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SOCIOLOGIA BRASIL: PLURALIDADE SOCIOLÓGICA Cap. 12 – Brasil, mostra a tua cara! Fonte: Tempos modernos, tempos de sociologia. Coordenação Helena Bomeny, Bianca Freire-Medeiros. São Paulo: Editora do Brasil, 2010, p. 134-147. (texto adaptado) Prof. Hudson Oliveira

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SOCIOLOGIA BRASIL: PLURALIDADE SOCIOLÓGICA

Cap. 12 – Brasil, mostra a tua cara!

Fonte: Tempos modernos, tempos de sociologia. Coordenação Helena Bomeny, Bianca Freire-Medeiros. São Paulo: Editora do Brasil, 2010, p. 134-147. (texto adaptado)

Prof. Hudson Oliveira

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(...) o Brasil, em razão de seus contrastes sociais e de sua multiplicidade cultural, é muito complexo, e que é impossível apreendê-lo a partir de um único ângulo.

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Frequentemente se ouve falar em “realidade brasileira” ou “cultura brasileira”, mas estamos convencidos de que não é possível dar uma explicação definitiva e total sobre o que se passa em nossa sociedade.

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Essa afirmação não pretende desanimar quem queira fazer uma pesquisa científica sobre o Brasil.

Ao contrário, é uma forma de instigar a imaginação sociológica em relação a temas ou questões sociais que nos inquietam no dia a dia e que nos ajudam a compreender a sociedade brasileira.

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Isso nos ensina também que é necessário dialogar com outras interpretações sobre – como diria o antropólogo Roberto DaMatta – “o que faz o brasil, Brasil”.

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A complexidade brasileira foi tratada neste texto a partir de diversos temas: as desigualdades regionais e locais em termos de desenvolvimento econômico e social; a diversidade cultural presente no território brasileiro; a urbanização que “redefiniu” o Brasil nos últimos cinquenta anos e as consequências desse processo sobre os costumes dos brasileiros, tomando como exemplo as famílias.

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Caras e Caras / Um País de Contrastes

• O Brasil, em razão de seus contrastes sociais e de sua multiplicidade cultural, é muito complexo.

• É impossível apreendê-lo a partir de um único ângulo.

• Como descrever a realidade brasileira?

• Pode-se falar em cultura brasileira?

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O nome da foto é Paraisópolis, do fotógrafo Tuca Vieira e faz parte do livro As Cidades do Brasil: São Paulo.

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A favela e o Rio de Janeiro

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Teleférico no Alemão - Rio

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• Eike Batista sobe para 8ª posição em ranking de bilionários da Bloomberg - Fortuna do brasileiro aumentou após venda de fatia de 5,63% da EBX. Patrimônio do empresário cresceu 29%, chegando a US$ 34,5 bilhões. (Disponível em: http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2012/03/eike-batista-sobe-para-8-posicao-em-ranking-de-bilionarios-da-bloomberg.html Acesso: 15 abr. 2012)

• Apesar de possuir grande número de pessoas pobres, o Brasil não é um país pobre, mas tem que superar um quadro de injustiça social e desigualdade. As desigualdades sociais estão presentes em todo o país, o que se reflete em uma posição intermediária ocupada pelo Brasil no ranking de países do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Isso significa que ainda há muitas dificuldades a serem superadas nas áreas de educação, assistência social, saúde, distribuição de renda e emprego. (Disponível em: http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/social-and-human-sciences/poverty-reduction/ Acesso; 15 abr. 2012)

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ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - IDH

IDH 2011:

• A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) 2011 de 187 países. O Brasil ficou na posição 84, uma acima em relação a 2010. A lista é liderada pela Noruega, Austrália e Países Baixos, ficando nas últimas posições Burundi, Níger e Congo. (Disponível em

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/11/111102_brasil_idh_jf.shtml Acesso: 15 abr. 2012)

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A MANCHA NACIONAL

• O Brasil é o oitavo pior pais no ranking de analfabetismo da Unesco. São 14 milhões de adultos analfabetos. Apesar disso, a Unesco reconheceu o esforço brasileiro na última década para diminuir a taxa de analfabetismo. Entre 2000 e 2007, 2,8% de adultos foram alfabetizados. De 2004 a 2009 esse número caiu para 1,8%. Esse mesmo estudo revelou ainda que 700 mil crianças estão fora das escolas. No mundo são 67 milhões de pequenos com idades entre 7 e 10 anos sem acesso a educação acadêmica. (Disponível em:

http://www.alemdanoticia.com.br/ultimas_noticias.php?codnoticia=7147 Acesso: 15 abr. 2012)

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A última edição do Pisa, avaliação realizada em 65 países com alunos de 15 anos, pela OCDE, apresenta um dado perturbador.

Os nossos alunos das escolas privadas tiveram nota média de 502, semelhante à nota dos estudantes dos EUA (17º no ranking do Pisa). Os nossos alunos das redes estaduais e municipais de ensino alcançaram uma média de 387, semelhante à da Albânia (60º no ranking do Pisa). (Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/23531-um-apartheid-

silencioso.shtml Acesso: 15 abr. 2012)

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• O parecer do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), destaca que embora a pontuação do Brasil tenha crescido 33 pontos, chegando a 57ª colocação, o país ficou à frente apenas de outras 8 nações. (Disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/em-ranking-dominado-pela-asia-china-e-o-pais-lider-em-educacao-no-mundo Acesso: 15 abr. 2012)

• Obs.: 57º em Matemática e 53º em Leitura e Ciência.

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TUDO VIRANDO URBANO

• Mais de 80% da população brasileira reside em áreas urbanas.

• Inúmeras desigualdades regionais e locais em termos de desenvolvimento econômico e social.

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Disponível em: http://www.pnud.org.br/pobreza_desigualdade/reportagens/index.php?id01=3038&lay=pde

Acesso: 15 abr. 2012

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AS MUITAS FAMÍLIAS – Transformações da família nuclear no Brasil

Alguns motivos: • A baixa taxa de fecundidade; redução do número de filhos por

casal; • O aumento da esperança de vida e , consequentemente da

crescente proporção da população com mais de 60 anos; • A banalização do divórcio; • O declínio da instituição do casamento; • Aumento da união consensual havendo aumento de número de

casamentos civis e declínio de casamentos religiosos; • Maior número de pessoas vivendo sozinhas; • Aumento do número de famílias chefiadas por um só cônjuge, com

maior reincidência sobre as mulheres.

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Com isso o que se observa não é exatamente o enfraquecimento da instituição familiar e sim o surgimento dos novos modelos e arranjos familiares, que baseiam–se em: • Famílias com base em união livre; - Famílias

monoparentais dirigidas pelo homem ou pela mulher (sendo que grandes porcentagens destas famílias são dirigidas por mulheres);

• Divorciados gerando novas uniões (famílias recompostas);

• Mães / adolescentes solteiras que assumem seus filhos;

• Mulheres que tem filhos através de “produção independente” (sem companheiro estável).

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A família, independente de sua constituição possui funções de ordem: • Biológica e demográfica: garantindo reprodução e

sobrevivência do ser humano; • Educadora e socializadora: transmissora de

conhecimento, valores e afetos; • Econômica: (produtora e consumidora) no campo do

trabalho; • Seguridade: cuidando da seguridade física, moral e

afetiva; • Recreativa: atividades diversas como festas de família; • Ideológica: promovendo também a reprodução social,

educando os indivíduos que continuem biológica e socialmente a estrutura familiar.