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1 Rui Brites* O problema da medida no inquérito por questionário: contributos teórico-metodológicos para minimizar o efeito de «desejabilidade social» * Professor auxiliar do Departamento de Métodos Quantitativos do ISCTE e Investigador do CIES/ISCTE. e-mail: [email protected]

O Problema da Medida nos Inquéritos po Questionário

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1

Rui Brites*

O problema da medida no inquérito por questionário:

contributos teórico-metodológicos para minimizar

o efeito de «desejabilidade social»

* Professor auxiliar do Departamento de Métodos Quantitativos do ISCTE e Investigador do CIES/ISCTE.e-mail: [email protected]

2

Experimentem colocar um martelo nas mão de

uma criança e verão…

Como tudo é susceptível de levar uma martelada!

The statistics on sanity are that one out of every four persons is suffering from some form of mental illness. Think of your three best friends. If they’re okay, then it's you.

Rita Mae Bown*

* Cit. em Maroco, J. (2007), Análise Estatística – Com Utilização do SPSS, Lisboa, Sílabo.

3

Por desejabilidade social entende-se o acto responderda forma que se julga mais aceitável socialmente aquestões formuladas através de inquérito porquestionário (especialmente quando é auto-administrado) ou de entrevista pessoal, embora nestasseja mais fácil controlar as respostas e minimizar oefeito.

Com efeito, porque se quer transmitir uma “boaimagem”, há tendência para responder da forma que seconsidera mais aceitável em termos sociais – a “boaresposta”.

É um problema recorrente na investigação em CiênciasSociais e nem sempre fácil de minimizar, que podeproduzir sérios enviesamentos nos resultados,carecendo, por conseguinte, de especial atenção porparte do investigador.

4

As populares escalas tipo Likert, que exprimem umaintensidade, muito usadas para medir representaçõessociais, atitudes, crenças, valores, etc. podem ser, elaspróprias, indutoras da “boa resposta”.

Com efeito, no que se refere ao tratamento estatísticodeste tipo de escalas, as opiniões dividem-se entre osque defendem a sua continuidade e, aceitamestatísticas baseadas nas quantificações iniciais(correlação de pearson, comparações de médias, etc.) eos que apontam a inexistência de comparabilidade degrandeza entre os valores atribuídos às categorias devariáveis deste tipo, assumindo apenas relações deordem.

Para os primeiros, assume-se que é possível através damédia de um conjunto de indicadores atitudinais sobre umobjecto específico, comparar os indivíduos entre si.

5

Tal facto origina, como se sabe, grandes enviesamentos

decorrentes do “efeito de desejabilidade social” nas

respostas obtidas através de inquéritos por questionário,

que decorrem do facto de os inquiridos diferirem no modo

como utilizam os diversos pontos de uma escala, isto é,

nos pontos de ancoragem*

• para uns tudo é muito importante;

• outros, cautelosamente, recorrem ao ponto central da escala;

• outros têm relutância em utilizar as posições extremas;

• Outros, ainda, têm dificuldade em se posicionarem em pontos intermédios entre o positivo e o negativo.

Cfr. Ramos, A. (2006), “Dinâmicas dos valores sociais e desenvolvimento socioeconómico”, em J. Vala eA. Torres (orgs.) Contextos e Atitudes Sociais na Europa, Lisboa, ICS, Imprensa de Ciências Sociais: 183-218.

6

O problema do ponto central nas escalas

tipo Likert de Concordância

7

Fonte: ESS-European Social Survey, round 2, 2004

8

9

Resultados(percentagens)

Fonte: ESS-European Social Survey, round 2, 2004

10

Resultados(médias)

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

Uma mulher deviaestar preparada para

reduzir o seu trabalhoremunerado para obem da sua família

Os homens deviam tertantas

responsabilidadescomo as mulheres em

relação à casa e aosfilhos

Quando os empregossão poucos, os

homens deviam terprioridade em ocupá-

los em relação àsmulheres

Quando há criançasem casa, os pais

deviam manter-sejuntos, mesmoquando não seentendem bem

A família mais próximadevia ser a principalprioridade na vida de

cada um

Média Centro da escala

Concorda totalmente

Discorda totalmente

Fonte: ESS-European Social Survey, round 2, 2004

11

Problemas desta escala

• É legítimo assumir a continuidade da escala e tratar as variáveis como se fossem quantitativas?

• O ponto central (nem concorda nem discorda) representa o quê?

- Uma posição intermédia entre discordância e concordância?

ou

- Não ter uma opinião formada?

12

O ponto central é claramente ambíguo,devendo, por conseguinte, ser evitado.

Em alternativa, propomos a utilização deuma escala sem ponto central, com 6posições distintas:

• Discordo totalmente;• Discordo muito;• Discordo pouco;• Concordo pouco;• Concordo muito;• Concordo totalmente.

13

A Comparabilidade

de resultados

Dêem-me um ponto fixo e

conseguirei mover o UniversoArquimedes

14

O problema do ponto fixo na

comparação de médias e a

minimização do efeito de

“desejabilidade social”

15

Comparação de médias entre países

Sugestão:

Centrar as médias em cada país

Procedimento:

Subtrair a média do país à resposta dos respectivos inquiridos.

16

Autoposicionamento político na Europa(médias)

Escala: 0=esquerda; 10=direitaFonte: ESS-European Social Survey, round1, 2002

1. Escala por defeito(automático)

0

1

2

3

4

5

6

No

rueg

a

Su

écia

Fin

lân

dia

Din

amar

ca

Rei

no

Un

ido

Fra

nça

Ale

man

ha

Áu

stri

a

Ho

lan

da

Bél

gic

a

Lu

xem

bu

rgo

Su

íça

Irla

nd

a

Hu

ng

ria

Rep

.Ch

eca

Po

lón

ia

Esl

ové

nia

Ital

ia

Esp

anh

a

Po

rtu

gal

Gré

cia

Autoposicionamento político Centro da escala

17

Autoposicionamento político na Europa(médias)

Fonte: ESS-European Social Survey, round1, 2002

2. Escala real (modificada)

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

No

rueg

a

Su

écia

Fin

lân

dia

Din

amar

ca

Rei

no

Un

ido

Fra

nça

Ale

man

ha

Áu

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Ho

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Bél

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a

Lu

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bu

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Irla

nd

a

Hu

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Rep

.Ch

eca

Po

lón

ia

Esl

ové

nia

Ital

ia

Esp

anh

a

Po

rtu

gal

Gré

cia

Autoposicionamento político Centro da escala

Esquerda

Direita

18

Autoposicionamento político na Europa(médias centradas no país)

Fonte: ESS-European Social Survey, round1, 2002

3. Média centrada no país

-0,20

-0,15

-0,10

-0,05

0,00

0,05

0,10

0,15

0,20

No

rueg

a

Su

écia

Fin

lân

dia

Din

amar

ca

Rei

no

Un

ido

Fra

nça

Ale

man

ha

Áu

stri

a

Ho

lan

da

Bél

gic

a

Lu

xem

bu

rgo

Su

íça

Irla

nd

a

Hu

ng

ria

Rep

.Ch

eca

Po

lón

ia

Esl

ové

nia

Ital

ia

Esp

anh

a

Po

rtu

gal

Gré

cia

Esq

uerd

a

Dir

eita

Média do país

19

Autoposicionamento político na Europa, por grau de escolaridade(médias centradas no país)

Fonte: ESS-European Social Survey, round1, 2002

3. Média centrada no país

-1,0

-0,8

-0,5

-0,3

0,0

0,3

0,5

0,8

1,0N

oru

ega

Su

écia

Fin

lân

dia

Din

amar

ca

Rei

no

Un

ido

Fra

nça

Ale

man

ha

Áu

stri

a

Ho

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da

Bél

gic

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Lu

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bu

rgo

Su

íça

Irla

nd

a

Hu

ng

ria

Rep

.Ch

eca

Po

lón

ia

Esl

ové

nia

Ital

ia

Esp

anh

a

Po

rtu

gal

Gré

cia

Até 9º ano concluído 12º ano concluído > 12º ano

Esq

uerd

a

Dir

eita

Média do país

20

Autoposicionamento político na Europa, por grau de escolaridade(médias centradas no país)

Fonte: ESS-European Social Survey, round1, 2002

2. Média centrada no país

-1,0

-0,8

-0,5

-0,3

0,0

0,3

0,5

0,8

1,0N

oru

ega

Su

écia

Fin

lân

dia

Din

amar

ca

Rei

no

Un

ido

Fra

nça

Ale

man

ha

Áu

stri

a

Ho

lan

da

Bél

gic

a

Lu

xem

bu

rgo

Su

íça

Irla

nd

a

Hu

ng

ria

Rep

.Ch

eca

Po

lón

ia

Esl

ové

nia

Ital

ia

Esp

anh

a

Po

rtu

gal

Gré

cia

Até 9º ano concluído 12º ano concluído > 12º ano

Esq

uerd

a

Dir

eita

Média do país

21

Autoposicionamento político em Portugal, por região e género(médias centradas no país)

Fonte: ESS-European Social Survey, round1, 2002

2. Média centrada no país

-2,0

-1,5

-1,0

-0,5

0,0

0,5

1,0

1,5

Norte Centro Lisboa e Valedo Tejo

Alentejo Algarve

Homens Mulheres

Média

Esq

uerd

a

Dir

eita

22

“Medir” valores

Proposta de Schwartz

A literatura sobre os valores revela a existência devárias abordagens teóricas e metodológicas sobre anatureza dos valores (Inglehart, 1977; Schwartz,1992), realçando, no entanto, as suas propriedadesaxiológicas. Como afirma Rokeach (1973: 122): “Oconhecimento dos valores de uma pessoa deveriapermitir-nos predizer como é que ela se comportaráem diversas situações experimentais e da vida real”.

23

No final da década de 80 Schwartz e Bilsky (1987)lançaram as bases de uma teoria estrutural dos valoresque tem sido desenvolvida e verificada através dediversas pesquisas interculturais. Na perspectiva deSchwartz, os valores expressam metas motivacionaisindividuais:

“o conteúdo fundamental que diferencia os valoresentre si é o tipo de meta motivacional que expressam”(Schwartz, 1996). A tipologia de valores humanosdesenvolvida pelo autor tem como base o “Inventáriode Valores Humanos” e, na sua formulação maisrecente contempla 21 indicadores constitutivos de 10tipos de valores motivacionais, que se diferenciamentre si pelas metas e interesses que perseguem.

24

25

Os indicadores são medidos através de uma escala de seispontos, pedindo-se aos inquiridos que se posicionem namesma, de acordo com as seguintes categorias:“exactamente como eu”; “muito parecido(a) comigo”;“parecido(a) comigo”; “um bocadinho parecido(a) comigo”;“nada parecido(a) comigo” e “não tem nada a ver comigo”.

Com o objectivo de minimizar o efeito de desejabilidadesocial que caracteriza as respostas a este tipo dequestões, o autor sugere que o score de cada um dos 10tipos de valores motivacionais seja obtido através damédia aritmética dos respectivos indicadores, subtraído damédia dos 21 indicadores.

Ou seja, assume-se que a posição individual em cada umdos valores é medida por referência à média dos 21indicadores, devendo, por conseguinte, ser interpretadacomo identificação positiva, neutra ou negativa face aoconjunto.

26

Aplicação da proposta de Schwartz aos

valores sobre o trabalho

O ESS round 2 apresenta uma questão relativa aosvalores sobre o trabalho que contempla os seguintesindicadores:

Se estivesse à procura de trabalho, qual a importânciaque cada um dos seguintes aspectos teria para sipessoalmente

• Trabalho seguro• Remuneração elevada• Boas oportunidades de promoção• Um trabalho em que pudesse ter iniciativa• Um trabalho que lhe permitisse conciliar o trabalho com

as responsabilidades familiares.

27

Se estivesse à procura de trabalho, qual a importância que cada um dos seguintes aspectos teria para si pessoalmente:

Valores sobre o Trabalho, na Europa(percentagens)

Fonte: ESS-European Social Survey, round1, 2002

28

Valores sobre o Trabalho, na Europa(médias)

Fonte: ESS-European Social Survey, round1, 2002

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

5

Trabalho seguro Remuneração elevada Boas oportunidadesde promoção

Um trabalho em quepudesse ter iniciativa

Um trabalho que lhepermitisse conciliar o

trabalho com asresponsabilidades

familiaresMédia Centro da escala

Muito importante

Nada importante

29

Prioridades dos Valores sobre o Trabalho, na Europa(médias centradas individualmente)

Fonte: ESS-European Social Survey, round1, 2002

-0,50

-0,40

-0,30

-0,20

-0,10

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

Trabalho seguro Remuneraçãoelevada

Boas oportunidadesde promoção

Um trabalho em quepudesse ter iniciativa

Um trabalho quepermita conciliar com

responsabilidadesfamiliares

Imp

ort

ante

Po

uco

imp

ortan

te

Média

30

Prioridade dos valores sobre o trabalho por país(médias centradas individualmente)

-0.8

-0.6

-0.4

-0.2

0.0

0.2

0.4

0.6

Noru

ega

Suécia

Fin

lândia

Din

am

arc

a

Islâ

ndia

Rein

o U

nid

o

Fra

nça

Ale

manha

Áustr

ia

Hola

nda

Bélg

ica

Luxem

burg

o

Suíç

a

Irla

nda

Hungri

a

Rep.C

heca

Poló

nia

Eslo

vénia

Eslo

váquia

Estó

nia

Espanha

Port

ugal

Gré

cia

Tota

l

Trabalho seguro Remuneração elevadaBoas oportunidades de promoção Um trabalho em que pudesse ter iniciativaUm trabalho que permita conciliar com responsabilidades familiares

Os europeus, na sua maioria, dão prioridade à segurança no emprego e à conciliação dotrabalho com a família, por um lado, e desvalorizam uma remuneração elevada e boasoportunidades de promoção, por outro.Poderá ver-se, em particular na primeira dimensão, um sintoma reactivo à concorrênciaacrescida no mercado de trabalho induzida pela globalização, de que a deslocalização daprodução para países fora da Europa com mão-de-obra mais barata e a resultanteprecarização constituem sinais visíveis.

Fonte: ESS-European Social Survey, round1, 2002

31

Valores sobre o trabalho: perfil dos países

SPSS/CatPCA. Cronbach Alpha = 0852; Variance Accounted for Dimensions=62,8%

Um trabalho que permita conciliar com

responsabilidades familiares

Um trabalho em que pudesse ter

iniciativa Remuneração elevada

Boas oportunidades de promoção

Trabalho seguro

EslovaquiaEslovenia

Suécia

Portugal

Polónia

Noruega

Holanda

Luxembourgo

Islândia

Irlanda

Hungria

Grécia

Reino Unido

França

Finlândia

Espanha

Estonia

Dinamarca Alemanha

Rep.Checa

Suíça

Belgica

Áustria

Fonte: ESS-European Social Survey, round1, 2002

32

32

Prioridade dos valores sobre o trabalho por Classes sociais(médias centradas individualmente)

-0.5

-0.4

-0.3

-0.2

-0.1

0.0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

Empresários eDirigentes

ProfissionaisLiberais

Profissionaistécnicos e de

enquadramento

Trabalhadoresindependentes

Empregadosexecutantes

Operários

Trabalho seguro Remuneração elevadaBoas oportunidades de promoção Um trabalho em que pudesse ter iniciativaUm trabalho que permita conciliar com responsabilidades familiares

Fonte: ESS, round 2 (2004)

33

Valores sobre o trabalho: perfil das classes sociais

Um trabalho que permita conciliar com

responsabilidades familiares

Um trabalho em que pudesse ter

iniciativa Remuneração elevada

Trabalho seguro

Boas oportunidades de promoção

SPSS/CatPCA. Cronbach Alpha = 0852; Variance Accounted for Dimensions=62,8%

Fonte: ESS-European Social Survey, round1, 2002

Operários

Empregados executantes

Profissionais Liberais Empresários

e Dirigentes

Trabalhadores indepentes

Profissionais técnicos e de

enquadramento

34

“Medir” atitudes

Proposta de Ajzen e Fishbein*

* Ajzen, I. e M. Fishbein (1980) Understanding Attitudes and Predicting Social Behavior, New Jersey, Prentiss-Hall.

Teoria da Acção Reflectida

35

De acordo com os autores, os comportamentos não são difíceisde predizer uma vez que, embora não exista umacorrespondência directa entre intenção e comportamento,desde que se identifiquem as determinantes das intenções, épossível compreender aquele e, por conseguinte, prevê-lo.

No seu modelo a intenção de um indivíduo é uma função deduas determinantes principais: uma de natureza pessoal e outraque reflecte a influência social.

Como notam: os indivíduos terão tendência a executar umcomportamento quando o avaliarem positivamente e quandoacharem que outros que são importantes para eles pensaremque eles o devem fazer.

A primeira expressa-se na avaliação positiva ou negativa face aocomportamento em si mesmo e denomina-se atitude em relaçãoao comportamento;

A segunda é a percepção das pressões sociais para a execução ou não do comportamento em causa e denomina-se norma subjectiva.

36

A novidade desta abordagem reside no facto de, apesar devárias pesquisas no âmbito da psicologia social teremdemonstrado a fraca consistência empírica entre atitudes ecomportamentos

medições adequadas da atitude estão fortemente relacionadas coma acção. [...] as atitudes em relação a um objecto podem predizerapenas um padrão geral de comportamento; elas têm pouco valorse o que nos interessa é prever e compreender alguma acção emparticular relativa ao objecto. Para predizer um comportamentosingular temos que avaliar a atitude da pessoa em relação aocomportamento e não a sua atitude em relação ao alvo a que ocomportamento é dirigido.

[…] o comportamento de um indivíduo é determinado pela suaintenção de realizar esse comportamento e a intenção é, por suavez uma função da sua atitude em relação a esse comportamento e

da sua norma subjectiva.(pág. 62)

37

Atitude face ao comportamento:

esta variável exprime o grau com que uma pessoa faz umaavaliação favorável ou desfavorável do comportamento emquestão. A sua medição consiste em medir as crenças sobre oobjecto, por um lado, e a força dessas crenças, por outro,multiplicando-se os respectivos resultados. A soma destestraduz aquela medida.

ExemploAtitudes face ao trabalho*

* Brites, R (1998), “Para uma análise da satisfação com o trabalho”, em Sociologia –

Problemas e Práticas, nº 26, Lisboa, Celta.

38

Crenças sobre o trabalho

Valores sobre o trabalho

39

Crenças sobre o trabalho(médias)

Valores sobre o trabalho(médias)

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

5,5

6,0

Até 30 anos 31 - 40 anos 41 - 50 anos > 50 anos

O meu trabalho está claramente definido, estruturado e é estávelNo meu trabalho existe uma clara hierarquização da autoridade, assumindo os órgãos de direcção a responsabilidade de todos os aspectos do trabalhoNo meu trabalho, o factor económico está entre os factores mais importantes para a minha motivaçãoCentro da escala

Nadacorrecto

Totalmente correcto

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

5,5

6,0

Até 30 anos 31 - 40 anos 41 - 50 anos > 50 anos

Um trabalho deve estar claramente definido, estruturado e ser estávelUm trabalho deve exigir uma clara hierarquização da autoridade, assumindo os órgãos de direcção a responsabilidade de todos os aspectos do trabalhoNum trabalho, o factor económico deve ser um dos factores mais importantes para a motivaçãoCentro da escala

Muito negativo

Muito positivo

40

Atitudes face ao trabalho(medida conjunta da crença pelo respectivo valor)

Procedimentos:

1. Recodificar as crenças numa escala de

0=nada correcto a 5=totalmente correcto

2. Recodificar os valores numa escala bipolar:

-2=nada correcto a 2=totalmente correcto, assumindo os pontos centrais da escala original (3 e 4) o valor 0

3. Criar a medida conjunta

Multiplicando a crença pelo respectivo valor

41

Atitudes face ao trabalhoCrenças x Valores

(médias)

-1,5

-1,0

-0,5

0,00,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,04,5

5,0

5,5

6,0

Até 30 anos 31 - 40 anos 41 - 50 anos > 50 anos

Trabalho claramente definido, estruturado e estável Trabalho hierarquizado Motivação económica

Po

siti

va

Neg

ativa