View
590
Download
3
Category
Preview:
DESCRIPTION
Desenvolvimento comunitário e o trabalho com famílias - Maria Iannarelli
Citation preview
FIFE 2014
DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO E O TRABALHO COM FAMÍLIAS
Maria Iannarel l i
Março 2014mariabm.iannarel l i@gmail.com
(11) 99865-3588
O DESAFIO DA ATUAÇÃO SOCIAL
SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA / NOVOS MODELOS DE CONVIVÊNCIA
INSTITUIÇÕES PÚBLICAS,PRIVADAS E DA SOCIEDADE CIVIL
EQUIPES MULTIPROFISSIONAIS
INTERDISCIPLINARES
... . TRANSDICIPLINARES
CONCEITOS
QUEM SOMOS? CUIDADO-CUIDADOR / PROFISSIONAL DA AJUDA/ AGENTE DE
TRANSFORMAÇÃO ? RISCOS PARA O PROFISSIONAL
QUEM ACOLHEMOS?
FAMÍLIAS? GRUPOS ALTERNATIVOS? COMUNIDADE?
COMO ATUAMOS?EQUIPE MULTIDISCIPLINAR / INTERDISCIPLINAR / AÇÕES
INOVADORAS/CUIDANDO DO CUIDADOR?
Visão Sistêmica/Holística
PARADOXOS CONTEMPORÂNEOS
- PARADOXOS
- DEMANDAS DA SOCIEDADE : POLÍTICAS PÚBLICAS -DA CRIANÇA AO IDOSO
- VIOLÊNCIA, ENVELHECIMENTO - CUIDADOS / CUIDADOS PALIATIVOS
- VÁRIOS MODELOS DE FAMÍLIA – ESPAÇO DE CUIDADO?
-
- INTERVENÇÃO PROFISSIONAL
- COMUNICAÇÃO INTERGERACIONALIDADE - VÍNCULOS FAMILIARES/PAPÉIS REVISITADOS FILHOS/NETOS/BISNETOS
COMUNIDADE - CUIDADORES
- DEFINIÇÃO DE LIMITES
VISÃO HOLÍSTICA
COMPLEXIDADE : AMPLIAR O FOCO DE OBSERVAÇÃO x SIMPLICIDADE
A INSTABILIDADE : DESCREVER COM O VERBO ESTAR X ESTABILIDADE
A INTERSUBJETIVIDADE: ACATAR OUTRAS DESCRIÇÕES X OBJETIVIDADE
DEDO QUE APONTA A ESTRELA .
FAMÍLIA X PENSAMENTO SISTÊMICO
“GRUPO DE PESSOAS QUE COMPARTILHAM DE UMA CARACTERÍSTICA COMUM : “COMUM UNIDADE”:
REGIÃO DE MORADIA
INTERESSES E CAUSAS QUE DEFENDEM
CARACTERÍSTICAS,ORIGENS,CULTURA,
CRENÇAS E INTERESSES PARTILHADOS.”
Desenvolvimento Comunitário Baseado em Talentos Locais
O QUE É COMUNIDADE?
. PROBLEMAS ESTRUTURAIS
DESEMPREGO ANALFABETISMO
COMUNIDADE MAPA DE DEFICIÊNCIAS E NECESSIDADES
Fonte: Adaptado de Curitiba, Prefeitura Municipal. Modelo Colaborativo: experiência e aprendizado do desenvolvimento comunitário em Curitiba, 2002.
• PROBLEMAS SOCIAISFAMÍLIAS VULNERÁVEISPOP. SITUAÇÃO DE RUA
MIGRAÇÃO OCIOSIDADE
• PROBLEMAS PESSOAISDEPENDÊNCIA QUÍMICA VANDALISMO
ABUSO INFANTIL CRIMESPROBLEMAS DE SAÚDE MENTAL ABANDONO ESC.
TRÁFICO DE DROGAS HABITAÇÃO INADEQUADA AUSÊNCIA DE SANEAMENTO BÁSICO
. INSTITUÇÕES LOCAISEMPRESAS
ESCOLAS
MAPA DOS TALENTOS E RECURSOS DE UMA COMUNIDADE
• ASSOCIAÇÕES DE CIDADÃOS IGREJAS CLUBES
PARQUES BIBLIOTECAS
Fonte: Adaptado de Curitiba, Prefeitura Municipal. Modelo Colaborativo: experiência e aprendizado do desenvolvimento comunitário em Curitiba, 2002.
• TALENTOS INDIVIDUAIS
HABILIDADES ARTÍSTICAS/CONHECIMENTOS TÉCNICOS
ESPÍRITO DE LIDERANÇAENGAJAMENTO VOLUNTÁRIO • GRUPOS CULTURAIS
HOSPITAIS UNIVERSIDADES
CONSTRUÇÃO DA COMUNIDADE:TAREFAS CONJUNTAS;AÇÕES PARA
AUTORECONHECIMENTOFORTALECIMENTO DO CAPITAL
HUMANO,FAMILIAR E SOCIAL
REDUZIR O SENTIMENTO DE DEPENDÊNCIA X AUTONOMIA,AUTOCONFIANÇA E RESPONSABILIDADE.
COMUNIDADE
EVOLUÇÃO DOS INVESTIMENTOS SOCIAIS
1950/60 - FAÇA O DESENVOLVIMENTO PARA O POVOPESSOAS VISTAS SEPARADAS DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO.
1960/70 - FAÇA DESENVOLVIMENTO PELO POVOPESSOAS VISTAS COMO BENEFICIÁRIAS DO DESENVOLVIMENTO / NÃO AGENTES ATIVOS NO PROCESSO.
1970/80 - FAÇA O DESENVOLVIMENTO ATRAVÉS DAS PESSOASPESSOAS VISTAS COMO INSTRUMENTOS PARA ALCANÇAR O DESENVOLVIMENTO/CONDUZIDAS POR AGENTES EXTERNOS.
EVOLUÇÃO DOS INVESTIMENTOS SOCIAIS
1980/90 - FAÇA DESENVOLVIMENTO COM AS PESSOASPESSOAS INCLUIDAS NA PARTICIPAÇÃO, A COMUNIDADE CONSIDERADA CATALISADORA E/OU PARCEIRA NO
PROCESSO.
1990/2000 - PROMOVA AS PESSOAS PARA O DESENVOLVIMENTO
PESSOAS SÃO VISTAS COMO PROTAGONISTAS. O FOCO ESTÁ EM DESENVOLVER A CAPACIDADE LOCAL PARA O AUTODESENVOLVIMENTO.
Adaptado de SENA, Sarone Ole e BOOY, Dirk. Appreciative inquiry approach o community development: the World Vision Tanzania, Experience, sem data.
INVESTIMENTOS SOCIAIS SÉCULO 21
Anos 2000 - PARTICIPE DA TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE
Pós-Modernidade - Visão Sistêmica – Holística
Projetos Sociais : Monitoramento de Resultados, Capacitação Técnica, Busca por Transparência
Desconstrução /Construção de Novos Olhares : Saber Popular/Comunitário
Cumprimento de Leis – Garantia de Direitos Individuais e Coletivos
Polít icas Públicas x Ações Isoladas
FAMÍLIA GRUPOS SOCIAIS ALTERNATIVOS
Comunidades Religiosas
Comunidades Místicas
Comunidades Hippies
Grupos de População de Rua
FAMÍLIA VIVIDA
FAMÍLIA VIVIDA:
“Um grupo de pessoas, vivendo numa estrutura hierarquizada, que convive com a proposta de uma ligação afetiva duradoura, incluindo uma relação de cuidado entre os adultos e deles para com as crianças e idosos que aparecerem nesse contexto.” (Gomes,1988)
“Família é com quem a gente conta” (ONU)
SISTEMA FAMILIAR
SISTEMA DE CRENÇAS;
PERMEABILIDADE DOS LIMITES:
MUITO PERMEÁVEL: PERDA DE IDENTIDADE – DIFICULDADE EM TOMAR DECISÕES
IMPERMEÁVEL: FECHADO , IMPEDE INTERAÇÃO COM UM MUNDO MAIS AMPLO
IDEAL: PERMEÁVEL E RESTRITO;
HIERARQUIA E LIMITES
SISTEMAS
PERGUNTAS IMPORTANTES:
-QUEM ESTÁ NESTE SISTEMA FAMILIAR?
-QUAIS SÃO ALGUNS DOS SUBSISTEMAS IMPORTANTES?
-QUAIS SÃO ALGUNS DOS SUPRASISTEMAS AOS QUAIS A FAMÍLIA PERTENCE?
DE QUE FAMÍLIA FALAMOS?
COMUNICAÇÃO (Fonte : Folha de São Paul.o)aulo,Quase Nada Fabio Moon e Gabriel BA)
DE QUE FAMÍLIA FALAMOS?
LEALDADES/ DÍVIDAS EXISTENCIAIS(Fonte: Folha de São Paulo – Hagar Dik Browne)
FOCO DE VISÃO
AMPLIANDO O FOCO DE VISÃO..Fonte: Folha de São Paulo – Mundo Monstro – Adão Iturrsgarai
DE QUE FAMÍLIA FALAMOS?Famíl ia e Ciclo Vital“.. .Sistema de relações que opera de acordo
com certos princípios básicos e que evolui no seu desenvolvimento, de um modo particular e complexo.”
Ciclo Vital – 4 FasesAquisição – nascimento da famíl iaAdolescente – período dos fi lhos na
adolescênciaMadura – fi lhos atingem a idade adultaÚltima – envelhecimento
(Fonte: Cerveny,Ceneide – Visitando a famíl ia ao longo do ciclo vital, 2002)
FAMÍLIA NA COMUNIDADE – TENDÊNCIAS- Famíl ias por laço de consanguinidade;
- Crianças e jovens que vivem com tios, avós ou vizinhos;
- Famíl ias monoparentais;
- Muitas famíl ias morando na mesma casa: f i lhos que tem fi lhos e permanecem na casa dos pais, f i lhos que tem fi lhos e, por separação ou desemprego, retornam para a casa dos pais, com seus f i lhos.
- Casais que não mais mantém relação conjugal mas que permanecem morando juntos.
- Situações em que crianças ou adolescentes estão inseridos em famíl ias substitutas, tendo sua famíl ia natural morando na mesma comunidade.
- QUAIS AS FRONTEIRAS DE UM NÚCLEO FAMILIAR?
FAMÍLIA / trabalho social
Proposta de Acompanhamento (não atendimento )
de Famílias:
- Aprender a Conhecer
- Aprender a Fazer
- Aprender a Ser
- Aprender a Conviver
- Base Unesco,2000
FAMÍLIAS – TRABALHO SOCIAL
1 – Conhecer e mapear as comunidades com as quais se pretende trabalhar.
O QUÊ : Como é a história da comunidade? Como ela é composta? Como se originou? De onde vem o seu nome? De onde vêm os seus moradores? Como contam a história do lugar onde moram?
Quais são as principais potencialidades e demandas da comunidade?
Quais são os grupos e organizações que atuam na comunidade?
COMO : Visitas domicil iares,promoção de oficinas e eventos sociais educativos, pesquisa histórica e observação sistemática da comunidade,recenseamento da comunidade, diagnóstico participativo.
EIXOS DO TRABALHO SOCIAL
GRUPOS RESILIENTES
VALORIZAÇÃO DO APRENDIZADO SENTIMENTO DE PERTENCIMENTO
FATORES DE PROTEÇÃO
Prevenção /Cuidado Primário : Cuidado Comparti lhado
FATORES DE RISCO
Cuidado “Esquartejado” Visão Ultrapassada do Papel Social.
Valorização das Redes Sociais Comunitárias;
Valorização dos Arranjos Familiares e de Solidariedade;
Valorização dos Processos de Socialização e Integração da Comunidade.
REDES SOCIAIS
O CUIDADO E O HUMANO
Cuidado
Signif ica atenção, precaução, dedicação,carinho,encargo e responsabil idade. Cuidar é servir , é oferecer ao outro , em forma de serviço, o resultado de seus talentos, preparo e escolhas :É
praticar o cuidado.
CuidadoImplica em perceber a outra pessoa como ela
é, e como se mostra.Assim, o acompanhante tem condições de prestar o cuidado de forma individualizada
CuidarImplica em atitude de ocupação,
preocupação, responsabilização e envolvimento afetivo com o outro.
QUALIDADES ESPIRITUAIS BÁSICAS QUALIDADES DO ESPÍRITO HUMANO AMOR COMPAIXÃO PACIÊNCIA TOLERÂNCIA CAPACIDADE DE PERDOAR CONTENTAMENTO NOÇÃO DE RESPONSABILIDADE NOÇÃO DE HARMONIA COMPÕEM A FELICIDADE PARA A PRÓPRIA PESSOA E PARA OS OUTROS.
DALAI LAMA
ESPIRITUALIDADE
FALANDO SOBRE O CONTEXTO ATUAL
NOVOS ATORES SOCIAIS NOVAS PROFISSÕES INTERDISCIPLINARIDADE/TRANSDISCIPLINARIDADE
ACOMPANHAMENTO “DOMICILIAR” /INSTITUCIONAL
DE RUA EM LUGAR DO ATENDIMENTO “DOMICILIAR”/INSTITUCIONAL
CRIAÇÃO DE VÍNCULOS
NOVOS MODELOS DE FAMÍLIA
CONTEXTO ATUAL
ACOLHIMENTO/ACOMPANHAMENTO/VÍNCULO
TRABALHO EM REDE / VALORIZAÇÃO DA COMUNIDADE
EMPODERAMENTO/EMANCIPAÇÃO
REDUÇÃO DE DANOS
ÉTICA DO CUIDAR
CUIDANDO DO CUIDADOR
DESAFIOS ATUAIS
INDICADORES ANTROPOSSOCIAIS
IDH – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
IDS – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL
FELICIDADE NACIONAL BRUTA
MMR – MAPA MÍNIMO DE RELAÇÕES
FADIGA POR COMPAIXÃO STRESS DO CUIDADOR
SÍNDROME DE BURNOUT
Rede Tecer o Futuro – Guia de Promoção de Resil iência – Cenise Monte Vicente.
Projetos e Programas Sociais – Da concepção do Projeto à Prática Profissional – Maria Iannarell i .
Terapia Comunitária Passo a Passo – Adalberto Barreto.
Responsabil idade Social Empresarial – Roberto Galassi Amaral.
Convivendo com Gente Dif íci l – Donald Weiss.
IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – Redes Intersetoriais de Desenv.Comunitário – Célia R.B.Schilther
Fortalecendo a Resil iência Famil iar – Froma Walsh
Enfermeiras e Família – Wright Leahey.
REFERÊNCIAS TEÓRICAS
.
Visitando a Família ao Longo do Ciclo Vital / A Família como Modelo/ Família E... – Ceneide M.Oliveira Cerveny.
A Família Como Espelho – Cyntia Andersen Sarti.Repensando o Investimento Social: A Importância do Protagonismo
Comunitário/Desenvolvimento Comunitário baseado em talentos e recursos locais - Lycia e Rogério Arns Neumann. Instituto IDISDesenvolvimento Local e Fundações Comunitárias em Áreas Urbanas:desafios e
oportunidades – Fundação Tide Setubal e GIFE.Novas Dinâmicas para Grupos – A Aprendência do conviver – Simão de Miranda.Aprendendo a Ser e a Conviver – Margarida Serrão e Maria Clarice Baleeiro.Pedagogia da Autonomia/Pedagogia do Oprimido/Ação Cultural para a Liberdade –
Paulo Freire.O Amor que Acende a Lua – Rubem AlvesO Amor é o Caminho (maneiras de cuidar) – Maria Julia PaesRompendo o Silêncio: Faces da Violência na Velhice – Marília Viana Berzins.Da arte de Compartilhar – Uma metodologia de trabalho social com famílias – Mariana
C.Moreira.Fortalecendo a Resilliência Famiiliar – Froma Walsh.Manual de Orientação Familiar Sistêmica – Cristiana M.E.Berthoud e Maria Renata
M.CoelhoMude seu Falar que eu Mudo meu Ouvir – Carolina Fujihira.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FILMES
Colcha de Retalhos Saneamento Básico
A Festa de Babete O Auto da Compadecida
Elza e Fred Tapete Vermelho
Longe Dela Entre os Muros da Escola
Parente é Serpente Nas Profundezas do Mar sem Fim
A História de Nós Dois O Filho da Noiva
Uma prova de Amor De Porta em Porta
Por fim Viúva Meu Pai, Uma Lição de Vida
Como Água para Chocolate Gilbert Grape
Pranzo di Ferragosto (Almoço de Agosto) O Contador de Histórias
Diário de uma Paixão
Chocolate
Em Seu Lugar
REFERÊNCIAS
“ É a possibil idade que me faz continuar e não a certeza. Uma espécie de aposta da minha parte. E, embora me possam chamar sonhador, louco ou qualquer outra coisa, acredito que tudo é possível.. ."
Autor desconhecido .
mariabm.iannarel l i@gmail.com
FINALIZANDO...
ROTEIRO PROMOÇÃO DE RESILIÊNCIA (AUTORA: CENISE MONTE VICENTE)Recomendações para a vida cotidiana
1) A construção do sentidoAs condições adversas de vida podem levar as pessoas a
uma atitude existencial provisória, um modo de ocupar-se apenas com o presente baseando-se numa atitude fatalista, de que "não tem jeito", "não adianta".
A construção do sentido é acompanhada da introdução do futuro. Mas, este futuro precisa ser experimentado, por isso os projetos iniciais têm que ser de curto prazo, viáveis e concretos. As atividades lúdicas, a organização de uma festa, de um campeonato, permitem que o potencial se expresse e, simultaneamente, haja prazer ou satisfação .
ROTEIRO
2) Calendário Baiano
Tão logo uma atividade tenha sido realizada, uma nova deve mobilizar o grupo, de modo a introduzir novos sentidos. A sucessão de sentidos pode solicitar atitudes diferentes, pode criar possibil idades de novos destaques, pode criar espaço para que uma aquisição recentemente adquirida possa aprimorar-se e oferece novos papéis, retirando os envolvidos das estereotipias frequentes nas experiências crônicas.
O futuro, a autoestima e a autoconfiança estão sendo trabalhados pela tarefa.
ROTEIRO
3) O sentido e o lugar no mundo
Junto com a construção da vontade de sentido, podemos fomentar na criança e no jovem um projeto de lugar no mundo, no futuro. Os jovens que não conseguem imaginar seus futuros são os mais frágeis. Se o futuro não existe, ou se a pessoa não "ocupa" um lugar no mundo no futuro, não há esperança, não há desafio.
ROTEIRO
4) O ensino fundamental e o sentido
Muitos jovens não conseguem entender para que serve o conhecimento. Fica dif íci l dedicar-se a algo cuja f inal idade não está clara ou que não tem gancho com a vida e a perspectiva do aluno.
Devido a isto, torna-se fundamental estabelecer os nexos entre as matérias básicas e as profissões. Assim, o aluno pode entender para quê serve a matemática, a l íngua portuguesa, as ciências, pois, junto com estes saberes, existem modos de estar no mundo, por meio da produção. Cria-se uma ponte entre o ensino, o mundo e o futuro. Aprender passa a fazer sentido pessoalmente .
ROTEIRO
5) A auto-estima
Muitos meninos têm uma autoimagem negativa. Cresceram ouvindo "profecias" extremamente negativas e desqualificadoras. A equipe que desejar desenvolver no jovem amor por si mesmo e pelos demais precisa desconstruir a imagem que o menino trouxe. Esta desconstrução não é difíci l . Dependerá do olhar da equipe para as qualidades e potencial do jovem.
ROTEIRO
6) Cuidar-se e cuidar
Os cuidados com o próprio corpo têm um importante papel na promoção da auto-estima. Estimular a capacidade de cuidar de si mesmo. E simultaneamente fomentar os cuidados com os ambientes onde o cotidiano transcorre. A dimensão estética, as cores, as formas e a construção de "coisas belas" devem ser estimuladas. É claro que esta estética virá marcada pelos interesses da adolescência, da cultura, da época, mas o que nos interessa é o movimento de preservação, de carinho, enfim, da autopreservação .
ROTEIRO
7) Livro de ocorrências novo
Nas instituições, existe sempre um registro das chamadas "ocorrências", destinado a anotar os problemas, os erros, as brigas, as medidas adotadas frente aos conflitos. Este l ivro precisa mudar de enfoque.
Quando o menino acerta, quando eles se entendem, quando revelam suas qualidades e interesses, onde fica o registro? Precisamos começar a anotar as soluções, as possibil idades.
Se esta mudança é estabelecida, começamos a fazer profecias positivas e o adolescente tem a oportunidade de mudar sua auto-imagem e sua postura.
ROTEIRO
8) Os gestos anti-sociais
Quando o menino ou menina são agressivos ou "inadequados", o que fazer?
Antes de atribuir os motivos do jovem e condená-lo com alguma medida discipl inar, precisamos entender o acontecimento. Entender suspendendo a tendência de classif icar entre certo e errado, bom e mau. A maioria destes atos expressa um pedido de socorro ou um fragmento importante da vida do sujeito.
Compreender uma conduta fora do campo onde ocorreu é impossível. A biografia e o contexto são fundamentais.
ROTEIRO
9) Não contra-atuarQuando o jovem apresenta um
comportamento disruptivo, é muito freqüente que a resposta
correspondente do operador seja uma espécie de espelho. Se o menino está,
por exemplo, nervoso, o educador entra na cena como um
complementar, fazendo com que aquela atualização de algo biográfico ou pedido de socorro se transforme em questão disciplinar e não numa
possibilidade de diálogo e elucidação das origens da atitude.
ROTEIRO
10) Desaquecendo as cenasEstes momentos de tensão são
quentes, dominados por escassa disposição para ouvir e compreender.
São necessários procedimentos de desaquecimento. Além de não
complementar a cena violenta, o operador deve facilitar a expressão verbal de todos os protagonistas,
retirar o conflito da dimensão dramática e introduzi-lo num campo do diálogo, no qual poderá ocorrer
elaboração.
ROTEIRO
11) As pequenas alegriasMomentos de conversas
coletivas, de cantoria, de leitura em grupo, de narrativa popular
podem ser momentos de restauração, de trégua e
também de elaboração. As histórias têm sempre uma
mensagem, uma lição. Mas, a atmosfera criada nestas
atividades talvez sejam mais importantes do que o recado
verbal. É a melodia da canção.
ROTEIRO
12) HumorO bom humor indica flexibilidade,
plasticidade mental. Revela a capacidade de fazer de conta, de
olhar as coisas com certa distância, com crítica. Tal capacidade associa-se à capacidade de rir. O riso indica certo
distanciamento dos fatos, cria a possibilidade para que os eventos
possam ser entendidos sem afetar a pessoa de modo imediato.Aprende-se a relativizar.
ROTEIRO
13) Sistema de SocorroQuando algum direito fundamental
está ameaçado, como, por exemplo, o direito de aprender, os programas podem desenvolver um SOS. O
sistema de socorro deve atender a todos os envolvidos na situação de "risco": operadores e educandos.
Muitas situações resultam em exclusão ou expulsão. Se este
movimento puder ser substituído por processos de reinclusão qualificada,
todo mundo aprende.
Recommended