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Aborto Causado por Neospora caninum em Vaca Leiteira
Giancarlo RiegerOrientadora: Profª. Me.
Carolina Quarterone
CENTRO UNIVERSITÁRIO CESUMARMEDICINA VETERINÁRIA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIOTRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Anamnese
• Fêmea bovina, identificada pelo Nº10, de V. P., 550 kg, estágio gestacional de 5 meses*
• Queixa: aborto, repetição de cios, dificuldade de emprenhar.
• Exame Clínico: FC 74 bpm; FR 23 mpm; TºC 38,5; mucosas normocoradas; sem alterações anatômicas sob palpação retal.
• Exame Laboratorial: Imunofluorescência Indireta (RIFI)
Introdução
• THILSTED & DUBEY, 1989 relataram 29 abortos no Novo México em 29 vacas Holandesas aos 5 meses de gestação
Fetos com encefalite, miocardite e parasitas no parênquima renal e encefálico
• DUBEY et al., 1992 infecção experimental em vacas Jersye, resultando em transmissão vertical
Introdução• Aborto pode ser: Esporádico, endêmico ou
epidêmico entre 3 e 9 meses (5º a 8º mês)
• Cão pode ser HI ou HD transmissão horizontal e perpetuação da infecção no rebanho
• Manifestações, além do abortoMorte fetal, reabsorção, mumificação, terneiros fracos,
clinicamente normais que se infectam cronicamente
Importância econômica, segundo REICHEL et al., 2012
Aborto
Valor do Feto
Aumento do Descarte
Infertilidade
Inseminação
Perda Leite e Carne
Reposição
Queda no GMD
US$ 2,8 milhões/ano
Epidemiologia
• Presente em 5 continentes
• Principal étimo das falhas reprodutivas
• Segundo SARTOR et al., 2005 a ocorrência varia com o tipo de exploração, manejo do rebanho, presença do HD
Argentina MA MG PR SC Colômbia Uruguai Venezuel0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
4190
812 5591178
373
1546734 712595 412 510 431
86
1025211 213
14.20
50.74
91.23
36.59
23.06
66.31
28.75 30.00
Soroprevalência em Países da América do Sul, 2004 – 2013
Nº Animais Positivos Percentual (%)
(MOORE et al., 2009; TEIXEIRA et al., 2010; GUDES et al., 2008; CAMILLO et al., 2010; MOURA et al., 2010; CADEÑO & BENAVIDES, 2013; FURTADO et al., 2011; ESCALONA et al., 2010)
Ciclo Biológico• Heteroxeno
Reprodução Sexuada Hospedeiro DefinitivoReprodução Assexuada Hospedeiro Intermediário
HD
HORIZONTAL
Oocisto Não esporulado
Oocisto esporulado
Hospedeiro Intermediário
Taquizoitos
VERTICAL
Ciclo Biológico• Formas Infectantes:
Bradizoitos: estágio de proliferação lenta parasita forma cistos teciduais, principalmente no SNC
• Estágio Intracelular
Taquizoitos: forma de multiplicação rápida multiplica-se no intracelular, formando vacúolos parasitóforos
• Podem virar bradizoitos nos cistos e ficar em latência.
Esporozoito: ingestão do oocistos esporulado os libera na luz intestinal, passa a ser taquizoito
(DUBEY et al., 2003; DYBEY, 1999b)
Ciclo Biológico• A multiplicação assexuada do taquizoito
endodiogenia formam-se 2 novos taquizoitos a partir de um original
• Lise e morte celular, disseminando a infecção, estabelecendo a doença
• Bradizoitos podem permanecer por toda a vida, sem manifestações clínicas
(DUBEY & LINDSAY, 1996)
Imprint de fígado (a) Taquizoito em comparação com a um eritrócito (seta); (b) Taquizoito antes da divisão; (c) Taquizoito após a divisão.
(ANDREOTTI et al., 2003; DUBEY et al., 2007)
Cisto tecidual em um neurônio da medula de um terneiro com infecção congênita; (seta) núcleo da célula hospedeira.
C Oocisto não esporulado. D Oocisto esporulado
Diagnóstico• PCR
Altamente específico e sensível detecta e quantifica a partir da amplificação do material gnômico a partir de tecidos, até mesmo autolisado.
• RIFIPrimeiro teste empregado.
Usa-se o AG (taquizoito), para detectar AC presentes na superfície do parasita.
(COLLANTES-FERNANDEZ et al., 2002)
Tratamento• Toltrazuril-Sulfona
Coccidiostático20 mg/kg SID durante 6 dias
Indisponível no Brasil
• Toltrazuril
Controle e Profilaxia• Objetivo: ações para interromper as vias de
transmissão.
• Evitar ingresso de soropositivos, reduzindo a transmissão vertical
• Controle de hospedeiros definitivos
(ÁLVARES-GARCIA, 2003; DUBEY et al., 2007)
Controle e Profilaxia
• Vacina Nc-Espanha 1HFase de teste na EspanhaCamundongos receberam 5 x 105 taquizoitos,
transmitiram verticalmente apenas em 2,3%Grupo não imunizado, transmitiu 89,1%
(ROJO-MONTEJO et al., 2013)