Profilaxia das Infecções Eduardo Stefaneli Gustavo H. H. do Nascimento Matheus Cavassani Rodrigo...

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Profilaxia das Infecções

Eduardo StefaneliGustavo H. H. do NascimentoMatheus CavassaniRodrigo Poluha

INTRODUÇÃO

• Consiste na admistração de antibióticos a determinados pacientes para se prevenir infecção em situações de alto risco.

• Avaliações de risco/ benefício.

Princípios da quimioprofilaxia :

• Seleção criteriosa dos pacientes;• Análise dos procedimentos;• Definição do germe prelavente;• Seleção do antimicrobiano adequado;• Uso de único agente;• Aplicação em momento adequado;• Duração.

• Prevenção de infecção local.• Prevenção de infecções a distância.

Profilaxia de Infecção Pós-

Operatória

• Objetiva prevenir a infecção da ferida operatória• Levando em conta as

características do procedimento e do paciente

Fatores associados a risco aumentado de infecção pós-operatóriaDo Paciente Do Procedimento

• Idades extremas • Hospitalização prolongada

• Subnutrição • Má assepsia do paciente

• Obesidade • Cirurgia extensa e prolongada

• Patologias associadas Hipoxemia Diabetes melito Cirurgia recente Inflamação crônica

• Presença de material estranho no sítio de lesão

• Imunossupressão • Uso excessivo de eletrocautério

• Irradiação local prévia • Extrações múltiplas

• Antibioticoterapia prévia • Grande sangramento transoperatório

Farmacologia clínica para dentistas. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1995.

Indicações• Para prevenir a contaminação de uma área estéril;• Quando a infecção é remota, mas associada a uma

alta taxa de mobilidade;• Em procedimentos cirúrgicos associados a altas taxa

de infecção;• Durante a implantação de material protético.

Indicações de Quimioprofilaxia Antimicrobiana em Procedimentos Dentários

Situação Clínica do Paciente

Procedimentos dentários

Curetagem subgengival, extrações

Apicectomia, remoção de raízes e dentes impactados

Remoção cirúrgica de 3º molares mandibulares

Implantes ósseos

Hígido Não Não Usualmente não

Sim

Imunodeprimido Sim Sim Sim Sim

Com prótese articular Não Não Usualmente não

sim

Farmacologia clínica para dentistas. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1995.

Terapia profilática

• Doses profiláticas adequadas

• Evitar profilaxia prolongada

• O momento de iniciar a terapia

• Repetição da dose

Seleção do MedicamentoLevar em conta:• Caracteristicas dos m.o;Medicamentos:• Penicilinas Amoxicilina

Fenoximetilpenicilina

• Cefalosporinas : Cefazolina

• Clindamicina

Cefalotina

Prescrição

Quimioprofilaxia antimicrobiana em procedimentos cirúrgicos ambulatoriais

Agente Antimicrobiano Dose oral Momento de Administração

Amoxicilina A: 1gC: 25 mg/kg

1 hora antes do procedimento

Fenoximetilpenicilina A: 1gC: 25.000 UI/kg

1 hora antes do procedimento

Cefalexina A: 1gC: 25 mg/kg

1 hora antes do procedimento

Clindamicina A: 300 mgC: 10 mg/kg

1 hora antes do procedimento

A = adulto; C = criança

Prescrição

Quimioprofilaxia antimicrobiana em procedimentos cirúrgicos sob anestesia geral

Cirurgia Agentes de infecção

Fármaco Dose Via Momento (minutos antes)

Cabeça e pescoço

Aeróbios e anaeróbios oraisS. AureusStreptococcus sp.

Cefazolina A: 1-2gC: 25 mg/kg

IV 20-30

Cefalotina A: 1-2gC: 20-30mg/kg

IV 20-30

Clindamicina* A: 600 mgC: 20mg/kg

IV 20-30

*Casos de alergia a antibióticos betalactâmicosA = adulto; C = criança

Farmacologia clínica para dentistas. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1995.

AVALIAÇÃO CLÍNICA DO USO OU NÃO DE ANTIBIÓTICO SISTÊMICO NAS CIRÚRGIAS PARA INSTALAÇÃO DE IMPLANTES ORAIS OSSEOINTEGRAVEIS

UNITÁRIOS Universidade do Sagrado coração, 2007

Gonçalo Sobreira Pimentel Neto

• inclusão: Indicação de tratamento com implantes orais osseointegrados, abertura de boca normal, ausência de sinais e sintomas de infecção, não estar fazendo uso de qualquer medicamento que pudesse interferir no resultado da pesquisa e boa saúde.

•Amoxicilina 1,0 g 1 hora antes da cirurgia e 500mg a cada 8 hs por 7 dias pós-operatórios.

Grupo controle

•Amoxicilina 1,0 g 1 hora antes da cirúrgia

Grupo Teste 1

•Não fez uso de antibiótico sistêmico pré e pós operatório

Grupo Teste 2

AVALIAÇÃO CLÍNICA DO USO OU NÃO DE ANTIBIÓTICO SISTÊMICO NAS CIRÚRGIAS PARA INSTALAÇÃO DE IMPLANTES ORAIS OSSEOINTEGRAVEIS

UNITÁRIOS

• Os três grupos fizeram profilaxia da inflamação com 8 mg de dexametasona 1 hora antes da cirúrgia

• Gluconato de Clorexidina 0,12% antes da cirurgia e no pós-operatório 2x dia, até o sétimo dia

Resultados• Os exames pós-operatórios foram realizados com 7, 15, 30, e 90 ou 180 dias após a

cirurgia de instalação dos implantes. Não houve diagnóstico clínico de infecção durante o período de avaliação

Conclusão• O uso de antibiótico sistêmico não alterou a freqüência de infecção pós-• operatória ou o índice de perda de implantes

Profilaxia de Infecções a Distância

Objetiva prevenir infecções a distância em pacientes que apresentam condições de

risco, por ocasião de intervenções odontológicas que causam bacteremia

transitória.

Condições de risco:

• Determinadas cardiopatias

• História prévia de endocardite

• Portadores de próteses ortopédicas

• Sistema imune comprometido

• Alterações metabólicas

Endocardite infecciosa

Infecção de válvulas cardíacas ou endocardio mural, causada por

bactérias, fungos, riquétsias, clamídias e possivelmente vírus.

Inflamação

- Trauma

Vegetações Trombóticas Ñ-Bacterianas

Colonização Bacteriana

Disseminação Sanguínea

Septicemia

Embolia Pulmonar ou Cerebral

Situações ou Procedimentos Indutores de Endocardite Infecciosa em Pacientes Susceptíveis

Risco Significativo

• Injeção intraligamentar de anestésico local

• Procedimentos periodontais : -Cirurgias -RAR

-sondagem

• Extrações dentarias• Instrumentação endodontia somente

alem do ápice• Colocação subgengival de fitas c/

antibióticos• Limpeza de dentes ou implantes em que

se antecipa sangramento• Implantes dentais e reimplante de dentes

avulsionados

Risco baixo ou negligenciável• Exames radiográficos• Restaurações• Injeção de anestésico local intra-oral• Tratamento endodôntico• Ajustes de aparelhos ortodônticos• Remoção de suturas pós-operatórias• Moldagem para prótese• Queda espontânea de dentes

decíduos• Escovação diária• Tratamento com fluoretos

Agentes Causais

1. Estreptococos orais do grupo viridans :

• S.mitis• S. mutans • S.mitior • S. sanguis2. Estafilococos 3. Enterococos

Seleção do Medicamento

• Sociedade Americana de Cardiologia:- Amoxicilina;- Clindamicina;- Cefalexina;- Azitromicina

Prescrição para Endocardite Infecciosa Via OralAdulto:• Amoxicilina – 2g, 1 hora antes do procedimentoCriança:• Amoxicilina – 50mg/kg, 1 hora antes do

procedimentoVia Parenteral

Adulto:• Ampicilina – 2g, IM ou IV, 30 min. antes do

procedimentoCriança:• Ampicilina – 50mg/kg, IM ou IV, 30 min. antes do

procedimento

Prescrição- Alérgicos a PenicilinaVia Oral

Adulto:• Clindamicina – 600mg, 1 hora antes do procedimento• Cefalexina – 2g, 1 hora antes do procedimento• Azitromicina – 500mg, 1 hora antes do procedimentoCriança:• Clindamicina – 20mg/kg, 1 hora antes do procedimento• Cefalexina – 50mg/kg, 1 hora antes do procedimento• Azitromicina – 15mg/kg, 1 hora antes do procedimento

Via ParenteralAdulto:• Clindamicina – 600mg, IV, 30min. antes do procedimento• Cefalexina – 1g, IV ou IM, 30min. antes do procedimentoCriança:• Clindamicina – 20mg/kg, IV, 30min. antes do procedimento• Cefalexina – 25mg/kg, IV ou IM, 30min. antes do

procedimento

Em pacientes com diabetes descompensada, o c.d deve analisar o caso conjuntamente com o médico do paciente, para se empregar ou não a

profilaxia, em caso de positivo deve-se prescrever 2g de amoxicilina

(clindamicina 600mg ou azitromicina 500mg, aos alergicos), uma hora antes

da interveção

Estimular medidas de boa higiene oral, prevenção de DP e cárie, além de

consultas odontológicas periódicas, porém num intervalo mínimo de 10 dias.

Além da profilaxia, infecções podem ser evitadas por medidas não-

medicamentosas, tais como esterilização adequada do instrumental, lavagem das

mãos, técnicas cirúrgicas rápidas e adequadas, imunização ativa e passiva.

Referências

• Wannmacher, Lenita; Ferreira, Maria Beatriz Cardoso. Farmacologia clínica para dentistas. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1995.

• Andrade, Eduardo Dias de. Terapêutica medicamentosa em odontologia. São Paulo, Artes Medicas, 2006.