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Traduzido do original em Inglês
Interpretation of the Scriptures
By A. W. Pink
Este e-book consiste apenas no Cap. 12 da obra supracitada.
Via: PBMinistries.org
(Providence Baptist Ministries)
Tradução por Camila Rebeca Almeida
Revisão por William Teixeira
Capa por William Teixeira
1ª Edição: Fevereiro de 2017
Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida
Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.
Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a devida
permissão do ministério Providence Baptist Ministries, sob a licença Creative Commons Attribution-
NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.
Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,
desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo
nem o utilize para quaisquer fins comerciais.
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A Interpretação das Escrituras
Por A. W. Pink
Capítulo 12
________________________________________
17. Exposição das parábolas. Este é um outro ramo do nosso assunto sobre o qual
pelo menos um capítulo inteiro deveria ser dedicado, mas o perigo de sobrecarregar a
paciência de alguns dos nossos leitores torna isso desaconselhável. Devido à grande
simplicidade da sua natureza e da linguagem, é comumente suposto que as parábolas são
mais facilmente compreendidas do que qualquer outra forma de instrução bíblica, quando
o fato é que provavelmente o ensino mais errado foi propagado por cauda da incompre-
ensão do sentido de alguns de seus detalhes; isso aconteceu com as parábolas mais do
que com qualquer outra porção da Palavra. Grande cuidado deve ser tomado com as
parábolas, pois é especialmente importante determinar e, em seguida, manter em mente o
escopo ou principal propósito de cada uma. Mas em vez disso, com muita frequência as
parábolas são abordadas exclusivamente para a finalidade de encontrar apoio aparente
para alguma doutrina específica ou ideia que o pregador deseja provar. E, em consequência
disso, muito nelas foi arrancado de seu significado original, e elas foram entendidas de
modo a contrariar completamente outras passagens. Também aqui a analogia da fé deve
ser observada de forma constante, e nossa interpretação de cada parábola deve ser medida
por ela.
A definição infantil de que “uma parábola é uma história terrena com um significado
celestial” expressa a ideia geral. É uma forma de ensino pela qual as coisas espirituais são
representadas sob imagens sensíveis. As parábolas são de fato ilustrações em palavras,
tendo algo da mesma relação com a instrução daqueles a quem elas são dirigidas, como
fazem as ilustrações pictóricas usadas em livros para elucidar o leitor da página impressa.
A partir da relação com a verdade apresentada ou lição aplicada podem ser reunidos certos
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princípios importantes, mas simples e óbvios, que precisam ser tidos em consideração no
estudo das parábolas de nosso Senhor. Em primeiro lugar, a parábola, como uma imagem
ilustrativa, só pode apresentar o seu objeto parcialmente. Nenhuma ilustração pode
fornecer ou exibir todos os aspectos de seu objeto, não mais do que a “planta” de um edifício
do arquiteto pode mostrar segundos e terceiros andares, e muito menos os representar
como serão quando concluídos, embora possa sugerir algo sobre deles. Assim, uma
parábola indica para nós apenas determinados alguns aspectos do assunto. Por isso nós
as encontramos agrupadas; todas em um grupo representando o mesmo assunto, mas
cada uma estabelecendo uma característica distinta do mesmo; como acontece nas
parábolas de Mateus 13, as quais lidam com os “mistérios do reino dos céus”, e com
aquelas de Lucas 15 que nos mostram não somente a graça recebendo os pecadores, mas
buscando, encontrando, vestindo e lhes dando um banquete.
Em segundo lugar, as parábolas são subordinadas ao ensino direto; sendo projetadas
não para a prova, mas para a ilustração de uma doutrina ou dever. Deve sempre ser
lamentado quando Cristãos professos são culpados de colocar uma parte das Escrituras
contra outra, mas quando uma parábola é utilizada para anular alguma doutrina simples ou
mandamento de Deus, o absurdo é adicionado à irreverência. Daí, apelar para Mateus
18:23-25, para provar que o Deus de toda graça pode revogar o Seu perdão; ou negar a
responsabilidade do homem com base em que “a moeda de prata perdida” de Lucas 15
retrata o pecador por um objeto inanimado, é tanto tolo quanto profano. Em terceiro lugar,
é igualmente evidente que devemos buscar determinar o principal objetivo de Cristo na
principal lição de moral que Ele pretendia aplicar; ainda assim, esse dever óbvio é muito
negligenciado. Com muita frequência, as parábolas são tratadas como se seu propósito
fosse deixado em aberto para conjecturas e suas lições para inferência incerta. Tal ideia
ímpia e modo leviano de lidar com elas é claramente refutada por aquelas parábolas em
que o próprio Cristo explicou aos Seus discípulos. Assim, não somos deixados inteiramente
aos nossos próprios recursos, pois aquelas interpretadas pelo Senhor devem ser
consideradas como amostras, cada uma estabelecendo alguma verdade distinta, cada
detalhe possuindo um significado.
Em quarto lugar, é importante obter uma compreensão correta da própria represen-
tação parabólica, uma vez que fornece a base da instrução espiritual. Se não entendermos
a alusão natural, não podemos dar uma exposição satisfatória da linguagem em que é
estabelecida. Devemos também ter cuidado para que não estendamos a representação
para além dos limites que ela pretendia ir. Essa representação se torna óbvia quando nos
concentramos sobre a ideia principal da parábola e permitimos que os seus detalhes a
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tornem mais distinta. A parábola não deve ser separada em partes, mas vista como um
todo; todavia, não esqueça que cada detalhe contribui para a sua verdade central, não há
um simples uso exagerado de palavras. Normalmente, o contexto deixa claro qual é o seu
propósito e significado. Assim, a parábola do rei fazendo uma prestação de contas com os
seus servos (Mateus 18:23) foi proferida em resposta à pergunta de Pedro no verso 21; a
do rico insensato em Lucas 12 foi ocasionada por um espírito de cobiça por parte de quem
desejava obter uma parte da herança de seu irmão. Aquelas em Lucas 15 foram a partir do
que está relacionado em seus versos de abertura. As parábolas incidem sobre os aspectos
mais fundamentais do dever e do comportamento, em vez de sobre os detalhes minuciosos
desses.
Como esclarecido acima, muito ensino errôneo é resultado da falta de atenção a essas
regras simples. Assim, certos teólogos que são basicamente defeituosos a respeito da
Expiação têm argumentado a partir da parábola do filho pródigo que, uma vez que nenhum
sacrifício foi necessário para reconciliá-lo com o Pai ou fornecer acesso ao seio de Seu
amor, Deus perdoa absolutamente, por pura compaixão. Mas isso é uma perversão clara
da parábola, pois não é como um Pai, mas como justo Governador que Deus exige uma
satisfação à Sua justiça. Igualmente há uma deturpação grave da graça do Evangelho, se
entendermos a partir da parábola do servo incompassivo (Mateus 18:23-35) que a graça
divina é sempre exercida aos homens sem um sacrifício propiciatório aceito por Deus, para
reparação feita à Lei quebrada (Romanos 3:24). Essas parábolas nunca foram destinadas
a ensinar o fundamento do perdão divino; é errado forçar qualquer parábola a mostrar todo
um sistema de teologia. Alguns têm até mesmo extraído da passagem em que Cristo proíbe
Seus discípulos de arrancarem o joio, um argumento contra a igreja local exercer uma
disciplina tão rigorosa a ponto de desassociar membros heréticos ou desordenados, o que
é refutado por Seu ensino em Apocalipse 2 e 3, onde essa frouxidão é severamente
repreendida.
Igualmente perigoso e desastroso é aquela interpretação que fez a parábola dos
trabalhadores na vinha ensinar a salvação pelas obras. Uma vez que a parábola dá um
notável exemplo da importância de nos atentarmos para as definições, faremos algumas
observações sobre ela. Após a recusa do jovem rico a deixar tudo e seguir a Cristo, e Ele
buscar inculcar aos Seus discípulos a solene advertência desta triste situação, Pedro disse:
“Eis que nós deixamos tudo, e te seguimos; que receberemos?” (Mateus 19:22-27). O
Senhor respondeu duplamente: a primeira parte, como a questão era legítima, declarando
que tanto aqui e no futuro há abundante recompensa para aqueles que O seguiram (vv. 28-
29). Na segunda parte, nosso Senhor sondou o coração de Pedro, dando a entender que
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por trás de sua pergunta havia uma disposição errada, uma ambição carnal que Ele tinha
tantas vezes repreendido nos apóstolos, quando eles disputaram a respeito de qual deles
seria o maior no reino e quem teria os primeiros assentos no mesmo. Havia um espírito
mercenário agindo neles, pois consideravam que eles tinham reivindicações de retribuições
mais elevadas do que outros, uma vez que eles foram os primeiros a deixar tudo e seguir
a Cristo, aumentando assim a sua própria importância e deixando Jesus sob obrigações.
Daí a parábola de Mateus 20:1-15, ser precedida pelas palavras: “Mas muitos que são
primeiros serão últimos; e os últimos serão os primeiros”, e seguida por palavras
semelhantes.
Uma vez que não há espaço para duvidar que a parábola dos trabalhadores da vinha
foi designada para ilustrar as palavras em Mateus 19:30 e 20:16, é claro que nunca foi
destinada a ensinar o caminho da salvação, de modo que interpretá-la assim é perder
completamente o seu objetivo. A intenção do Senhor evidentemente era inculcar aos Seus
discípulos que a menos que eles mortificassem os males provenientes de seus corações,
esses eram de tal caráter que roubariam todo valor da devoção mais antiga e prolongada,
e que o último e mais breve serviço a Ele, em razão da ausência de autoafirmação, seria
considerado digno aos Seus olhos de receber recompensa tanto quanto o primeiro. Além
disso, Ele queria que soubessem que faria o que quisesse com aquilo que era Seu próprio,
logo, eles não deveriam ditar os termos de serviço. Foi corretamente observado por Trench1
em suas notas sobre essa parábola que um “acordo foi feito pelos primeiros trabalhadores
contratados (20:2) antes de entrarem em seu trabalho, exatamente o acordo que Pedro
quis fazer: “O que teremos?”; enquanto aqueles posteriormente envolvidos eram de um
espírito mais simples, confiando que o senhor daria a eles tudo o que era correto e justo”.
18. Palavras com significados diferentes. Existem muitos termos nas Escrituras que
não são de modo algum usadas de modo uniforme. Algumas têm diversos sentidos, outras
têm significados variados de um modo geral. Isso não significa que elas são usadas de
forma arbitrária ou caprichosa, menos ainda que isso visa confundir a mente dos simples.
Às vezes, é porque o termo original é muito amplo para ser expresso por um único equi-
valente em português. Às vezes, ocorre em outra forma com ênfase. Mais frequentemente,
são as várias aplicações que são feitas para vários objetos. Assim, é uma parte importante
da tarefa do expositor delimitar essas distinções, e, ao invés de confundir, deixar claro cada
sentido diferente e, assim, “manejar bem a palavra da verdade”. Assim, a palavra grega
Paracleto é traduzida como “Consolador”, em relação ao Espírito, no Evangelho segundo
1 Pink faz referência a Richard Chenevix Trench (1807-1886), e seu livro: Notes on the parables of Our Lord
[Notas sobre as parábolas de Nosso Senhor].
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João, mas como “Advogado” em relação a Jesus Cristo primeira epístola de João (2:1).
Parece haver pouco em comum entre essas expressões, mas quando descobrimos que o
termo grego significa: “pessoa chamada para o lado de alguém (para ajudar)”, a dificuldade
é removida, e a verdade abençoada é revelada: o Cristão tem dois ajudantes divinos, Um
prático e Um legal; Um dentro de seu coração e Um no Céu; Um ministra a ele, o Outro
advoga por ele.
A palavra grega diatheke ocorre trinta e três vezes; seu significado comum — como o
hebraico berith — sendo “aliança”. Na Versão Autorizada é assim traduzida por vinte vezes,
e como “testamento” por treze vezes. Ora, uma aliança, estritamente falando, é um contrato
entre duas partes, uma prometendo fazer certas coisas mediante o cumprimento de certas
condições pela outra parte; enquanto testamento é algo por meio do que alguém concede
certos dons. Não parece haver nada em comum entre os dois conceitos, na verdade, são
totalmente contrários. Mas nós acreditamos que nossos tradutores traduziram o termo
corretamente em ambos os sentidos, embora nem sempre o fizeram felizmente; certamente
deve ser “aliança” em 2 Coríntios 3:6 e Apocalipse 11:19. É justamente traduzido como
“aliança” em Hebreus 8:6, e “testamento” em 9:15, pois ali é feito um testamento para
ilustrar uma determinada correspondência entre a dispensação divina preparatória e a
última. O testamento não se torna válido enquanto a pessoa está viva, ele só pode ter efeito
após a sua morte. Hebreus 9:15-17, trata de uma disposição que mostra a maneira pela
qual os homens obtêm uma herança através das riquezas da graça divina. Assim, em vez
de usar syntheke, que expressa mais exatamente uma aliança, o Espírito Santo de modo
proposital usa diatheke, que poderia ter uma dupla aplicação.
Vejamos agora alguns exemplos em que a mesma palavra em português tem muitas
variantes. Como nas palavras bem conhecidas do nosso Senhor: “Deixa que os mortos
sepultem os seus mortos” (Mateus 8:22), assim a palavra “vemos” é usada em dois sentidos
diferentes em Hebreus 2:8-9: “Ora, visto que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou que
lhe não esteja sujeito... Vemos, porém, coroado de glória e de honra...”, onde primeiro faz
referência ao que já havia sido exposto, e em segundo lugar, à percepção da fé. “Resgate”
é por meio de poder, bem como por preço. Às vezes, Deus defendeu ou resgatou o Seu
povo, destruindo os seus inimigos: Provérbios 21:18; Isaías 43: 4; Faraó e seus exércitos
no Mar Vermelho. Muitos têm ficado grandemente perplexos com as aplicações notável-
mente diferentes feitas quanto à palavra “carga” em Gálatas 6:2-5: “Levai as cargas uns
dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo... cada um levará o seu próprio fardo”. O
primeiro tem em vista a carga de fraquezas do Cristão, que deve simpatizar em espírito de
oração com seus irmãos e irmãs, e ajudá-los de modo prático. Este último tem referência à
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responsabilidade individual, seu estado pessoal e destino, que ele mesmo deve cumprir, e
que não pode ser transferido para outros. A palavra grega para o primeiro é “pesos”, ou
fardos, os quais exigem uma mão amiga. Este último significa um “dever”, ou confiança
imposta.
O significado do termo “carne” parece ser tão óbvio que muitos consideram como um
grande desperdício de tempo examinar as suas várias conexões na Escritura. Supõe-se
rapidamente que a palavra é sinônimo de corpo físico, e por isso uma investigação
cuidadosa não é feita. No entanto, na verdade, “carne” é usada nas Escrituras para incluir
muito mais do que o aspecto físico do nosso ser. Lemos sobre a “vontade da carne” (João
1:13) e “as obras da carne” (Gálatas 5:19), algumas das quais são atos da mente. Somos
proibidos de fazer provisão para a carne (Romanos 13:14), o que certamente não significa
que devemos morrer de fome ou negligenciar o corpo. Quando se diz: “o Verbo se fez carne”
(João 1:14), devemos entender que Ele tomou para Si toda uma natureza humana,
consistindo de espírito (Lucas 23:46), alma (João 12:27) e corpo. “Nos dias da sua carne”
(Hebreus 5:7) significa o tempo de Sua humilhação, em contraste com Sua presente
exaltação e glória. Mais uma vez, o leitor mediano da Bíblia imagina que “o mundo” é
equivalente a toda a raça humana, e, consequentemente, muitas das passagens na quais
esse termo ocorre são mal interpretadas. Muitos também supõem que o termo “imortali-
dade” não exige qualquer exame crítico, concluindo que se refere à indestrutibilidade da
alma. Mas nunca devemos presumir entender algo da Palavra de Deus. Se a concordância
for consultada, será encontrado que “mortal” e “imortal” nunca são aplicados à alma do
homem, mas sempre ao seu corpo.
“Santo” e “santificar” representam em nossas Bíblias em português uma e a mesma
palavra hebraica e grega no original, mas elas não são de modo algum usadas uniforme-
mente, antes possuem uma variedade de abrangência e aplicação; daí as diversas defini-
ções dos homens. A palavra é de tal modo ampla que nenhum único termo em português
pode expressá-la. Que significa mais do que “separado” é claro a partir do que é dito sobre
o nazireu: “todos os dias da sua separação, ele é santo ao Senhor” (Números 6:8), dizer:
“todos os dias da sua separação, ele é separado” seria uma tautologia sem sentido. Assim,
sobre Cristo, está escrito: “santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores” (Hebreus
7:26), onde “santo” significa muito mais do que “separado”. Quando aplicada a Deus essa
palavra indica a Sua majestade inefável (Isaías 57:15). Em muitas passagens expressa
uma qualidade moral (Romanos 7:12; Tito 1:8). Em outras, refere-se à pureza (Efésios 5:26;
Hebreus 9:13). Muitas vezes significa consagrar-se ou dedicar-se a Deus (Êxodo 20:11;
João 17:19). Quando o termo é aplicado ao Cristão conota, em termos gerais: (1) a relação
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sagrada com Deus, em cuja graça fomos levados a Cristo; (2) aquela bendita graça interior
pelo qual o Espírito nos fez conhecer a Deus e nos capacitou a ter comunhão com Ele e (3)
a vida transformada resultante disso (Lucas 1:75; 1 Pedro 1:15).
A palavra “juízo” é outra que exige um verdadeiro estudo. Há julgamentos da boca de
Deus que Seus servos devem fielmente declarar (Salmos 119:13), ou seja, toda a revelação
da Sua vontade, a regra pela qual devemos andar e pelo que Ele ainda nos julgará. Esses
“juízos” (Êxodo 21:1) são os decretos divinos que fazem conhecida a diferença entre certo
e errado. Há também juízos da mão de Deus: “Bem sei eu, ó Senhor, que os teus juízos
são justos, e que segundo a tua fidelidade me afligiste” (Salmos 119:75). Esses são a
disciplina graciosa que ele administra aos Seus filhos; enquanto aqueles que são o castigo
aos iníquos (Ezequiel 5:15), são maldições judiciais e punições. Em algumas passagens a
palavra “juízo” expressa o conjunto de providências de Deus, muitas dos quais são “um
grande abismo” (Salmos 36:6) e “inescrutáveis” (Romanos 11:33) a qualquer mente finita,
coisas que não devem ser esquadrinhadas por nós. Eles indicam o Seu governo soberano,
pois “justiça e juízo são a base do Seu trono” (Salmos 97:2), semelhantemente a retidão da
administração de Cristo (João 9:39). “Ele trará justiça [julgamento] aos gentios” (Isaías 42:1)
intenciona a doutrina justa de Seu Evangelho. Em Judas 14 e 15 a referência é às
operações solenes do último dia. “Ensina-me bom juízo e ciência” (Salmos 119:66), essa
passagem consiste em um pedido por prudência, uma compreensão mais clara para aplicar
o conhecimento de forma correta. “Fazer justiça e juízo” (Gênesis 18:19) significa sermos
justos e equitativos em nossas relações.
Sola Scriptura! Sola Gratia! Sola Fide!
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10
10 Sermões — R. M. M’Cheyne
Adoração — A. W. Pink
Agonia de Cristo — J. Edwards
Batismo, O — John Gill
Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo
Neotestamentário e Batista — William R. Downing
Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon
Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse
Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a
Doutrina da Eleição
Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos
Cessaram — Peter Masters
Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da
Eleição — A. W. Pink
Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer
Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida
pelos Arminianos — J. Owen
Confissão de Fé Batista de 1689
Conversão — John Gill
Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs
Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel
Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon
Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards
Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins
Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink
Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne
Eleição Particular — C. H. Spurgeon
Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —
J. Owen
Evangelismo Moderno — A. W. Pink
Excelência de Cristo, A — J. Edwards
Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon
Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink
Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink
In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah
Spurgeon
Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —
Jeremiah Burroughs
Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação
dos Pecadores, A — A. W. Pink
Jesus! – C. H. Spurgeon
Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon
Livre Graça, A — C. H. Spurgeon
Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield
Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry
Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill
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— Sola Scriptura • Sola Fide • Sola Gratia • Solus Christus • Soli Deo Gloria —
Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —
John Flavel
Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston
Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.
Spurgeon
Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.
Pink
Oração — Thomas Watson
Pacto da Graça, O — Mike Renihan
Paixão de Cristo, A — Thomas Adams
Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards
Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —
Thomas Boston
Plenitude do Mediador, A — John Gill
Porção do Ímpios, A — J. Edwards
Pregação Chocante — Paul Washer
Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon
Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado
Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200
Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon
Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon
Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.
M'Cheyne
Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer
Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon
Sangue, O — C. H. Spurgeon
Semper Idem — Thomas Adams
Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,
Owen e Charnock
Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de
Deus) — C. H. Spurgeon
Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.
Edwards
Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina
é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen
Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos
Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.
Owen
Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink
Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.
Downing
Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan
Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de
Claraval
Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica
no Batismo de Crentes — Fred Malone
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11
2 Coríntios 4
1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está
encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
10 Trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
se manifeste também nos nossos corpos; 11
E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
nossa carne mortal. 12
De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13
E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
por isso também falamos. 14
Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15
Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
Deus. 16
Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
interior, contudo, se renova de dia em dia. 17
Porque a nossa leve e momentânea tribulação
produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18
Não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se
não veem são eternas.