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Objetivos do mini-curso• Oferecer uma visão geral dos que é meditação,
mindfulness, atenção plena.• Refletir sobre o papel da meditação para o
desenvolvimento da presença do terapeuta.• Descrever um uso da meditação no campo da
Psicologia – mindfulness – e a relação com a perspectiva Gestáltica.
• Praticar habilidades.
Meditaçao, mindfulness• O que é.• Como é: Técnicas de meditação: focar em
algo.• Efeitos: espiritualidade, ciência, psicologia,
estresse, profissional psicólogo.• Gestalt: tomada de consciência, contínuo de
awareness, insight x mindfulness.
Meditação: O que é?
• Formas de disciplina sensório-motora: desde o permanecer sentado em silêncio, o relaxar-se, o cerrar os olhos, o respirar de modo consciente e o adotar o objeto de meditação “para silenciar o funcionamento sempre ansioso da consciência”. (Johnson, 1982).
Meditação é o exercício de se manter em estado de “atenção plena”- mindfulness – observando cuidadosamente os próprios pensamentos, emoções e sensações físicas sem preocupação ou julgamento, de forma a possibilitar ao praticante um esvaziamento de suas tensões, uma redução em seus medos e preocupações, aproximando-o de um estado de equilíbrio bio-psico-socio-emocional. (VORKAPIC, 2010)
Consiste em uma forma de o indivíduo prestar atenção a tudo o que está acontecendo em sua vida com sabedoria, o que torna possível ao mesmo dar-se conta de suas experiências interna e externamente.
Kabat-Zinn
Meditação: Como é?• Unidade na diversidade, formas de “deter-se” em algo.• Ao praticar, deve-se estar atento aos pensamentos e às
ações, pois o que importa é estar focado em algo, com mais ênfase no como foca, do que o que se foca (NARANJO, 1991).
• Consiste em desenvolver uma qualidade de presença, a qual pode ser expressada e expandida em qualquer situação em que o indivíduo se encontre. (Naranjo, 1991).
• Só pode ser apreendida através da prática.
Efeitos da prática meditativa
• Forma de cuidado com a saúde, com a integralidade do ser humano em suas relações na vida cotidiana.
• A possibilidade de uma experiência de vida com maior inteireza, enriquecimento de significado e consciência amplificada.
• “Espiritualidade”, transcendência.
Meditação: Uma prática milenarOrigens: mecanismos fisiológicos necessários à ocorrência de êxtase, há
milênios têm feito parte de cérebros pré-hominídeos.Fogueira: chamas produzem uma mudança do padrão de luta-fuga da
consciência para um estado alterado, mais calmo, de repouso em vez de ansiedade.
Há citações sobre sistemas de meditação e Yoga nos Vedas, livros sagrados do Hinduísmo, na Índia, de aproximadamente 2.500 a.C. (DE ROSE, 1986).
Sidarta Gautama.Ocidente.Ciência e Psicologia: a partir do séc.XX, têm tentado entender seus
efeitos e aplicabilidades à saúde do homem, em sua maioria, interessados nos benefícios à saúde, sem valorizar o desenvolvimento espiritual.
A importância do equilíbrio na prática clínica do Psicólogo
• Presença necessária no encontro: completa disponibilidade do terapeuta para o cliente em um dado momento, sem a interferência de considerações ou reservas (HYCNER, 1995).
• Requer do terapeuta estar ele mesmo em contato com seu “momento fértil”: ele se mantém atento à experiência do outro, ao mesmo tempo em que à sua própria experiência, semelhante ao vazio alcançado com a prática da Meditação Vipássana (VAN DUSEN, 1967 apud HYCNER, 1995)
Ciência e Psicologia• Neurofisiologia da Meditação: efeitos sobre o
funcionamento cerebral, Sistema Nervoso: Central e Periférico, Sistema Imunológico, Endócrino.
• Estresse e Ansiedade.• Controle do Estresse através da Meditação
(Mindfulness).
DBT: Origem • DBT – Dialectical Behavior Therapy (Terapia
Comportamental Dialetica), criada por Marsha Linehan, Psy.D.
• Desenvolvido originalmente para lidar com pacientes de personalidade Borderline: pessoas que são mais sensíveis, menos capazes de lidar com a própria emocionalidade, e que tem dificuldade de voltar ao equilíbrio.
• Estratégias para ajudar essa população com os desafios comportamentais que apresentam = funcionam.
Estratégias
1. Mindfulness: fundamento para todos os outros módulos. Dá suporte à integração de forças opostas - polaridades (síntese dialética).
2. Eficácia interpessoal.3. Regulação de emoções.4. Tolerância ao distresse.
Mindfulness – atenção plena
Fundamental ao DBTVeiculo para se chegar ao estado
sábio da mente.
Estados da mente
• Emocional: motivação e razão de fazer as coisas.
• Racional: coisas lógicas e objetivas.• Sábia + intuição. Você consegue integrar as
duas mentes; tem controle (atenção plena) das duas.
• Também há intuição, sente o que é a verdade. Intuição: ela permanece por mais tempo.
Experiência de mindfulness
• Ajuda a manter a tranqüilidade interna.• Reconhece que pensamentos estão aqui e
deixa passar.• Importância de praticar todos os dias.• Aprender a manter o foco no seu objetivo e
não se deixar levar por distrações.
Mente sábia
• Tomada de consciência.• Insight.• Discussão.• Experiência com respiração
Mindfulness:Fatores para chegar na mente sábia
• O quê– Observar: eventos, emoções, comportamentos. Apenas
observar. (corpo na cadeira, continuo de awareness)– Descrever: colocar palavras nas coisas que observa. Não
levar as emoções ao pé da letra. (algo que acontece)– Participar: estar no presente, no aqui e agora. Entregar-se,
prestando atenção enquanto participa. (chacoalhar)• Como
– Não julgar, não avaliar como bom ou ruim. Olhar para a conseqüência e não avaliar o comportamento em si. (experiências).
– Fazer uma coisa de cada vez (Andar).– Ser efetivo. Ser pragmático. Fazer o que funciona.
Nadabrama
Gestalt-terapia• Acreditar na auto-regulação organísmica. • A pessoa é vista dentro de um referencial holístico: bio-
psico-sócio-espiritual, como parte de um contexto.• A prática e o ensaio são imperativos.• Foco na tomada de consciência, awareness,
mindfulness.• Opção descritiva: o quê está acontecendo, e como.• Focar no ponto de silêncio e centramento.• Importância do o aqui e agora.
Conclusão
• A meditação traz contribuições para o auto-suporte e a auto-regulação.
• Em relação ao psicólogo clínico, também pode ajudá-lo a desenvolver sua atitude e qualidade de presença.
• Cada pessoa pode encontrar uma área de interesse para aplicar a meditação.
2. Eficácia Interpessoal
• Objetivo: ensinar às pessoas estratégias de como pedir o que quer, como dizer “não”, e como enfrentar o conflito interpessoal.
• Equilibrar atendimento de necessidades pessoais e interpessoais, e o auto-respeito.
• Exercício: identificar a prioridade nas necessidades de interação = hierarquia das necessidades.
Eficácia Interpessoal• Como pedir o que quer.• Como dizer “não”.• Em relacionamento, tem que se dar atenção, tem que lidar com
aquilo, a medida que vai acontecendo. Contra a tendência a “deixar pra baixo do tapete” ou explodir. Melhor ir lidando com o problema.
• Equilíbrio entre prioridade (a minha necessidade) e demanda ambiental (o que os outros querem).
• Equilíbrio entre o que eu realmente quero fazer x o que achamos de devemos fazer (conflito interno).
• Importância de se sentir eficaz, competente x sentir-se “helpless” (sem ação) e dependente.
• Acreditar nas opiniões próprias e se auto-sustentar.
Eficácia Interpessoal: Exercício
Identificar prioridades:• Objetivo: deixar claro qual é.• Relacionamento: como é o seu
relacionamento.• Auto-respeito: quais valores que dão suporte
ao seu objetivo. Honrar os seus princípios.
Barreiras para a comunicação eficaz
1. Não ter as habilidades desenvolvidas.2. Preocupações atrapalham a mente sábia tomar a
decisão. Precisa entrar no mindfulness para poder tomar decisão com mente sábia.
3. Reação emocional.4. Indecisão acerca do que é mais importante.5. Ambiente não é propício.6. Interação de vários fatores.
Outros impedimentos
• Crenças e mitos (introjeções): fazer o questionamento socrático.
• Desafiar a crença, separando o que é óbvio e o que é imaginário.
• Frases que podem ajudar.• Role-play.Exercícios• Tentar mudar a situação x aceitar o “não”.• Assertividade.
3. Regulação de emoções
Como facilitar a regulação emocional do organismo.A importância da validação da experiência.Requer aplicação da prática de Mindfulness.
Passos• Aprender a rotular as emoções à medida em que vai
experienciando as mesmas, através do processo de mindfulness.
• Aprender a observar e descrever a série de eventos que ocorrem entre o momento desencadeador da emoção e a reação final emocional / fisiológica.(mindfulness)
• Compreender sem julgamento que reação emocional final foi a melhor forma que conseguiu para lidar com a situação presente (validação).
• Qual foi a função daquela reação emocional?• Este comportamento disfuncional se “instaura” e é
preciso atenção plena para rever os passos de como isto ocorreu, e procurar maneiras mais saudáveis de chegar ao objetivo que atende à necessidade.
Objetivo
• Identificar as emoções e analisar a função delas.
• Diminuir a vulnerabilidade e aumentar emoções positivas.
• Diminuir o sofrimento emocional.
Exercício
• Evento precipitante.• Interpretação do evento.• Reação fisiológica.• Linguagem corporal.• Comunicação verbal da emoção.• Urgência para a ação que a pessoa sentiu.
Emoções
• Fatores interferentes: emoções secundárias, ambivalência.
• Funções da emoção: Comunicar e influenciar os outros, organizar e preparar para agir, auto-comunicação e auto-validação.
Redução da vulnerabilidade emocional
• Tratar de doenças físicas;• Alimentação equilibrada;• Evitar drogas que alteram o estado de
humor;• Equilibrar o sono;• Fazer exercício;• Desenvolver a competência com a prática.
Aumentando emoções positivas• Aumentar o número de experiências que levam a
emoções positivas a curto e longo prazo.• Conserte relacionamentos antigos, desenvolva
novos relacionamentos.• Evite de evitar.• Seja mindful de eventos positivos que acontecem• Não destrua experiências positivas com
preocupações.• Mindfulness das emoções presentes.
Ação oposta
• Mudar a emoção agindo de maneira oposta.• Medo - evitar- enfrentar.• Culpa, vergonha – evitar – enfrentar.• Tristeza, depressão – parálise – ação.• Ódio – ataque – evitar gentilmente, ser
gentil.
4. Tolerância ao sofrimento (distress)
•A tolerância à dor e ao sofrimento é uma habilidade essencial, pois estes fazem parte da vida.•Aceitação radical do que é: a vida contém sofrimento por mais que sejamos habilidosos.•A incapacidade de aceitar o sofrimento leva a uma experiência maior de dor e sofrimento.
Estratégias para sobreviver crises • Distrair: fazer atividade alternativa (uma espécie de mindfulness, ex. mantra).• Militância, contribuir.• Gerar emoção que seja oposta (ex. assistir um filme engraçado).• Comparar-se.• Bloquear o que está vindo.• Atividades auto-calmantes usando os cinco sentidos: por exemplo ver o mar,
aromaterapia, receber uma massagem.• Fantasia: melhorar o momento com imagens.• Ressignificar – ex. Viktor Frankl.• Rezar.• Relaxar• Uma coisa no momento – focalização• “Ferias”• Encorajamento
Aceitar a Realidade
• A dor e o sofrimento fazem parte da vida.• Opções: resolver ou consertar o problema,
continuar na situação e sem aceitá-la e se sentindo péssimo, aceitar a situação plenamente e radicalmente.
• Continuar trabalhando em cima da aceitação cada vez que o sofrimento voltar.
• Abertura: aceitar e reagir de maneira efetiva.