Upload
felipe-guse
View
1.347
Download
4
Embed Size (px)
Citation preview
.
Antecedentes da crise
A crise da razão repercutiu em todo o século XX, oque levou à necessidade de se repensar a filosofia.Pensadores de influência marcante, como os alemãesArthur Schopenhauer e Friedrich Nietzsche e odinamarquês Sõren Kierkegaard são alguns dos quepuseram à prova os alicerces da razão.
Kierkegaard: razão e fé
Sõren Kierkegaard, severo críticoda filosofia moderna, afirma quedesde Descartes até Hegel o serhumano não é visto como serexistente, mas como abstração,quando na verdade a existênciasubjetiva, pela qual o indivíduo tomaconsciência de si, é irreduzível aopensamento racional, e por issomesmo possui valor filosóficofundamental. Para ele, a existência épermeada de contradições que arazão é incapaz de solucionar.
Kierkegaard: razão e fé
Critica o sistema hegeliano por explicar o dinamismoda dialética por meio do conceito, quando deveria fazê-lo pela paixão, ou seja, como ato de liberdade. Por isso éimportante na filosofia de Kierkegaard a reflexão sobrea angústia que precede o ato livre.
O estágio religioso para ele é o último de umcaminho que o indivíduo pode percorrer na suaexistência.
Nietzsche : o critério da vida
Friedrich Nietzsche propõe agenealogia. Ela visa resgatar oconhecimento primeiro que foitransformado em verdade estável. Mas avida está sempre em movimento,portanto, não é possível reduzi-la aconceitos abstratos, a significados estáveise definitivos.
Pelo procedimento genealógico,descobre que o único critério que seimpõe é a vida. O critério da verdade,portanto, deixa de ser um valor racionalpara adquirir um valor de existência.
Crise da subjetividade
Foi descoberto, a partir de Descartes, que o sujeito eracapaz de conhecer, que chega à verdade incontestável docogito e que se torna o autor de seus atos, pela vontadelivre. A questão da "morte do sujeito", significa adesconstrução do conceito de subjetividade.
O impasse com o qual nos deparamos é o ceticismo eo relativismo, ou seja, a descrença na possibilidade doconhecimento e/ou o subjetivismo de todoconhecimento, que dependeria da pessoa, do lugar e dotempo.
Fenomenologia e intencionalidade
A fenomenologia critica o empirismo em suaexpressão positivista do século XIX e procura resolver acontradição entre corpo-mente e sujeito-objeto desdeDescartes. Ela também critica a filosofia tradicional pordesenvolver uma metafísica cuja noção de ser é vazia eabstrata, voltada para a explicação.
Husserl entende por fenomenologia o processo peloqual examina o fluxo da consciência, ao mesmo tempo emque é capaz de representar um objeto fora de si. Oconceito de fenômeno, em grego significa "o que aparece“.
O solicitado básico da fenomenologia é a noção deintencionalidade, que significa "dirigir-se para", “visar aalguma coisa”. Desse modo, toda consciência éintencional por sempre visar a algo fora de si, tender paraalgo.
A fenomenologia propõe a “humanização” da ciência,a partir de uma nova relação entre sujeito e objeto, serhumano e mundo, considerados polos inseparáveis.
A consciência é doadora de sentido, fonte designificado. Conhecer é um processo que não acabanunca, é uma exploração exaustiva do mundo. Afenomenologia é uma filosofia da vivência.
A Escola de Frankfurt
Escola de Frankfurt reuniu sociólogos, filósofos ecientistas políticos. A filosofia dos frankfurtianos éconhecida como teoria crítica, em oposição à teoriatradicional. Concluem que a razão, exaltadatradicionalmente por ser "iluminada", também trazsombras em seu interior, quando se torna instrumentode dominação.
Os frankfurtianos criticam a razãode dominação, o controle danatureza exterior e também interior,pela repressão das paixões.
O indivíduo autônomo deve serrecuperado. Sua emancipação só serápossível no âmbito individual,quando for resolvido o conflito entrea autonomia da razão e as forçasobscuras e inconscientes queinvadem essa mesma razão.
Habermas: o agir comunicativo
Jürgen Habermas é um dosprincipais representantes da chamadasegunda geração da Escola deFrankfurt. Ele continuou a discussão arespeito da razão instrumental,iniciada pelos frankfurtianos.
Por viver em uma época diferentedeles, Habermas teve que elaboraruma teoria social baseada no conceitode racionalidade comunicativa, que secontrapõe à razão instrumental.
Por meio dessa teoria, critica a filosofia daconsciência da tradição moderna por ser fundada emuma reflexão solitária, centrada no sujeito.
A verdade não resulta da reflexão isolada, no interiorde uma consciência solitária, mas é exercida por meiodo diálogo orientado por regras estabelecidas pelosmembros do grupo, numa situação dialógica ideal.