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O Homem, Deus e o Universo 4 - O LOGOS CÓSMICO NÃO-MANIFESTO (Mente Cósmica)

O Homem, Deus e o Universo - Cap IV

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4 - O LOGOS CÓSMICO NÃO-MANIFESTO (Mente Cósmica)

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IntroduçãoA natureza do Logos Cósmico é um dos mais fascinantes conceitos devido aos seus vários aspectos interessantes que constituem alguns dos mais profundos mistérios que fundamentam o universo.

Supõem-se que alguns desses aspectos estejam representados na conhecida forma simbólica de Mahesha (de Maha: grande e Isha: senhor, regente). Tudo o que está associado à forma divina de Mahesha sugere uma função ou atributo do Logos.

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IntroduçãoUm estudo desses símbolos e formas, à luz das doutrinas ocultistas, pode nos facultar um enriquecimento muito grande do conceito da Realidade que constitui a base do Universo manifesto.Os conceitos de Mahesha e Shiva têm sido confundidos, mas são distintos um do outro, ainda que a distinção seja sutil e os conceitos estejam além do reino do intelecto.Trataremos agora de alguns aspectos mais profundos da função exercida pelo Logos Cósmico como deidade que preside o cosmo e sua natureza essencial.

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IntroduçãoO Logos Cósmico tem uma natureza dual:

Por um lado Ele é parte do Eterno Não-Manifesto, como Maheshvara-Maheshvarî-Tattva que é o Princípio Logóico sede da Ideação Cósmica e a fonte de infinitos universos que se sucedem nos ciclos infinitos de Shristi e Pralaya.

Por outro, Sua Consciência é a base suprema do Manifesto, como Viveshvara, a Deidade que preside todo o Universo manifesto, com inúmeras galáxias e sistemas solares.

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IntroduçãoNo primeiro caso Sua Consciência pode ser considerada voltada para o interior e no segundo para o exterior. É esse mistério de sua natureza dual, essa alternância de consciência entre o Manifesto e o Não-Manifesto que se procura representar pelo Damru na simbologia de Mahesha (o símbolo de uma ampulheta)

Mahesha

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IntroduçãoNessa natureza dual pode-se ver a correspondência com a bifurcação dos planos Átmico e Mental. Como esses planos são o campo de reunião desses dois princípios, assim também o plano Âdi pode ser considerado o campo de reunião do Eterno Não-Manifesto e do manifesto.

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Introdução

O Cósmico, o Divino, o Espiritual e o Temporal

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IntroduçãoO Eterno-Não-Manifesto é projetado e refletido no Divino, o Divino é projetado e refletido no espiritual e este o é no temporal.

Devido à projeção e ao reflexo da mesma Realidade em diferentes níveis, encontramos semelhanças e correspondências em toda parte quando examinamos os diferentes níveis de manifestações tanto no macrocosmo quanto no microcosmo.

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IntroduçãoO Eterno-Não-Manifesto é parte do processo de manifestação e é, de fato, protótipo e fonte dos três diferentes níveis de Realidade.

Assim não há sentido em se considerar qualquer distinção entre o Eterno–Não-Manifesto e o Manifesto.

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IntroduçãoO Logos Cósmico é representado nos planos inferiores somente pelos Logoi Solares operando através de seus respectivos sistemas solares. Isso significa que não há uma fonte central no plano físico pela qual Sua vida flua no universo como a vida do Logos Solar flui por meio do sol físico para seu sistema solar.

Contudo Ele é a Divindade que preside o cosmo e Sua Consciência impregna e controla, do interior, todo o cosmo por intermédio dos planos cósmicos.

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IntroduçãoOs planos solares são construídos sobre os planos cósmicos e assim o contato com esses planos pode ser estabelecido somente através da consciência dos seres que operam conscientemente nos planos cósmicos. E tanto quanto sabemos unicamente os Logoi Solares têm condições de funcionar dessa maneira nos planos cósmicos, e é, portanto, somente através da consciência do Logos do Sistema que a Mônada pode contatar os planos cósmicos, caso seja possível. Isso significa que a consciência da Mônada deve funcionar dentro dos limites estabelecidos pela consciência de seu Logos Solar.

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IntroduçãoComo nos diz o Sutra I-25 dos Yoga-Sutras:

“Nele (Ishvara) está o limite máximo de onisciência”

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IntroduçãoMas isso não significa que estamos privados do contato e conhecimento dos Princípios mais elevados, pois todos existem nos níveis mais profundos de nossa consciência, ligados ao Absoluto. O Logos Solar expressa a Consciência do Logos Cósmico e, por isso, contem todos os aspectos da Divindade. Ele é um espelho e foco de vida do Logos Cósmico e, para toda finalidade prática, é o Logos Cósmico para a Mônada ainda não desenvolvida.

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IntroduçãoTentando atingir os níveis mais profundos da Consciência Divina de nosso Logos Solar, entramos em contato, qualitativamente, com a Consciência do Logos Cósmico, mas por maiores que sejam as diferenças de consciência do Logos Solar e do Logos Cósmico, nada significam para nós tamanha a distância que nos separa de ambas as Consciências.

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IntroduçãoConsideremos agora algumas questões interessantes relativas à Sua natureza Não-Manifesta.O Logos Cósmico Não-Manifesto é parte do Eterno-Não-Manifesto e também do Logos Cósmico Manifesto de todo cosmo, e em cada um desses aspectos, ele exerce funções diferentes.O Logos Cósmico Não-Manifesto (Maheshvara-Maheshvarî Tattva) é a fonte da Ideação Cósmica, mas Ideação Potencial e não-ativa, uma projeção, como o começo de um relacionamento sujeito-objeto.

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IntroduçãoÉ potencial, pois está confinada na consciência do projetor e nada existe fora da consciência ainda. O relacionamento ativo sujeito-objeto entra em cena somente quando há um universo manifesto com objetos “reais” nos planos de existência, sendo este o reino do Logos Cósmico Manifesto operando através de inúmeros Logoi Solares em diferentes condições de tempo e espaço.

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IntroduçãoAssim, os dois Princípios fundamentais ocultos no reino do Não-Manifesto atuam do seguinte modo:

Shiva-Shakti Tattva: se ocupa com a geração da força.Maheshvara-Maheshvarî Tattva: se ocupa com a produção do desenho do cosmo.

É provável que os dois estejam intimamente relacionados dependendo da força gerada dos requisitos do plano para ser posta em funcionamento.

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IntroduçãoEsses dois tipos de diferenciação, representados por Shiva-Shakti Tattva e Maheshvara-Maheshvarî Tattva é que inspiram o símbolo da Cruz. A primeira diferenciação nos princípios positivo e negativo é representado por uma linha horizontal entre dois polos:

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IntroduçãoA diferenciação secundária em Eu e Não-Eu, base da Ideação Cósmica é representada por uma linha vertical que denota um impulso para baixo, para a manifestação.

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IntroduçãoA combinação das duas é representada por uma cruz.Essas duas diferenciações são a base do universo manifesto. Daí deriva a importância e santidade da cruz como símbolo universal.

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IntroduçãoPontos importantes

1 - A diferenciação Consciência-Poder precede e é a base da diferenciação Eu/Não-Eu, uma vez que o relacionamento sujeito-objeto origina-se da Consciência como uma diferenciação posterior da Consciência integrada num relacionamento dual e que torna possível a Ideação Cósmica. Isso também requer Poder, pois o impulso para baixo em direção à manifestação significa perturbação do equilíbrio da Consciência integrada. Assim, Shiva-Shakti Tattva é o gerador de Maheshvara. O Logos Cósmico Não-Manifesto é, por isso, denominado de Filho, o que nasce do Pai-Mãe.

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Introdução2 - Ambos, Poder e Ideação Divina, são potenciais e não-ativos nos dois Tattvas Não-Manifestos considerados acima, e não funcionam ativamente enquanto um sistema manifesto não vier a existir como resultado de um impulso posterior para a manifestação completa. Isso se produz pelo aparecimento do Logos Cósmico Manifesto com seus três aspectos e seus inúmeros Logoi Solares, cada um dirigindo seu Sistema Solar independente, mas sob o domínio do Logos Cósmico Manifesto. O plano Âdi é o plano da manifestação do Logos Cósmico Manifesto e é deste plano que Sua Vontade de se manifestar opera e têm lugar as demais diferenciações nos três aspectos, antes que o quíntuplo universo venha a existir.

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Introdução3 - O Logos Cósmico Manifesto no plano Âdi cósmico e suas numerosas expressões na forma dos Logoi Solares nos planos Âdi solares ainda permanecem na base, e estão parcialmente fora dele. Estão no reino da manifestação porque Suas Vontades começaram a trabalhar em seus respectivos campos de manifestação, mas ainda encontram-se ocultos, nos bastidores. O Segundo-Logos, que é o governante ativo, uma espécie de primeiro-ministro, coloca em execução a vontade do rei em seu domínio. É assim Vishnu, ou o Segundo-Logos, que é o Logos inteiramente manifesto. Veremos que a relação entre o Primeiro e o Segundo-Logos reflete os dois princípios mais elevados no homem, seu Âtmâ e seu Buddhi. O Âtmâ é o governante interior, e Buddhi é o agente através do qual sua vontade encontra expressão nos planos espirituais.

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IntroduçãoDurante os estágios mencionados acima, de cima para baixo em direção à manifestação, a cruz mundanal permanece estacionária, até o Terceiro-Logos aparecer em cena para criar os cinco planos seguintes. Esses planos são impregnados por todos os Três Logoi, sendo:

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Introdução

O tríplice Logos e os Planos de Evolução

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IntroduçãoCom a criação dos cinco planos – Átmico, Búdhico, Mental, Astral e Físico – começa a manifestação, o girar da cruz mundanal representada pela Swástica.

Os diferentes estágios de progresso em direção à manifestação podem ser representados como no diagrama a seguir.

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Introdução

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IntroduçãoLEGENDA

1. O Absoluto. A Realidade Suprema não-diferenciada.2. A diferenciação primária em Consciência e Poder.3. A diferenciação secundária em Eu e Não-Eu.4. A combinação das duas diferenciações formando a cruz.5. A cruz girando como representação da manifestação em andamento.6. A cessação do giro quando o plano estiver completo e o poder que lhe foi atribuído estiver esgotado.

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IntroduçãoIsso completa nosso estudo sobre a natureza e funções do Logos Cósmico. Tomemos agora outro assunto: a origem das Mônadas.

De acordo com a Doutrina Ocultista o desenvolvimento das Mônadas é uma das razões, senão a única, pela qual vem a existir o universo manifesto. As Mônadas são eternas e, como resultado desse desenvolvimento, cada uma tem a potencialidade de se tornar um Logos.

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IntroduçãoIsso significa que elas têm a mesma natureza, poderes e potencialidades do Logos Cósmico. Portanto, as Mônadas têm a mesma origem e situação ou importância do Logos Cósmico, sendo como filhos mais novos.O Princípio Espiritual Pai-Mãe é a origem espiritual das Mônadas bem como do Logos Cósmico. Assim, na formação das Mônadas há o Princípio Pai e o Princípio Mãe em ação. Com isso, ao nível da personalidade, podemos apelar para a Fonte Interior e dirigir-se a Ela como Pai e também como Mãe, pois ambos são inseparáveis.

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IntroduçãoEssa é a base da adoração de Shakti em algumas escolas hindus de Ocultismo, que muitas vezes põem o aspecto feminino em destaque, o que também não deve ser feito. Para ter sucesso na adoração, ambos os aspectos devem ser invocados.

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IntroduçãoSe olharmos um elipsoide, usado como símbolo de Shiva-Shakti Tattva, em projeção de topo, somente um foco é visível, ficando o outro oculto da vista por trás do primeiro; o elipsoide aparecerá como uma esfera. Na projeção lateral ambos os focos aparecem, bem como seu relacionamento polar.

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Introdução

FIM