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ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 6 2 6 Ano 87 - Nº 23.626 Jornal do empreendedor R$ 1,40 Conclusão: 23h50 www.dcomercio.com.br São Paulo, quinta-feira, 17 de maio de 2012 HOJE Nublado Máxima 20º C. Mínima 13º C. AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 21º C. Mínima 12º C. LOUVOR AO HEROI ANONIMO A 1ª batida entre trens em 38 anos de Metrô, às 9h50, entre Carrão e Penha, só não foi ainda pior porque o condutor acionou o freio de emergência após grave falha no sistema. Houve pânico e ao menos 49 passageiros se feriram. O herói ficou anônimo. Págs. 9 e 10 Alessandro Valle/AE Alexandre Moreira/AE Comissão de sete cabeças C ortava-se uma cabeça da serpente de 7 cabeças, a Hidra de Lerna (acima), e uma nova surgia. Como os 7 ministros já cortados por Dilma. Hércules a matou. Mas o 7 ficou a conta dos pecados capitais, dos dias da semana, dos mares, planetas, cores do arco-iris, o número da mentira e o da Comissão da Verdade, ou 7 Verdades. A presidente chorou ao dar ao Brasil o que ele "merece", a Verdade, apoiada pelos seus antecessores vivos, Lula, FHC, Sarney e Collor (foto). A Hidra do Planalto não se pautará pelo "ódio ou revanchismo". Porque "nunca, nunca mesmo, pode existir uma história sem voz. E quem dá voz à história são homens e mulheres livres, que não têm medo de escrevê-la". Cada uma das 7 cabeças coordenará a Comissão, sem presidente, durante 2 anos de busca da Verdade. A 1ª reunião foi ontem mesmo. Págs.5e6 André Dusek/AE ^

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ISSN 1679-2688

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Ano 87 - Nº 23.626 Jornal do empreendedorR$ 1,40

Conclusão: 23h50 www.dcomercio.com.br São Paulo, quinta-feira, 17 de maio de 2012

HOJENu b l a d o

Máxima 20º C. Mínima 13º C.

AMANHÃParcialmente nublado

Máxima 21º C. Mínima 12º C.

LOUVOR AO HEROI ANONIMO

A 1ª batida entre trens em38 anos de Metrô, às 9h50,entre Carrão e Penha, só não

foi ainda pior porque o condutor acionou o freio de emergênciaapós grave falha no sistema. Houve pânico e ao menos49 passageiros se feriram. O herói ficou anônimo. Págs. 9 e 10

Alessandro Valle/AE

Alex

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/AE

Comissão desete cabeças

Cortava-se umacabeça daserpentede 7 cabeças,

a Hidra de Lerna (acima), euma nova surgia. Como os7 ministros já cortados porDilma. Hércules a matou.Mas o 7 ficou a conta dospecados capitais, dos diasda semana, dos mares,planetas, cores do arco-iris,o número da mentira e o daComissão da Verdade, ou7 Verdades. A presidentechorou ao dar ao Brasil oque ele "merece", a Verdade,apoiada pelos seusantecessores vivos, Lula,FHC, Sarney e Collor (foto).A Hidra do Planalto nãose pautará pelo "ódio ourevanchismo". Porque"nunca, nunca mesmo, pode existir uma história sem voz.E quem dá voz à história são homens e mulheres livres, quenão têm medo de escrevê-la". Cada uma das 7 cabeçascoordenará a Comissão, sem presidente, durante 2 anos debusca da Verdade. A 1ª reunião foi ontem mesmo. Págs. 5 e 6

André Dusek/AE

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quinta-feira, 17 de maio de 20122 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Fundado em 1º de julho de 1924

Pre s i d e nteRogério Amato

V i ce - Pre s i d e nte sAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroClaudio VazEdy Luiz KogutÉrico Sodré Quirino FerreiraFrancisco Mesquita NetoJoão de Almeida Sampaio FilhoJoão de FavariLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesNelson Felipe KheirallahNilton MolinaPaulo Roberto PisauroRenato AbuchamRoberto FaldiniRoberto Mateus Ordine

CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel SolimeoDiretor-Resp onsável João de Scantimburgo ([email protected]) Diretor de Redação Moisés Rabinovici ([email protected])

Ed i to r - Ch e fe : José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]) Editor de Reportagem: José Maria dos Santos([email protected]) Editores Seniores: Bob Jungmann ([email protected]), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio. com .br ),chicolelis ([email protected]), Estela Cangerana ([email protected]), Luciano de Carvalho Paço ([email protected]),Luiz Octavio Lima ([email protected]), Luiz Antonio Maciel ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected])Editor de Fotografia: Alex Ribeiro Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Fernando Porto ([email protected]), RicardoRibas ([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]) Subeditores: Marcus Lopes e Rejane Aguiar Redatores: Adriana David,Darlene Delello, Eliana Haberli e Evelyn Schulke Repórter Especial: Kleber Gutierrez ([email protected]), . Repór teres:André de Almeida,Fátima Lourenço, Ivan Ventura, Karina Lignelli, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mariana Missiaggia, Mário Tonocchi, Paula Cu n h a ,Rafael Nardini, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sílvia Pimentel, Vera Gomes e Wladimir Miranda.

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opiniãoIntensificar as intervenções pontuais na economia somente agravaria o problema.

Roberto Fendt

Melhor não mexer no tripéda política econômica

ROBERTO

FENDT

Thales Stadler/AE

Ainda que seja possível uma recuperação da atividade industrial no 2º semestre, diversos fatores tendem a inibi-la.

Passados nove mesesde queda da taxaSelic, a produçãoindustrial continua

patinando e a inflação estáem alta. O que deu errado?

Indicadores antecedentesda atividade industrialapontam para umaretomada da produçãoindustrial e do PIB a partir doterceiro trimestre. Issoindicaria que talvezestivéssemos passando pelofundo do poço do baixocrescimento da indústria.

Contudo, a produçãoindustrial caiu 0,5% emrelação a fevereiro e essaqueda foi generalizadaentre os diversos segmentos.E ainda que seja possível umarecuperação da atividadeindustrial na segunda metadedo ano, diversos fatorestendem a inibir essarecuperação, quando ela vier.

O crescimento sustentadoda indústria em todo omundo – e, por extensão,do PIB – depende hoje maisdo crescimento daprodutividade que dequalquer outro fator.O problema reside no fatode que a produtividadeindustrial no Brasilestá estagnada.

Junto a isso, vem ocorrendoum crescimento maisacentuado do custo unitáriodo trabalho do que daprodutividade desse fator naindústria. Essa elevação docusto laboral tem a ver, emparte, com a rápida expansãodo setor de serviços. Essesetor é o maior empregadorda economia e o seuaquecimento tem mantido ossalários altos no segmento edeterminando, em parte, ossalários na indústria.

Com baixo crescimento daprodutividade do trabalhoindustrial e alta no salárioreal, não deveria surpreenderque a indústria estivesseperdendo competitividade eque os importados ganhandofatias crescentes nas

despesas dos consumidores:a atividade industrial mostrouum recuo de 3% no primeirotrimestre do ano enquantoo comércio varejista cresceu7% em fevereiro.

Já do lado da inflação, aalta é generalizada. O IPCAmais que triplicou em abril

relativamente a março;o IGP-DI dobrou no mesmoperíodo; o IPC da Fipe subiu0,55%; e o Dieese apurou quea cesta básica subiu em 15das 17 capitais pesquisadas.Em quatro delas (Manaus,Fortaleza, Natal e Salvador),a alta média foi de 3,25%.

Para fazer face a essequadro, o governo optou poruma estratégia calcada emtrês pilares. A primeira pernado tripé consistiu na reduçãoacelerada na taxa Selic parainduzir a queda da taxa dejuros dos empréstimos dosbancos comerciais, como

forma de financiar a comprade máquinas e equipamentosnacionais. A segunda perna,na redução seletiva dacarga tributária de algunssetores industriais. E aterceira, em intervenções nomercado de câmbio paradesvalorizar o real.

Em seu conjunto, asmedidas pretenderiamfortalecer o investimentoindustrial e, a partir dele, aretomada das vendas daindústria nos mercadosinterno e externo.

No entanto, o que setem observado atéagora é que a

expansão do crédito foivoltada essencialmente para ofinanciamento do consumo,especialmente à compra deveículos, beneficiadosinicialmente pela redução doIPI. O fim do benefício fiscal e oaumento da inadimplênciacortaram fundo a produção eas vendas desse segmento.

Além disso, a expansão docrédito público a taxas de jurosfavorecidas, especialmentedo BNDES, não tem induzidoum aumento expressivodo investimento industrial.No primeiro trimestre, aprodução de bens de capitalcaiu 11,4%, frustrando asexpectativas de aumento daprodução industrial.

A desvalorização docâmbio, resultado do conjuntode medidas já tomadas peloBC, poderá ter efeitospositivos, mas em horizontemais longo e de menor eficáciaque em outras circunstâncias,dada a fragilidade dademanda internacional.

Finalmente, a queda daSelic não só não tem serefletido na mesma proporçãona queda das taxas deempréstimo como aparentamter pedido sua eficácia comoinstrumento de fomento aocrescimento industrial. Issotem a ver com o aumento docusto laboral e o fracodesempenho da produtividadedo trabalho industrial.

Das três pernas do tripéda política econômica,as intervenções no

mercado de câmbio atingiramseu objetivo de desvalorizar oreal e restabelecer umpatamar mínimo para a taxade câmbio real, indispensávelpara retomada das vendasexternas da indústria.

O sucesso da política deredução da taxa real dejuros dependerá de umaqueda no custo unitário damão-de-obra vis-à-vis oaumento da produtividade dotrabalho industrial. Não étarefa para o curto prazo.

Finalmente, a reduçãoseletiva da carga tributáriatambém não produziu osresultados esperadossobre a produção industrialcomo um todo.

O grande risco quecorremos, diante da frustraçãocom os poucos resultadosobtidos com a política emcurso, é o aumento daspressões sobre o governo paraintensificar as intervençõespontuais na economia.Atendê-las somenteagravaria o problema, emlugar de atenuá-lo.

RO B E RTO FENDT É E C O N O M I S TA

ARISTÓTELES

DRUMMOND

UMA VELHA BOA IDEIA

Em meio a maré positivaque o Rio vive,percebe-se a volta a

uma de suas vocações que éo mercado financeiro. Assedes dos grandes bancos,mesmo os mineiros, comoNacional, Minas Gerais,Moreira Sales (depoisUnibanco), eram no Rio,onde viviam seuscontroladores. A Bolsa deValores, a maior do país; ascorretoras dominavam omercado de câmbio.

Nesse momento, a gestãode recursos (assets) degrandes investidores ganhacorpo, com a multiplicaçãode mesas operadas por umajuventude ágil e antenada.

Esta retomada, deve-seregistrar, ocorre depois dacriação do Gávea peloeconomista e ex-presidentedo BC Armínio Fraga, mais oumenos na virada do milênio.

Nada mais oportuno doque se levantar a antiga

tese, lançada por Theophilode Azeredo Santos ainda nosanos 70 e encampada porRoberto Campos depois quese elegeu no Rio, em 90.Trata-se da criação de ummercado livre de moedas,mais conhecido comoRio-Dólar. Seria uma formade se reter e captar divisaspara nosso mercado,incluindo uma autorização

para brasileiros abriremcontas em outras moedas –desde que os saquesfossem sempre em reais.

Quando os números dabalança cambial começam aratear, menos entradas dedólares, maiores gastos noexterior, seria oportuna acriação deste mercado. E seeste tivesse de ter uma única

praça, nada mais naturalque a escolhida fosse a doRio de Janeiro. Talvez fosseaté o caso de a medida viracompanhada de umaanistia para a internação demoedas depositadas noexterior e não declaradas.Estes valores já forammaiores, mas ainda devemser significativos. A mão de

obra sofisticada para operaresse mercado o Rio jápossui. Inclusive, centrosavançados como a FundaçãoGetulio Vargas, IBMEC, PUCe outros de excelência.

Montevidéu, que tem ummercado "off shore",

sofre perda de movimentodiante de um governo hostilao capitalismo e com umapolítica trabalhista absurda.Prova está que o Banco doBrasil fechou sua agência hámuitos anos em função deproblemas com o sindicatolocal. No último ano, forammais de 20 os bancosinternacionais de porte quedeixaram o Uruguai ou

diminuíram de maneirasignificativa suas operações.Miami tem sido o destino. Omomento seria este. Precisade vontade e identidade coma liberdade do mercado.

Afuga do que restana poupança privada

significativa na Argentinae Venezuela vem tomandoo tradicional caminhode Miami.Poderia ser o Rio o abrigo dosvizinhos ameaçados!

ARISTÓTELES DRU M M O N D

É J O R N A L I S TA E VICE-PRESIDENTE

DA ASSOCIAÇÃO CO M E RC I A L

DO RIO DE JA N E I RO.ARI.D RU M M O N D @YA H O O.CO M .BR

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quinta-feira, 17 de maio de 2012 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião

Larry Downing/Reuters

A MANUTENÇÃO DO LIVRE MERCADO É ESSENCIAL PARA O PROGRESSO DA MEDICINA .

S e g re d oi m p e n et r á ve l

OLAVO DE

CARVALHO

As reações dobloco obamista

à curiosidade pública sãode um cinismo que raia

a desconversasociopática.

Oespantoso , nacarreira de Bara-ck Hussein Oba-ma, não é só que

um ilustre desconhecido te-nha conseguido chegar àpresidência dos EUA com umcurriculum vitae de agitadorcomunista, uma históriapessoal nebulosa, amizadescomprometedoras com todasorte de gangsters e terroris-tas, paternidade incerta edocumentos muito prova-velmente falsos. É que agrande mídia inteira, secun-dada pela classe política epor todo o beautiful people, serecuse a investigar qualquerdessas coisas e, com a una-nimidade de uma tropa dechoque bem adestrada, caiade pau em quem quer que seaventure a fazê-lo. Tão logoalguém levante uma per-gunta a respeito, já é acusa-do de racista ou de teórico daconspiração, e retratado empúblico como autor insanode hipóteses rocambolescasque jamais lhe passaram pe-la cabeça.

As reações do bloco oba-mista à curiosidade públicasão de um cinismo que raia adesconversa sociopática.Se você pergunta comoObama pôde ter um númerode Social Security do Estadode Connecticut sem jamaister morado nesse Estado,respondem-lhe que ele nãonasceu no Quênia. Se vocêdiz que a data no certificadode alistamento militar delenão parece autêntica, res-pondem-lhe que ele é o pre-sidente legitimamente elei-to dos EUA e honni soit quimal y pense. Se você diz queObama Senior e mamãeStanley Ann jamais mora-ram no endereço que constados famosos anúncios dejornais alardeados comoprova de nacional idadeamericana, respondem queo xerife Arpaio maltrata oshispânicos. Se você recla-ma que os passaportes anti-gos de Obama continuamtrancados a sete chaves eque isso é incompatível coma promessa presidencial detransparência, respondemexibindo um passaporte no-vo, emitido em 2012.

Até mesmo escrever o no-me inteiro do personagem,sem omitir piedosamente o"Hussein", é consideradouma insinuação ofensiva. Equando o homem faz o possí-vel para entregar todo o po-der no Oriente Médio a uma

organização declaradamenteanti-americana e anti-israe-lense, aí é que pronunciar o no-me proibido se torna quase umcrime de lesa-majestade.

Aincongruência frívoladas respostas é obsessi-va e sistemática, como

se calculada para desencorajaro debate sério e, desviando asatenções para novos e novostemas alegadamente mais ur-gentes, dessensibilizar o povopara a anormalidade da situa-ção. Arrastado na corrente dediscussões econômico-admi-nistrativas, que o próprio presi-dente alimenta com decisõesparadoxais, escandalosas e ca-tastróficas, os eleitores vão aospoucos se esquecendo de quenão sabem com quem estãodiscutindo e acabam por acei-tá-lo, ad hoc, com a falsa identi-

dade com que a mídia o apre-senta, toda construída de adje-tivos encomiásticos sem ne-nhuma substância factualidentificável.

A identidade do presidente,enfim, é totalmente fictícia,mas, como a verdadeira é des-conhecida e buscá-la é com-plicado, deprimente e às ve-zes perigoso, cada um prefere

antes o desconforto de discu-tir com um mascarado do queo risco de ficar protestando so-zinho que um debate semtransparência não vale.

Todos os presidentes, mi-nistros, governadores, sena-dores e deputados america-nos tiveram suas vidas vascu-lhadas até os últimos detalhesda sua intimidade familiar,

mas, já no último ano do seumandato, a pessoa real de Ba-rack Hussein Obama continuadesfrutando do direito incon-dicional à invisibilidade, con-trastando com o fulgor da suapersonalidade oficial, conti-nuamente reforçado por no-vos e novos polimentos.

Aversão canônica dahistór ia de Obama,aquela que ele mesmo

pub l i cou com o t í tu lo deDreams of my Father, continuasendo alardeada como a res-posta cabal e definitiva a to-das as perguntas, malgrado aausência quase completa detestemunhos corroborantese embora até mesmo a auto-ria do livro seja duvidosa nomais alto grau.

A imagem de Obama, tal co-mo construída durante a cam-

panha eleitoral de 2008, tor-nou-se enfim não somente umobjeto sagrado, protegido portoda sorte de tabus, mas osguardiões do templo agem co-mo se a considerassem o valorsupremo, o valor dos valores,superior a todos os interessesda veracidade histórica, do di-reito à informação, da trans-parência administrativa e daordem constitucional. Ne-nhum presidente dos EUA oude qualquer outra nação, ne-nhum ditador comunista oufascista, nenhum rei, impera-dor ou papa desfrutou jamaisde tão inviolável secretude. Opassado de Obama é intocá-vel, incognoscível, insondá-vel. E assim deve permanecer,pelo menos, até o fim do seumandato. Depois disso, o di-reito do povo saber quem o go-verna terá sido abolido por de-curso de prazo.

Com toda a evidência, es-tamos diante de um fe-nômeno único, inédito

na História, inexplicável semuma formidável concentraçãode poder que esvazia de qual-quer sentido substantivo a no-ção mesma de "democracia".Obama elegeu-se prometendo"mudança", e de fato mudoumuita coisa: tornou o governodos EUA uma força auxiliar darevolução islâmica; deu toquesinconfundivelmente socialistasà economia americana; insti-tuiu o boicote sistemático às or-ganizações religiosas; aumen-tou a dívida estatal mais do quetodos os presidentes anterioressomados; e instituiu a práticade premiar com dinheiro públi-co a má administração privada.Mas nenhuma mudança foi tãoprofunda quanto essa: habituaro povo à crença de que não temo direito, nem aliás a mínimanecessidade, de saber quem éo sujeito que manda no país.

OL AVO DE CA RVA L H O É E N S A Í S TA ,J O R N A L I S TA E P RO F E S S O R DE FI LO S O F I A

JOÃO LUIZ

MAUAD

SEM INCENTIVO NÃO HÁ INVESTIMENTO

Entre 1940 e 1962,20 novas classes deantibióticos foram

colocadas no mercado. Nosúltimos 40 anos, apenasquatro novas cepas foramlançadas, informa a revistaNature. No mesmo artigo, aOrganização Mundial daSaúde estima que estejaocorrendo em todo o mundoum aumento rápido eprogressivo da resistênciamicrobiana aos antibióticosatualmente em uso.

São dados preocupantes,sem dúvida. Parece muitoclaro que medidasurgentes são necessáriaspara incentivar asindústrias farmacêuticasa investirem na pesquisae desenvolvimento denovas drogas, antesque os agentespatogênicos se tornemcada vez mais agressivose difíceis de combater.

Muito mais que asfamigeradas mudançasclimáticas, este é um realmotivo de preocupação.Para não variar, osintervencionistas de semprejá estão sugerindo que osgovernos façam pesadosinvestimentos em pesquisaou concedam subsídios eisenções aos laboratórios.

Nada disso, entretanto,seria necessário,bastando que voltássemosao status quo anterior edéssemos às empresasfarmacêuticas os incentivoscorretos para que elasvoltassem a investir.

A hostilidadeanticapitalista queperdurou na segundametade do século 20, emgeral, e a animosidadecontra as ditas grandescorporações, em particular,tornaram a pesquisa e odesenvolvimento denovos medicamentos umaaventura demasiadamentearriscada.

Graças a umamentalidade

francamenteassistencialista, a indústriafarmacêutica sempreesteve, desde então, sobimensa pressão para baixaros seus preços nos paísessubdesenvolvidos,chegando mesmo, emalguns casos extremos,como no Brasil, a ter suaspatentes "quebradas"(eufemismo tipicamentetupiniquim para"expropriadas") pelaspróprias autoridadesgovernamentais, num caso

típico de "pirataria estatal".Infelizmente, toda essa

volúpia demagógica acabase convertendo numagrande ameaça contratodos nós. Ante os drásticoscontroles de preços devenda em mercadosimportantes e abertasviolações aos direitos depropriedade em diversasoutras economias menores,a pergunta que se coloca é:por que a indústriafarmacêutica continuariainvestindo somasabsurdamente altas napesquisa e desenvolvimentode novos medicamentos?

Amanutenção do livremercado, que premia as

empresas por seusdescobrimentos, é essencialpara o progresso damedicina. Os laboratóriosnão estão obrigados ainvestir em novosantibióticos ou quaisquer

outros medicamentos. Ofarão somente enquantoisto for uma atividadelucrativa. Ao contrário doque pensa a maioria dospolíticos, burocratas eativistas em geral, não sepode ter tudo ao mesmotempo. Ou bem teremosuma grande variedade demedicamentos novose efetivos, porém caros,ou antiquadas drogasa preços baixos.

De acordo com dadosda Secretaria de

Comércio para aPropriedade Intelectualdos Estados Unidos, emmédia, para cada cincomil produtos pesquisados,somente cinco alcançam oestágio de testes clínicose apenas um desses éaprovado para usoterapêutico. Comoresultado, o custo médiode cada novo

medicamento posto nomercado supera em muitoa marca dos 500 milhõesde dólares. Considerandoainda o tempo que levapara a aprovação de cadanovo produto pelos órgãoscompetentes, tempo esseque vem aumentando acada ano, em vista dascrescentes e complexasregulamentações, asempresas dispõem de umperíodo de tempo muitocurto para recuperar oscustos durante a vida útilde uma patente. Por causadisso, somente três decada dez drogaspatenteadas geramsuficiente receita paracobrir ou exceder oscustos médios de pesquisae desenvolvimento.

Em vista dos númerosacima mencionados, a

"quebra" dessas patentes,ou mesmo a sua suspensãopor governos demagogos,populistas e oportunistas ésuicídio. É como falar aosinvestidores: "Obrigadopor gastar bilhões dedólares em pesquisa edesenvolvimento.Obrigado por manter todosaqueles cientistastrabalhando, anos a fio, a

um custo horário altíssimo.Porém, agora que vocêpossui algo que irápossibilitar a obtenção dealgum lucro, nós queremospermitir que os seuscompetidores, que nãotiveram que investir um sócentavo, ignorem a suapatente (propriedade) eproduzam o medicamentopor uma ínfima fração doseu custo real, porquenós entendemos que istoé a coisa certa a fazer".

Obrigar as companhiasfarmacêuticas a

operarem comoorganizações beneficentesirá eliminar todo o incentivoao desenvolvimento denovas drogas. Isso é tãoóbvio quanto irrefutável.Se nós quisermos ummundo em que os bonsmedicamentos serão coisasdo passado, tudo o queprecisamos fazer é impedirque os indivíduos queinvestem na criação dessasdrogas tenham oportunidadede, por um período limitado,recuperar os seus custose obter algum lucro.

JOÃO LUIZ MAUA D

É EMPRESÁRIO E C O L U N I S TA DO

SITE W W W.MIDIAAMAIS.COM.BR

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quinta-feira, 17 de maio de 20124 -.GERAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

CHARGE DO DIA

A volta de J.R.333 Dallas estará de volta em junho pelaWarner, com a segunda geração e parte daprimeira, com Sue Ellen (Linda Gray), queinspirou milhares de mães brasileiras abatizarem suas filhas como Suelen a J.R. (LarryHagman, hoje com 80 anos e que, antes dasérie, foi o Major Nelson em Jeannie é um

gênio). O rancho da família Ewing, além das brigas, também estarão devolta e o canal Viva, numa jogada inspirada, está reprisando Dallasoriginal. Com um único pecado: na dublagem, o personagemde Larry Hagman é chamado de Junior. Ele foi eternizado namemória do brasileiro como J.R. – e nunca como Junior.

[email protected] 3 3

k

Colaboração:Paula Rodrigues / A.Favero

333 Quem conhece bem DilmaRousseff sabe avaliar o seu graude irritação à medida em quecomeça a levar dedos à boca,tentando puxar com os dentes

alguma cutícula (nos tempos de guerrilha, roia as unhas). Naabertura da 15ª Marcha dos Prefeitos a Brasília, quando foi vaiada,Dilma recorreu ao expediente e até tirou parte do esmalte. Adistribuição de retroescavadeiras e motoniveladoras não foisuficiente para conter as vaias. Era a primeira vez que a presiden-te enfrentava um ambiente tão adverso. Quando deixou o palan-que, de dedo em riste, tratou de espernear com Paulo Zulkowski,presidente da Confederação Nacional dos Municípios. Achavaque devia ter sido prevenida. Zulkowski, portanto, é o novointegrante da lista negra presidencial.

O fatorcutícula

333 Quem diria: a cantoraRihanna aparece parcial-mente nua e transformadaquase num crocodilo, comdireito a maquiagem de

escamas e mergulho num pântano, no novo clipe Where HaveYou Been, parte do atual álbum Talk That Talk. Rihanna estáfazendo sua estréia na lista das celebridades mais poderosasdo showbiz da revista Forbes: ganhou US$ 53 milhões no anopassado e surge em quarto lugar nesse ranking. A revista tambémdestaca seus 18 milhões de seguidores no Twitter. As primeirasfotos com escamas de crocodilo, ela própria postou no Facebook.

Crocodilono pântano

A filhade Raul

333 Chega de atrizes, mulheres-frutas, ex-BBBs ou panicats: arevista Sexy queria em suaspáginas, na edição de aniversá-rio, a DJ Vivi Seixas, 31 anos,

nada menos do que a filha de Raul Seixas, que tem o corpocheio de tatuagens. A própria mãe de Vivi, Kika Seixas,entrou em cena para negociar detalhes do ensaio e cachê. Afilha estava tentada, entusiasmada e, de repente, pediu umtempo para pensar melhor. Já premiada, Vivi é apontada comoum das melhores DJs de house do Brasil. Detalhe: ela continuadizendo que “Paulo Coelho nunca foi amigo de seu pai”.

Sou cheiroso, mas não sou símbolo sexual.

IN OUTh

h

Roxo-berinjela. Azul royal.

MAIS: quem não pagasse,tinha seu negócio fechadopela ação da polícia queagia sob suas ordens.Está no relatório da PF.

MISTURA FINA

Mulher cara333 Com movimentação mensalna conta corrente que poderiachegar até R$ 3 milhões, CarlinhosCachoeira gostava muito deusar cartões de crédito, segundoinvestigações da PF (numa época,foi parar no Serasa por não pagarR$ 3,9 mil no cartão do Banco doBrasil). Sua mulher, AndressaAlves Mendonça, também gastavamuito nos cartões: nas viagensinternacionais, os gastos semprechegavam aos cinco dígitos.Uma fatura dela chegou a R$62.838,82; outra, R$ 25.877,44.Ele operava também com cartõesem nome de suas empresas,muitas fantasmas e distribuíacartões a ajudantes, parapagamentos de pequeno vulto.

IGUAIS NA DOR333 Narciza Tamborindeguygravouparticipaçãononovoprograma da GNT, Confissõesdo Apocalipse, apresentadopor Fernanda Young. É umaespéciedejogodaverdade,comtemas variados, escolhidosatravés de uma roleta. Narcizaestava inspirada: “Ricos epobressãoiguaisnador–todossentem a mesma coisa”. Edepois: “É insuportável vivercom essa moral em que a mulherdo bicheiro diz que ninguémestá livre de ser preso”,referindo-se a uma afirmaçãode Andressa Mendonça,mulher de Carlinhos Cachoeira.

Nos bons tempos,Cachoeira recebia 30%de todas as casas decaça níqueis do Centro-Oeste de terceiros.

Fotos: BusinessNewsNEYMAR // jogador do Santos F.C., descrevendo a si próprio.

O livro de Márcio333 Aos 77 anos, mais de 500 juris na carreira e hoje, comclientes como Carlinhos Cachoeira, Thor Batista e CamargoCorrêa, ainda por conta da Operação Castelo de Areia, o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, que defendeu Lula antes delechegar à Presidência, está escrevendo um livro. Falará nostempos de Ministério da Justiça, da OAB de São Paulo, causase clientes e com direito até a alguns assuntos pessoais, comoo câncer de pulmão que enfrentou quando deixou Brasília.Contará histórias de suas meias de seda, que encantavamLula, de seus ternos e gravatas e até de seus sapatos feitossob medida, em São Paulo, pelo famoso Mário Busso.

O adeus de Rosa333 Sergio Rosa, durante anospresidente da Previ, está deixandoa BrasilPrev, braço de previdênciaaberta do Banco do Brasil. Alegamotivos particulares: trabalhaem São Paulo e a família morano Rio. Não pode voltar à Previ:os estatutos proíbem. Retornariacomo diretor, eleito pelosparticipantes do fundo – e ele nãoquer. Rosa comandou a Previ porsete anos, foi o grande inimigo deDaniel Dantas nos tempos daBrasil Telecom e em 2001, teriacontribuído generosamentepara a campanha presidencialde Lula, supostamente atravésde empresas das quais a Previera sócia.

ATÉOMEDIUM333 O famoso médium quefaz cirurgias espirituais e quevirou amigo de Lula nesseperíodo de seu tratamento,João de Deus (ele apareceuaté no programa de OprahWinfrey), é amigo de CarlinhosCachoeira.Obicheirogoianoéqueteria levado,opedido,Joãode Deus até Caracas para umaconsulta com o presidenteHugo Chávez, que tambémenfrenta um câncer. Agora, aPolícia Federal e algunsparlamentares descobriramesse vôo e estão investigandoquem recomendou a João deDeus para ir ver Chávez equem pediu a Cachoeira paralevá-lonumjatinhoparticular.

Contra Venezuela333 Graça Foster, a toda-poderosada Petrobras, que quer continuarinvestindo na Argentina, trabalha,noite e dia, para botar para forada construção da refinariaAbreu Lima, em Pernambuco, avenezuelana PDVSA, que atéagora não colocou um tostãopor lá (o custo total é de R$ 16bilhões). Graça quer arrumar umsócio melhor. Agora, está umafera porque descobriu que amesma PDVSA quer abrir postosde gasolina no Brasil e jásonda unidades bandeirabranca de Norte e Nordeste. Noacordo original da Abreu Lima,os venezuelanos poderiamentrar nesse terreno só depoisde inaugurada a refinaria.

FÉ DA GLOBO333 Pela primeira vez, aMarcha para Jesus queacontece no próximo sábadonoRioteráoapoioinstitucionalda TV Globo. No ano passado,a emissora já cobriu o evento,que reúne várias igrejasevangélicas, para seustelejornais. Desta vez, atéanúncios estão sendo feitospela emissora da famíliaMarinho, que já organizou umfestival gospel para ganharimagem entre os evangélicos.Aos domingos cedo, a Globotransmite há anos a missae, em datas especiais, atédiretamente do Vaticano. Amarcha do Rio nada tem a vercom sua homônima paulista,que é comandada por Soniae Estevam Hernandez, ospregadores da Renascer.

333 QUEM está convivendo,com maior proximidade, com osenador Fernando Collor (PTB-AL), nesses altos e baixos daCPI do Cachoeira, acha que,em determinados momentos,parece que sai “fora de si”: grita,repete frases, cita Veja, sedescabela e por aí vai. Muitospreferem nem falar nada: ficamesperando passar a fúria; outros,depois – e só depois – acabamdando muita risada.

333 O SEGMENTO de recontarhistórias imperiais brasileirascontinua rendendo bons frutos:agora, Mary del Priore, que fazsucesso com A Carne e oSangue, sobre o triangulo vividopor D.Pedro I, Dona Domitila ea Marquesa de Santos, vemaí com bastidores de outrocasamento. Será o da prince-sa Isabel e o Conde D’Eu. Iráde intimidade e vida conjugalaté o controle que o condesofria por parte de seu pai, oduque de Némours.

333 AS FORÇAS Armadas, com73%, ocupam o topo do rankingde confiança dos brasileiros,de acordo com pesquisa daFaculdade de Direito GV. Emsegundo lugar, a Igreja Católica,com 56%, seguida pelo Ministé-rio Público (55%), grandesempresas (45%), imprensa escrita(44%) e Judiciário (42%). Nalanterninha, partidos políticos com5% da confiança dos brasileiros.

333 NA MESMA pesquisa, aDireito GV também quis saberse os brasileiros acreditamnos vizinhos e 70% responde-ram que não.

333 MESMO sem ser punk ourock star, as jovens brasileiraspodem circular por aí comjaquetas de couro com ombrosespetados de spikes e pulsei-ras de metal pontiagudas: é amoda. As tachinhas que seinfiltraram até em peças deestilo mais romântico, comosapatilhas e tops, dão umcerto toque de rebeldia,segundo os fashionistas.

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quinta-feira, 17 de maio de 2012 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

7 CABEÇASIntegrantes daComissão da

Verdade divergemsobre atuação.

política

A HORA DAS VERDADESUma emocionada Dilma Rousseff empossou os integrantes da comissão formada para jogar luz no passado

Apresidente DilmaRousseff, visivel-mente emocionadaao instalar ontem a

Comissão da Verdade, emBrasília, disse que as investi-gações não serão movidas pe-lo "ódio ou revanchismo", masque o Brasil precisa conhecera "totalidade de sua história".

Na cerimônia que deu posseaos integrantes da comissãocriada para esclarecer crimese abusos contra os direitos hu-manos cometidos no País, en-tre 1946 e 1988, a presidenteafirmou que "a ignorância so-bre a história não pacifica, pe-lo contrário, mantém latentemágoas e rancores".

Dilma, que foi torturada epresa por dois anos durante oregime militar, expôs sua

emoção. "A sombra e a menti-ra não são capazes de promo-ver a concórdia. O Brasil mere-ce a verdade.As novas ge-rações mere-cem a verda-de e, sobretu-do, merecema verdade fac-tual aquelesque perderamamigos e pa-rentes e quecontinuam so-frendo, comose eles mor-ressem de no-vo a cada dia",declarou, sensibilizada.

Em seguida, Dilma comple-tou a frase, referindo-se aosmortos e desaparecidos du-

rante o regime militar. "É co-mo se disséssemos que exis-tem filhos sem pai, existem

pais sem tú-mulo, existemtúmulos semcorpos. Nun-c a , n u n c amesmo, podeex i s t i r umahistória semvoz. E quemdá voz a histó-r i a s ã o h o-m e n s e m u-lheres livres,que não têmmedo de es-crevê-la".

Tomaram posse o ministroGilson Dipp, do Superior Tribu-nal de Justiça (STJ); o ex-procu-rador-geral da República,

Cláudio Fontelles; o ex-minis-tro da Justiça, José Carlos Dias;o diplomata Paulo Sérgio Pi-nheiro, a psicanalista Maria Ri-ta Kehl e os advogados RosaMaria Cardoso da Cunha e JoséPaulo Cavalcanti Filho. Segun-do a presidente, foi escolhidoum "grupo plural de cidadãosde reconhecida sabedoria ecompetência, preocupadoscom a Justiça e o equilíbrio e,acima de tudo, capazes de en-tender a dimensão do traba-lho que vão executar".

Os ex-presidentes Luiz Iná-cio Lula da Silva, FernandoHenrique Cardoso, FernandoCollor de Mello e José Sarney,participaram da cerimônia eforam citados por Dilma pelopapel de seus governos naconsolidação da comissão.

Pedro Ladeira/Frame/AE

Lágrimas: posse da comissão (no alto), sensibilizou a presidente.

Nunca mesmopode existir umahistória sem voz.E quem dá voz ahistória sãohomens emulheres livres.

DILMA ROUSSEFF

Mais Comissão da Verdade na página 6

Ueslei Marcelino/Reuters

Ela encerrou seu discurso ci-tando frase atribuída a GalileuGalilei. "A verdade é filha dotempo, não da autoridade".

Dilma anunciou ainda umnovo tempo: "A força pode es-

conder a verdade, a tirania po-de impedi-la de circular livre-mente, o medo pode adiá-la,mas o tempo acaba por trazera luz. Hoje, esse tempo che-gou". (Agências)

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quinta-feira, 17 de maio de 20126 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Foi um passo estupendo que a sociedade deu na conquista da democraciaEx-presidente Lula, sobre a Comissão da Verdade.política

Ex-presidentes exaltam democraciaLula, Collor, FHC e Sarney foram unânimes ao dizer que a Comissão da Verdade fortalece a democracia brasileira e abre a porta da reconciliação.

Os ex-presidentes,reunidos ontem pa-ra acompanhar ainstalação da Co-

missão da Verdade, em Brasí-lia, foram unânimes em afir-mar a importância da revela-ção de fatos ainda obscurosdurante o regime militar e quea democracia sai, assim, forta-lecida. Para o ex-presidenteLuiz Inácio Lula da Silva, aconstituição da comissão e oinício dos seus trabalhos "é umpasso estupendo" nessa con-quista da democracia.

Única no mundo – Lula parti-cipou da cerimônia de possedos sete integrantes da comis-são ao lado dos ex-presiden-tes Fernando Henrique Cardo-so, Fernando Collor de Mello,José Sarney e da presidenteDilma Rousseff. "Foi um passoestupendo que a sociedadedeu na conquista da democra-cia. É importante lembrar quefoi a única Comissão da Verda-de no mundo que surgiu debaixo para cima, do povo parao povo", afirmou.

Dos quatro ex-presidentes,Lula foi o mais aplaudido. An-tes de cair no choro, a presi-dente Dilma Rousseff chegoua interromper as apresenta-ções para engrossar a claque,gesto que não repetiu para osdemais convidados, emboratenha citado até mesmo a con-tribuição do ex-presidenteCollor em seu discurso.

Reconciliação – O ex-presi-dente Fernando Henrique Car-doso acredita que a instaura-ção da Comissão da Verdade,voltada para esclarecer viola-ções de direitos humanosocorridas entre 1946 e 1988,

vai permitir abrir "as portaspara uma reconciliação".

"A presidente Dilma faloupor todos nós", disse FHC. "Éum dia importante para o Bra-sil, com esse espírito de reco-nhecer a verdade, guardar namemória e ao mesmo tempoabrir as portas para uma re-conciliação. Aqui é uma ques-tão de Estado, não é política",completou.

Revelações – Para o ex-presi-dente, a importância da co-missão consistirá em revelarfatos. "Uma coisa é a Justiça,outra a memória. E aqui se tra-ta de ver a memória, a inter-pretação que cada um dará. Acomissão deve revelar fatos".

Ele lembrou ainda que a co-missão terá como missão"mostrar tudo" o que ocorreuem relação à violação de direi-tos humanos, mas advertiuque "as investigações não te-rão como objetivo condenarpessoas".

De acordo com FHC, é ummomento especial. "Temosque revelar tudo e essa revela-ção não tem como objetivo co-locar alguém na cadeia. O ob-jetivo é impedir que se repi-tam fatos que ocorreram".Alertou ainda que a comissãonão terá um clima de revan-chismo, como alguns críticoschegaram a sugerir.

"Não há interpretação deque seja uma revanche. A co-missão mostra ao País que énecessário guardar a memó-ria e isso é o importante", res-saltou.

Verdade – O ex-presidenteFernando Collor de Mello enal-teu a comissão e afirmou que ainvestigação tornará mais cla-

Lula Marques/Folhapress

José Dirceu aproveita para abraçar Lula no Planalto: ex-presidente diz que comissão é "passo estupendo".Pedro Ladeira/Frame/Folhapress

Dilma cumprimenta Fernando Henrique e o ex-presidente solta elogios: "Ea falou por todos nós".

É importantelembrar que foi aúnica Comissão daVerdade no mundoque surgiu de baixopara cima, do povopara o povo.

LUIZ INÁCIO LUL A DA SI LVA

Uma coisaé Justiça, outra émemória. Ainterpretação cadaum dará a quequiser, porém osfatos são os fatos.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

ra a verdade sobre os fatos."Vai tornar mais clara a verda-de dos fatos que levaram la-mentavelmente tantas vidasno período autoritário. É umaimportância transcendental,porque o Brasil encontra con-sigo próprio no momento emque é dada a oportunidade dea verdade vir à tona", disse.

A cerimônia teve pronuncia-mento de Américo Incalcater-ra, representante do Alto Co-missariado das Nações Unidaspara os Direitos Humanos,que leu carta da alta comissá-ria da ONU para os Direitos Hu-manos, Navi Pillay, de apoio àcomissão. Depois, Dilma rece-beu os ex-presidentes para al-moço no Planalto. (Agências)

Andre Dusek/AE

Forçaspresentes:

militaresacompanham

posse daComissão daVerdade noPalácio doPlanalto.

Lei da Anistia está mantida.Palavra do ministro Dipp.

Oministro Gilson Dipp,do Superior Tribunalde Justiça (STJ), que

ontem foi designado paracoordenar a Comissão daVerdade, garantiu que nãohá possibilidade de esse sero primeiro passo para arevisão da Lei da Anistia.

Sem suspeita – De acordocom o coordenador, acomissão "visa apurar asviolações de direitoshumanos, visa recompor amemória e a verdadehistórica e não temosnenhum poder jurisdicionalou persecutório", disseDipp. Segundo ocoordenador, "a sociedadesaberá compreender queesta é uma missão acima dequalquer suspeita de queadentremos em terreno quea lei não nos permite",assegurou o ministro.

Os dois lados – Dipp voltoua admitir que tanto os atosdos militares quanto os daesquerda serão analisados."O artigo primeiro da lei dizque toda violação aosdireitos humanos poderáser examinada pelacomissão para recompor amemória e a história e é issoque será feito", garantiu.

Ele disse que antes deiniciar os trabalhosefetivamente, "a comissãodeverá ter regimentointerno, cronograma deações e começar a escolherdepoimentos, informações,entrega de documento e,principalmente,colaboração com outrosórgãos públicos e de outrascomissões."

Missão dolorosa – Em suaavaliação, este é ummomento histórico para asociedade e para o cidadãobrasileiro. "O Brasil vai ter aoportunidade de seconciliar em definitivo coma história, com seu passado,com seus percalços e seusavanços. Uma democraciasó se consolida se tivermos

a certeza do que aconteceuno passado, sem que nadaseja escondido. Quenenhuma mágoa fiquelatente e que possamospromover a verdadeirareconciliação nacional, estaé a missão dolorosa dacomissão", explicou Dipp.

Autonomia – Segundo oministro da Justiça, JoséEduardo Cardozo, acomissão será"absolutamenteautônoma". Pelo menos foia resposta que ele deuquando questionado se elainvestigaria "os dois lados",ou seja violência cometidapor integrantes daesquerda e pelos militares.

"A comissão é autônoma.É evidente que o seu papelestá fixado na lei. A verdadeenvolve uma totalidade,agora se vai ser feita essainvestigação, os caminhosque vão ser percorridos, ametodologia, obviamente ogoverno não vai interferirem nada", garantiuCardozo. "É um momentode resgate histórico paraque seja encerradodefinitivamente um períodoamargo que os brasileirosviveram". (Agências)

Coordenador explica os limites da comissão. Nenhum poder jurisdicional.

É um momento deresgate históricopara que sejaencerrado umperíodo amargoque os brasileirosviveram.

JOSÉ ED UA R D O CA R D O ZO

Grupo faz a primeira reuniãocom 'apoio' de 3 ministros

AComissão da Verdade,instalada ontem, nãotem presidente. Foi de-

cidido que a comissão terá umcoordenador e, durante osdois anos de trabalho, todos osmembros assumirão, pelomenos uma vez, a coordena-ção dos trabalhos. O primeirocoordenador designado, Gil-son Dipp, ministro do SuperiorTribunal de Justiça (STJ), deuinício aos trabalhos ontemmesmo.

Dipp informou, após a pri-meira reunião do colegiado,que "apenas questões mera-mente burocráticas" (como adefinição de que as reuniõesordinárias serão de 15 em 15dias, a partir da próxima se-gunda-feira, no Centro Cultu-ral Banco do Brasil, em Brasí-lia) foram definidas no encon-tro. A comissão poderá, ainda,se reunir extraordinariamen-te, em Brasília, ou em qual-quer outro local. Também se-rão criadas subcomissões pa-ra balizar os trabalhos. Os in-tegrantes do grupo manterãocontato permanente tambémpor meio de e-mails, Skype ououtros meios.

Dipp assegurou que não fo-ram detalhadas as linhas detrabalho da comissão e nempor onde começarão as ativi-dades. Assegurou, no entan-to, que os trabalhos já desen-volvidos por outros órgãos se-rão aproveitados, como prevêa legislação.

Apesar de a presidente Dil-ma Rousseff e os integrantesda Comissão asseguraremque terão total liberdade e in-dependência para desenvol-ver seus trabalhos, a primeirareunião da comissão contoucom a presença dos ministrosda Casa Civil, Gleisi Hoffmann;da Justiça, José Eduardo Car-dozo; e da Advocacia-Geral daUnião, Luís Inácio Adams. Gil-son Dipp justificou que a CasaCivil é o órgão responsável pordar apoio à comissão.

Sobre a presença dos de-mais, repetiu: "Estavam ape-nas nos dando apoio", acres-centando que apenas infor-maram que estariam à dispo-sição para ajudar a comissão.

Divergências – Em relação àsdiferenças de opinião entre in-tegrantes da comissão sobrequem deve ser investigado,Gilson Dipp lembrou que a leicita que "todas as violaçõesdos direitos humanos" e todosque a praticaram devem serinvestigados. Outros inte-grantes do grupo, como o ex-procurador Claudio Fonteles,avaliam que esse processo serestringe apenas aos agentesdo Estado.

A advogada da presidenteDilma, que também integra ogrupo, Rosa Cunha, evitou fa-zer comentários sobre as di-vergências do grupo ao sair dareunião no Planalto, justifican-do que Dipp foi designado pa-ra falar, justamente para evi-tar que isso ocorra.

Dez a 14 cargos comissiona-dos serão criados para que acomissão disponha de corpode apoio para a realização dostrabalhos. Também não hou-ve discussão em relação aoprazo inicial dos trabalhos dacomissão, que é de dois anos.

Gilson Dipp disse ainda quenão teme "retaliação de mili-tares nem de ninguém da so-ciedade". Ele negou que se in-comode com a comissão daverdade paralela criada pelosclubes militares e acrescen-tou que "este não é um assun-to que diga respeito à funçãoda comissão".

Para a psicanalista Maria Ri-ta Kehl, o grupo não tem comoapurar todos os fatos. "Esperoque a prática da escuta psica-nalítica, que escuta também oque não é dito, possa ajudar",disse. (Agências)

Coordenada por Gilson Dipp, comissão começou ontem a definir a própria atuação

Andre Dusek/AE

Gilson Dipp:divergências de

opiniões entreintegrantes não

deverãodificultar

apuração deviolações

apresentadas.

Espero que aprática da escutapsicanalítica, queescuta também oque não é dito,possa ajudar.

MARIA RI TA KEHL, PSIC ANALISTA

E INTEGR ANTE DA CO M I S S Ã O.

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quinta-feira, 17 de maio de 2012 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

São falsas as ilações de que a referida operação (compra da Delta) teve aval deste governo.Nota do Palácio do Planaltopolítica

Inquérito vai investigar venda da DeltaMinistro Fernando Pimentel pode ser chamado a explicar venda da construtora e MPF quer listagem de contratos firmados com a União e o estado do Rio.

AComissão de Fiscali-zação Financeira eControle da Câmarados Deputados apro-

vou ontem requerimento paraque o ministro do Desenvolvi-mento, Indústria e ComércioExterior, Fernando Pimentel,preste informações sobre avenda da Delta Construçõespela J&F, grupo que controla ofrigorífico JBS. O grupo anun-ciou no dia 9 de maio o acordopara assumir a administraçãoda construtora.

A Delta, emprei-teira líder de con-tratos do Progra-ma de Aceleraçãodo Crescimento( P A C ) e s e x t amaior do setor noPaís, está envolvi-da em denúnciasde favorecimentoao bicheiro CarlosAugusto Ramos, oC a r l i n h o s C a-choeira, preso pe-la Polícia Federalna Operação Mon-te Carlo. Acusado de chefiarum esquema de jogo ilegal,ele também teria corrompidoagentes públicos e superfatu-rado obras, entre outros cri-mes.

Em reportagem publicadana última sexta-feira, dia 11de maio, pela Folha de S. Paulo,o empresário José Batista Jú-nior, um dos controladores dofrigorífico JBS, afirmou que o"governo foi consultado e deuaval à decisão de sua famíliade comprar a construtora paraimpedir a paralisia de suas ati-vidades". No mesmo dia, o Pa-

lácio do Planalto afirmou que"são falsas as ilações de que areferida operação teve avaldeste governo".

Em comunicado também di-vulgado na última sexta, a J&Fafirmou que as negociaçõespara a aquisição da Delta "sãoprivadas e de caráter empre-sarial" e classificou de "desca-bida qualquer insinuação deinterferência do governo fe-deral no negócio", diz o G1.

Inquérito – O procurador daRepública Edson Abdon abriu

inquérito civil pú-blico para investi-gar a venda daempreiteira parao grupo J&F Parti-c i pações , p ro-prietária do JBS,frigoríf ico, quet e m 3 1 , 4 % d esuas ações sobcontrole do Ban-co Nacional doDe sen vol vim en-to Econômico eSocial (BNDES).

O objetivo dainvestigação, pedida na se-mana passada pelo procura-dor regional da República noRio de Janeiro, Nivio de FreitasSilva Filho, é evitar que os con-troladores da construtora –mais de 80% propriedade doempresário Fernando Caven-dish – fujam ao pagamento deeventuais prejuízos causadospor supostas irregularidadescometidas pela empresa.

Estranheza – A venda da Del-ta, anunciada na semana pas-sada, foi recebida com estra-nheza pelo mercado.

Não houve, segundo anun-

ciado, desembolso de dinhei-ro. Os novos controladores te-rão dois meses para adminis-trar a empreiteira e examinarsua contabilidade e compro-missos, para então anunciarse vão realmente comprá-la.

Cavendish, que se afastarado Conselho de Administraçãoda empreiteira, não teria al-ternativa a isso – a outra seriaaceitar a falência, já que a per-da de credibilidade lhe fechouportas de financiamentos pe-los bancos.

Integrante da área de Patri-mônio Público da Divisão deTutela Coletiva do MinistérioPúblico Federal no Rio, Abdonoficiou ao BNDES para que ex-plique sua eventual participa-ção no negócio – o banco negater qualquer influência nacompra e afirma que somenteé sócio de uma controlada doJ&F, sem influência na holding– embora a maior delas.

O procurador também pe-diu informações sobre a ven-da à própria Delta e à J&F.

Bastidores – Há suspeita deinfluência política no negócio,já que interessaria ao governofederal que a Delta, detentorade muitos contratos de obrasfederais, não pedisse falência.Além disso, teme-se que re-cursos públicos acabem inje-tados na empreiteira.

O Palácio do Planalto negater influído no caso e afirmaque a empreiteira poderá serdeclarada inidônea.

O procurador da RepúblicaEdson Abdon solicitou ainda

ao Tribunal de Contas dasUnião (TCU) e à ControladoriaGeral da União (CGU) informa-ções sobre supostas irregula-ridades envolvendo obras e li-citações federais vencidas pe-la Delta no Rio de Janeiro.

Abdon requereu ainda à Jun-ta Comercial cópias dos atosconstitutivos da Delta e da J& Fe pediu à Secretaria-Geral daPresidência da República có-pias de todos os contratos daUnião com a empresa no Riode Janeiro. (Agências)

CPMI DO CACHOEIRA

Fernando Pimentel: deputados aprovam requerimento para que compareça e esclareça negociação sem desembolso de dinheiro.

Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Para Gurgel, explicação porescrito é 'razoável'

Oprocurador-geral daRepública, RobertoGurgel, disse ontem

que considerou "razoável" opedido feito a ele pela CPMI doCachoeira de fornecer expli-cações por escrito, em cincodias úteis, sobre a demora naabertura de inquérito paraapurar o elo do contraventorcom parlamentares.

Na terça-feira, a CPMI criadapara investigar o envolvimen-to do bicheiro Carlinhos Ca-choeira com agentes públicose privados aprovou requeri-mento com cinco perguntas aGurgel. Antes, integrantes dacomissão pretendiam convo-car o procurador para deporna comissão.

O requerimento pede queGurgel explique o porquê denão ter tomado providênciasao receber, em 2009, o inqué-rito da Operação Vegas, queinvestigava prática de jogo ile-gal e, na ocasião, já menciona-va o envolvimento de políti-cos. A prisão de Cachoeira pe-

la Polícia Federal só ocorreuem fevereiro deste ano, naOperação Monte Carlo.

"Eu achei razoável. Vamosesperar a notificação", afir-mou Gurgel ao portal G1, refe-rindo-se ao requerimento da

ções por escrito, em vez deconvocá-lo, Gurgel respondeuque sim. E afirmou que usará oprazo de cinco dias úteis dadoa ele pela CPMI.

Em nota e entrevistas ante-riores, Gurgel argumentouque, como acusador no caso,não poderia falar em depoi-mento à CPMI sob pena de vir aser afastado do processo.

Cinco perguntas – O requeri-mento aprovado pela CPMI pe-de as seguintes explicações:

1 – Em que circunstânciaschegou à Procuradoria-Geralda República a investigaçãosobre a Operação Vegas emIP-42/2008, da Justiça Federalde Goiás?

2 – Em que data o inquéritoreferido chegou à Procurado-ria?

3 – Diante dos indícios veri-ficados no curso da investiga-ção – reconhecidas a repre-sentação para instauração doinquérito número 3430/2012no Supremo Tribunal Federal,em que figura Demóstenes

Procurador-geral aceita 'troca' do depoimento por questões

Cabral troca Londres por Rio+20Depois da divulgação das fotos em festins luxuosos, governador opta por ficar em casa.

Em meio à polêmica sobresuas re lações com aconstrutora Delta, o go-

vernador do Rio de Janeiro,Sérgio Cabral (PMDB), cance-lou viagem a Londres.

Sua presença era previstaem evento realizado na terça-feira à noite pela Câmara deComércio Brasileira no ReinoUnido e constava do programadistribuído pela organização.

Em vídeo gravado na véspe-ra, em inglês, Cabral disse quenão pôde comparecer ao jan-tar de gala em razão da orga-nização da Rio+20, a Confe-rência das Nações Unidas so-bre Desenvolvimento Susten-

tável, entre 13 e 22 de junhona capital fluminense.

Cabral foi representado pe-la secretária estadual de Es-porte e Lazer, Márcia Lins.

Recentemente, surgiramcríticas sobre as viagens deCabral ao exterior. Principal-mente depois da divulgaçãode fotos em que aparece emrestaurante de luxo com o em-presário Fernando Cavendish,ex-presidente da Delta, atual-mente sob investigação porenvolvimento com o contra-ventor Cachoeira. As ima-gens, de 2009, foram divulga-das pelo ex-governador An-thony Garotinho (PR). (AE)

Roberto Gurgel: apenas cinco perguntas sobre inquérito contra Cachoeira.

Torres – quais as providênciasadotadas pela Procuradoria-Geral da República no mencio-nado inquérito?

4 – Em que data e em quaiscircunstâncias teve conheci-mento da Operação MonteCarlo (IP 89/2011 da 11ª Varada Justiça Federal de Goiânia?

5 – Diante dos indícios verifi-cados no curso da investiga-ção – e igualmente reconheci-das na representação para

instauração do inquér i to3430-2012 do STF, já referido– quais as providências adota-das à época pela ProcuradoriaGeral da República no mencio-nado inquérito?

Final – O senador HumbertoCosta (PT-PE), relator do pro-cesso contra o senador De-móstenes Torres (ex-DEM-GO) no Conselho de Ética doSenado, promete encerrar ocaso antes do recesso parla-

mentar de julho. Com as elei-ções municipais de outubro e oesperado esvaziamento doCongresso no segundo se-mestre, Costa disse que leva-rá seu relatório a voto no con-selho em junho – para que aCasa conclua o caso Demóste-nes até 17 de julho. "Depois dorecesso, o País estará sobcampanha eleitoral franca.Vou fazer esse relatório até ofinal de junho". (Agências)

Ed Ferreira/AE

Governo foiconsultado edeu aval àdecisão decomprar aconstrutoraDelta.

JOSÉ BAT I S TA JR.

Eu achei razoável.Vamos esperar anotificação. Estouaguardando asperguntas,mas não deixaria deresponder.

ROBER TO GUR GEL

CPMI. Ele disse que responde-rá aos questionamentos daCPMI. "Estou aguardando achegada das perguntas, masnão deixaria de responder".

Indagado se consideravaque a comissão teria sido"ponderada" ao pedir explica-

Volta atrás: Cabral envia representante em seu lugar.

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quinta-feira, 17 de maio de 20128 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Temos o dever de construir instituições eficientes e providas de instrumentos que as tornem protegidas das imperfeições humanas.Presidente Dilma Rousseffpolítica

Transparência vaiinibir corrupção,

diz Dilma.Presidente destaca avanço da Lei de Acesso como um fator de constrangimento

Wilson Dias/ABr

Ideli: "O TCU emitiu certidão dizendo que meu nome não consta em nenhum processo em andamento".

Ideli rebate compra de lanchasMinistra voltou a dizer que o pagamento das embarcações ocorreu em gestão anterior

Aministra Ideli Salvatti(Relações Institucio-nais) rebateu ontem

em audiência na Câmara a de-núncia de suposta irregulari-dade no caso da compra de 28lanchas, no valor de R$ 31 mi-lhões, para o ministério daPesca. Parte do pagamentodas lanchas foi feito na gestãodela que comandou a pastaentre o dia 3 janeiro e 13 de ju-nho do ano passado.

"No caso das lanchas, todo oprocesso de licitação já tinhasido executado na gestão queme antecedeu", afirmou a mi-nistra. "O Tribunal de Contasda União emitiu uma certidãodizendo que meu nome nãoconsta em nenhum processoem andamento".

O contrato para a compradas lanchas foi fechado nagestão do também petista e

catarinense Altemir Gregolin.Ele comandou a pasta de abril2006 a dezembro 2010.

A empresa beneficiada coma venda de lanchas afirma querecebeu de um diretor do mi-nistério pedido de uma doa-ção de R$ 150 mil para o comi-tê financeiro do PT de SantaCatarina. Mais de 80% da cam-panha da ministra ao governode Santa Catarina, em 2010,foi custeada pelo partido.

A audiência realizada na Co-missão de Fiscalização e Fi-nanças da Câmara foi acom-panhada pelos líderes da basealiada do governo entre eles odo PT, Jilmar Tatto (SP), e o doPMDB, Henrique Eduardo Al-ves (RN).

A convocação da ministrafoi aprovada no colegiado noúltimo dia 11 de abril. Inicial-mente, a ida de Ideli ao cole-

giado estava prevista paraocorrer no próximo dia 23,mas foi antecipada para on-tem. A manobra foi criticadapor integrantes da oposição,que se disseram "pegos desurpresa" com a mudança dadata.

Na última segunda-feira, aComissão de Ética Pública daPresidência da República ar-quivou as denúncias contra aministra.

Para o presidente da comis-são, Sepúlveda Pertence, osfatos relatados na denúncia –inclusive, a análise do Tribunalde Contas da União (TCU) –não trouxeram nada que pu-desse resultar em falta ética.

A decisão de Pertence tam-bém foi apresentada ontempor Ideli aos deputados queacompanharam a audiênciana Câmara. (Agências)

Conselho define relatorescontra Protógenes e Bacelar

Opresidente do Conse-lho de Ética da Câma-ra, deputado José Car-

los Araújo (PDT-BA), designouontem os deputados AmauriTeixeira (PT-BA) e Assis Carva-lho (PT-PI) como relatores dasrepresentações apresenta-das contra os deputados Dele-gado Protógenes (PCdoB-SP)e João Carlos Bacelar (PR-BA)no colegiado.

Na semana passada, o con-selho decidiu abrir processocontra Protógenes e Bacelarpor suposta quebra de decoroparlamentar.

Bacelar é acusado da práti-ca de nepotismo cruzado eProtógenes por supostas rela-ções suspeitas com IdalbertoMatias Araújo, vulgo Dadá,que foi identificado na Opera-ção Monte Carlo como encar-regado de cooptar policiais eagentes públicos.

Segundo o presidente doconselho, o deputado Bacelarseria notificado ainda ontemdo processo e terá prazo dedez dias úteis para apresentardefesa por escrito.

O relator do processo contraBacelar não terá que apresen-tar um parecer preliminar so-bre a abertura ou não do pro-cesso. Isso porque a Correge-

doria da Câmara, ao analisaras denúncias contra o deputa-do, pediu a abertura de pro-cesso disciplinar, com pena desuspensão temporária domandato, que pode chegar aseis meses.

No caso de Protógenes, ca-berá ao relator Amauri Teixei-ra apresentar um parecer pre-liminar recomendando ou nãoo prosseguimento do proces-so contra o deputado no Con-selho de Ética. O deputado Jo-

sé Carlos Araújo acredita que,em dez dias úteis, o relator de-verá apresentar seu parecerao conselho.

Nesse caso, se o parecer forpela investigação e se foraprovado, Protógenes seránotificado para apresentarsua defesa por escrito.

Caso os conselheiros enten-dam que o conselho não deveinvestigar Protógenes, o pro-cesso será automaticamentearquivado. ( Fo l h a p r e s s )

Amauri Teixeira (PT-BA) e Assis Carvalho (PT-PI) assumirão as representações

Apresidente DilmaRousseff aprovei-tou a cerimônia deposse dos novos

membros da Comissão da Ver-dade para dizer que a Lei deAcesso à Informação, que en-trou em vigor anteontem noPaís, vai funcionar como um"inibidor eficiente de todos osmaus usos do dinheiro públi-co". Ela própria já perdeu seteministros por conta de denún-cias de corrupção.

"A Lei de Acesso à Informa-ção garante o direito da popu-lação a conhecer os atos degoverno e de Estado por meiodas melhores tecnologias deinformação", discursou a pre-sidente. "A transparência apartir de agora obrigatória,também por lei, funciona co-mo o inibidor eficiente de to-dos os maus usos do dinheiropúblico, e também, de todasas violações dos direitos hu-manos", acrescentou.

Comemorada pelo governo,a Lei de Acesso à Informação écriticada por especialistas,que lamentam a falta de um

A lei garante odireito dapopulação aconhecer os atos degoverno por meiodas melhorestecnologias.

DILMA ROUSSEFF

órgão independente para mo-nitorar a sua implantação – noâmbito do Executivo federal,esse papel caberá à Controla-doria-Geral da União (CGU).

Apenas ontem, durante acerimônia que contou com apresença dos ex-presidentesLuiz Inácio Lula da Silva, JoséSarney, Fernando Collor e Fer-nando Henrique Cardoso, Dil-ma assinou decreto que regu-lamenta a Lei de Acesso à In-formação, o que fez com que alegislação entrasse em vigorcom dúvidas no ar. Até o inícioda noite, o decreto ainda nãohavia sido disponibilizado.

"Fiscalização, controle eavaliação são a base de umaação pública ética e honesta.Esta é a razão pela qual temoso dever de construir institui-ções eficientes e providas deinstrumentos que as tornemprotegidas das imperfeiçõeshumanas", disse Dilma.

Sancionada em novembropassado junto com a Comis-são da Verdade, a Lei de Aces-so à In formação f ixa que"qualquer interessado poderáapresentar pedido de acesso ainformações aos órgãos e en-t idades", sendo vedadas"quaisquer exigências relati-vas aos motivos determinan-tes da solicitação de informa-ções de interesse público".

A legislação atinge os Pode-res Executivo, Legislativo e Ju-diciário, além do Ministério Pú-blico, nas esferas municipal,estadual e federal.

Determina ainda a criaçãode serviço de informações aocidadão (SIC) em cada órgãopara atender o público e dar in-formações sobre a tramitaçãode documentos. (AE)

Instituto Lula: terreno aprovado

Opolêmico Projeto deLei (PL) 29/2012, queconcede ao Instituto

Lula área pública de 4,3 milm² foi aprovado ontem, em2ª votação, na Câmara Muni-cipal de São Paulo. O terre-no, localizado na Rua dosProtestantes, no entorno doJardim da Luz, está avaliadoem R$ 20 milhões. Agora, sófalta a sanção do prefeito Gil-

berto Kassab (DEM) para tor-nar-se Lei.

Mais de 50 pessoas, repre-sentando vários movimen-tos sociais protestaram con-tra o resultado. Foram rece-bidas em audiência pública,no dia 10 de maio.

"Éramos umas 200 pes-soas, e vários abaixo assina-dos contra a concessão doterreno", conta Carla Zam-belli, do movimento Nas RuasContra a Corrupção.

Ontem, o placar registrou

37 votos a favor, 8 contra e 1abstenção. Com a decisão fi-nal, a Câmara abriu a prerro-gativa de destinar bens pú-blicos a entidades particula-res, sem compensação parao erário.

O Instituto tem 1 ano paraapresentar projeto e outropara iniciar as obras. "Va-mos entrar com uma açãopopular junto ao MinistérioPúblico para impugnar a de-cisão", diz Marcello Reis, dogrupo Revoltados On Line.

A resolução do TJ-SP paratentar superar a crise

OTribunal de Justiça deSão Paulo (TJ-SP), queatravessa crise de con-

tracheques milionários, vaielaborar uma resolução comparâmetros e exceções parapagamentos antecipados ajuízes e desembargadores.

A informação é do presiden-te do TJ-SP, desembargadorIvan Sartori, que ontem con-duziu sessão administrativado Órgão Especial da corte.Em pauta foi colocado o casode 41 magistrados que rece-

beram, entre 2008 e 2010, va-lores individuais superiores aR$ 100 mil e até R$ 400 mil.

Para Sartori, esses desem-bolsos em favor dos 41, quesomaram R$ 7,03 milhões,não caracterizam infração dis-ciplinar, nem ato de improbi-dade. O voto de Sartori foiaprovado pelo Órgão Espe-cial, colegiado de cúpula dotribunal, isentando antecipa-damente os 41 magistradosde qualquer tipo de sanção.

Em situação contrária, es-

tão outros cinco desembarga-dores, que no mesmo período,eram ordenadores de despe-sa do TJ e autorizaram para sipagamentos que totalizaramR$ 4,02 milhões e agora estãosob investigação da Procura-doria Geral de Justiça.

O presidente do TJ observouque a inspeção sobre os paga-mentos concedidos aos 41magistrados revela distor-ções por falta de critérios emgestões anteriores, dos ex-presidentes Vallim Dellocchi eVianna Santos, que tambémreceberam contrachequesmilionários. O primeiro, no va-lor de R$ 1,44 milhão, e o se-gundo, de R$ 1,26 milhão.

"Estamos tentando restau-rar a isonomia, mas para isso oÓrgão Especial tinha que de-clinar os parâmetros", decla-rou Sartori. "Vou examinar ca-so a caso". O presidente expli-cou que a resolução vai tratardos pagamentos antecipadosà toga para casos futuros.

A norma vai estabelecer emque casos o dinheiro da cortepoderá ser liberado. Doençagrave será uma delas. (AE).

Tribunal vai estabelecer normas para pagamentos antecipados a magistrados

Beto Barata/AE - 21.03.12

Ivan Sartori, do TJ: 41 juízes recebem R$ 7 milhões e nenhuma sanção.

Soninha sai à frente. Nas críticas.Candidata do PPS diz que tem mais detratores do que simpatizantes no Twitter

Acolisão entre duas com-posições de trem na es-tação Carrão, linha 3-

vermelha do metrô de SãoPaulo, na manhã desta quarta-feira, causou a reação de polí-ticos na rede de microblogsTwitter.

A campeã em citações, amaioria com críticas, foi a pré-candidata do PPS à Prefeiturade São Paulo, Soninha Franci-ne, que causou polêmica ao di-zer que achava "#mtoloco"não estar notando nenhumcaos, apesar de estar usando arede de transportes. Segundosua publicação, tudo estava"sussa" no momento.

"Metro caótico, é? Não fossep TV e Tuíter, nem saberia. Pe-guei Linha Verde e Amarelasussa. #mtoloco.", publicouela no Twitter. Seus comentá-rios subiram ao topo do "tren-ding topics", ferramenta que

contabiliza o número de men-ções a um tema ou palavra. Ostópicos #mtoloco, #sussa,#calabocaSoninha e Soninhaestiveram entre os dez maiscomentados do dia ao mesmotempo.

Em entrevista à Agência Es-t ad o , a ex-vereadora e pré-candidata do PPS à Prefeiturade São Paulo disse que todaessa repercussão se deve aofato de que ela tem mais "de-tratores que simpatizantes"na rede social.

"Trabalho no (governo do)Estado (que é tucano), criticomuito o governo federal (pe-tista). Isso faz de mim um alvopreferencial. Saio no Twitterfalando. Isso faz de mim umavidraça", afirmou.

Soninha atua na Superin-tendência do Trabalho Artesa-nal nas Comunidades (Suta-co) e seu partido integra a ba-se aliada do governo tucanode Geraldo Alckmin.

Na campanha presidencialde 2010, ela integrou a equipedo tucano José Serra, atualpré-candidato do PSDB à Pre-feitura. (AE)

Soninha: "Sou uma vidraça".

Newton Santos/Hype - 25.08.09

Lula Marques/Folhapress - 02.05.12

Protógenes: seo parecer for

pelainvestigação,

delegado seránotificado paraapresentar sua

defesa.

Armando Serra Negra

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quinta-feira, 17 de maio de 2012 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

À ESPERA DE RESPOSTAOs trens do metrô de São Paulo que

se envolveram no acidente de ontempassarão por perícia técnica cujo

prazo inicial é de 30 dias.cidades

Sistema falha e trens do metrôcolidem na zona leste: 49 feridos.

Pela primeira vez, emquase 40 anos deoperação, dois trens dometrô de São Paulocolidiram, causandoferimentos em pelo menos49 pessoas. O acidenteaconteceu ontem, às9h50, entre as estaçõesCarrão e Penha da Linha 3- Vermelha, na zona leste.O secretário dosTransportesMetropolitanos, JurandirFernandes, disse queuma falha no sistemadeixou de acionar osfreios da composição quese chocou com outra,aparentemente vazia, a12 km/h. O condutoracionou o freio deemergência e evitou umacidente mais grave.Para o Sindicato dosMetroviários e para apolícia, o operador dotrem foi um herói.

Noticiário na página seguinte

As vítimas doacidente foramsocorridas porequipes do Samue dos bombeiros.O choqueaconteceu nazona leste e otrânsito ficouprejudicado.Apesar dosferidos, a batidados trens foiaparentementesem muita força.

Diogo Moreira/Futurapress/AE Jorge Araújo/Folhapress

N. Rodrigues/AE

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quinta-feira, 17 de maio de 201210 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Detectando essa falha, vamos corrigir, se necessário for, em todas as placas do metrô.Jurandir Fernandes, secretário dos Transportes Metropolitanoscidades

Equipes do Samu e dos bombeiros fizeram o socorro das vítimas

Alessandro Alle/ABCDIGIPRESS/AE

Uma aceleração inesperada e a batida

Eram 9h50 quando ospassageiros da com-posição do metrô quetrafegava no sentido

Palmeiras-Barra Funda, pelaLinha 3 -Vermelha, a 40 km porhora, sentiram uma “acelera-ção inesperada” seguida deum “forte estrondo”. Pela pri-meira vez em quase 40 anosde operação, os paulistanosiriam testemunhar uma coli-são de trens do metrô que dei-xou pelo menos 49 feridos.

Entre as estações Carrão ePenha a composição em movi-mento, contrariando os ma-nuais e os procedimentos desegurança do sistema, cho-cou-se com outra que estavaparada nos trilhos, aparente-mente vazia. Em condiçõesnormais, os trens deveriampermanecer a uma distânciasegura de 150 metros.

Acelerou - Contudo, uma fa-lha no sistema orientou o tremem movimento a acelerar atéalcançar 100 km por hora, oque explicaria a "aceleraçãoinesperada" relatada pelospassageiros. A partir daí, a ba-tida foi inevitável. E só não foimais forte e mais grave porque o condutor acionou ma-nualmente o freio de emer-gência, fazendo com que ochoque se desse a uma veloci-dade entre 9 km/h e 12 km/h.

Pânico - No interior dos va-gões, os passageiros caíram emuitos ficaram empilhados so-bre outros, o que gerou pânico.Instintivamente, vários usuá-rios da linha (a mais movimen-tada da rede, com 1,1 milhãode passageiros/dia) aciona-ram os botões de emergência,desceram da composição epassaram a caminhar pelapassagem lateral aos trilhos.Outros quebraram janelas.

Somente depois de 20 mi-nutos da colisão, segundo osrelatos, é que os passageirosforam orientados a andar dolocal do acidente até a estaçãoPenha, distante cerca de dois

quilômetros. A situação só vol-tou à normalidade a partir das14h20, depois de os trens aci-dentados terem sido removi-dos para uma perícia técnica.

Liberadas -No total, 103 pes-soas procuraram unidades desaúde do município e outrastrês foram socorridas emprontos-socorros do Estado. Onúmero reúne tanto os socor-ridos pelos bombeiros e peloSamu quanto as pessoas queprocuraram voluntariamenteatendimento após sentir al-gum tipo de mal estar. No iní-cio da noite todas as vítimas jáhaviam sido liberadas.

Ambulâncias formaram umafila na avenida Radial Leste, aolado do metrô, e a ciclovia foiusada como centro de triagemde feridos - apenas dois foramclassificados como graves.Quem dependia de transportepúblico sofreu na manhã de on-tem. O esquema de emergên-cia com uso de ônibus quasenão deu conta da demanda.

Versões - O governo deupoucas explicações para a pa-ne. O secretário dos Transpor-tes Metropolitanos, JurandirFernandes, afirmou que umacomissão vai apurar as causasda batida, que seria decorren-te de uma falha mecânica dosistema de controle dos trens.Ao SPTV, da Rede Globo , disseque o Metrô iria avaliar se a fa-lha foi em algum dispositivo ouse foi no circuito que seccionaas linhas. "Detectando essafalha, vamos fazer a correção,se necessário for, em todas asplacas do metrô de São Paulo".O presidente do Metrô, PeterWalker, disse que a causamais provável da batida foiuma falha mecânica.

O presidente do Sindicatodos Metroviários, Altino Bezer-ra dos Prazeres, disse que a li-nha já havia apresentado umafalha pela manhã, antes da ba-tida, e o trem só parou porque ooperador acionou os freios deemergência. (AE e Folhapress)

De acordo com os relatos, logo após a batida das composições, muitos passageiros foram arremessados ao chão, sofrendo ferimentos.

Alexandre Moreira/Brazil Photo Press/AE

Soninha, maisuma vítimado acidente

Bastou a pré-candi-data à Prefeiturade São Paulo e ex-

v e r e a d o r a S o n i n h aFrancine (PPS) postarem seu Tweeter um co-mentário sobre o aciden-te de ontem entre doistrens do metrô para setransformou em maisuma vítima, só que deoutros usuários da redesocial.

Soninha escreveu:"Metro caótico, é? Não fos-se p TV e Tuíter, nem sabe-ria. Peguei Linha Verde eAmarela sussa". O post foiinterpretado como umaironia da ex-VJ da MTV,que passou a ser bom-bardeada por tweetsagressivos em sua gran-de maioria.

Houve também quemdefendesse a pré-candi-data, sob o argumentode que ela apenas nãoestava bem informadasobre a colisão.

"A Soninha Francineperdeu uma grande opor-tunidade de ficar calada",disse, indignada, umatuiteira de São Paulo.

"Soninha Francine, pré-candidata à prefeitura deSão Paulo, diz que desastreno metrô "não foi nada".Quem apoia o #CalaBoca-Soninha dá RT" , postououtro usuário da rede.

Ao longo da tarde, apré-candidata à Prefei-tura postou outros co-mentários, esclarecen-do que, no momento doprimeiro post, não esta-va informada sobre ochoque na zona leste.

Tudo indica que uma falha no sistema de

operação foi a responsável pela colisão de

trens do metrô. Resta saber se ela aconteceu

em toda a rede metroviária, apenas na Linha 3

- Vermelha ou na composição que se chocou

com a que estava parada. Uma perícia será

feita, afirmou o secretário dos Transportes

Metropolitanos, Jurandir Fernandes.

Chico Ferreira/Luz

Na estação Carrão, cartaz informava os usuários sobre a paralisação da linha em função da colisão.

Bombeiros esocorristas doSamu foramrápidos noatendimento àsvítimas dacolisão: 103pessoas foramatendidas emunidadesmunicipais desaúde.

Luiz Guarnieri/Brazil Photo Press/AE

Sistema de operação será trocado

Atecnologia usada nosistema de operaçãoautomática da maio-

ria dos trens da Companhiado Metrô deve começar a sertrocada a partir de junho.

O novo mecanismo estáem teste na linha 2-Verde. Agrande diferença dele, como que existe hoje, é que serápermitido operar com maistrens em um mesmo ramal.Em tese, por ser uma tecno-logia mais moderna, elacontrola melhor a distânciaentre as composições.

Apesar da substituição,tanto o sistema novo como oque está em uso atualmentenão estão livres de panes.

O que não significa que es-pecialistas e funcionários doMetrô não tenham ficado ab-solutamente surpresos coma falha que ocorreu ontem.

"Esses sistemas funcio-nam de forma segura. Elesnão trabalham a favor doacidente" diz Telmo Porto,especialista em sistemasmetroferroviários e profes-sor da Escola Politécnica daUniversidade de São Paulo.

No caso real de ontem,mesmo que o sistema auto-mático de controle tivessefalhado, ele deveria ter da-do uma mensagem para otrem parar e não para eleacelerar. Segundo o Sindi-cato dos Metroviários deSão Paulo, não existe regis-tro de uma falha igual a deontem na história da Com-panhia do do Metrô.

O sistema automáticodas composições é respon-sável por controlar todo odeslocamento dos trens. Éesse sistema que ordena

uma composição acelerar efrear, por exemplo. No casoda linha 3-Vermelha, as in-formações são colhidas pe-lo sistema de controle da li-nha por meio de sensoresinstalados nos trilhos.

A versão oficial do gover-no é que um único processa-dor, instalado entre as esta-ções Penha e Carrão, passoua enviar informações erra-das para o sistema.

Segundo a Companhia doMetrô, não há nenhum me-canismo para fazer a corre-ção automática do defeitoregistrado pouco antes doacidente de ontem, na zonaleste. O operador que freouo trem disse que a máquinarecebeu a mensagem deacelerar até 100 km/h. Ve-locidade jamais usada notrecho. (Fo l h a p r e s s )

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quinta-feira, 17 de maio de 2012 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

MALDIÇÃO?Mary Kennedy, ex-mulher doadvogado Robert Kennedy Jr.,é encontrada morta em casa.A suspeita é de suicídio.nternacional

O MAL QUE VEM DE FORAAssad nega a existência de uma oposição interna. Para o presidente sírio, a violência no país é provocada por terroristas estrangeiros.

Em sua primeira entre-vista em quase seismeses, o presidentesírio, Bashar al-As-

sad, declarou ontem que seugoverno capturou mercená-rios estrangeiros que estão lu-tando ao lado da oposição. Adeclaração tem com o objeti-vo de mostrar que suas forçasestão combatendo terroristasestrangeiros e não ativistas sí-rios que lutam pela democra-cia no país há 14 meses.

"Temos um problema gravecom o terrorismo", disse Assadao canal estatal de notíciasrusso R o s s i y a - 24 . "Os terroris-tas não se preocupam com re-forma, eles não estão lutandopela reforma", opinou.

O presidente afirmou que ex-tremistas religiosos e mem-bros da Al-Qaeda vindos do ex-terior estão entre as forças quecombatem seu governo. "Hámercenários estrangeiros, al-guns deles ainda estão vivos.Eles estão sendo presos e esta-mos prontos para exibi-los parao mundo", declarou.

Em referência ao ExércitoLivre Sírio, da oposição, Assaddisse "que não é nem um exér-cito nem livre". "Eles conse-guem dinheiro e armas de vá-rios países", afirmou.

Assad ainda acusou os paí-ses do Ocidente de ignorarema violência dos opositores. "OOcidente só fala de violênciado lado do governo. Não háuma palavra sobre os terroris-tas. Nós ainda estamos espe-rando", declarou.

Além disso, Assad disse àemissora que seu país apoiasua agenda de reformas. Se-gundo ele, a eleição parlamen-tar realizada este mês mostraque os sírios "até o momento,apoiam os rumos da reforma".

O presidente sírio disse que adecisão do opositor ConselhoNacional Sírio de boicotar opleito desacreditou o grupo."Apelar a um boicote das elei-ções equivale a apelar a umboicote das pessoas", dis-se. "E como você podeboicotar as pessoasdas quais se consideraum representante?Portanto, não acho queeles têm algum peso ousignificado dentro da Síria."

Apoio - Os rebeldes síriostêm recebido uma grandequantidade de armas, dentreelas armamentos antitanque,para lutar contra o regime deAssad, segundo revelou o jor-nal Washington Post ontem.

Integrantes do governo deBarack Obama afirmam que osEstados Unidos não estão for-necendo diretamente armasou recursos para os rebeldes,mas Washington tem intensifi-cado suas ligações com a opo-sição e militares que se aliarama eles, assumindo o papel de re-de de apoio estrangeira para osopositores, informou o diário.

De acordo com o Po s t, paí-ses do Golfo Pérsico estão pa-gando pelo armamento.

Já o regime de Assad teriaadquirido armas da Rússia, oaliado mais leal e poderoso da

Síria durante todo o período dolevante contra Assad.

O governo sírio também es-taria recebendo armas do Irã –uma violação à proibição deexportações armamentistasimpostas pela ONU a Teerã, in-formou a Reuters.

Segundo um relatório preli-minar confidencial feito porespecialistas da ONU, um pai-nel investigou três grandes lo-

tes de armas fornecidos peloIrã ao longo do último ano.

"Dois desses casos envolve-ram a República Árabe da Sí-ria, como na maioria dos casosinspecionados pela comissãodurante seu mandato ante-rior, salientando que a Síriacontinua sendo parte centralnas transferências ilícitas dearmas iranianas", apontou odocumento. (Agências)

AS NOVAS CARASUma França 'politicamente correta': 17 ministros e 17 ministras.

Cumprindo uma pro-messa de campanha,o recém-empossado

presidente francês, Fran-çois Hollande, apresentouontem o seu gabinete, divi-dido igualmente entre ho-mens e mulheres e apostan-do em alguns nomes expe-rientes do Partido Socialistapara postos-chave.

É a primeira vez na histó-ria da França que os 34 mi-nistérios são ocupados demaneira igual por homens emulheres. No entanto, cou-be a homens a maioria doscargos considerados maisimportantes.

O destaque fica para PierreMoscovici, que foi escolhidocomo ministro das Finanças.Formado pela prestigiosa es-cola de administração públi-ca ENA, ele terá pela frenteuma economia estagnada,um desemprego de quase10% e o desafio de reduzir oforte endividamento nacio-nal. Após mais de dois anosde crise na Europa, Hollandepropõe que a região reveja asatuais medidas de austerida-de para tentar estimular a re-tomada do crescimento.

Para as Relações Exterio-res, o nome chamado porHollande foi o do experienteLaurent Fabius, que foi pri-meiro-ministro com apenas37 anos, em 1984, sob o go-verno do presidente socia-lista François Mitterrand.Ele também foi ministro dasFinanças no gabinete do so-cialista Lionel Jospin, entre2000 e 2002.

Fabius e Hollande tiveramsérios atritos no passado,especialmente com relaçãoàs instituições europeias.

Já o Ministério do Trabalhoserá ocupado por Michel Sa-pin, ex-ministro das Finan-ças no início dos anos 1990.

Christiane Taubira, daGuiana Francesa, foi no-meada ministra da Justiça, oque a torna a mulher maisimportante do gabinete.

Entre as mulheres do no-vo governo também se des-

tacam a porta-voz e titularda pasta de Direitos das Mu-lheres, Najat Vallaud-Belka-cem; a nova ministra de Es-portes e Juventude, ValérieFourneyron; e a ministra da

Cultura, Aurélie Filipetti.A maior surpresa da lista

foi a ausência de Martine Au-bry, já que a principal líderdo Partido Socialista decidiuficar de fora do governo pornão ter sido designada pri-meira-ministra.

Martine, que no ano passa-do perdeu a disputa internapela indicação socialista àPresidência, deixou claroque não aceitaria um cargode consolação – o que privouo gabinete de uma experien-te ex-ministra com reputa-ção de firmeza. Entre 1997 e2002, ela foi ministra do Tra-balho, período em que insti-tuiu a jornada de trabalho de35 horas semanais.

Liberdade - Ao contrário deseu antecessor, Nicolas Sar-kozy, que mantinha rédeacurta em relação às opera-ções cotidianas, Hollandeprometeu voltar à tradicionaldivisão de poder: o presiden-te estabelece uma amplaagenda de trabalho e os mi-nistros a implementam.

O novo gabinete, que po-de mudar depois da eleiçãoparlamentar de 17 de junho,deve se reunir pela primeiravez hoje, antes de Hollandeembarcar para as cúpulasdo G8 e da Organização doTratado do Atlântico Norte(Otan), nos EUA.

O novo primeiro-ministrofrancês, Jean-Marc Ayrault,anunciou que, como com-promisso da exemplaridadeproclamada durante a cam-panha eleitoral, proporá noprimeiro conselho de minis-tros uma redução de 30% deseus salários. Atualmente, osalário mensal do presiden-te é de aproximadamenteUS$ 20 mil.

O novo gabinete, porém,não será capaz de aprovaruma nova legislação até aseleições parlamentares dejunho. A coalizão socialistade Hollande deve conquis-tar a maioria dos 577 assen-tos em disputa e assegurarque o presidente leve adian-te sua agenda. (Agências)

'Carniceiroda Bósnia' vaia julgamento

No primeirodiadoseu julga-mento por genocídio no tri-

bunal da Organização das Na-ções Unidas (ONU) para crimesde guerra, em Haia, o generalservo-bósnio Ratko Mladic pro-vocou os sobreviventes domassacre de Srebrenica, pas-sando a mão pelo pescoço co-mo quem corta uma garganta.

Conhecido como o "Carnicei-ro da Bósnia", Mladic é acusadode ser responsável pela mortede 8.000 muçulmanos desar-mados durante a Guerra daBósnia, em 1995. (Agências)Mladic: provocação a parentes das vítimas de massacre de Srebrenica.

Monitores da ONU descansam em hotel de Damasco antes de partir para áreas de conflito na Síria. A missão já possui 189 observadores e 61 civis. O número deve chegar a 300.

Khaled al-Hariri/Reuters

Reuters - 25/03/12

Destaques do novo gabinetefrancês : Christiane, Fabius eMoscovici (de cima a baixo).

Reuters - 23/04/12

Reuters - 15/03/12

Touissant Kluiters/EFE

Assad acusaOcidente deignorar violênciada oposição síria

Page 12: 170512

quinta-feira, 17 de maio de 201212 -.LOGO DIÁRIO DO COMÉRCIO

��

Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

E M C A R T A Z

E UA

Filha de Raúl Castro obtém visto

B RINQUEDOS

A RTE

Heroínasno século 19

Como se vestiriam a ViúvaNegra e a Mulher Maravilhaem 1887? O artista MichaelDooney fez as ilustrações.

Veja mais.http://doonboy.deviantar t.com/

L ITERATURA

JAC K

K E R

O UA

C

VISUAIS

Exposição 'Diferençae Repetição' trazobras de artistascomo Lisa Tan eHéctor Zamora.Galeria Raquel

Arnaud, Rua Fidalga,125, tel.: 3083-6322.

C ELEBRIDADES

Mais poderosa doque Lady Gaga

Jennifer López derrubouLady Gaga como acelebridade mais poderosado mundo, segundo umalista publicada ontem pelarevista Fo r b e s , na qual aapresentadora norte-americana, Oprah Winfrey,ocupa o segundo lugar. JLosubiu do posto número 50,no ano passado, paraliderar o ranking das 100estrelas mais influentes docinema, televisão, músicae esporte pois, como juradano American Idol, conseguiupromover suas músicas,teve um aumento nasvendas, participou de trêsnovos filmes e conseguiumais seguidores noTwitter. A Fo r b e s medetanto a fama como o podere o dinheiro das estrelas.Veja a lista completa.

w w w. f o r b e s . c o m / c e l e b r i t i e s

'On the Road'original

A primeira versão doromance On the Road (Pé naEstrada, no Brasil), de JackKerouac, escrito em umrolo de telex de 36 metrosde comprimento e 22centímetros de largura,foi colocada em exposiçãono Museu de Letras eManuscritos de Paris.A mostra acontece porcausa da exibição,no Festival de Cannes,do filme Na Estrada, que éuma adaptaçãocinematográfica da históriado livro realizada e dirigidapelo cineasta brasileiroWalter Salles.

G O-GO

Chuck Brown se vai

A TÉ LOGO

Google mudará sistema de buscas para torná-lo mais simples e inteligente

Planeta Vênus transitará em frente ao Sol em junho pela última vez até 2117

Pelé e outros seis campeões mundiais irão à despedida do estádio Rasunda

A sexóloga cubana MarielaCastro, filha do ditador RaúlCastro, conseguiu ontem umvisto do governo dos EUApara participar de umcongresso acadêmico nacidade de San Franciscoainda este mês. A informaçãofoi revelada pelo CentroNacional de Educação Sexual(Cenesex), dirigido pelaprofissional. Marielaparticipará de um encontroda Associação de EstudosLatino-Americanos (Lasa,sigla em inglês), que serárealizado na próximasemana, entre os dias 23 e

26. Os EUA recusamfrequentemente vistos deservidores, acadêmicos eartistas cubanos paracongressos ou reuniões deorganizações internacionaisno país. No entanto, opresidente Barack Obamaflexibilizou as restrições.Apesar de não ter confirmadoou desmentido o visto, oDepartamento de Estadoamericano afirmou que aconcessão de vistosacontece "caso a caso" e que"não há uma proibição geral"aos funcionários do governocubano para visitar os EUA.

L OTERIAS

Concurso 1245 da LOTOMANIA

01 02 03 07 10

14 16 19 23 38

44 49 53 61 67

Concurso 1389 da MEGA-SENA01 16 28 39 44 57

68 79 85 97 98

Concurso 2898 da QUINA

02 47 62 72 77

L o goLogowww.dcomercio.com.br

Em forma de canivetesuíço, este brinquedo

permite criar vários animais.http://bit.ly/J7MCnl

Caniveteno zoo

Concurso 753 da LOTOFÁCIL

01 03 04 05 06

07 08 11 13 14

17 20 21 22 25

No tapetever melhoA atriz ecantorachinesaFan Bing Bingposando parafotos, ontem,no tapetevermelhoantes dacerimônia deabertura doFestivalde Cannes,na França.Ela participoutambém daexibição deestreia dofilmeMoonriseKingdom,do diretornorte-americanoWesAnderson. Olonga-metragemestá nacompetiçãoe é um dosfavoritos alevar a Palmade Ouro da65ª edição dofamosofestival decinema.

CRAZY HORSE EM GREVEImagens das dançarinas do famoso CrazyHorse, de Paris. O cabaré, criado em 1951,enfrentou nos últimos dois dias a primeira

greve de sua história. As bailarinasprofissionais reclamam por trabalhar 24dias por mês e receber salários que não

correspondem à carga de trabalho.

Princesasre c é m - n a s c i d a s

Como Branca de Neve,Bela Adormecida, Sininhoe outras princesas daDisney eram quandocrianças? A perguntameio absurda deu origema uma série de bonecasexclusivas da loja TheAshton-Drake Galleries.

http://bit.ly/yldfHo

Antoine Poupel/EFE

Charles Platiau/Reuters

Omúsico norte-ame-r i c a n o C h u c kBrown, consideradoo "padrinho do Go-

go", morreu ontem aos 75 anosno hospital universitário JohnsHopkins, nos arredores deWashington, por complicaçõesde uma pneumonia.

Guitarrista e cantor, Brownganhou fama nos anos 1970 co-mo líder da banda Soul Sear-chers, com a qual lançou suces-sos como I Need Some Money,

Bustin Loose, We The People eBlow Your Whistle.

O "Go-go" era o emblema dacultura afro-americana deWashington das últimas trêsdécadas e Brown influenciou ofunk e hip-hop nos anos 1980 e1990. Em 2005, recebeu do go-

verno dos EUA o prêmioNational Endowment for

the Arts por seu legado musi-cal, e em 2011 foi indicado aoGrammy Awards na categoriaR&B por sua música Lo v e . (EFE)

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lgaç

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Jean-Paul Pelissier/Reuters

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quinta-feira, 17 de maio de 2012 13DIÁRIO DO COMÉRCIO

INTERNET33% dos brasileirosjá têm acesso àrede mundial, dizestudo da FGV.

PETROBR ASPetrolífera, apósum dia, retomaposto de maiorempresa da AL.economia

Ipea estima PIB entre 2,8% e 3,8%Projeção para 2012 considera um cenário sem"ruptura mais grave" externa. Apesar do fraco

desempenho no primeiro trimestre, Instituto prevêaceleração da atividade nos próximos meses.

OInstituto de Pesqui-sa Econômica Apli-cada (Ipea) estimaum crescimento

médio anual do Produto Inter-no Bruto (PIB) brasileiro entre2,8% e 3,8% em 2012. A previ-são foi divulgada ontem du-rante coletiva de imprensa pa-ra apresentação da Carta deConjuntura de Maio, no Rio deJaneiro.

Segundo o Ipea, apesar dofraco desempenho do primei-ro trimestre, a atividade eco-nômica deve se acelerar aolongo dos próximos meses. Aprojeção foi feita presumindo-se que não haja nenhuma" r u p t u r amais grave"n o c e n á r i oexterno.

O institutoprojeta aindauma inflaçãoentre 4,3% e5 , 3 % e m2012, com ataxa conver-gindo em di-reção ao cen-tro da meta,de 4,5%. Deacordo com o Ipea, essa redu-ção é fundamentalmente in-fluenciada pelo processo dedeflação de commodities.

Para este ano, diz o Ipea, oinstituto espera que o déficitem transações correntes fi-que entre US$ 71 bilhões eUS$ 81 bilhões, considerando-se a manutenção do cresci-mento do déficit do balanço deserviços e rendas.

Freio – A diretora de Estudose Políticas Macroeconômicasdo Ipea, Vanessa Petrelli, cha-mou atenção para a desacele-ração dos investimentos no

País . "Esse movimento é preo-cupante, pois os investimen-tos públicos são um elementoimportante para puxar o cres-cimento do PIB", disse ela.

A taxa de investimentos pú-blicos no País saiu de 1,5% doPIB no início de 2004 até atin-gir o patamar de 2,8% no fimde 2010, mas caiu para 2,3%ao final de 2011, primeiro anodo governo Dilma Rousseff.

O Ipea diz que esse movi-mento pode ser atribuído aociclo eleitoral, já que ajustesfiscais são comuns em anosposteriores a eleições presi-denciais e de governadores.

Petrelli acredita que o ajustefiscal feito pe-lo governo fe-d e r a l e m2011 e o pro-metido para2012 têm afe-tado a execu-ç ã o d o s i n-v es t i me n to spúblicos, in-cluindo os in-v es t i me n to sprior i tár iosdo Programade Acelera-

ção do Crescimento (PAC).A Formação Bruta de Capital

Fixo (FBCF) do governo fede-ral relativa ao PAC caiu deR$ 3,2 bilhões no primeiro tri-mestre do ano passado paraaproximadamente R$ 1,6 bi-lhão em igual período de 2012.Já a execução das despesas daFBCF do governo federal nãovinculadas ao PAC no primeirotrimestre deste ano ficou bas-tante próxima da registradaem igual período do ano pas-sado. Os montantes foram deR$ 3,1 bilhões e de R$ 2,9 bi-lhões respectivamente. (AE)

Augustin pede cautela com projeções

Osecretário do TesouroNacional, ArnoAugustin, disse ontem

que, dada a volatildiadeinternacional, esse é omomento de cuidado epreocupação com ocrescimento da atividadeeconômica no País.

"No momento devolatilidade, é mais difícilprever com exatidão o quevai acontecer com ocrescimento", afirmou osecretário, após reunião daComissão de Finanças eTributação realizada naCâmara dos Deputados.

O governo já avalia que oPaís não crescerá os 4,5%

previstos para este ano.Dentro da equipe econômicajá há projeções de que essaexpansão ficará perto de3,2%, como prevê o mercado.

Em entrevista ao jornal OEstado de S.Paulo ,publicadaontem, o ministro daFazenda, Guido Mantega,afirmou que o piso decrescimento de 2,7% "estámuito bom" para o Brasilneste ano, referindo-se àexpansão alcançada noano passado.

Augustin afirmou ainda queo governo pode anteciparreceitas de estatais paragarantir o cumprimento dameta cheia do superávit

Para o secretário do Tesouro, cenário internacional dificulta as previsões econômicas

Euforia com a economia diminuiExcesso de otimismo que vinha sendo registrado desde o início do ano está caindo mês a mês

Secretário doTesouro

Nacional,Arno Augustin,diz que o Brasil

está muitoavançado em

termos decumprimento

da meta deinflação.

Valter Campanato/ ABr

primário, que é a economiafeita pelo setor público para opagamento de juros,estipulado emR$ 139,8 bilhões neste ano.

Meta – Essa possibilidadede receita extra dedividendos ocorre em meio aum cenário de incerteza decrescimento econômico, quepode afetar a arrecadação detributos e impostos, e oaumento dos investimentospúblicos federais.

"Estamos muito avançadosem termos de cumprimentoda meta. Nós iniciamos o anocom resultados muitopositivos. Portanto, não temnenhuma razão para não

mantermos totaltranquilidade quanto aocumprimento da meta cheia",afirmou ele.

Para Augustin, oinvestimento crescerá em2012 acima do PIB nominal."O investimento vai retomarum patamar de crescimentomaior ao longo do ano. Isso éimportante para manter aatividade, aprofundar, eacelerar o reaquecimento daatividade econômica", disse.

O governo divulga até o dia20 a revisão bimestral dereceitas e despesas doOrçamento e pode incluirtambém uma nova projeçãopara o PIB. (Reuters)

Selic menor não alteraa inflação no curtoprazo, diz instituto.

Oatual movimento deredução da taxabásica de juros

(Selic) pelo Banco Centralnão deve gerar pressãoinflacionária no curtoprazo, na avaliação doInstituto de PesquisaEconômica Aplicada (Ipea).

O Ipea estima para 2012uma taxa de inflação entre4,3% e 5,3%, com o ÍndiceNacional de Preços aoConsumidor Amplo (IPCA),que é o indicador dainflação oficial,convergindo para o centroda meta, de 4,5%.

A principal contribuiçãopara isso vem da reduçãodas cotações do etanol edas commodities nãoenergéticas, comoalimentos, insumosindustriais e matérias-primas brutas daagricultura.

Além disso, com aestagnação da produçãoindustrial nos últimos anos,a ociosidade de parte dacapacidade minimizaria osriscos de pressão depreços em um momento deretomada do ritmo decrescimento.

Embora avalie comopositivos o atual ciclo dequeda da Selic e as açõesdo governo para reduzir asexpectativas futuras dejuros, como as mudançasfeitas na poupança, ocoordenador do Grupo deAnálise e Previsões doIpea, Roberto

Messemberg, não crê quesejam suficientes para quea economia brasileiradeixe de dar "voos degalinha".

Ele afirma que o governodeveria aumentar seusgastos com investimento einduzir o investimentoprivado, por meio deParcerias Público-Privadas(PPPs), concessões eprivatizações.

Novo índice – O governobrasileiro vai defender acriação de um novo índicepara medir odesenvolvimento nomundo durante aConferência das NaçõesUnidas para oDesenvolvimentoSustentável (Rio+20).Segundo Karen Suassuna,diretora de MudançasClimáticas do Ministério doMeio Ambiente, asmétricas utilizadas hoje,como o Produto InternoBruto (PIB) e o Índice deDesenvolvimento Social(IDH), não traduzem mais arealidade dos países.

“Hoje dimensionamoscrescimento sem medir aquestão sustentável.Queremos, ao longo dosanos, desenvolverindicadores que tenhamapoio no tripé econômico,social e ambiental”,defendeu ela, durante umaaudiência na ComissãoMista de MudançasClimáticas do CongressoNacional. (Agências)

Ootimismo dasfamílias brasileirasem relação à

realidade socioeconômicado País caiu de 67,7 pontos,em março, para 67, emabril. As informaçõesconstam no levantamentodo Índice de Expectativasdas Famílias (IEF) divulgadoontem pelo Instituto dePesquisa EconômicaAplicada (Ipea).

O valor apresentado parao índice em abril é o menorno ano de 2012 e apontapara uma tendência debaixa que vem sendoobservada desde o pico deotimismo detectado emjaneiro deste ano.

Evolução do indicador – Emabril de 2011, o indicadorregistrou 63,8 pontos. Oíndice começou o ano em 69pontos (janeiro), caiu para

67,2 em fevereiro e subiupara 67,7 (março).

O Ipea, órgão ligado àPresidência da República,faz o levantamentomensalmente em 3.810domicílios, em mais de 214cidades. Na escala do Ipea,a pontuação acima de 60pontos indica otimismo;abaixo de 40, pessimismo.

No índice de abril, houvequeda em todas as grandesregiões brasileiras, comexceção do Sudeste, a maisotimista. As regiõesNordeste e Sulapresentaram variaçõesnegativas, porém poucosignificativas em relação aomês anterior (0,2 e 0,5respectivamente).

Pesquisa – O Ipea tambémpesquisou qual é aexpectativa das famílias noque diz respeito à situação

econômica do País. No curtoprazo, a pesquisa apontaque, no mês de abril, 68,3%das famílias acreditam queo Brasil passará pormelhores momentos nospróximos 12 meses. No mêsanterior foram 66%.

No longo prazo, aconfiança das famíliasbrasileiras quanto àsituação econômicatambém cresceu. Em abril,cerca de 63,5% das famíliasse mostraram otimistas como desempenho da economianos próximos cinco anos,valor superior ao registradoem março (62%).

Poder de compra – Emabril, 75,8% das famíliasbrasileiras pesquisadasindicaram estar melhorfinanceiramente hoje doque há um ano, valor alto,porém inferior ao mês

anterior (77,3%). Quanto àpretensão em adquirir bensduráveis, 60,3% dasfamílias acreditam queagora é um bom momentopara esse tipo de compra,acima do registrado emmarço (58,3%). Para 36,1%das famílias, esse não é omomento ideal, valor quevem declinando pouco apouco desde o mês desetembro (41,1%) e quedemonstra a retomada daintenção de comprar.

De todas as famíliasconsultadas, 56,4%afirmaram não ter dívidas,valor superior a março(54,1%). Apesar da baixavariação no tocante aoBrasil, entre as regiões,houve diferençasignificativa entre famíliasendividadas e nãoendividadas. ( Fo l h a p r e s s )

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quinta-feira, 17 de maio de 201214 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quinta-feira, 17 de maio de 2012 15DIÁRIO DO COMÉRCIO

A propensão para crescimento maior das vendas à vista era esperada.Emílio Alfieri, economista da ACSPeconomia

Gradiente voltaao mercado

Marca foi repaginada e chega disposta a conquistar opúblico infantil, ou seja, os consumidores do futuro.

Sílvia Pimentel

Em maio,re c u p e ra ç ã odo crédito.

Fátima Lourenço

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Fábio Vianna,presidente da CBTD e

seus lançamentos paracrianças e idosos.

Arenegociação das dívidas ematraso foi o grande destaque dobalanço da movimentação do

comércio paulistano na primeiraquinzena de maio, com crescimentomaior na recuperação de crédito (5,5%,ante igual período de 2011) do que nosnovos registros de inadimplência (3,6%,na mesma base de comparação).

As vendas, com ligeira melhora, estãoinfluenciadas pelo Dia das Mães,comemorado no último domingo. Osdados, divulgados ontem pelaAssociação Comercial de São Paulo(ACSP), refletem uma amostra deconsultas à Boa Vista Serviços,administradora do Serviço Central deProteção ao Crédito (SCPC).

"A alta da recuperação de crédito foiimpulsionada pela maior possibilidadede renegociação das dívidas e tambémpelo estímulo da portabilidade entre asinstituições bancárias", comenta oeconomista da ACSP, Emílio Alfieri.

No balanço, o Indicador de Movimentodo Comércio a Prazo (IMC/SCPC)cresceu 3,5% na quinzena, ante períodoidêntico de 2011, com igual número dedias úteis. Na mesma base decomparação, o Indicador de Movimentode Cheques (ICH/SCPC Cheque),parâmetro para as transações à vista,subiu 4,9%. "A propensão paracrescimento maior das vendas à vistaera esperada. A pesquisa ACSP/Ipsosmostrava roupas e calçados no topo dalista de presentes para as mães",lembra Alfieri.

Historicamente, esses artigos sãoadquiridos à vista. Esse consumo, alertaAlfieri, está fortemente influenciadopelo Dia das Mães, "o segundo Natalpara o varejo". A crise europeia,destaca, poderá influenciar as vendas.

Arecém criada CompanhiaBrasileira de TecnologiaDigital (CBTD) anunciouontem o relançamento

da marca Gradiente. A nova em-presa iniciou suas atividades hánove meses e comprou por R$ 389milhões o direito de uso da marca,que volta ao mercado repaginadaem um modelo de negócios queterá o e-commerce como o princi-pal canal de vendas. Sob o antigomote “meu primeiro Gradiente”, aempresa iniciou nesta semana avenda do tablet OZ, dirigido ao pú-blico infantil. Uma versão com in-terface voltada para adultos, OZBlack, estará disponível dentro deum mês na plataforma de e-com-merce da marca ( w w w. g r a d i e n-te.c om). As duas versões custamR$ 999.

“A Gradiente é uma marca que-rida entre os brasileiros e que sem-pre representou inovação”, disseo presidente da nova empresa, Fá-bio Vianna. Por ora, a empresa vaitrabalhar com quatro segmentos:telefonia móvel, home entertain-ment, tablets e eletrônicos infan-tis. Além do tablet, a companhiaaposta em duas versões de blu-rays, da linha entertainment.

De acordo com Fábio Vianna, aempresa está negociando com va-rejistas a distribuição dos produ-tos. “A entrada no varejo tradicio-nal está sendo cuidadosamentenegociada porque o acordo co-mercial e a política de preços de-

vem ser bons para os dois lados”,explicou. Ele adiantou que as ne-gociações estão avançadas com aSaraiva, por exemplo, e que umproduto vendido no portal da em-presa jamais terá preço menor doque o oferecido pelo varejo. “Va-mos gerenciar os canais de vendacom muito cuidado”, disse.

Sem citar expectativas de ven-das e tampouco o volume a ser pro-duzido, Fábio Vianna explicouque, no momento, a capaci-dade de produção da empre-sa está atrelada ao capital in-vestido, segundo ele restrito, deapenas R$ 68 milhões.

“O plano de negócios foi aprova-do pelo conselho. A preocu-pação inicial é obter renta-bilidade”, resumiu, ao ex-plicar que a companhiapossui uma estrutura enxu-ta, com 200 funcionários.“Ao longo dos anos, serápossível entender a renta-bilidade de cada linha deprodutos e, se for o caso,elaborar novas estratégiasde investimentos”. Eleacredita que as vendas pe-la internet deverão representar ametade do faturamento da empre-sa. O plano de negócios prevê aprodução da linha marrom em Ma-naus. Celulares e os produtos deinformática serão produzidos emfábrica localizada em São Paulo.

Produtos – O tablet OZ Meu pri-meiro Gradiente tem display LCDde 8 polegadas, touch, sistema An-droid 2.3.1, saída para fone de ou-vido, câmera frontal de 2 MP, car-

tão de memória de 4GB, Bluetoothe WI-FI e um sistema de controle deconteúdo que permite aos pais se-lecionarem as páginas a serem na-vegadas. O tablet vem com 15aplicativos e uma caneta touch.

Todas as idades – Na linha enter-tainment, a empresa está lançan-do um fone de ouvido com controlede decibéis, o MPG 3F-K. O produtotem três cabos, destinados às fai-xas etárias entre 3 e 5 anos, 6 e 14

anos e acima de 14 anos. O preço éR$ 99. Nos próximos meses, a em-presa deve lançar o aparelho dekaraokê, colorido, que vem compen drive e rádio FM. Nos próximos30 dias, estará disponível no mer-cado um celular com design volta-do ao público da terceira idade.Trata-se do Safe Phone, que virácom uma tecla SOS para chama-das de emergência e rastreadorautomático de GPS.

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quinta-feira, 17 de maio de 201216 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Representantes do varejo debatem com a Abrasce os atrasos de entregados shopping centers.economia

Contatos com oautor pelo e-mail: [email protected]

Reservas globaisde hotéis

Pouca gente se dá con-ta da complexidadeque existe por trás deuma reserva de ho-

tel, e a dificuldade para colo-cá-lo ao alcance das agênciasde viagens e dos viajantes.Como um supermercado vir-tual, hotéis desconhecidosou perdidos no nada podemser oferecidos em condiçõesde igualdade com marcas deredes hoteleiras ou grifes fa-mosas. Como fazer para queum comprador de algum pon-to do planeta faça reservas?Mediante o pagamento deuma pequena taxa, geral-mente por agências, hotéis ecompanhias aéreas.

Essa maravilha tecnológi-ca atende pelo nome de GDS(Global Distribution System,ou sistema de distribuiçãoglobal), o mesmo mecanismoutilizado há décadas pelascompanhias aéreas. "Estarno GDS é assegurar que umhotel seja visto – no caso dosistema Sabre por mais de 90mil de agências de viagens,com segurança e confiabili-dade de quem processa 60mil transações por segundo",afirma Leandro Carvalho,responsável pelas soluçõesde hospitalidade da empre-sa. Igual a ele há outros forne-cedores, como o Amadeus ouWordspan.

Dito assim é inquestioná-vel decidir pelo GDS. Infeliz-mente, essa não é a realidadeno Brasil. Enquanto nos Esta-dos Unidos 25% das reservasrecebidas por um hotel sãoprovenientes dos canais ele-

trônicos, 50% dos quais viaGDS, aqui a média fica emmeros 6%. A discrepânciatorna-se maior diante do de-sempenho das grandes ca-deias hoteleiras, com até18% de utilização, em com-paração com os chamadoshotéis independentes, geral-mente estabelecimentosmenores operados pelos pro-prietários.

E justamente eles que maisprecisam de visibilidade paraobter melhores condições decompetitividade são os quepagam o ônus pela ausêncianos principais canais de dis-

tribuição. Estudos indicamque há mais de 5 mil meios dehospedagem no Brasil, e quepoderiam estar incluídos noGDS.

Carvalho, que também éprofessor universitário hámais de dez anos e leciona noSenac, responsável pelo pri-meiro curso de distribuiçãoeletrônica hoteleira, lembraque o Brasil passa por bommomento econômico. Nessecontexto, o setor de hotéisobteve melhoria no preço dasdiárias médias.

Como os GDS não cobrampercentual do valor, mas um

preço fixo por transação, oscustos se diluíram com o au-mento das diárias, democra-tizando o acesso a essa tec-nologia. Isso significa quemais hoteleiros podem se be-neficiar da distribuição onlinee aparecer no radar, refletin-do-se em mais vendas. Atéporque não existem negóciosno universo das viagens a tra-balho – responsável pela vas-ta maioria do movimento –sem o GDS. "É uma ferramen-ta imprescindível para admi-nistrar reservas das corpora-ções, feitas geralmente emcadeias hoteleiras atravésdas TMC (sigla de travel ma-nagement company, agênciaespecializada nesse merca-do)", afirma Carvalho.

Isto não significa que semGDS não existe vida inteli-gente. Graças à internet, adistribuição vem se transfor-mando. A própria Sabre ofe-rece soluções para todos osbolsos em distribuição ele-trônica e marketing digital,com sistemas integrados quevão da administração do ho-tel, passam pelo centro decontrole de distribuição, até adisponibilização da informa-ção para o comprador pelopróprio GDS.

Passageiro Vip

FernandoHolanda

Div

ulga

ção

Ogerente de marketingdo Grupo Salinas, o

maior em hotelaria deAlagoas com dois resorts,Maragogi e Maceió Beach,Fernando Holanda,nasceu em Recife (PE).Formado emAdministração eComunicação commestrado em Marketingna Universidade deCoimbra, ele começou acarreira em uma agênciade publicidade. Em 2009,foi convidado adesenvolver odepartamento demarketing da empresa.Durante um ano viveu noexterior sem abrir mãodas atividadesprofissionais no GrupoSalinas, trabalhando deforma remota. "Foi uma

experiência e tanto!"comenta.

Responsável peloaumento da rentabilidadede todo o portfólio dogrupo, que inclui não sóturismo, mas também aárea imobiliária esucroalcooleira, Holandalidera uma equipe de seispessoas. Com a suaatuação, o grupo tem sidoreconhecido comoexcelente empregador,qualidade na suacategoria hoteleira, ebons resultadosfinanceiros. Ele revela osegredo do sucesso:"Fazemos tudo compaixão e precisão.Trabalhamos commétodos e indicadores, ecom muitos exercícios depensar fora da caixa".

Lojistas discutem atrasos de shoppingsACSP cria comissão para orientar lojistas que estão

sendo prejudicados com o atraso na entrega denovos shoppings e empreendimentos comerciais

Luiz Prado/LUZ - 15.12.11

Rogério Amato, presidente daACSP e Facesp, destaca a

importância da iniciativa doConselho de Varejo da ACSP.

Paula Cunha ram as reivindicações dos va-rejistas e comprometeram-sea criar condições para queatrasos e entraves relaciona-dos à inauguração de centrosde compras sejam soluciona-dos.

Na reunião, o presidente daACSP, Rogério Amato, enfati-zou a importância das iniciati-vas dos conselhos da casa, danecessidade de integrar osplanos desenvolvidos e refor-çou seu empenho em apoiá-los em suas iniciativas.

Calendário – Outro pontoabordado du-rante o encon-tro foi o crono-grama de lan-çamentos deshoppings emtodo o País nospróximos me-ses. Para Khei-r a l l a h , u mgrande núme-ro de empre-endimentos éinaugurado àsp r e s s a s e ,muitas vezes,i n ac a b a do s ,p a r a q u e s ec u m p r a mseus prazos delançamento, o que prejudicaas redes varejistas.

Foi lembrado que a institui-ção não tem poder para inter-ferir no ritmo das atividadesde seus f i l iados, mas queorienta para que eles superemdificuldades. Com destaqueas que se apresentaram nosúltimos anos com o cresci-mento da demanda por mãode obra qualificada e os atra-sos nas entregas de materialde construção por parte dosfornecedores. Esse é um mo-mento excepcionalmente po-sitivo para a economia brasi-leira, o que atraiu algunsplayers com pouca experiên-cia no ramo.

Por isso, no início do ano, rei-vindicaram à Abrasce um re-escalonamento das datas de

inauguração, limitando-as atéo mês de outubro, pois, apósesse período, há dificuldadesde preparar os centros decompras para atender satisfa-toriamente os consumidorescom a proximidade do Natal.

Um representante da co-missão criticou os critérios deavaliação e de execução dosprojetos de expansão do se-tor. Ele sugeriu a criação deum grupo menor no Conselhopara discutir as possibilidadese a viabilidade de entrada dasredes nestes novos empreen-

dimentos. Asugestão foiace i t a pe l oConselho daACSP e serái mp le me nt a-da durante ospróximos en-contros.

Outra ques-tão importan-te debatida foia sobreposi-ção de shop-pings, ou seja,a instalaçãode d iversosem pree nd i-mentos muitopróximos uns

dos outros e muitas vezes comduas ou mais unidades emmunicípios pequenos, quenão comportariam centros co-merciais de grande porte.

Entre os exemplos mais ex-pressivos citados estiveramos dois estabelecimentos queserão inaugurados no municí-pio de Bragança em 2013 e2014. Membros do Conselholembraram que em regiõespróximas, como Atibaia, já háoutros shoppings instalados.E ressaltaram que a situaçãotambém é observada em vá-rios estados brasileiros.

Na Capital paulista, o shop-ping Iguatemi JK teve sua inau-guração adiada pelo Ministé-rio Público, que exigiu a reali-zação de obras viárias em seuentorno.

As dificuldades que os lo-jistas enfrentam quan-do os empreendedores

responsáveis pela formata-ção e construção dos shop-ping centers não cumprem osprazos de entrega de unida-des foram um dos temas dis-cutidos na última semana, emreunião do Conselho de Varejoda Associação Comercial deSão Paulo (ACSP), comandadapelo seu coordenador, NelsonKheirallah.

Durante o encontro do Con-selho de Varejo, um dos pon-tos mais expressivos foi o de-

bate de membros do Conselhocom as lideranças da Associa-ção Brasileira de ShoppingCenters (Abrasce) sobre o ex-cesso de atrasos nas entregasde novos shoppings em todo oPaís. A prática prejudica os lo-jistas, pois eles precisam arcarcom seus compromissos fi-nanceiros sem que as ativida-des das unidades tenham co-meçado.

O evento teve a presença de30 gerentes de expansão derede. Eles criaram uma comis-são para orientar os varejistasquanto aos procedimentosnecessários para enfrentar asituação. No encontro, repre-sentantes da Abrasce ouvi-

Gabriella Fabbri

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quinta-feira, 17 de maio de 2012 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMPLEXO HOTELEIRO SPAZIO VINHEDO INCORPORAÇÃO SPE LTDACNPJ 15.334.887/0001-21- NIRE 35.226.513.76-8

Ata de Reunião dos Sócios QuotistasAos 16/04/2012, às 08:00 horas, em Vinhedo , sede da Empresa COMPLEXO HOTELEIRO SPAZIOVINHEDO INCORPORAÇÃO SPE LTDA, sociedade limitada, nos termos da Lei 10.406/2002, comcontrato social registrado na JUCESP, NIRE 35.226.513.76-8, e CNPJ 15.334.887/0001-21, os sóciosrepresentando a totalidade do capital social; compareceram e declararam cientes do local, data, hora eordem do dia, dispensando as formalidades da convocação; escolheram para presidir os trabalhos ossócios GUARDA DA ALDEIA EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA, inscrita no CNPJ sobo nº 15.129.936/0001-94, representada por Danilo Barbosa Ferraz, Empresário, portador do RG13.073.075-0 e do CPF 111.612.128-09, simplesmente nomeado Presidente e a EURO EMPREENDI-MENTOS IMOBILIARIOS E PARTICIPAÇÕES LTDA, inscrita no CNPJ sob o nº 05.165.124/0001-40,representada por Cleber Oliveira Sasso, Empresário portador do RG 34.455.388-7 e do CPF 329.565.988-56, nomeado Secretario. Iniciados os trabalhos, os sócios deliberaram sobre a redução do valor do capitalsocial de R$ 4.500.000,00 para R$ 2.250.000,00; por motivo de constituição indevida, e excessivo emrelação ao objeto da sociedade, conforme Artigo 1082 do Código Civil – Lei 10406/02 – inciso I e II, postoa ordem do dia em discussão e votação, aprovaram sem reservas e restrições. Terminados os trabalhos,inexistindo qualquer outra manifestação, lavrei a presente ata que foi lida, aprovada, e assinada peloPresidente e por mim, Secretário, para apresentação e arquivamento na JUCESP. Danilo BarbozaFerraz - Presidente. Cleber Oliveira Sasso - Secretario.

TEKNO S.A.–INDÚSTRIA E COMÉRCIOC.N.P.J.33.467.572-0001-34 – NIRE Nº 35.300.007.514 - Cia. Aberta

Ata das AGOE realizadas em 26 de abril de 2012Local e data:26/4/2012, 14hs, na sede, R.AlfredoMario Pizzotti, 51 emSP/SP.Presença:Compareceramacionistas, representandomaisde2/3doCapital comdireitoavoto,alémdoSr.WagnerBottino,CRC-SPnº196.907/O-7, representandoaAuditoria Independente,KPMG Auditores Independentes–CRC-SP nº 2SP014428/O-6, do Sr. Valter Takeo Sassaki, Diretor Vice Presidente e de Relaçõescom o Mercado e de 1 membro do Conselho Fiscal, Sr. Sergio Lucchesi. Mesa Diretora da Assembléia: Presidente: Valter TakeoSassaki Secretário: Fernando A Albino de OliveiraConvocação:O Edital de Convocação foi publicado nos dias 28, 29 e 30/3/2012,no DOESP (págs. 116, 143 e 289), e no DC de São Paulo nos dias 28, 29 e 30/3/2012, (pág. 20, 25 e 43).Ordem do Dia:A pedidodo Sr. Presidente foi lido o Edital de Convocação. AGO: Com abstenção dos legalmente impedidos, foram aprovadas, as propostasabaixo rela-cionadas: 1) O Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras e o Parecer dos Auditores Independentes,relativos ao exercício encerrado em 31/12/2011 publicados, na forma da Lei, no DOESP (págs.67, 68, 69, 70, 71 e 72) e no jornal DC(págs.24, 25 e 26), ambos deSãoPaulo, em27/3/2012, dando a seguinte destinação ao lucro apurado no exercício:a.1)Distribuir aosAdministradores, a título de participação nos lucros do exercício, a importância de R$ 609.804,48 nos termos do Art. 20 do EstatutoSocial e dentro dos limites fixados em Lei. a.2) Destinar a importância de R$ 1.435.092,67, para ser incorporada à Reserva Legalnos termos do § 2º, do Art. 33 do Estatuto Social.a.3)Ratificar o crédito feito aos acionistas em 2011, a título de juros sobre o capitalpróprio, no valor total bruto de R$ 11.665.955,28 e liquido de R$.9.930.256,91. O valor líquido dos juros será imputado ao valor dosdividendos, conforme § 7º , do Art. 9º, da Lei 9.249/95. a.4) Aprovar, a título de dividendos, sobre o capital social representado por1.243.650 ações preferenciais e 1.450.566 ações ordinárias, ao fim do exercício, a importância de R$ 15.600.805,25, sem correçãomonetária, nos termos do Parágrafo 3º, do Art. 33 do Estatuto Social. Os acionistas que terão direito ao dividendo acima propostoserão aqueles inscritos na companhia nesta data.b) Pagar os dividendos e a Participação da Administração no prazo de até 60 diasapós a realização da AGOE. c) Fixar, para remuneração global dos Administradores da Companhia, para o exercício em curso, omontantedeR$2.338.701,56, verbaesta reajustável apartir deabril de2012,nasmesmasdatasepercentuaisdosaumentossalariaisaplicáveis ou concedidos aos empregados da empresa.Nesta verba não estão incluídos os encargos sociais.2) Instalação e eleiçãodo Conselho Fiscal que será composto pelos seguin-tes Conselheiros:a) Bernardo Leal Costa, brasileiro, casado, engenheiro,RGn° 1.666.291-IFPRJ e CPF n° 010.760.197-49, residente na R.General Urquiza, 161 apto. 101, CEP 22431-040, Leblon/RJ, e seusuplenteoSr.HelioCapeluto, brasileiro, casado, engenheiro,CREA-RJn°14990eCPFn°026.201.897-72, residentenaAv.HenriqueDumont, 151 - apto. 301 - CEP 22410-060, Ipanema/RJ, representando os titulares de ações preferenciais conforme a letra “a”, § 4°,do art.161 da Lei 6.404/76. b) Sergio Lucchesi Filho, brasileiro, casado, contador e administrador de empresas, RG n° 3.400.416e CPF n° 332.063.688-04, residente na Estrada Carlos Queiroz Teles, 81 - apto. 181, em SP - Capital, e seu suplente o Sr.HiroshiTakahashi, brasileiro, casado, contador, RG n° 2.421.134-5 e CPF n° 003.503.388-68, residente na R.Marcos Penteado de UlhôaRodrigues, 3800, apto. 12A, em Santana do Parnaíba/SP, representando os demais acionistas com direito a voto.c) Arystóbulo deOliveira Freitas, brasileiro, casado, advogado, RG de n° 8.417.719 eCPF n° 040.278.498-76, domiciliado naR.EstadosUnidos, 322,em SP - Capital e seu suplente o Sr.Ricardo Brito Costa, brasileiro, casado, advogado, RG n° 23.271.246-3 e CPF n° 259.300.478-98, residente na Av.GuilhermeGiorge, 928–Ap.123A emSP, representando os demais acionistas com direito a voto.Omandato dosConselheiros Fiscais eleitos, será até a próxima AGOe a remuneração de cadamembro titular, será o equivalente a 10% da que, emmédia, for atribuído a cada diretor.AGE: Foram aprovadas por unanimidade de votos as seguintes propostas: a) Aumentar o capitalsocial de R$ 156.500.000,00 para R$ 163.000.000,00, mediante a capitalização deR$ 6.500.000,00 da conta de reserva de retençãode lucros, com emissão de 76.398 novas ações bonificadas, sendo 41.133 ações ordinárias e 35.265 ações preferenciais, a seremdadas em bonificação a todos os acionistas na proporção de 28 ações bonificadas para cada lote de 1.000 ações possuídas nestadata, comvalordeemissãodeR$85,08poração, sendoqueestevalor correspondeaovalorpatrimonial daaçãocombasenobalançode 2011.As novas ações bonificadas não terão participação no pagamento de juros sobre capital próprio e distribuição de dividendosrelativos ao exercício de 2011, participando, entretanto, em igualdade de condições a todos os benefícios, incluindo dividendos e jurossobre capital próprio, que vierem a ser distribuídos a partir do presente exercício.A data do crédito das ações oriundas da bonificaçãoocorrerá em 03/05/2012. As ações que não puderem ser atribuídas por inteiro a cada acionista terão o tratamento previsto no artigo169, § 3º da Lei 6404/76. Futuramente será divulgado aviso aos acionistas a respeito das providências referentes ao tratamento aser dado as frações. b) Em decorrência do disposto nos dois itens anteriores, alterar o art.5º dos estatutos sociais passará a ter aseguinte redação:“Artigo 5º:OCapital Social é de R$ 163.000.000,00 representado por 2.770.614 ações, sem valor nominal, sendo1.491.699 ações ordinárias escriturais e 1.278.915 ações preferenciais escriturais”. Os demais artigos permanecem inalterados. c)SubstituiçãonoConselhodeAdministraçãodomembrosuplenteSr.AlejandroSzantodeToledo, quesolicitousua renúnciaemrazãodecompromissosparticulares, peloSr.BatuiraRogerioMeneghessoLino,brasileiro, casado, advogado,RGnº4.444.401 (SSP-SP)eCPFnº 641.093.218-91, residente e domiciliado nestaCapital, comescritório àR.Gomes deCarvalho, 1666 - 18º.O substituto eleitocompletará o prazo de gestão do atual conselho que terminará na AGO de 2014. Foram também aprovadas por unanimidade devotos:1) Publicação da Ata desta Assembléia com omissão das assinaturas dos acionis-tas, nos termos do § 2º do Art. 130 da Lei nº6.404/76.2) Lavratura da ata desta Assembléia em conformidade com o § 1º do Art. 130 da Lei nº 6.404/76, estando os documentosque a compõe, numerados de 01 a 35, devidamente rubricados pela Mesa e arquivados na sede da Companhia. Presidente:ValterTakeo Sassaki e Secretário:Fernando Antonio Albino de Oliveira.Presidente:ValterTakeo Sassaki. Jucesp nº 195.342/12-4 em10/05/2012.Gisela Simiema Ceschin-Secretária Geral.

FUNDAÇÃO CLEMENTE DE FARIACNPJ/MF nº 17.192.782/0001-00

Ata da 108ª Reunião do Conselho CuradorData: 21 de março de 2012. Horário: 10:00 horas. Local: Sede social, Alameda Santos, 466 -São Paulo - SP. Reuniu-se o Conselho Curador da Fundação Clemente de Faria, sob a Presidênciado Sr. Fábio Alberto Amorosino. Decidiram os senhores Conselheiros, segundo preceitos legaise estatutários, reeleger e eleger, para compor a Diretoria Executiva da Fundação Clementede Faria, com mandato até 31.03.2013, para Presidente - Hamilton Fatobene (CPF/MFnº 996.033.068-00 - RG nº 6.032.660- SSP-SP), brasileiro, casado, economista, residente edomiciliado em São Caetano do Sul - SP, com escritório na Alameda Santos, 466, 2º andar; paraVice-Presidente - Henrique Martins de Almeida (CPF/MF nº 049.145.318-36 - RG nº 16.181.625-3- SSP-SP), brasileiro, casado, securitário, residente e domiciliado em Guarulhos - SP, com escritóriona Alameda Santos, 466, 7º andar, e para Diretores - Alexandre Fernandes de Figueiredo Veloso(CPF/MF nº 037.061.546-84 - RG nº 12.791.434), brasileiro, casado, bancário, residente e domiciliadoem Belo Horizonte - MG, com escritório na Av. Álvares Cabral, 1835, Lojas 1 e 2; Douglas JoséFelipe (CPF/MF nº 100.495.918-43 - RG nº 19.304.754-8 - SSP-SP), brasileiro, casado, bancárioresidente e domiciliado em Curitiba - PR, , com escritório na Rua Marechal Deodoro, 941, 1º andar, eFlávia Cedraz Mercez (CPF/MF nº 020.899.257-01 - RG nº 09240883-0 - IFP-RJ, brasileira, casada,bancária, residente e domiciliada no Rio de Janeiro - RJ, com escritório na Avenida Rio Branco, 99.Os Diretores ora reeleitos e eleitos não estão incursos em crime algum que vede a exploração deatividade empresarial, nos moldes do Código Civil, artigo 1011 - § 1º. Nada mais havendo a tratar,foram encerrados os trabalhos, dos quais se lavrou a presente ata que, lida e achada conforme, vaiassinada pelos presentes. São Paulo, 21 de março de 2012. Fábio Alberto Amorosino - Presidentedo Conselho Curador. José Antônio Rigo-bello - Vice-Presidente do Conselho Curador. AdilsonHerrero - Conselheiro. Car-los dos Santos - Conselheiro. Paulo Celso Bertero - Conselheiro. RubensBution - Conselheiro. Esta ata é cópia fiel da original lavrada em livro próprio. Hamilton Fatobene -Presidente da Diretoria Executiva da Fundação Clemente de Faria. 6° Oficial de Registro de Títulos eDocumentos e Civil de Pessoa Jurídica de São Paulo/SP. Prenotado sob n° 151.436 em 09/04/2012e registrado hoje sob n° 139.938 e averbado à margem do registro n° 3183. São Paulo, 17 de abrilde 2012. Radislau Lamotta - Oficial.

FUNDAÇÃO CLEMENTE DE FARIACNPJ/MF nº 17.192.782/0001-00

Ata da 52ª Reunião das Entidades PatrocinadorasData: 21 de março de 2012. Horário: 08:00 horas. Local: Sede Social, Alameda Santos, 466 -São Paulo - SP. Presença: Totalidade das Entidades Patrocinadoras, representadas por seusDiretores. Mesa: Fábio Alberto Amorosino - Presidente. Adilson Herrero - Secretário. Ordem do Dia:a) apresentação do Balanço Patrimonial e das Demonstrações Contábeis encerrados em 31.12.2011,aprovados pelo Conselho Curador e pelo Conselho Fiscal; b) eleição dos membros do ConselhoCurador, e c) eleição dos membros do Conselho Fiscal. Deliberações Tomadas por Unanimidade:a) aprovaram o Balanço Patrimonial e as Demonstrações Contábeis, encerrados em 31.12.2011;b) reelegeram os seguintes membros para compor o Conselho Curador: para Presidente - FabioAlberto Amorosino (CPF/MF nº 073.874.508-11 - RG nº 12.854.760 - SSP-SP), brasileiro, casado,administrador de empresas, residente e domiciliado em São Paulo - SP; para Vice Presidente - JoséAntonio Rigobello (CPF/MF nº 005.221.719-15 - RG nº 07.089.706-1-IFP-RJ), brasileiro, divorciado,economista, residente e domiciliado em São Paulo - SP; para Conselheiros Efetivos: RubensBution, (CPF/MF nº 012.626.258-66 - RG nº 9.541.400 - SSP-SP), brasileiro, separado judicialmente,contador, residente e domiciliado em São Paulo - SP; Adilson Herrero (CPF/MF nº 856.973.628-20 -RG nº 5.707.479- SSP-SP), brasileiro, casado, engenheiro eletrônico, residente e domiciliado emBarueri (SP); Carlos dos Santos (CPF/MF nº 221.432.897-15 - RG nº 25.308.088-5- SSP-SP),brasileiro, casado, economista, residente e domiciliado emBarueri (SP), todos com endereço co-mercialna Alameda Santos nº 466, São Paulo - SP; e Paulo Celso Bertero (CPF/MF nº 003.351.948-53 -RG nº 4.251.530- SSP-SP), brasileiro, casado, advogado, residente e domiciliado em São Paulo - SP,com endereço comercial na Avenida Nações Unidas, 18.591, São Paulo - SP; e, para ConselheirosSuplentes: Antonio César Santos Costa (CPF/MF nº 269.855.436-34 - RG nº M-748.863-SSP-MG),brasileiro, casado, engenheiro civil, residente e domiciliado em São Paulo - SP, e Rubem Clóvis RochaCecchini (CPF/MF nº 013.078.798-10 - RG nº 9.979.163-8 - SSP-SP), brasileiro, divorciado, financiário,residente e domiciliado em São Paulo - SP, ambos com endereço comercial na Alameda Santos nº 466,5º andar, São Paulo - SP; c) fixaram até 31 de março de 2013 o prazo de mandato dos membrosdo Conse-lho Curador; d) reelegeram para Membros Efetivos do Conselho Fiscal: ChristopheYvan François Cadier (CPF/MF nº 128.492.178-67 - RG nº 9.895.807- SSP-SP), brasileiro, casado,advogado, residente e domiciliado em São Paulo - SP; José Hilário Rodrigues de Freitas (CPF/MF nº 003.107.781-15 - RG nº 16.720.105- SSP-SP), brasileiro, casado, administrador de empresas,residente e domiciliado em São Paulo - SP, e Claudemir Zerbinatti (CPF/MF nº 940.089.818-53 -RG nº 11.460.694), brasileiro, casado, conta-dor, residente e domiciliado em São Paulo - SP, todos comendereço comercial na Alameda Santos, nº 466; e, para Membros Suplentes: Benedito Carlos dePádua (CPF/MF nº 530.548.068-04 - RG nº 7.153.674 - SSP-SP), brasileiro, divorciado, economista,residente e domiciliado em Barueri (SP); Silvio Breda Guizelini (CPF/MF nº 956.130.488-00 -RGnº 8.048.210-7- SSP-SP), brasileiro, casado, administrador de empresas, residente e domiciliado emSão Paulo - SP, ambos com endereço comercial na Alameda Santos, nº 466; e, José Alberto VenturaQuintas (CPF/MF nº 046.152.458-90 e RG nº 7.862.989 - SSP-SP), brasileiro, casado, publicitário,residente e domiciliado no Guarujá - SP, com endereço comercial na Rua Josefina Gori Fiorani, 220,Parque Rural, Fazenda Santa Cândida, Campinas -SP; e) fixaram até 31 de março de 2013 o prazo demandato dos membros do Conse-lho Fiscal; Lida e achada conforme, vai assinada pelos presentes.São Paulo, 21 demarço de 2012.AdilsonHerrero - Secretário. FábioAlbertoAmorosino - Presidente.Entidades Patrocinadoras da Fundação Clemente de Faria: Administradora Fortaleza Ltda.Administradora e Editora Vera Cruz Ltda. Agripar - Administração e Participações Ltda. AlfaParticipações, Administração e Representações Ltda. Alfa Participações Comerciais Ltda. AlfaParticipações Industriais Ltda. Alfa Participações Internacionais Ltda. Alfastar ParticipaçõesLtda. Deltapar - Administração, Participações e Representações Ltda. Fazenda FortalezaLtda. Metropar - Administração e Participações Ltda. Nova América Holdings Ltda. Omega -Participações, Representações e Administração Ltda. Representações e Administradora OrionLtda. Rio Verde Representações e Administração Ltda. Transamérica Holdings Ltda. a.) Aloysiode Andrade Faria. Alfa Holdings S.A. Consórcio Alfa de Administração S.A. a.a.) Paulo GuilhermeM.L. Ribeiro. Christophe Y. F. Cadier. BRI Participações Ltda. a.a.) Paulo Guilherme M. L. Ribeiro.José Antônio Rigobello. Agropalma S.A. Companhia Refinadora da Amazônia. a.a.) José HilárioRodrigues de Freitas. José Elanir de Lima. Agropecuária Paraná Ltda. Fazenda Ana Cruz Ltda.Fazenda Santa Cruz Ltda. Fazenda Santa Fé Ltda. Fazenda Vera Cruz Ltda. a.) José Elanir deLima. Águas Prata S.A. a.a.) Nelson deAndrade. JoséAlberto Ventura Quintas. La BasqueAlimentosLtda. a.a.) José Elanir de Lima. José Alberto Ventura Quintas. Alfa Arrendamento Mercantil S.A.Banco Alfa S.A. Banco Alfa de Investimento S.A. Financeira Alfa S.A. - Crédito, Financiamentoe Investimentos. a.a.) Rubens Bution. Fábio Alberto Amorosino. Alfa Previdência e Vida S.A. AlfaSeguradora S.A. a.a.) Carlos dos Santos. Celso Luiz Dobarrio de Paiva. Alfa Corretora de Câmbioe Valores Mobiliários S.A. a.a.) Antônio César Santos Costa. José Elanir de Lima. C & C Casa eConstrução Ltda. a.a.) Jorge Gonçalves Filho. João Gomes Antunes. Fly One Viagens e TurismoLtda. Transamérica Comercial e Serviços Ltda. Transamérica Flats Ltda. a.a.) Paulo CelsoBertero. Nelson Marcelino. Corumbal Corretora de Seguros Ltda. a.a.) Flávio Márcio Passos Barreto.José Elanir de Lima. Exclusiva Produções e Propaganda Ltda. a.a.) Arnaldo Cruz Machado deAraújo. Luiz Carlos Gryzinsk. Instituto Alfa de Cultura. a.a.) Fernando Pinto de Moura. RubensGarcia Nunes. Metro Táxi Aéreo Ltda. a.a.) José Hilário Rodrigues de Freitas. José Antonio Rigobello.Metro-Dados Ltda. Metro Sistemas de Informática Ltda. a.a.) Adilson Herrero. José AntônioRigobello.Metro Tecnologia Informática Ltda. a.a.) José Elanir de Lima. Adilson Herrero. PassaporteBrasil S.A. a.a.) José Elanir de Lima. Luiz Henrique S.L. de Vasconcellos. Rádio Exclusiva Ltda.Uvale - Uvas Vale do Gorutuba Ltda. a.a.) Arnaldo Cruz Machado de Araújo. José Elanir de Lima.Rádio Transamérica da Bahia Ltda. Rádio Transamérica de Curitiba Ltda. a.) Luiz GuilhermeC.C. de Albuquerque. Rádio Transamérica de Brasília Ltda. Rádio Transamérica de São PauloLtda. Transamérica Produções Ltda. a.a.) Arnaldo Cruz Machado de Araújo. Luiz Guilherme C.C. deAlbuquerque. Rádio Transamérica de Recife Ltda. Televisão Transamérica Ltda. a.a.) Flávio MárcioPassos Barreto. Luiz Guilherme C.C. de Albuquerque. Scala FM Stéreo de Belo Horizonte Ltda.a.a.) José Elanir de Lima. Arnaldo Cruz Machado de Araújo. Companhia Transamérica de Hotéis- São Paulo. Transamérica de Hotéis - Nordeste Ltda. a.a.) Nelson Marcelino. Cláudio Bonuccelli.Transamérica Eventos e Marketing Ltda. Transamérica Expo Center Ltda. a.a.) Alexandre Marcílio.Wilmar Silva Rodriguez. Vera Cruz Empreendimentos Imobiliários Ltda. a.a.) José Elanir deLima. Wilmar Silva Rodriguez. Esta ata é cópia fiel da original lavrada em livro próprio. HamiltonFatobene. Presidente da Diretoria Executiva da Fundação Clemente de Faria. 6° Oficial de Registrode Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica de São Paulo/SP. Prenotado sob n° 151.684 em20/04/2012 e registrado hoje sob n° 140.131 e averbado à margem do registro n° 3183. São Paulo,30 de abril de 2012. Radislau Lamotta - Oficial.

AvnetTechnologySolutionsBrasilS.A.CNPJ06.135.938/0001-03 -NIRE35.300.314.131

EditaldeConvocaçãodeAssembleiaGeralExtraordináriaSão convidados os acionistas da Avnet Technology Solutions Brasil S.A. (“Companhia”) a se reunirem em Assembleia GeralExtraordinária, que ocorrerá em 25 de maio de 2012, às 10:00 horas, na sede social da Companhia, na Rua Dr. Rafael de Barros, 209,12º andar, Paraíso, CEP 04003-041, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, a fim de deliberar acerca dos seguintes assuntos:(i) a alteração do Artigo 2º do Estatuto Social da Companhia, relacionado ao objeto social da Companhia, para formalizar a inclusãodas atividades de montagem e customização de equipamentos de informática, telecomunicações e eletro-eletrônicos, por conta própria oupor conta e ordem de terceiros, as quais serão desenvolvidas unicamente pela filial da Cidade de Jundiaí; (ii) a alteração do Artigo 4º doEstatuto Social da Companhia, relacionado às disposições da administração da Companhia, para alterar as restrições nos poderes deassinatura dos Diretores; e (iii) a consolidação do Estatuto Social da Companhia. São Paulo, 17 de maio de 2012. Carlos Negri Ferreira -Diretor Presidente.

Computel Computadores e Telecomunicações Ltda.CNPJ/MF n° 27.089.522/0001-45

Demonstrações Financeiras

Ativo/Ativo Circulante 2011 2010Impostos a Recuperar 141.592,43 141.592,43Total do Ativo Circulante 141.592,43 141.592,43Real. a Longo Prazo/Depósitos Judíciais 2.473,00 2.473,00Adiantamentos e Empréstimos 179.448,22 179.448,22Total do Realizável a Longo Prazo 181.921,22 181.921,22Ativo Permanente/Investimentos 7.657.283,58 7.657.283,58Imobilizado 224.447,45 224.447,45Imobilizado–Depreciação Acumulada (90.894,19) (90.894,19)Total do Ativo Permanente 7.790.836,84 7.790.836,84Total do Ativo 8.114.350,49 8.114.350,49

Passivo/Passivo Circulante 2011 2010Obrigações Tributárias 158.289,78 158.288,78Adiantamentos e Empréstimos 63.599,15 63.599,15Contas a Pagar 30.756,41 30.756,41Total do Passivo Circulante 252.645,34 252.644,34Exig. a Longo Prazo/Parc. Tributários 303.504,41 390.062,56Adiantamentos e Empréstimos 4.937.023,33 4.835.241,81Total do Exigível a Longo Prazo 5.240.527,74 5.225.304,37Patrimônio Líquido/Capital Social 2.523.000,00 2.523.000,00Reservas de Capital 90.028,00 90.028,00Lucros ou Prejuízos Acumulados 8.149,41 23.372,78Total do Patrimônio Líquido 2.621.177,41 2.636.400,78Total do Passivo 8.114.350,49 8.114.349,49

Balanço Patrimonial levantado em 31/12/2011 Demonstração do Resultado Exercício de 01/01/2011 a 31/12/20112011 2010

(–) Despesas e Receitas Operacionais 15.223,37 (2.227.191,04)Despesas Administrativas Gerais 15.223,37 0,00Despesas Financeiras 0,00 2.918,96Outras Receitas Operacionais 0,00 2.230.110,00Lucro Operacional (15.223,37) 2.227.191,04Lucro Antes do Imposto de Renda (15.223,37) 2.227.191,04Lucro Líquido (15.223,37) 2.227.191,04

Capital Res. de Lucros ouDiscriminação Social Capital Prej. Acum. TotalSldo em 31/12/09 2.523.000,00 90.028,00 (2.203.818,26) 409.209,74Res. do Exercício 2.227.191,04 2.227.191,04Sldo em 31/12/10 2.523.000,00 90.028,00 23.372,78 2.636.400,78Res. do Exercício (15.223,37) (15.223,37)Sldo em 31/12/11 2.523.000,00 90.028,00 8.149,41 2.621.177,41

Demonstração das Mutações do Patr. Líquido levantada em 31/12/2011

Reinaldo FrancoContador - CRC 1SP122962-O-5

CPF/MF n° 187.987.068-10

VOTORANTIM PARTICIPAÇÕES S.A.CNPJ/MF Nº 61.082.582/0001-97 - NIRE 35300023714

ATA DE REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REALIZADA EM 26 DE ABRIL DE 20121. DATA, HORÁRIO E LOCAL - Dia 26 de abril de 2011, às 11:30 horas, na sede social situadana Rua Amauri, nº 255, 10º andar, Itaim Bibi, Capital do Estado de São Paulo. 2. PRESENÇA –A totalidade dos membros do Conselho de Administração. 3. MESA DIRIGENTE – José RobertoErmírio de Moraes, Presidente; Marcus Olyntho de Camargo Arruda, Secretário. 4. DELIBERAÇÕES– Foram reeleitos para compor a Diretoria da Sociedade, com mandato até 25.04.2013, os Srs.: JOSÉERMÍRIO DE MORAES NETO, brasileiro, casado, industrial, portador da Cédula de Identidade RGnº 4.432.222 SSP/SP e do CPF/MF nº 817.568.288-49, domiciliado nesta Capital, na Rua Amauri,nº 255, 16º andar; MARCUS OLYNTHO DE CAMARGO ARRUDA, brasileiro, casado, advogado,portador da Cédula de Identidade RG nº 3.341.630 SSP/SP e do CPF/MF nº 067.020.158-87 eRAUL CALFAT, brasileiro, casado, administrador de empresas, portador da Cédula de IdentidadeRG nº 5.216.686-7 SSP/SP e do CPF/MF nº 635.261.408-63, ambos domiciliados nesta Capital, naRua Amauri, nº 255, 10º e 13º andar, respectivamente e eleito o Sr. LUÍS ERMÍRIO DE MORAES,brasileiro, casado, engenheiro, portador da Cédula de Identidade RG. Nº 11.347.232-SSP/SP e doCPF/MF sob nº 051.558.168-23, domiciliado nesta Capital, na Rua Amauri nº 255, 14º andar. OsDiretores ora eleito e reeleitos declaram, sob as penas da lei, que não estão impedidos de exercera administração da sociedade, por lei especial ou em virtude de condenação criminal ou por seencontrarem sob os efeitos dela, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargospúblicos ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato ou contraa economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra normas de defesa da concorrência,contra as relações de consumo, fé pública, ou a propriedade, conforme documento arquivado na sededa companhia. 5. OBSERVAÇÕES FINAIS - Nada mais havendo a se tratar, foi lavrada a presenteata, que lida e achada conforme, vai assinada pelo Presidente, Secretário e demais Conselheirospresentes. (a.a.) José Roberto Ermírio de Moraes, Presidente e Marcus Olyntho de Camargo Arruda,Secretário. José Roberto Ermírio de Moraes, Presidente do Conselho de Administração; José Ermíriode Moraes Neto, Fabio Ermírio de Moraes, Cláudio Ermírio de Moraes, Luís Ermírio de Moraes,Clóvis Ermírio de Moraes Scripilliti e Carlos Eduardo Moraes Scripilliti, Conselheiros. A presentetranscrição é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. São Paulo, 26 de abril de 2012. SECRETARIADE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA – JUNTA COMERCIAL DOESTADO DE SÃO PAULO – CERTIDÃO – Certifico o Registro sob o nº 196.596/12-9 em 11.05.2012(a) Gisela Simiema Ceschin, Secretária Geral.

A Prefeitura do Município de Santa Gertrudes torna público para conhecimento de interessados que, no dia e horaespecificados, nas dependências do Paço Municipal, à Rua 01A, 332, Centro, Santa Gertrudes/SP, realizar-se-álicitação, na modalidade Pregão Presencial 06/2012, do tipo menor preço, visando à aquisição de um veículo automotortipo automóvel, modelo sedã, novo, zero quilômetro, para servir à Secretaria de Promoção Social. Os envelopes com aspropostas financeiras e os documentos de habilitação devem ser protocolados até às 9:30 horas do dia 01/06/2012 noPaço Municipal. A sessão de lances e julgamento será neste mesmo dia às 10:00 horas. O edital completo poderá serretirado no endereço supracitado, no horário das 8:00 às 11:00 e das 13:00 às 16:00 horas, sendo necessária a retiradano local. Não serão enviados editais pelo correio ou por e-mail. Santa Gertrudes/SP, 16 de maio de 2012.Danielle Zanardi Leão – Pregoeira.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SANTA GERTRUDESPregão Presencial 06/2012

A Prefeitura do Município de Santa Gertrudes torna público que no dia e hora especificados, nas dependências do PaçoMunicipal, à Rua 01 A, 332, Centro, Santa Gertrudes / SP, realizar-se-á licitação, na modalidade Pregão Presencial 05/2012, objetivando o Registro de Preços, pelo tipo menor preço global por lote, visando aquisições futuras, parceladase a pedido, de materiais de construção diversos, ferragens e ferramentas. O edital completo poderá ser retirado noendereço supracitado, no horário das 8:00 às 11:00 e das 13:00 às 16:00 horas, sendo necessária a retirada no local.Não serão enviados editais pelo correio ou por e-mail. Os envelopes com as propostas e os documentos de habilitaçãodevem ser protocolados até às 08:30 horas do dia 30/05/2012 no Paço Municipal. A sessão de lances e julgamentoserá neste mesmo dia, às 09:00 horas. Santa Gertrudes/SP, 16 de maio de 2012. Danielle Zanardi Leão – Pregoeira.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SANTA GERTRUDESPregão Presencial 05/2012 – Edital Retificado / Prazo dilatado

Processo nº 2667/2012 - Tomada de Preços nº 006/2012RESUMO DO EDITAL

ARNALDO SHIGUEYUKI ENOMOTO, Prefeito de Pereira Barreto-SP, fazsaber que se acha aberta nesta Prefeitura, até as 14h do dia 06 de junho de2012, a Tomada de Preços nº 006/2012, objetivando a conclusão eedificação de 27 (vinte e sete) Unidades habitacionais, incluindo material emão de obra, nos termos do convênio 0250527-31/2008, registrado nasecretaria administrativa sob nº 3.532/2008, firmado entre o município dePereira Barreto e o Governo Federal através do Ministério das Cidades,representado pela Caixa Econômica Federal, de acordo com o memorialdescritivo, cronograma físico e financeiro, orçamento descritos nasplanilhas constantes do Anexo I deste Edital. O Edital completo seráfornecido aos interessados na Avenida Jonas Alves de Mello, 1.947, nacidade de Pereira Barreto, mediante o recolhimento da taxa de expedienteno valor de R$ 10,00. Maiores informações poderão ser obtidas pelotelefone (18) 3704-8505, pelo e-mail [email protected], ouainda o Edital no site www.pereirabarreto.sp.gov.br

Pereira Barreto, 16 de maio de 2012.Arnaldo Shigueyuki Enomoto - Prefeito.

PREFEITURA MUNICIPAL DE

PEREIRA BARRETO/SP

ASSOCIAÇÃO SAÚDE DA FAMÍLIASELEÇÃO DE FORNECEDORES – COLETA DE PREÇO 018/2012

A ASSOCIAÇÃO SAÚDE DA FAMÍLIA – ASF comunica às empresas interessadas que se achaaberta a Seleção de Fornecedores, modalidade Coleta de Preço nº 018/2012, para CONTRATAÇÃODE EMPRESA ESPECIALIZADA PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE INFORMÁTICA, NO QUETANGE À ADMINISTRAÇÃO DE REDES E SUPORTE AO USUÁRIO. Informações eEdital: Associação Saúde da Família, Praça Mal Cordeiro de Farias, 65 (11) 3154-7050,site: www.saudedafamilia.org, endereço eletrônico [email protected]. Sessão Pública(Entrega de documentos e abertura de envelopes): 24/05/2012, às 10h00. Local da sessão:Associação Saúde da Família, Praça Marechal Cordeiro de Faria, 65 – Higienópolis – São Paulo.

NSWater International Holding S.A.CNPJ/MF nº 11.874.175/0001-44 – NIRE nº 35.300.395.271Assembleia Geral Extraordinária Edital de Convocação

Convoco os Srs. Acionistas a se reunirem em AGE, realizada dia 29/05/12, às 14h00, na sede, localizada em SP/SP, na R.Gomes de Carvalho, nº 1.507, 14º, s/ 141, V. Olímpia. Ordem do Dia: 1. Ratificação do aumento do endividamento da Cia.,mediante execução de mútuo entre partes relacionadas, conforme contrato firmado em 17/02/12, cuja finalidade foi garantir efinanciar as operações e atividades sociais da Companhia; e 2.Deliberação sobre (i) a realização da segunda oferta privada de1.063.277 Debêntures Conversíveis em Ações, em Série Única, com Garantia Real (“Debêntures” e “Oferta Privada”), no valortotal de R$ 1.063.277,00; e (ii) autorizar a Diretoria da Companhia a praticar todos os atos necessários para a formalização dadeliberação referida no item (i) anterior. Informamos aos Srs.Acionistas que todos os documentos relacionados à Ordem do Diajá se encontram disponíveis para consulta, na sede social da Companhia. Solicitamos que os eventuais representantes legaisdos acionistas apresentem, na ocasião, procuração com poderes para comparecer e votar todas as matérias da Ordem do Dia.São Paulo, 17 de maio de 2012. José Carlos Semenzato - Diretor Comercial e Administrativo 17,18,19/05/2012

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIALConforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram

ajuizados no dia 16 de maio de 2012, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Requerente: Banco Safra S/A. Requerido: Julise Confecções Ltda. Rua do Sorocabanos, 407 - Ipiranga - 2ª Vara de Falências.Requerente: Banco Safra S/A. Requerido: Radar Tecnologia de Ativos e Fomento Mercantil Ltda. Rua Conselheiro Furtado, 95 - 5° Andar - Conjunto 51 – Liberdade - 2ª Vara de Falências.Requerente: EAM Factoring Fomento Mercantil Ltda. Requerido: Serra de Minas Distribuido-ra de Produtos Alimentícios Ltda. Rua do Rocio, 423 - Conjunto 1.309 - Vila Olímpia - 1ª Vara de Falências.

PROCESSO LICITATÓRIO Nº 14/12 - CONCORRÊNCIA Nº 02/12Objeto: Concessão de direito real de uso de 22 (vinte e dois) lotes localizados numa área desmembradado imóvel denominado “Fazenda Paraíso”, localizada na margem da pista leste da Rodovia MarechalRondon SP – 300, denominada Distrito Industrial Benedito Rodrigues de Matos, relativa à matrícula 29.012,com área superficial de 74.530,00 metros quadrados ou 7,4530 hectares, para a implantação, expansãoe/ou ampliação de empresas industriais, agroindustriais e comerciais, pelo período de 30 (trinta) anos,prorrogável por igual ou inferior período, a teor da Lei 2.108, de 27 de abril de 2011 e Lei 2.164, de 24 dejaneiro de 2012. Decisão da Comissão Permanente de Julgamento de Licitação. Decide pela inabilitaçãodas empresas: R A Ferreira Obras de Urbanização – ME e Kátia Maria Lopes Zar – ME, por descumpriremos itens 4.1.1 e 4.1.4 e Contínua Logística e Transportes Ltda ME, por descumprir os itens 4.1.2.2 e 4.1.2.3;e pela habilitação das empresas A. a Z. Comércio Representação e Serviços Ltda e J. A. AbdallaConstruções e Serviços - ME, por apresentar regularmente os documentos exigidos. Fica aberto o prazorecursal estabelecido no art. 109, inc. I, alínea “a”, estando os autos, desde já, com vista franqueada aosinteressados. Castilho-SP, 14 de maio de 2012. A Debitar dia (15.05.12)

PREFEITURA MUNICIPAL DE

CASTILHO/SP

A redução da alíquota do IPI para a linha branca elevou as vendas dessesprodutos em quase 20% no primeiro trimestre, de acordo com a Eletros.economia

Mantega diz ainda ter bala na agulhaEsse foi o relato de empresários do setor de varejo e indústria que se reuniram ontem com o ministro da Fazenda para conversar sobre a expansão da economia

Oministro da Fazen-da, Guido Mante-ga, declarou a em-presários ontem

que o governo tem "bala naagulha" para lançar outrosincentivos com o objetivo degarantir o crescimento daeconomia. Esse relato foi for-necido por executivos queparticiparam ontem à tardede encontro com Mantega nasede do Ministério, em Brasí-lia. A reunião teve a presençade dirigentes do varejo e daindústria.

O presidente da Associa-ção Brasileira da IndústriaElétrica e Eletrônica (Abi-nee), Humberto Barbato, dis-

se que a expectativa para osetor é de aumento nas ex-portações e queda nas im-portações, por causa da altarecente do valor do dólar.Afirmou também que nãoexiste expectativa de repas-se da variação cambial paraos preços.

Barbato contou que o mi-nistro Mantega procurou ou-vir os representantes de to-dos os setores presentes nareunião e prometeu mais me-didas econômicas. "O minis-tro disse que o governo tembala na agulha para o que fornecessário", afirmou.

O presidente da Associa-ção Nacional dos Comercian-

tes de Materiais de Constru-ção (Anamaco), Cláudio EliasConz, declarou que o minis-tro sinalizou que continuaráinsistindo na questão do cré-dito. "Os bancos estão segu-rando o crédito e ninguém es-tá encontrando essa reduçãodos juros", afirmou.

Conz repassou ao ministroda Fazenda a informação deque abril não foi um bom mêspara o setor. Entretanto eleinformou que em maio estásendo verificada uma relati-va melhora.

A Anamaco pediu nova-mente para entrar na regrada desoneração da folha sa-larial. Para esse pedido, o mi-

nistro respondeu que "issodepende da questão fiscal".Segundo o execu t i vo daconstrução, Mantega mani-

festou preocupação com a si-tuação na Europa e disse que,para o Brasil, "a opção do Mi-nistério é pelo crescimento".

O presidente da Associa-ção Nacional de Fabricantesde Produtos Eletrônicos (Ele-tros), Lourival Kiçula, relatouao ministro que abril não foium mês tão forte nas vendas,mas maio "está indo bem".Disse, também, que o dólarestá ajudando o setor, princi-palmente no caso de portá-teis, como ferros de passar eliquidificadores. Kiçula afir-mou que pedirá ao governo,mais para frente, a prorroga-ção da redução da alíquotado Imposto sobre Produtos

Industrializados (IPI) para alinha branca, prevista paraacabar em junho. A medidaelevou as vendas desses pro-dutos em quase 20% no pri-meiro trimestre, de acordocom a Eletros.

Participaram da reunião,conforme lista divulgada pe-lo Ministério da Fazenda,além dos dirigentes da Abi-nee, Anamaco e Eletros, re-presentantes da Abit (têxtil),Abras (supermercados), IDV(desenvolvimento do vare-jo), Abramat (material deconstrução) e executivos dogrupo Pão de Açúcar, Wal-mart, Via Varejo e da empre-sa Whirlpool. (AE)

Os bancosestãosegurando ocrédito eninguém estáencontrandoessa reduçãodos juros.

CLÁUDIO ELIAS CONZ,AN A M ACO

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quinta-feira, 17 de maio de 201218 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Segundo o Procon-SP, a taxa média de juros de empréstimopessoal apresentou queda de 0,35 ponto percentual em maio.economia

Queda 'quase' generalizada nos jurosPesquisas confirmam redução de várias taxas pelos bancos, mas o tamanho dessa queda difere muito entre as instituições e há ainda quem tenha subido os juros.

Svilen Milev/Sxc

Os cortes nos jurospromovidos porbancos públ icosem abril foram se-

guidos pelas instituições pri-vadas e provocaram uma re-dução quase generalizada nastaxas das operações de crédi-to ao consumidor e à pessoajurídica, mostra uma pesquisadivulgada ontem pela Asso-ciação Nacional dos Executi-vos de Finanças, Administra-ção e Contabilidade (Anefac).As reduções para o cheque es-pecial, por exemplo, vão de0,16% a 56,12% do valor dastaxas anuais. Mas, mesmocom grande parte da concor-rência aderindo ao processode diminuição dos juros, algu-mas taxas foram elevadas en-tre as duas datas de coleta dosvalores (30/03 e 30/04) quesão comparados na pesquisa.

"Por conta da forte competi-ção que se iniciou com o anún-cio de redução de juros pelosbancos públicos, houve que-das de juros nas operações decrédito nas principais institui-ções financeiras", afirma aAnefac, em nota. A pesquisarefere-se às taxas médias co-bradas em cada modalidadede crédito e avalia os juros ofe-recidos por seis instituições:Banco do Brasil, Caixa, Itaú,Bradesco, Santander e HSBC.

Cheque – No caso do chequeespecial, a maior redução foiverificada na Caixa, onde osjuros do cheque especial bai-xa ram de 151 ,54% pa ra

66,50% ao ano (uma reduçãode 56,12%), chegando à me-nor taxa entre os bancos ana-lisados. A menor queda (de0,16%) fo i reg is t rada noHSBC, que levou sua taxaanual de 217,98% em março

para 217,63% em abril. O San-tander foi o único banco queaumentou os juros do chequeespecial (uma alta de 0,47%).

A Caixa também promoveua maior redução nos juros deempréstimo pessoal (queda

de 18,62%), o que baixou suataxa de 31,68% para 25,78%ao ano. Entre os bancos priva-dos, o maior corte foi feito peloItaú, de 62,15% para 55,91%ao ano (recuo de 10,04%). Oscortes de juros da linha CDC Fi-

nanciamento de Veículos nãoforam constatados em todasas instituições consultadas. OHSBC elevou essa taxa de21,41% para 23,58% ao ano.

Nas operações para empre-sas, houve cortes de todos osseis bancos para a linha de ca-pital de giro e as maiores redu-ções ocorreram na Caixa (de23,43% para 13,62% ao ano) eno HSBC (de 34,65% para20,13%). No caso de descontode duplicatas, enquanto a Cai-xa promoveu o maior corte (de33,70% para 30,76% ao ano), oH S B C e l e v o u o s j u r o s d e33,70%para 35,91% ao ano.

Pr o c o n – A taxa média de ju-ros do cheque especial e deempréstimo pessoal continuaem queda também segundo aFundação Procon de São Paulo(Procon-SP). A taxa média dejuros de empréstimo pessoalapresentou queda de 0,35ponto percentual em maio,passando de 5 ,78% para5,43% ao mês.

Já a taxa média de juros docheque especial apresentouqueda de 1,06 ponto percen-tual, passando de 9,52% para8,46% ao mês.

Em maio, a taxa média de em-préstimo pessoal foi a menordesde março de 2011, quandoregistrou 5,42% ao mês. No che-que especial, a taxa média foi amenor desde março de 2008,quando ficou em 8,20% ao mês.O Procon ainda considera, po-rém, as taxas de juros muito al-tas no Brasil. (Agências)

Bradescoinclui osfundos

OBradesco anun-ciou ontem a re-

dução da taxa de ad-ministração de qua-tro fundos de investi-m e n t o . O b a n c otambém diminuiu aaplicação mínima emdez carteiras. "As me-didas atendem ao no-vo cenário de jurosmais baixos na eco-nomia, além de per-mitir a ampliação doprocesso de inclusãofinanceira da popula-ção brasileira", infor-mou o banco.

As novas taxas deadministração dosfundos de invest i-mentos entram em vi-gor a partir do dia 1ºde junho e a reduçãono valor mínimo de in-gresso dos fundos va-le a partir da próximasemana. Nas taxas deadministração, o pre-ço pago pelo investi-dor no Bradesco FICCurto Prazo caiu de3% para 1,8%. No Bra-desco Prime FIC CurtoPrazo, a redução foi de3% para 1,6%. (AE)

Corte de taxas vira estratégia de marketingKarina Lignelli

Aqueda nos juros do che-que especial e em ou-tras linhas de crédito ao

consumidor começa a refletiro movimento de redução dastaxas iniciado pelo governoem abril, conforme os levanta-mentos divulgados pelo Pro-con-SP e Anefac. Mas, mesmofavoráveis à medida, especia-listas dizem que há um longocaminho pela frente, que exi-ge cautela para não "desan-dar" a economia.

Em um País com uma das ta-

xas de juros e de spread ban-cário entre os mais altos domundo, a medida foi um "acer-to" do governo ao estimular acompetição entre os bancos,destacou o professor de eco-nomia da Fundação GetúlioVargas (FGV-SP), Samy Dana.Segundo ele, a queda divulga-da pelas entidades já é um re-flexo, quase um mês após o iní-cio da "guerra", e a tendência éde "reduções sucessivas."

"O governo deve continuara buscar esse caminho que,apesar de longo, colabora pa-ra o desenvolvimento econô-mico", disse Dana. Mesmo as-

sim é preciso ficar atento a fa-tores como inflação, que emabril foi a mais alta dos últimosmeses (0,64%). "Não adiantamelhorar crédito se a popula-ção está consumindo menos.O tiro pode sair pela culatra."

M a r ke t i n g – Apesar de consi-derar que, a princípio, os anún-cios consecutivos de reduçãodas taxas nos bancos públicose privados sejam "estratégiade marketing", o economistada Associação Comercial deSão Paulo (ACSP) Emilio Alfieriafirma que a iniciativa está namedida certa. Segundo ele, éum instrumento para evitar

que a economia esfrie muito ecresça pelo menos um pouco,já que governo "abandonou aesperança" que o País cresça4,5% em 2012.

Mas, além das medidas ma-croprudenciais, outro instru-mento que bancos queremque o governo utilize para es-timular ainda mais o movi-mento de queda nos juros, se-gundo Alfieri, é a redução nocompulsório e no Imposto so-bre Operações Financeiras(IOF). Para ele, a redução re-gistrada pelas entidades ain-da não é muito significativa, epossíveis reflexos iniciais de-

vem ser sentidos em pelo me-nos dois meses.

A Caixa, de acordo com oeconomista, foi obrigada pelogoverno a baixar as taxas. Di-minuir os juros do cheque es-pecial e do cartão de crédito,"aberrações de juros altos" fo-ram mais fáceis de reduzir pe-los bancos privados após a"bronca" em rede nacional dapresidente Dilma Roussef.

" (Os bancos) Dizem que es-tão baixando os juros, mas nãoestão. O movimento não vailonge se o governo não mexernisso: o crédito vai continuarrestrito e caro –um pouco me-

nos, mais ainda caro. Sem con-tar que a redução é para bonsclientes, não é para todos. E opouco que baixou dos jurosnão fará a demanda disparar."De modo geral, segundo Alfie-ri, para essa redução ter efei-tos mais significativos, o go-verno deveria abrir mão departe do compulsório para aju-dar a reduzir o spread, além detomar cuidado com a respon-sabilidade fiscal para não virara Europa ou os Estados Uni-dos. "Se o setor privado que-bra e o governo ajuda demais,existe o risco de explodir o dé-ficit público", alerta.

Grécia marca eleição, masmercados permanecem instáveis.

Um juiz vai governar os gregos até o pleito de 17 de junho. Anúncio não interrompe queda das bolsas.

AGrécia colocou ontemum experiente juiz paragovernar interinamen-

te o país até a eleição de 17 dejunho, e o presidente alertoupara o risco de pânico no siste-ma financeiro, já que poupa-dores estão retirando seus de-pósitos devido ao temor deque o país deixe a zona do eu-ro. As bolsas europeias caíramao seu menor nível do ano porcausa da crise grega, e os ope-radores temem novas quedasnos próximos dias, refletindo otemor de contágio para outraseconomias endividadas, co-mo Espanha e Itália.

No Brasil, a BM&FBovespaemendou ontem o sétimo pre-gão consecutivo no vermelho,após muita volatilidade, emmeio à turbulência política naGrécia, que acentuou temoressobre o futuro da zona do euroe azedou o humor dos investi-dores. O Ibovespa fechou emqueda de 0,62%, a 55.887pontos, no menor patamardesde 19 de dezembro. Issoapesar da forte alta das açõesda Petrobras. "As duas últimasquedas da bolsa ocorreramem pregões com volume forte,o que mostra que muita genteestá tirando o pé do acelera-

dor", afirmou Frederico Lukai-sus, gerente da mesa de ope-rações da Fator Corretora. Odólar manteve-se ontem nopatamar dos R$ 2.

O p e r a çõ e s – Autoridades doBanco Central Europeu (BCE) ede governos nacionais do con-tinente ameaçam parar de fi-nanciar a dívida grega se o paísescolher um governo que rejei-te as medidas de austeridadeprevistas no pacote de resgatefinanceiro. Ontem, o BCE inter-rompeu operações monetá-rias com alguns bancos gregosque não obtiveram sucesso emsuas recapitalizações. Entre-tanto, o banco enfrentou dian-te de sua sede em Frankfurt, naAlemanha, o protesto de mani-festantes que criticaram asmedidas apoiadas pelo BCE co-mo solução para a crise.

A dúvida é se a Grécia irá ounão permanecer na zona doeuro depois da eleição do dia17 de junho. Segundo espe-cialistas, não são poucos osgregos que não veem contra-dição entre seu arraigado de-sejo de permanecer na zonado euro e sua oposição às con-dições impostas pela UniãoEuropeia e o Fundo MonetárioInternacional (FMI).

Depois de uma inconclusi-va eleição no início do mês, ospartidos gregos desistiramde montar uma coalizão econvocaram o novo pleito. Oslíderes no Parlamento no-mearam ontem o juiz Pana-giotis Pikrammenos, chefe daSuprema Corte Administrati-va, como primeiro-ministrointerino.

Uma nova pesquisa eleito-ral mostrou o favoritismo dopartido esquerdista radicalSyriza, contrário às medidasde austeridade associadas aopacote internacional. A popu-laridade do partido cresceudesde o início do impasse polí-tico, enquanto os partidos tra-dicionais, favoráveis ao paco-te, perderam terreno.

O Syriza, sob o comando docarismático Alexis Tsipras, de37 anos, diz que é possível re-jeitar o pacote de resgate fi-nanceiro sem deixar o euro.Mas a situação do país parece

cada vez mais complicada,com repercussões nos merca-dos financeiros globais. "É im-portante que o povo gregoagora tome uma decisão total-mente informado sobre asconsequências do ato", afir-mou o presidente da Comis-são Europeia, José ManuelBarroso.

Indústria– No Brasil, o presi-dente da Confederação Na-cional da Indústria (CNI), Rob-son Andrade, comemorou opatamar atual da cotação dodólar, que manteve-se ontemem R$ 2,00. Segundo Andra-de, o valor dá "competitivida-de e isonomia" para a indús-tria brasileira em relação aosprodutos importados. O pre-sidente da CNI disse que oideal para a indústria seria sea taxa estivesse entre R$ 2,40e R$ 2,60. Mas, de todo o mo-do, ele avalia que já é suficien-te para que haja uma recupe-ração da indústria. (Agências)

Kai Pfaffenbach/Reuters

Ralph Orlowski/Reuters

Protesto diante da sede do Banco Central Europeu (BCE) em Frankfurt

Manifestantes são retirados de ocupação diante do prédio do BCE