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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁHOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETORESIDÊNCIA MÉDICA EM PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA
CURSO DE RADIOLOGIA TORÁCICAAULA 06:
CISTOS E CAVIDADES PULMONARES
Dra Adriana BarretoPreceptoria da Pneumologia
Derrame Pleural
Derrames pleurais ocorrem por alteração do equilíbrio entre formação e reabsorção do líquido contido no espaço pleural
Mecanismos de formação do derrame pleural
Elevação da pressão hidrostática intravascular
Aumento da permeabilidade vascular
Queda da pressão oncótica
Redução da pressão do espaço pleural
Redução da drenagem linfática
Passagem de líquido livre do abdome para a pleura.
Derrame Pleural
Transudatos
Insuficiência cardíaca, síndrome nefrótica, mixedema e cirrose hepática.
Exsudatos
Infecção, embolia pulmonar, cirrose hepática, pancreatite aguda, neoplasia, colagenoses.
Radiologia no Derrame Pleural
Nos derrames volumosos pode haver deslocamento contralateral das estruturas mediastinais e/ou inversão da cúpula diafragmática
Espessamento Pleural Difuso
• Na radiografia de tórax é definido como espessamento contínuo da pleura, que se estende por no mínimo um quarto da parede torácica.
• Causas: exposição ao asbesto, processos infecciosos, especialmente por micobactérias, colagenoses, procedimentos cirúrgicos ou traumas.
Placas Pleurais
• São espessamentos focais da pleura parietal, constituindo a manifestação mais comum da exposição ao asbesto.
• Têm crescimento lento e tendência a calcificar com o passar dos anos, em cerca de 5% a 15% dos casos.
• A maior parte das placas ocorre na ausência de asbestose. O oposto não é verdadeiro: raramente detecta-se asbestose na ausência de placas pleurais.
Placas Pleurais• São geralmente bilaterais, assimétricas e de distribuição irregular.
• Envolvem mais comumente as porções posteriores e laterais da pleura da parede torácica. Os ápices e os seios costofrênicos são raramente comprometidos. A pleura mediastinal é um local menos comum, assim como as porções anteriores da pleura parietal.
Radiologia
Comprometimento maligno da pleura: espessamento pleural nodular e irregular, geralmente envolvendo a pleura mediastinal e encarcerando o pulmão.
Radiologia
As metástases constituem a principal causa de envolvimento neoplásico da pleura, correspondendo a 95% dos casos. Geralmente decorrem de adenocarcinomas, principalmente de pulmão (36%), mama (25%) e ovário (5%).
Cistos e Cavidades Pulmonares
Cistos e cavidades são condições em que há aumento da transparência pulmonar, de modo focal e bem delimitado.
Os conceitos de cisto e cavidade são bem semelhantes; o diferencial se faz pela espessura das paredes, que são finas (< 1 mm) nos cistos e espessas (> 1 mm) nas cavidades.
Cistos e Cavidades Pulmonares
Cisto: 1.(patologia) Espaço circunscrito que pode apresentar conteúdo líquido ou gasoso, geralmente com parede fina e bem definida e recoberta por epitélio.
Cavidade: 1.(patologia) Uma massa no interior do parênquima pulmonar, que sua porção central apresentou necrose de liqüefação, a qual foi expelida pela árvore brônquica, deixando espaço com conteúdo aéreo, contendo ou não líquido.
Causas de Cistos e Cavidades Pulmonares
• Tuberculose pulmonar
• Neoplasia
• Bolhas de enfisema
• Pneumatoceles
• Metástases
• Abscesso pulmonar
• Linfangioleiomiomatose
• Faveolamento
Cistos e Cavidades Pulmonares
Metástases císticas e/ou cavitadas. Ocorrem mais freqüentemente em neoplasias de cabeça e pescoço, renais ou após quimioterapia.
Cavidades Pulmonares Abscesso pulmonar: Ocorre principalmente nos segmentos
superiores dos lobos inferiores de etilistas, pacientes acamados ou idosos. Contém nível líquido e paredes espessas e irregulares
Cistos e Cavidades Pulmonares
Pneumonia por estafilococos Pneumatoceles: geralmente cistos (paredes finas), em locais onde anteriormente existiam consolidações parenquimatosas. Podem também cursar com cavidades.
Cistos Pulmonares Linfangioleiomiomatose: Ocorre em mulheres em idade fértil e
cursa com cistos e cavidades de dimensões variadas, geralmente de distribuição difusa e bilateral.