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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Titulo: A abordagem positiva na valorização da identidade dos alunos e alunas negros e negras: uma reflexão junto aos professores da EJA No Colégio Estadual Bento Munhoz da Rocha Netto – Colombo Autor: Adair José Bernardino Disciplina/Área: História Escola de Implementação: Col. Est. Bento Munhoz da Rocha Netto Município da Escola: Colombo Núcleo Regional de Educação:
Área Metropolitana Norte
Professora Orientadora: Wanirley Pedroso Guelfi Instituição de Ensino Superior:
Universidade Federal do Paraná - UFPR
Público Alvo Professores/as de história que trabalham na modalidade EJA
Resumo A presente unidade didática se insere no contexto da implementação da Lei 10.639/03 e pretende se constituir em instrumento metodológico pedagógico para uma abordagem positiva dos conteúdos referentes à História e Cultura Afro Brasileira e Africana em sala de aula. Como meio de investigação e de produção de materiais didáticos utilizaremos momentos de formação sobre a legislação vigente a respeito do tema em questão. A partir do marco legal, pretende-se analisar os fenômenos históricos e sociais que contribuíram para a emergência da referida legislação. Assim, produzimos um material que deve contribuir para uma ação pedagógica que valorize os diversos pertencimentos étnicos, focando os negros, de forma positiva. Esse material se destina num primeiro momento, a professores da EJA, do Colégio Estadual Bento Munhoz da Rocha Netto no município de Colombo – PR e pretende colaborar no processo de formação de professores naquela modalidade, incluindo informações das contribuições dos Movimentos Sociais Negros/as e, associando essas fontes (alunos e movimentos sociais negros) nas aulas de História. O embasamento teórico dessa unidade didática se assenta na metodologia da História de Vida e da História Oral e na produção historiográfica existente sobre o tema. O que se pretende é uma abordagem que contribua para a valorização do pertencimento de sujeitos que, historicamente, tiveram suas identidades negadas nos currículos escolares. Palavras Chaves: Unidade Didática, História e Cultura Afro Brasileira e Africana, Educação de Jovens e Adultos (EJA)
2. APRESENTAÇÃO Com esse material, pretende-se contribuir pedagogicamente com
aos/as professores/as que atuam na disciplina de história na modalidade de
Educação de Jovens e Adultos – (EJA)1. A implementação da Lei 10.630/2003,
enquanto legislação nacional e dos desdobramentos de tal legislação a nível
Estadual, como as Deliberações, Orientações, Instruções Etc., que dizem
respeito a contribuição positiva dos/as afro descendentes e africanos na
formação social, cultural e econômica do Brasil é objeto desse material
pedagógico.
A escolha desse público em especial, para a produção do material, se
justifica por questões sociais e históricas referentes a vários processos de
exclusão da população negra do acesso a políticas públicas educacionais, de
uma forma em geral, e as poucas referências positivas de seu pertencimento
étnico racial como forma de valorização da identidade negra africana nos
conteúdos escolares.
A produção desse caderno temático se justifica também pelas
necessidade encontrada por professores/as em ralação a quase inexistência de
materiais pedagógicos e atividades que tragam abordagens positivas da
contribuição do povo negro brasileiro e afro descendente.
Como indica a imagem abaixo, essa realidade já era questionada no
início do século XX, como pauta do Movimento Social Negro, por políticas de
valorização e da contribuição dessa população em materiais pedagógicos nos
estabelecimentos de ensino em geral.
1 Esse material pode ser também utilizado como contribuição para outras modalidades de ensino e outras disciplinas que queiram utilizar as informações e sugestões de atividades aqui sugeridas. Isso porque a Deliberação nº 04/06 – CEE reafirma que “ O Projeto Político Pedagógico das instituições de ensino deverá garantir que a organização dos conteúdos de todas as disciplinas da matriz curricular contemple, obrigatoriamente, ao longo do ano letivo a História e Cultura Afro Brasileira e Africana na perspectiva de proporcionar aos alunos uma educação compatível com uma sociedade democrática, multicultural e pluriétnica (Art. 2º.)”
Reportagem sobre inexistência da contribuição negra nos livros didáticos Fonte: Revista Caros Amigos. Nº. 191. Fevereiro de 2013.
Segundo Ana Célia Silva, que tem realizado significativas pesquisas
sobre a discriminação de negros e negras no livro didático, esse material:
[...] de modo geral, omite o processo histórico cultural, o cotidiano e as experiências dos segmentos subalternos da sociedade, como o índio, o negro, sua quase total ausência nos livros e a sua rara presença de forma estereotipada concorrem, em grande parte, para o recalque da sua identidade e auto-estima. Não é apenas o livro o transmissor de estereótipos. Contudo é ele que, pelo seu caráter de “verdadeiro”, pela importância que lhe é atribuída, pela exigência social do seu uso, de forma constante e sistemática, logra introjetar na mente das crianças, jovens e adultos, visões cristalizadas da realidade humana e social. A identificação da criança com as mensagens dos textos concorre para a dissociação da sua identidade individual e social. ( 2004, p.51)
Daí a necessidade de pesquisas e de produção de materiais didáticos
que apresente referenciais positivos do povo negro, para que os/as
educandos/as se mirem positivamente nesses referenciais no processo de
construção de sua identidade como negro e negra. Conforme Art. 2º da
Deliberação 04/06 que:
Ao tratar da História da África e da presença de negros (pretos e pardos) no Brasil, devem os professores fazer abordagens positivas, sempre na perspectiva de contribuir para que o aluno negro-descendente mire-se positivamente, quer pela valorização da história de seu povo, da cultura de matriz africana, da contribuição para o país e para a humanidade (Deliberação 04/ 2006/CEE, Art. 2º. Parágrafo único)
As acentuadas desigualdades educacionais entre a população negra em
relação a população branca, são evidenciadas em estudos de diversos/as
pesquisadores/as como (Hasenbalg, 1987; Hasenbalg e Silva, 1990;
Rosemberg, 1998; Jaccoud e Beghin, 2002) entre outros. Em todos os níveis
de ensino, estes estudos apontam desigualdades significativas, (vide ilustração
1, p. 8) e tornam-se mais explicitados nos níveis de ensino mais elevados como
apontam os mesmos estudos.
Nesse sentido, esse material pretende contribuir junto aos
educadores/as da disciplina de história, no sentido de trazer referenciais
positivos, a partir da indicação e discussão de materiais pedagógicos (livros,
músicas, filmes, sítios, jornais, revistas, entre outros paradidáticos), que trazem
referências a Lei 10.639/03. O material faz referencias a personalidades,
entidades e associações do movimento negro que contribuíram e contribuem
de forma positiva para o entendimento e a valorização da contribuição aos
negros afro-descendentes e africanos para a formação econômica, social e
cultural do povo brasileiro e da humanidade.
3. UNIDADE TEMÁTICA: IDENTIDADE E MOVIMENTOS SOCIAIS NEGROS
3.1 – Legislações Contemporânea
Quando comparamos o desempenho escolar de crianças negras e
brancas, com mesmo nível de renda familiar e de participação no mercado de
trabalho, os dados apontam para um atraso escolar significativamente maior
entre a população negra (ROSEMBERG, 1998), o que nos leva a concluir que
o sistema de ensino discrimina de forma direta essa população.
A partir dessa análise e tendo como referência, os dados atuais sobre
analfabetismo, bem como a existência, ainda hoje, de uma expressiva
demanda de educação de jovens e Adultos no Brasil, infere-se que a
população negra ocupa grande percentual dessa demanda. Do ponto de vista
das políticas públicas de atendimento a EJA, que vão desde investimentos
nessa modalidade de ensino, passando pela formação de professores/as e
culminando em práticas pedagógicas ainda compensatórias, (Bernardino,
2008b), entende-se que existe um sistema que produz e reproduz um
silenciamento e um processo de invisibilização dessa realidade.
Observe o gráfico a seguir, pensando a seguinte questão: Quais leituras
são possíveis de fazer a partir dele?
Ilustração 1: Gráfico da desigualdade educacionais entre população negra e parda em relação a população branca nas ultimas décadas.
A situação apresentada no gráfico, culmina na reprodução de um
sistema educacional que segundo Silva e Gomes (2006) reafirmam os alto
índice de analfabetismo que atinge de forma mais acentuada a população
negra no Brasil.
Diante dessa realidade e de outros indicadores sociais em diversas
áreas, a população negra sempre está em desvantagem em relação a
população não negra, na saúde, moradia, emprego, entre outros. Foi a partir
da organização e da pressão dos diversos movimentos negros organizados,
PROFESSOR/A
1) ANALISE OS DADOS DO GRÁFICO ABAIXO, SOBRE AS DESIGUALDADES EDUCACIONAIS NO BRASIL.
2) ORGANISE COM SEUS ALUNOS UMA DISCUSSÃO SOBRE OS PRINCIPAIS MOTIVOS HISTÓRICOS DESSA DESIGUALDADE E COMO ESSA REALIDADE É VIVENCIADA OU PERCEBIDA NA COMUNIDADE ONDE A ESCOLA ESTÁ INSERIDA
3) PRODUZA UM MATERIAL (CARTAZES, POEMAS, ETC.) COM SEUS/AS ALUNOS/AS SOBRE ESSA TEMÁTICA.
Gráfico da desigualdade educacionais entre população negra e parda em relação a população branca nos períodos de 1991, 2000 e 2010
depois da segunda metade do século XX, é que começaram a ser discutidas
políticas afirmativas para essa população.
É nesse cenário que em 2003 é promulgada a Lei 10.639 que altera a
Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 e institui a Obrigatoriedade do
Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Essa Lei representa um
importante passo no âmbito educacional para a população negra em geral.
Esse processo de lutas, por políticas educacionais é relevante, pois
contemplam as contribuições positivas do continente africano e do povo afro
brasileiro na construção da identidade nacional nos currículos das instituições
educacionais.
Essa preocupação é reafirmada no Parecer 003/2004 que institui as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais
e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, quando
reafirma que esse:
Documento procura oferecer uma resposta, entre outras, na área da educação, à demanda da população afro-descendente, no sentido de políticas de ações afirmativas, isto é, de políticas de reparação e de reconhecimento e valorização de sua história, cultura, identidade ( PARANA, 2005, p.18 )
A Lei Nº. 12.288/2010, que institui o Estatuto da Igualdade Racial, é
outro importante marco legal na história do Brasil, destinado a garantir à
população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos
direitos étnicos individuais, bem como o combate a discriminação.
Dessa forma, para conhecimento, estudos e discussões, listamos os
principais marcos legais que respaldam e reafirmam a importância da
contribuição positiva do povo negro afro descendente nos currículos escolares
LEI INSTÂNCIA
FEDERATIVA
ANO DE PUBLICAÇÃO
Lei Nº. 10.639 Presidência da
República
2003
Resolução Nº. 01 CNE 2004
Parecer Nº. 03 CNE 2004
Deliberação Nº. 04 CEE 2006
Portaria Nº. 08 CEE 2006
Lei Nº. 11.645 Presidência da
República
2008
Instrução Nº. 017 SUED/SEED 2006
INDICAÇÃO DE LEITURA
3.2 Movimentos Sociais Negro
Desde a chegada dos primeiros negros e negras que foram
escravizados/as no Brasil já no século XVI, inúmeros movimentos de
resistência à escravização dessa população surgiram. Esse processo de
resistência negra se deu através da organização dessa população em
Quilombos, irmandades, fugas, revoltas entre outras formas de resistência, que
desconstrói as muitas versões que apresentam essa população como passiva
e estereotipada, frente ao processo de escravização no Brasil. Esses
movimentos ocorriam no espaço urbano e rural.
Nesse trabalho utilizaremos os conceitos Escravizados e escravização, pois segundo Harkot-de-La-Taille e Santos (2010): Para eles, [...]o verbo que acompanha a palavra escravo é ser, enquanto estar é pedido por escravizado. No primeiro caso, ser remete à permanência, enquanto estar, à transitoriedade. Estar escravizado instaura tensão entre a continuação e a mudança, diferentemente de ser escravo, que se fecha na estabilidade e na manutenção da condição. Just semantics? Pode o leitor ou a leitora perguntar. De modo algum, quando se observa que o modo de dizer contribui com os efeitos de sentido proporcionados pelo dito. Referir-se a pessoas escravizadas como numa situação permanente ou transitória é, por si só, um modesto ato político que poderá contribuir para a manutenção do status quo ou para o empoderamento do oprimido.” (p. 10) Elizabeth Harkot-de-La-Taille e Adriano Rodrigues dos Santos Sobre Escravos E Escravizados: Percursos Discursivos Da Conquista Da Liberdade
Para implementação da legislação sugerimos algumas leituras: 1. ABRAMOVAY, Miriam de e CASTRO Mary Garcia. Relações raciais na escola: reprodução de desigualdades em nome da igualdade / coordenação. —Brasília: UNESCO, INEP, Observatório de Violências nas Escolas, 2006. 2. SILVA JUNIOR, Helio. Discriminação Racial nas Escolas: Entre a Lei e as práticas sociais. Brasília, UNESCO, 2002
Professores/as!! Selecione trechos de textos desses livros. Trabalhe-os com seus/suas alunos/as
3.2.1 – Movimento Negro no Campo
No Brasil existem milhares de comunidades de remanescentes de
quilombos. Essas comunidades são exemplos de resistência desse povo
contra o processo escravizador e suas conseqüências ainda hoje percebidas
fortemente na sociedade brasileira. Entre os mais antigos e conhecidos
quilombos, podemos destacar o de Palmares.
O Estado do Paraná, tido até pouco tempo como estado “europeu”,
sabe-se que temos 37 comunidades certificadas pela fundação cultural
Palmares e mais de 40 identificadas como comunidades tradicionais negras.
Observe o mapa abaixo e a relação de Comunidades de
Remanescentes de quilombos, pensando a seguinte questão:
Seria o Paraná um Estado essencialmente europeu ?
Mapa das populações negras tradicionais e comunidades quilombolas no Estado do Paraná.
Fonte: ITCG: Instituto de terras cartografia e Geociências. http://www.itcg.pr.gov.br/arquivos/File/Quilombolas_2010/Populacao_Negra.pdf acesso em 29-10-2013 RELAÇÃO DAS COMUNIDADES DE REMANESCENTES DE QUILOMBOS. COMUNIDADE MUNICÍPIO Comunidade Remanescente Quilombola João Surá Adrianópolis Comunidade Remanescente Quilombola Praia Do Peixe
Adrianópolis
Comunidade Remanescente Quilombola Porto Velho Adrianópolis Comunidade Remanescente Quilombola Sete Adrianópolis
Barras Comunidade Remanescente Quilombola Córrego Das Moças
Adrianópolis
Comunidade Remanescente Quilombola São João Adrianópolis Comunidade Remanescente Quilombola Corrego Do Franco
Adrianópolis
Comunidade Remanescente Quilombola Estreitinho Adrianópolis Comunidade Remanescente Quilombola Três Canais
Adrianópolis
Comunidade Remanescente Quilombola Do Varzeão
Doutor Ulysses
Comunidade Remanescente Quilombola De Areia Branca
Bocaiúva do Sul
Comunidade Remanescente Quilombola Palmital Dos Pretos
Campo Largo
Comunidade Remanescente Quilombola Da Restinga
Lapa
Comunidade Remanescente Quilombola Do Feixo Lapa Comunidade Remanescente Quilombola Da Vila Esperança
Lapa
Comunidade Remanescente Quilombola Rio Verde Guaraqueçaba Comunidade Remanescente Quilombola De Batuva Guaraqueçaba
Comunidade Remanescente Quilombola De Mamãs Castro Comunidade Remanescente Quilombola Da Serra Do Apon
Castro
Comunidade Remanescente Quilombola Do Limitão Castro Comunidade Remanescente Quilombola Do Tronco Castro Comunidade Remanescente Quilombola Do Sutil Castro
Comunidade Remanescente Quilombola De Santa Cruz
Castro
Comunidade Remanescente Quilombola Despraiado Candoi Comunidade Remanescente Quilombola Vila Tomé Candoi Comunidade Remanescente Quilombola Cavernoso Candoi Comunidade Remanescente Quilombola Invernada Paiol De Telha
Pinhão
Comunidade Remanescente Quilombola Adelaide Maria Da Trindade Batista
Palmas
Comunidade Remanescente de Quilombo Castorina Maria Da Conceição - (Fortunato)
Palmas
Comunidade Remanescente Quilombola Campina Dos Morenos
Turvo
Comunidade Remanescente Quilombola São Roque Ivaí/Imbituva Comunidade Remanescente Quilombola Rio Do Meio
Ivaí/Imbituva
Comunidade Remanescente Quilombola Manoel Ciriaco Dos Santos
Guairá
Comunidade Remanescente Quilombola Apepú São Miguel do Iguaçú Comunidade Remanescente Quilombola Água Morna
Curiúva
Comunidade Remanescente Quilombola Guajuvira Curiúva Fonte: Grupo de Trabalho Clovis Moura. http://www.gtclovismoura.pr.gov.br/ acessado em 29-10-2013.
ATIVIDADE:
Organize com seus alunos e alunas um trabalho de pesquisa sobre a História
da formação e organização dessas comunidades. Sugestão de fontes de
pesquisa:
1) http://www.gtclovismoura.pr.gov.br/
2) http://www.palmares.gov.br/
3) Relatório GT Clovis Moura. Terra e Cidadania: Terras e territórios
quilombolas. Relatório 2005-2008. Produzido por Instituto de Terras,
Cartografias e Geociências – ITCG. 2008. Disponível também na forma
digital em
:http://www.gtclovismoura.pr.gov.br/arquivos/File/Relat20052008ITC.pdf.
3.2.2 – Movimento Negro Urbano
Desde a chegada dos primeiros africanos escravizados no Brasil
coexistiram junto ao processo de escravização, movimentos de resistência ao
longo de toda nossa história brasileira, de 1500 aos dias atuais. Esses
movimentos ocorriam tanto no campo quanto na cidade. Após a abolição, no
final do século XIX, o governo brasileiro (num primeiro momento a monarquia e
depois a república) não construiu nenhuma política de integração dessa
população à sociedade, deixando negros e negras a sua própria sorte. Essa
inexistência de políticas de atendimento à população negra, produziu (e ainda
produz), ao longo de décadas, desigualdades sociais perversas,
impossibilitando aos/as negros/as o acesso a políticas públicas essenciais a
COM O MATERIAL DA PESQUISA, O/A PROFESSOR/A PODE
REALIZAR UMA EXPOSIÇÃO DOS RESULTADOS NO COLÉGIO
PARA CONHECIMENTO DE TODA COMUNIDADE ESCOLAR
sua existência material e simbólica, bem como aos bens produzidos por essa
sociedade.
Durante esse período, além dos Clubes sociais para negros e negras,
organizações para formação política e cultural como a FNB (Frente Negra
Brasileira), fundada em São Paulo nos anos de 19302, o TEM (Teatro
Experimental do Negro), que alfabetizou centenas de pessoas também nas
décadas de 30 e 40 do século XX, entre outros em várias partes do país foram
muito importantes no processo de valorização e fortalecimento do Movimento
Social Negro.
No Estado do Paraná, com a efervescência dos movimentos sociais nas
décadas de 60 e 70, surgiram também de forma mais visibilizada movimentos
negros que lutavam contra a discriminação dessa população em várias frentes.
Alguns desses movimentos se fortaleceram com as discussões frente ao
centenário da abolição no Brasil em 1988 e das ações da Campanha da
Fraternidade que foram o centenário.
Cartaz da Campanha da Fraternidade – CNBB -1988
Com a mobilização nacional pelo Centenário da abolição da escravatura
no Brasil e pela organização das pastorais e da igreja católica, discutindo com
alguns grupos organizados de negros e negras, no Paraná tivemos a partir
2 A FNB na época, além de um grupo de negros e negras que se encontravam para discussões políticas, chegou a criar escolas para alfabetização de crianças, jovens e adultos que eram sócios.(VELASCO, 2009),
Com o tema: “Ouvi o clamor deste povo”, Fraternidade e o Negro, a campanha trouxe alguns elementos importantes para a discussão a respeito das desigualdades em relação a população negra no Brasil. O centenário da abolição foi um momento de formação de várias entidades do movimento negro, tanto a nível nacional como também no Estado do Paraná. - Pesquise com seus/as alunos/as quais outras atividades foram realizadas no Paraná em alusão ao Centenário da Abolição da escravidão.
desse processo a criação ou a expansão de algumas entidades do movimento
tais como:
- ACNAP: Associação Cultural de Negritude e Ação Popular, fundada em 28
de Janeiro de 1990. Essa associação tinha como objetivo discutir políticas
públicas para a população negra principalmente na área da cultura e
educação;
- IPAD Brasil – Instituto de Pesquisa da Afrodescendencia;
- UNEGRO União de Negros pela Igualdade;
-Centro Cultural HUMAITA;
- O MNU Movimento Negro Unificado, entre outros em Curitiba, Região
Metropolitana e interior do Estado do Paraná.
Junto a esses movimentos temos também como territórios de resistência
da cultura e da religiosidade os terreiros de Candomblé e de Umbanda. Em sua
grande maioria são locais religiosos de Matriz Africana, mas desenvolvem
várias atividades sociais voltadas a discussão de políticas publicas para a
população negra nas regiões e bairros onde se encontram.
Muitas das festas populares brasileiras, como a Congada e o Maracatu,
remetem ao período colonial e eram consideradas espaços de sociabilidade
aproveitados pelos africanos escravizados, para celebrarem suas tradições e
manterem suas identidades culturais. Assim, em diversas festas brasileiras é
possível encontrar instrumentos musicais de origem africana, símbolos
relacionados a antigos reinos do continente, materializados no núcleo através
de máscaras, bandeiras e vestimentas
TANTO AS COMUNIDADES DE REMANESCENTES DE QUILOMBOS, AS
COMUNIDADES TRADICIONAIS NEGRAS, AS ENTIDADES DO
MOVIMENTO NEGRO URBANO E DO CAMPO, OS TERREIROS DE
CANDOMBLÉ E DE UMBANDA COMPOM O QUE SE PODE DENOMINAR
DE MOVIMENTO NEGRO OU NEGROS EM MOVIMENTO.
Observe as imagens abaixo. São ilustrações de atividades de grupos
que se organizam coletivamente em fóruns, conferências, seminários e
congressos como forma política de reivindicação da superação das
desigualdades raciais e sociais existentes hoje em nosso país, bem como na
construção de uma sociedade com mais igualdade de direitos e participação
social de todos os grupos.
Faça uma pesquisa com seus alunos e alunas a respeito da realidade da população negra no município e no bairro onde se encontra a escola. Para orientar a pesquisa algumas informações são importantes:
a) Existem gráficos indicadores da realidade da população negra no município? Faça uma busca e registre.
b) Existem fontes históricas a respeito da contribuição dessa população na formação social, cultural, econômica e política do município? Quais? Registre.
c) Existe centros de referências e/ou entidades do movimento negro realizando atividades nas mais diversas áreas do conhecimento humano no município? Quais ? Registre.
d) Se puder faça relação interdisciplinar com outras áreas do conhecimento
PROFESSOR/A: Organize com seus/as colegas projetos interdisciplinares sobre o tema.
Analise as imagens abaixo e elabore um roteiro para discussão com seus/as
alunos/as.
Fonte: Centro Cultural Humaitá Cartaz do X Encontro do Fórum Paranaense de http://informativohumaita.wordpress.com/abolisome educação e Diversidade étnico-Racial do Paraná Acessado em 30-10-2013 Paraná Foto: acervo pessoal do autor
São estes alguns dos eventos protagonizados pelas entidades do Movimento
Negro como forma de superação do racismo ainda hoje fortemente presente na
sociedade brasileira.
PARA ALEM DO DIA 20 DE NOVEMBRO, (Dia Nacional da consciência negra)
QUE ATIVIDADES PODEMOS PENSAR EM NOSSAS ESCOLAS NO
SENTIDO DE VALORIZAÇÃO DA CULTURA NEGRA AFRO DESCENDENTE
DE FORMA DIALOGADA COM OUTRAS ÁREAS DO CONHECIMENTO?
Outra forma de manifestação e de resistência do povo negro no Brasil
são as publicação em jornais, revistas e periódicos. Exemplificando, o Getulino
PROFESSOR/AS: PENSE NISSO
foi um dos primeiros jornais a denunciar a ausência da memória negra nos
livros. Foi um jornal distribuído todos os domingos, em Campinas e região,
além de ouro fino e Rio de Janeiro. Nas cidades onde havia ferrovias, o jornal
chegava a Lavras, em Minas Gerais e Socorro no interior de São Paulo com
tiragem de 1500 exemplares. A publicação durou até 1925.
Jornal Getulino. Fonte: Revista Caros Amigos. Nº. 191. Fevereiro de 2013. Foto: Acervo Pessoal do outor.
Entre tantas outras publicações, recentemente no Estado do Paraná
tivemos o lançamento do jornal “A voz do Povo Negro”. Essa publicação
pretende entre outras questões, “informar, formar e divulgar as questões
atinentes a essa população.” (Jornal a Voz do Povo Negro, Ano I, nº. 1, Ago.
2013 p. 1)
Capa do Jornal: A Voz do Povo Negro. Ano I nº.1 Ago. 2013.
3.3. Algumas personalidades Negras na História Do Brasil
“Identidade passa pela cor da pele, pela cultura, ou pela produção cultural do negro; passa pela contribuição histórica do negro na sociedade brasileira, na construção da economia do país com seu sangue; passa pela recuperação de sua história africana, de sua visão de mundo, de sua religião”. (MUNANGA, Kabenguele. Dossiê sobre o Negro, Revista da USP, 1998.)
O objetivo desse tópico é apresentar algumas personalidades negras na
história do Brasil, que ao longo da formação social, cultura, política, econômica
e histórica de nosso país, tiveram negada sua contribuição para a formação da
sociedade brasileira. São Negros e negras invisibilizados/as pela história.
A importância dessas contribuições para que os/as alunos/as negros/as
é de constatar conhecimentos relevantes desses referenciais desses/as
negros/as em outros campos que não somente no esporte e o musical, mas de
engenheiros/as, músicos cientistas entre outros/as, para o fortalecimento de
seu pertencimento étnico racial, bem como conhecimento da história de seu
povo.
Para os/as não negros/as e a sociedade como um todo, é fundamental
também dissolver da ciência européia.
Busca ressaltar nomes relevantes tanto para alunos/as negros/as, tanto
para a sociedade em geral
Nesse primeiro número do Jornal, podemos encontrar informações sobre situações de racismo na literatura brasileira, racismo e preconceito de taxistas em Curitiba, avaliação dos 10 anos da Lei 10.639/03, informações sobre o Fórum de Educação e Diversidade Étnico-Racial, as discussões sobre o Feriado de 20 de Novembro em Curitiba e a III Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial. Esse pode ser um importante instrumento pedagógico para discussões em sala de aula a respeito da questão racial no Brasil e no Paraná
Zumbi dos Palmares
Placa sob a base da escultura de zumbi dos Palmares na Praça da Sé no centro de Salvador de autoria da artista plástica baiana Márcia Magno. Fonte: Fotografia acervo pessoal do autor
Zumbi nasceu livre no ano de 1655, na Serra da Barriga, Capitania de Pernambuco, atual União dos Palmares, Alagoas. Foi preso e Degolado no dia 20 de novembro de 1695. Zumbi é considerado um dos grandes líderes de nossa história. Símbolo da resistência e luta contra a escravidão, lutou pela liberdade de culto, religião e prática da cultura africana no Brasil Colonial. O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência Negra. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Zumbi_dos_Palmares
Irmãos Rebouças: os engenheiros que fizeram história em Curitiba
A Câmara Municipal vem realizando um levantamento biográfico sobre as pessoas que nomeiam as ruas de Curitiba. O projeto, desenvolvido pela Assessoria de Comunicação, foi motivado por outra pesquisa do setor, que buscou dados sobre a atuação da Casa desde a sua criação, em 1693, junto com a fundação da cidade. O trabalho resultou na seção “Aconteceu”, no site do Legislativo, que diariamente traz fatos históricos a respeito dos debates, leis e curiosidades da capital ao longo destes séculos. E nesta nova proposta, determinadas efemérides merecem atenção especial. Na semana em que se comemorou o Dia do Engenheiro, 11 de dezembro, a Câmara rememora aspectos biográficos dos engenheiros Rebouças. Se hoje Curitiba é a capital do estado do Paraná, tal fato se deve ao empenho e à perseverança de dois irmãos nascidos na Bahia, ambos engenheiros: Antônio e André Rebouças. Filhos de Antonio Pereira Rebouças, os irmãos tornaram-se engenheiros militares e chegaram a estudar na Europa, apesar das limitações culturais, políticas e econômicas impostas aos negros naquele período. Depois de trabalhar em obras públicas no Rio de Janeiro, André se torna um “voluntário da pátria” e segue para o conflito contra o Paraguai, no qual chegou a participar da Batalha de Tuiuti. Os dois irmãos sempre se esforçaram por apresentar projetos e soluções que visassem a melhoria das condições de vida da população, como foi o caso da distribuição de água no Rio de Janeiro. Sempre enfrentaram percalços de natureza burocrática ou preconceituosa (em razão do fato de serem negros). Apesar disso, foram eles, por exemplo, os responsáveis por estudos e soluções técnicas que viabilizaram a construção da estrada de ferro que liga Paranaguá a Curitiba. Graças a ambos, o projeto que se reputava infactível, revelou-se promissor e Curitiba pôde reunir condições para tornar-se a Capital do estado. Os irmãos Rebouças não participaram da execução das obras da estrada, mas elas foram realizadas entre os anos de 1880 e 1884. Ao longo de seu percurso existem pontes e túneis cuja precisão e ousadia atraem turistas de todo o mundo até hoje. A construção da estação ferroviária em Curitiba alavancou o desenvolvimento da cidade, que, até meados dos anos 80 do século XIX, não ia muito além da Rua Marechal Deodoro, então conhecida como Rua do Imperador. A nova estação, que teve a localização sugerida pela Câmara de Vereadores, fez surgir a Rua da Liberdade, posteriormente batizada como Barão do Rio Branco, cuja importância econômica só rivalizava com a Rua do Mato Grosso, atual Comendador Araújo. A presença de dois prédios públicos na Rua da Liberdade (Palácio da Liberdade, sede do executivo estadual, e Palácio do Congresso, sede do Legislativo) emprestou à rua uma importância que se consolidaria com a inauguração, em 1912, do prédio do Paço, na Praça Municipal (hoje Generoso Marques). A região localizada atrás da Estação Ferroviária ganhou contornos industriais com a instalação de fábricas diversas. A presença de extensas vias ligando esta região à parte sul da cidade fez com que ela também ganhasse importância estratégica. A administração pública de Curitiba homenageou os irmãos Rebouças batizando não só uma das ruas dessa região com o nome de Engenheiros Rebouças, mas toda a região. Hoje, o bairro Rebouças é uma das localidades mais valorizadas de Curitiba e sua importância histórica é inegável para o entendimento da dinâmica da cidade. Cada passo para a consolidação da capital apresentou seu grau de dificuldade, mas iniciativas de engenheiros
como os irmãos Rebouças foram imprescindíveis. E eles foram apenas dois exemplos da extensa lista de profissionais engenheiros que contribuíram para a determinação dos contornos da cidade. O nome dos Rebouças sintetiza o espírito empreendedor e ousado que sempre orientou os engenheiros que trabalharam em Curitiba, daí a lembrança de seus nomes por ocasião do Dia do Engenheiro. (http://www.cmc.pr.gov.br/ass_det.php?not=19662 acessado em 28 de out. de 2013
O pai e seus dois filhos Antonio e André Rebouças. Na capital imperial os meninos tiveram educação exemplar e logram estudar na Escola Militar onde são matriculados em março de 1854 e depois na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, onde Antonio passa a se destacar fazendo com distinção os exames exigidos para o curso de Engenharia. Antonio e André dedicaram-se por dois anos – 1861 e 1862 – aos estudos de Engenharia em Caminhos de Ferro e Portos de Mar, na França e na Inglaterra. Voltam para o Brasil em fins de 1862, chegando ao Rio de janeiro e no mesmo ano Antonio é nomeado para inspecionar as obras das fortificações de Santos, Paranaguá e Santa Catarina. Fonte:http://www.geledes.org.br/patrimoniocultural/literariocientifico/ciencias/engenharia/9932-a-saga-dos-engenheiros-reboucas Acesso: em 28 de out. de 2013.
Com base no texto extraído da página da Câmara Municipal de Curitiba, organize
com seus/as alunos/as discussões acerca da importância dos irmãos Rebolcas
para a formação econômica de Curitiba e do Paraná. Para orientar a discussão
sugerimos algumas questões:
- Porque temos poucas referencias dos irmão Rebolcas como negros engenheiros nos
livros didáticos ?
- Quais foram suas as principais obras e sua importância econômica e política para o
Paraná.
- Organize outras questões de acordo com a realidade da comunidades escolar para
subsidiar a discussão.
- Elabore formas de publicizar o resultado das discussões para a comunidade escolar.
Com relação as personalidades negras na história do Brasil, entre outras podemos citar ainda:
Francisco José do Nascimento: Conhecido como Dragão do Mar, apelido recebido em decorrência de sua luta contra a embarcação de escravizados do Pará para a região sudeste do Brasil Dandara: Grande guerreira na luta de libertação do povo Negro. Companheira de Zumbi, lutou em palmares. Dandara morreu em 1694, lutando para defender o Quilombo dos Macacos, que era um mocambo que pertencia ao quilombo dos Palmares. Luíza Mahin Foi protagonista importante na revolta dos Malês. Para alguns estudiosos, se a revolta tivesse alcançado os objetivo, Mahin teria sido rainha da Bahia. Instituindo um reinado em terras brasileiras. Carolina Maria de Jesus:
Abdias do Nascimento: Nasceu em Franca, SP, em 1914. engaja-se na Frente Negra Brasileira (FNB) já na década de 30, lutando contra a segregação racial em estabelecimentos comerciais, desenvolve processo de luta contra o racismo quando organiza o Congresso Afro Campineiro em 1938. No inicio da década de 40 funda o Teatro Experimental do Negro (TEN). Foi um importante intelectual e ativista do Movimento Negro. Faleceu em Maio de 2011. Lélia Gonzáles: Intelectual, militante e feminista negra. Graduada em História e Filosofia; pós graduada em Comunicação e Antropologia. Foi fundadora do Movimento Negro Unificado – MNU. Nasceu em 1935 em Belo Horizonte e
Faleceu em 1994 no Rio de Janeiro. Foi uma das intelectuais mais importante para o debate sobre questões de raça, gênero e classe no Brasil. Milton Santos: Grande intelectual da Geografia humana, destacou-se em trabalhos e estudos sobre urbanização e terceiro mundo, foi um dos grandes nomes da renovação da geografia no Brasil já a partir da década de 70 do século XX. Nasceu em Brotas de Macaúbas em 3 de maio de 1926 e faleceu em 24 de junho de 2001. João Candido (Almirante Negro): Líder da Revolta da Chibata em 1910. Nasceu em 1880 no Rio Grande do Sul. Filho de escravizados, já com 13 anos de idade lutou na Revolução Federalista de 1893 no Rio Grande do Sul. Teve intensa participação em outros movimentos e na vida política brasileira. Faleceu em Dezembro de 1969. Machado de Assis Joaquim Maria Machado de Assis: Nasceu no Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839. Foi um escritor amplamente considerado como o maior nome da literatura nacional. Escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista, e crítico literário. Testemunhou a mudança política no país quando a República substituiu o Império e foi um grande comentador e relator dos eventos político-sociais de sua época. Morreu em 29 de setembro de 1908. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Machado_de_Assis#Morte. Acesso em 09/12/2013. Chiquinha Gonzaga nasceu no Rio de Janeiro, 17 de outubro de 1847. Foi a primeira chorona, primeira pianista de choro, autora da primeira marcha carnavalesca com letra ("Ô Abre Alas", 1899) e também a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. No Passeio Público do Rio de Janeiro, há uma herma em sua homenagem, obra do escultor Honório Peçanha. Era filha de José Basileu Gonzaga, general do Exército Imperial Brasileiro e de Rosa Maria Neves de Lima, uma negra muito humilde. Faleceu em 28 de fevereiro de 1935. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Chiquinha_Gonzaga. acesso em 09/12/2013. Estas são algumas das principais personalidades negras no Brasil, dentre muitas outras de também grande importância e contribuição nas discussões sobre a realidade da população negra Brasileira, bem como superação do Racismo e preconceito. Seria interessante realizar com alunos/as uma pesquisa sobre outros/as negros/as tanto a nível nacional, quanto em nível estadual que tem desenvolvido trabalhos e ações e discussões significativas para esse campo de pesquisa.
4. AVALIAÇÃO A avaliação diz respeito a aplicabilidade do material nas aulas de
história, bem como as possibilidades de desenvolver projetos interdisciplinares
na comunidade escolar. Outro elemento importante diz respeito a metodologia
de utilização das informações aqui presentes. Elas devem ser tratadas de
forma positivada e/ou explicativa dos fenômenos históricos para o
entendimento dos processos de estruturação e/ou reestruturação das
condições materiais e imateriais dos/as negros/as. Isso para que os/as
alunos/as negros e negras em sala de aula possam se identificar
positivamente.
Todo esse processo se dará de forma coletiva junto aos/as
professores/as de história que trabalham na modalidade EJA. Nesse sentido, a
formação que os/as professores/as tem acerca da temática é ponto importante
para início da discussão. É a partir desse conhecimento e da formação previa
acerca da legislação que se pautará o processo.
Outro elemento importante na avaliação está focada em metodologias
possíveis para a discussão como modalidade e enquanto realidade, onde a
comunidade escolar está inserida. Por fim o material poderá se constituir em
outras possibilidades metodológicas e/ou pedagógicas a partir das contribuição
advindas da interação e da discussão com os/as professor/as.
5. SUGESTÕES DE MATERIAIS DE APOIO PEDAGÓGICO 5.1. Filmes e Documentários
Os filmes e documentários abaixo sugeridos podem ser utilizados como
subsídio de apoio para o trabalho pedagógico no sentido de discussão e
produção de materiais que colaborem no sentido do entendimento das
estruturas sociais e históricas que produziram as relações de discriminação e
racismo fortemente presente na sociedade brasileira. Outro objetivo é contribuir
para uma abordagem positiva da contribuição de negros e negras para a
formação cultural, social, econômica e política do Brasil e do mundo.
A utilização dos documentários e filmes abaixo requer planejamento,
atenção teórica e metodológica do/a professor/a, para não incorrer em
reprodução de estereótipos e discriminações.
Abolição Direção: Zózimo Bulbul Sinopse: Este documentário alinha entrevistas de artistas e pensadores para tecer um reflexão em torno de como o Brasil, cem anos após a abolição da escravatura, continua refém de contradições que aprisionam sua população negra em situação de inferioridade e exclusão. Drama. Brasil, 1987/1988, 150 minutos.
Fonte: http://epipoca.uol.com.br/filmes_detalhes.php?idf=12765
Aleijadinho – Paixão, Gloria e Suplicio Direção: Geraldo Santos Pereira Sinopse: A história do escultor mineiro Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, acompanhando sua vida e sua formação artística e cultural. O filme mostra o relacionamento com a escrava Helena, os conflitos políticos com o pai, um arquiteto português, a sua amizade com o inconfi dente Cláudio Manoel da Costa e a doença que o deixou deformado, mas não conseguiu impedi-lo de trabalhar. O enredo é ambientado no ano de 1858, quando o professor e historiador Rodrigo Bretas (Antonio Naddeo) descobre a existência da parteira Joana Lopes (Ruth de Souza), uma nora de Aleijadinho (Maurício Gonçalves) que havia morrido 44 anos antes. Através dos relatos dessa mulher, o pesquisador reconstitui a trajetória do artista, fi lho de uma escrava e do arquiteto português Manoel Francisco Lisboa (Edwin Luisi), e que se tornou o mais importante escultor do período barroco mineiro.
Fonte: http://www.webcine.com.br/fi lmessi/aleijadi.htm Antonia Direção: Tata Amaral Sinopse: Vila Brasilândia, periferia de São Paulo. Preta (Negra Li), Barbarah (Leila Moreno), Mayah (Quelynah) e Lena (Cindy) são amigas desde a infância e sonham em viver da música. Elas deixam o trabalho de backing vocal de um conjunto de rap de homens para formar seu próprio conjunto, o qual batizam de Antônia. Descobertas pelo empresário Marcelo Diamante (Thaíde), elas passam a cantar rap, soul, MPB e pop em bares e festas da classe média. Mas quando o sonho delas parece começar a se tornar realidade o cotidiano de violência, machismo e pobreza em que vivem afeta o grupo. Drama. Brasil, 2006, 90 minutos. Fonte: www.antonia-ofilme.com.br 66 Aruanda Direção: Linduarte Noronha Sinopse: Os quilombos marcaram época na história econômica do nordeste canavieiro. A luta entre escravos e colonizadores terminava, às vezes, em episódios épicos, como Palmares. Olho D’Água da Serra do Talhado, em Santa
do Sabugi, Paraíba, surgiu em meados do século passado, quando o ex-escravo e madeireiro Zé Bento, partiu com a família, à procura da terra de ninguém. Com o tempo, Talhado transformou-se num quilombo pacífi co, isolado das instituições do país, perdido nas lombadas do Chapadão Nordestino, com uma pequena população presa a um ciclo econômico trágico e sem perspectivas, variando do plantio de algodão à cerâmica primitiva, vendida na feira ao pé da serra. Documentário. Brasil, 1960, 20 minutos. Fonte: http://www.fundacaoastrojildo.org.br/filmes/filmes_abrir.asp?cod_filme=195 Balé de Pé no Chão Direção: Lilian Solá Santiago e Marianna Monteiro Sinopse: O vídeo-documentário Balé de Pé no Chão resgata a surpreendente trajetória de Mercedes Baptista, artista responsável pela elaboração de uma linguagem afro-brasileira de dança, a partir da década de 50. Revela o papel central da cultura afrodescendente na dança moderna brasileira, e o pioneirismo de Mercedes Baptista na luta pela afirmação do negro na dança cênica nacional. Documentário. Brasil, 2005, 25 minutos. Fonte: http://www.palmares.gov.br/005/00502001.jsp?ttCD_CHAVE=379 Cafundó Direção: Clóvis Bueno e Paulo Betti Sinopse: Um tropeiro, ex-escravo deslumbrado com o mundo em transformação e desesperado para viver nele. Este choque leva-o ao fundo do poço. Derrotado, ele se abandona nos braços da inspiração, alucinase, ilumina-se, é capaz de ver Deus! Uma visão em que se mistura a magia de suas raízes negras, com a glória da civilização judaico-cristã. Sua missão é ajudar o próximo. Ele se crê capaz de curar, e acaba curando. O triunfo da loucura da fé! Sua morte, nos anos 40, transforma-o numa das lendas que formou a alma brasileira e, até hoje, nas lojas de produtos religiosos, encontramos sua imagem: O Preto Velho, João de Camargo. Drama. Brasil, 2006, 101 minutos. Fonte: http://www.adorocinemabrasileiro.com.br/fi lmes/cafundo/cafundo.asp Chico Rei Direção: Walter Lima Jr. Sinopse: Em meados do século XVIII, Galanga, rei do Congo, é aprisionado e vendido como escravo. Trazido da África num navio negreiro, recebe o cognome de Chico Rei e vai trabalhar nas minas de ouro de um desafeto do governador de Vila Rica. Escondendo pepitas no corpo e nos cabelos, Galanga habilita-se a comprar sua alforria e, após a desgraça do seu ex-senhor, adquire a mina Encardideira, tornando-se o primeiro negro proprietário. Ele associa-se a uma irmandade para ajudar outros negros a comprarem sua liberdade. Drama. Brasil, 1985, 110 minutos.
Fonte: http://www.adorocinemabrasileiro.com.br/fi lmes/chico-rei/chico-
rei.asp
Cordão de Ouro Direção: Antônia Carlos Fontora Sinopse: Jorge, escravo de uma mina de selênio em Eldorado, onde a companhia Progresso reúne a técnica mais moderna a formas primitivas de trabalho, consegue escapar valendo-se de sua perícia no jogo de capoeira. Na fuga, é ajudado pelo Caboclo Cachoeira que o conduz até Aruanda, onde espera o seu orixá, Ogum. Este lhe ensina os mistérios da capoeira e lhe dá um cordão de ouro protetor, com a missão de voltar a Eldorado e livrar seu corpo do cativeiro. Jorge alia-se aos guerreiros da Cidade Verde mas é capturado e levado para o mercado de escravos da Progresso, onde é comprado por Dandara, ex-escrava e atualmente amante de Pedro Cem, chefe da companhia. Encarregado da guarda pessoal de Dandara, Jorge lidera uma rebelião de escravos mas é aprisionado e condenado a ser enterrado vivo. Enquanto cava sua própria cova, ele recebe uma revelação de Ogum, derrotando então Pedro Cem e trazendo liberdade para seu povo. Aventura. Brasil, 1978, 77 minutos.
Fonte: http://www.cinemateca.gov.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/
Cruz E Sousa – O Poeta do Desterro Direção: Sylvio Back Sinopse: Reinvenção da vida, obra e morte do poeta catarinense Cruz e Sousa (1861-1898), fundador do Simbolismo no Brasil e considerado o maior poeta negro da língua portuguesa. Através de 34 “estrofes visuais”, o filme rastreia desde as arrebatadoras paixões do poeta em Florianópolis até seu emparedamento social, racial, intelectual e trágico no Rio de Janeiro. Drama. Brasil, 2000, 86 minutos. Fonte: http://adorocinema.cidadeinternet.com.br/fi lmes/cruz-e-sousa/cruz-e-
sousa.asp
Filhas do Vento Direção: Joel Zito Araújo Sinopse: História lírica de redenção amorosa entre irmãs, mães e filhas, este filme reúne o maior elenco negro da história do cinema brasileiro. A ação se passa em uma pequena cidade do interior de Minas Gerais, onde os fantasmas da escravidão e do racismo acentuam os dramas das personagens de forma sutil e poderosa. A trama está centrada na trajetória de duas irmãs: uma delas, ainda jovem, partiu para tentar a carreira de atriz na cidade grande; a outra ficou para cuidar do pai. Anos mais tarde, vão se reencontrar. Brasil, 2004, 84 minutos.
Fonte: http://www.festivaldoriobr.com.br/f2004/web/filme.asp?id_filme=134
Ganga Zumba Direção: Cacá Diegues Sinopse: O filme começa num engenho de cana-de-açúcar, no nordeste brasileiro, entre os séculos XVI e XVII. Inspirados pelo Quilombo dos Palmares, uma comunidade de negros fugidos da escravidão, situada na Serra da Barriga, alguns escravos tramam a fuga para lá. Entre eles, se encontra o
jovem Ganga Zumba, futuro líder daquela república revolucionária, a primeira de toda a América. Drama. Brasil, 1964, 92 minutos.
Fonte: http://www.adorocinemabrasileiro.com.br/fi lmes/ganga-zumba/ganga-zumba.asp
Família Alcântara Direção: Daniel Solá Santiago e Lilian Solá Santiago Sinopse: Família Alcântara é um encontro íntimo com uma família extensa que forma um grupo de aproximadamente 70 pessoas cujas origens remetem à bacia do Rio Congo, no continente africano. Através de gerações, seguem preservando sua história, mantida pela tradição oral, praticando costumes oriundos da África. O filme explora a cultura única criada pela população de africanos de origem bantu escravizados no Brasil e mostra como as questões históricas e sociológicas mais sérias influem na vida de cada um de seus descendentes. Documentário. Brasil, 2006, 56 minutos. Fonte: http://www.sesisp.org.br/home/2006/sociocultural/CinePremioMostra7.asp?n=13
Férias em Casa Direção: Jean-Marie Teno Sinopse: Em 1998, Jean-Marie Teno volta, durante o verão, à terra de sua infância, nos Camarões. De Yaoundé, cidade grande, até Badjoun, aldeia onde passava as férias na infância, a viagem lhe permite fazer inventário irônico da situação do país. Ao sabor dos encontros, o autor denuncia a incompetência da administração e o fascínio pela modernidade importada da Europa, que não se adapta à África e suas tradições. “A escola nos ensinou a desprezar os símbolos de nossa cultura e a palavra de nossos avós” lastima ele. À procura de um novo modelo para a África, sonha com uma modernidade a serviço da maioria, que permita ao país reconciliar-se com sua cultura. Documentário. França, 2000, 75 minutos. Fonte:http://www.cinefrance.com.br/atualidades/cinema/?cidade=Campinas_SP&filme=149&data=2006-09-15+2006-11- Iyalode: Damas da Sociedade Direção: Maria Emilia Coelho e José Pedro da Silva Neto Sinopse: Este documentário aborda a religião do candomblé através de algumas das mais antigas mães-de-santo da cidade de São Paulo. Brasil, 2005, 52 minutos. Rede Palmares TV. Fonte: http://www.palmares.gov.br/ João Cândido, O Almirante Negro Direção: Emiliano Ribeiro Sinopse: Um grupo de teatro de periferia encena a revolta dos marinheiros da Armada, em 1910, contra o uso da chibata nos navios brasileiros, e as conseqüências sobre o líder do movimento, o marinheiro João Cândido. Documentário/Ficção. Brasil, 1987, 10 minutos. Fonte: http://www.fundacaoastrojildo.org.br/filmes/filmes_abrir.asp?cod_filme=69
Kambá Râce: A Questão Racial na História do Exército Brasileiro Direção: Sionei Ricardo Leão Sinopse: O episódio de Kambá Râce, em 1867, durante a Guerra do Paraguai, quando os soldados inimigos dizimaram os brasileiros, serve como ponto de partida para a discussão sobre a participação dos negros no Exército Brasileiro. Em guarani, kambá signifi ca negro. Racê lamento ou choro. Com depoimentos, pesquisas de imagens e dramatizações, o documentário leva-nos ao Brasil Imperial do século XIX. Documentário. Brasil, 2005, 20 minutos. Fonte: http://www.palmares.gov.br/005/00502001.jsp?ttCD_CHAVE=394 Makota Valdina: Um Jeito Negro de Ser e Viver Autores: Ana Verena Carvalho, Joiciléia Rodrigues Ribeiro e Paulo Rogério Nunes Sinopse: A trajetória de Makota Valdina, mulher negra, professora e líder comunitária, resgata a memória cultural e popular dos moradores do bairro Engenho Velho da Federação, em Salvador, Bahia. Os terreiros de candomblé, a luta pela melhoria das condições do bairro, a descoberta de sua identidade religiosa e o jeito negro de ser e de viver fazem parte desse documentário. Brasil, 2005, 20 minutos. Rede Palmares – TV. Fonte: http://www.palmares.gov.br/ O Fio da Memória Direção: Eduardo Coutinho Sinopse: O filme procura condensar, em personagens e situações do presente, a experiência negra no Brasil a partir de dois eixos – as criações do imaginário, sobretudo na religião e na música, e a realidade do racismo, responsável pela perda de identidade étnica e pela marginalização de boa parte dos cerca de 60 milhões de brasileiros de origem africana. Documentário. Brasil, 1991, 120 minutos. Fonte: http://www.cinemateca.gov.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/ O Que e Movimento Negro Realização: Núcleo de Estudos Negros Sinopse: Documentário sobre o movimento negro no Brasil. Apresenta didaticamente a luta dos negros pela igualdade, desde os tempos da escravidão até os dias de hoje. O filme começa apresentando, no período colonial, as formas de luta e resistência dos negros escravos, como o Banzo e os Quilombos. Fala de Zumbi e das revoltas dos Malês e dos Alfaiates. Foi em 1902 que surgiram as primeiras entidades (recreativas) de negros no Brasil. No mesmo período começaram a ser publicados os primeiros jornais do movimento negro, como “O Progresso” e “A liberdade”. O filme aborda as experiências da Frente Negra, da Legião Negra e do Teatro Experimental do Negro (TEN), com seu belo trabalho na área de arte-educação. Durante a ditadura militar, os negros ficaram proibidos de se organizar e, assim, as manifestações culturais ganhavam mais importância. Já na década de 1970, após a morte do estudante Edson Luiz, o movimento negro voltou a se SEFRAS Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes manifestar e, a partir da união de diversos grupos, foi criado o Movimento Negro Unificado
(MNU). A luta contra a discriminação levou o Movimento a discutir como a escola reproduz o racismo, através dos currículos, dos livros didáticos e da formação dos professores. Levou também à organização da Associação de Mulheres Negras. O vídeo mostra ainda o samba e o hip hop, entre as formas culturais que colaboram com a luta negra pela “desmistificação do mito da democracia racial” existente no Brasil. 1998, 15 minutos. Contatos: Tel.: (48) 3322-0692 / 3224-0769. E-mail: nen@nen.org.br. Fonte: www.nen.org.br Preto no Branco – Negros em Curitiba Direção: Projeto Olho Vivo Sinopse: O documentário sobre histórias de pessoas que têm em comum o fato de serem negras e morarem em Curitiba, uma cidade que, culturalmente, renega sua negritude e seus negros, representantes de aproximadamente 20% da sua população. Brasil, 2004, 92 minutos. Fonte: http://www.projetoolhovivo.com.br/sobre.htm Rosário do Seridó Direção: Edson Soares do Nascimento Sinopse: Do interior do Rio Grande do Norte, revela-se a vida de duas comunidades do sertão do Seridó. Os “Negro do Riacho” formam uma comunidade descendente de escravos, Currais Novos, presa em um cotidiano de miséria a abandono. Já a “Irmandade dos Negros do Rosário”, em Caicó, cultua a Virgem do Rosário, desde 1771, com lanças, tambores e pífaros. Documentário. Brasil, 2005, 16 minutos. Rede Palmares – TV. Fonte: http://www.palmares.gov.br/ Sob O Signo da Justiça: A Luta Pelas Cotas na Universidade de Brasília(Unb) Direção: Carlos Henrique Romão de Siqueira e Ernesto Ignácio de Carvalho Sinopse: O documentário acompanha a intensa campanha pela criação de ações afirmativas na Universidade de Brasília. Retrata as dificuldades que estudantes, professores, militantes do movimento negro sofreram para que a UnB estabelecesse cotas para o ingresso de novos alunos. Documentário. Brasil, 2005, 20 minutos. Fonte: http://www.palmares.gov.br/005/00502001.jsp?ttCD_CHAVE=382 Som da Rua – Livramento Direção: Roberto Berliner Sinopse: Livramento é uma comunidade remanescente de quilombo, perto de Triunfo (PE). D. Maria é a mais antiga no ofício e tornou-se benzedeira de grande prestígio na região. Suas companheiras são D. Rosa e D. Francisca. Juntas, cantam novenas e ladainhas nos dias santos importantes para a comunidade. Mas também cantam e dançam o coco na festa de São José. Quando a semana na roça é boa, D. Maria passa o sábado rezando para Nossa Senhora, o povo vai chegando e sua casa, vai formando os cocos, que seguem animados até a manhã de domingo. Documentário. Brasil, 1997, 3 minutos. Fonte: http://www.portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=1802
Registro de Manifestações Culturais de Quilombos Local: Santa Luzia, Paraíba Realização: Associação do Território Remanescente de Quilombo Pontal dos Crioulos Sinopse: Encontro das Irmandades do Rosário e III Seminário da Cultura Afro-Brasileira de 8 a 11 de outubro de 2004. Festa de Nossa Senhora do Rosário: Procissão Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos do Pelourinho, Bahia Moçambique, Comunidade Morro Alto, Rio Grande do Sul Caretada, Família dos Amaros, Minhas Gerais Tope do Juiz, Santa Luzia Quilombo Serra do Talhado: Entrega da Certidão de Auto-Reconhecimento e Forró com Trio Aruanda. Brasil, 2004, 23 minutos. Rede Palmares – TV Fonte: http://www.palmares.gov.br/ 5.2. Músicas http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/cadernos_tematicos/tematico_raciais.pdf. Paginas 185 a 194. 5.3 Sítios Coleção História Geral da África em português (somente em pdf)
http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this office/singleview/news/general_history_of_africa_collection_in_portuguese-1/#.Ul_GAHA063s
Grupo de trabalho Clovis Moura - http://www.gtclovismoura.pr.gov.br/
Fundação Cultural Palmares - http://www.palmares.gov.br/
Jornal Ìrohìn – http://www.irohin.org.br
casa do artista plástico aFro-BrasilEiro – www.capabr.org.br
Étnica – O Site da Beleza Afro-Brasileira – http://www.etnica.com.br
MulheresNegras: do Umbigo Para o Mundo: http://www.mulheresnegras.org/
Observa – www.observa.ifcs.ufrj.br/
Educafro – Educação e Cidadania Para Afrodescendentes e Carentes –
www.educafro.org.br/
Criola – www.criola.org.br/
Secretaria Especial de Políticas de Promoção Da Igualdade Racial –
www.presidencia.gov.br/seppir/
Universidade Candido Mendes – http://www.candidomendes.br/ceaa/
Centro De Estudos Afro-Orientais – http://www.ceao.ufba.br/2007/
Centro De Cultura Negra Do Maranhão – http://www.ccnma.org.br/home.htm
Selo Negro – http://www.gruposummus.com.br/selonegro/
Instituto Cultural Steve Biko – http://www.stevebiko.org.br/
Instituto Sindical Interamericano Pela Igualdade Racial –
http://www.inspir.org.br/default_800.htm
Projeto Manejo dos Territórios Quilombolas – http://www.quilombo.org.br/
Observatório Quilombola – http://www.koinonia.org.br/oq/
Unidade na Diversidade – http://www.unidadenadiversidade.org.br/
Centro Cultural Africano – http://www.centroculturalafricano.com.br
Comunidades Quilombolas – http://www.cpisp.org.br/comunidades/
Biblioteca da Universidade do Texas – Cartografia –
http://www.lib.utexas.edu/maps/africa.html
Portal dos Orixás – http://www.orixas.com.br/
Companhia de Teatro Jovens Griots – http://www.ciadejovensgriots.org.br
A Cor Da Bahia – Programa De Pesquisa e Formação Sobre Relações
Raciais, Cultura e Identidade Negra na Bahia –
http://www.acordabahia.ufba.br/
Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros/Ufpr – www.neab.ufpr.br/
Núcleo Negro da Unesp Para Pesquisa e Extensão –
www.unesp.br/proex/nupe/
Nirema – Núcleo Interdisciplinar de Reflexão e Memória Afrodescendente
- www.puc-rio.br/nirema/
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