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O Papel dos CFM no Desenvolvimento dos Portos Moçambicanos Eng. Rosário Mualeia Presidente do Conselho de Administração dos Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique - CFM

III Encontro de Portos da CPLP – Rosário Mualeia – CFM (Moçambique)

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Powerpoint de suporte à intervenção de Rosário Mualeia, Presidente dos Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), no III Encontro de Portos da CPLP, que decorreu nos dias 1 e 2 de Dezembro de 2010, no Centro de Convenções do Hotel Talatona, em Luanda. Intervenção subordinada ao tema “O Papel dos CFM no Desenvolvimento dos Portos Moçambicanos”. Integrada no painel “As infra-estruturas ao serviço da logística”, moderado por Marta Mapilele, Administradora Executiva da CFM (Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique). A organização do Encontro coube ao Porto de Luanda, com o apoio institucional do Ministério dos Transportes em nome do Governo de Angola. A magna reunião reuniu responsáveis das administrações portuárias dos seguintes países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal. Aprofundar as relações de trabalho e de cooperação, incrementar as relações comerciais entre os portos e contribuir para melhorar as relações de transporte e comerciais entre o conjunto de países de língua portuguesa foram os objectivos primaciais do encontro, cujas conclusões se encontram disponíveis em http://www.portosdeportugal.pt/sartigo/index.php?x=4349 Site oficial do III Encontro de Portos da CPLP disponível em http://www.cplpportos.com/ Site da CFM: http://www.cfmnet.co.mz/

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Page 1: III Encontro de Portos da CPLP – Rosário Mualeia – CFM (Moçambique)

O Papel dos CFM no Desenvolvimento dos Portos Moçambicanos

Eng. Rosário MualeiaPresidente do Conselho de Administração dos

Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique - CFM

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SUMÁRIO

Introdução; Localização Estratégica dos Portos Moçambicanos; Desenvolvimento dos Portos: Desafios e Perspectivas; Contribuição do CFM para o Desenvolvimento dos

Portos; A Estratégia de Concessionamento dos Portos

Moçambicanos; Investimentos em Curso; Considerações Finais.

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Moçambique

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Sistema Ferro-Portuário da África Austral

NAMIBIA

BOTSWANA

ANGOLA

LESOTHO

ZAMBIA

SWAZILAND

MOCAMBIQUE

TANZANIADRC

CONGO KENYA

BEIRA

MOMBASA

WALVIS BAY

MAPUTOLÜDERITZ

DAR-ES-SALAAM

PORT ELIZABETH

EAST LONDON

DURBAN

CAPE TOWN

SALDANHA

LOBITO

LUANDA

NACALA

RICHARDS BAY

MALAWI

ZIMBABWE

ÁFRICA DO SUL

LUSAKA

GABORONEWINDHOEK

HARARE

JOHANNESBURG

KINSHASA

BLANTYRE

BEITBRIDGE

PLUMTREE

VICTORIA FALLS

NAMIBE

LICHINGA

CUAMBA

TETE LUMBO

MARROMEUMUTARE

TSUMEB

MALANGE

MENONGUE

GOBABIS

DILOLO

HUAMBO

HEBO

TENKE

KAMINA

MCHINJIKAPIRI MPOSHI

KALADA

CHOZD

BULAWAYO

CHICUALACUALA

MAFEKING

KIMBERLEY

GABELAPORTO AMBOIM

LUENA

BRAZAVILLEPOINTE NOIRE

TABORA

KIGOMA

KABALO

KINBU

QUELIMANE

E.LAGOS

CACUACO

LUBANGO

INHAMITANGA

MOCUBA

o

oMtwara

oD.Ana

NAMIBIA

BOTSWANA

ANGOLA

LESOTHO

ZAMBIA

SWAZILAND

MOCAMBIQUE

TANZANIADRC

CONGO KENYA

BEIRA

MOMBASA

WALVIS BAY

MAPUTOLÜDERITZ

DAR-ES-SALAAM

PORT ELIZABETH

EAST LONDON

DURBAN

CAPE TOWN

SALDANHA

LOBITO

LUANDA

NACALA

RICHARDS BAY

MALAWI

ZIMBABWE

ÁFRICA DO SUL

LUSAKA

GABORONEWINDHOEK

HARARE

JOHANNESBURG

KINSHASA

BLANTYRE

BEITBRIDGE

PLUMTREE

VICTORIA FALLS

NAMIBE

LICHINGA

CUAMBA

TETE LUMBO

MARROMEUMUTARE

TSUMEB

MALANGE

MENONGUE

GOBABIS

DILOLO

HUAMBO

HEBO

TENKE

KAMINA

MCHINJIKAPIRI MPOSHI

KALADA

CHOZD

BULAWAYO

CHICUALACUALA

MAFEKING

KIMBERLEY

GABELAPORTO AMBOIM

LUENA

BRAZAVILLEPOINTE NOIRE

TABORA

KIGOMA

KABALO

KINBU

QUELIMANE

E.LAGOS

CACUACO

LUBANGO

INHAMITANGA

MOCUBA

o

oMtwara

oD.Ana

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Introdução

O CFM e uma entidade colectiva de direito público, que detém a capacidade de exploração no domínio da indústria de transporte ferro-portuário em Moçambique;

Neste âmbito, o CFM promove o desenvolvimento, expansão e modernização dos portos e vias férreas nacionais, quer através de investimentos directos quer por via de concessões.

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Desafios para o Desenvolvimento dos Portos em Moçambique (1)

Moçambique: País de trânsito;

Em termos de modelo de transporte, Moçambique é essencialmente um país de

trânsito;

Tráfego nacional e em transito estão em franco crescimento;

Economias de escala determinam portos de manuseamento;

Cargas a granel gravitarão à volta dos portos que podem receber grandes navios e

cujas distâncias, por terra, aos pólos de exploração induzam o melhor custo –

eficiência;

Os portos de Maputo, Beira e Nacala assumiram e continuarão a assumir o papel de

portos de transito nos próximos anos.

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Desafios para o Desenvolvimento dos Portos em Moçambique(2)

Vocação dos modos de transporte na canalização dos tráfegos para os portos:

Ferroviário: espinha dorsal, grandes volumes de carga a granel ou

contentorizada com origem e/ou destino aos principais entrepostos de

distribuição de carga;

Rodoviário: alimentação da rede ferroviária, pequenos volumes, cargas porta

a porta, principal rede de penetração em regiões remotas dos distritos;

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Perspectivas para o Desenvolvimento dos Portos em Moçambique

Dragagem dos canais de acesso aos Porto da Beira e

Maputo;

Estabelecimento de mecanismos de financiamento das

operações de dragagem e de manutenção das ajudas à

navegação;

Integrar os sistemas de transporte por forma a tornar a

ferrovia o principal sistema para o transporte de cargas

de grande tonelagem para os portos.

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Contribuição do CFM para o Desenvolvimento dos Portos em Moçambique

Portos e Caminhos de Ferro

O CFM tem investido na modernização e reabilitação das infra-estruturas

Portuárias;

O CFM Promove o desenvolvimento e expansão da rede ferroviária, na

perspectiva de espinha dorsal das infra-estruturas de transporte, em função do

desenvolvimento económico do País;

O CFM promove a excelência, produtividade e eficiência dos serviços portuários;

O CFM incentiva a criação de portos secos intermodais em locais estratégicos

do ponto de vista de produção, distribuição e logística, no país e na região;

Estimular a captação do tráfego internacional por via da modernização das infra-

estruturas portuárias, maior eficiência, fiabilidade e melhoria da gestão;

Promover o aumento da capacidade de armazenamento, manuseamento e outros

serviços acessórios à navegação internacional, nos portos nacionais.

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A Estratégia de Concessionamento dos Portos Moçambicanos

Em meados dos anos 90 o Governo de Moçambique e o CFM embarcaram num complexo programa de reestruturação;

Numa primeira fase a opção foi de privatizar apenas a gestao de terminais específicos;

Sob este prisma o CFM actuaria como proprietário das infra-estruturas e

manteria as operacoes ferroviarias e restantes terminais portuários;

Uma segunda opção foi o concessionamento completo das infra-estruturas ferroviarias e portuarias a consorcios com a seguinte estrutura accionista:

- CFM: 49%; - Investidor Privado: 51%;

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Overall structure of PSP Scheme

Problematização das Concessões Alternativas Decisão

Separação de Portos e Caminhos de Ferro

Unificado ou separado

Portos e Caminhos de Ferro como concessões separadas

contract

Participação Privada

• Terciarização• Contrato de Gestão• Arrendamento• Concessão • Venda Completa

Concessão

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Investimentos em Curso

Novo Terminal de Granito no Porto de Maputo; Novo Terminal de Ferro-Cromio no Porto de Maputo; Dragagem do Canal de Acesso ao Porto de Maputo; Dragagem capital do Porto da Beira e aquisição de nova Draga; Construção de um Terminal de Ferro-cromio no Porto da Beira Construção de um novo Terminal de Carvão no Porto da Beira; Reconstrução da Linha Férrea de Sena e Reabilitação da Linha Férrea de

Machipanda; Reabilitação de Vagões e Locomotivas;

Expansão do Terminal de Contentores no Porto de Maputo;

Construção da Segunda Fase do Terminal de Viaturas no Porto de Maputo;

Reabilitação do Terminal de Combustíveis no Porto de Maputo;

Expansão do Terminal Carvão/Magnetite no Porto Industrial da Matola;

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OUTROS INVESTIMENTOS: PROJECTO DO PORTO DE AGUAS PROFUNDAS DE PONTA TECHOBANINE

LOCALIZAÇÃO: PONTA TECHOBANINE, NO SUDOESTE DE MOÇAMBIQUE [70 KM SUL DO PORTO DE MAPUTO]

CALADO DO CANAL DE ACESSO, CAIS DE ACOSTAMENTO E BACIAS DE MANOBRAS:25 METROS

AREA PROPOSTA PARA CONCESSÃO : 22.000 HECTARES NA PONTA TECHOBANINE

INVESTIMENTO:≈USD 500M [CONSTRUÇÃO DO PORTO DE AGUAS PROFUNDAS COM VIAS FERREAS E RODOVIARIAS, TERMINAL PARA DESCARGA E TERMINAL DE TANCAGEM]

POTENCIAL PARA EXPORTAÇÃOVOLUMES PROJECTADOS A INICIAR COM 10MPA E ATINGINDO 30MTPA

CAPITALIZAÇÃO DE OPORTUNIDADE 30% DA NAVEGAÇÃO INTERNATIONAL PASSA PELO CANAL DE MOÇAMBIQUE – A NOSSA POSIÇÃO GEO-ESTRATEGICA NAS ROTAS DO COMERCIO INTERNACIONAL!

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Lições Aprendidas do Processo de Concessao da Gestão dos Portos

Definir como estratégia a concessao por Terminais e nunca o porto no seu todo;

A selecção do parceiro privado por via de concurso publico nem sempre garante que seja seleccionado o melhor concessionário;

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Evolução do Volume de Manuseamento de Carga nos Portos Moçambicanos

1975 - 2009 MANUSEAMENTO GLOBAL DE MERCADORIA

1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2009CABOTAGEM 763.3 1 135.6 395.8 724.6 244.5 281.0 345.4 171.1 INT. MOÇAMBIQUE 2 883.8 2 233.7 1 058.5 1 170.9 1 153.5 2 293.5 5 058.1 7 017.4 TRÂNSITO 12 497.2 6 608.4 1 761.2 2 418.9 3 138.8 3 522.1 4 576.9 5 418.1 TOTAL 16 144.3 9 977.7 3 215.5 4 314.4 4 880.1 6 096.6 9 980.4 12 606.6

16 144.3

9 977.7

3 215.5

4 314.4 4 880.1

6 096.6

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-

2 000.0

4 000.0

6 000.0

8 000.0

10 000.0

12 000.0

14 000.0

16 000.0

18 000.0

1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2009

10^3

TO

NS

ME

TR

ICA

S

YEARS

CABOTAGEM INT. MOÇAMBIQUE TRÂNSITO TOTAL

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Considerações Finais

Constata-se que algumas concessões ainda não atingiram os níveis

desejados, porem esforços estão sendo desenvolvidos nesse sentido.

Estabilidade de fluxos de tráfego;

Sistemas Operacionais Publico e Privados Simples e Flexíveis;

Implementação de um serviço continuo desde a origem das cargas ate ao destino;

Introdução de novas tecnologias e novos processos de gestão;

Participação do sector privado no planeamento, investimento, gestão e manutenção do sistema ferro-portuario;

Garantia de satisfação de Clientes.

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Obrigado pela atenção!