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O Homem, Deus e o Universo 6 – O LOGOS MANIFESTO (Îshvara)

O Homem, Deus e o Universo Cap VI

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6 – O LOGOS MANIFESTO(Îshvara)

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IntroduçãoApós cada Mahâpralaya, o LogosCósmico Manifesto emerge do Não-Manifesto e prepara o terreno para amanifestação de um novo universo coma criação dos planos cósmicos no qualsão criados inúmeros sistemas solares.Os planos solares de cada sistema solarsão feitos independentemente e commaterial dos planos cósmicos.

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IntroduçãoHá Pralayas menores que atingemsomente globos e cadeias. E há os doismais importantes, o Pralaya solarquando este como um todo chega aofim e o Mahâpralaya quando todo ouniverso é dissolvido e passa ao Não-Manifesto. O período de umMahâpralaya ou a “Grande Noite” é de311.040.000.000.000 anos.

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IntroduçãoOs Logoi Solares são como os raios do LogosCósmico, assim como as Mônadasassociadas a um sistema solar representamos raios de seu Logos Solar.Cada Logos Solar traz consigo do Não-Manifesto todas as Mônadas que com Elese associarão durante o Mahâkalpa.Não entraremos na questão daCosmogênese. Nos preocuparemos sim coma natureza e funções dos Logoi manifestos edas Mônadas.

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IntroduçãoO Logos Cósmico, o Logos Solar e asMônadas têm todos a mesma origem,situação e natureza essencial, diferindosomente no grau de desenvolvimento efunções que desempenham no universomanifesto, diferenças extremamentegrandes.

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IntroduçãoAs Mônadas são como raios dosrepectivos Logoi Solares e estes raiosdo Logos Cósmico, constituindo todosdiferentes aspectos do mistério eternodo “Um e dos “Muitos”. O diagrama aseguir mostra como eles são todos“Um” e “Muitos” ao mesmo tempo ecomo seus veículos de consciênciaestão relacionados em seu aspectoforma.

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Introdução

O Logos Cósmico, os Logoi Solares e as Mônadas

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IntroduçãoO diagrama anterior ilustra os seguintes fatos:

1 - As Mônadas estão ligadas diretamente aosseus respectivos Logoi Solares, mas apenasindiretamente á consciência do Logos Cósmico.Assim, só podem contatar a consciência maior douniverso por meio do Logos Solar.2 - Cada Mônada que desce à manifestação temum mundo próprio, dentro do mundo do LogosSolar, mundo constituído por seus veículos noaspecto forma e com seus diferentes níveis demente, com raízes na consciência do Logos Solar,no aspecto vida.

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Introdução3 - A figura mostra linhas se irradiando dasMônadas porque estas são também Logos empotencial e quando atingirem tal estado, delas seirradiarão novas Mônadas.4 - O mistério da relação entre a Mônada e oLogos Solar é um dos maiores da vida, poisengloba a existência simultânea da unidade eseparação entre ambos. O desvendamento destemistério, ao ser atingida a Auto-Realização, revelanão somente a natureza do relacionamento como Logos Solar mas dá também à Mônada ovislumbre da relação entre o Logos Solar e oLogos Cósmico.

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IntroduçãoVamos agora prosseguir na consideração danatureza e funções do Tríplice Logos (LogosSolar), ainda que estas devam, de maneiraremota e misteriosa, refletir também a natureza eas funções do Logos Cósmico.

O ponto mais importante sobre o Logos Solar ésua natureza tríplice. Como esta tríplice naturezaapareceu? A consideração dessa derivação dosTrês no Um esclarecerá bastante a naturezadesses três aspectos e sua relação mútua bemcomo o vasto número de triplicidadesencontradas por todo o reino da manifestação.

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IntroduçãoA derivação da triplicidade de uma unidade temraízes e pode ser entendida na relação do Eu edo Não-Eu, mencionada ao tratar-se da questãoda Ideação Cósmica no reino do Não-Manifesto.

O Eu é total, completo, auto-suficiente e échamado Sat em sânscrito. No Sat pode ter lugaruma diferenciação devido ao seu poder inerentede projetar para fora de Si alguma coisa que estáoculta Nele, produzindo uma espécie de oposiçãoou polaridade entre o Eu e o projetado, quepodemos chamar de Não-Eu.

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IntroduçãoEsse aspecto do Eu, agora presente como Não-Eu,é chamado de Cit e o aspecto que representa oupertence a seu relacionamento é Ânanda nafilosofia Vedanta, embora Ânanda, em seusignificado usual de bem-aventurança seja umsub-produto ou derivação dessa relação e nãorepresente por completo o aspecto da relação Eue Não-Eu.

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IntroduçãoVisto estar esta palavra profundamente firmadaem nosso pensamento filosófico, temos de tomá-la em seus dois sentidos e continuar a usá-la paraa relação entre o Eu e Não-Eu, ou termo médioligando Sat e Cit.

A diferenciação do Eu e do Não-Eu de Sat éanáloga a da mente que observa um quadro,sendo o quadro o Não-Eu, a mente o Eu e apercepção do quadro a relação que os liga. Taldiferenciação traz à cena a triplicidade de Sat, Cite Ânanda, que está na base do tríplice aspecto doLogos.

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IntroduçãoO ponto importante a ser notado é que Satcontém os outros dois aspectos – Cit e Ânanda,como o percebedor inclui o percebido e apercepção. Sat é auto-suficiente e independente,e assim permanece mesmo quando o Não-Eutenha se separado dele. O Não-Eu, ou o produtodo aspecto Cit. Por outro lado, não é auto-suficiente. Dependente de Sat, o Não-Eu nele seapoia e pode ser outra vez absorvido por Sat. ONão-Eu não pode existir independentemente doEu o qual deve colocar sua atenção no Não-Eupara que o mesmo possa existir.

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IntroduçãoQuanto ao terceiro termo – Ânanda - que serefere à relação entre Sat e Cit ou Eu e Não-Eu, deve depender de Sat e desaparecerquando o Não-Eu for absorvido no Eu.O problema do Eu permanecer total eperfeito quando o Não-Eu tenha seseparado dele é semelhante ao doaparecimento do universo Manifesto saídodo Não-Manifesto, deixando-o total eperfeito.

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IntroduçãoA relação dos aspectos Sat-Cit-Ânanda daDivindade possibilita-nos entender a relaçãomútua e essencial dos três aspectos doLogos. O Logos de um sistema solar concebeum mundo na Mente Divina que se tornabase do aspecto forma do sistema solar.Esse aspecto forma do universo,correspondendo ao Não-Eu, é chamadoBrahman ou o Terceiro Logos.

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IntroduçãoMas um mundo concebido dessa maneiranão pode permanecer independente semque o Logos o anime, assim como umquadro na mente do artista não podepersistir sem que ele o anime com suaatenção. O mundo criado é animado peloLogos chamado Vishnu ou a Vida Imanenteou o Segundo Logos. Este corresponde aoaspecto Ânanda que é o princípio de ligaçãoentre Sat e Cit, o Eu e o Não-Eu.

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IntroduçãoMas o processo de ideação, sendo umprocesso de consciência e não de matéria,não afeta o Logos em si que permanecesempre o mesmo, embora apoiando eimpregnando o sistema solar que preside. Oaspecto do Logos que permanece nãoafetado e independente do mundo quecriou é chamado de Mahesha ou o PrimeiroLogos.

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Introdução

Todas as triplicidades da natureza têm sua origem na tríplicenatureza do Logos.As funções de criação, preservação e destruição do Logos estãoagindo o tempo todo em tudo. Nosso corpo físico, por exemplo, sóse conserva vivo e saudável quando essas três funções agemharmonicamente.

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IntroduçãoA palavra “destruição” não dá uma ideia corretada função de Mahesha. Trata-se de fato de umafunção de grande alcance que melhor pode serdescrita por regeneração, no sentido de provermelhor oportunidade ou ambiente para aevolução. É assim função complementar dacriação e da preservação, e igualmenteimportante. Talvez seja por isso que a funçãodestrutiva do Logos é separada da funçãoregeneradora, mais extensa e benéfica, deMahesha, simbolizada por Rudra.

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IntroduçãoTomemos outra triplicidade importante, a daeletricidade (Fohat), Prâna e Kundalini. São trêstipos distintos de forças atuando no corpohumano, forças que o ocultista tem como reais eque podem ser vistas e manipuladasobjetivamente. Tais forças não sãointerconversíveis. São três forças emanadas doSol das quais o corpo se apropria para suas váriasatividades. Prâna pode existir em cincovariedades e Kundalini é conhecida em váriasformas. Fohat, comumente expressa comoeletricidade pode ser transformada em outrostipos de energia (mecânica, calor etc.).

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IntroduçãoEssas três forças derivam dos três aspectos doLogos, sendo instrumentos de suas respectivasfunções no corpo humano.

Fohat ou eletricidade tem relação com Brahman,Prâna com Vishnu e Kundalini com Mahesha.

Todas as mudanças do corpo físico dependem deFohat ou eletricidade e outras forças afins. Oscinco tipos de Prâna constituem a base davitalidade do corpo, fazendo dele um organismovivo integral.

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IntroduçãoPrâna também possui a função de percepção. Osórgãos do sentido só atuam como instrumentosde percepção quando vivificados por Prâna.

De Kundalini depende o funcionamento edesenvolvimento da consciência no corpohumano.

Somente quando o sādhaka está preparado epossui as qualificações necessárias é que recebeo conhecimento concernente à manipulação deKundalini.

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IntroduçãoDos três aspectos do Logos, Mahesha encontraexpressão em Âdi, Vishnu em Anupâdaka eBrahman no Átmico. Assim, embora os trêsaspectos sejam um só eles absolutamente nãosão idênticos.Qual a diferença entre o Logos Cósmico Não-Manifesto, Maheshvara-Maheshvarî-Tattva eMahesha, a Deidade que preside um sistemamanifesto?O primeiro é o Princípio Universal Não-Manifesto,a fonte oculta dos Planos e Ideação Cósmicospara todos os sistemas manifestos de todas ascategorias.

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IntroduçãoO segundo é uma Deidade manifesta,porém oculta no plano Âdi, que preside umsistema manifesto e, derivando Seu plano epoder do Princípio universal, traz àexistência um sistema manifesto que, dos

bastidores, Ele governa. Vishnu, oSegundo Logos, funcionaativamente e, na verdade, é eleque exerce todos os poderes.

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IntroduçãoA ideação Cósmica do Logos Cósmico Não-Manifesto e a Ideação Cósmica do LogosManifesto podem ser comparadas àimagem produzida numa chapa fotográfica,respectivamente antes e depois darevelação do filme. No primeiro caso aimagem está presente na chapa, mas não sepode discerni-la. Após a revelação, pode-sever a imagem negativa.

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Introdução

FIM