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Trabalho Semestral

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INTRODUÇÃO

O mundo carolíngio – Com a queda do Império Romano do Ocidente em 476 d.C., a Europase encontrava esfacelada e dividida pelas invasões bárbaras. Para reunificá-la e centralizarnovamente o poder, Carlos Magno fundou no século VIII o Império Carolíngio. Mas sem finançasestáveis, sem um exército permanente e imerso numa sociedade baseada em juramentos eobrigações pessoais, seu esforço não prosperou. Serviu, isto sim, como fator importante queinfluenciou o surgimento de um novo sistema social, político e econômico que duraria mil anos, oFeudalismo.

Império Carolíngio: Organização política, econômica e social

Durante o primeiro semestre de S. VIII. os reismerovíngios não são nadas além de fantochesprisioneiros de sua aristocracia arruinada. O poderreal está nas mãos dos prefeitos do palácio, ascabeças da aristocracia. As guerras que enfrentamdiferentes reinos merovíngios logo confinado a umaluta entre os Stewards Palace, Nêustria e daAustrásia. Em 687, o mordomo austrasiano Pepinode Herstal conseguiu uma vitória decisiva em Tetry,para esmagar as forças da Nêustria, determinando odestino de sua raça. Pepino de Herstal, dispõe devastos domínios na região do Meuse e Reno, localizado na cabeça de uma vasta clientela, refeitopara a sua unidade de benefício Gália. Uma nova dinastia, destinado a mudar a paisagemgeopolítica da Europa Ocidental surgiram. Esta é a dinastia carolíngia.

Uma das maiores conquistas da Pepino foi a resistência contra ospovos árabes, forte no califado de Al-Andalus, que cobria grandeparte da Península Ibérica, ameaçando cruzar os Pirineus eadiantamento sobre o resto dos eventos europeus. Ao mesmo tempo,outros povos do leste, tentando também conquistar o território livre.Para fazer face a estas ameaças Pepino sabia que ela tinha que ter aaliança de outros reinos cristãos e, para isso, nada melhor do que paraestabelecer uma aliança estratégica com o Papado Romano, chefe docristianismo no Ocidente. Pepino não hesitou em vir em auxílio doPapa Stephen, cujo papal territórios na península italiana em perigoantes do avanço dos lombardos, derrotá-los promovida uma relação

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Pepino o Breve (715-768)

Ato de tributo – Vassalo ao seu Senhor

mais próxima entre os dois poderes, de modo que o reino franco tornou-se o O braço armado doPapa.

Tendo tomado o poder, primeiras ações de Carlos Magno foram destinadas a assegurar a suaautoridade em todos os domínios e tentar restaurar o Império Romano do Ocidente. Durante ogoverno de Carlos Magno, o reino franco foi capaz de expandir seu território e estabelecer áreas decontenção prever futuros ataques. Ele moveu suas forças com inteligência moderna para o seutempo. Quando os lombardos, localizado no norte da Itália, atacou os bens da Igreja, Carlos Magnoveio em auxílio do papa Adriano I. derrotado Desiderius, o rei lombardo, na batalha de Pavia, masele levou para o território não caíssem em mãos da Igreja

A dinastia carolíngia, como são referidos os sucessores de Carlos Martel, apoderou-seoficialmente dos reinos da Austrásia e da Nêustria em 753 durante um golpe de Estado liderado porPepino III. Uma crônica contemporânea afirma que Pepino recebeu autorização para o golpe doPapa Estêvão II. O golpe foi apoiado por propaganda que retratava os Merovíngios comogovernantes cruéis e inaptos, exaltando as virtudes de Carlos Martel e da piedade da sua família.Depois da morte de Pepino, o reino é herdado pelos seus dois filhos, Carlos e Carlomano. QuandoCarlomano morreu de causas naturais, Carlos impediu a sucessão do seu filho menor e coroou-se asi próprio como rei da Austrásia e Nêustria unidas. Carlos, que viria a ser conhecido como Carlos, oGrande ou Carlos Magno, iniciou em 774 uma série de expansões sistemáticas que unificariamgrande parte da Europa, chegando a dominar toda a extensão territorial no que é atualmente aFrança, norte de Itália e Saxônia. Ainda em 774, conquista os lombardos, libertando o papado dosreceios de uma conquista lombarda e dando início aos Estados Papais.

A coroação de Carlos Magno como imperador, no dia deNatal do ano 800, é vista pelos historiadores como um dosgrandes momentos de charneira na história medieval, marcando arestauração do Império Romano do Ocidente, ma vez que o novoimperador governava a maior parte do território anteriormentecontrolado pelos imperadores ocidentais.

Marca também uma alteração significativa na relação depoderes entre Carlos Magno e o Império Bizantino, ao tornar claro que a obtenção do título deimperador afirmava a sua equivalência perante a contraparte oriental. No entanto, existiamdiferenças significativas entre o novo Império Carolíngio e tanto o Império Bizantino como o antigoImpério Romano do Ocidente. Os territórios francos eram essencialmente rurais, existindo muitopoucos núcleos urbanos, e os existentes eram de pouca dimensão. As técnicas agrícolas eramrudimentares, e a maior parte dos habitantes eram camponeses em explorações minifundiárias. Ocomércio era incipiente e na sua maioria virado para as Ilhas Britânicas ou para os territóriosescandinavos, ao contrário do antigo Império Romano, que dispunha de uma vastíssima rede decomércio centrada no Mediterrâneo. A administração do império estava centrada numa corteitinerante que acompanhava o imperador, e o poder local estava nas mãos de cerca de 300 oficiaisdesignados por condes, administrando cada um dos condados em que o território fora repartido. Os

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bispos e o próprio clero podiam exercer funções administrativas, e o poder de supervisão estavatambém delegado nos missi dominici, homens de confiança da corte que serviam de intermediáriosentre o poder local e central. Com igual sagacidade atuou na área dos saxões, a área delimitada pelorio Reno e do Mar Báltico foi dominada por esta cidade. Este grupo, que não tinha sidoevangelizada, apesar dos esforços consideráveis de missionários cristãos, os francos lutaram pormais de 30 anos. Finalmente, em 785, o líder saxão Widukind foi batizado, a região foiocupada por colonos francos e saxões foram deportados.

A grande preocupação de CarlosMagno foi para desencorajarqualquer tentativa do expansivo Islã.Em 778, Carlos Magno interveio naEspanha, a pedido do governadorárabe da cidade de Zaragoza,confrontados com o emir deCórdoba. A aspiração para libertar oterritório ibérico dos árabes não erapossível, de modo a carolíngia tevede se aposentar. Apesar da derrota,Carlos Magno conseguiu estabeleceruma área que agiria como um murode contenção contra possíveis

ataques árabes. A leste, a terra que hoje compõe a Hungria moderno foi dominado pelos avares.Apesar da excelente estratégia defensiva dos avaros, estabelecendo campos em um anel, o Franksconseguiu derrotá-los e aproveitar seu território.

A grande preocupação de Carlos Magno foi para desencorajar qualquer tentativa doexpansivo Islã. Em 778, Carlos Magno interveio na Espanha, a pedido do governador árabe dacidade de Zaragoza, confrontados com o emir de Córdoba. A aspiração para libertar o territórioibérico dos árabes não era possível, de modo a carolíngia teve de se aposentar. Apesar da derrota,Carlos Magno conseguiu estabelecer uma área que agiria como um muro de contenção contrapossíveis ataques árabes. A leste, a terra que hoje compõe a Hungria moderno foi dominado pelosavares. Apesar da excelente estratégia defensiva dos avaros, estabelecendo campos em um anel, oFranks conseguiu derrotá-los e aproveitar seu território.

Estrutura econômica

Esta etapa da Idade Média foi caracterizado por ter uma economia muito subdesenvolvida. Nos campos foram realizadas agricultura de subsistência devido à natureza rudimentar da

tecnologia de produção. Através destes esforços, as famílias têm apenas o suficiente para ficar.

Devido à escassez de excedente e a frequência das guerras em muitas frentes diferentes, ocomércio era quase limitado e cidades perderam a sua antiga importância. Carlos Magno, apesar de

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sua oposição à expansão árabe, percebeu a superioridade técnica do Islã e se esforçaram paramodernizar o mundo agrícola.

Estas condições cristalizados em uma nova estrutura social que se formou em torno dapropriedade ou moradias foram pertencia a proprietários, convertidos em unidades de produçãoreais. Eles consistiu em duas áreas: a “reserva”, que era onde os grandes mansões dos senhoresaumentou, os dos servos, a capela e outros edifícios, e os “mansos”, o nome pelo qual ele foidesignado para terra para a agricultura.

Economia carolíngia

Impulsionados a centralizar o poder na Europa adotam como método a regionalização dopoder, desenvolve a política de vassalagem, acordo em que o rei, caracterizado na figura desoberano administrava uma rede de vassalos dotados de poderes em suas localidades, normalmentetal benefício era proveniente da posse de terras.

Esta etapa foi caracterizada por uma economia subdesenvolvida, baseada apenas numa agriculturade subsistência devido à natureza rudimentar da tecnologia de produção rural, produz apenas osuficiente para sua subsistência, baseada principalmente na terra e com caráter muito arcaico.

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A floresta continuava a cobrir a maiorparte da Europa e os homens exerciam assuas atividades de subsistência de caça ecoleta. As frutas silvestres, raízes e melformaram uma parte que não podem serdeixadas de lado na alimentação, enquanto acaça, somado as aves são a única carneconsumida na época. Devido à escassez doexcedente agrícola e as frequentes guerras noperíodo, desestimulou o comércio deixandoapenas limitado as cidades, perdendo a suaimportância na economia da época. Ascondições criadas por Carlos Magnocristalizaram em uma nova estrutura socialque se formou em torno da propriedade ,tornando-as em unidades de produção:

Reserva senhorial: as terras mais férteis eram cultivadas pelos camponeses, mas eram deposse do senhor feudal.

Terras dos servos: lotes explorados pelos camponeses, os quais deviam tirar uma parte daprodução para manter o sustento familiar, e a outra, entregar ao senhor feudal.

Terras comuns: pastos, bosques e pântanos. Eram usadas pelos camponeses e pelo senhor.Os camponeses colhiam frutos e cortavam madeira. Os senhores praticavam a caça, seuesporte favorito.

A principal característica económica deste modelo social foi o desaparecimento dosescravos. O elevado custo da sua manutenção forçam a sua emancipação, porém a liberdade erarelativa¹, camponeses livres e escravos tornaram-se uma só classe, os servos. Esta homogeneizaçãoé proveniente de uma debilidade na mão-de-obra, em que a opção para o trabalho agrícola passou a

ser o refúgio necessário, a situação precária (pestes e fome) em larga escala que vinha sofrendo ocontinente europeu. Assim como, tal fusão beneficiava em meios administrativos o estabelecimentoda política de soberania e vassalagem ao cobrar os tributos da massa servil.¹

¹“O deterioramento da condição social do homem livre e o abrandamento da do escravo levaram à

fusão desses grupos numa só categoria de dependentes, cuja heterogeneidade jurídica anulava-se diante dos imperativos de uma vida material uniforme. O próprio termo colonus desapareceu dos

textos do século IX, substituído pelo uso vulgarizado da palavra servus.” Mendonça, 1987(Pág. 46).

Os problemas da economia carolíngia são explicados em grande parte pela incapacidade deapoiar a existência de um grande Estado centralizado.

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Uma pecuária generalizada, geralmentefeita nas florestas com ausência quase totalde resguardo, impedindo aos agricultoresque recebam insumos para o cultivo daterra. A população é escassa e a agriculturaé quase exclusivamente de cereais (trigo,centeio, cevada).Também tem a categoriade espécies pobres, abaixo do desempenhopão de trigo.

Reservada para solos mais ricos, e não cultivada apenas excepcionalmente. Os

instrumentos agrícolas ainda são, quase que totalmente, de madeira, já o metal devido a falta de tecnologia era muito baixa a sua produção é basicamente reservado para a fabricação de armas para o exército. Annapes ao território, que reúne grandes fazendas não são de propriedade como ferramentas de ferro, sob Carlos Magno, apenas duas foices, foices dois e duas pás de ferro. A maiorparte do trabalho agrícola é feito à mão. O velho arado também foi usado; arado de aiveca, com apenas começaram a aparecer no momento em áreas mais desenvolvidas da Bacia de Paris. A precariedade dessas técnicas agrícolas tinha naturalmente resultar em uma extrema escassez de retornos. Sob essas condições, Europa carolíngia viveu perpetuamente à beira da inanição. A posse e exploração ainda agravado a situação. A regra era grande propriedade ou vila, a pequena propriedade rural não estava realmente desenvolvido apenas em determinadas regiões de colonização, como a Catalunha. O Villae eram de diferentes dimensões, mas muitos dentre eles atingiram vários milhares e às vezes dezenas de milhares de Ha geralmente foram exploradas sob o domínio do sistema patrimonial consiste dividida em duas partes. Booking ou propriedade em si e holdings, reuniu o melhor da terra (chamados coutures ou condaminas) Mr. explorados diretamente.Os escravos trabalhavam no serviço do Senhor, ou utilizou os serviços devidos pelos agricultores que exploram. Estes poderiam ser obrigação ou colonos livres. A superfície das suas explorações oumanso, que foram dadas a eles pelo Senhor, variou de acordo com o seu estado: na região de Paris, um manso livre compreendida entre 10 e 15 ha, em média, um Meek servil era duas vezes menor .. O que quer que eles estavam, os colonos tiveram que pagar grandes impostos: espécies (caça, criação de gado, cereais), por vezes, em dinheiro, mas especialmente no trabalho. Eles tiveram que trabalhar dias livres por semana e semanas por ano na propriedade senhor.

Quanto ao comércio, estava paralisado devido principalmente à crise monetária sofrendo oOcidente, neste momento, e também por causa das invasões rotas comerciais desorganizados. Oouro era escasso. Carlos Magno instituiu, em uma data vaga, monometalismo prata e definir umnovo sistema monetário, com um longo futuro (ainda em vigor hoje na Grã-Bretanha), fundada emtrês unidades: a libra, o salário eo denário (£ 1 = 20 salários; 1 shilling = 12 pence). O comérciomuito limitado, não contribuiu muito mais do que produtos de luxo destinados exclusivamente auma clientela aristocrática. Eram produtos pouco conhecidos, o que parecia ser voltado para o

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mundo muçulmano e do Império Bizantino, e no s. X, para os países no Mar do Norte e no MarBáltico. Por outro lado, o comércio regional e local foi dividido em compartimentos com mercadoslimitados. Embora não viveu Europa carolíngia, como já foi dito tantas vezes, uma economiatotalmente autárquica, devemos reconhecer que o comércio não era de forma suficiente para dar àluz a uma classe de fornecedores especializados.

Os problemas são explicados em grande parte pela incapacidade da economia da época erapara apoiar a existência de um grande Estado centralizado. Essa economia é baseada principalmentena terra e ainda tem um caráter muito arcaico. A floresta continua a cobrir a maior parte da Europa eos homens exerçam as suas atividades de subsistência de caça e coleta. As bagas silvestres, raízes,enxames florestais mel formaram uma parte não negligenciável nos alimentos, enquanto a caça,junto as aves de capoeira são a única carne consumida na época. A pecuária, generalizada,geralmente é feito nas florestas, e a ausência quase total de resguardo impedindo os agricultoresrecebem o adubo necessário para o cultivo da terra. A população é escassa e da agricultura é quaseexclusivamente de cereais (trigo, centeio, cevada), a categoria de espécies pobres, abaixo dodesempenho; pão de trigo, reservada para solos mais ricos, e não cultivada apenasexcepcionalmente. Implementos agrícolas ainda são, quase que totalmente, de madeira; de metal,muito pouco é reservado para a fabricação de armas; Annapes ao território, que reúne grandesfazendas não são de propriedade como ferramentas de ferro, sob Carlos Magno, apenas duas foices,foices dois e duas pás de ferro. A maior parte do trabalho agrícola é feito à mão. O velho aradotambém foi usado; arado de aiveca, com apenas começaram a aparecer no momento em áreas maisdesenvolvidas da Bacia de Paris. A precariedade dessas técnicas agrícolas tinha naturalmenteresultar em uma extrema escassez de retornos. Sob essas condições, Europa carolíngia viveuperpetuamente à beira da inanição.

A posse e exploração ainda agravado a situação. A regra era grande propriedade ou vila, apequena propriedade rural não estava realmente desenvolvido apenas em determinadas regiões decolonização, como a Catalunha. O Villae eram de diferentes dimensões, mas muitos dentre elesatingiram vários milhares e às vezes dezenas de milhares de Ha geralmente foram exploradas sob odomínio do sistema patrimonial consiste dividida em duas partes. Booking ou propriedade em si eholdings, reuniu o melhor da terra (chamados coutures ou condaminas) Mr. explorados diretamente.Os escravos trabalhavam no serviço do Senhor, ou utilizou os serviços devidos pelos agricultoresque exploram. Estes poderiam ser obrigação ou colonos livres. A superfície das suas explorações oumanso, que foram dadas a eles pelo Senhor, variou de acordo com o seu estado: na região de Paris,um manso livre compreendida entre 10 e 15 ha, em média, um Meek servil era duas vezes menor.

O que quer que eles estavam, os colonos tiveram que pagar grandes impostos: espécies(caça, criação de gado, cereais), por vezes, em dinheiro, mas especialmente no trabalho. Elestiveram que trabalhar dias livres por semana e semanas por ano na propriedade senhor.

Quanto ao comércio, estava paralisado devido principalmente à crise monetária sofrendo oOcidente, neste momento, e também por causa das invasões rotas comerciais desorganizados. Oouro era escasso. Carlos Magno instituiu, em uma data vaga, monometalismo prata e definir um

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novo sistema monetário, com um longo futuro (ainda em vigor hoje na Grã-Bretanha), fundada emtrês unidades: a libra, o salário e o denário (£ 1 = 20 salários; 1 shilling = 12 pence). O comérciomuito limitado, não contribuiu muito mais do que produtos de luxo destinados exclusivamente auma clientela aristocrática. Eram produtos pouco conhecidos, o que parecia ser voltado para omundo muçulmano e do Império Bizantino, e no s. X, para os países no Mar do Norte e no MarBáltico. Por outro lado, o comércio regional e local foi dividido em compartimentos com mercadoslimitados. Embora não viveu Europa carolíngia, como já foram ditos tantas vezes, uma economiatotalmente autárquica, devemos reconhecer que o comércio não era de forma suficiente para dar àluz a uma classe de fornecedores especializados. Os documentos desse tempo são excelentestestemunhos dessas calamidades, que podemos classificar em três categorias. À fome e à guerravieram juntar-se ainda outras calamidades que, por sua vez, abalaram mais profundamente asestruturas da economia rural. Trata-se das mortalidades, das epidemias, das pestes, eparticularmente a mais brutal de todas elas: a Peste Negra. É necessário considerar que se as fomese as campanhas militares foram acidentes superficiais, as mortalidades, que determinaram umaruptura duradoura na evolução demográfica, atingiram verdadeiramente as estruturas rurais. Atravésdelas chegamos às modificações de fundo que as novas séries de indícios revelam.

A mais aparente destas modificações é uma baixa de população, esta não acidental, mas delonga duração. Esta quebra sucede, segundo parece, de maneira bastante brusca ao longuíssimoperíodo de crescimento ininterrupto. Ela é comprovada por um conjunto convergente detestemunhos indiretos, tais como o aumento dos salários, a diminuição das superfícies semeadas e oabandono dos lugares habitados. Excetuando algumas zonas rurais excepcionalmente favorecidas, asangria fora espantosamente forte.

À rarefação dos homens corresponde o recuo da área de cultivo, de diminuição da ocupaçãoda terra, que ocorreu pouco depois da paragem dos arroteamentos. Verifica-se que o abandonoafetou, em numerosos territórios, um certo número de campos geralmente situados nos talhõesperiféricos da área da aldeia, nas últimas zonas que os agricultores tinham conquistado aos baldios eque então foram abandonadas. Pudemos reconhecer que muitas aldeias inglesas perderam os seushabitantes durante a Peste Negra e nunca mais foram reocupados.

As últimas modificações de estruturas dizem respeito ao valor respectivo dos produtosagrícolas e do trabalho camponês. Foram os salários dos trabalhadores sem qualificação quereagiram mais vivamente à alta. O importante para os destinos da grande empresa agrícola é que oencarecimento da jornada de trabalho se operou precisamente no momento em que os preços doscereais caíam. A distorção acentuou-se ainda mais em meados do século XV; enquanto o índice dossalários não se alterou sensivelmente, o dos preços começou a baixar de novo depois de 1440.

Vejamos os fatos. Como interpretá-los? Uma outra modificação exterior às estruturas ruraisafetou estas diretamente. Trata-se do crescimento dos estados e das suas sequelas: orecrudescimento das guerras e o enorme desenvolvimento das fiscalidades dos príncipes. Osentimento gral de instabilidade e de insegurança que se seguiu provocou a contração de todas asatividades econômicas. O último golpe desferido do exterior e que podemos considerar acidental: a

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Peste Negra e o surto de morbidez que se implantou durante meio século na Europa.

Estas catástrofes não poderiam explicar por si próprias as mutações que afetaram aeconomia dos campos. Estas resultaram em muito mais larga medida de uma evolução interna queafetou as relações de produção e de consumo. O impulso mais profundo da inversão da conjunturafoi preparada durante os últimos anos do século XIII pelo empobrecimento progressivo de um setorcada vez mais extenso do campesinato e pelo superpovoamento que levara a estenderexageradamente o cultivo, a solicitar terras demasiadas pobres. Esgotadas, e para sempre, apósalgumas colheitas, estas teriam mais cedo ou mais tarde de ser abandonadas definitivamente. Estesdois movimentos atingiram o seu pleno desenvolvimento entre 1300 e 1370, período em que deveser situado o momento decisivo da mutação. A alta taxa de mortalidade nas camadas inferiores dasociedade rural mantinha-se em níveis elevados, o que travou o crescimento da população duranteanos e, em seguida, determinou o seu declínio. A passagem dos exércitos, as requisições das tropaslevaram consigo os camponeses menos enraizados. As cidades crescem fortemente no início doséculo XIV, muitos aldeões deslocaram-se para aí, para desfrutar de uma melhor proteção: ascidades defendidas constituíam, de fato, refúgios em tempo de alerta. Esta redução do proletariadorural contribuiu certamente para o abaixamento dos preços do cereal, bem como para o aumento dossalários.

De consequências muito mais prolongadas foram certamente os acessos periódicos de pesteque lhe sucederam: estes inclinaram de uma maneira decisiva a curva demográfica. As famílias queviviam há gerações na miséria e sob a dominação econômica dos empregadores conseguiram obterterras de arrendamento, e das melhores: eram-lhes oferecidas em toda a parte. O abandono dostalhões não férteis e das aldeias mal situadas não de deveu porque as mortes tenham sido maisnumerosas nestas áreas, mas porque os homens que a peste tinha poupado deixaram as terrasingratas. A retração do espaço arável, na maior parte dos casos, resultou diretamente da depressãodemográfica, mas manifestava também uma concentração da agricultura nos solos mais propícios.

Os diversos movimentos que modificaram as estruturas da sociedade camponesa reduzirampor longo tempo o número de homens que solicitavam um emprego assalariado. O que permitiu aoscamponeses que permaneceram ao serviço aumentar singularmente o seu nível de vida. Em todo ocaso, é nítido que a densidade humana era fraca em muitos campos no final do século XIV. A terraera relativamente abundante, sua renda baixa e a mão de obra cara.

A baixa duradoura da população rural parece ter também prolongado a estagnação docomércio de cereais nos campos: muito menos numerosos que outrora, os assalariados das empresasagrícolas viviam agora, na sua grande maioria, em condição doméstica; alimentados peloempregador, não tinham que comprar o seu pão. Nas cidades, em declínio pelas epidemias, oaprovisionamento das famílias tornara-se menos dependente dos mercadores de cereais, o receio dafome havia levado muitos a um abastecimento direto. Finalmente, talvez seja de tomar emconsideração um movimento tendente a reduzir em certas regiões o consumo de pão e a aumentar acompra de alimentos de acompanhamento. Todos estes fenômenos conjuntos permitem explicar oprolongado marasmo do preço dos cereais. Convém não esquecer também que só os terrenos

medíocres foram abandonados e que a concentração da agricultura nos solos mais favoráveisprovocou provavelmente um aumento nos rendimentos médios. A previsão de más searas e o pesocada vez maior da fiscalidade obrigada todas as famílias camponesas a produzir excedentesnegociáveis. Punham à venda em tempo normal abundantes quantidades de cereais.

Conclusão

Nosso trabalho procurou dar uma visão das técnicas de produção no campo carolíngio, visamos principalmente abordar uma realidade da época, as dificuldades na produção e como é a relação entre o senhor e o vassalo.

Referências Bibliográficas:

Grandes Civilizaciones de la Historia. Editorial Sol 90, Barcelona, 200

DUBY, Georges. Economia Rural e Vida no Campo no Ocidente Medieval.

Mendonça, Sônia Regina, “O mundo Carolíngio”, Editora Brasiliense, 1987

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