Upload
diario-popular
View
225
Download
2
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Atenção! Atenção! Diário nas ruas! Aproveite!
Citation preview
PREÇO AMIGÁVEL E JUSTO DE R$1,99 MAGNÓPOLIS, ABRIL DE 2014 ANO 1
COM DESCONTO DE R$1,99 EDIÇÃO 1
UM JORNAL POPULAR E QUINZENAL QUE, POR ACASO, SAI UMA VEZ POR MÊS
O Diário Popular
OS ATRASOS NAS OBRAS DA COPA FAZEM DILMA ALMOÇAR NA COZINHA
A presidente Dilma está
apavorada com o atraso nas obras da Copa e muita gente próxima a ela anda dizendo
que a chefona quer dar nome aos bois que vêm atrapalhando
o decorrer do ano eleitoral, que promete ser duro para ela.
trabalhar porque está afastado
por invalidez pelo INSS desde a década de 70. O que ele quer mesmo é continuar a disputa de
quem recebe mais títulos de doutor honoris causa com o
Fernando Henrique, o novo garanhão das secretárias.
da Fluminense. Para os mais
íntimos da chefona, Dilma tem dito que a Copa sai! Além de bater cimento,
Dilma ligou para Lula ajudá-la algumas horas no serviço
manual, mas o ex-presidente disse que não está podendo
Nos últimos dias ela
mesma foi supervisionar al-guns estágios e, pelo que dis-seram os mestres de obras, a
presidente sozinha botou a mão na massa e ajudou os pe-
dreiros a rebocar um banheiro do estádio da Arena da Baixa-
O SAPO VOLTA A SER BARBUDO Lula foi a uma reunião com
a Dilma usando um novo visual .
Na verdade um velho visual no-
vo. Ele quer ser retrô, homena-
geando a si mesmo nos anos de
presidente.
Segundo a assessoria do ex
-presidente, ele está feliz consigo
mesmo e até chamou a presidente
Dilma para inaugurar os novos
pelos na da sua cara rechonchuda
— da cara do Lula, não que a
Dilma não tenha um rosto re-
chonchudo ou alguns pelos faci-
ais.
Especuladores políticos e
videntes conceituados estão a-
pontando que essa mudança de
visual só pode indicar uma coisa,
Lulalá de novo.
Se a especulação for verda-
de e Lulinha for eleito esse ano, a
Dilma deve assumir o cargo de
presidenta do gabinete do presi-
dente da República.
KHARTOUM
E D I T O R I A L D E O P I N I Ã O
Por Ubaldo Kowalzki
Amigo leitor, apresento aqui o
nosso Diário Popular! Nosso jornal foi idealizado por
toda a nossa equipe de jornalistas não
diplomados como um jornal para o povo, com ideais populares.
Nossa máxima, Um jornal po-
pular e quinzenal que, por acaso, sai uma vez por mês, clama pelo senti-
mento do trabalhador brasileiro.
Esse maravilhoso slogan foi
criado pelo maior publicitário de fri-gorífico do Brasil. É dele também o
grande slogan Carne de segunda na
terça é mais barata! Na nossa capa está o valor ami-
gável de 1,99 real. Quer um preço
mais popular que esse? Ainda mais quando se tem um desconto no valor
de 1,99 real!
Temos um time de amadores
que realmente amam o que fazem. Mas fazem nas horas vagas, já que
todos temos outros empregos de ver-
dade. Eu mesmo sou pintor de parede por profissão e ainda passo dias sujo
de tinta e cheirando à tíner.
Na foto abaixo, o querido leitor
pode vislumbrar nossa poderosa reda-ção, munida de uma moderníssima
Olivetti Praxis 20 para a diagramação
deste Diário e também o sofá onde passamos horas discutindo as melho-
res maneiras de noticiar a mesma coi-
sa que todo mundo já noticia em tone-
ladas de papel. Falando nisso, nosso papel soci-
al é de grande qualidade. Se a leitura
lhe parecer chata e maçante, sinta-se à vontade para usar nossas folhas como
cobertura de gaiola, embalagem de
mudança, banheiro de gato, cachorro e coelho e até um papel higiênico de
emergência!
Todo mês (pelo menos nos que
tivermos patrocínio) vamos inundar Bauru com cultura, esporte, política,
comportamento, alienígenas e artigos
exotéricos em geral. E como grande atração temos
nosso suplemento cultural, O Marcos
Pasquim, que vai tratar da cultura de família e bom gosto.
Lá você também vai encontrar
a coluna do José Limão, primo bastar-
do de um famoso colunista de um jor-nal de São Paulo.
Esse é o Diário Popular. Vie-
mos para trazer mais do mesmo da mesma forma de sempre. Não temos
muito a acrescentar, mas saiba que
nosso objetivo é a conquista! Nosso
objetivo é a conquistar, meu filho!
ENFIM, A ANISTIA KHARTOUM
O Diário Popular Um jornal popular e quinzenal que, por acaso, sai uma vez por mês
Editor chefe e pintor de paredes - Ubaldo Kowalzki
Diagramação e edição - Alaúde Rabeca
Política e Poder - Esperança dos Dias Novaes e Miau Tsé-Tung
Esporte - Eduardo Vinicius Andorinha (E.V.A.) e Afonso Cansado
Grão-chefe de Loteria e Sorte - Pai Carijó de Ogum
Os homi urgente! - Brigadeiro Peçanha e Cabo Falecimento
Coluna “A Lua Vai” - Frade Belo
Suplemento "O marcos Pasquim" - Felisberto Martins
Culinária - Aparecida das Neves e Jaime Fondue
Sensualidade e punhetismo - Jacinto Negrão
Colunista famoso - José Limão
Tiras e Colocas - Antenor de Sosa
Editoria Hipster - Martinho Escocês
Games e joguinhos - Róbson Pinheiro Garboso
Música - Maestro Malaquias Aguiar
Piadas adicionas e exclusivas - Astolfo da Nóbrega e Senador Graça
Estagiário de serviços gerais - Enzo Raphael
Diagramação e edição - Ubaldo Kowalzki
Email de contato - [email protected]
Dá um jóia na nossa fanpage no Feicebuque - facebook.com/odiariopopular
Não seja jacu ou bocó. Esse jornal é de cunho humorístico. Então não se irrite, meu filho - Nota do censor.
PÁGINA 2 ABRIL DE 2014 O Diário Popular
PÃO DE ALHO—QUEIJO—CARNE—KAFTA
COM QUEIJO—FRANGO COM CALABRES
COSTELA—PANCETA—LINGÜIÇA FRANGO
CALABRESA—CORAÇÃO—MEDALHÃO
Por E.V.A.
Na última quarta-feira (12),
o Magnatas Futebol Clube chegou ao bicampeonato do Torneio Capi-
tão Armando Pinto. A equipe bau-
ruense, de origem taboanense, mas com sede em Poços de Caldas;
venceu o tradicional Baurússia
Dortmund na final por 3 a 1. O Magnatas não vencia o
torneio desde 2001, ano posterior à
sua criação. ―Os corujas‖ (apelido
carinhoso dado pela torcida devido aos seus hábitos de treinar de ma-
drugada) já eram nomes respeita-
dos em outros esportes olímpicos como a bocha, o cabo de guerra e
seu motivo de maior orgulho o na-
do sincronizado. Porém o futebol vinha em baixa desde a saída de
seu principal jogador Luís Pereira
negociado junto ao seu adversário
na final. As atuações dos últimos a-
nos da equipe levaram à revolta
por parte da torcida que chegou a invadir o terreno baldio onde acon-
tecem os treinos secretos e a depre-
dação dos dois carros usados para
levar os jogadores aos jogos. Felizmente o sofrimento a-
cabou, com seu tradicional futebol
de chutões pra frente, a equipe pas-sou por seus três adversários até
chegar à final.
A final não poderia ser mais emocionante. Luís Pereira abriu o
placar para o Baurússia, um belo
chute de fora da área que ricoche-
teou em três zagueiros; porém em sua comemoração, ao dar três cam-
balhotas seguidas fraturou o dedão
ABRIL DE 2014 PÁGINA 3 O Diário Popular
O time, fundado por descen-dentes de imigrantes escoceses vin-
dos em 1918, tem quarenta anos de
existência e é o campeão absoluto
da Liga de Curling de Rói de Den-tro, por ser o único time inscrito no
torneiro até o encerramento da pes-
quisa O hino do time é uma adapta-
ção a capela do hit Dança da Vas-
soura do Molejão, aprovado em assembleia por todos os quatro dire-
tores sênior vivos.
Eles ainda lançaram uma car-
ta de repúdio aos praticantes do Quadribol para trouxas, que já tem
cinco times e uma liga especial em
Rói de Dentro desde 2005.
Por Afonso Cansado
A Associação Internacional
de Curling (AIC– São Paulo) di-vulgou uma nota animadora para o
segundo esporte com vassoura
mais falado dos últimos dez anos. Segundo o VoxCenso do
Instituto DataBop, existem cento e
dois torcedores de Curling em to-do o Brasil.
Foram ouvidas mais de 10
milhões de pessoas em vinte anos
de pesquisa do Oiapoque a Jundiaí, passando pelo Espírito Santo.
O perfil geral generalizado
dos amantes do esporte varredor são, em sua maioria, torcedores
fanáticos do Clube de Curling de
Rói de Dentro, em Santa Catarina.
esquerdo e teve de ser substituído. Sem sua maior estrela os visitantes
não tinham mais qualidade ao che-
gar no ataque, resultando, assim,
no empate, em um gol contra de Gabriel Jeisel.
Com a igualdade no placar
os corujas mostraram que seus trei-namentos noturnos valeram à pena,
e com dois gols de Machado de
Azevedo, um deles olímpico, abriu ampla vantagem no placar e segu-
rou-a até o apito final.
E o que restou foi apenas
festa, ainda no campo os jogadores do Magnatas choravam regados à
cerveja e samba.
Na coletiva, realizada no próprio furgão da equipe do Diário
Popular, o jovem técnico Luigi
Broz desabafou: ―é mais do que um sonho se realizando, me divido nas
atividades como técnico do time de
futebol e atleta do nado sincroni-
zado, sabia que meus conhecimen-tos poderiam levar o clube ao tri-
unfo. O que resta agora é continu-
ar com nosso ótimo trabalho e quem sabe chegar ao título da Co-
pa do Brasil‖.
Com a conquista o Magnatas
Futebol Clube conseguiu uma vaga na pré-Copa do Brasil e enfrentará
outra equipe da região, o Olhos de
Husky, de Agudos. O primeiro jo-go acontece em Bauru, no dia 1 de
maio. Coincidentemente o dia da
última disputa de pré-Copa do Bra-sil do Clube. Agora falta apenas
saber quem será o ―bobo‖ nesse
dia.
A H O R A D O E S P O R T E
MAGNATAS É BI!
CURLING JÁ TEM 100 TORCEDORES!
Por E.V.A. Ah, o povo brasileiro. Essa
entidade maravilhosa e única que floresce nessas terras tupiniquins,
onde o patrão ainda é o senhor de
engenho e até Deus é patriota. Mais uma vez o povo brasi-
leiro é convocado para exercer sua
função de protagonista de seu tem-po. É verdade, caro leitor. Nós, o
povo, somos chamados para presti-
giar o evento da década. A Copa
do Mundo desembarcou neste país tropical com promessas de unir
toda a nação em prol do objetivo
em comum: o sucesso dessa mag-nífica competição futebolística.
É claro, vai dar tudo certo,
afinal, os homens do planalto nos prometeram. E quem de nós pode
duvidar deles? Até mesmo o Fenô-
meno e o Rei estão juntos nesta
batalha por jogos limpos e estádios cheios.
Não nos preocupemos. Em
junho vamos todos comparecer nas arquibancadas, assistir e torcer pe-
las melhores seleções do mundo da
bola, com a benção dos deuses do
futebol, amém. Meus amigos, essa copa do
mundo foi feita para nós. Já dizia a
velha máxima: Do povo, para o povo e pelo povo. Faço aqui um
apelo sincero à população deste
Brasil. Vamos todos nos animar
com essa oportunidade. Nossa se-leção canarinho entrará em campo
carregando todo o peso da camisa
cinco vezes campeã, e levantará,
com certeza, o sexto caneco. A velha sombra do Maraca-
nazo não pode mais nos perturbar.
Somos 190 milhões de almas apai-xonadas pelo futebol, todas unidas
e em harmonia para mais uma
campanha vitoriosa. Como disse o poeta,
―chegou a hora dessa gente bronze-
ada mostrar seu valor‖. Pois faça-
mos isso. Vamos mostrar ao mun-do que o povo brasileiro é o mais
hospitaleiro e simpático, e erguerá
sua voz no heroico brado retum-bante de ―é campeão‖.
A CBF coordena, a FIFA
aprova, e o governo, de cantinho, acena com o polegar positivo. A
GLOBO transmite e o povo assiste.
José Maria Marín e os Marinho
juntos para mais um sucesso de público e crítica.
Ah, o povo brasileiro. Pra
que se aporrinhar com a vida? Os milhões já foram plantados, só fal-
ta serem colhidos. Enquanto isso,
tomo um gole daquela cachaça de
Minas pra celebrar e vou dormir cedo, afinal, amanhã é dia de ba-
tente, e o povo tem que sair pra
trabalhar.
A COPA DO POVO BRASILEIRO
PÁGINA 4 ABRIL DE 2014 O Diário Popular
C O R R A Q U E A P O L Í C I A V E M A Í !
BANDIDO BOM? SERÁ QUE É?
Por Cabo Falecimento Vocês não devem saber, mas provavelmente estranharam a
escassez do produto, a baixa quali-
dade e o preço elevado, isso se deve a recente fuga do então vice-
diretor executor da região mais
entorpecida de Bauru, Oseas Isma-el dos Reis mesmo vulgo Banha.
Se você pretende preencher
o formulário de emprego, não se preocupe, as acusações não se de-
ram pelo cumprimento do ofício
que Banha exerceu com maestria durante mais de cinco anos, e sim
por um problema mal resolvido de
autoestima. Oseas era famoso por suas excentricidades.
Ele, por exemplo, realizava
suas transações com duas balan-ças, uma para o produto e outra
para o comprador, se esse revelas-
se peso igual ou superior ao seu, receberia desconto proporcional à
sobra, mas o que o encrencou
mesmo foi o maior mal da huma-nidade, o amor. Tudo começou
a desandar no dia que sua ex-
mulher, tão gorda quanto o ele
resolveu fazer uma operação de estomago. Alguns meses após a
operação ela já estava esbelta, e
Banha, apesar de amá-la não pôde mais conviver com sua presença e
liberou-a para seguir seu rumo.
Acontece que mulher de bandido é uma carreira – não a de cheirar – e
ela foi procurar abrigo na facção
rival. Banha não pode suportar e armou uma arapuca para executá-
la, Quem pode julgar o amor?
Caso você seja adequado e passe a ocupar a função, não se
esqueça que é por tempo limitado,
não, não é um trabalho arriscado e sua vida não corre perigo, entre-
tanto a alta cúpula sabe que Banha
só esta esperando a poeira baixar, como também não devem saber
ele fugiu.
A fuga se deu na avenida Presidente Castelo Branco, Banha
foi abordado por três viaturas en-
quanto comia um estragadão na barraquinha de lanches da Dona
Honória, sua tia e fugiu caminhan-
do, pois o peso seria fator impedi-tivo para uma corrida.
FACÇÃO CONTRATA
Por Brigadeiro Peçanha
Tarde ensolarada, dia bom
pra se tomar um sorvete na praça
principal da cidade. E foi isso que
o jovem meliante Pedro Cardoso,
16, foi fazer por lá. Ao chegar na
praça e avistar a sorveteria, Pedro
observou que seus cúmplices An-
tônio, 18, Maria Clara, 17, e sua
irmã Maria Escura, 17, já esta-
vam tomando seus respectivos
sorvetes. Sem se conter, Pedro
atravessou a praça tomando o
fato. Pessoas que estavam de
passagem pela praça aplaudiram
a coragem de Bigode, por ter en-
frentado mais um perigoso crimi-
noso.
Pedro, por ser menor de
idade, apenas prestou depoimen-
to, passou uma semana na preza-
da e sempre prestativa Fundação
Casa e está de volta às ruas, cau-
sando temor na vizinhança e ver-
gonha a família que não sabe on-
de foi que errou.
caminho mais infringente possí-
vel.
Pedro avançou perante a
placa de proibido pisar na grama,
pulou-a e adentrou ferozmente o
belo gramado da praça, saltitando
de maneira agressiva e coercitiva,
arruinando um belíssimo trabalho
do jardineiro Phillip.
Sorte dos cidadãos de bem
que, o sempre prestativo guarda
Bigode estava em serviço rondan-
do o local e prezando pela segu-
rança dos contribuintes. Bigode
fez valer sua farda e bradou con-
tra o meliante, dando-o a tão me-
recida voz de prisão.
O jovem tentou se esvair
do guarda, mas de nada adiantou.
Bigode o agarrou, jogou-o no
chão e o algemou, ainda no gra-
mado.
Os três cúmplices correram
para ver tal furdúncio, mas, ao
notar o ato de vandalismo de Pe-
dro, afastaram-se e lamentaram o
ABRIL DE 2014 PÁGINA 5 O Diário Popular
A LUA VAI POR FRADE BELO
LOTERIA EM FOCO
L O T E R I A , S O R T E E E X O T E R I S M O
Saudações às almas inicia-
das nos grandes mistérios do uni-
verso e da existência! É com
grande prazer e satisfação que
inauguro meu espaço neste jornal
popular. Minha meta é simples e
clara: cooptar o maior número
possível de mentes para o grande
projeto cósmico.
Antes de mais nada, devo
me apresentar. Vocês humanos
me conhecerão como Frade Belo.
Vim das nuvens escarlates
de Órion para gratificar a huma-
nidade com o caminho da ilumi-
nação.
Muitos vieram antes de
mim. Iniciaram seus trabalhos
aqui na Terra e foram todos eles
incompreendidos, rejeitados, jul-
gados, e até mesmo mortos. O
último grande enviado de Órion
foi um grande compadre meu.
Por aqui vocês o conhecem como
Raul Seixas, cantor de iê-iê-iê
realista.
Raul e eu sempre fomos
grandes amigos em Órion, e gos-
távamos de divagar causos fan-
tásticos e místicos acerca da exis-
tência e do universo. Foi então
que tivemos que nos dirigir até a
cidade de Thor para beber da fon-
te da água viva, onde recebería-
mos a transcendência necessária
para nossa missão aqui no planeta
Terra.
Raul achou que a música
poderia arrebanhar muitas mentes
para a iluminação, e se tornou o
maluco beleza, o canceriano sem
lar e a mosca na sopa. Muitas
pessoas se arrebataram com o
poder dessa mensagem, e atingi-
ram altos graus de compreensão.
É por isso que venho aqui,
prestar minha homenagem ao
meu grande amigo Raul, meu ir-
mão de Órion. Nesse grande circo
de máscaras, ainda restam algu-
mas luzes a resplandecer dentro
das cabeças dos escolhidos, que
só esperam a hora de seu trem
passar e levá-los para longe...
Bem longe.
Este aqui é um singelo con-
vite a você, leitor, que tem todo o
potencial necessário dentro de
você mesmo. Venham comigo,
que eu os levarei para o infinito
espiritual. Não desperdicem a
vida com áureas tolices. Ela é
curta e fugaz. Acima de tudo, de-
sejo uma única coisa, apenas que
busquem o conhecimento, infor-
mação já revelada a vocês pelo
mensageiro conhecido como ET
Bilu.
Fiquem em paz e façam o amor,
porque não há tempo pra ser ator.
Um abraço mágico do Frade Be-
lo.
Por Pai Carijó de Ogum Oxalá! É a primeira vez
que eu escrevo num jornal, meu
nego!
Óía que beleza, mizifio!
Suncê vai receber nessa coluna
vertebral sortuda os melhores nú-
meros para apostar na loto!
São sei números de 1 a 60,
fio! Vamos escolher um a um os
seis números da Sena!
Pra começar, 27. Escolhi o
27 porque 2 mais 7 dá nove e no-
ve é o número universal do amor
e da riqueza. E riqueza com amor
é sempre bem vinda!
Depois você marca o 35. 3
com 5 dá oito que é a representa-
ção do infinito e significa toda a
infinita riqueza que a loto vai tra-
zer pra mizifio!
Agora, o nosso terceiro nú-
mero escolhemos o 19. 1 mais 9 é
10 e 1 põe 0 é 1, que quer dizer o
primeiro, aquele que começa, ou
seja, o mais rico e fortunoso!
A quarta canetada na carte-
la vai no 48 que dá 12 que dá 3
que é o número da virada, o nú-
mero da sorte que vai trazer ri-
queza e amor pra suncê! Afinal,
três é demais! E bota demais nis-
so!
O quinto é marcante pois é
o penúltimo, quer dizer que tem
que ser um número especial e
universal. Então... 33. Que dá 6. 6
é o número das estrelas e traz for-
ça à aposta!
Por fim, um dígito simples
e infalível, 7. O número mais sig-
nificativo da vida! Sete cores,
sete mares, sete virtudes, sete pe-
cados... Um número pra ninguém
botar defeito!
27-35-19-48-33-07. E que
a Loto não leia isso, meu fio! E
se ganhar mesmo, lindeza, me
manda 10% da fortuna! Oxalá,
meu rei!
FRADE BELO E RAUL SEIXAS NA CIDADE DE THOR
PÁGINA 6 ABRIL DE 2014 O Diário Popular
O SUPLEMENTO QUE NÃO USA NENHUMA CAMISA IDEOLÓGICA E NÃO TEM VERGONHA DOS SEUS PELOS OPINATIVOS
O MARCOS PASQUIM
I SEMANA DE CULTURA DE BOM GOSTO Por Jacinto Negrão
Notícias recentes dão conta que em breve, um dos gêneros mais injustiçados do cinema brasileiro, a Porno-
chanchada, ganhará uma mostra especial. Ora, não poderia
eu estar mais feliz com esses boatos, afinal, como grande ad-mirador do gênero não via a hora de ver esses clássicos na
tela grande. A emoção foi tão grande, que uma lágrima escor-
reu por minha face, enquanto recordava-me das noites de so-lidão que passei em companhia de antigas fitas VHS, conten-
do em seu interior horas de prazer (sim, eu tive uma ereção).
Em homenagem a mostra, que está sendo chamada
provisoriamente de Prazer a Um: Uma homenagem aos
Clássicos da Pornochanchada, resolvi escrever aqui uma
lista dando nota aos mais emblemáticos representantes deste
tão brasileiro gênero cinematográfico. Para isso, separei um rolo de papel higiênico, tranquei a porta do quarto, reuni uma
equipe de cinco grandes especialistas, todos residentes em
minha mão direita, que se reuniram à volta de outro, este não tão grande assim - pô, dá um desconto, tava frio -, e comecei
a analise de tão preciosas obras.
A matéria contém palavrões, se você é menor de ida-
de vá assistir ao Ben 10, já se é moralista ou se sente ofendi-
do com esse tipo de linguagem, vai tomar no cú porra, ta fa-
zendo o que lendo essa merda? Vá chupar um canavial de
rola!
ANÁLISE CRÍTICO-ACADÊMICA
Os sete gatinhos – Serio, pode ser baseado numa o-
bra do Nelson Rodrigues, mas que filme merda! Só vale a
pena pelas icônicas frases “Eu quero saber quem foi que de-
senhou caralhinhos voadores na parede do banheiro?” e
“Eu sou contínuo e você é um filho da puta”, mas na boa, um
filme semipornô com a Regina Duarte é broxante. Nota: Uma
bronha e meia, só por causa dos caralhinhos voadores.
O bem dotado, o homem de Itu – Grande Nuno Leal
Maia, e no caso deste filme grande mesmo. O filme que conta
a história de um caipira de Itu, que vai pra cidade grande e
por causa de seu membro avantajado vira objeto sexual de
muitas mulheres. Lembra um pouco minha história, menos
pela parte do membro avantajado, e também da parte do obje-
to sexual de muitas mulheres. Nota: Três bronhas e um prin-
cipio de depressão por eu não ter nascido em Itu.
Histórias que nossas babás não contavam – Assis-
tindo esse filme eu admito que fiquei extremamente incomo-
dado com a Clara das Neves… Clara? Clara o caralho, é um
mulata de respeito – mais peito que res –, aliás, belíssima
mulata. A história é uma paródia da Branca de neve, e eu
simplesmente não posso dar uma nota baixa pra um filme que
mostram anões fazendo o que esses filme mostram (cada um
com seus fetiches né). Nota: Quatro bronhas.
A menina ao lado – Quem ai era fã da Carol da pri-
meira versão de Chiquititas vai adorar esse filme. Contando
com a atuação da atriz Flavia Monteiro, na época com 14
aninhos… Perae, 14 anos? Isso não é pedofilia produção?
Nota: Sem nota (não quero encrenca com a Polícia Federal)
Ariella – Velho, nesse filme tem a Cristiane Torlone
―contracenando‖ com outra mulher, preciso falar mais? Nota:
Cinco bronhas – Porra, é a Cristiane Torlone com outra mi-
na!
Amor Estranho Amor – É Xuxa, lutou tanto pra tirar
esse filme das locadoras e agora a internet marota, a internet
muleque, a internet toca e me voy disponibiliza o download
pra quem quiser ver. Depois desse filme que eu entendi por-
que chamam ela de rainha dos baixinhos. Nota: Três bro-
nhas.
Taí gente,eu ia fazer mais analises, mas fiquei sem
papel higiênico e preciso colocar gelo em uma área dolorida
do meu corpo. Por outro lado, meu braço direito ta maior que
do Shuazinega… Acho que não é assim que se escreve...
ABRIL DE 2014 PÁGINA 7 O Diário Popular
BOMBA! BOMBA! So-
inho Limão Urgente!
Fugi do manicômio
mais uma vez e nin-
guém me segura. Ra-
rará!
O Lula tá deixan-
do o Barba de novo
depois do natal. Será
que ele quer bico de
papai Noel? De ver-
melho ele já anda! Ra-
rará!
O Quinzinho tá
querendo lotar a Pa-
puda! Será que vai ca-
ber? Tá pior que o me-
trô no pico! E na pica!
Rarará!
O Obama tá dan-
do aquela espiadinha
no BBB 2014. É o Big
Barack Brasil e a Dil-
UOBA! TÔ AQUI, AGORA!
minha tá no paredão!
Rarará!
Sabe quem foi
dar um rolezinho pelo
Brasil? O Aécio Ne-
ver! Rarará! Ele tenta,
tenta e depois senta!
Rarará!
Tão dizendo que
o Aécinho vai fazer a
careca igual do avô
pra ver se fatura a fai-
xa! Assim a modelo
separa! Rarará!
E o ano novo?
Será que vai ser novo?
Eleição e Copa, mas e
a sala e cozinha? Ra-
rará!
Tão dizendo que
os estádios de futibor
num ficam prontos a
tempo. Mas e se finan-
ciar pela Caixa Fede-
ral, será que dá? Vai
pagar em 48 meses!
Rarará!
E a internet veio
pra ficar, né mesmo?
Tá todo mundo vendo
filme no Netflixa! Vai
falir a TV de cabo! Pu-
xar pelo rabo! Rarará!
Nóis trupica, mas
nóis num cai!
Que eu vou pin-
gar meu colírio regu-
lar, porque alucinóge-
no só colunista da Fo-
lha! Rarará!
JOSÉ LIMÃO
O Obama tá dando
aquela espiadinha
no BBB 2014.
É o Big Barack
Brasil!
MANCADA ESTÁ NA MODA Por Martinho Escocês São sete da manhã, me in-
forma o relógio. Relógio desgra-
çado, se tenho mau humor com
certeza é ele o problema. Enquan-
to tenho meus sonhos apocalípti-
cos de amor incandescente com
uma atriz hollywoodiana da moda
ele vem e me acorda. Empata fo-
da imaginária do caralho.
Vou na frente do espelho.
Minhas olheiras são tão grandes,
mas tão grandes que eu nem con-
sigo imaginar algo comparável a
elas. O grande canyon? O mara-
canã? O meu fracasso? Não. Elas
não são tão grandes assim. E pra
variar, melhorar o meu dia, tem
essa porra de caco de vidro perfu-
rada no casco do meu pé que me
atormenta faz uma semana. UMA
SEMANA. Sinto que sou quase
Jesus Cristo com um pé perfura-
Um outro não consegue. Mas,
pera. Não pode ser. Esse filho da
puta copiou meu jeito de andar
para não alcançá-la. NÃO PODE.
- Gostou da malemolên-
cia? É a nova moda de andar, vi
na MTV - diz ele todo pomposo.
AH VAI PRA PUTA QUE
O PARIU.
E, como se fosse um
zombie walk, dez, vinte, trinta,
cem, mil pessoas começam a an-
dar assim. Não sou único, sou
mais um.
ME DEVOLVAM MEU
JEITO ÚNICO DE ANDAR.
NÃO ME ROUBEM MINHA
SINGULARIDADE.
Mas já não dá mais tem-
po. Foi-se minha singularidade.
Pelo menos sei que andava
assim antes de fazer sucesso, an-
tes de cair no mainstream.
do na cruz. Mentira. Jesus Cristo
não sofreu tanto.
Ao menos, isso me dá um
jeito estiloso de andar. Ninguém
caminha como eu. Sou eu que
caminho diferente. Só eu está
com um copo inteiro perfurado
na sola da pata. SÓ EU.
Por isso, vou eu todo ma-
lemolente pegar a condução lota-
da. Todo malemolente entrar no
ônibus como um gado entra no
frigorífico indo para o abate de
cada dia. Ah, mas só eu vou as-
sim, enquanto todo mundo vai
normal. Andando como um réles
mortal.
Invejam meu caminhar,
invejam meu jeito de andar. Sou
especial, sinto isso.
Enquanto tudo isso pas-
sam duas conduções. E eu não
consigo alcancá-la. Não só eu.
TIRAS & COLOCAS POR ANTENOR DE SOSA
HORÓSCOPO
CHINÊS
Não precisa mais
comprar biscoito
pra saber sua sorte!
PÁGINA 8 ABRIL DE 2014 O Diário Popular
NADA É VERDADE. TUDO É PERMITIDO Por Róbson Pinheiro Garboso Já posso colocar no meu
currículo que passei horas e mais
horas na Terceira Cruzada da
Terra Santa, na Renascença – Da
Vinci vida loka –, na Guerra de
Independência dos Estados Uni-
dos – compadre Washington – e
até troquei uma ideia com piratas
em Cuba enquanto tomava rum.
É, até que foram viagens interes-
santes.
E para entrar nestes gran-
des dias históricos não foi preci-
so muito esforço, nem imagina-
ção, muito menos uma máquina
do tempo ou um baseado, apenas
um console de videogame e mui-
ta, mas muita falta do que fazer.
ram em muitas ocasiões minha
salvação para a realidade que às
vezes se tornava bastante entedi-
ante. Esses dois jogos não ti-
nham nada demais, em um eu só
tinha que pular canos e matar
tartarugas – #Projeto TAMAR! –
e no outro pegar anéis e derrotar
um bigodudo no final, realmente
nada de mais.
Mas conforme o tempo foi
passando e a tecnologia evoluin-
do, fomos ficando mais exigen-
tes, e cada vez mais querendo
realidades que se aproximassem
o quanto mais da minha.
Foi então que descobri o
GTA (se você não sabe o que é,
E só com isso você já fica
impressionado com as experiên-
cias que pode ter ao fugir um
pouco da realidade e se jogar de
cabeça no mundo, ou melhor,
nos mundos virtuais que são ofe-
recidos por inúmeros jogos hoje
em dia, desde o apocalipse zum-
bi ao mundo onde assassinos e
templários lutam para impor suas
ideologias.
Me lembro que sempre que
estava entediado quando criança
buscava diversão com o Mário e
seus cogumelos...não, espe-
ra...vou começar de novo.
Quando criança os mundos virtu-
ais de Super Mario e Sonic fo-
não merece saber também). Fo-
ram horas, não, dias dedicados
(perdidos) para esse jogo que
tanto atraía os jovens da época.
O porquê dessa atração? Sim-
ples, porque você podia explodir
o que quisesse com uma bazuca,
ficar com o FBI e a SWAT no
seu pé e depois apertar o botão
de desligar e ir comer a comida
da mamãe, dormir na sua cama e
no outro dia (ou dali uma hora)
explodir tudo de novo. Bons
tempos.
A experiência de imersão
que os games continuam nos
trazendo é cada vez maior, sendo
que estão se tornando tão reais e
interessantes que a legião de jo-
gadores só tem aumentado.
Hoje já é difícil diferenciar
a nossa realidade das realidades
virtuais, pois nos são oferecidos
mundos tão parecidos com o
nosso que só sabemos onde esta-
mos de verdade quando percebe-
mos que a história que jogamos
é tão interessante, ou mais, do
que a que vivemos.
Em meio a gráficos perfei-
tos e histórias envolventes a in-
dústria dos games tende a cres-
cer cada vez mais e mais até que
as realidades se misturem e você
não saiba mais em que acreditar
no que é permitido. Você saberia
se estivesse em outra realidade?
Eu não, na verdade já me encon-
tro com esta dúvida...
E antes que você, caro lei-
tor, me julgue: sim, eu tenho u-
ma vida social e até uma namo-
rada.
LOLAPALOOSER: O FESTIVAL INDIE-COXINHA ABENÇOADO Por Maestro Malaquias Aguiar
O festival Lolapalooza,
também conhecido como
Lolapalooser, aconteceu nos
dias 05 e 06 de abril no
autódromo de Interlagos em
São Paulo e foi marcado pela
alta presença da classe média
coxinha ''mimimi'' brasileira.
O evento foi composto
em sua grande maioria por
adultos problemáticos que
vivem com os pais, nerds
desocupados, usuários de
entorpecentes, adolescentes que
querem ser hipsters e pessoas
que precisam de algum tipo de
aceitação social em geral.
Dentre os shows destacam
-se bandas de pop-indie e indie-
rock, as quais muitas pareciam
verdadeiros rituais para o cara
lá de baixo. A cantora
neozelandesa e menor de idade,
Lorde, parecia embriagada
(possuída?) e dançava de uma
maneira no mínimo peculiar.
O vocalista de nome
irrelevante da banda Imagine
Dragons também estava
alterado e seus gestos tinham
intenções duvidosas. Já a banda
Pixies transcendeu e produziu
u m so m e xt r e ma me nt e
incômodo e tão chato que nem
satan gostaria de ouvir. Já
banda Muse é tão insuportável,
prafrentex e metida, que não
permitiu a exibição de seu show
na TV.
Apesar da avançada
classe social do público,
du r ant e o s sho ws er a
perceptível o total descontrole e
falta de classe das pessoas que
ali estavam.
Tentam passar uma pose
de sofisticação em relação aos
rolezeiros e pessoas de classes
baixas em geral, no entanto,
diferentemente dos shows nos
EUA e Europa, os brasileiros
coxinhas se descontrolaram,
c ho r a r a m, d e s ma ia r a m,
gritaram e brigaram para
encostar um dedo em seus
ídolos. Ficaram suados, feios e
fedidos, mostrando que todos
somos humanos e passíveis das
mesmas coisas.
Os público de classe
social menor, que não pode
pagar 300 reais em um dia de
festival mais 9 reais em cada
cerveja e 5 reais em cada
refrigerante, pôde acompanhar
o evento pela cobertura
desastrosa da Multishow e do
canal Bis (desde que tenham
TV a cabo, claro). As
entrevistas com os artistas
mostraram ''profissionais'' de
imprensa despreparados e
foram dignas de risada.
A cobertura do Lolla foi
tão ruim, que compensava mais
assistir a derrota do Santos no
primeiro jogo da final do
Paulistão, acontecida no
Pacaembu.
Enfim, música chata,
pessoas chatas, cobertura
deplorável, festival de elite. A
credível página Unidos Contra
o Indie resume muito bem o
sentimento: ''Um churrasco com
itaipava na laje pode ser até 100
vezes melhor do que assistir o
festival.''