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A Ecologia Cultural de Crianças Pequenas: Um Estudo Longitudinal e Transcultural Jonathan Tudge Departamento de Desenvolvimento Humano e Estudo da Família, Universidade da Carolina do Norte em Greensboro, EUA Professor Colaborador, Pós-graduação em Psicologia, UFRGS, Brasil Apresentação no Centro do Ciéncias Humanas e Naturais, Universidade Federal do Espírito Santo, dia 5 de julho de 2011

A Ecologia Cultural de Crianças Pequenas: Um Estudo ... · Departamento de Desenvolvimento Humano e Estudo da Família, Universidade da ... Vygotsky e Urie Bronfenbrenner. As atividades

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A Ecologia Cultural de Crianças Pequenas:Um Estudo Longitudinal e Transcultural

Jonathan Tudge

Departamento de Desenvolvimento Humano e Estudo da Família, Universidade da Carolina do Norte em Greensboro, EUAProfessor Colaborador, Pós-graduação em Psicologia, UFRGS, Brasil

Apresentação no Centro do Ciéncias Humanas e Naturais, Universidade Federal do Espírito Santo, dia 5 de julho de 2011

Introdução

A teoria ecológico-cultural e seus métodos Os contextos onde coletamos os dadosUm problema...resolvido por ELPA [PALS] em UFRGSO “design” de ELPAOs participantes da pesquisaA influência da cultura (país, raça e classe social) nas atividades e interações das crianças pequenasA influência do ambiente local nas atividades e interações das crianças pequenasA influência da própria criança nos contextos

A teoria ecológico-cultural

Uma teoria contextualista, fundada nas idéias de Lev Vygotsky e Urie BronfenbrennerAs atividades e interações cotidianas nas quais pessoas se engajam, que variam de acordo com:Os indivíduos ativos;O contexto (local e cultural);O tempo.Interação entre cada nível do modelo

Aplicação da teoria

Atividades e interações cotidianasObservações de 20 horas de cada criança no estudo quando ela tinha 3 anos

Indivíduos ativosComo as crianças começaram as atividadesMudanças nos valores e crenças dos pais por causa das crianças

ContextoOs lugares onde as crianças estavamClasse social das famíliasSociedades diferentes

TempoUm estudo longitudinal (3-9 anos)Considerações do tempo histórico

Contexto

Países: EUA (Greensboro), Rússia (Obninsk), Estônia (Tartu), Finlândia (Oulo), Coréia do Sul (Suwon) e Quênia (Kisumu)

Apenas uma cidade em cada país Cada cidade é de tamanho médio (100,000-350,000

habitantes) Famílias: 50% dos pais de classe média e 50% de classe

trabalhadora. Em Greensboro, também, 50% brancos e 50% negros.

Greensboro, NC, EUA

Oulu (Finlândia), Tartu (Estônia) and Obninsk (Rússia)

Oulu, Finlândia

Tartu, Estônia

Obninsk, Rússia

Suwon, Coréia

Suwon, Coréia

Kisumu, Quênia

Kisumu, Quênia

3 anos 6 anos 7 anos 8 anosGreensboro(Brancos)

X X X X

Greensboro(Negros)

X X X X

Obninsk (Rússia)

X X X X

Tartu (Estônia)

X X X X

Oulu (Finlândia)

X X X

Suwon (Coréia)

X

Kisumu (Quénia)

X X

Um problema!

Discobri uma ligação entre classe social, valores parentais e as atividades das crianças pequenasPais de classe média preferem autonomia nas crianças; pais de classe trabalhadora preferem conformidadeCrianças de classe média têm mais iniciativa (elas começam mais atividades) que aquelas de classe trabalhadoraMas qual é a direção de efeitos?

ELPA [PALS]

Estudo Longitudinal de Porto Alegre[Porto Alegre Longitudinal Study]

Porto Alegre, Brasil

Porto Alegre, Brasil

Terceiro trimestre

Nasci-mento

3m

8 m 12 m 18 m 24 m 30 m 36 m 72 m 84 m 96 m

Greensboro X X X X

Obninsk (R) X X X X

Tartu (E) X X X X

Oulu (F) X X X

Suwon (C) X

Kisumu (Q) X X

Porto Alegre (ELPA)

X(81)

X(81)

X X X X X X X(57)

X(50)

X(52)

X(50)

Plano geral de ELPA:3o trimestre gestação e nascimento

No hospitalConsentimento informado e entrevistas demográficas e com o casal

Em casaEntrevistas sobre a getação e expectativas dos pais; genograma; história do casal

No hospitalSegundo dia após o nascimento para uma visita social e marcação de novo encontro

Entre 3o e 12o mês de vida3o mês em casa

Observação filmada da interação (mãe, pai, bebê)Entrevistas sobre experiência da maternidade ou paternidade e desenvolvimento do bebê, sobre o seu temperamento, Q-sort de valores parentais

8o e 12o meses na sala de observaçãoObservação filmada da interação (mãe, pai, bebê)Entrevistas sobre experiência da maternidade ou paternidade e desenvolvimento do bebê, sobre o seu temperamento, inventário de Beck (só 12o mês)

18o e 24o meses de vida18o e 24o meses na sala de observação

Situação estranho de Ainsworth (só aos 18 meses)Observação filmada da interação (mãe, pai, bebê), com brinquedos só aos 24 mesesEntrevistas sobre experiência da maternidade ou paternidade e desenvolvimento do bebê, sobre o seu temperamentoEntrevistas sobre práticas educativas

30o e 36o mês de vida30o ou 36o meses em casa para algumas famílias

Observação filmada de almoçoEntrevista sobre infância, trabalho, desenvolvimento da criança, objetivos para o futuro, Q-sort, etc.

36o mês em qualquer local onde a criança está para os CEYC crianças

Observação de 18 horasObservação filmada de 2 horasEntrevista sobre infância, trabalho, desenvolvimento da criança, estratégias parentais, objetivos pelo futuro, valores e crenças sobre praticas educativas, Q-sort, etc.

6o ao 8o ano de vida6o anos em casa

Entrevistas com os pais sobre estratégias parentais, trabalho, desenvolvimento da criança, a creche, Q-sort, avaliação das competências sociais

7o e 8o anos em casa e na escolaEntrevistas com os pais sobre estratégias parentais, trabalho, desenvolvimento da criança, a transição para escola, Q-sort, avaliação das competências sociaisEntrevista com os professores sobre a transição para escola, avaliação das competências sociais e escolaresEntrevista com as crianças sobre a transição para escola e as preferências na escola

O projeto: Ecologia Cultural de Crianças Pequenas (CEYC)

Participantes, colaboradores e assistentes

187 crianças de 3 anos (tempo 1) e seus pais

39 de Greensboro, NC, EUA (Sarah Putnam, Judy Sidden, Fabienne Doucet, Nicole Talley)

22 de Obninsk, Rússia (Natasha Kulakova, Irina Snezhkova)

20 de Tartu, Estônia (Marika Meltsas, Peeter Tammeveski)

18 de Oulu, Finlándia (Marikaisa Kontio, Johanna Matinmikko)

12 de Suwon, Coréia (Soeun Lee)

20 de Kisumu, Quênia (Dolphine Odero-Wanga)

57* de Porto Alegre (Fernanda Marques, Rafael Spinelli, Giana Frizzo), uma amostra que é uma parte do Estudo Longitudinal de Porto Alegre (Piccinini, Tudge, Lopes e Sperb, 1998) (muitas outras, incluindo especialmente Angela Marin e Tonantzin Ribeiro)

Participantes (só para ilustrar)

Gbo Br Gbo Neg Kisumu POA

CM idade 36.6 38.3 39.3 37.0

CM SES 52.1 50.2 57.3 55.2

CM creche 9 2 6 8

CT idade 36.9 39.8 40.8 36.1

CT SES 28.9 28.6 21.6 24.6

CT creche 4 5 1 8

N 20 19 20 20*

Quatro questões teóricas

1: É possível mostrar a influência do contexto nas atividades e interações?

cultura—país, raça e classe socialcontexto local—dentro e fora da creche

2: É possível mostrar a influência da própria criança nas atividades e interações?3: É possível mostrar a influência das crianças nos valores parentais ao longo de tempo?4: É possível mostrar a influência do tempo histórico nas atividades e interações?

A influência do contexto

A cultura é um organizadora dos ambientes das crianças e das atividades e interações nas quais elas estão envolvidas.É possível ver isso nos dados?

País [cidade] (Greensboro [GBO], Kisumu [KIS] e Porto Alegre [POA])Raça em Greensboro (brancos [Br] e negros [N])Classe social (CM e CT)Ambiente local (dentro ou fora da creche)

Atividades enfocadas

Lições (4 subcategorias)foco nesta apresentação em lições escolares

Trabalho (15 subcategorias)Brincadeira (incluindo exploração e entretenimento) (12 subcategorias)

foco aqui em brincadeira com objetos escolaresConversação (3 subcategorias)

foco aqui em conversação com adultosOutras (atividades não enfocadas) (6 subcategorias)

Esquema de codificações (versão curta)

Lições Trabal Brinc Conv Outr

Ativ. disponPapel da criançaInic. da ativ.Inic. de involv.Parceiro Nº 1Papel parc. Nº 1Parceiros Nº 2-5 Notas de campo

Papeis parc. 2-5Adultos dispon.Crianças dispon.Parceiros dispon.Onde?Mâe presente?Pai presente?

RESULTADOS—1 (A)É possível mostrar a influência do contexto nas atividades e interações?

cultura—país, raça e classe social

Pontos importantes (nível da cidade)

Crianças em Greensboro e Porto Alegre estavam bem mais envolvidas em conversações com adultos que as crianças em KisumuCrianças em Kisumu mais envolvidas em coisas escolares (lições escolares e brincadeira com objetos escolares) que crianças nas outras cidadesCrianças em Porto Alegre bem menos envolvidas em lições escolares que crianças nas outras cidades

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

GBO KIS POA

% o

bser

vaçõ

es

Liç escBrinc escConv ad

Envolvimento em atividades relevantes

Pontos importantes (nível de classe social e cidade)

Crianças brancas de classe média em Greensboro foram as que tiveram mais conversas com adultosCrianças de classe média em Kisumu foram as que mais tiveram lições escolares e brincaram com objetos escolaresCrianças de classe trabalhadora em Porto Alegre tiveram poucas lições escolares e brincaram pouco com objetos escolaresCrianças de classe média, em geral, tiveram mais lições escolares e brincaram mais com objetos escolares

0

2

4

6

8

10

12

14

Gbo Br Méd

Gbo Br Tra

Gbo N Méd

Gbo N Tra

Kis Méd

Kis Tra POA Méd

POA Tra

% ob

serv

açõe

s

Liç. escol.Brinc. escol.Conv. ad

Envolvimento em atividades relevantes (por cidade, raça [em Gbo] e classe social)

RESULTADOS—1(B)

É possível mostrar a influência do contexto nas atividades e interações?

contexto local—dentro e fora da creche

Enfocando apenas aquelas crianças que freqüentam creche

Uma maior percentagem de conversação fora da creche (em todos os grupos)Uma maior percentagem de lições escolares na creche (mas muito pouco em Porto Alegre)Uma maior percentagem de brincadeiras com objeto escolares dentro da creche (mas apenas significativa em Kisumu)

Envolvimento em atividades relevantes para a escola dentro e fora da creche

0

5

10

15

20

25

Gbo Br fora

Gbo Br dentro

Gbo N fora

Gbo N dentro

Kis fora

Kis dentro

POA fora

POA dentro

% o

bs. d

entr

o e

for a

da

crec

he

Liç. escol.Brinc. escol.Conv. adult

A influência do contexto?

Claro que sim...Atividades e interações estavam influenciadas pelas cidades, classe social e ambiente (dentro ou fora de creche)Esta influência é unidirecional (contexto para atividades e interações)?Não!

Início das atividades pelas próprias criançasA influência das crianças nos valores dos pais

RESULTADOS—2

É possível mostrar a influência da própria criança nas atividades e interações?

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

Gbo Br Méd

Gbo Br Tra

Gbo N Méd

Gbo N Tra

Kis Méd Kis Tra POA Méd POA Tra

Núm

ero

de a

tivi

dade

s

Axis Title

Envolv.

Iniciativa

Envolvimento e iniciativa em atividades relevantes (por cidade, raça [em Gbo] e classe social)

RESULTADOS—3

É possível mostrar a influência das crianças nos valores parentais ao longo de tempo?

Pontos importantes

Não há uma grande diferença entre os valores das mães e dos paisEm cada idade da criança, os pais da classe média valorizam mais que os pais da classe trabalhadora a autonomia (SD) e valorizam menos a conformidade (C)Essa diferença era bem menos clara quando as crianças tinham 36 mesesQuando as crianças tinham 36 meses o valor da conformidade era mais forte para os pais da classe média; não se verificaram grandes diferenças nos valores dos pais da classe trabalhadora nas diversas idades

Mudanças nos valores parentais sobre criação em Porto Alegre, quando suas crianças tinham 3, 36 e 72 meses em “SD” (autonomia)

Classe social: F (1, 20) = 4.71, p < .05 Tempo—linear: ns Tempo—quadratic: F (1, 20) = 22.97, p < .001 Tempo X Classe social: ns

Mudanças nos valores parentais sobre criação em Porto Alegre, quando suas crianças tinham 3, 36 e 72 meses em conformidade

Classe social: F (1, 20) = 4.24, p < .06 Tempo—linear: ns Tempo—quadratic: F (1, 20) = 7.03, p < .05 Tempo X Classe social: ns

MC Father, at 3m: “[Tânia’s] a really easy child to deal with, there’s no aspect of her that’s difficult, which is really different from what one expects of a child.”Mother, at 36 m: “When [Tânia] wants something…if she says: ‘I want some chewing gum’ [I’ll say] ‘You can’t have any chewing gum, you’ve just finished eating’ like, like today, she asked 10 times for chewing gum, and you have to, you know, you have to deal with this, you know, otherwise you end up giving in: ‘OK, have some!’ and you can’t do that. … Sometimes she gets quite upset, she lies on the floor … she can start crying ‘You’re not going to get any now, it’s not the right time’ and she stops and gets up.” Mother, at 72 m: “You have to respect her individuality, the way she is, right? She hates to wear clothes under other clothes, things under her clothes. That’s the way she is. You just have to respect that.” Father, at 72 m: “Obviously at times you want to get her to do things and she tries to dominate, but that’s the way she is, you can see that that’s her personality. … She’s going to come to grief because of her strong temperament, but it’s nothing that we can’t get over.”

MC Father, at 3 m: [Carlos is] “happy, really calm.” Mother, at 3 m: “[He’s] calm, I think that he’s really happy … affectionate.”Mother, at 36 m: “It was a difficult bath time and he was crying and everything just too much. So then I gave him two slaps, right, and he told me not to hit him. … He was very angry. … But really his behavior has always been very adaptable, you know. Now this is just a function of his age.”Father, at 36 m: “This happens with all of them [children], you know. And I think this way: it’s a phase. … They’re phases that he’s going through.”Father, at 72 m: “In his ‘Your Highness’ moments he’s very difficult to deal with. … He tries to assert his will, right? And so, depending on the day, he’s Piaget or Pinochet, you know?”

WC Mother, 3 m: “I thought that [Roberta] would be a crier, that she wouldn’t let me sleep. But she’s not like that, she’s great the way she is. … She just hates to be left alone, you know? If she’s left alone she cries, and it’s the same in the dark.” Mother, 36 m: “She never gives me much work, because she’s always been this way, to accept stuff, that’s just her way. I think that she was [always] very peaceful. … She always was really calm, even as a baby. … I think that she’s a really happy child, you know?”Mother, 72 m: “I think that Roberta is really nice. She’s really sincere, and I like this in her, you know? She can’t lie. If she’s done something wrong she immediately comes with that sort of look, already half laughing, she can’t disguise it. You say to her: ‘Roberta, you’re not telling the truth,’ and then she tells you, you know? This is something I really like about her.”

WC mother, 3 m: “I don’t know what to tell you, because I think that [Daniel] seems angry. I think that he’s going to be really angry. He smiles a lot, but when he’s like this, irritable, wow, you just have to see him.”Mother, while pregnant: “I think that he’s going to be an angry one [she smiles]. Because sometimes he’s, sometimes I’m just fine and he, you know, he, depending on whether I’m sitting, I think that he’s angry and he kicks me really hard.”Mother, 36 m: “My biggest problem with him is this, he’s very [she pauses] aggressive, you know, very much like that … it’s a little strange.”Mother, 72 m: [Daniel has a] “strong personality, very strong” (and she laughed). But, she continued, she had dramatically changed her approach with him. She used to hit him all the time, she said, but that was not working: “I stopped and thought, ‘What am I doing?’ And then I realized, and stopped hitting. I hadn’t thought about what I was doing.”

Por que têm mudanças em valores parentais ao longo de tempo?

Por que os pais mudaram os valores? Por causa das mudanças nas características das suas crianças?Talvez...mas temos pelo menos duas outras possibilidades.As mudanças são genéricas—cada pai com cada criança muda os valores ao longo de tempo.Não tem estabilidade em valores ao longo de tempo, e por causa disso é possível ver mudanças nos valores parentais.

É possível refutar essas duas possibilidades...

Correlações entre valores parentais e a idade da criança

SD3 SD36 SD72 C3 C36 C72

SD3 -

SD36 -

SD72 .65*** -

C3 -.62*** -

C36 -.44* -

C72 -.44* -.56* -.71** .45* -

RESULTADOS—4

É possível mostrar a influência do tempo histórico nas atividades e interações?

Correlações das atividades infantis aos 36 meses com as percepções dos seus professores aos 84 meses(Greensboro, EUA)

-0.8

-0.6

-0.4

-0.2

0

0.2

0.4

0.6

0.8

Liç.escol.

Liç.mundo

Brinc.escol.

Conv. cadul

Cor

rela

tions

(Spe

arm

an rh

o)

GBO MédGBO Trab

Correlações das atividades infantis aos 36 meses com as percepções dos seus professores aos 84 meses(Greensboro, EUA e Tartu, Estônia)

-0.8

-0.6

-0.4

-0.2

0

0.2

0.4

0.6

0.8

Liç.escol.

Liç.mundo

Brinc.esc.

Conv.

Cor

rela

tions

(Spe

arm

an rh

o)

GBO médGBO trabTar médTar trab

Conclusões

Claramente, eu não “provei” a teoria ecológico-cultural, mas mostrei, nos dados:a influência do contexto

cultura—país e classe socialambiente local—dentro e fora da creche

a influência da criançanas atividades diáriasnos valores parentais

a influência do tempoao longo de um período da infância

Quero agradecer a vocês pela atençã[email protected], J. R. H. (2008). The everyday lives of young children: Culture, class, and child rearing in diverse societies. New York: Cambridge University Press. Tudge, J. R. H., Doucet, F., Odero, D., Sperb, T., Piccinini, C., & Lopes, R. (2006). A window into different cultural worlds: Young children’s everyday activities in the United States, Kenya, and Brazil. Child Development, 77(5), 1446-1469.Tudge, J. R. H., Lopes, R. S., Piccinini, C. A., Sperb, T. M, Chipenda-Dansokho, S., Marin, A. H., Vivian, A. G., Oliveira, D. S., Frizzo, G. B., & Freitas, L. B. L. (under review). Parents’ child-rearing values in southern Brazil: Mutual influences of social class and children’s development. Journal of Family Issues. Vocês podem ler vários artigos sobre a teoria e a pesquisa no site:http://www.uncg.edu/hdf/facultystaff/Tudge/Tudge.htmlVeja Estudo Longitudinal de Porto Alegre e Papers