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Disciplina de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial Dr. Luís Antônio Ferreira da Rocha

Aula De Cistos Uninove 2009 2003

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Aula de Cistos Toninho

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Disciplina de Cirurgia e Traumatologia

Buco-Maxilo-Facial

Dr. Luís Antônio Ferreira da Rocha

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Cisto são definidos como sendo uma Cavidade patológica, frequentemente revestida por epitelio e que apresenta no seu interior conteudo Fluido ou Semi-sólido.

Ocorrem em todas as idades, sendo mais freqüentes nos adultos, não havendo diferença quanto a gênero e raça.

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O surgimento dos cistos provavelmente está ligado aos resíduos epiteliais que permanecem na região durante o processo da formação dentária e ao longo das linhas de fusão dos ossos maxilares na embriogênese, podendo estar associado ou não a processos patológicos inflamatórios.

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Os remanescentes epiteliais, por estímulos desconhecidos, proliferam formando ilhotas celulares que, por terem nutrição insuficiente, causada pela distância do tecido conjuntivo adjacente, favorecem a degeneração das celulas centrais, que por ação enzimática se liquefazem. Neste líquido, encontramos alta concentração protéica, como também cristais de colesterol, o que gera alta pressão osmótica.

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A cápsula cística funciona como uma membrana semipermeável, trazendo líquido dos espaços teciduais para dentro da lesão, até se estabelecer o equilíbrio hidrostático.

Isto faz com que a lesão cística apresente um crescimento lento e contínuo, passando por quatro fases evolutivas bem marcadas, a saber:

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SILENCIOSA : Sem manifestação clínica, encontrada geralmente em exame radiográfico de rotina, o que torna imperativa a solicitação de radiografia panorâmica a todo cliente de primeira consulta.

DEFORMAÇÃO : Abaulamento das corticais ósseas decorrente do crescimento da lesão. É mais facilmente perceptível na maxila que na mandíbula, devido à menor espessura das corticais maxilares, oferecendo menos resistência à expansão.

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EXTERIORIZAÇÃO : Aumento da deformação, com adelgaçamento das corticais ósseas, podendo ocorrer sua ruptura no ponto mais proeminente, o que possibilita à pressão digital a sensação de compressão de uma bola de “PING-PONG”.

INFECÇÃO : Por comunicação com a cavidade bucal, através do periodonto ou eventualmente por via hematogênica, o cisto sofre um processo infeccioso agudo de grande repercussão e evolução rápida, que exige intervenção imediata com medicação antibiótica e drenagem.

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Para um diagnóstico definitivo, será necessário unir os achados clínicos e de imagem a diversos diagnósticos histológicos.

1 ) ANAMNESE

2 ) OBSERVAÇÕES CLÍNICAS

3 ) EXAMES IMAGEOLÓGICOS

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Odontogênicos

Não-Odontogênicos

InflamatóriosDesenvolvimento

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A. INFLAMATÓRIO

Cisto Periapical

Cisto Periapical Residual

Cisto Paradental

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São os cistos mais comuns ( 65% ), se origina de processos inflamatórios e aos restos epiteliais de Malassez.

Isto é demonstrado pelo fato de que praticamente todo cisto radicular origina-se de granulomas periapicais preexistentes.

Clinicamente temos dentes sem vitalidade pulpar e área radiolúcida bem definida associada ao ápice ou região lateral do dente envolvido.

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Granuloma Dentário

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Granuloma Periapical

Cisto Radicular

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Cisto Radicular

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Cisto

Radicular

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Radicular

Cisto

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Não apresentam sintomatologia dolorosa, ao menos que estejam infectados.

Cistos grandes periapicais podem envolver todo um quadrante, promovendo MOBILIDADE DENTAL

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Surge em decorrência da manutenção de um processo patológico apical após a exodontia, ou seja, os remanescentes do epitélio ou a presença de um cisto propriamente dito que permaneçam dão origem ao cisto residual

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CISTO PERIAPICAL RESIDUAL

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É o cisto inflamatório mais comum associado à região distal do terceiro molar inferior retido.

Representa de 0,5 a 0,4% de todos os casos de cistos maxilo-mandibulares. Esta lesão é resultante do processo inflamatório ao redor do tecido gengival que recobre parcial ou totalmente o terceiro molar.

Radiograficamente, apresenta-se como uma área radiolúcida na porção apical da raiz.

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Classificação dos Cistos Odontogênicos

B. DESENVOLVIMENTO

Cisto Dentígero

Cisto de Erupção

Cisto Gengival do Recém Nascido

Cisto Gengival do Adulto

Cisto Periodontal Lateral

Cisto Odontogênico Glandular

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Cisto Dentígero

Cisto relacionado à coroa de um dente não

erupcionado, aderido à junção cemento-esmalte

Origem: Epitélio reduzido do órgão do esmalte

20% todos cistos - comum

3MI, CS, MS, 2PMI

2,3,e 4 décadas de vida

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Cisto Dentígero(Características Clínicas)

20% dos cistos

entre 2-4 décadas de vida

terceiros molares

pode ocorrer em dentes supra numerários

pequenos - assintomáticos, descobertos ao acaso

grandes - sintomático, expansão óssea

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Cisto Dentígero(Características Radiográficas)

área radiolúcida

geralmente unilocular

associado à coroa dente não erupcionado

bordo esclerótico

50% causam reabsorção dentária

pode deslocar elementos dentários

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Cisto Dentígero(Diagnóstico Diferencial)

pequeno - difícil (cisto X folículo pericoronário)

3 a 4 mm de diâmetro

queratocisto

ameloblastoma

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CISTO DENTÍGERO

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CISTO DENTÍGERO

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CISTO DE ERUPÇÃO

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CISTO DE ERUPÇÃO

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CISTO DE ERUPÇÃO

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Tumor odontogênico queratocisto

(Características Clínicas)

infância até adultos

pico na 2-3 ; 5 décadas

mais frequente em homens

10-12% de todos os cistos de desenvolvimento

60-80% região posterior mandíbula

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Tumor odontogênico queratocisto

(Características Clínicas)

pequenos:

assintomáticos, descobertos ao acaso

grandes:

dor , aumento de volume, drenagem de secreção

Crescimento: sentido antero-posterior (sem expansão corticais

V e L)

Mútiplos Queratocistos : Síndrome de Gorlin ou Síndrome

Carcinoma Basocelular

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Tumor odontogênico queratocisto

(Características Radiográficas)

lesão radiolúcida uni ou multilocular

margens lisas ou corrugadas

25 a 40% casos associada com dentes não

irrompidos.

reabsorção dentária menos comum que Periapical e

Dentígero

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Cistos Não-Odontogênicos

Antigos fissurais

Patogênese exata desconhecida

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Cistos Não-Odontogênicos

Ducto Nasopalatino ou Canal Incisivo

Cisto Nasolabial

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Cisto Ducto Nasopalatino ou do Canal Incisivo

patogênese duvidosa

trauma, infecção do ducto, retenção de muco de

gl. Salivares menores

aumento volumétrico região anterior do palato,

drenagem e dor

assintomático

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Cisto Ducto Nasopalatino ou do Canal Incisivo

Lesão radiolúcida, bem delimitada, próximo linha

média da região anterior maxila e próximo aos ápices

dos IC.

Aredondada, ovalada, coração, pêra invertida

Pequenos diâmetros: difícil diferenciar do forame

Tecido mole= cisto papila incisiva

Enucleação

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