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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM E LICENCIATURA ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA AVALIAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NITERÓI 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

CURSO DE GRADUACcedilAtildeO EM ENFERMAGEM E LICENCIATURA

ALZIRA CAROLINE GALIACcedilO DE SOUZA

AVALIACcedilAtildeO DO GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE EM

UM HOSPITAL UNIVERSITAacuteRIO

NITEROacuteI

2016

0

ALZIRA CAROLINE GALIACcedilO DE SOUZA

AVALIACcedilAtildeO DO GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

EM UM HOSPITAL UNIVERSITAacuteRIO

Monografia apresentada ao Programa de

graduaccedilatildeo em Enfermagem e Licenciatura da

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso

costa da Universidade Federal Fluminense

como requisito parcial para a obtenccedilatildeo do

tiacutetulo de Bacharel em Enfermagem e

Licenciatura

Orientadora

Profordf Drordf Maacutercia Valeacuteria Rosa Lima

NITEROacuteI

2016

0

S 719 Souza Alzira Caroline Galiaccedilo de

Avaliaccedilatildeo do gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de

sauacutede em um hospital universitaacuterio Alzira Caroline Galiaccedilo

de Souza ndash Niteroacutei [sn] 2016

110 f

Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em

Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016

Orientador Profordf Marcia Valeacuteria Rosa Lima

1 Enfermagem 2 Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede 3

Sauacutede Coletiva 4 Sauacutede Ambiental 5 Sauacutede do

Trabalhador I Tiacutetulo

CDD 61073

1

ALZIRA CAROLINE GALIACcedilO DE SOUZA

AVALIACcedilAtildeO DO GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

EM UM HOSPITAL UNIVERSITAacuteRIO

Monografia apresentada ao Programa de

graduaccedilatildeo em Enfermagem e Licenciatura da

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso

costa da Universidade Federal Fluminense

como requisito parcial para a obtenccedilatildeo do

diploma de Bacharel em Enfermagem e

Licenciatura

Campo de Confluecircncia Enfermagem

Aprovada em 15 de dezembro de 2016

BANCA EXAMINADORA

Profordf Drordf Maacutercia Valeacuteria Rosa Lima ndash EEAACUFF

Orientadora

Profordf Drordf Eliana Napoleatildeo Cozendey da Silva - ENSPFIOCRUZ

Prof Me Andreacute Luiz de Souza Braga - EEAACUFF

NITEROacuteI

2016

2

Agrave minha amada famiacutelia pelo apoio e

incentivo

3

AGRADECIMENTOS

Ao Criador pelo sopro da vida pelas oportunidades e pela capacidade de desenvolver as

habilidades necessaacuterias para a realizaccedilatildeo deste sonho

Agrave Universidade Federal Fluminense que me proporcionou cinco anos de contiacutenuo

amadurecimento pessoal e profissional

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) e agrave Fundaccedilatildeo

Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) pela oportunidade de participar do Programa Institucional de

Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (PIBIC) onde pude desenvolver competecircncias necessaacuterias agrave

pesquisa

Agrave Profordf Drordf Eliana Napoleatildeo Cozendey da Silva pela paciecircncia e dedicaccedilatildeo para me guiar em

meus primeiros passos na pesquisa cientiacutefica enquanto orientadora durante meus anos como

bolsista PIBIC na ENSPFiocruz e por acreditar no meu potencial mesmo quando duvidei

Agrave Profordf Drordf Maacutercia Valeacuteria Lima pela paciecircncia e carinho ao me guiar na construccedilatildeo deste

trabalho e por me tranquilizar nos momentos de afliccedilatildeo

Ao Prof Me Andreacute Luiz de Souza Braga pelas contribuiccedilotildees a este trabalho na qualidade de

integrante da Banca Examinadora e por ser um dos exemplos de excelecircncia no ensino e no

acolhimento aos acadecircmicos da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Aos professores e preceptores por partilharem seus conhecimentos de forma humana e

legiacutetima ao longo de minha jornada na Academia Agradeccedilo em especial agraves minhas

inspiraccedilotildees na praacutetica da enfermagem Profordf Eny Doacuterea Profordf Liliane Faria Profordf Rosane

Burla Profordf Emiacutelia Cursino Prof Audrey Vidal Profordf Thallita Delphino e Profordf Marilda

Andrade

Aos pacientes pela confianccedila que depositaram em mim ao longo da formaccedilatildeo e

proporcionarem a construccedilatildeo de conhecimentos acerca da natureza humana

Aos meus colegas do Centro de Estudos em Sauacutede do Trabalhador e Ecologia

HumanaENSPFIOCRUZ Liliane Reis Teixeira um exemplo de competecircncia e humildade

Ariane Leites Larentis pela co-orientaccedilatildeo em minha Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica Daniel Valente por

tornar leves os momentos de tensatildeo e pelas ideias inspiradoras Ionice Caroline Silva por

provar que nunca eacute cedo demais para escolher o caminho a seguir Gilvania Coutinho pelo

acolhimento e carinho Thiago Diniz pela paciecircncia e auxilio nos trabalhos de grupo

Wellington Meira pela parceria nos projetos desenvolvidos

Aos meus companheiros de graduaccedilatildeo em especial a turma que ingressou no semestre de

20112 por compartilharem comigo essa pequena jornada dividindo laacutegrimas sorrisos e

algumas reaccedilotildees tempestuosas

Aos amigos pelo carinho e sensibilidade que me dedicaram durante estes 5 anos de

graduaccedilatildeo

Ao Iago Lopes Daflon por nunca deixar que me esquecesse do objetivo final

4

Agrave minha amada famiacutelia meus pais Joatildeo Batista e Maria do Carmo pelo amor apoio e pelo

exemplo de garra e resiliecircncia minhas irmatildes Francine e Michelle por dividirem comigo os

piores e melhores momentos sempre se fazendo presentes apesar da distacircncia fiacutesica meus

sobrinhos Maria Eduarda Lorenzzo e Victoacuteria por ser fonte de inspiraccedilatildeo meus tios avoacutes e

primos por demonstrarem o valor da uniatildeo familiar minha avoacute Maria pelos conselhos sempre

assertivos e ao mesmo tempo amorosos

5

O intelectual natildeo cria o mundo no qual vive Ele

jaacute faz muito quando consegue ajudar a

compreendecirc-lo e explica-lo como ponto de

partida para sua alteraccedilatildeo real

Florestan Fernandes

6

RESUMO

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) definidos como o fluxo total de resiacuteduos que

resultam da assistecircncia agrave sauacutede humana ou animal podem ser classificados em Grupo A

constituiacutedo por resiacuteduos bioloacutegicos ou potencialmente infectantes Grupo B constituiacutedo por

resiacuteduos quiacutemicos Grupo C constituiacutedo por rejeitos radioativos Grupo D constituiacutedo por

resiacuteduos similares aos soacutelidos urbanos e Grupo E constituiacutedo por resiacuteduos perfurocortantes

O Gerenciamento dos RSS eacute definido como um conjunto de procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos aleacutem de

propiciar seu encaminhamento seguro e eficiente desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final de

modo a proteger a sauacutede do trabalhador dos riscos inerentes ao manejo dos RSS preservar a

sauacutede puacuteblica e ambiental A Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos atualizada em 2012

legitima a crescente preocupaccedilatildeo com a preservaccedilatildeo dos recursos naturais e destinaccedilatildeo final

ambientalmente adequada dos resiacuteduos incluiacutedo os de RSS Coerente com a identificaccedilatildeo de

um campo pouco explorado no que diz respeito agrave avaliaccedilatildeo do gerenciamento de resiacuteduos do

Grupo D este estudo tem como objetivo geral avaliar o Gerenciamento dos RSS do Grupo D

em um hospital universitaacuterio Adota-se como procedimento metodoloacutegico a pesquisa de

campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa atraveacutes do instrumento

Health-Care Waste Management - Rapid Assessment Tool Versatildeo Brasileira concebido

originalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede e transculturalmente adaptado e validado

por Silva (2011) O campo de estudo eacute um hospital universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

onde foram aplicados quatro conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4 endereccedilados agrave

administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem profissionais responsaacuteveis pelo GRSS e

profissionais de serviccedilos gerais respectivamente Com base nos resultados obtidos o trabalho

discute a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo

a tornar este processo mais seguro para o homem e o ambiente Eacute levado em consideraccedilatildeo que

os resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em todos os setores da unidade e representam o maior

volume dentre todos os RSS devendo ser preferencialmente encaminhados para reciclagem

Este estudo contribui para a identificaccedilatildeo e anaacutelise acerca de lacunas no conhecimento sobre o

GRSS somando para o subsiacutedio na tomada de decisatildeo gerencial e procedimentos formativos

em unidades hospitalares

Palavras-chave Enfermagem Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede Sauacutede Coletiva Sauacutede

Ambiental Sauacutede do Trabalhador

7

ABSTRACT

The Health-Care Waste (HCW) defined as all the flow of waste that result from the system of

human or animal health may be categorized as Group A which is biological waste or the

kind that is potentially infectious Group B which is chemical waste Group C radioactive

waste Group D waste similar to urban solids and Group E sharp waste HCW management

is defined as a group of management procedures planned and implemented with the goal of

minimizing waste generation also propitiating its efficient and safe routing from its

generation to the final disposal protecting the health of the worker from inherent risks from

HCW management to preserve public and environmental health The National Solid Waste

Policy updated in 2012 legitimates a rising corcern with the preservation and

environmentally concious final destination of waste including the HCW kind This research

is coherent with the identification of a less explored field in regard to the management of

Group D waste assessment Therefore it aims to assess the HCW management in a university

hospital This study adopts field research as a methodological procedure of the descriptive and

exploratory type with a qualitative approach through the Health-Care Waste Management -

Rapid Assessment Tool Brazilian Version (HCWM-RAT Brazilian Version) originally

conceived by the World Health Organization and cross-culturally adapted and validated by

Silva (2011) The field of study is a university hospital in the state of Rio de Janeiro where

four sets of questions were applied D1 D2 D3 and D4 addressed to the hospital

administration head of nursing professionals responsible for HCW Management and general

service professionals respectively Based on the results obtained this work discusses the

adequacy of the methods of collection transport treatment and final disposal in order to

make this process safer for men and the environment It is considered that Group D waste is

generated in all sectors of the unit and represents the largest volume among all HCW and they

should preferably be forwarded to recycling This study contributes to the identification and

analysis of gaps in knowledge about HCW management contributing to the subsidy in

managerial decision making and training procedures in hospital units

Keywords Nursing Health Care Waste Management Public Health Environmental Health

Occupacional Health

8

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Fig 1 Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D f 19

Fig 2 Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede f 20

Quadro 1 Caracterizaccedilatildeo dos participantes f 25

Fig 3 ResiacuteduosRejeitos do HURJ f 26

Fig 4 Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ f 27

Quadro 2 Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1 f 29

Quadro 3 Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2 f 30

Quadro 4 Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 f 31

Fig 5 Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo) f 31

Quadro 5 Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade f 32

Quadro 6 Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio f 34

Quadro 7 Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2 f 35

Quadro 8 Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4 f 37

Quadro 9 Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2 f 40

Quadro 10 Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1 f 40

Quadro 11 Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2 f 43

Quadro 12 Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2 f 43

9

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

CCIH Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar

CNEN Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

DIP Doenccedila Infecciosas e Parasitaacuterias

EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

ENSP Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Seacutergio Arouca

ESs Estabelecimentos de Sauacutede

FEAM Fundaccedilatildeo Estadual do Meio Ambiente

FIOCRUZ Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz

GRSS Gerenciamento dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

HCWM-RAT Health-Care Waste Management ndash Rapid Assessment Tools

HIV viacuterus da imunodeficiecircncia humana

HURJ Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

PGRSS Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

PIBIC Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica

RDC Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada

RSS Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

UFF Universidade Federal Fluminense

VHB Viacuterus da Hepatite B

VHC Viacuterus da Hepatite C

WHO World Health Organization

10

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 12

11 OBJETIVOS p 13

111 Objetivo geral p 13

112 Objetivos especiacuteficos p 14

12 JUSTIFICATIVA p 14

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 15

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE p 15

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL p 16

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS) p 17

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede p 18

2221 Grupo D p 18

223 Etapas de Manejo p 20

3 METODOLOGIA p 21

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA p 21

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA p 21

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS p 22

331 Participantes da Pesquisa p 23

34 ANAacuteLISE DE DADOS p 23

35 ASPECTOS EacuteTICOS p 23

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 25

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE p 25

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE p 28

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE p 30

44 ETAPAS DE MANEJO p 34

441 Segregaccedilatildeo p 34

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta p 38

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS p 43

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 45

11

6 OBRAS CITADAS p 47

7 APEcircNDICES p 52

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 52

8 ANEXOS p 54

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA p 54

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA p 58

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ p 95

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ p 105

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL p 106

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

O Gerenciamento dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) surgiu como

inquietaccedilatildeo ao longo da formaccedilatildeo acadecircmica logo nos primeiros momentos de praacutetica

hospitalar considerando as diversas situaccedilotildees onde o Gerenciamento de Resiacuteduos foi

realizado e orientado de forma inadequada pelos docentes profissionais e acadecircmicos mais

avanccedilados no curso Tal inquietaccedilatildeo intensificou-se fortemente atraveacutes da inserccedilatildeo da

discente responsaacutevel por este estudo agrave maneira cientiacutefica de produzir conhecimento

possibilitada pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica na Fundaccedilatildeo

Oswaldo Cruz Atraveacutes do subprojeto desenvolvido na Fundaccedilatildeo foi possiacutevel aprofundar os

conhecimentos sobre a temaacutetica e instrumentos de avaliaccedilatildeo de GRSS Dentre estes

instrumentos destaca-se Health-Care Waste Management ndash Rapid Assessment Tool (HCWM-

RAT) ndash Versatildeo Brasileira

O tratamento e destinaccedilatildeo adequados dos resiacuteduos (subprodutos da produccedilatildeo de bens

ou serviccedilos) se apresentam como um dos desafios no cenaacuterio atual (SILVA 2011) As

diversas etapas de manejo de resiacuteduos soacutelidos desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final

envolvem uma seacuterie de fatores de risco para a populaccedilatildeo exposta tornando particularmente

vulneraacuteveis os trabalhadores formais e informais do setor de resiacuteduos (PAN AMERICAN

HEALTH ORGANIZATION 2005)

Dentre os resiacuteduos soacutelidos aqueles gerados em Estabelecimentos de Assistecircncia agrave

Sauacutede merecem atenccedilatildeo particular por sua fraccedilatildeo (aproximadamente 15) considerada

perigosa (WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005a)

No Brasil resiacuteduos soacutelidos de serviccedilos de sauacutede satildeo todos aqueles gerados em

estabelecimentos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal nos estados

soacutelidos semi-soacutelidos bem como determinados resiacuteduos liacutequidos (BRASIL 2004) e sua

composiccedilatildeo depende do estabelecimento e da atividade que o produz Eacute estabelecido na

legislaccedilatildeo vigente a classificaccedilatildeo de RSS em cinco grupos agrave saber Grupo A constituiacutedo por

Resiacuteduos Bioloacutegicos ou Potencialmente Infectantes Grupo B constituiacutedo por Resiacuteduos

Quiacutemicos Grupo C constituiacutedo por Resiacuteduos Radioativos Grupo D constituiacutedo por

Resiacuteduos Similares aos Soacutelidos Urbanos e Grupo E constituiacutedo por Resiacuteduos

perfurocortantes (BRASIL 2004a 2004b)

A gestatildeo sustentaacutevel e segura dos RSS eacute princiacutepio imperativo na sauacutede puacuteblica e uma

responsabilidade de todos (CHARTIER 2014 WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) Entretanto apesar da contiacutenua sensibilizaccedilatildeo para a necessidade de efetivos padrotildees

13

de desempenho a gestatildeo dos resiacuteduos continua sendo um desafio (BLENKHARN 2007a

2007b MIYAZAKI UNE 2005) representado pela dificuldade em estabelecer praacuteticas

regulares de segregaccedilatildeo acondicionamento e armazenamento dos resiacuteduos mesmo em paiacuteses

considerados economicamente desenvolvidos (SILVA 2011)

Componentes como papelpapelatildeo plaacutesticos e vidros representam a maior

porcentagem em diversos estudos realizados em estabelecimentos de sauacutede poreacutem quando

natildeo segregados dos classificados como infectantes acabam sendo contaminados por estes

(ADUAN et al 2014 ALVES et al 2012a CORREcircA et al 2007 FERREIRA VEIGA

2003 SILVA HOPPE 2005) devendo seguir para aterros sanitaacuterios o que representa um

custo financeiro e ambiental desnecessaacuterio jaacute que apenas a fraccedilatildeo dos resiacuteduos classificados

como perigosos destinar-se-iam aos sistemas mais seguros e dispendiosos (ADUAN et al

2014 SILVA 2011) Ressalta-se a importacircncia da segregaccedilatildeo com ecircnfase na seguranccedila

reduccedilatildeo dos custos com coleta tratamento e destinaccedilatildeo final de resiacuteduos reduccedilatildeo do uso de

mateacuterias-primas maior tempo de vida uacutetil dos aterros e menor impacto ambiental causado

pelos resiacuteduos (SILVA 2011)

A avaliaccedilatildeo metodoloacutegica representa uma ferramenta importante para a compreensatildeo

do sistema de gestatildeo e consequentes melhorias (WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) No Brasil as avaliaccedilotildees de programas de sauacutede tecircm sido evidenciadas como meio

para adequar e otimizar os serviccedilos prestados agrave populaccedilatildeo (BRASIL 2007) A avaliaccedilatildeo eacute

considerada um ldquoprocesso em que se integram avaliadores e avaliados em busca do

comprometimento e do aperfeiccediloamento dos indiviacuteduos grupos programas e instituiccedilotildeesrdquo

(MINAYO 2006)

Sendo assim o objeto deste estudo eacute a Gestatildeo e Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do grupo D em Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

(HURJ) Tendo como questatildeo norteadora ldquoComo se daacute o gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D no Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeirordquo

Espera-se que este estudo contribua com a implementaccedilatildeo e acompanhamento das

praacuteticas preconizadas pela Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos uma vez que forneceraacute

informaccedilotildees para subsidiar a tomada de decisatildeo poliacutetica e gerencial

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

14

Avaliar o gerenciamento do manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D1

em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

112 Objetivos especiacuteficos

Identificar e compreender as legislaccedilotildees vigentes referentes aos RSS

Identificar as etapas de manejo de RSS

Classificar os RSS

Analisar o gerenciamento das etapas de manejo de RSS do HURJ

12 JUSTIFICATIVA

Coerente com a identificaccedilatildeo de um campo pouco explorado especialmente no que

diz respeito agrave avaliaccedilatildeodo sistema de gestatildeo de resiacuteduos do grupo D no acircmbito da sauacutede natildeo

foi identificado na literatura estudosavaliativos que utilizem instrumentos padronizados

confiaacuteveis e vaacutelidos que permitam a comparaccedilatildeo entre eles representando uma estrateacutegia

importante no reforccedilo ao uso da evidecircncia cientiacutefica e subsiacutedio agraves poliacuteticas puacuteblicas (SILVA

2011)

Neste sentido o estudo se justifica por avaliar por meio de instrumento robusto o

GRSS em especial a um grupo tatildeo carente de estudos quanto o grupo D

Desse modo espera-se identificar eventuais lacunas sobre o conhecimento e praacutetica de

Gestatildeo de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede por parte de gestores

profissionais docentes e discentes de um Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeiro

(HURJ) aleacutem de subsidiar dados para a realizaccedilatildeo de cursos de capacitaccedilatildeo eou atualizaccedilatildeo

que se faccedilam necessaacuterios

1 Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos segundo a RDC ANVISA 3062004

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

No Brasil a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2004a) o Conselho

Nacional do Meio Ambiente (BRASIL 2005) e a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

(CNEN 1985) satildeo os Oacutergatildeos responsaacuteveis pela regulaccedilatildeo e orientaccedilatildeo das accedilotildees de gestatildeo e

gerenciamento dos RSS do momento em que satildeo gerados agrave disposiccedilatildeo final incluiacutedos os

aspectos de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental (SILVA 2006)

O Resiacuteduo de Serviccedilo de Sauacutede (RSS) pode ser definido como o total de resiacuteduos

gerados pelos estabelecimentos de assistecircncia agrave sauacutede incluiacutedos os de diagnoacutestico e de

laboratoacuterios parcela dos provenientes de diaacutelise e dispositivos para aplicaccedilatildeo de insulina e

outros perfurocortantes gerados pelo cuidado agrave sauacutede em domiciacutelio (BRASIL 2004a

CHARTIER 2014)

A exposiccedilatildeo aos perfurocortantes e as suas consequecircncias satildeo altamente passiacuteveis de

prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo mediante intervenccedilotildees simples como a vacinaccedilatildeo para trabalhadores

da sauacutede (SILVA CORTEZ VALENTE 2009) e dos que lidam com resiacuteduos de serviccedilos de

sauacutede (RSS) educaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o manejo de resiacuteduos (RUDRASWAMY

SAMPATH DOGGALLI 2012)

Esses resiacuteduos podem causar danos agrave sauacutede humana e meio ambiente quando

inadequadamente gerenciados (CHARTIER 2014) Por exemplo a OMS estima que em 2000

o acesso a seringas contaminadas possa ter sido responsaacutevel por 21 milhotildees de infecccedilotildees pelo

Viacuterus da Hepatite B representando 32 de todas as novas infecccedilotildees 2 milhotildees de Viacuterus da

Hepatite C com uma representaccedilatildeo de 40 e 260 mil infecccedilotildees pelo viacuterus da

imunodeficiecircncia humana (HIV) sendo este representado por 5 de todos os novos casos

(WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005b)

O potencial de contaminaccedilatildeo do solo do ar e das aacuteguas superficiais e subterracircneas na

medida em que os RSS satildeo inadequadamente segregados e dispostos em vazadouros agrave ceacuteu

aberto ou aterros controlados tambeacutem satildeo uma preocupaccedilatildeo mundial (COZENDEY-SILVA

et al 2016 FALQUETO KLIGERMAN ASSUMPCcedilAtildeO 2010 KARAMOUZ et al 2007)

A gestatildeo dos RSS deve se pautar minimamente pelos seguintes princiacutepios princiacutepio

da responsabilidade institucional pois a organizaccedilatildeo que gera o resiacuteduo tem o dever

de eliminaacute-lo de forma segura princiacutepio do poluidor pagador entendendo que quem

produz o resiacuteduo eacute juriacutedica e financeiramente responsaacutevel pela seguranccedila do

16

manuseio e eliminaccedilatildeo do mesmo princiacutepio da precauccedilatildeo esse adverte que a

parcela dos RSS considerada perigosa deve assim ser classificada ateacute que seja

demonstrada que eacute segura princiacutepio da proximidade o qual recomenda o tratamento

e eliminaccedilatildeo de resiacuteduos perigosos em local mais proacuteximo possiacutevel do ponto de

geraccedilatildeo (SILVA 2011)

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL

No Brasil natildeo haacute estatiacutesticas precisas a respeito do nuacutemero de geradores nem da

quantidade de resiacuteduos deserviccedilos de sauacutede gerada diariamente (SILVA 2011) Conforme

explicitado na Pesquisa Nacional de Saneamento Baacutesico (BRASIL 2008) satildeo coletadas

diariamente 259547 toneladas de resiacuteduos no Brasil Estima-se que 17 desses corresponda

aos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede totalizando aproximadamente 4449 toneladas diaacuterias Os

resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede satildeo de natureza diversa sendo necessaacuteria uma classificaccedilatildeo

para a segregaccedilatildeo (GARCIA ZANETTI-RAMOS 2004)

As resoluccedilotildees da Anvisa RDC nordm 30604 e do Conama nordm 35805 convergem para a

seguinte definiccedilatildeo de RSS

[] todos os serviccedilos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal

inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de trabalhos de campo laboratoacuterios

analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios funeraacuterias e serviccedilos em que se

realizem atividades de embalsamento (tanatopraxia e somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos

de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as de manipulaccedilatildeo

estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de controle de

zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores distribuidores e

produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades moacuteveis de

atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem dentre outros

similares (BRASIL 2004a 2005)

O gerenciamento dos RSS pode ser definido como procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e legais

visando minimizar a geraccedilatildeo de resiacuteduos e assegurar agravequeles gerados tratamento transporte e

armazenamento eficientes dispondo proteccedilatildeo aos profissionais envolvidos em todo o

processo assim como a sauacutede puacuteblica recursos naturais e meio ambiente (BRASIL 2004a) O

Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) deve ser elaborado

compatiacutevel com as normas locais relativas agrave coleta transporte e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

17

gerados estabelecidas pelos oacutergatildeos locais responsaacuteveis por estas etapas e baseado nas

caracteriacutesticas dos resiacuteduos gerados e na sua classificaccedilatildeo (ibid)

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS)

A Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria RDC nordm 3062004 e o Conselho Nacional

do Meio Ambiente atraveacutes de sua resoluccedilatildeo nordm 3582005 definem o PGRSS como sendo

O documento que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao manejo dos resiacuteduos

soacutelidos observadas suas caracteriacutesticas e riscos no acircmbito dos estabelecimentos

contemplando os aspectos referentes agrave geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento

coleta armazenamento transporte tratamento e disposiccedilatildeo final bem como as accedilotildees

de proteccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica e ao meio ambiente contemplando assim as etapas do

gerenciamento intra e extra estabelecimento de sauacutede (BRASIL 2004a 2005)

O PGRSS deve ser feito em conjunto com todos os setores de modo que sua

elaboraccedilatildeo implantaccedilatildeo e desenvolvimento do PGRSS devem envolver os setores de

higienizaccedilatildeo e limpeza a Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar ou Comissotildees de

Biosseguranccedila e os Serviccedilos de Engenharia de Seguranccedila e Medicina no Trabalho onde

houver obrigatoriedade de existecircncia desses serviccedilos abrangendo a todos do estabelecimento

gerador (BRASIL 2010b)

A questatildeo da segregaccedilatildeo dos resiacuteduos infectantes requer maior atenccedilatildeo no sentido de

minimizar gastos na sauacutede aleacutem dos cuidados com infecccedilotildees e impacto no ambiente

(CHARTIER 2014) Eacute necessaacuterio e recomendaacutevel que trabalhadores da aacuterea de sauacutede estejam

sempre atualizados quanto agraves normas e rotinas do serviccedilo assim como das medidas de

biosseguranccedila (SILVA et al 2014)

A implementaccedilatildeo das praacuteticas tecnicamente recomendadas estaacute intimamente ligada agrave

qualificaccedilatildeo dos profissionais envolvidos na elaboraccedilatildeo e na aplicaccedilatildeo do plano sob os

aspectos operacionais da seguranccedila do trabalhador e nos aspectos culturais O princiacutepio da

logiacutestica reversa eacute fator determinante na instrumentalizaccedilatildeo de praacuteticas numa perspectiva de

sustentabilidade (CHARTIER 2014) Este princiacutepio eacute definido como a accedilatildeo correspondente

ao caminho inverso da logiacutestica partindo do ponto de consumo para o iniacutecio da cadeia de

geraccedilatildeo considerando fundamentalmente o reaproveitamento como elemento da poliacutetica

ambiental (ALVES et al 2012a BELLAN et al 2012)

18

Segundo Sisinno e Moreira (2005) pelos princiacutepios da ecoeficiecircncia ldquoo

gerenciamento dos resiacuteduos deveria privilegiar em ordem de prioridade a natildeo geraccedilatildeo a

reduccedilatildeo da geraccedilatildeo a reciclagem e finalmente o tratamento ou disposiccedilatildeo finalrdquo tornando

assim a identificaccedilatildeo da fonte geradora uma etapa importante quando o enfoque eacute a natildeo

geraccedilatildeo ou a reduccedilatildeo da geraccedilatildeo

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes no Brasil (2004a 2005) os RSS satildeo

classificados em cinco grupos de modo que os resiacuteduos do Grupo A satildeo resiacuteduos que

possivelmente apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos

do Grupo B referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave

sauacutede puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes e abrasivos

2221 Grupo D

Conforme supracitado estes satildeo resiacuteduos provenientes de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo

apresentam risco bioloacutegico quiacutemico ou radioloacutegico agrave sauacutede ou ao meio ambiente podendo ser

equiparados aos resiacuteduos domiciliares (BRASIL 2005) Nesse grupo satildeo gerados resiacuteduos

compostaacuteveis reciclaacuteveis e aqueles que podem servir para alimentaccedilatildeo de animais e rejeitos

Apesar de natildeo ser uma exigecircncia eacute desejaacutevel que seja realizada segregaccedilatildeo e

identificaccedilatildeo dos resiacuteduos do Grupo D para a reciclagem atraveacutes de um coacutedigo de cores para

os recipientes conforme evidenciado na Fig 1 (BRASIL 2004) Caso natildeo haja segregaccedilatildeo

para a reciclagem natildeo haacute padronizaccedilatildeo para a cor dos recipientes Estudos apontam que a

segregaccedilatildeo se mostra ineficiente natildeo apenas em relaccedilatildeo a coleta seletiva mas tambeacutem a

separaccedilatildeo de outros grupos de RSS (ALVES et al 2012b)

19

Fig 01 ndash Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D devem ser coletados e transportados

separadamente dos resiacuteduos dos outros grupos para que natildeo haja contaminaccedilatildeo (BRASIL

2004) O armazenamento temporaacuterio dos resiacuteduos do Grupo D pode ser na Sala de Resiacuteduos

poreacutem em recipientes exclusivos e identificados para manter a segregaccedilatildeo O armazenamento

externo dos resiacuteduos do Grupo D deve ser em abrigo com no miacutenimo um ambiente separado

para atender ao armazenamento de recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D e outro

ambiente para os grupos A e E (FEAM 2008)

Os resiacuteduos orgacircnicos como flores resiacuteduos de jardinagem sobras de alimento e de

outros que natildeo tenham mantido contato com resiacuteduos infectantes (secreccedilotildees excreccedilotildees ou

outro fluido corpoacutereo) podem ser encaminhados para o processo de compostagem (BRASIL

2004)

Destaca-se que os restos e sobras de alimentos podem ser utilizados para fins de raccedilatildeo

animal desde que submetidos a um tratamento que garanta sua inocuidade avaliado e

comprovado por oacutergatildeo competente da Agricultura e de Vigilacircncia Sanitaacuteria do Municiacutepio

Estado ou do Distrito Federal (ibid)

Os efluentes (resiacuteduos liacutequidos) provenientes da rede esgoto de estabelecimento de

sauacutede devem ser tratados antes do lanccedilamento no corpo receptor ou na rede coletora de

esgoto sempre que natildeo houver sistema de tratamento de esgoto coletivo atendendo agrave aacuterea

onde estaacute localizado o serviccedilo conforme definido na RDC ANVISA nordm 502002 Deve ser

mantido o registro de operaccedilatildeo de venda ou de doaccedilatildeo dos resiacuteduos destinados agrave reciclagem

compostagem e alimentaccedilatildeo de animais (CUSSIOL 2008)

bull Papeacuteis Azul

bull Metais Amarelo

bull Vidros Verde

bull Plaacutesticos Vermelho

bull Resiacuteduos Orgacircnicos Marrom

bull Demais resiacuteduos do Grupo D Cinza

20

223 Etapas de Manejo

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final incluindo as seguintes

etapas

Fig 02 ndash Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

Fonte Adaptado de Silva 2011 p 43

Segregaccedilatildeo

Separaccedilatildeo dos resiacuteduos no momento e local de sua geraccedilatildeo de acordo

com as caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas bioloacutegicas o seu estado

fiacutesico e os riscos envolvidos

Acondicionamento

Ato de embalar corretamente os resiacuteduos segregados conforme suas

caracteriacutesticas

Identificaccedilatildeo

medidas que permitem o reconhecimento dos resiacuteduos

contidos nos sacos e recipientes

Transporte interno

Translado do ponto de geraccedilatildeo ateacute o local de armazenamento temporaacuterio

Tratamento

processoa manuais mecacircnicos fiacutesicos quiacutemicos ou bioloacutegicos que

alterem as caracteriacutesticas dos resiacuteduos visando minimizar riscos agrave

sauacutede e o meio ambiente

Armazenamento Interno Temporaacuterio

Guarda temporaacuteria dos recipientes contendo os resiacuteduos jaacute

acondicionados em local proacuteximo aos pontos de geraccedilatildeo

Armazenamento Externo

Acondicionamento dos resiacuteduos em abrigo em recipientes coletores

adequados em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os

veiacuteculos coletores

Coleta e Transporte Externo

Remoccedilatildeo dos RSS do armazenamento externo ateacute a

unidade de tratamento ou disposiccedilatildeo final

Disposiccedilatildeo Final

Disposiccedilatildeo definitiva de resiacuteduos no solo ou em locais previamente preparados para recebecirc-los As

formas usualmente utilizadas satildeo aterro sanitaacuterio aterro para

resiacuteduos perigosos de Classe I (para resiacuteduos industriais) aterro

controlado lixatildeo ou vazadouro e valas

21

3 METODOLOGIA

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pesquisa de campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa Tem

como teacutecnica de coleta de dados aplicaccedilatildeo de instrumento de pesquisa validado e especiacutefico

para o tema GRSS (HCWM-RAT ndash Versatildeo Brasileira disponiacutevel em

portfolioinovacaofiocruzbr) conforme especificado no item 33 ldquoINSTRUMENTO DE

PESQUISA E COLETA DE DADOSrdquo

A Pesquisa de Campo eacute definida por Lakatos e Marconi (2003) como uma estrateacutegia

de documentaccedilatildeo direta ou seja o levantamento de dados se daacute no local onde ocorre o

fenocircmeno a ser estudado Assim a pesquisa de campo ldquoconsiste na observaccedilatildeo de fatos e

fenocircmenos tal como ocorrem espontaneamente na coleta de dados a eles referentes e no

registro de variaacuteveis que se presume relevantes para analisaacute-losrdquo (ibid p 185)

Segundo Gil (2002 p 131) a pesquisa de campo do tipo descritiva tem a preocupaccedilatildeo

com a descriccedilatildeo tendo maior na profundidade do dado coletado de modo que o pesquisador

tende a ldquopreferir a utilizaccedilatildeo de depoimentos e entrevistas com niacuteveis diversos de

estruturaccedilatildeordquo

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA

Esta pesquisa tem como cenaacuterio um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de

Janeiro Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (CNES 2016) esse

estabelecimento eacute caracterizado como hospital geral com esfera administrativa federal

estando sob gestatildeo municipal A natureza da Organizaccedilatildeo eacute a autarquia (administraccedilatildeo

indireta) ou seja o serviccedilo eacute autocircnomo criado por lei com personalidade juriacutedica

patrimocircnio e receita proacuteprios para executar atividades tiacutepicas da Administraccedilatildeo Puacuteblica que

requeiram gestatildeo administrativa e financeira descentralizada (BRASIL 1990)

Contando com 1442 profissionais 697 dos quais satildeo meacutedicos a unidade realiza

atendimento de demanda referenciada contando com os seguintes tipos de atendimento

Ambulatorial Internaccedilatildeo Urgecircncia e Serviccedilos de Apoio Diagnoacutestico e Terapecircutico

O Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos

bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns (CNES 2016) Sua aacuterea de abrangecircncia atinge

uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de habitantes (ibid)

22

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS

A versatildeo original do HCWM-RAT foi desenvolvida pela Organizaccedilatildeo Mundial da

Sauacutede (OMS) (WHO 2005) como parte de uma estrateacutegia que visa reduzir a carga global de

doenccedilas relacionada com a inadequada gestatildeo dos resiacuteduos especialmente das fases de

tratamento e disposiccedilatildeo final Tendo como objetivo central colaborar com os paiacuteses na

aplicaccedilatildeo de metas estrateacutegicas em especial aquelas contidas em acordos multilaterais como

os de Basileacuteia e de Estocolmo

Este instrumento se destina a avaliaccedilatildeo da performace ambiental no setor sauacutede

visando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas integradas de sauacutede e ambiente Eacute estruturado em

meacutetodo raacutepido de avaliaccedilatildeo2 para GRSS O HCWM-RAT Versatildeo Brasileira (ANEXO 82) eacute

fruto de adaptaccedilatildeo transcultural e validaccedilatildeo para uso em territoacuterio brasileiro (SILVA 2011)

Daacute condiccedilatildeo agrave institucionalizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo na aacuterea da gestatildeo e gerenciamento de resiacuteduos

da produccedilatildeo da sauacutede em concepccedilatildeo teoacuterico-poliacutetica de avaliaccedilatildeo formativa participativa e

emancipatoacuteria eacute capaz de reforccedilar o mecanismo de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo e estrateacutegias

de sauacutede trabalho e ambiente no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) (ibid)

O referido instrumento proposto pela OMS numa perspectiva universalista possui

escopo voltado para avaliaccedilatildeo em niacuteveis local (Estabelecimento de Sauacutede) municipalregional

e federal

Em niacutevel nacional possuiacute 2 (dois) conjuntos de questotildees (B1 e B2) voltados para

questionamento junto ao Ministeacuterio da Sauacutede e Ministeacuterio do Meio Ambiente Para

levantamento de dados junto agraves instacircncias municipais possui o conjunto de questotildees da

ferramenta ldquoCrdquo Em niacutevel local possuiacute 4 (quatro) conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4

endereccedilados agrave administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem eou CCIH (considerando

ambos ou o profissional mais familiarizado com o contexto do gerenciamento de resiacuteduos de

serviccedilos de sauacutede - GRSS na unidade) responsaacutevel (s) pelo GRSS e profissional de serviccedilos

gerais (que manipulemtransportem internamente os resiacuteduos) respectivamente Ressalta-se

que cada iacutetem (questatildeo do questionaacuterio) eacute direcionado a determinado grupo

participanterespondente de modo que o proacuteprio instrumento preacute-estabelece criteacuterios de

inclusatildeo e exclusatildeo da amostra

2 O Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Raacutepida (Rapid Evaluation Methods) utiliza uma mescla de abordagens quanti-qualitativas Seus quatro

princiacutepios satildeo uso de fontes muacuteltiplas rapidez pragmatismo e custo-efetividade (ANKER et al 1993 MCNALL et al 2007)

23

331 Participantes da Pesquisa

Baseado no escopo do instrumento de avaliaccedilatildeo e em seu modus operandi em cada

grupo de iacutetens eacute direcionado a uma categoria de profissionais e setor de atuaccedilatildeo os

participantes deste estudo seratildeo servidores gestores interlocutores profissionais da sauacutede e

profissionais de empresas terceirizadas (manejo para transporte interno e serviccedilo de coleta e

transporte externo) que encontrarem-se dentro dos criteacuterios de inclusatildeo agrave saber

envolvimento direto ou indireto com o setor ou Sistema de Gerenciamento dos Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) diretoresgestores dos ESs puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de

administrador ou semelhante a quem eacute endereccedilada a ferramenta D1 Enfermeira (o) chefe de

CCIH eou SESMT respondentes da ferramenta D2 Gestoresinterlocutores responsaacuteveis ou

participantes da comissatildeo para GRSS para quem se destina a ferramenta D3 e envolvidos

nas etapas de manejo que incluem a coleta e transporteinterno de RSS respondentes da

ferramenta D4 aceitar participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido encontrar-se disponiacutevel durante a coleta de dados e o proacuteprio criteacuterio de inclusatildeo

do item proposto

A coleta de dados ocorreu em 2016 periacuteodo no qual o HURJ em questatildeo passava por

transiccedilatildeo administrativa Teve-se como participantes da pesquisa 01 responsaacutevel pela coleta e

transporte interno de RSS 01 responsaacutevel pela GRSS da unidade 04 Enfermeiros-chefes 02

representantes da Gestatildeo Hospitalar

34 ANAacuteLISE DE DADOS

A anaacutelise ocorre por meio das categorias do instrumento de coleta supracitado O

sistema de avaliaccedilatildeo eacute projetado por toacutepicos na proacutepria planilha na qual a ferramenta eacute

estruturada de modo a obter um perfil da situaccedilatildeo de GRSS Este sistema de classificaccedilatildeo eacute

baseado em questotildees-chave que devem agrave luz das legislaccedilotildees vigentes ser cumpridas para se

garantir um gerenciamento seguro de RSS

35 ASPECTOS EacuteTICOS

Este estudo acata as normas estabelecidas pela portaria 4662012 do Ministeacuterio da

sauacutede para a realizaccedilatildeo de pesquisas com seres humanos que incorpora sob a oacutetica do

24

indiviacuteduo e das coletividades referenciais baacutesicos da bioeacutetica como autonomia natildeo

maleficecircncia equidade justiccedila e beneficecircncia e visando assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado este estudo foi

submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (CAE

56254916900005243 Parecer nordm 1608748)

Ressalta-se que os dados coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por no

miacutenimo 05 anos sob tutela do autor desta pesquisa de forma confidencial Apoacutes este periacuteodo

todo o material coletado seraacute destruiacutedo

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

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outubro de 2010 Diaacuterio Oficial [da] Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia 16 de

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Sauacutede 2006 76 p

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teacutecnico para o gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

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95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

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0

ALZIRA CAROLINE GALIACcedilO DE SOUZA

AVALIACcedilAtildeO DO GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

EM UM HOSPITAL UNIVERSITAacuteRIO

Monografia apresentada ao Programa de

graduaccedilatildeo em Enfermagem e Licenciatura da

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso

costa da Universidade Federal Fluminense

como requisito parcial para a obtenccedilatildeo do

tiacutetulo de Bacharel em Enfermagem e

Licenciatura

Orientadora

Profordf Drordf Maacutercia Valeacuteria Rosa Lima

NITEROacuteI

2016

0

S 719 Souza Alzira Caroline Galiaccedilo de

Avaliaccedilatildeo do gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de

sauacutede em um hospital universitaacuterio Alzira Caroline Galiaccedilo

de Souza ndash Niteroacutei [sn] 2016

110 f

Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em

Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016

Orientador Profordf Marcia Valeacuteria Rosa Lima

1 Enfermagem 2 Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede 3

Sauacutede Coletiva 4 Sauacutede Ambiental 5 Sauacutede do

Trabalhador I Tiacutetulo

CDD 61073

1

ALZIRA CAROLINE GALIACcedilO DE SOUZA

AVALIACcedilAtildeO DO GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

EM UM HOSPITAL UNIVERSITAacuteRIO

Monografia apresentada ao Programa de

graduaccedilatildeo em Enfermagem e Licenciatura da

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso

costa da Universidade Federal Fluminense

como requisito parcial para a obtenccedilatildeo do

diploma de Bacharel em Enfermagem e

Licenciatura

Campo de Confluecircncia Enfermagem

Aprovada em 15 de dezembro de 2016

BANCA EXAMINADORA

Profordf Drordf Maacutercia Valeacuteria Rosa Lima ndash EEAACUFF

Orientadora

Profordf Drordf Eliana Napoleatildeo Cozendey da Silva - ENSPFIOCRUZ

Prof Me Andreacute Luiz de Souza Braga - EEAACUFF

NITEROacuteI

2016

2

Agrave minha amada famiacutelia pelo apoio e

incentivo

3

AGRADECIMENTOS

Ao Criador pelo sopro da vida pelas oportunidades e pela capacidade de desenvolver as

habilidades necessaacuterias para a realizaccedilatildeo deste sonho

Agrave Universidade Federal Fluminense que me proporcionou cinco anos de contiacutenuo

amadurecimento pessoal e profissional

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) e agrave Fundaccedilatildeo

Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) pela oportunidade de participar do Programa Institucional de

Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (PIBIC) onde pude desenvolver competecircncias necessaacuterias agrave

pesquisa

Agrave Profordf Drordf Eliana Napoleatildeo Cozendey da Silva pela paciecircncia e dedicaccedilatildeo para me guiar em

meus primeiros passos na pesquisa cientiacutefica enquanto orientadora durante meus anos como

bolsista PIBIC na ENSPFiocruz e por acreditar no meu potencial mesmo quando duvidei

Agrave Profordf Drordf Maacutercia Valeacuteria Lima pela paciecircncia e carinho ao me guiar na construccedilatildeo deste

trabalho e por me tranquilizar nos momentos de afliccedilatildeo

Ao Prof Me Andreacute Luiz de Souza Braga pelas contribuiccedilotildees a este trabalho na qualidade de

integrante da Banca Examinadora e por ser um dos exemplos de excelecircncia no ensino e no

acolhimento aos acadecircmicos da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Aos professores e preceptores por partilharem seus conhecimentos de forma humana e

legiacutetima ao longo de minha jornada na Academia Agradeccedilo em especial agraves minhas

inspiraccedilotildees na praacutetica da enfermagem Profordf Eny Doacuterea Profordf Liliane Faria Profordf Rosane

Burla Profordf Emiacutelia Cursino Prof Audrey Vidal Profordf Thallita Delphino e Profordf Marilda

Andrade

Aos pacientes pela confianccedila que depositaram em mim ao longo da formaccedilatildeo e

proporcionarem a construccedilatildeo de conhecimentos acerca da natureza humana

Aos meus colegas do Centro de Estudos em Sauacutede do Trabalhador e Ecologia

HumanaENSPFIOCRUZ Liliane Reis Teixeira um exemplo de competecircncia e humildade

Ariane Leites Larentis pela co-orientaccedilatildeo em minha Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica Daniel Valente por

tornar leves os momentos de tensatildeo e pelas ideias inspiradoras Ionice Caroline Silva por

provar que nunca eacute cedo demais para escolher o caminho a seguir Gilvania Coutinho pelo

acolhimento e carinho Thiago Diniz pela paciecircncia e auxilio nos trabalhos de grupo

Wellington Meira pela parceria nos projetos desenvolvidos

Aos meus companheiros de graduaccedilatildeo em especial a turma que ingressou no semestre de

20112 por compartilharem comigo essa pequena jornada dividindo laacutegrimas sorrisos e

algumas reaccedilotildees tempestuosas

Aos amigos pelo carinho e sensibilidade que me dedicaram durante estes 5 anos de

graduaccedilatildeo

Ao Iago Lopes Daflon por nunca deixar que me esquecesse do objetivo final

4

Agrave minha amada famiacutelia meus pais Joatildeo Batista e Maria do Carmo pelo amor apoio e pelo

exemplo de garra e resiliecircncia minhas irmatildes Francine e Michelle por dividirem comigo os

piores e melhores momentos sempre se fazendo presentes apesar da distacircncia fiacutesica meus

sobrinhos Maria Eduarda Lorenzzo e Victoacuteria por ser fonte de inspiraccedilatildeo meus tios avoacutes e

primos por demonstrarem o valor da uniatildeo familiar minha avoacute Maria pelos conselhos sempre

assertivos e ao mesmo tempo amorosos

5

O intelectual natildeo cria o mundo no qual vive Ele

jaacute faz muito quando consegue ajudar a

compreendecirc-lo e explica-lo como ponto de

partida para sua alteraccedilatildeo real

Florestan Fernandes

6

RESUMO

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) definidos como o fluxo total de resiacuteduos que

resultam da assistecircncia agrave sauacutede humana ou animal podem ser classificados em Grupo A

constituiacutedo por resiacuteduos bioloacutegicos ou potencialmente infectantes Grupo B constituiacutedo por

resiacuteduos quiacutemicos Grupo C constituiacutedo por rejeitos radioativos Grupo D constituiacutedo por

resiacuteduos similares aos soacutelidos urbanos e Grupo E constituiacutedo por resiacuteduos perfurocortantes

O Gerenciamento dos RSS eacute definido como um conjunto de procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos aleacutem de

propiciar seu encaminhamento seguro e eficiente desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final de

modo a proteger a sauacutede do trabalhador dos riscos inerentes ao manejo dos RSS preservar a

sauacutede puacuteblica e ambiental A Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos atualizada em 2012

legitima a crescente preocupaccedilatildeo com a preservaccedilatildeo dos recursos naturais e destinaccedilatildeo final

ambientalmente adequada dos resiacuteduos incluiacutedo os de RSS Coerente com a identificaccedilatildeo de

um campo pouco explorado no que diz respeito agrave avaliaccedilatildeo do gerenciamento de resiacuteduos do

Grupo D este estudo tem como objetivo geral avaliar o Gerenciamento dos RSS do Grupo D

em um hospital universitaacuterio Adota-se como procedimento metodoloacutegico a pesquisa de

campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa atraveacutes do instrumento

Health-Care Waste Management - Rapid Assessment Tool Versatildeo Brasileira concebido

originalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede e transculturalmente adaptado e validado

por Silva (2011) O campo de estudo eacute um hospital universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

onde foram aplicados quatro conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4 endereccedilados agrave

administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem profissionais responsaacuteveis pelo GRSS e

profissionais de serviccedilos gerais respectivamente Com base nos resultados obtidos o trabalho

discute a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo

a tornar este processo mais seguro para o homem e o ambiente Eacute levado em consideraccedilatildeo que

os resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em todos os setores da unidade e representam o maior

volume dentre todos os RSS devendo ser preferencialmente encaminhados para reciclagem

Este estudo contribui para a identificaccedilatildeo e anaacutelise acerca de lacunas no conhecimento sobre o

GRSS somando para o subsiacutedio na tomada de decisatildeo gerencial e procedimentos formativos

em unidades hospitalares

Palavras-chave Enfermagem Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede Sauacutede Coletiva Sauacutede

Ambiental Sauacutede do Trabalhador

7

ABSTRACT

The Health-Care Waste (HCW) defined as all the flow of waste that result from the system of

human or animal health may be categorized as Group A which is biological waste or the

kind that is potentially infectious Group B which is chemical waste Group C radioactive

waste Group D waste similar to urban solids and Group E sharp waste HCW management

is defined as a group of management procedures planned and implemented with the goal of

minimizing waste generation also propitiating its efficient and safe routing from its

generation to the final disposal protecting the health of the worker from inherent risks from

HCW management to preserve public and environmental health The National Solid Waste

Policy updated in 2012 legitimates a rising corcern with the preservation and

environmentally concious final destination of waste including the HCW kind This research

is coherent with the identification of a less explored field in regard to the management of

Group D waste assessment Therefore it aims to assess the HCW management in a university

hospital This study adopts field research as a methodological procedure of the descriptive and

exploratory type with a qualitative approach through the Health-Care Waste Management -

Rapid Assessment Tool Brazilian Version (HCWM-RAT Brazilian Version) originally

conceived by the World Health Organization and cross-culturally adapted and validated by

Silva (2011) The field of study is a university hospital in the state of Rio de Janeiro where

four sets of questions were applied D1 D2 D3 and D4 addressed to the hospital

administration head of nursing professionals responsible for HCW Management and general

service professionals respectively Based on the results obtained this work discusses the

adequacy of the methods of collection transport treatment and final disposal in order to

make this process safer for men and the environment It is considered that Group D waste is

generated in all sectors of the unit and represents the largest volume among all HCW and they

should preferably be forwarded to recycling This study contributes to the identification and

analysis of gaps in knowledge about HCW management contributing to the subsidy in

managerial decision making and training procedures in hospital units

Keywords Nursing Health Care Waste Management Public Health Environmental Health

Occupacional Health

8

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Fig 1 Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D f 19

Fig 2 Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede f 20

Quadro 1 Caracterizaccedilatildeo dos participantes f 25

Fig 3 ResiacuteduosRejeitos do HURJ f 26

Fig 4 Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ f 27

Quadro 2 Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1 f 29

Quadro 3 Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2 f 30

Quadro 4 Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 f 31

Fig 5 Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo) f 31

Quadro 5 Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade f 32

Quadro 6 Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio f 34

Quadro 7 Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2 f 35

Quadro 8 Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4 f 37

Quadro 9 Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2 f 40

Quadro 10 Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1 f 40

Quadro 11 Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2 f 43

Quadro 12 Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2 f 43

9

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

CCIH Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar

CNEN Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

DIP Doenccedila Infecciosas e Parasitaacuterias

EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

ENSP Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Seacutergio Arouca

ESs Estabelecimentos de Sauacutede

FEAM Fundaccedilatildeo Estadual do Meio Ambiente

FIOCRUZ Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz

GRSS Gerenciamento dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

HCWM-RAT Health-Care Waste Management ndash Rapid Assessment Tools

HIV viacuterus da imunodeficiecircncia humana

HURJ Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

PGRSS Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

PIBIC Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica

RDC Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada

RSS Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

UFF Universidade Federal Fluminense

VHB Viacuterus da Hepatite B

VHC Viacuterus da Hepatite C

WHO World Health Organization

10

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 12

11 OBJETIVOS p 13

111 Objetivo geral p 13

112 Objetivos especiacuteficos p 14

12 JUSTIFICATIVA p 14

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 15

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE p 15

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL p 16

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS) p 17

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede p 18

2221 Grupo D p 18

223 Etapas de Manejo p 20

3 METODOLOGIA p 21

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA p 21

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA p 21

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS p 22

331 Participantes da Pesquisa p 23

34 ANAacuteLISE DE DADOS p 23

35 ASPECTOS EacuteTICOS p 23

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 25

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE p 25

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE p 28

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE p 30

44 ETAPAS DE MANEJO p 34

441 Segregaccedilatildeo p 34

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta p 38

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS p 43

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 45

11

6 OBRAS CITADAS p 47

7 APEcircNDICES p 52

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 52

8 ANEXOS p 54

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA p 54

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA p 58

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ p 95

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ p 105

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL p 106

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

O Gerenciamento dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) surgiu como

inquietaccedilatildeo ao longo da formaccedilatildeo acadecircmica logo nos primeiros momentos de praacutetica

hospitalar considerando as diversas situaccedilotildees onde o Gerenciamento de Resiacuteduos foi

realizado e orientado de forma inadequada pelos docentes profissionais e acadecircmicos mais

avanccedilados no curso Tal inquietaccedilatildeo intensificou-se fortemente atraveacutes da inserccedilatildeo da

discente responsaacutevel por este estudo agrave maneira cientiacutefica de produzir conhecimento

possibilitada pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica na Fundaccedilatildeo

Oswaldo Cruz Atraveacutes do subprojeto desenvolvido na Fundaccedilatildeo foi possiacutevel aprofundar os

conhecimentos sobre a temaacutetica e instrumentos de avaliaccedilatildeo de GRSS Dentre estes

instrumentos destaca-se Health-Care Waste Management ndash Rapid Assessment Tool (HCWM-

RAT) ndash Versatildeo Brasileira

O tratamento e destinaccedilatildeo adequados dos resiacuteduos (subprodutos da produccedilatildeo de bens

ou serviccedilos) se apresentam como um dos desafios no cenaacuterio atual (SILVA 2011) As

diversas etapas de manejo de resiacuteduos soacutelidos desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final

envolvem uma seacuterie de fatores de risco para a populaccedilatildeo exposta tornando particularmente

vulneraacuteveis os trabalhadores formais e informais do setor de resiacuteduos (PAN AMERICAN

HEALTH ORGANIZATION 2005)

Dentre os resiacuteduos soacutelidos aqueles gerados em Estabelecimentos de Assistecircncia agrave

Sauacutede merecem atenccedilatildeo particular por sua fraccedilatildeo (aproximadamente 15) considerada

perigosa (WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005a)

No Brasil resiacuteduos soacutelidos de serviccedilos de sauacutede satildeo todos aqueles gerados em

estabelecimentos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal nos estados

soacutelidos semi-soacutelidos bem como determinados resiacuteduos liacutequidos (BRASIL 2004) e sua

composiccedilatildeo depende do estabelecimento e da atividade que o produz Eacute estabelecido na

legislaccedilatildeo vigente a classificaccedilatildeo de RSS em cinco grupos agrave saber Grupo A constituiacutedo por

Resiacuteduos Bioloacutegicos ou Potencialmente Infectantes Grupo B constituiacutedo por Resiacuteduos

Quiacutemicos Grupo C constituiacutedo por Resiacuteduos Radioativos Grupo D constituiacutedo por

Resiacuteduos Similares aos Soacutelidos Urbanos e Grupo E constituiacutedo por Resiacuteduos

perfurocortantes (BRASIL 2004a 2004b)

A gestatildeo sustentaacutevel e segura dos RSS eacute princiacutepio imperativo na sauacutede puacuteblica e uma

responsabilidade de todos (CHARTIER 2014 WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) Entretanto apesar da contiacutenua sensibilizaccedilatildeo para a necessidade de efetivos padrotildees

13

de desempenho a gestatildeo dos resiacuteduos continua sendo um desafio (BLENKHARN 2007a

2007b MIYAZAKI UNE 2005) representado pela dificuldade em estabelecer praacuteticas

regulares de segregaccedilatildeo acondicionamento e armazenamento dos resiacuteduos mesmo em paiacuteses

considerados economicamente desenvolvidos (SILVA 2011)

Componentes como papelpapelatildeo plaacutesticos e vidros representam a maior

porcentagem em diversos estudos realizados em estabelecimentos de sauacutede poreacutem quando

natildeo segregados dos classificados como infectantes acabam sendo contaminados por estes

(ADUAN et al 2014 ALVES et al 2012a CORREcircA et al 2007 FERREIRA VEIGA

2003 SILVA HOPPE 2005) devendo seguir para aterros sanitaacuterios o que representa um

custo financeiro e ambiental desnecessaacuterio jaacute que apenas a fraccedilatildeo dos resiacuteduos classificados

como perigosos destinar-se-iam aos sistemas mais seguros e dispendiosos (ADUAN et al

2014 SILVA 2011) Ressalta-se a importacircncia da segregaccedilatildeo com ecircnfase na seguranccedila

reduccedilatildeo dos custos com coleta tratamento e destinaccedilatildeo final de resiacuteduos reduccedilatildeo do uso de

mateacuterias-primas maior tempo de vida uacutetil dos aterros e menor impacto ambiental causado

pelos resiacuteduos (SILVA 2011)

A avaliaccedilatildeo metodoloacutegica representa uma ferramenta importante para a compreensatildeo

do sistema de gestatildeo e consequentes melhorias (WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) No Brasil as avaliaccedilotildees de programas de sauacutede tecircm sido evidenciadas como meio

para adequar e otimizar os serviccedilos prestados agrave populaccedilatildeo (BRASIL 2007) A avaliaccedilatildeo eacute

considerada um ldquoprocesso em que se integram avaliadores e avaliados em busca do

comprometimento e do aperfeiccediloamento dos indiviacuteduos grupos programas e instituiccedilotildeesrdquo

(MINAYO 2006)

Sendo assim o objeto deste estudo eacute a Gestatildeo e Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do grupo D em Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

(HURJ) Tendo como questatildeo norteadora ldquoComo se daacute o gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D no Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeirordquo

Espera-se que este estudo contribua com a implementaccedilatildeo e acompanhamento das

praacuteticas preconizadas pela Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos uma vez que forneceraacute

informaccedilotildees para subsidiar a tomada de decisatildeo poliacutetica e gerencial

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

14

Avaliar o gerenciamento do manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D1

em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

112 Objetivos especiacuteficos

Identificar e compreender as legislaccedilotildees vigentes referentes aos RSS

Identificar as etapas de manejo de RSS

Classificar os RSS

Analisar o gerenciamento das etapas de manejo de RSS do HURJ

12 JUSTIFICATIVA

Coerente com a identificaccedilatildeo de um campo pouco explorado especialmente no que

diz respeito agrave avaliaccedilatildeodo sistema de gestatildeo de resiacuteduos do grupo D no acircmbito da sauacutede natildeo

foi identificado na literatura estudosavaliativos que utilizem instrumentos padronizados

confiaacuteveis e vaacutelidos que permitam a comparaccedilatildeo entre eles representando uma estrateacutegia

importante no reforccedilo ao uso da evidecircncia cientiacutefica e subsiacutedio agraves poliacuteticas puacuteblicas (SILVA

2011)

Neste sentido o estudo se justifica por avaliar por meio de instrumento robusto o

GRSS em especial a um grupo tatildeo carente de estudos quanto o grupo D

Desse modo espera-se identificar eventuais lacunas sobre o conhecimento e praacutetica de

Gestatildeo de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede por parte de gestores

profissionais docentes e discentes de um Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeiro

(HURJ) aleacutem de subsidiar dados para a realizaccedilatildeo de cursos de capacitaccedilatildeo eou atualizaccedilatildeo

que se faccedilam necessaacuterios

1 Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos segundo a RDC ANVISA 3062004

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

No Brasil a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2004a) o Conselho

Nacional do Meio Ambiente (BRASIL 2005) e a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

(CNEN 1985) satildeo os Oacutergatildeos responsaacuteveis pela regulaccedilatildeo e orientaccedilatildeo das accedilotildees de gestatildeo e

gerenciamento dos RSS do momento em que satildeo gerados agrave disposiccedilatildeo final incluiacutedos os

aspectos de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental (SILVA 2006)

O Resiacuteduo de Serviccedilo de Sauacutede (RSS) pode ser definido como o total de resiacuteduos

gerados pelos estabelecimentos de assistecircncia agrave sauacutede incluiacutedos os de diagnoacutestico e de

laboratoacuterios parcela dos provenientes de diaacutelise e dispositivos para aplicaccedilatildeo de insulina e

outros perfurocortantes gerados pelo cuidado agrave sauacutede em domiciacutelio (BRASIL 2004a

CHARTIER 2014)

A exposiccedilatildeo aos perfurocortantes e as suas consequecircncias satildeo altamente passiacuteveis de

prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo mediante intervenccedilotildees simples como a vacinaccedilatildeo para trabalhadores

da sauacutede (SILVA CORTEZ VALENTE 2009) e dos que lidam com resiacuteduos de serviccedilos de

sauacutede (RSS) educaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o manejo de resiacuteduos (RUDRASWAMY

SAMPATH DOGGALLI 2012)

Esses resiacuteduos podem causar danos agrave sauacutede humana e meio ambiente quando

inadequadamente gerenciados (CHARTIER 2014) Por exemplo a OMS estima que em 2000

o acesso a seringas contaminadas possa ter sido responsaacutevel por 21 milhotildees de infecccedilotildees pelo

Viacuterus da Hepatite B representando 32 de todas as novas infecccedilotildees 2 milhotildees de Viacuterus da

Hepatite C com uma representaccedilatildeo de 40 e 260 mil infecccedilotildees pelo viacuterus da

imunodeficiecircncia humana (HIV) sendo este representado por 5 de todos os novos casos

(WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005b)

O potencial de contaminaccedilatildeo do solo do ar e das aacuteguas superficiais e subterracircneas na

medida em que os RSS satildeo inadequadamente segregados e dispostos em vazadouros agrave ceacuteu

aberto ou aterros controlados tambeacutem satildeo uma preocupaccedilatildeo mundial (COZENDEY-SILVA

et al 2016 FALQUETO KLIGERMAN ASSUMPCcedilAtildeO 2010 KARAMOUZ et al 2007)

A gestatildeo dos RSS deve se pautar minimamente pelos seguintes princiacutepios princiacutepio

da responsabilidade institucional pois a organizaccedilatildeo que gera o resiacuteduo tem o dever

de eliminaacute-lo de forma segura princiacutepio do poluidor pagador entendendo que quem

produz o resiacuteduo eacute juriacutedica e financeiramente responsaacutevel pela seguranccedila do

16

manuseio e eliminaccedilatildeo do mesmo princiacutepio da precauccedilatildeo esse adverte que a

parcela dos RSS considerada perigosa deve assim ser classificada ateacute que seja

demonstrada que eacute segura princiacutepio da proximidade o qual recomenda o tratamento

e eliminaccedilatildeo de resiacuteduos perigosos em local mais proacuteximo possiacutevel do ponto de

geraccedilatildeo (SILVA 2011)

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL

No Brasil natildeo haacute estatiacutesticas precisas a respeito do nuacutemero de geradores nem da

quantidade de resiacuteduos deserviccedilos de sauacutede gerada diariamente (SILVA 2011) Conforme

explicitado na Pesquisa Nacional de Saneamento Baacutesico (BRASIL 2008) satildeo coletadas

diariamente 259547 toneladas de resiacuteduos no Brasil Estima-se que 17 desses corresponda

aos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede totalizando aproximadamente 4449 toneladas diaacuterias Os

resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede satildeo de natureza diversa sendo necessaacuteria uma classificaccedilatildeo

para a segregaccedilatildeo (GARCIA ZANETTI-RAMOS 2004)

As resoluccedilotildees da Anvisa RDC nordm 30604 e do Conama nordm 35805 convergem para a

seguinte definiccedilatildeo de RSS

[] todos os serviccedilos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal

inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de trabalhos de campo laboratoacuterios

analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios funeraacuterias e serviccedilos em que se

realizem atividades de embalsamento (tanatopraxia e somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos

de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as de manipulaccedilatildeo

estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de controle de

zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores distribuidores e

produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades moacuteveis de

atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem dentre outros

similares (BRASIL 2004a 2005)

O gerenciamento dos RSS pode ser definido como procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e legais

visando minimizar a geraccedilatildeo de resiacuteduos e assegurar agravequeles gerados tratamento transporte e

armazenamento eficientes dispondo proteccedilatildeo aos profissionais envolvidos em todo o

processo assim como a sauacutede puacuteblica recursos naturais e meio ambiente (BRASIL 2004a) O

Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) deve ser elaborado

compatiacutevel com as normas locais relativas agrave coleta transporte e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

17

gerados estabelecidas pelos oacutergatildeos locais responsaacuteveis por estas etapas e baseado nas

caracteriacutesticas dos resiacuteduos gerados e na sua classificaccedilatildeo (ibid)

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS)

A Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria RDC nordm 3062004 e o Conselho Nacional

do Meio Ambiente atraveacutes de sua resoluccedilatildeo nordm 3582005 definem o PGRSS como sendo

O documento que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao manejo dos resiacuteduos

soacutelidos observadas suas caracteriacutesticas e riscos no acircmbito dos estabelecimentos

contemplando os aspectos referentes agrave geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento

coleta armazenamento transporte tratamento e disposiccedilatildeo final bem como as accedilotildees

de proteccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica e ao meio ambiente contemplando assim as etapas do

gerenciamento intra e extra estabelecimento de sauacutede (BRASIL 2004a 2005)

O PGRSS deve ser feito em conjunto com todos os setores de modo que sua

elaboraccedilatildeo implantaccedilatildeo e desenvolvimento do PGRSS devem envolver os setores de

higienizaccedilatildeo e limpeza a Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar ou Comissotildees de

Biosseguranccedila e os Serviccedilos de Engenharia de Seguranccedila e Medicina no Trabalho onde

houver obrigatoriedade de existecircncia desses serviccedilos abrangendo a todos do estabelecimento

gerador (BRASIL 2010b)

A questatildeo da segregaccedilatildeo dos resiacuteduos infectantes requer maior atenccedilatildeo no sentido de

minimizar gastos na sauacutede aleacutem dos cuidados com infecccedilotildees e impacto no ambiente

(CHARTIER 2014) Eacute necessaacuterio e recomendaacutevel que trabalhadores da aacuterea de sauacutede estejam

sempre atualizados quanto agraves normas e rotinas do serviccedilo assim como das medidas de

biosseguranccedila (SILVA et al 2014)

A implementaccedilatildeo das praacuteticas tecnicamente recomendadas estaacute intimamente ligada agrave

qualificaccedilatildeo dos profissionais envolvidos na elaboraccedilatildeo e na aplicaccedilatildeo do plano sob os

aspectos operacionais da seguranccedila do trabalhador e nos aspectos culturais O princiacutepio da

logiacutestica reversa eacute fator determinante na instrumentalizaccedilatildeo de praacuteticas numa perspectiva de

sustentabilidade (CHARTIER 2014) Este princiacutepio eacute definido como a accedilatildeo correspondente

ao caminho inverso da logiacutestica partindo do ponto de consumo para o iniacutecio da cadeia de

geraccedilatildeo considerando fundamentalmente o reaproveitamento como elemento da poliacutetica

ambiental (ALVES et al 2012a BELLAN et al 2012)

18

Segundo Sisinno e Moreira (2005) pelos princiacutepios da ecoeficiecircncia ldquoo

gerenciamento dos resiacuteduos deveria privilegiar em ordem de prioridade a natildeo geraccedilatildeo a

reduccedilatildeo da geraccedilatildeo a reciclagem e finalmente o tratamento ou disposiccedilatildeo finalrdquo tornando

assim a identificaccedilatildeo da fonte geradora uma etapa importante quando o enfoque eacute a natildeo

geraccedilatildeo ou a reduccedilatildeo da geraccedilatildeo

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes no Brasil (2004a 2005) os RSS satildeo

classificados em cinco grupos de modo que os resiacuteduos do Grupo A satildeo resiacuteduos que

possivelmente apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos

do Grupo B referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave

sauacutede puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes e abrasivos

2221 Grupo D

Conforme supracitado estes satildeo resiacuteduos provenientes de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo

apresentam risco bioloacutegico quiacutemico ou radioloacutegico agrave sauacutede ou ao meio ambiente podendo ser

equiparados aos resiacuteduos domiciliares (BRASIL 2005) Nesse grupo satildeo gerados resiacuteduos

compostaacuteveis reciclaacuteveis e aqueles que podem servir para alimentaccedilatildeo de animais e rejeitos

Apesar de natildeo ser uma exigecircncia eacute desejaacutevel que seja realizada segregaccedilatildeo e

identificaccedilatildeo dos resiacuteduos do Grupo D para a reciclagem atraveacutes de um coacutedigo de cores para

os recipientes conforme evidenciado na Fig 1 (BRASIL 2004) Caso natildeo haja segregaccedilatildeo

para a reciclagem natildeo haacute padronizaccedilatildeo para a cor dos recipientes Estudos apontam que a

segregaccedilatildeo se mostra ineficiente natildeo apenas em relaccedilatildeo a coleta seletiva mas tambeacutem a

separaccedilatildeo de outros grupos de RSS (ALVES et al 2012b)

19

Fig 01 ndash Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D devem ser coletados e transportados

separadamente dos resiacuteduos dos outros grupos para que natildeo haja contaminaccedilatildeo (BRASIL

2004) O armazenamento temporaacuterio dos resiacuteduos do Grupo D pode ser na Sala de Resiacuteduos

poreacutem em recipientes exclusivos e identificados para manter a segregaccedilatildeo O armazenamento

externo dos resiacuteduos do Grupo D deve ser em abrigo com no miacutenimo um ambiente separado

para atender ao armazenamento de recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D e outro

ambiente para os grupos A e E (FEAM 2008)

Os resiacuteduos orgacircnicos como flores resiacuteduos de jardinagem sobras de alimento e de

outros que natildeo tenham mantido contato com resiacuteduos infectantes (secreccedilotildees excreccedilotildees ou

outro fluido corpoacutereo) podem ser encaminhados para o processo de compostagem (BRASIL

2004)

Destaca-se que os restos e sobras de alimentos podem ser utilizados para fins de raccedilatildeo

animal desde que submetidos a um tratamento que garanta sua inocuidade avaliado e

comprovado por oacutergatildeo competente da Agricultura e de Vigilacircncia Sanitaacuteria do Municiacutepio

Estado ou do Distrito Federal (ibid)

Os efluentes (resiacuteduos liacutequidos) provenientes da rede esgoto de estabelecimento de

sauacutede devem ser tratados antes do lanccedilamento no corpo receptor ou na rede coletora de

esgoto sempre que natildeo houver sistema de tratamento de esgoto coletivo atendendo agrave aacuterea

onde estaacute localizado o serviccedilo conforme definido na RDC ANVISA nordm 502002 Deve ser

mantido o registro de operaccedilatildeo de venda ou de doaccedilatildeo dos resiacuteduos destinados agrave reciclagem

compostagem e alimentaccedilatildeo de animais (CUSSIOL 2008)

bull Papeacuteis Azul

bull Metais Amarelo

bull Vidros Verde

bull Plaacutesticos Vermelho

bull Resiacuteduos Orgacircnicos Marrom

bull Demais resiacuteduos do Grupo D Cinza

20

223 Etapas de Manejo

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final incluindo as seguintes

etapas

Fig 02 ndash Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

Fonte Adaptado de Silva 2011 p 43

Segregaccedilatildeo

Separaccedilatildeo dos resiacuteduos no momento e local de sua geraccedilatildeo de acordo

com as caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas bioloacutegicas o seu estado

fiacutesico e os riscos envolvidos

Acondicionamento

Ato de embalar corretamente os resiacuteduos segregados conforme suas

caracteriacutesticas

Identificaccedilatildeo

medidas que permitem o reconhecimento dos resiacuteduos

contidos nos sacos e recipientes

Transporte interno

Translado do ponto de geraccedilatildeo ateacute o local de armazenamento temporaacuterio

Tratamento

processoa manuais mecacircnicos fiacutesicos quiacutemicos ou bioloacutegicos que

alterem as caracteriacutesticas dos resiacuteduos visando minimizar riscos agrave

sauacutede e o meio ambiente

Armazenamento Interno Temporaacuterio

Guarda temporaacuteria dos recipientes contendo os resiacuteduos jaacute

acondicionados em local proacuteximo aos pontos de geraccedilatildeo

Armazenamento Externo

Acondicionamento dos resiacuteduos em abrigo em recipientes coletores

adequados em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os

veiacuteculos coletores

Coleta e Transporte Externo

Remoccedilatildeo dos RSS do armazenamento externo ateacute a

unidade de tratamento ou disposiccedilatildeo final

Disposiccedilatildeo Final

Disposiccedilatildeo definitiva de resiacuteduos no solo ou em locais previamente preparados para recebecirc-los As

formas usualmente utilizadas satildeo aterro sanitaacuterio aterro para

resiacuteduos perigosos de Classe I (para resiacuteduos industriais) aterro

controlado lixatildeo ou vazadouro e valas

21

3 METODOLOGIA

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pesquisa de campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa Tem

como teacutecnica de coleta de dados aplicaccedilatildeo de instrumento de pesquisa validado e especiacutefico

para o tema GRSS (HCWM-RAT ndash Versatildeo Brasileira disponiacutevel em

portfolioinovacaofiocruzbr) conforme especificado no item 33 ldquoINSTRUMENTO DE

PESQUISA E COLETA DE DADOSrdquo

A Pesquisa de Campo eacute definida por Lakatos e Marconi (2003) como uma estrateacutegia

de documentaccedilatildeo direta ou seja o levantamento de dados se daacute no local onde ocorre o

fenocircmeno a ser estudado Assim a pesquisa de campo ldquoconsiste na observaccedilatildeo de fatos e

fenocircmenos tal como ocorrem espontaneamente na coleta de dados a eles referentes e no

registro de variaacuteveis que se presume relevantes para analisaacute-losrdquo (ibid p 185)

Segundo Gil (2002 p 131) a pesquisa de campo do tipo descritiva tem a preocupaccedilatildeo

com a descriccedilatildeo tendo maior na profundidade do dado coletado de modo que o pesquisador

tende a ldquopreferir a utilizaccedilatildeo de depoimentos e entrevistas com niacuteveis diversos de

estruturaccedilatildeordquo

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA

Esta pesquisa tem como cenaacuterio um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de

Janeiro Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (CNES 2016) esse

estabelecimento eacute caracterizado como hospital geral com esfera administrativa federal

estando sob gestatildeo municipal A natureza da Organizaccedilatildeo eacute a autarquia (administraccedilatildeo

indireta) ou seja o serviccedilo eacute autocircnomo criado por lei com personalidade juriacutedica

patrimocircnio e receita proacuteprios para executar atividades tiacutepicas da Administraccedilatildeo Puacuteblica que

requeiram gestatildeo administrativa e financeira descentralizada (BRASIL 1990)

Contando com 1442 profissionais 697 dos quais satildeo meacutedicos a unidade realiza

atendimento de demanda referenciada contando com os seguintes tipos de atendimento

Ambulatorial Internaccedilatildeo Urgecircncia e Serviccedilos de Apoio Diagnoacutestico e Terapecircutico

O Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos

bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns (CNES 2016) Sua aacuterea de abrangecircncia atinge

uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de habitantes (ibid)

22

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS

A versatildeo original do HCWM-RAT foi desenvolvida pela Organizaccedilatildeo Mundial da

Sauacutede (OMS) (WHO 2005) como parte de uma estrateacutegia que visa reduzir a carga global de

doenccedilas relacionada com a inadequada gestatildeo dos resiacuteduos especialmente das fases de

tratamento e disposiccedilatildeo final Tendo como objetivo central colaborar com os paiacuteses na

aplicaccedilatildeo de metas estrateacutegicas em especial aquelas contidas em acordos multilaterais como

os de Basileacuteia e de Estocolmo

Este instrumento se destina a avaliaccedilatildeo da performace ambiental no setor sauacutede

visando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas integradas de sauacutede e ambiente Eacute estruturado em

meacutetodo raacutepido de avaliaccedilatildeo2 para GRSS O HCWM-RAT Versatildeo Brasileira (ANEXO 82) eacute

fruto de adaptaccedilatildeo transcultural e validaccedilatildeo para uso em territoacuterio brasileiro (SILVA 2011)

Daacute condiccedilatildeo agrave institucionalizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo na aacuterea da gestatildeo e gerenciamento de resiacuteduos

da produccedilatildeo da sauacutede em concepccedilatildeo teoacuterico-poliacutetica de avaliaccedilatildeo formativa participativa e

emancipatoacuteria eacute capaz de reforccedilar o mecanismo de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo e estrateacutegias

de sauacutede trabalho e ambiente no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) (ibid)

O referido instrumento proposto pela OMS numa perspectiva universalista possui

escopo voltado para avaliaccedilatildeo em niacuteveis local (Estabelecimento de Sauacutede) municipalregional

e federal

Em niacutevel nacional possuiacute 2 (dois) conjuntos de questotildees (B1 e B2) voltados para

questionamento junto ao Ministeacuterio da Sauacutede e Ministeacuterio do Meio Ambiente Para

levantamento de dados junto agraves instacircncias municipais possui o conjunto de questotildees da

ferramenta ldquoCrdquo Em niacutevel local possuiacute 4 (quatro) conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4

endereccedilados agrave administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem eou CCIH (considerando

ambos ou o profissional mais familiarizado com o contexto do gerenciamento de resiacuteduos de

serviccedilos de sauacutede - GRSS na unidade) responsaacutevel (s) pelo GRSS e profissional de serviccedilos

gerais (que manipulemtransportem internamente os resiacuteduos) respectivamente Ressalta-se

que cada iacutetem (questatildeo do questionaacuterio) eacute direcionado a determinado grupo

participanterespondente de modo que o proacuteprio instrumento preacute-estabelece criteacuterios de

inclusatildeo e exclusatildeo da amostra

2 O Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Raacutepida (Rapid Evaluation Methods) utiliza uma mescla de abordagens quanti-qualitativas Seus quatro

princiacutepios satildeo uso de fontes muacuteltiplas rapidez pragmatismo e custo-efetividade (ANKER et al 1993 MCNALL et al 2007)

23

331 Participantes da Pesquisa

Baseado no escopo do instrumento de avaliaccedilatildeo e em seu modus operandi em cada

grupo de iacutetens eacute direcionado a uma categoria de profissionais e setor de atuaccedilatildeo os

participantes deste estudo seratildeo servidores gestores interlocutores profissionais da sauacutede e

profissionais de empresas terceirizadas (manejo para transporte interno e serviccedilo de coleta e

transporte externo) que encontrarem-se dentro dos criteacuterios de inclusatildeo agrave saber

envolvimento direto ou indireto com o setor ou Sistema de Gerenciamento dos Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) diretoresgestores dos ESs puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de

administrador ou semelhante a quem eacute endereccedilada a ferramenta D1 Enfermeira (o) chefe de

CCIH eou SESMT respondentes da ferramenta D2 Gestoresinterlocutores responsaacuteveis ou

participantes da comissatildeo para GRSS para quem se destina a ferramenta D3 e envolvidos

nas etapas de manejo que incluem a coleta e transporteinterno de RSS respondentes da

ferramenta D4 aceitar participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido encontrar-se disponiacutevel durante a coleta de dados e o proacuteprio criteacuterio de inclusatildeo

do item proposto

A coleta de dados ocorreu em 2016 periacuteodo no qual o HURJ em questatildeo passava por

transiccedilatildeo administrativa Teve-se como participantes da pesquisa 01 responsaacutevel pela coleta e

transporte interno de RSS 01 responsaacutevel pela GRSS da unidade 04 Enfermeiros-chefes 02

representantes da Gestatildeo Hospitalar

34 ANAacuteLISE DE DADOS

A anaacutelise ocorre por meio das categorias do instrumento de coleta supracitado O

sistema de avaliaccedilatildeo eacute projetado por toacutepicos na proacutepria planilha na qual a ferramenta eacute

estruturada de modo a obter um perfil da situaccedilatildeo de GRSS Este sistema de classificaccedilatildeo eacute

baseado em questotildees-chave que devem agrave luz das legislaccedilotildees vigentes ser cumpridas para se

garantir um gerenciamento seguro de RSS

35 ASPECTOS EacuteTICOS

Este estudo acata as normas estabelecidas pela portaria 4662012 do Ministeacuterio da

sauacutede para a realizaccedilatildeo de pesquisas com seres humanos que incorpora sob a oacutetica do

24

indiviacuteduo e das coletividades referenciais baacutesicos da bioeacutetica como autonomia natildeo

maleficecircncia equidade justiccedila e beneficecircncia e visando assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado este estudo foi

submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (CAE

56254916900005243 Parecer nordm 1608748)

Ressalta-se que os dados coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por no

miacutenimo 05 anos sob tutela do autor desta pesquisa de forma confidencial Apoacutes este periacuteodo

todo o material coletado seraacute destruiacutedo

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

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Rev enferm UERJ v 22 n 1 p 29-34 2014

OLIVEIRA M G Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede entre o discurso e a

praacutetica estudo de casos e pesquisa-accedilatildeo no Acre Tese (Doutorado em Sauacutede Puacuteblica) ndash

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51

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Water Sanitation and Health (WSH) World Health Organization 2005

52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

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95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 3: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

0

S 719 Souza Alzira Caroline Galiaccedilo de

Avaliaccedilatildeo do gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de

sauacutede em um hospital universitaacuterio Alzira Caroline Galiaccedilo

de Souza ndash Niteroacutei [sn] 2016

110 f

Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em

Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016

Orientador Profordf Marcia Valeacuteria Rosa Lima

1 Enfermagem 2 Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede 3

Sauacutede Coletiva 4 Sauacutede Ambiental 5 Sauacutede do

Trabalhador I Tiacutetulo

CDD 61073

1

ALZIRA CAROLINE GALIACcedilO DE SOUZA

AVALIACcedilAtildeO DO GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

EM UM HOSPITAL UNIVERSITAacuteRIO

Monografia apresentada ao Programa de

graduaccedilatildeo em Enfermagem e Licenciatura da

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso

costa da Universidade Federal Fluminense

como requisito parcial para a obtenccedilatildeo do

diploma de Bacharel em Enfermagem e

Licenciatura

Campo de Confluecircncia Enfermagem

Aprovada em 15 de dezembro de 2016

BANCA EXAMINADORA

Profordf Drordf Maacutercia Valeacuteria Rosa Lima ndash EEAACUFF

Orientadora

Profordf Drordf Eliana Napoleatildeo Cozendey da Silva - ENSPFIOCRUZ

Prof Me Andreacute Luiz de Souza Braga - EEAACUFF

NITEROacuteI

2016

2

Agrave minha amada famiacutelia pelo apoio e

incentivo

3

AGRADECIMENTOS

Ao Criador pelo sopro da vida pelas oportunidades e pela capacidade de desenvolver as

habilidades necessaacuterias para a realizaccedilatildeo deste sonho

Agrave Universidade Federal Fluminense que me proporcionou cinco anos de contiacutenuo

amadurecimento pessoal e profissional

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) e agrave Fundaccedilatildeo

Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) pela oportunidade de participar do Programa Institucional de

Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (PIBIC) onde pude desenvolver competecircncias necessaacuterias agrave

pesquisa

Agrave Profordf Drordf Eliana Napoleatildeo Cozendey da Silva pela paciecircncia e dedicaccedilatildeo para me guiar em

meus primeiros passos na pesquisa cientiacutefica enquanto orientadora durante meus anos como

bolsista PIBIC na ENSPFiocruz e por acreditar no meu potencial mesmo quando duvidei

Agrave Profordf Drordf Maacutercia Valeacuteria Lima pela paciecircncia e carinho ao me guiar na construccedilatildeo deste

trabalho e por me tranquilizar nos momentos de afliccedilatildeo

Ao Prof Me Andreacute Luiz de Souza Braga pelas contribuiccedilotildees a este trabalho na qualidade de

integrante da Banca Examinadora e por ser um dos exemplos de excelecircncia no ensino e no

acolhimento aos acadecircmicos da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Aos professores e preceptores por partilharem seus conhecimentos de forma humana e

legiacutetima ao longo de minha jornada na Academia Agradeccedilo em especial agraves minhas

inspiraccedilotildees na praacutetica da enfermagem Profordf Eny Doacuterea Profordf Liliane Faria Profordf Rosane

Burla Profordf Emiacutelia Cursino Prof Audrey Vidal Profordf Thallita Delphino e Profordf Marilda

Andrade

Aos pacientes pela confianccedila que depositaram em mim ao longo da formaccedilatildeo e

proporcionarem a construccedilatildeo de conhecimentos acerca da natureza humana

Aos meus colegas do Centro de Estudos em Sauacutede do Trabalhador e Ecologia

HumanaENSPFIOCRUZ Liliane Reis Teixeira um exemplo de competecircncia e humildade

Ariane Leites Larentis pela co-orientaccedilatildeo em minha Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica Daniel Valente por

tornar leves os momentos de tensatildeo e pelas ideias inspiradoras Ionice Caroline Silva por

provar que nunca eacute cedo demais para escolher o caminho a seguir Gilvania Coutinho pelo

acolhimento e carinho Thiago Diniz pela paciecircncia e auxilio nos trabalhos de grupo

Wellington Meira pela parceria nos projetos desenvolvidos

Aos meus companheiros de graduaccedilatildeo em especial a turma que ingressou no semestre de

20112 por compartilharem comigo essa pequena jornada dividindo laacutegrimas sorrisos e

algumas reaccedilotildees tempestuosas

Aos amigos pelo carinho e sensibilidade que me dedicaram durante estes 5 anos de

graduaccedilatildeo

Ao Iago Lopes Daflon por nunca deixar que me esquecesse do objetivo final

4

Agrave minha amada famiacutelia meus pais Joatildeo Batista e Maria do Carmo pelo amor apoio e pelo

exemplo de garra e resiliecircncia minhas irmatildes Francine e Michelle por dividirem comigo os

piores e melhores momentos sempre se fazendo presentes apesar da distacircncia fiacutesica meus

sobrinhos Maria Eduarda Lorenzzo e Victoacuteria por ser fonte de inspiraccedilatildeo meus tios avoacutes e

primos por demonstrarem o valor da uniatildeo familiar minha avoacute Maria pelos conselhos sempre

assertivos e ao mesmo tempo amorosos

5

O intelectual natildeo cria o mundo no qual vive Ele

jaacute faz muito quando consegue ajudar a

compreendecirc-lo e explica-lo como ponto de

partida para sua alteraccedilatildeo real

Florestan Fernandes

6

RESUMO

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) definidos como o fluxo total de resiacuteduos que

resultam da assistecircncia agrave sauacutede humana ou animal podem ser classificados em Grupo A

constituiacutedo por resiacuteduos bioloacutegicos ou potencialmente infectantes Grupo B constituiacutedo por

resiacuteduos quiacutemicos Grupo C constituiacutedo por rejeitos radioativos Grupo D constituiacutedo por

resiacuteduos similares aos soacutelidos urbanos e Grupo E constituiacutedo por resiacuteduos perfurocortantes

O Gerenciamento dos RSS eacute definido como um conjunto de procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos aleacutem de

propiciar seu encaminhamento seguro e eficiente desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final de

modo a proteger a sauacutede do trabalhador dos riscos inerentes ao manejo dos RSS preservar a

sauacutede puacuteblica e ambiental A Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos atualizada em 2012

legitima a crescente preocupaccedilatildeo com a preservaccedilatildeo dos recursos naturais e destinaccedilatildeo final

ambientalmente adequada dos resiacuteduos incluiacutedo os de RSS Coerente com a identificaccedilatildeo de

um campo pouco explorado no que diz respeito agrave avaliaccedilatildeo do gerenciamento de resiacuteduos do

Grupo D este estudo tem como objetivo geral avaliar o Gerenciamento dos RSS do Grupo D

em um hospital universitaacuterio Adota-se como procedimento metodoloacutegico a pesquisa de

campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa atraveacutes do instrumento

Health-Care Waste Management - Rapid Assessment Tool Versatildeo Brasileira concebido

originalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede e transculturalmente adaptado e validado

por Silva (2011) O campo de estudo eacute um hospital universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

onde foram aplicados quatro conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4 endereccedilados agrave

administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem profissionais responsaacuteveis pelo GRSS e

profissionais de serviccedilos gerais respectivamente Com base nos resultados obtidos o trabalho

discute a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo

a tornar este processo mais seguro para o homem e o ambiente Eacute levado em consideraccedilatildeo que

os resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em todos os setores da unidade e representam o maior

volume dentre todos os RSS devendo ser preferencialmente encaminhados para reciclagem

Este estudo contribui para a identificaccedilatildeo e anaacutelise acerca de lacunas no conhecimento sobre o

GRSS somando para o subsiacutedio na tomada de decisatildeo gerencial e procedimentos formativos

em unidades hospitalares

Palavras-chave Enfermagem Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede Sauacutede Coletiva Sauacutede

Ambiental Sauacutede do Trabalhador

7

ABSTRACT

The Health-Care Waste (HCW) defined as all the flow of waste that result from the system of

human or animal health may be categorized as Group A which is biological waste or the

kind that is potentially infectious Group B which is chemical waste Group C radioactive

waste Group D waste similar to urban solids and Group E sharp waste HCW management

is defined as a group of management procedures planned and implemented with the goal of

minimizing waste generation also propitiating its efficient and safe routing from its

generation to the final disposal protecting the health of the worker from inherent risks from

HCW management to preserve public and environmental health The National Solid Waste

Policy updated in 2012 legitimates a rising corcern with the preservation and

environmentally concious final destination of waste including the HCW kind This research

is coherent with the identification of a less explored field in regard to the management of

Group D waste assessment Therefore it aims to assess the HCW management in a university

hospital This study adopts field research as a methodological procedure of the descriptive and

exploratory type with a qualitative approach through the Health-Care Waste Management -

Rapid Assessment Tool Brazilian Version (HCWM-RAT Brazilian Version) originally

conceived by the World Health Organization and cross-culturally adapted and validated by

Silva (2011) The field of study is a university hospital in the state of Rio de Janeiro where

four sets of questions were applied D1 D2 D3 and D4 addressed to the hospital

administration head of nursing professionals responsible for HCW Management and general

service professionals respectively Based on the results obtained this work discusses the

adequacy of the methods of collection transport treatment and final disposal in order to

make this process safer for men and the environment It is considered that Group D waste is

generated in all sectors of the unit and represents the largest volume among all HCW and they

should preferably be forwarded to recycling This study contributes to the identification and

analysis of gaps in knowledge about HCW management contributing to the subsidy in

managerial decision making and training procedures in hospital units

Keywords Nursing Health Care Waste Management Public Health Environmental Health

Occupacional Health

8

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Fig 1 Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D f 19

Fig 2 Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede f 20

Quadro 1 Caracterizaccedilatildeo dos participantes f 25

Fig 3 ResiacuteduosRejeitos do HURJ f 26

Fig 4 Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ f 27

Quadro 2 Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1 f 29

Quadro 3 Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2 f 30

Quadro 4 Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 f 31

Fig 5 Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo) f 31

Quadro 5 Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade f 32

Quadro 6 Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio f 34

Quadro 7 Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2 f 35

Quadro 8 Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4 f 37

Quadro 9 Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2 f 40

Quadro 10 Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1 f 40

Quadro 11 Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2 f 43

Quadro 12 Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2 f 43

9

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

CCIH Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar

CNEN Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

DIP Doenccedila Infecciosas e Parasitaacuterias

EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

ENSP Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Seacutergio Arouca

ESs Estabelecimentos de Sauacutede

FEAM Fundaccedilatildeo Estadual do Meio Ambiente

FIOCRUZ Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz

GRSS Gerenciamento dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

HCWM-RAT Health-Care Waste Management ndash Rapid Assessment Tools

HIV viacuterus da imunodeficiecircncia humana

HURJ Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

PGRSS Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

PIBIC Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica

RDC Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada

RSS Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

UFF Universidade Federal Fluminense

VHB Viacuterus da Hepatite B

VHC Viacuterus da Hepatite C

WHO World Health Organization

10

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 12

11 OBJETIVOS p 13

111 Objetivo geral p 13

112 Objetivos especiacuteficos p 14

12 JUSTIFICATIVA p 14

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 15

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE p 15

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL p 16

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS) p 17

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede p 18

2221 Grupo D p 18

223 Etapas de Manejo p 20

3 METODOLOGIA p 21

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA p 21

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA p 21

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS p 22

331 Participantes da Pesquisa p 23

34 ANAacuteLISE DE DADOS p 23

35 ASPECTOS EacuteTICOS p 23

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 25

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE p 25

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE p 28

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE p 30

44 ETAPAS DE MANEJO p 34

441 Segregaccedilatildeo p 34

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta p 38

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS p 43

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 45

11

6 OBRAS CITADAS p 47

7 APEcircNDICES p 52

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 52

8 ANEXOS p 54

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA p 54

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA p 58

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ p 95

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ p 105

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL p 106

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

O Gerenciamento dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) surgiu como

inquietaccedilatildeo ao longo da formaccedilatildeo acadecircmica logo nos primeiros momentos de praacutetica

hospitalar considerando as diversas situaccedilotildees onde o Gerenciamento de Resiacuteduos foi

realizado e orientado de forma inadequada pelos docentes profissionais e acadecircmicos mais

avanccedilados no curso Tal inquietaccedilatildeo intensificou-se fortemente atraveacutes da inserccedilatildeo da

discente responsaacutevel por este estudo agrave maneira cientiacutefica de produzir conhecimento

possibilitada pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica na Fundaccedilatildeo

Oswaldo Cruz Atraveacutes do subprojeto desenvolvido na Fundaccedilatildeo foi possiacutevel aprofundar os

conhecimentos sobre a temaacutetica e instrumentos de avaliaccedilatildeo de GRSS Dentre estes

instrumentos destaca-se Health-Care Waste Management ndash Rapid Assessment Tool (HCWM-

RAT) ndash Versatildeo Brasileira

O tratamento e destinaccedilatildeo adequados dos resiacuteduos (subprodutos da produccedilatildeo de bens

ou serviccedilos) se apresentam como um dos desafios no cenaacuterio atual (SILVA 2011) As

diversas etapas de manejo de resiacuteduos soacutelidos desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final

envolvem uma seacuterie de fatores de risco para a populaccedilatildeo exposta tornando particularmente

vulneraacuteveis os trabalhadores formais e informais do setor de resiacuteduos (PAN AMERICAN

HEALTH ORGANIZATION 2005)

Dentre os resiacuteduos soacutelidos aqueles gerados em Estabelecimentos de Assistecircncia agrave

Sauacutede merecem atenccedilatildeo particular por sua fraccedilatildeo (aproximadamente 15) considerada

perigosa (WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005a)

No Brasil resiacuteduos soacutelidos de serviccedilos de sauacutede satildeo todos aqueles gerados em

estabelecimentos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal nos estados

soacutelidos semi-soacutelidos bem como determinados resiacuteduos liacutequidos (BRASIL 2004) e sua

composiccedilatildeo depende do estabelecimento e da atividade que o produz Eacute estabelecido na

legislaccedilatildeo vigente a classificaccedilatildeo de RSS em cinco grupos agrave saber Grupo A constituiacutedo por

Resiacuteduos Bioloacutegicos ou Potencialmente Infectantes Grupo B constituiacutedo por Resiacuteduos

Quiacutemicos Grupo C constituiacutedo por Resiacuteduos Radioativos Grupo D constituiacutedo por

Resiacuteduos Similares aos Soacutelidos Urbanos e Grupo E constituiacutedo por Resiacuteduos

perfurocortantes (BRASIL 2004a 2004b)

A gestatildeo sustentaacutevel e segura dos RSS eacute princiacutepio imperativo na sauacutede puacuteblica e uma

responsabilidade de todos (CHARTIER 2014 WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) Entretanto apesar da contiacutenua sensibilizaccedilatildeo para a necessidade de efetivos padrotildees

13

de desempenho a gestatildeo dos resiacuteduos continua sendo um desafio (BLENKHARN 2007a

2007b MIYAZAKI UNE 2005) representado pela dificuldade em estabelecer praacuteticas

regulares de segregaccedilatildeo acondicionamento e armazenamento dos resiacuteduos mesmo em paiacuteses

considerados economicamente desenvolvidos (SILVA 2011)

Componentes como papelpapelatildeo plaacutesticos e vidros representam a maior

porcentagem em diversos estudos realizados em estabelecimentos de sauacutede poreacutem quando

natildeo segregados dos classificados como infectantes acabam sendo contaminados por estes

(ADUAN et al 2014 ALVES et al 2012a CORREcircA et al 2007 FERREIRA VEIGA

2003 SILVA HOPPE 2005) devendo seguir para aterros sanitaacuterios o que representa um

custo financeiro e ambiental desnecessaacuterio jaacute que apenas a fraccedilatildeo dos resiacuteduos classificados

como perigosos destinar-se-iam aos sistemas mais seguros e dispendiosos (ADUAN et al

2014 SILVA 2011) Ressalta-se a importacircncia da segregaccedilatildeo com ecircnfase na seguranccedila

reduccedilatildeo dos custos com coleta tratamento e destinaccedilatildeo final de resiacuteduos reduccedilatildeo do uso de

mateacuterias-primas maior tempo de vida uacutetil dos aterros e menor impacto ambiental causado

pelos resiacuteduos (SILVA 2011)

A avaliaccedilatildeo metodoloacutegica representa uma ferramenta importante para a compreensatildeo

do sistema de gestatildeo e consequentes melhorias (WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) No Brasil as avaliaccedilotildees de programas de sauacutede tecircm sido evidenciadas como meio

para adequar e otimizar os serviccedilos prestados agrave populaccedilatildeo (BRASIL 2007) A avaliaccedilatildeo eacute

considerada um ldquoprocesso em que se integram avaliadores e avaliados em busca do

comprometimento e do aperfeiccediloamento dos indiviacuteduos grupos programas e instituiccedilotildeesrdquo

(MINAYO 2006)

Sendo assim o objeto deste estudo eacute a Gestatildeo e Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do grupo D em Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

(HURJ) Tendo como questatildeo norteadora ldquoComo se daacute o gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D no Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeirordquo

Espera-se que este estudo contribua com a implementaccedilatildeo e acompanhamento das

praacuteticas preconizadas pela Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos uma vez que forneceraacute

informaccedilotildees para subsidiar a tomada de decisatildeo poliacutetica e gerencial

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

14

Avaliar o gerenciamento do manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D1

em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

112 Objetivos especiacuteficos

Identificar e compreender as legislaccedilotildees vigentes referentes aos RSS

Identificar as etapas de manejo de RSS

Classificar os RSS

Analisar o gerenciamento das etapas de manejo de RSS do HURJ

12 JUSTIFICATIVA

Coerente com a identificaccedilatildeo de um campo pouco explorado especialmente no que

diz respeito agrave avaliaccedilatildeodo sistema de gestatildeo de resiacuteduos do grupo D no acircmbito da sauacutede natildeo

foi identificado na literatura estudosavaliativos que utilizem instrumentos padronizados

confiaacuteveis e vaacutelidos que permitam a comparaccedilatildeo entre eles representando uma estrateacutegia

importante no reforccedilo ao uso da evidecircncia cientiacutefica e subsiacutedio agraves poliacuteticas puacuteblicas (SILVA

2011)

Neste sentido o estudo se justifica por avaliar por meio de instrumento robusto o

GRSS em especial a um grupo tatildeo carente de estudos quanto o grupo D

Desse modo espera-se identificar eventuais lacunas sobre o conhecimento e praacutetica de

Gestatildeo de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede por parte de gestores

profissionais docentes e discentes de um Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeiro

(HURJ) aleacutem de subsidiar dados para a realizaccedilatildeo de cursos de capacitaccedilatildeo eou atualizaccedilatildeo

que se faccedilam necessaacuterios

1 Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos segundo a RDC ANVISA 3062004

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

No Brasil a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2004a) o Conselho

Nacional do Meio Ambiente (BRASIL 2005) e a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

(CNEN 1985) satildeo os Oacutergatildeos responsaacuteveis pela regulaccedilatildeo e orientaccedilatildeo das accedilotildees de gestatildeo e

gerenciamento dos RSS do momento em que satildeo gerados agrave disposiccedilatildeo final incluiacutedos os

aspectos de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental (SILVA 2006)

O Resiacuteduo de Serviccedilo de Sauacutede (RSS) pode ser definido como o total de resiacuteduos

gerados pelos estabelecimentos de assistecircncia agrave sauacutede incluiacutedos os de diagnoacutestico e de

laboratoacuterios parcela dos provenientes de diaacutelise e dispositivos para aplicaccedilatildeo de insulina e

outros perfurocortantes gerados pelo cuidado agrave sauacutede em domiciacutelio (BRASIL 2004a

CHARTIER 2014)

A exposiccedilatildeo aos perfurocortantes e as suas consequecircncias satildeo altamente passiacuteveis de

prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo mediante intervenccedilotildees simples como a vacinaccedilatildeo para trabalhadores

da sauacutede (SILVA CORTEZ VALENTE 2009) e dos que lidam com resiacuteduos de serviccedilos de

sauacutede (RSS) educaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o manejo de resiacuteduos (RUDRASWAMY

SAMPATH DOGGALLI 2012)

Esses resiacuteduos podem causar danos agrave sauacutede humana e meio ambiente quando

inadequadamente gerenciados (CHARTIER 2014) Por exemplo a OMS estima que em 2000

o acesso a seringas contaminadas possa ter sido responsaacutevel por 21 milhotildees de infecccedilotildees pelo

Viacuterus da Hepatite B representando 32 de todas as novas infecccedilotildees 2 milhotildees de Viacuterus da

Hepatite C com uma representaccedilatildeo de 40 e 260 mil infecccedilotildees pelo viacuterus da

imunodeficiecircncia humana (HIV) sendo este representado por 5 de todos os novos casos

(WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005b)

O potencial de contaminaccedilatildeo do solo do ar e das aacuteguas superficiais e subterracircneas na

medida em que os RSS satildeo inadequadamente segregados e dispostos em vazadouros agrave ceacuteu

aberto ou aterros controlados tambeacutem satildeo uma preocupaccedilatildeo mundial (COZENDEY-SILVA

et al 2016 FALQUETO KLIGERMAN ASSUMPCcedilAtildeO 2010 KARAMOUZ et al 2007)

A gestatildeo dos RSS deve se pautar minimamente pelos seguintes princiacutepios princiacutepio

da responsabilidade institucional pois a organizaccedilatildeo que gera o resiacuteduo tem o dever

de eliminaacute-lo de forma segura princiacutepio do poluidor pagador entendendo que quem

produz o resiacuteduo eacute juriacutedica e financeiramente responsaacutevel pela seguranccedila do

16

manuseio e eliminaccedilatildeo do mesmo princiacutepio da precauccedilatildeo esse adverte que a

parcela dos RSS considerada perigosa deve assim ser classificada ateacute que seja

demonstrada que eacute segura princiacutepio da proximidade o qual recomenda o tratamento

e eliminaccedilatildeo de resiacuteduos perigosos em local mais proacuteximo possiacutevel do ponto de

geraccedilatildeo (SILVA 2011)

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL

No Brasil natildeo haacute estatiacutesticas precisas a respeito do nuacutemero de geradores nem da

quantidade de resiacuteduos deserviccedilos de sauacutede gerada diariamente (SILVA 2011) Conforme

explicitado na Pesquisa Nacional de Saneamento Baacutesico (BRASIL 2008) satildeo coletadas

diariamente 259547 toneladas de resiacuteduos no Brasil Estima-se que 17 desses corresponda

aos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede totalizando aproximadamente 4449 toneladas diaacuterias Os

resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede satildeo de natureza diversa sendo necessaacuteria uma classificaccedilatildeo

para a segregaccedilatildeo (GARCIA ZANETTI-RAMOS 2004)

As resoluccedilotildees da Anvisa RDC nordm 30604 e do Conama nordm 35805 convergem para a

seguinte definiccedilatildeo de RSS

[] todos os serviccedilos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal

inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de trabalhos de campo laboratoacuterios

analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios funeraacuterias e serviccedilos em que se

realizem atividades de embalsamento (tanatopraxia e somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos

de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as de manipulaccedilatildeo

estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de controle de

zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores distribuidores e

produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades moacuteveis de

atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem dentre outros

similares (BRASIL 2004a 2005)

O gerenciamento dos RSS pode ser definido como procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e legais

visando minimizar a geraccedilatildeo de resiacuteduos e assegurar agravequeles gerados tratamento transporte e

armazenamento eficientes dispondo proteccedilatildeo aos profissionais envolvidos em todo o

processo assim como a sauacutede puacuteblica recursos naturais e meio ambiente (BRASIL 2004a) O

Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) deve ser elaborado

compatiacutevel com as normas locais relativas agrave coleta transporte e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

17

gerados estabelecidas pelos oacutergatildeos locais responsaacuteveis por estas etapas e baseado nas

caracteriacutesticas dos resiacuteduos gerados e na sua classificaccedilatildeo (ibid)

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS)

A Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria RDC nordm 3062004 e o Conselho Nacional

do Meio Ambiente atraveacutes de sua resoluccedilatildeo nordm 3582005 definem o PGRSS como sendo

O documento que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao manejo dos resiacuteduos

soacutelidos observadas suas caracteriacutesticas e riscos no acircmbito dos estabelecimentos

contemplando os aspectos referentes agrave geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento

coleta armazenamento transporte tratamento e disposiccedilatildeo final bem como as accedilotildees

de proteccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica e ao meio ambiente contemplando assim as etapas do

gerenciamento intra e extra estabelecimento de sauacutede (BRASIL 2004a 2005)

O PGRSS deve ser feito em conjunto com todos os setores de modo que sua

elaboraccedilatildeo implantaccedilatildeo e desenvolvimento do PGRSS devem envolver os setores de

higienizaccedilatildeo e limpeza a Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar ou Comissotildees de

Biosseguranccedila e os Serviccedilos de Engenharia de Seguranccedila e Medicina no Trabalho onde

houver obrigatoriedade de existecircncia desses serviccedilos abrangendo a todos do estabelecimento

gerador (BRASIL 2010b)

A questatildeo da segregaccedilatildeo dos resiacuteduos infectantes requer maior atenccedilatildeo no sentido de

minimizar gastos na sauacutede aleacutem dos cuidados com infecccedilotildees e impacto no ambiente

(CHARTIER 2014) Eacute necessaacuterio e recomendaacutevel que trabalhadores da aacuterea de sauacutede estejam

sempre atualizados quanto agraves normas e rotinas do serviccedilo assim como das medidas de

biosseguranccedila (SILVA et al 2014)

A implementaccedilatildeo das praacuteticas tecnicamente recomendadas estaacute intimamente ligada agrave

qualificaccedilatildeo dos profissionais envolvidos na elaboraccedilatildeo e na aplicaccedilatildeo do plano sob os

aspectos operacionais da seguranccedila do trabalhador e nos aspectos culturais O princiacutepio da

logiacutestica reversa eacute fator determinante na instrumentalizaccedilatildeo de praacuteticas numa perspectiva de

sustentabilidade (CHARTIER 2014) Este princiacutepio eacute definido como a accedilatildeo correspondente

ao caminho inverso da logiacutestica partindo do ponto de consumo para o iniacutecio da cadeia de

geraccedilatildeo considerando fundamentalmente o reaproveitamento como elemento da poliacutetica

ambiental (ALVES et al 2012a BELLAN et al 2012)

18

Segundo Sisinno e Moreira (2005) pelos princiacutepios da ecoeficiecircncia ldquoo

gerenciamento dos resiacuteduos deveria privilegiar em ordem de prioridade a natildeo geraccedilatildeo a

reduccedilatildeo da geraccedilatildeo a reciclagem e finalmente o tratamento ou disposiccedilatildeo finalrdquo tornando

assim a identificaccedilatildeo da fonte geradora uma etapa importante quando o enfoque eacute a natildeo

geraccedilatildeo ou a reduccedilatildeo da geraccedilatildeo

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes no Brasil (2004a 2005) os RSS satildeo

classificados em cinco grupos de modo que os resiacuteduos do Grupo A satildeo resiacuteduos que

possivelmente apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos

do Grupo B referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave

sauacutede puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes e abrasivos

2221 Grupo D

Conforme supracitado estes satildeo resiacuteduos provenientes de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo

apresentam risco bioloacutegico quiacutemico ou radioloacutegico agrave sauacutede ou ao meio ambiente podendo ser

equiparados aos resiacuteduos domiciliares (BRASIL 2005) Nesse grupo satildeo gerados resiacuteduos

compostaacuteveis reciclaacuteveis e aqueles que podem servir para alimentaccedilatildeo de animais e rejeitos

Apesar de natildeo ser uma exigecircncia eacute desejaacutevel que seja realizada segregaccedilatildeo e

identificaccedilatildeo dos resiacuteduos do Grupo D para a reciclagem atraveacutes de um coacutedigo de cores para

os recipientes conforme evidenciado na Fig 1 (BRASIL 2004) Caso natildeo haja segregaccedilatildeo

para a reciclagem natildeo haacute padronizaccedilatildeo para a cor dos recipientes Estudos apontam que a

segregaccedilatildeo se mostra ineficiente natildeo apenas em relaccedilatildeo a coleta seletiva mas tambeacutem a

separaccedilatildeo de outros grupos de RSS (ALVES et al 2012b)

19

Fig 01 ndash Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D devem ser coletados e transportados

separadamente dos resiacuteduos dos outros grupos para que natildeo haja contaminaccedilatildeo (BRASIL

2004) O armazenamento temporaacuterio dos resiacuteduos do Grupo D pode ser na Sala de Resiacuteduos

poreacutem em recipientes exclusivos e identificados para manter a segregaccedilatildeo O armazenamento

externo dos resiacuteduos do Grupo D deve ser em abrigo com no miacutenimo um ambiente separado

para atender ao armazenamento de recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D e outro

ambiente para os grupos A e E (FEAM 2008)

Os resiacuteduos orgacircnicos como flores resiacuteduos de jardinagem sobras de alimento e de

outros que natildeo tenham mantido contato com resiacuteduos infectantes (secreccedilotildees excreccedilotildees ou

outro fluido corpoacutereo) podem ser encaminhados para o processo de compostagem (BRASIL

2004)

Destaca-se que os restos e sobras de alimentos podem ser utilizados para fins de raccedilatildeo

animal desde que submetidos a um tratamento que garanta sua inocuidade avaliado e

comprovado por oacutergatildeo competente da Agricultura e de Vigilacircncia Sanitaacuteria do Municiacutepio

Estado ou do Distrito Federal (ibid)

Os efluentes (resiacuteduos liacutequidos) provenientes da rede esgoto de estabelecimento de

sauacutede devem ser tratados antes do lanccedilamento no corpo receptor ou na rede coletora de

esgoto sempre que natildeo houver sistema de tratamento de esgoto coletivo atendendo agrave aacuterea

onde estaacute localizado o serviccedilo conforme definido na RDC ANVISA nordm 502002 Deve ser

mantido o registro de operaccedilatildeo de venda ou de doaccedilatildeo dos resiacuteduos destinados agrave reciclagem

compostagem e alimentaccedilatildeo de animais (CUSSIOL 2008)

bull Papeacuteis Azul

bull Metais Amarelo

bull Vidros Verde

bull Plaacutesticos Vermelho

bull Resiacuteduos Orgacircnicos Marrom

bull Demais resiacuteduos do Grupo D Cinza

20

223 Etapas de Manejo

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final incluindo as seguintes

etapas

Fig 02 ndash Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

Fonte Adaptado de Silva 2011 p 43

Segregaccedilatildeo

Separaccedilatildeo dos resiacuteduos no momento e local de sua geraccedilatildeo de acordo

com as caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas bioloacutegicas o seu estado

fiacutesico e os riscos envolvidos

Acondicionamento

Ato de embalar corretamente os resiacuteduos segregados conforme suas

caracteriacutesticas

Identificaccedilatildeo

medidas que permitem o reconhecimento dos resiacuteduos

contidos nos sacos e recipientes

Transporte interno

Translado do ponto de geraccedilatildeo ateacute o local de armazenamento temporaacuterio

Tratamento

processoa manuais mecacircnicos fiacutesicos quiacutemicos ou bioloacutegicos que

alterem as caracteriacutesticas dos resiacuteduos visando minimizar riscos agrave

sauacutede e o meio ambiente

Armazenamento Interno Temporaacuterio

Guarda temporaacuteria dos recipientes contendo os resiacuteduos jaacute

acondicionados em local proacuteximo aos pontos de geraccedilatildeo

Armazenamento Externo

Acondicionamento dos resiacuteduos em abrigo em recipientes coletores

adequados em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os

veiacuteculos coletores

Coleta e Transporte Externo

Remoccedilatildeo dos RSS do armazenamento externo ateacute a

unidade de tratamento ou disposiccedilatildeo final

Disposiccedilatildeo Final

Disposiccedilatildeo definitiva de resiacuteduos no solo ou em locais previamente preparados para recebecirc-los As

formas usualmente utilizadas satildeo aterro sanitaacuterio aterro para

resiacuteduos perigosos de Classe I (para resiacuteduos industriais) aterro

controlado lixatildeo ou vazadouro e valas

21

3 METODOLOGIA

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pesquisa de campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa Tem

como teacutecnica de coleta de dados aplicaccedilatildeo de instrumento de pesquisa validado e especiacutefico

para o tema GRSS (HCWM-RAT ndash Versatildeo Brasileira disponiacutevel em

portfolioinovacaofiocruzbr) conforme especificado no item 33 ldquoINSTRUMENTO DE

PESQUISA E COLETA DE DADOSrdquo

A Pesquisa de Campo eacute definida por Lakatos e Marconi (2003) como uma estrateacutegia

de documentaccedilatildeo direta ou seja o levantamento de dados se daacute no local onde ocorre o

fenocircmeno a ser estudado Assim a pesquisa de campo ldquoconsiste na observaccedilatildeo de fatos e

fenocircmenos tal como ocorrem espontaneamente na coleta de dados a eles referentes e no

registro de variaacuteveis que se presume relevantes para analisaacute-losrdquo (ibid p 185)

Segundo Gil (2002 p 131) a pesquisa de campo do tipo descritiva tem a preocupaccedilatildeo

com a descriccedilatildeo tendo maior na profundidade do dado coletado de modo que o pesquisador

tende a ldquopreferir a utilizaccedilatildeo de depoimentos e entrevistas com niacuteveis diversos de

estruturaccedilatildeordquo

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA

Esta pesquisa tem como cenaacuterio um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de

Janeiro Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (CNES 2016) esse

estabelecimento eacute caracterizado como hospital geral com esfera administrativa federal

estando sob gestatildeo municipal A natureza da Organizaccedilatildeo eacute a autarquia (administraccedilatildeo

indireta) ou seja o serviccedilo eacute autocircnomo criado por lei com personalidade juriacutedica

patrimocircnio e receita proacuteprios para executar atividades tiacutepicas da Administraccedilatildeo Puacuteblica que

requeiram gestatildeo administrativa e financeira descentralizada (BRASIL 1990)

Contando com 1442 profissionais 697 dos quais satildeo meacutedicos a unidade realiza

atendimento de demanda referenciada contando com os seguintes tipos de atendimento

Ambulatorial Internaccedilatildeo Urgecircncia e Serviccedilos de Apoio Diagnoacutestico e Terapecircutico

O Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos

bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns (CNES 2016) Sua aacuterea de abrangecircncia atinge

uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de habitantes (ibid)

22

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS

A versatildeo original do HCWM-RAT foi desenvolvida pela Organizaccedilatildeo Mundial da

Sauacutede (OMS) (WHO 2005) como parte de uma estrateacutegia que visa reduzir a carga global de

doenccedilas relacionada com a inadequada gestatildeo dos resiacuteduos especialmente das fases de

tratamento e disposiccedilatildeo final Tendo como objetivo central colaborar com os paiacuteses na

aplicaccedilatildeo de metas estrateacutegicas em especial aquelas contidas em acordos multilaterais como

os de Basileacuteia e de Estocolmo

Este instrumento se destina a avaliaccedilatildeo da performace ambiental no setor sauacutede

visando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas integradas de sauacutede e ambiente Eacute estruturado em

meacutetodo raacutepido de avaliaccedilatildeo2 para GRSS O HCWM-RAT Versatildeo Brasileira (ANEXO 82) eacute

fruto de adaptaccedilatildeo transcultural e validaccedilatildeo para uso em territoacuterio brasileiro (SILVA 2011)

Daacute condiccedilatildeo agrave institucionalizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo na aacuterea da gestatildeo e gerenciamento de resiacuteduos

da produccedilatildeo da sauacutede em concepccedilatildeo teoacuterico-poliacutetica de avaliaccedilatildeo formativa participativa e

emancipatoacuteria eacute capaz de reforccedilar o mecanismo de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo e estrateacutegias

de sauacutede trabalho e ambiente no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) (ibid)

O referido instrumento proposto pela OMS numa perspectiva universalista possui

escopo voltado para avaliaccedilatildeo em niacuteveis local (Estabelecimento de Sauacutede) municipalregional

e federal

Em niacutevel nacional possuiacute 2 (dois) conjuntos de questotildees (B1 e B2) voltados para

questionamento junto ao Ministeacuterio da Sauacutede e Ministeacuterio do Meio Ambiente Para

levantamento de dados junto agraves instacircncias municipais possui o conjunto de questotildees da

ferramenta ldquoCrdquo Em niacutevel local possuiacute 4 (quatro) conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4

endereccedilados agrave administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem eou CCIH (considerando

ambos ou o profissional mais familiarizado com o contexto do gerenciamento de resiacuteduos de

serviccedilos de sauacutede - GRSS na unidade) responsaacutevel (s) pelo GRSS e profissional de serviccedilos

gerais (que manipulemtransportem internamente os resiacuteduos) respectivamente Ressalta-se

que cada iacutetem (questatildeo do questionaacuterio) eacute direcionado a determinado grupo

participanterespondente de modo que o proacuteprio instrumento preacute-estabelece criteacuterios de

inclusatildeo e exclusatildeo da amostra

2 O Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Raacutepida (Rapid Evaluation Methods) utiliza uma mescla de abordagens quanti-qualitativas Seus quatro

princiacutepios satildeo uso de fontes muacuteltiplas rapidez pragmatismo e custo-efetividade (ANKER et al 1993 MCNALL et al 2007)

23

331 Participantes da Pesquisa

Baseado no escopo do instrumento de avaliaccedilatildeo e em seu modus operandi em cada

grupo de iacutetens eacute direcionado a uma categoria de profissionais e setor de atuaccedilatildeo os

participantes deste estudo seratildeo servidores gestores interlocutores profissionais da sauacutede e

profissionais de empresas terceirizadas (manejo para transporte interno e serviccedilo de coleta e

transporte externo) que encontrarem-se dentro dos criteacuterios de inclusatildeo agrave saber

envolvimento direto ou indireto com o setor ou Sistema de Gerenciamento dos Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) diretoresgestores dos ESs puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de

administrador ou semelhante a quem eacute endereccedilada a ferramenta D1 Enfermeira (o) chefe de

CCIH eou SESMT respondentes da ferramenta D2 Gestoresinterlocutores responsaacuteveis ou

participantes da comissatildeo para GRSS para quem se destina a ferramenta D3 e envolvidos

nas etapas de manejo que incluem a coleta e transporteinterno de RSS respondentes da

ferramenta D4 aceitar participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido encontrar-se disponiacutevel durante a coleta de dados e o proacuteprio criteacuterio de inclusatildeo

do item proposto

A coleta de dados ocorreu em 2016 periacuteodo no qual o HURJ em questatildeo passava por

transiccedilatildeo administrativa Teve-se como participantes da pesquisa 01 responsaacutevel pela coleta e

transporte interno de RSS 01 responsaacutevel pela GRSS da unidade 04 Enfermeiros-chefes 02

representantes da Gestatildeo Hospitalar

34 ANAacuteLISE DE DADOS

A anaacutelise ocorre por meio das categorias do instrumento de coleta supracitado O

sistema de avaliaccedilatildeo eacute projetado por toacutepicos na proacutepria planilha na qual a ferramenta eacute

estruturada de modo a obter um perfil da situaccedilatildeo de GRSS Este sistema de classificaccedilatildeo eacute

baseado em questotildees-chave que devem agrave luz das legislaccedilotildees vigentes ser cumpridas para se

garantir um gerenciamento seguro de RSS

35 ASPECTOS EacuteTICOS

Este estudo acata as normas estabelecidas pela portaria 4662012 do Ministeacuterio da

sauacutede para a realizaccedilatildeo de pesquisas com seres humanos que incorpora sob a oacutetica do

24

indiviacuteduo e das coletividades referenciais baacutesicos da bioeacutetica como autonomia natildeo

maleficecircncia equidade justiccedila e beneficecircncia e visando assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado este estudo foi

submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (CAE

56254916900005243 Parecer nordm 1608748)

Ressalta-se que os dados coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por no

miacutenimo 05 anos sob tutela do autor desta pesquisa de forma confidencial Apoacutes este periacuteodo

todo o material coletado seraacute destruiacutedo

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

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ALVES et al Manejo de resiacuteduos gerados na assistecircncia domiciliar pela Estrateacutegia de Sauacutede

da Familia Rev Bras Enferm v 65 n 1 p 128-34 2012

ANDREacute S C S VEIGA T B TAKAYANAGUI A M M Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede em hospitais do municiacutepio de Ribeiratildeo Preto (SP) Brasil Eng sanit

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ANKER M et al Rapid evaluation methods (REM) of health services performance

methodological observations Bull World Health Organization v 71 p15-21 1993

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resiacuteduos soacutelidos quanto aos riscos potenciais aomeio ambiente e agrave sauacutede puacuteblicaRio de

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BARBOZA Alex Gestatildeo de rejeitos radioativos em serviccedilos de medicina nuclear

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de tecnologia nuclear ndash Aplicaccedilotildees) Universidade

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Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia -3 de agosto de 2010 P 2

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Diretoria Colegiada RDC nordm 50 de 21 de fevereiro de 2002 Dispotildee sobre o Regulamento

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teacutecnico para o gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

Brasiacutelia 10 de dezembro de 2004

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358 de 29 de abril de 2005 Dispotildee sobre o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

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94

95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 4: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

1

ALZIRA CAROLINE GALIACcedilO DE SOUZA

AVALIACcedilAtildeO DO GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

EM UM HOSPITAL UNIVERSITAacuteRIO

Monografia apresentada ao Programa de

graduaccedilatildeo em Enfermagem e Licenciatura da

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso

costa da Universidade Federal Fluminense

como requisito parcial para a obtenccedilatildeo do

diploma de Bacharel em Enfermagem e

Licenciatura

Campo de Confluecircncia Enfermagem

Aprovada em 15 de dezembro de 2016

BANCA EXAMINADORA

Profordf Drordf Maacutercia Valeacuteria Rosa Lima ndash EEAACUFF

Orientadora

Profordf Drordf Eliana Napoleatildeo Cozendey da Silva - ENSPFIOCRUZ

Prof Me Andreacute Luiz de Souza Braga - EEAACUFF

NITEROacuteI

2016

2

Agrave minha amada famiacutelia pelo apoio e

incentivo

3

AGRADECIMENTOS

Ao Criador pelo sopro da vida pelas oportunidades e pela capacidade de desenvolver as

habilidades necessaacuterias para a realizaccedilatildeo deste sonho

Agrave Universidade Federal Fluminense que me proporcionou cinco anos de contiacutenuo

amadurecimento pessoal e profissional

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) e agrave Fundaccedilatildeo

Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) pela oportunidade de participar do Programa Institucional de

Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (PIBIC) onde pude desenvolver competecircncias necessaacuterias agrave

pesquisa

Agrave Profordf Drordf Eliana Napoleatildeo Cozendey da Silva pela paciecircncia e dedicaccedilatildeo para me guiar em

meus primeiros passos na pesquisa cientiacutefica enquanto orientadora durante meus anos como

bolsista PIBIC na ENSPFiocruz e por acreditar no meu potencial mesmo quando duvidei

Agrave Profordf Drordf Maacutercia Valeacuteria Lima pela paciecircncia e carinho ao me guiar na construccedilatildeo deste

trabalho e por me tranquilizar nos momentos de afliccedilatildeo

Ao Prof Me Andreacute Luiz de Souza Braga pelas contribuiccedilotildees a este trabalho na qualidade de

integrante da Banca Examinadora e por ser um dos exemplos de excelecircncia no ensino e no

acolhimento aos acadecircmicos da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Aos professores e preceptores por partilharem seus conhecimentos de forma humana e

legiacutetima ao longo de minha jornada na Academia Agradeccedilo em especial agraves minhas

inspiraccedilotildees na praacutetica da enfermagem Profordf Eny Doacuterea Profordf Liliane Faria Profordf Rosane

Burla Profordf Emiacutelia Cursino Prof Audrey Vidal Profordf Thallita Delphino e Profordf Marilda

Andrade

Aos pacientes pela confianccedila que depositaram em mim ao longo da formaccedilatildeo e

proporcionarem a construccedilatildeo de conhecimentos acerca da natureza humana

Aos meus colegas do Centro de Estudos em Sauacutede do Trabalhador e Ecologia

HumanaENSPFIOCRUZ Liliane Reis Teixeira um exemplo de competecircncia e humildade

Ariane Leites Larentis pela co-orientaccedilatildeo em minha Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica Daniel Valente por

tornar leves os momentos de tensatildeo e pelas ideias inspiradoras Ionice Caroline Silva por

provar que nunca eacute cedo demais para escolher o caminho a seguir Gilvania Coutinho pelo

acolhimento e carinho Thiago Diniz pela paciecircncia e auxilio nos trabalhos de grupo

Wellington Meira pela parceria nos projetos desenvolvidos

Aos meus companheiros de graduaccedilatildeo em especial a turma que ingressou no semestre de

20112 por compartilharem comigo essa pequena jornada dividindo laacutegrimas sorrisos e

algumas reaccedilotildees tempestuosas

Aos amigos pelo carinho e sensibilidade que me dedicaram durante estes 5 anos de

graduaccedilatildeo

Ao Iago Lopes Daflon por nunca deixar que me esquecesse do objetivo final

4

Agrave minha amada famiacutelia meus pais Joatildeo Batista e Maria do Carmo pelo amor apoio e pelo

exemplo de garra e resiliecircncia minhas irmatildes Francine e Michelle por dividirem comigo os

piores e melhores momentos sempre se fazendo presentes apesar da distacircncia fiacutesica meus

sobrinhos Maria Eduarda Lorenzzo e Victoacuteria por ser fonte de inspiraccedilatildeo meus tios avoacutes e

primos por demonstrarem o valor da uniatildeo familiar minha avoacute Maria pelos conselhos sempre

assertivos e ao mesmo tempo amorosos

5

O intelectual natildeo cria o mundo no qual vive Ele

jaacute faz muito quando consegue ajudar a

compreendecirc-lo e explica-lo como ponto de

partida para sua alteraccedilatildeo real

Florestan Fernandes

6

RESUMO

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) definidos como o fluxo total de resiacuteduos que

resultam da assistecircncia agrave sauacutede humana ou animal podem ser classificados em Grupo A

constituiacutedo por resiacuteduos bioloacutegicos ou potencialmente infectantes Grupo B constituiacutedo por

resiacuteduos quiacutemicos Grupo C constituiacutedo por rejeitos radioativos Grupo D constituiacutedo por

resiacuteduos similares aos soacutelidos urbanos e Grupo E constituiacutedo por resiacuteduos perfurocortantes

O Gerenciamento dos RSS eacute definido como um conjunto de procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos aleacutem de

propiciar seu encaminhamento seguro e eficiente desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final de

modo a proteger a sauacutede do trabalhador dos riscos inerentes ao manejo dos RSS preservar a

sauacutede puacuteblica e ambiental A Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos atualizada em 2012

legitima a crescente preocupaccedilatildeo com a preservaccedilatildeo dos recursos naturais e destinaccedilatildeo final

ambientalmente adequada dos resiacuteduos incluiacutedo os de RSS Coerente com a identificaccedilatildeo de

um campo pouco explorado no que diz respeito agrave avaliaccedilatildeo do gerenciamento de resiacuteduos do

Grupo D este estudo tem como objetivo geral avaliar o Gerenciamento dos RSS do Grupo D

em um hospital universitaacuterio Adota-se como procedimento metodoloacutegico a pesquisa de

campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa atraveacutes do instrumento

Health-Care Waste Management - Rapid Assessment Tool Versatildeo Brasileira concebido

originalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede e transculturalmente adaptado e validado

por Silva (2011) O campo de estudo eacute um hospital universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

onde foram aplicados quatro conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4 endereccedilados agrave

administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem profissionais responsaacuteveis pelo GRSS e

profissionais de serviccedilos gerais respectivamente Com base nos resultados obtidos o trabalho

discute a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo

a tornar este processo mais seguro para o homem e o ambiente Eacute levado em consideraccedilatildeo que

os resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em todos os setores da unidade e representam o maior

volume dentre todos os RSS devendo ser preferencialmente encaminhados para reciclagem

Este estudo contribui para a identificaccedilatildeo e anaacutelise acerca de lacunas no conhecimento sobre o

GRSS somando para o subsiacutedio na tomada de decisatildeo gerencial e procedimentos formativos

em unidades hospitalares

Palavras-chave Enfermagem Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede Sauacutede Coletiva Sauacutede

Ambiental Sauacutede do Trabalhador

7

ABSTRACT

The Health-Care Waste (HCW) defined as all the flow of waste that result from the system of

human or animal health may be categorized as Group A which is biological waste or the

kind that is potentially infectious Group B which is chemical waste Group C radioactive

waste Group D waste similar to urban solids and Group E sharp waste HCW management

is defined as a group of management procedures planned and implemented with the goal of

minimizing waste generation also propitiating its efficient and safe routing from its

generation to the final disposal protecting the health of the worker from inherent risks from

HCW management to preserve public and environmental health The National Solid Waste

Policy updated in 2012 legitimates a rising corcern with the preservation and

environmentally concious final destination of waste including the HCW kind This research

is coherent with the identification of a less explored field in regard to the management of

Group D waste assessment Therefore it aims to assess the HCW management in a university

hospital This study adopts field research as a methodological procedure of the descriptive and

exploratory type with a qualitative approach through the Health-Care Waste Management -

Rapid Assessment Tool Brazilian Version (HCWM-RAT Brazilian Version) originally

conceived by the World Health Organization and cross-culturally adapted and validated by

Silva (2011) The field of study is a university hospital in the state of Rio de Janeiro where

four sets of questions were applied D1 D2 D3 and D4 addressed to the hospital

administration head of nursing professionals responsible for HCW Management and general

service professionals respectively Based on the results obtained this work discusses the

adequacy of the methods of collection transport treatment and final disposal in order to

make this process safer for men and the environment It is considered that Group D waste is

generated in all sectors of the unit and represents the largest volume among all HCW and they

should preferably be forwarded to recycling This study contributes to the identification and

analysis of gaps in knowledge about HCW management contributing to the subsidy in

managerial decision making and training procedures in hospital units

Keywords Nursing Health Care Waste Management Public Health Environmental Health

Occupacional Health

8

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Fig 1 Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D f 19

Fig 2 Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede f 20

Quadro 1 Caracterizaccedilatildeo dos participantes f 25

Fig 3 ResiacuteduosRejeitos do HURJ f 26

Fig 4 Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ f 27

Quadro 2 Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1 f 29

Quadro 3 Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2 f 30

Quadro 4 Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 f 31

Fig 5 Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo) f 31

Quadro 5 Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade f 32

Quadro 6 Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio f 34

Quadro 7 Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2 f 35

Quadro 8 Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4 f 37

Quadro 9 Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2 f 40

Quadro 10 Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1 f 40

Quadro 11 Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2 f 43

Quadro 12 Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2 f 43

9

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

CCIH Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar

CNEN Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

DIP Doenccedila Infecciosas e Parasitaacuterias

EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

ENSP Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Seacutergio Arouca

ESs Estabelecimentos de Sauacutede

FEAM Fundaccedilatildeo Estadual do Meio Ambiente

FIOCRUZ Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz

GRSS Gerenciamento dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

HCWM-RAT Health-Care Waste Management ndash Rapid Assessment Tools

HIV viacuterus da imunodeficiecircncia humana

HURJ Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

PGRSS Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

PIBIC Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica

RDC Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada

RSS Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

UFF Universidade Federal Fluminense

VHB Viacuterus da Hepatite B

VHC Viacuterus da Hepatite C

WHO World Health Organization

10

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 12

11 OBJETIVOS p 13

111 Objetivo geral p 13

112 Objetivos especiacuteficos p 14

12 JUSTIFICATIVA p 14

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 15

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE p 15

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL p 16

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS) p 17

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede p 18

2221 Grupo D p 18

223 Etapas de Manejo p 20

3 METODOLOGIA p 21

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA p 21

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA p 21

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS p 22

331 Participantes da Pesquisa p 23

34 ANAacuteLISE DE DADOS p 23

35 ASPECTOS EacuteTICOS p 23

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 25

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE p 25

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE p 28

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE p 30

44 ETAPAS DE MANEJO p 34

441 Segregaccedilatildeo p 34

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta p 38

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS p 43

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 45

11

6 OBRAS CITADAS p 47

7 APEcircNDICES p 52

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 52

8 ANEXOS p 54

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA p 54

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA p 58

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ p 95

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ p 105

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL p 106

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

O Gerenciamento dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) surgiu como

inquietaccedilatildeo ao longo da formaccedilatildeo acadecircmica logo nos primeiros momentos de praacutetica

hospitalar considerando as diversas situaccedilotildees onde o Gerenciamento de Resiacuteduos foi

realizado e orientado de forma inadequada pelos docentes profissionais e acadecircmicos mais

avanccedilados no curso Tal inquietaccedilatildeo intensificou-se fortemente atraveacutes da inserccedilatildeo da

discente responsaacutevel por este estudo agrave maneira cientiacutefica de produzir conhecimento

possibilitada pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica na Fundaccedilatildeo

Oswaldo Cruz Atraveacutes do subprojeto desenvolvido na Fundaccedilatildeo foi possiacutevel aprofundar os

conhecimentos sobre a temaacutetica e instrumentos de avaliaccedilatildeo de GRSS Dentre estes

instrumentos destaca-se Health-Care Waste Management ndash Rapid Assessment Tool (HCWM-

RAT) ndash Versatildeo Brasileira

O tratamento e destinaccedilatildeo adequados dos resiacuteduos (subprodutos da produccedilatildeo de bens

ou serviccedilos) se apresentam como um dos desafios no cenaacuterio atual (SILVA 2011) As

diversas etapas de manejo de resiacuteduos soacutelidos desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final

envolvem uma seacuterie de fatores de risco para a populaccedilatildeo exposta tornando particularmente

vulneraacuteveis os trabalhadores formais e informais do setor de resiacuteduos (PAN AMERICAN

HEALTH ORGANIZATION 2005)

Dentre os resiacuteduos soacutelidos aqueles gerados em Estabelecimentos de Assistecircncia agrave

Sauacutede merecem atenccedilatildeo particular por sua fraccedilatildeo (aproximadamente 15) considerada

perigosa (WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005a)

No Brasil resiacuteduos soacutelidos de serviccedilos de sauacutede satildeo todos aqueles gerados em

estabelecimentos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal nos estados

soacutelidos semi-soacutelidos bem como determinados resiacuteduos liacutequidos (BRASIL 2004) e sua

composiccedilatildeo depende do estabelecimento e da atividade que o produz Eacute estabelecido na

legislaccedilatildeo vigente a classificaccedilatildeo de RSS em cinco grupos agrave saber Grupo A constituiacutedo por

Resiacuteduos Bioloacutegicos ou Potencialmente Infectantes Grupo B constituiacutedo por Resiacuteduos

Quiacutemicos Grupo C constituiacutedo por Resiacuteduos Radioativos Grupo D constituiacutedo por

Resiacuteduos Similares aos Soacutelidos Urbanos e Grupo E constituiacutedo por Resiacuteduos

perfurocortantes (BRASIL 2004a 2004b)

A gestatildeo sustentaacutevel e segura dos RSS eacute princiacutepio imperativo na sauacutede puacuteblica e uma

responsabilidade de todos (CHARTIER 2014 WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) Entretanto apesar da contiacutenua sensibilizaccedilatildeo para a necessidade de efetivos padrotildees

13

de desempenho a gestatildeo dos resiacuteduos continua sendo um desafio (BLENKHARN 2007a

2007b MIYAZAKI UNE 2005) representado pela dificuldade em estabelecer praacuteticas

regulares de segregaccedilatildeo acondicionamento e armazenamento dos resiacuteduos mesmo em paiacuteses

considerados economicamente desenvolvidos (SILVA 2011)

Componentes como papelpapelatildeo plaacutesticos e vidros representam a maior

porcentagem em diversos estudos realizados em estabelecimentos de sauacutede poreacutem quando

natildeo segregados dos classificados como infectantes acabam sendo contaminados por estes

(ADUAN et al 2014 ALVES et al 2012a CORREcircA et al 2007 FERREIRA VEIGA

2003 SILVA HOPPE 2005) devendo seguir para aterros sanitaacuterios o que representa um

custo financeiro e ambiental desnecessaacuterio jaacute que apenas a fraccedilatildeo dos resiacuteduos classificados

como perigosos destinar-se-iam aos sistemas mais seguros e dispendiosos (ADUAN et al

2014 SILVA 2011) Ressalta-se a importacircncia da segregaccedilatildeo com ecircnfase na seguranccedila

reduccedilatildeo dos custos com coleta tratamento e destinaccedilatildeo final de resiacuteduos reduccedilatildeo do uso de

mateacuterias-primas maior tempo de vida uacutetil dos aterros e menor impacto ambiental causado

pelos resiacuteduos (SILVA 2011)

A avaliaccedilatildeo metodoloacutegica representa uma ferramenta importante para a compreensatildeo

do sistema de gestatildeo e consequentes melhorias (WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) No Brasil as avaliaccedilotildees de programas de sauacutede tecircm sido evidenciadas como meio

para adequar e otimizar os serviccedilos prestados agrave populaccedilatildeo (BRASIL 2007) A avaliaccedilatildeo eacute

considerada um ldquoprocesso em que se integram avaliadores e avaliados em busca do

comprometimento e do aperfeiccediloamento dos indiviacuteduos grupos programas e instituiccedilotildeesrdquo

(MINAYO 2006)

Sendo assim o objeto deste estudo eacute a Gestatildeo e Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do grupo D em Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

(HURJ) Tendo como questatildeo norteadora ldquoComo se daacute o gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D no Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeirordquo

Espera-se que este estudo contribua com a implementaccedilatildeo e acompanhamento das

praacuteticas preconizadas pela Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos uma vez que forneceraacute

informaccedilotildees para subsidiar a tomada de decisatildeo poliacutetica e gerencial

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

14

Avaliar o gerenciamento do manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D1

em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

112 Objetivos especiacuteficos

Identificar e compreender as legislaccedilotildees vigentes referentes aos RSS

Identificar as etapas de manejo de RSS

Classificar os RSS

Analisar o gerenciamento das etapas de manejo de RSS do HURJ

12 JUSTIFICATIVA

Coerente com a identificaccedilatildeo de um campo pouco explorado especialmente no que

diz respeito agrave avaliaccedilatildeodo sistema de gestatildeo de resiacuteduos do grupo D no acircmbito da sauacutede natildeo

foi identificado na literatura estudosavaliativos que utilizem instrumentos padronizados

confiaacuteveis e vaacutelidos que permitam a comparaccedilatildeo entre eles representando uma estrateacutegia

importante no reforccedilo ao uso da evidecircncia cientiacutefica e subsiacutedio agraves poliacuteticas puacuteblicas (SILVA

2011)

Neste sentido o estudo se justifica por avaliar por meio de instrumento robusto o

GRSS em especial a um grupo tatildeo carente de estudos quanto o grupo D

Desse modo espera-se identificar eventuais lacunas sobre o conhecimento e praacutetica de

Gestatildeo de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede por parte de gestores

profissionais docentes e discentes de um Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeiro

(HURJ) aleacutem de subsidiar dados para a realizaccedilatildeo de cursos de capacitaccedilatildeo eou atualizaccedilatildeo

que se faccedilam necessaacuterios

1 Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos segundo a RDC ANVISA 3062004

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

No Brasil a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2004a) o Conselho

Nacional do Meio Ambiente (BRASIL 2005) e a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

(CNEN 1985) satildeo os Oacutergatildeos responsaacuteveis pela regulaccedilatildeo e orientaccedilatildeo das accedilotildees de gestatildeo e

gerenciamento dos RSS do momento em que satildeo gerados agrave disposiccedilatildeo final incluiacutedos os

aspectos de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental (SILVA 2006)

O Resiacuteduo de Serviccedilo de Sauacutede (RSS) pode ser definido como o total de resiacuteduos

gerados pelos estabelecimentos de assistecircncia agrave sauacutede incluiacutedos os de diagnoacutestico e de

laboratoacuterios parcela dos provenientes de diaacutelise e dispositivos para aplicaccedilatildeo de insulina e

outros perfurocortantes gerados pelo cuidado agrave sauacutede em domiciacutelio (BRASIL 2004a

CHARTIER 2014)

A exposiccedilatildeo aos perfurocortantes e as suas consequecircncias satildeo altamente passiacuteveis de

prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo mediante intervenccedilotildees simples como a vacinaccedilatildeo para trabalhadores

da sauacutede (SILVA CORTEZ VALENTE 2009) e dos que lidam com resiacuteduos de serviccedilos de

sauacutede (RSS) educaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o manejo de resiacuteduos (RUDRASWAMY

SAMPATH DOGGALLI 2012)

Esses resiacuteduos podem causar danos agrave sauacutede humana e meio ambiente quando

inadequadamente gerenciados (CHARTIER 2014) Por exemplo a OMS estima que em 2000

o acesso a seringas contaminadas possa ter sido responsaacutevel por 21 milhotildees de infecccedilotildees pelo

Viacuterus da Hepatite B representando 32 de todas as novas infecccedilotildees 2 milhotildees de Viacuterus da

Hepatite C com uma representaccedilatildeo de 40 e 260 mil infecccedilotildees pelo viacuterus da

imunodeficiecircncia humana (HIV) sendo este representado por 5 de todos os novos casos

(WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005b)

O potencial de contaminaccedilatildeo do solo do ar e das aacuteguas superficiais e subterracircneas na

medida em que os RSS satildeo inadequadamente segregados e dispostos em vazadouros agrave ceacuteu

aberto ou aterros controlados tambeacutem satildeo uma preocupaccedilatildeo mundial (COZENDEY-SILVA

et al 2016 FALQUETO KLIGERMAN ASSUMPCcedilAtildeO 2010 KARAMOUZ et al 2007)

A gestatildeo dos RSS deve se pautar minimamente pelos seguintes princiacutepios princiacutepio

da responsabilidade institucional pois a organizaccedilatildeo que gera o resiacuteduo tem o dever

de eliminaacute-lo de forma segura princiacutepio do poluidor pagador entendendo que quem

produz o resiacuteduo eacute juriacutedica e financeiramente responsaacutevel pela seguranccedila do

16

manuseio e eliminaccedilatildeo do mesmo princiacutepio da precauccedilatildeo esse adverte que a

parcela dos RSS considerada perigosa deve assim ser classificada ateacute que seja

demonstrada que eacute segura princiacutepio da proximidade o qual recomenda o tratamento

e eliminaccedilatildeo de resiacuteduos perigosos em local mais proacuteximo possiacutevel do ponto de

geraccedilatildeo (SILVA 2011)

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL

No Brasil natildeo haacute estatiacutesticas precisas a respeito do nuacutemero de geradores nem da

quantidade de resiacuteduos deserviccedilos de sauacutede gerada diariamente (SILVA 2011) Conforme

explicitado na Pesquisa Nacional de Saneamento Baacutesico (BRASIL 2008) satildeo coletadas

diariamente 259547 toneladas de resiacuteduos no Brasil Estima-se que 17 desses corresponda

aos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede totalizando aproximadamente 4449 toneladas diaacuterias Os

resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede satildeo de natureza diversa sendo necessaacuteria uma classificaccedilatildeo

para a segregaccedilatildeo (GARCIA ZANETTI-RAMOS 2004)

As resoluccedilotildees da Anvisa RDC nordm 30604 e do Conama nordm 35805 convergem para a

seguinte definiccedilatildeo de RSS

[] todos os serviccedilos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal

inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de trabalhos de campo laboratoacuterios

analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios funeraacuterias e serviccedilos em que se

realizem atividades de embalsamento (tanatopraxia e somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos

de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as de manipulaccedilatildeo

estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de controle de

zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores distribuidores e

produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades moacuteveis de

atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem dentre outros

similares (BRASIL 2004a 2005)

O gerenciamento dos RSS pode ser definido como procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e legais

visando minimizar a geraccedilatildeo de resiacuteduos e assegurar agravequeles gerados tratamento transporte e

armazenamento eficientes dispondo proteccedilatildeo aos profissionais envolvidos em todo o

processo assim como a sauacutede puacuteblica recursos naturais e meio ambiente (BRASIL 2004a) O

Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) deve ser elaborado

compatiacutevel com as normas locais relativas agrave coleta transporte e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

17

gerados estabelecidas pelos oacutergatildeos locais responsaacuteveis por estas etapas e baseado nas

caracteriacutesticas dos resiacuteduos gerados e na sua classificaccedilatildeo (ibid)

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS)

A Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria RDC nordm 3062004 e o Conselho Nacional

do Meio Ambiente atraveacutes de sua resoluccedilatildeo nordm 3582005 definem o PGRSS como sendo

O documento que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao manejo dos resiacuteduos

soacutelidos observadas suas caracteriacutesticas e riscos no acircmbito dos estabelecimentos

contemplando os aspectos referentes agrave geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento

coleta armazenamento transporte tratamento e disposiccedilatildeo final bem como as accedilotildees

de proteccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica e ao meio ambiente contemplando assim as etapas do

gerenciamento intra e extra estabelecimento de sauacutede (BRASIL 2004a 2005)

O PGRSS deve ser feito em conjunto com todos os setores de modo que sua

elaboraccedilatildeo implantaccedilatildeo e desenvolvimento do PGRSS devem envolver os setores de

higienizaccedilatildeo e limpeza a Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar ou Comissotildees de

Biosseguranccedila e os Serviccedilos de Engenharia de Seguranccedila e Medicina no Trabalho onde

houver obrigatoriedade de existecircncia desses serviccedilos abrangendo a todos do estabelecimento

gerador (BRASIL 2010b)

A questatildeo da segregaccedilatildeo dos resiacuteduos infectantes requer maior atenccedilatildeo no sentido de

minimizar gastos na sauacutede aleacutem dos cuidados com infecccedilotildees e impacto no ambiente

(CHARTIER 2014) Eacute necessaacuterio e recomendaacutevel que trabalhadores da aacuterea de sauacutede estejam

sempre atualizados quanto agraves normas e rotinas do serviccedilo assim como das medidas de

biosseguranccedila (SILVA et al 2014)

A implementaccedilatildeo das praacuteticas tecnicamente recomendadas estaacute intimamente ligada agrave

qualificaccedilatildeo dos profissionais envolvidos na elaboraccedilatildeo e na aplicaccedilatildeo do plano sob os

aspectos operacionais da seguranccedila do trabalhador e nos aspectos culturais O princiacutepio da

logiacutestica reversa eacute fator determinante na instrumentalizaccedilatildeo de praacuteticas numa perspectiva de

sustentabilidade (CHARTIER 2014) Este princiacutepio eacute definido como a accedilatildeo correspondente

ao caminho inverso da logiacutestica partindo do ponto de consumo para o iniacutecio da cadeia de

geraccedilatildeo considerando fundamentalmente o reaproveitamento como elemento da poliacutetica

ambiental (ALVES et al 2012a BELLAN et al 2012)

18

Segundo Sisinno e Moreira (2005) pelos princiacutepios da ecoeficiecircncia ldquoo

gerenciamento dos resiacuteduos deveria privilegiar em ordem de prioridade a natildeo geraccedilatildeo a

reduccedilatildeo da geraccedilatildeo a reciclagem e finalmente o tratamento ou disposiccedilatildeo finalrdquo tornando

assim a identificaccedilatildeo da fonte geradora uma etapa importante quando o enfoque eacute a natildeo

geraccedilatildeo ou a reduccedilatildeo da geraccedilatildeo

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes no Brasil (2004a 2005) os RSS satildeo

classificados em cinco grupos de modo que os resiacuteduos do Grupo A satildeo resiacuteduos que

possivelmente apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos

do Grupo B referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave

sauacutede puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes e abrasivos

2221 Grupo D

Conforme supracitado estes satildeo resiacuteduos provenientes de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo

apresentam risco bioloacutegico quiacutemico ou radioloacutegico agrave sauacutede ou ao meio ambiente podendo ser

equiparados aos resiacuteduos domiciliares (BRASIL 2005) Nesse grupo satildeo gerados resiacuteduos

compostaacuteveis reciclaacuteveis e aqueles que podem servir para alimentaccedilatildeo de animais e rejeitos

Apesar de natildeo ser uma exigecircncia eacute desejaacutevel que seja realizada segregaccedilatildeo e

identificaccedilatildeo dos resiacuteduos do Grupo D para a reciclagem atraveacutes de um coacutedigo de cores para

os recipientes conforme evidenciado na Fig 1 (BRASIL 2004) Caso natildeo haja segregaccedilatildeo

para a reciclagem natildeo haacute padronizaccedilatildeo para a cor dos recipientes Estudos apontam que a

segregaccedilatildeo se mostra ineficiente natildeo apenas em relaccedilatildeo a coleta seletiva mas tambeacutem a

separaccedilatildeo de outros grupos de RSS (ALVES et al 2012b)

19

Fig 01 ndash Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D devem ser coletados e transportados

separadamente dos resiacuteduos dos outros grupos para que natildeo haja contaminaccedilatildeo (BRASIL

2004) O armazenamento temporaacuterio dos resiacuteduos do Grupo D pode ser na Sala de Resiacuteduos

poreacutem em recipientes exclusivos e identificados para manter a segregaccedilatildeo O armazenamento

externo dos resiacuteduos do Grupo D deve ser em abrigo com no miacutenimo um ambiente separado

para atender ao armazenamento de recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D e outro

ambiente para os grupos A e E (FEAM 2008)

Os resiacuteduos orgacircnicos como flores resiacuteduos de jardinagem sobras de alimento e de

outros que natildeo tenham mantido contato com resiacuteduos infectantes (secreccedilotildees excreccedilotildees ou

outro fluido corpoacutereo) podem ser encaminhados para o processo de compostagem (BRASIL

2004)

Destaca-se que os restos e sobras de alimentos podem ser utilizados para fins de raccedilatildeo

animal desde que submetidos a um tratamento que garanta sua inocuidade avaliado e

comprovado por oacutergatildeo competente da Agricultura e de Vigilacircncia Sanitaacuteria do Municiacutepio

Estado ou do Distrito Federal (ibid)

Os efluentes (resiacuteduos liacutequidos) provenientes da rede esgoto de estabelecimento de

sauacutede devem ser tratados antes do lanccedilamento no corpo receptor ou na rede coletora de

esgoto sempre que natildeo houver sistema de tratamento de esgoto coletivo atendendo agrave aacuterea

onde estaacute localizado o serviccedilo conforme definido na RDC ANVISA nordm 502002 Deve ser

mantido o registro de operaccedilatildeo de venda ou de doaccedilatildeo dos resiacuteduos destinados agrave reciclagem

compostagem e alimentaccedilatildeo de animais (CUSSIOL 2008)

bull Papeacuteis Azul

bull Metais Amarelo

bull Vidros Verde

bull Plaacutesticos Vermelho

bull Resiacuteduos Orgacircnicos Marrom

bull Demais resiacuteduos do Grupo D Cinza

20

223 Etapas de Manejo

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final incluindo as seguintes

etapas

Fig 02 ndash Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

Fonte Adaptado de Silva 2011 p 43

Segregaccedilatildeo

Separaccedilatildeo dos resiacuteduos no momento e local de sua geraccedilatildeo de acordo

com as caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas bioloacutegicas o seu estado

fiacutesico e os riscos envolvidos

Acondicionamento

Ato de embalar corretamente os resiacuteduos segregados conforme suas

caracteriacutesticas

Identificaccedilatildeo

medidas que permitem o reconhecimento dos resiacuteduos

contidos nos sacos e recipientes

Transporte interno

Translado do ponto de geraccedilatildeo ateacute o local de armazenamento temporaacuterio

Tratamento

processoa manuais mecacircnicos fiacutesicos quiacutemicos ou bioloacutegicos que

alterem as caracteriacutesticas dos resiacuteduos visando minimizar riscos agrave

sauacutede e o meio ambiente

Armazenamento Interno Temporaacuterio

Guarda temporaacuteria dos recipientes contendo os resiacuteduos jaacute

acondicionados em local proacuteximo aos pontos de geraccedilatildeo

Armazenamento Externo

Acondicionamento dos resiacuteduos em abrigo em recipientes coletores

adequados em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os

veiacuteculos coletores

Coleta e Transporte Externo

Remoccedilatildeo dos RSS do armazenamento externo ateacute a

unidade de tratamento ou disposiccedilatildeo final

Disposiccedilatildeo Final

Disposiccedilatildeo definitiva de resiacuteduos no solo ou em locais previamente preparados para recebecirc-los As

formas usualmente utilizadas satildeo aterro sanitaacuterio aterro para

resiacuteduos perigosos de Classe I (para resiacuteduos industriais) aterro

controlado lixatildeo ou vazadouro e valas

21

3 METODOLOGIA

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pesquisa de campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa Tem

como teacutecnica de coleta de dados aplicaccedilatildeo de instrumento de pesquisa validado e especiacutefico

para o tema GRSS (HCWM-RAT ndash Versatildeo Brasileira disponiacutevel em

portfolioinovacaofiocruzbr) conforme especificado no item 33 ldquoINSTRUMENTO DE

PESQUISA E COLETA DE DADOSrdquo

A Pesquisa de Campo eacute definida por Lakatos e Marconi (2003) como uma estrateacutegia

de documentaccedilatildeo direta ou seja o levantamento de dados se daacute no local onde ocorre o

fenocircmeno a ser estudado Assim a pesquisa de campo ldquoconsiste na observaccedilatildeo de fatos e

fenocircmenos tal como ocorrem espontaneamente na coleta de dados a eles referentes e no

registro de variaacuteveis que se presume relevantes para analisaacute-losrdquo (ibid p 185)

Segundo Gil (2002 p 131) a pesquisa de campo do tipo descritiva tem a preocupaccedilatildeo

com a descriccedilatildeo tendo maior na profundidade do dado coletado de modo que o pesquisador

tende a ldquopreferir a utilizaccedilatildeo de depoimentos e entrevistas com niacuteveis diversos de

estruturaccedilatildeordquo

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA

Esta pesquisa tem como cenaacuterio um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de

Janeiro Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (CNES 2016) esse

estabelecimento eacute caracterizado como hospital geral com esfera administrativa federal

estando sob gestatildeo municipal A natureza da Organizaccedilatildeo eacute a autarquia (administraccedilatildeo

indireta) ou seja o serviccedilo eacute autocircnomo criado por lei com personalidade juriacutedica

patrimocircnio e receita proacuteprios para executar atividades tiacutepicas da Administraccedilatildeo Puacuteblica que

requeiram gestatildeo administrativa e financeira descentralizada (BRASIL 1990)

Contando com 1442 profissionais 697 dos quais satildeo meacutedicos a unidade realiza

atendimento de demanda referenciada contando com os seguintes tipos de atendimento

Ambulatorial Internaccedilatildeo Urgecircncia e Serviccedilos de Apoio Diagnoacutestico e Terapecircutico

O Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos

bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns (CNES 2016) Sua aacuterea de abrangecircncia atinge

uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de habitantes (ibid)

22

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS

A versatildeo original do HCWM-RAT foi desenvolvida pela Organizaccedilatildeo Mundial da

Sauacutede (OMS) (WHO 2005) como parte de uma estrateacutegia que visa reduzir a carga global de

doenccedilas relacionada com a inadequada gestatildeo dos resiacuteduos especialmente das fases de

tratamento e disposiccedilatildeo final Tendo como objetivo central colaborar com os paiacuteses na

aplicaccedilatildeo de metas estrateacutegicas em especial aquelas contidas em acordos multilaterais como

os de Basileacuteia e de Estocolmo

Este instrumento se destina a avaliaccedilatildeo da performace ambiental no setor sauacutede

visando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas integradas de sauacutede e ambiente Eacute estruturado em

meacutetodo raacutepido de avaliaccedilatildeo2 para GRSS O HCWM-RAT Versatildeo Brasileira (ANEXO 82) eacute

fruto de adaptaccedilatildeo transcultural e validaccedilatildeo para uso em territoacuterio brasileiro (SILVA 2011)

Daacute condiccedilatildeo agrave institucionalizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo na aacuterea da gestatildeo e gerenciamento de resiacuteduos

da produccedilatildeo da sauacutede em concepccedilatildeo teoacuterico-poliacutetica de avaliaccedilatildeo formativa participativa e

emancipatoacuteria eacute capaz de reforccedilar o mecanismo de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo e estrateacutegias

de sauacutede trabalho e ambiente no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) (ibid)

O referido instrumento proposto pela OMS numa perspectiva universalista possui

escopo voltado para avaliaccedilatildeo em niacuteveis local (Estabelecimento de Sauacutede) municipalregional

e federal

Em niacutevel nacional possuiacute 2 (dois) conjuntos de questotildees (B1 e B2) voltados para

questionamento junto ao Ministeacuterio da Sauacutede e Ministeacuterio do Meio Ambiente Para

levantamento de dados junto agraves instacircncias municipais possui o conjunto de questotildees da

ferramenta ldquoCrdquo Em niacutevel local possuiacute 4 (quatro) conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4

endereccedilados agrave administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem eou CCIH (considerando

ambos ou o profissional mais familiarizado com o contexto do gerenciamento de resiacuteduos de

serviccedilos de sauacutede - GRSS na unidade) responsaacutevel (s) pelo GRSS e profissional de serviccedilos

gerais (que manipulemtransportem internamente os resiacuteduos) respectivamente Ressalta-se

que cada iacutetem (questatildeo do questionaacuterio) eacute direcionado a determinado grupo

participanterespondente de modo que o proacuteprio instrumento preacute-estabelece criteacuterios de

inclusatildeo e exclusatildeo da amostra

2 O Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Raacutepida (Rapid Evaluation Methods) utiliza uma mescla de abordagens quanti-qualitativas Seus quatro

princiacutepios satildeo uso de fontes muacuteltiplas rapidez pragmatismo e custo-efetividade (ANKER et al 1993 MCNALL et al 2007)

23

331 Participantes da Pesquisa

Baseado no escopo do instrumento de avaliaccedilatildeo e em seu modus operandi em cada

grupo de iacutetens eacute direcionado a uma categoria de profissionais e setor de atuaccedilatildeo os

participantes deste estudo seratildeo servidores gestores interlocutores profissionais da sauacutede e

profissionais de empresas terceirizadas (manejo para transporte interno e serviccedilo de coleta e

transporte externo) que encontrarem-se dentro dos criteacuterios de inclusatildeo agrave saber

envolvimento direto ou indireto com o setor ou Sistema de Gerenciamento dos Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) diretoresgestores dos ESs puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de

administrador ou semelhante a quem eacute endereccedilada a ferramenta D1 Enfermeira (o) chefe de

CCIH eou SESMT respondentes da ferramenta D2 Gestoresinterlocutores responsaacuteveis ou

participantes da comissatildeo para GRSS para quem se destina a ferramenta D3 e envolvidos

nas etapas de manejo que incluem a coleta e transporteinterno de RSS respondentes da

ferramenta D4 aceitar participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido encontrar-se disponiacutevel durante a coleta de dados e o proacuteprio criteacuterio de inclusatildeo

do item proposto

A coleta de dados ocorreu em 2016 periacuteodo no qual o HURJ em questatildeo passava por

transiccedilatildeo administrativa Teve-se como participantes da pesquisa 01 responsaacutevel pela coleta e

transporte interno de RSS 01 responsaacutevel pela GRSS da unidade 04 Enfermeiros-chefes 02

representantes da Gestatildeo Hospitalar

34 ANAacuteLISE DE DADOS

A anaacutelise ocorre por meio das categorias do instrumento de coleta supracitado O

sistema de avaliaccedilatildeo eacute projetado por toacutepicos na proacutepria planilha na qual a ferramenta eacute

estruturada de modo a obter um perfil da situaccedilatildeo de GRSS Este sistema de classificaccedilatildeo eacute

baseado em questotildees-chave que devem agrave luz das legislaccedilotildees vigentes ser cumpridas para se

garantir um gerenciamento seguro de RSS

35 ASPECTOS EacuteTICOS

Este estudo acata as normas estabelecidas pela portaria 4662012 do Ministeacuterio da

sauacutede para a realizaccedilatildeo de pesquisas com seres humanos que incorpora sob a oacutetica do

24

indiviacuteduo e das coletividades referenciais baacutesicos da bioeacutetica como autonomia natildeo

maleficecircncia equidade justiccedila e beneficecircncia e visando assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado este estudo foi

submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (CAE

56254916900005243 Parecer nordm 1608748)

Ressalta-se que os dados coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por no

miacutenimo 05 anos sob tutela do autor desta pesquisa de forma confidencial Apoacutes este periacuteodo

todo o material coletado seraacute destruiacutedo

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

6 OBRAS CITADAS

ADUAN S A et al Evaluation of healthcare wastes service of group A in the hospitals of

Vitoacuteria (ES) Brazil Engenharia Sanitaria e Ambiental v 19 n 2 p 133ndash141 jun 2014

ALENCAR et al Descarte de medicamentos uma anaacutelise da praacutetica no Programa Sauacutede da

Famiacutelia Ciecircnc sauacutede coletiva v 19 n 7 p 2157-21662014

ALVES et al Manejo de resiacuteduos gerados na assistecircncia domiciliar pela Estrateacutegia de Sauacutede

da Familia Rev Bras Enferm v 65 n 1 p 128-34 2012

ANDREacute S C S VEIGA T B TAKAYANAGUI A M M Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede em hospitais do municiacutepio de Ribeiratildeo Preto (SP) Brasil Eng sanit

ambient v 21 n 1 p 123-130 2016

ANKER M et al Rapid evaluation methods (REM) of health services performance

methodological observations Bull World Health Organization v 71 p15-21 1993

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 10004 classifica os

resiacuteduos soacutelidos quanto aos riscos potenciais aomeio ambiente e agrave sauacutede puacuteblicaRio de

Janeiro 1987 revisada em 2004

ARAUJO P F Anaacutelise da logiacutestica reversa como ferramenta de gestatildeo de resiacuteduos

soacutelidos Dissertaccedilatildeo ( Mestrado em Sauacutede Puacuteblica) ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica

Seacutergio Arouca Rio de Janeiro Fiocruz 2011 99p

BARBOZA Alex Gestatildeo de rejeitos radioativos em serviccedilos de medicina nuclear

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de tecnologia nuclear ndash Aplicaccedilotildees) Universidade

de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Instituto de Pesquisas Energeacuteticas e Nucleares 2009

BELLAN N et al Critical analysis of the regulations regarding the disposal of medication

wasteBraz j pharm sci p 507ndash518 2012

BLENKHARN J I Standards of clinical waste management in hospitals--a second look

Public Health v 121 n 7 p 540ndash5452007

BLECK D WETTBERG W Waste collection in developing countries ndash Tackling

occupational safety and health hazards at their source Waste Manag [Internet] v 31 n 11

p 2009-17 2012

BRASIL Lei 8112 de 11 de dezembro de 1990 Brasiacutelia DF 1990 Dispotildee sobre o Regime

Juriacutedico dos servidores puacuteblicos civis da Uniatildeo das autarquias e das fundaccedilotildees puacuteblicas

federais Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF12 de dezembro de 1990

______ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Portaria nordm 1748 de 30 de agosto de 2011

Dispotildee sobre a Norma Regulamentadora nordm 32 Diaacuterio Oficial [da] Repuacuteblica Federativa

do Brasil Brasiacutelia DF 31 ago 2011 Seccedilatildeo 1 p 143

48

______ Ministeacuterio do Desenvolvimento e Combate agrave Fome Decreto nordm5940 de 25 de

outubro de 2010 Diaacuterio Oficial [da] Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia 16 de

outubro de 2006 p 4

______ Presidecircncia da Repuacuteblica Lei nordm 12305 de 02 de agosto de 2010 Diaacuterio Oficial [da]

Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia -3 de agosto de 2010 P 2

______ Ministeacuterio da Sauacutede Exposiccedilatildeo a materiais bioloacutegicos Brasiacutelia Ministeacuterio da

Sauacutede 2006 76 p

______ Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Resoluccedilatildeo da

Diretoria Colegiada RDC nordm 50 de 21 de fevereiro de 2002 Dispotildee sobre o Regulamento

teacutecnico para o planejamento programaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de projetos fiacutesicos de

estabelecimentos assistenciais de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo da Repuacuteblica Federativa

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

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83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

97

98

99

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101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 5: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

2

Agrave minha amada famiacutelia pelo apoio e

incentivo

3

AGRADECIMENTOS

Ao Criador pelo sopro da vida pelas oportunidades e pela capacidade de desenvolver as

habilidades necessaacuterias para a realizaccedilatildeo deste sonho

Agrave Universidade Federal Fluminense que me proporcionou cinco anos de contiacutenuo

amadurecimento pessoal e profissional

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) e agrave Fundaccedilatildeo

Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) pela oportunidade de participar do Programa Institucional de

Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (PIBIC) onde pude desenvolver competecircncias necessaacuterias agrave

pesquisa

Agrave Profordf Drordf Eliana Napoleatildeo Cozendey da Silva pela paciecircncia e dedicaccedilatildeo para me guiar em

meus primeiros passos na pesquisa cientiacutefica enquanto orientadora durante meus anos como

bolsista PIBIC na ENSPFiocruz e por acreditar no meu potencial mesmo quando duvidei

Agrave Profordf Drordf Maacutercia Valeacuteria Lima pela paciecircncia e carinho ao me guiar na construccedilatildeo deste

trabalho e por me tranquilizar nos momentos de afliccedilatildeo

Ao Prof Me Andreacute Luiz de Souza Braga pelas contribuiccedilotildees a este trabalho na qualidade de

integrante da Banca Examinadora e por ser um dos exemplos de excelecircncia no ensino e no

acolhimento aos acadecircmicos da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Aos professores e preceptores por partilharem seus conhecimentos de forma humana e

legiacutetima ao longo de minha jornada na Academia Agradeccedilo em especial agraves minhas

inspiraccedilotildees na praacutetica da enfermagem Profordf Eny Doacuterea Profordf Liliane Faria Profordf Rosane

Burla Profordf Emiacutelia Cursino Prof Audrey Vidal Profordf Thallita Delphino e Profordf Marilda

Andrade

Aos pacientes pela confianccedila que depositaram em mim ao longo da formaccedilatildeo e

proporcionarem a construccedilatildeo de conhecimentos acerca da natureza humana

Aos meus colegas do Centro de Estudos em Sauacutede do Trabalhador e Ecologia

HumanaENSPFIOCRUZ Liliane Reis Teixeira um exemplo de competecircncia e humildade

Ariane Leites Larentis pela co-orientaccedilatildeo em minha Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica Daniel Valente por

tornar leves os momentos de tensatildeo e pelas ideias inspiradoras Ionice Caroline Silva por

provar que nunca eacute cedo demais para escolher o caminho a seguir Gilvania Coutinho pelo

acolhimento e carinho Thiago Diniz pela paciecircncia e auxilio nos trabalhos de grupo

Wellington Meira pela parceria nos projetos desenvolvidos

Aos meus companheiros de graduaccedilatildeo em especial a turma que ingressou no semestre de

20112 por compartilharem comigo essa pequena jornada dividindo laacutegrimas sorrisos e

algumas reaccedilotildees tempestuosas

Aos amigos pelo carinho e sensibilidade que me dedicaram durante estes 5 anos de

graduaccedilatildeo

Ao Iago Lopes Daflon por nunca deixar que me esquecesse do objetivo final

4

Agrave minha amada famiacutelia meus pais Joatildeo Batista e Maria do Carmo pelo amor apoio e pelo

exemplo de garra e resiliecircncia minhas irmatildes Francine e Michelle por dividirem comigo os

piores e melhores momentos sempre se fazendo presentes apesar da distacircncia fiacutesica meus

sobrinhos Maria Eduarda Lorenzzo e Victoacuteria por ser fonte de inspiraccedilatildeo meus tios avoacutes e

primos por demonstrarem o valor da uniatildeo familiar minha avoacute Maria pelos conselhos sempre

assertivos e ao mesmo tempo amorosos

5

O intelectual natildeo cria o mundo no qual vive Ele

jaacute faz muito quando consegue ajudar a

compreendecirc-lo e explica-lo como ponto de

partida para sua alteraccedilatildeo real

Florestan Fernandes

6

RESUMO

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) definidos como o fluxo total de resiacuteduos que

resultam da assistecircncia agrave sauacutede humana ou animal podem ser classificados em Grupo A

constituiacutedo por resiacuteduos bioloacutegicos ou potencialmente infectantes Grupo B constituiacutedo por

resiacuteduos quiacutemicos Grupo C constituiacutedo por rejeitos radioativos Grupo D constituiacutedo por

resiacuteduos similares aos soacutelidos urbanos e Grupo E constituiacutedo por resiacuteduos perfurocortantes

O Gerenciamento dos RSS eacute definido como um conjunto de procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos aleacutem de

propiciar seu encaminhamento seguro e eficiente desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final de

modo a proteger a sauacutede do trabalhador dos riscos inerentes ao manejo dos RSS preservar a

sauacutede puacuteblica e ambiental A Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos atualizada em 2012

legitima a crescente preocupaccedilatildeo com a preservaccedilatildeo dos recursos naturais e destinaccedilatildeo final

ambientalmente adequada dos resiacuteduos incluiacutedo os de RSS Coerente com a identificaccedilatildeo de

um campo pouco explorado no que diz respeito agrave avaliaccedilatildeo do gerenciamento de resiacuteduos do

Grupo D este estudo tem como objetivo geral avaliar o Gerenciamento dos RSS do Grupo D

em um hospital universitaacuterio Adota-se como procedimento metodoloacutegico a pesquisa de

campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa atraveacutes do instrumento

Health-Care Waste Management - Rapid Assessment Tool Versatildeo Brasileira concebido

originalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede e transculturalmente adaptado e validado

por Silva (2011) O campo de estudo eacute um hospital universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

onde foram aplicados quatro conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4 endereccedilados agrave

administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem profissionais responsaacuteveis pelo GRSS e

profissionais de serviccedilos gerais respectivamente Com base nos resultados obtidos o trabalho

discute a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo

a tornar este processo mais seguro para o homem e o ambiente Eacute levado em consideraccedilatildeo que

os resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em todos os setores da unidade e representam o maior

volume dentre todos os RSS devendo ser preferencialmente encaminhados para reciclagem

Este estudo contribui para a identificaccedilatildeo e anaacutelise acerca de lacunas no conhecimento sobre o

GRSS somando para o subsiacutedio na tomada de decisatildeo gerencial e procedimentos formativos

em unidades hospitalares

Palavras-chave Enfermagem Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede Sauacutede Coletiva Sauacutede

Ambiental Sauacutede do Trabalhador

7

ABSTRACT

The Health-Care Waste (HCW) defined as all the flow of waste that result from the system of

human or animal health may be categorized as Group A which is biological waste or the

kind that is potentially infectious Group B which is chemical waste Group C radioactive

waste Group D waste similar to urban solids and Group E sharp waste HCW management

is defined as a group of management procedures planned and implemented with the goal of

minimizing waste generation also propitiating its efficient and safe routing from its

generation to the final disposal protecting the health of the worker from inherent risks from

HCW management to preserve public and environmental health The National Solid Waste

Policy updated in 2012 legitimates a rising corcern with the preservation and

environmentally concious final destination of waste including the HCW kind This research

is coherent with the identification of a less explored field in regard to the management of

Group D waste assessment Therefore it aims to assess the HCW management in a university

hospital This study adopts field research as a methodological procedure of the descriptive and

exploratory type with a qualitative approach through the Health-Care Waste Management -

Rapid Assessment Tool Brazilian Version (HCWM-RAT Brazilian Version) originally

conceived by the World Health Organization and cross-culturally adapted and validated by

Silva (2011) The field of study is a university hospital in the state of Rio de Janeiro where

four sets of questions were applied D1 D2 D3 and D4 addressed to the hospital

administration head of nursing professionals responsible for HCW Management and general

service professionals respectively Based on the results obtained this work discusses the

adequacy of the methods of collection transport treatment and final disposal in order to

make this process safer for men and the environment It is considered that Group D waste is

generated in all sectors of the unit and represents the largest volume among all HCW and they

should preferably be forwarded to recycling This study contributes to the identification and

analysis of gaps in knowledge about HCW management contributing to the subsidy in

managerial decision making and training procedures in hospital units

Keywords Nursing Health Care Waste Management Public Health Environmental Health

Occupacional Health

8

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Fig 1 Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D f 19

Fig 2 Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede f 20

Quadro 1 Caracterizaccedilatildeo dos participantes f 25

Fig 3 ResiacuteduosRejeitos do HURJ f 26

Fig 4 Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ f 27

Quadro 2 Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1 f 29

Quadro 3 Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2 f 30

Quadro 4 Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 f 31

Fig 5 Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo) f 31

Quadro 5 Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade f 32

Quadro 6 Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio f 34

Quadro 7 Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2 f 35

Quadro 8 Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4 f 37

Quadro 9 Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2 f 40

Quadro 10 Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1 f 40

Quadro 11 Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2 f 43

Quadro 12 Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2 f 43

9

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

CCIH Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar

CNEN Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

DIP Doenccedila Infecciosas e Parasitaacuterias

EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

ENSP Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Seacutergio Arouca

ESs Estabelecimentos de Sauacutede

FEAM Fundaccedilatildeo Estadual do Meio Ambiente

FIOCRUZ Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz

GRSS Gerenciamento dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

HCWM-RAT Health-Care Waste Management ndash Rapid Assessment Tools

HIV viacuterus da imunodeficiecircncia humana

HURJ Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

PGRSS Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

PIBIC Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica

RDC Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada

RSS Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

UFF Universidade Federal Fluminense

VHB Viacuterus da Hepatite B

VHC Viacuterus da Hepatite C

WHO World Health Organization

10

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 12

11 OBJETIVOS p 13

111 Objetivo geral p 13

112 Objetivos especiacuteficos p 14

12 JUSTIFICATIVA p 14

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 15

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE p 15

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL p 16

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS) p 17

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede p 18

2221 Grupo D p 18

223 Etapas de Manejo p 20

3 METODOLOGIA p 21

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA p 21

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA p 21

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS p 22

331 Participantes da Pesquisa p 23

34 ANAacuteLISE DE DADOS p 23

35 ASPECTOS EacuteTICOS p 23

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 25

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE p 25

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE p 28

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE p 30

44 ETAPAS DE MANEJO p 34

441 Segregaccedilatildeo p 34

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta p 38

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS p 43

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 45

11

6 OBRAS CITADAS p 47

7 APEcircNDICES p 52

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 52

8 ANEXOS p 54

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA p 54

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA p 58

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ p 95

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ p 105

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL p 106

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

O Gerenciamento dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) surgiu como

inquietaccedilatildeo ao longo da formaccedilatildeo acadecircmica logo nos primeiros momentos de praacutetica

hospitalar considerando as diversas situaccedilotildees onde o Gerenciamento de Resiacuteduos foi

realizado e orientado de forma inadequada pelos docentes profissionais e acadecircmicos mais

avanccedilados no curso Tal inquietaccedilatildeo intensificou-se fortemente atraveacutes da inserccedilatildeo da

discente responsaacutevel por este estudo agrave maneira cientiacutefica de produzir conhecimento

possibilitada pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica na Fundaccedilatildeo

Oswaldo Cruz Atraveacutes do subprojeto desenvolvido na Fundaccedilatildeo foi possiacutevel aprofundar os

conhecimentos sobre a temaacutetica e instrumentos de avaliaccedilatildeo de GRSS Dentre estes

instrumentos destaca-se Health-Care Waste Management ndash Rapid Assessment Tool (HCWM-

RAT) ndash Versatildeo Brasileira

O tratamento e destinaccedilatildeo adequados dos resiacuteduos (subprodutos da produccedilatildeo de bens

ou serviccedilos) se apresentam como um dos desafios no cenaacuterio atual (SILVA 2011) As

diversas etapas de manejo de resiacuteduos soacutelidos desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final

envolvem uma seacuterie de fatores de risco para a populaccedilatildeo exposta tornando particularmente

vulneraacuteveis os trabalhadores formais e informais do setor de resiacuteduos (PAN AMERICAN

HEALTH ORGANIZATION 2005)

Dentre os resiacuteduos soacutelidos aqueles gerados em Estabelecimentos de Assistecircncia agrave

Sauacutede merecem atenccedilatildeo particular por sua fraccedilatildeo (aproximadamente 15) considerada

perigosa (WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005a)

No Brasil resiacuteduos soacutelidos de serviccedilos de sauacutede satildeo todos aqueles gerados em

estabelecimentos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal nos estados

soacutelidos semi-soacutelidos bem como determinados resiacuteduos liacutequidos (BRASIL 2004) e sua

composiccedilatildeo depende do estabelecimento e da atividade que o produz Eacute estabelecido na

legislaccedilatildeo vigente a classificaccedilatildeo de RSS em cinco grupos agrave saber Grupo A constituiacutedo por

Resiacuteduos Bioloacutegicos ou Potencialmente Infectantes Grupo B constituiacutedo por Resiacuteduos

Quiacutemicos Grupo C constituiacutedo por Resiacuteduos Radioativos Grupo D constituiacutedo por

Resiacuteduos Similares aos Soacutelidos Urbanos e Grupo E constituiacutedo por Resiacuteduos

perfurocortantes (BRASIL 2004a 2004b)

A gestatildeo sustentaacutevel e segura dos RSS eacute princiacutepio imperativo na sauacutede puacuteblica e uma

responsabilidade de todos (CHARTIER 2014 WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) Entretanto apesar da contiacutenua sensibilizaccedilatildeo para a necessidade de efetivos padrotildees

13

de desempenho a gestatildeo dos resiacuteduos continua sendo um desafio (BLENKHARN 2007a

2007b MIYAZAKI UNE 2005) representado pela dificuldade em estabelecer praacuteticas

regulares de segregaccedilatildeo acondicionamento e armazenamento dos resiacuteduos mesmo em paiacuteses

considerados economicamente desenvolvidos (SILVA 2011)

Componentes como papelpapelatildeo plaacutesticos e vidros representam a maior

porcentagem em diversos estudos realizados em estabelecimentos de sauacutede poreacutem quando

natildeo segregados dos classificados como infectantes acabam sendo contaminados por estes

(ADUAN et al 2014 ALVES et al 2012a CORREcircA et al 2007 FERREIRA VEIGA

2003 SILVA HOPPE 2005) devendo seguir para aterros sanitaacuterios o que representa um

custo financeiro e ambiental desnecessaacuterio jaacute que apenas a fraccedilatildeo dos resiacuteduos classificados

como perigosos destinar-se-iam aos sistemas mais seguros e dispendiosos (ADUAN et al

2014 SILVA 2011) Ressalta-se a importacircncia da segregaccedilatildeo com ecircnfase na seguranccedila

reduccedilatildeo dos custos com coleta tratamento e destinaccedilatildeo final de resiacuteduos reduccedilatildeo do uso de

mateacuterias-primas maior tempo de vida uacutetil dos aterros e menor impacto ambiental causado

pelos resiacuteduos (SILVA 2011)

A avaliaccedilatildeo metodoloacutegica representa uma ferramenta importante para a compreensatildeo

do sistema de gestatildeo e consequentes melhorias (WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) No Brasil as avaliaccedilotildees de programas de sauacutede tecircm sido evidenciadas como meio

para adequar e otimizar os serviccedilos prestados agrave populaccedilatildeo (BRASIL 2007) A avaliaccedilatildeo eacute

considerada um ldquoprocesso em que se integram avaliadores e avaliados em busca do

comprometimento e do aperfeiccediloamento dos indiviacuteduos grupos programas e instituiccedilotildeesrdquo

(MINAYO 2006)

Sendo assim o objeto deste estudo eacute a Gestatildeo e Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do grupo D em Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

(HURJ) Tendo como questatildeo norteadora ldquoComo se daacute o gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D no Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeirordquo

Espera-se que este estudo contribua com a implementaccedilatildeo e acompanhamento das

praacuteticas preconizadas pela Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos uma vez que forneceraacute

informaccedilotildees para subsidiar a tomada de decisatildeo poliacutetica e gerencial

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

14

Avaliar o gerenciamento do manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D1

em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

112 Objetivos especiacuteficos

Identificar e compreender as legislaccedilotildees vigentes referentes aos RSS

Identificar as etapas de manejo de RSS

Classificar os RSS

Analisar o gerenciamento das etapas de manejo de RSS do HURJ

12 JUSTIFICATIVA

Coerente com a identificaccedilatildeo de um campo pouco explorado especialmente no que

diz respeito agrave avaliaccedilatildeodo sistema de gestatildeo de resiacuteduos do grupo D no acircmbito da sauacutede natildeo

foi identificado na literatura estudosavaliativos que utilizem instrumentos padronizados

confiaacuteveis e vaacutelidos que permitam a comparaccedilatildeo entre eles representando uma estrateacutegia

importante no reforccedilo ao uso da evidecircncia cientiacutefica e subsiacutedio agraves poliacuteticas puacuteblicas (SILVA

2011)

Neste sentido o estudo se justifica por avaliar por meio de instrumento robusto o

GRSS em especial a um grupo tatildeo carente de estudos quanto o grupo D

Desse modo espera-se identificar eventuais lacunas sobre o conhecimento e praacutetica de

Gestatildeo de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede por parte de gestores

profissionais docentes e discentes de um Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeiro

(HURJ) aleacutem de subsidiar dados para a realizaccedilatildeo de cursos de capacitaccedilatildeo eou atualizaccedilatildeo

que se faccedilam necessaacuterios

1 Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos segundo a RDC ANVISA 3062004

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

No Brasil a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2004a) o Conselho

Nacional do Meio Ambiente (BRASIL 2005) e a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

(CNEN 1985) satildeo os Oacutergatildeos responsaacuteveis pela regulaccedilatildeo e orientaccedilatildeo das accedilotildees de gestatildeo e

gerenciamento dos RSS do momento em que satildeo gerados agrave disposiccedilatildeo final incluiacutedos os

aspectos de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental (SILVA 2006)

O Resiacuteduo de Serviccedilo de Sauacutede (RSS) pode ser definido como o total de resiacuteduos

gerados pelos estabelecimentos de assistecircncia agrave sauacutede incluiacutedos os de diagnoacutestico e de

laboratoacuterios parcela dos provenientes de diaacutelise e dispositivos para aplicaccedilatildeo de insulina e

outros perfurocortantes gerados pelo cuidado agrave sauacutede em domiciacutelio (BRASIL 2004a

CHARTIER 2014)

A exposiccedilatildeo aos perfurocortantes e as suas consequecircncias satildeo altamente passiacuteveis de

prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo mediante intervenccedilotildees simples como a vacinaccedilatildeo para trabalhadores

da sauacutede (SILVA CORTEZ VALENTE 2009) e dos que lidam com resiacuteduos de serviccedilos de

sauacutede (RSS) educaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o manejo de resiacuteduos (RUDRASWAMY

SAMPATH DOGGALLI 2012)

Esses resiacuteduos podem causar danos agrave sauacutede humana e meio ambiente quando

inadequadamente gerenciados (CHARTIER 2014) Por exemplo a OMS estima que em 2000

o acesso a seringas contaminadas possa ter sido responsaacutevel por 21 milhotildees de infecccedilotildees pelo

Viacuterus da Hepatite B representando 32 de todas as novas infecccedilotildees 2 milhotildees de Viacuterus da

Hepatite C com uma representaccedilatildeo de 40 e 260 mil infecccedilotildees pelo viacuterus da

imunodeficiecircncia humana (HIV) sendo este representado por 5 de todos os novos casos

(WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005b)

O potencial de contaminaccedilatildeo do solo do ar e das aacuteguas superficiais e subterracircneas na

medida em que os RSS satildeo inadequadamente segregados e dispostos em vazadouros agrave ceacuteu

aberto ou aterros controlados tambeacutem satildeo uma preocupaccedilatildeo mundial (COZENDEY-SILVA

et al 2016 FALQUETO KLIGERMAN ASSUMPCcedilAtildeO 2010 KARAMOUZ et al 2007)

A gestatildeo dos RSS deve se pautar minimamente pelos seguintes princiacutepios princiacutepio

da responsabilidade institucional pois a organizaccedilatildeo que gera o resiacuteduo tem o dever

de eliminaacute-lo de forma segura princiacutepio do poluidor pagador entendendo que quem

produz o resiacuteduo eacute juriacutedica e financeiramente responsaacutevel pela seguranccedila do

16

manuseio e eliminaccedilatildeo do mesmo princiacutepio da precauccedilatildeo esse adverte que a

parcela dos RSS considerada perigosa deve assim ser classificada ateacute que seja

demonstrada que eacute segura princiacutepio da proximidade o qual recomenda o tratamento

e eliminaccedilatildeo de resiacuteduos perigosos em local mais proacuteximo possiacutevel do ponto de

geraccedilatildeo (SILVA 2011)

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL

No Brasil natildeo haacute estatiacutesticas precisas a respeito do nuacutemero de geradores nem da

quantidade de resiacuteduos deserviccedilos de sauacutede gerada diariamente (SILVA 2011) Conforme

explicitado na Pesquisa Nacional de Saneamento Baacutesico (BRASIL 2008) satildeo coletadas

diariamente 259547 toneladas de resiacuteduos no Brasil Estima-se que 17 desses corresponda

aos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede totalizando aproximadamente 4449 toneladas diaacuterias Os

resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede satildeo de natureza diversa sendo necessaacuteria uma classificaccedilatildeo

para a segregaccedilatildeo (GARCIA ZANETTI-RAMOS 2004)

As resoluccedilotildees da Anvisa RDC nordm 30604 e do Conama nordm 35805 convergem para a

seguinte definiccedilatildeo de RSS

[] todos os serviccedilos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal

inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de trabalhos de campo laboratoacuterios

analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios funeraacuterias e serviccedilos em que se

realizem atividades de embalsamento (tanatopraxia e somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos

de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as de manipulaccedilatildeo

estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de controle de

zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores distribuidores e

produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades moacuteveis de

atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem dentre outros

similares (BRASIL 2004a 2005)

O gerenciamento dos RSS pode ser definido como procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e legais

visando minimizar a geraccedilatildeo de resiacuteduos e assegurar agravequeles gerados tratamento transporte e

armazenamento eficientes dispondo proteccedilatildeo aos profissionais envolvidos em todo o

processo assim como a sauacutede puacuteblica recursos naturais e meio ambiente (BRASIL 2004a) O

Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) deve ser elaborado

compatiacutevel com as normas locais relativas agrave coleta transporte e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

17

gerados estabelecidas pelos oacutergatildeos locais responsaacuteveis por estas etapas e baseado nas

caracteriacutesticas dos resiacuteduos gerados e na sua classificaccedilatildeo (ibid)

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS)

A Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria RDC nordm 3062004 e o Conselho Nacional

do Meio Ambiente atraveacutes de sua resoluccedilatildeo nordm 3582005 definem o PGRSS como sendo

O documento que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao manejo dos resiacuteduos

soacutelidos observadas suas caracteriacutesticas e riscos no acircmbito dos estabelecimentos

contemplando os aspectos referentes agrave geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento

coleta armazenamento transporte tratamento e disposiccedilatildeo final bem como as accedilotildees

de proteccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica e ao meio ambiente contemplando assim as etapas do

gerenciamento intra e extra estabelecimento de sauacutede (BRASIL 2004a 2005)

O PGRSS deve ser feito em conjunto com todos os setores de modo que sua

elaboraccedilatildeo implantaccedilatildeo e desenvolvimento do PGRSS devem envolver os setores de

higienizaccedilatildeo e limpeza a Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar ou Comissotildees de

Biosseguranccedila e os Serviccedilos de Engenharia de Seguranccedila e Medicina no Trabalho onde

houver obrigatoriedade de existecircncia desses serviccedilos abrangendo a todos do estabelecimento

gerador (BRASIL 2010b)

A questatildeo da segregaccedilatildeo dos resiacuteduos infectantes requer maior atenccedilatildeo no sentido de

minimizar gastos na sauacutede aleacutem dos cuidados com infecccedilotildees e impacto no ambiente

(CHARTIER 2014) Eacute necessaacuterio e recomendaacutevel que trabalhadores da aacuterea de sauacutede estejam

sempre atualizados quanto agraves normas e rotinas do serviccedilo assim como das medidas de

biosseguranccedila (SILVA et al 2014)

A implementaccedilatildeo das praacuteticas tecnicamente recomendadas estaacute intimamente ligada agrave

qualificaccedilatildeo dos profissionais envolvidos na elaboraccedilatildeo e na aplicaccedilatildeo do plano sob os

aspectos operacionais da seguranccedila do trabalhador e nos aspectos culturais O princiacutepio da

logiacutestica reversa eacute fator determinante na instrumentalizaccedilatildeo de praacuteticas numa perspectiva de

sustentabilidade (CHARTIER 2014) Este princiacutepio eacute definido como a accedilatildeo correspondente

ao caminho inverso da logiacutestica partindo do ponto de consumo para o iniacutecio da cadeia de

geraccedilatildeo considerando fundamentalmente o reaproveitamento como elemento da poliacutetica

ambiental (ALVES et al 2012a BELLAN et al 2012)

18

Segundo Sisinno e Moreira (2005) pelos princiacutepios da ecoeficiecircncia ldquoo

gerenciamento dos resiacuteduos deveria privilegiar em ordem de prioridade a natildeo geraccedilatildeo a

reduccedilatildeo da geraccedilatildeo a reciclagem e finalmente o tratamento ou disposiccedilatildeo finalrdquo tornando

assim a identificaccedilatildeo da fonte geradora uma etapa importante quando o enfoque eacute a natildeo

geraccedilatildeo ou a reduccedilatildeo da geraccedilatildeo

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes no Brasil (2004a 2005) os RSS satildeo

classificados em cinco grupos de modo que os resiacuteduos do Grupo A satildeo resiacuteduos que

possivelmente apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos

do Grupo B referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave

sauacutede puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes e abrasivos

2221 Grupo D

Conforme supracitado estes satildeo resiacuteduos provenientes de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo

apresentam risco bioloacutegico quiacutemico ou radioloacutegico agrave sauacutede ou ao meio ambiente podendo ser

equiparados aos resiacuteduos domiciliares (BRASIL 2005) Nesse grupo satildeo gerados resiacuteduos

compostaacuteveis reciclaacuteveis e aqueles que podem servir para alimentaccedilatildeo de animais e rejeitos

Apesar de natildeo ser uma exigecircncia eacute desejaacutevel que seja realizada segregaccedilatildeo e

identificaccedilatildeo dos resiacuteduos do Grupo D para a reciclagem atraveacutes de um coacutedigo de cores para

os recipientes conforme evidenciado na Fig 1 (BRASIL 2004) Caso natildeo haja segregaccedilatildeo

para a reciclagem natildeo haacute padronizaccedilatildeo para a cor dos recipientes Estudos apontam que a

segregaccedilatildeo se mostra ineficiente natildeo apenas em relaccedilatildeo a coleta seletiva mas tambeacutem a

separaccedilatildeo de outros grupos de RSS (ALVES et al 2012b)

19

Fig 01 ndash Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D devem ser coletados e transportados

separadamente dos resiacuteduos dos outros grupos para que natildeo haja contaminaccedilatildeo (BRASIL

2004) O armazenamento temporaacuterio dos resiacuteduos do Grupo D pode ser na Sala de Resiacuteduos

poreacutem em recipientes exclusivos e identificados para manter a segregaccedilatildeo O armazenamento

externo dos resiacuteduos do Grupo D deve ser em abrigo com no miacutenimo um ambiente separado

para atender ao armazenamento de recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D e outro

ambiente para os grupos A e E (FEAM 2008)

Os resiacuteduos orgacircnicos como flores resiacuteduos de jardinagem sobras de alimento e de

outros que natildeo tenham mantido contato com resiacuteduos infectantes (secreccedilotildees excreccedilotildees ou

outro fluido corpoacutereo) podem ser encaminhados para o processo de compostagem (BRASIL

2004)

Destaca-se que os restos e sobras de alimentos podem ser utilizados para fins de raccedilatildeo

animal desde que submetidos a um tratamento que garanta sua inocuidade avaliado e

comprovado por oacutergatildeo competente da Agricultura e de Vigilacircncia Sanitaacuteria do Municiacutepio

Estado ou do Distrito Federal (ibid)

Os efluentes (resiacuteduos liacutequidos) provenientes da rede esgoto de estabelecimento de

sauacutede devem ser tratados antes do lanccedilamento no corpo receptor ou na rede coletora de

esgoto sempre que natildeo houver sistema de tratamento de esgoto coletivo atendendo agrave aacuterea

onde estaacute localizado o serviccedilo conforme definido na RDC ANVISA nordm 502002 Deve ser

mantido o registro de operaccedilatildeo de venda ou de doaccedilatildeo dos resiacuteduos destinados agrave reciclagem

compostagem e alimentaccedilatildeo de animais (CUSSIOL 2008)

bull Papeacuteis Azul

bull Metais Amarelo

bull Vidros Verde

bull Plaacutesticos Vermelho

bull Resiacuteduos Orgacircnicos Marrom

bull Demais resiacuteduos do Grupo D Cinza

20

223 Etapas de Manejo

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final incluindo as seguintes

etapas

Fig 02 ndash Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

Fonte Adaptado de Silva 2011 p 43

Segregaccedilatildeo

Separaccedilatildeo dos resiacuteduos no momento e local de sua geraccedilatildeo de acordo

com as caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas bioloacutegicas o seu estado

fiacutesico e os riscos envolvidos

Acondicionamento

Ato de embalar corretamente os resiacuteduos segregados conforme suas

caracteriacutesticas

Identificaccedilatildeo

medidas que permitem o reconhecimento dos resiacuteduos

contidos nos sacos e recipientes

Transporte interno

Translado do ponto de geraccedilatildeo ateacute o local de armazenamento temporaacuterio

Tratamento

processoa manuais mecacircnicos fiacutesicos quiacutemicos ou bioloacutegicos que

alterem as caracteriacutesticas dos resiacuteduos visando minimizar riscos agrave

sauacutede e o meio ambiente

Armazenamento Interno Temporaacuterio

Guarda temporaacuteria dos recipientes contendo os resiacuteduos jaacute

acondicionados em local proacuteximo aos pontos de geraccedilatildeo

Armazenamento Externo

Acondicionamento dos resiacuteduos em abrigo em recipientes coletores

adequados em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os

veiacuteculos coletores

Coleta e Transporte Externo

Remoccedilatildeo dos RSS do armazenamento externo ateacute a

unidade de tratamento ou disposiccedilatildeo final

Disposiccedilatildeo Final

Disposiccedilatildeo definitiva de resiacuteduos no solo ou em locais previamente preparados para recebecirc-los As

formas usualmente utilizadas satildeo aterro sanitaacuterio aterro para

resiacuteduos perigosos de Classe I (para resiacuteduos industriais) aterro

controlado lixatildeo ou vazadouro e valas

21

3 METODOLOGIA

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pesquisa de campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa Tem

como teacutecnica de coleta de dados aplicaccedilatildeo de instrumento de pesquisa validado e especiacutefico

para o tema GRSS (HCWM-RAT ndash Versatildeo Brasileira disponiacutevel em

portfolioinovacaofiocruzbr) conforme especificado no item 33 ldquoINSTRUMENTO DE

PESQUISA E COLETA DE DADOSrdquo

A Pesquisa de Campo eacute definida por Lakatos e Marconi (2003) como uma estrateacutegia

de documentaccedilatildeo direta ou seja o levantamento de dados se daacute no local onde ocorre o

fenocircmeno a ser estudado Assim a pesquisa de campo ldquoconsiste na observaccedilatildeo de fatos e

fenocircmenos tal como ocorrem espontaneamente na coleta de dados a eles referentes e no

registro de variaacuteveis que se presume relevantes para analisaacute-losrdquo (ibid p 185)

Segundo Gil (2002 p 131) a pesquisa de campo do tipo descritiva tem a preocupaccedilatildeo

com a descriccedilatildeo tendo maior na profundidade do dado coletado de modo que o pesquisador

tende a ldquopreferir a utilizaccedilatildeo de depoimentos e entrevistas com niacuteveis diversos de

estruturaccedilatildeordquo

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA

Esta pesquisa tem como cenaacuterio um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de

Janeiro Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (CNES 2016) esse

estabelecimento eacute caracterizado como hospital geral com esfera administrativa federal

estando sob gestatildeo municipal A natureza da Organizaccedilatildeo eacute a autarquia (administraccedilatildeo

indireta) ou seja o serviccedilo eacute autocircnomo criado por lei com personalidade juriacutedica

patrimocircnio e receita proacuteprios para executar atividades tiacutepicas da Administraccedilatildeo Puacuteblica que

requeiram gestatildeo administrativa e financeira descentralizada (BRASIL 1990)

Contando com 1442 profissionais 697 dos quais satildeo meacutedicos a unidade realiza

atendimento de demanda referenciada contando com os seguintes tipos de atendimento

Ambulatorial Internaccedilatildeo Urgecircncia e Serviccedilos de Apoio Diagnoacutestico e Terapecircutico

O Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos

bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns (CNES 2016) Sua aacuterea de abrangecircncia atinge

uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de habitantes (ibid)

22

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS

A versatildeo original do HCWM-RAT foi desenvolvida pela Organizaccedilatildeo Mundial da

Sauacutede (OMS) (WHO 2005) como parte de uma estrateacutegia que visa reduzir a carga global de

doenccedilas relacionada com a inadequada gestatildeo dos resiacuteduos especialmente das fases de

tratamento e disposiccedilatildeo final Tendo como objetivo central colaborar com os paiacuteses na

aplicaccedilatildeo de metas estrateacutegicas em especial aquelas contidas em acordos multilaterais como

os de Basileacuteia e de Estocolmo

Este instrumento se destina a avaliaccedilatildeo da performace ambiental no setor sauacutede

visando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas integradas de sauacutede e ambiente Eacute estruturado em

meacutetodo raacutepido de avaliaccedilatildeo2 para GRSS O HCWM-RAT Versatildeo Brasileira (ANEXO 82) eacute

fruto de adaptaccedilatildeo transcultural e validaccedilatildeo para uso em territoacuterio brasileiro (SILVA 2011)

Daacute condiccedilatildeo agrave institucionalizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo na aacuterea da gestatildeo e gerenciamento de resiacuteduos

da produccedilatildeo da sauacutede em concepccedilatildeo teoacuterico-poliacutetica de avaliaccedilatildeo formativa participativa e

emancipatoacuteria eacute capaz de reforccedilar o mecanismo de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo e estrateacutegias

de sauacutede trabalho e ambiente no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) (ibid)

O referido instrumento proposto pela OMS numa perspectiva universalista possui

escopo voltado para avaliaccedilatildeo em niacuteveis local (Estabelecimento de Sauacutede) municipalregional

e federal

Em niacutevel nacional possuiacute 2 (dois) conjuntos de questotildees (B1 e B2) voltados para

questionamento junto ao Ministeacuterio da Sauacutede e Ministeacuterio do Meio Ambiente Para

levantamento de dados junto agraves instacircncias municipais possui o conjunto de questotildees da

ferramenta ldquoCrdquo Em niacutevel local possuiacute 4 (quatro) conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4

endereccedilados agrave administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem eou CCIH (considerando

ambos ou o profissional mais familiarizado com o contexto do gerenciamento de resiacuteduos de

serviccedilos de sauacutede - GRSS na unidade) responsaacutevel (s) pelo GRSS e profissional de serviccedilos

gerais (que manipulemtransportem internamente os resiacuteduos) respectivamente Ressalta-se

que cada iacutetem (questatildeo do questionaacuterio) eacute direcionado a determinado grupo

participanterespondente de modo que o proacuteprio instrumento preacute-estabelece criteacuterios de

inclusatildeo e exclusatildeo da amostra

2 O Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Raacutepida (Rapid Evaluation Methods) utiliza uma mescla de abordagens quanti-qualitativas Seus quatro

princiacutepios satildeo uso de fontes muacuteltiplas rapidez pragmatismo e custo-efetividade (ANKER et al 1993 MCNALL et al 2007)

23

331 Participantes da Pesquisa

Baseado no escopo do instrumento de avaliaccedilatildeo e em seu modus operandi em cada

grupo de iacutetens eacute direcionado a uma categoria de profissionais e setor de atuaccedilatildeo os

participantes deste estudo seratildeo servidores gestores interlocutores profissionais da sauacutede e

profissionais de empresas terceirizadas (manejo para transporte interno e serviccedilo de coleta e

transporte externo) que encontrarem-se dentro dos criteacuterios de inclusatildeo agrave saber

envolvimento direto ou indireto com o setor ou Sistema de Gerenciamento dos Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) diretoresgestores dos ESs puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de

administrador ou semelhante a quem eacute endereccedilada a ferramenta D1 Enfermeira (o) chefe de

CCIH eou SESMT respondentes da ferramenta D2 Gestoresinterlocutores responsaacuteveis ou

participantes da comissatildeo para GRSS para quem se destina a ferramenta D3 e envolvidos

nas etapas de manejo que incluem a coleta e transporteinterno de RSS respondentes da

ferramenta D4 aceitar participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido encontrar-se disponiacutevel durante a coleta de dados e o proacuteprio criteacuterio de inclusatildeo

do item proposto

A coleta de dados ocorreu em 2016 periacuteodo no qual o HURJ em questatildeo passava por

transiccedilatildeo administrativa Teve-se como participantes da pesquisa 01 responsaacutevel pela coleta e

transporte interno de RSS 01 responsaacutevel pela GRSS da unidade 04 Enfermeiros-chefes 02

representantes da Gestatildeo Hospitalar

34 ANAacuteLISE DE DADOS

A anaacutelise ocorre por meio das categorias do instrumento de coleta supracitado O

sistema de avaliaccedilatildeo eacute projetado por toacutepicos na proacutepria planilha na qual a ferramenta eacute

estruturada de modo a obter um perfil da situaccedilatildeo de GRSS Este sistema de classificaccedilatildeo eacute

baseado em questotildees-chave que devem agrave luz das legislaccedilotildees vigentes ser cumpridas para se

garantir um gerenciamento seguro de RSS

35 ASPECTOS EacuteTICOS

Este estudo acata as normas estabelecidas pela portaria 4662012 do Ministeacuterio da

sauacutede para a realizaccedilatildeo de pesquisas com seres humanos que incorpora sob a oacutetica do

24

indiviacuteduo e das coletividades referenciais baacutesicos da bioeacutetica como autonomia natildeo

maleficecircncia equidade justiccedila e beneficecircncia e visando assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado este estudo foi

submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (CAE

56254916900005243 Parecer nordm 1608748)

Ressalta-se que os dados coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por no

miacutenimo 05 anos sob tutela do autor desta pesquisa de forma confidencial Apoacutes este periacuteodo

todo o material coletado seraacute destruiacutedo

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

6 OBRAS CITADAS

ADUAN S A et al Evaluation of healthcare wastes service of group A in the hospitals of

Vitoacuteria (ES) Brazil Engenharia Sanitaria e Ambiental v 19 n 2 p 133ndash141 jun 2014

ALENCAR et al Descarte de medicamentos uma anaacutelise da praacutetica no Programa Sauacutede da

Famiacutelia Ciecircnc sauacutede coletiva v 19 n 7 p 2157-21662014

ALVES et al Manejo de resiacuteduos gerados na assistecircncia domiciliar pela Estrateacutegia de Sauacutede

da Familia Rev Bras Enferm v 65 n 1 p 128-34 2012

ANDREacute S C S VEIGA T B TAKAYANAGUI A M M Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede em hospitais do municiacutepio de Ribeiratildeo Preto (SP) Brasil Eng sanit

ambient v 21 n 1 p 123-130 2016

ANKER M et al Rapid evaluation methods (REM) of health services performance

methodological observations Bull World Health Organization v 71 p15-21 1993

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 10004 classifica os

resiacuteduos soacutelidos quanto aos riscos potenciais aomeio ambiente e agrave sauacutede puacuteblicaRio de

Janeiro 1987 revisada em 2004

ARAUJO P F Anaacutelise da logiacutestica reversa como ferramenta de gestatildeo de resiacuteduos

soacutelidos Dissertaccedilatildeo ( Mestrado em Sauacutede Puacuteblica) ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica

Seacutergio Arouca Rio de Janeiro Fiocruz 2011 99p

BARBOZA Alex Gestatildeo de rejeitos radioativos em serviccedilos de medicina nuclear

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de tecnologia nuclear ndash Aplicaccedilotildees) Universidade

de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Instituto de Pesquisas Energeacuteticas e Nucleares 2009

BELLAN N et al Critical analysis of the regulations regarding the disposal of medication

wasteBraz j pharm sci p 507ndash518 2012

BLENKHARN J I Standards of clinical waste management in hospitals--a second look

Public Health v 121 n 7 p 540ndash5452007

BLECK D WETTBERG W Waste collection in developing countries ndash Tackling

occupational safety and health hazards at their source Waste Manag [Internet] v 31 n 11

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

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83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

97

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99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 6: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

3

AGRADECIMENTOS

Ao Criador pelo sopro da vida pelas oportunidades e pela capacidade de desenvolver as

habilidades necessaacuterias para a realizaccedilatildeo deste sonho

Agrave Universidade Federal Fluminense que me proporcionou cinco anos de contiacutenuo

amadurecimento pessoal e profissional

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) e agrave Fundaccedilatildeo

Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) pela oportunidade de participar do Programa Institucional de

Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (PIBIC) onde pude desenvolver competecircncias necessaacuterias agrave

pesquisa

Agrave Profordf Drordf Eliana Napoleatildeo Cozendey da Silva pela paciecircncia e dedicaccedilatildeo para me guiar em

meus primeiros passos na pesquisa cientiacutefica enquanto orientadora durante meus anos como

bolsista PIBIC na ENSPFiocruz e por acreditar no meu potencial mesmo quando duvidei

Agrave Profordf Drordf Maacutercia Valeacuteria Lima pela paciecircncia e carinho ao me guiar na construccedilatildeo deste

trabalho e por me tranquilizar nos momentos de afliccedilatildeo

Ao Prof Me Andreacute Luiz de Souza Braga pelas contribuiccedilotildees a este trabalho na qualidade de

integrante da Banca Examinadora e por ser um dos exemplos de excelecircncia no ensino e no

acolhimento aos acadecircmicos da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Aos professores e preceptores por partilharem seus conhecimentos de forma humana e

legiacutetima ao longo de minha jornada na Academia Agradeccedilo em especial agraves minhas

inspiraccedilotildees na praacutetica da enfermagem Profordf Eny Doacuterea Profordf Liliane Faria Profordf Rosane

Burla Profordf Emiacutelia Cursino Prof Audrey Vidal Profordf Thallita Delphino e Profordf Marilda

Andrade

Aos pacientes pela confianccedila que depositaram em mim ao longo da formaccedilatildeo e

proporcionarem a construccedilatildeo de conhecimentos acerca da natureza humana

Aos meus colegas do Centro de Estudos em Sauacutede do Trabalhador e Ecologia

HumanaENSPFIOCRUZ Liliane Reis Teixeira um exemplo de competecircncia e humildade

Ariane Leites Larentis pela co-orientaccedilatildeo em minha Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica Daniel Valente por

tornar leves os momentos de tensatildeo e pelas ideias inspiradoras Ionice Caroline Silva por

provar que nunca eacute cedo demais para escolher o caminho a seguir Gilvania Coutinho pelo

acolhimento e carinho Thiago Diniz pela paciecircncia e auxilio nos trabalhos de grupo

Wellington Meira pela parceria nos projetos desenvolvidos

Aos meus companheiros de graduaccedilatildeo em especial a turma que ingressou no semestre de

20112 por compartilharem comigo essa pequena jornada dividindo laacutegrimas sorrisos e

algumas reaccedilotildees tempestuosas

Aos amigos pelo carinho e sensibilidade que me dedicaram durante estes 5 anos de

graduaccedilatildeo

Ao Iago Lopes Daflon por nunca deixar que me esquecesse do objetivo final

4

Agrave minha amada famiacutelia meus pais Joatildeo Batista e Maria do Carmo pelo amor apoio e pelo

exemplo de garra e resiliecircncia minhas irmatildes Francine e Michelle por dividirem comigo os

piores e melhores momentos sempre se fazendo presentes apesar da distacircncia fiacutesica meus

sobrinhos Maria Eduarda Lorenzzo e Victoacuteria por ser fonte de inspiraccedilatildeo meus tios avoacutes e

primos por demonstrarem o valor da uniatildeo familiar minha avoacute Maria pelos conselhos sempre

assertivos e ao mesmo tempo amorosos

5

O intelectual natildeo cria o mundo no qual vive Ele

jaacute faz muito quando consegue ajudar a

compreendecirc-lo e explica-lo como ponto de

partida para sua alteraccedilatildeo real

Florestan Fernandes

6

RESUMO

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) definidos como o fluxo total de resiacuteduos que

resultam da assistecircncia agrave sauacutede humana ou animal podem ser classificados em Grupo A

constituiacutedo por resiacuteduos bioloacutegicos ou potencialmente infectantes Grupo B constituiacutedo por

resiacuteduos quiacutemicos Grupo C constituiacutedo por rejeitos radioativos Grupo D constituiacutedo por

resiacuteduos similares aos soacutelidos urbanos e Grupo E constituiacutedo por resiacuteduos perfurocortantes

O Gerenciamento dos RSS eacute definido como um conjunto de procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos aleacutem de

propiciar seu encaminhamento seguro e eficiente desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final de

modo a proteger a sauacutede do trabalhador dos riscos inerentes ao manejo dos RSS preservar a

sauacutede puacuteblica e ambiental A Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos atualizada em 2012

legitima a crescente preocupaccedilatildeo com a preservaccedilatildeo dos recursos naturais e destinaccedilatildeo final

ambientalmente adequada dos resiacuteduos incluiacutedo os de RSS Coerente com a identificaccedilatildeo de

um campo pouco explorado no que diz respeito agrave avaliaccedilatildeo do gerenciamento de resiacuteduos do

Grupo D este estudo tem como objetivo geral avaliar o Gerenciamento dos RSS do Grupo D

em um hospital universitaacuterio Adota-se como procedimento metodoloacutegico a pesquisa de

campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa atraveacutes do instrumento

Health-Care Waste Management - Rapid Assessment Tool Versatildeo Brasileira concebido

originalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede e transculturalmente adaptado e validado

por Silva (2011) O campo de estudo eacute um hospital universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

onde foram aplicados quatro conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4 endereccedilados agrave

administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem profissionais responsaacuteveis pelo GRSS e

profissionais de serviccedilos gerais respectivamente Com base nos resultados obtidos o trabalho

discute a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo

a tornar este processo mais seguro para o homem e o ambiente Eacute levado em consideraccedilatildeo que

os resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em todos os setores da unidade e representam o maior

volume dentre todos os RSS devendo ser preferencialmente encaminhados para reciclagem

Este estudo contribui para a identificaccedilatildeo e anaacutelise acerca de lacunas no conhecimento sobre o

GRSS somando para o subsiacutedio na tomada de decisatildeo gerencial e procedimentos formativos

em unidades hospitalares

Palavras-chave Enfermagem Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede Sauacutede Coletiva Sauacutede

Ambiental Sauacutede do Trabalhador

7

ABSTRACT

The Health-Care Waste (HCW) defined as all the flow of waste that result from the system of

human or animal health may be categorized as Group A which is biological waste or the

kind that is potentially infectious Group B which is chemical waste Group C radioactive

waste Group D waste similar to urban solids and Group E sharp waste HCW management

is defined as a group of management procedures planned and implemented with the goal of

minimizing waste generation also propitiating its efficient and safe routing from its

generation to the final disposal protecting the health of the worker from inherent risks from

HCW management to preserve public and environmental health The National Solid Waste

Policy updated in 2012 legitimates a rising corcern with the preservation and

environmentally concious final destination of waste including the HCW kind This research

is coherent with the identification of a less explored field in regard to the management of

Group D waste assessment Therefore it aims to assess the HCW management in a university

hospital This study adopts field research as a methodological procedure of the descriptive and

exploratory type with a qualitative approach through the Health-Care Waste Management -

Rapid Assessment Tool Brazilian Version (HCWM-RAT Brazilian Version) originally

conceived by the World Health Organization and cross-culturally adapted and validated by

Silva (2011) The field of study is a university hospital in the state of Rio de Janeiro where

four sets of questions were applied D1 D2 D3 and D4 addressed to the hospital

administration head of nursing professionals responsible for HCW Management and general

service professionals respectively Based on the results obtained this work discusses the

adequacy of the methods of collection transport treatment and final disposal in order to

make this process safer for men and the environment It is considered that Group D waste is

generated in all sectors of the unit and represents the largest volume among all HCW and they

should preferably be forwarded to recycling This study contributes to the identification and

analysis of gaps in knowledge about HCW management contributing to the subsidy in

managerial decision making and training procedures in hospital units

Keywords Nursing Health Care Waste Management Public Health Environmental Health

Occupacional Health

8

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Fig 1 Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D f 19

Fig 2 Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede f 20

Quadro 1 Caracterizaccedilatildeo dos participantes f 25

Fig 3 ResiacuteduosRejeitos do HURJ f 26

Fig 4 Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ f 27

Quadro 2 Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1 f 29

Quadro 3 Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2 f 30

Quadro 4 Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 f 31

Fig 5 Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo) f 31

Quadro 5 Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade f 32

Quadro 6 Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio f 34

Quadro 7 Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2 f 35

Quadro 8 Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4 f 37

Quadro 9 Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2 f 40

Quadro 10 Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1 f 40

Quadro 11 Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2 f 43

Quadro 12 Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2 f 43

9

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

CCIH Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar

CNEN Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

DIP Doenccedila Infecciosas e Parasitaacuterias

EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

ENSP Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Seacutergio Arouca

ESs Estabelecimentos de Sauacutede

FEAM Fundaccedilatildeo Estadual do Meio Ambiente

FIOCRUZ Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz

GRSS Gerenciamento dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

HCWM-RAT Health-Care Waste Management ndash Rapid Assessment Tools

HIV viacuterus da imunodeficiecircncia humana

HURJ Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

PGRSS Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

PIBIC Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica

RDC Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada

RSS Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

UFF Universidade Federal Fluminense

VHB Viacuterus da Hepatite B

VHC Viacuterus da Hepatite C

WHO World Health Organization

10

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 12

11 OBJETIVOS p 13

111 Objetivo geral p 13

112 Objetivos especiacuteficos p 14

12 JUSTIFICATIVA p 14

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 15

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE p 15

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL p 16

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS) p 17

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede p 18

2221 Grupo D p 18

223 Etapas de Manejo p 20

3 METODOLOGIA p 21

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA p 21

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA p 21

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS p 22

331 Participantes da Pesquisa p 23

34 ANAacuteLISE DE DADOS p 23

35 ASPECTOS EacuteTICOS p 23

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 25

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE p 25

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE p 28

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE p 30

44 ETAPAS DE MANEJO p 34

441 Segregaccedilatildeo p 34

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta p 38

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS p 43

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 45

11

6 OBRAS CITADAS p 47

7 APEcircNDICES p 52

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 52

8 ANEXOS p 54

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA p 54

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA p 58

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ p 95

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ p 105

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL p 106

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

O Gerenciamento dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) surgiu como

inquietaccedilatildeo ao longo da formaccedilatildeo acadecircmica logo nos primeiros momentos de praacutetica

hospitalar considerando as diversas situaccedilotildees onde o Gerenciamento de Resiacuteduos foi

realizado e orientado de forma inadequada pelos docentes profissionais e acadecircmicos mais

avanccedilados no curso Tal inquietaccedilatildeo intensificou-se fortemente atraveacutes da inserccedilatildeo da

discente responsaacutevel por este estudo agrave maneira cientiacutefica de produzir conhecimento

possibilitada pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica na Fundaccedilatildeo

Oswaldo Cruz Atraveacutes do subprojeto desenvolvido na Fundaccedilatildeo foi possiacutevel aprofundar os

conhecimentos sobre a temaacutetica e instrumentos de avaliaccedilatildeo de GRSS Dentre estes

instrumentos destaca-se Health-Care Waste Management ndash Rapid Assessment Tool (HCWM-

RAT) ndash Versatildeo Brasileira

O tratamento e destinaccedilatildeo adequados dos resiacuteduos (subprodutos da produccedilatildeo de bens

ou serviccedilos) se apresentam como um dos desafios no cenaacuterio atual (SILVA 2011) As

diversas etapas de manejo de resiacuteduos soacutelidos desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final

envolvem uma seacuterie de fatores de risco para a populaccedilatildeo exposta tornando particularmente

vulneraacuteveis os trabalhadores formais e informais do setor de resiacuteduos (PAN AMERICAN

HEALTH ORGANIZATION 2005)

Dentre os resiacuteduos soacutelidos aqueles gerados em Estabelecimentos de Assistecircncia agrave

Sauacutede merecem atenccedilatildeo particular por sua fraccedilatildeo (aproximadamente 15) considerada

perigosa (WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005a)

No Brasil resiacuteduos soacutelidos de serviccedilos de sauacutede satildeo todos aqueles gerados em

estabelecimentos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal nos estados

soacutelidos semi-soacutelidos bem como determinados resiacuteduos liacutequidos (BRASIL 2004) e sua

composiccedilatildeo depende do estabelecimento e da atividade que o produz Eacute estabelecido na

legislaccedilatildeo vigente a classificaccedilatildeo de RSS em cinco grupos agrave saber Grupo A constituiacutedo por

Resiacuteduos Bioloacutegicos ou Potencialmente Infectantes Grupo B constituiacutedo por Resiacuteduos

Quiacutemicos Grupo C constituiacutedo por Resiacuteduos Radioativos Grupo D constituiacutedo por

Resiacuteduos Similares aos Soacutelidos Urbanos e Grupo E constituiacutedo por Resiacuteduos

perfurocortantes (BRASIL 2004a 2004b)

A gestatildeo sustentaacutevel e segura dos RSS eacute princiacutepio imperativo na sauacutede puacuteblica e uma

responsabilidade de todos (CHARTIER 2014 WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) Entretanto apesar da contiacutenua sensibilizaccedilatildeo para a necessidade de efetivos padrotildees

13

de desempenho a gestatildeo dos resiacuteduos continua sendo um desafio (BLENKHARN 2007a

2007b MIYAZAKI UNE 2005) representado pela dificuldade em estabelecer praacuteticas

regulares de segregaccedilatildeo acondicionamento e armazenamento dos resiacuteduos mesmo em paiacuteses

considerados economicamente desenvolvidos (SILVA 2011)

Componentes como papelpapelatildeo plaacutesticos e vidros representam a maior

porcentagem em diversos estudos realizados em estabelecimentos de sauacutede poreacutem quando

natildeo segregados dos classificados como infectantes acabam sendo contaminados por estes

(ADUAN et al 2014 ALVES et al 2012a CORREcircA et al 2007 FERREIRA VEIGA

2003 SILVA HOPPE 2005) devendo seguir para aterros sanitaacuterios o que representa um

custo financeiro e ambiental desnecessaacuterio jaacute que apenas a fraccedilatildeo dos resiacuteduos classificados

como perigosos destinar-se-iam aos sistemas mais seguros e dispendiosos (ADUAN et al

2014 SILVA 2011) Ressalta-se a importacircncia da segregaccedilatildeo com ecircnfase na seguranccedila

reduccedilatildeo dos custos com coleta tratamento e destinaccedilatildeo final de resiacuteduos reduccedilatildeo do uso de

mateacuterias-primas maior tempo de vida uacutetil dos aterros e menor impacto ambiental causado

pelos resiacuteduos (SILVA 2011)

A avaliaccedilatildeo metodoloacutegica representa uma ferramenta importante para a compreensatildeo

do sistema de gestatildeo e consequentes melhorias (WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) No Brasil as avaliaccedilotildees de programas de sauacutede tecircm sido evidenciadas como meio

para adequar e otimizar os serviccedilos prestados agrave populaccedilatildeo (BRASIL 2007) A avaliaccedilatildeo eacute

considerada um ldquoprocesso em que se integram avaliadores e avaliados em busca do

comprometimento e do aperfeiccediloamento dos indiviacuteduos grupos programas e instituiccedilotildeesrdquo

(MINAYO 2006)

Sendo assim o objeto deste estudo eacute a Gestatildeo e Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do grupo D em Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

(HURJ) Tendo como questatildeo norteadora ldquoComo se daacute o gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D no Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeirordquo

Espera-se que este estudo contribua com a implementaccedilatildeo e acompanhamento das

praacuteticas preconizadas pela Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos uma vez que forneceraacute

informaccedilotildees para subsidiar a tomada de decisatildeo poliacutetica e gerencial

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

14

Avaliar o gerenciamento do manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D1

em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

112 Objetivos especiacuteficos

Identificar e compreender as legislaccedilotildees vigentes referentes aos RSS

Identificar as etapas de manejo de RSS

Classificar os RSS

Analisar o gerenciamento das etapas de manejo de RSS do HURJ

12 JUSTIFICATIVA

Coerente com a identificaccedilatildeo de um campo pouco explorado especialmente no que

diz respeito agrave avaliaccedilatildeodo sistema de gestatildeo de resiacuteduos do grupo D no acircmbito da sauacutede natildeo

foi identificado na literatura estudosavaliativos que utilizem instrumentos padronizados

confiaacuteveis e vaacutelidos que permitam a comparaccedilatildeo entre eles representando uma estrateacutegia

importante no reforccedilo ao uso da evidecircncia cientiacutefica e subsiacutedio agraves poliacuteticas puacuteblicas (SILVA

2011)

Neste sentido o estudo se justifica por avaliar por meio de instrumento robusto o

GRSS em especial a um grupo tatildeo carente de estudos quanto o grupo D

Desse modo espera-se identificar eventuais lacunas sobre o conhecimento e praacutetica de

Gestatildeo de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede por parte de gestores

profissionais docentes e discentes de um Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeiro

(HURJ) aleacutem de subsidiar dados para a realizaccedilatildeo de cursos de capacitaccedilatildeo eou atualizaccedilatildeo

que se faccedilam necessaacuterios

1 Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos segundo a RDC ANVISA 3062004

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

No Brasil a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2004a) o Conselho

Nacional do Meio Ambiente (BRASIL 2005) e a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

(CNEN 1985) satildeo os Oacutergatildeos responsaacuteveis pela regulaccedilatildeo e orientaccedilatildeo das accedilotildees de gestatildeo e

gerenciamento dos RSS do momento em que satildeo gerados agrave disposiccedilatildeo final incluiacutedos os

aspectos de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental (SILVA 2006)

O Resiacuteduo de Serviccedilo de Sauacutede (RSS) pode ser definido como o total de resiacuteduos

gerados pelos estabelecimentos de assistecircncia agrave sauacutede incluiacutedos os de diagnoacutestico e de

laboratoacuterios parcela dos provenientes de diaacutelise e dispositivos para aplicaccedilatildeo de insulina e

outros perfurocortantes gerados pelo cuidado agrave sauacutede em domiciacutelio (BRASIL 2004a

CHARTIER 2014)

A exposiccedilatildeo aos perfurocortantes e as suas consequecircncias satildeo altamente passiacuteveis de

prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo mediante intervenccedilotildees simples como a vacinaccedilatildeo para trabalhadores

da sauacutede (SILVA CORTEZ VALENTE 2009) e dos que lidam com resiacuteduos de serviccedilos de

sauacutede (RSS) educaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o manejo de resiacuteduos (RUDRASWAMY

SAMPATH DOGGALLI 2012)

Esses resiacuteduos podem causar danos agrave sauacutede humana e meio ambiente quando

inadequadamente gerenciados (CHARTIER 2014) Por exemplo a OMS estima que em 2000

o acesso a seringas contaminadas possa ter sido responsaacutevel por 21 milhotildees de infecccedilotildees pelo

Viacuterus da Hepatite B representando 32 de todas as novas infecccedilotildees 2 milhotildees de Viacuterus da

Hepatite C com uma representaccedilatildeo de 40 e 260 mil infecccedilotildees pelo viacuterus da

imunodeficiecircncia humana (HIV) sendo este representado por 5 de todos os novos casos

(WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005b)

O potencial de contaminaccedilatildeo do solo do ar e das aacuteguas superficiais e subterracircneas na

medida em que os RSS satildeo inadequadamente segregados e dispostos em vazadouros agrave ceacuteu

aberto ou aterros controlados tambeacutem satildeo uma preocupaccedilatildeo mundial (COZENDEY-SILVA

et al 2016 FALQUETO KLIGERMAN ASSUMPCcedilAtildeO 2010 KARAMOUZ et al 2007)

A gestatildeo dos RSS deve se pautar minimamente pelos seguintes princiacutepios princiacutepio

da responsabilidade institucional pois a organizaccedilatildeo que gera o resiacuteduo tem o dever

de eliminaacute-lo de forma segura princiacutepio do poluidor pagador entendendo que quem

produz o resiacuteduo eacute juriacutedica e financeiramente responsaacutevel pela seguranccedila do

16

manuseio e eliminaccedilatildeo do mesmo princiacutepio da precauccedilatildeo esse adverte que a

parcela dos RSS considerada perigosa deve assim ser classificada ateacute que seja

demonstrada que eacute segura princiacutepio da proximidade o qual recomenda o tratamento

e eliminaccedilatildeo de resiacuteduos perigosos em local mais proacuteximo possiacutevel do ponto de

geraccedilatildeo (SILVA 2011)

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL

No Brasil natildeo haacute estatiacutesticas precisas a respeito do nuacutemero de geradores nem da

quantidade de resiacuteduos deserviccedilos de sauacutede gerada diariamente (SILVA 2011) Conforme

explicitado na Pesquisa Nacional de Saneamento Baacutesico (BRASIL 2008) satildeo coletadas

diariamente 259547 toneladas de resiacuteduos no Brasil Estima-se que 17 desses corresponda

aos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede totalizando aproximadamente 4449 toneladas diaacuterias Os

resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede satildeo de natureza diversa sendo necessaacuteria uma classificaccedilatildeo

para a segregaccedilatildeo (GARCIA ZANETTI-RAMOS 2004)

As resoluccedilotildees da Anvisa RDC nordm 30604 e do Conama nordm 35805 convergem para a

seguinte definiccedilatildeo de RSS

[] todos os serviccedilos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal

inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de trabalhos de campo laboratoacuterios

analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios funeraacuterias e serviccedilos em que se

realizem atividades de embalsamento (tanatopraxia e somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos

de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as de manipulaccedilatildeo

estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de controle de

zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores distribuidores e

produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades moacuteveis de

atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem dentre outros

similares (BRASIL 2004a 2005)

O gerenciamento dos RSS pode ser definido como procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e legais

visando minimizar a geraccedilatildeo de resiacuteduos e assegurar agravequeles gerados tratamento transporte e

armazenamento eficientes dispondo proteccedilatildeo aos profissionais envolvidos em todo o

processo assim como a sauacutede puacuteblica recursos naturais e meio ambiente (BRASIL 2004a) O

Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) deve ser elaborado

compatiacutevel com as normas locais relativas agrave coleta transporte e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

17

gerados estabelecidas pelos oacutergatildeos locais responsaacuteveis por estas etapas e baseado nas

caracteriacutesticas dos resiacuteduos gerados e na sua classificaccedilatildeo (ibid)

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS)

A Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria RDC nordm 3062004 e o Conselho Nacional

do Meio Ambiente atraveacutes de sua resoluccedilatildeo nordm 3582005 definem o PGRSS como sendo

O documento que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao manejo dos resiacuteduos

soacutelidos observadas suas caracteriacutesticas e riscos no acircmbito dos estabelecimentos

contemplando os aspectos referentes agrave geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento

coleta armazenamento transporte tratamento e disposiccedilatildeo final bem como as accedilotildees

de proteccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica e ao meio ambiente contemplando assim as etapas do

gerenciamento intra e extra estabelecimento de sauacutede (BRASIL 2004a 2005)

O PGRSS deve ser feito em conjunto com todos os setores de modo que sua

elaboraccedilatildeo implantaccedilatildeo e desenvolvimento do PGRSS devem envolver os setores de

higienizaccedilatildeo e limpeza a Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar ou Comissotildees de

Biosseguranccedila e os Serviccedilos de Engenharia de Seguranccedila e Medicina no Trabalho onde

houver obrigatoriedade de existecircncia desses serviccedilos abrangendo a todos do estabelecimento

gerador (BRASIL 2010b)

A questatildeo da segregaccedilatildeo dos resiacuteduos infectantes requer maior atenccedilatildeo no sentido de

minimizar gastos na sauacutede aleacutem dos cuidados com infecccedilotildees e impacto no ambiente

(CHARTIER 2014) Eacute necessaacuterio e recomendaacutevel que trabalhadores da aacuterea de sauacutede estejam

sempre atualizados quanto agraves normas e rotinas do serviccedilo assim como das medidas de

biosseguranccedila (SILVA et al 2014)

A implementaccedilatildeo das praacuteticas tecnicamente recomendadas estaacute intimamente ligada agrave

qualificaccedilatildeo dos profissionais envolvidos na elaboraccedilatildeo e na aplicaccedilatildeo do plano sob os

aspectos operacionais da seguranccedila do trabalhador e nos aspectos culturais O princiacutepio da

logiacutestica reversa eacute fator determinante na instrumentalizaccedilatildeo de praacuteticas numa perspectiva de

sustentabilidade (CHARTIER 2014) Este princiacutepio eacute definido como a accedilatildeo correspondente

ao caminho inverso da logiacutestica partindo do ponto de consumo para o iniacutecio da cadeia de

geraccedilatildeo considerando fundamentalmente o reaproveitamento como elemento da poliacutetica

ambiental (ALVES et al 2012a BELLAN et al 2012)

18

Segundo Sisinno e Moreira (2005) pelos princiacutepios da ecoeficiecircncia ldquoo

gerenciamento dos resiacuteduos deveria privilegiar em ordem de prioridade a natildeo geraccedilatildeo a

reduccedilatildeo da geraccedilatildeo a reciclagem e finalmente o tratamento ou disposiccedilatildeo finalrdquo tornando

assim a identificaccedilatildeo da fonte geradora uma etapa importante quando o enfoque eacute a natildeo

geraccedilatildeo ou a reduccedilatildeo da geraccedilatildeo

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes no Brasil (2004a 2005) os RSS satildeo

classificados em cinco grupos de modo que os resiacuteduos do Grupo A satildeo resiacuteduos que

possivelmente apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos

do Grupo B referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave

sauacutede puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes e abrasivos

2221 Grupo D

Conforme supracitado estes satildeo resiacuteduos provenientes de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo

apresentam risco bioloacutegico quiacutemico ou radioloacutegico agrave sauacutede ou ao meio ambiente podendo ser

equiparados aos resiacuteduos domiciliares (BRASIL 2005) Nesse grupo satildeo gerados resiacuteduos

compostaacuteveis reciclaacuteveis e aqueles que podem servir para alimentaccedilatildeo de animais e rejeitos

Apesar de natildeo ser uma exigecircncia eacute desejaacutevel que seja realizada segregaccedilatildeo e

identificaccedilatildeo dos resiacuteduos do Grupo D para a reciclagem atraveacutes de um coacutedigo de cores para

os recipientes conforme evidenciado na Fig 1 (BRASIL 2004) Caso natildeo haja segregaccedilatildeo

para a reciclagem natildeo haacute padronizaccedilatildeo para a cor dos recipientes Estudos apontam que a

segregaccedilatildeo se mostra ineficiente natildeo apenas em relaccedilatildeo a coleta seletiva mas tambeacutem a

separaccedilatildeo de outros grupos de RSS (ALVES et al 2012b)

19

Fig 01 ndash Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D devem ser coletados e transportados

separadamente dos resiacuteduos dos outros grupos para que natildeo haja contaminaccedilatildeo (BRASIL

2004) O armazenamento temporaacuterio dos resiacuteduos do Grupo D pode ser na Sala de Resiacuteduos

poreacutem em recipientes exclusivos e identificados para manter a segregaccedilatildeo O armazenamento

externo dos resiacuteduos do Grupo D deve ser em abrigo com no miacutenimo um ambiente separado

para atender ao armazenamento de recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D e outro

ambiente para os grupos A e E (FEAM 2008)

Os resiacuteduos orgacircnicos como flores resiacuteduos de jardinagem sobras de alimento e de

outros que natildeo tenham mantido contato com resiacuteduos infectantes (secreccedilotildees excreccedilotildees ou

outro fluido corpoacutereo) podem ser encaminhados para o processo de compostagem (BRASIL

2004)

Destaca-se que os restos e sobras de alimentos podem ser utilizados para fins de raccedilatildeo

animal desde que submetidos a um tratamento que garanta sua inocuidade avaliado e

comprovado por oacutergatildeo competente da Agricultura e de Vigilacircncia Sanitaacuteria do Municiacutepio

Estado ou do Distrito Federal (ibid)

Os efluentes (resiacuteduos liacutequidos) provenientes da rede esgoto de estabelecimento de

sauacutede devem ser tratados antes do lanccedilamento no corpo receptor ou na rede coletora de

esgoto sempre que natildeo houver sistema de tratamento de esgoto coletivo atendendo agrave aacuterea

onde estaacute localizado o serviccedilo conforme definido na RDC ANVISA nordm 502002 Deve ser

mantido o registro de operaccedilatildeo de venda ou de doaccedilatildeo dos resiacuteduos destinados agrave reciclagem

compostagem e alimentaccedilatildeo de animais (CUSSIOL 2008)

bull Papeacuteis Azul

bull Metais Amarelo

bull Vidros Verde

bull Plaacutesticos Vermelho

bull Resiacuteduos Orgacircnicos Marrom

bull Demais resiacuteduos do Grupo D Cinza

20

223 Etapas de Manejo

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final incluindo as seguintes

etapas

Fig 02 ndash Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

Fonte Adaptado de Silva 2011 p 43

Segregaccedilatildeo

Separaccedilatildeo dos resiacuteduos no momento e local de sua geraccedilatildeo de acordo

com as caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas bioloacutegicas o seu estado

fiacutesico e os riscos envolvidos

Acondicionamento

Ato de embalar corretamente os resiacuteduos segregados conforme suas

caracteriacutesticas

Identificaccedilatildeo

medidas que permitem o reconhecimento dos resiacuteduos

contidos nos sacos e recipientes

Transporte interno

Translado do ponto de geraccedilatildeo ateacute o local de armazenamento temporaacuterio

Tratamento

processoa manuais mecacircnicos fiacutesicos quiacutemicos ou bioloacutegicos que

alterem as caracteriacutesticas dos resiacuteduos visando minimizar riscos agrave

sauacutede e o meio ambiente

Armazenamento Interno Temporaacuterio

Guarda temporaacuteria dos recipientes contendo os resiacuteduos jaacute

acondicionados em local proacuteximo aos pontos de geraccedilatildeo

Armazenamento Externo

Acondicionamento dos resiacuteduos em abrigo em recipientes coletores

adequados em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os

veiacuteculos coletores

Coleta e Transporte Externo

Remoccedilatildeo dos RSS do armazenamento externo ateacute a

unidade de tratamento ou disposiccedilatildeo final

Disposiccedilatildeo Final

Disposiccedilatildeo definitiva de resiacuteduos no solo ou em locais previamente preparados para recebecirc-los As

formas usualmente utilizadas satildeo aterro sanitaacuterio aterro para

resiacuteduos perigosos de Classe I (para resiacuteduos industriais) aterro

controlado lixatildeo ou vazadouro e valas

21

3 METODOLOGIA

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pesquisa de campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa Tem

como teacutecnica de coleta de dados aplicaccedilatildeo de instrumento de pesquisa validado e especiacutefico

para o tema GRSS (HCWM-RAT ndash Versatildeo Brasileira disponiacutevel em

portfolioinovacaofiocruzbr) conforme especificado no item 33 ldquoINSTRUMENTO DE

PESQUISA E COLETA DE DADOSrdquo

A Pesquisa de Campo eacute definida por Lakatos e Marconi (2003) como uma estrateacutegia

de documentaccedilatildeo direta ou seja o levantamento de dados se daacute no local onde ocorre o

fenocircmeno a ser estudado Assim a pesquisa de campo ldquoconsiste na observaccedilatildeo de fatos e

fenocircmenos tal como ocorrem espontaneamente na coleta de dados a eles referentes e no

registro de variaacuteveis que se presume relevantes para analisaacute-losrdquo (ibid p 185)

Segundo Gil (2002 p 131) a pesquisa de campo do tipo descritiva tem a preocupaccedilatildeo

com a descriccedilatildeo tendo maior na profundidade do dado coletado de modo que o pesquisador

tende a ldquopreferir a utilizaccedilatildeo de depoimentos e entrevistas com niacuteveis diversos de

estruturaccedilatildeordquo

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA

Esta pesquisa tem como cenaacuterio um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de

Janeiro Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (CNES 2016) esse

estabelecimento eacute caracterizado como hospital geral com esfera administrativa federal

estando sob gestatildeo municipal A natureza da Organizaccedilatildeo eacute a autarquia (administraccedilatildeo

indireta) ou seja o serviccedilo eacute autocircnomo criado por lei com personalidade juriacutedica

patrimocircnio e receita proacuteprios para executar atividades tiacutepicas da Administraccedilatildeo Puacuteblica que

requeiram gestatildeo administrativa e financeira descentralizada (BRASIL 1990)

Contando com 1442 profissionais 697 dos quais satildeo meacutedicos a unidade realiza

atendimento de demanda referenciada contando com os seguintes tipos de atendimento

Ambulatorial Internaccedilatildeo Urgecircncia e Serviccedilos de Apoio Diagnoacutestico e Terapecircutico

O Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos

bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns (CNES 2016) Sua aacuterea de abrangecircncia atinge

uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de habitantes (ibid)

22

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS

A versatildeo original do HCWM-RAT foi desenvolvida pela Organizaccedilatildeo Mundial da

Sauacutede (OMS) (WHO 2005) como parte de uma estrateacutegia que visa reduzir a carga global de

doenccedilas relacionada com a inadequada gestatildeo dos resiacuteduos especialmente das fases de

tratamento e disposiccedilatildeo final Tendo como objetivo central colaborar com os paiacuteses na

aplicaccedilatildeo de metas estrateacutegicas em especial aquelas contidas em acordos multilaterais como

os de Basileacuteia e de Estocolmo

Este instrumento se destina a avaliaccedilatildeo da performace ambiental no setor sauacutede

visando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas integradas de sauacutede e ambiente Eacute estruturado em

meacutetodo raacutepido de avaliaccedilatildeo2 para GRSS O HCWM-RAT Versatildeo Brasileira (ANEXO 82) eacute

fruto de adaptaccedilatildeo transcultural e validaccedilatildeo para uso em territoacuterio brasileiro (SILVA 2011)

Daacute condiccedilatildeo agrave institucionalizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo na aacuterea da gestatildeo e gerenciamento de resiacuteduos

da produccedilatildeo da sauacutede em concepccedilatildeo teoacuterico-poliacutetica de avaliaccedilatildeo formativa participativa e

emancipatoacuteria eacute capaz de reforccedilar o mecanismo de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo e estrateacutegias

de sauacutede trabalho e ambiente no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) (ibid)

O referido instrumento proposto pela OMS numa perspectiva universalista possui

escopo voltado para avaliaccedilatildeo em niacuteveis local (Estabelecimento de Sauacutede) municipalregional

e federal

Em niacutevel nacional possuiacute 2 (dois) conjuntos de questotildees (B1 e B2) voltados para

questionamento junto ao Ministeacuterio da Sauacutede e Ministeacuterio do Meio Ambiente Para

levantamento de dados junto agraves instacircncias municipais possui o conjunto de questotildees da

ferramenta ldquoCrdquo Em niacutevel local possuiacute 4 (quatro) conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4

endereccedilados agrave administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem eou CCIH (considerando

ambos ou o profissional mais familiarizado com o contexto do gerenciamento de resiacuteduos de

serviccedilos de sauacutede - GRSS na unidade) responsaacutevel (s) pelo GRSS e profissional de serviccedilos

gerais (que manipulemtransportem internamente os resiacuteduos) respectivamente Ressalta-se

que cada iacutetem (questatildeo do questionaacuterio) eacute direcionado a determinado grupo

participanterespondente de modo que o proacuteprio instrumento preacute-estabelece criteacuterios de

inclusatildeo e exclusatildeo da amostra

2 O Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Raacutepida (Rapid Evaluation Methods) utiliza uma mescla de abordagens quanti-qualitativas Seus quatro

princiacutepios satildeo uso de fontes muacuteltiplas rapidez pragmatismo e custo-efetividade (ANKER et al 1993 MCNALL et al 2007)

23

331 Participantes da Pesquisa

Baseado no escopo do instrumento de avaliaccedilatildeo e em seu modus operandi em cada

grupo de iacutetens eacute direcionado a uma categoria de profissionais e setor de atuaccedilatildeo os

participantes deste estudo seratildeo servidores gestores interlocutores profissionais da sauacutede e

profissionais de empresas terceirizadas (manejo para transporte interno e serviccedilo de coleta e

transporte externo) que encontrarem-se dentro dos criteacuterios de inclusatildeo agrave saber

envolvimento direto ou indireto com o setor ou Sistema de Gerenciamento dos Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) diretoresgestores dos ESs puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de

administrador ou semelhante a quem eacute endereccedilada a ferramenta D1 Enfermeira (o) chefe de

CCIH eou SESMT respondentes da ferramenta D2 Gestoresinterlocutores responsaacuteveis ou

participantes da comissatildeo para GRSS para quem se destina a ferramenta D3 e envolvidos

nas etapas de manejo que incluem a coleta e transporteinterno de RSS respondentes da

ferramenta D4 aceitar participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido encontrar-se disponiacutevel durante a coleta de dados e o proacuteprio criteacuterio de inclusatildeo

do item proposto

A coleta de dados ocorreu em 2016 periacuteodo no qual o HURJ em questatildeo passava por

transiccedilatildeo administrativa Teve-se como participantes da pesquisa 01 responsaacutevel pela coleta e

transporte interno de RSS 01 responsaacutevel pela GRSS da unidade 04 Enfermeiros-chefes 02

representantes da Gestatildeo Hospitalar

34 ANAacuteLISE DE DADOS

A anaacutelise ocorre por meio das categorias do instrumento de coleta supracitado O

sistema de avaliaccedilatildeo eacute projetado por toacutepicos na proacutepria planilha na qual a ferramenta eacute

estruturada de modo a obter um perfil da situaccedilatildeo de GRSS Este sistema de classificaccedilatildeo eacute

baseado em questotildees-chave que devem agrave luz das legislaccedilotildees vigentes ser cumpridas para se

garantir um gerenciamento seguro de RSS

35 ASPECTOS EacuteTICOS

Este estudo acata as normas estabelecidas pela portaria 4662012 do Ministeacuterio da

sauacutede para a realizaccedilatildeo de pesquisas com seres humanos que incorpora sob a oacutetica do

24

indiviacuteduo e das coletividades referenciais baacutesicos da bioeacutetica como autonomia natildeo

maleficecircncia equidade justiccedila e beneficecircncia e visando assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado este estudo foi

submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (CAE

56254916900005243 Parecer nordm 1608748)

Ressalta-se que os dados coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por no

miacutenimo 05 anos sob tutela do autor desta pesquisa de forma confidencial Apoacutes este periacuteodo

todo o material coletado seraacute destruiacutedo

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

6 OBRAS CITADAS

ADUAN S A et al Evaluation of healthcare wastes service of group A in the hospitals of

Vitoacuteria (ES) Brazil Engenharia Sanitaria e Ambiental v 19 n 2 p 133ndash141 jun 2014

ALENCAR et al Descarte de medicamentos uma anaacutelise da praacutetica no Programa Sauacutede da

Famiacutelia Ciecircnc sauacutede coletiva v 19 n 7 p 2157-21662014

ALVES et al Manejo de resiacuteduos gerados na assistecircncia domiciliar pela Estrateacutegia de Sauacutede

da Familia Rev Bras Enferm v 65 n 1 p 128-34 2012

ANDREacute S C S VEIGA T B TAKAYANAGUI A M M Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

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83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

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101

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103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 7: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

4

Agrave minha amada famiacutelia meus pais Joatildeo Batista e Maria do Carmo pelo amor apoio e pelo

exemplo de garra e resiliecircncia minhas irmatildes Francine e Michelle por dividirem comigo os

piores e melhores momentos sempre se fazendo presentes apesar da distacircncia fiacutesica meus

sobrinhos Maria Eduarda Lorenzzo e Victoacuteria por ser fonte de inspiraccedilatildeo meus tios avoacutes e

primos por demonstrarem o valor da uniatildeo familiar minha avoacute Maria pelos conselhos sempre

assertivos e ao mesmo tempo amorosos

5

O intelectual natildeo cria o mundo no qual vive Ele

jaacute faz muito quando consegue ajudar a

compreendecirc-lo e explica-lo como ponto de

partida para sua alteraccedilatildeo real

Florestan Fernandes

6

RESUMO

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) definidos como o fluxo total de resiacuteduos que

resultam da assistecircncia agrave sauacutede humana ou animal podem ser classificados em Grupo A

constituiacutedo por resiacuteduos bioloacutegicos ou potencialmente infectantes Grupo B constituiacutedo por

resiacuteduos quiacutemicos Grupo C constituiacutedo por rejeitos radioativos Grupo D constituiacutedo por

resiacuteduos similares aos soacutelidos urbanos e Grupo E constituiacutedo por resiacuteduos perfurocortantes

O Gerenciamento dos RSS eacute definido como um conjunto de procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos aleacutem de

propiciar seu encaminhamento seguro e eficiente desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final de

modo a proteger a sauacutede do trabalhador dos riscos inerentes ao manejo dos RSS preservar a

sauacutede puacuteblica e ambiental A Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos atualizada em 2012

legitima a crescente preocupaccedilatildeo com a preservaccedilatildeo dos recursos naturais e destinaccedilatildeo final

ambientalmente adequada dos resiacuteduos incluiacutedo os de RSS Coerente com a identificaccedilatildeo de

um campo pouco explorado no que diz respeito agrave avaliaccedilatildeo do gerenciamento de resiacuteduos do

Grupo D este estudo tem como objetivo geral avaliar o Gerenciamento dos RSS do Grupo D

em um hospital universitaacuterio Adota-se como procedimento metodoloacutegico a pesquisa de

campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa atraveacutes do instrumento

Health-Care Waste Management - Rapid Assessment Tool Versatildeo Brasileira concebido

originalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede e transculturalmente adaptado e validado

por Silva (2011) O campo de estudo eacute um hospital universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

onde foram aplicados quatro conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4 endereccedilados agrave

administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem profissionais responsaacuteveis pelo GRSS e

profissionais de serviccedilos gerais respectivamente Com base nos resultados obtidos o trabalho

discute a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo

a tornar este processo mais seguro para o homem e o ambiente Eacute levado em consideraccedilatildeo que

os resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em todos os setores da unidade e representam o maior

volume dentre todos os RSS devendo ser preferencialmente encaminhados para reciclagem

Este estudo contribui para a identificaccedilatildeo e anaacutelise acerca de lacunas no conhecimento sobre o

GRSS somando para o subsiacutedio na tomada de decisatildeo gerencial e procedimentos formativos

em unidades hospitalares

Palavras-chave Enfermagem Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede Sauacutede Coletiva Sauacutede

Ambiental Sauacutede do Trabalhador

7

ABSTRACT

The Health-Care Waste (HCW) defined as all the flow of waste that result from the system of

human or animal health may be categorized as Group A which is biological waste or the

kind that is potentially infectious Group B which is chemical waste Group C radioactive

waste Group D waste similar to urban solids and Group E sharp waste HCW management

is defined as a group of management procedures planned and implemented with the goal of

minimizing waste generation also propitiating its efficient and safe routing from its

generation to the final disposal protecting the health of the worker from inherent risks from

HCW management to preserve public and environmental health The National Solid Waste

Policy updated in 2012 legitimates a rising corcern with the preservation and

environmentally concious final destination of waste including the HCW kind This research

is coherent with the identification of a less explored field in regard to the management of

Group D waste assessment Therefore it aims to assess the HCW management in a university

hospital This study adopts field research as a methodological procedure of the descriptive and

exploratory type with a qualitative approach through the Health-Care Waste Management -

Rapid Assessment Tool Brazilian Version (HCWM-RAT Brazilian Version) originally

conceived by the World Health Organization and cross-culturally adapted and validated by

Silva (2011) The field of study is a university hospital in the state of Rio de Janeiro where

four sets of questions were applied D1 D2 D3 and D4 addressed to the hospital

administration head of nursing professionals responsible for HCW Management and general

service professionals respectively Based on the results obtained this work discusses the

adequacy of the methods of collection transport treatment and final disposal in order to

make this process safer for men and the environment It is considered that Group D waste is

generated in all sectors of the unit and represents the largest volume among all HCW and they

should preferably be forwarded to recycling This study contributes to the identification and

analysis of gaps in knowledge about HCW management contributing to the subsidy in

managerial decision making and training procedures in hospital units

Keywords Nursing Health Care Waste Management Public Health Environmental Health

Occupacional Health

8

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Fig 1 Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D f 19

Fig 2 Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede f 20

Quadro 1 Caracterizaccedilatildeo dos participantes f 25

Fig 3 ResiacuteduosRejeitos do HURJ f 26

Fig 4 Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ f 27

Quadro 2 Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1 f 29

Quadro 3 Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2 f 30

Quadro 4 Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 f 31

Fig 5 Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo) f 31

Quadro 5 Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade f 32

Quadro 6 Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio f 34

Quadro 7 Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2 f 35

Quadro 8 Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4 f 37

Quadro 9 Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2 f 40

Quadro 10 Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1 f 40

Quadro 11 Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2 f 43

Quadro 12 Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2 f 43

9

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

CCIH Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar

CNEN Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

DIP Doenccedila Infecciosas e Parasitaacuterias

EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

ENSP Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Seacutergio Arouca

ESs Estabelecimentos de Sauacutede

FEAM Fundaccedilatildeo Estadual do Meio Ambiente

FIOCRUZ Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz

GRSS Gerenciamento dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

HCWM-RAT Health-Care Waste Management ndash Rapid Assessment Tools

HIV viacuterus da imunodeficiecircncia humana

HURJ Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

PGRSS Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

PIBIC Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica

RDC Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada

RSS Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

UFF Universidade Federal Fluminense

VHB Viacuterus da Hepatite B

VHC Viacuterus da Hepatite C

WHO World Health Organization

10

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 12

11 OBJETIVOS p 13

111 Objetivo geral p 13

112 Objetivos especiacuteficos p 14

12 JUSTIFICATIVA p 14

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 15

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE p 15

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL p 16

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS) p 17

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede p 18

2221 Grupo D p 18

223 Etapas de Manejo p 20

3 METODOLOGIA p 21

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA p 21

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA p 21

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS p 22

331 Participantes da Pesquisa p 23

34 ANAacuteLISE DE DADOS p 23

35 ASPECTOS EacuteTICOS p 23

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 25

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE p 25

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE p 28

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE p 30

44 ETAPAS DE MANEJO p 34

441 Segregaccedilatildeo p 34

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta p 38

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS p 43

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 45

11

6 OBRAS CITADAS p 47

7 APEcircNDICES p 52

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 52

8 ANEXOS p 54

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA p 54

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA p 58

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ p 95

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ p 105

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL p 106

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

O Gerenciamento dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) surgiu como

inquietaccedilatildeo ao longo da formaccedilatildeo acadecircmica logo nos primeiros momentos de praacutetica

hospitalar considerando as diversas situaccedilotildees onde o Gerenciamento de Resiacuteduos foi

realizado e orientado de forma inadequada pelos docentes profissionais e acadecircmicos mais

avanccedilados no curso Tal inquietaccedilatildeo intensificou-se fortemente atraveacutes da inserccedilatildeo da

discente responsaacutevel por este estudo agrave maneira cientiacutefica de produzir conhecimento

possibilitada pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica na Fundaccedilatildeo

Oswaldo Cruz Atraveacutes do subprojeto desenvolvido na Fundaccedilatildeo foi possiacutevel aprofundar os

conhecimentos sobre a temaacutetica e instrumentos de avaliaccedilatildeo de GRSS Dentre estes

instrumentos destaca-se Health-Care Waste Management ndash Rapid Assessment Tool (HCWM-

RAT) ndash Versatildeo Brasileira

O tratamento e destinaccedilatildeo adequados dos resiacuteduos (subprodutos da produccedilatildeo de bens

ou serviccedilos) se apresentam como um dos desafios no cenaacuterio atual (SILVA 2011) As

diversas etapas de manejo de resiacuteduos soacutelidos desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final

envolvem uma seacuterie de fatores de risco para a populaccedilatildeo exposta tornando particularmente

vulneraacuteveis os trabalhadores formais e informais do setor de resiacuteduos (PAN AMERICAN

HEALTH ORGANIZATION 2005)

Dentre os resiacuteduos soacutelidos aqueles gerados em Estabelecimentos de Assistecircncia agrave

Sauacutede merecem atenccedilatildeo particular por sua fraccedilatildeo (aproximadamente 15) considerada

perigosa (WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005a)

No Brasil resiacuteduos soacutelidos de serviccedilos de sauacutede satildeo todos aqueles gerados em

estabelecimentos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal nos estados

soacutelidos semi-soacutelidos bem como determinados resiacuteduos liacutequidos (BRASIL 2004) e sua

composiccedilatildeo depende do estabelecimento e da atividade que o produz Eacute estabelecido na

legislaccedilatildeo vigente a classificaccedilatildeo de RSS em cinco grupos agrave saber Grupo A constituiacutedo por

Resiacuteduos Bioloacutegicos ou Potencialmente Infectantes Grupo B constituiacutedo por Resiacuteduos

Quiacutemicos Grupo C constituiacutedo por Resiacuteduos Radioativos Grupo D constituiacutedo por

Resiacuteduos Similares aos Soacutelidos Urbanos e Grupo E constituiacutedo por Resiacuteduos

perfurocortantes (BRASIL 2004a 2004b)

A gestatildeo sustentaacutevel e segura dos RSS eacute princiacutepio imperativo na sauacutede puacuteblica e uma

responsabilidade de todos (CHARTIER 2014 WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) Entretanto apesar da contiacutenua sensibilizaccedilatildeo para a necessidade de efetivos padrotildees

13

de desempenho a gestatildeo dos resiacuteduos continua sendo um desafio (BLENKHARN 2007a

2007b MIYAZAKI UNE 2005) representado pela dificuldade em estabelecer praacuteticas

regulares de segregaccedilatildeo acondicionamento e armazenamento dos resiacuteduos mesmo em paiacuteses

considerados economicamente desenvolvidos (SILVA 2011)

Componentes como papelpapelatildeo plaacutesticos e vidros representam a maior

porcentagem em diversos estudos realizados em estabelecimentos de sauacutede poreacutem quando

natildeo segregados dos classificados como infectantes acabam sendo contaminados por estes

(ADUAN et al 2014 ALVES et al 2012a CORREcircA et al 2007 FERREIRA VEIGA

2003 SILVA HOPPE 2005) devendo seguir para aterros sanitaacuterios o que representa um

custo financeiro e ambiental desnecessaacuterio jaacute que apenas a fraccedilatildeo dos resiacuteduos classificados

como perigosos destinar-se-iam aos sistemas mais seguros e dispendiosos (ADUAN et al

2014 SILVA 2011) Ressalta-se a importacircncia da segregaccedilatildeo com ecircnfase na seguranccedila

reduccedilatildeo dos custos com coleta tratamento e destinaccedilatildeo final de resiacuteduos reduccedilatildeo do uso de

mateacuterias-primas maior tempo de vida uacutetil dos aterros e menor impacto ambiental causado

pelos resiacuteduos (SILVA 2011)

A avaliaccedilatildeo metodoloacutegica representa uma ferramenta importante para a compreensatildeo

do sistema de gestatildeo e consequentes melhorias (WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) No Brasil as avaliaccedilotildees de programas de sauacutede tecircm sido evidenciadas como meio

para adequar e otimizar os serviccedilos prestados agrave populaccedilatildeo (BRASIL 2007) A avaliaccedilatildeo eacute

considerada um ldquoprocesso em que se integram avaliadores e avaliados em busca do

comprometimento e do aperfeiccediloamento dos indiviacuteduos grupos programas e instituiccedilotildeesrdquo

(MINAYO 2006)

Sendo assim o objeto deste estudo eacute a Gestatildeo e Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do grupo D em Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

(HURJ) Tendo como questatildeo norteadora ldquoComo se daacute o gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D no Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeirordquo

Espera-se que este estudo contribua com a implementaccedilatildeo e acompanhamento das

praacuteticas preconizadas pela Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos uma vez que forneceraacute

informaccedilotildees para subsidiar a tomada de decisatildeo poliacutetica e gerencial

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

14

Avaliar o gerenciamento do manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D1

em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

112 Objetivos especiacuteficos

Identificar e compreender as legislaccedilotildees vigentes referentes aos RSS

Identificar as etapas de manejo de RSS

Classificar os RSS

Analisar o gerenciamento das etapas de manejo de RSS do HURJ

12 JUSTIFICATIVA

Coerente com a identificaccedilatildeo de um campo pouco explorado especialmente no que

diz respeito agrave avaliaccedilatildeodo sistema de gestatildeo de resiacuteduos do grupo D no acircmbito da sauacutede natildeo

foi identificado na literatura estudosavaliativos que utilizem instrumentos padronizados

confiaacuteveis e vaacutelidos que permitam a comparaccedilatildeo entre eles representando uma estrateacutegia

importante no reforccedilo ao uso da evidecircncia cientiacutefica e subsiacutedio agraves poliacuteticas puacuteblicas (SILVA

2011)

Neste sentido o estudo se justifica por avaliar por meio de instrumento robusto o

GRSS em especial a um grupo tatildeo carente de estudos quanto o grupo D

Desse modo espera-se identificar eventuais lacunas sobre o conhecimento e praacutetica de

Gestatildeo de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede por parte de gestores

profissionais docentes e discentes de um Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeiro

(HURJ) aleacutem de subsidiar dados para a realizaccedilatildeo de cursos de capacitaccedilatildeo eou atualizaccedilatildeo

que se faccedilam necessaacuterios

1 Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos segundo a RDC ANVISA 3062004

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

No Brasil a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2004a) o Conselho

Nacional do Meio Ambiente (BRASIL 2005) e a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

(CNEN 1985) satildeo os Oacutergatildeos responsaacuteveis pela regulaccedilatildeo e orientaccedilatildeo das accedilotildees de gestatildeo e

gerenciamento dos RSS do momento em que satildeo gerados agrave disposiccedilatildeo final incluiacutedos os

aspectos de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental (SILVA 2006)

O Resiacuteduo de Serviccedilo de Sauacutede (RSS) pode ser definido como o total de resiacuteduos

gerados pelos estabelecimentos de assistecircncia agrave sauacutede incluiacutedos os de diagnoacutestico e de

laboratoacuterios parcela dos provenientes de diaacutelise e dispositivos para aplicaccedilatildeo de insulina e

outros perfurocortantes gerados pelo cuidado agrave sauacutede em domiciacutelio (BRASIL 2004a

CHARTIER 2014)

A exposiccedilatildeo aos perfurocortantes e as suas consequecircncias satildeo altamente passiacuteveis de

prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo mediante intervenccedilotildees simples como a vacinaccedilatildeo para trabalhadores

da sauacutede (SILVA CORTEZ VALENTE 2009) e dos que lidam com resiacuteduos de serviccedilos de

sauacutede (RSS) educaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o manejo de resiacuteduos (RUDRASWAMY

SAMPATH DOGGALLI 2012)

Esses resiacuteduos podem causar danos agrave sauacutede humana e meio ambiente quando

inadequadamente gerenciados (CHARTIER 2014) Por exemplo a OMS estima que em 2000

o acesso a seringas contaminadas possa ter sido responsaacutevel por 21 milhotildees de infecccedilotildees pelo

Viacuterus da Hepatite B representando 32 de todas as novas infecccedilotildees 2 milhotildees de Viacuterus da

Hepatite C com uma representaccedilatildeo de 40 e 260 mil infecccedilotildees pelo viacuterus da

imunodeficiecircncia humana (HIV) sendo este representado por 5 de todos os novos casos

(WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005b)

O potencial de contaminaccedilatildeo do solo do ar e das aacuteguas superficiais e subterracircneas na

medida em que os RSS satildeo inadequadamente segregados e dispostos em vazadouros agrave ceacuteu

aberto ou aterros controlados tambeacutem satildeo uma preocupaccedilatildeo mundial (COZENDEY-SILVA

et al 2016 FALQUETO KLIGERMAN ASSUMPCcedilAtildeO 2010 KARAMOUZ et al 2007)

A gestatildeo dos RSS deve se pautar minimamente pelos seguintes princiacutepios princiacutepio

da responsabilidade institucional pois a organizaccedilatildeo que gera o resiacuteduo tem o dever

de eliminaacute-lo de forma segura princiacutepio do poluidor pagador entendendo que quem

produz o resiacuteduo eacute juriacutedica e financeiramente responsaacutevel pela seguranccedila do

16

manuseio e eliminaccedilatildeo do mesmo princiacutepio da precauccedilatildeo esse adverte que a

parcela dos RSS considerada perigosa deve assim ser classificada ateacute que seja

demonstrada que eacute segura princiacutepio da proximidade o qual recomenda o tratamento

e eliminaccedilatildeo de resiacuteduos perigosos em local mais proacuteximo possiacutevel do ponto de

geraccedilatildeo (SILVA 2011)

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL

No Brasil natildeo haacute estatiacutesticas precisas a respeito do nuacutemero de geradores nem da

quantidade de resiacuteduos deserviccedilos de sauacutede gerada diariamente (SILVA 2011) Conforme

explicitado na Pesquisa Nacional de Saneamento Baacutesico (BRASIL 2008) satildeo coletadas

diariamente 259547 toneladas de resiacuteduos no Brasil Estima-se que 17 desses corresponda

aos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede totalizando aproximadamente 4449 toneladas diaacuterias Os

resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede satildeo de natureza diversa sendo necessaacuteria uma classificaccedilatildeo

para a segregaccedilatildeo (GARCIA ZANETTI-RAMOS 2004)

As resoluccedilotildees da Anvisa RDC nordm 30604 e do Conama nordm 35805 convergem para a

seguinte definiccedilatildeo de RSS

[] todos os serviccedilos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal

inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de trabalhos de campo laboratoacuterios

analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios funeraacuterias e serviccedilos em que se

realizem atividades de embalsamento (tanatopraxia e somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos

de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as de manipulaccedilatildeo

estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de controle de

zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores distribuidores e

produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades moacuteveis de

atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem dentre outros

similares (BRASIL 2004a 2005)

O gerenciamento dos RSS pode ser definido como procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e legais

visando minimizar a geraccedilatildeo de resiacuteduos e assegurar agravequeles gerados tratamento transporte e

armazenamento eficientes dispondo proteccedilatildeo aos profissionais envolvidos em todo o

processo assim como a sauacutede puacuteblica recursos naturais e meio ambiente (BRASIL 2004a) O

Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) deve ser elaborado

compatiacutevel com as normas locais relativas agrave coleta transporte e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

17

gerados estabelecidas pelos oacutergatildeos locais responsaacuteveis por estas etapas e baseado nas

caracteriacutesticas dos resiacuteduos gerados e na sua classificaccedilatildeo (ibid)

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS)

A Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria RDC nordm 3062004 e o Conselho Nacional

do Meio Ambiente atraveacutes de sua resoluccedilatildeo nordm 3582005 definem o PGRSS como sendo

O documento que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao manejo dos resiacuteduos

soacutelidos observadas suas caracteriacutesticas e riscos no acircmbito dos estabelecimentos

contemplando os aspectos referentes agrave geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento

coleta armazenamento transporte tratamento e disposiccedilatildeo final bem como as accedilotildees

de proteccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica e ao meio ambiente contemplando assim as etapas do

gerenciamento intra e extra estabelecimento de sauacutede (BRASIL 2004a 2005)

O PGRSS deve ser feito em conjunto com todos os setores de modo que sua

elaboraccedilatildeo implantaccedilatildeo e desenvolvimento do PGRSS devem envolver os setores de

higienizaccedilatildeo e limpeza a Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar ou Comissotildees de

Biosseguranccedila e os Serviccedilos de Engenharia de Seguranccedila e Medicina no Trabalho onde

houver obrigatoriedade de existecircncia desses serviccedilos abrangendo a todos do estabelecimento

gerador (BRASIL 2010b)

A questatildeo da segregaccedilatildeo dos resiacuteduos infectantes requer maior atenccedilatildeo no sentido de

minimizar gastos na sauacutede aleacutem dos cuidados com infecccedilotildees e impacto no ambiente

(CHARTIER 2014) Eacute necessaacuterio e recomendaacutevel que trabalhadores da aacuterea de sauacutede estejam

sempre atualizados quanto agraves normas e rotinas do serviccedilo assim como das medidas de

biosseguranccedila (SILVA et al 2014)

A implementaccedilatildeo das praacuteticas tecnicamente recomendadas estaacute intimamente ligada agrave

qualificaccedilatildeo dos profissionais envolvidos na elaboraccedilatildeo e na aplicaccedilatildeo do plano sob os

aspectos operacionais da seguranccedila do trabalhador e nos aspectos culturais O princiacutepio da

logiacutestica reversa eacute fator determinante na instrumentalizaccedilatildeo de praacuteticas numa perspectiva de

sustentabilidade (CHARTIER 2014) Este princiacutepio eacute definido como a accedilatildeo correspondente

ao caminho inverso da logiacutestica partindo do ponto de consumo para o iniacutecio da cadeia de

geraccedilatildeo considerando fundamentalmente o reaproveitamento como elemento da poliacutetica

ambiental (ALVES et al 2012a BELLAN et al 2012)

18

Segundo Sisinno e Moreira (2005) pelos princiacutepios da ecoeficiecircncia ldquoo

gerenciamento dos resiacuteduos deveria privilegiar em ordem de prioridade a natildeo geraccedilatildeo a

reduccedilatildeo da geraccedilatildeo a reciclagem e finalmente o tratamento ou disposiccedilatildeo finalrdquo tornando

assim a identificaccedilatildeo da fonte geradora uma etapa importante quando o enfoque eacute a natildeo

geraccedilatildeo ou a reduccedilatildeo da geraccedilatildeo

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes no Brasil (2004a 2005) os RSS satildeo

classificados em cinco grupos de modo que os resiacuteduos do Grupo A satildeo resiacuteduos que

possivelmente apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos

do Grupo B referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave

sauacutede puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes e abrasivos

2221 Grupo D

Conforme supracitado estes satildeo resiacuteduos provenientes de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo

apresentam risco bioloacutegico quiacutemico ou radioloacutegico agrave sauacutede ou ao meio ambiente podendo ser

equiparados aos resiacuteduos domiciliares (BRASIL 2005) Nesse grupo satildeo gerados resiacuteduos

compostaacuteveis reciclaacuteveis e aqueles que podem servir para alimentaccedilatildeo de animais e rejeitos

Apesar de natildeo ser uma exigecircncia eacute desejaacutevel que seja realizada segregaccedilatildeo e

identificaccedilatildeo dos resiacuteduos do Grupo D para a reciclagem atraveacutes de um coacutedigo de cores para

os recipientes conforme evidenciado na Fig 1 (BRASIL 2004) Caso natildeo haja segregaccedilatildeo

para a reciclagem natildeo haacute padronizaccedilatildeo para a cor dos recipientes Estudos apontam que a

segregaccedilatildeo se mostra ineficiente natildeo apenas em relaccedilatildeo a coleta seletiva mas tambeacutem a

separaccedilatildeo de outros grupos de RSS (ALVES et al 2012b)

19

Fig 01 ndash Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D devem ser coletados e transportados

separadamente dos resiacuteduos dos outros grupos para que natildeo haja contaminaccedilatildeo (BRASIL

2004) O armazenamento temporaacuterio dos resiacuteduos do Grupo D pode ser na Sala de Resiacuteduos

poreacutem em recipientes exclusivos e identificados para manter a segregaccedilatildeo O armazenamento

externo dos resiacuteduos do Grupo D deve ser em abrigo com no miacutenimo um ambiente separado

para atender ao armazenamento de recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D e outro

ambiente para os grupos A e E (FEAM 2008)

Os resiacuteduos orgacircnicos como flores resiacuteduos de jardinagem sobras de alimento e de

outros que natildeo tenham mantido contato com resiacuteduos infectantes (secreccedilotildees excreccedilotildees ou

outro fluido corpoacutereo) podem ser encaminhados para o processo de compostagem (BRASIL

2004)

Destaca-se que os restos e sobras de alimentos podem ser utilizados para fins de raccedilatildeo

animal desde que submetidos a um tratamento que garanta sua inocuidade avaliado e

comprovado por oacutergatildeo competente da Agricultura e de Vigilacircncia Sanitaacuteria do Municiacutepio

Estado ou do Distrito Federal (ibid)

Os efluentes (resiacuteduos liacutequidos) provenientes da rede esgoto de estabelecimento de

sauacutede devem ser tratados antes do lanccedilamento no corpo receptor ou na rede coletora de

esgoto sempre que natildeo houver sistema de tratamento de esgoto coletivo atendendo agrave aacuterea

onde estaacute localizado o serviccedilo conforme definido na RDC ANVISA nordm 502002 Deve ser

mantido o registro de operaccedilatildeo de venda ou de doaccedilatildeo dos resiacuteduos destinados agrave reciclagem

compostagem e alimentaccedilatildeo de animais (CUSSIOL 2008)

bull Papeacuteis Azul

bull Metais Amarelo

bull Vidros Verde

bull Plaacutesticos Vermelho

bull Resiacuteduos Orgacircnicos Marrom

bull Demais resiacuteduos do Grupo D Cinza

20

223 Etapas de Manejo

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final incluindo as seguintes

etapas

Fig 02 ndash Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

Fonte Adaptado de Silva 2011 p 43

Segregaccedilatildeo

Separaccedilatildeo dos resiacuteduos no momento e local de sua geraccedilatildeo de acordo

com as caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas bioloacutegicas o seu estado

fiacutesico e os riscos envolvidos

Acondicionamento

Ato de embalar corretamente os resiacuteduos segregados conforme suas

caracteriacutesticas

Identificaccedilatildeo

medidas que permitem o reconhecimento dos resiacuteduos

contidos nos sacos e recipientes

Transporte interno

Translado do ponto de geraccedilatildeo ateacute o local de armazenamento temporaacuterio

Tratamento

processoa manuais mecacircnicos fiacutesicos quiacutemicos ou bioloacutegicos que

alterem as caracteriacutesticas dos resiacuteduos visando minimizar riscos agrave

sauacutede e o meio ambiente

Armazenamento Interno Temporaacuterio

Guarda temporaacuteria dos recipientes contendo os resiacuteduos jaacute

acondicionados em local proacuteximo aos pontos de geraccedilatildeo

Armazenamento Externo

Acondicionamento dos resiacuteduos em abrigo em recipientes coletores

adequados em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os

veiacuteculos coletores

Coleta e Transporte Externo

Remoccedilatildeo dos RSS do armazenamento externo ateacute a

unidade de tratamento ou disposiccedilatildeo final

Disposiccedilatildeo Final

Disposiccedilatildeo definitiva de resiacuteduos no solo ou em locais previamente preparados para recebecirc-los As

formas usualmente utilizadas satildeo aterro sanitaacuterio aterro para

resiacuteduos perigosos de Classe I (para resiacuteduos industriais) aterro

controlado lixatildeo ou vazadouro e valas

21

3 METODOLOGIA

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pesquisa de campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa Tem

como teacutecnica de coleta de dados aplicaccedilatildeo de instrumento de pesquisa validado e especiacutefico

para o tema GRSS (HCWM-RAT ndash Versatildeo Brasileira disponiacutevel em

portfolioinovacaofiocruzbr) conforme especificado no item 33 ldquoINSTRUMENTO DE

PESQUISA E COLETA DE DADOSrdquo

A Pesquisa de Campo eacute definida por Lakatos e Marconi (2003) como uma estrateacutegia

de documentaccedilatildeo direta ou seja o levantamento de dados se daacute no local onde ocorre o

fenocircmeno a ser estudado Assim a pesquisa de campo ldquoconsiste na observaccedilatildeo de fatos e

fenocircmenos tal como ocorrem espontaneamente na coleta de dados a eles referentes e no

registro de variaacuteveis que se presume relevantes para analisaacute-losrdquo (ibid p 185)

Segundo Gil (2002 p 131) a pesquisa de campo do tipo descritiva tem a preocupaccedilatildeo

com a descriccedilatildeo tendo maior na profundidade do dado coletado de modo que o pesquisador

tende a ldquopreferir a utilizaccedilatildeo de depoimentos e entrevistas com niacuteveis diversos de

estruturaccedilatildeordquo

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA

Esta pesquisa tem como cenaacuterio um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de

Janeiro Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (CNES 2016) esse

estabelecimento eacute caracterizado como hospital geral com esfera administrativa federal

estando sob gestatildeo municipal A natureza da Organizaccedilatildeo eacute a autarquia (administraccedilatildeo

indireta) ou seja o serviccedilo eacute autocircnomo criado por lei com personalidade juriacutedica

patrimocircnio e receita proacuteprios para executar atividades tiacutepicas da Administraccedilatildeo Puacuteblica que

requeiram gestatildeo administrativa e financeira descentralizada (BRASIL 1990)

Contando com 1442 profissionais 697 dos quais satildeo meacutedicos a unidade realiza

atendimento de demanda referenciada contando com os seguintes tipos de atendimento

Ambulatorial Internaccedilatildeo Urgecircncia e Serviccedilos de Apoio Diagnoacutestico e Terapecircutico

O Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos

bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns (CNES 2016) Sua aacuterea de abrangecircncia atinge

uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de habitantes (ibid)

22

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS

A versatildeo original do HCWM-RAT foi desenvolvida pela Organizaccedilatildeo Mundial da

Sauacutede (OMS) (WHO 2005) como parte de uma estrateacutegia que visa reduzir a carga global de

doenccedilas relacionada com a inadequada gestatildeo dos resiacuteduos especialmente das fases de

tratamento e disposiccedilatildeo final Tendo como objetivo central colaborar com os paiacuteses na

aplicaccedilatildeo de metas estrateacutegicas em especial aquelas contidas em acordos multilaterais como

os de Basileacuteia e de Estocolmo

Este instrumento se destina a avaliaccedilatildeo da performace ambiental no setor sauacutede

visando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas integradas de sauacutede e ambiente Eacute estruturado em

meacutetodo raacutepido de avaliaccedilatildeo2 para GRSS O HCWM-RAT Versatildeo Brasileira (ANEXO 82) eacute

fruto de adaptaccedilatildeo transcultural e validaccedilatildeo para uso em territoacuterio brasileiro (SILVA 2011)

Daacute condiccedilatildeo agrave institucionalizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo na aacuterea da gestatildeo e gerenciamento de resiacuteduos

da produccedilatildeo da sauacutede em concepccedilatildeo teoacuterico-poliacutetica de avaliaccedilatildeo formativa participativa e

emancipatoacuteria eacute capaz de reforccedilar o mecanismo de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo e estrateacutegias

de sauacutede trabalho e ambiente no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) (ibid)

O referido instrumento proposto pela OMS numa perspectiva universalista possui

escopo voltado para avaliaccedilatildeo em niacuteveis local (Estabelecimento de Sauacutede) municipalregional

e federal

Em niacutevel nacional possuiacute 2 (dois) conjuntos de questotildees (B1 e B2) voltados para

questionamento junto ao Ministeacuterio da Sauacutede e Ministeacuterio do Meio Ambiente Para

levantamento de dados junto agraves instacircncias municipais possui o conjunto de questotildees da

ferramenta ldquoCrdquo Em niacutevel local possuiacute 4 (quatro) conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4

endereccedilados agrave administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem eou CCIH (considerando

ambos ou o profissional mais familiarizado com o contexto do gerenciamento de resiacuteduos de

serviccedilos de sauacutede - GRSS na unidade) responsaacutevel (s) pelo GRSS e profissional de serviccedilos

gerais (que manipulemtransportem internamente os resiacuteduos) respectivamente Ressalta-se

que cada iacutetem (questatildeo do questionaacuterio) eacute direcionado a determinado grupo

participanterespondente de modo que o proacuteprio instrumento preacute-estabelece criteacuterios de

inclusatildeo e exclusatildeo da amostra

2 O Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Raacutepida (Rapid Evaluation Methods) utiliza uma mescla de abordagens quanti-qualitativas Seus quatro

princiacutepios satildeo uso de fontes muacuteltiplas rapidez pragmatismo e custo-efetividade (ANKER et al 1993 MCNALL et al 2007)

23

331 Participantes da Pesquisa

Baseado no escopo do instrumento de avaliaccedilatildeo e em seu modus operandi em cada

grupo de iacutetens eacute direcionado a uma categoria de profissionais e setor de atuaccedilatildeo os

participantes deste estudo seratildeo servidores gestores interlocutores profissionais da sauacutede e

profissionais de empresas terceirizadas (manejo para transporte interno e serviccedilo de coleta e

transporte externo) que encontrarem-se dentro dos criteacuterios de inclusatildeo agrave saber

envolvimento direto ou indireto com o setor ou Sistema de Gerenciamento dos Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) diretoresgestores dos ESs puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de

administrador ou semelhante a quem eacute endereccedilada a ferramenta D1 Enfermeira (o) chefe de

CCIH eou SESMT respondentes da ferramenta D2 Gestoresinterlocutores responsaacuteveis ou

participantes da comissatildeo para GRSS para quem se destina a ferramenta D3 e envolvidos

nas etapas de manejo que incluem a coleta e transporteinterno de RSS respondentes da

ferramenta D4 aceitar participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido encontrar-se disponiacutevel durante a coleta de dados e o proacuteprio criteacuterio de inclusatildeo

do item proposto

A coleta de dados ocorreu em 2016 periacuteodo no qual o HURJ em questatildeo passava por

transiccedilatildeo administrativa Teve-se como participantes da pesquisa 01 responsaacutevel pela coleta e

transporte interno de RSS 01 responsaacutevel pela GRSS da unidade 04 Enfermeiros-chefes 02

representantes da Gestatildeo Hospitalar

34 ANAacuteLISE DE DADOS

A anaacutelise ocorre por meio das categorias do instrumento de coleta supracitado O

sistema de avaliaccedilatildeo eacute projetado por toacutepicos na proacutepria planilha na qual a ferramenta eacute

estruturada de modo a obter um perfil da situaccedilatildeo de GRSS Este sistema de classificaccedilatildeo eacute

baseado em questotildees-chave que devem agrave luz das legislaccedilotildees vigentes ser cumpridas para se

garantir um gerenciamento seguro de RSS

35 ASPECTOS EacuteTICOS

Este estudo acata as normas estabelecidas pela portaria 4662012 do Ministeacuterio da

sauacutede para a realizaccedilatildeo de pesquisas com seres humanos que incorpora sob a oacutetica do

24

indiviacuteduo e das coletividades referenciais baacutesicos da bioeacutetica como autonomia natildeo

maleficecircncia equidade justiccedila e beneficecircncia e visando assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado este estudo foi

submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (CAE

56254916900005243 Parecer nordm 1608748)

Ressalta-se que os dados coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por no

miacutenimo 05 anos sob tutela do autor desta pesquisa de forma confidencial Apoacutes este periacuteodo

todo o material coletado seraacute destruiacutedo

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

6 OBRAS CITADAS

ADUAN S A et al Evaluation of healthcare wastes service of group A in the hospitals of

Vitoacuteria (ES) Brazil Engenharia Sanitaria e Ambiental v 19 n 2 p 133ndash141 jun 2014

ALENCAR et al Descarte de medicamentos uma anaacutelise da praacutetica no Programa Sauacutede da

Famiacutelia Ciecircnc sauacutede coletiva v 19 n 7 p 2157-21662014

ALVES et al Manejo de resiacuteduos gerados na assistecircncia domiciliar pela Estrateacutegia de Sauacutede

da Familia Rev Bras Enferm v 65 n 1 p 128-34 2012

ANDREacute S C S VEIGA T B TAKAYANAGUI A M M Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede em hospitais do municiacutepio de Ribeiratildeo Preto (SP) Brasil Eng sanit

ambient v 21 n 1 p 123-130 2016

ANKER M et al Rapid evaluation methods (REM) of health services performance

methodological observations Bull World Health Organization v 71 p15-21 1993

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 10004 classifica os

resiacuteduos soacutelidos quanto aos riscos potenciais aomeio ambiente e agrave sauacutede puacuteblicaRio de

Janeiro 1987 revisada em 2004

ARAUJO P F Anaacutelise da logiacutestica reversa como ferramenta de gestatildeo de resiacuteduos

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

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95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 8: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

5

O intelectual natildeo cria o mundo no qual vive Ele

jaacute faz muito quando consegue ajudar a

compreendecirc-lo e explica-lo como ponto de

partida para sua alteraccedilatildeo real

Florestan Fernandes

6

RESUMO

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) definidos como o fluxo total de resiacuteduos que

resultam da assistecircncia agrave sauacutede humana ou animal podem ser classificados em Grupo A

constituiacutedo por resiacuteduos bioloacutegicos ou potencialmente infectantes Grupo B constituiacutedo por

resiacuteduos quiacutemicos Grupo C constituiacutedo por rejeitos radioativos Grupo D constituiacutedo por

resiacuteduos similares aos soacutelidos urbanos e Grupo E constituiacutedo por resiacuteduos perfurocortantes

O Gerenciamento dos RSS eacute definido como um conjunto de procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos aleacutem de

propiciar seu encaminhamento seguro e eficiente desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final de

modo a proteger a sauacutede do trabalhador dos riscos inerentes ao manejo dos RSS preservar a

sauacutede puacuteblica e ambiental A Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos atualizada em 2012

legitima a crescente preocupaccedilatildeo com a preservaccedilatildeo dos recursos naturais e destinaccedilatildeo final

ambientalmente adequada dos resiacuteduos incluiacutedo os de RSS Coerente com a identificaccedilatildeo de

um campo pouco explorado no que diz respeito agrave avaliaccedilatildeo do gerenciamento de resiacuteduos do

Grupo D este estudo tem como objetivo geral avaliar o Gerenciamento dos RSS do Grupo D

em um hospital universitaacuterio Adota-se como procedimento metodoloacutegico a pesquisa de

campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa atraveacutes do instrumento

Health-Care Waste Management - Rapid Assessment Tool Versatildeo Brasileira concebido

originalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede e transculturalmente adaptado e validado

por Silva (2011) O campo de estudo eacute um hospital universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

onde foram aplicados quatro conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4 endereccedilados agrave

administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem profissionais responsaacuteveis pelo GRSS e

profissionais de serviccedilos gerais respectivamente Com base nos resultados obtidos o trabalho

discute a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo

a tornar este processo mais seguro para o homem e o ambiente Eacute levado em consideraccedilatildeo que

os resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em todos os setores da unidade e representam o maior

volume dentre todos os RSS devendo ser preferencialmente encaminhados para reciclagem

Este estudo contribui para a identificaccedilatildeo e anaacutelise acerca de lacunas no conhecimento sobre o

GRSS somando para o subsiacutedio na tomada de decisatildeo gerencial e procedimentos formativos

em unidades hospitalares

Palavras-chave Enfermagem Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede Sauacutede Coletiva Sauacutede

Ambiental Sauacutede do Trabalhador

7

ABSTRACT

The Health-Care Waste (HCW) defined as all the flow of waste that result from the system of

human or animal health may be categorized as Group A which is biological waste or the

kind that is potentially infectious Group B which is chemical waste Group C radioactive

waste Group D waste similar to urban solids and Group E sharp waste HCW management

is defined as a group of management procedures planned and implemented with the goal of

minimizing waste generation also propitiating its efficient and safe routing from its

generation to the final disposal protecting the health of the worker from inherent risks from

HCW management to preserve public and environmental health The National Solid Waste

Policy updated in 2012 legitimates a rising corcern with the preservation and

environmentally concious final destination of waste including the HCW kind This research

is coherent with the identification of a less explored field in regard to the management of

Group D waste assessment Therefore it aims to assess the HCW management in a university

hospital This study adopts field research as a methodological procedure of the descriptive and

exploratory type with a qualitative approach through the Health-Care Waste Management -

Rapid Assessment Tool Brazilian Version (HCWM-RAT Brazilian Version) originally

conceived by the World Health Organization and cross-culturally adapted and validated by

Silva (2011) The field of study is a university hospital in the state of Rio de Janeiro where

four sets of questions were applied D1 D2 D3 and D4 addressed to the hospital

administration head of nursing professionals responsible for HCW Management and general

service professionals respectively Based on the results obtained this work discusses the

adequacy of the methods of collection transport treatment and final disposal in order to

make this process safer for men and the environment It is considered that Group D waste is

generated in all sectors of the unit and represents the largest volume among all HCW and they

should preferably be forwarded to recycling This study contributes to the identification and

analysis of gaps in knowledge about HCW management contributing to the subsidy in

managerial decision making and training procedures in hospital units

Keywords Nursing Health Care Waste Management Public Health Environmental Health

Occupacional Health

8

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Fig 1 Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D f 19

Fig 2 Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede f 20

Quadro 1 Caracterizaccedilatildeo dos participantes f 25

Fig 3 ResiacuteduosRejeitos do HURJ f 26

Fig 4 Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ f 27

Quadro 2 Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1 f 29

Quadro 3 Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2 f 30

Quadro 4 Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 f 31

Fig 5 Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo) f 31

Quadro 5 Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade f 32

Quadro 6 Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio f 34

Quadro 7 Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2 f 35

Quadro 8 Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4 f 37

Quadro 9 Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2 f 40

Quadro 10 Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1 f 40

Quadro 11 Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2 f 43

Quadro 12 Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2 f 43

9

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

CCIH Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar

CNEN Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

DIP Doenccedila Infecciosas e Parasitaacuterias

EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

ENSP Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Seacutergio Arouca

ESs Estabelecimentos de Sauacutede

FEAM Fundaccedilatildeo Estadual do Meio Ambiente

FIOCRUZ Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz

GRSS Gerenciamento dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

HCWM-RAT Health-Care Waste Management ndash Rapid Assessment Tools

HIV viacuterus da imunodeficiecircncia humana

HURJ Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

PGRSS Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

PIBIC Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica

RDC Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada

RSS Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

UFF Universidade Federal Fluminense

VHB Viacuterus da Hepatite B

VHC Viacuterus da Hepatite C

WHO World Health Organization

10

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 12

11 OBJETIVOS p 13

111 Objetivo geral p 13

112 Objetivos especiacuteficos p 14

12 JUSTIFICATIVA p 14

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 15

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE p 15

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL p 16

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS) p 17

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede p 18

2221 Grupo D p 18

223 Etapas de Manejo p 20

3 METODOLOGIA p 21

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA p 21

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA p 21

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS p 22

331 Participantes da Pesquisa p 23

34 ANAacuteLISE DE DADOS p 23

35 ASPECTOS EacuteTICOS p 23

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 25

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE p 25

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE p 28

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE p 30

44 ETAPAS DE MANEJO p 34

441 Segregaccedilatildeo p 34

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta p 38

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS p 43

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 45

11

6 OBRAS CITADAS p 47

7 APEcircNDICES p 52

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 52

8 ANEXOS p 54

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA p 54

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA p 58

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ p 95

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ p 105

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL p 106

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

O Gerenciamento dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) surgiu como

inquietaccedilatildeo ao longo da formaccedilatildeo acadecircmica logo nos primeiros momentos de praacutetica

hospitalar considerando as diversas situaccedilotildees onde o Gerenciamento de Resiacuteduos foi

realizado e orientado de forma inadequada pelos docentes profissionais e acadecircmicos mais

avanccedilados no curso Tal inquietaccedilatildeo intensificou-se fortemente atraveacutes da inserccedilatildeo da

discente responsaacutevel por este estudo agrave maneira cientiacutefica de produzir conhecimento

possibilitada pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica na Fundaccedilatildeo

Oswaldo Cruz Atraveacutes do subprojeto desenvolvido na Fundaccedilatildeo foi possiacutevel aprofundar os

conhecimentos sobre a temaacutetica e instrumentos de avaliaccedilatildeo de GRSS Dentre estes

instrumentos destaca-se Health-Care Waste Management ndash Rapid Assessment Tool (HCWM-

RAT) ndash Versatildeo Brasileira

O tratamento e destinaccedilatildeo adequados dos resiacuteduos (subprodutos da produccedilatildeo de bens

ou serviccedilos) se apresentam como um dos desafios no cenaacuterio atual (SILVA 2011) As

diversas etapas de manejo de resiacuteduos soacutelidos desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final

envolvem uma seacuterie de fatores de risco para a populaccedilatildeo exposta tornando particularmente

vulneraacuteveis os trabalhadores formais e informais do setor de resiacuteduos (PAN AMERICAN

HEALTH ORGANIZATION 2005)

Dentre os resiacuteduos soacutelidos aqueles gerados em Estabelecimentos de Assistecircncia agrave

Sauacutede merecem atenccedilatildeo particular por sua fraccedilatildeo (aproximadamente 15) considerada

perigosa (WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005a)

No Brasil resiacuteduos soacutelidos de serviccedilos de sauacutede satildeo todos aqueles gerados em

estabelecimentos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal nos estados

soacutelidos semi-soacutelidos bem como determinados resiacuteduos liacutequidos (BRASIL 2004) e sua

composiccedilatildeo depende do estabelecimento e da atividade que o produz Eacute estabelecido na

legislaccedilatildeo vigente a classificaccedilatildeo de RSS em cinco grupos agrave saber Grupo A constituiacutedo por

Resiacuteduos Bioloacutegicos ou Potencialmente Infectantes Grupo B constituiacutedo por Resiacuteduos

Quiacutemicos Grupo C constituiacutedo por Resiacuteduos Radioativos Grupo D constituiacutedo por

Resiacuteduos Similares aos Soacutelidos Urbanos e Grupo E constituiacutedo por Resiacuteduos

perfurocortantes (BRASIL 2004a 2004b)

A gestatildeo sustentaacutevel e segura dos RSS eacute princiacutepio imperativo na sauacutede puacuteblica e uma

responsabilidade de todos (CHARTIER 2014 WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) Entretanto apesar da contiacutenua sensibilizaccedilatildeo para a necessidade de efetivos padrotildees

13

de desempenho a gestatildeo dos resiacuteduos continua sendo um desafio (BLENKHARN 2007a

2007b MIYAZAKI UNE 2005) representado pela dificuldade em estabelecer praacuteticas

regulares de segregaccedilatildeo acondicionamento e armazenamento dos resiacuteduos mesmo em paiacuteses

considerados economicamente desenvolvidos (SILVA 2011)

Componentes como papelpapelatildeo plaacutesticos e vidros representam a maior

porcentagem em diversos estudos realizados em estabelecimentos de sauacutede poreacutem quando

natildeo segregados dos classificados como infectantes acabam sendo contaminados por estes

(ADUAN et al 2014 ALVES et al 2012a CORREcircA et al 2007 FERREIRA VEIGA

2003 SILVA HOPPE 2005) devendo seguir para aterros sanitaacuterios o que representa um

custo financeiro e ambiental desnecessaacuterio jaacute que apenas a fraccedilatildeo dos resiacuteduos classificados

como perigosos destinar-se-iam aos sistemas mais seguros e dispendiosos (ADUAN et al

2014 SILVA 2011) Ressalta-se a importacircncia da segregaccedilatildeo com ecircnfase na seguranccedila

reduccedilatildeo dos custos com coleta tratamento e destinaccedilatildeo final de resiacuteduos reduccedilatildeo do uso de

mateacuterias-primas maior tempo de vida uacutetil dos aterros e menor impacto ambiental causado

pelos resiacuteduos (SILVA 2011)

A avaliaccedilatildeo metodoloacutegica representa uma ferramenta importante para a compreensatildeo

do sistema de gestatildeo e consequentes melhorias (WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) No Brasil as avaliaccedilotildees de programas de sauacutede tecircm sido evidenciadas como meio

para adequar e otimizar os serviccedilos prestados agrave populaccedilatildeo (BRASIL 2007) A avaliaccedilatildeo eacute

considerada um ldquoprocesso em que se integram avaliadores e avaliados em busca do

comprometimento e do aperfeiccediloamento dos indiviacuteduos grupos programas e instituiccedilotildeesrdquo

(MINAYO 2006)

Sendo assim o objeto deste estudo eacute a Gestatildeo e Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do grupo D em Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

(HURJ) Tendo como questatildeo norteadora ldquoComo se daacute o gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D no Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeirordquo

Espera-se que este estudo contribua com a implementaccedilatildeo e acompanhamento das

praacuteticas preconizadas pela Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos uma vez que forneceraacute

informaccedilotildees para subsidiar a tomada de decisatildeo poliacutetica e gerencial

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

14

Avaliar o gerenciamento do manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D1

em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

112 Objetivos especiacuteficos

Identificar e compreender as legislaccedilotildees vigentes referentes aos RSS

Identificar as etapas de manejo de RSS

Classificar os RSS

Analisar o gerenciamento das etapas de manejo de RSS do HURJ

12 JUSTIFICATIVA

Coerente com a identificaccedilatildeo de um campo pouco explorado especialmente no que

diz respeito agrave avaliaccedilatildeodo sistema de gestatildeo de resiacuteduos do grupo D no acircmbito da sauacutede natildeo

foi identificado na literatura estudosavaliativos que utilizem instrumentos padronizados

confiaacuteveis e vaacutelidos que permitam a comparaccedilatildeo entre eles representando uma estrateacutegia

importante no reforccedilo ao uso da evidecircncia cientiacutefica e subsiacutedio agraves poliacuteticas puacuteblicas (SILVA

2011)

Neste sentido o estudo se justifica por avaliar por meio de instrumento robusto o

GRSS em especial a um grupo tatildeo carente de estudos quanto o grupo D

Desse modo espera-se identificar eventuais lacunas sobre o conhecimento e praacutetica de

Gestatildeo de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede por parte de gestores

profissionais docentes e discentes de um Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeiro

(HURJ) aleacutem de subsidiar dados para a realizaccedilatildeo de cursos de capacitaccedilatildeo eou atualizaccedilatildeo

que se faccedilam necessaacuterios

1 Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos segundo a RDC ANVISA 3062004

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

No Brasil a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2004a) o Conselho

Nacional do Meio Ambiente (BRASIL 2005) e a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

(CNEN 1985) satildeo os Oacutergatildeos responsaacuteveis pela regulaccedilatildeo e orientaccedilatildeo das accedilotildees de gestatildeo e

gerenciamento dos RSS do momento em que satildeo gerados agrave disposiccedilatildeo final incluiacutedos os

aspectos de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental (SILVA 2006)

O Resiacuteduo de Serviccedilo de Sauacutede (RSS) pode ser definido como o total de resiacuteduos

gerados pelos estabelecimentos de assistecircncia agrave sauacutede incluiacutedos os de diagnoacutestico e de

laboratoacuterios parcela dos provenientes de diaacutelise e dispositivos para aplicaccedilatildeo de insulina e

outros perfurocortantes gerados pelo cuidado agrave sauacutede em domiciacutelio (BRASIL 2004a

CHARTIER 2014)

A exposiccedilatildeo aos perfurocortantes e as suas consequecircncias satildeo altamente passiacuteveis de

prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo mediante intervenccedilotildees simples como a vacinaccedilatildeo para trabalhadores

da sauacutede (SILVA CORTEZ VALENTE 2009) e dos que lidam com resiacuteduos de serviccedilos de

sauacutede (RSS) educaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o manejo de resiacuteduos (RUDRASWAMY

SAMPATH DOGGALLI 2012)

Esses resiacuteduos podem causar danos agrave sauacutede humana e meio ambiente quando

inadequadamente gerenciados (CHARTIER 2014) Por exemplo a OMS estima que em 2000

o acesso a seringas contaminadas possa ter sido responsaacutevel por 21 milhotildees de infecccedilotildees pelo

Viacuterus da Hepatite B representando 32 de todas as novas infecccedilotildees 2 milhotildees de Viacuterus da

Hepatite C com uma representaccedilatildeo de 40 e 260 mil infecccedilotildees pelo viacuterus da

imunodeficiecircncia humana (HIV) sendo este representado por 5 de todos os novos casos

(WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005b)

O potencial de contaminaccedilatildeo do solo do ar e das aacuteguas superficiais e subterracircneas na

medida em que os RSS satildeo inadequadamente segregados e dispostos em vazadouros agrave ceacuteu

aberto ou aterros controlados tambeacutem satildeo uma preocupaccedilatildeo mundial (COZENDEY-SILVA

et al 2016 FALQUETO KLIGERMAN ASSUMPCcedilAtildeO 2010 KARAMOUZ et al 2007)

A gestatildeo dos RSS deve se pautar minimamente pelos seguintes princiacutepios princiacutepio

da responsabilidade institucional pois a organizaccedilatildeo que gera o resiacuteduo tem o dever

de eliminaacute-lo de forma segura princiacutepio do poluidor pagador entendendo que quem

produz o resiacuteduo eacute juriacutedica e financeiramente responsaacutevel pela seguranccedila do

16

manuseio e eliminaccedilatildeo do mesmo princiacutepio da precauccedilatildeo esse adverte que a

parcela dos RSS considerada perigosa deve assim ser classificada ateacute que seja

demonstrada que eacute segura princiacutepio da proximidade o qual recomenda o tratamento

e eliminaccedilatildeo de resiacuteduos perigosos em local mais proacuteximo possiacutevel do ponto de

geraccedilatildeo (SILVA 2011)

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL

No Brasil natildeo haacute estatiacutesticas precisas a respeito do nuacutemero de geradores nem da

quantidade de resiacuteduos deserviccedilos de sauacutede gerada diariamente (SILVA 2011) Conforme

explicitado na Pesquisa Nacional de Saneamento Baacutesico (BRASIL 2008) satildeo coletadas

diariamente 259547 toneladas de resiacuteduos no Brasil Estima-se que 17 desses corresponda

aos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede totalizando aproximadamente 4449 toneladas diaacuterias Os

resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede satildeo de natureza diversa sendo necessaacuteria uma classificaccedilatildeo

para a segregaccedilatildeo (GARCIA ZANETTI-RAMOS 2004)

As resoluccedilotildees da Anvisa RDC nordm 30604 e do Conama nordm 35805 convergem para a

seguinte definiccedilatildeo de RSS

[] todos os serviccedilos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal

inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de trabalhos de campo laboratoacuterios

analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios funeraacuterias e serviccedilos em que se

realizem atividades de embalsamento (tanatopraxia e somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos

de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as de manipulaccedilatildeo

estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de controle de

zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores distribuidores e

produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades moacuteveis de

atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem dentre outros

similares (BRASIL 2004a 2005)

O gerenciamento dos RSS pode ser definido como procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e legais

visando minimizar a geraccedilatildeo de resiacuteduos e assegurar agravequeles gerados tratamento transporte e

armazenamento eficientes dispondo proteccedilatildeo aos profissionais envolvidos em todo o

processo assim como a sauacutede puacuteblica recursos naturais e meio ambiente (BRASIL 2004a) O

Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) deve ser elaborado

compatiacutevel com as normas locais relativas agrave coleta transporte e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

17

gerados estabelecidas pelos oacutergatildeos locais responsaacuteveis por estas etapas e baseado nas

caracteriacutesticas dos resiacuteduos gerados e na sua classificaccedilatildeo (ibid)

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS)

A Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria RDC nordm 3062004 e o Conselho Nacional

do Meio Ambiente atraveacutes de sua resoluccedilatildeo nordm 3582005 definem o PGRSS como sendo

O documento que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao manejo dos resiacuteduos

soacutelidos observadas suas caracteriacutesticas e riscos no acircmbito dos estabelecimentos

contemplando os aspectos referentes agrave geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento

coleta armazenamento transporte tratamento e disposiccedilatildeo final bem como as accedilotildees

de proteccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica e ao meio ambiente contemplando assim as etapas do

gerenciamento intra e extra estabelecimento de sauacutede (BRASIL 2004a 2005)

O PGRSS deve ser feito em conjunto com todos os setores de modo que sua

elaboraccedilatildeo implantaccedilatildeo e desenvolvimento do PGRSS devem envolver os setores de

higienizaccedilatildeo e limpeza a Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar ou Comissotildees de

Biosseguranccedila e os Serviccedilos de Engenharia de Seguranccedila e Medicina no Trabalho onde

houver obrigatoriedade de existecircncia desses serviccedilos abrangendo a todos do estabelecimento

gerador (BRASIL 2010b)

A questatildeo da segregaccedilatildeo dos resiacuteduos infectantes requer maior atenccedilatildeo no sentido de

minimizar gastos na sauacutede aleacutem dos cuidados com infecccedilotildees e impacto no ambiente

(CHARTIER 2014) Eacute necessaacuterio e recomendaacutevel que trabalhadores da aacuterea de sauacutede estejam

sempre atualizados quanto agraves normas e rotinas do serviccedilo assim como das medidas de

biosseguranccedila (SILVA et al 2014)

A implementaccedilatildeo das praacuteticas tecnicamente recomendadas estaacute intimamente ligada agrave

qualificaccedilatildeo dos profissionais envolvidos na elaboraccedilatildeo e na aplicaccedilatildeo do plano sob os

aspectos operacionais da seguranccedila do trabalhador e nos aspectos culturais O princiacutepio da

logiacutestica reversa eacute fator determinante na instrumentalizaccedilatildeo de praacuteticas numa perspectiva de

sustentabilidade (CHARTIER 2014) Este princiacutepio eacute definido como a accedilatildeo correspondente

ao caminho inverso da logiacutestica partindo do ponto de consumo para o iniacutecio da cadeia de

geraccedilatildeo considerando fundamentalmente o reaproveitamento como elemento da poliacutetica

ambiental (ALVES et al 2012a BELLAN et al 2012)

18

Segundo Sisinno e Moreira (2005) pelos princiacutepios da ecoeficiecircncia ldquoo

gerenciamento dos resiacuteduos deveria privilegiar em ordem de prioridade a natildeo geraccedilatildeo a

reduccedilatildeo da geraccedilatildeo a reciclagem e finalmente o tratamento ou disposiccedilatildeo finalrdquo tornando

assim a identificaccedilatildeo da fonte geradora uma etapa importante quando o enfoque eacute a natildeo

geraccedilatildeo ou a reduccedilatildeo da geraccedilatildeo

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes no Brasil (2004a 2005) os RSS satildeo

classificados em cinco grupos de modo que os resiacuteduos do Grupo A satildeo resiacuteduos que

possivelmente apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos

do Grupo B referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave

sauacutede puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes e abrasivos

2221 Grupo D

Conforme supracitado estes satildeo resiacuteduos provenientes de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo

apresentam risco bioloacutegico quiacutemico ou radioloacutegico agrave sauacutede ou ao meio ambiente podendo ser

equiparados aos resiacuteduos domiciliares (BRASIL 2005) Nesse grupo satildeo gerados resiacuteduos

compostaacuteveis reciclaacuteveis e aqueles que podem servir para alimentaccedilatildeo de animais e rejeitos

Apesar de natildeo ser uma exigecircncia eacute desejaacutevel que seja realizada segregaccedilatildeo e

identificaccedilatildeo dos resiacuteduos do Grupo D para a reciclagem atraveacutes de um coacutedigo de cores para

os recipientes conforme evidenciado na Fig 1 (BRASIL 2004) Caso natildeo haja segregaccedilatildeo

para a reciclagem natildeo haacute padronizaccedilatildeo para a cor dos recipientes Estudos apontam que a

segregaccedilatildeo se mostra ineficiente natildeo apenas em relaccedilatildeo a coleta seletiva mas tambeacutem a

separaccedilatildeo de outros grupos de RSS (ALVES et al 2012b)

19

Fig 01 ndash Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D devem ser coletados e transportados

separadamente dos resiacuteduos dos outros grupos para que natildeo haja contaminaccedilatildeo (BRASIL

2004) O armazenamento temporaacuterio dos resiacuteduos do Grupo D pode ser na Sala de Resiacuteduos

poreacutem em recipientes exclusivos e identificados para manter a segregaccedilatildeo O armazenamento

externo dos resiacuteduos do Grupo D deve ser em abrigo com no miacutenimo um ambiente separado

para atender ao armazenamento de recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D e outro

ambiente para os grupos A e E (FEAM 2008)

Os resiacuteduos orgacircnicos como flores resiacuteduos de jardinagem sobras de alimento e de

outros que natildeo tenham mantido contato com resiacuteduos infectantes (secreccedilotildees excreccedilotildees ou

outro fluido corpoacutereo) podem ser encaminhados para o processo de compostagem (BRASIL

2004)

Destaca-se que os restos e sobras de alimentos podem ser utilizados para fins de raccedilatildeo

animal desde que submetidos a um tratamento que garanta sua inocuidade avaliado e

comprovado por oacutergatildeo competente da Agricultura e de Vigilacircncia Sanitaacuteria do Municiacutepio

Estado ou do Distrito Federal (ibid)

Os efluentes (resiacuteduos liacutequidos) provenientes da rede esgoto de estabelecimento de

sauacutede devem ser tratados antes do lanccedilamento no corpo receptor ou na rede coletora de

esgoto sempre que natildeo houver sistema de tratamento de esgoto coletivo atendendo agrave aacuterea

onde estaacute localizado o serviccedilo conforme definido na RDC ANVISA nordm 502002 Deve ser

mantido o registro de operaccedilatildeo de venda ou de doaccedilatildeo dos resiacuteduos destinados agrave reciclagem

compostagem e alimentaccedilatildeo de animais (CUSSIOL 2008)

bull Papeacuteis Azul

bull Metais Amarelo

bull Vidros Verde

bull Plaacutesticos Vermelho

bull Resiacuteduos Orgacircnicos Marrom

bull Demais resiacuteduos do Grupo D Cinza

20

223 Etapas de Manejo

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final incluindo as seguintes

etapas

Fig 02 ndash Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

Fonte Adaptado de Silva 2011 p 43

Segregaccedilatildeo

Separaccedilatildeo dos resiacuteduos no momento e local de sua geraccedilatildeo de acordo

com as caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas bioloacutegicas o seu estado

fiacutesico e os riscos envolvidos

Acondicionamento

Ato de embalar corretamente os resiacuteduos segregados conforme suas

caracteriacutesticas

Identificaccedilatildeo

medidas que permitem o reconhecimento dos resiacuteduos

contidos nos sacos e recipientes

Transporte interno

Translado do ponto de geraccedilatildeo ateacute o local de armazenamento temporaacuterio

Tratamento

processoa manuais mecacircnicos fiacutesicos quiacutemicos ou bioloacutegicos que

alterem as caracteriacutesticas dos resiacuteduos visando minimizar riscos agrave

sauacutede e o meio ambiente

Armazenamento Interno Temporaacuterio

Guarda temporaacuteria dos recipientes contendo os resiacuteduos jaacute

acondicionados em local proacuteximo aos pontos de geraccedilatildeo

Armazenamento Externo

Acondicionamento dos resiacuteduos em abrigo em recipientes coletores

adequados em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os

veiacuteculos coletores

Coleta e Transporte Externo

Remoccedilatildeo dos RSS do armazenamento externo ateacute a

unidade de tratamento ou disposiccedilatildeo final

Disposiccedilatildeo Final

Disposiccedilatildeo definitiva de resiacuteduos no solo ou em locais previamente preparados para recebecirc-los As

formas usualmente utilizadas satildeo aterro sanitaacuterio aterro para

resiacuteduos perigosos de Classe I (para resiacuteduos industriais) aterro

controlado lixatildeo ou vazadouro e valas

21

3 METODOLOGIA

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pesquisa de campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa Tem

como teacutecnica de coleta de dados aplicaccedilatildeo de instrumento de pesquisa validado e especiacutefico

para o tema GRSS (HCWM-RAT ndash Versatildeo Brasileira disponiacutevel em

portfolioinovacaofiocruzbr) conforme especificado no item 33 ldquoINSTRUMENTO DE

PESQUISA E COLETA DE DADOSrdquo

A Pesquisa de Campo eacute definida por Lakatos e Marconi (2003) como uma estrateacutegia

de documentaccedilatildeo direta ou seja o levantamento de dados se daacute no local onde ocorre o

fenocircmeno a ser estudado Assim a pesquisa de campo ldquoconsiste na observaccedilatildeo de fatos e

fenocircmenos tal como ocorrem espontaneamente na coleta de dados a eles referentes e no

registro de variaacuteveis que se presume relevantes para analisaacute-losrdquo (ibid p 185)

Segundo Gil (2002 p 131) a pesquisa de campo do tipo descritiva tem a preocupaccedilatildeo

com a descriccedilatildeo tendo maior na profundidade do dado coletado de modo que o pesquisador

tende a ldquopreferir a utilizaccedilatildeo de depoimentos e entrevistas com niacuteveis diversos de

estruturaccedilatildeordquo

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA

Esta pesquisa tem como cenaacuterio um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de

Janeiro Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (CNES 2016) esse

estabelecimento eacute caracterizado como hospital geral com esfera administrativa federal

estando sob gestatildeo municipal A natureza da Organizaccedilatildeo eacute a autarquia (administraccedilatildeo

indireta) ou seja o serviccedilo eacute autocircnomo criado por lei com personalidade juriacutedica

patrimocircnio e receita proacuteprios para executar atividades tiacutepicas da Administraccedilatildeo Puacuteblica que

requeiram gestatildeo administrativa e financeira descentralizada (BRASIL 1990)

Contando com 1442 profissionais 697 dos quais satildeo meacutedicos a unidade realiza

atendimento de demanda referenciada contando com os seguintes tipos de atendimento

Ambulatorial Internaccedilatildeo Urgecircncia e Serviccedilos de Apoio Diagnoacutestico e Terapecircutico

O Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos

bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns (CNES 2016) Sua aacuterea de abrangecircncia atinge

uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de habitantes (ibid)

22

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS

A versatildeo original do HCWM-RAT foi desenvolvida pela Organizaccedilatildeo Mundial da

Sauacutede (OMS) (WHO 2005) como parte de uma estrateacutegia que visa reduzir a carga global de

doenccedilas relacionada com a inadequada gestatildeo dos resiacuteduos especialmente das fases de

tratamento e disposiccedilatildeo final Tendo como objetivo central colaborar com os paiacuteses na

aplicaccedilatildeo de metas estrateacutegicas em especial aquelas contidas em acordos multilaterais como

os de Basileacuteia e de Estocolmo

Este instrumento se destina a avaliaccedilatildeo da performace ambiental no setor sauacutede

visando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas integradas de sauacutede e ambiente Eacute estruturado em

meacutetodo raacutepido de avaliaccedilatildeo2 para GRSS O HCWM-RAT Versatildeo Brasileira (ANEXO 82) eacute

fruto de adaptaccedilatildeo transcultural e validaccedilatildeo para uso em territoacuterio brasileiro (SILVA 2011)

Daacute condiccedilatildeo agrave institucionalizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo na aacuterea da gestatildeo e gerenciamento de resiacuteduos

da produccedilatildeo da sauacutede em concepccedilatildeo teoacuterico-poliacutetica de avaliaccedilatildeo formativa participativa e

emancipatoacuteria eacute capaz de reforccedilar o mecanismo de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo e estrateacutegias

de sauacutede trabalho e ambiente no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) (ibid)

O referido instrumento proposto pela OMS numa perspectiva universalista possui

escopo voltado para avaliaccedilatildeo em niacuteveis local (Estabelecimento de Sauacutede) municipalregional

e federal

Em niacutevel nacional possuiacute 2 (dois) conjuntos de questotildees (B1 e B2) voltados para

questionamento junto ao Ministeacuterio da Sauacutede e Ministeacuterio do Meio Ambiente Para

levantamento de dados junto agraves instacircncias municipais possui o conjunto de questotildees da

ferramenta ldquoCrdquo Em niacutevel local possuiacute 4 (quatro) conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4

endereccedilados agrave administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem eou CCIH (considerando

ambos ou o profissional mais familiarizado com o contexto do gerenciamento de resiacuteduos de

serviccedilos de sauacutede - GRSS na unidade) responsaacutevel (s) pelo GRSS e profissional de serviccedilos

gerais (que manipulemtransportem internamente os resiacuteduos) respectivamente Ressalta-se

que cada iacutetem (questatildeo do questionaacuterio) eacute direcionado a determinado grupo

participanterespondente de modo que o proacuteprio instrumento preacute-estabelece criteacuterios de

inclusatildeo e exclusatildeo da amostra

2 O Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Raacutepida (Rapid Evaluation Methods) utiliza uma mescla de abordagens quanti-qualitativas Seus quatro

princiacutepios satildeo uso de fontes muacuteltiplas rapidez pragmatismo e custo-efetividade (ANKER et al 1993 MCNALL et al 2007)

23

331 Participantes da Pesquisa

Baseado no escopo do instrumento de avaliaccedilatildeo e em seu modus operandi em cada

grupo de iacutetens eacute direcionado a uma categoria de profissionais e setor de atuaccedilatildeo os

participantes deste estudo seratildeo servidores gestores interlocutores profissionais da sauacutede e

profissionais de empresas terceirizadas (manejo para transporte interno e serviccedilo de coleta e

transporte externo) que encontrarem-se dentro dos criteacuterios de inclusatildeo agrave saber

envolvimento direto ou indireto com o setor ou Sistema de Gerenciamento dos Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) diretoresgestores dos ESs puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de

administrador ou semelhante a quem eacute endereccedilada a ferramenta D1 Enfermeira (o) chefe de

CCIH eou SESMT respondentes da ferramenta D2 Gestoresinterlocutores responsaacuteveis ou

participantes da comissatildeo para GRSS para quem se destina a ferramenta D3 e envolvidos

nas etapas de manejo que incluem a coleta e transporteinterno de RSS respondentes da

ferramenta D4 aceitar participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido encontrar-se disponiacutevel durante a coleta de dados e o proacuteprio criteacuterio de inclusatildeo

do item proposto

A coleta de dados ocorreu em 2016 periacuteodo no qual o HURJ em questatildeo passava por

transiccedilatildeo administrativa Teve-se como participantes da pesquisa 01 responsaacutevel pela coleta e

transporte interno de RSS 01 responsaacutevel pela GRSS da unidade 04 Enfermeiros-chefes 02

representantes da Gestatildeo Hospitalar

34 ANAacuteLISE DE DADOS

A anaacutelise ocorre por meio das categorias do instrumento de coleta supracitado O

sistema de avaliaccedilatildeo eacute projetado por toacutepicos na proacutepria planilha na qual a ferramenta eacute

estruturada de modo a obter um perfil da situaccedilatildeo de GRSS Este sistema de classificaccedilatildeo eacute

baseado em questotildees-chave que devem agrave luz das legislaccedilotildees vigentes ser cumpridas para se

garantir um gerenciamento seguro de RSS

35 ASPECTOS EacuteTICOS

Este estudo acata as normas estabelecidas pela portaria 4662012 do Ministeacuterio da

sauacutede para a realizaccedilatildeo de pesquisas com seres humanos que incorpora sob a oacutetica do

24

indiviacuteduo e das coletividades referenciais baacutesicos da bioeacutetica como autonomia natildeo

maleficecircncia equidade justiccedila e beneficecircncia e visando assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado este estudo foi

submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (CAE

56254916900005243 Parecer nordm 1608748)

Ressalta-se que os dados coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por no

miacutenimo 05 anos sob tutela do autor desta pesquisa de forma confidencial Apoacutes este periacuteodo

todo o material coletado seraacute destruiacutedo

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

6 OBRAS CITADAS

ADUAN S A et al Evaluation of healthcare wastes service of group A in the hospitals of

Vitoacuteria (ES) Brazil Engenharia Sanitaria e Ambiental v 19 n 2 p 133ndash141 jun 2014

ALENCAR et al Descarte de medicamentos uma anaacutelise da praacutetica no Programa Sauacutede da

Famiacutelia Ciecircnc sauacutede coletiva v 19 n 7 p 2157-21662014

ALVES et al Manejo de resiacuteduos gerados na assistecircncia domiciliar pela Estrateacutegia de Sauacutede

da Familia Rev Bras Enferm v 65 n 1 p 128-34 2012

ANDREacute S C S VEIGA T B TAKAYANAGUI A M M Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede em hospitais do municiacutepio de Ribeiratildeo Preto (SP) Brasil Eng sanit

ambient v 21 n 1 p 123-130 2016

ANKER M et al Rapid evaluation methods (REM) of health services performance

methodological observations Bull World Health Organization v 71 p15-21 1993

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 10004 classifica os

resiacuteduos soacutelidos quanto aos riscos potenciais aomeio ambiente e agrave sauacutede puacuteblicaRio de

Janeiro 1987 revisada em 2004

ARAUJO P F Anaacutelise da logiacutestica reversa como ferramenta de gestatildeo de resiacuteduos

soacutelidos Dissertaccedilatildeo ( Mestrado em Sauacutede Puacuteblica) ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica

Seacutergio Arouca Rio de Janeiro Fiocruz 2011 99p

BARBOZA Alex Gestatildeo de rejeitos radioativos em serviccedilos de medicina nuclear

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de tecnologia nuclear ndash Aplicaccedilotildees) Universidade

de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Instituto de Pesquisas Energeacuteticas e Nucleares 2009

BELLAN N et al Critical analysis of the regulations regarding the disposal of medication

wasteBraz j pharm sci p 507ndash518 2012

BLENKHARN J I Standards of clinical waste management in hospitals--a second look

Public Health v 121 n 7 p 540ndash5452007

BLECK D WETTBERG W Waste collection in developing countries ndash Tackling

occupational safety and health hazards at their source Waste Manag [Internet] v 31 n 11

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

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95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 9: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

6

RESUMO

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) definidos como o fluxo total de resiacuteduos que

resultam da assistecircncia agrave sauacutede humana ou animal podem ser classificados em Grupo A

constituiacutedo por resiacuteduos bioloacutegicos ou potencialmente infectantes Grupo B constituiacutedo por

resiacuteduos quiacutemicos Grupo C constituiacutedo por rejeitos radioativos Grupo D constituiacutedo por

resiacuteduos similares aos soacutelidos urbanos e Grupo E constituiacutedo por resiacuteduos perfurocortantes

O Gerenciamento dos RSS eacute definido como um conjunto de procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos aleacutem de

propiciar seu encaminhamento seguro e eficiente desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final de

modo a proteger a sauacutede do trabalhador dos riscos inerentes ao manejo dos RSS preservar a

sauacutede puacuteblica e ambiental A Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos atualizada em 2012

legitima a crescente preocupaccedilatildeo com a preservaccedilatildeo dos recursos naturais e destinaccedilatildeo final

ambientalmente adequada dos resiacuteduos incluiacutedo os de RSS Coerente com a identificaccedilatildeo de

um campo pouco explorado no que diz respeito agrave avaliaccedilatildeo do gerenciamento de resiacuteduos do

Grupo D este estudo tem como objetivo geral avaliar o Gerenciamento dos RSS do Grupo D

em um hospital universitaacuterio Adota-se como procedimento metodoloacutegico a pesquisa de

campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa atraveacutes do instrumento

Health-Care Waste Management - Rapid Assessment Tool Versatildeo Brasileira concebido

originalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede e transculturalmente adaptado e validado

por Silva (2011) O campo de estudo eacute um hospital universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

onde foram aplicados quatro conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4 endereccedilados agrave

administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem profissionais responsaacuteveis pelo GRSS e

profissionais de serviccedilos gerais respectivamente Com base nos resultados obtidos o trabalho

discute a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo

a tornar este processo mais seguro para o homem e o ambiente Eacute levado em consideraccedilatildeo que

os resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em todos os setores da unidade e representam o maior

volume dentre todos os RSS devendo ser preferencialmente encaminhados para reciclagem

Este estudo contribui para a identificaccedilatildeo e anaacutelise acerca de lacunas no conhecimento sobre o

GRSS somando para o subsiacutedio na tomada de decisatildeo gerencial e procedimentos formativos

em unidades hospitalares

Palavras-chave Enfermagem Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede Sauacutede Coletiva Sauacutede

Ambiental Sauacutede do Trabalhador

7

ABSTRACT

The Health-Care Waste (HCW) defined as all the flow of waste that result from the system of

human or animal health may be categorized as Group A which is biological waste or the

kind that is potentially infectious Group B which is chemical waste Group C radioactive

waste Group D waste similar to urban solids and Group E sharp waste HCW management

is defined as a group of management procedures planned and implemented with the goal of

minimizing waste generation also propitiating its efficient and safe routing from its

generation to the final disposal protecting the health of the worker from inherent risks from

HCW management to preserve public and environmental health The National Solid Waste

Policy updated in 2012 legitimates a rising corcern with the preservation and

environmentally concious final destination of waste including the HCW kind This research

is coherent with the identification of a less explored field in regard to the management of

Group D waste assessment Therefore it aims to assess the HCW management in a university

hospital This study adopts field research as a methodological procedure of the descriptive and

exploratory type with a qualitative approach through the Health-Care Waste Management -

Rapid Assessment Tool Brazilian Version (HCWM-RAT Brazilian Version) originally

conceived by the World Health Organization and cross-culturally adapted and validated by

Silva (2011) The field of study is a university hospital in the state of Rio de Janeiro where

four sets of questions were applied D1 D2 D3 and D4 addressed to the hospital

administration head of nursing professionals responsible for HCW Management and general

service professionals respectively Based on the results obtained this work discusses the

adequacy of the methods of collection transport treatment and final disposal in order to

make this process safer for men and the environment It is considered that Group D waste is

generated in all sectors of the unit and represents the largest volume among all HCW and they

should preferably be forwarded to recycling This study contributes to the identification and

analysis of gaps in knowledge about HCW management contributing to the subsidy in

managerial decision making and training procedures in hospital units

Keywords Nursing Health Care Waste Management Public Health Environmental Health

Occupacional Health

8

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Fig 1 Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D f 19

Fig 2 Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede f 20

Quadro 1 Caracterizaccedilatildeo dos participantes f 25

Fig 3 ResiacuteduosRejeitos do HURJ f 26

Fig 4 Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ f 27

Quadro 2 Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1 f 29

Quadro 3 Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2 f 30

Quadro 4 Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 f 31

Fig 5 Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo) f 31

Quadro 5 Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade f 32

Quadro 6 Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio f 34

Quadro 7 Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2 f 35

Quadro 8 Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4 f 37

Quadro 9 Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2 f 40

Quadro 10 Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1 f 40

Quadro 11 Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2 f 43

Quadro 12 Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2 f 43

9

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

CCIH Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar

CNEN Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

DIP Doenccedila Infecciosas e Parasitaacuterias

EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

ENSP Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Seacutergio Arouca

ESs Estabelecimentos de Sauacutede

FEAM Fundaccedilatildeo Estadual do Meio Ambiente

FIOCRUZ Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz

GRSS Gerenciamento dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

HCWM-RAT Health-Care Waste Management ndash Rapid Assessment Tools

HIV viacuterus da imunodeficiecircncia humana

HURJ Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

PGRSS Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

PIBIC Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica

RDC Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada

RSS Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

UFF Universidade Federal Fluminense

VHB Viacuterus da Hepatite B

VHC Viacuterus da Hepatite C

WHO World Health Organization

10

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 12

11 OBJETIVOS p 13

111 Objetivo geral p 13

112 Objetivos especiacuteficos p 14

12 JUSTIFICATIVA p 14

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 15

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE p 15

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL p 16

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS) p 17

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede p 18

2221 Grupo D p 18

223 Etapas de Manejo p 20

3 METODOLOGIA p 21

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA p 21

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA p 21

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS p 22

331 Participantes da Pesquisa p 23

34 ANAacuteLISE DE DADOS p 23

35 ASPECTOS EacuteTICOS p 23

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 25

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE p 25

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE p 28

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE p 30

44 ETAPAS DE MANEJO p 34

441 Segregaccedilatildeo p 34

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta p 38

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS p 43

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 45

11

6 OBRAS CITADAS p 47

7 APEcircNDICES p 52

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 52

8 ANEXOS p 54

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA p 54

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA p 58

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ p 95

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ p 105

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL p 106

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

O Gerenciamento dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) surgiu como

inquietaccedilatildeo ao longo da formaccedilatildeo acadecircmica logo nos primeiros momentos de praacutetica

hospitalar considerando as diversas situaccedilotildees onde o Gerenciamento de Resiacuteduos foi

realizado e orientado de forma inadequada pelos docentes profissionais e acadecircmicos mais

avanccedilados no curso Tal inquietaccedilatildeo intensificou-se fortemente atraveacutes da inserccedilatildeo da

discente responsaacutevel por este estudo agrave maneira cientiacutefica de produzir conhecimento

possibilitada pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica na Fundaccedilatildeo

Oswaldo Cruz Atraveacutes do subprojeto desenvolvido na Fundaccedilatildeo foi possiacutevel aprofundar os

conhecimentos sobre a temaacutetica e instrumentos de avaliaccedilatildeo de GRSS Dentre estes

instrumentos destaca-se Health-Care Waste Management ndash Rapid Assessment Tool (HCWM-

RAT) ndash Versatildeo Brasileira

O tratamento e destinaccedilatildeo adequados dos resiacuteduos (subprodutos da produccedilatildeo de bens

ou serviccedilos) se apresentam como um dos desafios no cenaacuterio atual (SILVA 2011) As

diversas etapas de manejo de resiacuteduos soacutelidos desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final

envolvem uma seacuterie de fatores de risco para a populaccedilatildeo exposta tornando particularmente

vulneraacuteveis os trabalhadores formais e informais do setor de resiacuteduos (PAN AMERICAN

HEALTH ORGANIZATION 2005)

Dentre os resiacuteduos soacutelidos aqueles gerados em Estabelecimentos de Assistecircncia agrave

Sauacutede merecem atenccedilatildeo particular por sua fraccedilatildeo (aproximadamente 15) considerada

perigosa (WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005a)

No Brasil resiacuteduos soacutelidos de serviccedilos de sauacutede satildeo todos aqueles gerados em

estabelecimentos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal nos estados

soacutelidos semi-soacutelidos bem como determinados resiacuteduos liacutequidos (BRASIL 2004) e sua

composiccedilatildeo depende do estabelecimento e da atividade que o produz Eacute estabelecido na

legislaccedilatildeo vigente a classificaccedilatildeo de RSS em cinco grupos agrave saber Grupo A constituiacutedo por

Resiacuteduos Bioloacutegicos ou Potencialmente Infectantes Grupo B constituiacutedo por Resiacuteduos

Quiacutemicos Grupo C constituiacutedo por Resiacuteduos Radioativos Grupo D constituiacutedo por

Resiacuteduos Similares aos Soacutelidos Urbanos e Grupo E constituiacutedo por Resiacuteduos

perfurocortantes (BRASIL 2004a 2004b)

A gestatildeo sustentaacutevel e segura dos RSS eacute princiacutepio imperativo na sauacutede puacuteblica e uma

responsabilidade de todos (CHARTIER 2014 WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) Entretanto apesar da contiacutenua sensibilizaccedilatildeo para a necessidade de efetivos padrotildees

13

de desempenho a gestatildeo dos resiacuteduos continua sendo um desafio (BLENKHARN 2007a

2007b MIYAZAKI UNE 2005) representado pela dificuldade em estabelecer praacuteticas

regulares de segregaccedilatildeo acondicionamento e armazenamento dos resiacuteduos mesmo em paiacuteses

considerados economicamente desenvolvidos (SILVA 2011)

Componentes como papelpapelatildeo plaacutesticos e vidros representam a maior

porcentagem em diversos estudos realizados em estabelecimentos de sauacutede poreacutem quando

natildeo segregados dos classificados como infectantes acabam sendo contaminados por estes

(ADUAN et al 2014 ALVES et al 2012a CORREcircA et al 2007 FERREIRA VEIGA

2003 SILVA HOPPE 2005) devendo seguir para aterros sanitaacuterios o que representa um

custo financeiro e ambiental desnecessaacuterio jaacute que apenas a fraccedilatildeo dos resiacuteduos classificados

como perigosos destinar-se-iam aos sistemas mais seguros e dispendiosos (ADUAN et al

2014 SILVA 2011) Ressalta-se a importacircncia da segregaccedilatildeo com ecircnfase na seguranccedila

reduccedilatildeo dos custos com coleta tratamento e destinaccedilatildeo final de resiacuteduos reduccedilatildeo do uso de

mateacuterias-primas maior tempo de vida uacutetil dos aterros e menor impacto ambiental causado

pelos resiacuteduos (SILVA 2011)

A avaliaccedilatildeo metodoloacutegica representa uma ferramenta importante para a compreensatildeo

do sistema de gestatildeo e consequentes melhorias (WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) No Brasil as avaliaccedilotildees de programas de sauacutede tecircm sido evidenciadas como meio

para adequar e otimizar os serviccedilos prestados agrave populaccedilatildeo (BRASIL 2007) A avaliaccedilatildeo eacute

considerada um ldquoprocesso em que se integram avaliadores e avaliados em busca do

comprometimento e do aperfeiccediloamento dos indiviacuteduos grupos programas e instituiccedilotildeesrdquo

(MINAYO 2006)

Sendo assim o objeto deste estudo eacute a Gestatildeo e Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do grupo D em Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

(HURJ) Tendo como questatildeo norteadora ldquoComo se daacute o gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D no Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeirordquo

Espera-se que este estudo contribua com a implementaccedilatildeo e acompanhamento das

praacuteticas preconizadas pela Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos uma vez que forneceraacute

informaccedilotildees para subsidiar a tomada de decisatildeo poliacutetica e gerencial

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

14

Avaliar o gerenciamento do manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D1

em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

112 Objetivos especiacuteficos

Identificar e compreender as legislaccedilotildees vigentes referentes aos RSS

Identificar as etapas de manejo de RSS

Classificar os RSS

Analisar o gerenciamento das etapas de manejo de RSS do HURJ

12 JUSTIFICATIVA

Coerente com a identificaccedilatildeo de um campo pouco explorado especialmente no que

diz respeito agrave avaliaccedilatildeodo sistema de gestatildeo de resiacuteduos do grupo D no acircmbito da sauacutede natildeo

foi identificado na literatura estudosavaliativos que utilizem instrumentos padronizados

confiaacuteveis e vaacutelidos que permitam a comparaccedilatildeo entre eles representando uma estrateacutegia

importante no reforccedilo ao uso da evidecircncia cientiacutefica e subsiacutedio agraves poliacuteticas puacuteblicas (SILVA

2011)

Neste sentido o estudo se justifica por avaliar por meio de instrumento robusto o

GRSS em especial a um grupo tatildeo carente de estudos quanto o grupo D

Desse modo espera-se identificar eventuais lacunas sobre o conhecimento e praacutetica de

Gestatildeo de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede por parte de gestores

profissionais docentes e discentes de um Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeiro

(HURJ) aleacutem de subsidiar dados para a realizaccedilatildeo de cursos de capacitaccedilatildeo eou atualizaccedilatildeo

que se faccedilam necessaacuterios

1 Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos segundo a RDC ANVISA 3062004

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

No Brasil a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2004a) o Conselho

Nacional do Meio Ambiente (BRASIL 2005) e a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

(CNEN 1985) satildeo os Oacutergatildeos responsaacuteveis pela regulaccedilatildeo e orientaccedilatildeo das accedilotildees de gestatildeo e

gerenciamento dos RSS do momento em que satildeo gerados agrave disposiccedilatildeo final incluiacutedos os

aspectos de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental (SILVA 2006)

O Resiacuteduo de Serviccedilo de Sauacutede (RSS) pode ser definido como o total de resiacuteduos

gerados pelos estabelecimentos de assistecircncia agrave sauacutede incluiacutedos os de diagnoacutestico e de

laboratoacuterios parcela dos provenientes de diaacutelise e dispositivos para aplicaccedilatildeo de insulina e

outros perfurocortantes gerados pelo cuidado agrave sauacutede em domiciacutelio (BRASIL 2004a

CHARTIER 2014)

A exposiccedilatildeo aos perfurocortantes e as suas consequecircncias satildeo altamente passiacuteveis de

prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo mediante intervenccedilotildees simples como a vacinaccedilatildeo para trabalhadores

da sauacutede (SILVA CORTEZ VALENTE 2009) e dos que lidam com resiacuteduos de serviccedilos de

sauacutede (RSS) educaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o manejo de resiacuteduos (RUDRASWAMY

SAMPATH DOGGALLI 2012)

Esses resiacuteduos podem causar danos agrave sauacutede humana e meio ambiente quando

inadequadamente gerenciados (CHARTIER 2014) Por exemplo a OMS estima que em 2000

o acesso a seringas contaminadas possa ter sido responsaacutevel por 21 milhotildees de infecccedilotildees pelo

Viacuterus da Hepatite B representando 32 de todas as novas infecccedilotildees 2 milhotildees de Viacuterus da

Hepatite C com uma representaccedilatildeo de 40 e 260 mil infecccedilotildees pelo viacuterus da

imunodeficiecircncia humana (HIV) sendo este representado por 5 de todos os novos casos

(WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005b)

O potencial de contaminaccedilatildeo do solo do ar e das aacuteguas superficiais e subterracircneas na

medida em que os RSS satildeo inadequadamente segregados e dispostos em vazadouros agrave ceacuteu

aberto ou aterros controlados tambeacutem satildeo uma preocupaccedilatildeo mundial (COZENDEY-SILVA

et al 2016 FALQUETO KLIGERMAN ASSUMPCcedilAtildeO 2010 KARAMOUZ et al 2007)

A gestatildeo dos RSS deve se pautar minimamente pelos seguintes princiacutepios princiacutepio

da responsabilidade institucional pois a organizaccedilatildeo que gera o resiacuteduo tem o dever

de eliminaacute-lo de forma segura princiacutepio do poluidor pagador entendendo que quem

produz o resiacuteduo eacute juriacutedica e financeiramente responsaacutevel pela seguranccedila do

16

manuseio e eliminaccedilatildeo do mesmo princiacutepio da precauccedilatildeo esse adverte que a

parcela dos RSS considerada perigosa deve assim ser classificada ateacute que seja

demonstrada que eacute segura princiacutepio da proximidade o qual recomenda o tratamento

e eliminaccedilatildeo de resiacuteduos perigosos em local mais proacuteximo possiacutevel do ponto de

geraccedilatildeo (SILVA 2011)

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL

No Brasil natildeo haacute estatiacutesticas precisas a respeito do nuacutemero de geradores nem da

quantidade de resiacuteduos deserviccedilos de sauacutede gerada diariamente (SILVA 2011) Conforme

explicitado na Pesquisa Nacional de Saneamento Baacutesico (BRASIL 2008) satildeo coletadas

diariamente 259547 toneladas de resiacuteduos no Brasil Estima-se que 17 desses corresponda

aos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede totalizando aproximadamente 4449 toneladas diaacuterias Os

resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede satildeo de natureza diversa sendo necessaacuteria uma classificaccedilatildeo

para a segregaccedilatildeo (GARCIA ZANETTI-RAMOS 2004)

As resoluccedilotildees da Anvisa RDC nordm 30604 e do Conama nordm 35805 convergem para a

seguinte definiccedilatildeo de RSS

[] todos os serviccedilos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal

inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de trabalhos de campo laboratoacuterios

analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios funeraacuterias e serviccedilos em que se

realizem atividades de embalsamento (tanatopraxia e somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos

de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as de manipulaccedilatildeo

estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de controle de

zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores distribuidores e

produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades moacuteveis de

atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem dentre outros

similares (BRASIL 2004a 2005)

O gerenciamento dos RSS pode ser definido como procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e legais

visando minimizar a geraccedilatildeo de resiacuteduos e assegurar agravequeles gerados tratamento transporte e

armazenamento eficientes dispondo proteccedilatildeo aos profissionais envolvidos em todo o

processo assim como a sauacutede puacuteblica recursos naturais e meio ambiente (BRASIL 2004a) O

Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) deve ser elaborado

compatiacutevel com as normas locais relativas agrave coleta transporte e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

17

gerados estabelecidas pelos oacutergatildeos locais responsaacuteveis por estas etapas e baseado nas

caracteriacutesticas dos resiacuteduos gerados e na sua classificaccedilatildeo (ibid)

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS)

A Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria RDC nordm 3062004 e o Conselho Nacional

do Meio Ambiente atraveacutes de sua resoluccedilatildeo nordm 3582005 definem o PGRSS como sendo

O documento que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao manejo dos resiacuteduos

soacutelidos observadas suas caracteriacutesticas e riscos no acircmbito dos estabelecimentos

contemplando os aspectos referentes agrave geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento

coleta armazenamento transporte tratamento e disposiccedilatildeo final bem como as accedilotildees

de proteccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica e ao meio ambiente contemplando assim as etapas do

gerenciamento intra e extra estabelecimento de sauacutede (BRASIL 2004a 2005)

O PGRSS deve ser feito em conjunto com todos os setores de modo que sua

elaboraccedilatildeo implantaccedilatildeo e desenvolvimento do PGRSS devem envolver os setores de

higienizaccedilatildeo e limpeza a Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar ou Comissotildees de

Biosseguranccedila e os Serviccedilos de Engenharia de Seguranccedila e Medicina no Trabalho onde

houver obrigatoriedade de existecircncia desses serviccedilos abrangendo a todos do estabelecimento

gerador (BRASIL 2010b)

A questatildeo da segregaccedilatildeo dos resiacuteduos infectantes requer maior atenccedilatildeo no sentido de

minimizar gastos na sauacutede aleacutem dos cuidados com infecccedilotildees e impacto no ambiente

(CHARTIER 2014) Eacute necessaacuterio e recomendaacutevel que trabalhadores da aacuterea de sauacutede estejam

sempre atualizados quanto agraves normas e rotinas do serviccedilo assim como das medidas de

biosseguranccedila (SILVA et al 2014)

A implementaccedilatildeo das praacuteticas tecnicamente recomendadas estaacute intimamente ligada agrave

qualificaccedilatildeo dos profissionais envolvidos na elaboraccedilatildeo e na aplicaccedilatildeo do plano sob os

aspectos operacionais da seguranccedila do trabalhador e nos aspectos culturais O princiacutepio da

logiacutestica reversa eacute fator determinante na instrumentalizaccedilatildeo de praacuteticas numa perspectiva de

sustentabilidade (CHARTIER 2014) Este princiacutepio eacute definido como a accedilatildeo correspondente

ao caminho inverso da logiacutestica partindo do ponto de consumo para o iniacutecio da cadeia de

geraccedilatildeo considerando fundamentalmente o reaproveitamento como elemento da poliacutetica

ambiental (ALVES et al 2012a BELLAN et al 2012)

18

Segundo Sisinno e Moreira (2005) pelos princiacutepios da ecoeficiecircncia ldquoo

gerenciamento dos resiacuteduos deveria privilegiar em ordem de prioridade a natildeo geraccedilatildeo a

reduccedilatildeo da geraccedilatildeo a reciclagem e finalmente o tratamento ou disposiccedilatildeo finalrdquo tornando

assim a identificaccedilatildeo da fonte geradora uma etapa importante quando o enfoque eacute a natildeo

geraccedilatildeo ou a reduccedilatildeo da geraccedilatildeo

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes no Brasil (2004a 2005) os RSS satildeo

classificados em cinco grupos de modo que os resiacuteduos do Grupo A satildeo resiacuteduos que

possivelmente apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos

do Grupo B referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave

sauacutede puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes e abrasivos

2221 Grupo D

Conforme supracitado estes satildeo resiacuteduos provenientes de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo

apresentam risco bioloacutegico quiacutemico ou radioloacutegico agrave sauacutede ou ao meio ambiente podendo ser

equiparados aos resiacuteduos domiciliares (BRASIL 2005) Nesse grupo satildeo gerados resiacuteduos

compostaacuteveis reciclaacuteveis e aqueles que podem servir para alimentaccedilatildeo de animais e rejeitos

Apesar de natildeo ser uma exigecircncia eacute desejaacutevel que seja realizada segregaccedilatildeo e

identificaccedilatildeo dos resiacuteduos do Grupo D para a reciclagem atraveacutes de um coacutedigo de cores para

os recipientes conforme evidenciado na Fig 1 (BRASIL 2004) Caso natildeo haja segregaccedilatildeo

para a reciclagem natildeo haacute padronizaccedilatildeo para a cor dos recipientes Estudos apontam que a

segregaccedilatildeo se mostra ineficiente natildeo apenas em relaccedilatildeo a coleta seletiva mas tambeacutem a

separaccedilatildeo de outros grupos de RSS (ALVES et al 2012b)

19

Fig 01 ndash Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D devem ser coletados e transportados

separadamente dos resiacuteduos dos outros grupos para que natildeo haja contaminaccedilatildeo (BRASIL

2004) O armazenamento temporaacuterio dos resiacuteduos do Grupo D pode ser na Sala de Resiacuteduos

poreacutem em recipientes exclusivos e identificados para manter a segregaccedilatildeo O armazenamento

externo dos resiacuteduos do Grupo D deve ser em abrigo com no miacutenimo um ambiente separado

para atender ao armazenamento de recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D e outro

ambiente para os grupos A e E (FEAM 2008)

Os resiacuteduos orgacircnicos como flores resiacuteduos de jardinagem sobras de alimento e de

outros que natildeo tenham mantido contato com resiacuteduos infectantes (secreccedilotildees excreccedilotildees ou

outro fluido corpoacutereo) podem ser encaminhados para o processo de compostagem (BRASIL

2004)

Destaca-se que os restos e sobras de alimentos podem ser utilizados para fins de raccedilatildeo

animal desde que submetidos a um tratamento que garanta sua inocuidade avaliado e

comprovado por oacutergatildeo competente da Agricultura e de Vigilacircncia Sanitaacuteria do Municiacutepio

Estado ou do Distrito Federal (ibid)

Os efluentes (resiacuteduos liacutequidos) provenientes da rede esgoto de estabelecimento de

sauacutede devem ser tratados antes do lanccedilamento no corpo receptor ou na rede coletora de

esgoto sempre que natildeo houver sistema de tratamento de esgoto coletivo atendendo agrave aacuterea

onde estaacute localizado o serviccedilo conforme definido na RDC ANVISA nordm 502002 Deve ser

mantido o registro de operaccedilatildeo de venda ou de doaccedilatildeo dos resiacuteduos destinados agrave reciclagem

compostagem e alimentaccedilatildeo de animais (CUSSIOL 2008)

bull Papeacuteis Azul

bull Metais Amarelo

bull Vidros Verde

bull Plaacutesticos Vermelho

bull Resiacuteduos Orgacircnicos Marrom

bull Demais resiacuteduos do Grupo D Cinza

20

223 Etapas de Manejo

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final incluindo as seguintes

etapas

Fig 02 ndash Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

Fonte Adaptado de Silva 2011 p 43

Segregaccedilatildeo

Separaccedilatildeo dos resiacuteduos no momento e local de sua geraccedilatildeo de acordo

com as caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas bioloacutegicas o seu estado

fiacutesico e os riscos envolvidos

Acondicionamento

Ato de embalar corretamente os resiacuteduos segregados conforme suas

caracteriacutesticas

Identificaccedilatildeo

medidas que permitem o reconhecimento dos resiacuteduos

contidos nos sacos e recipientes

Transporte interno

Translado do ponto de geraccedilatildeo ateacute o local de armazenamento temporaacuterio

Tratamento

processoa manuais mecacircnicos fiacutesicos quiacutemicos ou bioloacutegicos que

alterem as caracteriacutesticas dos resiacuteduos visando minimizar riscos agrave

sauacutede e o meio ambiente

Armazenamento Interno Temporaacuterio

Guarda temporaacuteria dos recipientes contendo os resiacuteduos jaacute

acondicionados em local proacuteximo aos pontos de geraccedilatildeo

Armazenamento Externo

Acondicionamento dos resiacuteduos em abrigo em recipientes coletores

adequados em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os

veiacuteculos coletores

Coleta e Transporte Externo

Remoccedilatildeo dos RSS do armazenamento externo ateacute a

unidade de tratamento ou disposiccedilatildeo final

Disposiccedilatildeo Final

Disposiccedilatildeo definitiva de resiacuteduos no solo ou em locais previamente preparados para recebecirc-los As

formas usualmente utilizadas satildeo aterro sanitaacuterio aterro para

resiacuteduos perigosos de Classe I (para resiacuteduos industriais) aterro

controlado lixatildeo ou vazadouro e valas

21

3 METODOLOGIA

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pesquisa de campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa Tem

como teacutecnica de coleta de dados aplicaccedilatildeo de instrumento de pesquisa validado e especiacutefico

para o tema GRSS (HCWM-RAT ndash Versatildeo Brasileira disponiacutevel em

portfolioinovacaofiocruzbr) conforme especificado no item 33 ldquoINSTRUMENTO DE

PESQUISA E COLETA DE DADOSrdquo

A Pesquisa de Campo eacute definida por Lakatos e Marconi (2003) como uma estrateacutegia

de documentaccedilatildeo direta ou seja o levantamento de dados se daacute no local onde ocorre o

fenocircmeno a ser estudado Assim a pesquisa de campo ldquoconsiste na observaccedilatildeo de fatos e

fenocircmenos tal como ocorrem espontaneamente na coleta de dados a eles referentes e no

registro de variaacuteveis que se presume relevantes para analisaacute-losrdquo (ibid p 185)

Segundo Gil (2002 p 131) a pesquisa de campo do tipo descritiva tem a preocupaccedilatildeo

com a descriccedilatildeo tendo maior na profundidade do dado coletado de modo que o pesquisador

tende a ldquopreferir a utilizaccedilatildeo de depoimentos e entrevistas com niacuteveis diversos de

estruturaccedilatildeordquo

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA

Esta pesquisa tem como cenaacuterio um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de

Janeiro Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (CNES 2016) esse

estabelecimento eacute caracterizado como hospital geral com esfera administrativa federal

estando sob gestatildeo municipal A natureza da Organizaccedilatildeo eacute a autarquia (administraccedilatildeo

indireta) ou seja o serviccedilo eacute autocircnomo criado por lei com personalidade juriacutedica

patrimocircnio e receita proacuteprios para executar atividades tiacutepicas da Administraccedilatildeo Puacuteblica que

requeiram gestatildeo administrativa e financeira descentralizada (BRASIL 1990)

Contando com 1442 profissionais 697 dos quais satildeo meacutedicos a unidade realiza

atendimento de demanda referenciada contando com os seguintes tipos de atendimento

Ambulatorial Internaccedilatildeo Urgecircncia e Serviccedilos de Apoio Diagnoacutestico e Terapecircutico

O Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos

bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns (CNES 2016) Sua aacuterea de abrangecircncia atinge

uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de habitantes (ibid)

22

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS

A versatildeo original do HCWM-RAT foi desenvolvida pela Organizaccedilatildeo Mundial da

Sauacutede (OMS) (WHO 2005) como parte de uma estrateacutegia que visa reduzir a carga global de

doenccedilas relacionada com a inadequada gestatildeo dos resiacuteduos especialmente das fases de

tratamento e disposiccedilatildeo final Tendo como objetivo central colaborar com os paiacuteses na

aplicaccedilatildeo de metas estrateacutegicas em especial aquelas contidas em acordos multilaterais como

os de Basileacuteia e de Estocolmo

Este instrumento se destina a avaliaccedilatildeo da performace ambiental no setor sauacutede

visando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas integradas de sauacutede e ambiente Eacute estruturado em

meacutetodo raacutepido de avaliaccedilatildeo2 para GRSS O HCWM-RAT Versatildeo Brasileira (ANEXO 82) eacute

fruto de adaptaccedilatildeo transcultural e validaccedilatildeo para uso em territoacuterio brasileiro (SILVA 2011)

Daacute condiccedilatildeo agrave institucionalizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo na aacuterea da gestatildeo e gerenciamento de resiacuteduos

da produccedilatildeo da sauacutede em concepccedilatildeo teoacuterico-poliacutetica de avaliaccedilatildeo formativa participativa e

emancipatoacuteria eacute capaz de reforccedilar o mecanismo de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo e estrateacutegias

de sauacutede trabalho e ambiente no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) (ibid)

O referido instrumento proposto pela OMS numa perspectiva universalista possui

escopo voltado para avaliaccedilatildeo em niacuteveis local (Estabelecimento de Sauacutede) municipalregional

e federal

Em niacutevel nacional possuiacute 2 (dois) conjuntos de questotildees (B1 e B2) voltados para

questionamento junto ao Ministeacuterio da Sauacutede e Ministeacuterio do Meio Ambiente Para

levantamento de dados junto agraves instacircncias municipais possui o conjunto de questotildees da

ferramenta ldquoCrdquo Em niacutevel local possuiacute 4 (quatro) conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4

endereccedilados agrave administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem eou CCIH (considerando

ambos ou o profissional mais familiarizado com o contexto do gerenciamento de resiacuteduos de

serviccedilos de sauacutede - GRSS na unidade) responsaacutevel (s) pelo GRSS e profissional de serviccedilos

gerais (que manipulemtransportem internamente os resiacuteduos) respectivamente Ressalta-se

que cada iacutetem (questatildeo do questionaacuterio) eacute direcionado a determinado grupo

participanterespondente de modo que o proacuteprio instrumento preacute-estabelece criteacuterios de

inclusatildeo e exclusatildeo da amostra

2 O Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Raacutepida (Rapid Evaluation Methods) utiliza uma mescla de abordagens quanti-qualitativas Seus quatro

princiacutepios satildeo uso de fontes muacuteltiplas rapidez pragmatismo e custo-efetividade (ANKER et al 1993 MCNALL et al 2007)

23

331 Participantes da Pesquisa

Baseado no escopo do instrumento de avaliaccedilatildeo e em seu modus operandi em cada

grupo de iacutetens eacute direcionado a uma categoria de profissionais e setor de atuaccedilatildeo os

participantes deste estudo seratildeo servidores gestores interlocutores profissionais da sauacutede e

profissionais de empresas terceirizadas (manejo para transporte interno e serviccedilo de coleta e

transporte externo) que encontrarem-se dentro dos criteacuterios de inclusatildeo agrave saber

envolvimento direto ou indireto com o setor ou Sistema de Gerenciamento dos Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) diretoresgestores dos ESs puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de

administrador ou semelhante a quem eacute endereccedilada a ferramenta D1 Enfermeira (o) chefe de

CCIH eou SESMT respondentes da ferramenta D2 Gestoresinterlocutores responsaacuteveis ou

participantes da comissatildeo para GRSS para quem se destina a ferramenta D3 e envolvidos

nas etapas de manejo que incluem a coleta e transporteinterno de RSS respondentes da

ferramenta D4 aceitar participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido encontrar-se disponiacutevel durante a coleta de dados e o proacuteprio criteacuterio de inclusatildeo

do item proposto

A coleta de dados ocorreu em 2016 periacuteodo no qual o HURJ em questatildeo passava por

transiccedilatildeo administrativa Teve-se como participantes da pesquisa 01 responsaacutevel pela coleta e

transporte interno de RSS 01 responsaacutevel pela GRSS da unidade 04 Enfermeiros-chefes 02

representantes da Gestatildeo Hospitalar

34 ANAacuteLISE DE DADOS

A anaacutelise ocorre por meio das categorias do instrumento de coleta supracitado O

sistema de avaliaccedilatildeo eacute projetado por toacutepicos na proacutepria planilha na qual a ferramenta eacute

estruturada de modo a obter um perfil da situaccedilatildeo de GRSS Este sistema de classificaccedilatildeo eacute

baseado em questotildees-chave que devem agrave luz das legislaccedilotildees vigentes ser cumpridas para se

garantir um gerenciamento seguro de RSS

35 ASPECTOS EacuteTICOS

Este estudo acata as normas estabelecidas pela portaria 4662012 do Ministeacuterio da

sauacutede para a realizaccedilatildeo de pesquisas com seres humanos que incorpora sob a oacutetica do

24

indiviacuteduo e das coletividades referenciais baacutesicos da bioeacutetica como autonomia natildeo

maleficecircncia equidade justiccedila e beneficecircncia e visando assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado este estudo foi

submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (CAE

56254916900005243 Parecer nordm 1608748)

Ressalta-se que os dados coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por no

miacutenimo 05 anos sob tutela do autor desta pesquisa de forma confidencial Apoacutes este periacuteodo

todo o material coletado seraacute destruiacutedo

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

6 OBRAS CITADAS

ADUAN S A et al Evaluation of healthcare wastes service of group A in the hospitals of

Vitoacuteria (ES) Brazil Engenharia Sanitaria e Ambiental v 19 n 2 p 133ndash141 jun 2014

ALENCAR et al Descarte de medicamentos uma anaacutelise da praacutetica no Programa Sauacutede da

Famiacutelia Ciecircnc sauacutede coletiva v 19 n 7 p 2157-21662014

ALVES et al Manejo de resiacuteduos gerados na assistecircncia domiciliar pela Estrateacutegia de Sauacutede

da Familia Rev Bras Enferm v 65 n 1 p 128-34 2012

ANDREacute S C S VEIGA T B TAKAYANAGUI A M M Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede em hospitais do municiacutepio de Ribeiratildeo Preto (SP) Brasil Eng sanit

ambient v 21 n 1 p 123-130 2016

ANKER M et al Rapid evaluation methods (REM) of health services performance

methodological observations Bull World Health Organization v 71 p15-21 1993

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 10004 classifica os

resiacuteduos soacutelidos quanto aos riscos potenciais aomeio ambiente e agrave sauacutede puacuteblicaRio de

Janeiro 1987 revisada em 2004

ARAUJO P F Anaacutelise da logiacutestica reversa como ferramenta de gestatildeo de resiacuteduos

soacutelidos Dissertaccedilatildeo ( Mestrado em Sauacutede Puacuteblica) ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica

Seacutergio Arouca Rio de Janeiro Fiocruz 2011 99p

BARBOZA Alex Gestatildeo de rejeitos radioativos em serviccedilos de medicina nuclear

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de tecnologia nuclear ndash Aplicaccedilotildees) Universidade

de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Instituto de Pesquisas Energeacuteticas e Nucleares 2009

BELLAN N et al Critical analysis of the regulations regarding the disposal of medication

wasteBraz j pharm sci p 507ndash518 2012

BLENKHARN J I Standards of clinical waste management in hospitals--a second look

Public Health v 121 n 7 p 540ndash5452007

BLECK D WETTBERG W Waste collection in developing countries ndash Tackling

occupational safety and health hazards at their source Waste Manag [Internet] v 31 n 11

p 2009-17 2012

BRASIL Lei 8112 de 11 de dezembro de 1990 Brasiacutelia DF 1990 Dispotildee sobre o Regime

Juriacutedico dos servidores puacuteblicos civis da Uniatildeo das autarquias e das fundaccedilotildees puacuteblicas

federais Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF12 de dezembro de 1990

______ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Portaria nordm 1748 de 30 de agosto de 2011

Dispotildee sobre a Norma Regulamentadora nordm 32 Diaacuterio Oficial [da] Repuacuteblica Federativa

do Brasil Brasiacutelia DF 31 ago 2011 Seccedilatildeo 1 p 143

48

______ Ministeacuterio do Desenvolvimento e Combate agrave Fome Decreto nordm5940 de 25 de

outubro de 2010 Diaacuterio Oficial [da] Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia 16 de

outubro de 2006 p 4

______ Presidecircncia da Repuacuteblica Lei nordm 12305 de 02 de agosto de 2010 Diaacuterio Oficial [da]

Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia -3 de agosto de 2010 P 2

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estabelecimentos assistenciais de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo da Repuacuteblica Federativa

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

60

61

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90

91

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93

94

95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 10: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

7

ABSTRACT

The Health-Care Waste (HCW) defined as all the flow of waste that result from the system of

human or animal health may be categorized as Group A which is biological waste or the

kind that is potentially infectious Group B which is chemical waste Group C radioactive

waste Group D waste similar to urban solids and Group E sharp waste HCW management

is defined as a group of management procedures planned and implemented with the goal of

minimizing waste generation also propitiating its efficient and safe routing from its

generation to the final disposal protecting the health of the worker from inherent risks from

HCW management to preserve public and environmental health The National Solid Waste

Policy updated in 2012 legitimates a rising corcern with the preservation and

environmentally concious final destination of waste including the HCW kind This research

is coherent with the identification of a less explored field in regard to the management of

Group D waste assessment Therefore it aims to assess the HCW management in a university

hospital This study adopts field research as a methodological procedure of the descriptive and

exploratory type with a qualitative approach through the Health-Care Waste Management -

Rapid Assessment Tool Brazilian Version (HCWM-RAT Brazilian Version) originally

conceived by the World Health Organization and cross-culturally adapted and validated by

Silva (2011) The field of study is a university hospital in the state of Rio de Janeiro where

four sets of questions were applied D1 D2 D3 and D4 addressed to the hospital

administration head of nursing professionals responsible for HCW Management and general

service professionals respectively Based on the results obtained this work discusses the

adequacy of the methods of collection transport treatment and final disposal in order to

make this process safer for men and the environment It is considered that Group D waste is

generated in all sectors of the unit and represents the largest volume among all HCW and they

should preferably be forwarded to recycling This study contributes to the identification and

analysis of gaps in knowledge about HCW management contributing to the subsidy in

managerial decision making and training procedures in hospital units

Keywords Nursing Health Care Waste Management Public Health Environmental Health

Occupacional Health

8

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Fig 1 Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D f 19

Fig 2 Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede f 20

Quadro 1 Caracterizaccedilatildeo dos participantes f 25

Fig 3 ResiacuteduosRejeitos do HURJ f 26

Fig 4 Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ f 27

Quadro 2 Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1 f 29

Quadro 3 Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2 f 30

Quadro 4 Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 f 31

Fig 5 Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo) f 31

Quadro 5 Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade f 32

Quadro 6 Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio f 34

Quadro 7 Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2 f 35

Quadro 8 Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4 f 37

Quadro 9 Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2 f 40

Quadro 10 Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1 f 40

Quadro 11 Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2 f 43

Quadro 12 Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2 f 43

9

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

CCIH Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar

CNEN Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

DIP Doenccedila Infecciosas e Parasitaacuterias

EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

ENSP Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Seacutergio Arouca

ESs Estabelecimentos de Sauacutede

FEAM Fundaccedilatildeo Estadual do Meio Ambiente

FIOCRUZ Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz

GRSS Gerenciamento dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

HCWM-RAT Health-Care Waste Management ndash Rapid Assessment Tools

HIV viacuterus da imunodeficiecircncia humana

HURJ Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

PGRSS Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

PIBIC Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica

RDC Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada

RSS Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

UFF Universidade Federal Fluminense

VHB Viacuterus da Hepatite B

VHC Viacuterus da Hepatite C

WHO World Health Organization

10

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 12

11 OBJETIVOS p 13

111 Objetivo geral p 13

112 Objetivos especiacuteficos p 14

12 JUSTIFICATIVA p 14

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 15

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE p 15

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL p 16

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS) p 17

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede p 18

2221 Grupo D p 18

223 Etapas de Manejo p 20

3 METODOLOGIA p 21

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA p 21

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA p 21

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS p 22

331 Participantes da Pesquisa p 23

34 ANAacuteLISE DE DADOS p 23

35 ASPECTOS EacuteTICOS p 23

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 25

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE p 25

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE p 28

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE p 30

44 ETAPAS DE MANEJO p 34

441 Segregaccedilatildeo p 34

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta p 38

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS p 43

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 45

11

6 OBRAS CITADAS p 47

7 APEcircNDICES p 52

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 52

8 ANEXOS p 54

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA p 54

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA p 58

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ p 95

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ p 105

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL p 106

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

O Gerenciamento dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) surgiu como

inquietaccedilatildeo ao longo da formaccedilatildeo acadecircmica logo nos primeiros momentos de praacutetica

hospitalar considerando as diversas situaccedilotildees onde o Gerenciamento de Resiacuteduos foi

realizado e orientado de forma inadequada pelos docentes profissionais e acadecircmicos mais

avanccedilados no curso Tal inquietaccedilatildeo intensificou-se fortemente atraveacutes da inserccedilatildeo da

discente responsaacutevel por este estudo agrave maneira cientiacutefica de produzir conhecimento

possibilitada pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica na Fundaccedilatildeo

Oswaldo Cruz Atraveacutes do subprojeto desenvolvido na Fundaccedilatildeo foi possiacutevel aprofundar os

conhecimentos sobre a temaacutetica e instrumentos de avaliaccedilatildeo de GRSS Dentre estes

instrumentos destaca-se Health-Care Waste Management ndash Rapid Assessment Tool (HCWM-

RAT) ndash Versatildeo Brasileira

O tratamento e destinaccedilatildeo adequados dos resiacuteduos (subprodutos da produccedilatildeo de bens

ou serviccedilos) se apresentam como um dos desafios no cenaacuterio atual (SILVA 2011) As

diversas etapas de manejo de resiacuteduos soacutelidos desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final

envolvem uma seacuterie de fatores de risco para a populaccedilatildeo exposta tornando particularmente

vulneraacuteveis os trabalhadores formais e informais do setor de resiacuteduos (PAN AMERICAN

HEALTH ORGANIZATION 2005)

Dentre os resiacuteduos soacutelidos aqueles gerados em Estabelecimentos de Assistecircncia agrave

Sauacutede merecem atenccedilatildeo particular por sua fraccedilatildeo (aproximadamente 15) considerada

perigosa (WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005a)

No Brasil resiacuteduos soacutelidos de serviccedilos de sauacutede satildeo todos aqueles gerados em

estabelecimentos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal nos estados

soacutelidos semi-soacutelidos bem como determinados resiacuteduos liacutequidos (BRASIL 2004) e sua

composiccedilatildeo depende do estabelecimento e da atividade que o produz Eacute estabelecido na

legislaccedilatildeo vigente a classificaccedilatildeo de RSS em cinco grupos agrave saber Grupo A constituiacutedo por

Resiacuteduos Bioloacutegicos ou Potencialmente Infectantes Grupo B constituiacutedo por Resiacuteduos

Quiacutemicos Grupo C constituiacutedo por Resiacuteduos Radioativos Grupo D constituiacutedo por

Resiacuteduos Similares aos Soacutelidos Urbanos e Grupo E constituiacutedo por Resiacuteduos

perfurocortantes (BRASIL 2004a 2004b)

A gestatildeo sustentaacutevel e segura dos RSS eacute princiacutepio imperativo na sauacutede puacuteblica e uma

responsabilidade de todos (CHARTIER 2014 WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) Entretanto apesar da contiacutenua sensibilizaccedilatildeo para a necessidade de efetivos padrotildees

13

de desempenho a gestatildeo dos resiacuteduos continua sendo um desafio (BLENKHARN 2007a

2007b MIYAZAKI UNE 2005) representado pela dificuldade em estabelecer praacuteticas

regulares de segregaccedilatildeo acondicionamento e armazenamento dos resiacuteduos mesmo em paiacuteses

considerados economicamente desenvolvidos (SILVA 2011)

Componentes como papelpapelatildeo plaacutesticos e vidros representam a maior

porcentagem em diversos estudos realizados em estabelecimentos de sauacutede poreacutem quando

natildeo segregados dos classificados como infectantes acabam sendo contaminados por estes

(ADUAN et al 2014 ALVES et al 2012a CORREcircA et al 2007 FERREIRA VEIGA

2003 SILVA HOPPE 2005) devendo seguir para aterros sanitaacuterios o que representa um

custo financeiro e ambiental desnecessaacuterio jaacute que apenas a fraccedilatildeo dos resiacuteduos classificados

como perigosos destinar-se-iam aos sistemas mais seguros e dispendiosos (ADUAN et al

2014 SILVA 2011) Ressalta-se a importacircncia da segregaccedilatildeo com ecircnfase na seguranccedila

reduccedilatildeo dos custos com coleta tratamento e destinaccedilatildeo final de resiacuteduos reduccedilatildeo do uso de

mateacuterias-primas maior tempo de vida uacutetil dos aterros e menor impacto ambiental causado

pelos resiacuteduos (SILVA 2011)

A avaliaccedilatildeo metodoloacutegica representa uma ferramenta importante para a compreensatildeo

do sistema de gestatildeo e consequentes melhorias (WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) No Brasil as avaliaccedilotildees de programas de sauacutede tecircm sido evidenciadas como meio

para adequar e otimizar os serviccedilos prestados agrave populaccedilatildeo (BRASIL 2007) A avaliaccedilatildeo eacute

considerada um ldquoprocesso em que se integram avaliadores e avaliados em busca do

comprometimento e do aperfeiccediloamento dos indiviacuteduos grupos programas e instituiccedilotildeesrdquo

(MINAYO 2006)

Sendo assim o objeto deste estudo eacute a Gestatildeo e Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do grupo D em Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

(HURJ) Tendo como questatildeo norteadora ldquoComo se daacute o gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D no Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeirordquo

Espera-se que este estudo contribua com a implementaccedilatildeo e acompanhamento das

praacuteticas preconizadas pela Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos uma vez que forneceraacute

informaccedilotildees para subsidiar a tomada de decisatildeo poliacutetica e gerencial

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

14

Avaliar o gerenciamento do manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D1

em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

112 Objetivos especiacuteficos

Identificar e compreender as legislaccedilotildees vigentes referentes aos RSS

Identificar as etapas de manejo de RSS

Classificar os RSS

Analisar o gerenciamento das etapas de manejo de RSS do HURJ

12 JUSTIFICATIVA

Coerente com a identificaccedilatildeo de um campo pouco explorado especialmente no que

diz respeito agrave avaliaccedilatildeodo sistema de gestatildeo de resiacuteduos do grupo D no acircmbito da sauacutede natildeo

foi identificado na literatura estudosavaliativos que utilizem instrumentos padronizados

confiaacuteveis e vaacutelidos que permitam a comparaccedilatildeo entre eles representando uma estrateacutegia

importante no reforccedilo ao uso da evidecircncia cientiacutefica e subsiacutedio agraves poliacuteticas puacuteblicas (SILVA

2011)

Neste sentido o estudo se justifica por avaliar por meio de instrumento robusto o

GRSS em especial a um grupo tatildeo carente de estudos quanto o grupo D

Desse modo espera-se identificar eventuais lacunas sobre o conhecimento e praacutetica de

Gestatildeo de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede por parte de gestores

profissionais docentes e discentes de um Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeiro

(HURJ) aleacutem de subsidiar dados para a realizaccedilatildeo de cursos de capacitaccedilatildeo eou atualizaccedilatildeo

que se faccedilam necessaacuterios

1 Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos segundo a RDC ANVISA 3062004

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

No Brasil a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2004a) o Conselho

Nacional do Meio Ambiente (BRASIL 2005) e a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

(CNEN 1985) satildeo os Oacutergatildeos responsaacuteveis pela regulaccedilatildeo e orientaccedilatildeo das accedilotildees de gestatildeo e

gerenciamento dos RSS do momento em que satildeo gerados agrave disposiccedilatildeo final incluiacutedos os

aspectos de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental (SILVA 2006)

O Resiacuteduo de Serviccedilo de Sauacutede (RSS) pode ser definido como o total de resiacuteduos

gerados pelos estabelecimentos de assistecircncia agrave sauacutede incluiacutedos os de diagnoacutestico e de

laboratoacuterios parcela dos provenientes de diaacutelise e dispositivos para aplicaccedilatildeo de insulina e

outros perfurocortantes gerados pelo cuidado agrave sauacutede em domiciacutelio (BRASIL 2004a

CHARTIER 2014)

A exposiccedilatildeo aos perfurocortantes e as suas consequecircncias satildeo altamente passiacuteveis de

prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo mediante intervenccedilotildees simples como a vacinaccedilatildeo para trabalhadores

da sauacutede (SILVA CORTEZ VALENTE 2009) e dos que lidam com resiacuteduos de serviccedilos de

sauacutede (RSS) educaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o manejo de resiacuteduos (RUDRASWAMY

SAMPATH DOGGALLI 2012)

Esses resiacuteduos podem causar danos agrave sauacutede humana e meio ambiente quando

inadequadamente gerenciados (CHARTIER 2014) Por exemplo a OMS estima que em 2000

o acesso a seringas contaminadas possa ter sido responsaacutevel por 21 milhotildees de infecccedilotildees pelo

Viacuterus da Hepatite B representando 32 de todas as novas infecccedilotildees 2 milhotildees de Viacuterus da

Hepatite C com uma representaccedilatildeo de 40 e 260 mil infecccedilotildees pelo viacuterus da

imunodeficiecircncia humana (HIV) sendo este representado por 5 de todos os novos casos

(WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005b)

O potencial de contaminaccedilatildeo do solo do ar e das aacuteguas superficiais e subterracircneas na

medida em que os RSS satildeo inadequadamente segregados e dispostos em vazadouros agrave ceacuteu

aberto ou aterros controlados tambeacutem satildeo uma preocupaccedilatildeo mundial (COZENDEY-SILVA

et al 2016 FALQUETO KLIGERMAN ASSUMPCcedilAtildeO 2010 KARAMOUZ et al 2007)

A gestatildeo dos RSS deve se pautar minimamente pelos seguintes princiacutepios princiacutepio

da responsabilidade institucional pois a organizaccedilatildeo que gera o resiacuteduo tem o dever

de eliminaacute-lo de forma segura princiacutepio do poluidor pagador entendendo que quem

produz o resiacuteduo eacute juriacutedica e financeiramente responsaacutevel pela seguranccedila do

16

manuseio e eliminaccedilatildeo do mesmo princiacutepio da precauccedilatildeo esse adverte que a

parcela dos RSS considerada perigosa deve assim ser classificada ateacute que seja

demonstrada que eacute segura princiacutepio da proximidade o qual recomenda o tratamento

e eliminaccedilatildeo de resiacuteduos perigosos em local mais proacuteximo possiacutevel do ponto de

geraccedilatildeo (SILVA 2011)

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL

No Brasil natildeo haacute estatiacutesticas precisas a respeito do nuacutemero de geradores nem da

quantidade de resiacuteduos deserviccedilos de sauacutede gerada diariamente (SILVA 2011) Conforme

explicitado na Pesquisa Nacional de Saneamento Baacutesico (BRASIL 2008) satildeo coletadas

diariamente 259547 toneladas de resiacuteduos no Brasil Estima-se que 17 desses corresponda

aos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede totalizando aproximadamente 4449 toneladas diaacuterias Os

resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede satildeo de natureza diversa sendo necessaacuteria uma classificaccedilatildeo

para a segregaccedilatildeo (GARCIA ZANETTI-RAMOS 2004)

As resoluccedilotildees da Anvisa RDC nordm 30604 e do Conama nordm 35805 convergem para a

seguinte definiccedilatildeo de RSS

[] todos os serviccedilos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal

inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de trabalhos de campo laboratoacuterios

analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios funeraacuterias e serviccedilos em que se

realizem atividades de embalsamento (tanatopraxia e somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos

de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as de manipulaccedilatildeo

estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de controle de

zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores distribuidores e

produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades moacuteveis de

atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem dentre outros

similares (BRASIL 2004a 2005)

O gerenciamento dos RSS pode ser definido como procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e legais

visando minimizar a geraccedilatildeo de resiacuteduos e assegurar agravequeles gerados tratamento transporte e

armazenamento eficientes dispondo proteccedilatildeo aos profissionais envolvidos em todo o

processo assim como a sauacutede puacuteblica recursos naturais e meio ambiente (BRASIL 2004a) O

Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) deve ser elaborado

compatiacutevel com as normas locais relativas agrave coleta transporte e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

17

gerados estabelecidas pelos oacutergatildeos locais responsaacuteveis por estas etapas e baseado nas

caracteriacutesticas dos resiacuteduos gerados e na sua classificaccedilatildeo (ibid)

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS)

A Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria RDC nordm 3062004 e o Conselho Nacional

do Meio Ambiente atraveacutes de sua resoluccedilatildeo nordm 3582005 definem o PGRSS como sendo

O documento que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao manejo dos resiacuteduos

soacutelidos observadas suas caracteriacutesticas e riscos no acircmbito dos estabelecimentos

contemplando os aspectos referentes agrave geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento

coleta armazenamento transporte tratamento e disposiccedilatildeo final bem como as accedilotildees

de proteccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica e ao meio ambiente contemplando assim as etapas do

gerenciamento intra e extra estabelecimento de sauacutede (BRASIL 2004a 2005)

O PGRSS deve ser feito em conjunto com todos os setores de modo que sua

elaboraccedilatildeo implantaccedilatildeo e desenvolvimento do PGRSS devem envolver os setores de

higienizaccedilatildeo e limpeza a Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar ou Comissotildees de

Biosseguranccedila e os Serviccedilos de Engenharia de Seguranccedila e Medicina no Trabalho onde

houver obrigatoriedade de existecircncia desses serviccedilos abrangendo a todos do estabelecimento

gerador (BRASIL 2010b)

A questatildeo da segregaccedilatildeo dos resiacuteduos infectantes requer maior atenccedilatildeo no sentido de

minimizar gastos na sauacutede aleacutem dos cuidados com infecccedilotildees e impacto no ambiente

(CHARTIER 2014) Eacute necessaacuterio e recomendaacutevel que trabalhadores da aacuterea de sauacutede estejam

sempre atualizados quanto agraves normas e rotinas do serviccedilo assim como das medidas de

biosseguranccedila (SILVA et al 2014)

A implementaccedilatildeo das praacuteticas tecnicamente recomendadas estaacute intimamente ligada agrave

qualificaccedilatildeo dos profissionais envolvidos na elaboraccedilatildeo e na aplicaccedilatildeo do plano sob os

aspectos operacionais da seguranccedila do trabalhador e nos aspectos culturais O princiacutepio da

logiacutestica reversa eacute fator determinante na instrumentalizaccedilatildeo de praacuteticas numa perspectiva de

sustentabilidade (CHARTIER 2014) Este princiacutepio eacute definido como a accedilatildeo correspondente

ao caminho inverso da logiacutestica partindo do ponto de consumo para o iniacutecio da cadeia de

geraccedilatildeo considerando fundamentalmente o reaproveitamento como elemento da poliacutetica

ambiental (ALVES et al 2012a BELLAN et al 2012)

18

Segundo Sisinno e Moreira (2005) pelos princiacutepios da ecoeficiecircncia ldquoo

gerenciamento dos resiacuteduos deveria privilegiar em ordem de prioridade a natildeo geraccedilatildeo a

reduccedilatildeo da geraccedilatildeo a reciclagem e finalmente o tratamento ou disposiccedilatildeo finalrdquo tornando

assim a identificaccedilatildeo da fonte geradora uma etapa importante quando o enfoque eacute a natildeo

geraccedilatildeo ou a reduccedilatildeo da geraccedilatildeo

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes no Brasil (2004a 2005) os RSS satildeo

classificados em cinco grupos de modo que os resiacuteduos do Grupo A satildeo resiacuteduos que

possivelmente apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos

do Grupo B referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave

sauacutede puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes e abrasivos

2221 Grupo D

Conforme supracitado estes satildeo resiacuteduos provenientes de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo

apresentam risco bioloacutegico quiacutemico ou radioloacutegico agrave sauacutede ou ao meio ambiente podendo ser

equiparados aos resiacuteduos domiciliares (BRASIL 2005) Nesse grupo satildeo gerados resiacuteduos

compostaacuteveis reciclaacuteveis e aqueles que podem servir para alimentaccedilatildeo de animais e rejeitos

Apesar de natildeo ser uma exigecircncia eacute desejaacutevel que seja realizada segregaccedilatildeo e

identificaccedilatildeo dos resiacuteduos do Grupo D para a reciclagem atraveacutes de um coacutedigo de cores para

os recipientes conforme evidenciado na Fig 1 (BRASIL 2004) Caso natildeo haja segregaccedilatildeo

para a reciclagem natildeo haacute padronizaccedilatildeo para a cor dos recipientes Estudos apontam que a

segregaccedilatildeo se mostra ineficiente natildeo apenas em relaccedilatildeo a coleta seletiva mas tambeacutem a

separaccedilatildeo de outros grupos de RSS (ALVES et al 2012b)

19

Fig 01 ndash Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D devem ser coletados e transportados

separadamente dos resiacuteduos dos outros grupos para que natildeo haja contaminaccedilatildeo (BRASIL

2004) O armazenamento temporaacuterio dos resiacuteduos do Grupo D pode ser na Sala de Resiacuteduos

poreacutem em recipientes exclusivos e identificados para manter a segregaccedilatildeo O armazenamento

externo dos resiacuteduos do Grupo D deve ser em abrigo com no miacutenimo um ambiente separado

para atender ao armazenamento de recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D e outro

ambiente para os grupos A e E (FEAM 2008)

Os resiacuteduos orgacircnicos como flores resiacuteduos de jardinagem sobras de alimento e de

outros que natildeo tenham mantido contato com resiacuteduos infectantes (secreccedilotildees excreccedilotildees ou

outro fluido corpoacutereo) podem ser encaminhados para o processo de compostagem (BRASIL

2004)

Destaca-se que os restos e sobras de alimentos podem ser utilizados para fins de raccedilatildeo

animal desde que submetidos a um tratamento que garanta sua inocuidade avaliado e

comprovado por oacutergatildeo competente da Agricultura e de Vigilacircncia Sanitaacuteria do Municiacutepio

Estado ou do Distrito Federal (ibid)

Os efluentes (resiacuteduos liacutequidos) provenientes da rede esgoto de estabelecimento de

sauacutede devem ser tratados antes do lanccedilamento no corpo receptor ou na rede coletora de

esgoto sempre que natildeo houver sistema de tratamento de esgoto coletivo atendendo agrave aacuterea

onde estaacute localizado o serviccedilo conforme definido na RDC ANVISA nordm 502002 Deve ser

mantido o registro de operaccedilatildeo de venda ou de doaccedilatildeo dos resiacuteduos destinados agrave reciclagem

compostagem e alimentaccedilatildeo de animais (CUSSIOL 2008)

bull Papeacuteis Azul

bull Metais Amarelo

bull Vidros Verde

bull Plaacutesticos Vermelho

bull Resiacuteduos Orgacircnicos Marrom

bull Demais resiacuteduos do Grupo D Cinza

20

223 Etapas de Manejo

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final incluindo as seguintes

etapas

Fig 02 ndash Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

Fonte Adaptado de Silva 2011 p 43

Segregaccedilatildeo

Separaccedilatildeo dos resiacuteduos no momento e local de sua geraccedilatildeo de acordo

com as caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas bioloacutegicas o seu estado

fiacutesico e os riscos envolvidos

Acondicionamento

Ato de embalar corretamente os resiacuteduos segregados conforme suas

caracteriacutesticas

Identificaccedilatildeo

medidas que permitem o reconhecimento dos resiacuteduos

contidos nos sacos e recipientes

Transporte interno

Translado do ponto de geraccedilatildeo ateacute o local de armazenamento temporaacuterio

Tratamento

processoa manuais mecacircnicos fiacutesicos quiacutemicos ou bioloacutegicos que

alterem as caracteriacutesticas dos resiacuteduos visando minimizar riscos agrave

sauacutede e o meio ambiente

Armazenamento Interno Temporaacuterio

Guarda temporaacuteria dos recipientes contendo os resiacuteduos jaacute

acondicionados em local proacuteximo aos pontos de geraccedilatildeo

Armazenamento Externo

Acondicionamento dos resiacuteduos em abrigo em recipientes coletores

adequados em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os

veiacuteculos coletores

Coleta e Transporte Externo

Remoccedilatildeo dos RSS do armazenamento externo ateacute a

unidade de tratamento ou disposiccedilatildeo final

Disposiccedilatildeo Final

Disposiccedilatildeo definitiva de resiacuteduos no solo ou em locais previamente preparados para recebecirc-los As

formas usualmente utilizadas satildeo aterro sanitaacuterio aterro para

resiacuteduos perigosos de Classe I (para resiacuteduos industriais) aterro

controlado lixatildeo ou vazadouro e valas

21

3 METODOLOGIA

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pesquisa de campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa Tem

como teacutecnica de coleta de dados aplicaccedilatildeo de instrumento de pesquisa validado e especiacutefico

para o tema GRSS (HCWM-RAT ndash Versatildeo Brasileira disponiacutevel em

portfolioinovacaofiocruzbr) conforme especificado no item 33 ldquoINSTRUMENTO DE

PESQUISA E COLETA DE DADOSrdquo

A Pesquisa de Campo eacute definida por Lakatos e Marconi (2003) como uma estrateacutegia

de documentaccedilatildeo direta ou seja o levantamento de dados se daacute no local onde ocorre o

fenocircmeno a ser estudado Assim a pesquisa de campo ldquoconsiste na observaccedilatildeo de fatos e

fenocircmenos tal como ocorrem espontaneamente na coleta de dados a eles referentes e no

registro de variaacuteveis que se presume relevantes para analisaacute-losrdquo (ibid p 185)

Segundo Gil (2002 p 131) a pesquisa de campo do tipo descritiva tem a preocupaccedilatildeo

com a descriccedilatildeo tendo maior na profundidade do dado coletado de modo que o pesquisador

tende a ldquopreferir a utilizaccedilatildeo de depoimentos e entrevistas com niacuteveis diversos de

estruturaccedilatildeordquo

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA

Esta pesquisa tem como cenaacuterio um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de

Janeiro Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (CNES 2016) esse

estabelecimento eacute caracterizado como hospital geral com esfera administrativa federal

estando sob gestatildeo municipal A natureza da Organizaccedilatildeo eacute a autarquia (administraccedilatildeo

indireta) ou seja o serviccedilo eacute autocircnomo criado por lei com personalidade juriacutedica

patrimocircnio e receita proacuteprios para executar atividades tiacutepicas da Administraccedilatildeo Puacuteblica que

requeiram gestatildeo administrativa e financeira descentralizada (BRASIL 1990)

Contando com 1442 profissionais 697 dos quais satildeo meacutedicos a unidade realiza

atendimento de demanda referenciada contando com os seguintes tipos de atendimento

Ambulatorial Internaccedilatildeo Urgecircncia e Serviccedilos de Apoio Diagnoacutestico e Terapecircutico

O Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos

bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns (CNES 2016) Sua aacuterea de abrangecircncia atinge

uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de habitantes (ibid)

22

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS

A versatildeo original do HCWM-RAT foi desenvolvida pela Organizaccedilatildeo Mundial da

Sauacutede (OMS) (WHO 2005) como parte de uma estrateacutegia que visa reduzir a carga global de

doenccedilas relacionada com a inadequada gestatildeo dos resiacuteduos especialmente das fases de

tratamento e disposiccedilatildeo final Tendo como objetivo central colaborar com os paiacuteses na

aplicaccedilatildeo de metas estrateacutegicas em especial aquelas contidas em acordos multilaterais como

os de Basileacuteia e de Estocolmo

Este instrumento se destina a avaliaccedilatildeo da performace ambiental no setor sauacutede

visando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas integradas de sauacutede e ambiente Eacute estruturado em

meacutetodo raacutepido de avaliaccedilatildeo2 para GRSS O HCWM-RAT Versatildeo Brasileira (ANEXO 82) eacute

fruto de adaptaccedilatildeo transcultural e validaccedilatildeo para uso em territoacuterio brasileiro (SILVA 2011)

Daacute condiccedilatildeo agrave institucionalizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo na aacuterea da gestatildeo e gerenciamento de resiacuteduos

da produccedilatildeo da sauacutede em concepccedilatildeo teoacuterico-poliacutetica de avaliaccedilatildeo formativa participativa e

emancipatoacuteria eacute capaz de reforccedilar o mecanismo de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo e estrateacutegias

de sauacutede trabalho e ambiente no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) (ibid)

O referido instrumento proposto pela OMS numa perspectiva universalista possui

escopo voltado para avaliaccedilatildeo em niacuteveis local (Estabelecimento de Sauacutede) municipalregional

e federal

Em niacutevel nacional possuiacute 2 (dois) conjuntos de questotildees (B1 e B2) voltados para

questionamento junto ao Ministeacuterio da Sauacutede e Ministeacuterio do Meio Ambiente Para

levantamento de dados junto agraves instacircncias municipais possui o conjunto de questotildees da

ferramenta ldquoCrdquo Em niacutevel local possuiacute 4 (quatro) conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4

endereccedilados agrave administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem eou CCIH (considerando

ambos ou o profissional mais familiarizado com o contexto do gerenciamento de resiacuteduos de

serviccedilos de sauacutede - GRSS na unidade) responsaacutevel (s) pelo GRSS e profissional de serviccedilos

gerais (que manipulemtransportem internamente os resiacuteduos) respectivamente Ressalta-se

que cada iacutetem (questatildeo do questionaacuterio) eacute direcionado a determinado grupo

participanterespondente de modo que o proacuteprio instrumento preacute-estabelece criteacuterios de

inclusatildeo e exclusatildeo da amostra

2 O Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Raacutepida (Rapid Evaluation Methods) utiliza uma mescla de abordagens quanti-qualitativas Seus quatro

princiacutepios satildeo uso de fontes muacuteltiplas rapidez pragmatismo e custo-efetividade (ANKER et al 1993 MCNALL et al 2007)

23

331 Participantes da Pesquisa

Baseado no escopo do instrumento de avaliaccedilatildeo e em seu modus operandi em cada

grupo de iacutetens eacute direcionado a uma categoria de profissionais e setor de atuaccedilatildeo os

participantes deste estudo seratildeo servidores gestores interlocutores profissionais da sauacutede e

profissionais de empresas terceirizadas (manejo para transporte interno e serviccedilo de coleta e

transporte externo) que encontrarem-se dentro dos criteacuterios de inclusatildeo agrave saber

envolvimento direto ou indireto com o setor ou Sistema de Gerenciamento dos Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) diretoresgestores dos ESs puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de

administrador ou semelhante a quem eacute endereccedilada a ferramenta D1 Enfermeira (o) chefe de

CCIH eou SESMT respondentes da ferramenta D2 Gestoresinterlocutores responsaacuteveis ou

participantes da comissatildeo para GRSS para quem se destina a ferramenta D3 e envolvidos

nas etapas de manejo que incluem a coleta e transporteinterno de RSS respondentes da

ferramenta D4 aceitar participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido encontrar-se disponiacutevel durante a coleta de dados e o proacuteprio criteacuterio de inclusatildeo

do item proposto

A coleta de dados ocorreu em 2016 periacuteodo no qual o HURJ em questatildeo passava por

transiccedilatildeo administrativa Teve-se como participantes da pesquisa 01 responsaacutevel pela coleta e

transporte interno de RSS 01 responsaacutevel pela GRSS da unidade 04 Enfermeiros-chefes 02

representantes da Gestatildeo Hospitalar

34 ANAacuteLISE DE DADOS

A anaacutelise ocorre por meio das categorias do instrumento de coleta supracitado O

sistema de avaliaccedilatildeo eacute projetado por toacutepicos na proacutepria planilha na qual a ferramenta eacute

estruturada de modo a obter um perfil da situaccedilatildeo de GRSS Este sistema de classificaccedilatildeo eacute

baseado em questotildees-chave que devem agrave luz das legislaccedilotildees vigentes ser cumpridas para se

garantir um gerenciamento seguro de RSS

35 ASPECTOS EacuteTICOS

Este estudo acata as normas estabelecidas pela portaria 4662012 do Ministeacuterio da

sauacutede para a realizaccedilatildeo de pesquisas com seres humanos que incorpora sob a oacutetica do

24

indiviacuteduo e das coletividades referenciais baacutesicos da bioeacutetica como autonomia natildeo

maleficecircncia equidade justiccedila e beneficecircncia e visando assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado este estudo foi

submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (CAE

56254916900005243 Parecer nordm 1608748)

Ressalta-se que os dados coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por no

miacutenimo 05 anos sob tutela do autor desta pesquisa de forma confidencial Apoacutes este periacuteodo

todo o material coletado seraacute destruiacutedo

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

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da Familia Rev Bras Enferm v 65 n 1 p 128-34 2012

ANDREacute S C S VEIGA T B TAKAYANAGUI A M M Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede em hospitais do municiacutepio de Ribeiratildeo Preto (SP) Brasil Eng sanit

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ANKER M et al Rapid evaluation methods (REM) of health services performance

methodological observations Bull World Health Organization v 71 p15-21 1993

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BARBOZA Alex Gestatildeo de rejeitos radioativos em serviccedilos de medicina nuclear

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de tecnologia nuclear ndash Aplicaccedilotildees) Universidade

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Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia -3 de agosto de 2010 P 2

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Sauacutede 2006 76 p

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Diretoria Colegiada RDC nordm 50 de 21 de fevereiro de 2002 Dispotildee sobre o Regulamento

teacutecnico para o planejamento programaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de projetos fiacutesicos de

estabelecimentos assistenciais de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo da Repuacuteblica Federativa

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teacutecnico para o gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

60

61

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67

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69

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90

91

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93

94

95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 11: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

8

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Fig 1 Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D f 19

Fig 2 Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede f 20

Quadro 1 Caracterizaccedilatildeo dos participantes f 25

Fig 3 ResiacuteduosRejeitos do HURJ f 26

Fig 4 Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ f 27

Quadro 2 Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1 f 29

Quadro 3 Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2 f 30

Quadro 4 Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 f 31

Fig 5 Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo) f 31

Quadro 5 Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade f 32

Quadro 6 Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio f 34

Quadro 7 Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2 f 35

Quadro 8 Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4 f 37

Quadro 9 Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2 f 40

Quadro 10 Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1 f 40

Quadro 11 Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2 f 43

Quadro 12 Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2 f 43

9

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

CCIH Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar

CNEN Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

DIP Doenccedila Infecciosas e Parasitaacuterias

EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

ENSP Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Seacutergio Arouca

ESs Estabelecimentos de Sauacutede

FEAM Fundaccedilatildeo Estadual do Meio Ambiente

FIOCRUZ Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz

GRSS Gerenciamento dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

HCWM-RAT Health-Care Waste Management ndash Rapid Assessment Tools

HIV viacuterus da imunodeficiecircncia humana

HURJ Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

PGRSS Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

PIBIC Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica

RDC Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada

RSS Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

UFF Universidade Federal Fluminense

VHB Viacuterus da Hepatite B

VHC Viacuterus da Hepatite C

WHO World Health Organization

10

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 12

11 OBJETIVOS p 13

111 Objetivo geral p 13

112 Objetivos especiacuteficos p 14

12 JUSTIFICATIVA p 14

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 15

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE p 15

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL p 16

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS) p 17

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede p 18

2221 Grupo D p 18

223 Etapas de Manejo p 20

3 METODOLOGIA p 21

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA p 21

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA p 21

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS p 22

331 Participantes da Pesquisa p 23

34 ANAacuteLISE DE DADOS p 23

35 ASPECTOS EacuteTICOS p 23

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 25

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE p 25

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE p 28

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE p 30

44 ETAPAS DE MANEJO p 34

441 Segregaccedilatildeo p 34

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta p 38

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS p 43

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 45

11

6 OBRAS CITADAS p 47

7 APEcircNDICES p 52

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 52

8 ANEXOS p 54

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA p 54

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA p 58

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ p 95

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ p 105

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL p 106

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

O Gerenciamento dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) surgiu como

inquietaccedilatildeo ao longo da formaccedilatildeo acadecircmica logo nos primeiros momentos de praacutetica

hospitalar considerando as diversas situaccedilotildees onde o Gerenciamento de Resiacuteduos foi

realizado e orientado de forma inadequada pelos docentes profissionais e acadecircmicos mais

avanccedilados no curso Tal inquietaccedilatildeo intensificou-se fortemente atraveacutes da inserccedilatildeo da

discente responsaacutevel por este estudo agrave maneira cientiacutefica de produzir conhecimento

possibilitada pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica na Fundaccedilatildeo

Oswaldo Cruz Atraveacutes do subprojeto desenvolvido na Fundaccedilatildeo foi possiacutevel aprofundar os

conhecimentos sobre a temaacutetica e instrumentos de avaliaccedilatildeo de GRSS Dentre estes

instrumentos destaca-se Health-Care Waste Management ndash Rapid Assessment Tool (HCWM-

RAT) ndash Versatildeo Brasileira

O tratamento e destinaccedilatildeo adequados dos resiacuteduos (subprodutos da produccedilatildeo de bens

ou serviccedilos) se apresentam como um dos desafios no cenaacuterio atual (SILVA 2011) As

diversas etapas de manejo de resiacuteduos soacutelidos desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final

envolvem uma seacuterie de fatores de risco para a populaccedilatildeo exposta tornando particularmente

vulneraacuteveis os trabalhadores formais e informais do setor de resiacuteduos (PAN AMERICAN

HEALTH ORGANIZATION 2005)

Dentre os resiacuteduos soacutelidos aqueles gerados em Estabelecimentos de Assistecircncia agrave

Sauacutede merecem atenccedilatildeo particular por sua fraccedilatildeo (aproximadamente 15) considerada

perigosa (WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005a)

No Brasil resiacuteduos soacutelidos de serviccedilos de sauacutede satildeo todos aqueles gerados em

estabelecimentos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal nos estados

soacutelidos semi-soacutelidos bem como determinados resiacuteduos liacutequidos (BRASIL 2004) e sua

composiccedilatildeo depende do estabelecimento e da atividade que o produz Eacute estabelecido na

legislaccedilatildeo vigente a classificaccedilatildeo de RSS em cinco grupos agrave saber Grupo A constituiacutedo por

Resiacuteduos Bioloacutegicos ou Potencialmente Infectantes Grupo B constituiacutedo por Resiacuteduos

Quiacutemicos Grupo C constituiacutedo por Resiacuteduos Radioativos Grupo D constituiacutedo por

Resiacuteduos Similares aos Soacutelidos Urbanos e Grupo E constituiacutedo por Resiacuteduos

perfurocortantes (BRASIL 2004a 2004b)

A gestatildeo sustentaacutevel e segura dos RSS eacute princiacutepio imperativo na sauacutede puacuteblica e uma

responsabilidade de todos (CHARTIER 2014 WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) Entretanto apesar da contiacutenua sensibilizaccedilatildeo para a necessidade de efetivos padrotildees

13

de desempenho a gestatildeo dos resiacuteduos continua sendo um desafio (BLENKHARN 2007a

2007b MIYAZAKI UNE 2005) representado pela dificuldade em estabelecer praacuteticas

regulares de segregaccedilatildeo acondicionamento e armazenamento dos resiacuteduos mesmo em paiacuteses

considerados economicamente desenvolvidos (SILVA 2011)

Componentes como papelpapelatildeo plaacutesticos e vidros representam a maior

porcentagem em diversos estudos realizados em estabelecimentos de sauacutede poreacutem quando

natildeo segregados dos classificados como infectantes acabam sendo contaminados por estes

(ADUAN et al 2014 ALVES et al 2012a CORREcircA et al 2007 FERREIRA VEIGA

2003 SILVA HOPPE 2005) devendo seguir para aterros sanitaacuterios o que representa um

custo financeiro e ambiental desnecessaacuterio jaacute que apenas a fraccedilatildeo dos resiacuteduos classificados

como perigosos destinar-se-iam aos sistemas mais seguros e dispendiosos (ADUAN et al

2014 SILVA 2011) Ressalta-se a importacircncia da segregaccedilatildeo com ecircnfase na seguranccedila

reduccedilatildeo dos custos com coleta tratamento e destinaccedilatildeo final de resiacuteduos reduccedilatildeo do uso de

mateacuterias-primas maior tempo de vida uacutetil dos aterros e menor impacto ambiental causado

pelos resiacuteduos (SILVA 2011)

A avaliaccedilatildeo metodoloacutegica representa uma ferramenta importante para a compreensatildeo

do sistema de gestatildeo e consequentes melhorias (WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) No Brasil as avaliaccedilotildees de programas de sauacutede tecircm sido evidenciadas como meio

para adequar e otimizar os serviccedilos prestados agrave populaccedilatildeo (BRASIL 2007) A avaliaccedilatildeo eacute

considerada um ldquoprocesso em que se integram avaliadores e avaliados em busca do

comprometimento e do aperfeiccediloamento dos indiviacuteduos grupos programas e instituiccedilotildeesrdquo

(MINAYO 2006)

Sendo assim o objeto deste estudo eacute a Gestatildeo e Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do grupo D em Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

(HURJ) Tendo como questatildeo norteadora ldquoComo se daacute o gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D no Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeirordquo

Espera-se que este estudo contribua com a implementaccedilatildeo e acompanhamento das

praacuteticas preconizadas pela Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos uma vez que forneceraacute

informaccedilotildees para subsidiar a tomada de decisatildeo poliacutetica e gerencial

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

14

Avaliar o gerenciamento do manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D1

em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

112 Objetivos especiacuteficos

Identificar e compreender as legislaccedilotildees vigentes referentes aos RSS

Identificar as etapas de manejo de RSS

Classificar os RSS

Analisar o gerenciamento das etapas de manejo de RSS do HURJ

12 JUSTIFICATIVA

Coerente com a identificaccedilatildeo de um campo pouco explorado especialmente no que

diz respeito agrave avaliaccedilatildeodo sistema de gestatildeo de resiacuteduos do grupo D no acircmbito da sauacutede natildeo

foi identificado na literatura estudosavaliativos que utilizem instrumentos padronizados

confiaacuteveis e vaacutelidos que permitam a comparaccedilatildeo entre eles representando uma estrateacutegia

importante no reforccedilo ao uso da evidecircncia cientiacutefica e subsiacutedio agraves poliacuteticas puacuteblicas (SILVA

2011)

Neste sentido o estudo se justifica por avaliar por meio de instrumento robusto o

GRSS em especial a um grupo tatildeo carente de estudos quanto o grupo D

Desse modo espera-se identificar eventuais lacunas sobre o conhecimento e praacutetica de

Gestatildeo de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede por parte de gestores

profissionais docentes e discentes de um Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeiro

(HURJ) aleacutem de subsidiar dados para a realizaccedilatildeo de cursos de capacitaccedilatildeo eou atualizaccedilatildeo

que se faccedilam necessaacuterios

1 Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos segundo a RDC ANVISA 3062004

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

No Brasil a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2004a) o Conselho

Nacional do Meio Ambiente (BRASIL 2005) e a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

(CNEN 1985) satildeo os Oacutergatildeos responsaacuteveis pela regulaccedilatildeo e orientaccedilatildeo das accedilotildees de gestatildeo e

gerenciamento dos RSS do momento em que satildeo gerados agrave disposiccedilatildeo final incluiacutedos os

aspectos de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental (SILVA 2006)

O Resiacuteduo de Serviccedilo de Sauacutede (RSS) pode ser definido como o total de resiacuteduos

gerados pelos estabelecimentos de assistecircncia agrave sauacutede incluiacutedos os de diagnoacutestico e de

laboratoacuterios parcela dos provenientes de diaacutelise e dispositivos para aplicaccedilatildeo de insulina e

outros perfurocortantes gerados pelo cuidado agrave sauacutede em domiciacutelio (BRASIL 2004a

CHARTIER 2014)

A exposiccedilatildeo aos perfurocortantes e as suas consequecircncias satildeo altamente passiacuteveis de

prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo mediante intervenccedilotildees simples como a vacinaccedilatildeo para trabalhadores

da sauacutede (SILVA CORTEZ VALENTE 2009) e dos que lidam com resiacuteduos de serviccedilos de

sauacutede (RSS) educaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o manejo de resiacuteduos (RUDRASWAMY

SAMPATH DOGGALLI 2012)

Esses resiacuteduos podem causar danos agrave sauacutede humana e meio ambiente quando

inadequadamente gerenciados (CHARTIER 2014) Por exemplo a OMS estima que em 2000

o acesso a seringas contaminadas possa ter sido responsaacutevel por 21 milhotildees de infecccedilotildees pelo

Viacuterus da Hepatite B representando 32 de todas as novas infecccedilotildees 2 milhotildees de Viacuterus da

Hepatite C com uma representaccedilatildeo de 40 e 260 mil infecccedilotildees pelo viacuterus da

imunodeficiecircncia humana (HIV) sendo este representado por 5 de todos os novos casos

(WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005b)

O potencial de contaminaccedilatildeo do solo do ar e das aacuteguas superficiais e subterracircneas na

medida em que os RSS satildeo inadequadamente segregados e dispostos em vazadouros agrave ceacuteu

aberto ou aterros controlados tambeacutem satildeo uma preocupaccedilatildeo mundial (COZENDEY-SILVA

et al 2016 FALQUETO KLIGERMAN ASSUMPCcedilAtildeO 2010 KARAMOUZ et al 2007)

A gestatildeo dos RSS deve se pautar minimamente pelos seguintes princiacutepios princiacutepio

da responsabilidade institucional pois a organizaccedilatildeo que gera o resiacuteduo tem o dever

de eliminaacute-lo de forma segura princiacutepio do poluidor pagador entendendo que quem

produz o resiacuteduo eacute juriacutedica e financeiramente responsaacutevel pela seguranccedila do

16

manuseio e eliminaccedilatildeo do mesmo princiacutepio da precauccedilatildeo esse adverte que a

parcela dos RSS considerada perigosa deve assim ser classificada ateacute que seja

demonstrada que eacute segura princiacutepio da proximidade o qual recomenda o tratamento

e eliminaccedilatildeo de resiacuteduos perigosos em local mais proacuteximo possiacutevel do ponto de

geraccedilatildeo (SILVA 2011)

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL

No Brasil natildeo haacute estatiacutesticas precisas a respeito do nuacutemero de geradores nem da

quantidade de resiacuteduos deserviccedilos de sauacutede gerada diariamente (SILVA 2011) Conforme

explicitado na Pesquisa Nacional de Saneamento Baacutesico (BRASIL 2008) satildeo coletadas

diariamente 259547 toneladas de resiacuteduos no Brasil Estima-se que 17 desses corresponda

aos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede totalizando aproximadamente 4449 toneladas diaacuterias Os

resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede satildeo de natureza diversa sendo necessaacuteria uma classificaccedilatildeo

para a segregaccedilatildeo (GARCIA ZANETTI-RAMOS 2004)

As resoluccedilotildees da Anvisa RDC nordm 30604 e do Conama nordm 35805 convergem para a

seguinte definiccedilatildeo de RSS

[] todos os serviccedilos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal

inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de trabalhos de campo laboratoacuterios

analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios funeraacuterias e serviccedilos em que se

realizem atividades de embalsamento (tanatopraxia e somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos

de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as de manipulaccedilatildeo

estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de controle de

zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores distribuidores e

produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades moacuteveis de

atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem dentre outros

similares (BRASIL 2004a 2005)

O gerenciamento dos RSS pode ser definido como procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e legais

visando minimizar a geraccedilatildeo de resiacuteduos e assegurar agravequeles gerados tratamento transporte e

armazenamento eficientes dispondo proteccedilatildeo aos profissionais envolvidos em todo o

processo assim como a sauacutede puacuteblica recursos naturais e meio ambiente (BRASIL 2004a) O

Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) deve ser elaborado

compatiacutevel com as normas locais relativas agrave coleta transporte e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

17

gerados estabelecidas pelos oacutergatildeos locais responsaacuteveis por estas etapas e baseado nas

caracteriacutesticas dos resiacuteduos gerados e na sua classificaccedilatildeo (ibid)

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS)

A Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria RDC nordm 3062004 e o Conselho Nacional

do Meio Ambiente atraveacutes de sua resoluccedilatildeo nordm 3582005 definem o PGRSS como sendo

O documento que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao manejo dos resiacuteduos

soacutelidos observadas suas caracteriacutesticas e riscos no acircmbito dos estabelecimentos

contemplando os aspectos referentes agrave geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento

coleta armazenamento transporte tratamento e disposiccedilatildeo final bem como as accedilotildees

de proteccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica e ao meio ambiente contemplando assim as etapas do

gerenciamento intra e extra estabelecimento de sauacutede (BRASIL 2004a 2005)

O PGRSS deve ser feito em conjunto com todos os setores de modo que sua

elaboraccedilatildeo implantaccedilatildeo e desenvolvimento do PGRSS devem envolver os setores de

higienizaccedilatildeo e limpeza a Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar ou Comissotildees de

Biosseguranccedila e os Serviccedilos de Engenharia de Seguranccedila e Medicina no Trabalho onde

houver obrigatoriedade de existecircncia desses serviccedilos abrangendo a todos do estabelecimento

gerador (BRASIL 2010b)

A questatildeo da segregaccedilatildeo dos resiacuteduos infectantes requer maior atenccedilatildeo no sentido de

minimizar gastos na sauacutede aleacutem dos cuidados com infecccedilotildees e impacto no ambiente

(CHARTIER 2014) Eacute necessaacuterio e recomendaacutevel que trabalhadores da aacuterea de sauacutede estejam

sempre atualizados quanto agraves normas e rotinas do serviccedilo assim como das medidas de

biosseguranccedila (SILVA et al 2014)

A implementaccedilatildeo das praacuteticas tecnicamente recomendadas estaacute intimamente ligada agrave

qualificaccedilatildeo dos profissionais envolvidos na elaboraccedilatildeo e na aplicaccedilatildeo do plano sob os

aspectos operacionais da seguranccedila do trabalhador e nos aspectos culturais O princiacutepio da

logiacutestica reversa eacute fator determinante na instrumentalizaccedilatildeo de praacuteticas numa perspectiva de

sustentabilidade (CHARTIER 2014) Este princiacutepio eacute definido como a accedilatildeo correspondente

ao caminho inverso da logiacutestica partindo do ponto de consumo para o iniacutecio da cadeia de

geraccedilatildeo considerando fundamentalmente o reaproveitamento como elemento da poliacutetica

ambiental (ALVES et al 2012a BELLAN et al 2012)

18

Segundo Sisinno e Moreira (2005) pelos princiacutepios da ecoeficiecircncia ldquoo

gerenciamento dos resiacuteduos deveria privilegiar em ordem de prioridade a natildeo geraccedilatildeo a

reduccedilatildeo da geraccedilatildeo a reciclagem e finalmente o tratamento ou disposiccedilatildeo finalrdquo tornando

assim a identificaccedilatildeo da fonte geradora uma etapa importante quando o enfoque eacute a natildeo

geraccedilatildeo ou a reduccedilatildeo da geraccedilatildeo

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes no Brasil (2004a 2005) os RSS satildeo

classificados em cinco grupos de modo que os resiacuteduos do Grupo A satildeo resiacuteduos que

possivelmente apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos

do Grupo B referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave

sauacutede puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes e abrasivos

2221 Grupo D

Conforme supracitado estes satildeo resiacuteduos provenientes de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo

apresentam risco bioloacutegico quiacutemico ou radioloacutegico agrave sauacutede ou ao meio ambiente podendo ser

equiparados aos resiacuteduos domiciliares (BRASIL 2005) Nesse grupo satildeo gerados resiacuteduos

compostaacuteveis reciclaacuteveis e aqueles que podem servir para alimentaccedilatildeo de animais e rejeitos

Apesar de natildeo ser uma exigecircncia eacute desejaacutevel que seja realizada segregaccedilatildeo e

identificaccedilatildeo dos resiacuteduos do Grupo D para a reciclagem atraveacutes de um coacutedigo de cores para

os recipientes conforme evidenciado na Fig 1 (BRASIL 2004) Caso natildeo haja segregaccedilatildeo

para a reciclagem natildeo haacute padronizaccedilatildeo para a cor dos recipientes Estudos apontam que a

segregaccedilatildeo se mostra ineficiente natildeo apenas em relaccedilatildeo a coleta seletiva mas tambeacutem a

separaccedilatildeo de outros grupos de RSS (ALVES et al 2012b)

19

Fig 01 ndash Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D devem ser coletados e transportados

separadamente dos resiacuteduos dos outros grupos para que natildeo haja contaminaccedilatildeo (BRASIL

2004) O armazenamento temporaacuterio dos resiacuteduos do Grupo D pode ser na Sala de Resiacuteduos

poreacutem em recipientes exclusivos e identificados para manter a segregaccedilatildeo O armazenamento

externo dos resiacuteduos do Grupo D deve ser em abrigo com no miacutenimo um ambiente separado

para atender ao armazenamento de recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D e outro

ambiente para os grupos A e E (FEAM 2008)

Os resiacuteduos orgacircnicos como flores resiacuteduos de jardinagem sobras de alimento e de

outros que natildeo tenham mantido contato com resiacuteduos infectantes (secreccedilotildees excreccedilotildees ou

outro fluido corpoacutereo) podem ser encaminhados para o processo de compostagem (BRASIL

2004)

Destaca-se que os restos e sobras de alimentos podem ser utilizados para fins de raccedilatildeo

animal desde que submetidos a um tratamento que garanta sua inocuidade avaliado e

comprovado por oacutergatildeo competente da Agricultura e de Vigilacircncia Sanitaacuteria do Municiacutepio

Estado ou do Distrito Federal (ibid)

Os efluentes (resiacuteduos liacutequidos) provenientes da rede esgoto de estabelecimento de

sauacutede devem ser tratados antes do lanccedilamento no corpo receptor ou na rede coletora de

esgoto sempre que natildeo houver sistema de tratamento de esgoto coletivo atendendo agrave aacuterea

onde estaacute localizado o serviccedilo conforme definido na RDC ANVISA nordm 502002 Deve ser

mantido o registro de operaccedilatildeo de venda ou de doaccedilatildeo dos resiacuteduos destinados agrave reciclagem

compostagem e alimentaccedilatildeo de animais (CUSSIOL 2008)

bull Papeacuteis Azul

bull Metais Amarelo

bull Vidros Verde

bull Plaacutesticos Vermelho

bull Resiacuteduos Orgacircnicos Marrom

bull Demais resiacuteduos do Grupo D Cinza

20

223 Etapas de Manejo

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final incluindo as seguintes

etapas

Fig 02 ndash Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

Fonte Adaptado de Silva 2011 p 43

Segregaccedilatildeo

Separaccedilatildeo dos resiacuteduos no momento e local de sua geraccedilatildeo de acordo

com as caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas bioloacutegicas o seu estado

fiacutesico e os riscos envolvidos

Acondicionamento

Ato de embalar corretamente os resiacuteduos segregados conforme suas

caracteriacutesticas

Identificaccedilatildeo

medidas que permitem o reconhecimento dos resiacuteduos

contidos nos sacos e recipientes

Transporte interno

Translado do ponto de geraccedilatildeo ateacute o local de armazenamento temporaacuterio

Tratamento

processoa manuais mecacircnicos fiacutesicos quiacutemicos ou bioloacutegicos que

alterem as caracteriacutesticas dos resiacuteduos visando minimizar riscos agrave

sauacutede e o meio ambiente

Armazenamento Interno Temporaacuterio

Guarda temporaacuteria dos recipientes contendo os resiacuteduos jaacute

acondicionados em local proacuteximo aos pontos de geraccedilatildeo

Armazenamento Externo

Acondicionamento dos resiacuteduos em abrigo em recipientes coletores

adequados em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os

veiacuteculos coletores

Coleta e Transporte Externo

Remoccedilatildeo dos RSS do armazenamento externo ateacute a

unidade de tratamento ou disposiccedilatildeo final

Disposiccedilatildeo Final

Disposiccedilatildeo definitiva de resiacuteduos no solo ou em locais previamente preparados para recebecirc-los As

formas usualmente utilizadas satildeo aterro sanitaacuterio aterro para

resiacuteduos perigosos de Classe I (para resiacuteduos industriais) aterro

controlado lixatildeo ou vazadouro e valas

21

3 METODOLOGIA

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pesquisa de campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa Tem

como teacutecnica de coleta de dados aplicaccedilatildeo de instrumento de pesquisa validado e especiacutefico

para o tema GRSS (HCWM-RAT ndash Versatildeo Brasileira disponiacutevel em

portfolioinovacaofiocruzbr) conforme especificado no item 33 ldquoINSTRUMENTO DE

PESQUISA E COLETA DE DADOSrdquo

A Pesquisa de Campo eacute definida por Lakatos e Marconi (2003) como uma estrateacutegia

de documentaccedilatildeo direta ou seja o levantamento de dados se daacute no local onde ocorre o

fenocircmeno a ser estudado Assim a pesquisa de campo ldquoconsiste na observaccedilatildeo de fatos e

fenocircmenos tal como ocorrem espontaneamente na coleta de dados a eles referentes e no

registro de variaacuteveis que se presume relevantes para analisaacute-losrdquo (ibid p 185)

Segundo Gil (2002 p 131) a pesquisa de campo do tipo descritiva tem a preocupaccedilatildeo

com a descriccedilatildeo tendo maior na profundidade do dado coletado de modo que o pesquisador

tende a ldquopreferir a utilizaccedilatildeo de depoimentos e entrevistas com niacuteveis diversos de

estruturaccedilatildeordquo

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA

Esta pesquisa tem como cenaacuterio um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de

Janeiro Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (CNES 2016) esse

estabelecimento eacute caracterizado como hospital geral com esfera administrativa federal

estando sob gestatildeo municipal A natureza da Organizaccedilatildeo eacute a autarquia (administraccedilatildeo

indireta) ou seja o serviccedilo eacute autocircnomo criado por lei com personalidade juriacutedica

patrimocircnio e receita proacuteprios para executar atividades tiacutepicas da Administraccedilatildeo Puacuteblica que

requeiram gestatildeo administrativa e financeira descentralizada (BRASIL 1990)

Contando com 1442 profissionais 697 dos quais satildeo meacutedicos a unidade realiza

atendimento de demanda referenciada contando com os seguintes tipos de atendimento

Ambulatorial Internaccedilatildeo Urgecircncia e Serviccedilos de Apoio Diagnoacutestico e Terapecircutico

O Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos

bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns (CNES 2016) Sua aacuterea de abrangecircncia atinge

uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de habitantes (ibid)

22

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS

A versatildeo original do HCWM-RAT foi desenvolvida pela Organizaccedilatildeo Mundial da

Sauacutede (OMS) (WHO 2005) como parte de uma estrateacutegia que visa reduzir a carga global de

doenccedilas relacionada com a inadequada gestatildeo dos resiacuteduos especialmente das fases de

tratamento e disposiccedilatildeo final Tendo como objetivo central colaborar com os paiacuteses na

aplicaccedilatildeo de metas estrateacutegicas em especial aquelas contidas em acordos multilaterais como

os de Basileacuteia e de Estocolmo

Este instrumento se destina a avaliaccedilatildeo da performace ambiental no setor sauacutede

visando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas integradas de sauacutede e ambiente Eacute estruturado em

meacutetodo raacutepido de avaliaccedilatildeo2 para GRSS O HCWM-RAT Versatildeo Brasileira (ANEXO 82) eacute

fruto de adaptaccedilatildeo transcultural e validaccedilatildeo para uso em territoacuterio brasileiro (SILVA 2011)

Daacute condiccedilatildeo agrave institucionalizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo na aacuterea da gestatildeo e gerenciamento de resiacuteduos

da produccedilatildeo da sauacutede em concepccedilatildeo teoacuterico-poliacutetica de avaliaccedilatildeo formativa participativa e

emancipatoacuteria eacute capaz de reforccedilar o mecanismo de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo e estrateacutegias

de sauacutede trabalho e ambiente no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) (ibid)

O referido instrumento proposto pela OMS numa perspectiva universalista possui

escopo voltado para avaliaccedilatildeo em niacuteveis local (Estabelecimento de Sauacutede) municipalregional

e federal

Em niacutevel nacional possuiacute 2 (dois) conjuntos de questotildees (B1 e B2) voltados para

questionamento junto ao Ministeacuterio da Sauacutede e Ministeacuterio do Meio Ambiente Para

levantamento de dados junto agraves instacircncias municipais possui o conjunto de questotildees da

ferramenta ldquoCrdquo Em niacutevel local possuiacute 4 (quatro) conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4

endereccedilados agrave administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem eou CCIH (considerando

ambos ou o profissional mais familiarizado com o contexto do gerenciamento de resiacuteduos de

serviccedilos de sauacutede - GRSS na unidade) responsaacutevel (s) pelo GRSS e profissional de serviccedilos

gerais (que manipulemtransportem internamente os resiacuteduos) respectivamente Ressalta-se

que cada iacutetem (questatildeo do questionaacuterio) eacute direcionado a determinado grupo

participanterespondente de modo que o proacuteprio instrumento preacute-estabelece criteacuterios de

inclusatildeo e exclusatildeo da amostra

2 O Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Raacutepida (Rapid Evaluation Methods) utiliza uma mescla de abordagens quanti-qualitativas Seus quatro

princiacutepios satildeo uso de fontes muacuteltiplas rapidez pragmatismo e custo-efetividade (ANKER et al 1993 MCNALL et al 2007)

23

331 Participantes da Pesquisa

Baseado no escopo do instrumento de avaliaccedilatildeo e em seu modus operandi em cada

grupo de iacutetens eacute direcionado a uma categoria de profissionais e setor de atuaccedilatildeo os

participantes deste estudo seratildeo servidores gestores interlocutores profissionais da sauacutede e

profissionais de empresas terceirizadas (manejo para transporte interno e serviccedilo de coleta e

transporte externo) que encontrarem-se dentro dos criteacuterios de inclusatildeo agrave saber

envolvimento direto ou indireto com o setor ou Sistema de Gerenciamento dos Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) diretoresgestores dos ESs puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de

administrador ou semelhante a quem eacute endereccedilada a ferramenta D1 Enfermeira (o) chefe de

CCIH eou SESMT respondentes da ferramenta D2 Gestoresinterlocutores responsaacuteveis ou

participantes da comissatildeo para GRSS para quem se destina a ferramenta D3 e envolvidos

nas etapas de manejo que incluem a coleta e transporteinterno de RSS respondentes da

ferramenta D4 aceitar participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido encontrar-se disponiacutevel durante a coleta de dados e o proacuteprio criteacuterio de inclusatildeo

do item proposto

A coleta de dados ocorreu em 2016 periacuteodo no qual o HURJ em questatildeo passava por

transiccedilatildeo administrativa Teve-se como participantes da pesquisa 01 responsaacutevel pela coleta e

transporte interno de RSS 01 responsaacutevel pela GRSS da unidade 04 Enfermeiros-chefes 02

representantes da Gestatildeo Hospitalar

34 ANAacuteLISE DE DADOS

A anaacutelise ocorre por meio das categorias do instrumento de coleta supracitado O

sistema de avaliaccedilatildeo eacute projetado por toacutepicos na proacutepria planilha na qual a ferramenta eacute

estruturada de modo a obter um perfil da situaccedilatildeo de GRSS Este sistema de classificaccedilatildeo eacute

baseado em questotildees-chave que devem agrave luz das legislaccedilotildees vigentes ser cumpridas para se

garantir um gerenciamento seguro de RSS

35 ASPECTOS EacuteTICOS

Este estudo acata as normas estabelecidas pela portaria 4662012 do Ministeacuterio da

sauacutede para a realizaccedilatildeo de pesquisas com seres humanos que incorpora sob a oacutetica do

24

indiviacuteduo e das coletividades referenciais baacutesicos da bioeacutetica como autonomia natildeo

maleficecircncia equidade justiccedila e beneficecircncia e visando assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado este estudo foi

submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (CAE

56254916900005243 Parecer nordm 1608748)

Ressalta-se que os dados coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por no

miacutenimo 05 anos sob tutela do autor desta pesquisa de forma confidencial Apoacutes este periacuteodo

todo o material coletado seraacute destruiacutedo

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

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health-care waste at primary health-care centres a decision-making guide Geneva

Immunization Vaccines and Biologicals (IVB) Protection of the Human Environment

Water Sanitation and Health (WSH) World Health Organization 2005

52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

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95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

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101

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104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 12: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

9

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

CCIH Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar

CNEN Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

DIP Doenccedila Infecciosas e Parasitaacuterias

EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

ENSP Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Seacutergio Arouca

ESs Estabelecimentos de Sauacutede

FEAM Fundaccedilatildeo Estadual do Meio Ambiente

FIOCRUZ Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz

GRSS Gerenciamento dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

HCWM-RAT Health-Care Waste Management ndash Rapid Assessment Tools

HIV viacuterus da imunodeficiecircncia humana

HURJ Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

PGRSS Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

PIBIC Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica

RDC Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada

RSS Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

UFF Universidade Federal Fluminense

VHB Viacuterus da Hepatite B

VHC Viacuterus da Hepatite C

WHO World Health Organization

10

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 12

11 OBJETIVOS p 13

111 Objetivo geral p 13

112 Objetivos especiacuteficos p 14

12 JUSTIFICATIVA p 14

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 15

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE p 15

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL p 16

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS) p 17

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede p 18

2221 Grupo D p 18

223 Etapas de Manejo p 20

3 METODOLOGIA p 21

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA p 21

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA p 21

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS p 22

331 Participantes da Pesquisa p 23

34 ANAacuteLISE DE DADOS p 23

35 ASPECTOS EacuteTICOS p 23

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 25

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE p 25

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE p 28

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE p 30

44 ETAPAS DE MANEJO p 34

441 Segregaccedilatildeo p 34

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta p 38

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS p 43

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 45

11

6 OBRAS CITADAS p 47

7 APEcircNDICES p 52

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 52

8 ANEXOS p 54

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA p 54

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA p 58

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ p 95

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ p 105

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL p 106

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

O Gerenciamento dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) surgiu como

inquietaccedilatildeo ao longo da formaccedilatildeo acadecircmica logo nos primeiros momentos de praacutetica

hospitalar considerando as diversas situaccedilotildees onde o Gerenciamento de Resiacuteduos foi

realizado e orientado de forma inadequada pelos docentes profissionais e acadecircmicos mais

avanccedilados no curso Tal inquietaccedilatildeo intensificou-se fortemente atraveacutes da inserccedilatildeo da

discente responsaacutevel por este estudo agrave maneira cientiacutefica de produzir conhecimento

possibilitada pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica na Fundaccedilatildeo

Oswaldo Cruz Atraveacutes do subprojeto desenvolvido na Fundaccedilatildeo foi possiacutevel aprofundar os

conhecimentos sobre a temaacutetica e instrumentos de avaliaccedilatildeo de GRSS Dentre estes

instrumentos destaca-se Health-Care Waste Management ndash Rapid Assessment Tool (HCWM-

RAT) ndash Versatildeo Brasileira

O tratamento e destinaccedilatildeo adequados dos resiacuteduos (subprodutos da produccedilatildeo de bens

ou serviccedilos) se apresentam como um dos desafios no cenaacuterio atual (SILVA 2011) As

diversas etapas de manejo de resiacuteduos soacutelidos desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final

envolvem uma seacuterie de fatores de risco para a populaccedilatildeo exposta tornando particularmente

vulneraacuteveis os trabalhadores formais e informais do setor de resiacuteduos (PAN AMERICAN

HEALTH ORGANIZATION 2005)

Dentre os resiacuteduos soacutelidos aqueles gerados em Estabelecimentos de Assistecircncia agrave

Sauacutede merecem atenccedilatildeo particular por sua fraccedilatildeo (aproximadamente 15) considerada

perigosa (WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005a)

No Brasil resiacuteduos soacutelidos de serviccedilos de sauacutede satildeo todos aqueles gerados em

estabelecimentos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal nos estados

soacutelidos semi-soacutelidos bem como determinados resiacuteduos liacutequidos (BRASIL 2004) e sua

composiccedilatildeo depende do estabelecimento e da atividade que o produz Eacute estabelecido na

legislaccedilatildeo vigente a classificaccedilatildeo de RSS em cinco grupos agrave saber Grupo A constituiacutedo por

Resiacuteduos Bioloacutegicos ou Potencialmente Infectantes Grupo B constituiacutedo por Resiacuteduos

Quiacutemicos Grupo C constituiacutedo por Resiacuteduos Radioativos Grupo D constituiacutedo por

Resiacuteduos Similares aos Soacutelidos Urbanos e Grupo E constituiacutedo por Resiacuteduos

perfurocortantes (BRASIL 2004a 2004b)

A gestatildeo sustentaacutevel e segura dos RSS eacute princiacutepio imperativo na sauacutede puacuteblica e uma

responsabilidade de todos (CHARTIER 2014 WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) Entretanto apesar da contiacutenua sensibilizaccedilatildeo para a necessidade de efetivos padrotildees

13

de desempenho a gestatildeo dos resiacuteduos continua sendo um desafio (BLENKHARN 2007a

2007b MIYAZAKI UNE 2005) representado pela dificuldade em estabelecer praacuteticas

regulares de segregaccedilatildeo acondicionamento e armazenamento dos resiacuteduos mesmo em paiacuteses

considerados economicamente desenvolvidos (SILVA 2011)

Componentes como papelpapelatildeo plaacutesticos e vidros representam a maior

porcentagem em diversos estudos realizados em estabelecimentos de sauacutede poreacutem quando

natildeo segregados dos classificados como infectantes acabam sendo contaminados por estes

(ADUAN et al 2014 ALVES et al 2012a CORREcircA et al 2007 FERREIRA VEIGA

2003 SILVA HOPPE 2005) devendo seguir para aterros sanitaacuterios o que representa um

custo financeiro e ambiental desnecessaacuterio jaacute que apenas a fraccedilatildeo dos resiacuteduos classificados

como perigosos destinar-se-iam aos sistemas mais seguros e dispendiosos (ADUAN et al

2014 SILVA 2011) Ressalta-se a importacircncia da segregaccedilatildeo com ecircnfase na seguranccedila

reduccedilatildeo dos custos com coleta tratamento e destinaccedilatildeo final de resiacuteduos reduccedilatildeo do uso de

mateacuterias-primas maior tempo de vida uacutetil dos aterros e menor impacto ambiental causado

pelos resiacuteduos (SILVA 2011)

A avaliaccedilatildeo metodoloacutegica representa uma ferramenta importante para a compreensatildeo

do sistema de gestatildeo e consequentes melhorias (WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) No Brasil as avaliaccedilotildees de programas de sauacutede tecircm sido evidenciadas como meio

para adequar e otimizar os serviccedilos prestados agrave populaccedilatildeo (BRASIL 2007) A avaliaccedilatildeo eacute

considerada um ldquoprocesso em que se integram avaliadores e avaliados em busca do

comprometimento e do aperfeiccediloamento dos indiviacuteduos grupos programas e instituiccedilotildeesrdquo

(MINAYO 2006)

Sendo assim o objeto deste estudo eacute a Gestatildeo e Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do grupo D em Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

(HURJ) Tendo como questatildeo norteadora ldquoComo se daacute o gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D no Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeirordquo

Espera-se que este estudo contribua com a implementaccedilatildeo e acompanhamento das

praacuteticas preconizadas pela Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos uma vez que forneceraacute

informaccedilotildees para subsidiar a tomada de decisatildeo poliacutetica e gerencial

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

14

Avaliar o gerenciamento do manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D1

em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

112 Objetivos especiacuteficos

Identificar e compreender as legislaccedilotildees vigentes referentes aos RSS

Identificar as etapas de manejo de RSS

Classificar os RSS

Analisar o gerenciamento das etapas de manejo de RSS do HURJ

12 JUSTIFICATIVA

Coerente com a identificaccedilatildeo de um campo pouco explorado especialmente no que

diz respeito agrave avaliaccedilatildeodo sistema de gestatildeo de resiacuteduos do grupo D no acircmbito da sauacutede natildeo

foi identificado na literatura estudosavaliativos que utilizem instrumentos padronizados

confiaacuteveis e vaacutelidos que permitam a comparaccedilatildeo entre eles representando uma estrateacutegia

importante no reforccedilo ao uso da evidecircncia cientiacutefica e subsiacutedio agraves poliacuteticas puacuteblicas (SILVA

2011)

Neste sentido o estudo se justifica por avaliar por meio de instrumento robusto o

GRSS em especial a um grupo tatildeo carente de estudos quanto o grupo D

Desse modo espera-se identificar eventuais lacunas sobre o conhecimento e praacutetica de

Gestatildeo de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede por parte de gestores

profissionais docentes e discentes de um Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeiro

(HURJ) aleacutem de subsidiar dados para a realizaccedilatildeo de cursos de capacitaccedilatildeo eou atualizaccedilatildeo

que se faccedilam necessaacuterios

1 Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos segundo a RDC ANVISA 3062004

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

No Brasil a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2004a) o Conselho

Nacional do Meio Ambiente (BRASIL 2005) e a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

(CNEN 1985) satildeo os Oacutergatildeos responsaacuteveis pela regulaccedilatildeo e orientaccedilatildeo das accedilotildees de gestatildeo e

gerenciamento dos RSS do momento em que satildeo gerados agrave disposiccedilatildeo final incluiacutedos os

aspectos de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental (SILVA 2006)

O Resiacuteduo de Serviccedilo de Sauacutede (RSS) pode ser definido como o total de resiacuteduos

gerados pelos estabelecimentos de assistecircncia agrave sauacutede incluiacutedos os de diagnoacutestico e de

laboratoacuterios parcela dos provenientes de diaacutelise e dispositivos para aplicaccedilatildeo de insulina e

outros perfurocortantes gerados pelo cuidado agrave sauacutede em domiciacutelio (BRASIL 2004a

CHARTIER 2014)

A exposiccedilatildeo aos perfurocortantes e as suas consequecircncias satildeo altamente passiacuteveis de

prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo mediante intervenccedilotildees simples como a vacinaccedilatildeo para trabalhadores

da sauacutede (SILVA CORTEZ VALENTE 2009) e dos que lidam com resiacuteduos de serviccedilos de

sauacutede (RSS) educaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o manejo de resiacuteduos (RUDRASWAMY

SAMPATH DOGGALLI 2012)

Esses resiacuteduos podem causar danos agrave sauacutede humana e meio ambiente quando

inadequadamente gerenciados (CHARTIER 2014) Por exemplo a OMS estima que em 2000

o acesso a seringas contaminadas possa ter sido responsaacutevel por 21 milhotildees de infecccedilotildees pelo

Viacuterus da Hepatite B representando 32 de todas as novas infecccedilotildees 2 milhotildees de Viacuterus da

Hepatite C com uma representaccedilatildeo de 40 e 260 mil infecccedilotildees pelo viacuterus da

imunodeficiecircncia humana (HIV) sendo este representado por 5 de todos os novos casos

(WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005b)

O potencial de contaminaccedilatildeo do solo do ar e das aacuteguas superficiais e subterracircneas na

medida em que os RSS satildeo inadequadamente segregados e dispostos em vazadouros agrave ceacuteu

aberto ou aterros controlados tambeacutem satildeo uma preocupaccedilatildeo mundial (COZENDEY-SILVA

et al 2016 FALQUETO KLIGERMAN ASSUMPCcedilAtildeO 2010 KARAMOUZ et al 2007)

A gestatildeo dos RSS deve se pautar minimamente pelos seguintes princiacutepios princiacutepio

da responsabilidade institucional pois a organizaccedilatildeo que gera o resiacuteduo tem o dever

de eliminaacute-lo de forma segura princiacutepio do poluidor pagador entendendo que quem

produz o resiacuteduo eacute juriacutedica e financeiramente responsaacutevel pela seguranccedila do

16

manuseio e eliminaccedilatildeo do mesmo princiacutepio da precauccedilatildeo esse adverte que a

parcela dos RSS considerada perigosa deve assim ser classificada ateacute que seja

demonstrada que eacute segura princiacutepio da proximidade o qual recomenda o tratamento

e eliminaccedilatildeo de resiacuteduos perigosos em local mais proacuteximo possiacutevel do ponto de

geraccedilatildeo (SILVA 2011)

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL

No Brasil natildeo haacute estatiacutesticas precisas a respeito do nuacutemero de geradores nem da

quantidade de resiacuteduos deserviccedilos de sauacutede gerada diariamente (SILVA 2011) Conforme

explicitado na Pesquisa Nacional de Saneamento Baacutesico (BRASIL 2008) satildeo coletadas

diariamente 259547 toneladas de resiacuteduos no Brasil Estima-se que 17 desses corresponda

aos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede totalizando aproximadamente 4449 toneladas diaacuterias Os

resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede satildeo de natureza diversa sendo necessaacuteria uma classificaccedilatildeo

para a segregaccedilatildeo (GARCIA ZANETTI-RAMOS 2004)

As resoluccedilotildees da Anvisa RDC nordm 30604 e do Conama nordm 35805 convergem para a

seguinte definiccedilatildeo de RSS

[] todos os serviccedilos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal

inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de trabalhos de campo laboratoacuterios

analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios funeraacuterias e serviccedilos em que se

realizem atividades de embalsamento (tanatopraxia e somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos

de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as de manipulaccedilatildeo

estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de controle de

zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores distribuidores e

produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades moacuteveis de

atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem dentre outros

similares (BRASIL 2004a 2005)

O gerenciamento dos RSS pode ser definido como procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e legais

visando minimizar a geraccedilatildeo de resiacuteduos e assegurar agravequeles gerados tratamento transporte e

armazenamento eficientes dispondo proteccedilatildeo aos profissionais envolvidos em todo o

processo assim como a sauacutede puacuteblica recursos naturais e meio ambiente (BRASIL 2004a) O

Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) deve ser elaborado

compatiacutevel com as normas locais relativas agrave coleta transporte e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

17

gerados estabelecidas pelos oacutergatildeos locais responsaacuteveis por estas etapas e baseado nas

caracteriacutesticas dos resiacuteduos gerados e na sua classificaccedilatildeo (ibid)

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS)

A Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria RDC nordm 3062004 e o Conselho Nacional

do Meio Ambiente atraveacutes de sua resoluccedilatildeo nordm 3582005 definem o PGRSS como sendo

O documento que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao manejo dos resiacuteduos

soacutelidos observadas suas caracteriacutesticas e riscos no acircmbito dos estabelecimentos

contemplando os aspectos referentes agrave geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento

coleta armazenamento transporte tratamento e disposiccedilatildeo final bem como as accedilotildees

de proteccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica e ao meio ambiente contemplando assim as etapas do

gerenciamento intra e extra estabelecimento de sauacutede (BRASIL 2004a 2005)

O PGRSS deve ser feito em conjunto com todos os setores de modo que sua

elaboraccedilatildeo implantaccedilatildeo e desenvolvimento do PGRSS devem envolver os setores de

higienizaccedilatildeo e limpeza a Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar ou Comissotildees de

Biosseguranccedila e os Serviccedilos de Engenharia de Seguranccedila e Medicina no Trabalho onde

houver obrigatoriedade de existecircncia desses serviccedilos abrangendo a todos do estabelecimento

gerador (BRASIL 2010b)

A questatildeo da segregaccedilatildeo dos resiacuteduos infectantes requer maior atenccedilatildeo no sentido de

minimizar gastos na sauacutede aleacutem dos cuidados com infecccedilotildees e impacto no ambiente

(CHARTIER 2014) Eacute necessaacuterio e recomendaacutevel que trabalhadores da aacuterea de sauacutede estejam

sempre atualizados quanto agraves normas e rotinas do serviccedilo assim como das medidas de

biosseguranccedila (SILVA et al 2014)

A implementaccedilatildeo das praacuteticas tecnicamente recomendadas estaacute intimamente ligada agrave

qualificaccedilatildeo dos profissionais envolvidos na elaboraccedilatildeo e na aplicaccedilatildeo do plano sob os

aspectos operacionais da seguranccedila do trabalhador e nos aspectos culturais O princiacutepio da

logiacutestica reversa eacute fator determinante na instrumentalizaccedilatildeo de praacuteticas numa perspectiva de

sustentabilidade (CHARTIER 2014) Este princiacutepio eacute definido como a accedilatildeo correspondente

ao caminho inverso da logiacutestica partindo do ponto de consumo para o iniacutecio da cadeia de

geraccedilatildeo considerando fundamentalmente o reaproveitamento como elemento da poliacutetica

ambiental (ALVES et al 2012a BELLAN et al 2012)

18

Segundo Sisinno e Moreira (2005) pelos princiacutepios da ecoeficiecircncia ldquoo

gerenciamento dos resiacuteduos deveria privilegiar em ordem de prioridade a natildeo geraccedilatildeo a

reduccedilatildeo da geraccedilatildeo a reciclagem e finalmente o tratamento ou disposiccedilatildeo finalrdquo tornando

assim a identificaccedilatildeo da fonte geradora uma etapa importante quando o enfoque eacute a natildeo

geraccedilatildeo ou a reduccedilatildeo da geraccedilatildeo

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes no Brasil (2004a 2005) os RSS satildeo

classificados em cinco grupos de modo que os resiacuteduos do Grupo A satildeo resiacuteduos que

possivelmente apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos

do Grupo B referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave

sauacutede puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes e abrasivos

2221 Grupo D

Conforme supracitado estes satildeo resiacuteduos provenientes de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo

apresentam risco bioloacutegico quiacutemico ou radioloacutegico agrave sauacutede ou ao meio ambiente podendo ser

equiparados aos resiacuteduos domiciliares (BRASIL 2005) Nesse grupo satildeo gerados resiacuteduos

compostaacuteveis reciclaacuteveis e aqueles que podem servir para alimentaccedilatildeo de animais e rejeitos

Apesar de natildeo ser uma exigecircncia eacute desejaacutevel que seja realizada segregaccedilatildeo e

identificaccedilatildeo dos resiacuteduos do Grupo D para a reciclagem atraveacutes de um coacutedigo de cores para

os recipientes conforme evidenciado na Fig 1 (BRASIL 2004) Caso natildeo haja segregaccedilatildeo

para a reciclagem natildeo haacute padronizaccedilatildeo para a cor dos recipientes Estudos apontam que a

segregaccedilatildeo se mostra ineficiente natildeo apenas em relaccedilatildeo a coleta seletiva mas tambeacutem a

separaccedilatildeo de outros grupos de RSS (ALVES et al 2012b)

19

Fig 01 ndash Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D devem ser coletados e transportados

separadamente dos resiacuteduos dos outros grupos para que natildeo haja contaminaccedilatildeo (BRASIL

2004) O armazenamento temporaacuterio dos resiacuteduos do Grupo D pode ser na Sala de Resiacuteduos

poreacutem em recipientes exclusivos e identificados para manter a segregaccedilatildeo O armazenamento

externo dos resiacuteduos do Grupo D deve ser em abrigo com no miacutenimo um ambiente separado

para atender ao armazenamento de recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D e outro

ambiente para os grupos A e E (FEAM 2008)

Os resiacuteduos orgacircnicos como flores resiacuteduos de jardinagem sobras de alimento e de

outros que natildeo tenham mantido contato com resiacuteduos infectantes (secreccedilotildees excreccedilotildees ou

outro fluido corpoacutereo) podem ser encaminhados para o processo de compostagem (BRASIL

2004)

Destaca-se que os restos e sobras de alimentos podem ser utilizados para fins de raccedilatildeo

animal desde que submetidos a um tratamento que garanta sua inocuidade avaliado e

comprovado por oacutergatildeo competente da Agricultura e de Vigilacircncia Sanitaacuteria do Municiacutepio

Estado ou do Distrito Federal (ibid)

Os efluentes (resiacuteduos liacutequidos) provenientes da rede esgoto de estabelecimento de

sauacutede devem ser tratados antes do lanccedilamento no corpo receptor ou na rede coletora de

esgoto sempre que natildeo houver sistema de tratamento de esgoto coletivo atendendo agrave aacuterea

onde estaacute localizado o serviccedilo conforme definido na RDC ANVISA nordm 502002 Deve ser

mantido o registro de operaccedilatildeo de venda ou de doaccedilatildeo dos resiacuteduos destinados agrave reciclagem

compostagem e alimentaccedilatildeo de animais (CUSSIOL 2008)

bull Papeacuteis Azul

bull Metais Amarelo

bull Vidros Verde

bull Plaacutesticos Vermelho

bull Resiacuteduos Orgacircnicos Marrom

bull Demais resiacuteduos do Grupo D Cinza

20

223 Etapas de Manejo

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final incluindo as seguintes

etapas

Fig 02 ndash Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

Fonte Adaptado de Silva 2011 p 43

Segregaccedilatildeo

Separaccedilatildeo dos resiacuteduos no momento e local de sua geraccedilatildeo de acordo

com as caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas bioloacutegicas o seu estado

fiacutesico e os riscos envolvidos

Acondicionamento

Ato de embalar corretamente os resiacuteduos segregados conforme suas

caracteriacutesticas

Identificaccedilatildeo

medidas que permitem o reconhecimento dos resiacuteduos

contidos nos sacos e recipientes

Transporte interno

Translado do ponto de geraccedilatildeo ateacute o local de armazenamento temporaacuterio

Tratamento

processoa manuais mecacircnicos fiacutesicos quiacutemicos ou bioloacutegicos que

alterem as caracteriacutesticas dos resiacuteduos visando minimizar riscos agrave

sauacutede e o meio ambiente

Armazenamento Interno Temporaacuterio

Guarda temporaacuteria dos recipientes contendo os resiacuteduos jaacute

acondicionados em local proacuteximo aos pontos de geraccedilatildeo

Armazenamento Externo

Acondicionamento dos resiacuteduos em abrigo em recipientes coletores

adequados em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os

veiacuteculos coletores

Coleta e Transporte Externo

Remoccedilatildeo dos RSS do armazenamento externo ateacute a

unidade de tratamento ou disposiccedilatildeo final

Disposiccedilatildeo Final

Disposiccedilatildeo definitiva de resiacuteduos no solo ou em locais previamente preparados para recebecirc-los As

formas usualmente utilizadas satildeo aterro sanitaacuterio aterro para

resiacuteduos perigosos de Classe I (para resiacuteduos industriais) aterro

controlado lixatildeo ou vazadouro e valas

21

3 METODOLOGIA

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pesquisa de campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa Tem

como teacutecnica de coleta de dados aplicaccedilatildeo de instrumento de pesquisa validado e especiacutefico

para o tema GRSS (HCWM-RAT ndash Versatildeo Brasileira disponiacutevel em

portfolioinovacaofiocruzbr) conforme especificado no item 33 ldquoINSTRUMENTO DE

PESQUISA E COLETA DE DADOSrdquo

A Pesquisa de Campo eacute definida por Lakatos e Marconi (2003) como uma estrateacutegia

de documentaccedilatildeo direta ou seja o levantamento de dados se daacute no local onde ocorre o

fenocircmeno a ser estudado Assim a pesquisa de campo ldquoconsiste na observaccedilatildeo de fatos e

fenocircmenos tal como ocorrem espontaneamente na coleta de dados a eles referentes e no

registro de variaacuteveis que se presume relevantes para analisaacute-losrdquo (ibid p 185)

Segundo Gil (2002 p 131) a pesquisa de campo do tipo descritiva tem a preocupaccedilatildeo

com a descriccedilatildeo tendo maior na profundidade do dado coletado de modo que o pesquisador

tende a ldquopreferir a utilizaccedilatildeo de depoimentos e entrevistas com niacuteveis diversos de

estruturaccedilatildeordquo

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA

Esta pesquisa tem como cenaacuterio um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de

Janeiro Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (CNES 2016) esse

estabelecimento eacute caracterizado como hospital geral com esfera administrativa federal

estando sob gestatildeo municipal A natureza da Organizaccedilatildeo eacute a autarquia (administraccedilatildeo

indireta) ou seja o serviccedilo eacute autocircnomo criado por lei com personalidade juriacutedica

patrimocircnio e receita proacuteprios para executar atividades tiacutepicas da Administraccedilatildeo Puacuteblica que

requeiram gestatildeo administrativa e financeira descentralizada (BRASIL 1990)

Contando com 1442 profissionais 697 dos quais satildeo meacutedicos a unidade realiza

atendimento de demanda referenciada contando com os seguintes tipos de atendimento

Ambulatorial Internaccedilatildeo Urgecircncia e Serviccedilos de Apoio Diagnoacutestico e Terapecircutico

O Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos

bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns (CNES 2016) Sua aacuterea de abrangecircncia atinge

uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de habitantes (ibid)

22

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS

A versatildeo original do HCWM-RAT foi desenvolvida pela Organizaccedilatildeo Mundial da

Sauacutede (OMS) (WHO 2005) como parte de uma estrateacutegia que visa reduzir a carga global de

doenccedilas relacionada com a inadequada gestatildeo dos resiacuteduos especialmente das fases de

tratamento e disposiccedilatildeo final Tendo como objetivo central colaborar com os paiacuteses na

aplicaccedilatildeo de metas estrateacutegicas em especial aquelas contidas em acordos multilaterais como

os de Basileacuteia e de Estocolmo

Este instrumento se destina a avaliaccedilatildeo da performace ambiental no setor sauacutede

visando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas integradas de sauacutede e ambiente Eacute estruturado em

meacutetodo raacutepido de avaliaccedilatildeo2 para GRSS O HCWM-RAT Versatildeo Brasileira (ANEXO 82) eacute

fruto de adaptaccedilatildeo transcultural e validaccedilatildeo para uso em territoacuterio brasileiro (SILVA 2011)

Daacute condiccedilatildeo agrave institucionalizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo na aacuterea da gestatildeo e gerenciamento de resiacuteduos

da produccedilatildeo da sauacutede em concepccedilatildeo teoacuterico-poliacutetica de avaliaccedilatildeo formativa participativa e

emancipatoacuteria eacute capaz de reforccedilar o mecanismo de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo e estrateacutegias

de sauacutede trabalho e ambiente no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) (ibid)

O referido instrumento proposto pela OMS numa perspectiva universalista possui

escopo voltado para avaliaccedilatildeo em niacuteveis local (Estabelecimento de Sauacutede) municipalregional

e federal

Em niacutevel nacional possuiacute 2 (dois) conjuntos de questotildees (B1 e B2) voltados para

questionamento junto ao Ministeacuterio da Sauacutede e Ministeacuterio do Meio Ambiente Para

levantamento de dados junto agraves instacircncias municipais possui o conjunto de questotildees da

ferramenta ldquoCrdquo Em niacutevel local possuiacute 4 (quatro) conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4

endereccedilados agrave administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem eou CCIH (considerando

ambos ou o profissional mais familiarizado com o contexto do gerenciamento de resiacuteduos de

serviccedilos de sauacutede - GRSS na unidade) responsaacutevel (s) pelo GRSS e profissional de serviccedilos

gerais (que manipulemtransportem internamente os resiacuteduos) respectivamente Ressalta-se

que cada iacutetem (questatildeo do questionaacuterio) eacute direcionado a determinado grupo

participanterespondente de modo que o proacuteprio instrumento preacute-estabelece criteacuterios de

inclusatildeo e exclusatildeo da amostra

2 O Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Raacutepida (Rapid Evaluation Methods) utiliza uma mescla de abordagens quanti-qualitativas Seus quatro

princiacutepios satildeo uso de fontes muacuteltiplas rapidez pragmatismo e custo-efetividade (ANKER et al 1993 MCNALL et al 2007)

23

331 Participantes da Pesquisa

Baseado no escopo do instrumento de avaliaccedilatildeo e em seu modus operandi em cada

grupo de iacutetens eacute direcionado a uma categoria de profissionais e setor de atuaccedilatildeo os

participantes deste estudo seratildeo servidores gestores interlocutores profissionais da sauacutede e

profissionais de empresas terceirizadas (manejo para transporte interno e serviccedilo de coleta e

transporte externo) que encontrarem-se dentro dos criteacuterios de inclusatildeo agrave saber

envolvimento direto ou indireto com o setor ou Sistema de Gerenciamento dos Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) diretoresgestores dos ESs puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de

administrador ou semelhante a quem eacute endereccedilada a ferramenta D1 Enfermeira (o) chefe de

CCIH eou SESMT respondentes da ferramenta D2 Gestoresinterlocutores responsaacuteveis ou

participantes da comissatildeo para GRSS para quem se destina a ferramenta D3 e envolvidos

nas etapas de manejo que incluem a coleta e transporteinterno de RSS respondentes da

ferramenta D4 aceitar participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido encontrar-se disponiacutevel durante a coleta de dados e o proacuteprio criteacuterio de inclusatildeo

do item proposto

A coleta de dados ocorreu em 2016 periacuteodo no qual o HURJ em questatildeo passava por

transiccedilatildeo administrativa Teve-se como participantes da pesquisa 01 responsaacutevel pela coleta e

transporte interno de RSS 01 responsaacutevel pela GRSS da unidade 04 Enfermeiros-chefes 02

representantes da Gestatildeo Hospitalar

34 ANAacuteLISE DE DADOS

A anaacutelise ocorre por meio das categorias do instrumento de coleta supracitado O

sistema de avaliaccedilatildeo eacute projetado por toacutepicos na proacutepria planilha na qual a ferramenta eacute

estruturada de modo a obter um perfil da situaccedilatildeo de GRSS Este sistema de classificaccedilatildeo eacute

baseado em questotildees-chave que devem agrave luz das legislaccedilotildees vigentes ser cumpridas para se

garantir um gerenciamento seguro de RSS

35 ASPECTOS EacuteTICOS

Este estudo acata as normas estabelecidas pela portaria 4662012 do Ministeacuterio da

sauacutede para a realizaccedilatildeo de pesquisas com seres humanos que incorpora sob a oacutetica do

24

indiviacuteduo e das coletividades referenciais baacutesicos da bioeacutetica como autonomia natildeo

maleficecircncia equidade justiccedila e beneficecircncia e visando assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado este estudo foi

submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (CAE

56254916900005243 Parecer nordm 1608748)

Ressalta-se que os dados coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por no

miacutenimo 05 anos sob tutela do autor desta pesquisa de forma confidencial Apoacutes este periacuteodo

todo o material coletado seraacute destruiacutedo

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

6 OBRAS CITADAS

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ANDREacute S C S VEIGA T B TAKAYANAGUI A M M Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede em hospitais do municiacutepio de Ribeiratildeo Preto (SP) Brasil Eng sanit

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BARBOZA Alex Gestatildeo de rejeitos radioativos em serviccedilos de medicina nuclear

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48

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Diretoria Colegiada RDC nordm 50 de 21 de fevereiro de 2002 Dispotildee sobre o Regulamento

teacutecnico para o planejamento programaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de projetos fiacutesicos de

estabelecimentos assistenciais de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo da Repuacuteblica Federativa

do Brasil Brasiacutelia 20 de marccedilo de 2002

______ Resoluccedilatildeo RDC nordm 306 de 07 de dezembro de 2004 Dispotildee sobre o regulamento

teacutecnico para o gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

Brasiacutelia 10 de dezembro de 2004

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358 de 29 de abril de 2005 Dispotildee sobre o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

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95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

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98

99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

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10

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 12

11 OBJETIVOS p 13

111 Objetivo geral p 13

112 Objetivos especiacuteficos p 14

12 JUSTIFICATIVA p 14

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 15

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE p 15

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL p 16

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS) p 17

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede p 18

2221 Grupo D p 18

223 Etapas de Manejo p 20

3 METODOLOGIA p 21

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA p 21

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA p 21

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS p 22

331 Participantes da Pesquisa p 23

34 ANAacuteLISE DE DADOS p 23

35 ASPECTOS EacuteTICOS p 23

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 25

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE p 25

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE p 28

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE p 30

44 ETAPAS DE MANEJO p 34

441 Segregaccedilatildeo p 34

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta p 38

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS p 43

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 45

11

6 OBRAS CITADAS p 47

7 APEcircNDICES p 52

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 52

8 ANEXOS p 54

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA p 54

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA p 58

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ p 95

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ p 105

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL p 106

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

O Gerenciamento dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) surgiu como

inquietaccedilatildeo ao longo da formaccedilatildeo acadecircmica logo nos primeiros momentos de praacutetica

hospitalar considerando as diversas situaccedilotildees onde o Gerenciamento de Resiacuteduos foi

realizado e orientado de forma inadequada pelos docentes profissionais e acadecircmicos mais

avanccedilados no curso Tal inquietaccedilatildeo intensificou-se fortemente atraveacutes da inserccedilatildeo da

discente responsaacutevel por este estudo agrave maneira cientiacutefica de produzir conhecimento

possibilitada pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica na Fundaccedilatildeo

Oswaldo Cruz Atraveacutes do subprojeto desenvolvido na Fundaccedilatildeo foi possiacutevel aprofundar os

conhecimentos sobre a temaacutetica e instrumentos de avaliaccedilatildeo de GRSS Dentre estes

instrumentos destaca-se Health-Care Waste Management ndash Rapid Assessment Tool (HCWM-

RAT) ndash Versatildeo Brasileira

O tratamento e destinaccedilatildeo adequados dos resiacuteduos (subprodutos da produccedilatildeo de bens

ou serviccedilos) se apresentam como um dos desafios no cenaacuterio atual (SILVA 2011) As

diversas etapas de manejo de resiacuteduos soacutelidos desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final

envolvem uma seacuterie de fatores de risco para a populaccedilatildeo exposta tornando particularmente

vulneraacuteveis os trabalhadores formais e informais do setor de resiacuteduos (PAN AMERICAN

HEALTH ORGANIZATION 2005)

Dentre os resiacuteduos soacutelidos aqueles gerados em Estabelecimentos de Assistecircncia agrave

Sauacutede merecem atenccedilatildeo particular por sua fraccedilatildeo (aproximadamente 15) considerada

perigosa (WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005a)

No Brasil resiacuteduos soacutelidos de serviccedilos de sauacutede satildeo todos aqueles gerados em

estabelecimentos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal nos estados

soacutelidos semi-soacutelidos bem como determinados resiacuteduos liacutequidos (BRASIL 2004) e sua

composiccedilatildeo depende do estabelecimento e da atividade que o produz Eacute estabelecido na

legislaccedilatildeo vigente a classificaccedilatildeo de RSS em cinco grupos agrave saber Grupo A constituiacutedo por

Resiacuteduos Bioloacutegicos ou Potencialmente Infectantes Grupo B constituiacutedo por Resiacuteduos

Quiacutemicos Grupo C constituiacutedo por Resiacuteduos Radioativos Grupo D constituiacutedo por

Resiacuteduos Similares aos Soacutelidos Urbanos e Grupo E constituiacutedo por Resiacuteduos

perfurocortantes (BRASIL 2004a 2004b)

A gestatildeo sustentaacutevel e segura dos RSS eacute princiacutepio imperativo na sauacutede puacuteblica e uma

responsabilidade de todos (CHARTIER 2014 WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) Entretanto apesar da contiacutenua sensibilizaccedilatildeo para a necessidade de efetivos padrotildees

13

de desempenho a gestatildeo dos resiacuteduos continua sendo um desafio (BLENKHARN 2007a

2007b MIYAZAKI UNE 2005) representado pela dificuldade em estabelecer praacuteticas

regulares de segregaccedilatildeo acondicionamento e armazenamento dos resiacuteduos mesmo em paiacuteses

considerados economicamente desenvolvidos (SILVA 2011)

Componentes como papelpapelatildeo plaacutesticos e vidros representam a maior

porcentagem em diversos estudos realizados em estabelecimentos de sauacutede poreacutem quando

natildeo segregados dos classificados como infectantes acabam sendo contaminados por estes

(ADUAN et al 2014 ALVES et al 2012a CORREcircA et al 2007 FERREIRA VEIGA

2003 SILVA HOPPE 2005) devendo seguir para aterros sanitaacuterios o que representa um

custo financeiro e ambiental desnecessaacuterio jaacute que apenas a fraccedilatildeo dos resiacuteduos classificados

como perigosos destinar-se-iam aos sistemas mais seguros e dispendiosos (ADUAN et al

2014 SILVA 2011) Ressalta-se a importacircncia da segregaccedilatildeo com ecircnfase na seguranccedila

reduccedilatildeo dos custos com coleta tratamento e destinaccedilatildeo final de resiacuteduos reduccedilatildeo do uso de

mateacuterias-primas maior tempo de vida uacutetil dos aterros e menor impacto ambiental causado

pelos resiacuteduos (SILVA 2011)

A avaliaccedilatildeo metodoloacutegica representa uma ferramenta importante para a compreensatildeo

do sistema de gestatildeo e consequentes melhorias (WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) No Brasil as avaliaccedilotildees de programas de sauacutede tecircm sido evidenciadas como meio

para adequar e otimizar os serviccedilos prestados agrave populaccedilatildeo (BRASIL 2007) A avaliaccedilatildeo eacute

considerada um ldquoprocesso em que se integram avaliadores e avaliados em busca do

comprometimento e do aperfeiccediloamento dos indiviacuteduos grupos programas e instituiccedilotildeesrdquo

(MINAYO 2006)

Sendo assim o objeto deste estudo eacute a Gestatildeo e Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do grupo D em Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

(HURJ) Tendo como questatildeo norteadora ldquoComo se daacute o gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D no Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeirordquo

Espera-se que este estudo contribua com a implementaccedilatildeo e acompanhamento das

praacuteticas preconizadas pela Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos uma vez que forneceraacute

informaccedilotildees para subsidiar a tomada de decisatildeo poliacutetica e gerencial

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

14

Avaliar o gerenciamento do manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D1

em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

112 Objetivos especiacuteficos

Identificar e compreender as legislaccedilotildees vigentes referentes aos RSS

Identificar as etapas de manejo de RSS

Classificar os RSS

Analisar o gerenciamento das etapas de manejo de RSS do HURJ

12 JUSTIFICATIVA

Coerente com a identificaccedilatildeo de um campo pouco explorado especialmente no que

diz respeito agrave avaliaccedilatildeodo sistema de gestatildeo de resiacuteduos do grupo D no acircmbito da sauacutede natildeo

foi identificado na literatura estudosavaliativos que utilizem instrumentos padronizados

confiaacuteveis e vaacutelidos que permitam a comparaccedilatildeo entre eles representando uma estrateacutegia

importante no reforccedilo ao uso da evidecircncia cientiacutefica e subsiacutedio agraves poliacuteticas puacuteblicas (SILVA

2011)

Neste sentido o estudo se justifica por avaliar por meio de instrumento robusto o

GRSS em especial a um grupo tatildeo carente de estudos quanto o grupo D

Desse modo espera-se identificar eventuais lacunas sobre o conhecimento e praacutetica de

Gestatildeo de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede por parte de gestores

profissionais docentes e discentes de um Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeiro

(HURJ) aleacutem de subsidiar dados para a realizaccedilatildeo de cursos de capacitaccedilatildeo eou atualizaccedilatildeo

que se faccedilam necessaacuterios

1 Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos segundo a RDC ANVISA 3062004

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

No Brasil a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2004a) o Conselho

Nacional do Meio Ambiente (BRASIL 2005) e a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

(CNEN 1985) satildeo os Oacutergatildeos responsaacuteveis pela regulaccedilatildeo e orientaccedilatildeo das accedilotildees de gestatildeo e

gerenciamento dos RSS do momento em que satildeo gerados agrave disposiccedilatildeo final incluiacutedos os

aspectos de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental (SILVA 2006)

O Resiacuteduo de Serviccedilo de Sauacutede (RSS) pode ser definido como o total de resiacuteduos

gerados pelos estabelecimentos de assistecircncia agrave sauacutede incluiacutedos os de diagnoacutestico e de

laboratoacuterios parcela dos provenientes de diaacutelise e dispositivos para aplicaccedilatildeo de insulina e

outros perfurocortantes gerados pelo cuidado agrave sauacutede em domiciacutelio (BRASIL 2004a

CHARTIER 2014)

A exposiccedilatildeo aos perfurocortantes e as suas consequecircncias satildeo altamente passiacuteveis de

prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo mediante intervenccedilotildees simples como a vacinaccedilatildeo para trabalhadores

da sauacutede (SILVA CORTEZ VALENTE 2009) e dos que lidam com resiacuteduos de serviccedilos de

sauacutede (RSS) educaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o manejo de resiacuteduos (RUDRASWAMY

SAMPATH DOGGALLI 2012)

Esses resiacuteduos podem causar danos agrave sauacutede humana e meio ambiente quando

inadequadamente gerenciados (CHARTIER 2014) Por exemplo a OMS estima que em 2000

o acesso a seringas contaminadas possa ter sido responsaacutevel por 21 milhotildees de infecccedilotildees pelo

Viacuterus da Hepatite B representando 32 de todas as novas infecccedilotildees 2 milhotildees de Viacuterus da

Hepatite C com uma representaccedilatildeo de 40 e 260 mil infecccedilotildees pelo viacuterus da

imunodeficiecircncia humana (HIV) sendo este representado por 5 de todos os novos casos

(WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005b)

O potencial de contaminaccedilatildeo do solo do ar e das aacuteguas superficiais e subterracircneas na

medida em que os RSS satildeo inadequadamente segregados e dispostos em vazadouros agrave ceacuteu

aberto ou aterros controlados tambeacutem satildeo uma preocupaccedilatildeo mundial (COZENDEY-SILVA

et al 2016 FALQUETO KLIGERMAN ASSUMPCcedilAtildeO 2010 KARAMOUZ et al 2007)

A gestatildeo dos RSS deve se pautar minimamente pelos seguintes princiacutepios princiacutepio

da responsabilidade institucional pois a organizaccedilatildeo que gera o resiacuteduo tem o dever

de eliminaacute-lo de forma segura princiacutepio do poluidor pagador entendendo que quem

produz o resiacuteduo eacute juriacutedica e financeiramente responsaacutevel pela seguranccedila do

16

manuseio e eliminaccedilatildeo do mesmo princiacutepio da precauccedilatildeo esse adverte que a

parcela dos RSS considerada perigosa deve assim ser classificada ateacute que seja

demonstrada que eacute segura princiacutepio da proximidade o qual recomenda o tratamento

e eliminaccedilatildeo de resiacuteduos perigosos em local mais proacuteximo possiacutevel do ponto de

geraccedilatildeo (SILVA 2011)

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL

No Brasil natildeo haacute estatiacutesticas precisas a respeito do nuacutemero de geradores nem da

quantidade de resiacuteduos deserviccedilos de sauacutede gerada diariamente (SILVA 2011) Conforme

explicitado na Pesquisa Nacional de Saneamento Baacutesico (BRASIL 2008) satildeo coletadas

diariamente 259547 toneladas de resiacuteduos no Brasil Estima-se que 17 desses corresponda

aos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede totalizando aproximadamente 4449 toneladas diaacuterias Os

resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede satildeo de natureza diversa sendo necessaacuteria uma classificaccedilatildeo

para a segregaccedilatildeo (GARCIA ZANETTI-RAMOS 2004)

As resoluccedilotildees da Anvisa RDC nordm 30604 e do Conama nordm 35805 convergem para a

seguinte definiccedilatildeo de RSS

[] todos os serviccedilos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal

inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de trabalhos de campo laboratoacuterios

analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios funeraacuterias e serviccedilos em que se

realizem atividades de embalsamento (tanatopraxia e somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos

de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as de manipulaccedilatildeo

estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de controle de

zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores distribuidores e

produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades moacuteveis de

atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem dentre outros

similares (BRASIL 2004a 2005)

O gerenciamento dos RSS pode ser definido como procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e legais

visando minimizar a geraccedilatildeo de resiacuteduos e assegurar agravequeles gerados tratamento transporte e

armazenamento eficientes dispondo proteccedilatildeo aos profissionais envolvidos em todo o

processo assim como a sauacutede puacuteblica recursos naturais e meio ambiente (BRASIL 2004a) O

Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) deve ser elaborado

compatiacutevel com as normas locais relativas agrave coleta transporte e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

17

gerados estabelecidas pelos oacutergatildeos locais responsaacuteveis por estas etapas e baseado nas

caracteriacutesticas dos resiacuteduos gerados e na sua classificaccedilatildeo (ibid)

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS)

A Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria RDC nordm 3062004 e o Conselho Nacional

do Meio Ambiente atraveacutes de sua resoluccedilatildeo nordm 3582005 definem o PGRSS como sendo

O documento que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao manejo dos resiacuteduos

soacutelidos observadas suas caracteriacutesticas e riscos no acircmbito dos estabelecimentos

contemplando os aspectos referentes agrave geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento

coleta armazenamento transporte tratamento e disposiccedilatildeo final bem como as accedilotildees

de proteccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica e ao meio ambiente contemplando assim as etapas do

gerenciamento intra e extra estabelecimento de sauacutede (BRASIL 2004a 2005)

O PGRSS deve ser feito em conjunto com todos os setores de modo que sua

elaboraccedilatildeo implantaccedilatildeo e desenvolvimento do PGRSS devem envolver os setores de

higienizaccedilatildeo e limpeza a Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar ou Comissotildees de

Biosseguranccedila e os Serviccedilos de Engenharia de Seguranccedila e Medicina no Trabalho onde

houver obrigatoriedade de existecircncia desses serviccedilos abrangendo a todos do estabelecimento

gerador (BRASIL 2010b)

A questatildeo da segregaccedilatildeo dos resiacuteduos infectantes requer maior atenccedilatildeo no sentido de

minimizar gastos na sauacutede aleacutem dos cuidados com infecccedilotildees e impacto no ambiente

(CHARTIER 2014) Eacute necessaacuterio e recomendaacutevel que trabalhadores da aacuterea de sauacutede estejam

sempre atualizados quanto agraves normas e rotinas do serviccedilo assim como das medidas de

biosseguranccedila (SILVA et al 2014)

A implementaccedilatildeo das praacuteticas tecnicamente recomendadas estaacute intimamente ligada agrave

qualificaccedilatildeo dos profissionais envolvidos na elaboraccedilatildeo e na aplicaccedilatildeo do plano sob os

aspectos operacionais da seguranccedila do trabalhador e nos aspectos culturais O princiacutepio da

logiacutestica reversa eacute fator determinante na instrumentalizaccedilatildeo de praacuteticas numa perspectiva de

sustentabilidade (CHARTIER 2014) Este princiacutepio eacute definido como a accedilatildeo correspondente

ao caminho inverso da logiacutestica partindo do ponto de consumo para o iniacutecio da cadeia de

geraccedilatildeo considerando fundamentalmente o reaproveitamento como elemento da poliacutetica

ambiental (ALVES et al 2012a BELLAN et al 2012)

18

Segundo Sisinno e Moreira (2005) pelos princiacutepios da ecoeficiecircncia ldquoo

gerenciamento dos resiacuteduos deveria privilegiar em ordem de prioridade a natildeo geraccedilatildeo a

reduccedilatildeo da geraccedilatildeo a reciclagem e finalmente o tratamento ou disposiccedilatildeo finalrdquo tornando

assim a identificaccedilatildeo da fonte geradora uma etapa importante quando o enfoque eacute a natildeo

geraccedilatildeo ou a reduccedilatildeo da geraccedilatildeo

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes no Brasil (2004a 2005) os RSS satildeo

classificados em cinco grupos de modo que os resiacuteduos do Grupo A satildeo resiacuteduos que

possivelmente apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos

do Grupo B referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave

sauacutede puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes e abrasivos

2221 Grupo D

Conforme supracitado estes satildeo resiacuteduos provenientes de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo

apresentam risco bioloacutegico quiacutemico ou radioloacutegico agrave sauacutede ou ao meio ambiente podendo ser

equiparados aos resiacuteduos domiciliares (BRASIL 2005) Nesse grupo satildeo gerados resiacuteduos

compostaacuteveis reciclaacuteveis e aqueles que podem servir para alimentaccedilatildeo de animais e rejeitos

Apesar de natildeo ser uma exigecircncia eacute desejaacutevel que seja realizada segregaccedilatildeo e

identificaccedilatildeo dos resiacuteduos do Grupo D para a reciclagem atraveacutes de um coacutedigo de cores para

os recipientes conforme evidenciado na Fig 1 (BRASIL 2004) Caso natildeo haja segregaccedilatildeo

para a reciclagem natildeo haacute padronizaccedilatildeo para a cor dos recipientes Estudos apontam que a

segregaccedilatildeo se mostra ineficiente natildeo apenas em relaccedilatildeo a coleta seletiva mas tambeacutem a

separaccedilatildeo de outros grupos de RSS (ALVES et al 2012b)

19

Fig 01 ndash Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D devem ser coletados e transportados

separadamente dos resiacuteduos dos outros grupos para que natildeo haja contaminaccedilatildeo (BRASIL

2004) O armazenamento temporaacuterio dos resiacuteduos do Grupo D pode ser na Sala de Resiacuteduos

poreacutem em recipientes exclusivos e identificados para manter a segregaccedilatildeo O armazenamento

externo dos resiacuteduos do Grupo D deve ser em abrigo com no miacutenimo um ambiente separado

para atender ao armazenamento de recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D e outro

ambiente para os grupos A e E (FEAM 2008)

Os resiacuteduos orgacircnicos como flores resiacuteduos de jardinagem sobras de alimento e de

outros que natildeo tenham mantido contato com resiacuteduos infectantes (secreccedilotildees excreccedilotildees ou

outro fluido corpoacutereo) podem ser encaminhados para o processo de compostagem (BRASIL

2004)

Destaca-se que os restos e sobras de alimentos podem ser utilizados para fins de raccedilatildeo

animal desde que submetidos a um tratamento que garanta sua inocuidade avaliado e

comprovado por oacutergatildeo competente da Agricultura e de Vigilacircncia Sanitaacuteria do Municiacutepio

Estado ou do Distrito Federal (ibid)

Os efluentes (resiacuteduos liacutequidos) provenientes da rede esgoto de estabelecimento de

sauacutede devem ser tratados antes do lanccedilamento no corpo receptor ou na rede coletora de

esgoto sempre que natildeo houver sistema de tratamento de esgoto coletivo atendendo agrave aacuterea

onde estaacute localizado o serviccedilo conforme definido na RDC ANVISA nordm 502002 Deve ser

mantido o registro de operaccedilatildeo de venda ou de doaccedilatildeo dos resiacuteduos destinados agrave reciclagem

compostagem e alimentaccedilatildeo de animais (CUSSIOL 2008)

bull Papeacuteis Azul

bull Metais Amarelo

bull Vidros Verde

bull Plaacutesticos Vermelho

bull Resiacuteduos Orgacircnicos Marrom

bull Demais resiacuteduos do Grupo D Cinza

20

223 Etapas de Manejo

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final incluindo as seguintes

etapas

Fig 02 ndash Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

Fonte Adaptado de Silva 2011 p 43

Segregaccedilatildeo

Separaccedilatildeo dos resiacuteduos no momento e local de sua geraccedilatildeo de acordo

com as caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas bioloacutegicas o seu estado

fiacutesico e os riscos envolvidos

Acondicionamento

Ato de embalar corretamente os resiacuteduos segregados conforme suas

caracteriacutesticas

Identificaccedilatildeo

medidas que permitem o reconhecimento dos resiacuteduos

contidos nos sacos e recipientes

Transporte interno

Translado do ponto de geraccedilatildeo ateacute o local de armazenamento temporaacuterio

Tratamento

processoa manuais mecacircnicos fiacutesicos quiacutemicos ou bioloacutegicos que

alterem as caracteriacutesticas dos resiacuteduos visando minimizar riscos agrave

sauacutede e o meio ambiente

Armazenamento Interno Temporaacuterio

Guarda temporaacuteria dos recipientes contendo os resiacuteduos jaacute

acondicionados em local proacuteximo aos pontos de geraccedilatildeo

Armazenamento Externo

Acondicionamento dos resiacuteduos em abrigo em recipientes coletores

adequados em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os

veiacuteculos coletores

Coleta e Transporte Externo

Remoccedilatildeo dos RSS do armazenamento externo ateacute a

unidade de tratamento ou disposiccedilatildeo final

Disposiccedilatildeo Final

Disposiccedilatildeo definitiva de resiacuteduos no solo ou em locais previamente preparados para recebecirc-los As

formas usualmente utilizadas satildeo aterro sanitaacuterio aterro para

resiacuteduos perigosos de Classe I (para resiacuteduos industriais) aterro

controlado lixatildeo ou vazadouro e valas

21

3 METODOLOGIA

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pesquisa de campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa Tem

como teacutecnica de coleta de dados aplicaccedilatildeo de instrumento de pesquisa validado e especiacutefico

para o tema GRSS (HCWM-RAT ndash Versatildeo Brasileira disponiacutevel em

portfolioinovacaofiocruzbr) conforme especificado no item 33 ldquoINSTRUMENTO DE

PESQUISA E COLETA DE DADOSrdquo

A Pesquisa de Campo eacute definida por Lakatos e Marconi (2003) como uma estrateacutegia

de documentaccedilatildeo direta ou seja o levantamento de dados se daacute no local onde ocorre o

fenocircmeno a ser estudado Assim a pesquisa de campo ldquoconsiste na observaccedilatildeo de fatos e

fenocircmenos tal como ocorrem espontaneamente na coleta de dados a eles referentes e no

registro de variaacuteveis que se presume relevantes para analisaacute-losrdquo (ibid p 185)

Segundo Gil (2002 p 131) a pesquisa de campo do tipo descritiva tem a preocupaccedilatildeo

com a descriccedilatildeo tendo maior na profundidade do dado coletado de modo que o pesquisador

tende a ldquopreferir a utilizaccedilatildeo de depoimentos e entrevistas com niacuteveis diversos de

estruturaccedilatildeordquo

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA

Esta pesquisa tem como cenaacuterio um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de

Janeiro Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (CNES 2016) esse

estabelecimento eacute caracterizado como hospital geral com esfera administrativa federal

estando sob gestatildeo municipal A natureza da Organizaccedilatildeo eacute a autarquia (administraccedilatildeo

indireta) ou seja o serviccedilo eacute autocircnomo criado por lei com personalidade juriacutedica

patrimocircnio e receita proacuteprios para executar atividades tiacutepicas da Administraccedilatildeo Puacuteblica que

requeiram gestatildeo administrativa e financeira descentralizada (BRASIL 1990)

Contando com 1442 profissionais 697 dos quais satildeo meacutedicos a unidade realiza

atendimento de demanda referenciada contando com os seguintes tipos de atendimento

Ambulatorial Internaccedilatildeo Urgecircncia e Serviccedilos de Apoio Diagnoacutestico e Terapecircutico

O Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos

bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns (CNES 2016) Sua aacuterea de abrangecircncia atinge

uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de habitantes (ibid)

22

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS

A versatildeo original do HCWM-RAT foi desenvolvida pela Organizaccedilatildeo Mundial da

Sauacutede (OMS) (WHO 2005) como parte de uma estrateacutegia que visa reduzir a carga global de

doenccedilas relacionada com a inadequada gestatildeo dos resiacuteduos especialmente das fases de

tratamento e disposiccedilatildeo final Tendo como objetivo central colaborar com os paiacuteses na

aplicaccedilatildeo de metas estrateacutegicas em especial aquelas contidas em acordos multilaterais como

os de Basileacuteia e de Estocolmo

Este instrumento se destina a avaliaccedilatildeo da performace ambiental no setor sauacutede

visando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas integradas de sauacutede e ambiente Eacute estruturado em

meacutetodo raacutepido de avaliaccedilatildeo2 para GRSS O HCWM-RAT Versatildeo Brasileira (ANEXO 82) eacute

fruto de adaptaccedilatildeo transcultural e validaccedilatildeo para uso em territoacuterio brasileiro (SILVA 2011)

Daacute condiccedilatildeo agrave institucionalizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo na aacuterea da gestatildeo e gerenciamento de resiacuteduos

da produccedilatildeo da sauacutede em concepccedilatildeo teoacuterico-poliacutetica de avaliaccedilatildeo formativa participativa e

emancipatoacuteria eacute capaz de reforccedilar o mecanismo de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo e estrateacutegias

de sauacutede trabalho e ambiente no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) (ibid)

O referido instrumento proposto pela OMS numa perspectiva universalista possui

escopo voltado para avaliaccedilatildeo em niacuteveis local (Estabelecimento de Sauacutede) municipalregional

e federal

Em niacutevel nacional possuiacute 2 (dois) conjuntos de questotildees (B1 e B2) voltados para

questionamento junto ao Ministeacuterio da Sauacutede e Ministeacuterio do Meio Ambiente Para

levantamento de dados junto agraves instacircncias municipais possui o conjunto de questotildees da

ferramenta ldquoCrdquo Em niacutevel local possuiacute 4 (quatro) conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4

endereccedilados agrave administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem eou CCIH (considerando

ambos ou o profissional mais familiarizado com o contexto do gerenciamento de resiacuteduos de

serviccedilos de sauacutede - GRSS na unidade) responsaacutevel (s) pelo GRSS e profissional de serviccedilos

gerais (que manipulemtransportem internamente os resiacuteduos) respectivamente Ressalta-se

que cada iacutetem (questatildeo do questionaacuterio) eacute direcionado a determinado grupo

participanterespondente de modo que o proacuteprio instrumento preacute-estabelece criteacuterios de

inclusatildeo e exclusatildeo da amostra

2 O Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Raacutepida (Rapid Evaluation Methods) utiliza uma mescla de abordagens quanti-qualitativas Seus quatro

princiacutepios satildeo uso de fontes muacuteltiplas rapidez pragmatismo e custo-efetividade (ANKER et al 1993 MCNALL et al 2007)

23

331 Participantes da Pesquisa

Baseado no escopo do instrumento de avaliaccedilatildeo e em seu modus operandi em cada

grupo de iacutetens eacute direcionado a uma categoria de profissionais e setor de atuaccedilatildeo os

participantes deste estudo seratildeo servidores gestores interlocutores profissionais da sauacutede e

profissionais de empresas terceirizadas (manejo para transporte interno e serviccedilo de coleta e

transporte externo) que encontrarem-se dentro dos criteacuterios de inclusatildeo agrave saber

envolvimento direto ou indireto com o setor ou Sistema de Gerenciamento dos Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) diretoresgestores dos ESs puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de

administrador ou semelhante a quem eacute endereccedilada a ferramenta D1 Enfermeira (o) chefe de

CCIH eou SESMT respondentes da ferramenta D2 Gestoresinterlocutores responsaacuteveis ou

participantes da comissatildeo para GRSS para quem se destina a ferramenta D3 e envolvidos

nas etapas de manejo que incluem a coleta e transporteinterno de RSS respondentes da

ferramenta D4 aceitar participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido encontrar-se disponiacutevel durante a coleta de dados e o proacuteprio criteacuterio de inclusatildeo

do item proposto

A coleta de dados ocorreu em 2016 periacuteodo no qual o HURJ em questatildeo passava por

transiccedilatildeo administrativa Teve-se como participantes da pesquisa 01 responsaacutevel pela coleta e

transporte interno de RSS 01 responsaacutevel pela GRSS da unidade 04 Enfermeiros-chefes 02

representantes da Gestatildeo Hospitalar

34 ANAacuteLISE DE DADOS

A anaacutelise ocorre por meio das categorias do instrumento de coleta supracitado O

sistema de avaliaccedilatildeo eacute projetado por toacutepicos na proacutepria planilha na qual a ferramenta eacute

estruturada de modo a obter um perfil da situaccedilatildeo de GRSS Este sistema de classificaccedilatildeo eacute

baseado em questotildees-chave que devem agrave luz das legislaccedilotildees vigentes ser cumpridas para se

garantir um gerenciamento seguro de RSS

35 ASPECTOS EacuteTICOS

Este estudo acata as normas estabelecidas pela portaria 4662012 do Ministeacuterio da

sauacutede para a realizaccedilatildeo de pesquisas com seres humanos que incorpora sob a oacutetica do

24

indiviacuteduo e das coletividades referenciais baacutesicos da bioeacutetica como autonomia natildeo

maleficecircncia equidade justiccedila e beneficecircncia e visando assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado este estudo foi

submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (CAE

56254916900005243 Parecer nordm 1608748)

Ressalta-se que os dados coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por no

miacutenimo 05 anos sob tutela do autor desta pesquisa de forma confidencial Apoacutes este periacuteodo

todo o material coletado seraacute destruiacutedo

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

6 OBRAS CITADAS

ADUAN S A et al Evaluation of healthcare wastes service of group A in the hospitals of

Vitoacuteria (ES) Brazil Engenharia Sanitaria e Ambiental v 19 n 2 p 133ndash141 jun 2014

ALENCAR et al Descarte de medicamentos uma anaacutelise da praacutetica no Programa Sauacutede da

Famiacutelia Ciecircnc sauacutede coletiva v 19 n 7 p 2157-21662014

ALVES et al Manejo de resiacuteduos gerados na assistecircncia domiciliar pela Estrateacutegia de Sauacutede

da Familia Rev Bras Enferm v 65 n 1 p 128-34 2012

ANDREacute S C S VEIGA T B TAKAYANAGUI A M M Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

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83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

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105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 14: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

11

6 OBRAS CITADAS p 47

7 APEcircNDICES p 52

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 52

8 ANEXOS p 54

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA p 54

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA p 58

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ p 95

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ p 105

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL p 106

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

O Gerenciamento dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) surgiu como

inquietaccedilatildeo ao longo da formaccedilatildeo acadecircmica logo nos primeiros momentos de praacutetica

hospitalar considerando as diversas situaccedilotildees onde o Gerenciamento de Resiacuteduos foi

realizado e orientado de forma inadequada pelos docentes profissionais e acadecircmicos mais

avanccedilados no curso Tal inquietaccedilatildeo intensificou-se fortemente atraveacutes da inserccedilatildeo da

discente responsaacutevel por este estudo agrave maneira cientiacutefica de produzir conhecimento

possibilitada pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica na Fundaccedilatildeo

Oswaldo Cruz Atraveacutes do subprojeto desenvolvido na Fundaccedilatildeo foi possiacutevel aprofundar os

conhecimentos sobre a temaacutetica e instrumentos de avaliaccedilatildeo de GRSS Dentre estes

instrumentos destaca-se Health-Care Waste Management ndash Rapid Assessment Tool (HCWM-

RAT) ndash Versatildeo Brasileira

O tratamento e destinaccedilatildeo adequados dos resiacuteduos (subprodutos da produccedilatildeo de bens

ou serviccedilos) se apresentam como um dos desafios no cenaacuterio atual (SILVA 2011) As

diversas etapas de manejo de resiacuteduos soacutelidos desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final

envolvem uma seacuterie de fatores de risco para a populaccedilatildeo exposta tornando particularmente

vulneraacuteveis os trabalhadores formais e informais do setor de resiacuteduos (PAN AMERICAN

HEALTH ORGANIZATION 2005)

Dentre os resiacuteduos soacutelidos aqueles gerados em Estabelecimentos de Assistecircncia agrave

Sauacutede merecem atenccedilatildeo particular por sua fraccedilatildeo (aproximadamente 15) considerada

perigosa (WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005a)

No Brasil resiacuteduos soacutelidos de serviccedilos de sauacutede satildeo todos aqueles gerados em

estabelecimentos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal nos estados

soacutelidos semi-soacutelidos bem como determinados resiacuteduos liacutequidos (BRASIL 2004) e sua

composiccedilatildeo depende do estabelecimento e da atividade que o produz Eacute estabelecido na

legislaccedilatildeo vigente a classificaccedilatildeo de RSS em cinco grupos agrave saber Grupo A constituiacutedo por

Resiacuteduos Bioloacutegicos ou Potencialmente Infectantes Grupo B constituiacutedo por Resiacuteduos

Quiacutemicos Grupo C constituiacutedo por Resiacuteduos Radioativos Grupo D constituiacutedo por

Resiacuteduos Similares aos Soacutelidos Urbanos e Grupo E constituiacutedo por Resiacuteduos

perfurocortantes (BRASIL 2004a 2004b)

A gestatildeo sustentaacutevel e segura dos RSS eacute princiacutepio imperativo na sauacutede puacuteblica e uma

responsabilidade de todos (CHARTIER 2014 WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) Entretanto apesar da contiacutenua sensibilizaccedilatildeo para a necessidade de efetivos padrotildees

13

de desempenho a gestatildeo dos resiacuteduos continua sendo um desafio (BLENKHARN 2007a

2007b MIYAZAKI UNE 2005) representado pela dificuldade em estabelecer praacuteticas

regulares de segregaccedilatildeo acondicionamento e armazenamento dos resiacuteduos mesmo em paiacuteses

considerados economicamente desenvolvidos (SILVA 2011)

Componentes como papelpapelatildeo plaacutesticos e vidros representam a maior

porcentagem em diversos estudos realizados em estabelecimentos de sauacutede poreacutem quando

natildeo segregados dos classificados como infectantes acabam sendo contaminados por estes

(ADUAN et al 2014 ALVES et al 2012a CORREcircA et al 2007 FERREIRA VEIGA

2003 SILVA HOPPE 2005) devendo seguir para aterros sanitaacuterios o que representa um

custo financeiro e ambiental desnecessaacuterio jaacute que apenas a fraccedilatildeo dos resiacuteduos classificados

como perigosos destinar-se-iam aos sistemas mais seguros e dispendiosos (ADUAN et al

2014 SILVA 2011) Ressalta-se a importacircncia da segregaccedilatildeo com ecircnfase na seguranccedila

reduccedilatildeo dos custos com coleta tratamento e destinaccedilatildeo final de resiacuteduos reduccedilatildeo do uso de

mateacuterias-primas maior tempo de vida uacutetil dos aterros e menor impacto ambiental causado

pelos resiacuteduos (SILVA 2011)

A avaliaccedilatildeo metodoloacutegica representa uma ferramenta importante para a compreensatildeo

do sistema de gestatildeo e consequentes melhorias (WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) No Brasil as avaliaccedilotildees de programas de sauacutede tecircm sido evidenciadas como meio

para adequar e otimizar os serviccedilos prestados agrave populaccedilatildeo (BRASIL 2007) A avaliaccedilatildeo eacute

considerada um ldquoprocesso em que se integram avaliadores e avaliados em busca do

comprometimento e do aperfeiccediloamento dos indiviacuteduos grupos programas e instituiccedilotildeesrdquo

(MINAYO 2006)

Sendo assim o objeto deste estudo eacute a Gestatildeo e Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do grupo D em Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

(HURJ) Tendo como questatildeo norteadora ldquoComo se daacute o gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D no Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeirordquo

Espera-se que este estudo contribua com a implementaccedilatildeo e acompanhamento das

praacuteticas preconizadas pela Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos uma vez que forneceraacute

informaccedilotildees para subsidiar a tomada de decisatildeo poliacutetica e gerencial

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

14

Avaliar o gerenciamento do manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D1

em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

112 Objetivos especiacuteficos

Identificar e compreender as legislaccedilotildees vigentes referentes aos RSS

Identificar as etapas de manejo de RSS

Classificar os RSS

Analisar o gerenciamento das etapas de manejo de RSS do HURJ

12 JUSTIFICATIVA

Coerente com a identificaccedilatildeo de um campo pouco explorado especialmente no que

diz respeito agrave avaliaccedilatildeodo sistema de gestatildeo de resiacuteduos do grupo D no acircmbito da sauacutede natildeo

foi identificado na literatura estudosavaliativos que utilizem instrumentos padronizados

confiaacuteveis e vaacutelidos que permitam a comparaccedilatildeo entre eles representando uma estrateacutegia

importante no reforccedilo ao uso da evidecircncia cientiacutefica e subsiacutedio agraves poliacuteticas puacuteblicas (SILVA

2011)

Neste sentido o estudo se justifica por avaliar por meio de instrumento robusto o

GRSS em especial a um grupo tatildeo carente de estudos quanto o grupo D

Desse modo espera-se identificar eventuais lacunas sobre o conhecimento e praacutetica de

Gestatildeo de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede por parte de gestores

profissionais docentes e discentes de um Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeiro

(HURJ) aleacutem de subsidiar dados para a realizaccedilatildeo de cursos de capacitaccedilatildeo eou atualizaccedilatildeo

que se faccedilam necessaacuterios

1 Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos segundo a RDC ANVISA 3062004

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

No Brasil a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2004a) o Conselho

Nacional do Meio Ambiente (BRASIL 2005) e a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

(CNEN 1985) satildeo os Oacutergatildeos responsaacuteveis pela regulaccedilatildeo e orientaccedilatildeo das accedilotildees de gestatildeo e

gerenciamento dos RSS do momento em que satildeo gerados agrave disposiccedilatildeo final incluiacutedos os

aspectos de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental (SILVA 2006)

O Resiacuteduo de Serviccedilo de Sauacutede (RSS) pode ser definido como o total de resiacuteduos

gerados pelos estabelecimentos de assistecircncia agrave sauacutede incluiacutedos os de diagnoacutestico e de

laboratoacuterios parcela dos provenientes de diaacutelise e dispositivos para aplicaccedilatildeo de insulina e

outros perfurocortantes gerados pelo cuidado agrave sauacutede em domiciacutelio (BRASIL 2004a

CHARTIER 2014)

A exposiccedilatildeo aos perfurocortantes e as suas consequecircncias satildeo altamente passiacuteveis de

prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo mediante intervenccedilotildees simples como a vacinaccedilatildeo para trabalhadores

da sauacutede (SILVA CORTEZ VALENTE 2009) e dos que lidam com resiacuteduos de serviccedilos de

sauacutede (RSS) educaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o manejo de resiacuteduos (RUDRASWAMY

SAMPATH DOGGALLI 2012)

Esses resiacuteduos podem causar danos agrave sauacutede humana e meio ambiente quando

inadequadamente gerenciados (CHARTIER 2014) Por exemplo a OMS estima que em 2000

o acesso a seringas contaminadas possa ter sido responsaacutevel por 21 milhotildees de infecccedilotildees pelo

Viacuterus da Hepatite B representando 32 de todas as novas infecccedilotildees 2 milhotildees de Viacuterus da

Hepatite C com uma representaccedilatildeo de 40 e 260 mil infecccedilotildees pelo viacuterus da

imunodeficiecircncia humana (HIV) sendo este representado por 5 de todos os novos casos

(WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005b)

O potencial de contaminaccedilatildeo do solo do ar e das aacuteguas superficiais e subterracircneas na

medida em que os RSS satildeo inadequadamente segregados e dispostos em vazadouros agrave ceacuteu

aberto ou aterros controlados tambeacutem satildeo uma preocupaccedilatildeo mundial (COZENDEY-SILVA

et al 2016 FALQUETO KLIGERMAN ASSUMPCcedilAtildeO 2010 KARAMOUZ et al 2007)

A gestatildeo dos RSS deve se pautar minimamente pelos seguintes princiacutepios princiacutepio

da responsabilidade institucional pois a organizaccedilatildeo que gera o resiacuteduo tem o dever

de eliminaacute-lo de forma segura princiacutepio do poluidor pagador entendendo que quem

produz o resiacuteduo eacute juriacutedica e financeiramente responsaacutevel pela seguranccedila do

16

manuseio e eliminaccedilatildeo do mesmo princiacutepio da precauccedilatildeo esse adverte que a

parcela dos RSS considerada perigosa deve assim ser classificada ateacute que seja

demonstrada que eacute segura princiacutepio da proximidade o qual recomenda o tratamento

e eliminaccedilatildeo de resiacuteduos perigosos em local mais proacuteximo possiacutevel do ponto de

geraccedilatildeo (SILVA 2011)

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL

No Brasil natildeo haacute estatiacutesticas precisas a respeito do nuacutemero de geradores nem da

quantidade de resiacuteduos deserviccedilos de sauacutede gerada diariamente (SILVA 2011) Conforme

explicitado na Pesquisa Nacional de Saneamento Baacutesico (BRASIL 2008) satildeo coletadas

diariamente 259547 toneladas de resiacuteduos no Brasil Estima-se que 17 desses corresponda

aos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede totalizando aproximadamente 4449 toneladas diaacuterias Os

resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede satildeo de natureza diversa sendo necessaacuteria uma classificaccedilatildeo

para a segregaccedilatildeo (GARCIA ZANETTI-RAMOS 2004)

As resoluccedilotildees da Anvisa RDC nordm 30604 e do Conama nordm 35805 convergem para a

seguinte definiccedilatildeo de RSS

[] todos os serviccedilos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal

inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de trabalhos de campo laboratoacuterios

analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios funeraacuterias e serviccedilos em que se

realizem atividades de embalsamento (tanatopraxia e somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos

de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as de manipulaccedilatildeo

estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de controle de

zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores distribuidores e

produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades moacuteveis de

atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem dentre outros

similares (BRASIL 2004a 2005)

O gerenciamento dos RSS pode ser definido como procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e legais

visando minimizar a geraccedilatildeo de resiacuteduos e assegurar agravequeles gerados tratamento transporte e

armazenamento eficientes dispondo proteccedilatildeo aos profissionais envolvidos em todo o

processo assim como a sauacutede puacuteblica recursos naturais e meio ambiente (BRASIL 2004a) O

Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) deve ser elaborado

compatiacutevel com as normas locais relativas agrave coleta transporte e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

17

gerados estabelecidas pelos oacutergatildeos locais responsaacuteveis por estas etapas e baseado nas

caracteriacutesticas dos resiacuteduos gerados e na sua classificaccedilatildeo (ibid)

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS)

A Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria RDC nordm 3062004 e o Conselho Nacional

do Meio Ambiente atraveacutes de sua resoluccedilatildeo nordm 3582005 definem o PGRSS como sendo

O documento que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao manejo dos resiacuteduos

soacutelidos observadas suas caracteriacutesticas e riscos no acircmbito dos estabelecimentos

contemplando os aspectos referentes agrave geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento

coleta armazenamento transporte tratamento e disposiccedilatildeo final bem como as accedilotildees

de proteccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica e ao meio ambiente contemplando assim as etapas do

gerenciamento intra e extra estabelecimento de sauacutede (BRASIL 2004a 2005)

O PGRSS deve ser feito em conjunto com todos os setores de modo que sua

elaboraccedilatildeo implantaccedilatildeo e desenvolvimento do PGRSS devem envolver os setores de

higienizaccedilatildeo e limpeza a Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar ou Comissotildees de

Biosseguranccedila e os Serviccedilos de Engenharia de Seguranccedila e Medicina no Trabalho onde

houver obrigatoriedade de existecircncia desses serviccedilos abrangendo a todos do estabelecimento

gerador (BRASIL 2010b)

A questatildeo da segregaccedilatildeo dos resiacuteduos infectantes requer maior atenccedilatildeo no sentido de

minimizar gastos na sauacutede aleacutem dos cuidados com infecccedilotildees e impacto no ambiente

(CHARTIER 2014) Eacute necessaacuterio e recomendaacutevel que trabalhadores da aacuterea de sauacutede estejam

sempre atualizados quanto agraves normas e rotinas do serviccedilo assim como das medidas de

biosseguranccedila (SILVA et al 2014)

A implementaccedilatildeo das praacuteticas tecnicamente recomendadas estaacute intimamente ligada agrave

qualificaccedilatildeo dos profissionais envolvidos na elaboraccedilatildeo e na aplicaccedilatildeo do plano sob os

aspectos operacionais da seguranccedila do trabalhador e nos aspectos culturais O princiacutepio da

logiacutestica reversa eacute fator determinante na instrumentalizaccedilatildeo de praacuteticas numa perspectiva de

sustentabilidade (CHARTIER 2014) Este princiacutepio eacute definido como a accedilatildeo correspondente

ao caminho inverso da logiacutestica partindo do ponto de consumo para o iniacutecio da cadeia de

geraccedilatildeo considerando fundamentalmente o reaproveitamento como elemento da poliacutetica

ambiental (ALVES et al 2012a BELLAN et al 2012)

18

Segundo Sisinno e Moreira (2005) pelos princiacutepios da ecoeficiecircncia ldquoo

gerenciamento dos resiacuteduos deveria privilegiar em ordem de prioridade a natildeo geraccedilatildeo a

reduccedilatildeo da geraccedilatildeo a reciclagem e finalmente o tratamento ou disposiccedilatildeo finalrdquo tornando

assim a identificaccedilatildeo da fonte geradora uma etapa importante quando o enfoque eacute a natildeo

geraccedilatildeo ou a reduccedilatildeo da geraccedilatildeo

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes no Brasil (2004a 2005) os RSS satildeo

classificados em cinco grupos de modo que os resiacuteduos do Grupo A satildeo resiacuteduos que

possivelmente apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos

do Grupo B referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave

sauacutede puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes e abrasivos

2221 Grupo D

Conforme supracitado estes satildeo resiacuteduos provenientes de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo

apresentam risco bioloacutegico quiacutemico ou radioloacutegico agrave sauacutede ou ao meio ambiente podendo ser

equiparados aos resiacuteduos domiciliares (BRASIL 2005) Nesse grupo satildeo gerados resiacuteduos

compostaacuteveis reciclaacuteveis e aqueles que podem servir para alimentaccedilatildeo de animais e rejeitos

Apesar de natildeo ser uma exigecircncia eacute desejaacutevel que seja realizada segregaccedilatildeo e

identificaccedilatildeo dos resiacuteduos do Grupo D para a reciclagem atraveacutes de um coacutedigo de cores para

os recipientes conforme evidenciado na Fig 1 (BRASIL 2004) Caso natildeo haja segregaccedilatildeo

para a reciclagem natildeo haacute padronizaccedilatildeo para a cor dos recipientes Estudos apontam que a

segregaccedilatildeo se mostra ineficiente natildeo apenas em relaccedilatildeo a coleta seletiva mas tambeacutem a

separaccedilatildeo de outros grupos de RSS (ALVES et al 2012b)

19

Fig 01 ndash Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D devem ser coletados e transportados

separadamente dos resiacuteduos dos outros grupos para que natildeo haja contaminaccedilatildeo (BRASIL

2004) O armazenamento temporaacuterio dos resiacuteduos do Grupo D pode ser na Sala de Resiacuteduos

poreacutem em recipientes exclusivos e identificados para manter a segregaccedilatildeo O armazenamento

externo dos resiacuteduos do Grupo D deve ser em abrigo com no miacutenimo um ambiente separado

para atender ao armazenamento de recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D e outro

ambiente para os grupos A e E (FEAM 2008)

Os resiacuteduos orgacircnicos como flores resiacuteduos de jardinagem sobras de alimento e de

outros que natildeo tenham mantido contato com resiacuteduos infectantes (secreccedilotildees excreccedilotildees ou

outro fluido corpoacutereo) podem ser encaminhados para o processo de compostagem (BRASIL

2004)

Destaca-se que os restos e sobras de alimentos podem ser utilizados para fins de raccedilatildeo

animal desde que submetidos a um tratamento que garanta sua inocuidade avaliado e

comprovado por oacutergatildeo competente da Agricultura e de Vigilacircncia Sanitaacuteria do Municiacutepio

Estado ou do Distrito Federal (ibid)

Os efluentes (resiacuteduos liacutequidos) provenientes da rede esgoto de estabelecimento de

sauacutede devem ser tratados antes do lanccedilamento no corpo receptor ou na rede coletora de

esgoto sempre que natildeo houver sistema de tratamento de esgoto coletivo atendendo agrave aacuterea

onde estaacute localizado o serviccedilo conforme definido na RDC ANVISA nordm 502002 Deve ser

mantido o registro de operaccedilatildeo de venda ou de doaccedilatildeo dos resiacuteduos destinados agrave reciclagem

compostagem e alimentaccedilatildeo de animais (CUSSIOL 2008)

bull Papeacuteis Azul

bull Metais Amarelo

bull Vidros Verde

bull Plaacutesticos Vermelho

bull Resiacuteduos Orgacircnicos Marrom

bull Demais resiacuteduos do Grupo D Cinza

20

223 Etapas de Manejo

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final incluindo as seguintes

etapas

Fig 02 ndash Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

Fonte Adaptado de Silva 2011 p 43

Segregaccedilatildeo

Separaccedilatildeo dos resiacuteduos no momento e local de sua geraccedilatildeo de acordo

com as caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas bioloacutegicas o seu estado

fiacutesico e os riscos envolvidos

Acondicionamento

Ato de embalar corretamente os resiacuteduos segregados conforme suas

caracteriacutesticas

Identificaccedilatildeo

medidas que permitem o reconhecimento dos resiacuteduos

contidos nos sacos e recipientes

Transporte interno

Translado do ponto de geraccedilatildeo ateacute o local de armazenamento temporaacuterio

Tratamento

processoa manuais mecacircnicos fiacutesicos quiacutemicos ou bioloacutegicos que

alterem as caracteriacutesticas dos resiacuteduos visando minimizar riscos agrave

sauacutede e o meio ambiente

Armazenamento Interno Temporaacuterio

Guarda temporaacuteria dos recipientes contendo os resiacuteduos jaacute

acondicionados em local proacuteximo aos pontos de geraccedilatildeo

Armazenamento Externo

Acondicionamento dos resiacuteduos em abrigo em recipientes coletores

adequados em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os

veiacuteculos coletores

Coleta e Transporte Externo

Remoccedilatildeo dos RSS do armazenamento externo ateacute a

unidade de tratamento ou disposiccedilatildeo final

Disposiccedilatildeo Final

Disposiccedilatildeo definitiva de resiacuteduos no solo ou em locais previamente preparados para recebecirc-los As

formas usualmente utilizadas satildeo aterro sanitaacuterio aterro para

resiacuteduos perigosos de Classe I (para resiacuteduos industriais) aterro

controlado lixatildeo ou vazadouro e valas

21

3 METODOLOGIA

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pesquisa de campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa Tem

como teacutecnica de coleta de dados aplicaccedilatildeo de instrumento de pesquisa validado e especiacutefico

para o tema GRSS (HCWM-RAT ndash Versatildeo Brasileira disponiacutevel em

portfolioinovacaofiocruzbr) conforme especificado no item 33 ldquoINSTRUMENTO DE

PESQUISA E COLETA DE DADOSrdquo

A Pesquisa de Campo eacute definida por Lakatos e Marconi (2003) como uma estrateacutegia

de documentaccedilatildeo direta ou seja o levantamento de dados se daacute no local onde ocorre o

fenocircmeno a ser estudado Assim a pesquisa de campo ldquoconsiste na observaccedilatildeo de fatos e

fenocircmenos tal como ocorrem espontaneamente na coleta de dados a eles referentes e no

registro de variaacuteveis que se presume relevantes para analisaacute-losrdquo (ibid p 185)

Segundo Gil (2002 p 131) a pesquisa de campo do tipo descritiva tem a preocupaccedilatildeo

com a descriccedilatildeo tendo maior na profundidade do dado coletado de modo que o pesquisador

tende a ldquopreferir a utilizaccedilatildeo de depoimentos e entrevistas com niacuteveis diversos de

estruturaccedilatildeordquo

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA

Esta pesquisa tem como cenaacuterio um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de

Janeiro Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (CNES 2016) esse

estabelecimento eacute caracterizado como hospital geral com esfera administrativa federal

estando sob gestatildeo municipal A natureza da Organizaccedilatildeo eacute a autarquia (administraccedilatildeo

indireta) ou seja o serviccedilo eacute autocircnomo criado por lei com personalidade juriacutedica

patrimocircnio e receita proacuteprios para executar atividades tiacutepicas da Administraccedilatildeo Puacuteblica que

requeiram gestatildeo administrativa e financeira descentralizada (BRASIL 1990)

Contando com 1442 profissionais 697 dos quais satildeo meacutedicos a unidade realiza

atendimento de demanda referenciada contando com os seguintes tipos de atendimento

Ambulatorial Internaccedilatildeo Urgecircncia e Serviccedilos de Apoio Diagnoacutestico e Terapecircutico

O Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos

bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns (CNES 2016) Sua aacuterea de abrangecircncia atinge

uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de habitantes (ibid)

22

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS

A versatildeo original do HCWM-RAT foi desenvolvida pela Organizaccedilatildeo Mundial da

Sauacutede (OMS) (WHO 2005) como parte de uma estrateacutegia que visa reduzir a carga global de

doenccedilas relacionada com a inadequada gestatildeo dos resiacuteduos especialmente das fases de

tratamento e disposiccedilatildeo final Tendo como objetivo central colaborar com os paiacuteses na

aplicaccedilatildeo de metas estrateacutegicas em especial aquelas contidas em acordos multilaterais como

os de Basileacuteia e de Estocolmo

Este instrumento se destina a avaliaccedilatildeo da performace ambiental no setor sauacutede

visando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas integradas de sauacutede e ambiente Eacute estruturado em

meacutetodo raacutepido de avaliaccedilatildeo2 para GRSS O HCWM-RAT Versatildeo Brasileira (ANEXO 82) eacute

fruto de adaptaccedilatildeo transcultural e validaccedilatildeo para uso em territoacuterio brasileiro (SILVA 2011)

Daacute condiccedilatildeo agrave institucionalizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo na aacuterea da gestatildeo e gerenciamento de resiacuteduos

da produccedilatildeo da sauacutede em concepccedilatildeo teoacuterico-poliacutetica de avaliaccedilatildeo formativa participativa e

emancipatoacuteria eacute capaz de reforccedilar o mecanismo de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo e estrateacutegias

de sauacutede trabalho e ambiente no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) (ibid)

O referido instrumento proposto pela OMS numa perspectiva universalista possui

escopo voltado para avaliaccedilatildeo em niacuteveis local (Estabelecimento de Sauacutede) municipalregional

e federal

Em niacutevel nacional possuiacute 2 (dois) conjuntos de questotildees (B1 e B2) voltados para

questionamento junto ao Ministeacuterio da Sauacutede e Ministeacuterio do Meio Ambiente Para

levantamento de dados junto agraves instacircncias municipais possui o conjunto de questotildees da

ferramenta ldquoCrdquo Em niacutevel local possuiacute 4 (quatro) conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4

endereccedilados agrave administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem eou CCIH (considerando

ambos ou o profissional mais familiarizado com o contexto do gerenciamento de resiacuteduos de

serviccedilos de sauacutede - GRSS na unidade) responsaacutevel (s) pelo GRSS e profissional de serviccedilos

gerais (que manipulemtransportem internamente os resiacuteduos) respectivamente Ressalta-se

que cada iacutetem (questatildeo do questionaacuterio) eacute direcionado a determinado grupo

participanterespondente de modo que o proacuteprio instrumento preacute-estabelece criteacuterios de

inclusatildeo e exclusatildeo da amostra

2 O Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Raacutepida (Rapid Evaluation Methods) utiliza uma mescla de abordagens quanti-qualitativas Seus quatro

princiacutepios satildeo uso de fontes muacuteltiplas rapidez pragmatismo e custo-efetividade (ANKER et al 1993 MCNALL et al 2007)

23

331 Participantes da Pesquisa

Baseado no escopo do instrumento de avaliaccedilatildeo e em seu modus operandi em cada

grupo de iacutetens eacute direcionado a uma categoria de profissionais e setor de atuaccedilatildeo os

participantes deste estudo seratildeo servidores gestores interlocutores profissionais da sauacutede e

profissionais de empresas terceirizadas (manejo para transporte interno e serviccedilo de coleta e

transporte externo) que encontrarem-se dentro dos criteacuterios de inclusatildeo agrave saber

envolvimento direto ou indireto com o setor ou Sistema de Gerenciamento dos Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) diretoresgestores dos ESs puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de

administrador ou semelhante a quem eacute endereccedilada a ferramenta D1 Enfermeira (o) chefe de

CCIH eou SESMT respondentes da ferramenta D2 Gestoresinterlocutores responsaacuteveis ou

participantes da comissatildeo para GRSS para quem se destina a ferramenta D3 e envolvidos

nas etapas de manejo que incluem a coleta e transporteinterno de RSS respondentes da

ferramenta D4 aceitar participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido encontrar-se disponiacutevel durante a coleta de dados e o proacuteprio criteacuterio de inclusatildeo

do item proposto

A coleta de dados ocorreu em 2016 periacuteodo no qual o HURJ em questatildeo passava por

transiccedilatildeo administrativa Teve-se como participantes da pesquisa 01 responsaacutevel pela coleta e

transporte interno de RSS 01 responsaacutevel pela GRSS da unidade 04 Enfermeiros-chefes 02

representantes da Gestatildeo Hospitalar

34 ANAacuteLISE DE DADOS

A anaacutelise ocorre por meio das categorias do instrumento de coleta supracitado O

sistema de avaliaccedilatildeo eacute projetado por toacutepicos na proacutepria planilha na qual a ferramenta eacute

estruturada de modo a obter um perfil da situaccedilatildeo de GRSS Este sistema de classificaccedilatildeo eacute

baseado em questotildees-chave que devem agrave luz das legislaccedilotildees vigentes ser cumpridas para se

garantir um gerenciamento seguro de RSS

35 ASPECTOS EacuteTICOS

Este estudo acata as normas estabelecidas pela portaria 4662012 do Ministeacuterio da

sauacutede para a realizaccedilatildeo de pesquisas com seres humanos que incorpora sob a oacutetica do

24

indiviacuteduo e das coletividades referenciais baacutesicos da bioeacutetica como autonomia natildeo

maleficecircncia equidade justiccedila e beneficecircncia e visando assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado este estudo foi

submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (CAE

56254916900005243 Parecer nordm 1608748)

Ressalta-se que os dados coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por no

miacutenimo 05 anos sob tutela do autor desta pesquisa de forma confidencial Apoacutes este periacuteodo

todo o material coletado seraacute destruiacutedo

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

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82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

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83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

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84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 15: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

O Gerenciamento dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) surgiu como

inquietaccedilatildeo ao longo da formaccedilatildeo acadecircmica logo nos primeiros momentos de praacutetica

hospitalar considerando as diversas situaccedilotildees onde o Gerenciamento de Resiacuteduos foi

realizado e orientado de forma inadequada pelos docentes profissionais e acadecircmicos mais

avanccedilados no curso Tal inquietaccedilatildeo intensificou-se fortemente atraveacutes da inserccedilatildeo da

discente responsaacutevel por este estudo agrave maneira cientiacutefica de produzir conhecimento

possibilitada pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica na Fundaccedilatildeo

Oswaldo Cruz Atraveacutes do subprojeto desenvolvido na Fundaccedilatildeo foi possiacutevel aprofundar os

conhecimentos sobre a temaacutetica e instrumentos de avaliaccedilatildeo de GRSS Dentre estes

instrumentos destaca-se Health-Care Waste Management ndash Rapid Assessment Tool (HCWM-

RAT) ndash Versatildeo Brasileira

O tratamento e destinaccedilatildeo adequados dos resiacuteduos (subprodutos da produccedilatildeo de bens

ou serviccedilos) se apresentam como um dos desafios no cenaacuterio atual (SILVA 2011) As

diversas etapas de manejo de resiacuteduos soacutelidos desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final

envolvem uma seacuterie de fatores de risco para a populaccedilatildeo exposta tornando particularmente

vulneraacuteveis os trabalhadores formais e informais do setor de resiacuteduos (PAN AMERICAN

HEALTH ORGANIZATION 2005)

Dentre os resiacuteduos soacutelidos aqueles gerados em Estabelecimentos de Assistecircncia agrave

Sauacutede merecem atenccedilatildeo particular por sua fraccedilatildeo (aproximadamente 15) considerada

perigosa (WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005a)

No Brasil resiacuteduos soacutelidos de serviccedilos de sauacutede satildeo todos aqueles gerados em

estabelecimentos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal nos estados

soacutelidos semi-soacutelidos bem como determinados resiacuteduos liacutequidos (BRASIL 2004) e sua

composiccedilatildeo depende do estabelecimento e da atividade que o produz Eacute estabelecido na

legislaccedilatildeo vigente a classificaccedilatildeo de RSS em cinco grupos agrave saber Grupo A constituiacutedo por

Resiacuteduos Bioloacutegicos ou Potencialmente Infectantes Grupo B constituiacutedo por Resiacuteduos

Quiacutemicos Grupo C constituiacutedo por Resiacuteduos Radioativos Grupo D constituiacutedo por

Resiacuteduos Similares aos Soacutelidos Urbanos e Grupo E constituiacutedo por Resiacuteduos

perfurocortantes (BRASIL 2004a 2004b)

A gestatildeo sustentaacutevel e segura dos RSS eacute princiacutepio imperativo na sauacutede puacuteblica e uma

responsabilidade de todos (CHARTIER 2014 WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) Entretanto apesar da contiacutenua sensibilizaccedilatildeo para a necessidade de efetivos padrotildees

13

de desempenho a gestatildeo dos resiacuteduos continua sendo um desafio (BLENKHARN 2007a

2007b MIYAZAKI UNE 2005) representado pela dificuldade em estabelecer praacuteticas

regulares de segregaccedilatildeo acondicionamento e armazenamento dos resiacuteduos mesmo em paiacuteses

considerados economicamente desenvolvidos (SILVA 2011)

Componentes como papelpapelatildeo plaacutesticos e vidros representam a maior

porcentagem em diversos estudos realizados em estabelecimentos de sauacutede poreacutem quando

natildeo segregados dos classificados como infectantes acabam sendo contaminados por estes

(ADUAN et al 2014 ALVES et al 2012a CORREcircA et al 2007 FERREIRA VEIGA

2003 SILVA HOPPE 2005) devendo seguir para aterros sanitaacuterios o que representa um

custo financeiro e ambiental desnecessaacuterio jaacute que apenas a fraccedilatildeo dos resiacuteduos classificados

como perigosos destinar-se-iam aos sistemas mais seguros e dispendiosos (ADUAN et al

2014 SILVA 2011) Ressalta-se a importacircncia da segregaccedilatildeo com ecircnfase na seguranccedila

reduccedilatildeo dos custos com coleta tratamento e destinaccedilatildeo final de resiacuteduos reduccedilatildeo do uso de

mateacuterias-primas maior tempo de vida uacutetil dos aterros e menor impacto ambiental causado

pelos resiacuteduos (SILVA 2011)

A avaliaccedilatildeo metodoloacutegica representa uma ferramenta importante para a compreensatildeo

do sistema de gestatildeo e consequentes melhorias (WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) No Brasil as avaliaccedilotildees de programas de sauacutede tecircm sido evidenciadas como meio

para adequar e otimizar os serviccedilos prestados agrave populaccedilatildeo (BRASIL 2007) A avaliaccedilatildeo eacute

considerada um ldquoprocesso em que se integram avaliadores e avaliados em busca do

comprometimento e do aperfeiccediloamento dos indiviacuteduos grupos programas e instituiccedilotildeesrdquo

(MINAYO 2006)

Sendo assim o objeto deste estudo eacute a Gestatildeo e Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do grupo D em Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

(HURJ) Tendo como questatildeo norteadora ldquoComo se daacute o gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D no Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeirordquo

Espera-se que este estudo contribua com a implementaccedilatildeo e acompanhamento das

praacuteticas preconizadas pela Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos uma vez que forneceraacute

informaccedilotildees para subsidiar a tomada de decisatildeo poliacutetica e gerencial

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

14

Avaliar o gerenciamento do manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D1

em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

112 Objetivos especiacuteficos

Identificar e compreender as legislaccedilotildees vigentes referentes aos RSS

Identificar as etapas de manejo de RSS

Classificar os RSS

Analisar o gerenciamento das etapas de manejo de RSS do HURJ

12 JUSTIFICATIVA

Coerente com a identificaccedilatildeo de um campo pouco explorado especialmente no que

diz respeito agrave avaliaccedilatildeodo sistema de gestatildeo de resiacuteduos do grupo D no acircmbito da sauacutede natildeo

foi identificado na literatura estudosavaliativos que utilizem instrumentos padronizados

confiaacuteveis e vaacutelidos que permitam a comparaccedilatildeo entre eles representando uma estrateacutegia

importante no reforccedilo ao uso da evidecircncia cientiacutefica e subsiacutedio agraves poliacuteticas puacuteblicas (SILVA

2011)

Neste sentido o estudo se justifica por avaliar por meio de instrumento robusto o

GRSS em especial a um grupo tatildeo carente de estudos quanto o grupo D

Desse modo espera-se identificar eventuais lacunas sobre o conhecimento e praacutetica de

Gestatildeo de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede por parte de gestores

profissionais docentes e discentes de um Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeiro

(HURJ) aleacutem de subsidiar dados para a realizaccedilatildeo de cursos de capacitaccedilatildeo eou atualizaccedilatildeo

que se faccedilam necessaacuterios

1 Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos segundo a RDC ANVISA 3062004

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

No Brasil a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2004a) o Conselho

Nacional do Meio Ambiente (BRASIL 2005) e a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

(CNEN 1985) satildeo os Oacutergatildeos responsaacuteveis pela regulaccedilatildeo e orientaccedilatildeo das accedilotildees de gestatildeo e

gerenciamento dos RSS do momento em que satildeo gerados agrave disposiccedilatildeo final incluiacutedos os

aspectos de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental (SILVA 2006)

O Resiacuteduo de Serviccedilo de Sauacutede (RSS) pode ser definido como o total de resiacuteduos

gerados pelos estabelecimentos de assistecircncia agrave sauacutede incluiacutedos os de diagnoacutestico e de

laboratoacuterios parcela dos provenientes de diaacutelise e dispositivos para aplicaccedilatildeo de insulina e

outros perfurocortantes gerados pelo cuidado agrave sauacutede em domiciacutelio (BRASIL 2004a

CHARTIER 2014)

A exposiccedilatildeo aos perfurocortantes e as suas consequecircncias satildeo altamente passiacuteveis de

prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo mediante intervenccedilotildees simples como a vacinaccedilatildeo para trabalhadores

da sauacutede (SILVA CORTEZ VALENTE 2009) e dos que lidam com resiacuteduos de serviccedilos de

sauacutede (RSS) educaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o manejo de resiacuteduos (RUDRASWAMY

SAMPATH DOGGALLI 2012)

Esses resiacuteduos podem causar danos agrave sauacutede humana e meio ambiente quando

inadequadamente gerenciados (CHARTIER 2014) Por exemplo a OMS estima que em 2000

o acesso a seringas contaminadas possa ter sido responsaacutevel por 21 milhotildees de infecccedilotildees pelo

Viacuterus da Hepatite B representando 32 de todas as novas infecccedilotildees 2 milhotildees de Viacuterus da

Hepatite C com uma representaccedilatildeo de 40 e 260 mil infecccedilotildees pelo viacuterus da

imunodeficiecircncia humana (HIV) sendo este representado por 5 de todos os novos casos

(WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005b)

O potencial de contaminaccedilatildeo do solo do ar e das aacuteguas superficiais e subterracircneas na

medida em que os RSS satildeo inadequadamente segregados e dispostos em vazadouros agrave ceacuteu

aberto ou aterros controlados tambeacutem satildeo uma preocupaccedilatildeo mundial (COZENDEY-SILVA

et al 2016 FALQUETO KLIGERMAN ASSUMPCcedilAtildeO 2010 KARAMOUZ et al 2007)

A gestatildeo dos RSS deve se pautar minimamente pelos seguintes princiacutepios princiacutepio

da responsabilidade institucional pois a organizaccedilatildeo que gera o resiacuteduo tem o dever

de eliminaacute-lo de forma segura princiacutepio do poluidor pagador entendendo que quem

produz o resiacuteduo eacute juriacutedica e financeiramente responsaacutevel pela seguranccedila do

16

manuseio e eliminaccedilatildeo do mesmo princiacutepio da precauccedilatildeo esse adverte que a

parcela dos RSS considerada perigosa deve assim ser classificada ateacute que seja

demonstrada que eacute segura princiacutepio da proximidade o qual recomenda o tratamento

e eliminaccedilatildeo de resiacuteduos perigosos em local mais proacuteximo possiacutevel do ponto de

geraccedilatildeo (SILVA 2011)

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL

No Brasil natildeo haacute estatiacutesticas precisas a respeito do nuacutemero de geradores nem da

quantidade de resiacuteduos deserviccedilos de sauacutede gerada diariamente (SILVA 2011) Conforme

explicitado na Pesquisa Nacional de Saneamento Baacutesico (BRASIL 2008) satildeo coletadas

diariamente 259547 toneladas de resiacuteduos no Brasil Estima-se que 17 desses corresponda

aos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede totalizando aproximadamente 4449 toneladas diaacuterias Os

resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede satildeo de natureza diversa sendo necessaacuteria uma classificaccedilatildeo

para a segregaccedilatildeo (GARCIA ZANETTI-RAMOS 2004)

As resoluccedilotildees da Anvisa RDC nordm 30604 e do Conama nordm 35805 convergem para a

seguinte definiccedilatildeo de RSS

[] todos os serviccedilos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal

inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de trabalhos de campo laboratoacuterios

analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios funeraacuterias e serviccedilos em que se

realizem atividades de embalsamento (tanatopraxia e somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos

de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as de manipulaccedilatildeo

estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de controle de

zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores distribuidores e

produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades moacuteveis de

atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem dentre outros

similares (BRASIL 2004a 2005)

O gerenciamento dos RSS pode ser definido como procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e legais

visando minimizar a geraccedilatildeo de resiacuteduos e assegurar agravequeles gerados tratamento transporte e

armazenamento eficientes dispondo proteccedilatildeo aos profissionais envolvidos em todo o

processo assim como a sauacutede puacuteblica recursos naturais e meio ambiente (BRASIL 2004a) O

Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) deve ser elaborado

compatiacutevel com as normas locais relativas agrave coleta transporte e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

17

gerados estabelecidas pelos oacutergatildeos locais responsaacuteveis por estas etapas e baseado nas

caracteriacutesticas dos resiacuteduos gerados e na sua classificaccedilatildeo (ibid)

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS)

A Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria RDC nordm 3062004 e o Conselho Nacional

do Meio Ambiente atraveacutes de sua resoluccedilatildeo nordm 3582005 definem o PGRSS como sendo

O documento que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao manejo dos resiacuteduos

soacutelidos observadas suas caracteriacutesticas e riscos no acircmbito dos estabelecimentos

contemplando os aspectos referentes agrave geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento

coleta armazenamento transporte tratamento e disposiccedilatildeo final bem como as accedilotildees

de proteccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica e ao meio ambiente contemplando assim as etapas do

gerenciamento intra e extra estabelecimento de sauacutede (BRASIL 2004a 2005)

O PGRSS deve ser feito em conjunto com todos os setores de modo que sua

elaboraccedilatildeo implantaccedilatildeo e desenvolvimento do PGRSS devem envolver os setores de

higienizaccedilatildeo e limpeza a Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar ou Comissotildees de

Biosseguranccedila e os Serviccedilos de Engenharia de Seguranccedila e Medicina no Trabalho onde

houver obrigatoriedade de existecircncia desses serviccedilos abrangendo a todos do estabelecimento

gerador (BRASIL 2010b)

A questatildeo da segregaccedilatildeo dos resiacuteduos infectantes requer maior atenccedilatildeo no sentido de

minimizar gastos na sauacutede aleacutem dos cuidados com infecccedilotildees e impacto no ambiente

(CHARTIER 2014) Eacute necessaacuterio e recomendaacutevel que trabalhadores da aacuterea de sauacutede estejam

sempre atualizados quanto agraves normas e rotinas do serviccedilo assim como das medidas de

biosseguranccedila (SILVA et al 2014)

A implementaccedilatildeo das praacuteticas tecnicamente recomendadas estaacute intimamente ligada agrave

qualificaccedilatildeo dos profissionais envolvidos na elaboraccedilatildeo e na aplicaccedilatildeo do plano sob os

aspectos operacionais da seguranccedila do trabalhador e nos aspectos culturais O princiacutepio da

logiacutestica reversa eacute fator determinante na instrumentalizaccedilatildeo de praacuteticas numa perspectiva de

sustentabilidade (CHARTIER 2014) Este princiacutepio eacute definido como a accedilatildeo correspondente

ao caminho inverso da logiacutestica partindo do ponto de consumo para o iniacutecio da cadeia de

geraccedilatildeo considerando fundamentalmente o reaproveitamento como elemento da poliacutetica

ambiental (ALVES et al 2012a BELLAN et al 2012)

18

Segundo Sisinno e Moreira (2005) pelos princiacutepios da ecoeficiecircncia ldquoo

gerenciamento dos resiacuteduos deveria privilegiar em ordem de prioridade a natildeo geraccedilatildeo a

reduccedilatildeo da geraccedilatildeo a reciclagem e finalmente o tratamento ou disposiccedilatildeo finalrdquo tornando

assim a identificaccedilatildeo da fonte geradora uma etapa importante quando o enfoque eacute a natildeo

geraccedilatildeo ou a reduccedilatildeo da geraccedilatildeo

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes no Brasil (2004a 2005) os RSS satildeo

classificados em cinco grupos de modo que os resiacuteduos do Grupo A satildeo resiacuteduos que

possivelmente apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos

do Grupo B referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave

sauacutede puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes e abrasivos

2221 Grupo D

Conforme supracitado estes satildeo resiacuteduos provenientes de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo

apresentam risco bioloacutegico quiacutemico ou radioloacutegico agrave sauacutede ou ao meio ambiente podendo ser

equiparados aos resiacuteduos domiciliares (BRASIL 2005) Nesse grupo satildeo gerados resiacuteduos

compostaacuteveis reciclaacuteveis e aqueles que podem servir para alimentaccedilatildeo de animais e rejeitos

Apesar de natildeo ser uma exigecircncia eacute desejaacutevel que seja realizada segregaccedilatildeo e

identificaccedilatildeo dos resiacuteduos do Grupo D para a reciclagem atraveacutes de um coacutedigo de cores para

os recipientes conforme evidenciado na Fig 1 (BRASIL 2004) Caso natildeo haja segregaccedilatildeo

para a reciclagem natildeo haacute padronizaccedilatildeo para a cor dos recipientes Estudos apontam que a

segregaccedilatildeo se mostra ineficiente natildeo apenas em relaccedilatildeo a coleta seletiva mas tambeacutem a

separaccedilatildeo de outros grupos de RSS (ALVES et al 2012b)

19

Fig 01 ndash Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D devem ser coletados e transportados

separadamente dos resiacuteduos dos outros grupos para que natildeo haja contaminaccedilatildeo (BRASIL

2004) O armazenamento temporaacuterio dos resiacuteduos do Grupo D pode ser na Sala de Resiacuteduos

poreacutem em recipientes exclusivos e identificados para manter a segregaccedilatildeo O armazenamento

externo dos resiacuteduos do Grupo D deve ser em abrigo com no miacutenimo um ambiente separado

para atender ao armazenamento de recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D e outro

ambiente para os grupos A e E (FEAM 2008)

Os resiacuteduos orgacircnicos como flores resiacuteduos de jardinagem sobras de alimento e de

outros que natildeo tenham mantido contato com resiacuteduos infectantes (secreccedilotildees excreccedilotildees ou

outro fluido corpoacutereo) podem ser encaminhados para o processo de compostagem (BRASIL

2004)

Destaca-se que os restos e sobras de alimentos podem ser utilizados para fins de raccedilatildeo

animal desde que submetidos a um tratamento que garanta sua inocuidade avaliado e

comprovado por oacutergatildeo competente da Agricultura e de Vigilacircncia Sanitaacuteria do Municiacutepio

Estado ou do Distrito Federal (ibid)

Os efluentes (resiacuteduos liacutequidos) provenientes da rede esgoto de estabelecimento de

sauacutede devem ser tratados antes do lanccedilamento no corpo receptor ou na rede coletora de

esgoto sempre que natildeo houver sistema de tratamento de esgoto coletivo atendendo agrave aacuterea

onde estaacute localizado o serviccedilo conforme definido na RDC ANVISA nordm 502002 Deve ser

mantido o registro de operaccedilatildeo de venda ou de doaccedilatildeo dos resiacuteduos destinados agrave reciclagem

compostagem e alimentaccedilatildeo de animais (CUSSIOL 2008)

bull Papeacuteis Azul

bull Metais Amarelo

bull Vidros Verde

bull Plaacutesticos Vermelho

bull Resiacuteduos Orgacircnicos Marrom

bull Demais resiacuteduos do Grupo D Cinza

20

223 Etapas de Manejo

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final incluindo as seguintes

etapas

Fig 02 ndash Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

Fonte Adaptado de Silva 2011 p 43

Segregaccedilatildeo

Separaccedilatildeo dos resiacuteduos no momento e local de sua geraccedilatildeo de acordo

com as caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas bioloacutegicas o seu estado

fiacutesico e os riscos envolvidos

Acondicionamento

Ato de embalar corretamente os resiacuteduos segregados conforme suas

caracteriacutesticas

Identificaccedilatildeo

medidas que permitem o reconhecimento dos resiacuteduos

contidos nos sacos e recipientes

Transporte interno

Translado do ponto de geraccedilatildeo ateacute o local de armazenamento temporaacuterio

Tratamento

processoa manuais mecacircnicos fiacutesicos quiacutemicos ou bioloacutegicos que

alterem as caracteriacutesticas dos resiacuteduos visando minimizar riscos agrave

sauacutede e o meio ambiente

Armazenamento Interno Temporaacuterio

Guarda temporaacuteria dos recipientes contendo os resiacuteduos jaacute

acondicionados em local proacuteximo aos pontos de geraccedilatildeo

Armazenamento Externo

Acondicionamento dos resiacuteduos em abrigo em recipientes coletores

adequados em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os

veiacuteculos coletores

Coleta e Transporte Externo

Remoccedilatildeo dos RSS do armazenamento externo ateacute a

unidade de tratamento ou disposiccedilatildeo final

Disposiccedilatildeo Final

Disposiccedilatildeo definitiva de resiacuteduos no solo ou em locais previamente preparados para recebecirc-los As

formas usualmente utilizadas satildeo aterro sanitaacuterio aterro para

resiacuteduos perigosos de Classe I (para resiacuteduos industriais) aterro

controlado lixatildeo ou vazadouro e valas

21

3 METODOLOGIA

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pesquisa de campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa Tem

como teacutecnica de coleta de dados aplicaccedilatildeo de instrumento de pesquisa validado e especiacutefico

para o tema GRSS (HCWM-RAT ndash Versatildeo Brasileira disponiacutevel em

portfolioinovacaofiocruzbr) conforme especificado no item 33 ldquoINSTRUMENTO DE

PESQUISA E COLETA DE DADOSrdquo

A Pesquisa de Campo eacute definida por Lakatos e Marconi (2003) como uma estrateacutegia

de documentaccedilatildeo direta ou seja o levantamento de dados se daacute no local onde ocorre o

fenocircmeno a ser estudado Assim a pesquisa de campo ldquoconsiste na observaccedilatildeo de fatos e

fenocircmenos tal como ocorrem espontaneamente na coleta de dados a eles referentes e no

registro de variaacuteveis que se presume relevantes para analisaacute-losrdquo (ibid p 185)

Segundo Gil (2002 p 131) a pesquisa de campo do tipo descritiva tem a preocupaccedilatildeo

com a descriccedilatildeo tendo maior na profundidade do dado coletado de modo que o pesquisador

tende a ldquopreferir a utilizaccedilatildeo de depoimentos e entrevistas com niacuteveis diversos de

estruturaccedilatildeordquo

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA

Esta pesquisa tem como cenaacuterio um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de

Janeiro Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (CNES 2016) esse

estabelecimento eacute caracterizado como hospital geral com esfera administrativa federal

estando sob gestatildeo municipal A natureza da Organizaccedilatildeo eacute a autarquia (administraccedilatildeo

indireta) ou seja o serviccedilo eacute autocircnomo criado por lei com personalidade juriacutedica

patrimocircnio e receita proacuteprios para executar atividades tiacutepicas da Administraccedilatildeo Puacuteblica que

requeiram gestatildeo administrativa e financeira descentralizada (BRASIL 1990)

Contando com 1442 profissionais 697 dos quais satildeo meacutedicos a unidade realiza

atendimento de demanda referenciada contando com os seguintes tipos de atendimento

Ambulatorial Internaccedilatildeo Urgecircncia e Serviccedilos de Apoio Diagnoacutestico e Terapecircutico

O Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos

bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns (CNES 2016) Sua aacuterea de abrangecircncia atinge

uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de habitantes (ibid)

22

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS

A versatildeo original do HCWM-RAT foi desenvolvida pela Organizaccedilatildeo Mundial da

Sauacutede (OMS) (WHO 2005) como parte de uma estrateacutegia que visa reduzir a carga global de

doenccedilas relacionada com a inadequada gestatildeo dos resiacuteduos especialmente das fases de

tratamento e disposiccedilatildeo final Tendo como objetivo central colaborar com os paiacuteses na

aplicaccedilatildeo de metas estrateacutegicas em especial aquelas contidas em acordos multilaterais como

os de Basileacuteia e de Estocolmo

Este instrumento se destina a avaliaccedilatildeo da performace ambiental no setor sauacutede

visando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas integradas de sauacutede e ambiente Eacute estruturado em

meacutetodo raacutepido de avaliaccedilatildeo2 para GRSS O HCWM-RAT Versatildeo Brasileira (ANEXO 82) eacute

fruto de adaptaccedilatildeo transcultural e validaccedilatildeo para uso em territoacuterio brasileiro (SILVA 2011)

Daacute condiccedilatildeo agrave institucionalizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo na aacuterea da gestatildeo e gerenciamento de resiacuteduos

da produccedilatildeo da sauacutede em concepccedilatildeo teoacuterico-poliacutetica de avaliaccedilatildeo formativa participativa e

emancipatoacuteria eacute capaz de reforccedilar o mecanismo de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo e estrateacutegias

de sauacutede trabalho e ambiente no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) (ibid)

O referido instrumento proposto pela OMS numa perspectiva universalista possui

escopo voltado para avaliaccedilatildeo em niacuteveis local (Estabelecimento de Sauacutede) municipalregional

e federal

Em niacutevel nacional possuiacute 2 (dois) conjuntos de questotildees (B1 e B2) voltados para

questionamento junto ao Ministeacuterio da Sauacutede e Ministeacuterio do Meio Ambiente Para

levantamento de dados junto agraves instacircncias municipais possui o conjunto de questotildees da

ferramenta ldquoCrdquo Em niacutevel local possuiacute 4 (quatro) conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4

endereccedilados agrave administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem eou CCIH (considerando

ambos ou o profissional mais familiarizado com o contexto do gerenciamento de resiacuteduos de

serviccedilos de sauacutede - GRSS na unidade) responsaacutevel (s) pelo GRSS e profissional de serviccedilos

gerais (que manipulemtransportem internamente os resiacuteduos) respectivamente Ressalta-se

que cada iacutetem (questatildeo do questionaacuterio) eacute direcionado a determinado grupo

participanterespondente de modo que o proacuteprio instrumento preacute-estabelece criteacuterios de

inclusatildeo e exclusatildeo da amostra

2 O Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Raacutepida (Rapid Evaluation Methods) utiliza uma mescla de abordagens quanti-qualitativas Seus quatro

princiacutepios satildeo uso de fontes muacuteltiplas rapidez pragmatismo e custo-efetividade (ANKER et al 1993 MCNALL et al 2007)

23

331 Participantes da Pesquisa

Baseado no escopo do instrumento de avaliaccedilatildeo e em seu modus operandi em cada

grupo de iacutetens eacute direcionado a uma categoria de profissionais e setor de atuaccedilatildeo os

participantes deste estudo seratildeo servidores gestores interlocutores profissionais da sauacutede e

profissionais de empresas terceirizadas (manejo para transporte interno e serviccedilo de coleta e

transporte externo) que encontrarem-se dentro dos criteacuterios de inclusatildeo agrave saber

envolvimento direto ou indireto com o setor ou Sistema de Gerenciamento dos Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) diretoresgestores dos ESs puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de

administrador ou semelhante a quem eacute endereccedilada a ferramenta D1 Enfermeira (o) chefe de

CCIH eou SESMT respondentes da ferramenta D2 Gestoresinterlocutores responsaacuteveis ou

participantes da comissatildeo para GRSS para quem se destina a ferramenta D3 e envolvidos

nas etapas de manejo que incluem a coleta e transporteinterno de RSS respondentes da

ferramenta D4 aceitar participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido encontrar-se disponiacutevel durante a coleta de dados e o proacuteprio criteacuterio de inclusatildeo

do item proposto

A coleta de dados ocorreu em 2016 periacuteodo no qual o HURJ em questatildeo passava por

transiccedilatildeo administrativa Teve-se como participantes da pesquisa 01 responsaacutevel pela coleta e

transporte interno de RSS 01 responsaacutevel pela GRSS da unidade 04 Enfermeiros-chefes 02

representantes da Gestatildeo Hospitalar

34 ANAacuteLISE DE DADOS

A anaacutelise ocorre por meio das categorias do instrumento de coleta supracitado O

sistema de avaliaccedilatildeo eacute projetado por toacutepicos na proacutepria planilha na qual a ferramenta eacute

estruturada de modo a obter um perfil da situaccedilatildeo de GRSS Este sistema de classificaccedilatildeo eacute

baseado em questotildees-chave que devem agrave luz das legislaccedilotildees vigentes ser cumpridas para se

garantir um gerenciamento seguro de RSS

35 ASPECTOS EacuteTICOS

Este estudo acata as normas estabelecidas pela portaria 4662012 do Ministeacuterio da

sauacutede para a realizaccedilatildeo de pesquisas com seres humanos que incorpora sob a oacutetica do

24

indiviacuteduo e das coletividades referenciais baacutesicos da bioeacutetica como autonomia natildeo

maleficecircncia equidade justiccedila e beneficecircncia e visando assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado este estudo foi

submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (CAE

56254916900005243 Parecer nordm 1608748)

Ressalta-se que os dados coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por no

miacutenimo 05 anos sob tutela do autor desta pesquisa de forma confidencial Apoacutes este periacuteodo

todo o material coletado seraacute destruiacutedo

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

6 OBRAS CITADAS

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estabelecimentos assistenciais de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo da Repuacuteblica Federativa

do Brasil Brasiacutelia 20 de marccedilo de 2002

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teacutecnico para o gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

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95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

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98

99

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102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 16: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

13

de desempenho a gestatildeo dos resiacuteduos continua sendo um desafio (BLENKHARN 2007a

2007b MIYAZAKI UNE 2005) representado pela dificuldade em estabelecer praacuteticas

regulares de segregaccedilatildeo acondicionamento e armazenamento dos resiacuteduos mesmo em paiacuteses

considerados economicamente desenvolvidos (SILVA 2011)

Componentes como papelpapelatildeo plaacutesticos e vidros representam a maior

porcentagem em diversos estudos realizados em estabelecimentos de sauacutede poreacutem quando

natildeo segregados dos classificados como infectantes acabam sendo contaminados por estes

(ADUAN et al 2014 ALVES et al 2012a CORREcircA et al 2007 FERREIRA VEIGA

2003 SILVA HOPPE 2005) devendo seguir para aterros sanitaacuterios o que representa um

custo financeiro e ambiental desnecessaacuterio jaacute que apenas a fraccedilatildeo dos resiacuteduos classificados

como perigosos destinar-se-iam aos sistemas mais seguros e dispendiosos (ADUAN et al

2014 SILVA 2011) Ressalta-se a importacircncia da segregaccedilatildeo com ecircnfase na seguranccedila

reduccedilatildeo dos custos com coleta tratamento e destinaccedilatildeo final de resiacuteduos reduccedilatildeo do uso de

mateacuterias-primas maior tempo de vida uacutetil dos aterros e menor impacto ambiental causado

pelos resiacuteduos (SILVA 2011)

A avaliaccedilatildeo metodoloacutegica representa uma ferramenta importante para a compreensatildeo

do sistema de gestatildeo e consequentes melhorias (WORLD HEALTH ORGANIZATION

2005a) No Brasil as avaliaccedilotildees de programas de sauacutede tecircm sido evidenciadas como meio

para adequar e otimizar os serviccedilos prestados agrave populaccedilatildeo (BRASIL 2007) A avaliaccedilatildeo eacute

considerada um ldquoprocesso em que se integram avaliadores e avaliados em busca do

comprometimento e do aperfeiccediloamento dos indiviacuteduos grupos programas e instituiccedilotildeesrdquo

(MINAYO 2006)

Sendo assim o objeto deste estudo eacute a Gestatildeo e Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do grupo D em Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

(HURJ) Tendo como questatildeo norteadora ldquoComo se daacute o gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D no Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeirordquo

Espera-se que este estudo contribua com a implementaccedilatildeo e acompanhamento das

praacuteticas preconizadas pela Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos uma vez que forneceraacute

informaccedilotildees para subsidiar a tomada de decisatildeo poliacutetica e gerencial

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

14

Avaliar o gerenciamento do manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D1

em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

112 Objetivos especiacuteficos

Identificar e compreender as legislaccedilotildees vigentes referentes aos RSS

Identificar as etapas de manejo de RSS

Classificar os RSS

Analisar o gerenciamento das etapas de manejo de RSS do HURJ

12 JUSTIFICATIVA

Coerente com a identificaccedilatildeo de um campo pouco explorado especialmente no que

diz respeito agrave avaliaccedilatildeodo sistema de gestatildeo de resiacuteduos do grupo D no acircmbito da sauacutede natildeo

foi identificado na literatura estudosavaliativos que utilizem instrumentos padronizados

confiaacuteveis e vaacutelidos que permitam a comparaccedilatildeo entre eles representando uma estrateacutegia

importante no reforccedilo ao uso da evidecircncia cientiacutefica e subsiacutedio agraves poliacuteticas puacuteblicas (SILVA

2011)

Neste sentido o estudo se justifica por avaliar por meio de instrumento robusto o

GRSS em especial a um grupo tatildeo carente de estudos quanto o grupo D

Desse modo espera-se identificar eventuais lacunas sobre o conhecimento e praacutetica de

Gestatildeo de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede por parte de gestores

profissionais docentes e discentes de um Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeiro

(HURJ) aleacutem de subsidiar dados para a realizaccedilatildeo de cursos de capacitaccedilatildeo eou atualizaccedilatildeo

que se faccedilam necessaacuterios

1 Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos segundo a RDC ANVISA 3062004

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

No Brasil a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2004a) o Conselho

Nacional do Meio Ambiente (BRASIL 2005) e a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

(CNEN 1985) satildeo os Oacutergatildeos responsaacuteveis pela regulaccedilatildeo e orientaccedilatildeo das accedilotildees de gestatildeo e

gerenciamento dos RSS do momento em que satildeo gerados agrave disposiccedilatildeo final incluiacutedos os

aspectos de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental (SILVA 2006)

O Resiacuteduo de Serviccedilo de Sauacutede (RSS) pode ser definido como o total de resiacuteduos

gerados pelos estabelecimentos de assistecircncia agrave sauacutede incluiacutedos os de diagnoacutestico e de

laboratoacuterios parcela dos provenientes de diaacutelise e dispositivos para aplicaccedilatildeo de insulina e

outros perfurocortantes gerados pelo cuidado agrave sauacutede em domiciacutelio (BRASIL 2004a

CHARTIER 2014)

A exposiccedilatildeo aos perfurocortantes e as suas consequecircncias satildeo altamente passiacuteveis de

prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo mediante intervenccedilotildees simples como a vacinaccedilatildeo para trabalhadores

da sauacutede (SILVA CORTEZ VALENTE 2009) e dos que lidam com resiacuteduos de serviccedilos de

sauacutede (RSS) educaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o manejo de resiacuteduos (RUDRASWAMY

SAMPATH DOGGALLI 2012)

Esses resiacuteduos podem causar danos agrave sauacutede humana e meio ambiente quando

inadequadamente gerenciados (CHARTIER 2014) Por exemplo a OMS estima que em 2000

o acesso a seringas contaminadas possa ter sido responsaacutevel por 21 milhotildees de infecccedilotildees pelo

Viacuterus da Hepatite B representando 32 de todas as novas infecccedilotildees 2 milhotildees de Viacuterus da

Hepatite C com uma representaccedilatildeo de 40 e 260 mil infecccedilotildees pelo viacuterus da

imunodeficiecircncia humana (HIV) sendo este representado por 5 de todos os novos casos

(WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005b)

O potencial de contaminaccedilatildeo do solo do ar e das aacuteguas superficiais e subterracircneas na

medida em que os RSS satildeo inadequadamente segregados e dispostos em vazadouros agrave ceacuteu

aberto ou aterros controlados tambeacutem satildeo uma preocupaccedilatildeo mundial (COZENDEY-SILVA

et al 2016 FALQUETO KLIGERMAN ASSUMPCcedilAtildeO 2010 KARAMOUZ et al 2007)

A gestatildeo dos RSS deve se pautar minimamente pelos seguintes princiacutepios princiacutepio

da responsabilidade institucional pois a organizaccedilatildeo que gera o resiacuteduo tem o dever

de eliminaacute-lo de forma segura princiacutepio do poluidor pagador entendendo que quem

produz o resiacuteduo eacute juriacutedica e financeiramente responsaacutevel pela seguranccedila do

16

manuseio e eliminaccedilatildeo do mesmo princiacutepio da precauccedilatildeo esse adverte que a

parcela dos RSS considerada perigosa deve assim ser classificada ateacute que seja

demonstrada que eacute segura princiacutepio da proximidade o qual recomenda o tratamento

e eliminaccedilatildeo de resiacuteduos perigosos em local mais proacuteximo possiacutevel do ponto de

geraccedilatildeo (SILVA 2011)

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL

No Brasil natildeo haacute estatiacutesticas precisas a respeito do nuacutemero de geradores nem da

quantidade de resiacuteduos deserviccedilos de sauacutede gerada diariamente (SILVA 2011) Conforme

explicitado na Pesquisa Nacional de Saneamento Baacutesico (BRASIL 2008) satildeo coletadas

diariamente 259547 toneladas de resiacuteduos no Brasil Estima-se que 17 desses corresponda

aos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede totalizando aproximadamente 4449 toneladas diaacuterias Os

resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede satildeo de natureza diversa sendo necessaacuteria uma classificaccedilatildeo

para a segregaccedilatildeo (GARCIA ZANETTI-RAMOS 2004)

As resoluccedilotildees da Anvisa RDC nordm 30604 e do Conama nordm 35805 convergem para a

seguinte definiccedilatildeo de RSS

[] todos os serviccedilos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal

inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de trabalhos de campo laboratoacuterios

analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios funeraacuterias e serviccedilos em que se

realizem atividades de embalsamento (tanatopraxia e somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos

de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as de manipulaccedilatildeo

estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de controle de

zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores distribuidores e

produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades moacuteveis de

atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem dentre outros

similares (BRASIL 2004a 2005)

O gerenciamento dos RSS pode ser definido como procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e legais

visando minimizar a geraccedilatildeo de resiacuteduos e assegurar agravequeles gerados tratamento transporte e

armazenamento eficientes dispondo proteccedilatildeo aos profissionais envolvidos em todo o

processo assim como a sauacutede puacuteblica recursos naturais e meio ambiente (BRASIL 2004a) O

Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) deve ser elaborado

compatiacutevel com as normas locais relativas agrave coleta transporte e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

17

gerados estabelecidas pelos oacutergatildeos locais responsaacuteveis por estas etapas e baseado nas

caracteriacutesticas dos resiacuteduos gerados e na sua classificaccedilatildeo (ibid)

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS)

A Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria RDC nordm 3062004 e o Conselho Nacional

do Meio Ambiente atraveacutes de sua resoluccedilatildeo nordm 3582005 definem o PGRSS como sendo

O documento que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao manejo dos resiacuteduos

soacutelidos observadas suas caracteriacutesticas e riscos no acircmbito dos estabelecimentos

contemplando os aspectos referentes agrave geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento

coleta armazenamento transporte tratamento e disposiccedilatildeo final bem como as accedilotildees

de proteccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica e ao meio ambiente contemplando assim as etapas do

gerenciamento intra e extra estabelecimento de sauacutede (BRASIL 2004a 2005)

O PGRSS deve ser feito em conjunto com todos os setores de modo que sua

elaboraccedilatildeo implantaccedilatildeo e desenvolvimento do PGRSS devem envolver os setores de

higienizaccedilatildeo e limpeza a Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar ou Comissotildees de

Biosseguranccedila e os Serviccedilos de Engenharia de Seguranccedila e Medicina no Trabalho onde

houver obrigatoriedade de existecircncia desses serviccedilos abrangendo a todos do estabelecimento

gerador (BRASIL 2010b)

A questatildeo da segregaccedilatildeo dos resiacuteduos infectantes requer maior atenccedilatildeo no sentido de

minimizar gastos na sauacutede aleacutem dos cuidados com infecccedilotildees e impacto no ambiente

(CHARTIER 2014) Eacute necessaacuterio e recomendaacutevel que trabalhadores da aacuterea de sauacutede estejam

sempre atualizados quanto agraves normas e rotinas do serviccedilo assim como das medidas de

biosseguranccedila (SILVA et al 2014)

A implementaccedilatildeo das praacuteticas tecnicamente recomendadas estaacute intimamente ligada agrave

qualificaccedilatildeo dos profissionais envolvidos na elaboraccedilatildeo e na aplicaccedilatildeo do plano sob os

aspectos operacionais da seguranccedila do trabalhador e nos aspectos culturais O princiacutepio da

logiacutestica reversa eacute fator determinante na instrumentalizaccedilatildeo de praacuteticas numa perspectiva de

sustentabilidade (CHARTIER 2014) Este princiacutepio eacute definido como a accedilatildeo correspondente

ao caminho inverso da logiacutestica partindo do ponto de consumo para o iniacutecio da cadeia de

geraccedilatildeo considerando fundamentalmente o reaproveitamento como elemento da poliacutetica

ambiental (ALVES et al 2012a BELLAN et al 2012)

18

Segundo Sisinno e Moreira (2005) pelos princiacutepios da ecoeficiecircncia ldquoo

gerenciamento dos resiacuteduos deveria privilegiar em ordem de prioridade a natildeo geraccedilatildeo a

reduccedilatildeo da geraccedilatildeo a reciclagem e finalmente o tratamento ou disposiccedilatildeo finalrdquo tornando

assim a identificaccedilatildeo da fonte geradora uma etapa importante quando o enfoque eacute a natildeo

geraccedilatildeo ou a reduccedilatildeo da geraccedilatildeo

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes no Brasil (2004a 2005) os RSS satildeo

classificados em cinco grupos de modo que os resiacuteduos do Grupo A satildeo resiacuteduos que

possivelmente apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos

do Grupo B referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave

sauacutede puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes e abrasivos

2221 Grupo D

Conforme supracitado estes satildeo resiacuteduos provenientes de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo

apresentam risco bioloacutegico quiacutemico ou radioloacutegico agrave sauacutede ou ao meio ambiente podendo ser

equiparados aos resiacuteduos domiciliares (BRASIL 2005) Nesse grupo satildeo gerados resiacuteduos

compostaacuteveis reciclaacuteveis e aqueles que podem servir para alimentaccedilatildeo de animais e rejeitos

Apesar de natildeo ser uma exigecircncia eacute desejaacutevel que seja realizada segregaccedilatildeo e

identificaccedilatildeo dos resiacuteduos do Grupo D para a reciclagem atraveacutes de um coacutedigo de cores para

os recipientes conforme evidenciado na Fig 1 (BRASIL 2004) Caso natildeo haja segregaccedilatildeo

para a reciclagem natildeo haacute padronizaccedilatildeo para a cor dos recipientes Estudos apontam que a

segregaccedilatildeo se mostra ineficiente natildeo apenas em relaccedilatildeo a coleta seletiva mas tambeacutem a

separaccedilatildeo de outros grupos de RSS (ALVES et al 2012b)

19

Fig 01 ndash Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D devem ser coletados e transportados

separadamente dos resiacuteduos dos outros grupos para que natildeo haja contaminaccedilatildeo (BRASIL

2004) O armazenamento temporaacuterio dos resiacuteduos do Grupo D pode ser na Sala de Resiacuteduos

poreacutem em recipientes exclusivos e identificados para manter a segregaccedilatildeo O armazenamento

externo dos resiacuteduos do Grupo D deve ser em abrigo com no miacutenimo um ambiente separado

para atender ao armazenamento de recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D e outro

ambiente para os grupos A e E (FEAM 2008)

Os resiacuteduos orgacircnicos como flores resiacuteduos de jardinagem sobras de alimento e de

outros que natildeo tenham mantido contato com resiacuteduos infectantes (secreccedilotildees excreccedilotildees ou

outro fluido corpoacutereo) podem ser encaminhados para o processo de compostagem (BRASIL

2004)

Destaca-se que os restos e sobras de alimentos podem ser utilizados para fins de raccedilatildeo

animal desde que submetidos a um tratamento que garanta sua inocuidade avaliado e

comprovado por oacutergatildeo competente da Agricultura e de Vigilacircncia Sanitaacuteria do Municiacutepio

Estado ou do Distrito Federal (ibid)

Os efluentes (resiacuteduos liacutequidos) provenientes da rede esgoto de estabelecimento de

sauacutede devem ser tratados antes do lanccedilamento no corpo receptor ou na rede coletora de

esgoto sempre que natildeo houver sistema de tratamento de esgoto coletivo atendendo agrave aacuterea

onde estaacute localizado o serviccedilo conforme definido na RDC ANVISA nordm 502002 Deve ser

mantido o registro de operaccedilatildeo de venda ou de doaccedilatildeo dos resiacuteduos destinados agrave reciclagem

compostagem e alimentaccedilatildeo de animais (CUSSIOL 2008)

bull Papeacuteis Azul

bull Metais Amarelo

bull Vidros Verde

bull Plaacutesticos Vermelho

bull Resiacuteduos Orgacircnicos Marrom

bull Demais resiacuteduos do Grupo D Cinza

20

223 Etapas de Manejo

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final incluindo as seguintes

etapas

Fig 02 ndash Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

Fonte Adaptado de Silva 2011 p 43

Segregaccedilatildeo

Separaccedilatildeo dos resiacuteduos no momento e local de sua geraccedilatildeo de acordo

com as caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas bioloacutegicas o seu estado

fiacutesico e os riscos envolvidos

Acondicionamento

Ato de embalar corretamente os resiacuteduos segregados conforme suas

caracteriacutesticas

Identificaccedilatildeo

medidas que permitem o reconhecimento dos resiacuteduos

contidos nos sacos e recipientes

Transporte interno

Translado do ponto de geraccedilatildeo ateacute o local de armazenamento temporaacuterio

Tratamento

processoa manuais mecacircnicos fiacutesicos quiacutemicos ou bioloacutegicos que

alterem as caracteriacutesticas dos resiacuteduos visando minimizar riscos agrave

sauacutede e o meio ambiente

Armazenamento Interno Temporaacuterio

Guarda temporaacuteria dos recipientes contendo os resiacuteduos jaacute

acondicionados em local proacuteximo aos pontos de geraccedilatildeo

Armazenamento Externo

Acondicionamento dos resiacuteduos em abrigo em recipientes coletores

adequados em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os

veiacuteculos coletores

Coleta e Transporte Externo

Remoccedilatildeo dos RSS do armazenamento externo ateacute a

unidade de tratamento ou disposiccedilatildeo final

Disposiccedilatildeo Final

Disposiccedilatildeo definitiva de resiacuteduos no solo ou em locais previamente preparados para recebecirc-los As

formas usualmente utilizadas satildeo aterro sanitaacuterio aterro para

resiacuteduos perigosos de Classe I (para resiacuteduos industriais) aterro

controlado lixatildeo ou vazadouro e valas

21

3 METODOLOGIA

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pesquisa de campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa Tem

como teacutecnica de coleta de dados aplicaccedilatildeo de instrumento de pesquisa validado e especiacutefico

para o tema GRSS (HCWM-RAT ndash Versatildeo Brasileira disponiacutevel em

portfolioinovacaofiocruzbr) conforme especificado no item 33 ldquoINSTRUMENTO DE

PESQUISA E COLETA DE DADOSrdquo

A Pesquisa de Campo eacute definida por Lakatos e Marconi (2003) como uma estrateacutegia

de documentaccedilatildeo direta ou seja o levantamento de dados se daacute no local onde ocorre o

fenocircmeno a ser estudado Assim a pesquisa de campo ldquoconsiste na observaccedilatildeo de fatos e

fenocircmenos tal como ocorrem espontaneamente na coleta de dados a eles referentes e no

registro de variaacuteveis que se presume relevantes para analisaacute-losrdquo (ibid p 185)

Segundo Gil (2002 p 131) a pesquisa de campo do tipo descritiva tem a preocupaccedilatildeo

com a descriccedilatildeo tendo maior na profundidade do dado coletado de modo que o pesquisador

tende a ldquopreferir a utilizaccedilatildeo de depoimentos e entrevistas com niacuteveis diversos de

estruturaccedilatildeordquo

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA

Esta pesquisa tem como cenaacuterio um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de

Janeiro Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (CNES 2016) esse

estabelecimento eacute caracterizado como hospital geral com esfera administrativa federal

estando sob gestatildeo municipal A natureza da Organizaccedilatildeo eacute a autarquia (administraccedilatildeo

indireta) ou seja o serviccedilo eacute autocircnomo criado por lei com personalidade juriacutedica

patrimocircnio e receita proacuteprios para executar atividades tiacutepicas da Administraccedilatildeo Puacuteblica que

requeiram gestatildeo administrativa e financeira descentralizada (BRASIL 1990)

Contando com 1442 profissionais 697 dos quais satildeo meacutedicos a unidade realiza

atendimento de demanda referenciada contando com os seguintes tipos de atendimento

Ambulatorial Internaccedilatildeo Urgecircncia e Serviccedilos de Apoio Diagnoacutestico e Terapecircutico

O Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos

bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns (CNES 2016) Sua aacuterea de abrangecircncia atinge

uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de habitantes (ibid)

22

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS

A versatildeo original do HCWM-RAT foi desenvolvida pela Organizaccedilatildeo Mundial da

Sauacutede (OMS) (WHO 2005) como parte de uma estrateacutegia que visa reduzir a carga global de

doenccedilas relacionada com a inadequada gestatildeo dos resiacuteduos especialmente das fases de

tratamento e disposiccedilatildeo final Tendo como objetivo central colaborar com os paiacuteses na

aplicaccedilatildeo de metas estrateacutegicas em especial aquelas contidas em acordos multilaterais como

os de Basileacuteia e de Estocolmo

Este instrumento se destina a avaliaccedilatildeo da performace ambiental no setor sauacutede

visando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas integradas de sauacutede e ambiente Eacute estruturado em

meacutetodo raacutepido de avaliaccedilatildeo2 para GRSS O HCWM-RAT Versatildeo Brasileira (ANEXO 82) eacute

fruto de adaptaccedilatildeo transcultural e validaccedilatildeo para uso em territoacuterio brasileiro (SILVA 2011)

Daacute condiccedilatildeo agrave institucionalizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo na aacuterea da gestatildeo e gerenciamento de resiacuteduos

da produccedilatildeo da sauacutede em concepccedilatildeo teoacuterico-poliacutetica de avaliaccedilatildeo formativa participativa e

emancipatoacuteria eacute capaz de reforccedilar o mecanismo de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo e estrateacutegias

de sauacutede trabalho e ambiente no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) (ibid)

O referido instrumento proposto pela OMS numa perspectiva universalista possui

escopo voltado para avaliaccedilatildeo em niacuteveis local (Estabelecimento de Sauacutede) municipalregional

e federal

Em niacutevel nacional possuiacute 2 (dois) conjuntos de questotildees (B1 e B2) voltados para

questionamento junto ao Ministeacuterio da Sauacutede e Ministeacuterio do Meio Ambiente Para

levantamento de dados junto agraves instacircncias municipais possui o conjunto de questotildees da

ferramenta ldquoCrdquo Em niacutevel local possuiacute 4 (quatro) conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4

endereccedilados agrave administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem eou CCIH (considerando

ambos ou o profissional mais familiarizado com o contexto do gerenciamento de resiacuteduos de

serviccedilos de sauacutede - GRSS na unidade) responsaacutevel (s) pelo GRSS e profissional de serviccedilos

gerais (que manipulemtransportem internamente os resiacuteduos) respectivamente Ressalta-se

que cada iacutetem (questatildeo do questionaacuterio) eacute direcionado a determinado grupo

participanterespondente de modo que o proacuteprio instrumento preacute-estabelece criteacuterios de

inclusatildeo e exclusatildeo da amostra

2 O Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Raacutepida (Rapid Evaluation Methods) utiliza uma mescla de abordagens quanti-qualitativas Seus quatro

princiacutepios satildeo uso de fontes muacuteltiplas rapidez pragmatismo e custo-efetividade (ANKER et al 1993 MCNALL et al 2007)

23

331 Participantes da Pesquisa

Baseado no escopo do instrumento de avaliaccedilatildeo e em seu modus operandi em cada

grupo de iacutetens eacute direcionado a uma categoria de profissionais e setor de atuaccedilatildeo os

participantes deste estudo seratildeo servidores gestores interlocutores profissionais da sauacutede e

profissionais de empresas terceirizadas (manejo para transporte interno e serviccedilo de coleta e

transporte externo) que encontrarem-se dentro dos criteacuterios de inclusatildeo agrave saber

envolvimento direto ou indireto com o setor ou Sistema de Gerenciamento dos Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) diretoresgestores dos ESs puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de

administrador ou semelhante a quem eacute endereccedilada a ferramenta D1 Enfermeira (o) chefe de

CCIH eou SESMT respondentes da ferramenta D2 Gestoresinterlocutores responsaacuteveis ou

participantes da comissatildeo para GRSS para quem se destina a ferramenta D3 e envolvidos

nas etapas de manejo que incluem a coleta e transporteinterno de RSS respondentes da

ferramenta D4 aceitar participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido encontrar-se disponiacutevel durante a coleta de dados e o proacuteprio criteacuterio de inclusatildeo

do item proposto

A coleta de dados ocorreu em 2016 periacuteodo no qual o HURJ em questatildeo passava por

transiccedilatildeo administrativa Teve-se como participantes da pesquisa 01 responsaacutevel pela coleta e

transporte interno de RSS 01 responsaacutevel pela GRSS da unidade 04 Enfermeiros-chefes 02

representantes da Gestatildeo Hospitalar

34 ANAacuteLISE DE DADOS

A anaacutelise ocorre por meio das categorias do instrumento de coleta supracitado O

sistema de avaliaccedilatildeo eacute projetado por toacutepicos na proacutepria planilha na qual a ferramenta eacute

estruturada de modo a obter um perfil da situaccedilatildeo de GRSS Este sistema de classificaccedilatildeo eacute

baseado em questotildees-chave que devem agrave luz das legislaccedilotildees vigentes ser cumpridas para se

garantir um gerenciamento seguro de RSS

35 ASPECTOS EacuteTICOS

Este estudo acata as normas estabelecidas pela portaria 4662012 do Ministeacuterio da

sauacutede para a realizaccedilatildeo de pesquisas com seres humanos que incorpora sob a oacutetica do

24

indiviacuteduo e das coletividades referenciais baacutesicos da bioeacutetica como autonomia natildeo

maleficecircncia equidade justiccedila e beneficecircncia e visando assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado este estudo foi

submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (CAE

56254916900005243 Parecer nordm 1608748)

Ressalta-se que os dados coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por no

miacutenimo 05 anos sob tutela do autor desta pesquisa de forma confidencial Apoacutes este periacuteodo

todo o material coletado seraacute destruiacutedo

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

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da Familia Rev Bras Enferm v 65 n 1 p 128-34 2012

ANDREacute S C S VEIGA T B TAKAYANAGUI A M M Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede em hospitais do municiacutepio de Ribeiratildeo Preto (SP) Brasil Eng sanit

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ANKER M et al Rapid evaluation methods (REM) of health services performance

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BARBOZA Alex Gestatildeo de rejeitos radioativos em serviccedilos de medicina nuclear

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Diretoria Colegiada RDC nordm 50 de 21 de fevereiro de 2002 Dispotildee sobre o Regulamento

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teacutecnico para o gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

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83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

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105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 17: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

14

Avaliar o gerenciamento do manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do Grupo D1

em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

112 Objetivos especiacuteficos

Identificar e compreender as legislaccedilotildees vigentes referentes aos RSS

Identificar as etapas de manejo de RSS

Classificar os RSS

Analisar o gerenciamento das etapas de manejo de RSS do HURJ

12 JUSTIFICATIVA

Coerente com a identificaccedilatildeo de um campo pouco explorado especialmente no que

diz respeito agrave avaliaccedilatildeodo sistema de gestatildeo de resiacuteduos do grupo D no acircmbito da sauacutede natildeo

foi identificado na literatura estudosavaliativos que utilizem instrumentos padronizados

confiaacuteveis e vaacutelidos que permitam a comparaccedilatildeo entre eles representando uma estrateacutegia

importante no reforccedilo ao uso da evidecircncia cientiacutefica e subsiacutedio agraves poliacuteticas puacuteblicas (SILVA

2011)

Neste sentido o estudo se justifica por avaliar por meio de instrumento robusto o

GRSS em especial a um grupo tatildeo carente de estudos quanto o grupo D

Desse modo espera-se identificar eventuais lacunas sobre o conhecimento e praacutetica de

Gestatildeo de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede por parte de gestores

profissionais docentes e discentes de um Hospital Universitaacuterio do Estado do Rio de Janeiro

(HURJ) aleacutem de subsidiar dados para a realizaccedilatildeo de cursos de capacitaccedilatildeo eou atualizaccedilatildeo

que se faccedilam necessaacuterios

1 Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos segundo a RDC ANVISA 3062004

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

No Brasil a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2004a) o Conselho

Nacional do Meio Ambiente (BRASIL 2005) e a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

(CNEN 1985) satildeo os Oacutergatildeos responsaacuteveis pela regulaccedilatildeo e orientaccedilatildeo das accedilotildees de gestatildeo e

gerenciamento dos RSS do momento em que satildeo gerados agrave disposiccedilatildeo final incluiacutedos os

aspectos de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental (SILVA 2006)

O Resiacuteduo de Serviccedilo de Sauacutede (RSS) pode ser definido como o total de resiacuteduos

gerados pelos estabelecimentos de assistecircncia agrave sauacutede incluiacutedos os de diagnoacutestico e de

laboratoacuterios parcela dos provenientes de diaacutelise e dispositivos para aplicaccedilatildeo de insulina e

outros perfurocortantes gerados pelo cuidado agrave sauacutede em domiciacutelio (BRASIL 2004a

CHARTIER 2014)

A exposiccedilatildeo aos perfurocortantes e as suas consequecircncias satildeo altamente passiacuteveis de

prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo mediante intervenccedilotildees simples como a vacinaccedilatildeo para trabalhadores

da sauacutede (SILVA CORTEZ VALENTE 2009) e dos que lidam com resiacuteduos de serviccedilos de

sauacutede (RSS) educaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o manejo de resiacuteduos (RUDRASWAMY

SAMPATH DOGGALLI 2012)

Esses resiacuteduos podem causar danos agrave sauacutede humana e meio ambiente quando

inadequadamente gerenciados (CHARTIER 2014) Por exemplo a OMS estima que em 2000

o acesso a seringas contaminadas possa ter sido responsaacutevel por 21 milhotildees de infecccedilotildees pelo

Viacuterus da Hepatite B representando 32 de todas as novas infecccedilotildees 2 milhotildees de Viacuterus da

Hepatite C com uma representaccedilatildeo de 40 e 260 mil infecccedilotildees pelo viacuterus da

imunodeficiecircncia humana (HIV) sendo este representado por 5 de todos os novos casos

(WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005b)

O potencial de contaminaccedilatildeo do solo do ar e das aacuteguas superficiais e subterracircneas na

medida em que os RSS satildeo inadequadamente segregados e dispostos em vazadouros agrave ceacuteu

aberto ou aterros controlados tambeacutem satildeo uma preocupaccedilatildeo mundial (COZENDEY-SILVA

et al 2016 FALQUETO KLIGERMAN ASSUMPCcedilAtildeO 2010 KARAMOUZ et al 2007)

A gestatildeo dos RSS deve se pautar minimamente pelos seguintes princiacutepios princiacutepio

da responsabilidade institucional pois a organizaccedilatildeo que gera o resiacuteduo tem o dever

de eliminaacute-lo de forma segura princiacutepio do poluidor pagador entendendo que quem

produz o resiacuteduo eacute juriacutedica e financeiramente responsaacutevel pela seguranccedila do

16

manuseio e eliminaccedilatildeo do mesmo princiacutepio da precauccedilatildeo esse adverte que a

parcela dos RSS considerada perigosa deve assim ser classificada ateacute que seja

demonstrada que eacute segura princiacutepio da proximidade o qual recomenda o tratamento

e eliminaccedilatildeo de resiacuteduos perigosos em local mais proacuteximo possiacutevel do ponto de

geraccedilatildeo (SILVA 2011)

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL

No Brasil natildeo haacute estatiacutesticas precisas a respeito do nuacutemero de geradores nem da

quantidade de resiacuteduos deserviccedilos de sauacutede gerada diariamente (SILVA 2011) Conforme

explicitado na Pesquisa Nacional de Saneamento Baacutesico (BRASIL 2008) satildeo coletadas

diariamente 259547 toneladas de resiacuteduos no Brasil Estima-se que 17 desses corresponda

aos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede totalizando aproximadamente 4449 toneladas diaacuterias Os

resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede satildeo de natureza diversa sendo necessaacuteria uma classificaccedilatildeo

para a segregaccedilatildeo (GARCIA ZANETTI-RAMOS 2004)

As resoluccedilotildees da Anvisa RDC nordm 30604 e do Conama nordm 35805 convergem para a

seguinte definiccedilatildeo de RSS

[] todos os serviccedilos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal

inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de trabalhos de campo laboratoacuterios

analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios funeraacuterias e serviccedilos em que se

realizem atividades de embalsamento (tanatopraxia e somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos

de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as de manipulaccedilatildeo

estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de controle de

zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores distribuidores e

produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades moacuteveis de

atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem dentre outros

similares (BRASIL 2004a 2005)

O gerenciamento dos RSS pode ser definido como procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e legais

visando minimizar a geraccedilatildeo de resiacuteduos e assegurar agravequeles gerados tratamento transporte e

armazenamento eficientes dispondo proteccedilatildeo aos profissionais envolvidos em todo o

processo assim como a sauacutede puacuteblica recursos naturais e meio ambiente (BRASIL 2004a) O

Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) deve ser elaborado

compatiacutevel com as normas locais relativas agrave coleta transporte e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

17

gerados estabelecidas pelos oacutergatildeos locais responsaacuteveis por estas etapas e baseado nas

caracteriacutesticas dos resiacuteduos gerados e na sua classificaccedilatildeo (ibid)

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS)

A Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria RDC nordm 3062004 e o Conselho Nacional

do Meio Ambiente atraveacutes de sua resoluccedilatildeo nordm 3582005 definem o PGRSS como sendo

O documento que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao manejo dos resiacuteduos

soacutelidos observadas suas caracteriacutesticas e riscos no acircmbito dos estabelecimentos

contemplando os aspectos referentes agrave geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento

coleta armazenamento transporte tratamento e disposiccedilatildeo final bem como as accedilotildees

de proteccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica e ao meio ambiente contemplando assim as etapas do

gerenciamento intra e extra estabelecimento de sauacutede (BRASIL 2004a 2005)

O PGRSS deve ser feito em conjunto com todos os setores de modo que sua

elaboraccedilatildeo implantaccedilatildeo e desenvolvimento do PGRSS devem envolver os setores de

higienizaccedilatildeo e limpeza a Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar ou Comissotildees de

Biosseguranccedila e os Serviccedilos de Engenharia de Seguranccedila e Medicina no Trabalho onde

houver obrigatoriedade de existecircncia desses serviccedilos abrangendo a todos do estabelecimento

gerador (BRASIL 2010b)

A questatildeo da segregaccedilatildeo dos resiacuteduos infectantes requer maior atenccedilatildeo no sentido de

minimizar gastos na sauacutede aleacutem dos cuidados com infecccedilotildees e impacto no ambiente

(CHARTIER 2014) Eacute necessaacuterio e recomendaacutevel que trabalhadores da aacuterea de sauacutede estejam

sempre atualizados quanto agraves normas e rotinas do serviccedilo assim como das medidas de

biosseguranccedila (SILVA et al 2014)

A implementaccedilatildeo das praacuteticas tecnicamente recomendadas estaacute intimamente ligada agrave

qualificaccedilatildeo dos profissionais envolvidos na elaboraccedilatildeo e na aplicaccedilatildeo do plano sob os

aspectos operacionais da seguranccedila do trabalhador e nos aspectos culturais O princiacutepio da

logiacutestica reversa eacute fator determinante na instrumentalizaccedilatildeo de praacuteticas numa perspectiva de

sustentabilidade (CHARTIER 2014) Este princiacutepio eacute definido como a accedilatildeo correspondente

ao caminho inverso da logiacutestica partindo do ponto de consumo para o iniacutecio da cadeia de

geraccedilatildeo considerando fundamentalmente o reaproveitamento como elemento da poliacutetica

ambiental (ALVES et al 2012a BELLAN et al 2012)

18

Segundo Sisinno e Moreira (2005) pelos princiacutepios da ecoeficiecircncia ldquoo

gerenciamento dos resiacuteduos deveria privilegiar em ordem de prioridade a natildeo geraccedilatildeo a

reduccedilatildeo da geraccedilatildeo a reciclagem e finalmente o tratamento ou disposiccedilatildeo finalrdquo tornando

assim a identificaccedilatildeo da fonte geradora uma etapa importante quando o enfoque eacute a natildeo

geraccedilatildeo ou a reduccedilatildeo da geraccedilatildeo

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes no Brasil (2004a 2005) os RSS satildeo

classificados em cinco grupos de modo que os resiacuteduos do Grupo A satildeo resiacuteduos que

possivelmente apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos

do Grupo B referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave

sauacutede puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes e abrasivos

2221 Grupo D

Conforme supracitado estes satildeo resiacuteduos provenientes de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo

apresentam risco bioloacutegico quiacutemico ou radioloacutegico agrave sauacutede ou ao meio ambiente podendo ser

equiparados aos resiacuteduos domiciliares (BRASIL 2005) Nesse grupo satildeo gerados resiacuteduos

compostaacuteveis reciclaacuteveis e aqueles que podem servir para alimentaccedilatildeo de animais e rejeitos

Apesar de natildeo ser uma exigecircncia eacute desejaacutevel que seja realizada segregaccedilatildeo e

identificaccedilatildeo dos resiacuteduos do Grupo D para a reciclagem atraveacutes de um coacutedigo de cores para

os recipientes conforme evidenciado na Fig 1 (BRASIL 2004) Caso natildeo haja segregaccedilatildeo

para a reciclagem natildeo haacute padronizaccedilatildeo para a cor dos recipientes Estudos apontam que a

segregaccedilatildeo se mostra ineficiente natildeo apenas em relaccedilatildeo a coleta seletiva mas tambeacutem a

separaccedilatildeo de outros grupos de RSS (ALVES et al 2012b)

19

Fig 01 ndash Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D devem ser coletados e transportados

separadamente dos resiacuteduos dos outros grupos para que natildeo haja contaminaccedilatildeo (BRASIL

2004) O armazenamento temporaacuterio dos resiacuteduos do Grupo D pode ser na Sala de Resiacuteduos

poreacutem em recipientes exclusivos e identificados para manter a segregaccedilatildeo O armazenamento

externo dos resiacuteduos do Grupo D deve ser em abrigo com no miacutenimo um ambiente separado

para atender ao armazenamento de recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D e outro

ambiente para os grupos A e E (FEAM 2008)

Os resiacuteduos orgacircnicos como flores resiacuteduos de jardinagem sobras de alimento e de

outros que natildeo tenham mantido contato com resiacuteduos infectantes (secreccedilotildees excreccedilotildees ou

outro fluido corpoacutereo) podem ser encaminhados para o processo de compostagem (BRASIL

2004)

Destaca-se que os restos e sobras de alimentos podem ser utilizados para fins de raccedilatildeo

animal desde que submetidos a um tratamento que garanta sua inocuidade avaliado e

comprovado por oacutergatildeo competente da Agricultura e de Vigilacircncia Sanitaacuteria do Municiacutepio

Estado ou do Distrito Federal (ibid)

Os efluentes (resiacuteduos liacutequidos) provenientes da rede esgoto de estabelecimento de

sauacutede devem ser tratados antes do lanccedilamento no corpo receptor ou na rede coletora de

esgoto sempre que natildeo houver sistema de tratamento de esgoto coletivo atendendo agrave aacuterea

onde estaacute localizado o serviccedilo conforme definido na RDC ANVISA nordm 502002 Deve ser

mantido o registro de operaccedilatildeo de venda ou de doaccedilatildeo dos resiacuteduos destinados agrave reciclagem

compostagem e alimentaccedilatildeo de animais (CUSSIOL 2008)

bull Papeacuteis Azul

bull Metais Amarelo

bull Vidros Verde

bull Plaacutesticos Vermelho

bull Resiacuteduos Orgacircnicos Marrom

bull Demais resiacuteduos do Grupo D Cinza

20

223 Etapas de Manejo

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final incluindo as seguintes

etapas

Fig 02 ndash Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

Fonte Adaptado de Silva 2011 p 43

Segregaccedilatildeo

Separaccedilatildeo dos resiacuteduos no momento e local de sua geraccedilatildeo de acordo

com as caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas bioloacutegicas o seu estado

fiacutesico e os riscos envolvidos

Acondicionamento

Ato de embalar corretamente os resiacuteduos segregados conforme suas

caracteriacutesticas

Identificaccedilatildeo

medidas que permitem o reconhecimento dos resiacuteduos

contidos nos sacos e recipientes

Transporte interno

Translado do ponto de geraccedilatildeo ateacute o local de armazenamento temporaacuterio

Tratamento

processoa manuais mecacircnicos fiacutesicos quiacutemicos ou bioloacutegicos que

alterem as caracteriacutesticas dos resiacuteduos visando minimizar riscos agrave

sauacutede e o meio ambiente

Armazenamento Interno Temporaacuterio

Guarda temporaacuteria dos recipientes contendo os resiacuteduos jaacute

acondicionados em local proacuteximo aos pontos de geraccedilatildeo

Armazenamento Externo

Acondicionamento dos resiacuteduos em abrigo em recipientes coletores

adequados em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os

veiacuteculos coletores

Coleta e Transporte Externo

Remoccedilatildeo dos RSS do armazenamento externo ateacute a

unidade de tratamento ou disposiccedilatildeo final

Disposiccedilatildeo Final

Disposiccedilatildeo definitiva de resiacuteduos no solo ou em locais previamente preparados para recebecirc-los As

formas usualmente utilizadas satildeo aterro sanitaacuterio aterro para

resiacuteduos perigosos de Classe I (para resiacuteduos industriais) aterro

controlado lixatildeo ou vazadouro e valas

21

3 METODOLOGIA

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pesquisa de campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa Tem

como teacutecnica de coleta de dados aplicaccedilatildeo de instrumento de pesquisa validado e especiacutefico

para o tema GRSS (HCWM-RAT ndash Versatildeo Brasileira disponiacutevel em

portfolioinovacaofiocruzbr) conforme especificado no item 33 ldquoINSTRUMENTO DE

PESQUISA E COLETA DE DADOSrdquo

A Pesquisa de Campo eacute definida por Lakatos e Marconi (2003) como uma estrateacutegia

de documentaccedilatildeo direta ou seja o levantamento de dados se daacute no local onde ocorre o

fenocircmeno a ser estudado Assim a pesquisa de campo ldquoconsiste na observaccedilatildeo de fatos e

fenocircmenos tal como ocorrem espontaneamente na coleta de dados a eles referentes e no

registro de variaacuteveis que se presume relevantes para analisaacute-losrdquo (ibid p 185)

Segundo Gil (2002 p 131) a pesquisa de campo do tipo descritiva tem a preocupaccedilatildeo

com a descriccedilatildeo tendo maior na profundidade do dado coletado de modo que o pesquisador

tende a ldquopreferir a utilizaccedilatildeo de depoimentos e entrevistas com niacuteveis diversos de

estruturaccedilatildeordquo

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA

Esta pesquisa tem como cenaacuterio um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de

Janeiro Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (CNES 2016) esse

estabelecimento eacute caracterizado como hospital geral com esfera administrativa federal

estando sob gestatildeo municipal A natureza da Organizaccedilatildeo eacute a autarquia (administraccedilatildeo

indireta) ou seja o serviccedilo eacute autocircnomo criado por lei com personalidade juriacutedica

patrimocircnio e receita proacuteprios para executar atividades tiacutepicas da Administraccedilatildeo Puacuteblica que

requeiram gestatildeo administrativa e financeira descentralizada (BRASIL 1990)

Contando com 1442 profissionais 697 dos quais satildeo meacutedicos a unidade realiza

atendimento de demanda referenciada contando com os seguintes tipos de atendimento

Ambulatorial Internaccedilatildeo Urgecircncia e Serviccedilos de Apoio Diagnoacutestico e Terapecircutico

O Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos

bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns (CNES 2016) Sua aacuterea de abrangecircncia atinge

uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de habitantes (ibid)

22

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS

A versatildeo original do HCWM-RAT foi desenvolvida pela Organizaccedilatildeo Mundial da

Sauacutede (OMS) (WHO 2005) como parte de uma estrateacutegia que visa reduzir a carga global de

doenccedilas relacionada com a inadequada gestatildeo dos resiacuteduos especialmente das fases de

tratamento e disposiccedilatildeo final Tendo como objetivo central colaborar com os paiacuteses na

aplicaccedilatildeo de metas estrateacutegicas em especial aquelas contidas em acordos multilaterais como

os de Basileacuteia e de Estocolmo

Este instrumento se destina a avaliaccedilatildeo da performace ambiental no setor sauacutede

visando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas integradas de sauacutede e ambiente Eacute estruturado em

meacutetodo raacutepido de avaliaccedilatildeo2 para GRSS O HCWM-RAT Versatildeo Brasileira (ANEXO 82) eacute

fruto de adaptaccedilatildeo transcultural e validaccedilatildeo para uso em territoacuterio brasileiro (SILVA 2011)

Daacute condiccedilatildeo agrave institucionalizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo na aacuterea da gestatildeo e gerenciamento de resiacuteduos

da produccedilatildeo da sauacutede em concepccedilatildeo teoacuterico-poliacutetica de avaliaccedilatildeo formativa participativa e

emancipatoacuteria eacute capaz de reforccedilar o mecanismo de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo e estrateacutegias

de sauacutede trabalho e ambiente no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) (ibid)

O referido instrumento proposto pela OMS numa perspectiva universalista possui

escopo voltado para avaliaccedilatildeo em niacuteveis local (Estabelecimento de Sauacutede) municipalregional

e federal

Em niacutevel nacional possuiacute 2 (dois) conjuntos de questotildees (B1 e B2) voltados para

questionamento junto ao Ministeacuterio da Sauacutede e Ministeacuterio do Meio Ambiente Para

levantamento de dados junto agraves instacircncias municipais possui o conjunto de questotildees da

ferramenta ldquoCrdquo Em niacutevel local possuiacute 4 (quatro) conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4

endereccedilados agrave administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem eou CCIH (considerando

ambos ou o profissional mais familiarizado com o contexto do gerenciamento de resiacuteduos de

serviccedilos de sauacutede - GRSS na unidade) responsaacutevel (s) pelo GRSS e profissional de serviccedilos

gerais (que manipulemtransportem internamente os resiacuteduos) respectivamente Ressalta-se

que cada iacutetem (questatildeo do questionaacuterio) eacute direcionado a determinado grupo

participanterespondente de modo que o proacuteprio instrumento preacute-estabelece criteacuterios de

inclusatildeo e exclusatildeo da amostra

2 O Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Raacutepida (Rapid Evaluation Methods) utiliza uma mescla de abordagens quanti-qualitativas Seus quatro

princiacutepios satildeo uso de fontes muacuteltiplas rapidez pragmatismo e custo-efetividade (ANKER et al 1993 MCNALL et al 2007)

23

331 Participantes da Pesquisa

Baseado no escopo do instrumento de avaliaccedilatildeo e em seu modus operandi em cada

grupo de iacutetens eacute direcionado a uma categoria de profissionais e setor de atuaccedilatildeo os

participantes deste estudo seratildeo servidores gestores interlocutores profissionais da sauacutede e

profissionais de empresas terceirizadas (manejo para transporte interno e serviccedilo de coleta e

transporte externo) que encontrarem-se dentro dos criteacuterios de inclusatildeo agrave saber

envolvimento direto ou indireto com o setor ou Sistema de Gerenciamento dos Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) diretoresgestores dos ESs puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de

administrador ou semelhante a quem eacute endereccedilada a ferramenta D1 Enfermeira (o) chefe de

CCIH eou SESMT respondentes da ferramenta D2 Gestoresinterlocutores responsaacuteveis ou

participantes da comissatildeo para GRSS para quem se destina a ferramenta D3 e envolvidos

nas etapas de manejo que incluem a coleta e transporteinterno de RSS respondentes da

ferramenta D4 aceitar participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido encontrar-se disponiacutevel durante a coleta de dados e o proacuteprio criteacuterio de inclusatildeo

do item proposto

A coleta de dados ocorreu em 2016 periacuteodo no qual o HURJ em questatildeo passava por

transiccedilatildeo administrativa Teve-se como participantes da pesquisa 01 responsaacutevel pela coleta e

transporte interno de RSS 01 responsaacutevel pela GRSS da unidade 04 Enfermeiros-chefes 02

representantes da Gestatildeo Hospitalar

34 ANAacuteLISE DE DADOS

A anaacutelise ocorre por meio das categorias do instrumento de coleta supracitado O

sistema de avaliaccedilatildeo eacute projetado por toacutepicos na proacutepria planilha na qual a ferramenta eacute

estruturada de modo a obter um perfil da situaccedilatildeo de GRSS Este sistema de classificaccedilatildeo eacute

baseado em questotildees-chave que devem agrave luz das legislaccedilotildees vigentes ser cumpridas para se

garantir um gerenciamento seguro de RSS

35 ASPECTOS EacuteTICOS

Este estudo acata as normas estabelecidas pela portaria 4662012 do Ministeacuterio da

sauacutede para a realizaccedilatildeo de pesquisas com seres humanos que incorpora sob a oacutetica do

24

indiviacuteduo e das coletividades referenciais baacutesicos da bioeacutetica como autonomia natildeo

maleficecircncia equidade justiccedila e beneficecircncia e visando assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado este estudo foi

submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (CAE

56254916900005243 Parecer nordm 1608748)

Ressalta-se que os dados coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por no

miacutenimo 05 anos sob tutela do autor desta pesquisa de forma confidencial Apoacutes este periacuteodo

todo o material coletado seraacute destruiacutedo

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

6 OBRAS CITADAS

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

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83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

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104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 18: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

No Brasil a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2004a) o Conselho

Nacional do Meio Ambiente (BRASIL 2005) e a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear

(CNEN 1985) satildeo os Oacutergatildeos responsaacuteveis pela regulaccedilatildeo e orientaccedilatildeo das accedilotildees de gestatildeo e

gerenciamento dos RSS do momento em que satildeo gerados agrave disposiccedilatildeo final incluiacutedos os

aspectos de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental (SILVA 2006)

O Resiacuteduo de Serviccedilo de Sauacutede (RSS) pode ser definido como o total de resiacuteduos

gerados pelos estabelecimentos de assistecircncia agrave sauacutede incluiacutedos os de diagnoacutestico e de

laboratoacuterios parcela dos provenientes de diaacutelise e dispositivos para aplicaccedilatildeo de insulina e

outros perfurocortantes gerados pelo cuidado agrave sauacutede em domiciacutelio (BRASIL 2004a

CHARTIER 2014)

A exposiccedilatildeo aos perfurocortantes e as suas consequecircncias satildeo altamente passiacuteveis de

prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo mediante intervenccedilotildees simples como a vacinaccedilatildeo para trabalhadores

da sauacutede (SILVA CORTEZ VALENTE 2009) e dos que lidam com resiacuteduos de serviccedilos de

sauacutede (RSS) educaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o manejo de resiacuteduos (RUDRASWAMY

SAMPATH DOGGALLI 2012)

Esses resiacuteduos podem causar danos agrave sauacutede humana e meio ambiente quando

inadequadamente gerenciados (CHARTIER 2014) Por exemplo a OMS estima que em 2000

o acesso a seringas contaminadas possa ter sido responsaacutevel por 21 milhotildees de infecccedilotildees pelo

Viacuterus da Hepatite B representando 32 de todas as novas infecccedilotildees 2 milhotildees de Viacuterus da

Hepatite C com uma representaccedilatildeo de 40 e 260 mil infecccedilotildees pelo viacuterus da

imunodeficiecircncia humana (HIV) sendo este representado por 5 de todos os novos casos

(WORLD HEALTH ORGANIZATION 2005b)

O potencial de contaminaccedilatildeo do solo do ar e das aacuteguas superficiais e subterracircneas na

medida em que os RSS satildeo inadequadamente segregados e dispostos em vazadouros agrave ceacuteu

aberto ou aterros controlados tambeacutem satildeo uma preocupaccedilatildeo mundial (COZENDEY-SILVA

et al 2016 FALQUETO KLIGERMAN ASSUMPCcedilAtildeO 2010 KARAMOUZ et al 2007)

A gestatildeo dos RSS deve se pautar minimamente pelos seguintes princiacutepios princiacutepio

da responsabilidade institucional pois a organizaccedilatildeo que gera o resiacuteduo tem o dever

de eliminaacute-lo de forma segura princiacutepio do poluidor pagador entendendo que quem

produz o resiacuteduo eacute juriacutedica e financeiramente responsaacutevel pela seguranccedila do

16

manuseio e eliminaccedilatildeo do mesmo princiacutepio da precauccedilatildeo esse adverte que a

parcela dos RSS considerada perigosa deve assim ser classificada ateacute que seja

demonstrada que eacute segura princiacutepio da proximidade o qual recomenda o tratamento

e eliminaccedilatildeo de resiacuteduos perigosos em local mais proacuteximo possiacutevel do ponto de

geraccedilatildeo (SILVA 2011)

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL

No Brasil natildeo haacute estatiacutesticas precisas a respeito do nuacutemero de geradores nem da

quantidade de resiacuteduos deserviccedilos de sauacutede gerada diariamente (SILVA 2011) Conforme

explicitado na Pesquisa Nacional de Saneamento Baacutesico (BRASIL 2008) satildeo coletadas

diariamente 259547 toneladas de resiacuteduos no Brasil Estima-se que 17 desses corresponda

aos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede totalizando aproximadamente 4449 toneladas diaacuterias Os

resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede satildeo de natureza diversa sendo necessaacuteria uma classificaccedilatildeo

para a segregaccedilatildeo (GARCIA ZANETTI-RAMOS 2004)

As resoluccedilotildees da Anvisa RDC nordm 30604 e do Conama nordm 35805 convergem para a

seguinte definiccedilatildeo de RSS

[] todos os serviccedilos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal

inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de trabalhos de campo laboratoacuterios

analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios funeraacuterias e serviccedilos em que se

realizem atividades de embalsamento (tanatopraxia e somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos

de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as de manipulaccedilatildeo

estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de controle de

zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores distribuidores e

produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades moacuteveis de

atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem dentre outros

similares (BRASIL 2004a 2005)

O gerenciamento dos RSS pode ser definido como procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e legais

visando minimizar a geraccedilatildeo de resiacuteduos e assegurar agravequeles gerados tratamento transporte e

armazenamento eficientes dispondo proteccedilatildeo aos profissionais envolvidos em todo o

processo assim como a sauacutede puacuteblica recursos naturais e meio ambiente (BRASIL 2004a) O

Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) deve ser elaborado

compatiacutevel com as normas locais relativas agrave coleta transporte e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

17

gerados estabelecidas pelos oacutergatildeos locais responsaacuteveis por estas etapas e baseado nas

caracteriacutesticas dos resiacuteduos gerados e na sua classificaccedilatildeo (ibid)

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS)

A Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria RDC nordm 3062004 e o Conselho Nacional

do Meio Ambiente atraveacutes de sua resoluccedilatildeo nordm 3582005 definem o PGRSS como sendo

O documento que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao manejo dos resiacuteduos

soacutelidos observadas suas caracteriacutesticas e riscos no acircmbito dos estabelecimentos

contemplando os aspectos referentes agrave geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento

coleta armazenamento transporte tratamento e disposiccedilatildeo final bem como as accedilotildees

de proteccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica e ao meio ambiente contemplando assim as etapas do

gerenciamento intra e extra estabelecimento de sauacutede (BRASIL 2004a 2005)

O PGRSS deve ser feito em conjunto com todos os setores de modo que sua

elaboraccedilatildeo implantaccedilatildeo e desenvolvimento do PGRSS devem envolver os setores de

higienizaccedilatildeo e limpeza a Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar ou Comissotildees de

Biosseguranccedila e os Serviccedilos de Engenharia de Seguranccedila e Medicina no Trabalho onde

houver obrigatoriedade de existecircncia desses serviccedilos abrangendo a todos do estabelecimento

gerador (BRASIL 2010b)

A questatildeo da segregaccedilatildeo dos resiacuteduos infectantes requer maior atenccedilatildeo no sentido de

minimizar gastos na sauacutede aleacutem dos cuidados com infecccedilotildees e impacto no ambiente

(CHARTIER 2014) Eacute necessaacuterio e recomendaacutevel que trabalhadores da aacuterea de sauacutede estejam

sempre atualizados quanto agraves normas e rotinas do serviccedilo assim como das medidas de

biosseguranccedila (SILVA et al 2014)

A implementaccedilatildeo das praacuteticas tecnicamente recomendadas estaacute intimamente ligada agrave

qualificaccedilatildeo dos profissionais envolvidos na elaboraccedilatildeo e na aplicaccedilatildeo do plano sob os

aspectos operacionais da seguranccedila do trabalhador e nos aspectos culturais O princiacutepio da

logiacutestica reversa eacute fator determinante na instrumentalizaccedilatildeo de praacuteticas numa perspectiva de

sustentabilidade (CHARTIER 2014) Este princiacutepio eacute definido como a accedilatildeo correspondente

ao caminho inverso da logiacutestica partindo do ponto de consumo para o iniacutecio da cadeia de

geraccedilatildeo considerando fundamentalmente o reaproveitamento como elemento da poliacutetica

ambiental (ALVES et al 2012a BELLAN et al 2012)

18

Segundo Sisinno e Moreira (2005) pelos princiacutepios da ecoeficiecircncia ldquoo

gerenciamento dos resiacuteduos deveria privilegiar em ordem de prioridade a natildeo geraccedilatildeo a

reduccedilatildeo da geraccedilatildeo a reciclagem e finalmente o tratamento ou disposiccedilatildeo finalrdquo tornando

assim a identificaccedilatildeo da fonte geradora uma etapa importante quando o enfoque eacute a natildeo

geraccedilatildeo ou a reduccedilatildeo da geraccedilatildeo

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes no Brasil (2004a 2005) os RSS satildeo

classificados em cinco grupos de modo que os resiacuteduos do Grupo A satildeo resiacuteduos que

possivelmente apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos

do Grupo B referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave

sauacutede puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes e abrasivos

2221 Grupo D

Conforme supracitado estes satildeo resiacuteduos provenientes de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo

apresentam risco bioloacutegico quiacutemico ou radioloacutegico agrave sauacutede ou ao meio ambiente podendo ser

equiparados aos resiacuteduos domiciliares (BRASIL 2005) Nesse grupo satildeo gerados resiacuteduos

compostaacuteveis reciclaacuteveis e aqueles que podem servir para alimentaccedilatildeo de animais e rejeitos

Apesar de natildeo ser uma exigecircncia eacute desejaacutevel que seja realizada segregaccedilatildeo e

identificaccedilatildeo dos resiacuteduos do Grupo D para a reciclagem atraveacutes de um coacutedigo de cores para

os recipientes conforme evidenciado na Fig 1 (BRASIL 2004) Caso natildeo haja segregaccedilatildeo

para a reciclagem natildeo haacute padronizaccedilatildeo para a cor dos recipientes Estudos apontam que a

segregaccedilatildeo se mostra ineficiente natildeo apenas em relaccedilatildeo a coleta seletiva mas tambeacutem a

separaccedilatildeo de outros grupos de RSS (ALVES et al 2012b)

19

Fig 01 ndash Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D devem ser coletados e transportados

separadamente dos resiacuteduos dos outros grupos para que natildeo haja contaminaccedilatildeo (BRASIL

2004) O armazenamento temporaacuterio dos resiacuteduos do Grupo D pode ser na Sala de Resiacuteduos

poreacutem em recipientes exclusivos e identificados para manter a segregaccedilatildeo O armazenamento

externo dos resiacuteduos do Grupo D deve ser em abrigo com no miacutenimo um ambiente separado

para atender ao armazenamento de recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D e outro

ambiente para os grupos A e E (FEAM 2008)

Os resiacuteduos orgacircnicos como flores resiacuteduos de jardinagem sobras de alimento e de

outros que natildeo tenham mantido contato com resiacuteduos infectantes (secreccedilotildees excreccedilotildees ou

outro fluido corpoacutereo) podem ser encaminhados para o processo de compostagem (BRASIL

2004)

Destaca-se que os restos e sobras de alimentos podem ser utilizados para fins de raccedilatildeo

animal desde que submetidos a um tratamento que garanta sua inocuidade avaliado e

comprovado por oacutergatildeo competente da Agricultura e de Vigilacircncia Sanitaacuteria do Municiacutepio

Estado ou do Distrito Federal (ibid)

Os efluentes (resiacuteduos liacutequidos) provenientes da rede esgoto de estabelecimento de

sauacutede devem ser tratados antes do lanccedilamento no corpo receptor ou na rede coletora de

esgoto sempre que natildeo houver sistema de tratamento de esgoto coletivo atendendo agrave aacuterea

onde estaacute localizado o serviccedilo conforme definido na RDC ANVISA nordm 502002 Deve ser

mantido o registro de operaccedilatildeo de venda ou de doaccedilatildeo dos resiacuteduos destinados agrave reciclagem

compostagem e alimentaccedilatildeo de animais (CUSSIOL 2008)

bull Papeacuteis Azul

bull Metais Amarelo

bull Vidros Verde

bull Plaacutesticos Vermelho

bull Resiacuteduos Orgacircnicos Marrom

bull Demais resiacuteduos do Grupo D Cinza

20

223 Etapas de Manejo

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final incluindo as seguintes

etapas

Fig 02 ndash Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

Fonte Adaptado de Silva 2011 p 43

Segregaccedilatildeo

Separaccedilatildeo dos resiacuteduos no momento e local de sua geraccedilatildeo de acordo

com as caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas bioloacutegicas o seu estado

fiacutesico e os riscos envolvidos

Acondicionamento

Ato de embalar corretamente os resiacuteduos segregados conforme suas

caracteriacutesticas

Identificaccedilatildeo

medidas que permitem o reconhecimento dos resiacuteduos

contidos nos sacos e recipientes

Transporte interno

Translado do ponto de geraccedilatildeo ateacute o local de armazenamento temporaacuterio

Tratamento

processoa manuais mecacircnicos fiacutesicos quiacutemicos ou bioloacutegicos que

alterem as caracteriacutesticas dos resiacuteduos visando minimizar riscos agrave

sauacutede e o meio ambiente

Armazenamento Interno Temporaacuterio

Guarda temporaacuteria dos recipientes contendo os resiacuteduos jaacute

acondicionados em local proacuteximo aos pontos de geraccedilatildeo

Armazenamento Externo

Acondicionamento dos resiacuteduos em abrigo em recipientes coletores

adequados em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os

veiacuteculos coletores

Coleta e Transporte Externo

Remoccedilatildeo dos RSS do armazenamento externo ateacute a

unidade de tratamento ou disposiccedilatildeo final

Disposiccedilatildeo Final

Disposiccedilatildeo definitiva de resiacuteduos no solo ou em locais previamente preparados para recebecirc-los As

formas usualmente utilizadas satildeo aterro sanitaacuterio aterro para

resiacuteduos perigosos de Classe I (para resiacuteduos industriais) aterro

controlado lixatildeo ou vazadouro e valas

21

3 METODOLOGIA

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pesquisa de campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa Tem

como teacutecnica de coleta de dados aplicaccedilatildeo de instrumento de pesquisa validado e especiacutefico

para o tema GRSS (HCWM-RAT ndash Versatildeo Brasileira disponiacutevel em

portfolioinovacaofiocruzbr) conforme especificado no item 33 ldquoINSTRUMENTO DE

PESQUISA E COLETA DE DADOSrdquo

A Pesquisa de Campo eacute definida por Lakatos e Marconi (2003) como uma estrateacutegia

de documentaccedilatildeo direta ou seja o levantamento de dados se daacute no local onde ocorre o

fenocircmeno a ser estudado Assim a pesquisa de campo ldquoconsiste na observaccedilatildeo de fatos e

fenocircmenos tal como ocorrem espontaneamente na coleta de dados a eles referentes e no

registro de variaacuteveis que se presume relevantes para analisaacute-losrdquo (ibid p 185)

Segundo Gil (2002 p 131) a pesquisa de campo do tipo descritiva tem a preocupaccedilatildeo

com a descriccedilatildeo tendo maior na profundidade do dado coletado de modo que o pesquisador

tende a ldquopreferir a utilizaccedilatildeo de depoimentos e entrevistas com niacuteveis diversos de

estruturaccedilatildeordquo

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA

Esta pesquisa tem como cenaacuterio um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de

Janeiro Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (CNES 2016) esse

estabelecimento eacute caracterizado como hospital geral com esfera administrativa federal

estando sob gestatildeo municipal A natureza da Organizaccedilatildeo eacute a autarquia (administraccedilatildeo

indireta) ou seja o serviccedilo eacute autocircnomo criado por lei com personalidade juriacutedica

patrimocircnio e receita proacuteprios para executar atividades tiacutepicas da Administraccedilatildeo Puacuteblica que

requeiram gestatildeo administrativa e financeira descentralizada (BRASIL 1990)

Contando com 1442 profissionais 697 dos quais satildeo meacutedicos a unidade realiza

atendimento de demanda referenciada contando com os seguintes tipos de atendimento

Ambulatorial Internaccedilatildeo Urgecircncia e Serviccedilos de Apoio Diagnoacutestico e Terapecircutico

O Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos

bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns (CNES 2016) Sua aacuterea de abrangecircncia atinge

uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de habitantes (ibid)

22

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS

A versatildeo original do HCWM-RAT foi desenvolvida pela Organizaccedilatildeo Mundial da

Sauacutede (OMS) (WHO 2005) como parte de uma estrateacutegia que visa reduzir a carga global de

doenccedilas relacionada com a inadequada gestatildeo dos resiacuteduos especialmente das fases de

tratamento e disposiccedilatildeo final Tendo como objetivo central colaborar com os paiacuteses na

aplicaccedilatildeo de metas estrateacutegicas em especial aquelas contidas em acordos multilaterais como

os de Basileacuteia e de Estocolmo

Este instrumento se destina a avaliaccedilatildeo da performace ambiental no setor sauacutede

visando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas integradas de sauacutede e ambiente Eacute estruturado em

meacutetodo raacutepido de avaliaccedilatildeo2 para GRSS O HCWM-RAT Versatildeo Brasileira (ANEXO 82) eacute

fruto de adaptaccedilatildeo transcultural e validaccedilatildeo para uso em territoacuterio brasileiro (SILVA 2011)

Daacute condiccedilatildeo agrave institucionalizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo na aacuterea da gestatildeo e gerenciamento de resiacuteduos

da produccedilatildeo da sauacutede em concepccedilatildeo teoacuterico-poliacutetica de avaliaccedilatildeo formativa participativa e

emancipatoacuteria eacute capaz de reforccedilar o mecanismo de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo e estrateacutegias

de sauacutede trabalho e ambiente no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) (ibid)

O referido instrumento proposto pela OMS numa perspectiva universalista possui

escopo voltado para avaliaccedilatildeo em niacuteveis local (Estabelecimento de Sauacutede) municipalregional

e federal

Em niacutevel nacional possuiacute 2 (dois) conjuntos de questotildees (B1 e B2) voltados para

questionamento junto ao Ministeacuterio da Sauacutede e Ministeacuterio do Meio Ambiente Para

levantamento de dados junto agraves instacircncias municipais possui o conjunto de questotildees da

ferramenta ldquoCrdquo Em niacutevel local possuiacute 4 (quatro) conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4

endereccedilados agrave administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem eou CCIH (considerando

ambos ou o profissional mais familiarizado com o contexto do gerenciamento de resiacuteduos de

serviccedilos de sauacutede - GRSS na unidade) responsaacutevel (s) pelo GRSS e profissional de serviccedilos

gerais (que manipulemtransportem internamente os resiacuteduos) respectivamente Ressalta-se

que cada iacutetem (questatildeo do questionaacuterio) eacute direcionado a determinado grupo

participanterespondente de modo que o proacuteprio instrumento preacute-estabelece criteacuterios de

inclusatildeo e exclusatildeo da amostra

2 O Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Raacutepida (Rapid Evaluation Methods) utiliza uma mescla de abordagens quanti-qualitativas Seus quatro

princiacutepios satildeo uso de fontes muacuteltiplas rapidez pragmatismo e custo-efetividade (ANKER et al 1993 MCNALL et al 2007)

23

331 Participantes da Pesquisa

Baseado no escopo do instrumento de avaliaccedilatildeo e em seu modus operandi em cada

grupo de iacutetens eacute direcionado a uma categoria de profissionais e setor de atuaccedilatildeo os

participantes deste estudo seratildeo servidores gestores interlocutores profissionais da sauacutede e

profissionais de empresas terceirizadas (manejo para transporte interno e serviccedilo de coleta e

transporte externo) que encontrarem-se dentro dos criteacuterios de inclusatildeo agrave saber

envolvimento direto ou indireto com o setor ou Sistema de Gerenciamento dos Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) diretoresgestores dos ESs puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de

administrador ou semelhante a quem eacute endereccedilada a ferramenta D1 Enfermeira (o) chefe de

CCIH eou SESMT respondentes da ferramenta D2 Gestoresinterlocutores responsaacuteveis ou

participantes da comissatildeo para GRSS para quem se destina a ferramenta D3 e envolvidos

nas etapas de manejo que incluem a coleta e transporteinterno de RSS respondentes da

ferramenta D4 aceitar participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido encontrar-se disponiacutevel durante a coleta de dados e o proacuteprio criteacuterio de inclusatildeo

do item proposto

A coleta de dados ocorreu em 2016 periacuteodo no qual o HURJ em questatildeo passava por

transiccedilatildeo administrativa Teve-se como participantes da pesquisa 01 responsaacutevel pela coleta e

transporte interno de RSS 01 responsaacutevel pela GRSS da unidade 04 Enfermeiros-chefes 02

representantes da Gestatildeo Hospitalar

34 ANAacuteLISE DE DADOS

A anaacutelise ocorre por meio das categorias do instrumento de coleta supracitado O

sistema de avaliaccedilatildeo eacute projetado por toacutepicos na proacutepria planilha na qual a ferramenta eacute

estruturada de modo a obter um perfil da situaccedilatildeo de GRSS Este sistema de classificaccedilatildeo eacute

baseado em questotildees-chave que devem agrave luz das legislaccedilotildees vigentes ser cumpridas para se

garantir um gerenciamento seguro de RSS

35 ASPECTOS EacuteTICOS

Este estudo acata as normas estabelecidas pela portaria 4662012 do Ministeacuterio da

sauacutede para a realizaccedilatildeo de pesquisas com seres humanos que incorpora sob a oacutetica do

24

indiviacuteduo e das coletividades referenciais baacutesicos da bioeacutetica como autonomia natildeo

maleficecircncia equidade justiccedila e beneficecircncia e visando assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado este estudo foi

submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (CAE

56254916900005243 Parecer nordm 1608748)

Ressalta-se que os dados coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por no

miacutenimo 05 anos sob tutela do autor desta pesquisa de forma confidencial Apoacutes este periacuteodo

todo o material coletado seraacute destruiacutedo

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

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outubro de 2010 Diaacuterio Oficial [da] Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia 16 de

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Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia -3 de agosto de 2010 P 2

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Sauacutede 2006 76 p

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Diretoria Colegiada RDC nordm 50 de 21 de fevereiro de 2002 Dispotildee sobre o Regulamento

teacutecnico para o planejamento programaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de projetos fiacutesicos de

estabelecimentos assistenciais de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo da Repuacuteblica Federativa

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______ Resoluccedilatildeo RDC nordm 306 de 07 de dezembro de 2004 Dispotildee sobre o regulamento

teacutecnico para o gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

Brasiacutelia 10 de dezembro de 2004

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

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95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 19: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

16

manuseio e eliminaccedilatildeo do mesmo princiacutepio da precauccedilatildeo esse adverte que a

parcela dos RSS considerada perigosa deve assim ser classificada ateacute que seja

demonstrada que eacute segura princiacutepio da proximidade o qual recomenda o tratamento

e eliminaccedilatildeo de resiacuteduos perigosos em local mais proacuteximo possiacutevel do ponto de

geraccedilatildeo (SILVA 2011)

22 GERENCIAMENTO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE NO BRASIL

No Brasil natildeo haacute estatiacutesticas precisas a respeito do nuacutemero de geradores nem da

quantidade de resiacuteduos deserviccedilos de sauacutede gerada diariamente (SILVA 2011) Conforme

explicitado na Pesquisa Nacional de Saneamento Baacutesico (BRASIL 2008) satildeo coletadas

diariamente 259547 toneladas de resiacuteduos no Brasil Estima-se que 17 desses corresponda

aos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede totalizando aproximadamente 4449 toneladas diaacuterias Os

resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede satildeo de natureza diversa sendo necessaacuteria uma classificaccedilatildeo

para a segregaccedilatildeo (GARCIA ZANETTI-RAMOS 2004)

As resoluccedilotildees da Anvisa RDC nordm 30604 e do Conama nordm 35805 convergem para a

seguinte definiccedilatildeo de RSS

[] todos os serviccedilos relacionados com o atendimento agrave sauacutede humana ou animal

inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de trabalhos de campo laboratoacuterios

analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios funeraacuterias e serviccedilos em que se

realizem atividades de embalsamento (tanatopraxia e somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos

de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as de manipulaccedilatildeo

estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de controle de

zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores distribuidores e

produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades moacuteveis de

atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem dentre outros

similares (BRASIL 2004a 2005)

O gerenciamento dos RSS pode ser definido como procedimentos de gestatildeo

planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e legais

visando minimizar a geraccedilatildeo de resiacuteduos e assegurar agravequeles gerados tratamento transporte e

armazenamento eficientes dispondo proteccedilatildeo aos profissionais envolvidos em todo o

processo assim como a sauacutede puacuteblica recursos naturais e meio ambiente (BRASIL 2004a) O

Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) deve ser elaborado

compatiacutevel com as normas locais relativas agrave coleta transporte e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

17

gerados estabelecidas pelos oacutergatildeos locais responsaacuteveis por estas etapas e baseado nas

caracteriacutesticas dos resiacuteduos gerados e na sua classificaccedilatildeo (ibid)

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS)

A Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria RDC nordm 3062004 e o Conselho Nacional

do Meio Ambiente atraveacutes de sua resoluccedilatildeo nordm 3582005 definem o PGRSS como sendo

O documento que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao manejo dos resiacuteduos

soacutelidos observadas suas caracteriacutesticas e riscos no acircmbito dos estabelecimentos

contemplando os aspectos referentes agrave geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento

coleta armazenamento transporte tratamento e disposiccedilatildeo final bem como as accedilotildees

de proteccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica e ao meio ambiente contemplando assim as etapas do

gerenciamento intra e extra estabelecimento de sauacutede (BRASIL 2004a 2005)

O PGRSS deve ser feito em conjunto com todos os setores de modo que sua

elaboraccedilatildeo implantaccedilatildeo e desenvolvimento do PGRSS devem envolver os setores de

higienizaccedilatildeo e limpeza a Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar ou Comissotildees de

Biosseguranccedila e os Serviccedilos de Engenharia de Seguranccedila e Medicina no Trabalho onde

houver obrigatoriedade de existecircncia desses serviccedilos abrangendo a todos do estabelecimento

gerador (BRASIL 2010b)

A questatildeo da segregaccedilatildeo dos resiacuteduos infectantes requer maior atenccedilatildeo no sentido de

minimizar gastos na sauacutede aleacutem dos cuidados com infecccedilotildees e impacto no ambiente

(CHARTIER 2014) Eacute necessaacuterio e recomendaacutevel que trabalhadores da aacuterea de sauacutede estejam

sempre atualizados quanto agraves normas e rotinas do serviccedilo assim como das medidas de

biosseguranccedila (SILVA et al 2014)

A implementaccedilatildeo das praacuteticas tecnicamente recomendadas estaacute intimamente ligada agrave

qualificaccedilatildeo dos profissionais envolvidos na elaboraccedilatildeo e na aplicaccedilatildeo do plano sob os

aspectos operacionais da seguranccedila do trabalhador e nos aspectos culturais O princiacutepio da

logiacutestica reversa eacute fator determinante na instrumentalizaccedilatildeo de praacuteticas numa perspectiva de

sustentabilidade (CHARTIER 2014) Este princiacutepio eacute definido como a accedilatildeo correspondente

ao caminho inverso da logiacutestica partindo do ponto de consumo para o iniacutecio da cadeia de

geraccedilatildeo considerando fundamentalmente o reaproveitamento como elemento da poliacutetica

ambiental (ALVES et al 2012a BELLAN et al 2012)

18

Segundo Sisinno e Moreira (2005) pelos princiacutepios da ecoeficiecircncia ldquoo

gerenciamento dos resiacuteduos deveria privilegiar em ordem de prioridade a natildeo geraccedilatildeo a

reduccedilatildeo da geraccedilatildeo a reciclagem e finalmente o tratamento ou disposiccedilatildeo finalrdquo tornando

assim a identificaccedilatildeo da fonte geradora uma etapa importante quando o enfoque eacute a natildeo

geraccedilatildeo ou a reduccedilatildeo da geraccedilatildeo

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes no Brasil (2004a 2005) os RSS satildeo

classificados em cinco grupos de modo que os resiacuteduos do Grupo A satildeo resiacuteduos que

possivelmente apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos

do Grupo B referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave

sauacutede puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes e abrasivos

2221 Grupo D

Conforme supracitado estes satildeo resiacuteduos provenientes de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo

apresentam risco bioloacutegico quiacutemico ou radioloacutegico agrave sauacutede ou ao meio ambiente podendo ser

equiparados aos resiacuteduos domiciliares (BRASIL 2005) Nesse grupo satildeo gerados resiacuteduos

compostaacuteveis reciclaacuteveis e aqueles que podem servir para alimentaccedilatildeo de animais e rejeitos

Apesar de natildeo ser uma exigecircncia eacute desejaacutevel que seja realizada segregaccedilatildeo e

identificaccedilatildeo dos resiacuteduos do Grupo D para a reciclagem atraveacutes de um coacutedigo de cores para

os recipientes conforme evidenciado na Fig 1 (BRASIL 2004) Caso natildeo haja segregaccedilatildeo

para a reciclagem natildeo haacute padronizaccedilatildeo para a cor dos recipientes Estudos apontam que a

segregaccedilatildeo se mostra ineficiente natildeo apenas em relaccedilatildeo a coleta seletiva mas tambeacutem a

separaccedilatildeo de outros grupos de RSS (ALVES et al 2012b)

19

Fig 01 ndash Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D devem ser coletados e transportados

separadamente dos resiacuteduos dos outros grupos para que natildeo haja contaminaccedilatildeo (BRASIL

2004) O armazenamento temporaacuterio dos resiacuteduos do Grupo D pode ser na Sala de Resiacuteduos

poreacutem em recipientes exclusivos e identificados para manter a segregaccedilatildeo O armazenamento

externo dos resiacuteduos do Grupo D deve ser em abrigo com no miacutenimo um ambiente separado

para atender ao armazenamento de recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D e outro

ambiente para os grupos A e E (FEAM 2008)

Os resiacuteduos orgacircnicos como flores resiacuteduos de jardinagem sobras de alimento e de

outros que natildeo tenham mantido contato com resiacuteduos infectantes (secreccedilotildees excreccedilotildees ou

outro fluido corpoacutereo) podem ser encaminhados para o processo de compostagem (BRASIL

2004)

Destaca-se que os restos e sobras de alimentos podem ser utilizados para fins de raccedilatildeo

animal desde que submetidos a um tratamento que garanta sua inocuidade avaliado e

comprovado por oacutergatildeo competente da Agricultura e de Vigilacircncia Sanitaacuteria do Municiacutepio

Estado ou do Distrito Federal (ibid)

Os efluentes (resiacuteduos liacutequidos) provenientes da rede esgoto de estabelecimento de

sauacutede devem ser tratados antes do lanccedilamento no corpo receptor ou na rede coletora de

esgoto sempre que natildeo houver sistema de tratamento de esgoto coletivo atendendo agrave aacuterea

onde estaacute localizado o serviccedilo conforme definido na RDC ANVISA nordm 502002 Deve ser

mantido o registro de operaccedilatildeo de venda ou de doaccedilatildeo dos resiacuteduos destinados agrave reciclagem

compostagem e alimentaccedilatildeo de animais (CUSSIOL 2008)

bull Papeacuteis Azul

bull Metais Amarelo

bull Vidros Verde

bull Plaacutesticos Vermelho

bull Resiacuteduos Orgacircnicos Marrom

bull Demais resiacuteduos do Grupo D Cinza

20

223 Etapas de Manejo

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final incluindo as seguintes

etapas

Fig 02 ndash Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

Fonte Adaptado de Silva 2011 p 43

Segregaccedilatildeo

Separaccedilatildeo dos resiacuteduos no momento e local de sua geraccedilatildeo de acordo

com as caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas bioloacutegicas o seu estado

fiacutesico e os riscos envolvidos

Acondicionamento

Ato de embalar corretamente os resiacuteduos segregados conforme suas

caracteriacutesticas

Identificaccedilatildeo

medidas que permitem o reconhecimento dos resiacuteduos

contidos nos sacos e recipientes

Transporte interno

Translado do ponto de geraccedilatildeo ateacute o local de armazenamento temporaacuterio

Tratamento

processoa manuais mecacircnicos fiacutesicos quiacutemicos ou bioloacutegicos que

alterem as caracteriacutesticas dos resiacuteduos visando minimizar riscos agrave

sauacutede e o meio ambiente

Armazenamento Interno Temporaacuterio

Guarda temporaacuteria dos recipientes contendo os resiacuteduos jaacute

acondicionados em local proacuteximo aos pontos de geraccedilatildeo

Armazenamento Externo

Acondicionamento dos resiacuteduos em abrigo em recipientes coletores

adequados em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os

veiacuteculos coletores

Coleta e Transporte Externo

Remoccedilatildeo dos RSS do armazenamento externo ateacute a

unidade de tratamento ou disposiccedilatildeo final

Disposiccedilatildeo Final

Disposiccedilatildeo definitiva de resiacuteduos no solo ou em locais previamente preparados para recebecirc-los As

formas usualmente utilizadas satildeo aterro sanitaacuterio aterro para

resiacuteduos perigosos de Classe I (para resiacuteduos industriais) aterro

controlado lixatildeo ou vazadouro e valas

21

3 METODOLOGIA

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pesquisa de campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa Tem

como teacutecnica de coleta de dados aplicaccedilatildeo de instrumento de pesquisa validado e especiacutefico

para o tema GRSS (HCWM-RAT ndash Versatildeo Brasileira disponiacutevel em

portfolioinovacaofiocruzbr) conforme especificado no item 33 ldquoINSTRUMENTO DE

PESQUISA E COLETA DE DADOSrdquo

A Pesquisa de Campo eacute definida por Lakatos e Marconi (2003) como uma estrateacutegia

de documentaccedilatildeo direta ou seja o levantamento de dados se daacute no local onde ocorre o

fenocircmeno a ser estudado Assim a pesquisa de campo ldquoconsiste na observaccedilatildeo de fatos e

fenocircmenos tal como ocorrem espontaneamente na coleta de dados a eles referentes e no

registro de variaacuteveis que se presume relevantes para analisaacute-losrdquo (ibid p 185)

Segundo Gil (2002 p 131) a pesquisa de campo do tipo descritiva tem a preocupaccedilatildeo

com a descriccedilatildeo tendo maior na profundidade do dado coletado de modo que o pesquisador

tende a ldquopreferir a utilizaccedilatildeo de depoimentos e entrevistas com niacuteveis diversos de

estruturaccedilatildeordquo

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA

Esta pesquisa tem como cenaacuterio um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de

Janeiro Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (CNES 2016) esse

estabelecimento eacute caracterizado como hospital geral com esfera administrativa federal

estando sob gestatildeo municipal A natureza da Organizaccedilatildeo eacute a autarquia (administraccedilatildeo

indireta) ou seja o serviccedilo eacute autocircnomo criado por lei com personalidade juriacutedica

patrimocircnio e receita proacuteprios para executar atividades tiacutepicas da Administraccedilatildeo Puacuteblica que

requeiram gestatildeo administrativa e financeira descentralizada (BRASIL 1990)

Contando com 1442 profissionais 697 dos quais satildeo meacutedicos a unidade realiza

atendimento de demanda referenciada contando com os seguintes tipos de atendimento

Ambulatorial Internaccedilatildeo Urgecircncia e Serviccedilos de Apoio Diagnoacutestico e Terapecircutico

O Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos

bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns (CNES 2016) Sua aacuterea de abrangecircncia atinge

uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de habitantes (ibid)

22

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS

A versatildeo original do HCWM-RAT foi desenvolvida pela Organizaccedilatildeo Mundial da

Sauacutede (OMS) (WHO 2005) como parte de uma estrateacutegia que visa reduzir a carga global de

doenccedilas relacionada com a inadequada gestatildeo dos resiacuteduos especialmente das fases de

tratamento e disposiccedilatildeo final Tendo como objetivo central colaborar com os paiacuteses na

aplicaccedilatildeo de metas estrateacutegicas em especial aquelas contidas em acordos multilaterais como

os de Basileacuteia e de Estocolmo

Este instrumento se destina a avaliaccedilatildeo da performace ambiental no setor sauacutede

visando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas integradas de sauacutede e ambiente Eacute estruturado em

meacutetodo raacutepido de avaliaccedilatildeo2 para GRSS O HCWM-RAT Versatildeo Brasileira (ANEXO 82) eacute

fruto de adaptaccedilatildeo transcultural e validaccedilatildeo para uso em territoacuterio brasileiro (SILVA 2011)

Daacute condiccedilatildeo agrave institucionalizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo na aacuterea da gestatildeo e gerenciamento de resiacuteduos

da produccedilatildeo da sauacutede em concepccedilatildeo teoacuterico-poliacutetica de avaliaccedilatildeo formativa participativa e

emancipatoacuteria eacute capaz de reforccedilar o mecanismo de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo e estrateacutegias

de sauacutede trabalho e ambiente no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) (ibid)

O referido instrumento proposto pela OMS numa perspectiva universalista possui

escopo voltado para avaliaccedilatildeo em niacuteveis local (Estabelecimento de Sauacutede) municipalregional

e federal

Em niacutevel nacional possuiacute 2 (dois) conjuntos de questotildees (B1 e B2) voltados para

questionamento junto ao Ministeacuterio da Sauacutede e Ministeacuterio do Meio Ambiente Para

levantamento de dados junto agraves instacircncias municipais possui o conjunto de questotildees da

ferramenta ldquoCrdquo Em niacutevel local possuiacute 4 (quatro) conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4

endereccedilados agrave administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem eou CCIH (considerando

ambos ou o profissional mais familiarizado com o contexto do gerenciamento de resiacuteduos de

serviccedilos de sauacutede - GRSS na unidade) responsaacutevel (s) pelo GRSS e profissional de serviccedilos

gerais (que manipulemtransportem internamente os resiacuteduos) respectivamente Ressalta-se

que cada iacutetem (questatildeo do questionaacuterio) eacute direcionado a determinado grupo

participanterespondente de modo que o proacuteprio instrumento preacute-estabelece criteacuterios de

inclusatildeo e exclusatildeo da amostra

2 O Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Raacutepida (Rapid Evaluation Methods) utiliza uma mescla de abordagens quanti-qualitativas Seus quatro

princiacutepios satildeo uso de fontes muacuteltiplas rapidez pragmatismo e custo-efetividade (ANKER et al 1993 MCNALL et al 2007)

23

331 Participantes da Pesquisa

Baseado no escopo do instrumento de avaliaccedilatildeo e em seu modus operandi em cada

grupo de iacutetens eacute direcionado a uma categoria de profissionais e setor de atuaccedilatildeo os

participantes deste estudo seratildeo servidores gestores interlocutores profissionais da sauacutede e

profissionais de empresas terceirizadas (manejo para transporte interno e serviccedilo de coleta e

transporte externo) que encontrarem-se dentro dos criteacuterios de inclusatildeo agrave saber

envolvimento direto ou indireto com o setor ou Sistema de Gerenciamento dos Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) diretoresgestores dos ESs puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de

administrador ou semelhante a quem eacute endereccedilada a ferramenta D1 Enfermeira (o) chefe de

CCIH eou SESMT respondentes da ferramenta D2 Gestoresinterlocutores responsaacuteveis ou

participantes da comissatildeo para GRSS para quem se destina a ferramenta D3 e envolvidos

nas etapas de manejo que incluem a coleta e transporteinterno de RSS respondentes da

ferramenta D4 aceitar participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido encontrar-se disponiacutevel durante a coleta de dados e o proacuteprio criteacuterio de inclusatildeo

do item proposto

A coleta de dados ocorreu em 2016 periacuteodo no qual o HURJ em questatildeo passava por

transiccedilatildeo administrativa Teve-se como participantes da pesquisa 01 responsaacutevel pela coleta e

transporte interno de RSS 01 responsaacutevel pela GRSS da unidade 04 Enfermeiros-chefes 02

representantes da Gestatildeo Hospitalar

34 ANAacuteLISE DE DADOS

A anaacutelise ocorre por meio das categorias do instrumento de coleta supracitado O

sistema de avaliaccedilatildeo eacute projetado por toacutepicos na proacutepria planilha na qual a ferramenta eacute

estruturada de modo a obter um perfil da situaccedilatildeo de GRSS Este sistema de classificaccedilatildeo eacute

baseado em questotildees-chave que devem agrave luz das legislaccedilotildees vigentes ser cumpridas para se

garantir um gerenciamento seguro de RSS

35 ASPECTOS EacuteTICOS

Este estudo acata as normas estabelecidas pela portaria 4662012 do Ministeacuterio da

sauacutede para a realizaccedilatildeo de pesquisas com seres humanos que incorpora sob a oacutetica do

24

indiviacuteduo e das coletividades referenciais baacutesicos da bioeacutetica como autonomia natildeo

maleficecircncia equidade justiccedila e beneficecircncia e visando assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado este estudo foi

submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (CAE

56254916900005243 Parecer nordm 1608748)

Ressalta-se que os dados coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por no

miacutenimo 05 anos sob tutela do autor desta pesquisa de forma confidencial Apoacutes este periacuteodo

todo o material coletado seraacute destruiacutedo

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

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da Familia Rev Bras Enferm v 65 n 1 p 128-34 2012

ANDREacute S C S VEIGA T B TAKAYANAGUI A M M Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede em hospitais do municiacutepio de Ribeiratildeo Preto (SP) Brasil Eng sanit

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ANKER M et al Rapid evaluation methods (REM) of health services performance

methodological observations Bull World Health Organization v 71 p15-21 1993

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BARBOZA Alex Gestatildeo de rejeitos radioativos em serviccedilos de medicina nuclear

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Diretoria Colegiada RDC nordm 50 de 21 de fevereiro de 2002 Dispotildee sobre o Regulamento

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teacutecnico para o gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

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83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

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99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 20: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

17

gerados estabelecidas pelos oacutergatildeos locais responsaacuteveis por estas etapas e baseado nas

caracteriacutesticas dos resiacuteduos gerados e na sua classificaccedilatildeo (ibid)

221 Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede (PGRSS)

A Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria RDC nordm 3062004 e o Conselho Nacional

do Meio Ambiente atraveacutes de sua resoluccedilatildeo nordm 3582005 definem o PGRSS como sendo

O documento que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao manejo dos resiacuteduos

soacutelidos observadas suas caracteriacutesticas e riscos no acircmbito dos estabelecimentos

contemplando os aspectos referentes agrave geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento

coleta armazenamento transporte tratamento e disposiccedilatildeo final bem como as accedilotildees

de proteccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica e ao meio ambiente contemplando assim as etapas do

gerenciamento intra e extra estabelecimento de sauacutede (BRASIL 2004a 2005)

O PGRSS deve ser feito em conjunto com todos os setores de modo que sua

elaboraccedilatildeo implantaccedilatildeo e desenvolvimento do PGRSS devem envolver os setores de

higienizaccedilatildeo e limpeza a Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar ou Comissotildees de

Biosseguranccedila e os Serviccedilos de Engenharia de Seguranccedila e Medicina no Trabalho onde

houver obrigatoriedade de existecircncia desses serviccedilos abrangendo a todos do estabelecimento

gerador (BRASIL 2010b)

A questatildeo da segregaccedilatildeo dos resiacuteduos infectantes requer maior atenccedilatildeo no sentido de

minimizar gastos na sauacutede aleacutem dos cuidados com infecccedilotildees e impacto no ambiente

(CHARTIER 2014) Eacute necessaacuterio e recomendaacutevel que trabalhadores da aacuterea de sauacutede estejam

sempre atualizados quanto agraves normas e rotinas do serviccedilo assim como das medidas de

biosseguranccedila (SILVA et al 2014)

A implementaccedilatildeo das praacuteticas tecnicamente recomendadas estaacute intimamente ligada agrave

qualificaccedilatildeo dos profissionais envolvidos na elaboraccedilatildeo e na aplicaccedilatildeo do plano sob os

aspectos operacionais da seguranccedila do trabalhador e nos aspectos culturais O princiacutepio da

logiacutestica reversa eacute fator determinante na instrumentalizaccedilatildeo de praacuteticas numa perspectiva de

sustentabilidade (CHARTIER 2014) Este princiacutepio eacute definido como a accedilatildeo correspondente

ao caminho inverso da logiacutestica partindo do ponto de consumo para o iniacutecio da cadeia de

geraccedilatildeo considerando fundamentalmente o reaproveitamento como elemento da poliacutetica

ambiental (ALVES et al 2012a BELLAN et al 2012)

18

Segundo Sisinno e Moreira (2005) pelos princiacutepios da ecoeficiecircncia ldquoo

gerenciamento dos resiacuteduos deveria privilegiar em ordem de prioridade a natildeo geraccedilatildeo a

reduccedilatildeo da geraccedilatildeo a reciclagem e finalmente o tratamento ou disposiccedilatildeo finalrdquo tornando

assim a identificaccedilatildeo da fonte geradora uma etapa importante quando o enfoque eacute a natildeo

geraccedilatildeo ou a reduccedilatildeo da geraccedilatildeo

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes no Brasil (2004a 2005) os RSS satildeo

classificados em cinco grupos de modo que os resiacuteduos do Grupo A satildeo resiacuteduos que

possivelmente apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos

do Grupo B referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave

sauacutede puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes e abrasivos

2221 Grupo D

Conforme supracitado estes satildeo resiacuteduos provenientes de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo

apresentam risco bioloacutegico quiacutemico ou radioloacutegico agrave sauacutede ou ao meio ambiente podendo ser

equiparados aos resiacuteduos domiciliares (BRASIL 2005) Nesse grupo satildeo gerados resiacuteduos

compostaacuteveis reciclaacuteveis e aqueles que podem servir para alimentaccedilatildeo de animais e rejeitos

Apesar de natildeo ser uma exigecircncia eacute desejaacutevel que seja realizada segregaccedilatildeo e

identificaccedilatildeo dos resiacuteduos do Grupo D para a reciclagem atraveacutes de um coacutedigo de cores para

os recipientes conforme evidenciado na Fig 1 (BRASIL 2004) Caso natildeo haja segregaccedilatildeo

para a reciclagem natildeo haacute padronizaccedilatildeo para a cor dos recipientes Estudos apontam que a

segregaccedilatildeo se mostra ineficiente natildeo apenas em relaccedilatildeo a coleta seletiva mas tambeacutem a

separaccedilatildeo de outros grupos de RSS (ALVES et al 2012b)

19

Fig 01 ndash Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D devem ser coletados e transportados

separadamente dos resiacuteduos dos outros grupos para que natildeo haja contaminaccedilatildeo (BRASIL

2004) O armazenamento temporaacuterio dos resiacuteduos do Grupo D pode ser na Sala de Resiacuteduos

poreacutem em recipientes exclusivos e identificados para manter a segregaccedilatildeo O armazenamento

externo dos resiacuteduos do Grupo D deve ser em abrigo com no miacutenimo um ambiente separado

para atender ao armazenamento de recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D e outro

ambiente para os grupos A e E (FEAM 2008)

Os resiacuteduos orgacircnicos como flores resiacuteduos de jardinagem sobras de alimento e de

outros que natildeo tenham mantido contato com resiacuteduos infectantes (secreccedilotildees excreccedilotildees ou

outro fluido corpoacutereo) podem ser encaminhados para o processo de compostagem (BRASIL

2004)

Destaca-se que os restos e sobras de alimentos podem ser utilizados para fins de raccedilatildeo

animal desde que submetidos a um tratamento que garanta sua inocuidade avaliado e

comprovado por oacutergatildeo competente da Agricultura e de Vigilacircncia Sanitaacuteria do Municiacutepio

Estado ou do Distrito Federal (ibid)

Os efluentes (resiacuteduos liacutequidos) provenientes da rede esgoto de estabelecimento de

sauacutede devem ser tratados antes do lanccedilamento no corpo receptor ou na rede coletora de

esgoto sempre que natildeo houver sistema de tratamento de esgoto coletivo atendendo agrave aacuterea

onde estaacute localizado o serviccedilo conforme definido na RDC ANVISA nordm 502002 Deve ser

mantido o registro de operaccedilatildeo de venda ou de doaccedilatildeo dos resiacuteduos destinados agrave reciclagem

compostagem e alimentaccedilatildeo de animais (CUSSIOL 2008)

bull Papeacuteis Azul

bull Metais Amarelo

bull Vidros Verde

bull Plaacutesticos Vermelho

bull Resiacuteduos Orgacircnicos Marrom

bull Demais resiacuteduos do Grupo D Cinza

20

223 Etapas de Manejo

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final incluindo as seguintes

etapas

Fig 02 ndash Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

Fonte Adaptado de Silva 2011 p 43

Segregaccedilatildeo

Separaccedilatildeo dos resiacuteduos no momento e local de sua geraccedilatildeo de acordo

com as caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas bioloacutegicas o seu estado

fiacutesico e os riscos envolvidos

Acondicionamento

Ato de embalar corretamente os resiacuteduos segregados conforme suas

caracteriacutesticas

Identificaccedilatildeo

medidas que permitem o reconhecimento dos resiacuteduos

contidos nos sacos e recipientes

Transporte interno

Translado do ponto de geraccedilatildeo ateacute o local de armazenamento temporaacuterio

Tratamento

processoa manuais mecacircnicos fiacutesicos quiacutemicos ou bioloacutegicos que

alterem as caracteriacutesticas dos resiacuteduos visando minimizar riscos agrave

sauacutede e o meio ambiente

Armazenamento Interno Temporaacuterio

Guarda temporaacuteria dos recipientes contendo os resiacuteduos jaacute

acondicionados em local proacuteximo aos pontos de geraccedilatildeo

Armazenamento Externo

Acondicionamento dos resiacuteduos em abrigo em recipientes coletores

adequados em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os

veiacuteculos coletores

Coleta e Transporte Externo

Remoccedilatildeo dos RSS do armazenamento externo ateacute a

unidade de tratamento ou disposiccedilatildeo final

Disposiccedilatildeo Final

Disposiccedilatildeo definitiva de resiacuteduos no solo ou em locais previamente preparados para recebecirc-los As

formas usualmente utilizadas satildeo aterro sanitaacuterio aterro para

resiacuteduos perigosos de Classe I (para resiacuteduos industriais) aterro

controlado lixatildeo ou vazadouro e valas

21

3 METODOLOGIA

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pesquisa de campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa Tem

como teacutecnica de coleta de dados aplicaccedilatildeo de instrumento de pesquisa validado e especiacutefico

para o tema GRSS (HCWM-RAT ndash Versatildeo Brasileira disponiacutevel em

portfolioinovacaofiocruzbr) conforme especificado no item 33 ldquoINSTRUMENTO DE

PESQUISA E COLETA DE DADOSrdquo

A Pesquisa de Campo eacute definida por Lakatos e Marconi (2003) como uma estrateacutegia

de documentaccedilatildeo direta ou seja o levantamento de dados se daacute no local onde ocorre o

fenocircmeno a ser estudado Assim a pesquisa de campo ldquoconsiste na observaccedilatildeo de fatos e

fenocircmenos tal como ocorrem espontaneamente na coleta de dados a eles referentes e no

registro de variaacuteveis que se presume relevantes para analisaacute-losrdquo (ibid p 185)

Segundo Gil (2002 p 131) a pesquisa de campo do tipo descritiva tem a preocupaccedilatildeo

com a descriccedilatildeo tendo maior na profundidade do dado coletado de modo que o pesquisador

tende a ldquopreferir a utilizaccedilatildeo de depoimentos e entrevistas com niacuteveis diversos de

estruturaccedilatildeordquo

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA

Esta pesquisa tem como cenaacuterio um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de

Janeiro Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (CNES 2016) esse

estabelecimento eacute caracterizado como hospital geral com esfera administrativa federal

estando sob gestatildeo municipal A natureza da Organizaccedilatildeo eacute a autarquia (administraccedilatildeo

indireta) ou seja o serviccedilo eacute autocircnomo criado por lei com personalidade juriacutedica

patrimocircnio e receita proacuteprios para executar atividades tiacutepicas da Administraccedilatildeo Puacuteblica que

requeiram gestatildeo administrativa e financeira descentralizada (BRASIL 1990)

Contando com 1442 profissionais 697 dos quais satildeo meacutedicos a unidade realiza

atendimento de demanda referenciada contando com os seguintes tipos de atendimento

Ambulatorial Internaccedilatildeo Urgecircncia e Serviccedilos de Apoio Diagnoacutestico e Terapecircutico

O Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos

bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns (CNES 2016) Sua aacuterea de abrangecircncia atinge

uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de habitantes (ibid)

22

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS

A versatildeo original do HCWM-RAT foi desenvolvida pela Organizaccedilatildeo Mundial da

Sauacutede (OMS) (WHO 2005) como parte de uma estrateacutegia que visa reduzir a carga global de

doenccedilas relacionada com a inadequada gestatildeo dos resiacuteduos especialmente das fases de

tratamento e disposiccedilatildeo final Tendo como objetivo central colaborar com os paiacuteses na

aplicaccedilatildeo de metas estrateacutegicas em especial aquelas contidas em acordos multilaterais como

os de Basileacuteia e de Estocolmo

Este instrumento se destina a avaliaccedilatildeo da performace ambiental no setor sauacutede

visando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas integradas de sauacutede e ambiente Eacute estruturado em

meacutetodo raacutepido de avaliaccedilatildeo2 para GRSS O HCWM-RAT Versatildeo Brasileira (ANEXO 82) eacute

fruto de adaptaccedilatildeo transcultural e validaccedilatildeo para uso em territoacuterio brasileiro (SILVA 2011)

Daacute condiccedilatildeo agrave institucionalizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo na aacuterea da gestatildeo e gerenciamento de resiacuteduos

da produccedilatildeo da sauacutede em concepccedilatildeo teoacuterico-poliacutetica de avaliaccedilatildeo formativa participativa e

emancipatoacuteria eacute capaz de reforccedilar o mecanismo de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo e estrateacutegias

de sauacutede trabalho e ambiente no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) (ibid)

O referido instrumento proposto pela OMS numa perspectiva universalista possui

escopo voltado para avaliaccedilatildeo em niacuteveis local (Estabelecimento de Sauacutede) municipalregional

e federal

Em niacutevel nacional possuiacute 2 (dois) conjuntos de questotildees (B1 e B2) voltados para

questionamento junto ao Ministeacuterio da Sauacutede e Ministeacuterio do Meio Ambiente Para

levantamento de dados junto agraves instacircncias municipais possui o conjunto de questotildees da

ferramenta ldquoCrdquo Em niacutevel local possuiacute 4 (quatro) conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4

endereccedilados agrave administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem eou CCIH (considerando

ambos ou o profissional mais familiarizado com o contexto do gerenciamento de resiacuteduos de

serviccedilos de sauacutede - GRSS na unidade) responsaacutevel (s) pelo GRSS e profissional de serviccedilos

gerais (que manipulemtransportem internamente os resiacuteduos) respectivamente Ressalta-se

que cada iacutetem (questatildeo do questionaacuterio) eacute direcionado a determinado grupo

participanterespondente de modo que o proacuteprio instrumento preacute-estabelece criteacuterios de

inclusatildeo e exclusatildeo da amostra

2 O Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Raacutepida (Rapid Evaluation Methods) utiliza uma mescla de abordagens quanti-qualitativas Seus quatro

princiacutepios satildeo uso de fontes muacuteltiplas rapidez pragmatismo e custo-efetividade (ANKER et al 1993 MCNALL et al 2007)

23

331 Participantes da Pesquisa

Baseado no escopo do instrumento de avaliaccedilatildeo e em seu modus operandi em cada

grupo de iacutetens eacute direcionado a uma categoria de profissionais e setor de atuaccedilatildeo os

participantes deste estudo seratildeo servidores gestores interlocutores profissionais da sauacutede e

profissionais de empresas terceirizadas (manejo para transporte interno e serviccedilo de coleta e

transporte externo) que encontrarem-se dentro dos criteacuterios de inclusatildeo agrave saber

envolvimento direto ou indireto com o setor ou Sistema de Gerenciamento dos Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) diretoresgestores dos ESs puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de

administrador ou semelhante a quem eacute endereccedilada a ferramenta D1 Enfermeira (o) chefe de

CCIH eou SESMT respondentes da ferramenta D2 Gestoresinterlocutores responsaacuteveis ou

participantes da comissatildeo para GRSS para quem se destina a ferramenta D3 e envolvidos

nas etapas de manejo que incluem a coleta e transporteinterno de RSS respondentes da

ferramenta D4 aceitar participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido encontrar-se disponiacutevel durante a coleta de dados e o proacuteprio criteacuterio de inclusatildeo

do item proposto

A coleta de dados ocorreu em 2016 periacuteodo no qual o HURJ em questatildeo passava por

transiccedilatildeo administrativa Teve-se como participantes da pesquisa 01 responsaacutevel pela coleta e

transporte interno de RSS 01 responsaacutevel pela GRSS da unidade 04 Enfermeiros-chefes 02

representantes da Gestatildeo Hospitalar

34 ANAacuteLISE DE DADOS

A anaacutelise ocorre por meio das categorias do instrumento de coleta supracitado O

sistema de avaliaccedilatildeo eacute projetado por toacutepicos na proacutepria planilha na qual a ferramenta eacute

estruturada de modo a obter um perfil da situaccedilatildeo de GRSS Este sistema de classificaccedilatildeo eacute

baseado em questotildees-chave que devem agrave luz das legislaccedilotildees vigentes ser cumpridas para se

garantir um gerenciamento seguro de RSS

35 ASPECTOS EacuteTICOS

Este estudo acata as normas estabelecidas pela portaria 4662012 do Ministeacuterio da

sauacutede para a realizaccedilatildeo de pesquisas com seres humanos que incorpora sob a oacutetica do

24

indiviacuteduo e das coletividades referenciais baacutesicos da bioeacutetica como autonomia natildeo

maleficecircncia equidade justiccedila e beneficecircncia e visando assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado este estudo foi

submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (CAE

56254916900005243 Parecer nordm 1608748)

Ressalta-se que os dados coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por no

miacutenimo 05 anos sob tutela do autor desta pesquisa de forma confidencial Apoacutes este periacuteodo

todo o material coletado seraacute destruiacutedo

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

6 OBRAS CITADAS

ADUAN S A et al Evaluation of healthcare wastes service of group A in the hospitals of

Vitoacuteria (ES) Brazil Engenharia Sanitaria e Ambiental v 19 n 2 p 133ndash141 jun 2014

ALENCAR et al Descarte de medicamentos uma anaacutelise da praacutetica no Programa Sauacutede da

Famiacutelia Ciecircnc sauacutede coletiva v 19 n 7 p 2157-21662014

ALVES et al Manejo de resiacuteduos gerados na assistecircncia domiciliar pela Estrateacutegia de Sauacutede

da Familia Rev Bras Enferm v 65 n 1 p 128-34 2012

ANDREacute S C S VEIGA T B TAKAYANAGUI A M M Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede em hospitais do municiacutepio de Ribeiratildeo Preto (SP) Brasil Eng sanit

ambient v 21 n 1 p 123-130 2016

ANKER M et al Rapid evaluation methods (REM) of health services performance

methodological observations Bull World Health Organization v 71 p15-21 1993

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 10004 classifica os

resiacuteduos soacutelidos quanto aos riscos potenciais aomeio ambiente e agrave sauacutede puacuteblicaRio de

Janeiro 1987 revisada em 2004

ARAUJO P F Anaacutelise da logiacutestica reversa como ferramenta de gestatildeo de resiacuteduos

soacutelidos Dissertaccedilatildeo ( Mestrado em Sauacutede Puacuteblica) ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica

Seacutergio Arouca Rio de Janeiro Fiocruz 2011 99p

BARBOZA Alex Gestatildeo de rejeitos radioativos em serviccedilos de medicina nuclear

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de tecnologia nuclear ndash Aplicaccedilotildees) Universidade

de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Instituto de Pesquisas Energeacuteticas e Nucleares 2009

BELLAN N et al Critical analysis of the regulations regarding the disposal of medication

wasteBraz j pharm sci p 507ndash518 2012

BLENKHARN J I Standards of clinical waste management in hospitals--a second look

Public Health v 121 n 7 p 540ndash5452007

BLECK D WETTBERG W Waste collection in developing countries ndash Tackling

occupational safety and health hazards at their source Waste Manag [Internet] v 31 n 11

p 2009-17 2012

BRASIL Lei 8112 de 11 de dezembro de 1990 Brasiacutelia DF 1990 Dispotildee sobre o Regime

Juriacutedico dos servidores puacuteblicos civis da Uniatildeo das autarquias e das fundaccedilotildees puacuteblicas

federais Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF12 de dezembro de 1990

______ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Portaria nordm 1748 de 30 de agosto de 2011

Dispotildee sobre a Norma Regulamentadora nordm 32 Diaacuterio Oficial [da] Repuacuteblica Federativa

do Brasil Brasiacutelia DF 31 ago 2011 Seccedilatildeo 1 p 143

48

______ Ministeacuterio do Desenvolvimento e Combate agrave Fome Decreto nordm5940 de 25 de

outubro de 2010 Diaacuterio Oficial [da] Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia 16 de

outubro de 2006 p 4

______ Presidecircncia da Repuacuteblica Lei nordm 12305 de 02 de agosto de 2010 Diaacuterio Oficial [da]

Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia -3 de agosto de 2010 P 2

______ Ministeacuterio da Sauacutede Exposiccedilatildeo a materiais bioloacutegicos Brasiacutelia Ministeacuterio da

Sauacutede 2006 76 p

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Diretoria Colegiada RDC nordm 50 de 21 de fevereiro de 2002 Dispotildee sobre o Regulamento

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

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83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

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103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 21: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

18

Segundo Sisinno e Moreira (2005) pelos princiacutepios da ecoeficiecircncia ldquoo

gerenciamento dos resiacuteduos deveria privilegiar em ordem de prioridade a natildeo geraccedilatildeo a

reduccedilatildeo da geraccedilatildeo a reciclagem e finalmente o tratamento ou disposiccedilatildeo finalrdquo tornando

assim a identificaccedilatildeo da fonte geradora uma etapa importante quando o enfoque eacute a natildeo

geraccedilatildeo ou a reduccedilatildeo da geraccedilatildeo

222 Classificaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes no Brasil (2004a 2005) os RSS satildeo

classificados em cinco grupos de modo que os resiacuteduos do Grupo A satildeo resiacuteduos que

possivelmente apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos

do Grupo B referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave

sauacutede puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes e abrasivos

2221 Grupo D

Conforme supracitado estes satildeo resiacuteduos provenientes de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo

apresentam risco bioloacutegico quiacutemico ou radioloacutegico agrave sauacutede ou ao meio ambiente podendo ser

equiparados aos resiacuteduos domiciliares (BRASIL 2005) Nesse grupo satildeo gerados resiacuteduos

compostaacuteveis reciclaacuteveis e aqueles que podem servir para alimentaccedilatildeo de animais e rejeitos

Apesar de natildeo ser uma exigecircncia eacute desejaacutevel que seja realizada segregaccedilatildeo e

identificaccedilatildeo dos resiacuteduos do Grupo D para a reciclagem atraveacutes de um coacutedigo de cores para

os recipientes conforme evidenciado na Fig 1 (BRASIL 2004) Caso natildeo haja segregaccedilatildeo

para a reciclagem natildeo haacute padronizaccedilatildeo para a cor dos recipientes Estudos apontam que a

segregaccedilatildeo se mostra ineficiente natildeo apenas em relaccedilatildeo a coleta seletiva mas tambeacutem a

separaccedilatildeo de outros grupos de RSS (ALVES et al 2012b)

19

Fig 01 ndash Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D devem ser coletados e transportados

separadamente dos resiacuteduos dos outros grupos para que natildeo haja contaminaccedilatildeo (BRASIL

2004) O armazenamento temporaacuterio dos resiacuteduos do Grupo D pode ser na Sala de Resiacuteduos

poreacutem em recipientes exclusivos e identificados para manter a segregaccedilatildeo O armazenamento

externo dos resiacuteduos do Grupo D deve ser em abrigo com no miacutenimo um ambiente separado

para atender ao armazenamento de recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D e outro

ambiente para os grupos A e E (FEAM 2008)

Os resiacuteduos orgacircnicos como flores resiacuteduos de jardinagem sobras de alimento e de

outros que natildeo tenham mantido contato com resiacuteduos infectantes (secreccedilotildees excreccedilotildees ou

outro fluido corpoacutereo) podem ser encaminhados para o processo de compostagem (BRASIL

2004)

Destaca-se que os restos e sobras de alimentos podem ser utilizados para fins de raccedilatildeo

animal desde que submetidos a um tratamento que garanta sua inocuidade avaliado e

comprovado por oacutergatildeo competente da Agricultura e de Vigilacircncia Sanitaacuteria do Municiacutepio

Estado ou do Distrito Federal (ibid)

Os efluentes (resiacuteduos liacutequidos) provenientes da rede esgoto de estabelecimento de

sauacutede devem ser tratados antes do lanccedilamento no corpo receptor ou na rede coletora de

esgoto sempre que natildeo houver sistema de tratamento de esgoto coletivo atendendo agrave aacuterea

onde estaacute localizado o serviccedilo conforme definido na RDC ANVISA nordm 502002 Deve ser

mantido o registro de operaccedilatildeo de venda ou de doaccedilatildeo dos resiacuteduos destinados agrave reciclagem

compostagem e alimentaccedilatildeo de animais (CUSSIOL 2008)

bull Papeacuteis Azul

bull Metais Amarelo

bull Vidros Verde

bull Plaacutesticos Vermelho

bull Resiacuteduos Orgacircnicos Marrom

bull Demais resiacuteduos do Grupo D Cinza

20

223 Etapas de Manejo

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final incluindo as seguintes

etapas

Fig 02 ndash Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

Fonte Adaptado de Silva 2011 p 43

Segregaccedilatildeo

Separaccedilatildeo dos resiacuteduos no momento e local de sua geraccedilatildeo de acordo

com as caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas bioloacutegicas o seu estado

fiacutesico e os riscos envolvidos

Acondicionamento

Ato de embalar corretamente os resiacuteduos segregados conforme suas

caracteriacutesticas

Identificaccedilatildeo

medidas que permitem o reconhecimento dos resiacuteduos

contidos nos sacos e recipientes

Transporte interno

Translado do ponto de geraccedilatildeo ateacute o local de armazenamento temporaacuterio

Tratamento

processoa manuais mecacircnicos fiacutesicos quiacutemicos ou bioloacutegicos que

alterem as caracteriacutesticas dos resiacuteduos visando minimizar riscos agrave

sauacutede e o meio ambiente

Armazenamento Interno Temporaacuterio

Guarda temporaacuteria dos recipientes contendo os resiacuteduos jaacute

acondicionados em local proacuteximo aos pontos de geraccedilatildeo

Armazenamento Externo

Acondicionamento dos resiacuteduos em abrigo em recipientes coletores

adequados em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os

veiacuteculos coletores

Coleta e Transporte Externo

Remoccedilatildeo dos RSS do armazenamento externo ateacute a

unidade de tratamento ou disposiccedilatildeo final

Disposiccedilatildeo Final

Disposiccedilatildeo definitiva de resiacuteduos no solo ou em locais previamente preparados para recebecirc-los As

formas usualmente utilizadas satildeo aterro sanitaacuterio aterro para

resiacuteduos perigosos de Classe I (para resiacuteduos industriais) aterro

controlado lixatildeo ou vazadouro e valas

21

3 METODOLOGIA

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pesquisa de campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa Tem

como teacutecnica de coleta de dados aplicaccedilatildeo de instrumento de pesquisa validado e especiacutefico

para o tema GRSS (HCWM-RAT ndash Versatildeo Brasileira disponiacutevel em

portfolioinovacaofiocruzbr) conforme especificado no item 33 ldquoINSTRUMENTO DE

PESQUISA E COLETA DE DADOSrdquo

A Pesquisa de Campo eacute definida por Lakatos e Marconi (2003) como uma estrateacutegia

de documentaccedilatildeo direta ou seja o levantamento de dados se daacute no local onde ocorre o

fenocircmeno a ser estudado Assim a pesquisa de campo ldquoconsiste na observaccedilatildeo de fatos e

fenocircmenos tal como ocorrem espontaneamente na coleta de dados a eles referentes e no

registro de variaacuteveis que se presume relevantes para analisaacute-losrdquo (ibid p 185)

Segundo Gil (2002 p 131) a pesquisa de campo do tipo descritiva tem a preocupaccedilatildeo

com a descriccedilatildeo tendo maior na profundidade do dado coletado de modo que o pesquisador

tende a ldquopreferir a utilizaccedilatildeo de depoimentos e entrevistas com niacuteveis diversos de

estruturaccedilatildeordquo

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA

Esta pesquisa tem como cenaacuterio um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de

Janeiro Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (CNES 2016) esse

estabelecimento eacute caracterizado como hospital geral com esfera administrativa federal

estando sob gestatildeo municipal A natureza da Organizaccedilatildeo eacute a autarquia (administraccedilatildeo

indireta) ou seja o serviccedilo eacute autocircnomo criado por lei com personalidade juriacutedica

patrimocircnio e receita proacuteprios para executar atividades tiacutepicas da Administraccedilatildeo Puacuteblica que

requeiram gestatildeo administrativa e financeira descentralizada (BRASIL 1990)

Contando com 1442 profissionais 697 dos quais satildeo meacutedicos a unidade realiza

atendimento de demanda referenciada contando com os seguintes tipos de atendimento

Ambulatorial Internaccedilatildeo Urgecircncia e Serviccedilos de Apoio Diagnoacutestico e Terapecircutico

O Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos

bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns (CNES 2016) Sua aacuterea de abrangecircncia atinge

uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de habitantes (ibid)

22

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS

A versatildeo original do HCWM-RAT foi desenvolvida pela Organizaccedilatildeo Mundial da

Sauacutede (OMS) (WHO 2005) como parte de uma estrateacutegia que visa reduzir a carga global de

doenccedilas relacionada com a inadequada gestatildeo dos resiacuteduos especialmente das fases de

tratamento e disposiccedilatildeo final Tendo como objetivo central colaborar com os paiacuteses na

aplicaccedilatildeo de metas estrateacutegicas em especial aquelas contidas em acordos multilaterais como

os de Basileacuteia e de Estocolmo

Este instrumento se destina a avaliaccedilatildeo da performace ambiental no setor sauacutede

visando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas integradas de sauacutede e ambiente Eacute estruturado em

meacutetodo raacutepido de avaliaccedilatildeo2 para GRSS O HCWM-RAT Versatildeo Brasileira (ANEXO 82) eacute

fruto de adaptaccedilatildeo transcultural e validaccedilatildeo para uso em territoacuterio brasileiro (SILVA 2011)

Daacute condiccedilatildeo agrave institucionalizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo na aacuterea da gestatildeo e gerenciamento de resiacuteduos

da produccedilatildeo da sauacutede em concepccedilatildeo teoacuterico-poliacutetica de avaliaccedilatildeo formativa participativa e

emancipatoacuteria eacute capaz de reforccedilar o mecanismo de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo e estrateacutegias

de sauacutede trabalho e ambiente no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) (ibid)

O referido instrumento proposto pela OMS numa perspectiva universalista possui

escopo voltado para avaliaccedilatildeo em niacuteveis local (Estabelecimento de Sauacutede) municipalregional

e federal

Em niacutevel nacional possuiacute 2 (dois) conjuntos de questotildees (B1 e B2) voltados para

questionamento junto ao Ministeacuterio da Sauacutede e Ministeacuterio do Meio Ambiente Para

levantamento de dados junto agraves instacircncias municipais possui o conjunto de questotildees da

ferramenta ldquoCrdquo Em niacutevel local possuiacute 4 (quatro) conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4

endereccedilados agrave administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem eou CCIH (considerando

ambos ou o profissional mais familiarizado com o contexto do gerenciamento de resiacuteduos de

serviccedilos de sauacutede - GRSS na unidade) responsaacutevel (s) pelo GRSS e profissional de serviccedilos

gerais (que manipulemtransportem internamente os resiacuteduos) respectivamente Ressalta-se

que cada iacutetem (questatildeo do questionaacuterio) eacute direcionado a determinado grupo

participanterespondente de modo que o proacuteprio instrumento preacute-estabelece criteacuterios de

inclusatildeo e exclusatildeo da amostra

2 O Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Raacutepida (Rapid Evaluation Methods) utiliza uma mescla de abordagens quanti-qualitativas Seus quatro

princiacutepios satildeo uso de fontes muacuteltiplas rapidez pragmatismo e custo-efetividade (ANKER et al 1993 MCNALL et al 2007)

23

331 Participantes da Pesquisa

Baseado no escopo do instrumento de avaliaccedilatildeo e em seu modus operandi em cada

grupo de iacutetens eacute direcionado a uma categoria de profissionais e setor de atuaccedilatildeo os

participantes deste estudo seratildeo servidores gestores interlocutores profissionais da sauacutede e

profissionais de empresas terceirizadas (manejo para transporte interno e serviccedilo de coleta e

transporte externo) que encontrarem-se dentro dos criteacuterios de inclusatildeo agrave saber

envolvimento direto ou indireto com o setor ou Sistema de Gerenciamento dos Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) diretoresgestores dos ESs puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de

administrador ou semelhante a quem eacute endereccedilada a ferramenta D1 Enfermeira (o) chefe de

CCIH eou SESMT respondentes da ferramenta D2 Gestoresinterlocutores responsaacuteveis ou

participantes da comissatildeo para GRSS para quem se destina a ferramenta D3 e envolvidos

nas etapas de manejo que incluem a coleta e transporteinterno de RSS respondentes da

ferramenta D4 aceitar participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido encontrar-se disponiacutevel durante a coleta de dados e o proacuteprio criteacuterio de inclusatildeo

do item proposto

A coleta de dados ocorreu em 2016 periacuteodo no qual o HURJ em questatildeo passava por

transiccedilatildeo administrativa Teve-se como participantes da pesquisa 01 responsaacutevel pela coleta e

transporte interno de RSS 01 responsaacutevel pela GRSS da unidade 04 Enfermeiros-chefes 02

representantes da Gestatildeo Hospitalar

34 ANAacuteLISE DE DADOS

A anaacutelise ocorre por meio das categorias do instrumento de coleta supracitado O

sistema de avaliaccedilatildeo eacute projetado por toacutepicos na proacutepria planilha na qual a ferramenta eacute

estruturada de modo a obter um perfil da situaccedilatildeo de GRSS Este sistema de classificaccedilatildeo eacute

baseado em questotildees-chave que devem agrave luz das legislaccedilotildees vigentes ser cumpridas para se

garantir um gerenciamento seguro de RSS

35 ASPECTOS EacuteTICOS

Este estudo acata as normas estabelecidas pela portaria 4662012 do Ministeacuterio da

sauacutede para a realizaccedilatildeo de pesquisas com seres humanos que incorpora sob a oacutetica do

24

indiviacuteduo e das coletividades referenciais baacutesicos da bioeacutetica como autonomia natildeo

maleficecircncia equidade justiccedila e beneficecircncia e visando assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado este estudo foi

submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (CAE

56254916900005243 Parecer nordm 1608748)

Ressalta-se que os dados coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por no

miacutenimo 05 anos sob tutela do autor desta pesquisa de forma confidencial Apoacutes este periacuteodo

todo o material coletado seraacute destruiacutedo

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

6 OBRAS CITADAS

ADUAN S A et al Evaluation of healthcare wastes service of group A in the hospitals of

Vitoacuteria (ES) Brazil Engenharia Sanitaria e Ambiental v 19 n 2 p 133ndash141 jun 2014

ALENCAR et al Descarte de medicamentos uma anaacutelise da praacutetica no Programa Sauacutede da

Famiacutelia Ciecircnc sauacutede coletiva v 19 n 7 p 2157-21662014

ALVES et al Manejo de resiacuteduos gerados na assistecircncia domiciliar pela Estrateacutegia de Sauacutede

da Familia Rev Bras Enferm v 65 n 1 p 128-34 2012

ANDREacute S C S VEIGA T B TAKAYANAGUI A M M Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede em hospitais do municiacutepio de Ribeiratildeo Preto (SP) Brasil Eng sanit

ambient v 21 n 1 p 123-130 2016

ANKER M et al Rapid evaluation methods (REM) of health services performance

methodological observations Bull World Health Organization v 71 p15-21 1993

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 10004 classifica os

resiacuteduos soacutelidos quanto aos riscos potenciais aomeio ambiente e agrave sauacutede puacuteblicaRio de

Janeiro 1987 revisada em 2004

ARAUJO P F Anaacutelise da logiacutestica reversa como ferramenta de gestatildeo de resiacuteduos

soacutelidos Dissertaccedilatildeo ( Mestrado em Sauacutede Puacuteblica) ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica

Seacutergio Arouca Rio de Janeiro Fiocruz 2011 99p

BARBOZA Alex Gestatildeo de rejeitos radioativos em serviccedilos de medicina nuclear

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de tecnologia nuclear ndash Aplicaccedilotildees) Universidade

de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Instituto de Pesquisas Energeacuteticas e Nucleares 2009

BELLAN N et al Critical analysis of the regulations regarding the disposal of medication

wasteBraz j pharm sci p 507ndash518 2012

BLENKHARN J I Standards of clinical waste management in hospitals--a second look

Public Health v 121 n 7 p 540ndash5452007

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

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58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

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83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

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101

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103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 22: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

19

Fig 01 ndash Coacutedigo de cores de recipientes Resiacuteduos do Grupo D

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D devem ser coletados e transportados

separadamente dos resiacuteduos dos outros grupos para que natildeo haja contaminaccedilatildeo (BRASIL

2004) O armazenamento temporaacuterio dos resiacuteduos do Grupo D pode ser na Sala de Resiacuteduos

poreacutem em recipientes exclusivos e identificados para manter a segregaccedilatildeo O armazenamento

externo dos resiacuteduos do Grupo D deve ser em abrigo com no miacutenimo um ambiente separado

para atender ao armazenamento de recipientes contendo resiacuteduos do Grupo D e outro

ambiente para os grupos A e E (FEAM 2008)

Os resiacuteduos orgacircnicos como flores resiacuteduos de jardinagem sobras de alimento e de

outros que natildeo tenham mantido contato com resiacuteduos infectantes (secreccedilotildees excreccedilotildees ou

outro fluido corpoacutereo) podem ser encaminhados para o processo de compostagem (BRASIL

2004)

Destaca-se que os restos e sobras de alimentos podem ser utilizados para fins de raccedilatildeo

animal desde que submetidos a um tratamento que garanta sua inocuidade avaliado e

comprovado por oacutergatildeo competente da Agricultura e de Vigilacircncia Sanitaacuteria do Municiacutepio

Estado ou do Distrito Federal (ibid)

Os efluentes (resiacuteduos liacutequidos) provenientes da rede esgoto de estabelecimento de

sauacutede devem ser tratados antes do lanccedilamento no corpo receptor ou na rede coletora de

esgoto sempre que natildeo houver sistema de tratamento de esgoto coletivo atendendo agrave aacuterea

onde estaacute localizado o serviccedilo conforme definido na RDC ANVISA nordm 502002 Deve ser

mantido o registro de operaccedilatildeo de venda ou de doaccedilatildeo dos resiacuteduos destinados agrave reciclagem

compostagem e alimentaccedilatildeo de animais (CUSSIOL 2008)

bull Papeacuteis Azul

bull Metais Amarelo

bull Vidros Verde

bull Plaacutesticos Vermelho

bull Resiacuteduos Orgacircnicos Marrom

bull Demais resiacuteduos do Grupo D Cinza

20

223 Etapas de Manejo

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final incluindo as seguintes

etapas

Fig 02 ndash Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

Fonte Adaptado de Silva 2011 p 43

Segregaccedilatildeo

Separaccedilatildeo dos resiacuteduos no momento e local de sua geraccedilatildeo de acordo

com as caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas bioloacutegicas o seu estado

fiacutesico e os riscos envolvidos

Acondicionamento

Ato de embalar corretamente os resiacuteduos segregados conforme suas

caracteriacutesticas

Identificaccedilatildeo

medidas que permitem o reconhecimento dos resiacuteduos

contidos nos sacos e recipientes

Transporte interno

Translado do ponto de geraccedilatildeo ateacute o local de armazenamento temporaacuterio

Tratamento

processoa manuais mecacircnicos fiacutesicos quiacutemicos ou bioloacutegicos que

alterem as caracteriacutesticas dos resiacuteduos visando minimizar riscos agrave

sauacutede e o meio ambiente

Armazenamento Interno Temporaacuterio

Guarda temporaacuteria dos recipientes contendo os resiacuteduos jaacute

acondicionados em local proacuteximo aos pontos de geraccedilatildeo

Armazenamento Externo

Acondicionamento dos resiacuteduos em abrigo em recipientes coletores

adequados em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os

veiacuteculos coletores

Coleta e Transporte Externo

Remoccedilatildeo dos RSS do armazenamento externo ateacute a

unidade de tratamento ou disposiccedilatildeo final

Disposiccedilatildeo Final

Disposiccedilatildeo definitiva de resiacuteduos no solo ou em locais previamente preparados para recebecirc-los As

formas usualmente utilizadas satildeo aterro sanitaacuterio aterro para

resiacuteduos perigosos de Classe I (para resiacuteduos industriais) aterro

controlado lixatildeo ou vazadouro e valas

21

3 METODOLOGIA

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pesquisa de campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa Tem

como teacutecnica de coleta de dados aplicaccedilatildeo de instrumento de pesquisa validado e especiacutefico

para o tema GRSS (HCWM-RAT ndash Versatildeo Brasileira disponiacutevel em

portfolioinovacaofiocruzbr) conforme especificado no item 33 ldquoINSTRUMENTO DE

PESQUISA E COLETA DE DADOSrdquo

A Pesquisa de Campo eacute definida por Lakatos e Marconi (2003) como uma estrateacutegia

de documentaccedilatildeo direta ou seja o levantamento de dados se daacute no local onde ocorre o

fenocircmeno a ser estudado Assim a pesquisa de campo ldquoconsiste na observaccedilatildeo de fatos e

fenocircmenos tal como ocorrem espontaneamente na coleta de dados a eles referentes e no

registro de variaacuteveis que se presume relevantes para analisaacute-losrdquo (ibid p 185)

Segundo Gil (2002 p 131) a pesquisa de campo do tipo descritiva tem a preocupaccedilatildeo

com a descriccedilatildeo tendo maior na profundidade do dado coletado de modo que o pesquisador

tende a ldquopreferir a utilizaccedilatildeo de depoimentos e entrevistas com niacuteveis diversos de

estruturaccedilatildeordquo

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA

Esta pesquisa tem como cenaacuterio um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de

Janeiro Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (CNES 2016) esse

estabelecimento eacute caracterizado como hospital geral com esfera administrativa federal

estando sob gestatildeo municipal A natureza da Organizaccedilatildeo eacute a autarquia (administraccedilatildeo

indireta) ou seja o serviccedilo eacute autocircnomo criado por lei com personalidade juriacutedica

patrimocircnio e receita proacuteprios para executar atividades tiacutepicas da Administraccedilatildeo Puacuteblica que

requeiram gestatildeo administrativa e financeira descentralizada (BRASIL 1990)

Contando com 1442 profissionais 697 dos quais satildeo meacutedicos a unidade realiza

atendimento de demanda referenciada contando com os seguintes tipos de atendimento

Ambulatorial Internaccedilatildeo Urgecircncia e Serviccedilos de Apoio Diagnoacutestico e Terapecircutico

O Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos

bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns (CNES 2016) Sua aacuterea de abrangecircncia atinge

uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de habitantes (ibid)

22

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS

A versatildeo original do HCWM-RAT foi desenvolvida pela Organizaccedilatildeo Mundial da

Sauacutede (OMS) (WHO 2005) como parte de uma estrateacutegia que visa reduzir a carga global de

doenccedilas relacionada com a inadequada gestatildeo dos resiacuteduos especialmente das fases de

tratamento e disposiccedilatildeo final Tendo como objetivo central colaborar com os paiacuteses na

aplicaccedilatildeo de metas estrateacutegicas em especial aquelas contidas em acordos multilaterais como

os de Basileacuteia e de Estocolmo

Este instrumento se destina a avaliaccedilatildeo da performace ambiental no setor sauacutede

visando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas integradas de sauacutede e ambiente Eacute estruturado em

meacutetodo raacutepido de avaliaccedilatildeo2 para GRSS O HCWM-RAT Versatildeo Brasileira (ANEXO 82) eacute

fruto de adaptaccedilatildeo transcultural e validaccedilatildeo para uso em territoacuterio brasileiro (SILVA 2011)

Daacute condiccedilatildeo agrave institucionalizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo na aacuterea da gestatildeo e gerenciamento de resiacuteduos

da produccedilatildeo da sauacutede em concepccedilatildeo teoacuterico-poliacutetica de avaliaccedilatildeo formativa participativa e

emancipatoacuteria eacute capaz de reforccedilar o mecanismo de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo e estrateacutegias

de sauacutede trabalho e ambiente no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) (ibid)

O referido instrumento proposto pela OMS numa perspectiva universalista possui

escopo voltado para avaliaccedilatildeo em niacuteveis local (Estabelecimento de Sauacutede) municipalregional

e federal

Em niacutevel nacional possuiacute 2 (dois) conjuntos de questotildees (B1 e B2) voltados para

questionamento junto ao Ministeacuterio da Sauacutede e Ministeacuterio do Meio Ambiente Para

levantamento de dados junto agraves instacircncias municipais possui o conjunto de questotildees da

ferramenta ldquoCrdquo Em niacutevel local possuiacute 4 (quatro) conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4

endereccedilados agrave administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem eou CCIH (considerando

ambos ou o profissional mais familiarizado com o contexto do gerenciamento de resiacuteduos de

serviccedilos de sauacutede - GRSS na unidade) responsaacutevel (s) pelo GRSS e profissional de serviccedilos

gerais (que manipulemtransportem internamente os resiacuteduos) respectivamente Ressalta-se

que cada iacutetem (questatildeo do questionaacuterio) eacute direcionado a determinado grupo

participanterespondente de modo que o proacuteprio instrumento preacute-estabelece criteacuterios de

inclusatildeo e exclusatildeo da amostra

2 O Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Raacutepida (Rapid Evaluation Methods) utiliza uma mescla de abordagens quanti-qualitativas Seus quatro

princiacutepios satildeo uso de fontes muacuteltiplas rapidez pragmatismo e custo-efetividade (ANKER et al 1993 MCNALL et al 2007)

23

331 Participantes da Pesquisa

Baseado no escopo do instrumento de avaliaccedilatildeo e em seu modus operandi em cada

grupo de iacutetens eacute direcionado a uma categoria de profissionais e setor de atuaccedilatildeo os

participantes deste estudo seratildeo servidores gestores interlocutores profissionais da sauacutede e

profissionais de empresas terceirizadas (manejo para transporte interno e serviccedilo de coleta e

transporte externo) que encontrarem-se dentro dos criteacuterios de inclusatildeo agrave saber

envolvimento direto ou indireto com o setor ou Sistema de Gerenciamento dos Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) diretoresgestores dos ESs puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de

administrador ou semelhante a quem eacute endereccedilada a ferramenta D1 Enfermeira (o) chefe de

CCIH eou SESMT respondentes da ferramenta D2 Gestoresinterlocutores responsaacuteveis ou

participantes da comissatildeo para GRSS para quem se destina a ferramenta D3 e envolvidos

nas etapas de manejo que incluem a coleta e transporteinterno de RSS respondentes da

ferramenta D4 aceitar participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido encontrar-se disponiacutevel durante a coleta de dados e o proacuteprio criteacuterio de inclusatildeo

do item proposto

A coleta de dados ocorreu em 2016 periacuteodo no qual o HURJ em questatildeo passava por

transiccedilatildeo administrativa Teve-se como participantes da pesquisa 01 responsaacutevel pela coleta e

transporte interno de RSS 01 responsaacutevel pela GRSS da unidade 04 Enfermeiros-chefes 02

representantes da Gestatildeo Hospitalar

34 ANAacuteLISE DE DADOS

A anaacutelise ocorre por meio das categorias do instrumento de coleta supracitado O

sistema de avaliaccedilatildeo eacute projetado por toacutepicos na proacutepria planilha na qual a ferramenta eacute

estruturada de modo a obter um perfil da situaccedilatildeo de GRSS Este sistema de classificaccedilatildeo eacute

baseado em questotildees-chave que devem agrave luz das legislaccedilotildees vigentes ser cumpridas para se

garantir um gerenciamento seguro de RSS

35 ASPECTOS EacuteTICOS

Este estudo acata as normas estabelecidas pela portaria 4662012 do Ministeacuterio da

sauacutede para a realizaccedilatildeo de pesquisas com seres humanos que incorpora sob a oacutetica do

24

indiviacuteduo e das coletividades referenciais baacutesicos da bioeacutetica como autonomia natildeo

maleficecircncia equidade justiccedila e beneficecircncia e visando assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado este estudo foi

submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (CAE

56254916900005243 Parecer nordm 1608748)

Ressalta-se que os dados coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por no

miacutenimo 05 anos sob tutela do autor desta pesquisa de forma confidencial Apoacutes este periacuteodo

todo o material coletado seraacute destruiacutedo

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

6 OBRAS CITADAS

ADUAN S A et al Evaluation of healthcare wastes service of group A in the hospitals of

Vitoacuteria (ES) Brazil Engenharia Sanitaria e Ambiental v 19 n 2 p 133ndash141 jun 2014

ALENCAR et al Descarte de medicamentos uma anaacutelise da praacutetica no Programa Sauacutede da

Famiacutelia Ciecircnc sauacutede coletiva v 19 n 7 p 2157-21662014

ALVES et al Manejo de resiacuteduos gerados na assistecircncia domiciliar pela Estrateacutegia de Sauacutede

da Familia Rev Bras Enferm v 65 n 1 p 128-34 2012

ANDREacute S C S VEIGA T B TAKAYANAGUI A M M Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede em hospitais do municiacutepio de Ribeiratildeo Preto (SP) Brasil Eng sanit

ambient v 21 n 1 p 123-130 2016

ANKER M et al Rapid evaluation methods (REM) of health services performance

methodological observations Bull World Health Organization v 71 p15-21 1993

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 10004 classifica os

resiacuteduos soacutelidos quanto aos riscos potenciais aomeio ambiente e agrave sauacutede puacuteblicaRio de

Janeiro 1987 revisada em 2004

ARAUJO P F Anaacutelise da logiacutestica reversa como ferramenta de gestatildeo de resiacuteduos

soacutelidos Dissertaccedilatildeo ( Mestrado em Sauacutede Puacuteblica) ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica

Seacutergio Arouca Rio de Janeiro Fiocruz 2011 99p

BARBOZA Alex Gestatildeo de rejeitos radioativos em serviccedilos de medicina nuclear

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de tecnologia nuclear ndash Aplicaccedilotildees) Universidade

de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Instituto de Pesquisas Energeacuteticas e Nucleares 2009

BELLAN N et al Critical analysis of the regulations regarding the disposal of medication

wasteBraz j pharm sci p 507ndash518 2012

BLENKHARN J I Standards of clinical waste management in hospitals--a second look

Public Health v 121 n 7 p 540ndash5452007

BLECK D WETTBERG W Waste collection in developing countries ndash Tackling

occupational safety and health hazards at their source Waste Manag [Internet] v 31 n 11

p 2009-17 2012

BRASIL Lei 8112 de 11 de dezembro de 1990 Brasiacutelia DF 1990 Dispotildee sobre o Regime

Juriacutedico dos servidores puacuteblicos civis da Uniatildeo das autarquias e das fundaccedilotildees puacuteblicas

federais Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF12 de dezembro de 1990

______ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Portaria nordm 1748 de 30 de agosto de 2011

Dispotildee sobre a Norma Regulamentadora nordm 32 Diaacuterio Oficial [da] Repuacuteblica Federativa

do Brasil Brasiacutelia DF 31 ago 2011 Seccedilatildeo 1 p 143

48

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

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95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 23: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

20

223 Etapas de Manejo

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final incluindo as seguintes

etapas

Fig 02 ndash Etapas de Manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede

Fonte Adaptado de Silva 2011 p 43

Segregaccedilatildeo

Separaccedilatildeo dos resiacuteduos no momento e local de sua geraccedilatildeo de acordo

com as caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas bioloacutegicas o seu estado

fiacutesico e os riscos envolvidos

Acondicionamento

Ato de embalar corretamente os resiacuteduos segregados conforme suas

caracteriacutesticas

Identificaccedilatildeo

medidas que permitem o reconhecimento dos resiacuteduos

contidos nos sacos e recipientes

Transporte interno

Translado do ponto de geraccedilatildeo ateacute o local de armazenamento temporaacuterio

Tratamento

processoa manuais mecacircnicos fiacutesicos quiacutemicos ou bioloacutegicos que

alterem as caracteriacutesticas dos resiacuteduos visando minimizar riscos agrave

sauacutede e o meio ambiente

Armazenamento Interno Temporaacuterio

Guarda temporaacuteria dos recipientes contendo os resiacuteduos jaacute

acondicionados em local proacuteximo aos pontos de geraccedilatildeo

Armazenamento Externo

Acondicionamento dos resiacuteduos em abrigo em recipientes coletores

adequados em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os

veiacuteculos coletores

Coleta e Transporte Externo

Remoccedilatildeo dos RSS do armazenamento externo ateacute a

unidade de tratamento ou disposiccedilatildeo final

Disposiccedilatildeo Final

Disposiccedilatildeo definitiva de resiacuteduos no solo ou em locais previamente preparados para recebecirc-los As

formas usualmente utilizadas satildeo aterro sanitaacuterio aterro para

resiacuteduos perigosos de Classe I (para resiacuteduos industriais) aterro

controlado lixatildeo ou vazadouro e valas

21

3 METODOLOGIA

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pesquisa de campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa Tem

como teacutecnica de coleta de dados aplicaccedilatildeo de instrumento de pesquisa validado e especiacutefico

para o tema GRSS (HCWM-RAT ndash Versatildeo Brasileira disponiacutevel em

portfolioinovacaofiocruzbr) conforme especificado no item 33 ldquoINSTRUMENTO DE

PESQUISA E COLETA DE DADOSrdquo

A Pesquisa de Campo eacute definida por Lakatos e Marconi (2003) como uma estrateacutegia

de documentaccedilatildeo direta ou seja o levantamento de dados se daacute no local onde ocorre o

fenocircmeno a ser estudado Assim a pesquisa de campo ldquoconsiste na observaccedilatildeo de fatos e

fenocircmenos tal como ocorrem espontaneamente na coleta de dados a eles referentes e no

registro de variaacuteveis que se presume relevantes para analisaacute-losrdquo (ibid p 185)

Segundo Gil (2002 p 131) a pesquisa de campo do tipo descritiva tem a preocupaccedilatildeo

com a descriccedilatildeo tendo maior na profundidade do dado coletado de modo que o pesquisador

tende a ldquopreferir a utilizaccedilatildeo de depoimentos e entrevistas com niacuteveis diversos de

estruturaccedilatildeordquo

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA

Esta pesquisa tem como cenaacuterio um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de

Janeiro Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (CNES 2016) esse

estabelecimento eacute caracterizado como hospital geral com esfera administrativa federal

estando sob gestatildeo municipal A natureza da Organizaccedilatildeo eacute a autarquia (administraccedilatildeo

indireta) ou seja o serviccedilo eacute autocircnomo criado por lei com personalidade juriacutedica

patrimocircnio e receita proacuteprios para executar atividades tiacutepicas da Administraccedilatildeo Puacuteblica que

requeiram gestatildeo administrativa e financeira descentralizada (BRASIL 1990)

Contando com 1442 profissionais 697 dos quais satildeo meacutedicos a unidade realiza

atendimento de demanda referenciada contando com os seguintes tipos de atendimento

Ambulatorial Internaccedilatildeo Urgecircncia e Serviccedilos de Apoio Diagnoacutestico e Terapecircutico

O Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos

bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns (CNES 2016) Sua aacuterea de abrangecircncia atinge

uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de habitantes (ibid)

22

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS

A versatildeo original do HCWM-RAT foi desenvolvida pela Organizaccedilatildeo Mundial da

Sauacutede (OMS) (WHO 2005) como parte de uma estrateacutegia que visa reduzir a carga global de

doenccedilas relacionada com a inadequada gestatildeo dos resiacuteduos especialmente das fases de

tratamento e disposiccedilatildeo final Tendo como objetivo central colaborar com os paiacuteses na

aplicaccedilatildeo de metas estrateacutegicas em especial aquelas contidas em acordos multilaterais como

os de Basileacuteia e de Estocolmo

Este instrumento se destina a avaliaccedilatildeo da performace ambiental no setor sauacutede

visando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas integradas de sauacutede e ambiente Eacute estruturado em

meacutetodo raacutepido de avaliaccedilatildeo2 para GRSS O HCWM-RAT Versatildeo Brasileira (ANEXO 82) eacute

fruto de adaptaccedilatildeo transcultural e validaccedilatildeo para uso em territoacuterio brasileiro (SILVA 2011)

Daacute condiccedilatildeo agrave institucionalizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo na aacuterea da gestatildeo e gerenciamento de resiacuteduos

da produccedilatildeo da sauacutede em concepccedilatildeo teoacuterico-poliacutetica de avaliaccedilatildeo formativa participativa e

emancipatoacuteria eacute capaz de reforccedilar o mecanismo de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo e estrateacutegias

de sauacutede trabalho e ambiente no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) (ibid)

O referido instrumento proposto pela OMS numa perspectiva universalista possui

escopo voltado para avaliaccedilatildeo em niacuteveis local (Estabelecimento de Sauacutede) municipalregional

e federal

Em niacutevel nacional possuiacute 2 (dois) conjuntos de questotildees (B1 e B2) voltados para

questionamento junto ao Ministeacuterio da Sauacutede e Ministeacuterio do Meio Ambiente Para

levantamento de dados junto agraves instacircncias municipais possui o conjunto de questotildees da

ferramenta ldquoCrdquo Em niacutevel local possuiacute 4 (quatro) conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4

endereccedilados agrave administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem eou CCIH (considerando

ambos ou o profissional mais familiarizado com o contexto do gerenciamento de resiacuteduos de

serviccedilos de sauacutede - GRSS na unidade) responsaacutevel (s) pelo GRSS e profissional de serviccedilos

gerais (que manipulemtransportem internamente os resiacuteduos) respectivamente Ressalta-se

que cada iacutetem (questatildeo do questionaacuterio) eacute direcionado a determinado grupo

participanterespondente de modo que o proacuteprio instrumento preacute-estabelece criteacuterios de

inclusatildeo e exclusatildeo da amostra

2 O Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Raacutepida (Rapid Evaluation Methods) utiliza uma mescla de abordagens quanti-qualitativas Seus quatro

princiacutepios satildeo uso de fontes muacuteltiplas rapidez pragmatismo e custo-efetividade (ANKER et al 1993 MCNALL et al 2007)

23

331 Participantes da Pesquisa

Baseado no escopo do instrumento de avaliaccedilatildeo e em seu modus operandi em cada

grupo de iacutetens eacute direcionado a uma categoria de profissionais e setor de atuaccedilatildeo os

participantes deste estudo seratildeo servidores gestores interlocutores profissionais da sauacutede e

profissionais de empresas terceirizadas (manejo para transporte interno e serviccedilo de coleta e

transporte externo) que encontrarem-se dentro dos criteacuterios de inclusatildeo agrave saber

envolvimento direto ou indireto com o setor ou Sistema de Gerenciamento dos Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) diretoresgestores dos ESs puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de

administrador ou semelhante a quem eacute endereccedilada a ferramenta D1 Enfermeira (o) chefe de

CCIH eou SESMT respondentes da ferramenta D2 Gestoresinterlocutores responsaacuteveis ou

participantes da comissatildeo para GRSS para quem se destina a ferramenta D3 e envolvidos

nas etapas de manejo que incluem a coleta e transporteinterno de RSS respondentes da

ferramenta D4 aceitar participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido encontrar-se disponiacutevel durante a coleta de dados e o proacuteprio criteacuterio de inclusatildeo

do item proposto

A coleta de dados ocorreu em 2016 periacuteodo no qual o HURJ em questatildeo passava por

transiccedilatildeo administrativa Teve-se como participantes da pesquisa 01 responsaacutevel pela coleta e

transporte interno de RSS 01 responsaacutevel pela GRSS da unidade 04 Enfermeiros-chefes 02

representantes da Gestatildeo Hospitalar

34 ANAacuteLISE DE DADOS

A anaacutelise ocorre por meio das categorias do instrumento de coleta supracitado O

sistema de avaliaccedilatildeo eacute projetado por toacutepicos na proacutepria planilha na qual a ferramenta eacute

estruturada de modo a obter um perfil da situaccedilatildeo de GRSS Este sistema de classificaccedilatildeo eacute

baseado em questotildees-chave que devem agrave luz das legislaccedilotildees vigentes ser cumpridas para se

garantir um gerenciamento seguro de RSS

35 ASPECTOS EacuteTICOS

Este estudo acata as normas estabelecidas pela portaria 4662012 do Ministeacuterio da

sauacutede para a realizaccedilatildeo de pesquisas com seres humanos que incorpora sob a oacutetica do

24

indiviacuteduo e das coletividades referenciais baacutesicos da bioeacutetica como autonomia natildeo

maleficecircncia equidade justiccedila e beneficecircncia e visando assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado este estudo foi

submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (CAE

56254916900005243 Parecer nordm 1608748)

Ressalta-se que os dados coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por no

miacutenimo 05 anos sob tutela do autor desta pesquisa de forma confidencial Apoacutes este periacuteodo

todo o material coletado seraacute destruiacutedo

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

6 OBRAS CITADAS

ADUAN S A et al Evaluation of healthcare wastes service of group A in the hospitals of

Vitoacuteria (ES) Brazil Engenharia Sanitaria e Ambiental v 19 n 2 p 133ndash141 jun 2014

ALENCAR et al Descarte de medicamentos uma anaacutelise da praacutetica no Programa Sauacutede da

Famiacutelia Ciecircnc sauacutede coletiva v 19 n 7 p 2157-21662014

ALVES et al Manejo de resiacuteduos gerados na assistecircncia domiciliar pela Estrateacutegia de Sauacutede

da Familia Rev Bras Enferm v 65 n 1 p 128-34 2012

ANDREacute S C S VEIGA T B TAKAYANAGUI A M M Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede em hospitais do municiacutepio de Ribeiratildeo Preto (SP) Brasil Eng sanit

ambient v 21 n 1 p 123-130 2016

ANKER M et al Rapid evaluation methods (REM) of health services performance

methodological observations Bull World Health Organization v 71 p15-21 1993

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 10004 classifica os

resiacuteduos soacutelidos quanto aos riscos potenciais aomeio ambiente e agrave sauacutede puacuteblicaRio de

Janeiro 1987 revisada em 2004

ARAUJO P F Anaacutelise da logiacutestica reversa como ferramenta de gestatildeo de resiacuteduos

soacutelidos Dissertaccedilatildeo ( Mestrado em Sauacutede Puacuteblica) ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica

Seacutergio Arouca Rio de Janeiro Fiocruz 2011 99p

BARBOZA Alex Gestatildeo de rejeitos radioativos em serviccedilos de medicina nuclear

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de tecnologia nuclear ndash Aplicaccedilotildees) Universidade

de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Instituto de Pesquisas Energeacuteticas e Nucleares 2009

BELLAN N et al Critical analysis of the regulations regarding the disposal of medication

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BLENKHARN J I Standards of clinical waste management in hospitals--a second look

Public Health v 121 n 7 p 540ndash5452007

BLECK D WETTBERG W Waste collection in developing countries ndash Tackling

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BRASIL Lei 8112 de 11 de dezembro de 1990 Brasiacutelia DF 1990 Dispotildee sobre o Regime

Juriacutedico dos servidores puacuteblicos civis da Uniatildeo das autarquias e das fundaccedilotildees puacuteblicas

federais Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF12 de dezembro de 1990

______ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Portaria nordm 1748 de 30 de agosto de 2011

Dispotildee sobre a Norma Regulamentadora nordm 32 Diaacuterio Oficial [da] Repuacuteblica Federativa

do Brasil Brasiacutelia DF 31 ago 2011 Seccedilatildeo 1 p 143

48

______ Ministeacuterio do Desenvolvimento e Combate agrave Fome Decreto nordm5940 de 25 de

outubro de 2010 Diaacuterio Oficial [da] Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia 16 de

outubro de 2006 p 4

______ Presidecircncia da Repuacuteblica Lei nordm 12305 de 02 de agosto de 2010 Diaacuterio Oficial [da]

Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia -3 de agosto de 2010 P 2

______ Ministeacuterio da Sauacutede Exposiccedilatildeo a materiais bioloacutegicos Brasiacutelia Ministeacuterio da

Sauacutede 2006 76 p

______ Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Resoluccedilatildeo da

Diretoria Colegiada RDC nordm 50 de 21 de fevereiro de 2002 Dispotildee sobre o Regulamento

teacutecnico para o planejamento programaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de projetos fiacutesicos de

estabelecimentos assistenciais de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo da Repuacuteblica Federativa

do Brasil Brasiacutelia 20 de marccedilo de 2002

______ Resoluccedilatildeo RDC nordm 306 de 07 de dezembro de 2004 Dispotildee sobre o regulamento

teacutecnico para o gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

Brasiacutelia 10 de dezembro de 2004

______ Ministeacuterio do Meio Ambiente Conselho Nacional do Meio Ambiente Resoluccedilatildeo nordm

358 de 29 de abril de 2005 Dispotildee sobre o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos

serviccedilos de sauacutede e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial [da] Repuacuteblica Federativa do

Brasil Brasiacutelia DF 04 de maio de 2005

______ Ministeacuterio do Planejamento Orccedilamento e Gestatildeo Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatiacutestica Pesquisa Nacional de Saneamento Baacutesico Rio de Janeiro 2008 Disponiacutevel em

lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidapnsb2008PNSB_2008p

dfgt Acesso em 13 Abr 2015

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de Resiacuteduos Soacutelidos altera a Lei nordm 9605 de 12 de fevereiro de 1998 e daacute outras

providecircncias Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF 02 de agosto de 2010

_______ Presidecircncia da Repuacuteblica Decreto Nordm 5940 de 25 de outubro de 2006 Diaacuterio

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CARVALHO et al Riscos ocupacionais e acidentes de trabalho percepccedilotildees dos coletores de

lixo Rev enferm UFPE on line v 10 n 4 p 1185-1193 2016

CASTRO et al Gerenciamento dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital de pequeno

porte Rev RENE v 15 n 5 p 860-868 2014

CHARTIER Y Safe management of wastes from health-care activities a practical

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

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83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

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101

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103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 24: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

21

3 METODOLOGIA

31 CARACTERIZACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pesquisa de campo do tipo descritiva e exploratoacuteria com abordagem qualitativa Tem

como teacutecnica de coleta de dados aplicaccedilatildeo de instrumento de pesquisa validado e especiacutefico

para o tema GRSS (HCWM-RAT ndash Versatildeo Brasileira disponiacutevel em

portfolioinovacaofiocruzbr) conforme especificado no item 33 ldquoINSTRUMENTO DE

PESQUISA E COLETA DE DADOSrdquo

A Pesquisa de Campo eacute definida por Lakatos e Marconi (2003) como uma estrateacutegia

de documentaccedilatildeo direta ou seja o levantamento de dados se daacute no local onde ocorre o

fenocircmeno a ser estudado Assim a pesquisa de campo ldquoconsiste na observaccedilatildeo de fatos e

fenocircmenos tal como ocorrem espontaneamente na coleta de dados a eles referentes e no

registro de variaacuteveis que se presume relevantes para analisaacute-losrdquo (ibid p 185)

Segundo Gil (2002 p 131) a pesquisa de campo do tipo descritiva tem a preocupaccedilatildeo

com a descriccedilatildeo tendo maior na profundidade do dado coletado de modo que o pesquisador

tende a ldquopreferir a utilizaccedilatildeo de depoimentos e entrevistas com niacuteveis diversos de

estruturaccedilatildeordquo

32 CENAacuteRIO DA PESQUISA

Esta pesquisa tem como cenaacuterio um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de

Janeiro Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (CNES 2016) esse

estabelecimento eacute caracterizado como hospital geral com esfera administrativa federal

estando sob gestatildeo municipal A natureza da Organizaccedilatildeo eacute a autarquia (administraccedilatildeo

indireta) ou seja o serviccedilo eacute autocircnomo criado por lei com personalidade juriacutedica

patrimocircnio e receita proacuteprios para executar atividades tiacutepicas da Administraccedilatildeo Puacuteblica que

requeiram gestatildeo administrativa e financeira descentralizada (BRASIL 1990)

Contando com 1442 profissionais 697 dos quais satildeo meacutedicos a unidade realiza

atendimento de demanda referenciada contando com os seguintes tipos de atendimento

Ambulatorial Internaccedilatildeo Urgecircncia e Serviccedilos de Apoio Diagnoacutestico e Terapecircutico

O Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos

bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns (CNES 2016) Sua aacuterea de abrangecircncia atinge

uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de habitantes (ibid)

22

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS

A versatildeo original do HCWM-RAT foi desenvolvida pela Organizaccedilatildeo Mundial da

Sauacutede (OMS) (WHO 2005) como parte de uma estrateacutegia que visa reduzir a carga global de

doenccedilas relacionada com a inadequada gestatildeo dos resiacuteduos especialmente das fases de

tratamento e disposiccedilatildeo final Tendo como objetivo central colaborar com os paiacuteses na

aplicaccedilatildeo de metas estrateacutegicas em especial aquelas contidas em acordos multilaterais como

os de Basileacuteia e de Estocolmo

Este instrumento se destina a avaliaccedilatildeo da performace ambiental no setor sauacutede

visando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas integradas de sauacutede e ambiente Eacute estruturado em

meacutetodo raacutepido de avaliaccedilatildeo2 para GRSS O HCWM-RAT Versatildeo Brasileira (ANEXO 82) eacute

fruto de adaptaccedilatildeo transcultural e validaccedilatildeo para uso em territoacuterio brasileiro (SILVA 2011)

Daacute condiccedilatildeo agrave institucionalizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo na aacuterea da gestatildeo e gerenciamento de resiacuteduos

da produccedilatildeo da sauacutede em concepccedilatildeo teoacuterico-poliacutetica de avaliaccedilatildeo formativa participativa e

emancipatoacuteria eacute capaz de reforccedilar o mecanismo de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo e estrateacutegias

de sauacutede trabalho e ambiente no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) (ibid)

O referido instrumento proposto pela OMS numa perspectiva universalista possui

escopo voltado para avaliaccedilatildeo em niacuteveis local (Estabelecimento de Sauacutede) municipalregional

e federal

Em niacutevel nacional possuiacute 2 (dois) conjuntos de questotildees (B1 e B2) voltados para

questionamento junto ao Ministeacuterio da Sauacutede e Ministeacuterio do Meio Ambiente Para

levantamento de dados junto agraves instacircncias municipais possui o conjunto de questotildees da

ferramenta ldquoCrdquo Em niacutevel local possuiacute 4 (quatro) conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4

endereccedilados agrave administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem eou CCIH (considerando

ambos ou o profissional mais familiarizado com o contexto do gerenciamento de resiacuteduos de

serviccedilos de sauacutede - GRSS na unidade) responsaacutevel (s) pelo GRSS e profissional de serviccedilos

gerais (que manipulemtransportem internamente os resiacuteduos) respectivamente Ressalta-se

que cada iacutetem (questatildeo do questionaacuterio) eacute direcionado a determinado grupo

participanterespondente de modo que o proacuteprio instrumento preacute-estabelece criteacuterios de

inclusatildeo e exclusatildeo da amostra

2 O Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Raacutepida (Rapid Evaluation Methods) utiliza uma mescla de abordagens quanti-qualitativas Seus quatro

princiacutepios satildeo uso de fontes muacuteltiplas rapidez pragmatismo e custo-efetividade (ANKER et al 1993 MCNALL et al 2007)

23

331 Participantes da Pesquisa

Baseado no escopo do instrumento de avaliaccedilatildeo e em seu modus operandi em cada

grupo de iacutetens eacute direcionado a uma categoria de profissionais e setor de atuaccedilatildeo os

participantes deste estudo seratildeo servidores gestores interlocutores profissionais da sauacutede e

profissionais de empresas terceirizadas (manejo para transporte interno e serviccedilo de coleta e

transporte externo) que encontrarem-se dentro dos criteacuterios de inclusatildeo agrave saber

envolvimento direto ou indireto com o setor ou Sistema de Gerenciamento dos Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) diretoresgestores dos ESs puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de

administrador ou semelhante a quem eacute endereccedilada a ferramenta D1 Enfermeira (o) chefe de

CCIH eou SESMT respondentes da ferramenta D2 Gestoresinterlocutores responsaacuteveis ou

participantes da comissatildeo para GRSS para quem se destina a ferramenta D3 e envolvidos

nas etapas de manejo que incluem a coleta e transporteinterno de RSS respondentes da

ferramenta D4 aceitar participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido encontrar-se disponiacutevel durante a coleta de dados e o proacuteprio criteacuterio de inclusatildeo

do item proposto

A coleta de dados ocorreu em 2016 periacuteodo no qual o HURJ em questatildeo passava por

transiccedilatildeo administrativa Teve-se como participantes da pesquisa 01 responsaacutevel pela coleta e

transporte interno de RSS 01 responsaacutevel pela GRSS da unidade 04 Enfermeiros-chefes 02

representantes da Gestatildeo Hospitalar

34 ANAacuteLISE DE DADOS

A anaacutelise ocorre por meio das categorias do instrumento de coleta supracitado O

sistema de avaliaccedilatildeo eacute projetado por toacutepicos na proacutepria planilha na qual a ferramenta eacute

estruturada de modo a obter um perfil da situaccedilatildeo de GRSS Este sistema de classificaccedilatildeo eacute

baseado em questotildees-chave que devem agrave luz das legislaccedilotildees vigentes ser cumpridas para se

garantir um gerenciamento seguro de RSS

35 ASPECTOS EacuteTICOS

Este estudo acata as normas estabelecidas pela portaria 4662012 do Ministeacuterio da

sauacutede para a realizaccedilatildeo de pesquisas com seres humanos que incorpora sob a oacutetica do

24

indiviacuteduo e das coletividades referenciais baacutesicos da bioeacutetica como autonomia natildeo

maleficecircncia equidade justiccedila e beneficecircncia e visando assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado este estudo foi

submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (CAE

56254916900005243 Parecer nordm 1608748)

Ressalta-se que os dados coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por no

miacutenimo 05 anos sob tutela do autor desta pesquisa de forma confidencial Apoacutes este periacuteodo

todo o material coletado seraacute destruiacutedo

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

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95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 25: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

22

33 INSTRUMENTO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS

A versatildeo original do HCWM-RAT foi desenvolvida pela Organizaccedilatildeo Mundial da

Sauacutede (OMS) (WHO 2005) como parte de uma estrateacutegia que visa reduzir a carga global de

doenccedilas relacionada com a inadequada gestatildeo dos resiacuteduos especialmente das fases de

tratamento e disposiccedilatildeo final Tendo como objetivo central colaborar com os paiacuteses na

aplicaccedilatildeo de metas estrateacutegicas em especial aquelas contidas em acordos multilaterais como

os de Basileacuteia e de Estocolmo

Este instrumento se destina a avaliaccedilatildeo da performace ambiental no setor sauacutede

visando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas integradas de sauacutede e ambiente Eacute estruturado em

meacutetodo raacutepido de avaliaccedilatildeo2 para GRSS O HCWM-RAT Versatildeo Brasileira (ANEXO 82) eacute

fruto de adaptaccedilatildeo transcultural e validaccedilatildeo para uso em territoacuterio brasileiro (SILVA 2011)

Daacute condiccedilatildeo agrave institucionalizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo na aacuterea da gestatildeo e gerenciamento de resiacuteduos

da produccedilatildeo da sauacutede em concepccedilatildeo teoacuterico-poliacutetica de avaliaccedilatildeo formativa participativa e

emancipatoacuteria eacute capaz de reforccedilar o mecanismo de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo e estrateacutegias

de sauacutede trabalho e ambiente no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) (ibid)

O referido instrumento proposto pela OMS numa perspectiva universalista possui

escopo voltado para avaliaccedilatildeo em niacuteveis local (Estabelecimento de Sauacutede) municipalregional

e federal

Em niacutevel nacional possuiacute 2 (dois) conjuntos de questotildees (B1 e B2) voltados para

questionamento junto ao Ministeacuterio da Sauacutede e Ministeacuterio do Meio Ambiente Para

levantamento de dados junto agraves instacircncias municipais possui o conjunto de questotildees da

ferramenta ldquoCrdquo Em niacutevel local possuiacute 4 (quatro) conjuntos de questotildees D1 D2 D3 e D4

endereccedilados agrave administraccedilatildeo hospitalar chefia de enfermagem eou CCIH (considerando

ambos ou o profissional mais familiarizado com o contexto do gerenciamento de resiacuteduos de

serviccedilos de sauacutede - GRSS na unidade) responsaacutevel (s) pelo GRSS e profissional de serviccedilos

gerais (que manipulemtransportem internamente os resiacuteduos) respectivamente Ressalta-se

que cada iacutetem (questatildeo do questionaacuterio) eacute direcionado a determinado grupo

participanterespondente de modo que o proacuteprio instrumento preacute-estabelece criteacuterios de

inclusatildeo e exclusatildeo da amostra

2 O Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Raacutepida (Rapid Evaluation Methods) utiliza uma mescla de abordagens quanti-qualitativas Seus quatro

princiacutepios satildeo uso de fontes muacuteltiplas rapidez pragmatismo e custo-efetividade (ANKER et al 1993 MCNALL et al 2007)

23

331 Participantes da Pesquisa

Baseado no escopo do instrumento de avaliaccedilatildeo e em seu modus operandi em cada

grupo de iacutetens eacute direcionado a uma categoria de profissionais e setor de atuaccedilatildeo os

participantes deste estudo seratildeo servidores gestores interlocutores profissionais da sauacutede e

profissionais de empresas terceirizadas (manejo para transporte interno e serviccedilo de coleta e

transporte externo) que encontrarem-se dentro dos criteacuterios de inclusatildeo agrave saber

envolvimento direto ou indireto com o setor ou Sistema de Gerenciamento dos Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) diretoresgestores dos ESs puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de

administrador ou semelhante a quem eacute endereccedilada a ferramenta D1 Enfermeira (o) chefe de

CCIH eou SESMT respondentes da ferramenta D2 Gestoresinterlocutores responsaacuteveis ou

participantes da comissatildeo para GRSS para quem se destina a ferramenta D3 e envolvidos

nas etapas de manejo que incluem a coleta e transporteinterno de RSS respondentes da

ferramenta D4 aceitar participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido encontrar-se disponiacutevel durante a coleta de dados e o proacuteprio criteacuterio de inclusatildeo

do item proposto

A coleta de dados ocorreu em 2016 periacuteodo no qual o HURJ em questatildeo passava por

transiccedilatildeo administrativa Teve-se como participantes da pesquisa 01 responsaacutevel pela coleta e

transporte interno de RSS 01 responsaacutevel pela GRSS da unidade 04 Enfermeiros-chefes 02

representantes da Gestatildeo Hospitalar

34 ANAacuteLISE DE DADOS

A anaacutelise ocorre por meio das categorias do instrumento de coleta supracitado O

sistema de avaliaccedilatildeo eacute projetado por toacutepicos na proacutepria planilha na qual a ferramenta eacute

estruturada de modo a obter um perfil da situaccedilatildeo de GRSS Este sistema de classificaccedilatildeo eacute

baseado em questotildees-chave que devem agrave luz das legislaccedilotildees vigentes ser cumpridas para se

garantir um gerenciamento seguro de RSS

35 ASPECTOS EacuteTICOS

Este estudo acata as normas estabelecidas pela portaria 4662012 do Ministeacuterio da

sauacutede para a realizaccedilatildeo de pesquisas com seres humanos que incorpora sob a oacutetica do

24

indiviacuteduo e das coletividades referenciais baacutesicos da bioeacutetica como autonomia natildeo

maleficecircncia equidade justiccedila e beneficecircncia e visando assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado este estudo foi

submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (CAE

56254916900005243 Parecer nordm 1608748)

Ressalta-se que os dados coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por no

miacutenimo 05 anos sob tutela do autor desta pesquisa de forma confidencial Apoacutes este periacuteodo

todo o material coletado seraacute destruiacutedo

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

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48

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Sauacutede 2006 76 p

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Diretoria Colegiada RDC nordm 50 de 21 de fevereiro de 2002 Dispotildee sobre o Regulamento

teacutecnico para o planejamento programaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de projetos fiacutesicos de

estabelecimentos assistenciais de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo da Repuacuteblica Federativa

do Brasil Brasiacutelia 20 de marccedilo de 2002

______ Resoluccedilatildeo RDC nordm 306 de 07 de dezembro de 2004 Dispotildee sobre o regulamento

teacutecnico para o gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

Brasiacutelia 10 de dezembro de 2004

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358 de 29 de abril de 2005 Dispotildee sobre o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

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79

80

81

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 26: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

23

331 Participantes da Pesquisa

Baseado no escopo do instrumento de avaliaccedilatildeo e em seu modus operandi em cada

grupo de iacutetens eacute direcionado a uma categoria de profissionais e setor de atuaccedilatildeo os

participantes deste estudo seratildeo servidores gestores interlocutores profissionais da sauacutede e

profissionais de empresas terceirizadas (manejo para transporte interno e serviccedilo de coleta e

transporte externo) que encontrarem-se dentro dos criteacuterios de inclusatildeo agrave saber

envolvimento direto ou indireto com o setor ou Sistema de Gerenciamento dos Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) diretoresgestores dos ESs puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de

administrador ou semelhante a quem eacute endereccedilada a ferramenta D1 Enfermeira (o) chefe de

CCIH eou SESMT respondentes da ferramenta D2 Gestoresinterlocutores responsaacuteveis ou

participantes da comissatildeo para GRSS para quem se destina a ferramenta D3 e envolvidos

nas etapas de manejo que incluem a coleta e transporteinterno de RSS respondentes da

ferramenta D4 aceitar participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido encontrar-se disponiacutevel durante a coleta de dados e o proacuteprio criteacuterio de inclusatildeo

do item proposto

A coleta de dados ocorreu em 2016 periacuteodo no qual o HURJ em questatildeo passava por

transiccedilatildeo administrativa Teve-se como participantes da pesquisa 01 responsaacutevel pela coleta e

transporte interno de RSS 01 responsaacutevel pela GRSS da unidade 04 Enfermeiros-chefes 02

representantes da Gestatildeo Hospitalar

34 ANAacuteLISE DE DADOS

A anaacutelise ocorre por meio das categorias do instrumento de coleta supracitado O

sistema de avaliaccedilatildeo eacute projetado por toacutepicos na proacutepria planilha na qual a ferramenta eacute

estruturada de modo a obter um perfil da situaccedilatildeo de GRSS Este sistema de classificaccedilatildeo eacute

baseado em questotildees-chave que devem agrave luz das legislaccedilotildees vigentes ser cumpridas para se

garantir um gerenciamento seguro de RSS

35 ASPECTOS EacuteTICOS

Este estudo acata as normas estabelecidas pela portaria 4662012 do Ministeacuterio da

sauacutede para a realizaccedilatildeo de pesquisas com seres humanos que incorpora sob a oacutetica do

24

indiviacuteduo e das coletividades referenciais baacutesicos da bioeacutetica como autonomia natildeo

maleficecircncia equidade justiccedila e beneficecircncia e visando assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado este estudo foi

submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (CAE

56254916900005243 Parecer nordm 1608748)

Ressalta-se que os dados coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por no

miacutenimo 05 anos sob tutela do autor desta pesquisa de forma confidencial Apoacutes este periacuteodo

todo o material coletado seraacute destruiacutedo

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

6 OBRAS CITADAS

ADUAN S A et al Evaluation of healthcare wastes service of group A in the hospitals of

Vitoacuteria (ES) Brazil Engenharia Sanitaria e Ambiental v 19 n 2 p 133ndash141 jun 2014

ALENCAR et al Descarte de medicamentos uma anaacutelise da praacutetica no Programa Sauacutede da

Famiacutelia Ciecircnc sauacutede coletiva v 19 n 7 p 2157-21662014

ALVES et al Manejo de resiacuteduos gerados na assistecircncia domiciliar pela Estrateacutegia de Sauacutede

da Familia Rev Bras Enferm v 65 n 1 p 128-34 2012

ANDREacute S C S VEIGA T B TAKAYANAGUI A M M Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede em hospitais do municiacutepio de Ribeiratildeo Preto (SP) Brasil Eng sanit

ambient v 21 n 1 p 123-130 2016

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

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95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 27: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

24

indiviacuteduo e das coletividades referenciais baacutesicos da bioeacutetica como autonomia natildeo

maleficecircncia equidade justiccedila e beneficecircncia e visando assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado este estudo foi

submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (CAE

56254916900005243 Parecer nordm 1608748)

Ressalta-se que os dados coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por no

miacutenimo 05 anos sob tutela do autor desta pesquisa de forma confidencial Apoacutes este periacuteodo

todo o material coletado seraacute destruiacutedo

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

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STAIR R M REYNOLDS G W Princiacutepios de Sistemas de Informaccedilatildeo 6ed Satildeo Paulo

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_________ DEPARTMENT OF IMMUNIZATION V AND B Management of solid

health-care waste at primary health-care centres a decision-making guide Geneva

Immunization Vaccines and Biologicals (IVB) Protection of the Human Environment

Water Sanitation and Health (WSH) World Health Organization 2005

52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

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58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

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83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

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84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 28: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

25

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

A fim de facilitar a anaacutelise dos dados coletados este capiacutetulo foi subdividido conforme

os eixos temaacuteticos do instrumento sob a seguinte titulaccedilatildeo Caracterizaccedilatildeo do

Estabelecimento de Sauacutede EquipeProfissionais de Sauacutede Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos

de Sauacutede Etapas de Manejo dos RSS Regulamentaccedilotildees para GRSS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO DE SAUacuteDE

O Hospital Universitaacuterio (HURJ) conta atualmente com 1442 profissionais (CNES

2016) distribuiacutedos em 05 preacutedios e 02 unidades auxiliares Destes profissionais 07 foram os

participantes desta pesquisa os quais satildeo caracterizados no Quadro 1

Quadro 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Variaacuteveis Categorias

Participantes

Fer D1 Fer D2 Fer D3 Fer D4

02 04 01 01

Sexo Feminino 02 03 01 -

Masculino - 01 - 01

Faixa Etaacuteria

21-30 anos - - - -

31-40 anos 01 01 01 -

41 ndash 50 anos - 01 - -

Acima de 50 anos 01 02 - 01

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto - - - 01

Ensino Superior Completo - 01 - -

Especializaccedilatildeo - 01 - -

Mestrado - 02 01 -

Doutorado 02 - - -

Funccedilatildeo

Representante da Gestatildeo Hospitalar 02 - - -

Chefia de Enfermagem - 04 - -

Responsaacutevel pelos RSS - - 01 -

Serviccedilos GeraisTransporte interno de

RSS - - - 01

Periacuteodo na

Funccedilatildeo

Ateacute 01 ano 01 01 - -

Entre 01 e 04 anos - 01 -

Acima de 04 anos 01 03 - 01

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A Ferramenta D1 direcionada a diretoresgestores dos Estabelecimentos de Sauacutede

(ESs) puacuteblicos exercendo funccedilatildeo de administrador ou semelhante foi respondida pela

Diretoria de Enfermagem e pela responsaacutevel pelo Gerenciamento de Risco da unidade

(identificadas aqui como D1A e D1B) a Ferramenta D2 foi respondida por 04 Enfermeiros

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

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95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

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101

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103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 29: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

26

chefes (identificados aqui como D2A D2B D2C D2D) a Ferramenta D3 foi respondida pela

responsaacutevel pelo GRSS (identificada aqui como D3A) a Ferramenta D4 foi respondida por

01 profissional envolvido na coleta e transporte interno de RSS (identificado aqui como

D4A) Ressalta-se que o Estabelecimento de sauacutede objeto deste estudo atualmente natildeo conta

com uma Comissatildeo formalmente instituiacuteda para o Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede de modo que a respondente D3A eacute a uacutenica responsaacutevel por esta atividade

De acordo com o registro no CNES (2016) o Estabelecimento de Sauacutede em questatildeo

realiza coleta seletiva dos seguintes resiacuteduos bioloacutegicos quiacutemicos radioativos e comuns

(Fig 3)

Fig 3 ndash ResiacuteduosRejeitos do HURJ

Fonte CNES 2016

Apesar dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2016)

apontarem que o HURJ realiza coleta de Rejeitos radioativos a respondente D3A

(responsaacutevel pelo Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do hospital estudado)

relata ao responder a questatildeo ldquoQuantidade gerada de rejeitos radioativos por diasemanardquo

(item nordm 407 Tabela 01) da Ferramenta D3 que a unidade natildeo gera rejeito radioativo

De acordo com a legislaccedilatildeo vigente rejeitos radioativos incluem materiais resultantes

de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos soluccedilotildees de radionucliacutedeos destinados

a uso terapecircutico ou diagnoacutestico excrementos de doentes tratados ou testados com

radionucliacutedeos natildeo selados objetos de vidro embalagens ou papel absorvente contaminado

entre outros (BRASIL 2004)

O International Atomic Energy Agency (IAEA) define rejeito radioativo como

ldquoqualquer material que contenha ou esteja contaminado com radionucliacutedeos em concentraccedilotildees

ou valores de atividade maiores que os limites estabelecidos pela autoridade competenterdquo

Segundo a Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o rejeito radioativo eacute qualquer

ldquomaterial resultante de atividades humanas que contenha radionucliacutedeos em quantidades

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

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Assessment Tool 2004 Disponiacutevel em

lthttpwwwwhointwater_sanitation_healthmedicalwastehcwmtoolengt Acessoem 13

Jan 2015

_________ DEPARTMENT OF IMMUNIZATION V AND B Management of solid

health-care waste at primary health-care centres a decision-making guide Geneva

Immunization Vaccines and Biologicals (IVB) Protection of the Human Environment

Water Sanitation and Health (WSH) World Health Organization 2005

52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

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83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

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104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 30: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

27

superiores aos limites de isenccedilatildeo especificadas na Norma CNEN-NE-602 Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas e para o qual a reutilizaccedilatildeo eacute improacutepria ou natildeo previstardquo

(CNEN1998)

Segundo dados do CNES (2016) dentre outras especialidades oferecidas pelo HURJ

(Fig 4) tem-se o Serviccedilo de Medicina Nuclear que eacute definido pelo CNEN (2016) como

ldquoespecialidade meacutedica que emprega fontes natildeo seladas com finalidade diagnoacutestica e

terapecircuticardquo (grifo nosso)

Fig 4 ndash Recorte dos Serviccedilos oferecidos pelo HURJ

Fonte Adaptado de CNES 2016

Nos Serviccedilos de Medicina Nuclear pelo uso de substacircncias radioativas de fontes natildeo

seladas (BARBOZA 2009) devem atender a todos os requisitos estabelecidos pela Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear agrave saber CNENshyNEshy301 ldquoDiretrizes Baacutesicas de

Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNEshy302 ldquoServiccedilos de Radioproteccedilatildeordquo CNENshyNNshy303

ldquoCertificaccedilatildeo da Qualificaccedilatildeo de Supervisores de Radioproteccedilatildeo CNENshyNEshy501

ldquoTransporte de Materiais Radioativosrdquo CNENshyNEshy602 ldquoLicenciamento de Instalaccedilotildees

Radiativasrdquo CNENshyNEshy605 ldquoGerecircncia de Rejeitos Radioativos em Instalaccedilotildees Radiativasrdquo

(CNEN 1996)

Com relaccedilatildeo agrave abrangecircncia dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Sauacutede (CNES 2016) apontam que uma populaccedilatildeo estimada em mais de dois milhotildees de

habitantes encontram-se dentro do territoacuterio de sauacutede assistido pela unidade Quanto agrave

complexidade os respondentes desta pesquisa apontaram que se trata de um hospital de meacutedia

a alta complexidade oferecendo serviccedilos de medicina geral ginecologia cirurgia pediatria e

neonatologia emergecircncias pediaacutetrica e adulta referenciada radiologia laboratorial

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

6 OBRAS CITADAS

ADUAN S A et al Evaluation of healthcare wastes service of group A in the hospitals of

Vitoacuteria (ES) Brazil Engenharia Sanitaria e Ambiental v 19 n 2 p 133ndash141 jun 2014

ALENCAR et al Descarte de medicamentos uma anaacutelise da praacutetica no Programa Sauacutede da

Famiacutelia Ciecircnc sauacutede coletiva v 19 n 7 p 2157-21662014

ALVES et al Manejo de resiacuteduos gerados na assistecircncia domiciliar pela Estrateacutegia de Sauacutede

da Familia Rev Bras Enferm v 65 n 1 p 128-34 2012

ANDREacute S C S VEIGA T B TAKAYANAGUI A M M Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede em hospitais do municiacutepio de Ribeiratildeo Preto (SP) Brasil Eng sanit

ambient v 21 n 1 p 123-130 2016

ANKER M et al Rapid evaluation methods (REM) of health services performance

methodological observations Bull World Health Organization v 71 p15-21 1993

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 10004 classifica os

resiacuteduos soacutelidos quanto aos riscos potenciais aomeio ambiente e agrave sauacutede puacuteblicaRio de

Janeiro 1987 revisada em 2004

ARAUJO P F Anaacutelise da logiacutestica reversa como ferramenta de gestatildeo de resiacuteduos

soacutelidos Dissertaccedilatildeo ( Mestrado em Sauacutede Puacuteblica) ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica

Seacutergio Arouca Rio de Janeiro Fiocruz 2011 99p

BARBOZA Alex Gestatildeo de rejeitos radioativos em serviccedilos de medicina nuclear

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de tecnologia nuclear ndash Aplicaccedilotildees) Universidade

de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Instituto de Pesquisas Energeacuteticas e Nucleares 2009

BELLAN N et al Critical analysis of the regulations regarding the disposal of medication

wasteBraz j pharm sci p 507ndash518 2012

BLENKHARN J I Standards of clinical waste management in hospitals--a second look

Public Health v 121 n 7 p 540ndash5452007

BLECK D WETTBERG W Waste collection in developing countries ndash Tackling

occupational safety and health hazards at their source Waste Manag [Internet] v 31 n 11

p 2009-17 2012

BRASIL Lei 8112 de 11 de dezembro de 1990 Brasiacutelia DF 1990 Dispotildee sobre o Regime

Juriacutedico dos servidores puacuteblicos civis da Uniatildeo das autarquias e das fundaccedilotildees puacuteblicas

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

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95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 31: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

28

(Respondentes D3A D2A D2B D2C D2D D1A e D1B) O CNES ainda exibe a relaccedilatildeo

detalhada das especialidades oferecidas pelo HURJ Essa relaccedilatildeo eacute apresentada pelo Anexo

83 deste estudo

No que se refere ao nuacutemero de leitos a ocupaccedilatildeo na data da coleta era de 134 leitos A

taxa de ocupaccedilatildeo do mecircs de julho de 2016 foi de 8297 e a taxa de ocupaccedilatildeo meacutedia em 2015

foi de 7693 (Respondente D3A) O hospital tambeacutem realiza assistecircncia ambulatorial

atendendo em meacutedia 1000 pacientes por dia (respondente D3A) Ressalta-se que os

ambulatoacuterios da unidade se encontravam em obras para sua expansatildeo no periacuteodo da coleta

Eacute importante ressaltar que caracteriacutesticas do estabelecimento de sauacutede no que diz

respeito a sua complexidade nuacutemero de atendimentosleitos ocupados nuacutemero de

profissionais alocados e tipo de assistecircncia prestada impactam diretamente no volume e tipo

de resiacuteduos gerados (ANDREacute 2011) Aleacutem disso entende-se que uma unidade hospitalar

voltada ao ensino tende a gerar maior volume de resiacuteduos haja vista que estudantes tendem a

utilizar mais material na realizaccedilatildeo de procedimentos e por vezes necessitam refazecirc-los a

tiacutetulo de treinamento

O Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (PGRSS) do HURJ

teve sua primeira versatildeo divulgada em dezembro de 2005 sendo posteriormente atualizado

em 2011 (PGRSS HURJ 2011) Ressalta-se que o Serviccedilo de Medicina Nuclear (SMN) foi

instituiacutedo em 2012 (CNES 2016) tornando imperativo o procedimento de atualizaccedilatildeo do

PGRSS com o levantamento de informaccedilotildees referentes aos procedimentos e a possiacutevel

geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos

42 EQUIPEPROFISSIONAIS DE SAUacuteDE

No que se refere ao preparo para lidar com o GRSS o Quadro 2 apresenta a frequecircncia

das respostas dos entrevistados pela Ferramenta D1

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

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32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

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estabelecimentos assistenciais de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo da Repuacuteblica Federativa

do Brasil Brasiacutelia 20 de marccedilo de 2002

______ Resoluccedilatildeo RDC nordm 306 de 07 de dezembro de 2004 Dispotildee sobre o regulamento

teacutecnico para o gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

Brasiacutelia 10 de dezembro de 2004

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

60

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63

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94

95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 32: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

29

Quadro 2 ndash Sobre a equipe e os profissionais de sauacutede Respondentes da ferramenta D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

300

O treinamentocapacitaccedilatildeo dos

profissionais de sauacutede contempla

GRSS

Sim Natildeo

301 Caso positivo que tipo de

treinamentocapacitaccedilatildeo eacute oferecido Aula expositiva Natildeo haacute

302 Quem eacute o responsaacutevel pelo GRSS em

seu estabelecimento D3A e D1B D3A

303 Que tipo de treinamento esta pessoa

recebeu Natildeo sei

Natildeo sei mas recebi

treinamento quando estive

nesta funccedilatildeo em 2005

306

Posso obter de forma discriminada a

composiccedilatildeo da equipe responsaacutevel pelo

GRSS

01 meacutedica e 01 auxiliar

administrativo

Soacute haacute uma pessoa natildeo haacute

equipe

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Lacunas no conhecimento de gestores e profissionais de sauacutede para gerenciar RSS satildeo

apontadas na literatura como uma das principais causas para o inadequado gerenciamento dos

resiacuteduos desse setor (ANDREacute 2011 CHARTIER 2014 COSTA FELLI BAPTISTA 2012

COZENDEY-SILVA et al 2016 FIALHO et al 2016 OLIVEIRA 2011 SILVA 2011)

tal fato representa um fator representa um fator criacutetico no processo de GRSS Destaca-se que

sobre esta questatildeo a RDC 3062004 da ANVISA diz que

Os serviccedilos geradores de RSS devem manter um programa de educaccedilatildeo continuada

independente do viacutenculo empregatiacutecio existente que deve contemplar dentre outros

temas

- Noccedilotildees gerais sobre o ciclo da vida dos materiais

- Conhecimento da legislaccedilatildeo ambiental de limpeza puacuteblica e de vigilacircncia

sanitaacuteria relativas aos RSS

- Definiccedilotildees tipo e classificaccedilatildeo dos resiacuteduos e potencial de risco do resiacuteduo

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento

- Formas de reduzir a geraccedilatildeo de resiacuteduos e reutilizaccedilatildeo de materiais

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas

- Identificaccedilatildeo das classes de resiacuteduos

- Conhecimento sobre a utilizaccedilatildeo dos veiacuteculos de coleta

- Orientaccedilotildees quanto ao uso de Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual-EPI e

Coletiva-EPC

- Orientaccedilotildees sobre biosseguranccedila (bioloacutegica quiacutemica e radioloacutegica)

- Orientaccedilotildees quanto agrave higiene pessoal e dos ambientes

-Orientaccedilotildees especiais e treinamento em proteccedilatildeo radioloacutegica quando houver

rejeitos radioativos

- Providecircncias a serem tomadas em caso de acidentes e de situaccedilotildees

emergenciais

- Visatildeo baacutesica do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio

- Noccedilotildees baacutesicas de controle de infecccedilatildeo e de contaminaccedilatildeo quiacutemica (BRASIL

2004 art 20)

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

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teacutecnico para o gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

71

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79

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85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 33: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

30

Essa regulamentaccedilatildeo ainda orienta que os programas de educaccedilatildeo continuada podem

ser desenvolvidos sob parceria entre os estabelecimentos existentes no territoacuterio (BRASIL

2004)

Quadro 3 ndash Imunizaccedilotildees Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

305

Seus profissionais satildeo

imunizados regularmente

contra hepatite B e

Teacutetanos

Natildeo sei informar Isso eacute

da responsabilidade do

setor de Setor de Sauacutede

do Trabalhador da

Universidade

Imagino que Sim

devido ser preacute-

requisito para

atuaccedilatildeo em

unidades de sauacutede

Natildeo sei Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo agrave vacinaccedilatildeo 75 dos entrevistados natildeo soube informar se os

profissionais satildeo imunizados regularmente mas por se tratar de uma exigecircncia para a

contrataccedilatildeo acreditam que todos os profissionais sejam imunizados contra teacutetano e hepatite

B O respondente D2A apontou como responsaacutevel por esse procedimento o Departamento de

Sauacutede do Trabalhador mas natildeo soube informar onde este departamento de localiza

43 GERACcedilAtildeO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

O levantamento da geraccedilatildeo total de resiacuteduos de sauacutede representa o ponto de partida

para a adequaccedilatildeo dos meacutetodos de coleta transporte tratamento e disposiccedilatildeo final de modo a

respeitar as legislaccedilotildees vigentes e tornar este processo mais seguro para o homem e o

ambiente (ADUAN et al 2014) Aleacutem disso dados sobre o volume gerado contribuem para a

elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo do Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Sauacutede (PGRSS)

(ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016)

Deste modo o Quadro 4 apresenta a quantidade de resiacuteduos gerados pelos diferentes

Grupos de RSS na unidade estudada Destaca-se que quanto aos RSS do Grupo A e do Grupo

E satildeo contabilizados juntos

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

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Famiacutelia sobre resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede Rev Bras Enferm v65 n 4 p 645-52 2012

SILVA C E DA HOPPE A E Diagnosisof medical wastes in central Rio Grande do Sul

State Engenharia Sanitaria e Ambiental v 10 n 2 p 146ndash1512005

SILVA E N C DA Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede adaptaccedilatildeo

transcultural e validaccedilatildeo do instrumento healt-carewast management - rapidassessment

51

toolrsquo para a lingua portuguesa no Brasil [sl] Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Sergio

Arouca 2011

SILVA E N C COSTA M F B Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos odontoloacutegicos

aspectos teacutecnicos operacionais Management of dental services wastes operational technical

features Rev Bras Odontol v 63 n 34 p 158-163 2006

SILVA I T S DA et al A enfermagem e o gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos de serviccedilos

de sauacutede Rev pesqui cuid fundam (Online) p 1152ndash1161 2014

SILVA M R DA CORTEZ E A VALENTE G S C Acidentes com materiais

perfurocortantes e bioloacutegicos no ambiente hospitalar anaacutelise da exposiccedilatildeo ao risco e medidas

preventivas Rev pesqui cuid fundam (Online) p 1856ndash1872 2009

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1900 2005

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Cengage Learning 2011

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO) Health-Care Waste Management -Rapid

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Immunization Vaccines and Biologicals (IVB) Protection of the Human Environment

Water Sanitation and Health (WSH) World Health Organization 2005

52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

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85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 34: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

31

Contecirciner Barrica

Quadro 4 ndash Geraccedilatildeo de RSS Respondente da Ferramenta D3 Item Questatildeo Participante D3A

401 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos similares

aos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU)

Aproximadamente 50 contecircineres de 240 litros

por dia

402 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

perfurocortantes Aproximadamente 15 contecircineres de 240 litros

por dia

403 Qual a quantidade gerada de Resiacuteduos

bioloacutegicos

404 Peccedilas anatocircmicas Natildeo se tem o controle Satildeo sepultadas

405 Resiacuteduos Quiacutemico-farmacecircuticos uma barrica de 50L e aproximadamente 30

barricas de quimioteraacutepico por semana

406 Resiacuteduos quiacutemicos 100 litros por mecircs

407 Rejeitos radioativos Natildeo se aplica

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

De modo a ilustrar a Figura 5 mostra exemplos de recipientes citados pela

respondente D3A

Figura 5 ndash Recipientes utilizados para o acondicionamento (meramente ilustrativo)

Fonte Proplast 20163 Barriforte 2016

4

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D (Resiacuteduos similares aos Resiacuteduos Soacutelidos

Urbanos) satildeo os gerados em maior quantidade Estudos sobre a temaacutetica alcanccedilaram

resultados similares onde a geraccedilatildeo de RSS do Grupo D representava mais que 60 do

volume total (ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al

2012 CHARTIER 2014 OLIVEIRA 2011)

3 Proplast Disponiacutevel em lt httpwwwproplastcombrcontentor-de-lixo-240-litrosgt Acesso em 25

out 2016 4 Barriforte Disponiacutevel em lt httpbarrifortecombrprodutos_detalhesaspcod=611ampcat=1gt Acesso

em 25 out 2016

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

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teacutecnico para o gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

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79

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84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 35: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

32

Conforme evidenciado nos Quadros 5 e 6 os Resiacuteduos do Grupo D satildeo gerados em

todos os preacutedios e setores que compotildeem a unidade em especial resiacuteduos provenientes de

atividades administrativas e restos de embalagens Este achado natildeo difere dos resultados de

outros estudos (CASTRO et al 2014 GESSNER et al 2013 PEREIRA et al 2013

OLIVEIRA 2011) que exploraram o perfil de geraccedilatildeo de hospitais de pequeno a grande porte

no Brasil e no mundo

Quadro 5 ndash Tipos de resiacuteduos gerados segundo o PGRSS da unidade LOCAL SERVICcedilO PRESTADO TIPO DE RESIacuteDUO

Preacutedio

Adminis-trativo Administraccedilatildeo

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar de refeitoacuterio resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Preacutedio Anexo

Coleta de Sangue

Coordenaccedilatildeo de AIDS

Serviccedilo de Oftalmologia

Especializada

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D material utilizado em antissepsia e hemostasia de

venoacuteclises papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio principal

Cacircmara Mortuaacuteria e Serviccedilo

de Anatomia Patoloacutegica

Serviccedilo de Nutriccedilatildeo Banco

de leite materno

Almoxarifado Serviccedilo de

Farmaacutecia Zeladoria Serviccedilo

de Radiologia Enfermaria

de Doenccedilas Infecciosas e

Parasitaacuterias Serviccedilo de

Hemodinacircmica Central de

Material e Esterilizaccedilatildeo

Centro de Diaacutelise Centro

Ciruacutergico Centro de

Tratamento Intensivo

Unidade Coronariana

Laboratoacuterio de Anaacutelises

Cliacutenicas e Patologia Cliacutenica

Enfermaria de Ortopedia e

Enfermaria de Hematologia

Enfermaria de pediatria

Enfermaria e Centro

Ciruacutergico

Otorrinolaringologia e

Oftalmologia Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Masculina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Masculina Enfermaria

Cliacutenica Meacutedica Feminina

Enfermaria Cliacutenica Ciruacutergica

Feminina Enfermaria da

Obstetriacutecia e Centro

Obsteacutetrico Berccedilaacuterio

Intermediaacuterio e UTI

GRUPO A1 sobras de amostras de laboratoacuterio contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos recipientes e materiais

resultantes do processo de assistecircncia agrave sauacutede contendo

sangue ou liacutequidos corpoacutereos na forma livre

GRUPO A3 produto de fecundaccedilatildeo sem sinais vitais com

peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centiacutemetros ou idade gestacional menor que 20 semanas

peccedilas anatocircmicas (membros) do ser humano

GRUPO A 4 recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre Resiacuteduos de tecido adiposo

provenientes de lipoaspiraccedilatildeo lipoescultura ou outro

procedimento de cirurgia plaacutestica kits de linhas arteriais

endovenosas e dialisadores

GRUPO B reagentes para laboratoacuterio e recipientes

contaminados por estes efluentes dos equipamentos

automatizados utilizados em anaacutelises cliacutenicas Produtos

considerados perigosos conforme classificaccedilatildeo da NBR

10004 da ABNT (xilol da anatomia patoloacutegica e Brometo de

etiacutedeo da UNIPG) Resiacuteduos de saneantes desinfetantes

desinfestantes efluentes de processadores de imagem

(reveladores e fixadores) produtos hormonais e produtos

antimicrobianos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores anti-

retrovirais quando descartados por serviccedilos de sauacutede

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de Soro

Sobras de Alimentos Resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas resiacuteduos de gesso sobras de embalagem em

geral

GRUPO E lacircminas de barbear agulhas escalpes ampolas

de vidro lacircminas de bisturi lacircminas e lamiacutenulas espaacutetulas

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

81

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 36: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

33

Neonatal tubos capilares

Preacutedio

Ambulatoacuterio

Serviccedilo de Quimioterapia

Banco de Sangue

Consultoacuterios Marcaccedilatildeo de

consultas

Arquivo

GRUPO A1 bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes rejeitadas por contaminaccedilatildeo ou por maacute

conservaccedilatildeo ou com prazo de validade vencido e aquelas

oriundas de coleta incompleta

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO B sobras de produtos citostaacuteticos antineoplaacutesicos

imunossupressores digitaacutelicos imunomoduladores

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro sobras

de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas administrativas

sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas ampolas de vidro lacircminas de bisturi

lacircminas e lamiacutenulas

Preacutedio

Emergecircncia

Recepccedilatildeo Sala de Sutura

triagem sala dos meacutedicos

setor de internaccedilatildeo e alta

sala da assistente social Box

Feminino Box Masculino

Sala de Trauma Unidade

Intermediaacuteria central de

material da emergecircncia

emergecircncia pediaacutetrica

odontologia e cirurgia buccedilo-

maxilo-facial Secretaria da

emergecircncia e da

enfermagem Centro de

controle de intoxicaccedilotildees

Laboratoacuterio analiacutetico

Dormitoacuterios Refeitoacuterio e

Vestiaacuterio da enfermagem

CCIH e Gerecircncia de Risco

Sanitaacuterio Hospitalar Serviccedilo

de Endoscopia Digestiva e

Broncoscopia Centro de

Pesquisa Cliacutenica

GRUPO A4 Recipientes e materiais resultantes do processo

de assistecircncia agrave sauacutede que natildeo contenham sangue ou liacutequidos

corpoacutereos na forma livre

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

peccedilas descartaacuteveis de vestuaacuterio material utilizado em

antissepsia e hemostasia de venoacuteclises equipo de soro

sobras de alimentos resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas sobras de embalagem em geral

GRUPO E agulhas escalpe ampolas de vidro lacircminas de

bisturi

Unidades

auxiliares Manutenccedilatildeo Lavanderia

GRUPO B Lacircmpadas Fluorescentes pilhas e baterias

GRUPO D papel de uso sanitaacuterio absorventes higiecircnicos

resto alimentar resiacuteduos provenientes das aacutereas

administrativas

Fonte Adaptado do PGRSS da unidade 2011

O Quadro 6 apresenta a distribuiccedilatildeo dos 5 Grupos de resiacuteduos gerados no HURJ

segundo local

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

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Sauacutede 2006 76 p

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teacutecnico para o gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

81

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 37: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

34

Quadro 6 ndash Distribuiccedilatildeo de resiacuteduos gerados por preacutedio

LOCAL

GRUPO DE RESIacuteDUOS DE SERVICcedilOS DE SAUacuteDE

A B C D E

A1 A3 A4

Preacutedio Administrativo

Preacutedio Anexo

Preacutedio Principal

Preacutedio Ambulatoacuterio

Preacutedio da emergecircncia

Unidades Auxiliares Manutenccedilatildeo

Lavanderia

Fonte PGRSS do estabelecimento 2011

44 ETAPAS DE MANEJO

441 Segregaccedilatildeo

O manejo dos RSS inicia-se pela etapa de segregaccedilatildeo a qual eacute apontada como a mais

importante haja vista que eacute ela quem determina a classificaccedilatildeo e por conseguinte o tipo de

acondicionamento identificaccedilatildeo e demais etapas de manejo possibilitando adequado

tratamento e destinaccedilatildeo final (ALVES et al 2012 ANDREacute VEIGA TAKAYANAGUI

2016) Para fins de comparaccedilatildeo as respostas dos entrevistados que ocupam cargo na chefia de

enfermagem encontram-se organizados no Quadro 7

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

6 OBRAS CITADAS

ADUAN S A et al Evaluation of healthcare wastes service of group A in the hospitals of

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da Familia Rev Bras Enferm v 65 n 1 p 128-34 2012

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Diretoria Colegiada RDC nordm 50 de 21 de fevereiro de 2002 Dispotildee sobre o Regulamento

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estabelecimentos assistenciais de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo da Repuacuteblica Federativa

do Brasil Brasiacutelia 20 de marccedilo de 2002

______ Resoluccedilatildeo RDC nordm 306 de 07 de dezembro de 2004 Dispotildee sobre o regulamento

teacutecnico para o gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

Brasiacutelia 10 de dezembro de 2004

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358 de 29 de abril de 2005 Dispotildee sobre o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

81

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 38: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

35

Quadro 7 ndash Segregaccedilatildeo de RSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

500 Em quais grupos satildeo

separados os RSS

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos peccedilas

anatocircmicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

Perfurocortant

es resiacuteduos

bioloacutegicos

Perfurocortantes

resiacuteduos

bioloacutegicos

peccedilas

anatocircmicas

resiacuteduo quiacutemico-

farmacecircutico

503

A agulha e a seringa satildeo

descartadas de forma

conjunta

Natildeo satildeo retiradas

das seringas

Sim

(Descarpack) Natildeo sei

Sim em local

proacuteprio

(Descarpack)

504 Que tipos de seringas

vocecircs usam

Descartaacutevel e

seringa de

seguranccedila

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

Descartaacutevel

Descartaacutevel

Esterilizaacutevel

(para anestesia e

punccedilatildeo lombar)

600

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

resiacuteduos bioloacutegicos

Contecirciner

especifico Natildeo sei Natildeo sei Contecirciner

601

Que tipos de recipientes

satildeo utilizados para

perfurocortantes

A prova de

perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

Natildeo eacute a prova

de perfuraccedilatildeo

Natildeo eacute a prova de

perfuraccedilatildeo

(Descarpack -

papelatildeo)

602

Caso falte recipientes

para perfurocortantes

qual a razatildeo das faltas

Natildeo haacute faltas Logiacutestica Natildeo sei Natildeo haacute faltas

603 Vocecirc tem um sistema de

coacutedigo de cores

Sim Branco

leitoso e preto Natildeo Sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Com relaccedilatildeo a questatildeo de nuacutemero 500 observa-se que nenhum dos entrevistados

apontou resiacuteduos do Grupo D (Similar aos Soacutelidos Urbanos) na etapa de segregaccedilatildeo apesar

deste grupo ser gerado em maior quantidade em todos os preacutedios e serviccedilos incluiacutedos os de

atenccedilatildeo agrave sauacutede conforme explicitado nos Quadros 5 e 6

A Segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede sua identificaccedilatildeo e de seus

recipientes eacute realizada conforme o conteuacutedo e o risco especiacutefico destes resiacuteduos utilizando

simbologia adequada para cada grupo e muitas vezes sistema de cores para sua identificaccedilatildeo

(CASTRO et al 2014)

Destaca-se a importacircncia de se atentar para o risco de uma segregaccedilatildeo inadequada

uma vez que falhas na segregaccedilatildeo satildeo consideradas comuns especialmente com relaccedilatildeo aos

resiacuteduos com risco bioloacutegico (Resiacuteduos do Grupo A) que por vezes satildeo destinados juntamente

com resiacuteduos comuns (ADUAN et al 2014 ANDREacute 2011 ANDREacute VEIGA

TAKAYANAGUI 2016 ALVES et al 2012 ALENCAR et al 2014 CASTRO et al 2014

OLIVEIRA et al 2014) Quando misturado erroneamente com Resiacuteduos do Grupo A o

Resiacuteduos do Grupo D torna-se igualmente contaminado tornando-se veiacuteculo potencial de

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

6 OBRAS CITADAS

ADUAN S A et al Evaluation of healthcare wastes service of group A in the hospitals of

Vitoacuteria (ES) Brazil Engenharia Sanitaria e Ambiental v 19 n 2 p 133ndash141 jun 2014

ALENCAR et al Descarte de medicamentos uma anaacutelise da praacutetica no Programa Sauacutede da

Famiacutelia Ciecircnc sauacutede coletiva v 19 n 7 p 2157-21662014

ALVES et al Manejo de resiacuteduos gerados na assistecircncia domiciliar pela Estrateacutegia de Sauacutede

da Familia Rev Bras Enferm v 65 n 1 p 128-34 2012

ANDREacute S C S VEIGA T B TAKAYANAGUI A M M Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede em hospitais do municiacutepio de Ribeiratildeo Preto (SP) Brasil Eng sanit

ambient v 21 n 1 p 123-130 2016

ANKER M et al Rapid evaluation methods (REM) of health services performance

methodological observations Bull World Health Organization v 71 p15-21 1993

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 10004 classifica os

resiacuteduos soacutelidos quanto aos riscos potenciais aomeio ambiente e agrave sauacutede puacuteblicaRio de

Janeiro 1987 revisada em 2004

ARAUJO P F Anaacutelise da logiacutestica reversa como ferramenta de gestatildeo de resiacuteduos

soacutelidos Dissertaccedilatildeo ( Mestrado em Sauacutede Puacuteblica) ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica

Seacutergio Arouca Rio de Janeiro Fiocruz 2011 99p

BARBOZA Alex Gestatildeo de rejeitos radioativos em serviccedilos de medicina nuclear

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de tecnologia nuclear ndash Aplicaccedilotildees) Universidade

de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Instituto de Pesquisas Energeacuteticas e Nucleares 2009

BELLAN N et al Critical analysis of the regulations regarding the disposal of medication

wasteBraz j pharm sci p 507ndash518 2012

BLENKHARN J I Standards of clinical waste management in hospitals--a second look

Public Health v 121 n 7 p 540ndash5452007

BLECK D WETTBERG W Waste collection in developing countries ndash Tackling

occupational safety and health hazards at their source Waste Manag [Internet] v 31 n 11

p 2009-17 2012

BRASIL Lei 8112 de 11 de dezembro de 1990 Brasiacutelia DF 1990 Dispotildee sobre o Regime

Juriacutedico dos servidores puacuteblicos civis da Uniatildeo das autarquias e das fundaccedilotildees puacuteblicas

federais Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF12 de dezembro de 1990

______ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Portaria nordm 1748 de 30 de agosto de 2011

Dispotildee sobre a Norma Regulamentadora nordm 32 Diaacuterio Oficial [da] Repuacuteblica Federativa

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48

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estabelecimentos assistenciais de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo da Repuacuteblica Federativa

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

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85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 39: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

36

doenccedilas Assim termina por exigir o mesmo modo de manejo dos RSS do Grupo A (ADUAN

et a 2014 BRASIL 2004) recebendo tratamento e disposiccedilatildeo final mais dispendiosa do que

os necessaacuterios originalmente (SILVA 2011)

Um estudo realizado por Aduan e colaboradores (2014) em seis hospitais do estado do

Espiacuterito Santo apontou que a segregaccedilatildeo dos RSS do Grupo D misturados com o RSS do

Grupo A elevou os custos com incineraccedilatildeo em 5771

Observa-se que os Resiacuteduos do Grupo D satildeo passiacuteveis de reciclagem conforme

orientaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) (BRASIL 2012) Discute-se

sobre este ponto no proacuteximo subitem que trata do armazenamento Transporte e Coleta dos

RSS

O Descarpackreg citado pelos respondentes da ferramenta D2 eacute uma caixa riacutegida

resistente a perfuraccedilotildees e proacutepria para o descarte de materiais perfurocortantes No entanto

sua resistecircncia agrave perfuraccedilatildeo eacute desconhecida aos respondentes D2C e D2B (Quadro 8 Item

602)

Cabe ressaltar que estabelecimentos de sauacutede devem contar com recipientes

apropriados para acondicionar cada tipo de resiacuteduo garantindo a identificaccedilatildeo apropriada

visando facilitar as operaccedilotildees de transporte e limpeza (OLIVEIRA et al 2014) Os

recipientes satildeo complementados com o uso de sacos plaacutesticos de acordo com o resiacuteduo

segregado de modo a acondiciona-los de forma adequada e segura (ibid) ou seja de maneira

a minimizar os riscos de contaminaccedilatildeo ambiental ou de acidentes bioloacutegicos

Os profissionais que atuam na chefia de enfermagem (D2A D2B D2C e D2D) natildeo

souberam informar quantos acidentes ocorreram nos uacuteltimos 12 meses conforme explicitado

no Quadro 8

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

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Sauacutede 2006 76 p

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teacutecnico para o gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

60

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87

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89

90

91

92

93

94

95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 40: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

37

Quadro 8 ndash Sobre acidentes bioloacutegicos com perfurocortantes Respondentes das Ferramentas

D2 D3 e D4

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D D3A D4A

501

Quantos casos

de ferimentos

com

perfurocortant

es foram

relatados nos

uacuteltimos 12

meses

Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo sei Natildeo soube de

nenhum

Natildeo soube

de nenhum

502

Quais satildeo as

medidas

adotadas em

caso de

ferimentos

com

perfurocortant

es

Encamin

ha para o

setor

DIP faz

CIAT

Preenchim

ento da

comunicaccedil

atildeo interna

de acidente

de trabalho

ndash

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e ao

serviccedilo de

infectologi

a

Preenchi-

mento do

CIAT e

encaminha

mento ao

DIP

Preenchi-

mento de

documento

proacuteprio e

encaminha

mento ao

serviccedilo de

emergecircnci

a e DIP

No caso de

acidentes com

perfurocortantes

envolvendo

acadecircmicos e

funcionaacuterios do

HURJ devem

procurar

atendimento no

setor de Doenccedilas

Infecciosas e

Parasitaacuterias e

deve-se ser

notificado ao

Departamento de

Sauacutede

Ocupacional

Caso seja com os

coletores e

profissionais de

limpeza

terceirizados eles

devem procurar a

empresa de

origem

Contatar a

Central

[da

empresa] e

buscar

atendimen

to na

emergecircnci

a do

hospital

XXX

Legenda

CIAT Comunicaccedilatildeo Interna de Acidente de Trabalho

DIP Enfermaria de Doenccedilas Infecto-Parasitaacuterias

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Segundo D4A natildeo foram relatados acidentes com perfurocortantes nos doze meses

que antecederam a coleta e caso houvesse a medida adotada seria contatar a empresa de

origem do profissionaltrabalhador e buscar atendimento na emergecircncia de outra unidade Tal

informaccedilatildeo eacute corroborada pelo participante D3A que adiciona que no caso de acidentes com

perfurocortantes envolvendo acadecircmicos e funcionaacuterios do HURJ esses devem procurar

atendimento meacutedico no setor de Doenccedilas Infecciosas e Parasitaacuterias devendo-se notificar ao

ldquoDepartamento de Sauacutede Ocupacionalrdquo

A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) instituiacuteda por meio da Portaria nordm 485 de

2005 (BRASIL 2005) e alterada em 2011 (BRASIL 2011) estabelece as diretrizes para a

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

6 OBRAS CITADAS

ADUAN S A et al Evaluation of healthcare wastes service of group A in the hospitals of

Vitoacuteria (ES) Brazil Engenharia Sanitaria e Ambiental v 19 n 2 p 133ndash141 jun 2014

ALENCAR et al Descarte de medicamentos uma anaacutelise da praacutetica no Programa Sauacutede da

Famiacutelia Ciecircnc sauacutede coletiva v 19 n 7 p 2157-21662014

ALVES et al Manejo de resiacuteduos gerados na assistecircncia domiciliar pela Estrateacutegia de Sauacutede

da Familia Rev Bras Enferm v 65 n 1 p 128-34 2012

ANDREacute S C S VEIGA T B TAKAYANAGUI A M M Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede em hospitais do municiacutepio de Ribeiratildeo Preto (SP) Brasil Eng sanit

ambient v 21 n 1 p 123-130 2016

ANKER M et al Rapid evaluation methods (REM) of health services performance

methodological observations Bull World Health Organization v 71 p15-21 1993

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

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83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

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100

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104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 41: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

38

proteccedilatildeo agrave sauacutede dos trabalhadores dos serviccedilos de sauacutede Entre outras disposiccedilotildees ela

determina que sejam assegurados aos profissionais materiais perfurocortantes com

dispositivo de seguranccedila

A notificaccedilatildeo dos acidentes eacute apontada como fator contribuinte para construccedilatildeo

planejamento e desenvolvimento de medidas preventivas de acidentes bioloacutegicos por meio da

apuraccedilatildeo das condiccedilotildees que colaboraram para o evento (BRASIL 2011) Ainda no caso de

acidente a notificaccedilatildeo corrobora para a preservaccedilatildeo da sauacutede do trabalhador acidentado

(BRASIL 2006)

Assim embora natildeo tenha sido informado casos de acidentes bioloacutegicos eacute importante

ressaltar que como conduta a ser adotada apoacutes o acidente com perfurocortante o Ministeacuterio da

Sauacutede (2006) adverte para a necessidade de se buscar atendimento meacutedico ateacute as duas

primeiras horas apoacutes o acidente a fim de ser avaliado o risco de soroconversatildeo por Viacuterus da

Imunodeficiecircncia Humana Viacuterus da Hepatite B e Viacuterus da Hepatite C adotando assim as

condutas de orientaccedilatildeo coletas de sangue para sorologias indicaccedilatildeo de quimioprofilaxia (em

caso de fonte desconhecida ou sabidamente contaminada por doenccedila de veiculaccedilatildeo sanguiacutenea)

e seguimento do acidentado

Esse Oacutergatildeo enfatiza sobre que as medidas profilaacuteticas poacutes-exposiccedilatildeo natildeo satildeo

totalmente eficazes destacando a necessidade de se implementar accedilotildees educativas

permanentes

442 Aacuterea de Armazenamento Transporte Interno e Coleta

Segundo D3A pessoa responsaacutevel pela GRSS no Hospital Universitaacuterio haacute uma aacuterea

especiacutefica para o armazenamento interno dos RSS onde cada andar possui uma aacuterea

armazenamento temporaacuterio que permanece trancada ateacute o responsaacutevel pelo transporte interno

(coletor) transferi-los para a aacuterea de armazenamento externo que eacute igualmente segura (adota

criteacuterio exigido pela RDC 3062004) Este transporte interno eacute realizado uma vez por dia

final da tarde utilizando-se de recipientes com tampa no entanto ldquoa logiacutestica por vezes natildeo

permite que eles sejam fechadosrdquo

Segundo a RDC 3062004 (BRASIL 2004) o transporte interno precisa atender

roteiro previamente definido com horaacuterios que natildeo coincidam com transporte de refeiccedilotildees

vestuaacuterio medicamentos periacuteodos de visita ou de maior fluxo de pessoasatividades

Quando perguntada se os resiacuteduos satildeo armazenados de acordo com as normas

especiacuteficas D3A responde afirmativamente mas relata encontrar dificuldades na estrutura

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

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Sauacutede 2006 76 p

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teacutecnico para o planejamento programaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de projetos fiacutesicos de

estabelecimentos assistenciais de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo da Repuacuteblica Federativa

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______ Resoluccedilatildeo RDC nordm 306 de 07 de dezembro de 2004 Dispotildee sobre o regulamento

teacutecnico para o gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

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8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

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82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

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83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

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84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

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85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 42: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

39

fiacutesica especialmente na associaccedilatildeo entre o ldquovolume de RSS produzidos o mau

funcionamento dos elevadores e a coleta ser realizada uma vez por diardquo

Questionada sobre como satildeo manejados os diferentes tipos de resiacuteduos obteve-se a

seguinte informaccedilatildeo

Os resiacuteduos similares aos RSU satildeo descartados como lixo comum os

perfurocortantes vatildeo para o Descarpack resiacuteduos bioloacutegicos satildeo acondicionados em

sacos proacuteprios identificados e autoclavados externamente peccedilas anatocircmicas seguem

para sepultamento resiacuteduos quiacutemico-farmacecircuticos e quiacutemicos satildeo incinerados

externamente (participante D3A)

Quanto agrave equipe responsaacutevel pelo transporte interno dos RSS foi apontado que esta eacute

composta por 02 coletores de empresa terceirizada Destes apenas o indiviacuteduo D4A estava

disponiacutevel nos dias de aplicaccedilatildeo do instrumento de coleta de dados

Quando questionado sobre de que equipamento dispotildee a equipe o participante D4A

apontou os seguintes itens luvas maacutescara botas avental calccedilas compridas e maacutescara Este

participante atua como coletor transportando resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio para o

armazenamento externo Este achado contrapotildee resultados de estudos (CASTRO et al 2014

COSTA FELLI BAPTISTA 2012) onde foram evidenciados o uso e o fornecimento

deficientes

O uso dos equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPIs) eacute obrigatoacuterio aos funcionaacuterios

responsaacuteveis pela coleta e transporte interno em decorrecircncia do risco de exposiccedilatildeo a

patoacutegenos (BRASIL 2004 CARVALHO et al 2016 CASTRO et al 2014) Com relaccedilatildeo

aos coletores em especial o contato direto com os resiacuteduos influencia sua sauacutede desses

trabalhadores onde o manejo inadequado pode representar riscos fiacutesicos bioloacutegicos e

ergonocircmicos (CARVALHO et al 2016)

Um estudo realizado com trabalhadores da coleta de resiacuteduos de vaacuterios paiacuteses apontou

as seguintes afecccedilotildees como mais frequentes diarreia hepatite viral doenccedilas respiratoacuterias

obstrutivas e restritivas tuberculose niacuteveis elevados de chumbo no sangue bem como

doenccedilas de pele icteriacutecia e mordeduras de catildees e ratos (BLECK et al 2009) O risco para

distuacuterbios musculoesqueleacuteticos tambeacutem eacute elevado assim como lombalgia e artralgias em

cotovelos e pulsos e Distuacuterbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) (ibid)

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

6 OBRAS CITADAS

ADUAN S A et al Evaluation of healthcare wastes service of group A in the hospitals of

Vitoacuteria (ES) Brazil Engenharia Sanitaria e Ambiental v 19 n 2 p 133ndash141 jun 2014

ALENCAR et al Descarte de medicamentos uma anaacutelise da praacutetica no Programa Sauacutede da

Famiacutelia Ciecircnc sauacutede coletiva v 19 n 7 p 2157-21662014

ALVES et al Manejo de resiacuteduos gerados na assistecircncia domiciliar pela Estrateacutegia de Sauacutede

da Familia Rev Bras Enferm v 65 n 1 p 128-34 2012

ANDREacute S C S VEIGA T B TAKAYANAGUI A M M Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede em hospitais do municiacutepio de Ribeiratildeo Preto (SP) Brasil Eng sanit

ambient v 21 n 1 p 123-130 2016

ANKER M et al Rapid evaluation methods (REM) of health services performance

methodological observations Bull World Health Organization v 71 p15-21 1993

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 10004 classifica os

resiacuteduos soacutelidos quanto aos riscos potenciais aomeio ambiente e agrave sauacutede puacuteblicaRio de

Janeiro 1987 revisada em 2004

ARAUJO P F Anaacutelise da logiacutestica reversa como ferramenta de gestatildeo de resiacuteduos

soacutelidos Dissertaccedilatildeo ( Mestrado em Sauacutede Puacuteblica) ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica

Seacutergio Arouca Rio de Janeiro Fiocruz 2011 99p

BARBOZA Alex Gestatildeo de rejeitos radioativos em serviccedilos de medicina nuclear

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de tecnologia nuclear ndash Aplicaccedilotildees) Universidade

de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Instituto de Pesquisas Energeacuteticas e Nucleares 2009

BELLAN N et al Critical analysis of the regulations regarding the disposal of medication

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Public Health v 121 n 7 p 540ndash5452007

BLECK D WETTBERG W Waste collection in developing countries ndash Tackling

occupational safety and health hazards at their source Waste Manag [Internet] v 31 n 11

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BRASIL Lei 8112 de 11 de dezembro de 1990 Brasiacutelia DF 1990 Dispotildee sobre o Regime

Juriacutedico dos servidores puacuteblicos civis da Uniatildeo das autarquias e das fundaccedilotildees puacuteblicas

federais Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF12 de dezembro de 1990

______ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Portaria nordm 1748 de 30 de agosto de 2011

Dispotildee sobre a Norma Regulamentadora nordm 32 Diaacuterio Oficial [da] Repuacuteblica Federativa

do Brasil Brasiacutelia DF 31 ago 2011 Seccedilatildeo 1 p 143

48

______ Ministeacuterio do Desenvolvimento e Combate agrave Fome Decreto nordm5940 de 25 de

outubro de 2010 Diaacuterio Oficial [da] Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia 16 de

outubro de 2006 p 4

______ Presidecircncia da Repuacuteblica Lei nordm 12305 de 02 de agosto de 2010 Diaacuterio Oficial [da]

Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia -3 de agosto de 2010 P 2

______ Ministeacuterio da Sauacutede Exposiccedilatildeo a materiais bioloacutegicos Brasiacutelia Ministeacuterio da

Sauacutede 2006 76 p

______ Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Resoluccedilatildeo da

Diretoria Colegiada RDC nordm 50 de 21 de fevereiro de 2002 Dispotildee sobre o Regulamento

teacutecnico para o planejamento programaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de projetos fiacutesicos de

estabelecimentos assistenciais de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo da Repuacuteblica Federativa

do Brasil Brasiacutelia 20 de marccedilo de 2002

______ Resoluccedilatildeo RDC nordm 306 de 07 de dezembro de 2004 Dispotildee sobre o regulamento

teacutecnico para o gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

Brasiacutelia 10 de dezembro de 2004

______ Ministeacuterio do Meio Ambiente Conselho Nacional do Meio Ambiente Resoluccedilatildeo nordm

358 de 29 de abril de 2005 Dispotildee sobre o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos

serviccedilos de sauacutede e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial [da] Repuacuteblica Federativa do

Brasil Brasiacutelia DF 04 de maio de 2005

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providecircncias Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF 02 de agosto de 2010

_______ Presidecircncia da Repuacuteblica Decreto Nordm 5940 de 25 de outubro de 2006 Diaacuterio

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

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83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

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105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 43: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

40

O participante D3A responsaacutevel pela GRSS corrobora com a informaccedilatildeo passada por

D4A (coletor responsaacutevel pelo transporte dos resiacuteduos do armazenamento temporaacuterio interno

ao armazenamento externo) ressaltando que esse profissional de fato utiliza os EPIs

informados Todavia os trabalhadores de serviccedilos gerais que fazem o transporte dos resiacuteduos

entre o local de geraccedilatildeo e o armazenamento temporaacuterio interno utilizam luvas e o uniforme

usual de sua empresa (uniforme sem avental e sapatos fechados) durante este processo

O Quadro 9 apresenta as respostas da chefia de enfermagem quanto a seguranccedila das

praacuteticas de transporte interno e coleta de RSS

Quadro 9 ndash Sobre a seguranccedila das praacuteticas atuais Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

801

Vocecirc acha que as praacuteticas atuais

de transporte interno e coleta de

RSS oferecem seguranccedila

suficiente

Sim Natildeo sei Natildeo

Natildeo Creio que

possa haver

melhoria

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Observa-se que apenas 1 dos respondentes (enfermeiros ocupando cargos de chefia)

consideram que as praacuteticas referidas satildeo realizadas com seguranccedila Tal fato evidencia a

necessidade de socializaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o manejo de RSS do HURJ

Quadro 10 ndash Transporte para local externo e Tratamento de RSS Respondentes da ferramenta

D1

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

900 Haacute alguma medida de controle dos

serviccedilos de transporte Forma de transporte

Emissatildeo de manifesto

CADRI

901 Normalmente quem quem

transporta os RSS Empresa privada Empresa privada

1000 Os RSS satildeo tratados in loco ou

externamente Local externo Local externo

1001 Quem eacute o responsaacutevel pelo

tratamento de RSS fora do local Natildeo sei Empresa contratada

1002 A organizaccedilatildeo oferece opccedilotildees

satisfatoacuterias Natildeo sei Sim

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

Sobre o cenaacuterio que envolve a seguranccedila do serviccedilo de transporte externo (do

estabelecimento gerador ateacute o local de tratamento ou disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos) embora a

Questatildeo 900 (ldquoHaacute alguma medida de controle dos serviccedilos de transporterdquo) seja do tipo

binaacuterio oferece as seguintes opccedilotildees ldquo[0] nenhuma [1] forma de transporte [2] emissatildeo de

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

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83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

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99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 44: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

41

documento de Manifesto CADRI5[1] [3] outro (especificar)rdquo Desse modo observa-se que

as medidas de controle empregadas envolvem a forma como os resiacuteduos satildeo transportados

(em automoacuteveis fechados e identificados conforme Grupo e risco associado) e o documento

de emissatildeo obrigatoacuteria

O transporte dos resiacuteduos eacute realizada apenas por empresa privada licitada e contratada

para este fim (Respondente D3A) Quanto ao tratamento dos resiacuteduos D3A aponta que eles

satildeo tratados externamente ldquocom exceccedilatildeo dos resiacuteduos do laboratoacuterio que satildeo autoclavados laacute

mesmo por serem pequenosrdquo

De acordo com a RDC 30604 da ANVISA os resiacuteduos do Grupo D natildeo necessitam

de tratamento preacutevio devendo seguir para o local de disposiccedilatildeo final em local licenciados

pelo oacutergatildeo ambiental competente (BRASIL 2004) Entretanto resiacuteduos dos demais grupos

satildeo passiacuteveis de tratamento O tratamento pode ser realizado tanto no estabelecimento gerador

quanto em outro local observadas as condiccedilotildees de seguranccedila para o transporte entre o

estabelecimento gerador e o local do tratamento (ibid)

Destaca-se que os sistemas para tratamento de RSS devem possuir licenciamento

ambiental e satildeo passiacuteveis de fiscalizaccedilatildeo e controle dos oacutergatildeos de vigilacircncia sanitaacuteria e

ambiental (BRASIL 2006)

Segundo Alves Veiga e Takayanagui (2016) devido a sua importacircncia no contexto da

gestatildeo hospitalar os RSS exigem uma maior atenccedilatildeo dos gerentes pois um manejo

inadequado de resiacuteduos resulta em maior custo aos hospitais aleacutem de ser capaz de

potencializar os riscos de acidentes entre os profissionais de sauacutede e demais trabalhadores

envolvidos no manejo de RSS

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos do estabelecimento de sauacutede estudado eacute em local

externo (aterro sanitaacuterio com exceccedilatildeo das peccedilas anatocircmicas) As empresas responsaacuteveis pelo

transporte externo e disposiccedilatildeo final satildeo escolhidas por meio de licitaccedilatildeo Conforme aponta

D3A

As empresas variam No momento os perfurocortantes e os bioloacutegicos satildeo

autoclavados pela Aborgama e depois seguem para o aterro sanitaacuterio os entulhos de

obra satildeo coletados pela Saneamento e Energia Renovaacutevel Brasileira (SERB) dos

resiacuteduos similares ao Resiacuteduo Soacutelido Urbano separamos o papelatildeo para uma

5 Documentos de controle da movimentaccedilatildeo dos resiacuteduos cuja emissatildeo eacute de responsabilidade do

estabelecimento gerador ou proprietaacuterio dos mesmos Manifesto para Transporte de Resiacuteduos (MTR) expedido

pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) RJ Certificado de Movimentaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Interesse Ambiental (CADRI) expedido pela Companhia Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB) Ambos

expedidos sob solicitaccedilatildeo formal do estabelecimento gerador

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

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83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

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100

101

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103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 45: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

42

empresa de catadores que o compra e o restante segue direto para o aterro

[sanitaacuterio] Essa empresa de catadores vem uma vez por mecircs Quanto aos resiacuteduos

quiacutemicos eles satildeo recolhidos e incinerados por uma seacuterie de empresas em 2013 a

Haztec era a responsaacutevel pelos quimioteraacutepicos a Essencis cuida de reagentes

quiacutemicos capotes de chumbo entre outros tambeacutem usamos a Ecofire e a Renove

esta uacuteltima acho que eacute em Nova Friburgo (D3A responsaacutevel pela GRSS do HURJ

estudado)

Segundo Arauacutejo (2011 p 38) ldquoas crescentes quantidade de resiacuteduos a serem

eliminados tendem a esgotar os sistemas tradicionais de disposiccedilatildeo finalrdquo sendo necessaacuteria a

adoccedilatildeo de estrateacutegias que visem a ldquoreintroduccedilatildeo dos produtos nos processos produtivosrdquo

(ibid)

Neste sentido destaca-se o conceito de logiacutestica reversa definida pela Poliacutetica

Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos como

instrumento de desenvolvimento econocircmico e social caracterizado por um conjunto

de accedilotildees procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituiccedilatildeo dos

resiacuteduos soacutelidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos ou outra destinaccedilatildeo final ambientalmente adequada

(BRASIL 2010 art 3ordm Paraacutegrafo XII)

Assim a coleta seletiva visando reciclagem e reutilizaccedilatildeo de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do Grupo D mostra-se pertinente uma vez que preserva recursos naturais diminui a

demanda por espaccedilo no aterro sanitaacuterio gera empregos e renda seja por meio formal ou

informal reduz gastos da unidade hospitalar (ALVES et al 2012 BESEN 2011)

Ainda o Decreto nordm 59402006 (BRASIL 2006) estabelece em seu Art 1ordm que oacutergatildeos

e entidades da administraccedilatildeo puacuteblica federal direta e indireta devem realizar a separaccedilatildeo dos

resiacuteduos reciclaacuteveis descartados na fonte geradora e a sua destinaccedilatildeo deve ser

prioritariamente via associaccedilotildees e cooperativas dos catadores de materiais reciclaacuteveis

(BRASIL 2012 CBO 2002) de modo a fortalecer essas organizaccedilotildees de catadores valorizar

o trabalho humano e estimular a transformaccedilatildeo de resiacuteduos em insumos reciclados para novos

ciclos produtivos

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

6 OBRAS CITADAS

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estabelecimentos assistenciais de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo da Repuacuteblica Federativa

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teacutecnico para o gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

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95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

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98

99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 46: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

43

45 REGULAMENTACcedilOtildeES PARA GRSS

Quando perguntado se a aplicaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo gera algum tipo de situaccedilatildeo-

problema o participante D3A apontou que ldquoa infraestrutura e a logiacutestica do hospital

dificultam [a aplicaccedilatildeo] Falta espaccedilo treinamento verba Um exemplo eacute a tampa [do

recipiente de transporte interno] que devem ser mantidas fechadas e nem sempre satildeordquo

Quadro 11 ndash Quanto agrave regulamentaccedilatildeo Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D1A D1B

1202

A aplicaccedilatildeo da

regulamentaccedilatildeo gera

algum tipo de situaccedilatildeo-

problema

Sim Qual o benefiacutecio da incineraccedilatildeo

de quimioteraacutepico Acredito que haja

necessidade de uma avaliaccedilatildeo dos

riscos quiacutemicos para o descarte de

material contaminado com

quimioteraacutepicos incluindo

perfurocortantes frascos de soro

equipos de infusatildeo frascos vazios dos

medicamentos

1203

Podemos obter coacutepias

do PGRSS existente ou

em preparaccedilatildeo

Sim Na Intranet

Legenda

Participante natildeo respondeu

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

A infraestrutura eacute apontada como situaccedilatildeo-problema na adoccedilatildeo de praacuteticas

recomendadas pela legislaccedilatildeo em um estudo realizado por Alves e colaboradores (2012) que

tambeacutem aponta a falta de conhecimento como fator para que as recomendaccedilotildees legais natildeo

sejam seguidas

Estudo realizado por Diaz e colaboradores (2013) aponta aleacutem dos fatores

supracitados o fluxo de acadecircmicos e os novos funcionaacuterios como responsaacuteveis por uma

segregaccedilatildeo inadequada

Quadro 12 ndash Sobre a exposiccedilatildeo do Plano de GRSS Respondentes da Ferramenta D2

Item Questatildeo Participantes

D2A D2B D2C D2D

1204

Haacute exposiccedilatildeo de instruccedilotildees por

escrito das regulamentaccedilotildees ou

do Plano de GRSS do

estabelecimento

Sim Natildeo sei Natildeo Natildeo sei

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

6 OBRAS CITADAS

ADUAN S A et al Evaluation of healthcare wastes service of group A in the hospitals of

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Famiacutelia Ciecircnc sauacutede coletiva v 19 n 7 p 2157-21662014

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Serviccedilos de Sauacutede em hospitais do municiacutepio de Ribeiratildeo Preto (SP) Brasil Eng sanit

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resiacuteduos soacutelidos quanto aos riscos potenciais aomeio ambiente e agrave sauacutede puacuteblicaRio de

Janeiro 1987 revisada em 2004

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Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de tecnologia nuclear ndash Aplicaccedilotildees) Universidade

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Juriacutedico dos servidores puacuteblicos civis da Uniatildeo das autarquias e das fundaccedilotildees puacuteblicas

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Dispotildee sobre a Norma Regulamentadora nordm 32 Diaacuterio Oficial [da] Repuacuteblica Federativa

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outubro de 2010 Diaacuterio Oficial [da] Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia 16 de

outubro de 2006 p 4

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Sauacutede 2006 76 p

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Diretoria Colegiada RDC nordm 50 de 21 de fevereiro de 2002 Dispotildee sobre o Regulamento

teacutecnico para o planejamento programaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de projetos fiacutesicos de

estabelecimentos assistenciais de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo da Repuacuteblica Federativa

do Brasil Brasiacutelia 20 de marccedilo de 2002

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teacutecnico para o gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

Brasiacutelia 10 de dezembro de 2004

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

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82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

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83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

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104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 47: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

44

Com relaccedilatildeo aos Resiacuteduos Quiacutemicos pertencentes ao Grupo B quando natildeo forem

submetidos a processo de reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reciclagem (por exemplo a prata metal

presente no fixador de imagem radiograacutefica possui valor de mercado) devem ser submetidos

a tratamento e disposiccedilatildeo final especiacuteficos (BRASIL 2004 COSTA FELLI BAPTISTA

2012 FEAM 2008)

Segundo a respondente D3A o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede do HURJ encontra-se disponiacutevel aos profissionais via Intranet A Intranet eacute uma rede

de comunicaccedilatildeo entre computadores com acesso restrito a determinada instituiccedilatildeo cujo

mecanismo de compartilhamento se assemelha ao da internet (STAIR REYNOLDS 2011)

Deste modo contrapotildee o Capiacutetulo IV item 21 da RDC 3062004 que estabelece como dever

do estabelecimento ldquomanter coacutepia do PGRSS disponiacutevel para consulta sob solicitaccedilatildeo da

autoridade sanitaacuteria ou ambiental competente dos funcionaacuterios dos pacientes e do puacuteblico

em geralrdquo (BRASIL 2004) pois ao utilizar a intranet como uacutenico meacutetodo de acesso ao

PGRSS impede o acesso puacuteblico

A questatildeo da natildeo exposiccedilatildeo do PGRSS tambeacutem eacute evidenciada por outros estudos Um

estudo realizado por Alencar e colaboradores (2014) em Unidades de Sauacutede da Famiacutelia de

um municiacutepio baiano aponta que o Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede natildeo existia ou natildeo era acessiacutevel nas unidades estudadas

O desconhecimento da chefia de enfermagem acerca da exposiccedilatildeo do PGRSS na

unidade demonstra-se um fator de preocupaccedilatildeo uma vez que eacute nele que estatildeo estabelecidas as

accedilotildees relativas ao manejo de resiacuteduos soacutelidos em todas as suas etapas com base nas

caracteriacutesticas e riscos dos resiacuteduos as accedilotildees de proteccedilatildeo agrave sauacutede e ao meio ambiente e os

princiacutepios da biosseguranccedila (BRASIL 2004)

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

6 OBRAS CITADAS

ADUAN S A et al Evaluation of healthcare wastes service of group A in the hospitals of

Vitoacuteria (ES) Brazil Engenharia Sanitaria e Ambiental v 19 n 2 p 133ndash141 jun 2014

ALENCAR et al Descarte de medicamentos uma anaacutelise da praacutetica no Programa Sauacutede da

Famiacutelia Ciecircnc sauacutede coletiva v 19 n 7 p 2157-21662014

ALVES et al Manejo de resiacuteduos gerados na assistecircncia domiciliar pela Estrateacutegia de Sauacutede

da Familia Rev Bras Enferm v 65 n 1 p 128-34 2012

ANDREacute S C S VEIGA T B TAKAYANAGUI A M M Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede em hospitais do municiacutepio de Ribeiratildeo Preto (SP) Brasil Eng sanit

ambient v 21 n 1 p 123-130 2016

ANKER M et al Rapid evaluation methods (REM) of health services performance

methodological observations Bull World Health Organization v 71 p15-21 1993

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 10004 classifica os

resiacuteduos soacutelidos quanto aos riscos potenciais aomeio ambiente e agrave sauacutede puacuteblicaRio de

Janeiro 1987 revisada em 2004

ARAUJO P F Anaacutelise da logiacutestica reversa como ferramenta de gestatildeo de resiacuteduos

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BARBOZA Alex Gestatildeo de rejeitos radioativos em serviccedilos de medicina nuclear

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de tecnologia nuclear ndash Aplicaccedilotildees) Universidade

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

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82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

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83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

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104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 48: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

45

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O manejo dos RSS eacute entendido como a accedilatildeo de gerenciar os resiacuteduos em seus aspectos

intra e extra estabelecimento gerador fazendo parte das etapas de manejo a segregaccedilatildeo o

acondicionamento a identificaccedilatildeo o transporte interno tratamento armazenamento interno

temporaacuterio armazenamento externo a coleta e transporte externo e a disposiccedilatildeo final

As legislaccedilotildees especiacuteficas vigentes e que regulamentam sobre o Gerenciamento de

Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede no Brasil partem da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria

(RDC nordm 3062004) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (nordm 3582005) e da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NE-605) Elas estabelecem o adequado gerenciamento

desde o momento em que satildeo gerados os RSS ateacute sua disposiccedilatildeo final incluiacutedos os aspectos

de sauacutede e seguranccedila dos trabalhadores e de gestatildeo ambiental

De acordo com as legislaccedilotildees vigentes foi identificado que os RSS podem ser

classificados conforme os 5 grupos a seguir Grupo A satildeo resiacuteduos que possivelmente

apresentam agentes bioloacutegicos podem apresentar risco de infecccedilatildeo os resiacuteduos do Grupo B

referem-se aos que contecircm substacircncias quiacutemicas que apresentam potencial risco agrave sauacutede

puacuteblica ou ao meio ambiente (dependendo de suas caracteriacutesticas de inflamabilidade

corrosividade reatividade e toxicidade) Rejeitos do Grupo C satildeo estabelecidos como

quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucliacutedeos em

quantidades superiores aos limites de eliminaccedilatildeo especificados nas normas da Comissatildeo

Nacional de Energia Nuclear o Grupo D eacute composto por resiacuteduos equiparados aos

domiciliares e os reciclaacuteveis por uacuteltimo resiacuteduos do Grupo E satildeo representados por resiacuteduos

perfurocortantes

Destaca-se como desafio da unidade a necessidade de estimular um maior

envolvimento dos profissionais com a realidade local e as praacuteticas preconizadas pelas

regulamentaccedilotildees e referenciais teoacutericos bem como com o descrito e apresentado pelo Plano

de Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede do HURJ

Aleacutem disso eacute importante ressaltar que devido ao Serviccedilo de Medicina Nuclear que

iniciou atendimento em 2012 faz-se necessaacuteria a atualizaccedilatildeo desse Plano pela possibilidade

de geraccedilatildeo de Rejeitos Radioativos (Grupo C) de fonte natildeo selada

O fortalecimento do nuacutecleo responsaacutevel pelo GRSS tambeacutem eacute recomendado uma vez

que reduziria a sobrecarga da funcionaacuteria responsaacutevel por essa funccedilatildeo atualmente

Cabe ressaltar como limitaccedilotildees deste estudo o periacuteodo de transiccedilatildeo administrativa para

a Empresa Brasileira de Serviccedilos Hospitalares (EBSERH) a qual a unidade passava no

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

6 OBRAS CITADAS

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da Familia Rev Bras Enferm v 65 n 1 p 128-34 2012

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Serviccedilos de Sauacutede em hospitais do municiacutepio de Ribeiratildeo Preto (SP) Brasil Eng sanit

ambient v 21 n 1 p 123-130 2016

ANKER M et al Rapid evaluation methods (REM) of health services performance

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resiacuteduos soacutelidos quanto aos riscos potenciais aomeio ambiente e agrave sauacutede puacuteblicaRio de

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CUSSIOL N A M Manual de gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede

Fundaccedilatildeo Estadual do Meio Ambiente ndash Belo Horizonte FEAM 2008

DIAZ et al Gerenciamento de resiacuteduos estudo descritivo-exploratoacuterio no pronto-socorro de

um hospital-escola Online braz j nurs (Online) v 12 n 4 2013

DOI K M MOURA G M S S Resiacuteduos soacutelidos de serviccedilos de sauacutede uma fotografia do

comprometimento da equipe de enfermagem Rev Gaucha Enferm v 32 n 2 p 338-344

2011

FALQUETO E KLIGERMAN D C ASSUMPCcedilAtildeO R F How to do the correct discard

of medicine residues Ciecircnciaampamp SauacutedeColetiva v 15 p 3283ndash3293 2010

FERREIRA A P VEIGA M M Hospital waste operational procedures a case study in

Brazil Waste management amp research the journal of the International Solid Wastes

and Public Cleansing Association ISWA v 21 n 4 p 377ndash382 2003

FIALHO et al Intervenccedilatildeo educacional no gerenciamento de resiacuteduos com base na

odontologia sustentaacutevel Rev Odontol Araccedilatuba (Online) v 37 n 1 p 41-45 2016

FUNDACcedilAtildeO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE (FEAM) Manual de gerenciamento de

resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede Belo Horizonte Feam 2008

GARCIA L P ZANETTI-RAMOS B G Gerenciamento dos resiacuteduos de serviccedilos de

sauacutede uma questatildeo de biosseguranccedila CadSaude Publica p 744ndash752 2004

GESSNER et al O manejo dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede um problema a ser

enfrentado Cogitare Enferm v 18 n 1 p 117-23 2013

GIL A C Como Elaborar Projetos de Pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 176 f

50

INTERNATIONAL ATOMIC ENERGY AGENCY Radioactive waste management

glossary Vienna IAEA 2006 Disponiacutevel em lt httpwww-

pubiaeaorgmtcdpublicationspdfpub1155_webpdf gt Acesso em 22 out 2016

KARAMOUZ M et al Developing a master plan for hospital solid waste management a

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LAKATOS E M MARCONI M A Fundamentos da Metodologia Cientiacutefica Satildeo Paulo

Atlas 2003 305 f

MCNALL M FOSTER-FISHMAN P G Methods of Rapid Evaluation Assessment and

Appraisal American Journal of Evaluation v 28 n 2 p 151-168 2007

MINAYO M C S Pesquisa avaliativa por triangulaccedilatildeo de meacutetodos In BOSI MLM

MERCADO FJ (Orgs) Avaliaccedilatildeo Qualitativa de Programas de Sauacutede enfoques

emergentes Petroacutepolis RJ Vozes 2006

MIYAZAKI M UNE H Infectious waste management in Japan a revised regulation and a

management process in medical institutions Waste Management (New York NY) v 25

n 6 p 616ndash621 2005

OLIVEIRA et al Gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos nas unidades baacutesicas de sauacutede de Picos-

PI Enferm foco (Brasiacutelia) v 5 n 12 p 29-32 2014

OLIVEIRA et al Resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede desafios e perspectivas na atenccedilatildeo primaacuteria

Rev enferm UERJ v 22 n 1 p 29-34 2014

OLIVEIRA M G Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede entre o discurso e a

praacutetica estudo de casos e pesquisa-accedilatildeo no Acre Tese (Doutorado em Sauacutede Puacuteblica) ndash

Faculdade de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo USP 2011 160 p

PAN AMERICAN HEALTH ORGANIZATION Relatorio da avaliacao regional dos

servicos de manejo de residuossolidos municipais na America Latina e Caribe

Washington DC OPAS 2005

PEREIRA et al Waste management in non-hospital emergency units Rev Latino-Am

Enfermagem v 21 n spec p 259-266 2013

RUDRASWAMY S SAMPATH N DOGGALLI N Staffrsquos attitude regarding hospital

waste management in the dental college hospitals of Bangalore city India Indian Journal of

Occupational and Environmental Medicine v 16 n 2 p 75ndash78 2012

SANTOS M A SOUZA S O Conhecimento de enfermeiros da Estrateacutegia Sauacutede da

Famiacutelia sobre resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede Rev Bras Enferm v65 n 4 p 645-52 2012

SILVA C E DA HOPPE A E Diagnosisof medical wastes in central Rio Grande do Sul

State Engenharia Sanitaria e Ambiental v 10 n 2 p 146ndash1512005

SILVA E N C DA Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede adaptaccedilatildeo

transcultural e validaccedilatildeo do instrumento healt-carewast management - rapidassessment

51

toolrsquo para a lingua portuguesa no Brasil [sl] Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Sergio

Arouca 2011

SILVA E N C COSTA M F B Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos odontoloacutegicos

aspectos teacutecnicos operacionais Management of dental services wastes operational technical

features Rev Bras Odontol v 63 n 34 p 158-163 2006

SILVA I T S DA et al A enfermagem e o gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos de serviccedilos

de sauacutede Rev pesqui cuid fundam (Online) p 1152ndash1161 2014

SILVA M R DA CORTEZ E A VALENTE G S C Acidentes com materiais

perfurocortantes e bioloacutegicos no ambiente hospitalar anaacutelise da exposiccedilatildeo ao risco e medidas

preventivas Rev pesqui cuid fundam (Online) p 1856ndash1872 2009

SISINNO C L S MOREIRA J C Ecoefficiency a tool to reduce solid waste production

and waste of materials in health care units Cadernos de SauacutedePuacuteblica v 21 n 6 p 1893ndash

1900 2005

STAIR R M REYNOLDS G W Princiacutepios de Sistemas de Informaccedilatildeo 6ed Satildeo Paulo

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Assessment Tool 2004 Disponiacutevel em

lthttpwwwwhointwater_sanitation_healthmedicalwastehcwmtoolengt Acessoem 13

Jan 2015

_________ DEPARTMENT OF IMMUNIZATION V AND B Management of solid

health-care waste at primary health-care centres a decision-making guide Geneva

Immunization Vaccines and Biologicals (IVB) Protection of the Human Environment

Water Sanitation and Health (WSH) World Health Organization 2005

52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

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82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

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95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

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100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 49: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

46

periacuteodo de coleta de dados implicando dificuldade em encontrar os responsaacuteveis por

informaccedilotildees especiacuteficas

47

6 OBRAS CITADAS

ADUAN S A et al Evaluation of healthcare wastes service of group A in the hospitals of

Vitoacuteria (ES) Brazil Engenharia Sanitaria e Ambiental v 19 n 2 p 133ndash141 jun 2014

ALENCAR et al Descarte de medicamentos uma anaacutelise da praacutetica no Programa Sauacutede da

Famiacutelia Ciecircnc sauacutede coletiva v 19 n 7 p 2157-21662014

ALVES et al Manejo de resiacuteduos gerados na assistecircncia domiciliar pela Estrateacutegia de Sauacutede

da Familia Rev Bras Enferm v 65 n 1 p 128-34 2012

ANDREacute S C S VEIGA T B TAKAYANAGUI A M M Geraccedilatildeo de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede em hospitais do municiacutepio de Ribeiratildeo Preto (SP) Brasil Eng sanit

ambient v 21 n 1 p 123-130 2016

ANKER M et al Rapid evaluation methods (REM) of health services performance

methodological observations Bull World Health Organization v 71 p15-21 1993

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 10004 classifica os

resiacuteduos soacutelidos quanto aos riscos potenciais aomeio ambiente e agrave sauacutede puacuteblicaRio de

Janeiro 1987 revisada em 2004

ARAUJO P F Anaacutelise da logiacutestica reversa como ferramenta de gestatildeo de resiacuteduos

soacutelidos Dissertaccedilatildeo ( Mestrado em Sauacutede Puacuteblica) ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica

Seacutergio Arouca Rio de Janeiro Fiocruz 2011 99p

BARBOZA Alex Gestatildeo de rejeitos radioativos em serviccedilos de medicina nuclear

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de tecnologia nuclear ndash Aplicaccedilotildees) Universidade

de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Instituto de Pesquisas Energeacuteticas e Nucleares 2009

BELLAN N et al Critical analysis of the regulations regarding the disposal of medication

wasteBraz j pharm sci p 507ndash518 2012

BLENKHARN J I Standards of clinical waste management in hospitals--a second look

Public Health v 121 n 7 p 540ndash5452007

BLECK D WETTBERG W Waste collection in developing countries ndash Tackling

occupational safety and health hazards at their source Waste Manag [Internet] v 31 n 11

p 2009-17 2012

BRASIL Lei 8112 de 11 de dezembro de 1990 Brasiacutelia DF 1990 Dispotildee sobre o Regime

Juriacutedico dos servidores puacuteblicos civis da Uniatildeo das autarquias e das fundaccedilotildees puacuteblicas

federais Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF12 de dezembro de 1990

______ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Portaria nordm 1748 de 30 de agosto de 2011

Dispotildee sobre a Norma Regulamentadora nordm 32 Diaacuterio Oficial [da] Repuacuteblica Federativa

do Brasil Brasiacutelia DF 31 ago 2011 Seccedilatildeo 1 p 143

48

______ Ministeacuterio do Desenvolvimento e Combate agrave Fome Decreto nordm5940 de 25 de

outubro de 2010 Diaacuterio Oficial [da] Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia 16 de

outubro de 2006 p 4

______ Presidecircncia da Repuacuteblica Lei nordm 12305 de 02 de agosto de 2010 Diaacuterio Oficial [da]

Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia -3 de agosto de 2010 P 2

______ Ministeacuterio da Sauacutede Exposiccedilatildeo a materiais bioloacutegicos Brasiacutelia Ministeacuterio da

Sauacutede 2006 76 p

______ Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Resoluccedilatildeo da

Diretoria Colegiada RDC nordm 50 de 21 de fevereiro de 2002 Dispotildee sobre o Regulamento

teacutecnico para o planejamento programaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de projetos fiacutesicos de

estabelecimentos assistenciais de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo da Repuacuteblica Federativa

do Brasil Brasiacutelia 20 de marccedilo de 2002

______ Resoluccedilatildeo RDC nordm 306 de 07 de dezembro de 2004 Dispotildee sobre o regulamento

teacutecnico para o gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

Brasiacutelia 10 de dezembro de 2004

______ Ministeacuterio do Meio Ambiente Conselho Nacional do Meio Ambiente Resoluccedilatildeo nordm

358 de 29 de abril de 2005 Dispotildee sobre o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos

serviccedilos de sauacutede e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial [da] Repuacuteblica Federativa do

Brasil Brasiacutelia DF 04 de maio de 2005

______ Ministeacuterio do Planejamento Orccedilamento e Gestatildeo Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatiacutestica Pesquisa Nacional de Saneamento Baacutesico Rio de Janeiro 2008 Disponiacutevel em

lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidapnsb2008PNSB_2008p

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______ Lei nordm12305 de 2 de agosto de 2010 Brasiacutelia DF 2010 Institui a Poliacutetica Nacional

de Resiacuteduos Soacutelidos altera a Lei nordm 9605 de 12 de fevereiro de 1998 e daacute outras

providecircncias Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF 02 de agosto de 2010

_______ Presidecircncia da Repuacuteblica Decreto Nordm 5940 de 25 de outubro de 2006 Diaacuterio

Oficial [da] Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 26 out 2006

CARVALHO et al Riscos ocupacionais e acidentes de trabalho percepccedilotildees dos coletores de

lixo Rev enferm UFPE on line v 10 n 4 p 1185-1193 2016

CASTRO et al Gerenciamento dos resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital de pequeno

porte Rev RENE v 15 n 5 p 860-868 2014

CHARTIER Y Safe management of wastes from health-care activities a practical

guide [sl sn]

COMISSAtildeO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR (CNEN) Licenciamento de

instalaccedilotildees radioativas CNEN-NE-6-02 Rio de Janeiro CNEN 1998

49

______ Glossaacuterio de Seguranccedila Nuclear Disponiacutevel

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de Janeiro CNEN 1985

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50

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n 6 p 616ndash621 2005

OLIVEIRA et al Gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos nas unidades baacutesicas de sauacutede de Picos-

PI Enferm foco (Brasiacutelia) v 5 n 12 p 29-32 2014

OLIVEIRA et al Resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede desafios e perspectivas na atenccedilatildeo primaacuteria

Rev enferm UERJ v 22 n 1 p 29-34 2014

OLIVEIRA M G Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede entre o discurso e a

praacutetica estudo de casos e pesquisa-accedilatildeo no Acre Tese (Doutorado em Sauacutede Puacuteblica) ndash

Faculdade de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo USP 2011 160 p

PAN AMERICAN HEALTH ORGANIZATION Relatorio da avaliacao regional dos

servicos de manejo de residuossolidos municipais na America Latina e Caribe

Washington DC OPAS 2005

PEREIRA et al Waste management in non-hospital emergency units Rev Latino-Am

Enfermagem v 21 n spec p 259-266 2013

RUDRASWAMY S SAMPATH N DOGGALLI N Staffrsquos attitude regarding hospital

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Occupational and Environmental Medicine v 16 n 2 p 75ndash78 2012

SANTOS M A SOUZA S O Conhecimento de enfermeiros da Estrateacutegia Sauacutede da

Famiacutelia sobre resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede Rev Bras Enferm v65 n 4 p 645-52 2012

SILVA C E DA HOPPE A E Diagnosisof medical wastes in central Rio Grande do Sul

State Engenharia Sanitaria e Ambiental v 10 n 2 p 146ndash1512005

SILVA E N C DA Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede adaptaccedilatildeo

transcultural e validaccedilatildeo do instrumento healt-carewast management - rapidassessment

51

toolrsquo para a lingua portuguesa no Brasil [sl] Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Sergio

Arouca 2011

SILVA E N C COSTA M F B Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos odontoloacutegicos

aspectos teacutecnicos operacionais Management of dental services wastes operational technical

features Rev Bras Odontol v 63 n 34 p 158-163 2006

SILVA I T S DA et al A enfermagem e o gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos de serviccedilos

de sauacutede Rev pesqui cuid fundam (Online) p 1152ndash1161 2014

SILVA M R DA CORTEZ E A VALENTE G S C Acidentes com materiais

perfurocortantes e bioloacutegicos no ambiente hospitalar anaacutelise da exposiccedilatildeo ao risco e medidas

preventivas Rev pesqui cuid fundam (Online) p 1856ndash1872 2009

SISINNO C L S MOREIRA J C Ecoefficiency a tool to reduce solid waste production

and waste of materials in health care units Cadernos de SauacutedePuacuteblica v 21 n 6 p 1893ndash

1900 2005

STAIR R M REYNOLDS G W Princiacutepios de Sistemas de Informaccedilatildeo 6ed Satildeo Paulo

Cengage Learning 2011

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO) Health-Care Waste Management -Rapid

Assessment Tool 2004 Disponiacutevel em

lthttpwwwwhointwater_sanitation_healthmedicalwastehcwmtoolengt Acessoem 13

Jan 2015

_________ DEPARTMENT OF IMMUNIZATION V AND B Management of solid

health-care waste at primary health-care centres a decision-making guide Geneva

Immunization Vaccines and Biologicals (IVB) Protection of the Human Environment

Water Sanitation and Health (WSH) World Health Organization 2005

52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

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favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

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8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

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82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

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83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

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84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

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85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 50: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

47

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da Familia Rev Bras Enferm v 65 n 1 p 128-34 2012

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Serviccedilos de Sauacutede em hospitais do municiacutepio de Ribeiratildeo Preto (SP) Brasil Eng sanit

ambient v 21 n 1 p 123-130 2016

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Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de tecnologia nuclear ndash Aplicaccedilotildees) Universidade

de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Instituto de Pesquisas Energeacuteticas e Nucleares 2009

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wasteBraz j pharm sci p 507ndash518 2012

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occupational safety and health hazards at their source Waste Manag [Internet] v 31 n 11

p 2009-17 2012

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______ Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Resoluccedilatildeo da

Diretoria Colegiada RDC nordm 50 de 21 de fevereiro de 2002 Dispotildee sobre o Regulamento

teacutecnico para o planejamento programaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de projetos fiacutesicos de

estabelecimentos assistenciais de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo da Repuacuteblica Federativa

do Brasil Brasiacutelia 20 de marccedilo de 2002

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Brasiacutelia 10 de dezembro de 2004

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358 de 29 de abril de 2005 Dispotildee sobre o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos

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de Resiacuteduos Soacutelidos altera a Lei nordm 9605 de 12 de fevereiro de 1998 e daacute outras

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52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

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83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

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100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

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85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 51: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

48

______ Ministeacuterio do Desenvolvimento e Combate agrave Fome Decreto nordm5940 de 25 de

outubro de 2010 Diaacuterio Oficial [da] Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia 16 de

outubro de 2006 p 4

______ Presidecircncia da Repuacuteblica Lei nordm 12305 de 02 de agosto de 2010 Diaacuterio Oficial [da]

Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia -3 de agosto de 2010 P 2

______ Ministeacuterio da Sauacutede Exposiccedilatildeo a materiais bioloacutegicos Brasiacutelia Ministeacuterio da

Sauacutede 2006 76 p

______ Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Resoluccedilatildeo da

Diretoria Colegiada RDC nordm 50 de 21 de fevereiro de 2002 Dispotildee sobre o Regulamento

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do Brasil Brasiacutelia 20 de marccedilo de 2002

______ Resoluccedilatildeo RDC nordm 306 de 07 de dezembro de 2004 Dispotildee sobre o regulamento

teacutecnico para o gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

Brasiacutelia 10 de dezembro de 2004

______ Ministeacuterio do Meio Ambiente Conselho Nacional do Meio Ambiente Resoluccedilatildeo nordm

358 de 29 de abril de 2005 Dispotildee sobre o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos

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de Janeiro CNEN 1985

CORREcircA L B et al O processo de formaccedilatildeo em sauacutede o saber resiacuteduos soacutelidos de serviccedilos

de sauacutede em vivecircncias praacuteticas Rev bras enferm v 60 n 1 p 21ndash25 2007

COSTA T F FELLI V E A BAPTISTA P C P A percepccedilatildeo dos trabalhadores de

enfermagem sobre o manejo dos resiacuteduos quiacutemicos perigosos Rev Esc Enferm USP v 46

n 6 p1453-1461 2012

COZENDEY-SILVA E N et al Cross-cultural adaptation of an environmental health

measurement instrument Brazilian version of the health-care waste management bull rapid

assessment tool BMC Public Health v 16 2016

CUSSIOL N A M Manual de gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede

Fundaccedilatildeo Estadual do Meio Ambiente ndash Belo Horizonte FEAM 2008

DIAZ et al Gerenciamento de resiacuteduos estudo descritivo-exploratoacuterio no pronto-socorro de

um hospital-escola Online braz j nurs (Online) v 12 n 4 2013

DOI K M MOURA G M S S Resiacuteduos soacutelidos de serviccedilos de sauacutede uma fotografia do

comprometimento da equipe de enfermagem Rev Gaucha Enferm v 32 n 2 p 338-344

2011

FALQUETO E KLIGERMAN D C ASSUMPCcedilAtildeO R F How to do the correct discard

of medicine residues Ciecircnciaampamp SauacutedeColetiva v 15 p 3283ndash3293 2010

FERREIRA A P VEIGA M M Hospital waste operational procedures a case study in

Brazil Waste management amp research the journal of the International Solid Wastes

and Public Cleansing Association ISWA v 21 n 4 p 377ndash382 2003

FIALHO et al Intervenccedilatildeo educacional no gerenciamento de resiacuteduos com base na

odontologia sustentaacutevel Rev Odontol Araccedilatuba (Online) v 37 n 1 p 41-45 2016

FUNDACcedilAtildeO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE (FEAM) Manual de gerenciamento de

resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede Belo Horizonte Feam 2008

GARCIA L P ZANETTI-RAMOS B G Gerenciamento dos resiacuteduos de serviccedilos de

sauacutede uma questatildeo de biosseguranccedila CadSaude Publica p 744ndash752 2004

GESSNER et al O manejo dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede um problema a ser

enfrentado Cogitare Enferm v 18 n 1 p 117-23 2013

GIL A C Como Elaborar Projetos de Pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 176 f

50

INTERNATIONAL ATOMIC ENERGY AGENCY Radioactive waste management

glossary Vienna IAEA 2006 Disponiacutevel em lt httpwww-

pubiaeaorgmtcdpublicationspdfpub1155_webpdf gt Acesso em 22 out 2016

KARAMOUZ M et al Developing a master plan for hospital solid waste management a

case study Waste Management (New York NY) v 27 n 5 p 626ndash638 2007

LAKATOS E M MARCONI M A Fundamentos da Metodologia Cientiacutefica Satildeo Paulo

Atlas 2003 305 f

MCNALL M FOSTER-FISHMAN P G Methods of Rapid Evaluation Assessment and

Appraisal American Journal of Evaluation v 28 n 2 p 151-168 2007

MINAYO M C S Pesquisa avaliativa por triangulaccedilatildeo de meacutetodos In BOSI MLM

MERCADO FJ (Orgs) Avaliaccedilatildeo Qualitativa de Programas de Sauacutede enfoques

emergentes Petroacutepolis RJ Vozes 2006

MIYAZAKI M UNE H Infectious waste management in Japan a revised regulation and a

management process in medical institutions Waste Management (New York NY) v 25

n 6 p 616ndash621 2005

OLIVEIRA et al Gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos nas unidades baacutesicas de sauacutede de Picos-

PI Enferm foco (Brasiacutelia) v 5 n 12 p 29-32 2014

OLIVEIRA et al Resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede desafios e perspectivas na atenccedilatildeo primaacuteria

Rev enferm UERJ v 22 n 1 p 29-34 2014

OLIVEIRA M G Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede entre o discurso e a

praacutetica estudo de casos e pesquisa-accedilatildeo no Acre Tese (Doutorado em Sauacutede Puacuteblica) ndash

Faculdade de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo USP 2011 160 p

PAN AMERICAN HEALTH ORGANIZATION Relatorio da avaliacao regional dos

servicos de manejo de residuossolidos municipais na America Latina e Caribe

Washington DC OPAS 2005

PEREIRA et al Waste management in non-hospital emergency units Rev Latino-Am

Enfermagem v 21 n spec p 259-266 2013

RUDRASWAMY S SAMPATH N DOGGALLI N Staffrsquos attitude regarding hospital

waste management in the dental college hospitals of Bangalore city India Indian Journal of

Occupational and Environmental Medicine v 16 n 2 p 75ndash78 2012

SANTOS M A SOUZA S O Conhecimento de enfermeiros da Estrateacutegia Sauacutede da

Famiacutelia sobre resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede Rev Bras Enferm v65 n 4 p 645-52 2012

SILVA C E DA HOPPE A E Diagnosisof medical wastes in central Rio Grande do Sul

State Engenharia Sanitaria e Ambiental v 10 n 2 p 146ndash1512005

SILVA E N C DA Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede adaptaccedilatildeo

transcultural e validaccedilatildeo do instrumento healt-carewast management - rapidassessment

51

toolrsquo para a lingua portuguesa no Brasil [sl] Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Sergio

Arouca 2011

SILVA E N C COSTA M F B Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos odontoloacutegicos

aspectos teacutecnicos operacionais Management of dental services wastes operational technical

features Rev Bras Odontol v 63 n 34 p 158-163 2006

SILVA I T S DA et al A enfermagem e o gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos de serviccedilos

de sauacutede Rev pesqui cuid fundam (Online) p 1152ndash1161 2014

SILVA M R DA CORTEZ E A VALENTE G S C Acidentes com materiais

perfurocortantes e bioloacutegicos no ambiente hospitalar anaacutelise da exposiccedilatildeo ao risco e medidas

preventivas Rev pesqui cuid fundam (Online) p 1856ndash1872 2009

SISINNO C L S MOREIRA J C Ecoefficiency a tool to reduce solid waste production

and waste of materials in health care units Cadernos de SauacutedePuacuteblica v 21 n 6 p 1893ndash

1900 2005

STAIR R M REYNOLDS G W Princiacutepios de Sistemas de Informaccedilatildeo 6ed Satildeo Paulo

Cengage Learning 2011

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO) Health-Care Waste Management -Rapid

Assessment Tool 2004 Disponiacutevel em

lthttpwwwwhointwater_sanitation_healthmedicalwastehcwmtoolengt Acessoem 13

Jan 2015

_________ DEPARTMENT OF IMMUNIZATION V AND B Management of solid

health-care waste at primary health-care centres a decision-making guide Geneva

Immunization Vaccines and Biologicals (IVB) Protection of the Human Environment

Water Sanitation and Health (WSH) World Health Organization 2005

52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

60

61

62

63

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66

67

68

69

70

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74

75

76

77

78

79

80

81

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

Page 52: ALZIRA CAROLINE GALIAÇO DE SOUZA - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3436/1/TCC Alzira Caroline Galiaço de... · 0 S 719 Souza, Alzira Caroline Galiaço de. Avaliação do

49

______ Glossaacuterio de Seguranccedila Nuclear Disponiacutevel

lthttpappaspcnengovbrsegurancanormaspdfglossariopdfgt Acesso em 22 out 2016

______ Gerecircncia de Rejeitos radioativos em instalaccedilotildees radioativas CNEN-NE-6-05 Rio

de Janeiro CNEN 1985

CORREcircA L B et al O processo de formaccedilatildeo em sauacutede o saber resiacuteduos soacutelidos de serviccedilos

de sauacutede em vivecircncias praacuteticas Rev bras enferm v 60 n 1 p 21ndash25 2007

COSTA T F FELLI V E A BAPTISTA P C P A percepccedilatildeo dos trabalhadores de

enfermagem sobre o manejo dos resiacuteduos quiacutemicos perigosos Rev Esc Enferm USP v 46

n 6 p1453-1461 2012

COZENDEY-SILVA E N et al Cross-cultural adaptation of an environmental health

measurement instrument Brazilian version of the health-care waste management bull rapid

assessment tool BMC Public Health v 16 2016

CUSSIOL N A M Manual de gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede

Fundaccedilatildeo Estadual do Meio Ambiente ndash Belo Horizonte FEAM 2008

DIAZ et al Gerenciamento de resiacuteduos estudo descritivo-exploratoacuterio no pronto-socorro de

um hospital-escola Online braz j nurs (Online) v 12 n 4 2013

DOI K M MOURA G M S S Resiacuteduos soacutelidos de serviccedilos de sauacutede uma fotografia do

comprometimento da equipe de enfermagem Rev Gaucha Enferm v 32 n 2 p 338-344

2011

FALQUETO E KLIGERMAN D C ASSUMPCcedilAtildeO R F How to do the correct discard

of medicine residues Ciecircnciaampamp SauacutedeColetiva v 15 p 3283ndash3293 2010

FERREIRA A P VEIGA M M Hospital waste operational procedures a case study in

Brazil Waste management amp research the journal of the International Solid Wastes

and Public Cleansing Association ISWA v 21 n 4 p 377ndash382 2003

FIALHO et al Intervenccedilatildeo educacional no gerenciamento de resiacuteduos com base na

odontologia sustentaacutevel Rev Odontol Araccedilatuba (Online) v 37 n 1 p 41-45 2016

FUNDACcedilAtildeO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE (FEAM) Manual de gerenciamento de

resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede Belo Horizonte Feam 2008

GARCIA L P ZANETTI-RAMOS B G Gerenciamento dos resiacuteduos de serviccedilos de

sauacutede uma questatildeo de biosseguranccedila CadSaude Publica p 744ndash752 2004

GESSNER et al O manejo dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede um problema a ser

enfrentado Cogitare Enferm v 18 n 1 p 117-23 2013

GIL A C Como Elaborar Projetos de Pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 176 f

50

INTERNATIONAL ATOMIC ENERGY AGENCY Radioactive waste management

glossary Vienna IAEA 2006 Disponiacutevel em lt httpwww-

pubiaeaorgmtcdpublicationspdfpub1155_webpdf gt Acesso em 22 out 2016

KARAMOUZ M et al Developing a master plan for hospital solid waste management a

case study Waste Management (New York NY) v 27 n 5 p 626ndash638 2007

LAKATOS E M MARCONI M A Fundamentos da Metodologia Cientiacutefica Satildeo Paulo

Atlas 2003 305 f

MCNALL M FOSTER-FISHMAN P G Methods of Rapid Evaluation Assessment and

Appraisal American Journal of Evaluation v 28 n 2 p 151-168 2007

MINAYO M C S Pesquisa avaliativa por triangulaccedilatildeo de meacutetodos In BOSI MLM

MERCADO FJ (Orgs) Avaliaccedilatildeo Qualitativa de Programas de Sauacutede enfoques

emergentes Petroacutepolis RJ Vozes 2006

MIYAZAKI M UNE H Infectious waste management in Japan a revised regulation and a

management process in medical institutions Waste Management (New York NY) v 25

n 6 p 616ndash621 2005

OLIVEIRA et al Gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos nas unidades baacutesicas de sauacutede de Picos-

PI Enferm foco (Brasiacutelia) v 5 n 12 p 29-32 2014

OLIVEIRA et al Resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede desafios e perspectivas na atenccedilatildeo primaacuteria

Rev enferm UERJ v 22 n 1 p 29-34 2014

OLIVEIRA M G Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede entre o discurso e a

praacutetica estudo de casos e pesquisa-accedilatildeo no Acre Tese (Doutorado em Sauacutede Puacuteblica) ndash

Faculdade de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo USP 2011 160 p

PAN AMERICAN HEALTH ORGANIZATION Relatorio da avaliacao regional dos

servicos de manejo de residuossolidos municipais na America Latina e Caribe

Washington DC OPAS 2005

PEREIRA et al Waste management in non-hospital emergency units Rev Latino-Am

Enfermagem v 21 n spec p 259-266 2013

RUDRASWAMY S SAMPATH N DOGGALLI N Staffrsquos attitude regarding hospital

waste management in the dental college hospitals of Bangalore city India Indian Journal of

Occupational and Environmental Medicine v 16 n 2 p 75ndash78 2012

SANTOS M A SOUZA S O Conhecimento de enfermeiros da Estrateacutegia Sauacutede da

Famiacutelia sobre resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede Rev Bras Enferm v65 n 4 p 645-52 2012

SILVA C E DA HOPPE A E Diagnosisof medical wastes in central Rio Grande do Sul

State Engenharia Sanitaria e Ambiental v 10 n 2 p 146ndash1512005

SILVA E N C DA Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede adaptaccedilatildeo

transcultural e validaccedilatildeo do instrumento healt-carewast management - rapidassessment

51

toolrsquo para a lingua portuguesa no Brasil [sl] Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Sergio

Arouca 2011

SILVA E N C COSTA M F B Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos odontoloacutegicos

aspectos teacutecnicos operacionais Management of dental services wastes operational technical

features Rev Bras Odontol v 63 n 34 p 158-163 2006

SILVA I T S DA et al A enfermagem e o gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos de serviccedilos

de sauacutede Rev pesqui cuid fundam (Online) p 1152ndash1161 2014

SILVA M R DA CORTEZ E A VALENTE G S C Acidentes com materiais

perfurocortantes e bioloacutegicos no ambiente hospitalar anaacutelise da exposiccedilatildeo ao risco e medidas

preventivas Rev pesqui cuid fundam (Online) p 1856ndash1872 2009

SISINNO C L S MOREIRA J C Ecoefficiency a tool to reduce solid waste production

and waste of materials in health care units Cadernos de SauacutedePuacuteblica v 21 n 6 p 1893ndash

1900 2005

STAIR R M REYNOLDS G W Princiacutepios de Sistemas de Informaccedilatildeo 6ed Satildeo Paulo

Cengage Learning 2011

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO) Health-Care Waste Management -Rapid

Assessment Tool 2004 Disponiacutevel em

lthttpwwwwhointwater_sanitation_healthmedicalwastehcwmtoolengt Acessoem 13

Jan 2015

_________ DEPARTMENT OF IMMUNIZATION V AND B Management of solid

health-care waste at primary health-care centres a decision-making guide Geneva

Immunization Vaccines and Biologicals (IVB) Protection of the Human Environment

Water Sanitation and Health (WSH) World Health Organization 2005

52

7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

54

8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

55

56

57

58

82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

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76

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80

81

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

83 CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAUacuteDE HURJ

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

106

85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

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50

INTERNATIONAL ATOMIC ENERGY AGENCY Radioactive waste management

glossary Vienna IAEA 2006 Disponiacutevel em lt httpwww-

pubiaeaorgmtcdpublicationspdfpub1155_webpdf gt Acesso em 22 out 2016

KARAMOUZ M et al Developing a master plan for hospital solid waste management a

case study Waste Management (New York NY) v 27 n 5 p 626ndash638 2007

LAKATOS E M MARCONI M A Fundamentos da Metodologia Cientiacutefica Satildeo Paulo

Atlas 2003 305 f

MCNALL M FOSTER-FISHMAN P G Methods of Rapid Evaluation Assessment and

Appraisal American Journal of Evaluation v 28 n 2 p 151-168 2007

MINAYO M C S Pesquisa avaliativa por triangulaccedilatildeo de meacutetodos In BOSI MLM

MERCADO FJ (Orgs) Avaliaccedilatildeo Qualitativa de Programas de Sauacutede enfoques

emergentes Petroacutepolis RJ Vozes 2006

MIYAZAKI M UNE H Infectious waste management in Japan a revised regulation and a

management process in medical institutions Waste Management (New York NY) v 25

n 6 p 616ndash621 2005

OLIVEIRA et al Gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos nas unidades baacutesicas de sauacutede de Picos-

PI Enferm foco (Brasiacutelia) v 5 n 12 p 29-32 2014

OLIVEIRA et al Resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede desafios e perspectivas na atenccedilatildeo primaacuteria

Rev enferm UERJ v 22 n 1 p 29-34 2014

OLIVEIRA M G Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede entre o discurso e a

praacutetica estudo de casos e pesquisa-accedilatildeo no Acre Tese (Doutorado em Sauacutede Puacuteblica) ndash

Faculdade de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo USP 2011 160 p

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servicos de manejo de residuossolidos municipais na America Latina e Caribe

Washington DC OPAS 2005

PEREIRA et al Waste management in non-hospital emergency units Rev Latino-Am

Enfermagem v 21 n spec p 259-266 2013

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waste management in the dental college hospitals of Bangalore city India Indian Journal of

Occupational and Environmental Medicine v 16 n 2 p 75ndash78 2012

SANTOS M A SOUZA S O Conhecimento de enfermeiros da Estrateacutegia Sauacutede da

Famiacutelia sobre resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede Rev Bras Enferm v65 n 4 p 645-52 2012

SILVA C E DA HOPPE A E Diagnosisof medical wastes in central Rio Grande do Sul

State Engenharia Sanitaria e Ambiental v 10 n 2 p 146ndash1512005

SILVA E N C DA Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede adaptaccedilatildeo

transcultural e validaccedilatildeo do instrumento healt-carewast management - rapidassessment

51

toolrsquo para a lingua portuguesa no Brasil [sl] Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Sergio

Arouca 2011

SILVA E N C COSTA M F B Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos odontoloacutegicos

aspectos teacutecnicos operacionais Management of dental services wastes operational technical

features Rev Bras Odontol v 63 n 34 p 158-163 2006

SILVA I T S DA et al A enfermagem e o gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos de serviccedilos

de sauacutede Rev pesqui cuid fundam (Online) p 1152ndash1161 2014

SILVA M R DA CORTEZ E A VALENTE G S C Acidentes com materiais

perfurocortantes e bioloacutegicos no ambiente hospitalar anaacutelise da exposiccedilatildeo ao risco e medidas

preventivas Rev pesqui cuid fundam (Online) p 1856ndash1872 2009

SISINNO C L S MOREIRA J C Ecoefficiency a tool to reduce solid waste production

and waste of materials in health care units Cadernos de SauacutedePuacuteblica v 21 n 6 p 1893ndash

1900 2005

STAIR R M REYNOLDS G W Princiacutepios de Sistemas de Informaccedilatildeo 6ed Satildeo Paulo

Cengage Learning 2011

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO) Health-Care Waste Management -Rapid

Assessment Tool 2004 Disponiacutevel em

lthttpwwwwhointwater_sanitation_healthmedicalwastehcwmtoolengt Acessoem 13

Jan 2015

_________ DEPARTMENT OF IMMUNIZATION V AND B Management of solid

health-care waste at primary health-care centres a decision-making guide Geneva

Immunization Vaccines and Biologicals (IVB) Protection of the Human Environment

Water Sanitation and Health (WSH) World Health Organization 2005

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7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

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favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

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8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

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82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

BRASILEIRA

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84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

HURJ

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85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

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toolrsquo para a lingua portuguesa no Brasil [sl] Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Sergio

Arouca 2011

SILVA E N C COSTA M F B Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos odontoloacutegicos

aspectos teacutecnicos operacionais Management of dental services wastes operational technical

features Rev Bras Odontol v 63 n 34 p 158-163 2006

SILVA I T S DA et al A enfermagem e o gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos de serviccedilos

de sauacutede Rev pesqui cuid fundam (Online) p 1152ndash1161 2014

SILVA M R DA CORTEZ E A VALENTE G S C Acidentes com materiais

perfurocortantes e bioloacutegicos no ambiente hospitalar anaacutelise da exposiccedilatildeo ao risco e medidas

preventivas Rev pesqui cuid fundam (Online) p 1856ndash1872 2009

SISINNO C L S MOREIRA J C Ecoefficiency a tool to reduce solid waste production

and waste of materials in health care units Cadernos de SauacutedePuacuteblica v 21 n 6 p 1893ndash

1900 2005

STAIR R M REYNOLDS G W Princiacutepios de Sistemas de Informaccedilatildeo 6ed Satildeo Paulo

Cengage Learning 2011

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO) Health-Care Waste Management -Rapid

Assessment Tool 2004 Disponiacutevel em

lthttpwwwwhointwater_sanitation_healthmedicalwastehcwmtoolengt Acessoem 13

Jan 2015

_________ DEPARTMENT OF IMMUNIZATION V AND B Management of solid

health-care waste at primary health-care centres a decision-making guide Geneva

Immunization Vaccines and Biologicals (IVB) Protection of the Human Environment

Water Sanitation and Health (WSH) World Health Organization 2005

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7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

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8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

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82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

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84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

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7 APEcircNDICES

71 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto Avaliaccedilatildeo do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um

hospital universitaacuterio Pesquisador Responsaacutevel Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Lima

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Orientanda Alzira Caroline Galiaccedilo de Souza Acadecircmica de Enfermagem Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntaacuterio __________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Idade _____________ anos

RG ___________________

O (A) Sr (a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoAvaliaccedilatildeo

do Gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede em um hospital universitaacuteriordquo de

responsabilidade da pesquisadora principal Profordf Dra Marcia Valeria Rosa Limapor estar

envolvido direta ou indiretamente com o setor ou sistema de Gerenciamento de Resiacuteduos de

Serviccedilos de Sauacutede (GRSS) sua participaccedilatildeo natildeo eacute obrigatoacuteria A qualquer momento vocecirc

pode desistir de participar e retirar seu consentimento sem nenhum prejuiacutezo em sua relaccedilatildeo

com o pesquisador Natildeo seraacute punido ou perderaacute qualquer benefiacutecio ao qual vocecirc tem direito

Natildeo haveraacute nenhum custo ao Sr (a) relacionado aos procedimentos previstos neste estudo

Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria portanto natildeo seraacute pago pela mesma

O objetivo deste estudo eacute avaliar as etapas de manejo dos Resiacuteduos de Serviccedilos de

Sauacutede em um Hospital Universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Sua participaccedilatildeo consistiraacute em responder individualmente e por meio de oficina em

grupo as questotildees do instrumentoquestionaacuterio ldquoHealth-Care Waste Management ndash Rapid

Assessment Tool Versatildeo Brasileirardquo (HCWM ndash RAT Versatildeo Brasileira) Natildeo haveraacute riscos

fiacutesicos morais ou outros agravos a sua pessoa associados a esta pesquisa A anaacutelise final para

apresentaccedilatildeo e publicaccedilatildeo seraacute precedida de relatoacuterio preliminar e apreciaccedilatildeo junto aos

respondentes visando propiciar meios para que pesquisador e respondentes se apropriem da

compreensatildeo dos dados gerados pelo estudo

Os benefiacutecios relacionados com a sua participaccedilatildeo seratildeo geraccedilatildeo de conhecimento

relativos ao GRSS contribuindo para a tomada de decisatildeo gerencial favorecendo a

compreensatildeo do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos do setor sauacutede seus fatores criacuteticos e

53

favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

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8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

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82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

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84 SOLICITACcedilAtildeO DE CINTILOGRAFIA AO SETOR DE MEDICINA NUCLEAR DO

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favoraacuteveis reforccedilando o uso da evidecircncia cientiacutefica em gestatildeo ambiental no setor sauacutede

Condizente com a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede nordm 4662012 os dados

coletados seratildeo mantidos em formato eletrocircnico por pelo menos 05 anos sob tutela do

pesquisador responsaacutevel pela pesquisa de forma confidencial Estes dados seratildeo usados para a

avaliaccedilatildeo do estudo e as Autoridades de Sauacutede ou do Comitecirc de Eacutetica podem revisar os dados

fornecidos Os dados tambeacutem podem ser usados em publicaccedilotildees cientiacuteficas sobre o assunto

pesquisado Sua identidade natildeo seraacute revelada de forma que as informaccedilotildees natildeo sejam usadas

em seu prejuiacutezo eou do corpo gerencial da instituiccedilatildeo participante da pesquisa

Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com

o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antonio

Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais

informaccedilotildees

E-mail eticavmuffbr Telfax (21) 2629-9189

Eu __________________________________________ RG nordm _____________________

declaro que entendi os objetivos detalhes e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e

concordo em participar Tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas questotildees

foram respondidas Eu recebi uma coacutepia assinada e datada deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido onde constam os telefones e endereccedilo institucional do pesquisador

responsaacutevel

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

_________________________________ _______________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel Nome e assinatura do responsaacutevel por

obter o consentimento

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8 ANEXOS

81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

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82 HEALTH CARE WASTE MANAGEMENT ndash RAPID ASSESSMENT TOOL VERSAtildeO

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81 PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

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85 CALENDAacuteRIO DE VACINACcedilAtildeO OCUPACIONAL

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