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A OBRA DE ARTE, PARADIGMA DA ARQUITETURA A arquitetura ao longo de sua história buscou modelos autêncos e que estruturados em uma certa direção. A natureza, modelos do classicismo, a técnica, foram alguns dos paradigmas empregados. Após a Segunda Guerra Mundial, esses paradigmas se mulplicaram e se dispersaram. O humanismo e a psicologia em busca pela parcipação dos usuários, a referência às pologias tradicionais, a estéca high-tech, a vontade de comunicação, etc. Então nos anos 60/70 recorreram ao um novo paradigma; O estatuto da obra de arte. Quando as possibilidades tecnológicas aumentaram em um ritmo acelerado da produção em série a arquitetura se afasta e se abriga no campo não normalizado da obra de arte contemporânea. NA ITÁLIA Nesse tempo no campo de design radical também ocorreu uma intensa troca entre desenho industrial e a obra de arte. Como críca a matriz racionalista da tradição da Bauhaus e da Escola Ulm. Na arquitetura pós=-guerra Italiana, o escritor Giulio Carlo Argan havia apresentava crícas similares Os Arquitetos italianos, Scolari, Rossi e Portoghesi foram os primeiros a introduzir os esboços arquitetônicos no mercado da arte. Paradoxalmente, algumas obras eram feitas por desenhistas industriais, como Paolo Deganello, Enzo Mari, Andrea

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A OBRA DE ARTE, PARADIGMA DA ARQUITETURA

A arquitetura ao longo de sua história buscou modelos autênticos e que estruturados em uma certa direção. A natureza, modelos do classicismo, a técnica, foram alguns dos paradigmas empregados.

Após a Segunda Guerra Mundial, esses paradigmas se multiplicaram e se dispersaram. O humanismo e a psicologia em busca pela participação dos usuários, a referência às tipologias tradicionais, a estética high-tech, a vontade de comunicação, etc.

Então nos anos 60/70 recorreram ao um novo paradigma; O estatuto da obra de arte. Quando as possibilidades tecnológicas aumentaram em um ritmo acelerado da produção em série a arquitetura se afasta e se abriga no campo não normalizado da obra de arte contemporânea.

NA ITÁLIA

Nesse tempo no campo de design radical também ocorreu uma intensa troca entre desenho industrial e a obra de arte. Como crítica a matriz racionalista da tradição da Bauhaus e da Escola Ulm.Na arquitetura pós=-guerra Italiana, o escritor Giulio Carlo Argan havia apresentava críticas similares

Os Arquitetos italianos, Scolari, Rossi e Portoghesi foram os primeiros a introduzir os esboços arquitetônicos no mercado da arte.

Paradoxalmente, algumas obras eram feitas por desenhistas industriais, como Paolo Deganello, Enzo Mari, Andrea Branzi, Ettore Sottsass, Alessandro Mendini e outros se situavam no campo da obra artística irrepetível.

NA AMÉRICA DO NORTE

No final dos anos 60 o cruzamento entre a arte e a arquitetura começa a proliferar. Obras marcantes e transcedentais foram feitas pelo grupo SITE coordenadas por James Wines, fenômeno que deixa clara a consequência da crise dos projetos produtivistas, funcionalistas do Movimento Moderno.

AS TRANSFORMAÇÕES DO ESTATUTO ARTÍSTICO

O aumento de prestígio do mundo das artes nas ultimas décadas aumentaram imensamente, que inclusive se manifestou no alto valor de mercado que as obras de arte adquiriram. Uma época de crise de valores, a arte, essa produção única e irrerepetível. O artística plástico elabora as obras uma a uma, de maneira artesanal, criando a síntese pessoal de diversas influências.

Então o artista plástico tem sua autenticidade, o seu título. Já o arquitetura perdeu esse título no passar do seu tempo e talvez agora nesta manifestação de arquitetura, na vontade de imitar os artistas autênticos que se aproximam da interpretação da realidade, os arquitetos podem seguir uma via de recuperação de uma autenticidade perdida.

Tudo isso induziu o arquiteto a tentar desenvolver um método que busque se aproximar dos mecanismos das criação artística. Se renuncia por princípio a produção em série e a industrialização radical. Cada obra se singular e manterá uma relação única e instrumentam com o contexto, usuário ou com arquitetura preexistentes.

Digamos que não foi apenas a arquitetura que se aproximou da arte. Também os artistas plásticos, a partir dos anos 60 começaram a realizar intervenções em interiores, espaços públicos, na paisagem, tais como Robert Smithson, Daniel Buren, Walter Maria, Richard Serra entre outros.

O EXEMPLO DE FRANK GEHRY

A mais marcante posição internacional na defesa do estatuto da obra de arte são a arquitetura e o design de Frank Gehry, canadense radicado na Califórnia. Desenvolveu obras baseadas em montagem artesanal de diversas formas simples –prismas, cilindros, terres, esferas, corredores, etc.- na qual qualidade e mobilidade são termos comentários

Em Los Angeles, um contexto em contínua mutação, a obra de Gehry partiu da exploração das qualidades plásticas e materiais de má reputação como papelão, arame madeiras laminadas, telas metálicas, placas pré-fabricadas, estuques semi-industriais, etc...

Isso desenvolveu uma capacidade única para a utilização da arquitetura envoltória, fornecendo uma arquitetura tátil, baseada na textura de cada material como ornamento.

Sua casa em Santa Mônica, Califórnia (1978), realizada em fases, como mistura de materiais de baixíssimo custo, seus móveis de papelão seriam a primeira demonstração do que viria. Gehry também estabelece uma nova pele que envolve o prédio existente.

Na casa estúdio de Ron Davis (1972) cria um ambiente cheio de espaços e elementos sempre diferentes e labirínticos,

Seu método é baseado no choque e na desconstrução dos diversos volumes que formam o programa da edificação, se permite uma maior espontaneidade formal e variedade de usos.

Sempre influenciado pelas arquiteturas e objetos populares, Gehry projeta de modo artístico que sejam uma festa de volumes, materiais, texturas, cores, objetiso

Um complexo não acabado que estava sendo utilizado para alojamento de crianças enfermas, consiste em uma série de edifícios dispersos onde cada um se dedica a funções distintas, diferentes formas simbólicas são empregadas, ondas de água congelada servem para de cobertura para o refeitório, o anfiteatro e o dormitório; o telhado é a estrutura de um barco invertido, existem velas sobre a cobertura da enfermaria; a cozinha é um bule de leite; ao fundo um moinho, sempre tratando de referências a água, ao líquido, em um lugar tão seco como Santa Mônica.

O projeto de Chiat/Day na Main Street de Venice, Califórnia (1975-1991), recorre a um gesto iconográfico, o pórtico gigante é desenhado na forma de um binóculo, que se refere à porta clássica.

O projeto do arranha-céu do Clevante Tribune (1989) apresenta como desenho para a cobertura um jornal gigante

AS PROPOSTAS DE COOP HIMMELBLAU

São um grupo formado por Wolf D. Prix, Helmut Swiczinsky e Rainer Michael Holzer que no finais dos anos 60, em Viena, chegaram com as suas propostas enquadradas pela crítica dentro da desconstrução por meio de um árduo trabalho próximo a arte,

Dentre suas experiências prévias de Coop Himmelblau, destacam-se:- O edifício-nuvem ou Cloud, uma estrutura móvel preparada entre 1968 e 1972.- O Soft Space(1970), uma efêmera configuração à base de espuma- As Fresh Cells(1972), um espécie de grande garrafa de vidro que contém um parque bioclimático sobre um

edifício antigo- A House with the Flying Roof- O The Blazing Wing(1980), uma asa gigante realizada com alta tecnologia que se queimou em Granz- The Open House(1983), seu projeto mais emblemático, iniciado a partir de um esboço riscado com os olhos

vendados. Este processo pretende evitar os mecanismos da razão, partindo de um escboço instantâneo automático, fazendo aflorar toda a energia que esconde o inconsciente e que se condensa na própria mão.

- Os escritórios nos sótãos

Nenhuma dessas obras pode ser intendida sem sua relação com contexto histórico, geralmente o bairro histórico de Viena. Por isso esse método consegue que cada obra seja singular e irrepetivel, de forma aparentemente paradoxal e com materiais de alta tecnologia se realiza uma obra de arte, uma escultura.

O método de trabalho ecoou na arquitetura centro-europeia dos anos 80, qualidades similares de leveza organicidade o grupo alemão Formalahut formado pelos arquitetos Gunter Benhishe, Partner e um escultor realizava projetos futuristas de alta tecnologia apoiados na arquitetura e na escultura, na produção e na arte.

- Projeto das instalações olímpicas de Munique em 1972 e realizou muitas obras bem próximas a poética de Coop Himmelblau. - Instituo Hysolar Forshung, Universidade de Stuttgart(1987), formado pela articulação singular de uma grande variedade de materiais, planos, vilumes e cores. Esta curiosa evolução se deve simplesmente, ao método de trabalho aplicado por eles desde a sua fundação em 1952, crinaod equipes de trabalhos específicos para cada contrato, desde o início do projeto até o final da obra, reunindo sempre jovens arquitetos. - Superstudio, Fotomontagem da série Monumento Contínuo(1969)