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Dentina

• Tecido conjuntivo especializado que forma a massa do dente que dá suporte ao esmalte e compensa sua fragilidade.

• Tecido avascular duro do complexo dentina-polpa que forma o maior volume do dente. Tecido elástico, branco-amarelado que protege a polpa central.

• Aproximadamente 70% do seu peso é mineralizado por cristais de hidroxiapatita.

• Principal componente orgânico é o colágeno (proteína fibrosa)

Introdução

• Formada pelos

odontoblastos;

• Os odontoblastos formam

dentina durante toda a vida

do indivíduo;

• Protege a polpa e sustenta

o esmalte;

Odontoblastos:

• Permanecem na dentina após formada;

• Tecido responsivo;

• Capaz de reparo, estimulando-se os odontoblastos para

reposição de dentina.

Introdução:

• A dentina e o esmalte são firmemente unidos na junção

amelodentinária (JAD).

• Responsável parcialmente pela cor da coroa do dente.

• Sua composição lembra o osso mas difere-se por ser

avascularizada, não conter células aprisionadas e possui

uma capacidade reparadora limitada.

Composição Química da Dentina

Possui constituintes inorgânicos e orgânicos:

• 70% mineral (45% do volume);

O alto conteúdo mineral torna a dentina mais dura do que o

cemento ou o osso e mais macia do que o esmalte.

• 20% matriz orgânica (33% do volume);

• 10% água (22% do volume).

Matriz inorgânica

• Embora outros minerais sejam encontrados na matriz

dentinária, a hidroxiapatita Ca10(PO4)6(OH)2 é o

principal componente inorgânico.

• Colágeno é o maior constituinte.

• Colágeno tipo I em maior quantidade.

Matriz Orgânica

Microscopia eletrônica de

varredura de dentina

descalcificada, mostrando as

fibras colágenas e os túbulos

dentinários.

• As glicoproteínas acidíferas são ricas em carboidratos e

contém grupos acidíferos;

• As duas proteínas mais proeminentes são: a osteonectina

e osteopontina;

• Lipídeos existem como um menor componente;

• Proteínas do plasma: albuminas plasmáticas e

glicoproteínas.

Matriz Orgânica

Dentina

• Por ser um tecido vivo, contém prolongamentos de

células especializadas e substância intercelular. Dentina

e polpa formam um complexo em íntima relação

topográfica, embriológica e funcional, por isso têm

características biológicas comuns.

Pré-dentina

• Limita a porção (pulpar) mais interna da dentina;

• Apresenta matriz não mineralizada e consiste principalmente

em colágeno, glicoproteínas e proteoglicana;

• A pré-dentina é mais espessa onde a dentinogênese ativa

está ocorrendo e sua presença é importante para manter a

integridade da dentina.

Propriedades Físicas:

• É uma estrutura branca amarelada. O tom do amarelo varia

com a idade e de um indivíduo para outro.

• Apresenta considerável elasticidade, devido ao arranjo em

rede das suas fibras colágenas, cedendo mediante pressões, e

com isso, amortece as forças mastigatórias impostas sobre o

esmalte, impedindo que o mesmo se frature.

• A dentina é canalicular e, portanto, permeável. Substâncias

podem penetrar através dos canalículos e atingir a polpa.

Permeabilidade Dentinária

• Os canalículos dentinários convergem para a polpa,

porque a superfície da área da junção dentina-esmalte é

maior.

• A dentina próxima à polpa tem mais canalículos

dentinários e menos matriz calcificada intercanalicular do

que a dentina periférica.

Permeabilidade Dentinária

• A permeabilidade é a soma de todos os processos que

atuam na passagem de substância e fluidos através do

tecido. A permeabilidade dentinária é também afetada

pelo grau de obturação dos canalículos dentinários, que

são o principal caminho através desse tecido.

• A quebra na continuidade desses canalículos será efetivo

na redução da permeabilidade dentinária. Os canalículos

podem terminar obliterados ou podem estar obliterados

somente em uma parte do seu comprimento (Myör 1982).

Anatomia Básica

• A dentina caracteriza-se pela presença de múltiplos

túbulos dentinários dispostos muito próximos que

atravessam toda sua espessura e contêm as extensões

citoplasmáticas dos odontoblastos, os quais formaram a

dentina e agora, a mantêm. Os corpos celulares dos

odontoblastos alinham-se ao longo da face interna da

dentina, formando, também, o limite periférico da polpa

dentinária.

• Apresenta:

1. Conteúdo tubular;

2. Processos

odontoblásticos;

3. Fibras nervosas.

Estrutura da Dentina

• São canalículos ocos que atravessam a dentina e alojam

os prolongamentos odontoblásticos.

Imagem de microscopia eletrônica por varredura.

Os prolongamentos odontoblásticos (Odp) seguem no interior

dos túbulos dentinários. (cabeças das setas)

• São pequenos espaços tubulares;

• Compostos de líquidos tissulares (de tecido);

• Alojam os prolongamentos odontoblásticos;

• Seu trajeto é curvo, assemelhando-se a um S, devido ao

trajeto dos odontoblastos durante a dentinogênese.

• O diâmetro e o volume desses canalículos variam,

dependendo da idade do dente, da localização do canalículo

na dentina. Além disso, eles são mais largos junto a polpa (2,5

um) e se tornam mais estreitos em suas extremidades

externas (1um).

• A configuração do túbulos indica o trajeto seguido pelos

odontoblastos durante a dentinogênese.

Corte por desgaste mostrando a

curvatura primária em formato em S

dos túbulos dentinários na coroa e o

seu trajeto retilíneo na raiz.

• Apresentam um diâmetro maior e estão mais

intimamente unidos, próximo a polpa.

Localização e tamanho dos

túbulos dentinários na JAD

(A) e na polpa (B).

A característica da

superfície da dentina

também pode modificar a

permeabilidade dentinária.

Dois extremos são

possíveis:

• Canalículos que estão completamente abertos, visto em fraturas recentes ou em dentina que sofreu ataque ácido.

• Canalículos que estão completamente fechados com smear-layer.

Embora o smear layer evite

a penetração de bactérias,

há espaço entre as

partículas microscópicas

entre o smear, que permite

moléculas tão grandes

como a albumina (peso

molecular 68000) penetrar

na dentina em quantidade

reduzida.

• A remoção do smear layer por ataque ácido aumenta a

permeabilidade dentinária, pois a remoção de debris

aumenta a superfície de área difusional. Esse

procedimento também permite a bactéria penetrar no

interior da dentina, onde elas podem migrar

vagarosamente em direção pulpar ou passar

rapidamente, se ajudadas pela pressão hidrostática, tal

como ocorre durante a mastigação de alimentos.

• Hipersensibilidade Dentinária:

Normalmente a dentina está recoberta pelo esmalte ou

cemento e, assim não está disponível à estimulação direta.

Quando as terminações periféricas dos canalículos estão

expostas, falamos em dentina hipersensível, quando de

fato ela se apresenta com muita sensibilidade.

NOTA

• Fibras Nervosas = “Envolvem parcialmente o processo

odontoblástico”.

Fibra nervosa encontrada no interior

do túbulo dentinário.

Classificação

Localização Padrão de

Mineralização Padrão de

Desenvolvimento

Classificação

Localização Padrão de

Mineralização Padrão de

Desenvolvimento

Localização

Dentina do Manto

Dentina Peritubular

Dentina Circumpular

Dentina Intertubular

• Dentina mais próxima à junção amelodentária (JAD) da

coroa;

• Consistência: fibras colágenas grandes que correm

perpendicularmente à JAD;

• Na raiz do dente não existe uma camada verdadeira de

dentina do manto;

• Os túbulos dentinários se ramificam na dentina do manto

• É a maior parte da dentina subjacente à dentina do manto;

• As fibras colágenas são menores e mais aleatoriamente

orientadas;

• Delineia a câmara pulpar.

• É a DENTINA que circunda e está mais próxima a cada

túbulo.

Dentina peritubular observada em corte por desgaste à microscopia eletrônica.

Dentina Peritubular

• É a dentina que constitui a parede do túbulo e

caracteriza-se pelo seu elevado conteúdo mineral (90%).

Nos dentes recém irrompidos, está ausente na porção da

dentina mais imediata à polpa e também pode,

dependendo da idade do dente, chegar a obliterar os

túbulos dentinários. Quando a dentina peritubular é

desmineralizada (descalcificada) resta da mesma uma

pequena porção de matéria orgânica, que juntamente

com a água, constitui 10% desta dentina

• Ausência de colágeno;

• Hipermineralizada;

• Em termos de desenvolvimento: Formação no interior do

túbulo DENTINA INTRATUBULAR.

• Sob desmineralização, a dentina intratubular desaparece

quase em sua totalidade.

- Imperceptível.

Bainha de Neuman:

zona entre as dentinas

inter e intratubular.

Micrografia eletrônica de

um corte desmineralizado

mostrando tanto a perda

mineral como o baixo

conteúdo orgânico da

dentina intratubular.

• É a DENTINA localizada entre os túbulos dentinários.

Dentina intertubular observada em corte por desgaste à microscopia eletrônica.

Dentina Intertubular.

• É a dentina situada entre os canalículos da dentina. A

dentina intertubular é a massa principal da dentina. É

altamente mineralizada, porém mais da metade do seu

volume está formado por matriz orgânica com grande

quantidade de colágeno.

Padrão de Mineralização

Dentina Interglobular

Dentina Esclerótica

Camada Granulosa de

Tomes

• Áreas de dentina não mineralizadas ou hipomineralizadas.

Dentina interglobular. A: corte por desgaste; B: corte desmineralizado corado por hematoxilina-

eosina; C: corte desmineralizado impregnado por nitrato de prata.

• Região da dentina onde os calcosferitos não chegam a

fundir-se em uma massa homogênea;

• Observada frequentemente logo abaixo da dentina do

manto.

Resultado de pequenas áreas

hipomineralizadas de dentina

Pequenos espaços aprisionados

que se formam ao redor dos

túbulos dentinários

Corte por desgaste longitudinal da

camada granulosa de Tomes.

• Constituída por túbulos dentinários que se tornaram

obliterados com material calcificado.

Microscopia eletrônica de varredura

mostrando as terminações fechadas dos

túbulos esclerosados.

• Esclerose dentinária: obstrução parcial ou total dos

túbulos da dentina que pode ocorrer como resultado da

idade ou se desenvolver em resposta a estímulos

persistentes, como: atrição na superfície do dente ou

cáries dentárias. Quando estes túbulos se preenchem

com depósitos mineirais, a dentina é denominada

esclerótica.

Fonte: Stephen Cohen, Kenneth M HARGREAVES.

Caminhos da Polpa: Endodontia.

NOTA

• A dentina em uma aparência vítrea e torna-se translúcida;

• Comum na parte apical da raiz.

Dentina esclerótica na área apical da

dentina radicular de um corte por

desgaste. A ausência de túbulos

(preenchidos por dentina esclerótica)

causa uma aparência transparente.

Padrão de Desenvolvimento

Dentina Primária

Dentina Terciária

Dentina Secundária

• Alteração da deposição de dentina primária para

secundária; Mudança no trajeto do túbulo dentinário “S”;

• Os túbulos são mais irregulares na dentina secundária.

Corte por desgaste de

dentina mostrando os

túbulos dentinários

acentuadamente curvados

enquanto atravessam a

dentina secundária.

• Resultado de processo patológico. Ex.: Cárie

Destruição da camada

odontoblástica

Migração das células da

polpa

Diferenciação das células da

polpa

Deposição de matriz de dentina

desorganizada

Aprisionamento das células na

matriz

DENTINA TERCIÁRIA

Dentina Terciária:

• Produzida em reação a estímulos nocivos como cárie e

processos de restauração dentária;

• Os odontoblastos diretamente afetados por estes

estímulos são responsáveis pela produção da dentina

terciária;

Dentina terciária. Observem os traços mortos sobrejacentes a dentina reacional.