filas facciosas La voz del combatiente Madrid 23 mar 1937 p5

OLMEDA Fernando Gerda Tardo fotoacutegrafa de guerra el peliodismo como testigo de la historia Madrid Debate 2007

WHELAN Richard Capa cara a cara fotografias de Robert Capa sobre la Guerra Civil Espantildeola Madrid MNCARS 1999

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Ultima Hora em cena amodernidade fotograacutefica

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Silvana Louzada

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fotografiacutea que se presenta a continuacioacuten (Figura 3) Robert Capa su pareja la retratoacute resguardada del ataque de los sublevados en el Frente de Coacuterdoba en 1936

Figura 3 - Cerda Taro resguardada del alaque de los sublevados en el Frente de Coacuterdoba en 1936

Faagrafia Robert Capa Fuente Olmeda (2007)

y seraacute precisamente en el Frente de Brunete en el que el25 de jul io de 1937 a las 18 30 horas cuando la fotoacutegrafa pierda la vida a causa de un accidente fOltuitO un tanque descontrolado que intentoacute zafarse de un bombardeo enemigo se cruzoacute en la carretera invadiendo el carril en el que transitaba el camioacuten que trasladaba a varios heridos y a Gerda El golpe le hizo caer y el tanque pasoacute por encima de su cuerpo Murioacute unas horas maacutes tarde en el hospital ingleacutes de El Goloso Unos minutos antes del incidente Gerda escribioacute en su diario

Caen bombas muy cerca de nuestra posicioacuten Oiacutemos el ruido estremecedor de los bombardeos Ted se cubre la cabeza pero yo saco fotos sin parar Mantengo la sangre friacutea en medio de una escena apocaliacuteptica con aviones descendi endo en picado explosiones que agujerean la tierra y soldados que hu yen presos

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Fotoacutegrafos de guen-a la cobertura iacuteotogijiacutefica d~ la iexcliexcllIerra CiiacuteirEspantildeQla en ~fadrid (1936-1939)

del paacutenico Conservo la calma cuando un avioacuten abre fuego sobre nuestro hoyo Me quedo tumbada de espaldas y sigo disparando la Leica Se me acaban los carretes (OLMEDA 2007 p179)

Soacutelo por este motivo (a Gerda se le habiacutea acabado el material para fotografiar) decidioacute abandonar la primera liacutenea y subirse al camioacuten Esta decisioacuten a la hora de fotografiar en primera liacutenea (y que desobedeciacutea la orden expresa del general Walter miembro de las Brigadas Intemacionales) le costoacute la vida pero hasta el uacuteltimo aliento se preocupoacute por su material porque sabiacutea de la importancia de denunciar visualmente aquello que estaba ocurriendo De hecho una de las enfermeras que le atendioacute Irene Goldin afirmoacute el tanque le habiacutea abierto el estoacutemago y teniacutea heridas abdominales muy graves se le habiacutean salido todos los intestinos [ ] Lo uacutenico que dijo fue iquestestaacuten bien mis caacutemaras Son nuevas iquestEstaacuten bien (KERSHAW 2003 p181)

A pesar de las numerosas complicaciones los fotoacutegrafos continuaron con su labor orientada a tres actividades primordiales fotoperiodismo fotografiacutea oficial y otros trabajos entre los que podriacuteamos incluir los de estudio sobretodo las fotografiacuteas de carnet esenciales en una ciudad en la que todos debiacutean estar identificados

Los fotoacutegrafos

Fueron muchos los fotoacutegrafos conocidos que trabajaron en Madlid Entre los espantildeoles destacaron Manuel Albero y Francisco Segovia Marin loseacute Mariacutea Casariego Alfonso Santos Yubero Agustiacute y Llu iacutes Centelles Lluiacutes Torrents Luis Vidal Corrella los Mayo entre otros Entre los reporteros extranjeros que soliacutean alojarse en el Hotel Florida (en la plaza de Callao) o el Hotel Gran Viacutea Uunto al bar Chicote) que cubrieron el conflicto en la capital encontramos a Robert Capa Gerda Taro lean Moral David Seymour Luis Bressange Walter Reuter y otros que trabajaron para las agenciasAP Keystone View Company Planet News

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World Wide Photo Central Press y London News Agency Press por mencionar las maacutes importantes

Durante la Guerra Civil Espantildeola los fotoacutegrafos se agruparon bajo varias organizaciones sindicales dependientes de las ramas de Artes Graacuteficas la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y la Seccioacuten de Fotoacutegrafos de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola Si a la informacioacuten que se desprendede las fichas de afiliacioacuten de estos sindicatos unimos la extraiacuteda de los archivos de la Junta Delegada de Defensa de Madrid a traveacutes de las fichas laborales que la Seccioacuten Fotograacutefica elaboroacute con el fin de controlar la actividad en la capital podemos hacemos una idea del nuacutemero de fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid y una cuestioacuten maacutes interesante quieacutenes eran

Se trata de un total de 1249 fichas distribuidas de la siguiente manera 197 de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 455 fichas de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y 597 fichas de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Junta Delegada de Defensa de Madrid

De entre el total de fotoacutegrafos 113 trabajaron para perioacutedicos y revistas 37 en el frente 57 para una institucioacuten oficial 585 en un local de fotografiacutea 193 en la viacutea puacuteblica o como fotoacutegrafo al minuto y 240 eran afiliados de los que o no tenemos constancia de doacutende trabajaron o no eran fotoacutegrafos pero su trabajo estaban directamente relacionado con el mundo de la imagen A continuacioacuten presentamos una tabla con esta informacioacuten detallada por organizaciones

Perioacutedicos Institucioacuten Locales Viacutea PuacuteblicaFrente OtrosRevistas Oficial Fotograacuteficos Al Minuto

Junta Delegada 73 34 54 121 180 115JI L -lt 1 ~

26 H 2 JL middottrSociedad Obrera 315 10 101J~ I shy

Federacioacuten Graacutefica 14 lt 1f 2 lf 149 r 3 -

24

Tabla 1 - Fotograacutefos e otros relacionados con el mundo de laf grafia que trabajaron en la guerra

Ante estos datos debemos hacer dos aclaraciones en primer lugar estos registros no soacutelo se refieren exclusivamente a fotoacutegrafos sino a todos aquellos que estuvieron relacionados con el mundo de la fotografiacutea (incluidos reveladores ayudantes aprendices encargados de tienda etc) y en segundo lugar que alguno de los nombres se encuentra en varias de estas organizaciones 14 obtuvieron fichas de ingreso de la Junta Delegada de Defensa de Madrid la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares 4 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 22 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y 120 obtuvieron ficha de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y la Sociedad de Obreros Fotoacutegrafos

La fuente maacutes interesante de trabajo la encontramos en las fichas de la Junta Delegada de Defensa de Madrid puesto que controloacute exhaustivamente a los fotoacutegrafos a traveacutes del trabajo de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa dirigida por Joseacute Carrentildeo Espantildea De hecho se anularon los permisos concedidos con anterioridad y se obligoacute a solicitar unos nuevos ahora controlados por la Junta tal y como se publicoacute en su Boletiacuten Oficial en diciembre de 1936

Para poder obtener fotografiacuteas tanto de la ciudad como de sus frentes de guerra a que se extiende mi autoridad de Comandante de la plaza seraacute preciso proveerse de licencia concedida por el Delegado de Propaganda y Prensa de esta Junta que necesariamente habraacute estar firmada por el mismo

A continuacioacuten presentamos la ficha de Gerda Taro (Figura 4) sellada el 25 de enero de 1937 en la que se incluyen datos como su nombre completo (Gerta Pohorylle) su domicilio en Pariacutes (50 Rue Vavin) el lugar y fecha de nacimiento (Stuttgart 01081910) la empresa para la que trabajaba (Le Soir Paris) el domicilio oficial en Madrid (Alianza de Intelectuales) y el partido poliacutetico al que perteneciacutea (AEAR) La ficha iba acompantildeada de una fotografiacutea de carnet entregada por la interesada (Figura 5)

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JUNTA OELEGADA DE DEfENSA DE MADRID Secretaria de Propagandamiddot Seccioacuten Fotooraacutefical FILlAcrOacuteN DEL FOTOacuteGRAfO -7-rt

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Figura 4 - La ficha de Gerda Taro Fuene AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

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Figura 5 - Fotografla de Gerda Taro Fotografia Autor nojuacutee citado

Fuente AHNSeccioacuten Salamanca pis Madrid

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Para poder trabajar libremente esta identificacioacuten debiacutea ir acompantildeada de una autorizacioacuten expedida por los jefes militares del sector correspondiente tal y como se detalla en la siguiente autorizacioacuten (Figura 6) sellada por la Junta Delegada de Defensa de Madrid y la 40 Brigada Mixta del Estado Mayor de la Repuacuteblica Espantildeola (que estaacute firmada por el General Miaja el 17 de febrero de 1937) a Alfonso Saacutenchez Portela conocido como Alfonso concedieacutendole permiso para trabajar en el frente o la siguiente (Figura 7) sellada ellO de marzo de 1939 (unos diacuteas antes de finalizar la guerra) en la que el Director General de Seguridad le autorizaba a obtener informacioacuten graacutefica en el interior de la capital

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El Oonertitl

Figura 6 - Autorizacioacuten expedida para poder trabajar libremente Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

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Figura 7 - Autorizacioacuten expedida para Alfonso Saacutenchez Porlea diacuteas antes dejinalizar la guerra

Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

Si tras la entrada en vigor de la disposicioacuten de obligatoriedad de identificacioacuten se sorprendiacutea a un fotoacutegrafo sin permiso o empleando una caacutemara que no hubiera obtenido la licencia adecuada eacuteste era considerado un desafecto a la causa republicana y debiacutea ser juzgado por tal causa por el fuero militar

En el caso del reportero graacutefico eacuteste debiacutea proveerse de una chapa metaacutelica numerada que le identificara como tal (tras previo aval de la Direccioacuten de la agrupacioacuten Unioacutende Informadores Graacuteficos de Prensa) y asiacute tener acceso libre a los espacios de la ciudad ademaacutes de una tarjeta identificativa autorizada por el Delegado y el Secretario General de Prensa

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Una vez que los fotoacutegrafos haciacutea su trabajo el control se extendiacutea a la seccioacuten graacutefica de las revistas y perioacutedicos sometida a un total control por parte de las autoridades tal y como se extrae de la sifruiente disposicioacuten publicada en el Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid en enero de 1937

A partir de las doce de la noche del diacutea 30 de diciembre de 1936 queda terminantemente prohibida la publicacioacuten en Madrid de perioacutedicos diarios revistas boletines tanto de empresas como de organizaciones poliacuteticas sindicales y de milicias dibujos litografiacuteas y demaacutes med ios graacuteficos mencionados en el artiacuteculo segundo de la Ley de Imprenta con excepcioacuten de libros si que previamente hayan sido autori zados por la censura de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa de esta Junta De toda publicacioacuten graacutefica sometida a censura se presentaraacuten tres ejemplares uno que se devolveraacute sellado cuando se autorice para que salga a la luz y dos que se conservaraacuten en la referida Delegacioacuten para constituir el Archivo de la revolucioacuten que en su diacutea seraacute depositado donde disponga el Gobierno legiacutetimo de la Repuacuteblica 4

Como ya hemos comentado la fotografiacutea es el mejor soporte para mostrar aquello que se quiere mostrar por lo que las autoridades responsables de la defensa de Madrid la utilizaron como medio propagandiacutestico de ahiacute el feacuterreo control de fotoacutegrafos y medios de comunicacioacuten Por eso resulta interesante hablar no soacutelo de lo que se retrata sino tambieacuten de lo que se oculta Pondremos un ejemplo a traveacutes de lo visual que nos serviraacute para ilustra nuestra hipoacutetesis las fotografiacuteas tomadas a milicianos y soldados defensores de la capital en momentos de asueto Si analizamos la produccioacuten fotograacutefica de este asunto que se conserva en el Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola de la Biblioteca Nacional observamos que la imagen gira en tomo a dos ejes de representacioacuten la alimentacioacuten y la formacioacuten

bull Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid Antildeo 2 n2 1 dc enero de 1937 Tomo 1 p7)

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cultural de los combatientes No parece casual que la mayoriacutea de las imaacutegenes del descanso de los soldados de Madrid que se conservan en el fondo que trabajamos coincidan en tema con las maacutexi mas preocupaciones del gobierno republicano los problemas de alimentacioacuten y abastecimiento de las tropas defensoras y la educacioacuten como medio de luchar contra el fascismo Esto se puede ver claramente en la siguiente imagen (Figura 8) un trabajo de la casa de fotografiacutea Albero y Segovia en la que un grupo de 7 milicianos alguno de ellos armado que estaacuten en un espacio cerrado rodean una mesa en la que se disponen copiosamente viacuteveres Si atendemos a la expresioacuten corporal podemos intuir que los siete observadores intemos mantienen claramente una pose ante la caacutemara del fotoacutegrafo Por ejemplo el hombre que cierra la escena a la derecha sostiene con cierta dificultad y de manera muy artificial en su mano izquierda unas cajetillas de tabaco y un paquete sin soltar el arma (que no estaacute colgada) de tal modo que la mano derecha le impide ayudarse con la carga La intencioacuten parece clara este personaje debe ser fotografiado con los viacuteveres en su mano pero sin soltar su arma que debe formar parte del cuadro

Figura 8 - Grupo de 7 milicianos rodean una mesa Fotografia Autor nofuacutee citado Casa de fOlografia Albero y Segovia

Fue11le Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

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Lo que recuperamos en el reverso de la imagen tambieacuten nos ayuda a descubrir la connotacioacuten de la fotografia

El fin del antildeo 36 de los milicianos de la intendencia reciben cajetillas chocolates vinos y licores conservas hasta jamones abundante ropa y tambieacuten cantidades en metaacute lico Asiacute cuida la Repuacuteblica a sus bravos luchadores

Como hemos comentado tan importante resulta lo que se ve como lo que se oculta Pongamos otro ejemplo A pesar de las numerosas fotografiacuteas que muestran los momentos de asueto de los defensores del Madrid del iexclNo pasaraacuten no existe ninguna en la que se retrate a los soldados realizando actividades luacutedicas como jugar a las cartas algo que resulta sorprendente si tenemos en cuenta que seguacuten el testimonio de alguno de los supervivientes era algo habitual hasta el punto de convertirse en la uacutenica manera de matar el tiempo Por el contrario siacute encontramos testimonio graacutefico de la praacutectica de este tipo de juegos entre las fotografias (en un nuacutemero muy inferior si las comparamos con la produccioacuten fotograacutefica de los antifascistas) del bando sublevado como aquellas que retratan eljuego de un grupo de soldados del Ejeacutercito de Marruecos en un rato de juego en la Ciudad Universitaria el19 de mayo de 1938 tal y como se indica en el reverso de la imagen sellada por la Seccioacuten Teacutecnica del Ministerio del Interior (Figura 9)

El porqueacute de la inexistencia de alguna huella visual de ese momento de ocio entre los soldados republicanos podriacutea explicarse como algo meramente casual de no ser porque conocemos a traveacutes de la prensa que el gobierno republicano consideroacute el juego como una actividad impropia en el frente hasta tal punto que este tema se convirtioacute en el protagonista de la tira coacutemica Hay que evitar ser tan bruto como el soldado Canuto publicada en La Voz del combatiente Esta seccioacuten se encargaba de recordar al soldado antifascista a traveacutes del personaje de Canuto como no debla comportarse El diacutea cinco de abril de 1937 bajo el tiacutetulo El peor de

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los vicios es eljuego la tira estaacute dedicada a advertir a los soldados de lo negativo del juego Canuto retorna al frente y sigue tan imprudente Pues a su sector llegado una baraja ha sacado Logra formar enseguida una importante partida Se juega con gran fruic ioacuten hasta la respiracioacuten A Canuto le han ganado y encima quedoacute entrampado

Figura 9 - Juego de un grupo de soLdados deL Ejeacutercito de Marruecos Fotografia Autor nofue citado Seccioacuten Teacutecnica deL Ministerio deL Interior

Fuente Biblioteca NacionaL Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Tambieacuten en el Manual del Miliciano que la Editorial Labor publica en 1937 en el apartado dedicado a la Moral del Miliciano se advierte de la necesidad de controlar a aquellos que se dejan llevar por los impulsos

Nada maacutes nefasto en cambio que la conducta de quienes a riacuteo revuelto pretenden convertir la guerra en tolvanera de sus apetitos El arte y la literatura han marcado con fuego la injuria de aquellos seres indignos qu~ al margen de la lucha y casi siempre a cubierto de sus riesgos caen sin piedad sobre vidas y haciendas sin otro moacutevil que el de saciar sus ansias de destruccioacuten o de rapintildea Son eacutestos elementos indeseables cuya eliminacioacuten del cuerpo social soacutelo puede reportar grandes

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beneficios no ya porque manchan la revo luc ioacuten con sus actos reprobables sino porque alumbran en el alma de los indiferentes la idea de que la razoacuten - tan clara - no estaacute de nuestra parte

Se podriacutea pensar que las dificultades por las que atravesaba la retaguardia madrilentildea con el fin de suministrar lo necesario en la vanguardia haciacutean inconveniente mostrar una imagen tan friacutevola de los defensores de la ciudad y por tanto se podriacutea haber evitado retratar esa situacioacuten Parece que el juego y las apuestas no eran del gusto de un ejeacutercito que primaba la formacioacuten sobre la diversioacuten

En otras ocasiones y como resultado de ese control el fotoacutegrafo teniacutea que enfrentarse a la recreacioacuten de escenas beacutelicas que debiacutean ser fotografiadas como si se tratara de una real Son muchos los testimonios de reporteros que afirmaron la escenificacioacuten de determinadas acciones ante la caacutemara con fines propagandiacutesticos pero no soacutelo en la zona republicana sino tambieacuten en la sublevada tal y como afirma el periodista britaacutenico DDowd Gallagher a quien Robert Capa confesoacute

En Espantildea empeceacute por Hendaya en Francia en la frontera espantildeola proacutexima a San Sebastiaacuten La mayoriacutea de los reporteros y fotoacutegrafos nos hospedaacutebamos en un pequentildeo hotel destartalado Nos introdujimos en la Espantildea de Franco a traveacutes del riacuteo Iruacuten una vez que nos dieron penniso los oficiales de prensa de Franco en Burgos En una ocasioacuten soacutelo invitaron a los fotoacutegrafos [ ] y Capa me lo contoacute Les simularon escenas de batalla Las tropas de Franco vestiacutean de uniforme y estaban armadas y simulaban situaciones de ataque y de defensa Utilizaron bombas de humo para ambientar la escena (LEWINSKY 1978 p88)

De este modo el control ejercido por las autoridades poliacuteticas sindicales y militares tanto del frente como de la retaguardia fue uno de los caballos de batalla de los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid Sin embargo el manejo del lenguaje visual (complejo por definicioacuten) de eacutestos haciacutea posible establecer miradas diferentes en las imaacutegenes que eran tomadas por los que hemos denominado fotoacutegrafos oficiales y fotoacutegrafos oficiosos

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Los fotoacutegrafos oficiales y oficiosos en un ejemplo concreto el retrato de mujeres

Para cerrar esta breve reflexioacuten acerca del papel desarrollado por los fotoacutegrafos que cubrieron la Guerra Civil Espantildeola en Madrid debemos hacer una diferenciacioacuten que marca las dos maneras de mirar que se plasman a traveacutes de las fotografiacuteas Para entender de queacute hablamos cuando hacemos una distincioacuten entre fotoacutegrafos oficiales y oficiosos pondremos un ejemplo visual

Figura JO - Mujer abatida sobre los restos de su casa de Teuaacute de las ViclOrias Fotografza Autor nojIacutete citadoServicio de Propaganda del Servicio Fgraacutefico

dell1inisterio de EXleriores Fuente Biblioteca NacionalFondo FOlOgraacutefico de la Guerra Civil Madrid

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Figura J J - l1ujeres inen tan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacuteiles en su nueva residencia

Faagrafia AUlOr no jite citado Casa barcelonesa de P Luis Torrents Fuente Biblioeca NacionalFondo FOlograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Se trata de dos fotografiacuteas rescatadas del Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola que se conserva en la Biblioteca Nacional (Madrid) en las que se retratan mujeres regresando a sus hogares tras el estallido de una bomba lanzada por la aviacioacuten enemiga Las dos imaacutegenes representan una misma accioacuten sin embargo el enfoque es diferente Mientras en la figura 10 (sellada por el Servicio de Propaganda del Servicio Fotograacutefico del Ministerio de Exteriores) se muestra una mujer abatida sobre los restos de su casa de Tetuaacuten de las Victorias la figura 11 (sellada por la casa barcelonesa de P Luis Torrents) muestra una actitud diferente ante ese mismo hecho En esta imagen las mujeres no se sientan a contemplar el resultado de los proyectiles lanzados por la aviacioacuten facciosa sino que intentan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacutetiles en su nueva residencia Por tanto la primera fotografia corresponde a la imagen pasiva de la mujer tradicional y La segunda a la verdadera imagen de la mujer de Madrid aquella que luchoacute de manera activa contra el fascismo en la retaguardia madrilentildea hacieacutendose responsable del sustento material y moral de su familia

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La totalidad de fotografias que retratan a la mujer de costumbres madrilentildea (es decir aquella que se encargoacute de cuidar de su familia) y que estaacuten selladas por los fotoacutegrafos oficiales (entendiendo por oficial aquel que trabaja para una institucioacuten puacuteblica ya sea poliacutetica o sindical)

responde al prototipo de mujer pasiva viacutectima de lo que OCUlTe mientras

que las fotografiacuteas tomadas por los fotoacutegrafos oficiosos (los que

trabajaron para las distintas casas de fotografiacutea de Madrid y de otras

localidades y los reporteros de guelTa) muestran la imagen de una mujer

combativa que lucha contra la sublevacioacuten desde la retaguardia

El motivo parece estar claro la imagen de la mujer de costumbres

abatida que se mostraba en carteles documentales y fotografias tomadas

por las autoridades antifascistas resultaba maacutes exportable para mostrar

al mundo las siniestras consecuencias de una sublevacioacuten militar que la

imagen de una mujer que intentoacute acomodarse a las exigencias impuestas por el estallido del conflicto

Consideraciones finales

Como dijo Pierre Bourdieu al hablar de las cinco satisfacciones que

aporta la fotografiacutea (la proteccioacuten contra el paso del tiempo la

comunicacioacuten con los demaacutes y la expresioacuten de sentimientos las

realizaciones de uno mismo el prestigio social la distraccioacuten y la evasioacuten)

[ ] la fotografia tendriacutea como funcioacuten ayudar a sobrellevar la angustia suscitada por el paso del tiempo ya sea proporcionando un sustituto maacutegico de lo que aqueacutel se ha llevado ya sea supliendo las fallas de la memoria y sirviendo de punto de apoyo a la evocacioacuten de recuerdos asociados en suma produciendo el sentimiento de vencer al tiempo y su poder de destruccioacuten (BOURDIEU 2003 p52)

Gracias al trabajo realizado por los fotoacutegrafos que cubrieron el

conflicto en la ciudad de Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de

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abril de 1939 hemos podido recuperar la memoria (jiexcll acontecimiento

maacutes negro de la historia reciente de Espantildea a traveacutes del soporte visual

El trabajo que los corresponsales y fotoacutegrafos realizaron al estallar la guerra se ajustoacute al ritmo impuesto por la contienda por lo que tuvieron que enfrentarse a cuatro problemas baacutesicos que condicionaron su trabajo

la falta de suministros la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente los peligros derivados del fuego cruzado y de los continuos bombardeos sobre el frente y la retaguardia y el control y la censura impuesta por las autoridades Este uacuteltimo condicionante fue determinante en tanto que

los servicios de propaganda controlaron el laboro de los fotoacutegrafos y el resultado que era publicado en revistas y perioacutedicos de la Espantildea republicana de ahiacute que podamos hablar de dos tipos de fotografias que reflejan dos miradas diferentes sobre la realidad las tomadas por fotoacutegrafos que trabajaron para una institucioacuten poliacutetica y sindical (los fotoacutegrafos oficiales) y los retratos realizados por fotoacutegrafos que lo hicieron para un local de fotografia o para medios extranjeros (los fotoacutegrafos oficiosos) Por otro lado y debido a este feacuterreo control resulta muy interesante para los estudiosos que trabajan la imagen como medio para acercarse al pasado observar tanto lo que se retrata como lo que se silencia visualmente ya que marca el discurso oficial que se impuso durante los tres antildeos de contienda Para ilustrar nuestra hipoacutetesis de trabajo hemos empleado varios ejemplos visuales

Bibliografia

BOURDIEU Pierre Un arte intermedio ensayo sobre los usos

sociales de la fotografia Barcelona Gustavo Giliacute 2003

COx Geoffrey La defensa de Madrid Madrid Oberon 2005

KERSHAW Alex Sangre y champaacuten la vida y la (poca de Robert

Capa Madrid Debate 2003

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 jan lim ~(iexclI~

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LEWINSKY Jorge The camera at war a history ofworld photography from 1848 to present day Nueva York Simon amp Schuster 1978

LOacutePEZ MONDEacuteJAR Publio Alfonso cincuenta antildeos de Historia de Espantildea Madrid Editorial Lunwerg 2004

MANUAL del Miliciano [Sl] Editorial Labor 1937

NUESTRA propaganda en las filas facciosas La voz del combatiente Madrid 23 mar 1937 p5

OLMEDA Fernando Gerda Tardo fotoacutegrafa de guerra el peliodismo como testigo de la historia Madrid Debate 2007

WHELAN Richard Capa cara a cara fotografias de Robert Capa sobre la Guerra Civil Espantildeola Madrid MNCARS 1999

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Ultima Hora em cena amodernidade fotograacutefica

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Silvana Louzada

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World Wide Photo Central Press y London News Agency Press por mencionar las maacutes importantes

Durante la Guerra Civil Espantildeola los fotoacutegrafos se agruparon bajo varias organizaciones sindicales dependientes de las ramas de Artes Graacuteficas la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y la Seccioacuten de Fotoacutegrafos de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola Si a la informacioacuten que se desprendede las fichas de afiliacioacuten de estos sindicatos unimos la extraiacuteda de los archivos de la Junta Delegada de Defensa de Madrid a traveacutes de las fichas laborales que la Seccioacuten Fotograacutefica elaboroacute con el fin de controlar la actividad en la capital podemos hacemos una idea del nuacutemero de fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid y una cuestioacuten maacutes interesante quieacutenes eran

Se trata de un total de 1249 fichas distribuidas de la siguiente manera 197 de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 455 fichas de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares de Madrid y 597 fichas de la Seccioacuten de Fotografiacutea de la Junta Delegada de Defensa de Madrid

De entre el total de fotoacutegrafos 113 trabajaron para perioacutedicos y revistas 37 en el frente 57 para una institucioacuten oficial 585 en un local de fotografiacutea 193 en la viacutea puacuteblica o como fotoacutegrafo al minuto y 240 eran afiliados de los que o no tenemos constancia de doacutende trabajaron o no eran fotoacutegrafos pero su trabajo estaban directamente relacionado con el mundo de la imagen A continuacioacuten presentamos una tabla con esta informacioacuten detallada por organizaciones

Perioacutedicos Institucioacuten Locales Viacutea PuacuteblicaFrente OtrosRevistas Oficial Fotograacuteficos Al Minuto

Junta Delegada 73 34 54 121 180 115JI L -lt 1 ~

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Federacioacuten Graacutefica 14 lt 1f 2 lf 149 r 3 -

24

Tabla 1 - Fotograacutefos e otros relacionados con el mundo de laf grafia que trabajaron en la guerra

Ante estos datos debemos hacer dos aclaraciones en primer lugar estos registros no soacutelo se refieren exclusivamente a fotoacutegrafos sino a todos aquellos que estuvieron relacionados con el mundo de la fotografiacutea (incluidos reveladores ayudantes aprendices encargados de tienda etc) y en segundo lugar que alguno de los nombres se encuentra en varias de estas organizaciones 14 obtuvieron fichas de ingreso de la Junta Delegada de Defensa de Madrid la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y de la Sociedad Obrera de Fotoacutegrafos y Similares 4 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola 22 obtuvieron ficha de la Junta Delegada de Defensa de Madrid y de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y 120 obtuvieron ficha de la Federacioacuten Graacutefica Espantildeola y la Sociedad de Obreros Fotoacutegrafos

La fuente maacutes interesante de trabajo la encontramos en las fichas de la Junta Delegada de Defensa de Madrid puesto que controloacute exhaustivamente a los fotoacutegrafos a traveacutes del trabajo de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa dirigida por Joseacute Carrentildeo Espantildea De hecho se anularon los permisos concedidos con anterioridad y se obligoacute a solicitar unos nuevos ahora controlados por la Junta tal y como se publicoacute en su Boletiacuten Oficial en diciembre de 1936

Para poder obtener fotografiacuteas tanto de la ciudad como de sus frentes de guerra a que se extiende mi autoridad de Comandante de la plaza seraacute preciso proveerse de licencia concedida por el Delegado de Propaganda y Prensa de esta Junta que necesariamente habraacute estar firmada por el mismo

A continuacioacuten presentamos la ficha de Gerda Taro (Figura 4) sellada el 25 de enero de 1937 en la que se incluyen datos como su nombre completo (Gerta Pohorylle) su domicilio en Pariacutes (50 Rue Vavin) el lugar y fecha de nacimiento (Stuttgart 01081910) la empresa para la que trabajaba (Le Soir Paris) el domicilio oficial en Madrid (Alianza de Intelectuales) y el partido poliacutetico al que perteneciacutea (AEAR) La ficha iba acompantildeada de una fotografiacutea de carnet entregada por la interesada (Figura 5)

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Figura 4 - La ficha de Gerda Taro Fuene AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

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Figura 5 - Fotografla de Gerda Taro Fotografia Autor nojuacutee citado

Fuente AHNSeccioacuten Salamanca pis Madrid

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Fotoacutegrafos de guerra la co_bertllra fotoiexcl(rJJICil aiexcliexcliexcliexcluiexcllIctra Ct1T]spantildeola en Madrid (1936-19l9) 149

Para poder trabajar libremente esta identificacioacuten debiacutea ir acompantildeada de una autorizacioacuten expedida por los jefes militares del sector correspondiente tal y como se detalla en la siguiente autorizacioacuten (Figura 6) sellada por la Junta Delegada de Defensa de Madrid y la 40 Brigada Mixta del Estado Mayor de la Repuacuteblica Espantildeola (que estaacute firmada por el General Miaja el 17 de febrero de 1937) a Alfonso Saacutenchez Portela conocido como Alfonso concedieacutendole permiso para trabajar en el frente o la siguiente (Figura 7) sellada ellO de marzo de 1939 (unos diacuteas antes de finalizar la guerra) en la que el Director General de Seguridad le autorizaba a obtener informacioacuten graacutefica en el interior de la capital

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Figura 6 - Autorizacioacuten expedida para poder trabajar libremente Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

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Figura 7 - Autorizacioacuten expedida para Alfonso Saacutenchez Porlea diacuteas antes dejinalizar la guerra

Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

Si tras la entrada en vigor de la disposicioacuten de obligatoriedad de identificacioacuten se sorprendiacutea a un fotoacutegrafo sin permiso o empleando una caacutemara que no hubiera obtenido la licencia adecuada eacuteste era considerado un desafecto a la causa republicana y debiacutea ser juzgado por tal causa por el fuero militar

En el caso del reportero graacutefico eacuteste debiacutea proveerse de una chapa metaacutelica numerada que le identificara como tal (tras previo aval de la Direccioacuten de la agrupacioacuten Unioacutende Informadores Graacuteficos de Prensa) y asiacute tener acceso libre a los espacios de la ciudad ademaacutes de una tarjeta identificativa autorizada por el Delegado y el Secretario General de Prensa

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Una vez que los fotoacutegrafos haciacutea su trabajo el control se extendiacutea a la seccioacuten graacutefica de las revistas y perioacutedicos sometida a un total control por parte de las autoridades tal y como se extrae de la sifruiente disposicioacuten publicada en el Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid en enero de 1937

A partir de las doce de la noche del diacutea 30 de diciembre de 1936 queda terminantemente prohibida la publicacioacuten en Madrid de perioacutedicos diarios revistas boletines tanto de empresas como de organizaciones poliacuteticas sindicales y de milicias dibujos litografiacuteas y demaacutes med ios graacuteficos mencionados en el artiacuteculo segundo de la Ley de Imprenta con excepcioacuten de libros si que previamente hayan sido autori zados por la censura de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa de esta Junta De toda publicacioacuten graacutefica sometida a censura se presentaraacuten tres ejemplares uno que se devolveraacute sellado cuando se autorice para que salga a la luz y dos que se conservaraacuten en la referida Delegacioacuten para constituir el Archivo de la revolucioacuten que en su diacutea seraacute depositado donde disponga el Gobierno legiacutetimo de la Repuacuteblica 4

Como ya hemos comentado la fotografiacutea es el mejor soporte para mostrar aquello que se quiere mostrar por lo que las autoridades responsables de la defensa de Madrid la utilizaron como medio propagandiacutestico de ahiacute el feacuterreo control de fotoacutegrafos y medios de comunicacioacuten Por eso resulta interesante hablar no soacutelo de lo que se retrata sino tambieacuten de lo que se oculta Pondremos un ejemplo a traveacutes de lo visual que nos serviraacute para ilustra nuestra hipoacutetesis las fotografiacuteas tomadas a milicianos y soldados defensores de la capital en momentos de asueto Si analizamos la produccioacuten fotograacutefica de este asunto que se conserva en el Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola de la Biblioteca Nacional observamos que la imagen gira en tomo a dos ejes de representacioacuten la alimentacioacuten y la formacioacuten

bull Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid Antildeo 2 n2 1 dc enero de 1937 Tomo 1 p7)

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cultural de los combatientes No parece casual que la mayoriacutea de las imaacutegenes del descanso de los soldados de Madrid que se conservan en el fondo que trabajamos coincidan en tema con las maacutexi mas preocupaciones del gobierno republicano los problemas de alimentacioacuten y abastecimiento de las tropas defensoras y la educacioacuten como medio de luchar contra el fascismo Esto se puede ver claramente en la siguiente imagen (Figura 8) un trabajo de la casa de fotografiacutea Albero y Segovia en la que un grupo de 7 milicianos alguno de ellos armado que estaacuten en un espacio cerrado rodean una mesa en la que se disponen copiosamente viacuteveres Si atendemos a la expresioacuten corporal podemos intuir que los siete observadores intemos mantienen claramente una pose ante la caacutemara del fotoacutegrafo Por ejemplo el hombre que cierra la escena a la derecha sostiene con cierta dificultad y de manera muy artificial en su mano izquierda unas cajetillas de tabaco y un paquete sin soltar el arma (que no estaacute colgada) de tal modo que la mano derecha le impide ayudarse con la carga La intencioacuten parece clara este personaje debe ser fotografiado con los viacuteveres en su mano pero sin soltar su arma que debe formar parte del cuadro

Figura 8 - Grupo de 7 milicianos rodean una mesa Fotografia Autor nofuacutee citado Casa de fOlografia Albero y Segovia

Fue11le Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31middot160 jan jun 2009

Lo que recuperamos en el reverso de la imagen tambieacuten nos ayuda a descubrir la connotacioacuten de la fotografia

El fin del antildeo 36 de los milicianos de la intendencia reciben cajetillas chocolates vinos y licores conservas hasta jamones abundante ropa y tambieacuten cantidades en metaacute lico Asiacute cuida la Repuacuteblica a sus bravos luchadores

Como hemos comentado tan importante resulta lo que se ve como lo que se oculta Pongamos otro ejemplo A pesar de las numerosas fotografiacuteas que muestran los momentos de asueto de los defensores del Madrid del iexclNo pasaraacuten no existe ninguna en la que se retrate a los soldados realizando actividades luacutedicas como jugar a las cartas algo que resulta sorprendente si tenemos en cuenta que seguacuten el testimonio de alguno de los supervivientes era algo habitual hasta el punto de convertirse en la uacutenica manera de matar el tiempo Por el contrario siacute encontramos testimonio graacutefico de la praacutectica de este tipo de juegos entre las fotografias (en un nuacutemero muy inferior si las comparamos con la produccioacuten fotograacutefica de los antifascistas) del bando sublevado como aquellas que retratan eljuego de un grupo de soldados del Ejeacutercito de Marruecos en un rato de juego en la Ciudad Universitaria el19 de mayo de 1938 tal y como se indica en el reverso de la imagen sellada por la Seccioacuten Teacutecnica del Ministerio del Interior (Figura 9)

El porqueacute de la inexistencia de alguna huella visual de ese momento de ocio entre los soldados republicanos podriacutea explicarse como algo meramente casual de no ser porque conocemos a traveacutes de la prensa que el gobierno republicano consideroacute el juego como una actividad impropia en el frente hasta tal punto que este tema se convirtioacute en el protagonista de la tira coacutemica Hay que evitar ser tan bruto como el soldado Canuto publicada en La Voz del combatiente Esta seccioacuten se encargaba de recordar al soldado antifascista a traveacutes del personaje de Canuto como no debla comportarse El diacutea cinco de abril de 1937 bajo el tiacutetulo El peor de

discursos fotograacutefi cos Londrina ~5 n6 pl31-160 jan jun 2009

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los vicios es eljuego la tira estaacute dedicada a advertir a los soldados de lo negativo del juego Canuto retorna al frente y sigue tan imprudente Pues a su sector llegado una baraja ha sacado Logra formar enseguida una importante partida Se juega con gran fruic ioacuten hasta la respiracioacuten A Canuto le han ganado y encima quedoacute entrampado

Figura 9 - Juego de un grupo de soLdados deL Ejeacutercito de Marruecos Fotografia Autor nofue citado Seccioacuten Teacutecnica deL Ministerio deL Interior

Fuente Biblioteca NacionaL Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Tambieacuten en el Manual del Miliciano que la Editorial Labor publica en 1937 en el apartado dedicado a la Moral del Miliciano se advierte de la necesidad de controlar a aquellos que se dejan llevar por los impulsos

Nada maacutes nefasto en cambio que la conducta de quienes a riacuteo revuelto pretenden convertir la guerra en tolvanera de sus apetitos El arte y la literatura han marcado con fuego la injuria de aquellos seres indignos qu~ al margen de la lucha y casi siempre a cubierto de sus riesgos caen sin piedad sobre vidas y haciendas sin otro moacutevil que el de saciar sus ansias de destruccioacuten o de rapintildea Son eacutestos elementos indeseables cuya eliminacioacuten del cuerpo social soacutelo puede reportar grandes

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 jan jun 2009

beneficios no ya porque manchan la revo luc ioacuten con sus actos reprobables sino porque alumbran en el alma de los indiferentes la idea de que la razoacuten - tan clara - no estaacute de nuestra parte

Se podriacutea pensar que las dificultades por las que atravesaba la retaguardia madrilentildea con el fin de suministrar lo necesario en la vanguardia haciacutean inconveniente mostrar una imagen tan friacutevola de los defensores de la ciudad y por tanto se podriacutea haber evitado retratar esa situacioacuten Parece que el juego y las apuestas no eran del gusto de un ejeacutercito que primaba la formacioacuten sobre la diversioacuten

En otras ocasiones y como resultado de ese control el fotoacutegrafo teniacutea que enfrentarse a la recreacioacuten de escenas beacutelicas que debiacutean ser fotografiadas como si se tratara de una real Son muchos los testimonios de reporteros que afirmaron la escenificacioacuten de determinadas acciones ante la caacutemara con fines propagandiacutesticos pero no soacutelo en la zona republicana sino tambieacuten en la sublevada tal y como afirma el periodista britaacutenico DDowd Gallagher a quien Robert Capa confesoacute

En Espantildea empeceacute por Hendaya en Francia en la frontera espantildeola proacutexima a San Sebastiaacuten La mayoriacutea de los reporteros y fotoacutegrafos nos hospedaacutebamos en un pequentildeo hotel destartalado Nos introdujimos en la Espantildea de Franco a traveacutes del riacuteo Iruacuten una vez que nos dieron penniso los oficiales de prensa de Franco en Burgos En una ocasioacuten soacutelo invitaron a los fotoacutegrafos [ ] y Capa me lo contoacute Les simularon escenas de batalla Las tropas de Franco vestiacutean de uniforme y estaban armadas y simulaban situaciones de ataque y de defensa Utilizaron bombas de humo para ambientar la escena (LEWINSKY 1978 p88)

De este modo el control ejercido por las autoridades poliacuteticas sindicales y militares tanto del frente como de la retaguardia fue uno de los caballos de batalla de los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid Sin embargo el manejo del lenguaje visual (complejo por definicioacuten) de eacutestos haciacutea posible establecer miradas diferentes en las imaacutegenes que eran tomadas por los que hemos denominado fotoacutegrafos oficiales y fotoacutegrafos oficiosos

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 jan jun 200)

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Los fotoacutegrafos oficiales y oficiosos en un ejemplo concreto el retrato de mujeres

Para cerrar esta breve reflexioacuten acerca del papel desarrollado por los fotoacutegrafos que cubrieron la Guerra Civil Espantildeola en Madrid debemos hacer una diferenciacioacuten que marca las dos maneras de mirar que se plasman a traveacutes de las fotografiacuteas Para entender de queacute hablamos cuando hacemos una distincioacuten entre fotoacutegrafos oficiales y oficiosos pondremos un ejemplo visual

Figura JO - Mujer abatida sobre los restos de su casa de Teuaacute de las ViclOrias Fotografza Autor nojIacutete citadoServicio de Propaganda del Servicio Fgraacutefico

dell1inisterio de EXleriores Fuente Biblioteca NacionalFondo FOlOgraacutefico de la Guerra Civil Madrid

discursos fotogniacuteficos Londrina 5 n6 p131-160 jan)jun 2009

Fotoacutegrafos de guerra la cobertunI iacuteotogiiexclififad~ Iiexcll GueriexcliexcltCiexcl1EspaIIacuteola (1 Mwrjd 51 WJmiddot19~9)

Figura J J - l1ujeres inen tan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacuteiles en su nueva residencia

Faagrafia AUlOr no jite citado Casa barcelonesa de P Luis Torrents Fuente Biblioeca NacionalFondo FOlograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Se trata de dos fotografiacuteas rescatadas del Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola que se conserva en la Biblioteca Nacional (Madrid) en las que se retratan mujeres regresando a sus hogares tras el estallido de una bomba lanzada por la aviacioacuten enemiga Las dos imaacutegenes representan una misma accioacuten sin embargo el enfoque es diferente Mientras en la figura 10 (sellada por el Servicio de Propaganda del Servicio Fotograacutefico del Ministerio de Exteriores) se muestra una mujer abatida sobre los restos de su casa de Tetuaacuten de las Victorias la figura 11 (sellada por la casa barcelonesa de P Luis Torrents) muestra una actitud diferente ante ese mismo hecho En esta imagen las mujeres no se sientan a contemplar el resultado de los proyectiles lanzados por la aviacioacuten facciosa sino que intentan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacutetiles en su nueva residencia Por tanto la primera fotografia corresponde a la imagen pasiva de la mujer tradicional y La segunda a la verdadera imagen de la mujer de Madrid aquella que luchoacute de manera activa contra el fascismo en la retaguardia madrilentildea hacieacutendose responsable del sustento material y moral de su familia

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 janJJlltl 211()1

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La totalidad de fotografias que retratan a la mujer de costumbres madrilentildea (es decir aquella que se encargoacute de cuidar de su familia) y que estaacuten selladas por los fotoacutegrafos oficiales (entendiendo por oficial aquel que trabaja para una institucioacuten puacuteblica ya sea poliacutetica o sindical)

responde al prototipo de mujer pasiva viacutectima de lo que OCUlTe mientras

que las fotografiacuteas tomadas por los fotoacutegrafos oficiosos (los que

trabajaron para las distintas casas de fotografiacutea de Madrid y de otras

localidades y los reporteros de guelTa) muestran la imagen de una mujer

combativa que lucha contra la sublevacioacuten desde la retaguardia

El motivo parece estar claro la imagen de la mujer de costumbres

abatida que se mostraba en carteles documentales y fotografias tomadas

por las autoridades antifascistas resultaba maacutes exportable para mostrar

al mundo las siniestras consecuencias de una sublevacioacuten militar que la

imagen de una mujer que intentoacute acomodarse a las exigencias impuestas por el estallido del conflicto

Consideraciones finales

Como dijo Pierre Bourdieu al hablar de las cinco satisfacciones que

aporta la fotografiacutea (la proteccioacuten contra el paso del tiempo la

comunicacioacuten con los demaacutes y la expresioacuten de sentimientos las

realizaciones de uno mismo el prestigio social la distraccioacuten y la evasioacuten)

[ ] la fotografia tendriacutea como funcioacuten ayudar a sobrellevar la angustia suscitada por el paso del tiempo ya sea proporcionando un sustituto maacutegico de lo que aqueacutel se ha llevado ya sea supliendo las fallas de la memoria y sirviendo de punto de apoyo a la evocacioacuten de recuerdos asociados en suma produciendo el sentimiento de vencer al tiempo y su poder de destruccioacuten (BOURDIEU 2003 p52)

Gracias al trabajo realizado por los fotoacutegrafos que cubrieron el

conflicto en la ciudad de Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 p131-160 janjun 2009

Fotoacutegrafos de guenll la coacuteberful1l totograllca ele la tilli]sectpaifiJii 1 ~fjhiacutef (1 )3fiacutellJ3m

abril de 1939 hemos podido recuperar la memoria (jiexcll acontecimiento

maacutes negro de la historia reciente de Espantildea a traveacutes del soporte visual

El trabajo que los corresponsales y fotoacutegrafos realizaron al estallar la guerra se ajustoacute al ritmo impuesto por la contienda por lo que tuvieron que enfrentarse a cuatro problemas baacutesicos que condicionaron su trabajo

la falta de suministros la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente los peligros derivados del fuego cruzado y de los continuos bombardeos sobre el frente y la retaguardia y el control y la censura impuesta por las autoridades Este uacuteltimo condicionante fue determinante en tanto que

los servicios de propaganda controlaron el laboro de los fotoacutegrafos y el resultado que era publicado en revistas y perioacutedicos de la Espantildea republicana de ahiacute que podamos hablar de dos tipos de fotografias que reflejan dos miradas diferentes sobre la realidad las tomadas por fotoacutegrafos que trabajaron para una institucioacuten poliacutetica y sindical (los fotoacutegrafos oficiales) y los retratos realizados por fotoacutegrafos que lo hicieron para un local de fotografia o para medios extranjeros (los fotoacutegrafos oficiosos) Por otro lado y debido a este feacuterreo control resulta muy interesante para los estudiosos que trabajan la imagen como medio para acercarse al pasado observar tanto lo que se retrata como lo que se silencia visualmente ya que marca el discurso oficial que se impuso durante los tres antildeos de contienda Para ilustrar nuestra hipoacutetesis de trabajo hemos empleado varios ejemplos visuales

Bibliografia

BOURDIEU Pierre Un arte intermedio ensayo sobre los usos

sociales de la fotografia Barcelona Gustavo Giliacute 2003

COx Geoffrey La defensa de Madrid Madrid Oberon 2005

KERSHAW Alex Sangre y champaacuten la vida y la (poca de Robert

Capa Madrid Debate 2003

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 jan lim ~(iexclI~

160

LEWINSKY Jorge The camera at war a history ofworld photography from 1848 to present day Nueva York Simon amp Schuster 1978

LOacutePEZ MONDEacuteJAR Publio Alfonso cincuenta antildeos de Historia de Espantildea Madrid Editorial Lunwerg 2004

MANUAL del Miliciano [Sl] Editorial Labor 1937

NUESTRA propaganda en las filas facciosas La voz del combatiente Madrid 23 mar 1937 p5

OLMEDA Fernando Gerda Tardo fotoacutegrafa de guerra el peliodismo como testigo de la historia Madrid Debate 2007

WHELAN Richard Capa cara a cara fotografias de Robert Capa sobre la Guerra Civil Espantildeola Madrid MNCARS 1999

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Ultima Hora em cena amodernidade fotograacutefica

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Silvana Louzada

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JUNTA OELEGADA DE DEfENSA DE MADRID Secretaria de Propagandamiddot Seccioacuten Fotooraacutefical FILlAcrOacuteN DEL FOTOacuteGRAfO -7-rt

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Figura 4 - La ficha de Gerda Taro Fuene AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

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Figura 5 - Fotografla de Gerda Taro Fotografia Autor nojuacutee citado

Fuente AHNSeccioacuten Salamanca pis Madrid

discursos tOUacutelgraacuteficos Londrina ~ 5 n6 p131-160 janJjun 2009

Fotoacutegrafos de guerra la co_bertllra fotoiexcl(rJJICil aiexcliexcliexcliexcluiexcllIctra Ct1T]spantildeola en Madrid (1936-19l9) 149

Para poder trabajar libremente esta identificacioacuten debiacutea ir acompantildeada de una autorizacioacuten expedida por los jefes militares del sector correspondiente tal y como se detalla en la siguiente autorizacioacuten (Figura 6) sellada por la Junta Delegada de Defensa de Madrid y la 40 Brigada Mixta del Estado Mayor de la Repuacuteblica Espantildeola (que estaacute firmada por el General Miaja el 17 de febrero de 1937) a Alfonso Saacutenchez Portela conocido como Alfonso concedieacutendole permiso para trabajar en el frente o la siguiente (Figura 7) sellada ellO de marzo de 1939 (unos diacuteas antes de finalizar la guerra) en la que el Director General de Seguridad le autorizaba a obtener informacioacuten graacutefica en el interior de la capital

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Figura 6 - Autorizacioacuten expedida para poder trabajar libremente Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

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Figura 7 - Autorizacioacuten expedida para Alfonso Saacutenchez Porlea diacuteas antes dejinalizar la guerra

Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

Si tras la entrada en vigor de la disposicioacuten de obligatoriedad de identificacioacuten se sorprendiacutea a un fotoacutegrafo sin permiso o empleando una caacutemara que no hubiera obtenido la licencia adecuada eacuteste era considerado un desafecto a la causa republicana y debiacutea ser juzgado por tal causa por el fuero militar

En el caso del reportero graacutefico eacuteste debiacutea proveerse de una chapa metaacutelica numerada que le identificara como tal (tras previo aval de la Direccioacuten de la agrupacioacuten Unioacutende Informadores Graacuteficos de Prensa) y asiacute tener acceso libre a los espacios de la ciudad ademaacutes de una tarjeta identificativa autorizada por el Delegado y el Secretario General de Prensa

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Una vez que los fotoacutegrafos haciacutea su trabajo el control se extendiacutea a la seccioacuten graacutefica de las revistas y perioacutedicos sometida a un total control por parte de las autoridades tal y como se extrae de la sifruiente disposicioacuten publicada en el Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid en enero de 1937

A partir de las doce de la noche del diacutea 30 de diciembre de 1936 queda terminantemente prohibida la publicacioacuten en Madrid de perioacutedicos diarios revistas boletines tanto de empresas como de organizaciones poliacuteticas sindicales y de milicias dibujos litografiacuteas y demaacutes med ios graacuteficos mencionados en el artiacuteculo segundo de la Ley de Imprenta con excepcioacuten de libros si que previamente hayan sido autori zados por la censura de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa de esta Junta De toda publicacioacuten graacutefica sometida a censura se presentaraacuten tres ejemplares uno que se devolveraacute sellado cuando se autorice para que salga a la luz y dos que se conservaraacuten en la referida Delegacioacuten para constituir el Archivo de la revolucioacuten que en su diacutea seraacute depositado donde disponga el Gobierno legiacutetimo de la Repuacuteblica 4

Como ya hemos comentado la fotografiacutea es el mejor soporte para mostrar aquello que se quiere mostrar por lo que las autoridades responsables de la defensa de Madrid la utilizaron como medio propagandiacutestico de ahiacute el feacuterreo control de fotoacutegrafos y medios de comunicacioacuten Por eso resulta interesante hablar no soacutelo de lo que se retrata sino tambieacuten de lo que se oculta Pondremos un ejemplo a traveacutes de lo visual que nos serviraacute para ilustra nuestra hipoacutetesis las fotografiacuteas tomadas a milicianos y soldados defensores de la capital en momentos de asueto Si analizamos la produccioacuten fotograacutefica de este asunto que se conserva en el Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola de la Biblioteca Nacional observamos que la imagen gira en tomo a dos ejes de representacioacuten la alimentacioacuten y la formacioacuten

bull Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid Antildeo 2 n2 1 dc enero de 1937 Tomo 1 p7)

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cultural de los combatientes No parece casual que la mayoriacutea de las imaacutegenes del descanso de los soldados de Madrid que se conservan en el fondo que trabajamos coincidan en tema con las maacutexi mas preocupaciones del gobierno republicano los problemas de alimentacioacuten y abastecimiento de las tropas defensoras y la educacioacuten como medio de luchar contra el fascismo Esto se puede ver claramente en la siguiente imagen (Figura 8) un trabajo de la casa de fotografiacutea Albero y Segovia en la que un grupo de 7 milicianos alguno de ellos armado que estaacuten en un espacio cerrado rodean una mesa en la que se disponen copiosamente viacuteveres Si atendemos a la expresioacuten corporal podemos intuir que los siete observadores intemos mantienen claramente una pose ante la caacutemara del fotoacutegrafo Por ejemplo el hombre que cierra la escena a la derecha sostiene con cierta dificultad y de manera muy artificial en su mano izquierda unas cajetillas de tabaco y un paquete sin soltar el arma (que no estaacute colgada) de tal modo que la mano derecha le impide ayudarse con la carga La intencioacuten parece clara este personaje debe ser fotografiado con los viacuteveres en su mano pero sin soltar su arma que debe formar parte del cuadro

Figura 8 - Grupo de 7 milicianos rodean una mesa Fotografia Autor nofuacutee citado Casa de fOlografia Albero y Segovia

Fue11le Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31middot160 jan jun 2009

Lo que recuperamos en el reverso de la imagen tambieacuten nos ayuda a descubrir la connotacioacuten de la fotografia

El fin del antildeo 36 de los milicianos de la intendencia reciben cajetillas chocolates vinos y licores conservas hasta jamones abundante ropa y tambieacuten cantidades en metaacute lico Asiacute cuida la Repuacuteblica a sus bravos luchadores

Como hemos comentado tan importante resulta lo que se ve como lo que se oculta Pongamos otro ejemplo A pesar de las numerosas fotografiacuteas que muestran los momentos de asueto de los defensores del Madrid del iexclNo pasaraacuten no existe ninguna en la que se retrate a los soldados realizando actividades luacutedicas como jugar a las cartas algo que resulta sorprendente si tenemos en cuenta que seguacuten el testimonio de alguno de los supervivientes era algo habitual hasta el punto de convertirse en la uacutenica manera de matar el tiempo Por el contrario siacute encontramos testimonio graacutefico de la praacutectica de este tipo de juegos entre las fotografias (en un nuacutemero muy inferior si las comparamos con la produccioacuten fotograacutefica de los antifascistas) del bando sublevado como aquellas que retratan eljuego de un grupo de soldados del Ejeacutercito de Marruecos en un rato de juego en la Ciudad Universitaria el19 de mayo de 1938 tal y como se indica en el reverso de la imagen sellada por la Seccioacuten Teacutecnica del Ministerio del Interior (Figura 9)

El porqueacute de la inexistencia de alguna huella visual de ese momento de ocio entre los soldados republicanos podriacutea explicarse como algo meramente casual de no ser porque conocemos a traveacutes de la prensa que el gobierno republicano consideroacute el juego como una actividad impropia en el frente hasta tal punto que este tema se convirtioacute en el protagonista de la tira coacutemica Hay que evitar ser tan bruto como el soldado Canuto publicada en La Voz del combatiente Esta seccioacuten se encargaba de recordar al soldado antifascista a traveacutes del personaje de Canuto como no debla comportarse El diacutea cinco de abril de 1937 bajo el tiacutetulo El peor de

discursos fotograacutefi cos Londrina ~5 n6 pl31-160 jan jun 2009

155 154 W

los vicios es eljuego la tira estaacute dedicada a advertir a los soldados de lo negativo del juego Canuto retorna al frente y sigue tan imprudente Pues a su sector llegado una baraja ha sacado Logra formar enseguida una importante partida Se juega con gran fruic ioacuten hasta la respiracioacuten A Canuto le han ganado y encima quedoacute entrampado

Figura 9 - Juego de un grupo de soLdados deL Ejeacutercito de Marruecos Fotografia Autor nofue citado Seccioacuten Teacutecnica deL Ministerio deL Interior

Fuente Biblioteca NacionaL Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Tambieacuten en el Manual del Miliciano que la Editorial Labor publica en 1937 en el apartado dedicado a la Moral del Miliciano se advierte de la necesidad de controlar a aquellos que se dejan llevar por los impulsos

Nada maacutes nefasto en cambio que la conducta de quienes a riacuteo revuelto pretenden convertir la guerra en tolvanera de sus apetitos El arte y la literatura han marcado con fuego la injuria de aquellos seres indignos qu~ al margen de la lucha y casi siempre a cubierto de sus riesgos caen sin piedad sobre vidas y haciendas sin otro moacutevil que el de saciar sus ansias de destruccioacuten o de rapintildea Son eacutestos elementos indeseables cuya eliminacioacuten del cuerpo social soacutelo puede reportar grandes

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 jan jun 2009

beneficios no ya porque manchan la revo luc ioacuten con sus actos reprobables sino porque alumbran en el alma de los indiferentes la idea de que la razoacuten - tan clara - no estaacute de nuestra parte

Se podriacutea pensar que las dificultades por las que atravesaba la retaguardia madrilentildea con el fin de suministrar lo necesario en la vanguardia haciacutean inconveniente mostrar una imagen tan friacutevola de los defensores de la ciudad y por tanto se podriacutea haber evitado retratar esa situacioacuten Parece que el juego y las apuestas no eran del gusto de un ejeacutercito que primaba la formacioacuten sobre la diversioacuten

En otras ocasiones y como resultado de ese control el fotoacutegrafo teniacutea que enfrentarse a la recreacioacuten de escenas beacutelicas que debiacutean ser fotografiadas como si se tratara de una real Son muchos los testimonios de reporteros que afirmaron la escenificacioacuten de determinadas acciones ante la caacutemara con fines propagandiacutesticos pero no soacutelo en la zona republicana sino tambieacuten en la sublevada tal y como afirma el periodista britaacutenico DDowd Gallagher a quien Robert Capa confesoacute

En Espantildea empeceacute por Hendaya en Francia en la frontera espantildeola proacutexima a San Sebastiaacuten La mayoriacutea de los reporteros y fotoacutegrafos nos hospedaacutebamos en un pequentildeo hotel destartalado Nos introdujimos en la Espantildea de Franco a traveacutes del riacuteo Iruacuten una vez que nos dieron penniso los oficiales de prensa de Franco en Burgos En una ocasioacuten soacutelo invitaron a los fotoacutegrafos [ ] y Capa me lo contoacute Les simularon escenas de batalla Las tropas de Franco vestiacutean de uniforme y estaban armadas y simulaban situaciones de ataque y de defensa Utilizaron bombas de humo para ambientar la escena (LEWINSKY 1978 p88)

De este modo el control ejercido por las autoridades poliacuteticas sindicales y militares tanto del frente como de la retaguardia fue uno de los caballos de batalla de los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid Sin embargo el manejo del lenguaje visual (complejo por definicioacuten) de eacutestos haciacutea posible establecer miradas diferentes en las imaacutegenes que eran tomadas por los que hemos denominado fotoacutegrafos oficiales y fotoacutegrafos oficiosos

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Los fotoacutegrafos oficiales y oficiosos en un ejemplo concreto el retrato de mujeres

Para cerrar esta breve reflexioacuten acerca del papel desarrollado por los fotoacutegrafos que cubrieron la Guerra Civil Espantildeola en Madrid debemos hacer una diferenciacioacuten que marca las dos maneras de mirar que se plasman a traveacutes de las fotografiacuteas Para entender de queacute hablamos cuando hacemos una distincioacuten entre fotoacutegrafos oficiales y oficiosos pondremos un ejemplo visual

Figura JO - Mujer abatida sobre los restos de su casa de Teuaacute de las ViclOrias Fotografza Autor nojIacutete citadoServicio de Propaganda del Servicio Fgraacutefico

dell1inisterio de EXleriores Fuente Biblioteca NacionalFondo FOlOgraacutefico de la Guerra Civil Madrid

discursos fotogniacuteficos Londrina 5 n6 p131-160 jan)jun 2009

Fotoacutegrafos de guerra la cobertunI iacuteotogiiexclififad~ Iiexcll GueriexcliexcltCiexcl1EspaIIacuteola (1 Mwrjd 51 WJmiddot19~9)

Figura J J - l1ujeres inen tan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacuteiles en su nueva residencia

Faagrafia AUlOr no jite citado Casa barcelonesa de P Luis Torrents Fuente Biblioeca NacionalFondo FOlograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Se trata de dos fotografiacuteas rescatadas del Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola que se conserva en la Biblioteca Nacional (Madrid) en las que se retratan mujeres regresando a sus hogares tras el estallido de una bomba lanzada por la aviacioacuten enemiga Las dos imaacutegenes representan una misma accioacuten sin embargo el enfoque es diferente Mientras en la figura 10 (sellada por el Servicio de Propaganda del Servicio Fotograacutefico del Ministerio de Exteriores) se muestra una mujer abatida sobre los restos de su casa de Tetuaacuten de las Victorias la figura 11 (sellada por la casa barcelonesa de P Luis Torrents) muestra una actitud diferente ante ese mismo hecho En esta imagen las mujeres no se sientan a contemplar el resultado de los proyectiles lanzados por la aviacioacuten facciosa sino que intentan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacutetiles en su nueva residencia Por tanto la primera fotografia corresponde a la imagen pasiva de la mujer tradicional y La segunda a la verdadera imagen de la mujer de Madrid aquella que luchoacute de manera activa contra el fascismo en la retaguardia madrilentildea hacieacutendose responsable del sustento material y moral de su familia

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La totalidad de fotografias que retratan a la mujer de costumbres madrilentildea (es decir aquella que se encargoacute de cuidar de su familia) y que estaacuten selladas por los fotoacutegrafos oficiales (entendiendo por oficial aquel que trabaja para una institucioacuten puacuteblica ya sea poliacutetica o sindical)

responde al prototipo de mujer pasiva viacutectima de lo que OCUlTe mientras

que las fotografiacuteas tomadas por los fotoacutegrafos oficiosos (los que

trabajaron para las distintas casas de fotografiacutea de Madrid y de otras

localidades y los reporteros de guelTa) muestran la imagen de una mujer

combativa que lucha contra la sublevacioacuten desde la retaguardia

El motivo parece estar claro la imagen de la mujer de costumbres

abatida que se mostraba en carteles documentales y fotografias tomadas

por las autoridades antifascistas resultaba maacutes exportable para mostrar

al mundo las siniestras consecuencias de una sublevacioacuten militar que la

imagen de una mujer que intentoacute acomodarse a las exigencias impuestas por el estallido del conflicto

Consideraciones finales

Como dijo Pierre Bourdieu al hablar de las cinco satisfacciones que

aporta la fotografiacutea (la proteccioacuten contra el paso del tiempo la

comunicacioacuten con los demaacutes y la expresioacuten de sentimientos las

realizaciones de uno mismo el prestigio social la distraccioacuten y la evasioacuten)

[ ] la fotografia tendriacutea como funcioacuten ayudar a sobrellevar la angustia suscitada por el paso del tiempo ya sea proporcionando un sustituto maacutegico de lo que aqueacutel se ha llevado ya sea supliendo las fallas de la memoria y sirviendo de punto de apoyo a la evocacioacuten de recuerdos asociados en suma produciendo el sentimiento de vencer al tiempo y su poder de destruccioacuten (BOURDIEU 2003 p52)

Gracias al trabajo realizado por los fotoacutegrafos que cubrieron el

conflicto en la ciudad de Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de

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Fotoacutegrafos de guenll la coacuteberful1l totograllca ele la tilli]sectpaifiJii 1 ~fjhiacutef (1 )3fiacutellJ3m

abril de 1939 hemos podido recuperar la memoria (jiexcll acontecimiento

maacutes negro de la historia reciente de Espantildea a traveacutes del soporte visual

El trabajo que los corresponsales y fotoacutegrafos realizaron al estallar la guerra se ajustoacute al ritmo impuesto por la contienda por lo que tuvieron que enfrentarse a cuatro problemas baacutesicos que condicionaron su trabajo

la falta de suministros la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente los peligros derivados del fuego cruzado y de los continuos bombardeos sobre el frente y la retaguardia y el control y la censura impuesta por las autoridades Este uacuteltimo condicionante fue determinante en tanto que

los servicios de propaganda controlaron el laboro de los fotoacutegrafos y el resultado que era publicado en revistas y perioacutedicos de la Espantildea republicana de ahiacute que podamos hablar de dos tipos de fotografias que reflejan dos miradas diferentes sobre la realidad las tomadas por fotoacutegrafos que trabajaron para una institucioacuten poliacutetica y sindical (los fotoacutegrafos oficiales) y los retratos realizados por fotoacutegrafos que lo hicieron para un local de fotografia o para medios extranjeros (los fotoacutegrafos oficiosos) Por otro lado y debido a este feacuterreo control resulta muy interesante para los estudiosos que trabajan la imagen como medio para acercarse al pasado observar tanto lo que se retrata como lo que se silencia visualmente ya que marca el discurso oficial que se impuso durante los tres antildeos de contienda Para ilustrar nuestra hipoacutetesis de trabajo hemos empleado varios ejemplos visuales

Bibliografia

BOURDIEU Pierre Un arte intermedio ensayo sobre los usos

sociales de la fotografia Barcelona Gustavo Giliacute 2003

COx Geoffrey La defensa de Madrid Madrid Oberon 2005

KERSHAW Alex Sangre y champaacuten la vida y la (poca de Robert

Capa Madrid Debate 2003

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160

LEWINSKY Jorge The camera at war a history ofworld photography from 1848 to present day Nueva York Simon amp Schuster 1978

LOacutePEZ MONDEacuteJAR Publio Alfonso cincuenta antildeos de Historia de Espantildea Madrid Editorial Lunwerg 2004

MANUAL del Miliciano [Sl] Editorial Labor 1937

NUESTRA propaganda en las filas facciosas La voz del combatiente Madrid 23 mar 1937 p5

OLMEDA Fernando Gerda Tardo fotoacutegrafa de guerra el peliodismo como testigo de la historia Madrid Debate 2007

WHELAN Richard Capa cara a cara fotografias de Robert Capa sobre la Guerra Civil Espantildeola Madrid MNCARS 1999

111 bull bullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbull bullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbull

Ultima Hora em cena amodernidade fotograacutefica

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Silvana Louzada

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 jan jun 2009

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Figura 7 - Autorizacioacuten expedida para Alfonso Saacutenchez Porlea diacuteas antes dejinalizar la guerra

Fuente AHN Seccioacuten Salamanca pis Madrid

Si tras la entrada en vigor de la disposicioacuten de obligatoriedad de identificacioacuten se sorprendiacutea a un fotoacutegrafo sin permiso o empleando una caacutemara que no hubiera obtenido la licencia adecuada eacuteste era considerado un desafecto a la causa republicana y debiacutea ser juzgado por tal causa por el fuero militar

En el caso del reportero graacutefico eacuteste debiacutea proveerse de una chapa metaacutelica numerada que le identificara como tal (tras previo aval de la Direccioacuten de la agrupacioacuten Unioacutende Informadores Graacuteficos de Prensa) y asiacute tener acceso libre a los espacios de la ciudad ademaacutes de una tarjeta identificativa autorizada por el Delegado y el Secretario General de Prensa

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Una vez que los fotoacutegrafos haciacutea su trabajo el control se extendiacutea a la seccioacuten graacutefica de las revistas y perioacutedicos sometida a un total control por parte de las autoridades tal y como se extrae de la sifruiente disposicioacuten publicada en el Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid en enero de 1937

A partir de las doce de la noche del diacutea 30 de diciembre de 1936 queda terminantemente prohibida la publicacioacuten en Madrid de perioacutedicos diarios revistas boletines tanto de empresas como de organizaciones poliacuteticas sindicales y de milicias dibujos litografiacuteas y demaacutes med ios graacuteficos mencionados en el artiacuteculo segundo de la Ley de Imprenta con excepcioacuten de libros si que previamente hayan sido autori zados por la censura de la Delegacioacuten de Propaganda y Prensa de esta Junta De toda publicacioacuten graacutefica sometida a censura se presentaraacuten tres ejemplares uno que se devolveraacute sellado cuando se autorice para que salga a la luz y dos que se conservaraacuten en la referida Delegacioacuten para constituir el Archivo de la revolucioacuten que en su diacutea seraacute depositado donde disponga el Gobierno legiacutetimo de la Repuacuteblica 4

Como ya hemos comentado la fotografiacutea es el mejor soporte para mostrar aquello que se quiere mostrar por lo que las autoridades responsables de la defensa de Madrid la utilizaron como medio propagandiacutestico de ahiacute el feacuterreo control de fotoacutegrafos y medios de comunicacioacuten Por eso resulta interesante hablar no soacutelo de lo que se retrata sino tambieacuten de lo que se oculta Pondremos un ejemplo a traveacutes de lo visual que nos serviraacute para ilustra nuestra hipoacutetesis las fotografiacuteas tomadas a milicianos y soldados defensores de la capital en momentos de asueto Si analizamos la produccioacuten fotograacutefica de este asunto que se conserva en el Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola de la Biblioteca Nacional observamos que la imagen gira en tomo a dos ejes de representacioacuten la alimentacioacuten y la formacioacuten

bull Boletiacuten Oficial de la Junta Delegada de Defensa de Madrid Antildeo 2 n2 1 dc enero de 1937 Tomo 1 p7)

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cultural de los combatientes No parece casual que la mayoriacutea de las imaacutegenes del descanso de los soldados de Madrid que se conservan en el fondo que trabajamos coincidan en tema con las maacutexi mas preocupaciones del gobierno republicano los problemas de alimentacioacuten y abastecimiento de las tropas defensoras y la educacioacuten como medio de luchar contra el fascismo Esto se puede ver claramente en la siguiente imagen (Figura 8) un trabajo de la casa de fotografiacutea Albero y Segovia en la que un grupo de 7 milicianos alguno de ellos armado que estaacuten en un espacio cerrado rodean una mesa en la que se disponen copiosamente viacuteveres Si atendemos a la expresioacuten corporal podemos intuir que los siete observadores intemos mantienen claramente una pose ante la caacutemara del fotoacutegrafo Por ejemplo el hombre que cierra la escena a la derecha sostiene con cierta dificultad y de manera muy artificial en su mano izquierda unas cajetillas de tabaco y un paquete sin soltar el arma (que no estaacute colgada) de tal modo que la mano derecha le impide ayudarse con la carga La intencioacuten parece clara este personaje debe ser fotografiado con los viacuteveres en su mano pero sin soltar su arma que debe formar parte del cuadro

Figura 8 - Grupo de 7 milicianos rodean una mesa Fotografia Autor nofuacutee citado Casa de fOlografia Albero y Segovia

Fue11le Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31middot160 jan jun 2009

Lo que recuperamos en el reverso de la imagen tambieacuten nos ayuda a descubrir la connotacioacuten de la fotografia

El fin del antildeo 36 de los milicianos de la intendencia reciben cajetillas chocolates vinos y licores conservas hasta jamones abundante ropa y tambieacuten cantidades en metaacute lico Asiacute cuida la Repuacuteblica a sus bravos luchadores

Como hemos comentado tan importante resulta lo que se ve como lo que se oculta Pongamos otro ejemplo A pesar de las numerosas fotografiacuteas que muestran los momentos de asueto de los defensores del Madrid del iexclNo pasaraacuten no existe ninguna en la que se retrate a los soldados realizando actividades luacutedicas como jugar a las cartas algo que resulta sorprendente si tenemos en cuenta que seguacuten el testimonio de alguno de los supervivientes era algo habitual hasta el punto de convertirse en la uacutenica manera de matar el tiempo Por el contrario siacute encontramos testimonio graacutefico de la praacutectica de este tipo de juegos entre las fotografias (en un nuacutemero muy inferior si las comparamos con la produccioacuten fotograacutefica de los antifascistas) del bando sublevado como aquellas que retratan eljuego de un grupo de soldados del Ejeacutercito de Marruecos en un rato de juego en la Ciudad Universitaria el19 de mayo de 1938 tal y como se indica en el reverso de la imagen sellada por la Seccioacuten Teacutecnica del Ministerio del Interior (Figura 9)

El porqueacute de la inexistencia de alguna huella visual de ese momento de ocio entre los soldados republicanos podriacutea explicarse como algo meramente casual de no ser porque conocemos a traveacutes de la prensa que el gobierno republicano consideroacute el juego como una actividad impropia en el frente hasta tal punto que este tema se convirtioacute en el protagonista de la tira coacutemica Hay que evitar ser tan bruto como el soldado Canuto publicada en La Voz del combatiente Esta seccioacuten se encargaba de recordar al soldado antifascista a traveacutes del personaje de Canuto como no debla comportarse El diacutea cinco de abril de 1937 bajo el tiacutetulo El peor de

discursos fotograacutefi cos Londrina ~5 n6 pl31-160 jan jun 2009

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los vicios es eljuego la tira estaacute dedicada a advertir a los soldados de lo negativo del juego Canuto retorna al frente y sigue tan imprudente Pues a su sector llegado una baraja ha sacado Logra formar enseguida una importante partida Se juega con gran fruic ioacuten hasta la respiracioacuten A Canuto le han ganado y encima quedoacute entrampado

Figura 9 - Juego de un grupo de soLdados deL Ejeacutercito de Marruecos Fotografia Autor nofue citado Seccioacuten Teacutecnica deL Ministerio deL Interior

Fuente Biblioteca NacionaL Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Tambieacuten en el Manual del Miliciano que la Editorial Labor publica en 1937 en el apartado dedicado a la Moral del Miliciano se advierte de la necesidad de controlar a aquellos que se dejan llevar por los impulsos

Nada maacutes nefasto en cambio que la conducta de quienes a riacuteo revuelto pretenden convertir la guerra en tolvanera de sus apetitos El arte y la literatura han marcado con fuego la injuria de aquellos seres indignos qu~ al margen de la lucha y casi siempre a cubierto de sus riesgos caen sin piedad sobre vidas y haciendas sin otro moacutevil que el de saciar sus ansias de destruccioacuten o de rapintildea Son eacutestos elementos indeseables cuya eliminacioacuten del cuerpo social soacutelo puede reportar grandes

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 jan jun 2009

beneficios no ya porque manchan la revo luc ioacuten con sus actos reprobables sino porque alumbran en el alma de los indiferentes la idea de que la razoacuten - tan clara - no estaacute de nuestra parte

Se podriacutea pensar que las dificultades por las que atravesaba la retaguardia madrilentildea con el fin de suministrar lo necesario en la vanguardia haciacutean inconveniente mostrar una imagen tan friacutevola de los defensores de la ciudad y por tanto se podriacutea haber evitado retratar esa situacioacuten Parece que el juego y las apuestas no eran del gusto de un ejeacutercito que primaba la formacioacuten sobre la diversioacuten

En otras ocasiones y como resultado de ese control el fotoacutegrafo teniacutea que enfrentarse a la recreacioacuten de escenas beacutelicas que debiacutean ser fotografiadas como si se tratara de una real Son muchos los testimonios de reporteros que afirmaron la escenificacioacuten de determinadas acciones ante la caacutemara con fines propagandiacutesticos pero no soacutelo en la zona republicana sino tambieacuten en la sublevada tal y como afirma el periodista britaacutenico DDowd Gallagher a quien Robert Capa confesoacute

En Espantildea empeceacute por Hendaya en Francia en la frontera espantildeola proacutexima a San Sebastiaacuten La mayoriacutea de los reporteros y fotoacutegrafos nos hospedaacutebamos en un pequentildeo hotel destartalado Nos introdujimos en la Espantildea de Franco a traveacutes del riacuteo Iruacuten una vez que nos dieron penniso los oficiales de prensa de Franco en Burgos En una ocasioacuten soacutelo invitaron a los fotoacutegrafos [ ] y Capa me lo contoacute Les simularon escenas de batalla Las tropas de Franco vestiacutean de uniforme y estaban armadas y simulaban situaciones de ataque y de defensa Utilizaron bombas de humo para ambientar la escena (LEWINSKY 1978 p88)

De este modo el control ejercido por las autoridades poliacuteticas sindicales y militares tanto del frente como de la retaguardia fue uno de los caballos de batalla de los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid Sin embargo el manejo del lenguaje visual (complejo por definicioacuten) de eacutestos haciacutea posible establecer miradas diferentes en las imaacutegenes que eran tomadas por los que hemos denominado fotoacutegrafos oficiales y fotoacutegrafos oficiosos

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Los fotoacutegrafos oficiales y oficiosos en un ejemplo concreto el retrato de mujeres

Para cerrar esta breve reflexioacuten acerca del papel desarrollado por los fotoacutegrafos que cubrieron la Guerra Civil Espantildeola en Madrid debemos hacer una diferenciacioacuten que marca las dos maneras de mirar que se plasman a traveacutes de las fotografiacuteas Para entender de queacute hablamos cuando hacemos una distincioacuten entre fotoacutegrafos oficiales y oficiosos pondremos un ejemplo visual

Figura JO - Mujer abatida sobre los restos de su casa de Teuaacute de las ViclOrias Fotografza Autor nojIacutete citadoServicio de Propaganda del Servicio Fgraacutefico

dell1inisterio de EXleriores Fuente Biblioteca NacionalFondo FOlOgraacutefico de la Guerra Civil Madrid

discursos fotogniacuteficos Londrina 5 n6 p131-160 jan)jun 2009

Fotoacutegrafos de guerra la cobertunI iacuteotogiiexclififad~ Iiexcll GueriexcliexcltCiexcl1EspaIIacuteola (1 Mwrjd 51 WJmiddot19~9)

Figura J J - l1ujeres inen tan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacuteiles en su nueva residencia

Faagrafia AUlOr no jite citado Casa barcelonesa de P Luis Torrents Fuente Biblioeca NacionalFondo FOlograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Se trata de dos fotografiacuteas rescatadas del Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola que se conserva en la Biblioteca Nacional (Madrid) en las que se retratan mujeres regresando a sus hogares tras el estallido de una bomba lanzada por la aviacioacuten enemiga Las dos imaacutegenes representan una misma accioacuten sin embargo el enfoque es diferente Mientras en la figura 10 (sellada por el Servicio de Propaganda del Servicio Fotograacutefico del Ministerio de Exteriores) se muestra una mujer abatida sobre los restos de su casa de Tetuaacuten de las Victorias la figura 11 (sellada por la casa barcelonesa de P Luis Torrents) muestra una actitud diferente ante ese mismo hecho En esta imagen las mujeres no se sientan a contemplar el resultado de los proyectiles lanzados por la aviacioacuten facciosa sino que intentan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacutetiles en su nueva residencia Por tanto la primera fotografia corresponde a la imagen pasiva de la mujer tradicional y La segunda a la verdadera imagen de la mujer de Madrid aquella que luchoacute de manera activa contra el fascismo en la retaguardia madrilentildea hacieacutendose responsable del sustento material y moral de su familia

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 janJJlltl 211()1

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La totalidad de fotografias que retratan a la mujer de costumbres madrilentildea (es decir aquella que se encargoacute de cuidar de su familia) y que estaacuten selladas por los fotoacutegrafos oficiales (entendiendo por oficial aquel que trabaja para una institucioacuten puacuteblica ya sea poliacutetica o sindical)

responde al prototipo de mujer pasiva viacutectima de lo que OCUlTe mientras

que las fotografiacuteas tomadas por los fotoacutegrafos oficiosos (los que

trabajaron para las distintas casas de fotografiacutea de Madrid y de otras

localidades y los reporteros de guelTa) muestran la imagen de una mujer

combativa que lucha contra la sublevacioacuten desde la retaguardia

El motivo parece estar claro la imagen de la mujer de costumbres

abatida que se mostraba en carteles documentales y fotografias tomadas

por las autoridades antifascistas resultaba maacutes exportable para mostrar

al mundo las siniestras consecuencias de una sublevacioacuten militar que la

imagen de una mujer que intentoacute acomodarse a las exigencias impuestas por el estallido del conflicto

Consideraciones finales

Como dijo Pierre Bourdieu al hablar de las cinco satisfacciones que

aporta la fotografiacutea (la proteccioacuten contra el paso del tiempo la

comunicacioacuten con los demaacutes y la expresioacuten de sentimientos las

realizaciones de uno mismo el prestigio social la distraccioacuten y la evasioacuten)

[ ] la fotografia tendriacutea como funcioacuten ayudar a sobrellevar la angustia suscitada por el paso del tiempo ya sea proporcionando un sustituto maacutegico de lo que aqueacutel se ha llevado ya sea supliendo las fallas de la memoria y sirviendo de punto de apoyo a la evocacioacuten de recuerdos asociados en suma produciendo el sentimiento de vencer al tiempo y su poder de destruccioacuten (BOURDIEU 2003 p52)

Gracias al trabajo realizado por los fotoacutegrafos que cubrieron el

conflicto en la ciudad de Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 p131-160 janjun 2009

Fotoacutegrafos de guenll la coacuteberful1l totograllca ele la tilli]sectpaifiJii 1 ~fjhiacutef (1 )3fiacutellJ3m

abril de 1939 hemos podido recuperar la memoria (jiexcll acontecimiento

maacutes negro de la historia reciente de Espantildea a traveacutes del soporte visual

El trabajo que los corresponsales y fotoacutegrafos realizaron al estallar la guerra se ajustoacute al ritmo impuesto por la contienda por lo que tuvieron que enfrentarse a cuatro problemas baacutesicos que condicionaron su trabajo

la falta de suministros la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente los peligros derivados del fuego cruzado y de los continuos bombardeos sobre el frente y la retaguardia y el control y la censura impuesta por las autoridades Este uacuteltimo condicionante fue determinante en tanto que

los servicios de propaganda controlaron el laboro de los fotoacutegrafos y el resultado que era publicado en revistas y perioacutedicos de la Espantildea republicana de ahiacute que podamos hablar de dos tipos de fotografias que reflejan dos miradas diferentes sobre la realidad las tomadas por fotoacutegrafos que trabajaron para una institucioacuten poliacutetica y sindical (los fotoacutegrafos oficiales) y los retratos realizados por fotoacutegrafos que lo hicieron para un local de fotografia o para medios extranjeros (los fotoacutegrafos oficiosos) Por otro lado y debido a este feacuterreo control resulta muy interesante para los estudiosos que trabajan la imagen como medio para acercarse al pasado observar tanto lo que se retrata como lo que se silencia visualmente ya que marca el discurso oficial que se impuso durante los tres antildeos de contienda Para ilustrar nuestra hipoacutetesis de trabajo hemos empleado varios ejemplos visuales

Bibliografia

BOURDIEU Pierre Un arte intermedio ensayo sobre los usos

sociales de la fotografia Barcelona Gustavo Giliacute 2003

COx Geoffrey La defensa de Madrid Madrid Oberon 2005

KERSHAW Alex Sangre y champaacuten la vida y la (poca de Robert

Capa Madrid Debate 2003

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LEWINSKY Jorge The camera at war a history ofworld photography from 1848 to present day Nueva York Simon amp Schuster 1978

LOacutePEZ MONDEacuteJAR Publio Alfonso cincuenta antildeos de Historia de Espantildea Madrid Editorial Lunwerg 2004

MANUAL del Miliciano [Sl] Editorial Labor 1937

NUESTRA propaganda en las filas facciosas La voz del combatiente Madrid 23 mar 1937 p5

OLMEDA Fernando Gerda Tardo fotoacutegrafa de guerra el peliodismo como testigo de la historia Madrid Debate 2007

WHELAN Richard Capa cara a cara fotografias de Robert Capa sobre la Guerra Civil Espantildeola Madrid MNCARS 1999

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Ultima Hora em cena amodernidade fotograacutefica

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Silvana Louzada

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cultural de los combatientes No parece casual que la mayoriacutea de las imaacutegenes del descanso de los soldados de Madrid que se conservan en el fondo que trabajamos coincidan en tema con las maacutexi mas preocupaciones del gobierno republicano los problemas de alimentacioacuten y abastecimiento de las tropas defensoras y la educacioacuten como medio de luchar contra el fascismo Esto se puede ver claramente en la siguiente imagen (Figura 8) un trabajo de la casa de fotografiacutea Albero y Segovia en la que un grupo de 7 milicianos alguno de ellos armado que estaacuten en un espacio cerrado rodean una mesa en la que se disponen copiosamente viacuteveres Si atendemos a la expresioacuten corporal podemos intuir que los siete observadores intemos mantienen claramente una pose ante la caacutemara del fotoacutegrafo Por ejemplo el hombre que cierra la escena a la derecha sostiene con cierta dificultad y de manera muy artificial en su mano izquierda unas cajetillas de tabaco y un paquete sin soltar el arma (que no estaacute colgada) de tal modo que la mano derecha le impide ayudarse con la carga La intencioacuten parece clara este personaje debe ser fotografiado con los viacuteveres en su mano pero sin soltar su arma que debe formar parte del cuadro

Figura 8 - Grupo de 7 milicianos rodean una mesa Fotografia Autor nofuacutee citado Casa de fOlografia Albero y Segovia

Fue11le Biblioteca Nacional Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31middot160 jan jun 2009

Lo que recuperamos en el reverso de la imagen tambieacuten nos ayuda a descubrir la connotacioacuten de la fotografia

El fin del antildeo 36 de los milicianos de la intendencia reciben cajetillas chocolates vinos y licores conservas hasta jamones abundante ropa y tambieacuten cantidades en metaacute lico Asiacute cuida la Repuacuteblica a sus bravos luchadores

Como hemos comentado tan importante resulta lo que se ve como lo que se oculta Pongamos otro ejemplo A pesar de las numerosas fotografiacuteas que muestran los momentos de asueto de los defensores del Madrid del iexclNo pasaraacuten no existe ninguna en la que se retrate a los soldados realizando actividades luacutedicas como jugar a las cartas algo que resulta sorprendente si tenemos en cuenta que seguacuten el testimonio de alguno de los supervivientes era algo habitual hasta el punto de convertirse en la uacutenica manera de matar el tiempo Por el contrario siacute encontramos testimonio graacutefico de la praacutectica de este tipo de juegos entre las fotografias (en un nuacutemero muy inferior si las comparamos con la produccioacuten fotograacutefica de los antifascistas) del bando sublevado como aquellas que retratan eljuego de un grupo de soldados del Ejeacutercito de Marruecos en un rato de juego en la Ciudad Universitaria el19 de mayo de 1938 tal y como se indica en el reverso de la imagen sellada por la Seccioacuten Teacutecnica del Ministerio del Interior (Figura 9)

El porqueacute de la inexistencia de alguna huella visual de ese momento de ocio entre los soldados republicanos podriacutea explicarse como algo meramente casual de no ser porque conocemos a traveacutes de la prensa que el gobierno republicano consideroacute el juego como una actividad impropia en el frente hasta tal punto que este tema se convirtioacute en el protagonista de la tira coacutemica Hay que evitar ser tan bruto como el soldado Canuto publicada en La Voz del combatiente Esta seccioacuten se encargaba de recordar al soldado antifascista a traveacutes del personaje de Canuto como no debla comportarse El diacutea cinco de abril de 1937 bajo el tiacutetulo El peor de

discursos fotograacutefi cos Londrina ~5 n6 pl31-160 jan jun 2009

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los vicios es eljuego la tira estaacute dedicada a advertir a los soldados de lo negativo del juego Canuto retorna al frente y sigue tan imprudente Pues a su sector llegado una baraja ha sacado Logra formar enseguida una importante partida Se juega con gran fruic ioacuten hasta la respiracioacuten A Canuto le han ganado y encima quedoacute entrampado

Figura 9 - Juego de un grupo de soLdados deL Ejeacutercito de Marruecos Fotografia Autor nofue citado Seccioacuten Teacutecnica deL Ministerio deL Interior

Fuente Biblioteca NacionaL Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Tambieacuten en el Manual del Miliciano que la Editorial Labor publica en 1937 en el apartado dedicado a la Moral del Miliciano se advierte de la necesidad de controlar a aquellos que se dejan llevar por los impulsos

Nada maacutes nefasto en cambio que la conducta de quienes a riacuteo revuelto pretenden convertir la guerra en tolvanera de sus apetitos El arte y la literatura han marcado con fuego la injuria de aquellos seres indignos qu~ al margen de la lucha y casi siempre a cubierto de sus riesgos caen sin piedad sobre vidas y haciendas sin otro moacutevil que el de saciar sus ansias de destruccioacuten o de rapintildea Son eacutestos elementos indeseables cuya eliminacioacuten del cuerpo social soacutelo puede reportar grandes

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beneficios no ya porque manchan la revo luc ioacuten con sus actos reprobables sino porque alumbran en el alma de los indiferentes la idea de que la razoacuten - tan clara - no estaacute de nuestra parte

Se podriacutea pensar que las dificultades por las que atravesaba la retaguardia madrilentildea con el fin de suministrar lo necesario en la vanguardia haciacutean inconveniente mostrar una imagen tan friacutevola de los defensores de la ciudad y por tanto se podriacutea haber evitado retratar esa situacioacuten Parece que el juego y las apuestas no eran del gusto de un ejeacutercito que primaba la formacioacuten sobre la diversioacuten

En otras ocasiones y como resultado de ese control el fotoacutegrafo teniacutea que enfrentarse a la recreacioacuten de escenas beacutelicas que debiacutean ser fotografiadas como si se tratara de una real Son muchos los testimonios de reporteros que afirmaron la escenificacioacuten de determinadas acciones ante la caacutemara con fines propagandiacutesticos pero no soacutelo en la zona republicana sino tambieacuten en la sublevada tal y como afirma el periodista britaacutenico DDowd Gallagher a quien Robert Capa confesoacute

En Espantildea empeceacute por Hendaya en Francia en la frontera espantildeola proacutexima a San Sebastiaacuten La mayoriacutea de los reporteros y fotoacutegrafos nos hospedaacutebamos en un pequentildeo hotel destartalado Nos introdujimos en la Espantildea de Franco a traveacutes del riacuteo Iruacuten una vez que nos dieron penniso los oficiales de prensa de Franco en Burgos En una ocasioacuten soacutelo invitaron a los fotoacutegrafos [ ] y Capa me lo contoacute Les simularon escenas de batalla Las tropas de Franco vestiacutean de uniforme y estaban armadas y simulaban situaciones de ataque y de defensa Utilizaron bombas de humo para ambientar la escena (LEWINSKY 1978 p88)

De este modo el control ejercido por las autoridades poliacuteticas sindicales y militares tanto del frente como de la retaguardia fue uno de los caballos de batalla de los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid Sin embargo el manejo del lenguaje visual (complejo por definicioacuten) de eacutestos haciacutea posible establecer miradas diferentes en las imaacutegenes que eran tomadas por los que hemos denominado fotoacutegrafos oficiales y fotoacutegrafos oficiosos

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 jan jun 200)

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Los fotoacutegrafos oficiales y oficiosos en un ejemplo concreto el retrato de mujeres

Para cerrar esta breve reflexioacuten acerca del papel desarrollado por los fotoacutegrafos que cubrieron la Guerra Civil Espantildeola en Madrid debemos hacer una diferenciacioacuten que marca las dos maneras de mirar que se plasman a traveacutes de las fotografiacuteas Para entender de queacute hablamos cuando hacemos una distincioacuten entre fotoacutegrafos oficiales y oficiosos pondremos un ejemplo visual

Figura JO - Mujer abatida sobre los restos de su casa de Teuaacute de las ViclOrias Fotografza Autor nojIacutete citadoServicio de Propaganda del Servicio Fgraacutefico

dell1inisterio de EXleriores Fuente Biblioteca NacionalFondo FOlOgraacutefico de la Guerra Civil Madrid

discursos fotogniacuteficos Londrina 5 n6 p131-160 jan)jun 2009

Fotoacutegrafos de guerra la cobertunI iacuteotogiiexclififad~ Iiexcll GueriexcliexcltCiexcl1EspaIIacuteola (1 Mwrjd 51 WJmiddot19~9)

Figura J J - l1ujeres inen tan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacuteiles en su nueva residencia

Faagrafia AUlOr no jite citado Casa barcelonesa de P Luis Torrents Fuente Biblioeca NacionalFondo FOlograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Se trata de dos fotografiacuteas rescatadas del Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola que se conserva en la Biblioteca Nacional (Madrid) en las que se retratan mujeres regresando a sus hogares tras el estallido de una bomba lanzada por la aviacioacuten enemiga Las dos imaacutegenes representan una misma accioacuten sin embargo el enfoque es diferente Mientras en la figura 10 (sellada por el Servicio de Propaganda del Servicio Fotograacutefico del Ministerio de Exteriores) se muestra una mujer abatida sobre los restos de su casa de Tetuaacuten de las Victorias la figura 11 (sellada por la casa barcelonesa de P Luis Torrents) muestra una actitud diferente ante ese mismo hecho En esta imagen las mujeres no se sientan a contemplar el resultado de los proyectiles lanzados por la aviacioacuten facciosa sino que intentan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacutetiles en su nueva residencia Por tanto la primera fotografia corresponde a la imagen pasiva de la mujer tradicional y La segunda a la verdadera imagen de la mujer de Madrid aquella que luchoacute de manera activa contra el fascismo en la retaguardia madrilentildea hacieacutendose responsable del sustento material y moral de su familia

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La totalidad de fotografias que retratan a la mujer de costumbres madrilentildea (es decir aquella que se encargoacute de cuidar de su familia) y que estaacuten selladas por los fotoacutegrafos oficiales (entendiendo por oficial aquel que trabaja para una institucioacuten puacuteblica ya sea poliacutetica o sindical)

responde al prototipo de mujer pasiva viacutectima de lo que OCUlTe mientras

que las fotografiacuteas tomadas por los fotoacutegrafos oficiosos (los que

trabajaron para las distintas casas de fotografiacutea de Madrid y de otras

localidades y los reporteros de guelTa) muestran la imagen de una mujer

combativa que lucha contra la sublevacioacuten desde la retaguardia

El motivo parece estar claro la imagen de la mujer de costumbres

abatida que se mostraba en carteles documentales y fotografias tomadas

por las autoridades antifascistas resultaba maacutes exportable para mostrar

al mundo las siniestras consecuencias de una sublevacioacuten militar que la

imagen de una mujer que intentoacute acomodarse a las exigencias impuestas por el estallido del conflicto

Consideraciones finales

Como dijo Pierre Bourdieu al hablar de las cinco satisfacciones que

aporta la fotografiacutea (la proteccioacuten contra el paso del tiempo la

comunicacioacuten con los demaacutes y la expresioacuten de sentimientos las

realizaciones de uno mismo el prestigio social la distraccioacuten y la evasioacuten)

[ ] la fotografia tendriacutea como funcioacuten ayudar a sobrellevar la angustia suscitada por el paso del tiempo ya sea proporcionando un sustituto maacutegico de lo que aqueacutel se ha llevado ya sea supliendo las fallas de la memoria y sirviendo de punto de apoyo a la evocacioacuten de recuerdos asociados en suma produciendo el sentimiento de vencer al tiempo y su poder de destruccioacuten (BOURDIEU 2003 p52)

Gracias al trabajo realizado por los fotoacutegrafos que cubrieron el

conflicto en la ciudad de Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 p131-160 janjun 2009

Fotoacutegrafos de guenll la coacuteberful1l totograllca ele la tilli]sectpaifiJii 1 ~fjhiacutef (1 )3fiacutellJ3m

abril de 1939 hemos podido recuperar la memoria (jiexcll acontecimiento

maacutes negro de la historia reciente de Espantildea a traveacutes del soporte visual

El trabajo que los corresponsales y fotoacutegrafos realizaron al estallar la guerra se ajustoacute al ritmo impuesto por la contienda por lo que tuvieron que enfrentarse a cuatro problemas baacutesicos que condicionaron su trabajo

la falta de suministros la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente los peligros derivados del fuego cruzado y de los continuos bombardeos sobre el frente y la retaguardia y el control y la censura impuesta por las autoridades Este uacuteltimo condicionante fue determinante en tanto que

los servicios de propaganda controlaron el laboro de los fotoacutegrafos y el resultado que era publicado en revistas y perioacutedicos de la Espantildea republicana de ahiacute que podamos hablar de dos tipos de fotografias que reflejan dos miradas diferentes sobre la realidad las tomadas por fotoacutegrafos que trabajaron para una institucioacuten poliacutetica y sindical (los fotoacutegrafos oficiales) y los retratos realizados por fotoacutegrafos que lo hicieron para un local de fotografia o para medios extranjeros (los fotoacutegrafos oficiosos) Por otro lado y debido a este feacuterreo control resulta muy interesante para los estudiosos que trabajan la imagen como medio para acercarse al pasado observar tanto lo que se retrata como lo que se silencia visualmente ya que marca el discurso oficial que se impuso durante los tres antildeos de contienda Para ilustrar nuestra hipoacutetesis de trabajo hemos empleado varios ejemplos visuales

Bibliografia

BOURDIEU Pierre Un arte intermedio ensayo sobre los usos

sociales de la fotografia Barcelona Gustavo Giliacute 2003

COx Geoffrey La defensa de Madrid Madrid Oberon 2005

KERSHAW Alex Sangre y champaacuten la vida y la (poca de Robert

Capa Madrid Debate 2003

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 jan lim ~(iexclI~

160

LEWINSKY Jorge The camera at war a history ofworld photography from 1848 to present day Nueva York Simon amp Schuster 1978

LOacutePEZ MONDEacuteJAR Publio Alfonso cincuenta antildeos de Historia de Espantildea Madrid Editorial Lunwerg 2004

MANUAL del Miliciano [Sl] Editorial Labor 1937

NUESTRA propaganda en las filas facciosas La voz del combatiente Madrid 23 mar 1937 p5

OLMEDA Fernando Gerda Tardo fotoacutegrafa de guerra el peliodismo como testigo de la historia Madrid Debate 2007

WHELAN Richard Capa cara a cara fotografias de Robert Capa sobre la Guerra Civil Espantildeola Madrid MNCARS 1999

111 bull bullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbull bullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbull

Ultima Hora em cena amodernidade fotograacutefica

111 bull bullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbullbull bull bull bull bull bull

Silvana Louzada

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los vicios es eljuego la tira estaacute dedicada a advertir a los soldados de lo negativo del juego Canuto retorna al frente y sigue tan imprudente Pues a su sector llegado una baraja ha sacado Logra formar enseguida una importante partida Se juega con gran fruic ioacuten hasta la respiracioacuten A Canuto le han ganado y encima quedoacute entrampado

Figura 9 - Juego de un grupo de soLdados deL Ejeacutercito de Marruecos Fotografia Autor nofue citado Seccioacuten Teacutecnica deL Ministerio deL Interior

Fuente Biblioteca NacionaL Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Tambieacuten en el Manual del Miliciano que la Editorial Labor publica en 1937 en el apartado dedicado a la Moral del Miliciano se advierte de la necesidad de controlar a aquellos que se dejan llevar por los impulsos

Nada maacutes nefasto en cambio que la conducta de quienes a riacuteo revuelto pretenden convertir la guerra en tolvanera de sus apetitos El arte y la literatura han marcado con fuego la injuria de aquellos seres indignos qu~ al margen de la lucha y casi siempre a cubierto de sus riesgos caen sin piedad sobre vidas y haciendas sin otro moacutevil que el de saciar sus ansias de destruccioacuten o de rapintildea Son eacutestos elementos indeseables cuya eliminacioacuten del cuerpo social soacutelo puede reportar grandes

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beneficios no ya porque manchan la revo luc ioacuten con sus actos reprobables sino porque alumbran en el alma de los indiferentes la idea de que la razoacuten - tan clara - no estaacute de nuestra parte

Se podriacutea pensar que las dificultades por las que atravesaba la retaguardia madrilentildea con el fin de suministrar lo necesario en la vanguardia haciacutean inconveniente mostrar una imagen tan friacutevola de los defensores de la ciudad y por tanto se podriacutea haber evitado retratar esa situacioacuten Parece que el juego y las apuestas no eran del gusto de un ejeacutercito que primaba la formacioacuten sobre la diversioacuten

En otras ocasiones y como resultado de ese control el fotoacutegrafo teniacutea que enfrentarse a la recreacioacuten de escenas beacutelicas que debiacutean ser fotografiadas como si se tratara de una real Son muchos los testimonios de reporteros que afirmaron la escenificacioacuten de determinadas acciones ante la caacutemara con fines propagandiacutesticos pero no soacutelo en la zona republicana sino tambieacuten en la sublevada tal y como afirma el periodista britaacutenico DDowd Gallagher a quien Robert Capa confesoacute

En Espantildea empeceacute por Hendaya en Francia en la frontera espantildeola proacutexima a San Sebastiaacuten La mayoriacutea de los reporteros y fotoacutegrafos nos hospedaacutebamos en un pequentildeo hotel destartalado Nos introdujimos en la Espantildea de Franco a traveacutes del riacuteo Iruacuten una vez que nos dieron penniso los oficiales de prensa de Franco en Burgos En una ocasioacuten soacutelo invitaron a los fotoacutegrafos [ ] y Capa me lo contoacute Les simularon escenas de batalla Las tropas de Franco vestiacutean de uniforme y estaban armadas y simulaban situaciones de ataque y de defensa Utilizaron bombas de humo para ambientar la escena (LEWINSKY 1978 p88)

De este modo el control ejercido por las autoridades poliacuteticas sindicales y militares tanto del frente como de la retaguardia fue uno de los caballos de batalla de los fotoacutegrafos que trabajaron en Madrid Sin embargo el manejo del lenguaje visual (complejo por definicioacuten) de eacutestos haciacutea posible establecer miradas diferentes en las imaacutegenes que eran tomadas por los que hemos denominado fotoacutegrafos oficiales y fotoacutegrafos oficiosos

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Los fotoacutegrafos oficiales y oficiosos en un ejemplo concreto el retrato de mujeres

Para cerrar esta breve reflexioacuten acerca del papel desarrollado por los fotoacutegrafos que cubrieron la Guerra Civil Espantildeola en Madrid debemos hacer una diferenciacioacuten que marca las dos maneras de mirar que se plasman a traveacutes de las fotografiacuteas Para entender de queacute hablamos cuando hacemos una distincioacuten entre fotoacutegrafos oficiales y oficiosos pondremos un ejemplo visual

Figura JO - Mujer abatida sobre los restos de su casa de Teuaacute de las ViclOrias Fotografza Autor nojIacutete citadoServicio de Propaganda del Servicio Fgraacutefico

dell1inisterio de EXleriores Fuente Biblioteca NacionalFondo FOlOgraacutefico de la Guerra Civil Madrid

discursos fotogniacuteficos Londrina 5 n6 p131-160 jan)jun 2009

Fotoacutegrafos de guerra la cobertunI iacuteotogiiexclififad~ Iiexcll GueriexcliexcltCiexcl1EspaIIacuteola (1 Mwrjd 51 WJmiddot19~9)

Figura J J - l1ujeres inen tan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacuteiles en su nueva residencia

Faagrafia AUlOr no jite citado Casa barcelonesa de P Luis Torrents Fuente Biblioeca NacionalFondo FOlograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Se trata de dos fotografiacuteas rescatadas del Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola que se conserva en la Biblioteca Nacional (Madrid) en las que se retratan mujeres regresando a sus hogares tras el estallido de una bomba lanzada por la aviacioacuten enemiga Las dos imaacutegenes representan una misma accioacuten sin embargo el enfoque es diferente Mientras en la figura 10 (sellada por el Servicio de Propaganda del Servicio Fotograacutefico del Ministerio de Exteriores) se muestra una mujer abatida sobre los restos de su casa de Tetuaacuten de las Victorias la figura 11 (sellada por la casa barcelonesa de P Luis Torrents) muestra una actitud diferente ante ese mismo hecho En esta imagen las mujeres no se sientan a contemplar el resultado de los proyectiles lanzados por la aviacioacuten facciosa sino que intentan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacutetiles en su nueva residencia Por tanto la primera fotografia corresponde a la imagen pasiva de la mujer tradicional y La segunda a la verdadera imagen de la mujer de Madrid aquella que luchoacute de manera activa contra el fascismo en la retaguardia madrilentildea hacieacutendose responsable del sustento material y moral de su familia

discursos fotograacuteficos Londrina v5 n6 pl31-160 janJJlltl 211()1

159 158 1

La totalidad de fotografias que retratan a la mujer de costumbres madrilentildea (es decir aquella que se encargoacute de cuidar de su familia) y que estaacuten selladas por los fotoacutegrafos oficiales (entendiendo por oficial aquel que trabaja para una institucioacuten puacuteblica ya sea poliacutetica o sindical)

responde al prototipo de mujer pasiva viacutectima de lo que OCUlTe mientras

que las fotografiacuteas tomadas por los fotoacutegrafos oficiosos (los que

trabajaron para las distintas casas de fotografiacutea de Madrid y de otras

localidades y los reporteros de guelTa) muestran la imagen de una mujer

combativa que lucha contra la sublevacioacuten desde la retaguardia

El motivo parece estar claro la imagen de la mujer de costumbres

abatida que se mostraba en carteles documentales y fotografias tomadas

por las autoridades antifascistas resultaba maacutes exportable para mostrar

al mundo las siniestras consecuencias de una sublevacioacuten militar que la

imagen de una mujer que intentoacute acomodarse a las exigencias impuestas por el estallido del conflicto

Consideraciones finales

Como dijo Pierre Bourdieu al hablar de las cinco satisfacciones que

aporta la fotografiacutea (la proteccioacuten contra el paso del tiempo la

comunicacioacuten con los demaacutes y la expresioacuten de sentimientos las

realizaciones de uno mismo el prestigio social la distraccioacuten y la evasioacuten)

[ ] la fotografia tendriacutea como funcioacuten ayudar a sobrellevar la angustia suscitada por el paso del tiempo ya sea proporcionando un sustituto maacutegico de lo que aqueacutel se ha llevado ya sea supliendo las fallas de la memoria y sirviendo de punto de apoyo a la evocacioacuten de recuerdos asociados en suma produciendo el sentimiento de vencer al tiempo y su poder de destruccioacuten (BOURDIEU 2003 p52)

Gracias al trabajo realizado por los fotoacutegrafos que cubrieron el

conflicto en la ciudad de Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de

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Fotoacutegrafos de guenll la coacuteberful1l totograllca ele la tilli]sectpaifiJii 1 ~fjhiacutef (1 )3fiacutellJ3m

abril de 1939 hemos podido recuperar la memoria (jiexcll acontecimiento

maacutes negro de la historia reciente de Espantildea a traveacutes del soporte visual

El trabajo que los corresponsales y fotoacutegrafos realizaron al estallar la guerra se ajustoacute al ritmo impuesto por la contienda por lo que tuvieron que enfrentarse a cuatro problemas baacutesicos que condicionaron su trabajo

la falta de suministros la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente los peligros derivados del fuego cruzado y de los continuos bombardeos sobre el frente y la retaguardia y el control y la censura impuesta por las autoridades Este uacuteltimo condicionante fue determinante en tanto que

los servicios de propaganda controlaron el laboro de los fotoacutegrafos y el resultado que era publicado en revistas y perioacutedicos de la Espantildea republicana de ahiacute que podamos hablar de dos tipos de fotografias que reflejan dos miradas diferentes sobre la realidad las tomadas por fotoacutegrafos que trabajaron para una institucioacuten poliacutetica y sindical (los fotoacutegrafos oficiales) y los retratos realizados por fotoacutegrafos que lo hicieron para un local de fotografia o para medios extranjeros (los fotoacutegrafos oficiosos) Por otro lado y debido a este feacuterreo control resulta muy interesante para los estudiosos que trabajan la imagen como medio para acercarse al pasado observar tanto lo que se retrata como lo que se silencia visualmente ya que marca el discurso oficial que se impuso durante los tres antildeos de contienda Para ilustrar nuestra hipoacutetesis de trabajo hemos empleado varios ejemplos visuales

Bibliografia

BOURDIEU Pierre Un arte intermedio ensayo sobre los usos

sociales de la fotografia Barcelona Gustavo Giliacute 2003

COx Geoffrey La defensa de Madrid Madrid Oberon 2005

KERSHAW Alex Sangre y champaacuten la vida y la (poca de Robert

Capa Madrid Debate 2003

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LEWINSKY Jorge The camera at war a history ofworld photography from 1848 to present day Nueva York Simon amp Schuster 1978

LOacutePEZ MONDEacuteJAR Publio Alfonso cincuenta antildeos de Historia de Espantildea Madrid Editorial Lunwerg 2004

MANUAL del Miliciano [Sl] Editorial Labor 1937

NUESTRA propaganda en las filas facciosas La voz del combatiente Madrid 23 mar 1937 p5

OLMEDA Fernando Gerda Tardo fotoacutegrafa de guerra el peliodismo como testigo de la historia Madrid Debate 2007

WHELAN Richard Capa cara a cara fotografias de Robert Capa sobre la Guerra Civil Espantildeola Madrid MNCARS 1999

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Los fotoacutegrafos oficiales y oficiosos en un ejemplo concreto el retrato de mujeres

Para cerrar esta breve reflexioacuten acerca del papel desarrollado por los fotoacutegrafos que cubrieron la Guerra Civil Espantildeola en Madrid debemos hacer una diferenciacioacuten que marca las dos maneras de mirar que se plasman a traveacutes de las fotografiacuteas Para entender de queacute hablamos cuando hacemos una distincioacuten entre fotoacutegrafos oficiales y oficiosos pondremos un ejemplo visual

Figura JO - Mujer abatida sobre los restos de su casa de Teuaacute de las ViclOrias Fotografza Autor nojIacutete citadoServicio de Propaganda del Servicio Fgraacutefico

dell1inisterio de EXleriores Fuente Biblioteca NacionalFondo FOlOgraacutefico de la Guerra Civil Madrid

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Figura J J - l1ujeres inen tan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacuteiles en su nueva residencia

Faagrafia AUlOr no jite citado Casa barcelonesa de P Luis Torrents Fuente Biblioeca NacionalFondo FOlograacutefico de la Guerra Civil Madrid

Se trata de dos fotografiacuteas rescatadas del Fondo Fotograacutefico de la Guerra Civil Espantildeola que se conserva en la Biblioteca Nacional (Madrid) en las que se retratan mujeres regresando a sus hogares tras el estallido de una bomba lanzada por la aviacioacuten enemiga Las dos imaacutegenes representan una misma accioacuten sin embargo el enfoque es diferente Mientras en la figura 10 (sellada por el Servicio de Propaganda del Servicio Fotograacutefico del Ministerio de Exteriores) se muestra una mujer abatida sobre los restos de su casa de Tetuaacuten de las Victorias la figura 11 (sellada por la casa barcelonesa de P Luis Torrents) muestra una actitud diferente ante ese mismo hecho En esta imagen las mujeres no se sientan a contemplar el resultado de los proyectiles lanzados por la aviacioacuten facciosa sino que intentan recuperar aquellos enseres que pueden ser uacutetiles en su nueva residencia Por tanto la primera fotografia corresponde a la imagen pasiva de la mujer tradicional y La segunda a la verdadera imagen de la mujer de Madrid aquella que luchoacute de manera activa contra el fascismo en la retaguardia madrilentildea hacieacutendose responsable del sustento material y moral de su familia

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La totalidad de fotografias que retratan a la mujer de costumbres madrilentildea (es decir aquella que se encargoacute de cuidar de su familia) y que estaacuten selladas por los fotoacutegrafos oficiales (entendiendo por oficial aquel que trabaja para una institucioacuten puacuteblica ya sea poliacutetica o sindical)

responde al prototipo de mujer pasiva viacutectima de lo que OCUlTe mientras

que las fotografiacuteas tomadas por los fotoacutegrafos oficiosos (los que

trabajaron para las distintas casas de fotografiacutea de Madrid y de otras

localidades y los reporteros de guelTa) muestran la imagen de una mujer

combativa que lucha contra la sublevacioacuten desde la retaguardia

El motivo parece estar claro la imagen de la mujer de costumbres

abatida que se mostraba en carteles documentales y fotografias tomadas

por las autoridades antifascistas resultaba maacutes exportable para mostrar

al mundo las siniestras consecuencias de una sublevacioacuten militar que la

imagen de una mujer que intentoacute acomodarse a las exigencias impuestas por el estallido del conflicto

Consideraciones finales

Como dijo Pierre Bourdieu al hablar de las cinco satisfacciones que

aporta la fotografiacutea (la proteccioacuten contra el paso del tiempo la

comunicacioacuten con los demaacutes y la expresioacuten de sentimientos las

realizaciones de uno mismo el prestigio social la distraccioacuten y la evasioacuten)

[ ] la fotografia tendriacutea como funcioacuten ayudar a sobrellevar la angustia suscitada por el paso del tiempo ya sea proporcionando un sustituto maacutegico de lo que aqueacutel se ha llevado ya sea supliendo las fallas de la memoria y sirviendo de punto de apoyo a la evocacioacuten de recuerdos asociados en suma produciendo el sentimiento de vencer al tiempo y su poder de destruccioacuten (BOURDIEU 2003 p52)

Gracias al trabajo realizado por los fotoacutegrafos que cubrieron el

conflicto en la ciudad de Madrid entre el mes de julio de 1936 y el mes de

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Fotoacutegrafos de guenll la coacuteberful1l totograllca ele la tilli]sectpaifiJii 1 ~fjhiacutef (1 )3fiacutellJ3m

abril de 1939 hemos podido recuperar la memoria (jiexcll acontecimiento

maacutes negro de la historia reciente de Espantildea a traveacutes del soporte visual

El trabajo que los corresponsales y fotoacutegrafos realizaron al estallar la guerra se ajustoacute al ritmo impuesto por la contienda por lo que tuvieron que enfrentarse a cuatro problemas baacutesicos que condicionaron su trabajo

la falta de suministros la movilizacioacuten de muchos fotoacutegrafos al frente los peligros derivados del fuego cruzado y de los continuos bombardeos sobre el frente y la retaguardia y el control y la censura impuesta por las autoridades Este uacuteltimo condicionante fue determinante en tanto que

los servicios de propaganda controlaron el laboro de los fotoacutegrafos y el resultado que era publicado en revistas y perioacutedicos de la Espantildea republicana de ahiacute que podamos hablar de dos tipos de fotografias que reflejan dos miradas diferentes sobre la realidad las tomadas por fotoacutegrafos que trabajaron para una institucioacuten poliacutetica y sindical (los fotoacutegrafos oficiales) y los retratos realizados por fotoacutegrafos que lo hicieron para un local de fotografia o para medios extranjeros (los fotoacutegrafos oficiosos) Por otro lado y debido a este feacuterreo control resulta muy interesante para los estudiosos que trabajan la imagen como medio para acercarse al pasado observar tanto lo que se retrata como lo que se silencia visualmente ya que marca el discurso oficial que se impuso durante los tres antildeos de contienda Para ilustrar nuestra hipoacutetesis de trabajo hemos empleado varios ejemplos visuales

Bibliografia

BOURDIEU Pierre Un arte intermedio ensayo sobre los usos

sociales de la fotografia Barcelona Gustavo Giliacute 2003

COx Geoffrey La defensa de Madrid Madrid Oberon 2005

KERSHAW Alex Sangre y champaacuten la vida y la (poca de Robert

Capa Madrid Debate 2003

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LEWINSKY Jorge The camera at war a history ofworld photography from 1848 to present day Nueva York Simon amp Schuster 1978

LOacutePEZ MONDEacuteJAR Publio Alfonso cincuenta antildeos de Historia de Espantildea Madrid Editorial Lunwerg 2004

MANUAL del Miliciano [Sl] Editorial Labor 1937

NUESTRA propaganda en las filas facciosas La voz del combatiente Madrid 23 mar 1937 p5

OLMEDA Fernando Gerda Tardo fotoacutegrafa de guerra el peliodismo como testigo de la historia Madrid Debate 2007

WHELAN Richard Capa cara a cara fotografias de Robert Capa sobre la Guerra Civil Espantildeola Madrid MNCARS 1999

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combativa que lucha contra la sublevacioacuten desde la retaguardia

El motivo parece estar claro la imagen de la mujer de costumbres

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al mundo las siniestras consecuencias de una sublevacioacuten militar que la

imagen de una mujer que intentoacute acomodarse a las exigencias impuestas por el estallido del conflicto

Consideraciones finales

Como dijo Pierre Bourdieu al hablar de las cinco satisfacciones que

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comunicacioacuten con los demaacutes y la expresioacuten de sentimientos las

realizaciones de uno mismo el prestigio social la distraccioacuten y la evasioacuten)

[ ] la fotografia tendriacutea como funcioacuten ayudar a sobrellevar la angustia suscitada por el paso del tiempo ya sea proporcionando un sustituto maacutegico de lo que aqueacutel se ha llevado ya sea supliendo las fallas de la memoria y sirviendo de punto de apoyo a la evocacioacuten de recuerdos asociados en suma produciendo el sentimiento de vencer al tiempo y su poder de destruccioacuten (BOURDIEU 2003 p52)

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Bibliografia

BOURDIEU Pierre Un arte intermedio ensayo sobre los usos

sociales de la fotografia Barcelona Gustavo Giliacute 2003

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Capa Madrid Debate 2003

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LEWINSKY Jorge The camera at war a history ofworld photography from 1848 to present day Nueva York Simon amp Schuster 1978

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MANUAL del Miliciano [Sl] Editorial Labor 1937

NUESTRA propaganda en las filas facciosas La voz del combatiente Madrid 23 mar 1937 p5

OLMEDA Fernando Gerda Tardo fotoacutegrafa de guerra el peliodismo como testigo de la historia Madrid Debate 2007

WHELAN Richard Capa cara a cara fotografias de Robert Capa sobre la Guerra Civil Espantildeola Madrid MNCARS 1999

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