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Maria Helena Santos de Souza Maria Regina Morales dos Santos Marisa Campio Müller Salete Maria Pretto Tania Ribeiro Ferraz Organizadoras Associação Brasileira de Medicina Psicossomática ABMP/RS 2010

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Maria Helena Santos de SouzaMaria Regina Morales dos Santos

Marisa Campio MüllerSalete Maria Pretto

Tania Ribeiro FerrazOrganizadoras

Associação Brasileira de Medicina PsicossomáticaABMP/RS

2010

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Associação Brasileira de Medicina Psicossomática – Regional Sul

Av. Cristovão Colombo, n.881 sala 202Bairro Floresta – Porto Alegre / RSCEP 90560-001

Fone / Fax: (51) 3221.5299E-mail: [email protected]: http://www.psicossomatica-rs.gov.br

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Bibliotecário responsável : Rafael Antunes dos Santos (CRB10/1898)

© 2010, ABMP/RS. Todos os direitos reservados e protegidospela lei 9.610 de 19/02/1998. Nenhuma parte deste livro, semautorização prévia por escrito da editora ou do autor, poderá serreproduzida ou transmitida sejam quais forem os meiosempregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ouquaisquer outros.Poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.

Referência:CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA PSICOSSOMÁTICA, 17.; 2010,Gramado. Anais… Porto Alegre: ABMP/RS, 2010.

Congresso Brasileiro de Medicina Psicossomática (17. : 2010 : Gramado)C734 Anais do […], [recurso eletrônico] : as emoções : sentidos e significados /

Associação Brasileira de Medicina Psicossomática; organizado por MariaHelena Santos de Souza … [et al.]. – Porto Alegre: ABMP/RS, 2010. –226 p. ; 29,8 cm x 21 cm.

Livro de resumos.Realizado de 29 de abril a 02 de maio de 2010.ISBN 978-85-63506-00-9

1. Medicina psicossomática 2. Emoções (Psicologia) 3. Saúde 4. CiênciaI. Congresso Brasileiro de Medicina Psicossomática (17. : 2010 : Gramado)II. Associação Brasileira de Medicina Psicossomática – Regional Sul. III.Souza, Maria Helena Santos de; org. IV. Santos, Maria Regina Moralesdos; org. V. Müller, Marisa Campio; org. VI. Pretto, Salete Maria; org. VII.Ferraz, Tania Ribeiro; org. VIII. Título.

CDU 159.938.363.6(063)

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Coordenação GeralMaria Regina Morales dos Santos Comissão FinanceiraTânia Ribeiro Ferraz - CoordenadoraMaria Helena Souza Pedro Gus Salete Maria Pretto Comissão Científica Regional/RSMarisa Campio Müller - CoordenadoraAdriane Vieira Ana Roberta Werthien Cerpa Conceição Martins de Lemos Juliana Dors Tigre da Silva Leonardo Silva Márcia Luconi Viana Maria Regina Morales dos Santos Marian Festugato de Souza Salete Maria Pretto Semíramis Deusdedith T. Bastos Victor Hugo Belardinelli Comissão Científica NacionalAvelino Luiz RodriguesCecília GrandkeElisa Maria Parhayba CamposFranklin Antonio RibeiroGeraldo CaldeiraJosé Carlos ReichelmannJulio de Mello FilhoWilson Alves de Oliveira JuniorComissão SocialFrancine Flondero Patrícia Lambert - Coordenadora

Comissão de Divulgação RegionalMaria Helena Souza - CoordenadoraAndréa Simoni Lanza Corrêa Carmen Linden Daniela Broll CarvalhoEliane Sá BritoSemíramis D. Teixeira Bastos Suzel Costamilan Paes Comissão de Divulgação NacionalAliene S. Gonçalves dos Santos- SPCarlos Pires Leal - RJCarolina Cavalcanti Henriques - PEFausto Amarante - ESHorácio Chikota - SCLeda Maria Delmondes Freitas Trindade - SELuis Gonzaga da Silva - RNLuis Henrique Milan Novaes - SPMárcia Pereira de Holanda Roque Pires - CENádia Regina Loureiro de Barros Lima - ALNorton Caldeira – MGRosely Belo Pinheiro - MASebastião Vidigal – MGSérgio Antônio Belmont - RJSolange Lopes de Souza - SP Tânia Cristina de Oliveira - SPComissão de ApoioSemíramis D. Teixeira Bastos - CoordenadoraVera Maria Costa

Presidente de Honra: Oly LobatoPresidente ABMP: Cacilda Maciel NascimentoPresidente do Congresso e da ABMP - Regional RS: Maria Helena Souza COMISSÃO ORGANIZADORA

É com grande alegria e satisfação que estamos acolhendo, pela primeira vez no Rio Grande do Sul, o XVII Congresso Brasileiro de Medicina Psicossomática.Neste encontro, nossa reflexão estará voltada para o papel das Emoções em nossa vida, no processo de saúde e do adoecer.Esperamos, neste congregar de idéias, promover trocas que fortaleçam o conhecimento da Psicossomática, na afirmação de um cuidado integral e humanizado na atenção à saúde.Sentimo-nos gratificados pelo esforço solidário da equipe que esteve trabalhando na organização deste evento, com o espírito afetuoso e aguerrido do gaúcho.Assim, teremos a honra de recebê-los, mostrar nossas lindas paisagens e a hospitalidade do nosso povo.Nós e os nossos sentinelas “tchê” esperamos!Maria Helena SouzaPresidente

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Coordenação GeralMaria Regina Morales dos Santos Comissão FinanceiraTânia Ribeiro Ferraz - CoordenadoraMaria Helena Souza Pedro Gus Salete Maria Pretto Comissão Científica Regional/RSMarisa Campio Müller - CoordenadoraAdriane Vieira Ana Roberta Werthien Cerpa Conceição Martins de Lemos Juliana Dors Tigre da Silva Leonardo Silva Márcia Luconi Viana Maria Regina Morales dos Santos Marian Festugato de Souza Salete Maria Pretto Semíramis Deusdedith T. Bastos Victor Hugo Belardinelli Comissão Científica NacionalAvelino Luiz RodriguesCecília GrandkeElisa Maria Parhayba CamposFranklin Antonio RibeiroGeraldo CaldeiraJosé Carlos ReichelmannJulio de Mello FilhoWilson Alves de Oliveira JuniorComissão SocialFrancine Flondero Patrícia Lambert - Coordenadora

Comissão de Divulgação RegionalMaria Helena Souza - CoordenadoraAndréa Simoni Lanza Corrêa Carmen Linden Daniela Broll CarvalhoEliane Sá BritoSemíramis D. Teixeira Bastos Suzel Costamilan Paes Comissão de Divulgação NacionalAliene S. Gonçalves dos Santos- SPCarlos Pires Leal - RJCarolina Cavalcanti Henriques - PEFausto Amarante - ESHorácio Chikota - SCLeda Maria Delmondes Freitas Trindade - SELuis Gonzaga da Silva - RNLuis Henrique Milan Novaes - SPMárcia Pereira de Holanda Roque Pires - CENádia Regina Loureiro de Barros Lima - ALNorton Caldeira – MGRosely Belo Pinheiro - MASebastião Vidigal – MGSérgio Antônio Belmont - RJSolange Lopes de Souza - SP Tânia Cristina de Oliveira - SPComissão de ApoioSemíramis D. Teixeira Bastos - CoordenadoraVera Maria Costa

Presidente de Honra: Oly LobatoPresidente ABMP: Cacilda Maciel NascimentoPresidente do Congresso e da ABMP - Regional RS: Maria Helena Souza COMISSÃO ORGANIZADORA

É com grande alegria e satisfação que estamos acolhendo, pela primeira vez no Rio Grande do Sul, o XVII Congresso Brasileiro de Medicina Psicossomática.Neste encontro, nossa reflexão estará voltada para o papel das Emoções em nossa vida, no processo de saúde e do adoecer.Esperamos, neste congregar de idéias, promover trocas que fortaleçam o conhecimento da Psicossomática, na afirmação de um cuidado integral e humanizado na atenção à saúde.Sentimo-nos gratificados pelo esforço solidário da equipe que esteve trabalhando na organização deste evento, com o espírito afetuoso e aguerrido do gaúcho.Assim, teremos a honra de recebê-los, mostrar nossas lindas paisagens e a hospitalidade do nosso povo.Nós e os nossos sentinelas “tchê” esperamos!Maria Helena SouzaPresidente

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CURSO 1 – Módulo 1 - 120 lugares CURSO 4 – Módulo 1 - 65 lugaresPsicossomática e Psicooncologia Psicossomática AnalíticaElisa Maria Parahyba Campos (SP) e Denise Amorelli (SP)Maria Margarida Carvalho (Magui) (SP) Local: Sala FLocal: Auditório Antonio Casaccia CURSO 5CURSO 2 – Módulo 1 - 70 lugares Limite de vagas: 25 participantesPsicossomática Psicocardiologia Cuidando o Cuidador com a Arterapia Conceição Maria Lemos (RS) e Rosa Graciela René Ormezzano (RS)Cecília Pietrobon (RS) Local: Sala E Local: Sala C CURSO 6 - 70 lugaresCURSO 3 – Módulo 1 - 65 lugares Aplicação da Técnica de Sandplay na Psicossomática e Psicodermatologia PsicossomáticaTatiana José Facchin (RS) e Roberto Denise G. Ramos (SP)Doglia Azambuja (DF) Local: Sala GLocal: Sala D

30 de abril de 2010 (sexta-feira)

11h às 12h – APRESENTAÇÃO DE LIVROS E SESSÃO DE AUTÓGRAFOSLocal: Espaço Fabio Baptista Paulus• Psicossomática Hoje - Julio de Mello Filho e Miriam Burd (RJ)• Os Quatro vínculos: amor; ódio, conhecimento, reconhecimento na psicanálise e em nossas vidas - David Zimerman (RS)• Psicossomática do Trabalho, valores e práticas organizacionais - Ana Cristina Limongi França (SP)• Interlúdios em Veneza: os diálogos impossíveis entre Freud e Thomas Mann - Abram Eksterman (RJ)• Introdução à Psicossomática - Maria Rosa Spinelli (SP)• A Psicossomática como eu entendo - Janice Hulak (PE)• Psicossomática - uma visão simbólica do Vitiligo - Marisa Campio Muller (RS)

9h às 10h30 – PALESTRA: O DESAMPARO E SUA IMPLICAÇÃO NO ADOECERPalestrante: Cacilda Maciel Nascimento (MG) – Presidente da ABMPDebatedores: Julio de Mello Filho (RJ) e Geraldo Caldeira (MG)Local: Teatro Lupicínio Rodrigues10h30 às 11h – Intervalo

12h às 14h – Intervalo para Almoço14h às 16h – CURSOS

PROGRAMA

CURSO B - 200 lugares CURSO E - 70 lugaresReconceitualizando o Estresse - Psicossomática: Abordagem Esdras Guerreiro Vasconcellos (SP) Psicanalítica x Junguiana – Tânia C. O. Local: Sala E Valente (SP)Local: Sala CCURSO C - 50 lugaresDiabetes Mellitus: cuidados na CURSO F - 70 lugaresInfância, na Adultez e na Terceira Introdução à Terapia da Linha de Idade: Intervenções Psicológicas - Tempo (TLP) - Roberto Doglia Azambuja Miriam Burd (RJ) (DF)Local: Sala A Local: Sala G CURSO D - 300 lugaresWinnicott e Psicossomática - Julio de Mello Filho e Sérgio Antonio Belmont (RJ)Local: Teatro Lupicínio Rodrigues19h30 às 20h30 - Conferência: Uma visão contemporânea da Psicossomática – os múltiplos fatores que participam e interagem entre si.Convidado DAVID ZIMERMAN (RS)Local: Teatro Lupicínio Rodrigues20h30 - SOLENIDADE DE ABERTURA• Saudações e Homenagens• Apresentação do Conjunto Aldeia dos Anjos• Boas VindasLocal: Teatro Lupicínio Rodrigues

29 de abril de 2010 (quinta-feira)8h - ABERTURA DA SECRETARIA Entrega de Credenciais e Novas Inscrições13h às 15h - ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA DE DELEGADOS DA ABMPLocal: Auditório Antonio Casaccia15h às 19h - CURSOS PRÉ-CONGRESSO

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CURSO 1 – Módulo 1 - 120 lugares CURSO 4 – Módulo 1 - 65 lugaresPsicossomática e Psicooncologia Psicossomática AnalíticaElisa Maria Parahyba Campos (SP) e Denise Amorelli (SP)Maria Margarida Carvalho (Magui) (SP) Local: Sala FLocal: Auditório Antonio Casaccia CURSO 5CURSO 2 – Módulo 1 - 70 lugares Limite de vagas: 25 participantesPsicossomática Psicocardiologia Cuidando o Cuidador com a Arterapia Conceição Maria Lemos (RS) e Rosa Graciela René Ormezzano (RS)Cecília Pietrobon (RS) Local: Sala E Local: Sala C CURSO 6 - 70 lugaresCURSO 3 – Módulo 1 - 65 lugares Aplicação da Técnica de Sandplay na Psicossomática e Psicodermatologia PsicossomáticaTatiana José Facchin (RS) e Roberto Denise G. Ramos (SP)Doglia Azambuja (DF) Local: Sala GLocal: Sala D

30 de abril de 2010 (sexta-feira)

11h às 12h – APRESENTAÇÃO DE LIVROS E SESSÃO DE AUTÓGRAFOSLocal: Espaço Fabio Baptista Paulus• Psicossomática Hoje - Julio de Mello Filho e Miriam Burd (RJ)• Os Quatro vínculos: amor; ódio, conhecimento, reconhecimento na psicanálise e em nossas vidas - David Zimerman (RS)• Psicossomática do Trabalho, valores e práticas organizacionais - Ana Cristina Limongi França (SP)• Interlúdios em Veneza: os diálogos impossíveis entre Freud e Thomas Mann - Abram Eksterman (RJ)• Introdução à Psicossomática - Maria Rosa Spinelli (SP)• A Psicossomática como eu entendo - Janice Hulak (PE)• Psicossomática - uma visão simbólica do Vitiligo - Marisa Campio Muller (RS)

9h às 10h30 – PALESTRA: O DESAMPARO E SUA IMPLICAÇÃO NO ADOECERPalestrante: Cacilda Maciel Nascimento (MG) – Presidente da ABMPDebatedores: Julio de Mello Filho (RJ) e Geraldo Caldeira (MG)Local: Teatro Lupicínio Rodrigues10h30 às 11h – Intervalo

12h às 14h – Intervalo para Almoço14h às 16h – CURSOS

PROGRAMA

CURSO B - 200 lugares CURSO E - 70 lugaresReconceitualizando o Estresse - Psicossomática: Abordagem Esdras Guerreiro Vasconcellos (SP) Psicanalítica x Junguiana – Tânia C. O. Local: Sala E Valente (SP)Local: Sala CCURSO C - 50 lugaresDiabetes Mellitus: cuidados na CURSO F - 70 lugaresInfância, na Adultez e na Terceira Introdução à Terapia da Linha de Idade: Intervenções Psicológicas - Tempo (TLP) - Roberto Doglia Azambuja Miriam Burd (RJ) (DF)Local: Sala A Local: Sala G CURSO D - 300 lugaresWinnicott e Psicossomática - Julio de Mello Filho e Sérgio Antonio Belmont (RJ)Local: Teatro Lupicínio Rodrigues19h30 às 20h30 - Conferência: Uma visão contemporânea da Psicossomática – os múltiplos fatores que participam e interagem entre si.Convidado DAVID ZIMERMAN (RS)Local: Teatro Lupicínio Rodrigues20h30 - SOLENIDADE DE ABERTURA• Saudações e Homenagens• Apresentação do Conjunto Aldeia dos Anjos• Boas VindasLocal: Teatro Lupicínio Rodrigues

29 de abril de 2010 (quinta-feira)8h - ABERTURA DA SECRETARIA Entrega de Credenciais e Novas Inscrições13h às 15h - ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA DE DELEGADOS DA ABMPLocal: Auditório Antonio Casaccia15h às 19h - CURSOS PRÉ-CONGRESSO

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Local: Teatro Lupicinio Rodrigues 007 - Título: Subtratamento da Coord.: Juliana Dors Tigre da Silva (RS) sintomatologia depressiva entre idosos residentes em instituições de longa 001 - Título: O sintoma de automutilação permanência e na comunidadecomo expressão da angústia de Autores: Patrícia Érika de Melo Marinho, aniquilação Keyla P.B. Melo, Amanda D. Apolinário, Autora: Adriana Vilano Dinamarco Emanuelle Bezerra, Júlia Freitas, Diógenes 002 - Título: Reflexões acerca das neuroses M. Melo, Ricardo Oliveira Guerra, PhD., atuais na era dos Transtornos Arméle Dornelas de Andrade,Somatoformes 008 - Título: As emoções na Terceira IdadeAutores: Iolanda Risso; Avelino Luiz Autor: Victor Hugo BelardinelliRodrigues003 - Título: As relações mente-corpo sob a perspectiva do narcisismo Local: Sala EAutores: Walter Lisboa Oliveira e Avelino Coord.: Semíramis Deusdedith T. Bastos (RS)Luiz Rodrigues004 - Título - Expressão Psicossomática da 009 - Título: Coração partido Infertilidade conjugal compartilhado - Estudo de irmãos de Autoras: Solange Lopes de Souza, Edna crianças cardiopatasSeverino Peters Kahall Autores: Andréa Dórea, Avelino Luiz Rodrigues010 - Título: Revisitando a Retocolite Ulcerativa Inespecífica (RCUI) - estudo de Local: Auditório Antonio Casaccia caso e revisão de literatura.Coord.: Conceição Martins de Lemos (RS) Autores: Tatiana Thaís Martins, Avelino Luiz Rodrigues, Sandra E. B. Roitberg, Maria 005 - Título: A Caixa Lúdica Old- Abigail de Sousa & Andrés E. A. Antúnez. Possibilidades Psicodiagnósticas 011 - Título: Síndrome de Takotsubo: Autora: Liliana Cremaschi Leonardi Quando o estresse emocional faz partir o 006 - Título: Sintomas depressivos e coração.composição corporal de idosos e de Autores: Suzana de Albuquerque Paiva, pacientes com doença pulmonar obstrutiva Henrique Min Ho Lee, Joel Sales Gigliocrônica (Dpoc) 012 - Título: Proposta de intervenção na Autores: Patrícia Érika de Melo Marinho, abordagem cognitivo-comportamental em Ricardo Oliveira Guerra, Célia Maria pessoas que vivem com HIV/AidsBarbosa Castro, Maria Cristina Raposo F. Autores: Grazielly Giovelli, Prisla Calvetti, Raposo, Arméle Dornelas de Andrade. Gabriel Gauer, Jamille Moraes, Ananda Pinto e Alice Martines

Mesa redonda: DISFUNÇÃO DA SEXUALIDADE: QUANDO MEDICAR?Coordenadora: Lidia Heckert Carneiro (RJ)Local: Teatro Lupicínio RodriguesApresentadores:• Jaqueline Brendler (RS) - Drogas pró-sexuais e anti-sexuais: o que os profissionais da saúde devem saber• José Carlos Riechelmann (SP) - A dinâmica do casal Mulher Vagínica/Homem Disfuncional18h às 19h30 – APRESENTAÇÃO DE TEMAS LIVRES

16h às 16h30 – Intervalo16h30 às 18h – MESAS REDONDASMesa redonda: O ADOECER NA CONTEMPORANEIDADELocal: Auditório Antonio CasacciaCoordenador: Luiz Gonzaga da Silva (RN)Apresentadores:• Avelino Luiz Rodrigues (SP) - O transtorno do pânico e a sociedade• Ceres Gomes Victora (RS) - Adoecer sob uma perspectiva sociológica• Júlio César Walz (RS) - O transtorno bipolar e a sociedadeMesa redonda: AS CONTRIBUIÇÕES DA PESQUISA EM PSICOSSOMÁTICALocal: Sala BCoordenador: Horácio Chicota (SC)Apresentadores:• Elisa Maria Parahyba Campos (SP) - A Pesquisa em Psicooncologia e suas correlações com a Psicossomática• Esdras Guerreiro Vasconcellos (SP) - Novos Paradigmas para a Pesquisa Psicossomática• Margareth da Silva Oliveira (RS) - Perspectivas atuais das Pesquisas em Psicossomática no RSMesa redonda: SAÚDE E ESPIRITUALIDADELocal: Sala E Coordenadora: Márcia Luconi Viana (RS)Apresentadores:• Evilázio Borges Teixeira (RS) - Espiritualidade e Técnica: as coisas que estão por detrás das coisas• Franklin Antonio Ribeiro (SP) - Espiritualidade e a SaúdeMesa redonda: A BOCA NA PERSPECTIVA DA PSICOSSOMÁTICALocal: Sala DCoordenadora: Lorete Maria da Silva Kotze (PR)Apresentadores:• Jussara Diffini Santa Maria (RS) - Na Boca – os desafios e as possibilidades de cura da alma• Lucília Kunde (RS) - Dentes, Saúde, Percepção de SiMesa redonda: A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO BINÔMIO SAÚDE/DOENÇALocal: Sala CCoordenador: Victor Hugo Belardinelli (RS)Apresentadores:• José Vitor Zir (RS) - Quando a família adoece• Isabel Kasper (RS) - Refeições em família: benefícios para Saúde• Vera Beatris Martins (RS) - Família: alicerce na ressignificação do viver

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Local: Teatro Lupicinio Rodrigues 007 - Título: Subtratamento da Coord.: Juliana Dors Tigre da Silva (RS) sintomatologia depressiva entre idosos residentes em instituições de longa 001 - Título: O sintoma de automutilação permanência e na comunidadecomo expressão da angústia de Autores: Patrícia Érika de Melo Marinho, aniquilação Keyla P.B. Melo, Amanda D. Apolinário, Autora: Adriana Vilano Dinamarco Emanuelle Bezerra, Júlia Freitas, Diógenes 002 - Título: Reflexões acerca das neuroses M. Melo, Ricardo Oliveira Guerra, PhD., atuais na era dos Transtornos Arméle Dornelas de Andrade,Somatoformes 008 - Título: As emoções na Terceira IdadeAutores: Iolanda Risso; Avelino Luiz Autor: Victor Hugo BelardinelliRodrigues003 - Título: As relações mente-corpo sob a perspectiva do narcisismo Local: Sala EAutores: Walter Lisboa Oliveira e Avelino Coord.: Semíramis Deusdedith T. Bastos (RS)Luiz Rodrigues004 - Título - Expressão Psicossomática da 009 - Título: Coração partido Infertilidade conjugal compartilhado - Estudo de irmãos de Autoras: Solange Lopes de Souza, Edna crianças cardiopatasSeverino Peters Kahall Autores: Andréa Dórea, Avelino Luiz Rodrigues010 - Título: Revisitando a Retocolite Ulcerativa Inespecífica (RCUI) - estudo de Local: Auditório Antonio Casaccia caso e revisão de literatura.Coord.: Conceição Martins de Lemos (RS) Autores: Tatiana Thaís Martins, Avelino Luiz Rodrigues, Sandra E. B. Roitberg, Maria 005 - Título: A Caixa Lúdica Old- Abigail de Sousa & Andrés E. A. Antúnez. Possibilidades Psicodiagnósticas 011 - Título: Síndrome de Takotsubo: Autora: Liliana Cremaschi Leonardi Quando o estresse emocional faz partir o 006 - Título: Sintomas depressivos e coração.composição corporal de idosos e de Autores: Suzana de Albuquerque Paiva, pacientes com doença pulmonar obstrutiva Henrique Min Ho Lee, Joel Sales Gigliocrônica (Dpoc) 012 - Título: Proposta de intervenção na Autores: Patrícia Érika de Melo Marinho, abordagem cognitivo-comportamental em Ricardo Oliveira Guerra, Célia Maria pessoas que vivem com HIV/AidsBarbosa Castro, Maria Cristina Raposo F. Autores: Grazielly Giovelli, Prisla Calvetti, Raposo, Arméle Dornelas de Andrade. Gabriel Gauer, Jamille Moraes, Ananda Pinto e Alice Martines

Mesa redonda: DISFUNÇÃO DA SEXUALIDADE: QUANDO MEDICAR?Coordenadora: Lidia Heckert Carneiro (RJ)Local: Teatro Lupicínio RodriguesApresentadores:• Jaqueline Brendler (RS) - Drogas pró-sexuais e anti-sexuais: o que os profissionais da saúde devem saber• José Carlos Riechelmann (SP) - A dinâmica do casal Mulher Vagínica/Homem Disfuncional18h às 19h30 – APRESENTAÇÃO DE TEMAS LIVRES

16h às 16h30 – Intervalo16h30 às 18h – MESAS REDONDASMesa redonda: O ADOECER NA CONTEMPORANEIDADELocal: Auditório Antonio CasacciaCoordenador: Luiz Gonzaga da Silva (RN)Apresentadores:• Avelino Luiz Rodrigues (SP) - O transtorno do pânico e a sociedade• Ceres Gomes Victora (RS) - Adoecer sob uma perspectiva sociológica• Júlio César Walz (RS) - O transtorno bipolar e a sociedadeMesa redonda: AS CONTRIBUIÇÕES DA PESQUISA EM PSICOSSOMÁTICALocal: Sala BCoordenador: Horácio Chicota (SC)Apresentadores:• Elisa Maria Parahyba Campos (SP) - A Pesquisa em Psicooncologia e suas correlações com a Psicossomática• Esdras Guerreiro Vasconcellos (SP) - Novos Paradigmas para a Pesquisa Psicossomática• Margareth da Silva Oliveira (RS) - Perspectivas atuais das Pesquisas em Psicossomática no RSMesa redonda: SAÚDE E ESPIRITUALIDADELocal: Sala E Coordenadora: Márcia Luconi Viana (RS)Apresentadores:• Evilázio Borges Teixeira (RS) - Espiritualidade e Técnica: as coisas que estão por detrás das coisas• Franklin Antonio Ribeiro (SP) - Espiritualidade e a SaúdeMesa redonda: A BOCA NA PERSPECTIVA DA PSICOSSOMÁTICALocal: Sala DCoordenadora: Lorete Maria da Silva Kotze (PR)Apresentadores:• Jussara Diffini Santa Maria (RS) - Na Boca – os desafios e as possibilidades de cura da alma• Lucília Kunde (RS) - Dentes, Saúde, Percepção de SiMesa redonda: A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO BINÔMIO SAÚDE/DOENÇALocal: Sala CCoordenador: Victor Hugo Belardinelli (RS)Apresentadores:• José Vitor Zir (RS) - Quando a família adoece• Isabel Kasper (RS) - Refeições em família: benefícios para Saúde• Vera Beatris Martins (RS) - Família: alicerce na ressignificação do viver

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Local: Sala BCoord.: Patrícia Lambert (RS)013 - Título: Sintomas de depressão, suporte social, qualidade de vida e adesão 019 - Título: Psicoeducação em grupos de em pessoas que vivem com HIV/Aids par mãe/bebê no SUS Uma lacuna a ser Autores: Prisla Calvetti, Grazielly Giovelli, preenchida pela PsicologiaGabriel José Chittó Gauer e Clarissa Autor: Osvaldo AmorimTrevisan da Rosa 020 - Título: Obesidade Infantil: Estudo de 014 - Título: O emocional no adoecer e o Casoadoecer feminino: lúpus, perdas e a Autores: Ana Rosa Gliber, Avelino Luiz construção discursiva da doença RodriguesAutora: Nadia Regina Loureiro de Barros Lima015 - Título: “A Alexitimia e a experiência Local: Sala Dda emoção em Rogers: Uma investigação Coord.: Andréa Simone Lanza Corrêa (RS)fenomenológica da negação de sentimentos em doenças 021 - Título: O Legado de Georg Groddeck cardiovasculares.” – Genuinidade e Originalidade.Autora: Gabrielle Leite Silveira Autora: Maria Consuelo da Costa Oliveira e Co-autor: Antônio Angelo Favaro Coppe Silva.016 - Título: Espiritualidade, Ansiedade, 022 - Título: Estudo dos traços histéricos Depressão e Estresse no Pós Infarto do em pacientes portadores de crises não Miocárdio epiléticas psicogênicasAutora: Rosa Cecilia Pietrobon Autores: Elaine Cristina Guater; Avelino Luiz Rodrigues023 - Título: Descoberta do significado da Local: Sala C doença. Significados e sentidos da doença Coord.: Francine Flondero (RS) na vida do herói cotidiano.Autora: Denise Amorelli Silveira017 - Título: O acompanhamento contínuo 024 - Título: Psicossomática e Psicanálise: do parto como agente no alívio da dor. uma história em busca de sentidos.Autoras: Camila Louise Baena Ferreira, Autores: Guilherme Borges Valente, Avelino Carolina Mainnes Horn, Maria Aparecida Luiz Rodrigues.Crepaldi, Zaira Aparecida de Oliveira Custódio

018 - Título: Estudo da dinâmica do casal durante o tratamento do conjugue com Insuficiência Renal Crônica.Autora: Claudia Cássia Oliveira

19h30 às 20h30 – CONFERÊNCIAS• Psicossomática Organizacional: o desafio da revelação das emoçõesAna Cristina Limongi França (SP)Coordenadora: Maria Regina Morales (RS)Local: Sala E• Experiência de Quase Morte e a Origem da Consciência - Franklin Antonio Ribeiro (SP)Coordenadora: Marisa Campio Müller (RS)Local: Teatro Lupicínio Rodrigues21h – JANTAR DE CONFRATERNIZAÇÃO (por adesão)

01 de maio de 2010 (sábado)8h30 às 10h – MESAS REDONDASMesa redonda: DOR CRÔNICA: DA MEDICAÇÃO AOS ASPECTOS PSICOSSOCIAISLocal: Sala BCoordenador: Nilson May (RS)Apresentadores:• Ricardo Moacir Silva (RS) – A Dor no Câncer• Felipe de Medeiros Tavares (RJ) - Tratamento medicamentoso da Dor Crônica• Norton Caldeira (MG) - Dor Crônica, Mal da CivilizaçãoMesa redonda: O TRABALHO COMO FONTE DE PRAZER E RECONHECIMENTOLocal: Sala CCoordenadora: Carolina Cavalcanti Henriques (PE)Apresentadores:• Claudia Sirangelo Eccel (RS): Qualidade de Vida no Trabalho: apresentação do programa multidimensional de saúde• Fernando Andreatta Torelly (RS) - Trabalho, resultados e valorização das pessoas• Ieda Rhoden (RS) - O autodesenvolvimento, trabalho e organizaçõesMesa redonda: ESPIRITUALIDADE – O QUE AS PESQUISAS APONTAMLocal: Sala ECoordenadora: Leda Delmondes Maria Freitas Trindade (SE)Apresentadores:• Jeverson Rogério Costa Reichow (SC) – Espiritualidade e Consciência: pesquisas atuais e suas implicações• Julio Peres (SP) – A busca do sentido e a superação do trauma• Leda Lísia Portal (RS) - Espiritualidade e Educação: repercussões significativas na ressignificação da realidade educacional.Mesa redonda: QUANDO A DOR DO CORAÇÃO EXISTELocal: Sala F Coordenador: Francisco Barbosa Neto (RJ)Apresentadores:• Leandro Ioschpe Zimerman (RS) – Morte Súbita• Márcia Pereira de Holanda Roque Pires (CE) – A Síndrome do Coração Partido• Sandra Mari Barbiero (RS) – Vou ter que mudar a esta altura da vida?Mesa redonda: A LINGUAGEM DOS SINTOMAS E A FÍSICA QUÂNTICALocal: Auditório Antonio Casaccia Coordenador: Wilson Oliveira Junior (PE)Apresentadores:• Denise Gimenez Ramos (SP) – A transdução dos sintomas: entre o Símbolo e o Placebo• João Bernardes da Rocha Filho (RS) – Aspectos metafísicos da Informação e a Psicossomática

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Local: Sala BCoord.: Patrícia Lambert (RS)013 - Título: Sintomas de depressão, suporte social, qualidade de vida e adesão 019 - Título: Psicoeducação em grupos de em pessoas que vivem com HIV/Aids par mãe/bebê no SUS Uma lacuna a ser Autores: Prisla Calvetti, Grazielly Giovelli, preenchida pela PsicologiaGabriel José Chittó Gauer e Clarissa Autor: Osvaldo AmorimTrevisan da Rosa 020 - Título: Obesidade Infantil: Estudo de 014 - Título: O emocional no adoecer e o Casoadoecer feminino: lúpus, perdas e a Autores: Ana Rosa Gliber, Avelino Luiz construção discursiva da doença RodriguesAutora: Nadia Regina Loureiro de Barros Lima015 - Título: “A Alexitimia e a experiência Local: Sala Dda emoção em Rogers: Uma investigação Coord.: Andréa Simone Lanza Corrêa (RS)fenomenológica da negação de sentimentos em doenças 021 - Título: O Legado de Georg Groddeck cardiovasculares.” – Genuinidade e Originalidade.Autora: Gabrielle Leite Silveira Autora: Maria Consuelo da Costa Oliveira e Co-autor: Antônio Angelo Favaro Coppe Silva.016 - Título: Espiritualidade, Ansiedade, 022 - Título: Estudo dos traços histéricos Depressão e Estresse no Pós Infarto do em pacientes portadores de crises não Miocárdio epiléticas psicogênicasAutora: Rosa Cecilia Pietrobon Autores: Elaine Cristina Guater; Avelino Luiz Rodrigues023 - Título: Descoberta do significado da Local: Sala C doença. Significados e sentidos da doença Coord.: Francine Flondero (RS) na vida do herói cotidiano.Autora: Denise Amorelli Silveira017 - Título: O acompanhamento contínuo 024 - Título: Psicossomática e Psicanálise: do parto como agente no alívio da dor. uma história em busca de sentidos.Autoras: Camila Louise Baena Ferreira, Autores: Guilherme Borges Valente, Avelino Carolina Mainnes Horn, Maria Aparecida Luiz Rodrigues.Crepaldi, Zaira Aparecida de Oliveira Custódio

018 - Título: Estudo da dinâmica do casal durante o tratamento do conjugue com Insuficiência Renal Crônica.Autora: Claudia Cássia Oliveira

19h30 às 20h30 – CONFERÊNCIAS• Psicossomática Organizacional: o desafio da revelação das emoçõesAna Cristina Limongi França (SP)Coordenadora: Maria Regina Morales (RS)Local: Sala E• Experiência de Quase Morte e a Origem da Consciência - Franklin Antonio Ribeiro (SP)Coordenadora: Marisa Campio Müller (RS)Local: Teatro Lupicínio Rodrigues21h – JANTAR DE CONFRATERNIZAÇÃO (por adesão)

01 de maio de 2010 (sábado)8h30 às 10h – MESAS REDONDASMesa redonda: DOR CRÔNICA: DA MEDICAÇÃO AOS ASPECTOS PSICOSSOCIAISLocal: Sala BCoordenador: Nilson May (RS)Apresentadores:• Ricardo Moacir Silva (RS) – A Dor no Câncer• Felipe de Medeiros Tavares (RJ) - Tratamento medicamentoso da Dor Crônica• Norton Caldeira (MG) - Dor Crônica, Mal da CivilizaçãoMesa redonda: O TRABALHO COMO FONTE DE PRAZER E RECONHECIMENTOLocal: Sala CCoordenadora: Carolina Cavalcanti Henriques (PE)Apresentadores:• Claudia Sirangelo Eccel (RS): Qualidade de Vida no Trabalho: apresentação do programa multidimensional de saúde• Fernando Andreatta Torelly (RS) - Trabalho, resultados e valorização das pessoas• Ieda Rhoden (RS) - O autodesenvolvimento, trabalho e organizaçõesMesa redonda: ESPIRITUALIDADE – O QUE AS PESQUISAS APONTAMLocal: Sala ECoordenadora: Leda Delmondes Maria Freitas Trindade (SE)Apresentadores:• Jeverson Rogério Costa Reichow (SC) – Espiritualidade e Consciência: pesquisas atuais e suas implicações• Julio Peres (SP) – A busca do sentido e a superação do trauma• Leda Lísia Portal (RS) - Espiritualidade e Educação: repercussões significativas na ressignificação da realidade educacional.Mesa redonda: QUANDO A DOR DO CORAÇÃO EXISTELocal: Sala F Coordenador: Francisco Barbosa Neto (RJ)Apresentadores:• Leandro Ioschpe Zimerman (RS) – Morte Súbita• Márcia Pereira de Holanda Roque Pires (CE) – A Síndrome do Coração Partido• Sandra Mari Barbiero (RS) – Vou ter que mudar a esta altura da vida?Mesa redonda: A LINGUAGEM DOS SINTOMAS E A FÍSICA QUÂNTICALocal: Auditório Antonio Casaccia Coordenador: Wilson Oliveira Junior (PE)Apresentadores:• Denise Gimenez Ramos (SP) – A transdução dos sintomas: entre o Símbolo e o Placebo• João Bernardes da Rocha Filho (RS) – Aspectos metafísicos da Informação e a Psicossomática

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Mesa redonda: A PSICOTERAPIA DO PACIENTE PSICOSSOMÁTICOLocal: Teatro Lupicínio Rodrigues Coordenadora: Solange Lopes de Souza (SP)Apresentadores: Geraldo Caldeira (MG) e Julio de Mello Filho (RJ)Mesa redonda: E SE A CHAMA SE APAGAR...? BURNOUT EM PSICÓLOGOS.Local: Sala G Coordenador: Esdras Guerreiro Vasconcellos (SP)Apresentadores:• Fernando Antonio da Mata (SP) – Cuidando o Cuidador• Maria Celeste de Almeida (SP) – O que é Burnout e como medí-lo?• Mônica de Lurdes Leoni Carteiro (SP) – Burnout afeta os psicólogos também?

11h às 12h30 – APRESENTAÇÃO DE TEMAS LIVRES

10h às 11h – APRESENTAÇÃO DE LIVROS E SESSÃO DE AUTÓGRAFOS• Trauma e Superação: o que a Psicologia, a Neurociência e a Espiritualidade ensinam – Júlio Peres (SP)• Envelhecimento e Institucionalização: construindo uma História de Pesquisas - Marcus Vinicius de Mello Pinto e Felipe de Medeiros Tavares• O dia em que Che Guevara e Winnicott se encontraram - Sergio Antonio Belmont• Educação estética,imaginário e arteterapia - Graciela Ormezzano - Ed. Wak, 2009.• O desejo Perverso - CMC Editora, 2008 - Mario Fleig

032 - Título: Estresse e trabalho hospitalar: 039 - Título - O Psicodiagnóstico da mãe de uma abordagem biopsicossocial uma paciente com queixa dermatológica Autora: Andréa Simone Lanza Corrêa (Dermatite Atópica)Autores: Milena Rindeika, Avelino Luiz Rodrigues, Sandra E. B. Roitberg, Maria Abigail Local: Sala E de Sousa, Aline Basaglia & Andrés AguirreCoord.: Juliana Dors Tigre da Silva (RS)033 - Título - Mapa do corpo: formas de Local: Sala B revelar o somático e retornar ao simbólico Coord.: Conceição Martins de Lemos (RS)Autora: Luana Maribele Wedekin034 - Título - Transtorno de Estresse Pós 040 - Título - A vivência subjetiva do cuidar: Traumático: Possibilidades de Diagnóstico um estudo sobre a síndrome de Burnout e Tratamento Psicossomáticos por meio da em cuidadores domiciliaresPsicoterapia Corporal Neoreichiana. Autores: Ivete de Souza Yavo, Elisa Maria Autor: Périsson Dantas do Nascimento Parahyba Campos035 - Título - O corpo em dor: impasses e 041 - Título - Redes domésticas e atenção sentidos na clínica do cotidiano à saúde em tempos de depressãoAutores: Priscila Almeida Rodrigues, Maria Autor: Sandro da Rocha VieiraLúcia Castilho Romera 042 - Título - Um estudo do efeito da 036 - Título - A Dor do corpo como técnica psicoterápica do Sandplay em expressão da dor da Alma pacientes portadores de lúpus eritematoso Autora: Gisele Monza da Silveira sistêmico: uma pesquisa psicossomáticaAutora: Angela de Leão Bley043 - Título - O contexto da interconsulta Local: Sala A como parte constitutiva do atendimento em Coord.: Semíramis Deusdedith T. Bastos (RS) psicologia hospitalarAutor: Ronaldo Lopes Coelho037 - Título - O tratamento pós-cirúrgico interdisciplinar da obesidade mórbida: considerações para intervenção com base Local: Sala C na abordagem psicossomática Coord.: Márcia Luconi Viana (RS)Autora: Maria Adelaide Gallo Ferreira de Camargo 044 - Título - Etiologia motivacional do 038 - Título - Correlação entre qualidade de cuidado estético em mulheres de 35-45 vida, ansiedade e depressão psicológica anos e implicações psicossomáticas em pacientes iniciando programa de reabi- Autores: Maria Luisa Andreola, Horácio litação cardíaca através do Tai Chi Chuan Chikota, Estela Maris GiordaniAutores: Rosane Maria Nery, Rosa Cecilia 045 - Título - Histerectomia e surto psicóticoPietrobon, Maurice Zanini , Juarez N. Autores: Andréa Andrioli, Cecilia Helena Barbisan, Ricardo Stein. Piraino Grandke, Jussara de Godói, Viviane Vanessa dos Santos

Local: Teatro Lupicínio Rodrigues 028 - Título - A Promoção da Qualidade do Viver em Final de Vida: Relato de Coord.: Patrícia Lambert (RS) Experiência em Cuidados Paliativos.Autores: Aline dos Santos Duarte, Tábata 025 - Título - Abordagem simbólica do de Cavatáadoecer no tratamento de pacientes com Diabetes Mellitus tipo IIAutores: Tania Cristina de Oliveira Valente, Local: Auditório Antonio CasacciaJoel Sales Giglio Coord.: Francine Flondero (RS)026 - Título - Psicodermatologia: aspectos psicossociais e qualidade de vida em 029 - Título - A visão da abordagem pacientes com dermatoses centrada na pessoa e sua relação com a Autores: Tatiana Helena José Facchin, Júlia PsicossomáticaGaertner Geyer, Leonardo Machado da Silva, Autora: Carmen Licia Couto LindenLuciana Silveira Hauber, Luciana Balestrin 030 - Título - O vínculo terapêutico como Redivo, Marisa Campio Müller, Martha Wallig contenção do desamparo que acompanha Brusius Ludwig, Prisla Ücker Calvetti o adoecimento e a morte027 - Título - Humanização hospitalar: o Autora: Christine Christmanntrabalho médico avaliado por quem o faz 031 - Título - LER/DORT: uma abordagem Autores: Eduardo Goldenstein, Marlise PsicossomaticaAparecida Bassani Autora: Carmen Licia Linden

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Mesa redonda: A PSICOTERAPIA DO PACIENTE PSICOSSOMÁTICOLocal: Teatro Lupicínio Rodrigues Coordenadora: Solange Lopes de Souza (SP)Apresentadores: Geraldo Caldeira (MG) e Julio de Mello Filho (RJ)Mesa redonda: E SE A CHAMA SE APAGAR...? BURNOUT EM PSICÓLOGOS.Local: Sala G Coordenador: Esdras Guerreiro Vasconcellos (SP)Apresentadores:• Fernando Antonio da Mata (SP) – Cuidando o Cuidador• Maria Celeste de Almeida (SP) – O que é Burnout e como medí-lo?• Mônica de Lurdes Leoni Carteiro (SP) – Burnout afeta os psicólogos também?

11h às 12h30 – APRESENTAÇÃO DE TEMAS LIVRES

10h às 11h – APRESENTAÇÃO DE LIVROS E SESSÃO DE AUTÓGRAFOS• Trauma e Superação: o que a Psicologia, a Neurociência e a Espiritualidade ensinam – Júlio Peres (SP)• Envelhecimento e Institucionalização: construindo uma História de Pesquisas - Marcus Vinicius de Mello Pinto e Felipe de Medeiros Tavares• O dia em que Che Guevara e Winnicott se encontraram - Sergio Antonio Belmont• Educação estética,imaginário e arteterapia - Graciela Ormezzano - Ed. Wak, 2009.• O desejo Perverso - CMC Editora, 2008 - Mario Fleig

032 - Título: Estresse e trabalho hospitalar: 039 - Título - O Psicodiagnóstico da mãe de uma abordagem biopsicossocial uma paciente com queixa dermatológica Autora: Andréa Simone Lanza Corrêa (Dermatite Atópica)Autores: Milena Rindeika, Avelino Luiz Rodrigues, Sandra E. B. Roitberg, Maria Abigail Local: Sala E de Sousa, Aline Basaglia & Andrés AguirreCoord.: Juliana Dors Tigre da Silva (RS)033 - Título - Mapa do corpo: formas de Local: Sala B revelar o somático e retornar ao simbólico Coord.: Conceição Martins de Lemos (RS)Autora: Luana Maribele Wedekin034 - Título - Transtorno de Estresse Pós 040 - Título - A vivência subjetiva do cuidar: Traumático: Possibilidades de Diagnóstico um estudo sobre a síndrome de Burnout e Tratamento Psicossomáticos por meio da em cuidadores domiciliaresPsicoterapia Corporal Neoreichiana. Autores: Ivete de Souza Yavo, Elisa Maria Autor: Périsson Dantas do Nascimento Parahyba Campos035 - Título - O corpo em dor: impasses e 041 - Título - Redes domésticas e atenção sentidos na clínica do cotidiano à saúde em tempos de depressãoAutores: Priscila Almeida Rodrigues, Maria Autor: Sandro da Rocha VieiraLúcia Castilho Romera 042 - Título - Um estudo do efeito da 036 - Título - A Dor do corpo como técnica psicoterápica do Sandplay em expressão da dor da Alma pacientes portadores de lúpus eritematoso Autora: Gisele Monza da Silveira sistêmico: uma pesquisa psicossomáticaAutora: Angela de Leão Bley043 - Título - O contexto da interconsulta Local: Sala A como parte constitutiva do atendimento em Coord.: Semíramis Deusdedith T. Bastos (RS) psicologia hospitalarAutor: Ronaldo Lopes Coelho037 - Título - O tratamento pós-cirúrgico interdisciplinar da obesidade mórbida: considerações para intervenção com base Local: Sala C na abordagem psicossomática Coord.: Márcia Luconi Viana (RS)Autora: Maria Adelaide Gallo Ferreira de Camargo 044 - Título - Etiologia motivacional do 038 - Título - Correlação entre qualidade de cuidado estético em mulheres de 35-45 vida, ansiedade e depressão psicológica anos e implicações psicossomáticas em pacientes iniciando programa de reabi- Autores: Maria Luisa Andreola, Horácio litação cardíaca através do Tai Chi Chuan Chikota, Estela Maris GiordaniAutores: Rosane Maria Nery, Rosa Cecilia 045 - Título - Histerectomia e surto psicóticoPietrobon, Maurice Zanini , Juarez N. Autores: Andréa Andrioli, Cecilia Helena Barbisan, Ricardo Stein. Piraino Grandke, Jussara de Godói, Viviane Vanessa dos Santos

Local: Teatro Lupicínio Rodrigues 028 - Título - A Promoção da Qualidade do Viver em Final de Vida: Relato de Coord.: Patrícia Lambert (RS) Experiência em Cuidados Paliativos.Autores: Aline dos Santos Duarte, Tábata 025 - Título - Abordagem simbólica do de Cavatáadoecer no tratamento de pacientes com Diabetes Mellitus tipo IIAutores: Tania Cristina de Oliveira Valente, Local: Auditório Antonio CasacciaJoel Sales Giglio Coord.: Francine Flondero (RS)026 - Título - Psicodermatologia: aspectos psicossociais e qualidade de vida em 029 - Título - A visão da abordagem pacientes com dermatoses centrada na pessoa e sua relação com a Autores: Tatiana Helena José Facchin, Júlia PsicossomáticaGaertner Geyer, Leonardo Machado da Silva, Autora: Carmen Licia Couto LindenLuciana Silveira Hauber, Luciana Balestrin 030 - Título - O vínculo terapêutico como Redivo, Marisa Campio Müller, Martha Wallig contenção do desamparo que acompanha Brusius Ludwig, Prisla Ücker Calvetti o adoecimento e a morte027 - Título - Humanização hospitalar: o Autora: Christine Christmanntrabalho médico avaliado por quem o faz 031 - Título - LER/DORT: uma abordagem Autores: Eduardo Goldenstein, Marlise PsicossomaticaAparecida Bassani Autora: Carmen Licia Linden

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13h às 14h30 - MESAS REDONDASMesa redonda: OS DISFARCES DA DEPRESSÃO NOS CICLOS DA VIDALocal: Sala B Coordenadora: Danielle Caroline Maciel Nascimento (MG)Apresentadores:• Sônia Bredemeier (RS) - A depressão na Terceira Idade• Franklin Antonio Ribeiro (SP) - A depressão na Vida Adulta• Maria Lucrécia Scherer Zavaschi (RS) - A depressão na Infância e na AdolescênciaMesa redonda: ALEXITIMIA E O PACIENTE PSICOSSOMÁTICOLocal: Teatro Lupicínio Rodrigues Coordenadora: Marisa Campio Muller (RS)Apresentadores:• Avelino Luiz Rodrigues (SP) - Reflexões críticas sobre o conceito de Alexitimia em Psicossomática• Samuel Hulak (PE) - Alexitimia e Pseudo Alexitimia - por um diagnóstico diferencialMesa redonda: NOVAS TERAPIAS PARA ANTIGOS PROBLEMASLocal: Sala F Coordenadora: Nadia Regina de Barros Lima (AL)Apresentadores:• Graciela René Ormezzano (RS) - Arteterapia na Saúde• Maria Rosa Spinelli (SP) - Psicoterapias e hipermodernidade - o que mudou?• Silvio Harres (RS) - AcupunturaMesa redonda: ESTRESSE E ALOSTASELocal: Sala E Coordenadora: Charbelle Jaboour (RJ)Apresentadores:• Ariele Araújo Freitas (RS) - Estresse pós-traumático em situações de desastres• Esdras Guerreiro Vasconcellos (SP) - A psiconeuroimunologia do estresse• Moisés Evandro Bauer (RS) - O papel do estresse crônico na imunossenescênciaMesa redonda: AS EMOÇÕES NA RELAÇÃO TERAPEUTA-PACIENTELocal: Auditório Antonio CasacciaCoordenador: Sebastião Vidigal (MG)Apresentadores:• Cecília Helena Grandcke (SP) - A manifestação dos arquétipos na relação terapêutica• Celmo Celeno Porto (GO) - O significado simbólico do coração na prática médicaMesa redonda: WINNICOTT E A NEUROCIÊNCIALocal: Sala CCoordenador: Sergio Antonio Belmont (RJ)Apresentadores:• Geraldo Caldeira (MG) - Winnicott tinha razão, a ciência comprova• Ligia Lima (PE) - Crianças com atraso de desenvolvimento - a importância da terapia ocupacional no cotidiano familiar.• Mônica Marinho (PE) - Bebês de risco: o resgate!

046 - Título - Terapia Psicológica Corporal: 053 - Título - O estágio de convivência no processo de adoção:uma abordagem psicossomática no Período de Adaptação entre Adotando e atendimento clínico grupal a Idosos do Adotantes dentro do Abrigo sob o Olhar da Centro de Referência do Idoso da Zona Abordagem PsicossomáticaNorte de São Paulo - OSS. Autora: Eduarda Coelho TorresAutora: Letícia Taboada 054 - Título - A Contribuição da 047 - Título - Espiritualidade e Aprendizagem de um Instrumento Musical autopercepção de saúde em adultos no para a Criançamunicípio de São Leopoldo/RS Autora: Ana Caroline Paranhos PeresAutores: Tatiane Bagatini, José Roque 055 - Título - Terapia mediada por animais Junges, Marcos Pascoal Pattussi e Saúde Mental: um programa no Centro de Atenção Psicossocial da Infância e Adolescência em Porto AlegreLocal: Sala F Autores: Faraco CB, Pizzinato A, Csordas Coord.: Maria Virgínia Radünz Gonçalves (RS) MC, Moreira MC, Zavaschi MLS,Santos T, Oliveira VLS, Boschetti FL, Menti048 - Título - Conceito de saúde em estudantes de Medicina e PsicologiaAutores: Adriane Maria Moro Mendes, Local: Sala G Estela Maris Giordani Coord.: Elisabete Pretto Savaris (RS)049 - Título - Emoções do fumante na era antitabagista 056 - Título - “Vôo Solo”: psicoterapia Autores: Marc André R. Keppe; Esdras G. grupal breve a enlutadosVasconcellos; Mathilde Neder; Ana Cecília Autores: Janete Maria Ritter, Danielle Dias Marques Ribeiro, Ronalisa Torman050 - Título - A contribuição da astrologia 057 - Título - Incesto humano – entre o real médica para a dependência de álcool e e o simbólicodrogas Autores: Cecilia Helena Piraino Grandke, Autores Andréa Andrioli, Cecilia Helena Eliane Mendes de Oliveira, Jussara de GodóiPiraino Grandke, Maria Angela Sartim, 058 - Título - Prostituição e câncer – estudo Maria de Lourdes Meireles clínico051 - Título - Câncer: A evolução da doença Autores: Andréa Andrioli, Cecilia Helena e a morte de uma psicanalista Piraino Grandke, Maria de Lourdes Autora: Maria Angélica Gabriel Meireles059 - Título - “Recebendo uma notícia dificil: influência desse momento no Local: Sala D enfrentamento da doença.”Coord.: Vera Lúcia Breda (RS) Autor: Fabrício da Silva Castilho052 - Título - Psicossomática e conteúdo oníricoAutores: Maria Tereza Andreola, Adriane Maria Moro Mendes, Horácio Chikota12h30 às 13h - Exposição de Pôsteres com a presença dos autores

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13h às 14h30 - MESAS REDONDASMesa redonda: OS DISFARCES DA DEPRESSÃO NOS CICLOS DA VIDALocal: Sala B Coordenadora: Danielle Caroline Maciel Nascimento (MG)Apresentadores:• Sônia Bredemeier (RS) - A depressão na Terceira Idade• Franklin Antonio Ribeiro (SP) - A depressão na Vida Adulta• Maria Lucrécia Scherer Zavaschi (RS) - A depressão na Infância e na AdolescênciaMesa redonda: ALEXITIMIA E O PACIENTE PSICOSSOMÁTICOLocal: Teatro Lupicínio Rodrigues Coordenadora: Marisa Campio Muller (RS)Apresentadores:• Avelino Luiz Rodrigues (SP) - Reflexões críticas sobre o conceito de Alexitimia em Psicossomática• Samuel Hulak (PE) - Alexitimia e Pseudo Alexitimia - por um diagnóstico diferencialMesa redonda: NOVAS TERAPIAS PARA ANTIGOS PROBLEMASLocal: Sala F Coordenadora: Nadia Regina de Barros Lima (AL)Apresentadores:• Graciela René Ormezzano (RS) - Arteterapia na Saúde• Maria Rosa Spinelli (SP) - Psicoterapias e hipermodernidade - o que mudou?• Silvio Harres (RS) - AcupunturaMesa redonda: ESTRESSE E ALOSTASELocal: Sala E Coordenadora: Charbelle Jaboour (RJ)Apresentadores:• Ariele Araújo Freitas (RS) - Estresse pós-traumático em situações de desastres• Esdras Guerreiro Vasconcellos (SP) - A psiconeuroimunologia do estresse• Moisés Evandro Bauer (RS) - O papel do estresse crônico na imunossenescênciaMesa redonda: AS EMOÇÕES NA RELAÇÃO TERAPEUTA-PACIENTELocal: Auditório Antonio CasacciaCoordenador: Sebastião Vidigal (MG)Apresentadores:• Cecília Helena Grandcke (SP) - A manifestação dos arquétipos na relação terapêutica• Celmo Celeno Porto (GO) - O significado simbólico do coração na prática médicaMesa redonda: WINNICOTT E A NEUROCIÊNCIALocal: Sala CCoordenador: Sergio Antonio Belmont (RJ)Apresentadores:• Geraldo Caldeira (MG) - Winnicott tinha razão, a ciência comprova• Ligia Lima (PE) - Crianças com atraso de desenvolvimento - a importância da terapia ocupacional no cotidiano familiar.• Mônica Marinho (PE) - Bebês de risco: o resgate!

046 - Título - Terapia Psicológica Corporal: 053 - Título - O estágio de convivência no processo de adoção:uma abordagem psicossomática no Período de Adaptação entre Adotando e atendimento clínico grupal a Idosos do Adotantes dentro do Abrigo sob o Olhar da Centro de Referência do Idoso da Zona Abordagem PsicossomáticaNorte de São Paulo - OSS. Autora: Eduarda Coelho TorresAutora: Letícia Taboada 054 - Título - A Contribuição da 047 - Título - Espiritualidade e Aprendizagem de um Instrumento Musical autopercepção de saúde em adultos no para a Criançamunicípio de São Leopoldo/RS Autora: Ana Caroline Paranhos PeresAutores: Tatiane Bagatini, José Roque 055 - Título - Terapia mediada por animais Junges, Marcos Pascoal Pattussi e Saúde Mental: um programa no Centro de Atenção Psicossocial da Infância e Adolescência em Porto AlegreLocal: Sala F Autores: Faraco CB, Pizzinato A, Csordas Coord.: Maria Virgínia Radünz Gonçalves (RS) MC, Moreira MC, Zavaschi MLS,Santos T, Oliveira VLS, Boschetti FL, Menti048 - Título - Conceito de saúde em estudantes de Medicina e PsicologiaAutores: Adriane Maria Moro Mendes, Local: Sala G Estela Maris Giordani Coord.: Elisabete Pretto Savaris (RS)049 - Título - Emoções do fumante na era antitabagista 056 - Título - “Vôo Solo”: psicoterapia Autores: Marc André R. Keppe; Esdras G. grupal breve a enlutadosVasconcellos; Mathilde Neder; Ana Cecília Autores: Janete Maria Ritter, Danielle Dias Marques Ribeiro, Ronalisa Torman050 - Título - A contribuição da astrologia 057 - Título - Incesto humano – entre o real médica para a dependência de álcool e e o simbólicodrogas Autores: Cecilia Helena Piraino Grandke, Autores Andréa Andrioli, Cecilia Helena Eliane Mendes de Oliveira, Jussara de GodóiPiraino Grandke, Maria Angela Sartim, 058 - Título - Prostituição e câncer – estudo Maria de Lourdes Meireles clínico051 - Título - Câncer: A evolução da doença Autores: Andréa Andrioli, Cecilia Helena e a morte de uma psicanalista Piraino Grandke, Maria de Lourdes Autora: Maria Angélica Gabriel Meireles059 - Título - “Recebendo uma notícia dificil: influência desse momento no Local: Sala D enfrentamento da doença.”Coord.: Vera Lúcia Breda (RS) Autor: Fabrício da Silva Castilho052 - Título - Psicossomática e conteúdo oníricoAutores: Maria Tereza Andreola, Adriane Maria Moro Mendes, Horácio Chikota12h30 às 13h - Exposição de Pôsteres com a presença dos autores

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Mesa redonda: PELE E SUAS MANIFESTAÇÕESLocal: Sala A Coordenador: Luiz Gonzaga da Silva (RN)Apresentadores:• Joel Schwartz – (RS) – Psicodermatoses comuns e suas terapêuticas• Martha Wallig Brusius Ludwig. (RS) – Aspectos psicossociais no adoecimento da Pele• Roberto Doglia Azambuja (DF) - Psiconeuroimunologia e PeleMesa redonda: COMUNICAÇÃO: DA SAÚDE AO ADOECIMENTOLocal: Auditório Antonio CasacciaCoordenadora: Janice Hulak (PE)Apresentadores:• Daniel Tornaim Spritzer (RS) – As armadilhas da comunicação na era da Internet• Márcia Benetti (RS) – Jornalismo e Representação da Saúde nas Revistas Semanais de Informação• Maria Schuler (SP) – Palavra: expressão e veículo da Energia de Cura Mesa redonda: COMPULSÕES: O REFLEXO DAS EMOÇÕES NEGATIVASLocal: Sala BCoordenador: Luiz Henrique Milan Novaes (SP)Apresentadores:• Margareth da Silva Oliveira (RS) - Impulsividade e compulsão por comprar• Maria Angélica Nunes (RS) – Compulsão Alimentar• Sérgio de Paula Ramos (RS) - Álcool e outras drogasMesa redonda: FELICIDADE: UMA QUESTÃO DE QUALIDADE OU ESTILO DE VIDA?Local: Sala CCoordenador: Bernardo Trespalacios (PE)Apresentadores:• Angela Tramontini (RS) - Felicidade: o que és afinal?• Wilson Oliveira Junior (PE) - Qual o impacto das emoções positivas na prevenção das doenças cardiovasculares?Mesa redonda: CORPO: EXISTÊNCIA E EXPERIÊNCIALocal: Sala GCoordenadora: Márcia Luconi Viana (RS)Apresentadores:• Marli Kath Sattler (RS) - Erotização Infantil• Mário Fleig (RS) – O Corpo Real e o Corpo Simbólico

Mesa redonda: OS VÁRIOS OLHARES DA PSICOSSOMÁTICALocal: Sala FCoordenadora: Roseli Bello Ribeiro (MA)Apresentadores:• Francisco Barbosa Neto (RJ) – Medicina Psicossomática e a Educação Médica para o Século XXI: o desafio de aprender a aprender• Nair Pontes (SP) – Desatar os nós para sermos nós.• Ricardo Lopes da Cruz (RJ) – Relação Médico-Paciente no Século XXI: Balint ou House?14h30 às 16h30 – CURSOS

CURSO 1 – Módulo 2 - 120 lugares CURSO 4 – Módulo 2 - 65 lugaresPsicossomática e Psicooncologia – Psicossomática Analítica – Denise Elisa Maria Parahyba Campos (SP) e Amorelli (SP)Maria Margarida Carvalho (Magui) (SP) Local: Sala FLocal: Auditório Antonio Casaccia CURSO 5 – Módulo 2 - 300 lugaresCURSO 2 – Módulo 2 - 70 lugares Trauma e Superação: o que a Psicossomática Psicocardiologia – Psicologia, a Neurociência e a Conceição Maria Lemos (RS) e Rosa Espiritualidade ensinam – Julio Peres Cecília Pietrobon (RS) (SP)Local: Sala C Local: Teatro Lupicínio RodriguesCURSO 3 – Módulo 2 - 65 lugares CURSO 6 - 70 lugaresPsicossomática e Psicodermatologia – Psicossomática e Psicanálise – Décio Tatiana José Facchin (RS) e Roberto Tenembaum (RJ)Doglia Azambuja (DF) Local: Sala G Local: Sala D CURSO 7 - 200 lugaresEncontro Clínico - núcleo luminoso das profissões - Celmo Celeno Porto (GO)Local: Sala E 16h30 às 18h – MESAS REDONDAS:Mesa redonda: A ABORDAGEM DA PSICOSSOMÁTICA NA SAÚDE PÚBLICALocal: Sala E Coordenador: Fausto Amarante (ES)Apresentadores:• José Carlos Riechelmann (SP) - Psicossomática e Humanização Hospitalar no SUS• Jussara Cony (RS) - O adoecer na contemporaneidade sob o enfoque da Saúde Pública• Rita de Cássia Souza Lima (MG) - Abordagem Psicossomática no processo de trabalho da atenção primária de saúde: desafio bioético

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Mesa redonda: PELE E SUAS MANIFESTAÇÕESLocal: Sala A Coordenador: Luiz Gonzaga da Silva (RN)Apresentadores:• Joel Schwartz – (RS) – Psicodermatoses comuns e suas terapêuticas• Martha Wallig Brusius Ludwig. (RS) – Aspectos psicossociais no adoecimento da Pele• Roberto Doglia Azambuja (DF) - Psiconeuroimunologia e PeleMesa redonda: COMUNICAÇÃO: DA SAÚDE AO ADOECIMENTOLocal: Auditório Antonio CasacciaCoordenadora: Janice Hulak (PE)Apresentadores:• Daniel Tornaim Spritzer (RS) – As armadilhas da comunicação na era da Internet• Márcia Benetti (RS) – Jornalismo e Representação da Saúde nas Revistas Semanais de Informação• Maria Schuler (SP) – Palavra: expressão e veículo da Energia de Cura Mesa redonda: COMPULSÕES: O REFLEXO DAS EMOÇÕES NEGATIVASLocal: Sala BCoordenador: Luiz Henrique Milan Novaes (SP)Apresentadores:• Margareth da Silva Oliveira (RS) - Impulsividade e compulsão por comprar• Maria Angélica Nunes (RS) – Compulsão Alimentar• Sérgio de Paula Ramos (RS) - Álcool e outras drogasMesa redonda: FELICIDADE: UMA QUESTÃO DE QUALIDADE OU ESTILO DE VIDA?Local: Sala CCoordenador: Bernardo Trespalacios (PE)Apresentadores:• Angela Tramontini (RS) - Felicidade: o que és afinal?• Wilson Oliveira Junior (PE) - Qual o impacto das emoções positivas na prevenção das doenças cardiovasculares?Mesa redonda: CORPO: EXISTÊNCIA E EXPERIÊNCIALocal: Sala GCoordenadora: Márcia Luconi Viana (RS)Apresentadores:• Marli Kath Sattler (RS) - Erotização Infantil• Mário Fleig (RS) – O Corpo Real e o Corpo Simbólico

Mesa redonda: OS VÁRIOS OLHARES DA PSICOSSOMÁTICALocal: Sala FCoordenadora: Roseli Bello Ribeiro (MA)Apresentadores:• Francisco Barbosa Neto (RJ) – Medicina Psicossomática e a Educação Médica para o Século XXI: o desafio de aprender a aprender• Nair Pontes (SP) – Desatar os nós para sermos nós.• Ricardo Lopes da Cruz (RJ) – Relação Médico-Paciente no Século XXI: Balint ou House?14h30 às 16h30 – CURSOS

CURSO 1 – Módulo 2 - 120 lugares CURSO 4 – Módulo 2 - 65 lugaresPsicossomática e Psicooncologia – Psicossomática Analítica – Denise Elisa Maria Parahyba Campos (SP) e Amorelli (SP)Maria Margarida Carvalho (Magui) (SP) Local: Sala FLocal: Auditório Antonio Casaccia CURSO 5 – Módulo 2 - 300 lugaresCURSO 2 – Módulo 2 - 70 lugares Trauma e Superação: o que a Psicossomática Psicocardiologia – Psicologia, a Neurociência e a Conceição Maria Lemos (RS) e Rosa Espiritualidade ensinam – Julio Peres Cecília Pietrobon (RS) (SP)Local: Sala C Local: Teatro Lupicínio RodriguesCURSO 3 – Módulo 2 - 65 lugares CURSO 6 - 70 lugaresPsicossomática e Psicodermatologia – Psicossomática e Psicanálise – Décio Tatiana José Facchin (RS) e Roberto Tenembaum (RJ)Doglia Azambuja (DF) Local: Sala G Local: Sala D CURSO 7 - 200 lugaresEncontro Clínico - núcleo luminoso das profissões - Celmo Celeno Porto (GO)Local: Sala E 16h30 às 18h – MESAS REDONDAS:Mesa redonda: A ABORDAGEM DA PSICOSSOMÁTICA NA SAÚDE PÚBLICALocal: Sala E Coordenador: Fausto Amarante (ES)Apresentadores:• José Carlos Riechelmann (SP) - Psicossomática e Humanização Hospitalar no SUS• Jussara Cony (RS) - O adoecer na contemporaneidade sob o enfoque da Saúde Pública• Rita de Cássia Souza Lima (MG) - Abordagem Psicossomática no processo de trabalho da atenção primária de saúde: desafio bioético

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19h30 às 20h30 - CONFERÊNCIAA PSIQUIATRIA SEM PSIQUE E A MEDICINA COM ALMAConvidado: Abram Eksterman (RJ)Coordendora: Maria Regina Morales (RS)Local: Teatro Lupicínio Rodrigues 20h30 - SOLENIDADE DE ENCERRAMENTO• Agradecimentos, Entrega de Prêmios e Homenagens• Boas Vindas à nova Diretoria da ABMPLocal: Teatro Lupicínio Rodrigues

Local: Sala A Local: Sala GPromoção do vinculo terapêutico na Comportamento de risco em adolescente anamnese mediante a “História da Pessoa” diabéticoCoordenadora: Elisa Parahyba Campos (SP) Coordenador: Leonardo Silva (RS)Apresentadora: Gloria Barra (RJ) Apresentadora: Miriam Burd (RJ)Comentador: Abram Eksterman (RJ) Comentador: Maria Rosa Spinelli (SP)Local: Sala B Local: Sala HSíndrome de Sjögran A Construção do Vínculo no Coordenadora: Eliane Sá Brito (RS) Desenvolvimento HumanoApresentador: Sérgio Antonio Belmont (RJ) Coordenadora: Adriane Vieira (RS)Comentador: Márcia Pereira de Holanda Apresentadora: Concettina Gullo Barbosa (RJ)Roque Pires (CE) Comentador: Wilson Oliveira Junior (PE)Local: Sala C Local: Sala E Corpo: o lugar psíquico do Narcisismo A vida com HIV/AIDS: experiência de Primário? adesão compartilhada com a equipe de Coordenadora: Conceição M. de Lemos (RS) saúdeApresentadora: Coordenadora: Semíramis Deusdedith T. Maria Angélica Pereira do Prado (SP) Bastos (RS)Comentador: Décio Tenembaum (RJ) Apresentadora: Luana Ribeiro (RJ)Comentador: Leda Maria D. F. Trindade (SE)Local: Teatro Lupicínio RodriguesDa Cisão à Integração, da Idealização à Local: Auditório Antonio CasacciaHumanização: aspectos biopsicossociais Fantasia e realidade em um caso de Coordenadora: Juliana Dors Tigre da Silva (RS) HisteriaApresentadora: Sandra Elizabeth B. Roitberg (SP) Coordenadora: Patrícia Lambert (RS)Comentador: Geraldo Caldeira (MG) Apresentadora: Fabianne von Adamovich (RJ)Comentador: Norton Caldeira (MG)Local: Sala FO psicodiagnóstico do paciente com Local: Sala Hqueixa dermatológica (Dermatite Atópica) Maria das Dores: estudo clínicoCoordenadora: Suzel Costamilan Paes (RS) Coordenadora: Ana Roberta Werthien Apresentador: Clayton dos Santos Silva (SP) Cerpa (RS)Comentador: Luiz Gonzaga da Silva (RN) Apresentadora: Márcia L. Viana (RS)Comentador: Samuel Hulak (PE)

001 - Fibromialgia: a dor de um 007 - Serviço Hospital - Lar sofrimento invisível Autores: Lídia Heckert Carneiro e Rosane Autores: Katrina Souza Pereira, Lizete Flores PereiraMacário Costa e Karine Fernandes de Almeida 008 - EMDR como meio de tratamento para dores psicossomáticas002 - Atendimento psicológico com Autores: Thiago Loreto Garcia da Silva, Alice enfoque psicossomático aos pacientes Einloft Brunnet, Marcos Vinícius Vidor, oncológicos e seus familiares Tárcio Soares, Maria Lúcia Andreoli de Autora: Rosane Flores Pereira Morais.003 - Estresse e Enfermagem: Estudos de 009 - Psicodermatologia no Brasil: Uma Caso. Revisão SistemáticaAutores: Juliana Azambuja da Silva, Autores: Prisla Ücker Calvetti, Júlia Jefferson Silva Krug, Cármen Marilei Gaertner Geyer, Leonardo Machado da Gomes Silva, Luciana Balestrin Redivo, Marisa Campio Müller, Martha Wallig Brusius 004 - O olfato e a psicossomática: a Ludwig, Tatiana Helena José Facchin.influência de aromas no eixo psiconeuroendocrinoimunológico 010 - A terminalidade em terapia Autores: Cassandra S. de Lyra e Prof. Dr. intensiva: considerações sobre a Esdras G. Vasconcellos assistência de enfermagem à família do paciente crítico terminal.005 - As relações corporais e Autora: Aline dos Santos Duartepsicoemocionais a partir da percepção da pessoa com fibromialgia em uma 011 - Níveis de Estresse em um grupo de abordagem fisioterapêutica adolescentes grávidas de. Maceió ALAutores: Juliana Lühring e Patrícia Cilene Autores: Divanise Suruagy Correia Maria Freitas Sant'Anna Genelva A Costa Carmem Leda Pradines Lira, Rafaella Rosa de Oliveira Fernandes, 006 - Depressão, estresse pós-natal e Maria Edna Bezerra, Maria Jésia VieirafisiopatologiaAutores: Vivian Liane Mattos Pinto, Paula 012 - Níveis de Ansiedade, Estresse Fontoura Coelho de Souza, Themis Moura Percebido e Suporte Social em pessoas Cardinot, Tatiana Marlowe Cunha Brunini, que vivem com HIV/AidsMarcos Rocha Ferraz, Antonio Claudio Autores: Prisla Calvetti, Grazielly Giovelli Mendes Ribeiro Gabriel José Chittó Gauer, Pedro A. G. Marini e Clarissa Trevisan

RELAÇÃO DE PÔSTERES18h às 19h30 – DISCUSSÃO DE CASOS CLÍNICOS:

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19h30 às 20h30 - CONFERÊNCIAA PSIQUIATRIA SEM PSIQUE E A MEDICINA COM ALMAConvidado: Abram Eksterman (RJ)Coordendora: Maria Regina Morales (RS)Local: Teatro Lupicínio Rodrigues 20h30 - SOLENIDADE DE ENCERRAMENTO• Agradecimentos, Entrega de Prêmios e Homenagens• Boas Vindas à nova Diretoria da ABMPLocal: Teatro Lupicínio Rodrigues

Local: Sala A Local: Sala GPromoção do vinculo terapêutico na Comportamento de risco em adolescente anamnese mediante a “História da Pessoa” diabéticoCoordenadora: Elisa Parahyba Campos (SP) Coordenador: Leonardo Silva (RS)Apresentadora: Gloria Barra (RJ) Apresentadora: Miriam Burd (RJ)Comentador: Abram Eksterman (RJ) Comentador: Maria Rosa Spinelli (SP)Local: Sala B Local: Sala HSíndrome de Sjögran A Construção do Vínculo no Coordenadora: Eliane Sá Brito (RS) Desenvolvimento HumanoApresentador: Sérgio Antonio Belmont (RJ) Coordenadora: Adriane Vieira (RS)Comentador: Márcia Pereira de Holanda Apresentadora: Concettina Gullo Barbosa (RJ)Roque Pires (CE) Comentador: Wilson Oliveira Junior (PE)Local: Sala C Local: Sala E Corpo: o lugar psíquico do Narcisismo A vida com HIV/AIDS: experiência de Primário? adesão compartilhada com a equipe de Coordenadora: Conceição M. de Lemos (RS) saúdeApresentadora: Coordenadora: Semíramis Deusdedith T. Maria Angélica Pereira do Prado (SP) Bastos (RS)Comentador: Décio Tenembaum (RJ) Apresentadora: Luana Ribeiro (RJ)Comentador: Leda Maria D. F. Trindade (SE)Local: Teatro Lupicínio RodriguesDa Cisão à Integração, da Idealização à Local: Auditório Antonio CasacciaHumanização: aspectos biopsicossociais Fantasia e realidade em um caso de Coordenadora: Juliana Dors Tigre da Silva (RS) HisteriaApresentadora: Sandra Elizabeth B. Roitberg (SP) Coordenadora: Patrícia Lambert (RS)Comentador: Geraldo Caldeira (MG) Apresentadora: Fabianne von Adamovich (RJ)Comentador: Norton Caldeira (MG)Local: Sala FO psicodiagnóstico do paciente com Local: Sala Hqueixa dermatológica (Dermatite Atópica) Maria das Dores: estudo clínicoCoordenadora: Suzel Costamilan Paes (RS) Coordenadora: Ana Roberta Werthien Apresentador: Clayton dos Santos Silva (SP) Cerpa (RS)Comentador: Luiz Gonzaga da Silva (RN) Apresentadora: Márcia L. Viana (RS)Comentador: Samuel Hulak (PE)

001 - Fibromialgia: a dor de um 007 - Serviço Hospital - Lar sofrimento invisível Autores: Lídia Heckert Carneiro e Rosane Autores: Katrina Souza Pereira, Lizete Flores PereiraMacário Costa e Karine Fernandes de Almeida 008 - EMDR como meio de tratamento para dores psicossomáticas002 - Atendimento psicológico com Autores: Thiago Loreto Garcia da Silva, Alice enfoque psicossomático aos pacientes Einloft Brunnet, Marcos Vinícius Vidor, oncológicos e seus familiares Tárcio Soares, Maria Lúcia Andreoli de Autora: Rosane Flores Pereira Morais.003 - Estresse e Enfermagem: Estudos de 009 - Psicodermatologia no Brasil: Uma Caso. Revisão SistemáticaAutores: Juliana Azambuja da Silva, Autores: Prisla Ücker Calvetti, Júlia Jefferson Silva Krug, Cármen Marilei Gaertner Geyer, Leonardo Machado da Gomes Silva, Luciana Balestrin Redivo, Marisa Campio Müller, Martha Wallig Brusius 004 - O olfato e a psicossomática: a Ludwig, Tatiana Helena José Facchin.influência de aromas no eixo psiconeuroendocrinoimunológico 010 - A terminalidade em terapia Autores: Cassandra S. de Lyra e Prof. Dr. intensiva: considerações sobre a Esdras G. Vasconcellos assistência de enfermagem à família do paciente crítico terminal.005 - As relações corporais e Autora: Aline dos Santos Duartepsicoemocionais a partir da percepção da pessoa com fibromialgia em uma 011 - Níveis de Estresse em um grupo de abordagem fisioterapêutica adolescentes grávidas de. Maceió ALAutores: Juliana Lühring e Patrícia Cilene Autores: Divanise Suruagy Correia Maria Freitas Sant'Anna Genelva A Costa Carmem Leda Pradines Lira, Rafaella Rosa de Oliveira Fernandes, 006 - Depressão, estresse pós-natal e Maria Edna Bezerra, Maria Jésia VieirafisiopatologiaAutores: Vivian Liane Mattos Pinto, Paula 012 - Níveis de Ansiedade, Estresse Fontoura Coelho de Souza, Themis Moura Percebido e Suporte Social em pessoas Cardinot, Tatiana Marlowe Cunha Brunini, que vivem com HIV/AidsMarcos Rocha Ferraz, Antonio Claudio Autores: Prisla Calvetti, Grazielly Giovelli Mendes Ribeiro Gabriel José Chittó Gauer, Pedro A. G. Marini e Clarissa Trevisan

RELAÇÃO DE PÔSTERES18h às 19h30 – DISCUSSÃO DE CASOS CLÍNICOS:

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013 - Cardiopatia Isquêmica: Olhar 020 - A linguagem empregada no campo Integral conceitual da área de saúde.Autora: Taritza Basler Pereira Autor: Felício Duarte de Souza014 - Grupoterapia cognitivo 021 - A auto-percepção de saúde/doença comportamental nas situações de crise em idosos de 60 a 95 anos, em uma estratégias de coping comunidade do interior do RSAutores: Cristiane Bohn, Fernanda Vieira Autores: Felipe Iatchac, Kátia Cunha, Josivani Santos Mendes Vendrame,Luiza Zselinszky Albrecht,Marianne Farina,Marília Bordin 015 - Grau de stress e perfil Schmidt,Natália Bordin Barbieri,Theodora socioeconômico entre adolescentes Sônigo Búrigo,Irani de Lima Argimongrávidas assistidas por serviços de Saúde no município de Maceió/AL 022 - Gêmeos: Processo de IndividuaçãoAutores: Maria Edna Bezerra da Silva ; Autores: Ananda Warpechowski;Larissa Divanise Suruagy Correia; Tereza Angélica Condesso; Luíza Nogueira;Michele D´Ávila.Lopes de Assis; Luiz Geral da Silva Junior; Layana Silva Lima; Vanessa Estela Ferreira 023 - Rosácea Pustulosa em HomemSilva; Clênia de Lima Gliveira; Allana Autores: Kunrath, S.O.; Kunrath, R.M.v.MJéssica C. Mello Ferreira 024 - A psoríase no contexto psicossomático016 - Avaliação de Stress em Pacientes Autores: Kunrath, S.O.; Kunrath, R.M.v.M.; com Problemas de Pele: Uma Interface Kunrath, M.entre Dermatologia e PsicologiaAutores: Tatiana Helena José Facchin, 025 - Dermatologia e a PsicossomáticaMartha Wallig Brusius Ludwig, Júlia Gaertner Autores: Kunrath, S.O.; Kunrath, R.M.v.M.Geyer, Leonardo Machado da Silva, Luciana Silveira Hauber, Luciana Balestrin Redivo, 026 - O estresse do servidor Marisa Campio Müller, Prisla Ücker Calvetti, penitenciário.Margareth da Silva Oliveira e Ângela Maria Autores: Kunrath, R.M.v.M; Reginato, S.M.; Barbosa Ferreira Gonçalves Rosa, L.T.; Cauduro, R.T.; Brauner, A.C.; Poerner, A.C.; Rotta, G.; Borowski, N.F.; 017 - O Adoecer na Contemporaneidade Góes, R.I.G.; Carniel, S.B.Autora: Sophia Eugênia Vieira 027- Dificuldades do servidor 018 - Avaliação de ansiedade e depressão penitenciário relacionadas aos problemas em pacientes com síndrome metabólica em familiares.um programa de mudança de estilo de vida Autores: R.M.v.M; Reginato, S.M.; Rosa, Autores: Martha Wallig Brusius Ludwig, Ana L.T.; Cauduro, R.T.; Brauner, A.C.; Poerner, Cândida Chiappetta, Catherine Bortolon, A.C.; Rotta, G.; Borowski, N.F.; Góes, R.I.G.; Cristina Sayago, Karen Prisclia Del Rio Carniel, S.B.Szupszynsk, Laura Pordany do Valle, Luciana Bohrer Zanetello, Marcela 028 - O câncer infantil na família sob o Bortolini, Viviane Samoel Rodrigues olhar da psicossomáticaAutores: Denise Beatriz Schulz, Danúbia 019 - Cancelado Lenhart, Paula Betina Pohlmann e Tatiane de Cássia Xavier de Oliveira

029 - TPM: O que a psicossomática tem a Luiz Alexandre Moura Penteado, Jairo nos dizer! Calado Cavalcante Autores: Denise Beatriz Schulz, Danúbia Lenhart, Paula Betina Pohlmann e Tatiane 035 - Equoterapia: construção e de Cássia Xavier de Oliveira validação de metodologia com base em novos paradigmas030 - A medicina psicossomática na Autor: Dr. Péricles Saremba Vieiragraduação escola de medicina e cirurgia unirio 036 - Estresse em períodos precoces do Autores: Carvalho, Ana Cláudia P.; Santos, desenvolvimento: Implicações Neurais e Andreza F²; Belmonte, Terezinha de S. A.¹ ComportamentaisAutores: Mara Terezinha dos Santos, Aniela 031 - Níveis de stress pré e pós-intervenção Prezinkwski, Cármen Marilei Gomesem pacientes com síndrome metabólicaAutores: Martha Wallig Brusius Ludwig, Ana 037- Caracterização dos praticantes da Cândida Chiappetta, Catherine Bortolon, equoterapia do centro gaúcho de Cristina Sayago, Karen Prisclia Del Rio equoterapia Szupszynski, Laura Pordany do Valle, Autores: Michele Fernanda Haack e Ceres Luciana Bohrer Zanetello, Marcela Berger Faraco Bortolini, Viviane Samoel Rodrigues, Lauren Frantz Veronez,Camila Guimarães 038 - A psicossomática e o câncer: Dornelles,Paola Lucena dos Santos possibilidades sobre a grupoterapia numa visão transdisciplinar032 - Adolescentes grávidas: grau de Autores: Elisabete Vallois e Donizete Vago estresse e a presença de biofilme por Daherfaixa etária. Maceió, ALAutores: Dayse Andrade Romão, Sâmia 039 - Doença autoimune: um estudo de Kelly Santana Barros, José Carlos da Silva caso interdisciplinarJunior, Divanise Suruagy Correia, Jairo Autores: Adriano Samuel Wartchow e Flora Calado Cavalcante e Luiz Alexandre Moura Bojunga MatosPenteado 040 - A unicidade em situações psíquicas 033 - Estresse e presença de biofilme e seus correspondentes orgânicos: uma dental em adolescentes grávidas por abordagem terapêutica psicossomáticaclasse socioeconômica. Maceió, AL Autores: Flora Bojunga Mattos, Joice Bispo Autores: José Carlos da Silva Junior, Dayse de Lima e Conceição Soares Beltrão FilhaAndrade Romão, Sâmia Kelly Santana Barros, Divanise Suruagy Correia, Jairo 041 - O paciente renal crônico em Calado Cavalcante, Luiz Alexandre Moura tratamento de hemodiálise: Vida e realidadePenteado, Autores: Danielle Fernandes Rodrigues e Lizete Pontes Macário Costa034 - Vivência com adolescentes grávidas atendidas nas unidades básicas de saúde 042 - Unidade Intensiva em Cardiologia: o de Maceió stress na vida do profissional de Autores: Sâmia Kelly Santana Barros, José enfermagemCarlos da Silva Junior, Dayse Andrade Autores: Janete Alves Araújo e Lizete Romão, Divanise Suruagy Correia, Pontes Macário Costa

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013 - Cardiopatia Isquêmica: Olhar 020 - A linguagem empregada no campo Integral conceitual da área de saúde.Autora: Taritza Basler Pereira Autor: Felício Duarte de Souza014 - Grupoterapia cognitivo 021 - A auto-percepção de saúde/doença comportamental nas situações de crise em idosos de 60 a 95 anos, em uma estratégias de coping comunidade do interior do RSAutores: Cristiane Bohn, Fernanda Vieira Autores: Felipe Iatchac, Kátia Cunha, Josivani Santos Mendes Vendrame,Luiza Zselinszky Albrecht,Marianne Farina,Marília Bordin 015 - Grau de stress e perfil Schmidt,Natália Bordin Barbieri,Theodora socioeconômico entre adolescentes Sônigo Búrigo,Irani de Lima Argimongrávidas assistidas por serviços de Saúde no município de Maceió/AL 022 - Gêmeos: Processo de IndividuaçãoAutores: Maria Edna Bezerra da Silva ; Autores: Ananda Warpechowski;Larissa Divanise Suruagy Correia; Tereza Angélica Condesso; Luíza Nogueira;Michele D´Ávila.Lopes de Assis; Luiz Geral da Silva Junior; Layana Silva Lima; Vanessa Estela Ferreira 023 - Rosácea Pustulosa em HomemSilva; Clênia de Lima Gliveira; Allana Autores: Kunrath, S.O.; Kunrath, R.M.v.MJéssica C. Mello Ferreira 024 - A psoríase no contexto psicossomático016 - Avaliação de Stress em Pacientes Autores: Kunrath, S.O.; Kunrath, R.M.v.M.; com Problemas de Pele: Uma Interface Kunrath, M.entre Dermatologia e PsicologiaAutores: Tatiana Helena José Facchin, 025 - Dermatologia e a PsicossomáticaMartha Wallig Brusius Ludwig, Júlia Gaertner Autores: Kunrath, S.O.; Kunrath, R.M.v.M.Geyer, Leonardo Machado da Silva, Luciana Silveira Hauber, Luciana Balestrin Redivo, 026 - O estresse do servidor Marisa Campio Müller, Prisla Ücker Calvetti, penitenciário.Margareth da Silva Oliveira e Ângela Maria Autores: Kunrath, R.M.v.M; Reginato, S.M.; Barbosa Ferreira Gonçalves Rosa, L.T.; Cauduro, R.T.; Brauner, A.C.; Poerner, A.C.; Rotta, G.; Borowski, N.F.; 017 - O Adoecer na Contemporaneidade Góes, R.I.G.; Carniel, S.B.Autora: Sophia Eugênia Vieira 027- Dificuldades do servidor 018 - Avaliação de ansiedade e depressão penitenciário relacionadas aos problemas em pacientes com síndrome metabólica em familiares.um programa de mudança de estilo de vida Autores: R.M.v.M; Reginato, S.M.; Rosa, Autores: Martha Wallig Brusius Ludwig, Ana L.T.; Cauduro, R.T.; Brauner, A.C.; Poerner, Cândida Chiappetta, Catherine Bortolon, A.C.; Rotta, G.; Borowski, N.F.; Góes, R.I.G.; Cristina Sayago, Karen Prisclia Del Rio Carniel, S.B.Szupszynsk, Laura Pordany do Valle, Luciana Bohrer Zanetello, Marcela 028 - O câncer infantil na família sob o Bortolini, Viviane Samoel Rodrigues olhar da psicossomáticaAutores: Denise Beatriz Schulz, Danúbia 019 - Cancelado Lenhart, Paula Betina Pohlmann e Tatiane de Cássia Xavier de Oliveira

029 - TPM: O que a psicossomática tem a Luiz Alexandre Moura Penteado, Jairo nos dizer! Calado Cavalcante Autores: Denise Beatriz Schulz, Danúbia Lenhart, Paula Betina Pohlmann e Tatiane 035 - Equoterapia: construção e de Cássia Xavier de Oliveira validação de metodologia com base em novos paradigmas030 - A medicina psicossomática na Autor: Dr. Péricles Saremba Vieiragraduação escola de medicina e cirurgia unirio 036 - Estresse em períodos precoces do Autores: Carvalho, Ana Cláudia P.; Santos, desenvolvimento: Implicações Neurais e Andreza F²; Belmonte, Terezinha de S. A.¹ ComportamentaisAutores: Mara Terezinha dos Santos, Aniela 031 - Níveis de stress pré e pós-intervenção Prezinkwski, Cármen Marilei Gomesem pacientes com síndrome metabólicaAutores: Martha Wallig Brusius Ludwig, Ana 037- Caracterização dos praticantes da Cândida Chiappetta, Catherine Bortolon, equoterapia do centro gaúcho de Cristina Sayago, Karen Prisclia Del Rio equoterapia Szupszynski, Laura Pordany do Valle, Autores: Michele Fernanda Haack e Ceres Luciana Bohrer Zanetello, Marcela Berger Faraco Bortolini, Viviane Samoel Rodrigues, Lauren Frantz Veronez,Camila Guimarães 038 - A psicossomática e o câncer: Dornelles,Paola Lucena dos Santos possibilidades sobre a grupoterapia numa visão transdisciplinar032 - Adolescentes grávidas: grau de Autores: Elisabete Vallois e Donizete Vago estresse e a presença de biofilme por Daherfaixa etária. Maceió, ALAutores: Dayse Andrade Romão, Sâmia 039 - Doença autoimune: um estudo de Kelly Santana Barros, José Carlos da Silva caso interdisciplinarJunior, Divanise Suruagy Correia, Jairo Autores: Adriano Samuel Wartchow e Flora Calado Cavalcante e Luiz Alexandre Moura Bojunga MatosPenteado 040 - A unicidade em situações psíquicas 033 - Estresse e presença de biofilme e seus correspondentes orgânicos: uma dental em adolescentes grávidas por abordagem terapêutica psicossomáticaclasse socioeconômica. Maceió, AL Autores: Flora Bojunga Mattos, Joice Bispo Autores: José Carlos da Silva Junior, Dayse de Lima e Conceição Soares Beltrão FilhaAndrade Romão, Sâmia Kelly Santana Barros, Divanise Suruagy Correia, Jairo 041 - O paciente renal crônico em Calado Cavalcante, Luiz Alexandre Moura tratamento de hemodiálise: Vida e realidadePenteado, Autores: Danielle Fernandes Rodrigues e Lizete Pontes Macário Costa034 - Vivência com adolescentes grávidas atendidas nas unidades básicas de saúde 042 - Unidade Intensiva em Cardiologia: o de Maceió stress na vida do profissional de Autores: Sâmia Kelly Santana Barros, José enfermagemCarlos da Silva Junior, Dayse Andrade Autores: Janete Alves Araújo e Lizete Romão, Divanise Suruagy Correia, Pontes Macário Costa

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043 - Avaliação de Compulsão Alimentar, Autores: Martins, VB.; Santana, MG.; Ansiedade e Depressão em Pacientes de Santos, JB..; Brito, ES.; Sehn, FC.; Gadenz, Programas de Redução de Peso SD.; Sbaraini, L.; Macedo, TL.; Sperb, D., Autores: Paola Lucena dos Santos, Martha Fontana, C.Ludwig e Margareth da Silva Oliveira 050 - Visão do paciente oncológico sobre 044 - Avaliação sistematizada da dor em causas de seu adoecimentopessoas com prejuízo cognitivo Autores: Carla Rosana Mannino, Cristiano Autores: Simone Silveira Pasin, Aline dos Pereira de Oliveira, Mateus Luz Santos Duarte, Tábata de Cavatá, Levandowski045 - A relevância da participação do pai 051 - O desafio da adesão ao tratamento na gestação, parto e puerpério: Uma em HIV/Aids: narrativa de vida na revisão de literatura instituição pública de saúdeAutores: Tábata de Cavatá e Aline dos Autores: Lizete Macário Costa; Marli Curi Santos Duarte Goulart e Luana Ribeiro046 - Laringectomizados: Protegendo a 052 - O adoecer em HIV/Aids: uma traqueostomia com estilo experiência educativa para a comunidadeAutores: Martins, VB.; Santana, MG.; Autores: Lizete Macário Costa, Dirce Bonfim Santos, JB.; Brito, ES.; Sehn, FC.; Gadenz, de Lima, Valéria Ribeiro Gomes, Gustavo SD.; Sbaraini, L.; Macedo, TL.; Sperb, D., Albino Pinto Magalhães, Denise das Neves Fontana, C. Sztambok, Carla Alexandra Almeida Salmazo. 047 - Grupo de apoio ao 053 - A adesão ao tratamento e o limite laringectomizado – gala: “Uma visão assistencial em HIV/Aidsinterdisciplinar” Autores: Maria Isabel Ferreira Turan Rocha Autores: Martins, VB.; Santana, MG.; e Lizete Pontes Macário Costa Santos, JB..; Brito, ES.; Sehn, FC.; Gadenz, SD.; Sbaraini, L.; Macedo, TL.; Sperb, D., 054 - Crise Existencial e o Processo de Fontana, C. AdoecerAutora: Glória Barra048 - Gala - grupo de apoio ao laringec-tomizado coral – “cantando a vida” 055 - Multidisciplinaridade na expressão Autores: Martins, VB.; Santana, MG.; corporalSantos, JB.; Brito, ES.; Sehn, FC.; Gadenz, Autora: Rejane Maria Von Mühlen Kunrath; SD.; Sbaraini, L.; Macedo, TL.; Sperb, D., Kunrath, M.Fontana, C. 056 - Criança hospitalizada: estratégias 049 - Qualquer maneira de amor vale a educativas estéticas de humanização.pena... sexualidade em pacientes Autores: Sandra Maria Vanini, Graciela portadores de câncer de cabeça e René Ormezzano, Jussara Morandin Strehl, pescoço Denice Bortolin Baseggio:

057- Mal-estar docente e seus significados

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043 - Avaliação de Compulsão Alimentar, Autores: Martins, VB.; Santana, MG.; Ansiedade e Depressão em Pacientes de Santos, JB..; Brito, ES.; Sehn, FC.; Gadenz, Programas de Redução de Peso SD.; Sbaraini, L.; Macedo, TL.; Sperb, D., Autores: Paola Lucena dos Santos, Martha Fontana, C.Ludwig e Margareth da Silva Oliveira 050 - Visão do paciente oncológico sobre 044 - Avaliação sistematizada da dor em causas de seu adoecimentopessoas com prejuízo cognitivo Autores: Carla Rosana Mannino, Cristiano Autores: Simone Silveira Pasin, Aline dos Pereira de Oliveira, Mateus Luz Santos Duarte, Tábata de Cavatá, Levandowski045 - A relevância da participação do pai 051 - O desafio da adesão ao tratamento na gestação, parto e puerpério: Uma em HIV/Aids: narrativa de vida na revisão de literatura instituição pública de saúdeAutores: Tábata de Cavatá e Aline dos Autores: Lizete Macário Costa; Marli Curi Santos Duarte Goulart e Luana Ribeiro046 - Laringectomizados: Protegendo a 052 - O adoecer em HIV/Aids: uma traqueostomia com estilo experiência educativa para a comunidadeAutores: Martins, VB.; Santana, MG.; Autores: Lizete Macário Costa, Dirce Bonfim Santos, JB.; Brito, ES.; Sehn, FC.; Gadenz, de Lima, Valéria Ribeiro Gomes, Gustavo SD.; Sbaraini, L.; Macedo, TL.; Sperb, D., Albino Pinto Magalhães, Denise das Neves Fontana, C. Sztambok, Carla Alexandra Almeida Salmazo. 047 - Grupo de apoio ao 053 - A adesão ao tratamento e o limite laringectomizado – gala: “Uma visão assistencial em HIV/Aidsinterdisciplinar” Autores: Maria Isabel Ferreira Turan Rocha Autores: Martins, VB.; Santana, MG.; e Lizete Pontes Macário Costa Santos, JB..; Brito, ES.; Sehn, FC.; Gadenz, SD.; Sbaraini, L.; Macedo, TL.; Sperb, D., 054 - Crise Existencial e o Processo de Fontana, C. AdoecerAutora: Glória Barra048 - Gala - grupo de apoio ao laringec-tomizado coral – “cantando a vida” 055 - Multidisciplinaridade na expressão Autores: Martins, VB.; Santana, MG.; corporalSantos, JB.; Brito, ES.; Sehn, FC.; Gadenz, Autora: Rejane Maria Von Mühlen Kunrath; SD.; Sbaraini, L.; Macedo, TL.; Sperb, D., Kunrath, M.Fontana, C. 056 - Criança hospitalizada: estratégias 049 - Qualquer maneira de amor vale a educativas estéticas de humanização.pena... sexualidade em pacientes Autores: Sandra Maria Vanini, Graciela portadores de câncer de cabeça e René Ormezzano, Jussara Morandin Strehl, pescoço Denice Bortolin Baseggio:

057- Mal-estar docente e seus significados

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LOCAL DO EVENTOSerrano Centro de ConvençõesAv. das Hortênsias, 1480 – CentroFone: 54 3295.8000 / Fax: 54 3295.8040MÍDIA DESK (aos palestrantes)Está localizado no térreo. Convidamos todos os participantes das Atividades Cientificas a entregar suas palestras com antecedência. Não é de responsabilidade do Congresso eventuais problemas com vídeos e formatos desconhecidos. O tempo de sua apresentação será controlado eletrônicamente.CERTIFICADOSOs certificados de participação serão entregues a partir das 10h do dia 1º de maio, na secretaria do evento. Caso haja qualquer problema solicite a correção. Certificados de Atividades Científicas serão entregues após o encerramento das mesmas. Certificados de Cursos e Pôsteres poderão ser retirados na Secretaria do Evento sempre um turno após a sua participação.Importante: os certificados não retirados serão enviados para ABMP-Regional RS.REGULAMENTO DE INSCRIÇÕES- A inscrição dá direito à sacola com material do Evento, acesso às Sessões Científicas e de Pôsteres, bem como à Exposição Comercial.- A inscrição em curso está sujeito à disponibilidade de vagas.ATENÇÃO: A não participação no evento não gera direito a restituição de qualquer tipo.CRACHÁSO uso do crachá é obrigatório para participação em todas as Atividades Cientificas, e circulação dentro do Centro de Convenções.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES

Dia29 de abril30 de abril1º de maio

Abertura8h8h8h

Encerramento19h19h19h

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DA SECRETARIA

Congresso I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII XIII XIV XV XVI XVII

Ano 1967 1976 1978 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010

Cidade Rio de Janeir

oSão Pa

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Janeiro

Rio de Janeir

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São Paulo

Salvador

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)

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LOCAL DO EVENTOSerrano Centro de ConvençõesAv. das Hortênsias, 1480 – CentroFone: 54 3295.8000 / Fax: 54 3295.8040MÍDIA DESK (aos palestrantes)Está localizado no térreo. Convidamos todos os participantes das Atividades Cientificas a entregar suas palestras com antecedência. Não é de responsabilidade do Congresso eventuais problemas com vídeos e formatos desconhecidos. O tempo de sua apresentação será controlado eletrônicamente.CERTIFICADOSOs certificados de participação serão entregues a partir das 10h do dia 1º de maio, na secretaria do evento. Caso haja qualquer problema solicite a correção. Certificados de Atividades Científicas serão entregues após o encerramento das mesmas. Certificados de Cursos e Pôsteres poderão ser retirados na Secretaria do Evento sempre um turno após a sua participação.Importante: os certificados não retirados serão enviados para ABMP-Regional RS.REGULAMENTO DE INSCRIÇÕES- A inscrição dá direito à sacola com material do Evento, acesso às Sessões Científicas e de Pôsteres, bem como à Exposição Comercial.- A inscrição em curso está sujeito à disponibilidade de vagas.ATENÇÃO: A não participação no evento não gera direito a restituição de qualquer tipo.CRACHÁSO uso do crachá é obrigatório para participação em todas as Atividades Cientificas, e circulação dentro do Centro de Convenções.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES

Dia29 de abril30 de abril1º de maio

Abertura8h8h8h

Encerramento19h19h19h

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DA SECRETARIA

Congresso I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII XIII XIV XV XVI XVII

Ano 1967 1976 1978 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010

Cidade Rio de Janeir

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Janeiro

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APOIO

Conselho Regional de Odontologia do Rio Grande do SulAssociação doMal de Chagas

Associação Brasileira de Psiquiatria - ABPAssociação Brasileira dos Cirurgiões Dentistas Homeopatas – ABCDHAssociação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul – APRSAssociação Internacional de Psicanálise - IPAConselho de Administradores CRAConselho Regional de Fisioterapia CREFITOConselho Regional de Medicina CREMERSConselho Regional de Nutrição – CRNConselho Regional de Serviço Social CRSSInstituto Brasileiro de Psicologia da Saúde – IBPSInstituto de PsicocardiologiaPROJECTOAGRADECIMENTOSARTMEDBlack BullChocolates LuganoCristais de GramadoLicor AurichMalhas AuroraRevista Mente e CérebroReal WoodTramontina

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MESAS REDONDAS

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Mesa Redonda1

O ADOECER NA CONTEMPORANEIDADE

Coordenador: Eugenio Paes Campos (RJ)Apresentadores:

Avelino Luiz Rodrigues (SP) – O transtorno do pânico e asociedade.

Ceres Gomes Victoria (RS) – Adoecer sob uma perspectivasociológica.

Júlio César Walz (RS) – O transtorno bipolar e a sociedade.

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Adoecer sob uma perspectiva antropológica

Ceres Gomes Víctoria

O sofrimento, como um evento que acompanha o homem desde a sua mais remota existência,é um processo complexo e multifacetado que tem sido debatido nas diferentes sub-áreas daAntropologia. A perspectiva do embodiment (corporificação, corporeidade, inculcação ouencarnação, nas diferentes traduções do termo) torna-se central na construção de um conceitode sofrimento que se experiencia no corpo (Scheper-Hughes e Lock, 1987; Csordas 1988;Good 1994; Kleinman 1997; e outros) enquanto que o conceito de social suffering(sofrimento social), através do qual se evidencia uma sobreposição entre os aspectos físicos ementais/psicológicos/morais, remetem a um entendimento sobre o sentido profundamentecultural do sofrimento. (Kleinman, A. et all 1997; Kleinman, A. et all 2000). Ao mesmotempo, pensar a saúde, a doença, a dor, os processos de cura, as suas interrelações com asociedade, com a natureza e com o mundo sobrenatural, é pensar, a um só tempo, as políticase as economias do sofrimento, num domínio interdisciplinar. Dentro deste quadro dereferência, o objetivo deste trabalho é destacar os dados de pesquisa realizada entre um grupoindígena que vive em Porto Alegre no que se refere à sua relação com o sistema de saúdeoficial, apontando a dimensão da produção da vítima e do sofrimento que nela se processa.

Palavras-chave: Antropologia. Psicologia. Doença.

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O transtorno bipolar e a sociedade

Júlio César Walz

O Transtorno de Humor Bipolar é um quadro psiquiátrico, caracterizado por alterações dehumor, ou seja, euforia ou depressão e que causam prejuízos a vida pessoal e social dosujeito. Descreve-se esta patologia há muito tempo, desde a Grécia antiga. Começou a sermelhor caracterizada por Kraeplin no inicio do século XX, denominado-a de psicose maníacodepressiva. O THB divide-se em três tipos: tipo I, II e estados mistos. O Tipo I, o mais grave,além da crise aguda de mania, pode vir associada a psicose durante a crise. O tipo IIcaracteriza-se por ser uma forma mais branda da doença, a onde o sujeito apresenta nomáximo uma hipomania, e nenhum quadro psicótico. Os estados mistos caracterizam-se porapresentar mania e depressão simultaneamente. Ou seja, a pessoa pode estar deprimida, mascom seu pensamento acelerado. Existem autores que chamam este quadro de espectro bipolare o subdividem em seis tipos. Na verdade, trata-se de um quadro extremamente complexo ecom inúmeras comorbidades, o que o situa como um quadro muitas vezes de difícildiagnostico. Pouco ainda sabemos sobre sua fisiopatologia, etiologia e as terapêuticas aindasão modestas em termos de resultado. Ou seja, os recursos terapêuticos situam-se naestabilização do humor. Estudos mostram que pacientes com THB I, apesar de teremestabilizados sua sintomatologia, normalmente o processo de melhora na funcionalidade nãose dá na mesma intensidade. Muitos casos apresentam perdas cognitivas. Em termosepidemiologicos este quadro acomete de 1% a 1,5% da população e não parece que tenhaaumentado na sociedade moderna. Talvez uma linha de pesquisa que devamos pensar é acercadas relações do stress da sociedade moderna e o aumento do numero de crises agudas nosquadros existentes ou da gravidade destas crises. Pensar nas relações entre o THB e aSociedade ainda torna-se bastante difícil, na medida em que temos dificuldades diagnosticas emesmo de caracterização desta doença. Sabemos hoje que a cada crise aguda processos deoxidação são intensos, especialmente na mania. Estudos conduzidos pela equipe do professorFlavio Kapczinski, do Laboratório de Psiquiatria Molecular do HCPA de POA tem avançadona compreensão da fisiopatologia desta doença. O grupo tem proposto de se pensar que noTHB encontramos um processo chamado de carga alostática, que refere-se a uma adaptaçãodo organismo aos estímulos ou meio ambiente. Diferente da homeostase, a alostase é umaadaptação que coloca o organismo em um funcionamento permanentemente acima do seulimiar original. Ela ocorre quando o organismo necessita de uma carga extra de substanciastóxicas (tipo cortisol e glutamato) para poder manter-se adaptado. Tal compreensão nos ajudaa entender porque o quadro de muitos pacientes, após dois ou três episódios agudos, adquiremautonomia e não dependem mais de fatores externos para se manifestar.

Palavras-chave: Humor. Transtorno bipolar. Psicopatologia. Sociedade.

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Mesa Redonda2

AS CONTRIBUIÇÕES DA PESQUISAPSICOSSOMÁTICA

Coordenador: Horácio Chikota (SC)Apresentadores:

Elisa Maria Parahyba Campos (SP) – A pesquisa empsicooncologia e suas correlações com a psicossomática.

Esdras Guerreiro Vasconcellos (SP) – Novos paradigmas para apesquisa psicossomática.

Prisla Ücker Calvetti (RS) – Perspectivas atuais das pesquisasem psicossomática no RS.

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Perspectivas atuais das pesquisas em psicossomática no RS

Margareth da Silva Oliveira

INTRODUÇÃO: Muitas são as doenças crônicas que causam impacto na qualidade de vidade seus portadores, tanto pelos fatores próprios às limitações físicas, quanto sociais eestéticos. Sabe-se que os aspectos biopsicossociais podem influenciar na evolução dasdoenças e contribuir tanto no desenvolvimento/vulnerabilidade quanto no enfrentamento dadoença. Dentre as principais pesquisas realizadas no Estado do Rio Grande do Sul estão:HIV/Aids, doenças de pele, síndrome metabólica e oncologia. OBJETIVO: Apresentar asprincipais pesquisas sobre doenças crônicas numa perspectiva do modelo biopsicossocialrealizadas em contexto de saúde no Estado do Rio Grande do Sul. Dentre estas, estãoHIV/Aids, doenças de pele e síndrome metabólica, principalmente oriundas do Programa dePós-Graduação em Psicologia da PUCRS. RESULTADOS: Os estudos destacados nestaapresentação são os seguintes: Aspectos biopsicossociais de pessoas que vivem comHIV/Aids; Intervenção cognitivo-comportamental no contexto do HIV/Aids; Aspectosbiopsicossociais de portadores de psoríase e avaliação psicoeducativa voltada para pessoascom psoríase vulgar; Intervenção baseada no Modelo Transteórico de mudança parapacientes com síndrome metabólica – SM (Apoio CNPq); Avaliação de aspectos psicológicose nutricionais para pacientes com SM (PRAIA/PUCRS); Relação entre stress, hipertensãoarterial, nível de glicose e cortisol em pacientes com síndrome metabólica, numa perspectivainterdisciplinar. Estas pesquisas estão sendo realizadas no Hospital São Lucas da PUCRS emparceria com outros centros de saúde da cidade de Porto Alegre/RS. CONCLUSÃO: Aperspectiva de um modelo ampliado de entendimento saúde-doença, voltado para os aspectosbiopsicossociais da pessoa que adoece, tanto no âmbito da prevenção quanto do tratamento,num modelo de trabalho interdisciplinar, está ganhando espaço. O desafio está na integraçãoentre teoria e prática desta perspectiva para o auxílio efetivo no aumento da qualidade de vidadas pessoas com doenças crônicas, bem como dos aspectos físicos e psicológicos, que, naperspectiva da psicossomática, são interdependentes.

Palavras-chave: Pssicossomática. Pesquisas. Rio Grande do Sul. HIV/Aids. Pele. Síndromemetabólica. Oncologia.

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Novos Paradigmas para a Pesquisa Psicossomática

Esdras Guerreiro Vasconcellos1

O que é uma pesquisa, realmente psicossomática? Como ela deve ser concebida? O que devee o que não deve conter em seu método? Existe um modelo mais eficaz de se pesquisar aintegração Mente-Corpo? Uma pesquisa que queira dar conta das duas dimensões deve serquantitativa ou qualitativa? Essas questões particulares serão refletidas no contexto do temageral dessa mesa-redonda tendo como pano de fundo a observação de que a maior parte daspesquisas que se intitulam psicossomáticas, na sua real natureza não o são. Trata-se depesquisas médicas ou psicológicas, experimentais ou clínicas. Para sê-lo é necessário queesteja apoiada em dois pilares básicos: um conceito teórico realmente integrativo e umaconcepção metodológica verdadeiramente interdisciplinar. Caso contrário, ela se insere no roldas pesquisas específicas da área onde são desenvolvidas. Com tais exigências, o grau derigor para que uma pesquisa seja denominada psicossomática ficará bem mais severo, mascom certeza irá estimular a capacidade reflexiva e criativa daqueles que a tanto se propõem. Aprodução em massa de projetos de mestrado ou doutorado tem gerado um acúmulo inócuo dedissertações e teses, supostamente científicas e que, na verdade, nada trazem de novo aoconhecimento do fenômeno. Se por um lado a pesquisa exclusivamente médica avança emdimensões revolucionárias e cria a medicina do século XXI as ciências da mente nadaproduzem de novo e desacoplam-se cada vez mais do sentido complementar que essas duasdisciplinas devem ter. A neurociência é campo de pesquisa de médicos e biólogos e combaixíssima representação dos psicólogos. No Brasil, sobretudo. Deve-se a isso o marasmoteórico em que navega a psicologia há mais de meio século. De movimento renovador queinstigava os pensadores do final do século XIX e primeira metade do século XX a reconcebersuas posições e crenças, ela hoje não faz mais jus à posição relevante a que é reivindicadapela ciência moderna. Similarmente, o que temos são designs, modelos, métodos, abordagens,concepções, e resultados que reproduzem a mesmice da pesquisa psicossomática. Tanto emoutros lugares como aqui no nosso país. Nada inovadoras, porque em nada se aventuram,seus autores contentam-se em repetir modelos e concepções já remoídas em milhares deoutras pesquisas. Aquele que não se aventura em novas idéias está fadado ao obsoletismo eesquecimento.

Palavras-chave: Pesquisa psicossomática. Pesquisa interdisciplinar. Modelos integrativos.Integração mente-corpo. mesmice psicossomática.

1Universidade de São Paulo / São Paulo - SP

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Mesa Redonda3

SAÚDE E ESPIRITUALIDADE

Coordenador: Julio Peres (SP)Apresentadores:

Evilásio Borges Teixeira (RS) – Espiritualidade e técnica: ascoisas que estão por detrás das coisas.

Franklin Antônio Ribeiro (SP) – Espiritualidade e a saúde.

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Espiritualidade e técnica: as coisas que estão por detrás das coisas

Evilásio Francisco Borges Teixeira

O tema da espiritualidade, embora amplamente falado, tem sido ainda pouco estudado. Comfrequência, o tema evoca preconceitos e mal-entendidos, de modo especial, entre osprofissionais da área da saúde. Há uma tendência, por exemplo, entre os psicanalistas epsicólogos de conceberem a pessoa humana dentro da sua trama psíquica, possuidores deafetos ônticos. Existe, porém, outra faceta dos afetos, aquela de se estar afetadoontologicamente pela existência. A partir da condição ontológica da vida podemos falar deespiritualidade. A dimensão ôntica mostra ao homem o pequeno mundo de seu cotidiano,carregado de limitações; enraizado dentro de uma cultura, língua e classe. Sua estaturaontológica, porém, lhe revela a sua abertura ao mundo, à realidade infinita da vida, emdiálogo e à comunhão com todas as coisas, reforçando nos seres humanos a importância dosagrado e do espiritual na construção do humano. A entrada no ontológico, no entanto, nãopode ser prematura, ela pode levar à dispersão da pessoa. Há pessoas que ainda cedoconseguem estabelecer um lugar adequado de crescimento da sua dimensão ontológica, o quelhes possibilita viver as suas vidas com serenidade e, desse modo, “viver com espírito”, querdizer com espiritualidade. Se de um lado, os afetos ônticos devem ser percebidos, os afetosontológicos são sempre reveladores. O presente trabalho propõe uma reflexão sobre técnica eespiritualidade. Comumente, diz-se que vivemos na idade da técnica, e, a essa geração, nãoraro, denominamos de geração tecnológica. A condição moderna do sujeito consistia no sersujeito no objeto à medida do objeto, considerava a história como a história do progresso, istoé, a história da progressiva objetivação do mundo. O escopo do sujeito moderno era tornartudo objeto, e, portanto, tudo controlado. Tudo, quer dizer qualquer realidade, seja elamaterial, seja psíquica, pela qual a ciência era finalizada à técnica. A influência da técnica,não obstante, vai influenciar diretamente o modo de conceber os grandes conceitos queforjaram o processo civilizatório da cultura ocidental, levando a uma revisão dos cenárioshistóricos. Conceitos como: razão, verdade, ética, natureza, religião e história. Num mundo,porém, sempre mais tecnizado, também o homem se torna sob o domínio da técnica. Se aomenos na intenção a técnica deveria representar a consagração do homem como sujeito, narealidade o que se vê é a agonia do próprio sujeito. O mundo moderno parece representar ocírculo vicioso do qual não somos capazes de sair. Esta é a cruz da nossa situação. Talvez, aprimeira coisa a fazer seja recuperar nossas melhores e mais profundas energias espirituais,para compreender essa situação e suportá-la.

Palavras-chave: Espiritualidade. Ciência. Técnica. Domínio. Sujeito.

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Mesa Redonda4

A BOCA NA PERSPECTIVA DAPSICOSSOMÁTICA

Coordenador: Lorete Maria da Silva Kotze (PR)Apresentadores:

Adair Luiz Steffanello Busato (RS) – A estética, o sorriso e aqualidade de vida.

Jussara Diffini Santa Maria (RS) – Na boca: os desafios e aspossibilidades de cura da alma.

Lucília Kunde (RS) – Dentes, saúde, percepção de si.

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Na boca: os desafios e as possibilidades de cura da alma

Jussara Diffini Santa Maria

Analisar paciente como um todo é o que a Odontologia atual vem apregoando: - mas o querealmente querem dizer sobre esse “todo”? De acordo com alguns, consiste na identificaçãodos problemas físicos de ordem geral do paciente, ou seja, buscar problemas ocorridos nopassado e os possíveis aspectos genéticos a eles atribuídos. Mas analisar o verdadeiro “todo”consiste em observar a influência dos fatores emocionais e psíquicos sobre o organismorefletindo-se também no sistema mastigatório. Observa-se que os pensamentos e as emoçõesnegativas como raiva, inveja e medo, por exemplo, geram direta ou indiretamente as maisdiversas doenças. Todas as emoções negativas desequilibram a harmonia da boca explicandoassim as verdadeiras causas das doenças bucais, assim como a melhor forma de preveni-las ede tratá-las. Sabe-se que o cirurgião dentista ao realizar qualquer tipo de intervenção nacavidade bucal está mexendo, reativando e relembrando aspectos emocionais que aí seencontram marcados desde a tenra idade. Existe direta correlação entre as doenças bucais e asemoções que serão aqui descritas através do bruxismo, da atividade cariogênica, damaloclusão (posição dos dentes), além de outras doenças como aftas, herpes e gengivites etc.Essa palestra visa esclarecer os aspectos emocionais de algumas das doenças bucais, assimcomo mostrar as possibilidades de cura ou diminuição da recorrência das mesmas.

Palavras-chave: Odontologia. Emoções. Tratamento.

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Dentes, saúde, percepção de si

Lucília Kunde

O presente estudo aborda a questão da saúde bucal a partir da medicina de orientaçãoantroposófica e ayurveda, considerando a relação entre dentes e a saude geral do paciente. Odiagnóstico e tratamento dentário reúnem princípios da odontologia convencional a uma visãoe compreensão ampliada do ser humano. Nesse sentido, deve-se propor um desafio: o deperceber o quanto situações diárias interferem na saúde dos nossos dentes. A saúde bucalrevela e reflete como passamos pelas mudanças e transições que naturalmente ocorrem emnossas vidas. É afetada pela forma como lidamos com nossas raivas, frustrações, comocuidamos de nós mesmos e como encaramos nosso processo de cura, tomamos decisões econsciência de nós mesmos no mundo. Conceitos de autores como Brada e Dychtwald,contribuem para que se desenvolva uma odontologia responsável, considerando saúde econsciência de si. Para tanto, informações sobre o funcionamento de cada um doscomponentes da boca e das relações que estes mantêm com o resto do seu corpo, sãoimprescindíveis para uma vida bucal saudável. Trataremos desse tema.

Palavras-chave: Dentes. Saúde. Percepção de si.

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Mesa Redonda5

A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO BINÔMIOSAÚDE / DOENÇA

Coordenador: Victor Hugo Belardinelli (RS)Apresentadores:

José Vítor Zir (RS) – Quando a família adoece…Signorá Konrath (RS) – Refeições em família: benefícios para

saúde.Vera Beatris Martins (RS) – Família: alicerce na ressignificação

do viver.

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Quando a família adoece...

José Vitor Zir1

As transformações da família ao longo do tempo nos permitem avaliar que o avanço damedicina, com o advento da tecnologia, modificaram a maneira de ver e se relacionar com adoença. No início do século passado quando as pessoas adoeciam, curavam por si oumorriam, sendo o morrer encarado como um processo “natural” do ciclo vital. Porém, com osurgimento das vacinas, evitando as doenças infecto-contagiosas, os antibióticos permitindo acura das infecções e a anestesia possibilitando os procedimentos cirúrgicos curativos, o perfildas doenças e do adoecer foram se modificando. A biomedicina trouxe a doença crônica e oscuidados intensivos. “Encompridamos as doenças e ‘enfeiamos’ a morte”. Esta novarealidade trouxe às famílias uma sobrecarga emocional e conflitos interpessoais, inimaginadospelos nossos antepassados. Os médicos de outrora, cuidadores, foram substituídos pelosmédicos organicistas, detentores do saber especializado e da tecnologia, exigindo aparticipação da família e do enfermo na tomada de decisões quanto à manutenção da vida etratamentos. Reveste-se de vital importância o adoecimento familiar quando ocorrem asdoenças ligadas ao estilo de vida e hábitos familiares com comportamentos inadequados,copiados no âmbito familiar, como o uso de álcool, fumo, drogas, hábitos alimentares elaborais. Manifesta-se a patologia familiar em forma de sintoma físico, confirmando que “ocomportamento somatizador é um problema que pode ocorrer não apenas na hipocondria oudoença psicossomática, mas também em qualquer doença ou dano físico” (MacDaniel,Hapworth, Doherty, 1994). A doença física, severa e crônica, funciona como lente deaumento para as famílias envolvidas e através delas exageram-se as dimensões da doença edos conflitos. As questões desenvolvimentais com as quais as famílias estão lidando podem setornar patológicas necessitando não apenas a atenção ao aspecto biológico e médico sobre opaciente, mas uma visão sistêmica objetivando a reorganização familiar. Compreendendo avida humana como uma interação entre o biológico, psicológico, social, cultural e espiritual, aTerapia Familiar Médica (TFM) surge como uma possibilidade de intervenção terapêutica àsfamílias que convivem com enfermidades crônicas. A TFM é diferenciada por sua atençãoconsciente à doença e seu papel na vida pessoal do paciente e da vida interpessoal da família.

Palavras-chave: Família. Psicoterapia. Doença. Patologia familiar.

1DOMUS – Centro de Terapia de Casal e Família / Porto Alegre - RS

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Família: alicerce na ressignificação do viver

Vera Beatris Martins

A Organização Mundial da Saúde (OMS) caracterizou a família como “o primeiro agentesocial envolvido na promoção da saúde e no bem-estar”. Segundo Minuchin et al. (1982) afamília é a fonte principal das crenças e tipos de comportamento relacionadas com a saúde.As doenças interferem diretamente nos projetos existenciais das pessoas, exigindo umaressignificação de suas vidas. A família, com suas reações, pode interferir no processo derecuperação com atitudes de superproteção ou abandono relacionados a sentimentos comomedo da morte, insegurança e impotência. A reação da família influencia significativamente oenfrentamento do paciente diante do tratamento. A partir das relações com seus familiares,pode adotar uma postura otimista, com vontade de lutar, ou pessimista, com poucasesperanças e expectativas frente ao tratamento. Estudos demonstraram que há possibilidade demais de 80% de cura quando se tem o apoio de pessoas que amamos e confiamos, ou seja, éimportante o acolhimento, a amizade, a ajuda, o afeto e a verdade no processo de recuperação.O câncer ainda é uma das doenças que mais causa horror às pessoas por estar associada àmorte e provocar alterações físicas e psicológicas, desorganizando a vida do paciente e de suafamília. O apoio psicológico familiar, nestes casos, é muito importante, pois objetivamelhorar a comunicação e proporcionar um clima de segurança para o enfrentamento dosproblemas que podem originar medo, angústia e ansiedade. A influência das diversas relaçõesemocionais expressas pela família mostra que na medida em que esta mantém o equilíbrioemocional, viabiliza uma melhoria na qualidade de vida do paciente que se encontrafragilizado no seu processo de recuperação, auxiliando no resgate da sua auto-imagem e auto-estima.

Palavras-chave: Família. Câncer. Ressignificação.

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Mesa Redonda6

DISFUNÇÃO DA SEXUALIDADE:QUANDO MEDICAR?

Coordenador: Lídia Heckert Carneiro (RJ)Apresentadores:

Jaqueline Brendler (RS) – Drogas pró-sexuais e anti-sexuais: oque os profissionais da saúde devem saber.

José Carlos Riechelmann (SP) – A dinâmica do casal mulhervagínica / homem disfuncional

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As drogas pró-sexuais e anti-sexuais: o que os profissionaisda saúde devem saber ? Quando medicar ?

Jaqueline Brendler1

O exercício da sexualidade é influenciado por múltiplos fatores como a cultura, as crenças, ohistórico (familiar, afetivo-sexual pessoal, médico), o momento profissional, orelacionamento atual, a sexualidade do (a) parceiro (a) sexual e as medicações. Oneurotransmissor mais positivamente relacionado à sexualidade é a dopamina e a serotonina omais negativo. Isto porque a dopamina regula a produção de prolactina enquanto a serotoninaa eleva. Quando a prolactina aumenta existe diminuição da testosterona livre, hormônio debase para uma boa resposta sexual. A maioria dos pacientes sexualmente disfuncionais nãoapresenta alterações hormonais, contudo pode ser dosado testosterona livre, prolactina (pool)e hormônios da tireóide. Drogas que interferem negativamente em relação à sexualidadeproduzem o efeito de aumentar a serotonina, a prolactina, o GABA; Outros bloqueiam /esgotam a liberação de dopamina, são depressores do SNC, ou diminuem a testosterona livre.São exemplos de drogas pró-sexuais o estrogênio transdérmico, a tibolona, a trazodona, abupropiona, a bromocriptina, a L-Dopa. As novas promessas específicas para disfunções são aflibanserina, para desejo sexual hipoativo, que atua aumentando a dopamina e anoradrenalina, além da dapoxetina, um ISRS de curta duração, para a ejaculação precoce. Asinúmeras drogas com potencial negativo em relação à sexualidade têm menor efeito empessoas com um satisfatório histórico sexual. Mesmo entre os grupos vilões, como nos dosISRS, alguns podem ter ação benéfica, como a venlafaxina nos casos de desejo sexualhiperativo , nos casos de ejaculação precoce a sertralina ou paroxetina, contudo nessas duasdisfunções sexuais é fundamental o uso da linha cognitiva comportamental. A maioria dasdisfunções sexuais femininas será corrigida em tratamento sexológico . Os homens têm comorecurso específico as medicações para disfunções da ereção, como os inibidores do PDF-5 e aprostaglandina E1. Para homens e mulheres, mesmo quando for possível medicar, muitasvezes pela natureza multifatorial das disfunções sexuais é necessário indicar terapia sexual ououtra psicoterapia. O importante para o médico é fazer um diagnóstico correto, avaliar se estácapacitado para o tratamento ou se encaminhará o caso, além de ter uma visão do conjuntosobre a pessoa e o casal, bem como dos recursos terapêuticos, sejam as drogas ou otratamento sexológico (linha cognitiva comportamental).

Palavras-chave: Disfunção sexual. Medicação. Tratamento.

1Associação Mundial de Saúde Sexual / Porto Alegre - RS

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Mesa Redonda7

DOR CRÔNICA: DA MEDICAÇÃO AOSASPECTOS PSICOSSOCIAIS

Coordenador: Nilson May (RS)Apresentadores:

Alessandra Notari (RS) – A dor no câncer.Felipe de Medeiros Tavares (RJ) – Tratamento medicamentoso

da dor crônica.Norton Caldeira (MG) – Dor crônica, mal da civilização.

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Dor crônica e mal estar na civilização

Norton Caldeira

A estrutura do ser humano é constituída com o outro da linguagem, o que significa que éfundamental que outro ser humano possa escutá-lo, oferecendo palavras que permitam aosujeito tomar posse do seu corpo. Para a Psicossomática contemporânea também éfundamental o domínio teórico de termos como dor, trauma, afeto e suas repercussões nasubjetividade, no corpo construído como linguagem e naturalmente na clínica a ser exercida.A Psicanálise novamente vai nos ajudar a decifrar os sintomas como também irá estabeleceros parâmetros de conceituação e pesquisa necessários ao trabalho clínico com base nestateorização. Com a pergunta: Afinal o que acontece num aparelho psíquico em que a dor deixade ser um estado inerente ao funcionamento do organismo e passa a ser uma condição daexistência?Procuraremos elucidar o problema. Fazemos o percurso da dor e do trauma nafundação do psiquismo e dos termos prazer e desprazer, angústia e mal estar nos seguintestextos freudianos: Projeto para uma Psicologia Científica, Além do Princípio do Prazer,Inibição, sintoma e angústia, Mal estar na Civilização.

Palavras-chave: Dor. Psicossomática. Psicanálise. Mal estar.

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Tratamento medicamentoso da dor crônica

Felipe de Medeiros Tavares

A dor crônica constitui-se num dos problemas mais frequentes no cotidiano. Diversos são osfatores envolvidos no mecanismo da dor, de modo que a interpretação psíquica / emotiva dofenômeno é particularmente importante. De modo geral, dor crônica é aquela que acomete osujeito por mais de três meses. Frequentemente está associada a quadros depressivos Nestasucinta apresentação, demonstra-se que os tratamentos disponíveis para dor crônica,particularmente farmacológicos, têm logrado êxito, contribuindo para a recuperação daqualidade de vida do sujeito. Destarte, os medicamentos mais utilizados e pesquisados para ador crônica envolvem os antidepressivos com ação sobre mecanismos cerebraisserotoninérgicos e noradrenérgicos, bem como os anticonvulsivantes e benzodiazepínicoscomo medicamentos acessórios.

Palavras-chave: Dor crônica. Tratamento medicamentoso.

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Mesa Redonda8

O TRABALHO COMO FONTE DE PRAZER ERECONHECIMENTO

Coordenador: Carolina Cavalcanti Henriques (PE)Apresentadores:

Cláudia Sirangelo Eccel (RS) – Qualidade de vida no trabalho:apresentação do programa multidimensional de saúde.

Fernando Andreatta Torelly (RS) – Trabalho, resultados evalorização das pessoas.

Ieda Rhoden (RS) – O autodesenvolvimento, trabalho eorganizações.

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Qualidade de Vida no trabalho: apresentação de programamultidimensional de saúde

Claudia Sirangelo Eccel1

O objetivo deste trabalho é apresentar o caso da Refinaria Alberto Pasqualini, Refap S/A,empresa do sistema Petrobras, que desde 1994 possui um Programa de Qualidade de Vidapara sua força de trabalho. A iniciativa foi estruturada a partir da necessidade de atuarpreventivamente para a promoção da saúde mental e física dos trabalhadores. O Programa écoordenado pelos médicos do trabalho e conta com o apoio de equipe multidisciplinar, a qualé composta por enfermeira, assistente social, psicóloga, técnicos de enfermagem eadministrativos, além da assessoria de profissionais como fonoaudióloga, nutricionista,otorrinolaringologista, hematologista e educador físico. Parte do entendimento do “serhumano integral”, que considera as diversas dimensões da vida. São estas: Física: envolve omonitoramento da saúde e iniciativas educacionais quanto aos hábitos e estilos de vidasaudáveis; Emocional: busca promover nos empregados a capacidade de gerenciamento dastensões e estresse, e desenvolver a auto-estima e motivação; Espiritual: atua comofortalecedor dos valores e crenças individuais e envolve um propósito de vida baseado naética e bem-estar; Intelectual: trabalha com o aproveitamento da capacidade criativa doindivíduo e a expansão dos conhecimentos; Social: refere-se aos relacionamentos (família,colegas, comunidade), a preservação do meio-ambiente, o exercício da cidadania e oequilíbrio econômico; Organizacional: trata das condições de trabalho, as relações, e autilização do potencial individual e de equipes. No intuito de atender a estes aspectos, a Refappossui vários projetos que atendem simultaneamente as dimensões citadas. Salientamosiniciativas como: cursos de primeiros socorros; incentivo ao condicionamento físico; controlemédico e de saúde ocupacional; semana da saúde; desenvolvimento cultural; ginástica eshiatsu laboral; prevenção à gripe; prevenção e tratamento da dependência química; programade socorrista voluntário; prevenção e controle do tabagismo; controle da obesidade;assistência multidisciplinar de saúde; psicoterapia; assistência especial para dependentes comdeficiências; e previdência privada. Desde a implementação, o Programa de Qualidade deVida trouxe resultados positivos na percepção dos empregados quanto à ambiênciaorganizacional e nos indicadores de saúde.

Palavras-chave: Qualidade de vida no trabalho. Prevenção. Saúde mental. Saúde física.Estresse.

1 Refinaria Alberto Pasqualini / Canoas - RS

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O autodesenvolvimento, trabalho e organizações

Ieda Rhoden1

Nesta apresentação pretendemos abordar sinteticamente alguns conceitos que fazem ainterface do fenômeno do desenvolvimento humano com o prazer e mundo do trabalho.Pretendemos também provocar algumas reflexões críticas a respeito da forma como estaquestão vem sendo tratada em diferentes âmbitos, propondo uma revisão dos objetivos e dasestratégias de promoção do desenvolvimento humano adotadas por especialistas e pelasorganizações. Para tanto lembraremos conceitos da antiga Grécia, tais como paixão eerotismo; ócio e negócio, trabalho e excelência. Em seguida discutiremos os fatoresrelacionados à satisfação e prazer no trabalho, como o Sentido de Coerência e a Resiliência; apersonalidade Hardiness e seus três componentes: o comprometimento; o controle e o desafio.Finalmente abordaremos a relação entre as emoções e sentimentos no e do trabalho e osaspectos organizacionais favoráveis ou desfavoráveis à realização humana, chegandofinalmente às possibilidades de desenvolvimento fora do trabalho. O pano de fundo de nossaabordagem é uma visão de homem positiva e humanista e uma visão sistêmica do trabalho edas organizações.

Palavras-chave: Trabalho. Organizações. Desenvolvimento humano. Psicologiaorganizacional.

1Universidade do Vale do Rio dos Sinos / São Leopoldo - RS

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Mesa Redonda9

ESPIRITUALIDADE:O QUE AS PESQUISAS APONTAM

Coordenador: Leda Delmondes Maria Freitas Trindade (SE)Apresentadores:

Jeverson Costa Reichow (SC) – Espiritualidade e consciência:pesquisas atuais e suas implicações.

Julio Peres (SP) – A busca do sentido e a superacão do trauma.Leda Lisia Portal (RS) – Espiritualidade e educação:

repercussões significativas na ressignificação da realidadeeducacional.

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Espiritualidade e educação: repercussões significativas naressignificação da realidade educacional

Lêda Lísia Portal

Inspirada no título dado à Mesa de discussão desse Simpósio,” Espiritualidade- o que aspesquisas apontam”,busquei em Maturana ( 2001) suporte para início de meu texto, pois emsua abordagem para o método científico sustenta que uma vez que há tantas realidadesquantos observadores, um número virtualmente infinito de teorias legítimas podem serformuladas para um único fenômeno, aqui no caso, a espiritualidade, desde que essa teoria semostre viável frente aos elementos da realidade experiencial em que o fenômeno foiobservado. Meu papel portanto, enquanto educadora e investigadora, é exercer sobre os queme ouvem, me lêem ou comigo convivem, o poder de sedução intelectual e cognitiva paraconvencê-los que desde que sendo viável os estudos de Espiritualidade em relação à essarealidade, qualquer interpretação elaborada deve ser considerada não apenas possível, mas,especialmente legítima. Espiritualidade vem sendo foco de meus estudos e pesquisas no Pós-Graduação em Educação da PUCRS desde 2000, constituindo-se tema de disciplinas noCurrículo do Programa bem como integra um dos eixos do Grupo de Pesquisa “Educaçãopara a Inteireza: um (re) descobrir-se” (EDU&ER) sob minha coordenação. Resultados, tantode pesquisas realizadas no grupo quanto de dissertações de mestrado e teses de doutorado, pormim orientadas, vêm apontando ser Espiritualidade: a) importante dimensão constitutiva daInteireza do Ser ainda desacreditada e desconhecida por muitos, conhecida e compreendidapor alguns e considerada essencial e fundamental por poucos que nela veem , o verdadeirosentido e significado da Vida; b) Inteligência do Ser Humano, ao lado da Cognitiva eEmocional, que, se ampliada, estabelece estreita e significativa relação com o exercício deuma Docência Bem Sucedida; c) dimensão de Ser Humano fundamental e necessária depassar a ser contemplada nas metas e objetivos dos Projetos Políticos Pedagógicos de todas asInstituições Educacionais, independente de níveis e graus para que se cumpram suasfinalidades de serem propiciadoras de formação para o exercício de “ tornar-se homem”; d)dimensão de Ser Humano de essencial importância de inclusão nos Currículos dos Cursos deFormação de Formadores bem como nos Programas de Capacitação tanto de Professorescomo extensiva aos mais diversos profissionais; e) dimensão de Ser Humano sentida, no meioacadêmico, por profissionais com elevada titulação e com significativa produção científica,como surpresa por alguns e até importante para outros, embora com reconhecimento de poucoou nenhum investimento nela em seus processos de autoformação/Educação Continuada; f)dimensão de Ser Humano que tem em sua essência a atribuição de sentido e significado àsdemais dimensões ( física, cognitiva, afetiva) para que uma Educação de Inteireza seconcretize; g) dimensão de Ser Humano que pressupõe um exercício permanente deampliação de consciência frente ao compromisso e à responsabilidade que são nossos (individual e coletiva, subjetiva e objetiva, interna e externamente) na opção de comodesejamos Ser e Estar no Mundo; h) temática, que por sua essência e singularidade, é foco deestudo da Psicologia Transpessoal, da Psicologia Positiva, da Transdisciplinaridade e dosProcessos de Formação ( Auto, Hetero e Eco) dentre tantas outras áreas do saber pelarelevância de princípios que nela se encerram, numa tessitura de pressupostos que, secontemplados, propiciarão viver uma Vida, digna de ser vivida.

Palavras-chave: Espiritualidade. Educacão. Inteireza. Consciência.

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Espiritualidade e consciência: pesquisas atuais e suas implicações

Jeverson Costa Reichow

Este trabalho tem como objetivo relacionar a espiritualidade com os Estados Ampliados deConsciência (EAC”s) e, particularmente com a meditação. Espiritualidade é a propensãohumana para encontrar um significado para a vida através de conceitos que transcendem otangível, um sentido de conexão com algo maior que si próprio, que pode ou não incluir umaparticipação religiosa formal. (SAAD,M.; MASIERO,D.; BATTISTELLA, L.). Os EAC”scaracterizam-se por impressão de unidade com todo o universo, experiência religiosa oumística e por diferentes níveis de percepção da realidade. (KRIPPNER, 1997) A meditaçãopode ser definida como a prática que permite a conexão direta do interior com o exterior, aprocura da ligação entre o Eu e o Universo, é a busca de nossa verdadeira essência e pode serutilizada como meio para se obter a felicidade de maneira mais duradoura, e sua práticatambém pode ter o intuito de aumentar o controle da mente, ou entrar em contato direto com oSer Infinito, o Supremo. (DALAI LAMA e CUTLER, 2001) As pesquisas com meditaçãotem demonstrado alterações no fluxo sanguíneo cerebral. (Newberg et. al., 2001), no fluxohormonal; na pressão arterial, uma estimulação do Sistema Nervoso Parassimpático,alterações na estrutura cerebral nas regiões envolvidas durante a prática, principalmente nocórtex direito e nas áreas relacionadas com a atenção e no córtex sensorial. (LAZAR, et. al.2005) As implicações decorrentes das pesquisas apontam para a necessidade de maioresestudos da relação entre espiritualidade e psicossomática; de aprofundar as pesquisas sobre opotencial dos EAC´s para a saúde e qualidade de vida; de se reavaliar os modelos da psiquehumana possibilitando a inclusão de fenômenos que ocorrem durante EAC´s e experiênciasespirituais; de se ampliar os estudos sobre a gênese das desordens emocionais epsicossomáticas, incluindo os domínios transpessoais da consciência humana; de uma revisãode métodos terapêuticos e psicoterapêuticos visando a inclusão dos domínios ampliados dapsique humana; de se rever o papel da espiritualidade na vida humana e, também, de se reveros modelos de educação visando incluir a espiritualidade e EAC´s desde a graduação noscursos das áreas humanas e da saúde.

Palavras-chave: Espiritualidade, estados ampliados de consciência, meditação, saúde.

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Mesa Redonda10

QUANDO A DOR DO CORAÇÃO EXISTE

Coordenador: Francisco Barbosa Neto (RJ)Apresentadores:

Leandro Ioschpe Zimerman (RS) – Morte súbita.Márcia Pereira de Holanda Roque Pires (CE) – A síndrome do

coração partido.Sandra Mari Barbieri (RS) – Vou ter que mudar a esta altura da

vida?

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Vou ter que mudar a esta altura da vida?

Sandra Mari Barbiero

As doenças cardiovasculares (DCV) aparecem, no Brasil, em primeiro lugar entre as causasde morte e representam quase um terço dos óbitos totais. Dentre os fatores de risco, estãoalguns hábitos relacionados ao estilo de vida (Fatores de Risco Modificáveis para DoençaCardiovascular), como a dieta, sedentarismo, tabagismo e obesidade. Todos estes hábitos devida estão relacionados com o ambiente em que este indivíduo vive. Os hábitos alimentaresfazem parte também desta cultura familiar, pois são agregados no início de seudesenvolvimento até a sua formação: gostos, preferências, quantidades e qualidade dosalimentos ingeridos. Quando a DCV se apresenta, seja na fase adulta ou na idosa, há umanecessidade de mudança neste estilo de vida perigoso e adoecedor. É neste momento que o“doente” se depara com as orientações, dos diferentes profissionais da saúde, de que precisamudar. Mudar o hábito alimentar (diminuir sal, gordura, quantidades alimentares, começar acomer alimentos saudáveis, etc.), tornar-se mais ativo e isso inclui atividade física comfreqüência, controle de peso (peso saudável/ideal), cessar o tabagismo, diminuir o estresse,redução da ingestão de bebida alcoólica e tomar medicações regularmente. Frente a todasestas orientações ele diz: Vou ter que mudar a esta altura da vida? Vale a pena? Mas temque fazer tudo isso?? Neste etapa de entendimento da doença é necessário mostrar aimportância da reeducação alimentar e comportamental. Alguns precisam “ver” o porquêdesta mudança (visualizando seus exames), outros precisam de um tempo para “digerir” estasinformações, mas todos precisam da equipe multiprofissional presente: enfermeiro, médico,nutricionista, psicólogo e outro mais com igual importância. Estes indivíduos com DCVprecisam ser orientados e entendidos como pessoas que terão que reiniciar o aprendizado queenvolve o cuidar-se.

Palavras-chave: Doença cardiovascular. Mudança de habito alimentar. Equipemultiprofissional.

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Morte súbita e fatores psicossociais

Leandro Ioschpe Zimerman

A morte súbita tem uma série da causas, sendo as cardíacas as mais importantes, e as arritmiascardíacas o evento final mais comum. A relação entre eventos isquêmicos do coração e mortesúbita com fatores psicológicos é bastante conhecida. O estresse gera ativação do sistemanervoso autônomo simpático, com liberação de catecolaminas, o que vez aumenta afrequência cardíaca e pressão arterial além de deixar o coração mais suscetível aodesencadeamento de arritmias cardíacas. O estresse agudo é uma causa conhecida de mortesúbita. Grandes catástrofes, como terremotos ou desabamentos, vêm acompanhadas de umaelevação importante das taxas de morte súbita cardíaca. E o mesmo ocorre, por exemplo, nodia 4 de cada mês no Japão, simplesmente pelo fato de este número ser considerado “de azar”.A raiva, por sua vez, também aumenta o risco de arritmias cardíacas graves. Estudo feito compacientes de alto risco com cardioversor-desfibrilador implantado analisou o estado físico emental dos pacientes 15 minutos antes de receberem um choque para reverter parada cardíaca.Foram encontradas como fatores de risco independente a raiva e atividade física intensa. Domesmo modo, sabe-se que a depressão também acrescenta risco, independentemente do“status” cardíaco do paciente. Pacientes com depressão maior apresentam mortalidadeaumentada em 5 vezes, principalmente às custas de morte súbita. Talvez pela soma destesfatores, há uma clara associação entre aumento de mortalidade súbita com divórcio e perda deemprego. Outros marcadores psicossociais, como baixo nível educacional, isolamento social efalta de suporte emocional estão associados a aumento de mortalidade pós-infarto domiocárdio. Em suma, a relação de mortalidade súbita com fatores psicológicos é grande. Énecessário que a importância desta relação seja compreendida, para que se possam tomar asmedidas preventivas adequadas.

Palavras-chave: Morte. Dor. Arritmia cardiáca. Estresse.

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Mesa Redonda11

A LINGUAGEM DOS SINTOMASE A FÍSICA QUÂNTICA

Coordenador: Maria Lúcia Bezerra (PR)Apresentadores:

Denise Gimenez Ramos (SP) – A transducão dos sintomas: entreo símbolo e o placebo.

João Bernardes da Rocha Filho (RS) – Aspectos metafísicos dainformação e a psicossomática.

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Aspectos metafísicos da informação e a psicossomática

João Bernardes da Rocha Filho

Deus está em construção em cada um, e isso se relaciona com o desenvolvimento daresiliência física e psicológica. O arquétipo do si-mesmo estabelece um deus epistemológicoem construção, que inicia seu processo de individuação na Criação, e vai a um deus maisconsciente através de cada um. Jung advogou por um si-mesmo em evolução a partir daindividuação porque um deus consciente e completo não teria razões para criar o mundo damultiplicidade, do sofrimento e da morte. É impossível justificar, sem dogmas e mistérios,que um ser perfeito crie um mundo imperfeito. Assim, parece claro que há um inícioimperfeito, incompleto ou inconsciente, ou seja, um deus em construção. Na Bíblia tambémhá uma evolução no conceito de deus, uma forma de conscientização que culmina em João,quando o deus reunido afirma que os homens podem fazer maravilhas maiores que as dele.Ora, quem tem poderes divinos é também um deus, ou está evoluindo para sê-lo, talvez emuma reunião identificada com o amor, com o retorno, justamente porque na perspectivaarquetípica, a individuação é um processo fundamental da vida, cujo início e fim repousam nosi-mesmo. A tarefa da Criação é a elaboração da consciência do si-mesmo, que não é, nemnunca foi perfeito, completo ou imutável. O big-bang não foi uma decisão consciente, mas umimperativo que irrompeu sua inconsciência em múltiplas manifestações cujos destinosindividuais apontam para a ampliação do conhecimento. Cada manifestação desconhece suaorigem, pois ela foi inconsciente, da mesma forma que não lembramos nosso próprionascimento, e desconhecemos também nosso destino, mas dado o caráter cíclico manifesto nouniverso esse destino pode ser a reunião. Curiosamente, na epopéia bíblica, o deus do novotestamento propõe o amor como eixo de sua ação, e o amor reúne. Assim, cada ser vive paraexperimentar, para aprender, para sentir tudo o que pode ser sentido, pois essa é suacontribuição para a individuação do si-mesmo. Mesmo a doença e a morte são fontes deinformação para a constituição do si-mesmo que nos compõe e que individuamos. Osofrimento não é um castigo, tanto quanto o prazer não é um prêmio: são informações quecolhemos como quem busca flores no campo para enfeitar sua casa, trazendo para dentro delao perfume e a cor que nela antes não havia. A informação é o alimento da individuação.

Palavras-chave: Deus em construção. O prazer e a dor. Física. Psicologia.

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Mesa Redonda12

A PSICOTERAPIA DO PACIENTEPSICOSSOMÁTICO

Coordenador: Solange Lopes de Souza (SP)Apresentadores:

Geraldo Caldeira (MG)Julio de Mello Filho (RJ)

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Terapia do paciente psicossomático

Geraldo Caldeira

De início temos que caracterizar o que é paciente Psicossomático. Costuma-se chamar de pacientepsicossomático aquele indivíduo que, em seu trajeto existencial, ao se deparar com problemas pessoais quelhe geram tensão emocional ou estresse, bem como enfrentamento de conflitos, ele reage commanifestações somáticas. Freud, em sua primeira teoria de angustia chamou de Angústia Somáticasituações em que havia um aumento da carga de energia pulsional e esta não recebia uma elaboraçãomental, ficando retida no corpo, com queixas inespecíficas, De início ele formulou a hipófise que estatensão tinha origem no aumento da libido, ou seja, de natureza sexual. Depois admitiu qualquer origem noaumento da tensão. O problema era a falta de elaboração psíquica. A Escola Francesa de Psicossomática,de Pierre Marty e colaboradores chamam a esta angustia de angustia corporal, A mesma surge devido auma falha no processo de mentalização. Daí alguns autores chamaram estes indivíduos de portadores deneurose mal mentalizadas. C.Dejours achou melhor chamá-los de portadores de Caracteroses . Podem serFenômenos Psicossomáticos e Somatizações “sensu strictu” onde há lesão de órgão ou apenas queixassomáticas sem lesão de órgão caratrizando as somatizações “latu sensu”. As teorias para tais fenômenos sãovarias , ao longo da história, `a partir de Freud, que não trabalhou tais fenômenos mas, até o momentonenhuma conseguiu explicá-los definitivamente. Para Lacan e seus seguidores , tais fenômenos ocorremquando há um congelamento da cadeia de significantes, que não desliza mais, sofrendo um fenõmenochamado de holófrase. Considerando que a falta de elaboração psíquica não permite que suas queixas sejamsimbolizadas, através do processo de recalque, estes pacientes não são, de início, capazes de serematendidos pelo método analítico. Temos que ajudá-los a sair da holófrase “emprestando-lhe umsignificante” como sugere J. Nasio. São pacientes que não entraram na cadeia edipiana e. por isto, Lacanafirma à respeito deles: “ o que não pode ser simbolizado aparece no real do corpo”. São os pacienteschamados Alexitimicos, por Sifneus ou que apresentam, como mecanismo de defesa, o chama pensamentooperatório, termo criado por P.Marty. Os portadores deste mecanismos não conseguem perceber asemoções e suas articulações com seus sintomas, tornando o processo psicoterápico bem mais difícil.Todavia é bom lembrar o que afirmou o Cirurgião Oncológico Argentino, Jose Shavelzon:” Alexitimico é omédico”. Exigem paciência e de se apostar numa jornada, de início sem sucesso, mas, que compersistência pode-se conseguí-lo. Neste início, é tão desencorajador para o terapeuta que seus sinais decansaço, desilusão e desejo de interroper o processo foram considerados por Nemiah como fenômenoscontra-transferenciais, sinal de estarmos diante de um paciente psicossomático. Geralmente temos queesperar e , paulatinamente, provocando-lhe a fazer um outra leitura de suas queixas, isto é, tentando levá-los a sair do “discurso manifesto para o discuurso latente,” onde emoções poderão vir a ser percebidas. Èassim que trabalho com meus paciente e tenho conseguido êxito na maioria deles. Por exemplo; Umpaciente, queixando-se de dor lombar crônica, para a qual nenhuma alteração ósteo-muscular foiencontrada, ao me dizer que ele estava era precisando de mudar seu encosto, no escritório, eu lheperguntei:”afinal, meu senhor, de qual encosto mesmo o Sr. está precisando” e terminei a consulta. Ele foipara casa e voltou me dizendo que minha pergunta tinha mexido muito com ele e começamos a falar emoutra linguagem . Temos que saber o momento certo para iniciarmos tal proposta de mudança de leitura equando achamos que está na hora qualquer fala do real que ele traz eu jogo numa outra. Por exemplo: elechega e me diz que foi muito difícil estacionar aqui hoje eu lhe pergunto se o que está mais difícil para elenão é estar no meu consultório para falar de sua vida. Se ele fala que está mais frio hoje eu lhe perguntocomo é que ele está se sentindo por dentro., Se lê fala que viu um a faxineira fazendo limpeza na janela ecom risco se cair, eu lhe indago se ele não está é com medo de mexer em suas “sujeiras internas” e desabar.O sucesso deste método é acharmos o momento certo de começarmos a lhe provocar. Por exemplo: umapaciente, ao lhe ser perguntada, na primeira consulta;” o que lhe incomodava mais” ela me respondeu queera um vizinho, que chegava pelos fundos da casa, entrando em sua intimidade.Ela queria que ele tocassea campainha e esperasse que ela fosse abrir a porta. Este fato era real, mas eu entendi que ela estava medizendo para ir devagar, respeitando-a, esperando quando ela quisesse se abrir para mim. Uma outra, nasegunda consulta, disse -me que estava preocupada porque precisava viajar e como é que ela iria deixar achave de sua casa com uma empregada nova, que começava a trabalhar lá. Ela também estava me dizendoque eu deveria esperar que ela confiasse em mim para me deixar entrar em sua intimidade ou revelá-lapara mim. Com o evoluir do processo muitos destes pacientes conseguem usar da palavra e, até alguns,podem ser atendidos em análise.

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Mesa Redonda13

E SE A CHAMA SE APAGAR…?BURNOUT EM PSICÓLOGOS

Coordenador: Esdras Guerreiro Vasconcellos (SP)Apresentadores:

Fernando Antonio da Mata (SP) – Cuidando o cuidador.Maria Celeste de Almeida (SP) – O que é Burnout e como medí-

lo?Mônica de Lurdes Leoni Carneiro (SP) – Burnout afeta os

psicólogos também?

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E se a chama se apagar? Burnout em psicólogos

Esdras Guerreiro VasconcellosFernando Antônio da MataMaria Celeste de Almeida

Mônica de Lurdes Leoni Carteiro

O conceito de burnout é relativamente novo, concebido na década de 70. A síndrome deburnout é a cronificação do processo de estresse associado especificamente ao mundo laboral.Trata-se de uma expressão do sofrimento associado ao trabalho, com conseqüênciasbiopsicossociais negativas para o indivíduo, como adoecimento, distúrbios de ordemrelacional, prejuízos à qualidade de vida e ao serviço prestado pelo profissional. SegundoMaslach (1982), burnout é um processo caracterizado pela presença da exaustão emocional,despersonalização e diminuição da realização pessoal. Os estudos sobre burnout concentram-se nas áreas de saúde e educação, nas quais os elementos centrais são o atendimento e ocuidado de outras pessoas. Existem poucos estudos comparativos voltados para a incidênciadessa síndrome de burnout em psicólogos em suas diferentes áreas de atuação. Os objetivosdeste trabalho são: coletar dados de psicólogos que atuam nas áreas clínica, jurídica eorganizacional e com base nesses resultados descrever o acometimento da síndrome deburnout nessa população. Método: Será aplicado o IBP (Inventário de Burnout paraPsicólogos) em 30 psicólogos, distribuídos igualmente por área de atuação (clínica, jurídica eorganizacional). Os dados coletados serão submetidos a uma análise quali-quantitativa paradeterminar a incidência da síndrome de burnout e suas principais características e variaçõesnas populações pesquisadas.

Palavras-chave: Burnout. Psicólogos clínicos. Psicólogos jurídicos. Psicólogosorganizacionais.

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Mesa Redonda14

OS DISFARCES DA DEPRESSÃONOS CICLOS DA VIDA

Coordenador: Danielle Caroline Maciel Nascimento (MG)Apresentadores:

Emílio Morigushi (RS) – A depressão na terceira idade.Franklin Antonio Ribeiro (SP) – A depressão na vida adulta.Maria Lucrécia Scherer Zavaschi (RS) – A depressão na infância

e na adolescência.

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Depressão na pessoa idosa e seus desdobramentos sociais

Sonia Mercedes Lenhard Bredemeier

Esta apresentação versa sobre os aspectos sociais que entram em jogo na depressão queacomete a pessoa idosa. Como presidente do Conselho Municipal de Direitos, comoespecialista em Gerontologia Social e como idosa a autora pretende trazer uma contribuiçãopara o debate. O foco da abordagem se dá nos aspectos que estão eminentemente vinculados àpessoa idosa e o contexto onde está inserida, tanto no que se refere às determinações presentesno ambiente, como nas relações que são estabelecidas com os outros personagens, ou seja,com os outros indivíduos. Para isto se busca visualizar a depressão a partir de trêsperspectivas: a da pessoa idosa, a da sociedade e seus equipamentos sociais e a dos indivíduosque partilham deste cenário com o idoso. Não só a pessoa idosa, mas também ela, está sujeitaa vários fatores externos e internos que podem levar à depressão. Os internos são de ordembiológica e psicológica, enquanto que os externos são ligados ao entorno do indivíduo velhoou que envelhece. É importante mencionar que há uma relação muito forte entre eles. Arepercussão dos mesmos tem sido eminentemente negativa para as pessoas acometidas dedepressão e para a sociedade. A caracterização destas situações e seus desdobramentos serãotratados no desenvolvimento do tema, valorizando a atuação de uma equipe multidisciplinarnas abordagens a serem feitas visando uma atuação preventiva ou curativa. O objetivo é trazerpara a discussão as implicações da depressão para a pessoa idosa e para a comunidade onde oidoso está inserido, o que pode permitir que avancemos na constatação de sua presença, poismuitas vezes não é diagnosticada, e que se possa desenvolver ações e estratégias paraminimizar seus efeitos bem como preveni-la.

Palavras-chave: Pessoa idosa. Depressão. Aspectos sociais.

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Mesa Redonda15

ALEXITIMIA E O PACIENTE PSICOSSOMÁTICO

Coordenador: Marisa Campio Müller (RS)Apresentadores:

Avelino Luiz Rodrigues (SP) – Rflexões críticas sobre oconceito de alexitimia em psicossomática.

Samuel Hulak (PE) – Alexitimia e pseudoalexitimia: por umdiagnóstico diferencial.

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Alexitimia e pseudoalexitimia

Samuel Hulak

A proposta desta apresentação resume-se em uma classificação das somatizações há um bomtempo como forma de compreensão e de abordagem em medicina psicossomática, comotambém para recurso orientador de escolha terapêutica pertinente e adequada a cada condiçãosomatizante. Nesta classificação, existem as seguintes distinções: Somatizações Reativas(reações neurovegetativas normais,próprias de todos os seres vivos; SomatizaçõesSupressivas, Repressivas e Regressivas (somatizações como sintoma,como mecanismosadaptativos) e , por último, Somatizações Expressivas, nas quais se focaliza o objeto destetrabalho. Nos distúrbios expressivos situam-se os somatizadores estruturais, os maiscaracterísticos pacientes da medicina psicossomática, os alexitimicos. Já em 1898, Freud em“A Sexualidade na Etiologia das Neuroses”, ensinava que a excitação psíquica se convertiaem angustia com sintomas somáticos pela insuficiência de elaboração psíquica (falta desimbolização ou de “mentalização” conforme Pierre Marty); nestes pacientes a dificuldade delidar com a carga afetiva dos objetos de relação, os levaria a” desafetualizar” (JoyceMcDougall) as representações psíquicas dolorosas e a expressar um discurso vazio designificado, com palavras desbotadas do colorido afetivo. Incapazes de projetar e mesmoconverter a angustia, esta permaneceria ancorada no corpo. Sem representações que atravésdas vias oníricas e as da fantasia escoariam a angustia, a estes indivíduos restaria somatizá-la, tornando-se pois, mais propensos às doenças psicossomáticas. Este tipo de pensamentoconcreto e destituído de afetos seria denominado, no fim da década de 1960, por Marty,M’Uzan e Fain de Pensamento Operatório No início dos anos 1970,Peter Sífneos e JohnNemiah publicaram observações feitas desde 1950,de casos clínicos de pacientespsicossomáticos com as mesmas características descritas pelos fundadores da EscolaPsicossomática de Paris acima mencionados. Sifneos e Nemiah denominaram estes pacientescom um quadro clínico de uma patologia específica de Alexitimicos, propondo uma novanosologia. Segundo estes últimos autores esta denominação conceituaria a patologia (A deausência, Lexis de palavra e Timeu de emoção, humor); literalmente, seriam pacientesincapazes de nomear suas emoções. São características dos alexitimicos um investimento narealidade externa com um mundo interno pobre que é obstipado com tarefas externas, natentativa de preenchimento dos espaços vazios.

Palavras-chave: Alexitimia. Somatização. Psicossomática.

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Mesa Redonda16

NOVAS TERAPIAS PARA ANTIGOS PROBLEMAS

Coordenador: Nádia Regina de Barros Lima (SP)Apresentadores:

Graciela Rene Ormezzano (RS) – Arteterapia na saúde.Maria Rosa Spinelli (SP) – A psiconeuroimunologia do estresse.Silvio Harres (RS) – Acupuntura.

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Arteterapia na saúde e na educação

Graciela Rene Ormezzano1

A participação na mesa “Novas terapias para antigos problemas” visou introduzir a arteterapiano campo científico, mais especificamente, na interface entre arte, educação, psicologia eoutras ciências vinculadas à grande área da saúde. Inicialmente, foram considerados aspectoshistóricos da arteterapia no Brasil e no mundo, após, foi ponderada a aplicação da arteterapiaem suas diversas modalidades e, por último, apresentaram-se, brevemente, três pesquisas comdiferentes populações da cidade de Passo Fundo, RS: pacientes oncológicos, usuários de Capse adolescentes em conflito com a lei com foco na saúde comunitária, na integração social enas medidas socioeducativas. As problemáticas questionaram: qual o significado daarteterapia para os participantes destas investigações? Os objetivos visaram compreender osignificado do processo educativo e arteterapêutico para os pacientes oncológicos, usuários deCaps II e adolescentes que pagam medidas socioeducativas em meio aberto. Tratou-se depesquisas qualitativas de cunho etnográfico, de acordo com a proposta de Marli André (1995).Os principais autores que fundamentaram estes trabalhos foram Carl G. Jung (1977), Nise daSilveira (1992) e Gilbert Durand (2001), que analisaram desenhos, esculturas, gravuras epinturas como símbolo. Através da imagem visual os participantes procuraram exteriorizarseus conteúdos internos, fazendo com que a proposta de intervenção seja tripolar. Assimsendo, insere-se no vínculo interpessoal, também, a imagem. Os resultados apresentaram omodo em que os participantes significaram estas vivências aumentando a auto-estima,diminuindo o estresse, verbalizando os conflitos e melhorando o convívio, além de auxiliar notratamento médico e das equipes técnicas. Infere-se, finalmente, que o significado daarteterapia para estes pacientes foi de relevância para o tratamento das doenças mentais,crônicas e/ou comunitárias que os atingiam; embora, não se esperava a cura destes males pormeio da arte, foi possível afirmar que se tratou de um auxílio para aprender a conviver econhecer-se melhor, para o bem-estar e a qualidade de vida, melhorando tanto quanto namedida do desejo de transformação de cada singularidade.

Palavras-chave: Arteterapia. Imagem. Educação. Saúde.

1Universidade de Passo Fundo / Passo Fundo - RS

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Psicoterapias na Hipermodernidade: o que mudou?

Maria Rosa Spinelli

A intenção desta exposição não tem caráter provocativo e sim reflexivo sobre as psicoterapiasna contemporaneidade, e desenvolver um raciocínio daquilo que é observado pelos própriospsicólogos clínicos. Existem vários assuntos que são constantemente deixados de lado quandose escreve um texto cientifico a respeito de tratamentos psicoterapêuticos, por ex: suicídiodurante o tratamento e a relação do psicoterapeuta diante deste fato; as questões dos impactose a debilitação de pessoas durante determinados tratamentos; as comorbidades que são muitasvezes irrompidas durante um processo psicoterapêutico; as taxas de abandono das sessõespsicoterapêuticas; a falta de alivio completo nos casos de stress pós traumático; a cronicidadede sintomas mesmo depois de interrompida a psicoterapia. O tempo/espaço são colocadoscomo os maiores causadores de determinados sintomas, mas ninguém discute sobre adificuldade e os mecanismos de defesa implicados nestes fenômenos, que hoje são observadosdiante de uma escolha de prioridade. Existe sim relevância na expressão psicoterapias epsicossomática, porque a visão e a atitude pessoal do profissional psicoterapeuta com estaformação são muito mais ampliadas conscientemente diante do individuo e das teorias.Necessitamos de novas psicoterapias, ou de psicoterapeutas mais capacitados? Oempoderamento do paciente, um desafio da época atual. Como balanceá-lo? O campo dapsicoterapia está ativo, vemos pelas publicações recentes em vários sites de pesquisas, mas apsicossomática deveria estar mais ativa também em pesquisas com placebos para melhoria dametodologia desses estudos como síndrome da fadiga crônica, do distúrbio de ansiedade e dadepressão. Quais as novidades (?) que hoje são colocadas como tratamentos psíquicos e comoa psicossomática pode vê-los e estudá-los?

Palavras-chave: Psicoterapia. Psicossomática. Hipermodernidade.

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Mesa Redonda17

ESTRESSE E ALOSTASE

Coordenador: Charbelle Jaboour (RJ)Apresentadores:

Ariele Araújo Freitas (RS) – Estresse pós-traumático emsituações de desastres.

Esdras Guerreiro Vasconcellos (SP) – A psiconeuroimunologiada pele.

Moisés Evandro Bauer (RS) – O papel do estresse crônico naimunossenescência.

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O papel do estresse crônico na imunossenescência

Moisés Evandro Bauer

As pesquisas realizadas no nosso laboratório indicam que a o envelhecimento do sistemaimune (imunossenescência) está diretamente associado ao estresse crônico e aos hormôniosdo estresse. As alterações imunológicas observadas durante o envelhecimento incluem umaredução do tamanho to timo, alterações nos subtipos de linfócitos T, uma célula central dosistema imune adaptativo, bem como uma profunda redução da capacidade proliferativadestas células. Surpreendentemente, estas mesmas alterações são encontradas durante oestresse crônico ou terapia com glicocorticóides. Estes dados sugerem que os glicocorticóidespodem participar diretamente do processo de imunossenescência. Realizamos pesquisasinterdisciplinares com populações de jovens e idosos extremamente saudáveis, recrutados apartir de critérios rigorosos de saúde (protocolo SENIEUR), com intuito de excluir possíveisalterações imunes do envelhecimento patológico. Num primeiro estudo, demonstramos que osidosos saudáveis apresentaram uma carga emocional elevada associada a uma elevação darazão dos hormônios cortisol/dehidroepiandrosterona (DHEA) em comparação ao grupo dejovens adultos. Estas alterações psiconeuroendócrinas foram inversamente associadas com aresposta imunológica. Além disso, verificamos num outro estudo que idosos cronicamenteestressados (cuidadores de pacientes com Alzheimer) apresentavam um aumento ainda maiorde cortisol e diminuição mais acentuada da resposta imune Esses dados indicam que os idososestressados possuem um maior risco para as doenças associadas ao estresse por apresentaruma imunossenescência mais acelerada. O aumento da razão cortisol/DHEA deve sercompreendido como um fator decisivo nas alterações imunológicas observadas durante oenvelhecimento. Num último estudo, avaliamos se o estado de saúde extremamentepreservado protegia cuidadores de Alzheirmer do estresse crônico. Demonstramos que oscuidadores saudáveis (SENIEUR) estão protegidos dos danos do estresse crônico, já que oaumento da carga emocional não refletiu em alterações endócrinas ou imunológicas nosmesmos. Estes dados revelam uma nova dimensão no entendimento sobre a participação dosfatores emocionais e endócrinos sobre o envelhecimento do sistema imune humano. Apoio:CNPq.

Palavras-chave: Estresse. Imunossenescência. Imunologia. Envelhecimento.

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Transtorno de Estresse Pós-Traumático em situações de desastres

Arieli Araújo Freitas

Diante dos atuais eventos ocorridos no mundo, se mostra indispensável que, especialmente,profissionais da saúde se atentem e se munam de conhecimentos acerca das intervenções ediagnósticos sobre situações de crises e catástrofes. Um evento traumático é consideradosempre como algo destrutivo na vida dos indivíduos, famílias e comunidades afetados, noentanto, o impacto causado atinge as pessoas envolvidas de formas diversas. Situações deemergência obrigam que pessoas e comunidades ativem em si recursos que muitas vezes estãoalém de sua capacidade habitual de respostas. Este trabalho aborda o estresse pós-traumáticoocasionado pela vivência de situações de desastres. Percebe-se a importância de umdiagnóstico adequado, pois é comumente observado considerações precoces acerca dessetranstorno em pacientes que tenham sido expostos a eventos traumáticos, uma vez que nemsempre o trauma é capaz de desencadear uma doença. As reações pós-traumáticas dependemdo resultado da interação entre o acontecimento traumático, a personalidade do sujeito afetadoe os fatores sociais, ambientais e culturais. Além de abordar o estresse pós-traumático, estetrabalho também trata de questões como luto e luto complicado, sendo necessária aapresentação das características esperadas e ditas normais, durante o processo de luto. Talprocedimento se mostra indispensável para que na prática se possa fazer a diferenciação dediagnósticos e se ofereça aos pacientes um atendimento adequado ao seu momento de vida.Ainda que se apresente como uma reação adequada ao processo de luto, se reserva especialatenção para os transtornos psicossomáticos consequentes da exposição a situaçõestraumáticas.

Palavras-chave: Desastre. Estresse pós-traumático. Luto, Transtornos psicossomáticos.

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A Psiconeuroendocrinoimunologia do stress

Esdras Guerreiro Vasconcellos1

A Psicossomática é a mãe de todas as concepções inter e transdisciplinares. Nascidaconsecutivamente na mente de vários pensadores do início do Século XX teve em GeorgeGroddeck seu principal precursor. Durante muitas décadas ela se limitou á postulação dasrelações psíquicas com as manifestações físicas, pela perspectiva psicanalítica. No limiar dametade do século, anos 50, Selye publicou sua teoria de stress. Durou mais treis outrasdécadas até que a psicossomática adotasse a teoria de stress. Essa abertura foi provocada pelosurgimento de vários outros movimentos: a Psicobiologia, a Psicooncologia, a MedicinaComportamental, todos advindos da antiga concepção psicossomática. Nos anos 80 RobertAder escreveria então um livro que daria origem ao movimento mais integrativo de todoseles: a Psiconeuroimunologia. No final dos anos 90 essa área de estudo, aqui no Brasil, foinovamente ampliada. Ao modelo adleriano foram inseridos conhecimentos da psicanálise,teoria de stress, das ciências exatas e biológicas. Logo depois integrariam também a Filosofia,a Teologia e o Misticismo. O antigo conceito de Mente-Corpo transformou-se então numaproposta paradigmática de inter e transdisciplinaridade. A teoria de stress ocupa o centrodesse modelo, pois que, ainda que se amplie para o campo da Biofísica Moderna, daBioquímica, da Inteligência Artificial e das Filosofias Orientais, ele tem seu cerne principalfocado nas ciências da saúde. A Psiconeuroendocrinoimunologia entende que após décadas deatividade fechada em suas especialidades o fazer clínico exige que tenhamos conhecimentoamplo de todas as áreas de conhecimento se não quisermos nos asfixiar na mesmice que alimitação disciplinar nos impõe. Uma vez que nessa nova concepção o centro está em todaparte do saber, ela entrelaça a teoria de stress com a psicanálise, e ambos com o sistemaendócrino, nervoso e imunológico numa dinâmica ascendente e descendente, sem hegemoniaou causalidade linear. Visto assim, tanto a saúde como o adoecer são observados pelaperspectiva intersistêmica e, dessa forma, procuramos dar melhor conta da possível verdadeque habita cada um deles. Sem stress o sistema imunológico não produz a batalha pulsante deenergia que está habilitada a efetuar, para que tenhamos a cura de muitos de nossos cotidianosmales. Em 1899, o neurologista Anton relatou o caso de um cego, que não sabia que era cego,pois seu cérebro via, ainda que seus olhos estivessem lesados. A Psicossomática que se isolano psíquico e ignora o corpo, crê ver, mas está cega.

Palavras-chave: Interdisciplinaridade. Transdiciplinaridade. Psicossomática. Integração.

1Universidade de São Paulo / São Paulo - SP

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Mesa Redonda18

AS EMOÇÕES NA RELAÇÃOTERAPEUTA-PACIENTE

Coordenador: Sebastião Vidigal (MG)Apresentadores:

Cecília Helena Grandcke (SP) – A manifestação dos arquétiposna relação terapêutica.

Celmo Celeno Porto (GO) – O significado simbólico do coracãona prática médica.

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Mesa Redonda19

WINNICOTT E A NEUROCIÊNCIA

Coordenador: Sérgio Antonio Belmont (RJ)Apresentadores:

Geraldo Caldeira (MG) – Winnicott tinha razão, a ciênciacomprova.

Ligia Lima (PE) – Crianças com atraso de desenvolvimento: aimportância da terapia ocupacional no cotidiano familiar.

Mônica Marinho (PE) – Bebês de risco: o resgate!

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Crianças com atraso de desenvolvimento: a importância da terapiaocupacional no cotidiano familiar

Lígia Ferreira Lima

Para Winnicott, o ser humano parte de um estado de não-integração inicial, com tendênciasherdadas para o amadurecimento e com a necessidade de outro ser humano para esseamadurecimento ter lugar. Ele vai precisar de uma mãe-ambiente-continente que seidentifique com ele e o ajude na sua integração, ou seja, a perceber-se no tempo e no espaço,reconhecendo-se no seu corpo e na realidade, permitindo uma vivência de onipotência que éimportante, neste início de vida, para combater a ameaça de falta de controle sobre o que seapresenta. A integração, que tem início na elaboração imaginativa das funções do corpo, vai-se ampliando de acordo com os movimentos do bebê, abarcando também o seurelacionamento com o mundo externo. Quando a bebê/criança apresenta atraso em seudesenvolvimento neuropsicomotor ou com risco de desenvolver e/ou potencializar patologiasque comprometam seu crescimento, faz-se necessário a intervenção de uma equipemultidisciplinar, inclusive de um Terapeuta Ocupacional, com o objetivo de proporcionar aobebê/criança a maior independência possível, dentro de suas potencialidades, possibilitandoaos familiares/cuidadores mais estímulos e participação no crescimento desta bebê/criança. Aatuação do Terapeuta Ocupacional com crianças com atraso no desenvolvimentoneuropsicomotor enfoca, principalmente a melhora e competência nas áreas dodesenvolvimento neuropsicomotor e auxiliar a família no manejo com a criança. A prática deTerapia Ocupacional necessita ser adequada para cada criança, ou seja, individualizada. Deveser percebida em seus aspectos físicos, sensoriais, cognitivos, emocionais e sociais. OTerapeuta Ocupacional deve estar familiarizado com as etapas do desenvolvimento humano,suas seqüências, funções e habilidades e assim relacionar com as necessidades da criança nocontexto saúde e disfunção. A família precisa de suporte no sentido de uma escutadiferenciada, bem como de uma orientação sistemática e permanente para acompanhar esta“nova pessoa” e permitir que ela tenha no mínimo um crescimento saudável e participativodentro do contexto familiar e social.

Palavras-chave: Paralisia cerebral. Atraso do desenvolvimento. Terapia ocupacional.Família.

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Bebês de risco: o resgate!

Mônica Maria Campos Marinho

O programa de Estimulação Essencial, realizado na Escola Estadual Especial UlissesPernambucano, na cidade do Recife, (PE, Brasil), tem com objetivo central, aplicar oprograma de Estimulação Essencial em bebes e crianças, até 06 anos, com atraso dodesenvolvimento neuropsicomotor, cognitivo e psicoemocional decorrente de deficiências esíndromes, com risco de desenvolver e/ou potencializar patologias que comprometam seupleno e harmonioso crescimento, humanizando seu processo de inclusão social e escolar.Todas passam por avaliação e acompanhamento da sua evolução, realizada pela Equipemultidisciplinar, com as famílias, através de Fichas de Desenvolvimento onde são analisadoso aspecto pessoal-social, atividades da vida diária (AVD), linguagem, cognição, área motorafino-adaptativa e área motora ampla, para execução de Programa de Estimulação. Osresultados obtidos com o Programa de Estimulação Essencial demonstraram que bebes /crianças apresentaram evolução significativa e melhores condições para inclusão no ensinoregular, onde o percentual de crianças incluídas, nos últimos quatro anos (2005/2008) foi de100%. Esses dados apontam a necessidade imediata de implantação nas escolas comEducação Infantil do Programa de Estimulação Essencial, o mais precoce possível, para bebes/ crianças, nascidos com risco de desenvolver e/ou potencializar patologias que comprometamseu crescimento, a partir de triagem sistemática do desenvolvimento infantil e programas deintervenção, com ações conjuntas nas áreas de Educação e Saúde pública, voltado para essafaixa etária.

Palavras-chave: Programa de estimulação essencial. Atraso do desenvolvimento. Deficiênciaintelectual. Neuropsicomotor. Aspecto pessoal-social. Atividades da vida diária. Linguagem.Cognição. Área motora fino-adaptativa. Área motora ampla.

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Mesa Redonda20

OS VÁRIOS OLHARES DA PSICOSSOMÁTICA

Coordenador: Roseli Bello Ribeiro (MA)Apresentadores:

Francisco Barbosa Neto (RJ) – Medicina psicossomática e aeducação médica para o século XXI: o desafio de aprender a aprender.

Nair Pontes (SP) – Desatar os nós para sermos nós.Ricardo Lopes Cruz (RJ) – Relação médico-paciente no século

XXI: Balint ou House?

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Mesa Redonda21

A ABORDAGEM DA PSICOSSOMÁTICA NASAÚDE PÚBLICA

Coordenador: Fausto Amarante (ES)Apresentadores:

José Carlos Riechelmann (SP) – Psicossomática e humanizaçãohospitalar no SUS.

Jussara Cony (RS) – O adoecer na contemporaneidade sob oenfoque da saúde pública.

Rita de Cássia Gabrielli Souza Lima (MG) – Abordagempsicossomática no processo de trabalho da atenção primária de saúde:desafio bioético.

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A psicossomática no processo de trabalho da Atenção Primária de Saúde:desafio bioético

Rita de Cássia Gabrielli Souza Lima

A saúde pública brasileira avançou no desenho político-epistemológico esboçado na décadade 90 ao transformar, em 2006, o Programa Saúde da Família (PSF) em uma Política deEstado, Estratégia Saúde da Família (ESF), a partir do reconhecimento da Atenção Primáriade Saúde (APS), nomeada no Brasil Atenção Básica, como domínio estruturante das ações eserviços. A Integralidade é um dos eixos desta política e dentre seus inúmeros desafiosdestaca-se a qualidade da dinâmica interativa que se dá no espaço de encontro entreprofissionais de saúde e sujeitos. Tal espaço ainda tem sido ocupado pela lógica positivista domodelo hegemônico biomédico, geradora de tensão negativa entre o saber científico e o sentirhumano, descontextualizada e alheia à cadeia de significados do processo saúde-doença, mastem sinalizado, na formação e prática, movimentos em direção a um modelo de determinaçãosocial do processo saúde-doença, que concebe saúde como produção social e doença comoexpressão de drama social vivenciado pela condição humana em seus domínios biológico,psicológico, social e cultural. Neste sentido, a psicossomática é um campo interdisciplinarcrucial para a consolidação de uma racionalidade operatória ética em saúde pública, cujoethos abraça a comunidade e seu contexto, pois seus argumentos estão a serviço da narrativado modelo explicativo do sujeito sobre o complexo fenômeno de saúde e doença. O objetivodesta proposta é fomentar o debate sobre a relação de interdependência entre Integralidade(em um de seus desdobramentos) e Psicossomática, em uma perspectiva bioética, no âmbitoda ESF. Considerando as limitações que esta interação democrática enfrenta em um modelode organização social capitalista e refletindo as potencialidades que podem ser encadeadasmediante vontade política e senso ético das pessoas envolvidas na dinâmica de práticas depolíticas públicas. Além disto, tal proposta pretende contribuir para a ampliação do espaçopolítico da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática (ABMP), a partir da sugestãode inserção em sua agenda de questões emergentes e persistentes do universo da saúdepública, visto que o processo sócio-histórico desta associação demonstra compromisso éticocom a singularidade do sujeito, vínculo com a alteridade e disponibilidade para oentendimento acolhedor da condição humana. Pensa-se, deste modo, que tal contribuiçãopossa ampliar os horizontes de possibilidades de atuação da ABMP e render frutos aoenfrentamento necessário ao injusto em saúde pública, historicamente imposto pelo modelobiomédico à sociedade brasileira.

Palavras-chave: Atenção primária. Psicossomática. Bioética. Saúde pública.

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Psicossomática e a saúde pública: papel da ouvidoria nahumanização hospitalar no SUS

José Carlos Riechelmann

Introdução: O que é oficialmente “humanização” para o Ministério da Saúde do Brasil?Conceito-chave de humanização: a comunicação intra-institucional. Humanizar é garantir àpalavra a sua dignidade ética: o sofrimento, a dor e prazer expressos pelos sujeitos empalavras necessitam ser reconhecidas pelo outro. Sem comunicação não há humanização: “apalavra”, tanto de usuários quanto de profissionais, precisa ter lugar mais relevante nocotidiano institucional. Fatores sociológicos impedem esse diálogo: relações de saber-poder,de trabalho, de gênero e de status. Esse jogo das relações sociais na instituição é a culturaorganizacional. Mais comunicação é a estratégia genérica para mudança dessa cultura. Naspróprias organizações de saúde existe uma estrutura que pode se prestar à finalidade dehumanizar e mudar cultura através do incremento da comunicação, desde que haja vontadepolítica para tal: as Ouvidorias da Saúde. No Brasil algumas ouvidorias da saúde armazenamdiscursos espontâneos de stakeholders: profissionais da saúde, pacientes, familiares,acompanhantes, entre outros. O registro de discursos espontâneos capta diretamente aexperiência da relação stakeholder-organização. Conhecer o pensamento de stakeholders énecessidade básica do administrador. A ouvidoria poderia ser uma estrutura de produção deconhecimento para apoiar decisões gerenciais e/ou estratégicas. O autor foi diretor geral epioneiro na implantação de ouvidoria em hospital público municipal de São Paulo-SP.Empiricamente percebeu que o conhecimento mais útil a ser obtido da ouvidoria tem naturezamais qualitativa do que quantitativa. Daí a idéia de desenvolver uma nova tecnologia deprodução de conhecimento qualiquantitativo útil para os tomadores de decisão. Objetivos: (a)Conhecer os conteúdos dos discursos espontâneos de stakeholders armazenados na ouvidoria.(b) Criar taxonomia sistematizadora desses conteúdos. (c) Testar a possibilidade de produzirconhecimento útil para apoiar decisões a partir da análise qualiquantitativa desses conteúdos.Metodologia: Qualiquantitativa. Amostra aleatória sistemática de 100 discursos espontâneos,obtida de arquivo de ouvidoria hospitalar e estudada pela técnica “Discurso do SujeitoColetivo (DSC)” de análise de discursos, com auxílio de software específico. Resultados: Oprocessamento por software produziu 121 Idéias Centrais, organizadas em taxonomia de 6categorias temáticas e 3 subcategorias, e Expressões-chave, condensadas em 57 DSC.Conclusões: É possível produzir conhecimento qualitativo, objetivo e útil para os tomadoresde decisão a partir da ouvidoria hospitalar. A técnica do DSC foi eficaz para extrairconhecimento qualiquantitativo da ouvidoria. A leitura dos DSC proporciona conhecimentoobjetivo e imediato de todos os pontos fortes e fracos da organização, num dado período, navisão dos stakeholders estudados. A quantidade e diversidade de DSC obtidos refletem acomplexidade da organização hospitalar.

Palavras-chave: Ouvidoria em saúde. Gestão em saúde. Tomada de decisões gerenciais.Técnicas de apoio para a decisão. Indicadores de qualidade em assistência à saúde;humanização da Saúde.

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Mesa Redonda22

PELE E SUAS MANIFESTAÇÕES

Coordenador: Luiz Gonzaga da Silva (RN)Apresentadores:

Joel Schwartz (RS) – Psicodermatoses comuns e suasterapêuticas.

Marta Wallig Brusius Ludwig (RS) – Aspectos psicossociais noadoecimento da pele.

Roberto Doglia Azambuja (DF) – Psiconeuroimunologia e pele.

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Psiconeuroimunologia e pele

Roberto Azambuja

Às funções conhecidas da pele, de barreira, fotoproteção, sensorial, proteção mecânica,hidreletrolítica, metabólica, informativa, reguladora da tensão arterial e do fluxo sanguíneo,termorreguladora, emunctória, respiratória, endócrina, secretora de foromônios eautopurificadora somaram-se, após o início das pesquisas em psiconeuroimunologia (PNI), asfunções de imunovigilância avançada e de participação na rede psicossomática do organismo.As descobertas em PNI evidenciaram que as células do sistema nervoso transmitemmensagens, provindas do córtex cerebral sob a forma de pensamentos, transformando-as emcorrespondentes bioquímicos de três tipos: neurotransmissores, como serotonina, aceticolina,noradrenalina, L-DOPA, GABA, opióides; neuropeptídios, como substância P, VIP,somatostatina, neuropeptídio Y, CGRP, neurocinina K e outros, e neurormônios, como CRH,ACTH, FSH, TSH, hormônio luteinizante, prolactina, hormônio do crescimento ecorticosteróides. Na pele, encontram-se receptores para todos os comunicadores químicosproduzidos pelo cérebro, fato que torna a pele capaz de tomar conhecimento de tudo o que sepassa no sistema nervoso central. Verificou-se, depois, que a pele também envia suasmensagens ao sistema nervoso e, surpreendentemente, segregando os mesmos mediadoresque o cérebro utiliza. Seria, então, a pele o cérebro externo. As terminações nervosassensoriais e autônomas formam o componente neural da pele, os linfócitos residentes, ocomponente imunológico, e os ceratinócitos, células de Langerhans, melanócitos,fibroblastos, mastócitos, adipócitos e células endócrinas, o componente endócrino,constituindo-se, assim, um sistema neuroimunocutaneoendócrino. Pele e sistema nervosocomunicam-se permanentemente usando a mesma linguagem bioquímica. Isso é demonstradopelas alterações funcionais que a pele exibe sob a influência de estresse psicológico e pelasmanifestações clínicas sob a forma de dermatoses iniciadas, mantidas ou influenciadas peloestresse, rotuladas como psicodermatoses.

Palavras-chave: Psiconeuroimunologia. Psicodermatoses. Sistema neuroimunocutaneoendó-crino.

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Aspectos psicossociais no adoecimento da pele

Martha Wallig Brusius Ludwig1

A pele é maior órgão do corpo humano e tem grande importância quanto ao que representaem termos de construção do psiquismo. Desde o nascimento, o do toque do cuidador éfundamental, e além de denotar carinho e cuidado, vai delimitando para o bebê qual otamanho do seu corpo. Desde então, já está sendo construída a estrutura psíquica da criança,de forma que seu desenvolvimento mental e emocional vai depender de uma relação seguracom os seus cuidadores. A doença de pele, que dependendo da localização no corpo é semprevisível, denota muitas vezes a noção de sujo, contagioso e feio, o que pode influenciar nasrelações interpessoais dos indivíduos acometidos, gerando sofrimento, prejuízospsicossociais, na qualidade de vida, e em diferentes contextos da sua vida. As formas deprevenção e intervenção são diversas. Podem incluir desde o trabalho junto aos cuidadores debebês saudáveis, educando sobre a importância e significado da pele; a educação dapopulação em geral sobre o não contágio das doenças, a fim de se trabalhar o preconceitosofrido pelos pacientes dermatológicos; o tratamento médico-psicológico propriamente ditojunto aos pacientes, a fim de controlar e reduzir a sintomatologia e auxiliar os pacientes noentendimento da sua doença e manejo das situações de vida, dentre outras. A avaliação deaspectos psicossociais junto aos pacientes dermatológicos é fundamental. Além de oferecerum conhecimento maior do paciente, possibilita acompanhar a evolução de cada paciente e oresultado dos tratamentos. Na literatura científica são encontrados instrumentos de avaliaçãoda auto-estima, da qualidade de vida geral e específica, dos sintomas de ansiedade edepressão, de stress, de estratégias de enfrentamento (Coping), entre outros. Todos osinstrumentos podem auxiliar tanto o paciente quanto os profissionais envolvidos, pois além deintervir no aspecto físico, a pele, trabalham-se os aspectos psicossociais envolvidos,denotando um tratamento mais integrado, que considere o adoecimento do ser humano doponto de vista biopsicossocial, tendo o aporte da psicossomática como plano de fundo.

Palavras-chave: Pele. Psiquismo. Intervenção. Aspectos psicossociais.

1Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul / Porto Alegre - RS

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Psicodermatoses comuns e suas terapêuticas

Joel Schwartz

Psicodermatoses são dermatoses desencadeadas, causadas e/ou agravadas por fatoresemocionais. Para o dermatologista deve ser sempre um diagnóstico de exclusão, porquemuitas vezes as psicodermatoses (dermatites artefactas ou facticias) assemelham-se a outrasdermatoses primárias. 20 a 40% das doenças de pele são influenciadas, agravadas oucausadas, pelo estado emocional.

Palavras-chave: Psicodermatoses.

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Mesa Redonda23

COMUNICAÇÃO: DA SAÚDE AO ADOECIMENTO

Coordenador: Janice Hulak (PE)Apresentadores:

Daniel Tornaim Spritzer (RS) – As armadilhas da comunicaçãona era da internet.

Márcia Benetti Machado (RS) – Jornalismo e representação dasaúde nas revistas semanais de informação.

Maria Schuler (SP) – Palavra: expressão e veículo da energia decura.

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Jornalismo e representação da saúde nas revistas semanais de informação

Márcia Benetti Machado1

As quatro principais revistas de informação brasileiras (Veja, Época, IstoÉ e Carta Capital)são responsáveis pela circulação semanal de quase 2 milhões de exemplares e alcançam,estimativamente, 8 milhões de leitores. No mundo contemporâneo, o jornalismo se instituicomo um lugar de produção de sentidos sobre diversos campos do conhecimento, tendo asaúde como um de seus temas preferenciais. Ancorado nas noções de verdade e credibilidade,o jornalismo ocupa um lugar de enunciação a partir do qual parece autorizado a “tratar dosassuntos relevantes do mundo”. Porém, ao produzir determinados sentidos e silenciar outros,o jornalismo contribui para estruturar a percepção da realidade, referendando certas práticassociais e estabelecendo parâmetros sobre “o normal” e “o desejável”. Pesquisa que estamosdesenvolvendo indica que 30% das capas das revistas semanais de informação são dedicadasa temas de comportamento, incluídas aqui as reportagens sobre saúde. Nossa pesquisatambém aponta que o jornalismo de revista trabalha com uma ontologia das emoções,construindo seu discurso com base em um vínculo emocional sobre os principais vetores demedo do homem contemporâneo: a inadequação, a exclusão, o fracasso, a doença, oenvelhecimento e a morte.

Palavras-chave: Comunicação. Jornalismo. Saúde. Revistas. Representação.

1Universidade Federal do Rio Grande do Sul / Porto Alegre - RS

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As armadilhas da comunicação na era da internet

Daniel Tornaim Spritzer

Com o grande avanço tecnológico das últimas décadas, principalmente no que tange àeletrônica e à informática, a Internet e os jogos eletrônicos tornaram-se cada vez maispopulares. O videogame, sem dúvida alguma, passou a ser uma das mais importantesatividades de lazer para crianças e adolescentes. Os usuários de Internet, porém, não incidemem uma faixa etária ou segmento mais específico, sendo esta utilizada amplamente porpessoas de todas as idades e todos os estratos sócio-econômicos no mundo todo. De acordocom a Internet World Stats, 1,73 bilhões de pessoas tinham acesso à Internet em setembro de2009, o que representa 25,6% da população mundial. A Internet tem possibilitado a formaçãode novas formas de interação, organização e atividades sociais, graças as suas característicasbásicas, como o uso e o acesso difundido. Redes sociais, como Facebook, Orkut, Twitter,entre outras, têm criado uma nova forma de socialização e interação. Os usuários dessesserviços são capazes de adicionar uma grande variedade de itens as suas páginas pessoais, deindicar interesses comuns, e de entrar em contato com outras pessoas. Porém, a Internet nãotraz apenas vantagens para seus usuários. Seu uso intenso pode ocasionar, para determinadosindivíduos, prejuízo significativo em diversas áreas de suas vidas. Além da possibilidade dealgumas pessoas ficarem dependentes da Internet e dos serviços que esta oferece, as novasformas de comunicação mediada pelo computador podem também levar a condiçõespatológicas no que tange os relacionamentos interpessoais. O objetivo deste trabalho éexaminar as maneiras pelas quais as novas formas de relacionamento e o uso intenso daInternet podem ocasionar consequências negativas significativas para adultos e,principalmente, para adolescentes.

Palavras-chave: Internet. Comunicação mediada por computador. Interatividade.Sociabilidade.

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Mesa Redonda24

COMPULSÕES: O REFLEXO DAS EMOÇÕESNEGATIVAS

Coordenador: Luiz Henrique Milan Novaes (SP)Apresentadores:

Margareth da Silva Oliveira (RS) – Impulsividade e compulsãopor comprar.

Maria Angélica Nunes (RS) – Compulsão alimentar.Sérgio de Paula Ramos (RS) – Álcool e outras drogas.

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Impulsividade e compulsão por comprar

Margareth da Silva Oliveira

INTRODUÇÃO: O comprar compulsivo, também chamado de oniomania, é considerado umproblema com alta incidência, sendo relativamente desconhecido e pouco definido. Pretende-se, com este trabalho, fazer uma breve revisão de literatura internacional sobre o tema, a fimde compreender melhor o fenômeno e formas de manejo. METODOLOGIA: Foi feita umabusca no Pubmed/Medline, utilizando-se os seguintes descritores: compulsive buying,pathological buying, compulsive buying disorder and treatment for compulsive bying. Artigosempíricos e de revisão, publicados entre 2001 e 2010 foram incluídos, bem como capítulos delivros. MARCO CONCEITUAL: Os atuais modelos etiológicos para o comprar compulsivo,carecem de poder explicativo e, até o momento, os resultados que se mostraram mais eficazesforam alcançados através de intervenções cognitivo-comportamentais e dos inibidoresseletivos de recaptação de serotonina (ISRS). Neste trabalho utiliza-se da abordagemcognitiva-comportamental para o entendimento e intervenção do fenômeno. RESULTADOS:A Oniomania foi descrita em 1915 por Kraepelin. É uma síndrome que apresentapensamentos invasivos e incômodos para comprar. Tal síndrome, para ser assim considerada,deve preencher no mínimo uma das seguintes proposições:1) a. pensamentos incômodos einvasivos referentes à compras ou impulso de compras vivido como irresistível, intrusivoou sem sentido. b. Compras freqüentes superiores aos recursos financeiros, comprasfreqüentes de objetos inúteis, ou compras acima do esperado. 2) Os pensamentos, impulsos ouo comportamento mal-adaptativo, provocam um profundo mal-estar, consomem temposignificativo, perturbam significativamente funcionamento social/lazer ou resultam emprejuízos/dificuldades financeiras. 3) O comportamento de compra excessiva não apareceapenas durante períodos de mania ou hipomania. O comprar compulsivo é altamentefreqüente: um estudo americano aponta que 6% dos adultos apresentam dificuldade decontrolar suas compras, sendo que 90% são mulheres, casadas (54%) e que, em média,começam a comprar compulsivamente aos 18 anos; na França, um estudo com 143 pessoas,mostrou que 45% da amostra fazia compras compulsivas. As principais compras compulsivasidentificadas por Christenson, em sua pesquisa, foram: roupas (96%), sapatos (75%), jóias(42%) e produtos de beleza (33%), entre outros. O comprar compulsivo é entendido como umproblema multifatorial que inclui fatores biológicos, psicológicos e socioculturais, cujaetiologia ainda não está clara. Uma das elucubrações é que estes fatores, associados a umestressor, desencadeiam emoções negativas que podem levar aos episódios de comprascompulsivas. Outra hipótese seria a influência que fatores contemporâneos como o valor quese dá ao dinheiro e o apelo da mídia ao “ter” em detrimento do “ser” exercem para a formaçãodo quadro. Esse transtorno normalmente está associado a co-morbidades, como a depressão,ansiedade, dependência de substâncias e transtornos de personalidade, requerendo tratamentospsicoterápicos ou combinados. Quanto ao tratamento psicoterápico, as técnicas cognitivo-comportamentais mais utilizadas para o comprar compulsivo são a exposição e prevenção derespostas (EPR), prevenção de recaída, resolução de problemas e reestruturação cognitivasendo esta a principal, pois objetiva mudar o pensamento que está disfuncional, provocandouma mudança no desejo de comprar compulsivamente. CONSIDERAÇÕES FINAIS:Maiores estudos para a compreensão da etiologia e manejo do comprar compulsivo sãonecessários. É importante ressaltar que no tratamento do quadro, muitas vezes é necessária autilização de psicofármacos para a obtenção de resultados mais eficazes.

Palavras-chave: Comprar compulsivo. Tratamento. TCC.

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Mesa Redonda25

FELICIDADE: UMA QUESTÃO DE QUALIDADEOU ESTILO DE VIDA?

Coordenador: Bernardo Trespalacios (SP)Apresentadores:

Eugênio Paes Campos (RJ) – Felicidade: o que és afinal?Wilson Oliveira Júnior (PE) – Qual o impacto das emoções

positivas na prevenção das doenças cardiovasculares.

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Felicidade: o que és afinal

Angela Justo Tramontini

A compreensão do aprimoramento humano que se dá com base na construção do prazer edesprazer, permite o crescimento através das experiências vivenciadas e estimula a busca emanutenção do equilíbrio. Gera um movimento com origem na motivação ou em agentespropulsores proporcionando o crescimento interno. Este movimento harmônico desencadeiasituações de bem-estar e equilíbrio reconhecidos como de felicidade. A felicidade pode serentendida como situação de bem-estar, desenvolvida pela capacidade de controlar e dirigir aprópria vida, nos seus aspectos biopsicossociais. O equilíbrio das perdas, ganhos eexperiências anteriormente vividas (motivação, relações sócio-familiares, atividade,sentimento e saúde) gera a percepção de felicidade. A percepção da felicidade resulta doolhar sobre a vida, com os parâmetros estabelecidos através dos marcadores biopsicológicos esocioculturais presentes nas etapas do desenvolvimento humano. Para melhor atender estareflexão estruturei para responder os seguintes tópicos: -“Psicobiologia do Prazer”, aevolução e a anátomofisiologia do cérebro humano, tendo como eixo integrador as emoções,priorizando o prazer. “Necessidade, Motivação e Felicidade”, identifica a relação entrenecessidade e motivação humana. -“Inter-relação da felicidade e equilíbrio” apresenta afelicidade como adequação das emoções e sentimentos, visando ao equilíbrio a partir dacapacidade de estruturar e reestruturar os episódios da vida. “Felicidade e agentesmotivacionais externos”, como os estímulos externos interferem na percepção da existência.Assim a vida é “[...] um sistema instável no qual, a cada instante, o equilíbrio se perde e sereconquista” (Beauvoir, 1990, p. 17).

Palavras-chave: Felicidade. Equilíbrio. Bem-estar.

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Mesa Redonda26

CORPO: EXISTÊNCIA OU EXPERIÊNCIA

Coordenador: Ricardo Rogério Cruz (RJ)Apresentadores:

Jorge Trindade (RS) – Erotização infantil.Mário Fleig (RS) - O corpo real e o corpo simbólico.

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O corpo real, o corpo simbólico e o corpo imaginário

Mário Fleig

O conceito de corpo é tradicionalmente oposto ao de psiquismo, como aparece em Platão,indicando sua dimensão persecutória. Freud o relaciona à conversão histérica e à pulsão, queposteriormente recebe a elaboração de Lacan, com as noções de corpo próprio, imagemespecular, corpo real, corpo simbólico, corpo dos significantes e objeto a e o enodamentoborromeano. A dessubjetivação do corpo pode ser tomada como o desenodamento do corporeal, imaginário e simbólico, como se passa em certos quadros psicóticos, de modo exemplarna síndrome de Cotard, ou nos fenômenos holofrásticos dos quadros denominados depsicossomáticos. O corpo imaginário remete à imagem do corpo enquanto precipitação daapreensão da imagem unificada do eu a partir da imagem que lhe remete o “espelho” doOutro. A imagem especular resulta da conjunção do corpo real, enquanto orgânico, daimagem do Outro e da imagem que o Outro lhe propõe, assim como das palavras dereconhecimento desse mesmo Outro. O corpo imaginário é também o saco furado dos objetosa, pedaços de corpos imaginariamente perdidos que constituem a falta que causa o desejo edetermina a erotização dos orifícios pulsionais como lugar do gozo. O corpo simbólico seconfigura como corpo dos significantes a partir das falas que veiculam o desejo do Outro econstituem a alienação simbólica na qual se conforma a identidade do sujeito. Se o conceitode real conota o impossível, o real do corpo é constituído por tudo o que, do corpo, escapa ouresiste às tentativas de imaginarização e de simbolização, como a diferença anatômica dossexos e a morte, enquanto inevitável destruição do soma. O bom enodamento dos trêsregistros do corpo permite uma consistência subjetiva mínima como defesa contra oinexorável destino da impossibilidade de vencer a morte e de alcançar uma proporcionalidadeentre os sexos. A noção de holófrase dos significantes, pelo congelamento da diferença entreos significantes, poderia abrir uma perspectiva para a clínica psicanalítica dos fenômenospsicossomáticos.

Palavras-chave: Corpo real. Corpo simbólico. Corpo imaginário. Fenômenos holofrásticos.

Outro.

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A erotização infantil

Maria Kath Sattler

O trabalho aborda, inicialmente, uma visão histórica do tema sexo e sexualidade, relacionadoà infância. Aborda a questão dos estímulos atuais a que as crianças estão expostas e aspossíveis conseqüências no desenvolvimento da sua sexualidade. Reflete sobre de quem seriaa responsabilidade principal do que está ocorrendo hoje: das próprias crianças e adolescentes,como parece pensar a maior parte das pessoas, ao se considerar as críticas dirigidas a elas?Dos pais? Da mídia? Da cultura brasileira? É possível sonhar com o senso pessoal deresponsabilidade coletiva, no desenvolvimento de nossas crianças?

Palavras-chave: Desenvolvimento da sexualidade. Erotismo infantile. Responsabilidades.Estímulos sexuais na infância.

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TEMAS LIVRES

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O sintoma de automutilação como expressão da angústia de aniquilação

Adriana Vilano DinamarcoAvelino Luiz Rodrigues

Este trabalho tem como objetivo a análise exploratória do sintoma de auto-mutilação, com ointúito de investigar as representações mentais presentes neste comportamento e ossignificados deste ato sob os referenciais teóricos da Psicanálise Freudiana quanto à formaçãode sintomas, narcisismo e fetichismo. Utilizando como objeto de estudo os relatos einformações expostas por um grupo brasileiro que se denomina praticante de auto-mutilaçãocom objetos cortantes e perfurantes, encontrado em uma rede de relacionamentos amplamentedivulgada e de domínio público, o ORKUT, sob o nome de SELF-MUTILATION ADDICTS.A metodologia deste trabalho utiliza o método quantitativo e o qualitativo; este exposto porTurato (2003) que prioriza o significado do fenômeno, buscando a compreensão de como estemodifica e organiza a vida daqueles que possuem o sintoma. A análise quantitativa éempregada às informações relatadas na HOME (página principal, semelhante a umquestionário dirigido) de cada integrante do grupo, buscando as relações entre o tipo defilmes, livros, musicas, religiões, idade e outros aspectos, procurando articular ascaracterísticas sociais e psicológicas dos integrantes deste grupo. Já a análise qualitativacorresponderá às informações obtidas nos tópicos de discussão expostos na comunidade SelfMutilation Addicts, que foram propostos espontaneamente pelos usuários ou pelo DONO,sendo dados públicos e divulgados na Internet. Os tópicos expostos na comunidade emquestão foram submetidos à análise exploratória utilizando o referencial psicanalíticofreudiano quanto à formação de sintoma, narcisismos, fetichismo. Concluiu-se que os temasdos tópicos da comunidade possuem em comum a exaltação do sintoma, o qual marca muitosaspectos da vida psíquica de seus integrantes. Ressalta-se que o ato de se auto-mutilar paraeste grupo, entre vários significados, simboliza a possibilidade, em uma tentativa patológica,de sentir-se vivo, o sangue e a dor aparecem quase na esfera do espetáculo.

Palavras-chave: Aspectos psicossociais. Automutilação. Impulso (pulsão). Relações mente-corpo. Contemporaneidade. Comunidades virtuais de relacionamentos.

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Reflexões acerca das neuroses atuais na era dos transtornos somatoformes

Iolanda RissoAvelino Luiz Rodrigues

Este trabalho tem como proposta fazer uma reflexão sistemática sobre uma das categorias dostranstornos somatoformes: o transtorno de somatização, que, na clínica médica se aproximame tendem a ser classificados como Síndromes Somáticas Funcionais (SSFs), caracterizadasmais por sintomas, sofrimento e incapacidade do que por patologias específicas, e incluemfibromialgia, síndrome do intestino irritável (SII), síndrome da fadiga crônica, váriassíndromes dolorosas, entre outras (Bombana – 2006). Segundo a CID 10, os aspectosprincipais são sintomas múltiplos, recorrentes e freqüentemente mutáveis, os quais em geraltem estado presentes por vários anos antes que o paciente seja encaminhado para umprofissional de saúde mental. A maioria dos pacientes que apresenta este transtorno tem umalonga e complicada história de contato com serviços médicos, tanto primários quantoespecializados, durante a qual muitas investigações negativas ou operações infrutíferas podemter sido realizadas. Em algumas situações o médico sente-se incomodado e procura dispensarrapidamente o paciente que, em sua opinião “não tem nada”, ou cujo problema “não está nocorpo, mas na cabeça. Nesses casos é freqüente o diagnóstico de “distonia neuro-vegetativa”(DNV) ou o rótulo pejorativo de “peripaque”, “piti” ou “paciente poliqueixoso. Este estudoserá realizado, partindo de uma articulação do transtorno de somatização com os estudos deFreud sobre as peculiaridades das neuroses atuais, sobre a qual despendeu tantos esforços efoi, silenciosamente, perdendo sua importância e caindo no abandono. Ocorre porém, que essaantiga noção, de alta importância teórica, se aproxima a algumas concepcões recentes sobre asafecções psicossomáticas, destacando-se a sintomatologia somática – em oposição asintomatologia psíquica das psiconeuroses – e a intricada separação entre temporalidade esexualidade. Freud percebia um evento contemporâneo que marcava o desencadeamento daneurose atual, colocando a não satisfação da libido nesse lugar etiológico. Hoje é possívelampliar esta noção e pensar na especial suscetibilidade ao acontecimento (fato) verificada nosomatizador. Para viabilizar o objetivo deste trabalho será efetuado um levantamentobibliográfico com base no referencial teórico da psicanálise e alguns autores dapsicossomática, ilustrando com fragmentos de um caso clínico. A relevância dessa pesquisa sedá no desafio de introduzir uma articulação entre esses dois termos para que nos permitampensar e compreender com maior clareza sobre o entrelaçamento entre neurose atual e asconcepções psicanalíticas contemporâneas sobre transtorno de somatização.

Palavras-chave: Transtornos somatoformes. Somatização. Transtorno de somatização.

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As relações mente-corpo sob a perspectiva do narcisismo

Walter Lisboa OliveiraAvelino Luiz Rodrigues

O desenvolvimento das ciências biológicas deu-se principalmente, sob uma ótica positivista, apartir do qual o corpo foi entendido como uma estrutura pura e simplesmente fisiológica.Hoje, principalmente sob influência do pensamento freudiano, já se busca entender o homematravés de um monismo ontológico, no qual corpo e mente estão em constante interação.Nessa perspectiva, influenciada em grande medida pela Psicanálise, surgiu a MedicinaPsicossomática, a qual também traz contribuições para ampliar esse olhar sobre o homem,definindo-o como um ser biopsicossocial. Com isso, constituiu-se um arcabouço teórico, comcompreensões satisfatórias para muitas das dores, sofrimentos e enfermidades que fugiam doentendimento da medicina, evidenciando dentre os diversos fatores etiológicos as influênciaspsíquicas para determinados males físicos. Tais conclusões foram decorrentes da constataçãode que um dado conflito psíquico, persistindo, geraria um estado de tensão que buscaria umescoamento por vias emocionais e somáticas, a fim de favorecer a homeostase psíquica. Noentanto, se por um lado tal raciocínio contribui com um estreitamento das relações mente-corpo, por outro, muitas vezes, outro aspecto dessas relações acabaram por ficar à margemdos estudos empreendidos pelas ciências do psiquismo: a relação mente-corpo além domecanismo da formação de sintomas. No clássico texto “Sobre o Narcisismo – uma breveintrodução”, Freud, compreende o narcisismo através da observação de alguns fenômenosorgânicos. Conclui que existe um processo libidinal dinâmico, cujo investimento se alternaentre o “eu” e demais objetos externos. No que concerne a dor orgânica, afirmou-a como umprocesso erógeno, na medida em que, por conta desta, há um direcionamento de estímulosexcitantes em direção à vida psíquica. Partindo dessas considerações, o presente estudo temcomo objetivo fazer uma reflexão clínica e teórica de alguns aspectos da teoria psicanalítica,no tocante às relações mente-corpo e o adoecimento orgânico sob a perspectiva donarcisismo. Na contínua interação com a mente, o corpo tende a ser percebido como um meropalco de representações e conflitos psíquicos. No entanto, admitindo-se essa dimensãosimbólica, deve-se reconhecer que este corpo entra no jogo psíquico, interferindo ativamentena no equilíbrio psíquico. Dessa forma, estando imerso em uma sociedade narcisista que temvalores como a produtividade, a beleza e a saúde, o corpo adoecido afasta o sujeito darealização de seu ideal de eu, provocando uma ferida narcísica.

Palavras-chave: Narcisismo. Relações mente-corpo. Psicanálise. Medicina psicossomática.

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Qualidade de vida em adolescentes com acne: aspectos psicossomáticos,familiares e sociais

Meire Luciana de Lima PintoValéria Petri

A acne vulgar é doença comum que consiste em anomalia do processo de queratinização dapele. Caracteriza-se pelo aparecimento de lesões típicas inestéticas, inflamatórias ou não, eatinge, via de regra, a face e o tronco, onde aparecem “cravos” e “espinhas” que podemprovocar repulsa e rejeição social. A adolescência constitui a faixa etária mais atingida pelaacne vulgar, coincidindo com os conflitos inerentes a essa fase da vida: dificuldades nasrelações afetivas e familiares, turbulência na construção da identidade, prejuízos da auto-estima e do autoconceito, distorções da auto-imagem e estados depressivos. No presentetrabalho o autor associa a ocorrência da acne vulgar com os problemas próprios daadolescência, lançando mão do conceito de qualidade de vida, ou seja, relacionando a saúdecom elementos psicofísicos e sociais. Foram entrevistados 30 adolescentes com acne vulgar,no Instituto da Pele na UNIFESP, empregando o teste específico SF-36 sobre Qualidade deVida e questionário do próprio autor, objetivando avaliar auto-imagem, auto-estima,autoconceito, relações familiares e sociais e expectativas ligadas ao tratamento da acne. Foiutilizado o programa SPSS, versão 13, para efetuar as análises desse estudo. Foram aplicadosos testes Qui-quadrado e Fisher, para as variáveis categóricas, de nível nominal ou ordinal, etestes de Spearman, Mann-Whitney e Friedman, para as variáveis quantitativas de nívelintervalar. Foi também realizada análise qualitativa dos resultados dos questionários.Podemos concluir que as implicações psíquicas da afecção cutânea podem acarretar seqüelasemocionais; o tratamento auxilia na melhora da qualidade de vida. O teste SF-36 não revelouresultados significativos.

Palavras-chave: Acne. Adolescentes. Psicossomática. Qualidade de vida.

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A caixa lúdica Old: possibilidades psicodiagnósticas

Liliana LeonardiAvelino Luiz Rodrigues

O envelhecimento implica numa alteração Bio-Psico-Social, que reflete um processoindividual , podendo ser vivido e resolvido diferentemente de acordo com capacidadeadaptativa, ou seja, a possibilidade de articulação entre as capacidades do indivíduo e osrecursos do meio.Em função do aumento da população idosa torna-se fundamental investigaras condições que interferem no bem-estar na senescência e os fatores associados à saúde dosidosos.O processo psicodiagnóstico envolve uma situação bi-pessoal, com duração limitada(aproximadamente três encontros neste estudo) cujo objetivo é obter uma descrição ecompreensão, a mais completa e profunda possível da personalidade total do paciente.Oobjetivo deste estudo é o desenvolvimento e a utilização de uma nova técnica deprocedimento psicodiagnóstico:caixa lúdica old. Utilizando o modelo da caixa lúdica infantil,a técnica proposta possibilitou que cada um dos idosos depositasse em uma caixa vaziaobjetos de sua preferência, permitindo a expressão simbólica de seus conteúdos e de seumundo interno, as circunstâncias de sua história pessoal, de seu grupo familiar e etário. Aamostra envolve 8 idosos, distribuídos da seguinte forma: Hospital Universitário daUSP:2(dois),Faculdade Aberta à Terceira Idade: 2 (dois),Instituição Asilar Particular: 2(dois),Clínica Psicológica da USP: 2(dois).Total: 08 participantes.Foram utilizadas: aentrevista psicodiagnóstica semi-estruturada, o mini exame do estado mental (importanteinstrumento de rastreio de comprometimento cognitivo, sem atuar como critério deexclusão),a caixa lúdica old e a entrevista devolutiva. Os dados obtidos pelo procedimento dacaixa lúdica old contribuirão de forma significativa para o psicodiagnóstico.O processo deconstrução forneceu informações sobre o indivíduo, analisadas posteriormente de maneiraqualitativa, buscando uma compreensão cada vez maior do paciente.A pesquisa foi aprovadapelos comitês de ética do Hospital Universitário e Clinica Psicológica da USP.Os resultadospreliminares apontam para a utilização da caixa lúdica old enquanto um recurso que permite adetecção de vivências que revelem aspectos dos conteúdos do mundo interno, inclusiveprincipais defesas através da criatividade, ousadia, sensibilidade, permitindo insights, relatosda história de vida e suas significações,associação de idéias, a livre expressão do mundointerno e compreensão da personalidade total destes pacientes.

Palavras-chave: Psicodiagnóstico. Envelhecimento. Psicologia clínica.

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Sintomas depressivos e composição corporal de idosos e de pacientes comdoença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)

Patrícia Érika de Melo MarinhoRicardo Oliveira Guerra

Célia Maria Barbosa CastroMaria Cristina Raposo F. Raposo

Arméle Dornelas de Andrade

A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é caracterizada por uma resposta inflamatóriasistêmica envolvendo mediadores inflamatórios (TNF-_, IL-6, IL-2, IL1-_) que podemresultar em manifestações extra-pulmonares importantes, a exemplo da presença de alteraçõesna composição corporal. Além desse aspecto, a DPOC pode vir acompanhada de depressão,cuja prevalência varia em torno de 42%, podendo ser maior nos quadros de depressãosubclínica, conhecida como sintomas depressivos. Como a DPOC, a depressão e oenvelhecimento apresentam em comum a presença de baixos níveis de inflamação sistêmica eessas sendo acompanhadas por repercussões sistêmicas, não sabemos como algunsmarcadores da inflamação se comportariam entre pacientes com DPOC e idosos mediante apresença de sintomas depressivos. Objetivo: avaliar as relações entre os níveis de cortisol, IL-2 e TNF-_ entre idosos com e sem a DPOC apresentando ou não sintomas depressivos.Métodos: Participaram do estudo 40 DPOC e 53 idosos sem doença pulmonar crônica. Foramavaliados a presença de sintomas depressivos (Geriatric Depression Scale - GDS-15),dosagem dos marcadores inflamatórios IL-2 e TNF-_ e cortisol sérico, número decomorbidades, anos de fumo e quantidade de maços-ano de cigarros e mensurados índice demassa corporal (IMC), massa magra (FFM), massa gorda (FM), índices e percentuais demassa magra e massa gorda (FFMI, FMI, FFM%, FM%) e parâmetros espirométricos.Resultados: A prevalência de sintomas depressivos foi maior no grupo dos pacientes DPOC.O número de comorbidades foi maior entre aqueles com sintomas depressivos. Não foramencontradas diferenças quanto aos níveis de IL-2, TNF-_, cortisol, número de anos de fumo emaços-ano entre os grupos. O grupo DPOC apresentou menor IMC e conteúdo gordo e maioríndice de massa magra assim como maior freqüência de depleção nutricional em relação aosidosos. Conclusão: A prevalência de sintomas depressivos e a presença de alterações nacomposição corporal, embora sem alterações entre os marcadores inflamatórios, pode refletirprocesso inflamatório sistêmico, especialmente entre os pacientes DPOC. Faz-se necessárioinvestigar os sintomas depressivos assim como o conteúdo gordo e magro da composiçãocorporal devida a preservação do IMC entre os depletados. O sub-diagnóstico dos sintomasdepressivos assim como a ausência de tratamento para os referidos sintomas podem estarcontribuindo para o elevado número de comorbidades.

Palavras-chave: Depressão. Fisioterapia. Idosos. DPOC.

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Subtratamento da sintomatologia depressiva entre idosos residentes eminstituições de longa permanência e na comunidade

Patrícia Érika de Melo MarinhoKeyla P. B. Melo

Amanda D. ApolinárioEmanuele Bezerra

Júlia FreitasDiógens M. Melo

Ricardo Oliveira GuerraArméle Dornelas de Andrade

A depressão constitui importante problema de saúde pública em virtude de estar associado adoenças crônicas, déficit cognitivo, incapacidades e risco de suicídio entre os idosos. Entreeles, a depressão pode se apresentar predominantemente pela manifestação de sintomasfísicos. Quanto aos sintomas psíquicos, esses também podem passar despercebidos, sendoconsiderados naturais para essa faixa etária. No entanto, a depressão subsindrômica ousublimiar, conhecida como sintomatologia depressiva, por não caracterizar claramente oquadro depressivo, pode mais facilmente passar despercebida. A dificuldade dereconhecimento da sintomatologia depressiva entre idosos em geral e institucionalizados emparticular preocupa, uma vez que essa condição normalmente vir acompanhada de danosfuncionais e incapacidades psicossociais, podendo caminhar para quadro depressivo maior,com impacto sobre a vida do idoso. Como a sintomatologia depressiva pode se apresentarassociada a déficit cognitivo, a presença de comorbidades, a fatores sociais e ao sexo, opresente estudo teve como objetivo avaliar a presença de sintomatologia depressiva entreidosos residentes em instituições de longa permanência (ILPs) e na comunidade na regiãometropolitana da cidade do Recife, Brasil. Metodologia: Oitenta e um idosos nas ILPs (idademédia de 75,55±9,18 anos) e 132 idosos (idade média de 73,14±8,27 anos) na comunidadeforam avaliados. A sintomatologia depressiva foi avaliada através da escala de depressão emgeriatria (GDS-15), o estado cognitivo através do mini exame do estado mental (MMSE) ecapacidade de realização das atividades de vida diária (AVD) através do Índice de Katz.Foram registrados as comorbidades e o uso de medicamentos. Resultados: Os idosos das ILPsapresentaram mais sintomas depressivos (p < 0,001) e mais dependência (p < 0,001). Nãoforam observados diferenças no MMSE (p = 0,058). Os idosos da comunidade apresentarammais comorbidades e os idosos das ILPs maior consumo de medicamentos (p < 0,001 e p<0,001 respectivamente) De acordo com a análise multivariada (regressão logística), pertencerao sexo masculino, não ter companheiro e ter baixa escolaridade se apresentaram comofatores de risco para a sintomatologia depressiva. Em conclusão, na maior parte dos idososcom sintomas depressivos não foi observado tratamento medicamentoso para depressão.

Palavras-chave: Depressão. Fisioterapia. Idosos.

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As emoções na terceira idade

Victor Hugo Belardinelli

A emoção é conceituada como uma reação repentina e total do organismo, que permiteromper seu equilíbrio fisiológico e psíquico. Pode atuar como um poderoso motivador daconduta humana e responder com um estado afetivo agradável ou penoso. Já a velhice é umprocesso que tendo se iniciado no nascimento, percorre um caminho longo e lento. Não háetapas distintas, permitindo apenas fazer uma classificação etária como: 1ª. Criança, 2ª.Adulto, 3ª. Velho. Objetivo: Identificar as condições físicas e mentais, bem como os hábitospróprios ou os estereotipados pela sociedade, que interferem ou até comandam o modusvivendi dos idosos. Metodologia: A pesquisa bibliográfica junto à atividade profissional,permitiram analisar diversos conteúdos psicossomáticos do tema. Marco conceitual: Avelhice não é definida se, para tal, for apenas considerada uma determinada idade.Resultados: O incremento do volume e da proporção dos indivíduos de idade maior deve serconsiderado como um ganho. Os idosos por terem já vivenciado todas as etapas da vida estãoprovidos de muita experiência, aplicáveis na adequação das características da idade,permitindo um estado de vida com mais satisfação. Por outro lado, os velhos estão sujeitos àdescompensações, onde se destaca: o estado depressivo, associado ou não, a estresse. Não ésurpreendente que este fato passe desapercebido aos idosos pela desatenção, pouca divulgaçãoe deficientemente diagnosticado. Conclusões: Há uma certa equidade entre adultos e velhos.O cérebro envelhecido tem plenas condições de compensar deficiências valendo-se de seusaber. Os idosos que possuem boa sustentação afetiva, intelectual e lazer, incluindo asexualidade, conseguirão manter seu ânimo e seu sistema imunológico funcionandoadequadamente. Velhice não é doença. Portanto, não necessita de tratamento, mas sim, deatenção e liberdade com a auto-determinação adequada. Os velhos de ambos os sexos sãoseres emocionais como em todas as idades da vida.

Palavras-chave: Emoções. Idosos. Terceira idade.

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Coração partido compartilhado: estudo de irmãos de crianças cardiopatas

Andréa DóreaAvelino Luiz Rodrigues

O adoecer interfere no equilíbrio do sistema familiar: a doença é sempre experimentada deforma coletiva. Em muitos casos, as necessidades da família excedem às do paciente.Portanto, cada vez mais o que se observa é que a família é considerada um paciente passívelde atendimento tanto quanto aquele que realmente adoece. A vida psíquica de quem temirmãos é profundamente afetada por esta relação. A relação fraterna permite o aprendizado deuma gama de habilidades e sentimentos. Assim, trata-se de um verdadeiro laboratório para asrelações sociais que serão experimentadas dento e fora da família. O irmão sadio é muitasvezes o membro familiar mais próximo do paciente. No entanto, o foco de estudos eintervenções centra-se nos pacientes pediátricos e seus pais. Este trabalho tem como objetivoexplanar sobre os efeitos psicológicos da cardiopatia congênita do irmão em criançassaudáveis e sobre a importância de intervenções com essa população. O método utilizado foio clínico-qualitativo com a análise da literatura e estudos de casos realizados através deentrevistas clínicas semidirigidas com os pais e observação de hora lúdica com crianças irmãsde cardiopatas. A análise do material coletado foi interpretada a partir de um referencialpsicanalítico. As escassas pesquisas apontam que irmãos de crianças cronicamente doentesconstituem uma população de risco em termos de saúde mental, porém pouca atenção temsido dada a esse tema, ainda que se saiba que os mesmos sofrem, sentindo-se excluídos eisolados das relações familiares, bem como do tratamento. As crianças utilizam-se dabrincadeira para tentar elaborar e controlar situações que lhe causam impacto. Durante a horalúdica, as brincadeiras e jogos giraram em torno de doença, médicos e hospitais. Nessecontexto, esses irmãos passaram de coadjuvantes a protagonistas e puderam dar voz às suascuriosidades, fantasias e conflitos. Assim, a hora lúdica, além de ter um papel diagnóstico,também exerce função interventiva. Através da hora lúdica, foi possível observar que osirmãos saudáveis utilizam-se de mecanismos defensivos como negação e formação reativacontra os sentimentos de rivalidade e ciúmes que nutrem em relação ao irmão. Aliado a isso,há o sentimento de culpa por nutrirem sentimentos hostis a uma criança doente. Em algunscasos, o encontro serviu para desvelar uma demanda que estava implícita e/ou postergadadevido às necessidades do tratamento da criança cardiopata. É possível verificar queintervenções com os irmãos trazem repercussões na família como um todo. Ao reintegrarmosum membro que encontrava-se excluído de todo o processo, resgatamos o sadio em toda afamília.

Palavras-chave: Cardiopatia. Família. Irmãos. Pediatria.

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Revisitando a Retocolite Ulcerativa Inespecífica (RCUI):estudo de caso e revisão de literatura

Tatiana Thaís MartinsAvelino Luiz Rodrigues

Sandra E. B. RoitbergMaria Abigail de Sousa

Andrés E. A. Antúnez

A Retocolite Ulcerativa Inespecífica (RCUI) é uma doença inflamatória intestinal. Atingeexclusivamente a mucosa do intestino grosso e provoca lesões nas áreas em que se manifesta.Encontra-se no CID-10 nas classificações K 51 e F 54, que corresponde a “fatorespsicológicos ou comportamentais associados a doença ou a transtornos classificados em outraparte.” Na concepção Psicossomática, entende-se que uma enfermidade orgânica estádiretamente relacionada às constituições psicológicas do paciente (Mello Filho, 2010).Utilizando tal concepção, este trabalho tem como proposta compreender, através dametodologia psicodiagnóstica de Ocampo (2001) e clínico-qualitativa de Turato (2008), aforma pelo qual fatores bio-psico-sociais influenciam o processo de adoecimento empacientes diagnosticados com esta enfermidade. Este estudo de caso foi realizado com umapaciente encaminhada ao Centro de Atendimento Psicológico do Instituto de Psicologia daUSP. O psicodiagnóstico consistiu de 5 entrevistas semi-dirigidas e 3 entrevistas paraaplicação do Rorschach e do TAT (Teste de Apercepção Temática). O primeiro teste foiinterpretado tanto no sistema compreensivo quanto no referencial psicanálitico, o quepossibilitou maior profundidade na compreensão do funcionamento psicodinâmico destapaciente. A partir do material coletado, fez-se um estudo comparativo dos dados à revisão daliteratura. Conclusões: observou-se no processo psicodiagnóstico que a paciente apresentatraços depressivos, acentuado prejuízo da auto estima e estrutura do tipo borderline,indicando grande ansiedade nas questões interpessoais, evidenciados principalmente nanecessidade de controle dos relacionamentos. Mostra possuir grande inteligência e capacidadede reconhecer os próprios estados afetivos, bem como riqueza de conteúdos internos, não seconfigurando, portanto, a alexitimia nem o pensamento operatório, diferentemente do que édescrito na literatura. Entretanto, este achado está em acordo com o que é descrito porAngélica Lie Takushi (2008), que constatou através de pesquisas clínicas a presença demanifestações somáticas desvinculadas das características alexitímicas e do pensamentooperatório.

Palavras-chave: Psicossomática. RCUI. Psicodiagnóstico. Psicodinâmica. Testes projetivos.Rorschach. TAT.

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Síndrome de takotsubo: quando o estresse emocional faz partir o coração

Suzana de Albuquerque PaivaHenrique Min Ho Lee

Joel Sales Giglio

Introdução: Este artigo trata da sociedade hipermoderna, de eventos de vida e do estressedecorrente do ritmo acelerado e das demandas pela “hiperformance” e pela superação de si.Busca analisar os efeitos do mal-estar social na dinâmica da saúde, no contexto dahipermodernidade, caracterizada por Aubert (2006), como uma sociedade de modernidadeexacerbada, regida pela noção de excesso e de superação. Destaca o estresse emocional comofator de risco cardíaco para o acometimento do Infarto do Miocárdio (IAM) e da Síndrome deTakotsubo ou Síndrome do Coeur Brisé, causa rara de choque cardiogênico provocado porum aneurisma ventricular esquerdo agudo, na ausência de coronariopatia, só recentementedescrita na literatura mundial. Os sintomas podem assemelhar-se aos do IAM com dortorácica típica. A imagem do balonamento ventricular, sugestivo de haltere ou Tako-tsubo, écaracterística desta nova síndrome. Suas características são: movimento discinético da paredeanterior do VE, dor torácica, alterações eletrocardiográficas e ausência de coronariopatiaobstrutiva. (Satoh H e cols, 1990). Objetivos: Tem como objetivos compreender o pacienteem sua totalidade, observando os sentidos e significados dados ao evento coronariano, e aSíndrome sob o enfoque da Psiconeuroendocrinoimunologia, que visa aproximar os camposda psicologia, da neurociência, da endocrinologia e da imunologia. Metodologia: Trata-se deuma pesquisa clínico qualitativa, realizada no hospital, fundamentada no método de saturaçãoteórica, com uso de entrevistas semidirigidas, tratadas segundo a análise de conteúdo. (Turato,2008). Inclui oito depoimentos de pacientes que sofreram IAM e a Síndrome de Takotsubo,com reflexões sobre os sentidos e os significados das experiências nos campos dos vividoslaboral e amoroso. Considerações finais: Observamos o quanto a urgência e a necessidade desuperação de si, assim como excessos e rupturas amorosas e psicossociais podem afetar asaúde do coração, tanto física quanto psiquicamente. Nosso estudo mostrou o quanto ocoração do indivíduo pode ser afetado pelas vivências de grandes emoções e decontrariedades, que o fazem “se partir”, não só emocionalmente como fisiologicamente,apresentando os sintomas clássicos de um infarto.

Palavras-chave: Psicossomática. Síndrome de takotsubo. Estresse.

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Proposta de intervenção na abordagem cognitivo-comportamentalem pessoas que vivem com HIV/Aids

Grazielly GiovelliPrisla CalvettiGabriel Gauer

Jamille MoraesAnanda Pinto

Alice Martines

Os aspectos psicológicos influenciam a vida das pessoas que vivem com HIV/AIDS, equando não bem administrados tendem a agravar ainda mais o prejuízo do sistemaimunológico. As intervenções psicoterapêuticas, dentre elas, a terapia cognitivo-comportamental, têm demonstrado que podem ser um dos recursos para a melhora da adesãoao tratamento e qualidade de vida dos pacientes. O objetivo geral deste estudo é avaliar oprograma de intervenção psicológica sob abordagem da terapia cognitivo-comportamentalpara a adesão ao tratamento e qualidade de vida nessa população. Os objetivos específicossão: investigar aspectos biopsicossociais (carga viral, cd4, ansiedade, depressão e suportesocial), adesão ao tratamento e qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV/Aids. Odelineamento do estudo é pré-experimental (quantitativo e qualitativo). São 14 participantesportadores do HIV, atendidos no Ambulatório de Infectologia do Hospital São Lucas daPUCRS. Os instrumentos são: ficha de dados sociodemográficos e da situação clínica;Inventário Ansiedade de Beck (BAI); Inventário de depressão de Beck (BDI); Escala deEstresse Percebido (PSS); Escala para avaliação do Suporte Social em HIV/AIDS; CEAT-HIV; WHOQOL-HIV Bref e Entrevista de Avaliação da Intervenção. As sessões são semi-estruturadas na abordagem cognitivo-comportamental e gravadas em áudio para análise deconteúdo de Bardin. O projeto tem aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do HospitalSão Lucas da PUC/RS (CEP 879/08). Observou-se que a intervenção auxilia para o aumentoda adesão ao tratamento e qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV/AIDS. Ofortalecimento do suporte social contribui para tais resultados. Considerando que são escassasas pesquisas sobre intervenção psicológica para portadores do HIV no Brasil, esta visacontribuir para a elaboração de uma proposta efetiva e de baixo custo para a população doestudo. Esta pesquisa refere-se ao projeto intitulado “Avaliação e Intervenção psicológica emportadores do HIV/AIDS”, constitui de uma dissertação de mestrado, duas teses de doutoradoe duas bolsas de iniciação científica. Obteve financiamento do CNPq e CEARGS, além disso,apoio do Serviço de Atendimento Psicológico e Pesquisa (SAPP) da Faculdade de Psicólogada PUCRS, ATP (vale-transporte) e Green Card (vale-alimentação).

Palavras-chave: HIV/Aids. Intervenção. Terapia cognitivo-comportamental. Adesão aotratamento. Qualidade de vida.

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Sintomas de depressão, suporte social, qualidade de vida e adesão empessoas que vivem com HIV/Aids

Prisla CalvettiGrazielly Giovelli

Gabriel GauerClarissa Trevisan da Rosa

Muitos portadores de HIV/Aids sofrem um impacto em sua qualidade de vida, tanto pelosfatores próprios às limitações físicas, quanto sociais e estéticos. Os aspectos psicossociaispodem influenciar também na evolução da doença e contribuir para aumentar avulnerabilidade biológica do portador. Objetivo: Identificar os fatores associados à adesão aotratamento de sujeitos portadores do vírus HIV em tratamento antiretroviral. Método: Estudotransversal descritivo e analítico. Os participantes foram 63 portadores do HIV/Aids emtratamento antiretroviral (média de idade 42 anos e 57,1% do sexo masculino) atendidos emserviço de saúde da rede pública de Porto Alegre e em uma Organização Não-governamentalda mesma cidade. Instrumentos: Ficha de dados sociodemográficos e situação clínica;WHOQOL-HIV Bref; CEAT-VIH; Inventário Depressão de Beck e Escala de Suporte Socialpara Pessoas Vivendo com HIV/Aids. O presente estudo tem aprovação do Comitê de Éticaem Pesquisa do Hospital São Lucas da PUCRS. Resultados: Os resultados apontaram que osparticipantes apresentam nível de depressão leve. Em relação ao suporte social, a maior médiafoi no fator 1- suporte social emocional. A presença de adesão boa/adequada e estrita foi demaior destaque. Entre os domínios físico, psicológico, de relações sociais e de meio ambienteda qualidade de vida e no suporte social emocional e instrumental se constatou umacorrelação altamente significativa em relação a adesão. Pode-se ressaltar que os participantesque se percebem assintomático para o HIV tem maiores chances de adesão quandocomparados com os sintomáticos ou doentes de Aids. Além disso, destaca-se que o suportesocial é fator de proteção à saúde para um aumento da adesão ao tratamento na população doestudo.

Palavras-chave: HIV/Aids. Suporte social. Adesão ao tratamento. Qualidade de vida.

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A alexitimia e a experiência da emoção em Rogers: Uma investigaçãofenomenológica da negação de sentimentos em doenças cardiovasculares

Gabrielle Leite SilveiraAntônio Angelo Favaro Coppe

O presente trabalho buscou pesquisar a Alexitimia, comportamento psicossomático, emdoenças cardiovasculares no viés da Abordagem Centrada na Pessoa de Carl Rogers. Paraisso, apresentou-se o conceito da Alexitimia e as mais recentes publicações sobre o tema como objetivo de analisar a existência deste comportamento na fala do paciente. Além disso, fez-se um percurso histórico sobre a referente linha teórica passando pela história de vida doexposto autor até a criação de sua abordagem. Pretendeu-se com este trabalho, contribuir parao esclarecimento da dinâmica teórico-prática na compreensão da doença psicossomática nocontexto da Psicologia Humanista, além de colaborar para a publicação a respeito daAlexitimia e da experiência emocional dos pacientes cardiopatas. Foi utilizada a metodologiateórico-exploratória de análise qualitativa fenomenológica, guiada pelo método clínico, com aescuta centrada na pessoa. Para tanto, apresentou-se um relato de caso do qual fez-se a análisefenomenológica das expressões de um paciente portador de um Aneurisma da AortaAbdominal durante seu acompanhamento psicológico no período de internação em instituiçãohospitalar. Através deste estudo, identificou-se o comportamento alexitímico de origempsicossocial no relato de caso utilizado. A elaboração deste trabalho foi uma possibilidade dever a teoria ser aplicada à prática de atendimento, onde o prazer maior foi perceber a teoria navivência de um paciente diante dos próprios olhos. Um paciente, portador de sofrimentoemocional, com a incapacidade de expressar emoções, passou a perceber-se assim, de formasimples e autêntica, e aos poucos sentir-se aliviado, quando conseguiu expressar em palavrasseus sentimentos.

Palavras-chave: Alexitimia. Fenomenologia. Psicossomática. Negação. Doençacardiovascular.

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Espiritualidade, ansiedade, depressão e estresseno pós-infarto do miocárdio

Rosa Cecília Pietrobon

INTRODUÇÃO: O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) foi considerado nos primórdios doséculo XX como sendo uma patologia quase sempre fatal é uma situação clínica de altagravidade (geralmente de origem aterosclerótica), determinada por um processo isquêmicoagudo e suficientemente demorada, para gerar a morte celular, ou seja, a necrose miocárdica.A PsicoCardiologia faz parte da psicologia da saúde que investiga e trata os fatores de riscospsicológicos que favorecem o surgimento e o desenvolvimento da enfermidadecardiovascular, e em especial da cardiopatia coronariana. Pensando a saúde como umprocesso dinâmico de desenvolvimento em quatro níveis: físico, psíquico, social e espiritualprecisamos considerar também a ansiedade, a depressão, estresse, a negação da enfermidade,o medo da morte como emoções negativas associadas ao desenvolvimento da doença.Pesquisas mostram que pessoas que se preocupam essencialmente com aspectos físicos efinanceiros não chegam à velhice com uma boa qualidade de vida e isentos de doenças,mostrando a influência dos dispositivos mentais, das emoções e da fé, ou espiritualidade naetiologia e no prognóstico de muitas doenças. Estudos recentes têm mostrado o papel dadepressão como preditor de mortalidade após IAM, bem como tem havido interesse naansiedade e a extensão com a qual depressão e ansiedade prognosticam resultados econseqüências na qualidade de vida dos pacientes pós IAM. O ser humano deve ser pensadona sua integralidade, somando cuidados físicos, psicoemocionais e espirituais como proteçãoàs doenças cardiovasculares. OBJETIVO: Verificar a incidência de fatores de riscoemocionais e espirituais e sua relação com a doença coronariana em pacientes pós InfartoAgudo do Miocárdio (IAM). MÉTODO: Estudo transversal com pacientes após InfartoAgudo do Miocárdio. Todos os pacientes do ambulatório de IAM serão avaliados quanto àincidência de ansiedade, depressão, estresse e espiritualidade. C O N C L U S Õ E S :Considerando a abordagem psicocardiológica o ser humano deve ser pensado na suaintegralidade, somando cuidados físicos, psicoemocionais e espirituais como proteção àsdoenças cardiovasculares, despertando e fortificando condições emocionais positivas, jáabalizadas pela ciência como recursos eficazes no combate a doenças.

Palavras-chave: Infarto do miocárdio. Estresse. Depressão. Ansiedade. Espiritualidade.

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Abordagem simbólica do adoecer no tratamento de pacientescom diabetes mellitus tipo II

Tania Cristina de Oliveira ValenteJoel Sales Giglio

Um dos fatores mais importantes a serem considerados no estudo da convivência com umadoença crônica é o aspecto simbólico envolvido no adoecer, cuidar-se e ser cuidado. Por isso,considera-se pertinente a compreensão das características da dimensão subjetiva –representações simbólicas - presente na relação entre o paciente e sua doença. Objetivo:Descrever a integração entre as vivências psíquica e somática associadas ao Diabetes MellitusTipo II, em um grupo de pacientes usuários da rede básica de serviços de saúde de ummunicípio do interior do Estado de São Paulo. Conteúdo: Foram realizados 10 encontros,com periodicidade mensal, durante o período de novembro de 2008 a dezembro de 2009 nosquais, com uma trilha sonora de músicas clássicas, dez pacientes diabéticos usuários doPrograma de Saúde da Família do município onde foi realizado o estudo eram inicialmentesubmetidos a exercícios leves, voltados para o relaxamento. Após estes, eram realizadosexercícios de concentração e elaboração de desenhos livres após os exercícios. Após arealização dos desenhos, havia o compartilhamento das experiências no grupo, buscandovínculos entre as vivências somática e simbólica do Diabetes Mellitus Tipo II em cada um dosencontros Conclusões: Foram constatados reflexos da integração somática e simbólica nosdesenhos elaborados pelos componentes do grupo, mostrando que vivências intensas daintegração do indivíduo consigo mesmo e com seu ambiente e a evocação de imagensarquetípicas trouxeram reflexos positivos na evolução dos pacientes que participaram doestudo. Tais resultados ressaltam a importância da integração de conteúdos inconscientes naevolução clínica de portadores de doenças crônicas, relacionando o conceito de arquétipopsicóide à subjetividade dos indivíduos em sua relação com a doença, e a pertinência do usodesta metodologia na rede básica de serviços de saúde.

Palavras-chave: Abordagem simbólica do processo saúde doença. Psicossomática deabordagem Junguiana. Arquétipo psicoide. Diabetes Mellitus tipo II.

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Psicodermatologia: aspectos psicossociais equalidade de vida em pacientes com dermatoses

Tatiana Helena José FacchinJúlia Gaertner Geyer

Leonardo Mchado da SilvaLuciana Helena Hauber

Luciana Balestrin RedivoMarisa Campio Müller

Martha Wallig Brusius LudwigPrisla Ücker Calvetti

Pesquisas recentes vêm revelando uma estreita relação entre as dermatoses crônicas e osaspectos emocionais, tanto em sua etiologia como nos prejuízos psicológicos decorrentesdestas. A literatura científica traz escassos trabalhos relacionando os aspectos fisiopatológicose psicológicos com as doenças de pele. O objetivo do estudo foi avaliar os níveis dedepressão, ansiedade, estresse e qualidade de vida em pessoas com problemasdermatológicos. O delineamento foi transversal descritivo e correlacional. Foram utilizados osseguintes instrumentos: Inventário de Depressão de Beck (BDI), Inventário de Ansiedade deBeck (BAI), Inventário de Sintomas de Stress (ISSL), SF-36 para qualidade de vida e Índicede Qualidade de Vida em Dermatologia (DLQI-BRA). A coleta de dados foi realizada noAmbulatório de Dermatologia Sanitária de Porto Alegre e no Ambulatório de Dermatologiado Hospital São Lucas da PUCRS. Os participantes foram selecionados consecutivamente nosserviços. Os critérios de inclusão foram estar a partir do terceiro atendimento dermatológico,com idade ≥ 20 anos e ser portador de qualquer dermatose (n=164). Os resultados indicaramníveis leves de depressão, o que é comumente retratado na literatura em pesquisas na área dapsicossomática. Evidenciou-se uma correlação significativa entre qualidade de vida específicaem dermatologia e níveis de ansiedade (p=0,0001). Verificou-se a presença de estresse em60% da amostra, sendo que a maioria encontrava-se na fase de resistência. O tipo desintomatologia de estresse preponderante na amostra foi o de sintomas psicológicos. Ressalta-se a implicação dos aspectos psicossociais no desencadeamento e desenvolvimento dasdermatoses e necessidade de novos estudos com na área da Psicodermatologia.

Palavras-chave: Psicodermatologia. Aspectos psicossociais. Depressão. Ansiedade. Estresse.Qualidade de vida.

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A promoção da qualidade do viver em final de vida: relato de experiênciaem cuidados paliativos

Aline dos Santos DuarteTábata de Cavatá

INTRODUÇÃO: A terapia paliativa tem o objetivo de oferecer assistência multidisciplinaraos pacientes fora de possibilidades terapêuticas de cura e sua família. Esta abordagem visa aresgatar o movimento Psicossomático tendo como missão contemplar o paciente como umtodo analisando, além das questões biológicas, o contexto social em que o indivíduo estáinserido e sua influência no processo saúde/doença, utilizando-se destes dispositivos parapromover o controle de sintomas e a promoção da qualidade de vida. Para ilustrar osresultados desta abordagem, propõe-se o relado do caso de um paciente internado em umaunidade de cuidados paliativos que experimentou a evolução de um período de estado desaúde crítico para um período de resolutividade recebendo a terapêutica paliativa embasadanesta visão holística do indivíduo. METODOLOGIA: Trata-se de relato de caso de umpaciente em cuidado paliativo com diagnóstico médico de adenocarcinoma com metástaseóssea, pulmonar e hepática acompanhado durante estágio curricular de enfermagem.RESULTADOS: No período crítico identificou-se os seguintes sinais e sintomas: ansiedade edesânimo, insônia, desnutrição, dor, força muscular diminuída. Após vinte e sete dias deintervenção da equipe multidisciplinar, o paciente apresentou melhora significativa evoluindopara o quadro de aumento de apetite, dor controlada, motivação e melhor aceitação de seuestado de saúde. DISCUSSÃO: O título deste estudo traz o verbo viver como a dimensão davida que contempla os aspectos de interação do indivíduo com o meio e os demais. Difere dosubstantivo vida que remete-nos à vida apenas no seu aspecto biológico, já que, este deixa deser o enfoque principal quando a meta da terapêutica não consiste em prolongar a vida semque haja qualidade no viver (GOLDIM, 2009). Além das ações da equipe multidisciplinar,destaca-se a presença e apoio constante da família junto ao paciente que certamentecontribuíram de forma significativa para a melhora do mesmo. CONSIDERAÇÕES FINAIS:Diante da irreversibilidade do caso, no que se refere à degeneração orgânica causada peladoença, teve-se a oportunidade de abordar aspectos sociais e psicoespirituais relacionados aomomento de vida do paciente. Nesta perspectiva, o estudo e a intervenção em cuidadospaliativos tornam-se peculiares no sentido de ampliar a assistência em saúde para além domodelo biomédico que a reduz às características físicas e fisiológicas do indivíduoenfatizando a cura e privando tais pacientes de cuidados ativos e integrais.

Palavras-chave: Terapia paliativa. Qualidade de vida. Psicossomática.

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Estudo da dinâmica do casal durante o tratamento do conjuge cominsuficiência renal crônica

Cláudia C. Oliveira

O objetivo desse estudo é observar as concepções, atitudes e comportamentos de casais frenteà doença renal crônica, quando um dos conjugues é submetido a tratamento hemodialítico;Identificar algumas variáveis psicossociais influentes nessa experiência; Investigar oconhecimento que o casal tem sobre a doença e o tratamento; Observar as estratégias adotadaspelo casal na presença da IRC; Observar se há uma diferença de gênero tanto quanto aoportador, quanto ao seu cônjuge. Trata-se de pesquisa de campo, com abordagem qualitativaque utiliza o método empírico de análise de conteúdos. A população é composta por 06casais, sendo 03 homens e 03 mulheres portadores de IRC entre 30 e 60 anos, e seusconjugues, com variáveis de tempo de tratamento entre 03 e 05 anos, do Centro de TerapiaRenal Substitutiva da Santa Casa de Misericórdia de Lavras, que se submetem três dias porsemana a sessões de hemodiálise durante três ou quatro horas. Foi aplicada uma entrevistasemi estruturada com o casal separadamente. A análise dos resultados permite observar que oquadro de IRC evolui de acordo com o estabilizar ou agravar da doença, existindo momentosem que os pacientes e seus conjugues sentem grande estresse, pois a vida em diálise é difícil erestrita. Tanto os pacientes como seus conjugues vivenciam a IRC como forma de ruptura desua rotina diária, com intercorrências clínicas as mais diversas, somando a isso o impacto dodiagnóstico que os leva muitas vezes ao medo e desespero. O pensamento se volta para o‘depender da máquina para sobreviver’. É preciso adaptar-se a esse mundo e se inteirar arespeito do processo que envolve o ‘estar’ em hemodiálise. Isto implica em dizer que aadaptação e o ajuste dependem da capacidade do paciente em lidar com as dificuldades erestrições que são inerentes ao tratamento. Por outro lado, a participação de seus conjugues ea influencia dos mesmos no tratamento da IRC desempenham uma grande fonte desolidariedade entre eles, pois juntos vivenciam constantes mudanças, principalmente naestrutura social e conjugal com implicações profundas.

Palavras-chave: Psicologia. Insuficiência renal crônica. Conjugalidade. Hemodiálise.Doença crônica.

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O acompanhamento contínuo do parto como agente no alívio da dor

Camila Louise Baena FerreiraCarolina Mainnes Horn

Maria Aparecida CrepaldiZaira Aparecida de Oliveira Custódio

O medo da dor durante o trabalho de parto e parto é um dos principais motivos pelo qual asgestantes optam pelo parto cesárea. Entretanto, a cesárea é considerada um procedimentocirúrgico que só deve ser utilizado em alguns casos específicos, quando o parto naturalcaracteriza algum risco para a saúde da mãe e/ou bebê. O parto natural, por sua vez, permite amelhor recuperação da mulher no pós-parto, com menores riscos de hemorragia e infecções,estimula a amamentação e facilita a formação de vínculo afetivo entre a mãe e o bebê, umavez que a parturiente participa ativamente do processo do parto. O objetivo deste trabalho édiscutir como o acompanhamento contínuo durante a parturição atua como agente no alívio dador e transforma a mulher em protagonista do parto. Durante o acompanhamento contínuo, oprofissional de saúde fornece suporte físico, através de massagens e instrumentos nãofarmacológicos para alívio da dor como: a bola suíça, o cavalinho, incentivando a parturientea movimentar-se e adotar posições mais confortáveis durante o parto. O suporte psicológico éoferecido, por meio de: contato olho-a-olho; encorajamento e apoio; auxílio ao acompanhantea fim de que possa oferecer um continente afetivo à parturiente; mediação da comunicaçãoentre a parturiente e a equipe de saúde; propiciando espaço onde possam expressar suasexpectativas, medos, fantasias e angústias em relação ao parto e nascimento, auxiliando-os naelaboração de conflitos e problemas emergentes. Esse trabalho é embasado a partir da práticaassistencial em uma maternidade pública de Santa Catarina, bem como da literatura referenteaos aspectos psicofisiológicos do processo gravídico-puerperal. Constata-se que oacompanhamento contínuo ao trabalho de parto auxilia a parturiente no alívio da dor, a sentir-se menos tensa, contribuindo para a evolução mais rápida do trabalho de parto. A mulhersente-se mais segura quanto ao seu desempenho no momento do parto e no pós-parto,demonstra maior disponibilidade para interagir com o bebê, facilitando assim oestabelecimento do vinculo e apego. Ao receber apoio, proteção e cuidados qualificado porparte da equipe, a mulher demonstra maior autonomia e identificação com o bebê.

Palavras-chave: Dor. Parto natural. Vínculo afetivo.

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O psicodiagnóstico da mãe de uma paciente comqueixa dermatológica (dermatite atópica)

Milena RindeikaAvelino Luiz Rodrigues

Sandra E. B. RoitbergMaria Abigail de Sousa

Aline BasagliaAndrés Aguirre

A partir do psicodiagnóstico de uma paciente com queixa dermatológica (dermatite atópica),pode-se observar a demanda da mãe dessa paciente por atendimento, uma importante angústiaque transbordava em sua fala e, além disto, centrada em si mesma. Devido à proximidadedessa relação (mãe/filha) e aos aspectos psico-afetivos que a envolve, decidiu-se por fazer umprocesso diagnóstico com a mãe dessa paciente, baseado no que propõe Ocampo (1981),como modelo psicodiagnóstico. Além de entrevistas e anamnese estruturada, optou-se pelaaplicação do Teste de Apercepção Temática (TAT) e Teste de Rorschach, ambosinterpretados por um referencial psicanalítico (Silva, 1989; Rausch de Traubenberg, 1998,respectivamente). Além disso, foram feitas interpretações compreensivas com o Teste deRorschach, e a aplicação da versão brasileira da “Observer Alexithymia Scale” (Carneiro,2008) e Toronto Alexithimia Scale (TAS) (Yoshida, 2000). Foram realizados um total deonze encontros, sete para as entrevistas e anamnese estruturada e outros quatro para aplicaçãodos demais procedimentos e devolutiva. Foi possível observar e dessa forma concluir que amãe apresenta estruturas de funcionamento bastante primitivas (possivelmente trata-se de umaBorderline). Foram também observadas questões relativas a: persecutoriedade, grandenecessidade de controle, falta de discriminação de papeis e traços simbióticos com essa filhadoente. Falar em uma relação causa e efeito é sempre muito precipitado quando se trabalhacom a subjetividade humana, porém, nesse caso, existem fortes indícios da relação entre aenfermidade da filha e os traços comportamentais da mãe. Pensando ainda, na perspectiva deque a pele atua como limite dentro-fora, eu e o outro, eu e o mundo, agindo como um sistemade abrigo de nossa individualidade (Hoffmann, et al., 2009).

Palavras-chave: Dermatologia. Psicossomática. Dermatite atópica. Psicodiagnóstico.

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Obesidade e sobrepeso infantil: estudo de caso

Ana Rosa GliberAvelino Luiz Rodrigues

Sandra E. B. Roitberg

Atualmente a obesidade, considerada um problema de saúde pública, vem sendo alvo demuitas pesquisas dada a gravidade desta doença crônica e de seus índices epidemiológicos.Alguns estudos têm sido feitos na tentativa de compreender este tema. Esta pesquisa se inserenesta direção, objetiva analisar a psicodinâmica das pulsões agressivas em crianças comexcesso de peso numa perspectiva kleiniana, enfocando as relações objetais e as formas deintrojeção dos objetos. A metodologia utilizada foram os instrumentos Desenho-Estória eTeste de Apercepção Infantil com Figuras de Animais (CAT-A), além da realização deanamnese visando obter dados da história de vida dos participantes. Avaliaram-se duascrianças com sobrepeso (IMC ≥ ao percentil 85) e com obesidade (IMC ≥ ao percentil 95). Aanálise dos instrumentos se baseou em Tardivo (1997) no caso do Desenho-Estória,identificando as atitudes básicas, figuras significativas, sentimentos expressos, tendências edesejos, impulsos, ansiedades e mecanismos de defesa. E em relação ao CAT-A, a partir deHirsch (1990) foi feita a interpretação dos dados, na qual se analisou que animais a criança vêe como os vê; omissões, acréscimos e distorções no conteúdo da realidade; possibilidade dedar passado, presente e futuro à história; seqüência lógica ou ilógica na construção da história;tipo de linguagem utilizada; possibilidade de fantasiar, capacidade criativa; tipo de interaçãoentre personagens a nível descritivo; tema das relações objetais inconscientes na interação;tentativa de resolver ou não o problema ou conflito na história e tipo de solução obtida emfunção dos desejos, medos e defesas utilizadas. Entende-se que este estudo consiste em umrecorte diagnóstico dos aspectos intrapsíquicos, sendo assim, seu valor é, como em qualquerinvestigação qualitativa, descritivo e compreensivo. A pesquisa está em andamento, portanto,os resultados preliminares indicaram grande voracidade das crianças, parecendo estarrelacionada a uma tentativa de não perder o objeto bom (seio/mãe) e se sentirem esvaziados,além disso, identificou-se agressividade reprimida e medo de que esta pudesse vir a tona, ashistórias dos testes tiveram em seu enredo muita destruição, morte e agressividade e osmecanismos de defesa principais para lidar com isto foram a racionalização e as defesasmaníacas. Sendo assim, pode-se considerar que tem um caráter psicoprofilático, pois os dadosencontrados nos permitem pensar numa intervenção que vai além da própria obesidade,situando-a não só como conteúdo manifesto, mas revelando as principais características derelações de objeto que estas crianças apresentam.

Palavras-chave: Obesidade infantil. Agressividade. CAT-A. Desenho-estória.

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O pensamento de Groddeck: genuinidade e originalidade

Maria Consuelo da Costa Oliveira e SilvaMathilde Neder

Esdras Guerreiro Vasconcellos

O foco do presente tema para o desenvolvimento deste trabalho teve como ponto de partida otrabalho que vem sendo realizado no Hospital Infantil Pequeno Príncipe, na cidade deCuritiba, mais especificamente no ambulatório de Gastroenterologia, desde o ano de 2006.Neste ambulatório, a autora foi designada para atender pacientes com queixas clínicasdescritas como: dores abdominais, falta de apetite, vômitos, entre outras. Quandoexaminados, tais pacientes não apresentavam nenhuma causa orgânica que justificasse taisqueixas. Estes pacientes são classificados pelos médicos de “pacientes psicossomáticos”. Foineste momento que surgiu o interesse de estudar e principalmente entender o significado daPsicossomática. Como uma tentativa de responder esta questão, a autora deu início aoMestrado na área de Psicossomática e Psicologia Hospitalar. Onde verificou que as pesquisasrealizadas sobre o conceito Psicossomática apontam para muitos autores. Cada um deles comreferencias teóricas próprias. Conseqüência disso é a falta de consistência na busca dessadefinição. Com base nesse fato, a autora deu preferência à teoria de Georg Groddeck comotema central deste trabalho. Ele que, em um primeiro contato, já chama a atenção por serconsiderado por alguns pesquisadores como o “Pai da Psicossomática”, também se destacapela originalidade e genuinidade de sua teoria. O objetivo do trabalho foi o de realizar umaleitura mais detalhada da obra de Georg Groddeck, categorizá-la, enfatizar sua produçãointelectual, situando - à dentro do referencial biográfico e ainda, o de localizar sua obra dentrode um contexto histórico/teórico: O Romantismo e A Filosofia da Natureza. Com isso, aautora subtraiu da obra de Georg Groddeck sua conceituação de psicossomática no períodoanterior aos seus contatos com Freud e com a Psicanálise, percorrendo sua biografia e escritosaté data próxima à Primeira Guerra Mundial. Este trabalho teve como forma de investigação achamada “Pesquisa Qualitativa”. Na medida em que a autora trabalhou com uma obraconcluída e com suas manifestações, ou seja, com os fenômenos decorrentes desta obra.Como, uma das conclusões,percebemos a sua proposta de um reconhecimento do doentecomo sujeito do atendimento médico. Da doença que se constrói e se estabelece a partir destesujeito e de um esforço da vida para que se recupere a ordem humana; o médico como umservidor e facilitador das manifestações curativas da natureza. Inspirada nessas colocaçõesencerra este resumo repetindo e reiterando as últimas palavras de Groddeck em seu livroNasamecu: “Não existe nada mais nobre do que ser médico e de viver e de morrer com estaverdade: Que todos os médicos sejam humanos!”

Palavras-chave: Gastroenterologia. Psicologia. Georg Groddeck. Psicologia hospitalar.

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Estudo dos traços histéricos em pacientes portadores de crises nãoepiléticas psicogênicas

Elaine Cristina GuaterAvelino Luiz Rodrigues

A crise não epilética psicogênica é definida como uma manifestação corporal semelhanteàquela das crises epiléticas, porém, sem um correlato neurológico que justifique a suaocorrência. Sua etiologia é atribuída a fatores psicológicos, entretanto as questões subjetivasque estão na origem dos sintomas são pouco estudadas. Esta pesquisa tem como objetivoinvestigar os traços histéricos da personalidade em dois pacientes encaminhados parapsicoterapia de orientação psicanalítica após receberem este diagnóstico médico, além deanalisar os conteúdos afetivos latentes que se relacionam às manifestações sintomáticas noscasos estudados. O material coletado durante o atendimento prestado a esses pacientes seconstituiu como registro e fonte de informação, por meio do qual os elementos relativos àpersonalidade histérica e mecanismos inconscientes que engendram os sintomas são descritose estudados. Este trabalho tem como referencial a psicanálise e o estudo dos casos foirealizado considerando seus pressupostos conceituais sobre sintoma, conflito, conversão ehisteria. O material obtido durante o curso das sessões evidenciou elementos como erotizaçãodo espaço analítico, constante reivindicação para ocupar o lugar de objeto de desejo alheio,além da recusa em abandonar a posição de insatisfação e buscar um estado de contentamento.Também foi observado um investimento em fantasias infantis na qual há o desejoinconsciente de união exclusiva com as figuras parentais.

Palavras-chave: Histeria. Crises não-epilépticas psicogênicas. Psicanálise.

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Descoberta do significado da doença:significados e sentidos da doença na vida do herói cotidiano

Denise Amorelli Silveira

Defendemos no mestrado a idéia da “Doença como Símbolo de Transformação. Significadose sentidos da doença na vida do herói cotidiano”, afirmando que, com a descoberta dosignificado da doença na própria vida, o sentido ou o rumo da vida e toda história doindivíduo podem ser mudados. Logo, este lampejo de consciência pode também servir comoum ‘agente’ de cura. Na medida em que tal conteúdo pode ser acrescentado à personalidadetotal, servindo ao Processo de Individuação. (SILVEIRA,1997). Estamos afirmando que adoença pode ter utilidade, isto é, sua descoberta pode mudar o sentido da vida e acrescentaralgo a mais à consciência. No doutorado demonstramos como acontece “A Descoberta doSignificado da doença no processo de cura”. Aproximamos, ao máximo, essa idéia daverdade, surpreendendo o acontecimento inédito – isto é, a cura pela descoberta dosignificado –, por meio da pesquisa qualitativa com análise fenomenológica embasada nateoria da psicologia Analítica. Foram usados para definir cura dois preceitos aparentementediferentes, mas que, para nós, completam-se: Os conceitos da Psicossomática, principalmente,os referentes à Psicoimunologia, de Mello Filho (1992), e aqueles sobre a Cura como aFunção Transcendente, de Jung (1928). Abrimos parênteses aqui para destacar que FunçãoTranscendente refere-se à união dos opostos no sentido de reintegração das partes isoladas nasdoenças. Com isso, podemos dizer que a Cura pressupõe um restabelecimento do contato dosconteúdos do Inconsciente com a Consciência. Por conseguinte, a Cura não é algo que seconsegue definitivamente, mas, ao restabelecer o contato com os conteúdos saudáveis,promove um reajustamento quase completo do ser humano. Respondendo aos nossosobjetivos iniciais fica demonstrado que a descoberta do significado da doença na vida doindivíduo doente interfere no processo de cura. Para fazer a apresentação dos resultados foiescolhido Sujeito 1.

Palavras-chave: Doença. Psicossomática. Vida.

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Psicossomática e Psicanálise: uma história em busca de sentidos

Guilherme Borges ValenteAvelino Luiz Rodrigues

O percurso pelo campo da Psicossomática, a partir de um referencial psicanalítico, revelavárias concepções a respeito da interação corpo-mente na tentativa de abordar o adoecimentofísico, resultando em diferentes perspectivas de como pensar a Psicossomática. Se por umlado essa diversidade permite trazer novas contribuições a respeito da relação mente e corpo edo processo de adoecer, por outro permite confusões conceituais ao lidar com o saber dessecampo de pesquisa. Com o intuito de traçar um mapa destes diferentes vértices, foi realizadoum levantamento histórico bibliográfico da Psicossomática fundamentada pela Psicanálise, deforma crítica, ressaltando o caráter epistemológico das propostas teóricas, focando na noçãode Psicossomática, de doença e de mecanismos formadores de sintoma, a partir de alguns dosprincipais autores na área: Freud, Groddeck, Alexander, Marty, McDougall e Dejours. Nessepercurso histórico, a Psicossomática ora é entendida como uma compreensão do ser humano,ora como uma abordagem de uma parcela de pacientes A própria idéia de doença vai sercompreendida como sendo sempre psicossomática, assim como ganhar classificaçõespróprias. Os mecanismos formadores de sintoma serão variados também. O que coincide nasteorias é que o sintoma ocorre pela impossibilidade de registro do sentido no psiquismo dedeterminada situação, havendo uma resposta encaminhando a energia do afeto nãosimbolizado para o próprio corpo, resultando nas somatizações. Desde Freud, com suaneurose atual, o sentido (ou a ausência dele) do sintoma somático vem sendo discutido eabordagens diferentes a respeito de como ele se dá vem se formando. Para certos autores, osintoma possui um sentido a ser interpretado, outros dizem que não possui nenhum, e há aindaos que dizem que ele está para ser construído. Apesar das discordâncias, o que está semprepresente é a questão de como o sentido do sintoma somático se relaciona na vida psíquica. Poreste não ser compreendido, o sujeito não é capaz de representá-lo, e toda a simbologia aoredor dessa relação sintoma-sentido fica comprometida, seja decorrente de estruturaspsíquicas deficitárias, mecanismos de defesa ou carência de significação. Verifica-se, a partirdesse levantamento histórico, que o que está em jogo nos processos de somatização é acapacidade simbólica do sujeito frente a um psiquismo regido por motivos inconscientes e asvicissitudes de suas pulsões.

Palavras-chave: Psicossomática. Psicanálise. História. Somatização. Simbolização.

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A visão da abordagem centrada na pessoa esua relação com a psicossomática

Carmen Lícia Couto Linden

Os profissionais da área da saúde que trabalham com o contexto da Psicossomática podemperceber a dificuldade de encontrar artigos que trabalhem outros olhares sobre o ser integralque adoece. Este artigo pretende, trazendo ideias da Abordagem Centrada na Pessoa, lançarum olhar mais integral, holista, sobre o ser que adoece. Neste estudo foi realizada uma revisãode literatura com vistas a propor uma interlocução entre aos conceitos principais daAbordagem Centrada na Pessoa (ACP) e Psicossomática, pensando sobre o processo de perdade saúde quando a pessoa não consegue viver seu funcionamento plenamente, e oconsequente adoecimento. Neste artigo a discussão proposta para a Psicossomática é maisampla, com entendimento da pessoa como um todo. Para a ACP é necessária a adequadaintegração dos aspectos dinâmicos da pessoa, para um crescimento, um aperfeiçoamento, umaprocura de sentidos de valores e da identidade, além da relação desta pessoa com seucontexto, com seu entorno, e com as suas relações pessoais. Temos o conceito de organismo,que pode ser equiparado com o conceito de psicossomática, fornecendo uma visão de saúdeda pessoa como um ser total.

Palavras-chave: Abordagem centrada na pessoa. Psicossomática. Psicologia humanista.

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O vínculo terapêutico como contenção do desamparoque acompanha o adoecimento e a morte

Christine Christmann

Apresentação de material clínico baseado no trabalho desenvolvido no Centro de MedicinaPsicossomática da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, orientado pelo ProfessorAbram Eksterman. Fundamentado em conceitos desenvolvidos pelo próprio a partir dasidéias do Dr. Danilo Perestrello, seu mestre e fundador do C.M.P. – RJ, que compreende arelação médico-paciente como uma relação transpessoal, viva e dinâmica. Eksterman,considerando a historicidade da pessoa, cunha o termo “história da pessoa”, que em conjuntocom os conceitos de “vínculo terapêutico” e “espaço de segurança”, formam as bases dapsicoterapia desenvolvida com os pacientes da 7ª Enfermaria Clínica da SCM – RJ. Estaperspectiva objetiva dar contenção à situação de desamparo emergente diante doadoecimento, o que nos coloca em contato com o sofrimento da doença e a perspectiva damorte. O material apresentado, aponta a possibilidade de atuação do psicólogo, que mediantesua presença, acompanha o paciente durante o adoecimento e por fim sustenta, com o“silêncio que vai além das palavras” (KÜBLER-ROSS, 2005), o cessar em paz dofuncionamento do seu corpo. Possibilidade rara no treinamento terapêutico, mas que nosencoraja a viver a experiência, única e certa na vida - a morte - lidando com o nosso própriodesamparo diante do desconhecido, diante do silêncio...

Palavras-chave: História da pessoa. Vínculo terapêutico. Espaço de segurança.Adoecimento. Desamparo. Morte.

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LER/DORT: uma abordagem psicossomática

Carmen Lícia Couto Linden

Este artigo aborda a utilização da visão Psicossomática, ou seja, uma visão mais total eintegral do sujeito que adoece de LER/DORT. Este entendimento integral privilegia a leituradas dimensões que compõe o universo do sujeito, incluindo o significado da representação detrabalho. Com isto, estamos abordando também uma dimensão psíquica do sujeito, onde estarepresentação está inserida. A abordagem Psicossomática considera o sujeito na totalidade,com uma psique e um soma interligados e indissociáveis, sendo necessário entendê-los etrabalhá-los enquanto uma totalidade, com o adoecimento ocorrendo quando existe odesequilíbrio deste todo.

Palavras-chave: Psicossomática. LER. DORT. Significação do trabalho. Adoecer pelotrabalho.

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Postura humana: conceitos e correlações

Roberto Borges Filho

Introdução: Apresentamos uma posição corporal física, um esquema corporal e também umaposição imaginária de nós, do nosso corpo sendo que tanto podemos “preservar”esta imagemcronificando-a como por exemplo, um modelo de um adulto que “se vê” como umadolescente e age como tal,numa tendência ao retrocesso pois “parada” esta imagem nãoconseguirá progresso pois os progressos são resultados das demandas que estimulam a busca.Na verdade podemos perceber que não existe uma rigidez de sequências que acompanhem asetapas, mas é necessário estabelecemos uma certa harmonia com essa “fotocópia”nossa paranão corrermos o risco de perde-la. Tanto a postura física como a imaginada deve constar nasabordagens relacionadas ao tema para não corrermos o risco de sermos segmentados nasnossas considerações.É necessário considerar na existência um corpo biológico e um corpovivenciado através do agir.Temos e somos um corpo. Problemática: amparado nasconcepções sistêmicas procuraremos descrever as correlações entre esquema corporal eimagem através da correlações psicanalíticas, evolutivas e neurológicas. Objetivo:proporcionar um aprofundamento nos entendimentos dos diversos fatores que alteram apostura humana. Metodologia: o método empregado neste trabalho é o resultado de praticaclínica e supervisão em problemas posturais desde 1984. Pressupostos e conceitos teóricosque embasam o trabalho: Psicanálise: (Freud, Reich, Dolto, Childer, Lacan, Aulagnier);Fisioterapia: (Souchard, Bertherat, Brunston, Marques). Síntese: o desamparo humanoconfirmado por Darwin,Newton e Freud predispôs o ser humano a uma busca decompletude.Desde as primeiras concepções de corpo-sujeito,nos expressamos em um infinitotrânsito entre o biológico e o simbólico através de nossas expressões, através de nossasposições, através de nossas posturas sejam patológicas ou não.

Palavras-chave: Postura humana. Psicologia. Fisioterapia.

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Mapa do corpo: formas de revelar o somático e retornar ao simbólico

Luana Maribele Wedekin

A arteterapia é instrumento no atendimento em saúde que permite a ampliação daautopercepção, o desenvolvimento da criatividade através do valor curativo do fazer artísticoe da expressão simbólica. O Mapa do corpo é uma prática de arteterapia realizada com giz decera e/ou tinta guache em folha A4, na qual o indivíduo é convidado a realizar umarepresentação artística de seu corpo. Desde 2007 tem-se utilizado deste como forma deavaliação e intervenção em arteterapia no atendimento do Centro de Práticas Naturais, naUNISUL/SC, onde grande parte do público procura tratamento em razão de queixas físicas. Oobjetivo deste trabalho é refletir sobre a atuação do Mapa do Corpo como meio de desvelar einfluenciar as profundas associações entre somático e psíquico através da expressãosimbólica. É um estudo do tipo exploratório, de abordagem qualitativa, cujas amostrasintencionais foram retiradas de universo de indivíduos atendidos entre 2007 e 2009. Estasproduções artísticas são analisadas com base na leitura e interpretação realizada por seuspróprios autores; em dados do processo de realização do trabalho, assim como na leituraformal e na amplificação junguiana, realizada através de pesquisa bibliográfica. A análise dosdados demonstrou que o Mapa do Corpo atuou de diversas formas: elemento de avaliação daforma como o indivíduo se relaciona com seu corpo, seus sintomas e enfermidade; meiopotente para dar nome e forma a emoções que não puderam ser expressas, manifestando-se deforma somática (MALCHIODI, 1999); veículo de ampliação da consciência do sintoma e docorpo; facilitador do acesso do significado do sintoma ou enfermidade (HAMEL, 2007);catalisador de imagens arquetípicas relativas a cada parte do corpo e acesso ao significado daenfermidade para o indivíduo (RAMOS, 1994). Conclui-se que através da linguagemsimbólica, metafórica, o trabalho artístico agiu como transformador da energia psíquica(WOODMAN, 2006), preparou uma efetiva e necessária mudança de atitude do indivíduo emsofrimento, ou seja, mobilizou suas habilidades de autocura.

Palavras-chave: Arteterapia. Corpo. Somatização. Simbolizacão.

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Transtorno de estresse pós traumático:possibilidades de diagnóstico e tratamento psicossomáticos

por meio da psicoterapia corporal Neoreichiana

Périsson Dantas

Esse trabalho tem como objetivo central uma revisão de literatura sobre a compreensãodiagnóstica e procedimentos específicos do tratamento do Transtorno de Estresse PósTraumático (TEPT) numa ótica da Psicoterapia Corporal de inspiração neoreichiana, fazendoparte de uma tese de doutorado mais ampla sobre o tratamento e diagnóstico dos transtornospsicossomáticos em Análise Bioenergética. Serão abordadas, nessa apresentação, ascontribuições de diversos sistemas teóricos da psicossomática e da psicoterapia corporal,numa perspectiva de diálogo e integração de conceitos e técnicas que configuram umacompreensão global do assunto. A relevância do estudo dessa temática está conectada com acrescente tendência, em nível internacional, do interesse em pesquisar e tratar os efeitos dotrauma no funcionamento psicossomático do ser humano. Pesquisadores em neuropsicologiatêm desenvolvido pesquisas comprovando as mudanças cerebrais e psicofisiológicas nocivasque os eventos traumáticos podem ocasionar, acarretando sintomas como: ansiedadegeneralizada, isolamento social, fobias, alucinações, transtornos psicossomáticos, entreoutros. Alterações da memória, mudanças distorcidas na fisiologia cerebral e falta de controleemocional são efeitos freqüentes do choque traumático nos seres humanos, que dificilmentesão acessados através de intervenções verbais. Decorre desse fato, então, a necessidade dedesenvolver estratégias de cuidados que envolvam uma intervenção integrativa mente/corpo,partindo da memória implícita das sensações corporais, ou seja, dos registros que ficaminscritos no funcionamento somático, que muitas vezes, não conseguem ser acessados àconsciência. Nesse sentido, as psicoterapias corporais possuem um corpo teórico e técnicoque possibilitam uma metodologia de ação terapêutica para o tratamento dos sintomasdecorrentes de eventos traumatizantes. O trabalho com o estresse pós-traumático pode apontarpara um novo paradigma para compreender o homem contemporâneo, tendo em vista que asociedade atual propicia uma série de situações de insegurança, instabilidade, violência e faltade referências que sobrecarregam o sistema de respostas do organismo.

Palavras-chave: Estresse. Trauma. Psicodiagnóstico. Psicossomática. Psicoterapia corporal.

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O corpo em dor: imapasses e sentidos na clínica do cotidiano

Priscila Almeida RodriguesMaria Lúcia Castilho Romero

O presente trabalho é fruto de pesquisa de mestrado desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Psicologia Aplicada/Mestrado na Universidade Federal de Uberlândia. Nocotidiano da clínica não raro nos deparamos com manifestações mais comumente designadasde psicossomáticas: fibromialgia, enxaqueca, entre outras doenças. Tal designação nos remetea pensar em um estranhamento sem representação ou num corpo em palavra. O trabalho tevecomo objetivo principal estudar os impasses enfrentados no exercício da clínica compacientes portadoras destes tipos de sofrimentos e diagnosticados do ponto de vista orgânico-fisiológico como Fibromialgia. Esta, toma a dimensão do corpo cujo reconhecimento advémtão somente das terríveis dores e amarguras que, através delas, advém. O método balizador dapresente pesquisa foi o método psicanalítico e o referencial teórico foi o da Teoria dosCampos. Esta considera que o mundo participa de cada pensamento do indivíduo e determinacomo o sujeito é constituído. Uma psique que não é de nossa fabricação pessoal, mas que écriada no real e desenvolve suas propriedades historicamente, sendo infundida no indivíduopor seu tempo e sua cultura. Apreendeu-se neste trabalho a estreiteza entre sujeito e mundo ecomo a clínica ou qual clínica pode responder a isso ou a essa demanda. A clínica queresponde a tais questões denominou-se clínica do real. O mundo se faz presente no corpo e oaprisiona. Um corpo em evidência que denuncia um sujeito em busca de sentidos. Uma dorque não encontra expressão verbal ou uma via que possa nomeá-la. Sujeitos que usam o corpode forma tal que restringe toda a sua potência criativa nas dores. A dor perpassa o corpotransformando-se em corpo-palavra que se impõe e funciona numa espécie de blindagem dacondição humana. Sem um aparato simbólico que lhe dê sustentação o corpo se arremessa aomáximo da dor. Denuncia-se ou anuncia-se a fragilidade humana exposta no corpo em dor. Omundo ou o pensamento do mundo atravessa o corpo e este o espelha de forma convexa e oescancara como se fora um disfarce.

Palavras-chave: Corpo. Dor. Psicologia clínica. Psicossomática.

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O tratamento pós-cirúrgico interdisciplinar da obesidade mórbida:considerações para intervenção com base na abordagem psicossomática

Maria Adelaide Gallo Ferreira de CamargoEsdras Guerreiro Vasconcellos

Introdução: O tratamento cirúrgico da obesidade mórbida cresce continuamente empopularidade, tornando-se necessário investigar o acompanhamento psicológico no períodopós-cirúrgico em virtude das mudanças radicais provocadas pelas novas condições físicas dopaciente, e suas repercussões emocionais, as quais alteram a relação entre o corpo e asubjetividade. Aspectos psicológicos da cirurgia: Quanto ao procedimento cirúrgico, mesmoclinicamente adequado e correto, nem sempre garante bons resultados a curto, médio e longoprazos: a expectativa de melhora na qualidade de vida do paciente será atingida, dependendodo comprometimento e aceitação para suportar transformações radicais de comportamentoimpostas pela operação, principalmente na área da nutrição. Casos de pessoas com obesidademórbida que se submetem à cirurgia, mas voltam a engordar, tem sido observados. Estudosobre perfil psicológico de pacientes obesos aponta, entre outras características, tendênciapara a somatização e negação de problemas, pouca cooperatividade e incapacidade paracontenção de um self autônomo e integrado. Nem todos os pacientes conseguem obtersucesso no tratamento cirúrgico. Neste tipo de procedimento, de caráter mutilador e punitivo,o paciente é obrigado a respeitar os limites do novo estômago, caso contrário é castigado coma dor, podendo chegar ao óbito. A abordagem psicossomática: O excesso de peso e agordura podem funcionar como uma camada de proteção para o indivíduo obeso mas, aomesmo tempo, como um inimigo contra o qual ele precisa lutar. A unidade essencial doorganismo humano, ameaçada pelo dualismo, diante de possível insuficiência dofuncionamento mental pode tornar-se insustentável, fazendo com que algunscomportamentos, de início ligados aos instintos e às pulsões, como a alimentação,permaneçam reduzidos ao estado de funcionamento automático. Considerações finais: Nemtodos os pacientes operados, por questões que ainda provocam questionamento, voltam aoconsultório do psicoterapeuta para o acompanhamento emocional, de forma regular. Aindaassim, sentimentos de fracasso total poderão ser evitados diante da possibilidade de promovera integração das relações entre mente e corpo de tal modo que o paciente, em sua totalidadepsíquica, biológica, histórica e social, possa formular hipóteses sobre o funcionamento que oleva a readquirir quantidade de peso corpóreo além do esperado, após a cirurgia.

Palavras-chave: Psicologia. Psicossomática. Obesidade mórbida. Cirurgia bariátrica.

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A dor do corpo como expressão da dor da alma: relato de umaexperiência de grupo terapêutico em clínica escola

Gisele Monza da Silveira

Há um ano e meio um grupo de mulheres de meia idade procurou ajuda psicológica em buscade alívio para seus sofrimentos, incluindo problemas orgânicos, com diagnósticos clínicosdefinidos, mas de difícil remissão. Entre suas queixas estavam enxaqueca, hipertensão,diabetes, dores abdominais, problemas digestivos, tristeza, falta de motivação para a vida,dificuldade de externalizar sentimentos, problemas de relacionamento com familiares,irritação, ansiedade, preocupação excessiva com a opinião dos outros, entre outras questõestrazidas como fonte de sofrimento e dor. Havia uma pequena consciência da interligação entreseus sintomas físicos e o mal-estar psíquico, tanto que atenderam ao convite feito através demeios de comunicação para participar de um grupo terapêutico com pessoas que sofriam deproblemas psicossomáticos, a ser realizado pelo SAPP – Serviço de Atendimento Psicológicoe Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Este trabalho pretendeapresentar um relato desta experiência de Grupo Terapêutico com pacientes com transtornospsicossomáticos, realizados por estagiários de psicologia clínica do SAPP supervisionadospor professora especialista no tema. Esta atividade foi (e ainda segue) desenvolvida a partir doreferencial Humanista-existencial-fenomenológico. Realiza-se semanalmente, durante 90minutos cada encontro. O número de participantes é em média de oito pessoas. O referencialHumanista-existencial tem por objetivo ativar as forças internas da saúde inerentes a naturezahumana utilizando o poder terapêutico do grupo. A presença de determinadas atitudesespeciais nos facilitadores, faz com que certo clima psicológico seja criado no grupo e esteative o potencial curador no grupo, chamado Tendência Formativa, que favorece umaexperiência individual e coletiva em níveis de maior complexidade e evolução. Inicialmentehavia nas integrantes do grupo uma pobreza de contato com seus próprios sentimentos, umaforte tendência a responsabilizar os outros por seus sofrimentos, uma grande dificuldade de seescutarem a si mesmas e as outras, de relacionarem seus sofrimentos orgânicos com ossofrimentos psíquicos e pouco desejo de mudança pessoal. A expectativa era de que algo“mágico” lhes acontecesse a fim de que suas dores desaparecessem. Havia uma inconsciênciada correlação dos eventos orgânicos com os psíquicos. Como se a dor do corpo não tivesse aver com a dor da alma. Gradativamente percebemos nas participantes do grupo uma evoluçãono desenvolvimento da habilidade de contatar com seus sentimentos e de poder expressá-loscada vez com mais clareza, bem como um aumento da consciência de sua responsabilidadepessoal nos eventos de sua própria vida, passando de uma posição passiva e dependente parauma posição ativa, tornando-se criadoras de sua própria história, artesãs de seu própriodestino. Percebemos que estas novas habilidades pessoais reforçaram seu poder pessoal,reformularam sua auto-imagem e desenvolveram novas posturas perante a vida, maissaudáveis e construtivas, culminado numa maior qualidade de vida, autoconfiança e bem-estar, indo muito além da remissão dos sintomas orgânicos, que se mostraram como nadamais do que materializações de suas dificuldades de ser e assumir-se como uma pessoa total eautêntica. Paulatinamente a dor da alma vai abrandando-se e consequentemente a dor docorpo também, dando lugar ao prazer de ser e de viver. Este grupo iniciou em dezembro de2008. É uma experiência nova nesta instituição, que foi além das expectativas, e segue emfuncionamento até os dias de hoje. Atualmente o interesse do grupo vai bem mais além doque suas queixas orgânicas; Os temas trazidos para o compartilhamento no grupo tem focadoquestões existenciais, filosóficas e até mesmo transcendentais.

Palavras-chave: Corpo. Dor. Psicossomática. Terapêutica. Psicologia clínica.

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Correlação entre qualidade de vida, ansiedade e depressãopsicológica em pacientes iniciando programa de reabilitação

cardíaca através do Tai Chi Chuan

Rosane Maria NeryRosa Cecília Pietrobon

Juarez N. BarbizanRicardo Stein

Fundamento: A depressão psicológica e ansiedade têm sido correlacionadas com aocorrência de eventos cardíacos maiores e piora na qualidade de vida após o infarto agudo domiocárdio (IAM). O período imediatamente após a alta hospitalar é um momento estressante evulnerável sobre a qual pouco se sabe. Objetivo: Verificar a correlação entre ansiedade edepressão com a qualidade de vida em pacientes pós IAM recente, iniciando programa dereabilitação cardíaca com Tai Chi Chuan (RCTCC). Material e Método: Estudo transversal(Baseado um ensaio clínico randomizado denominado “Efeito de um programa de 12 semanasde tai chi chuan na capacidade aeróbica e qualidade de vida de pacientes pós infarto domiocárdio recente”) com dez pacientes iniciando um programa RCTCC pós-IAM recente. Osmesmos foram classificados em níveis de depressão pelo Inventário de Depressão de Beck(BDI), Inventário de Ansiedade de Beck (BAI) e qualidade de vida pela escala SF36. Osníveis de depressão e ansiedade foram correlacionados com os diferentes domínios do SF 36.Resultados: A idade média foi de 63,2 (± 8,28) e 60% eram homens. Houve associaçãoinversa entre o nível de ansiedade dos pacientes com a capacidade funcional (rs= - 0,807; P=0,005), estado geral de saúde (rs= - 657; P = 0,039) e saúde mental (rs=- 0,724; P= 0,018) edepressão com a intensidade da dor (rs= -0,867; P= 0,001), estado geral de saúde (rs= - 0,819;P= 0,004) e aspectos sociais (rs= - 0,689; P= 0,027). As escalas de depressão, ansiedade equalidade de vida (SF36) não se associaram com o sexo ou com a idade do paciente.Conclusão: Níveis de ansiedade elevados se correlacionam com baixa capacidade funcional,pior estado de saúde e saúde mental aferida de forma indireta. Maiores níveis de depressãoassociam-se com a presença de dor no corpo, interferindo na qualidade de vida, pior estadogeral de saúde e comprometimento dos relacionamentos sociais nos pacientes após IAMrecente.

Palavras-chave: Depressão. Ansiedade. Qualidade de vida.

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Grupoterapia cognitivo-comportamental nassituações de crise e estratégias de Coping

Cristiane BohnFernanda Vieira Cunha

Josivani Santos Mendes

As pessoas reagem de diferentes formas diante das situações adversas. As chamadasEstratégias de Coping se referem ao repertório de soluções utilizado pelos indivíduos paraenfrentar problemas da vida. Envolvidas em suas situações de crise, as pessoas muitas vezesnão conseguem buscar recursos de enfrentamentos que possibilitem uma resolução para seusproblemas. Para amenizar o stress e o sofrimento causado pelas dificuldades vividas, acabam,muitas vezes, fazendo uso de estratégias de coping que podem gerar conseqüências adversaspessoais, como por exemplo, fumar, comer, irritar-se, etc. A proposta de grupo originou-sedevido ao grande número de indivíduos cadastrados no PAAS (Projeto Ambulatorial deAtenção à Saúde) que possuem como queixa principal para a terapia, dificuldades desolucionar alguma crise de vida específica (como divórcio, problemas com filhos, crise entrecasais, etc.), afetando assim, sua saúde física e mental. Além de oportunizar recursos teóricose técnicos que permitam aos integrantes desenvolver um repertório de habilidades de recursoem situações de crise, o grupo também teve por objetivos a redução do stress e melhora daqualidade de vida dos participantes. Por ser um projeto experimental, buscou-se tambémavaliar a efetividade da grupoterapia cognitivo-comportamental em estratégias de Coping. Ogrupo foi caracterizado como grupo fechado, tendo sido composto por quatro integrantes. Ascomponentes foram selecionadas mediante avaliação inicial e aplicação de questionários deCopyng. Ocorreram no total 14 encontros, tendo foco de trabalho, com base na TeoriaCognitivo-Comportamental, o coping familiar, habilidades sociais, e questões individuais deenfrentamento. No decorrer dos encontros pode-se perceber um gradual desenvolvimento derecursos de enfrentamento, como também as mudanças de manejos comportamentaissituacionais. Juntamente com avaliação coletiva, ao término das atividades do grupo, realizou-se nova aplicação do questionário de coping, para obtenção de dados comparativos, tornando-se assim possível visualizar uma significativa melhora no repertório de resolução deproblemas dos participantes.

Palavras-chave: Abordagem cognitiva-comportamental. Psicologia. Terapia de grupo. Crise.

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A vivência subjetiva do cuidar: um estudo sobre asíndrome de burnout em cuidadores domiciliares

Ivete de Souza YavoElisa Maria Parahyba Campos

Introdução: Atualmente a assistência em domicílio se consolida como uma das práticasencontradas pelo sistema atual de Saúde que visa oferecer atendimento humanizado e melhorqualificado tecnicamente. Geralmente contando com uma equipe multiprofissional, osserviços ao paciente em domicílio, se apoiam numa rede de cuidados composta também pelaparticipação importante da família, em especial no que diz respeito aos cuidados básicos dosindivíduos acamados. É nesta perspectiva que surge a figura do cuidador domiciliar. Pessoaesta, na maioria das vezes, membro do grupo familiar que se dedica integralmente à tarefa docuidar. Tal aspecto justifica o desenvolvimento de práticas e estudos que abordamdiretamente a participação do cuidador. Objetivo: O presente trabalho visa apresentar umapesquisa em andamento que objetiva investigar a vivência subjetiva do cuidador do pacientedomiciliar, envolvendo possíveis questões relacionadas à s índrome do estresse crônico, maisconhecida como síndrome de burnout. Método: Estão participando do estudo cuidadoresdomiciliares de pacientes com câncer e pacientes com diagnóstico de acidente vascularcerebral. Para a coleta de dados estão sendo utilizadas sessões para entrevistas semi abertas eaplicação do Maslach Burnout Inventory (MBI). Considerações finais: Neste contexto, osdados observados até então, deixam clara a necessidade de se compreender o tema docuidador info rmal de maneira mais abrangente, ressaltando não só as atividades rotineirasdesenvolvidas por estes agentes, mas também obter dados e relacioná-los em diferentescontextos e patologias.

Palavras-chave: Assistência domiciliar. Cuidador. Psicooncologia. Burnout.

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Redes domésticas de atenção à saúde em tempos de depressão

Sandro da Rocha Vieira

O objeto de pesquisa é o que denominamos redes domésticas de atenção à saúde queemergem na interação humana da troca de experiências entre vizinhas, amigas, fiéis dedeterminada religião ou consumidoras de alguma farmácia que apresentam umas às outrassuas trajetórias em busca de resolução do diagnóstico de depressão. Nas quais as participantesaparecem como sujeitas na promoção de sua saúde pessoal e da sua família. Temos comopressuposto básico que as experiências existentes no interior dessas redes domésticaspermitirão contribuir para a reflexão e o re-pensar a promoção de saúde na atenção aoportador de depressão. Os sujeitos referenciados a este pesquisa serão famílias cadastradas noProasf – Programa de apoio sócio familiar, atendidas por entidade social que desenvolveações na rede sócio assistencial no município de Suzano. Os objetivos desta pesquisa têm porprioridade: Descrever experiências de assistência ao portador de depressão identificandoações relevantes no contexto de uma política de assistência à saúde e promoção social.Refletir sobre as possibilidades e limites de articulação das ações a partir de redes domésticascontemplando os princípios de assistência do SUS e SUAS, universalidade, integralidade,eqüidade, descentralização, controle social; definição de níveis de assistência, referência econtrareferência. Caracterizar o lugar da rede doméstica no interior da rede de serviços esua contribuição em um programa de assistência ao portador de depressão, numa perspectivade horizontalidade das ações. As ações que compõem esta pesquisa qualitativa baseia-se nométodo da sociologia do cotidiano e da fenomenologia, envolvendo: 1. Observaçãoparticipante; 2. Realização de grupos focais com pessoas atendidas pela entidade social e quepassaram ou estão passando por diagnóstico de episódio depressivo para levantamento dahistória pregressa; 3. Entrevistas semi-estruturadas com pessoas atendidas por entidadesocial e que passaram, ou estão passando, por diagnóstico de episódio depressivo e querevelaram em seu discurso no grupo focal relevância para a temática em foco. Esperamos comesta pesquisa a promoção de uma experiência ímpar de reflexão e produção de conhecimentosobre redes domésticas na atenção ao portador de depressão no contexto do contemporâneo.

Palavras-chave: Assistência domiciliar. Saúde. Depressão.

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Um estudo do efeito da técnica psicoterápica do Sandplay em pacientesportadores de lúpus eritematoso sistêmico: uma pesquisa psicossomática

Angela de Leão BleyDenise Gimenez Ramos

O trabalho em Hospital me levou a acompanhar os pacientes portadores de Lúpus EritematosoSistêmico (LES). Como os sintomas da doença não são específicos da patologia, junto com osjovens vinham as queixas de seus familiares sobre a “preguiça” (sic), as reclamações dedores por todo o corpo e a falta de apetite. A grande maioria dos pacientes, até o diagnóstico,já havia passado por vários médicos e por inúmeros tratamentos sem alcançar melhora e nemao menos receber explicações seguras sobre o que acontecia. Apesar de haver sido recebidocom certo contentamento, esse diagnóstico mostrava que o caminho a seguir era longo.Importava compreender que o LES é uma doença crônica, uma companheira por toda a vida,e que dependeria principalmente da sua postura frente ao tratamento a maneira como seria asua jornada. Essa tarefa não é fácil, vai requerer maturidade, comprometimento, aceitação eprincipalmente muito amor pela vida. A adolescência, fase de vida que as meninas queparticiparam deste estudo se encontram, é por si só um período de intensas transformações. Ocorpo se modifica, junto com ele a maneira de se colocar no mundo, de percebê-lo. Além de aadaptação ao novo corpo gerar uma sensação de estranhamento, o adolescente portador dedoença autoimune precisa conviver com um corpo que, em certo momento, passa a não maisse reconhecer. O corpo também sofre este estranhamento. É como se o corpo do jovementrasse em guerra consigo mesmo. Em consequência, as doenças autoimunes e em especial oLES despertaram certos questionamentos: Pode a psicologia ajudar de alguma maneira notratamento de pacientes portadores dessa patologia? Seria adequada a técnica do Sandplaypara esses pacientes? Essa pesquisa de perfil exploratório teve como objetivo observar osefeitos da técnica do Sandplay em 5 adolescentes do sexo feminino portadoras de LúpusEritematoso Sistêmico, verificar se há alteração, no grupo experimental, na atividade dadoença durante o acompanhamento psicológico. Foram realizadas um mínimo de 12 sessõescom sandplay. Os instrumentos utilizados foram: ESA (Escala de Stress para Adolescentes),SLEDAI (Índice de Atividade do Lúpus Eritematoso Sistêmico) CHQ – CF-87 (Questionáriode Saúde da Criança), CHQ–PF 50 (Childhood Health Questionnaire -Avaliação daqualidade de Vida relacionada à Saúde-Índice Físico do Versão para os pais), EntrevistaSemi-Estruturada, VAS- Escala Analógica Visual. Para a análise dos cenários foi utilizado oMétodo de Análise de Dados do Sandplay (RAMOS & MATTA, 2006). A pesquisa verificouque houve uma diferença significativa entre os grupos. A análise das cenas do sandplayconfirmou um aumento nas categorias positivas e um declínio nas negativas, o que vem aatestar a evolução positiva que as pacientes apresentaram.

Palavras-chave: Lúpus eritematoso sistêmico. Psicoterapia. Sandplay. Psicossomática.

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Psicoeducação em grupos de par mãe/bebê no SUS:uma lacuna a ser preenchida pela Psicologia

Osvaldo Amorim

Há evidências que o atendimento clínico em postos de saúde ainda necessita de serreformulado, pois por melhor que se faça, a cultura do modelo médico vigente como:vacinação, atendimento médico e vigilância sanitária, ainda não são suficientes parapreencher caráter de prevenção da atenção primária do SUS. O objeto do trabalho foi aconscientização do impacto na dinâmica familiar provocado pelo nascimento de um filho,mesmo sendo um fato previsto. Esta experiência foi concretizada pela inserção de estagiário,de psicologia, nos grupos de pares mães/bebês, já existente e com reuniões semanais,coordenada por uma pediatra. Sendo a psicologia uma ciência ainda pouco conhecida quantoa sua eficácia no caráter preventivo, a promoção da saúde implica em ações de um sistemaque conscientiza a população da comunidade em que está inserido, para a motivação nocuidar-se da saúde e evitar riscos de adoecer (Calatayud, 1991). O objetivo foi o deconscientizar os grupos de mães e/ou cuidadores da importância do contato físico e afetivo nodesenvolvimento cognitivo e psicomotor da criança, através da psicoeducação e a vinculaçãoafetiva pela narrativa. Da metodologia e universo: Semanalmente ocorrem reuniões comgrupos de acordo com a faixa etária do bebê, da seguinte forma: grupo de par mãe/bebês doprimeiro ao terceiro mês de vida; do quarto ao sexto mês de vida; do sétimo ao nono mês devida; do décimo ao décimo segundo mês de vida. A psicoeducação era focada no como ossentimentos e/ou emoções afetam as atitudes do ser humano e praticava-se a respiraçãoabdominal para baixar o nível de ansiedade, tanto na mãe e/ou cuidador quanto no bebê. Omarco conceitual está embasado nos seguintes autores:Teoria de desenvolvimento psicomotorde Fonseca (2008); teoria do apego de Bowlby e Ainsworth; estudos realizados por Noal(2007) (em Hultz, 2007) com crianças em situação de rua; conceito de “mãe suficientementenarrativa de Golse (2003); Conceitos sobre emoções de LeDoux (1998) e Reeve (2006). Osresultados foram observados a partir do segundo encontro de cada grupo, de forma parcial, osobjetivos foram observados através dos relatos das mães que já conseguiam conter o estressee também conseguiam dormir melhor e em camas separadas. Considerações finais: Aprevenção só será alcançada no nível de atenção primária do SUS, se os conhecimentos depsicologia estiver inserido num modelo interdisciplinar de saúde e fomente o bem estarindividual e social. A psicoeducação tem como fundamento, tornar consciente as atitudesinconscientes em como as emoções/sentimentos afetam o comportamento. A integração entreas áreas de medicina e psicologia foi muito enriquecedora.

Palavras-chave: Par mãe/bebê. Psicoeducação. Apego. Vinculação afetiva. Atençãoprimária.

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Estresse e trabalho hospitalar: uma abordagem biopsicossocial

Andréa Simone Lanza Corrêa

O presente trabalho busca delinear uma proposta de educação para a saúde através de umaação interventiva grupal de escutas informais e cotidianas de profissionais de saúde em suasrelações de trabalho no âmbito hospitalar público e também do acolhimento dos mesmos emespaços de desenvolvimento da capacidade de enfrentamento às tensões decorrentes de seucotidiano. O interesse é contribuir para a promoção e proteção da sáude dos trabalhadores queali transitam, oportunizando alívio e conscientização dos conflitos que impedem a satisfação eo prazer no trabalho. Para tal, buscamos, a partir do olhar da psicossomática, descrever comoestresse afeta o processo saúde/doença e caracterizar seus principais fatores individuais eorganizacionais desencadeadores naquele contexto. Na discussão, destacamos da literatura osprincipais estressores que têm sido apontados no trabalho em geral, relacionamos algunsaspectos estressantes identificados em estudos sobre trabalhadores em contexto hospitalar ebuscamos circunscrever temas e recursos que possam ser agenciados visando a redução deseus impactos, através de uma metologia grupal e participativa de cuidado dos cuidadores.Desta forma, visou-se contemplar uma abordagem integrada das dimensões biológica,psicológica e social do estresse no contexto hospitalar. Entendemos, também, que estaproposta deve ser experimentada na prática e avaliada coletivamente pelas pessoas implicadasno processo, de forma que os conhecimentos nela apresentados possam ser modificados,gerando aprendizagem, aprimoramento e melhor percepção de suas potencialidades.

Palavras-chave: Estresse. Trabalho. Educação para a saúde. Psicossomática.

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O contexto da interconsulta como parte constitutivado atendimento em psicologia hospitalar

Ronaldo Lopes Coelho

O presente trabalho se propõe a discutir o papel do psicólogo em instituições de saúde pormeio de um atendimento de interconsulta realizado na enfermaria da pediatria de umHospital-Escola, que neste caso é também um hospital geral. Nossa ideia é, no tempoproposto, apresentar brevemente o atendimento, bem como o contexto no qual se deu,buscando realizar uma reflexão crítica sobre as matrizes institucionais que forjavam ossujeitos que se constituíam no momento da consulta. Isabela, 9 anos, internada devido a umtrauma na vagina e examinada pela ginecologia, a qual nos informa de lesões no útero dacriança. A história de como aconteceu o acidente é confusa e provoca a suspeita de queIsabela sofrera abuso sexual. É, então, solicitado ao estagiário de psicologia para que este façauma “avaliação” da criança. Suspeita-se que o abusador seja o padrasto, e o hospital precisagarantir que não está sendo negligente em dar alta a uma menina que está sob o risco de sofrernovos abusos. O atendimento se dá de maneira atribulada, entre entradas e saídas deenfermeira, e se mostra muito difícil. O problema que se colocava parecia não ter solução.Como investigador, não tínhamos informações suficientemente claras que garantissem ainexistência do abuso. Como psicólogo, nada parecia indicar abuso, a criança parecia muitobem. Como homem, o receio constante da identificação com o suposto pedófilo. De todas asinformações que tínhamos, a que mais confiávamos que estava livre de enganos era odiagnóstico da ginecologia. O atendimento durou cerca de duas horas. Realizamos desenhos econversamos bastante. Terminado o atendimento, não oferecemos um feedback para a equipede saúde, como costumamos fazer. Nossa angústia só acalmou quando, pensando numasituação hipotética e verossímil, as coisas começaram a se encaixar, de maneira que erapossível acreditar que mesmo a criança tendo alta ela não correria perigo, pois o padrasto nãoera mesmo, neste caso, o abusador. Cinco dias depois, de volta a nosso plantão de estágio, nareunião multidisciplinar começamos por discutir a situação de Isabela. Tomamosconhecimento que ela havia “saído de alta” dois dias após o nosso atendimento. O motivo eraque a ginecologia havia avaliado novamente e descartado a suspeita de abuso. Ou seja, omesmo exame que em nenhum momento havíamos colocado sob suspeita de equivoco, aprincipal peça que fazia com que não abandonássemos a certeza de que aquela lesão teria sedado por um pênis. A partir desse episódio nos foi possível refletir sobre os lugares atribuídose assumidos nas cenas que aconteceram, desde o jogo de expectativas. Fizemos um recortebuscando uma reflexão sobre o papel do psicólogo no contexto hospitalar, bem como umaanálise do contexto institucional como constitutivo do atendimento que realizamos.

Palavras-chave: Psicologia. Pediatria. Hospital. Infância. Abuso sexual. Psicossomática.

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Etiologia motivacional do cuidado estético em mulheresde 35-45 anos e implicações psicossomáticas

Maria Luisa AndreolaHorácio Chikota

Estela Maris Giordani

O trabalho clínico do profissional que realiza procedimentos estéticos e o acompanhamentode casos de mulheres que se submetem aos mesmos podem fazê-lo deparar-se com umacuriosa situação: não obstante tais procedimentos sigam rigorosamente a técnica prescrita,ocorrem casos de sucesso e outros sem os resultados esperados. Desta vivência surgiu ointeresse em investigar as motivações que mulheres entre 35 e 45 anos possuem quandorealizam procedimentos clínico-estéticos. Qual é o significado destes procedimentos paramulheres entre 35 e 45 anos, visto que nesta etapa da vida é previsto que a mulher se encontreem uma condição de maturidade? A pesquisa exploratória de campo foi realizada com doisgrupos de mulheres denominados grupo “A” e “B” cada qual composto por 25 mulheres. As50 mulheres foram submetidas ao teste de “lócus de controle de internalidade Xexternalidade”, sendo o critério utilizado para realizar a divisão dos grupos o fato de o grupoB nunca ter feito acompanhamento psicoterápico e o grupo A realizar o acompanhamentopsicoterápico de orientação ontopsicológica. Com esses pressupostos entendeu-se ser possívelexplicar a origem das motivações e controle dos acontecimentos em que estas pessoas estãoenvolvidas. Para ambos os grupos foram aplicados mais dois instrumentos de investigação: a)teste de Lüscher, que por meio das seleções cromáticas encontra indicadores dos traços depersonalidade; b) questionário semi-estruturado em quatro partes – dados de identificação ebiográficos, dados familiares e profissionais. A pesquisa revelou que mulheres que possuemmotivações internas, correspondentes ao grupo A, utilizam o cuidado estético como forma deprotagonismo profissional e de seu valor pessoal. As mulheres do grupo B procuramprocedimentos estéticos com motivações exteriores e portanto como forma de compensar anão realização de seu valor profissional e pessoal. A investigação traz três importantesimplicações: a) que o aspecto estético quando se torna um complemento de personalidadepode portar ao equilíbrio bio-psíquico e social da pessoa da mulher; b) quando a mulherorienta-se por motivações estéticas de moda ou com modelos em uso pode romper com seuequilíbrio e assim, nutrir um sentimento de desprezo por sua pessoa e seu tipo único de belezae eficiência; c) auxiliar ao esteta a chegar à consequente ética na estética, considerando-seuma co-responsabilidade do médico em seu papel no indicar e direcionar a cliente na escolhada sua transformação. Os resultados da pesquisa direcionam para a vantagem de que mulheresnessa faixa etária realizem psicoterapia para entender as motivações inconscientes que sub-entram na busca de procedimentos estéticos.

Palavras-chave: Etiologia. Motivação. Cirurgia estética. Mulher. Psicossomática.

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Histerectomia e surto psicótico

Andréa AndrioliCecília Helena Piraino Grandke

Jussara de GodoiViviane Vanessa dos Santos

Através do estudo de duas histórias de vida de mulheres submetidas precocemente àhisterectomia analisamos o desequilíbrio criado com a retirada do útero e que resultou emsurtos psicóticos de características semelhantes embora de evolução diferente implicando emdiagnósticos e tratamento diferentes. Este estudo foi realizado no Ambulatório deEspecialidades de Interlagos – SP.

Palavras-chave: Histerectomia. Surto psicótico.

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Terapia psicológica corporal: uma abordagem psicossomática noatendimento clínico grupal a Idosos do Centro de Referência do Idoso da

Zona Norte de São Paulo - OSS

Letícia Taboada

Introdução: O presente relato procura apresentar o trabalho de intervenção em psicoterapiacorporal realizado junto aos pacientes idosos do Centro de Referência do Idoso da Zona Nortede São Paulo – OSS (CRI-Norte) em modalidade grupal, articulando teórica emetodologicamente a importância desta abordagem no envelhecimento. Na clínica comidosos, o corpo nos aparece concretamente nos relatos de dores; nas percepções de mudançasfísicas; nos sintomas psicossomáticos, nas lembranças e memórias de uma época de força eenergia. Verifica-se na invisibilidade do mundo subjetivo, pacientes com dificuldades emaceitar o avanço inevitável do tempo e acolher o balanço, também inevitável, de sua própriahistória. O corpo muitas vezes torna-se o porta-voz destas manifestações, uma vez que severifica em registro concreto destas mudanças. Assim, o trabalho corporal objetiva acessar osaspectos emocionais através da comunicação não verbal e visa auxiliar no processo deintegração do corpo com o si-mesmo, (re)estabelecendo esta via de comunicação, permitindoo acolhimento das transformações próprias do envelhecimento, sendo, portanto, umaferramenta na construção/manutenção da identidade, uma identidade também corporal.Embasado na definição de saúde da Organização Mundial de Saúde como “estado decompleto bem-estar físico, mental e social e não consistindo somente da ausência de umadoença ou enfermidade”, o trabalho corporal com idosos tem como foco de intervenção nãosomente o corpo doente, mas aborda também, aspectos da saúde, utilizando recursos lúdicos ecriativos sem perder de vista o caráter clínico, o que faz desta proposta algo inovadora nasaúde pública. Metodologia: Terapia Psicológica Grupal com encontros semanais de 90minutos e duração média de dois meses ao todo. Uso de técnicas expressivas e não-verbais(relaxamento, exercícios de Reeducação do Movimento, desenhos e imaginação ativa) natentativa de ampliação dos conteúdos emergidos ao longo dos encontros. Marco Conceitual:O conceito de “Gesto”, preconizado com o trabalho de Winnicott, designa a ação pessoal embusca da diferenciação entre Eu x Não Eu. O corpo e suas bases sensoriais estaria, segundoeste autor, nos fundamentos da constituição do Eu, do Self verdadeiro. Ao descrever o queWinnicott chamou de ‘personalização’, o autor quis “chamar a atenção para o fato de que amorada desta ou outra parte da personalidade no corpo, e um vínculo firme entre o quer quese ache lá e que chamamos de psique, em termos desenvolvimentais representa uma conquistada saúde”. Assim, designa-se Psicossoma para os aspectos corporais/sensoriais vividos;Psique para as construções simbólicas, subjetivas das experiências, e Mente, para os aspectoscognitivos de nós. Sob esta tríade, o trabalho corporal do Serviço de Psicologia do CRI Nortepretende alcançar a promoção da atenção integral em saúde no trabalho corporal com idosos.Resultado: A partir da ampliação subjetiva do adoecimento e sofrimento vividos no corpo, épossível resignificar a própria saúde e, de maneira mais ampla, a própria história de vida.Resulta-se na apropriação da identidade e no ganho de qualidade de vida. Síntese: Apromoção de saúde dos idosos dentro do âmbito da rede pública deve direcionar-se àampliação das facetas que envolvem o conceito de saúde e doença, compreendendo-os,também, através da significação subjetiva dos aspectos corporais como parte de umtratamento integrado.

Palavras-chave: Corpo. Psicologia corporal. Psicossomática. Idosos. OSS.

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Conceito de saúde em estudantes de medicina e psicologia

Adriane Maria Moro MendesEstela Maris Giordani

Medicina e psicologia são áreas do conhecimento humano destinadas a promover,restabelecer e preservar a saúde. Na atividade profissional de médicos e psicólogos é comuma distinção entre aspectos da saúde biológica e psicológica, e no ensino superior, emboraexistam esforços no sentido de implementar uma visão psicossomática, parece prevalecer umavisão biologista de saúde. Como docentes do ensino superior, ocorreu-nos a pergunta: qual éo conceito de saúde que os estudantes dos cursos de medicina e psicologia possuem? Partindodeste questionamento, a pesquisa teve o escopo de discutir o tema através de conceitosemitidos por estudantes de medicina e psicologia de uma universidade pública brasileira. Paraobter as informações, aplicou-se um questionário com uma questão dissertativa (descreverlivremente o que compreende por saúde) a 100 jovens acadêmicos dos cursos de medicina epsicologia, de ambos os sexos, com idades variando de 18 a 26 anos. Foram selecionadosalunos do início dos cursos e alunos do final dos cursos, para verificar se ocorreram mudançasdurante a trajetória acadêmica neste conceito. As respostas foram analisadas através dametodologia da análise de conteúdo de Bardin (1977). Verificamos que entre os estudantes doprimeiro ano de ambos os cursos prevalece a definição da OMS, entendida como ‘bem estarfísico, psíquico e social”. Este conceito aumenta de freqüência (30%) entre os estudantes doúltimo ano de psicologia e reduz em 20% dentre os estudantes de medicina do último ano,que passam a emitir conceitos mais direcionados para a influência de aspectos emocionais epsicológicos. A nossa pesquisa deu uma visão muito concreta de que o conceito-base desaúde é substituído pelo de doença ao longo dos cursos analisados, e isso pode ser um fatordeterminante no modo como este profissional encara a situação do paciente. Numa épocaonde é necessário rever condutas e resgatar valores humanistas, entendemos que nossainvestigação pode auxiliar no direcionamento pedagógico dos cursos de medicina e psicologiae para esse intento nos apoiaremos nas descobertas da ciência ontopsicológica que consentemuma profunda revisão sobre o modo de existir humano.

Palavras-chave: Saúde. Estudantes. Anâlise de conteúdo.

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Emoções do fumante na era antitabagista

Marc André R. KeppeEsdras Guerreiro Vasconcellos

Mathilde NederAna Cecília Marques

A recente era antitabagista vem despertando muitas dúvidas e muitas emoções nosconsumidores de tabaco. Os produtos que utilizam o tabaco, tais como: cigarros, charutos,cachimbos, cigarrilhas, rapé e narguilé, que eram bem vistos e associados à sedução, charme eglamour, passaram a ser mal vistos e declarados prejudiciais à saúde. Este artigo procuraesclarecer que tal mudança de postura social com relação ao tabaco surgiu a partir de váriaspesquisas, que demonstraram os sintomas, as doenças e a própria letalidade decorrente dotabagismo. O texto indica como devemos lidar com algumas das principais emoçõesdespertadas nesta era antitabagista, que são: raiva, medo e ansiedade e demonstra ostratamentos existentes para esta dependência química, que antes era considerada hábito eatualmente é vista como patologia. Tal patologia deve ser observada como uma dependênciapsicossomática ou biopsicossocial e não apenas como uma dependência química, já que osfatores do tabagismo são: biológicos, psíquicos e sociais e, portanto, os tratamentos sugeridossão também psicossomáticos ou biopsicossociais.

Palavras-chave: Tabagismo. Psicossomâtica. Emoções. Modelo biopsicossocial.Dependência química.

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A contribuição da astrologia médica para a dependência de alcool e drogas

Andréa AndreoliCecília Helena Piraino Grandke

Maria Angela SartimMaria de Lourdes Meirelles

Hipócrates valoriza muito a posição do nascimento no ciclo do zodíaco relativos aodesenvolvimento de doenças e eventos de vida. Vários médicos da antiguidade eram tambémastrólogos. As dependências de drogas surgem hoje como uma epidemia, comparável porexemplo à tuberculose no final do século XIX e início do século XX levando a vida demuitos jovens. Portanto todos os instrumentos devem ser utilizados na ajuda à essas pessoasque adoecem com a dependência de álcool e drogas. Através do mapa astral de paciente emtratamento ambulatorial de grupo e pacientes internados para tratamento da dependênciavamos analisar as “marcas” do nascimento e a possibilidade de ajuda do entendimento domapa astral nessas patologias. Este trabalho é resultado da observação empírica de umnúmero expressivo de pessoas com esse diagnóstico pertencente ao signo de Aquário e Aires.Esta pesquisa foi realizada no Ambulatório de Especialidades de Interlagos e na ClínicaGrand House – Centro de Evolução Biopsiossocial.

Palavras-chave: Alcool. Drogas. Dependência química. Reabilitação. Mapa astral. Patologia.

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Psicossomática e conteúdo onírico

Maria Tereza AndreolaAdriane Maria Moro Mendes

Horácio Chikota

A visão do homem como um ser psicossomático pressupõe que esse seja conhecido na suatotalidade e isto inclui o inconsciente, entendido com um quântico de vida ativa que existesem a gestão do Eu lógico racional. Quando se fala em doença psicossomática, verifica-secom freqüência que sua origem se encontra exatamente em situações onde o conteúdoemocional tornou-se inconsciente devida a incapacidade ou imaturidade do Eu em lidar com asituação. Sabendo que uma das linguagens do inconsciente é o conteúdo onírico (os sonhos) eatuando-se na psicoterapia ontopsicológica, que utiliza a análise onírica como instrumento dediagnóstico, perguntou-se neste trabalho como abordar um caso onde a psicossomática não sedeslocava para um problema de saúde, mas sim existencial? Apesar do conhecimentoacumulado pela civilização humana desde a antiguidade a respeito do sonho e sua intrínsecacorrelação com o mundo inconsciente, verifica-se divergências entre técnicas de interpretaçãoe grau de importância dada aos sonhos por partes dos profissionais da saúde. Nesse sentido,este trabalho objetiva abordar o estudo do inconsciente utilizando o método de interpretaçãodos sonhos segundo a ciência ontopsicológica, que se demonstra infalível no diagnóstico darealidade vivida no íntimo do sujeito. Para Antonio Meneghetti “o sonho é o espelho holísticoda atividade orgânica e funcional do nosso existir” (MENEGHETTI, 2001; p. 254), portantosua exata interpretação permite conhecer as emoções não reconhecidas ou negadas pelosujeito e que geram as diversas fenomenologias psicossomáticas. Através da apresentação deum case de psicoterapia com orientação ontopsicológica, será demonstrada a análise oníricaque possibilitou a leitura da dinâmica da intencionalidade psíquica de uma cliente de 35 anos,que goza de boa saúde, gosta do seu trabalho, porém queixa-se de uma percepção de rotinaestressante. Foram escolhidos 4 sonhos que possibilitam uma aproximação simples e objetivadas passagens técnicas que identificam: a) o potencial natural da cliente, b) onde as escolhasda cliente são distônicas ao potencial segundo os módulos lógicos e emocionais e c) asconseqüentes mudanças de hábitos existenciais. O case demonstra que o sonho tem umalinguagem própria, e informa ao técnico preparado toda a realidade vivida pelo sujeito, aorigem da situação que atualmente se observa e qual a via de saúde possível. Trata-se de umamudança no estilo de vida interior do sujeito, no modo como escolhe as pequenas coisascotidianas que, ao final, determinam os seus ganhos existenciais.

Palavras-chave: Psicossomática. Análise onírica. Sonhos.

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O estágio de convivência no processo de adoção:período de adaptação entre adotando e adotantes dentro do abrigo sob o

olhar da abordagem psicossomática

Eduarda Coelho TorresMarisa Campio Müller

O processo de adoção compreende várias etapas sendo uma delas o estágio de convivênciaentre adotante e adotando que ocorre dentro da instituição de acolhimento para crianças numperíodo que antecede a liberação da guarda provisória aos pais adotivos pelo Judiciário.Visamos abordar aqui, a importância deste período de adaptação da nova família, referidopelo Estatuto da Criança e do Adolescente como “estágio de convivência”, e os benefíciosque o mesmo oferece às crianças, às famílias substitutas e também aos bebês, que emboraainda não tenham o amadurecimento necessário ao desenvolvimento da linguagem para amanifestação de seus desejos e necessidades, possuem uma forma peculiar de comunicaçãoque precisa ser reconhecida. As considerações aqui expostas seguem os preceitos daabordagem psicossomática, que apresenta uma visão holista de cuidado que vai muito além daquestão saúde-doença. Concluímos, referindo que o estágio de convivência é de extremarelevância na adoção para que as angústias pertinentes aos envolvidos neste processo possamser desvendadas e trabalhadas, a fim de favorecer uma vinculação mais efetiva.

Palavras-chave: Adoção. Estágio de convivência. Adaptacão.

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A contribuição da aprendizagem de um instrumento musical para a criança

Ana Caroline Paranhos Peres

O presente trabalho investiga qual a contribuição da aprendizagem de um instrumento musicalpara a criança que o pratica. Aborda o conceito de música e seus efeitos, estando vinculados ainfluência cultural e o sentido singular atribuído a ela. A transformação da música ao longo dotempo, como fator da evolução humana e da sociedade. A importância da aprendizagem e doensino ser trabalhados com dedicação e seriedade, uma vez que todo ser humano buscanaturalmente ensinar e aprender através da troca e do contato com o outro. Utiliza do métodoqualitativo e como instrumento de pesquisa, a entrevista semi-aberta com a coordenadora,uma professora e com cinco alunos do centro de estudos musicais Tom Jobim de São Paulo.Também utiliza como recurso: a observação das aulas coletivas de instrumento e a análise dofilme “Música do Coração”. Constata a importância da aprendizagem e da música comoferramentas essenciais para o desenvolvimento integral: psíquico, corporal e emocional dacriança, auxiliando na aprendizagem de conteúdos, e no aprimoramento da percepção, escuta,expressividade, socialização, organização, disciplina, dentre outras faculdades.

Palavras-chave: Música, Instrumento musical. Aprendizagem. Aluno. Professor.

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Terapia mediada por animais e saúde mental: um programa no Centro deAtenção Psicossocial da Infância e Adolescência em Porto Alegre

Ceres Berger Faraco

O objetivo deste estudo foi examinar as repercussões de um programa de Terapia mediada poranimais junto a um grupo pacientes do Centro de Atenção Psicossocial da Infância eAdolescência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre/RS. O reconhecimento do elo entrehumanos e outros animais tem estimulado inúmeras pesquisas e nas últimas décadas cresce ointeresse sobre a repercussão de atividades e terapias mediadas por animais com objetivoseducacionais, de reabilitação física e/ou social e na promoção de saúde e bem-estar daspessoas. Mas de onde vem essa relação entre saúde humana e contato com animais? Qual é atrajetória percorrida pelas práticas em saúde até chegar à Terapia Mediada por Animais(TMA)? Evidentemente que sob uma perspectiva ecológica do desenvolvimento humano, talcomo postula a Teoria Ecológica cunhada por Urie Bronfenbrenner, o meio exerce um pesofundamental em nossa formação, nossos potenciais de desenvolvimento e em nossa saúde.Este trabalho teve como objeto de estudo as repercussões psicossociais destas intervençõessobre: o funcionamento global, sintomas psiquiátricos e relacionamento com os parescontemplados nos instrumentos CGAS (Children Global Assessment Scale) e SDQ (StrengthsDifficulties Questionnaire). O delineamento foi quase-experimental. Participaram da pesquisavinte e oito crianças e adolescentes com idade entre sete e 16 anos e seus responsáveis. Osparticipantes eram portadores de transtornos mentais diversos e alguns dos diagnósticos maisfreqüentemente encontrados foram: Transtorno de Humor, Transtorno de Déficit de Atenção eHiperatividade, Transtorno Opositor Desafiante, Transtorno de Conduta e Abuso sexual.Quanto ao coeficiente intelectual, a maior parte dos pacientes apresentaram retardo mental deleve a moderado. Os resultados demonstraram que quando as informações dos informantes sãoanalisadas em conjunto há diferenças que tendem a escores de funcionamento globalcompatíveis com a categoria de normalidade.

Palavras-chave: Terapia mediada por animais. Infância. Adolescência. Saúde.

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Vôo solo: psicoterapia grupal breve a enlutados

Janete Maria RitterDanielle Dias Ribeiro

Ronalisa Torman

O sofrimento acerca do luto destaca-se como um problema social, por ser cada vez maisnegado pela sociedade, refletindo naquele que mais sofre, que se vê obrigado a conter a dorque, por vezes, é insuportável. É comum a família não tolerar a escuta do lamento pela perdade um ente querido. Nesta perspectiva, o grupo psicoterapêutico veio ao encontro danecessidade de sujeitos que estavam em sofrimento pela morte de alguém, por encontrarem alium espaço onde pudessem ser ouvidas e compreendidas na sua dor. O enfoque do trabalho foide psicoterapia breve de orientação psicanalítica, totalizando doze sessões com encontrossemanais e duração de uma hora e quinze minutos, no Centro Integrado de Psicologia doCentro Universitário Feevale. Segundo Parkes (1998, p.213), “[...] o apoio em grupo é umbom meio para conhecer pessoas que se encontram nessa mesma situação, contribuindo,inclusive, para que os enlutados não se isolem socialmente”. Da mesma forma para Barros(2007), “[...] o grupo é essencial para a realização da vida do homem. Diversas são as formasde enfrentamento do luto, Ross (1998) destaca entre elas a negação, revolta, barganha,depressão e aceitação. Ficou evidenciado no decorrer dos encontros, a busca de algo externopara encontrar algum sentido na perda, assim como, para abrandar o sofrimento e a imensidãoda angústia. A fantasia dos integrantes do grupo perante a forma que ocorreram os óbitos,foram manifestadas através dos relatos, refletindo assim o medo da própria finitude. Oespelhamento entre os participantes foi possibilitado através do olhar para o outroidentificando em si mesmo, aquilo que viam de si, no outro. Neste sentido Zimerman (2000),relata que “[...] a identificação é o processo no qual o sujeito reconhece algo do outro em simesmo”. Os integrantes do grupo ao término dos encontros, relataram que nas doze sessõestiveram um espaço de reflexão, encontro de histórias, de dores e semelhanças, sentindo-secompreendidos na sua dor e convivendo melhor com seus sentimentos. A falta sempreexistirá, podendo ser ressignificada no decorrer da vida. Ao término deste trabalho,vislumbrou-se um efeito terapêutico em todos os integrantes, porém, foi notável a aceleraçãodo processo quando o final se aproximava. Entende-se ser importante levar em conta asubjetividade de cada um, seu tempo interno, a fim de que lentamente, cada qual, elabore seuluto.

Palavras-chave: Psicoterapia breve. Psicoterapia grupal. Luto.

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Incesto humano: entre o real e o simbólico

Cecília Helena Piraino GrandkeEliane Mendes de Oliveira

Jussara de Godoi

Através do estudo de uma família analisamos o fenômeno do incesto ocorrido entre irmãospor um longo período. Motivo de estudos e discussões entre antropólogos, sociólogos,psicólogos, o tabu do incesto é extensamente estudado mas quando nos vemos diante daquebra dessa proibição o que acontece a cada indivíduo envolvido na situação? Em revisão deliteratura encontramos muitos estudos da prática de incesto entre pais e filhos, mas é mais raroo estudo da prática do incesto entre irmãos como é o caso que vamos analisar.

Palavras-chave: Incesto. Família. Abuso sexual.

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Prostituicão e câncer: estudo clínico

Andréa AndrioliCecília Helena Piraino Grandke

Maria de Lourdes Meirelles

Este trabalho desenvolve, através de uma história de vida e de revisão de literatura, a análiseda repercussão da atividade de prostituição em mulheres, relativamente ao ataque aofeminino, gerando adoecimento de órgãos que representam simbolicamente a mulher. Esteestudo foi realizado no Ambulatório de Especialidades de Interlagos – SP.

Palavras-chave: Mulher. Prostituicão. Câncer. Psicologia clínica.

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Recebendo uma notícia difícil:influência desse momento no enfrentamento da doença

Fabrício da Silva CstilhoFabiana Neman

Introdução: Sabemos que no desempenhar de suas funções, inúmeras vezes, o médico tempapel de comunicar notícias desagradáveis, seja em relação à terapêutica ou ao prognóstico.Buscamos entender esse momento tanto do ponto de vista do profissional como do cliente.Entre as dificuldades indicadas pelos médicos temos o medo de ser considerado culpado, omedo da falha terapêutica ou da sensação de impotência e de fracasso. Para o paciente há omedo pessoal da doença e da morte. Este estudo teve por objetivo avaliar a forma detransmitir más notícias, analisando a reação do paciente e entendendo o fenômenodesencadeado por vivenciar esta experiência. Conhecer este fenômeno é de grandeimportância, pois este momento é crucial para o comportamento do paciente durante seutratamento, tendo grande significado sobre a qualidade de vida neste período. Metodologia:Este trabalho faz parte de um estudo caso-controle, que tem como objetivo geral reavaliar osfatores de risco associados ás infecções por Chlamydia trachomatis e Papiloma vírusHumano, desenvolvido no segundo semestre de 2009, no município de Mairiporã. Na buscado alcance deste objetivo geral, foi possibilitado acesso a uma população de mulheres comidade entre 18 e 40 anos. Na entrega dos resultados, obtemos os dados deste estudo, atravésde um instrumento com questões abertas e fechadas e uma entrevista com uma amostraaleatória deste grupo. Os dados foram analisados por freqüência e percentual e por análise dediscurso. Resultado: Após a coleta de dados identificou-se que o momento de receber umanotícia difícil gera sentimentos negativos ao paciente, pois não é uma situação esperada. Emgeral o paciente quer ter o apoio de outras pessoas neste momento para sentir-se mais seguro.A transmissão do diagnóstico não esperado pode desencadear um pouco mais de segurança,quando entende que há possibilidade de tratamento e de cura. Entretanto, este momento é tãodifícil que possibilita não entender corretamente o que tem e como pode ter contraindo adoença. Contudo, dar a notícia de modo mais confortável para o paciente parece propiciar osentimento de que irão persistir no tratamento e no cuidado a sua saúde. Considerações finais:Tais dados preliminares permitem entender uma realidade composta de um primeiro momentodifícil com o diagnóstico. Num segundo momento, se orientada quanto à doença e tratamento,a ansiedade diminui e é possível entender a patologia que tem e como será o tratamento. Paraa grande maioria, receber a notícia do médico é a referência mais esperada. Tal circunstanciapermite entender que ao comunicar uma notícia difícil ou desagradável o profissional médicotem grande influencia no comportamento do paciente que vai acompanhar o tratamentodesenvolvido. Estes dados apontam a grande necessidade de revermos o processo deformação profissional e a capacitação de profissionais já atuantes quanto ao processo decomunicação com o paciente/cliente.

Palavras-chave: Doença. Enfrentamento. Prognóstico. Medicina. Psicologia.

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Câncer: a evolução da doença e a morte de uma psicanalista

Maria Angélica O. Gabriel

O objetivo desta pesquisa foi analisar e relacionar os conflitos vividos por uma psicanalistaem análise com o processo de adoecimento e morte. Foi realizado um estudo de caso,utilizando técnicas de observação de campo e entrevistas com uma paciente internada portrombose no MID e com carcinomatose. O estudo foi realizado por meio do acompanhamentode uma paciente internada durante um mês em um hospital geral do Rio de Janeiro.Osresultados apontaram para as falhas nos mecanismos de defesa do ego de uma psicanalista queevoluiu para o adoecimento do corpo e a morte. A partir do referencial teórico psicanalítico,partindo dos estudos de Freud, Volick, Winnicott e Groddeck, foram analisadas as angústiasda paciente, as vivências no processo analítico, a fragilidade egóica e a morte como resoluçãodos conflitos. As fortes tensões psíquicas e a impossibilidade da paciente de utilizar seusrecursos interiores foram associadas com o processo de carcinomatose e óbito. Conclui-se quea estrutura psicológica, independente dos conhecimentos teóricos da psicanálise e do sujeitoestar sendo submetido a processo de análise pode conduzir ao desenvolvimento do câncer e aevolução para óbito.

Palavras-chave: Doença. Câncer. Psicologia. Morte.

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Expressão psicossomática da infertilidade conjugal

Solange Lopes de SouzaEdna Severino Peters Kahall

Introdução: Este estudo examinou o processo de enfrentamento da infertilidade conjugaldurante investigação diagnóstica junto a 30 casais. Objetivo :Apreender os sentidos esignificados da infertilidade e do diagnóstico para casais durante a investigação clínica ediagnóstica da infertilidade em serviço de reprodução assistida. Metodologia: Este estudoapoiou-se em uma perspectiva qualitativa. A forma de conhecimento da pesquisa qualitativa,do ponto de vista epistemológico e da Psicologia Sócio-histórica, produz conhecimento ligadoà estrutura da cultura, à organização social e ao resgate da subjetividade humana (REY,2002:26-29). Critérios para análise dos dados: Os dados coletados foram analisadosquantitativa e qualitativamente. O programa SPAD T auxiliou a análise das entrevistas; acorrelação entre as questões abertas e as fechadas, auxiliou a compreensão e oaprofundamento do discurso dos casais auxiliando na elucidação dos recursos deenfrentamento presentes e ausentes durante o processo de avaliação diagnóstica dainfertilidade. CONCLUSÕES: 1. Os casais deste estudo iniciaram sua vida conjugal maistardiamente, pois estão juntos há cerca de 6 a 10 anos e a atual relação é o primeiro casamentodeles. Assim, a estabilidade conjugal é relativa. 2. Quanto ao grau de instrução, a amostrainvestigada possui escolaridade elevada (curso superior e pós-graduação), diferindo dosusuários do serviço público de saúde na população brasileira, que em geral apresenta níveisbaixos de escolaridade. 3. Em relação à qualidade de vida, os casais apresentaram deexcelente a boa qualidade considerando o escore total. Nas dimensões capacidade funcional efísica, dor e saúde mental também se encontram resultados semelhantes ao padrão geral. Noentanto, as mulheres apresentaram melhor capacidade adaptativa do ponto de vista emocionale de saúde mental do que os homens. 4. Em relação às estratégias de enfrentamento, os fatoresafastamento e confronto quase não foram utilizados; o fator autocontrole foi utilizado algumasvezes. Este grupo não acredita ter responsabilidade quando a questão a ser enfrentada envolveas dificuldades reprodutivas. 5. A amostra estudada evita ou prefere esquivar-se a enfrentar osproblemas reprodutivos. Contraditoriamente, também utilizou quase sempre ou grande partedas vezes o fator resolução de problemas como estratégia de enfrentamento.

Palavras-chave: Infertilidade. Psicossomática. Enfrentamento. Emoções. Psicologia.

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Espiritualidade e autopercepção de saúde em adultosno município de São Leopoldo/RS

Tatiane BagatiniJosé Roque Jungues

Marcos Pascoal Pattussi

Introdução: o trabalho aborda a concepção ampliada de saúde, evidenciando a dimensãoespiritual, além da dimensão biológica e psíquica; traz a reflexão da espiritualidade para ocampo científico em uma linguagem compreensível por pessoas de crenças variadas.Espiritualidade como experiência de contato com algo que transcende uma realidade normalda vida; uma força interior que supera as próprias capacidades; arte de deixar impregnar eorientar a vida pela vivência da transcendência (BOFF, 2001; VASCONCELOS, 2006).Objetivos: caracterizar a relação entre espiritualidade e autopercepção de saúde em adultosno município de São Leopoldo/RS; identificar como se dá esta relação; testar a associaçãoentre espiritualidade e autopercepção de saúde e a consistência interna da Escala de Crenças eEnvolvimento Espiritual. Metodologia: intercala a abordagem metodológica quantitativa equalitativa. A pesquisa quantitativa intitulada Estudo Exploratório do Capital Social em SãoLeopoldo/RS é um estudo transversal de base populacional com amostra aleatória deconglomerados, tem como instrumento de coleta de dados um questionário padronizado pré-codificado com amostra de 1100 pessoas. A pesquisa qualitativa tem caráter exploratório-descritivo, amostra por conveniência formada por 14 sujeitos, utilizando a entrevista semi-estruturada como instrumento. A consistência interna da Escala de Crenças e EnvolvimentoEspiritual será verificada através do Alpha de Cronbach e a validade de conteúdo através deanálise de componentes principais (análise fatorial exploratória). Para testar a associação entreautopercepção de saúde e espiritualidade será utilizado o Teste Chi-Quadrado. Por se tratar deum desfecho com prevalência elevada, será utilizada a Regressão de Poisson para obter asrazões de prevalência brutas e ajustadas. Na abordagem qualitativa será realizada a Análise deConteúdo. Marco Conceitual: fenomenológico e percebe a saúde de forma ampliada e emsua integralidade. Resultados: a pesquisa encontra-se atualmente na fase de análise dosresultados. Quando um adulto acredita em algo, independente da religião, tem umaautopercepção de saúde boa, pois a fé ajuda no enfrentamento da doença e a saúde é vistacomo uma capacidade de reação frente a vulnerabilidades. Considerações Finais: o trabalhoviabilizou a integração entre as metodologias quantitativa e qualitativa; comprovou melhorana saúde quando há uma espiritualidade e/ou experiência religiosa. Sugere-se que as políticaspúblicas contemplem a dimensão espiritual como componente essencial das ações em saúde, anível individual e coletivo.

Palavras-chave: Espiritualidade. Autopercepção. Saúde.

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POSTERES

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Fibromialgia: a dor de um sofrimento invisível

Katrina Souza Pereira1

Lizete Macário CostaKarine Fernandes de Almeida

A Fibromialgia é uma síndrome crônica, no mínimo intrigante, uma vez que surge sem umaexplicação física ou uma prova laboratorial de sua existência, embora possa produzir efeitosdilacerantes na vida da pessoa. Seria ela uma linguagem que o corpo utiliza para falar dasdores que vão além dele? Presente em pessoas do sexo feminino, o diagnóstico é porexclusão, através das queixas ou sensações da paciente. É descrita como um sofrimentoinvisível, por não apresentar o padrão ouro de reconhecimento dos processos comuns deadoecimentos da medicina tradicional. Assim, requer cuidados interdisciplinares e estudossobre a forma como pacientes, médicos e psicólogos lidam com a problemática do tratamento.Todos visando entender o processo de adoecimento na perspectiva do sujeito, suas reaçõespsicológicas e processo adaptativo. Objetivo: Analisar, mediante revisão bibliográfica eabordagem de especialistas, a problemática do processo de adoecimento da Fibromialgia.Método: Foi realizada pesquisa bibliográfica em livros e artigos científicos para investigaçãode natureza qualitativa sobre o tema. Foram realizadas ainda quatro entrevistas semi abertascom pacientes diagnosticados como fibromiálgicos, quatro entrevistas semi estruturadas commédicos, três entrevistas abertas com profissionais que desenvolveram trabalhospsicoterápicos com pacientes. A análise do material visou identificar abordagens descritassegundo as questões deste trabalho. Resultado: Todas as pacientes relataram situaçõestraumáticas pela qual passaram antes do surgimento das dores; referiram a dificuldade paratransmitir em palavras os acontecimentos de suas vidas adoecidas e registraram o percursoconsiderado de sofrimento para chegar ao diagnóstico. Os médicos referiram a existência daassociação desta síndrome com transtornos depressivos e ansiosos. Não relevaram eventostraumáticos vivenciados antes do surgimento do principal sintoma, a dor. Registrou-se baixoencaminhamento psicoterápico. Foram descritas técnicas psicoterápicas que auxiliam opaciente a lidar com sua dor. Considerações finais: a Fibromialgia se apresenta como umdesafio atual para a medicina pois, trata-se de explicar o que ainda não se pode comprovarfisicamente, carregando em si, a dúvida de sua existência. Não há duvida quanto ao aspectodoloroso da situação física e emocional. Faz-se necessário um tratamento multidisciplinar e arecuperação da qualidade de vida. É importante para a pessoa reconhecer o que o afetaemocionalmente, como ele funciona e lida com a sua dor no dia-a-dia, medos e frustrações.Para tal, precisa ser olhado como um todo.

Palavras-chave: Fibromialgia. Síndrome. Psicopatologia.

1 Universidade Estácio de Sá – UNESA / Friburgo - RJ

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Atendimento psicológico com enfoque psicossomático aos pacientesoncológicos e seus familiares

Rosane Flores Pereira1

O trabalho foi iniciado no HMRS em agosto de 2009, diante da grande demanda de pacientesoncológicos em nosso município e da carência de serviços públicos para atendê-los. Oserviço consta de atendimento psicológico com enfoque psicossomático, individual e emgrupo, aos pacientes oncológicos internados e ambulatoriais, sendo extensivo também aosseus familiares. Dessa forma, objetiva-se o acolhimento, a escuta e as orientações, em todasas etapas do seu processo desde o diagnóstico até o término do tratamento ou seu óbito. Osatendimentos estão sendo realizados no período da tarde, três dias na semana, em uma sala dohospital. Foi realizado também um trabalho de divulgações direcionadas aos profissionais daárea da saúde, que trabalham no hospital; para o público em geral; médicos dos postos desaúde, e administradores. Também foram feitas orientações quanto aos encaminhamentos;confecção das fichas de anamnese e das fichas de dados quantitativos mensais dosatendimentos, visando a construção de uma estatística cujo resultado será colocado no Pôster.Considerando-se a importância e necessidade destes atendimentos com enfoquepsicossomático, ao abranger os níveis, biológico, psicológico e social. A implantação doserviço veio colaborar para ajudar estes pacientes e seus familiares a encontrarem melhorescondições internas, para lidarem com as dificuldades pessoais e situacionais, que o adoecer eo tratamento requerem.

Palavras-chave: Pacientes oncológicos. Psicossomática.

1 Hospital Municipal Raul Sertã / Nova Friburgo - RJ

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Estresse e enfermagem: estudo de caso

Juliana Azambuja da Silva1

Jefferson Sila KrugCármen Marilei Gomes

A profissão do enfermeiro está de acordo com diversos estudos, como uma das atividades quemais geram estresse, principalmente no âmbito hospitalar (LAUTERT; CHAVES; MOURA,1999). Assim, esse trabalho se justifica e objetiva analisar quais os fatores que seriampossíveis causadores de estresse dentro do ambiente hospitalar. Metodologia: O estudo é decaráter qualitativo, caracteriza-se por delineamento de estudo de caso. O universo da pesquisaé composto por duas técnicas de enfermagem, uma na ala psiquiátrica e outra na clínica. Elasresponderam a uma entrevista com a finalidade de saber se apresentavam algumcomportamento na sua vida cotidiana que poderia interferir nos resultados. Outro instrumentoutilizado foi a medida fisiológica de pressão arterial e freqüência cardíaca, verificadas em trêsmomentos do turno de trabalho, durante cinco dias consecutivos, com objetivo de averiguaralterações fisiológicas relacionadas ao ambiente de trabalho. Além disso, foi utilizado oInventário de Sintomas de Stress para Adultos de LIPP (ISSL). Marco conceitual: Osprofissionais que estão mais sujeitos em desenvolverem problemas relacionados à saúdemental, são os que trabalham a maior parte do tempo com indivíduos que precisam da suaajuda: enfermeiros, professores, assistentes sociais, entre outros (MANETTI e MARZIALE,2007). Para Trucco, Valenzuela e Trucco (1999), o estresse se manifesta através de sintomas,como transtornos ansiosos, depressivos, entre outras alterações. Lazarus apud Straub (2005)desenvolveu o modelo transacional do estresse, no qual define que o impacto sobre a saúdeprovocado pelos problemas do cotidiano, depende da frequência, intensidade e duração, comotambém são mediados pela personalidade e estilo de enfrentamento de cada indivíduo.Resultados: A análise da entrevista realizada demonstra que ambas lidam bem com asintercorrências do ambiente hospitalar. Em relação às medidas fisiológicas, não foramobservadas alterações significativas na frequência cardíaca e na pressão arterial entre o início,meio e final do turno de trabalho. Quanto à análise do ISSL, as participantes nãoapresentaram sintomas significativos de estresse físico ou psicológico, em nenhuma faseabordada pelo Inventário. Considerações finais: Tendo em vista os resultados encontradosatravés das medidas fisiológicas, do ISSL e das entrevistas, percebe-se que existem algumasevidências de situações estressantes, mas não chegam a figurar como um processo de estresseinstalado.

Palavras-chave: Estresse. Enfermagem. ISSL. Hospital.

1 Hospital de Caridade de São Francisco de Paula / São Francisco de Paula – RS Faculdades Integradas de Taquara / Taquara - RS

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O olfato e a psicossomática: a influência de aromas no eixopsiconeuroendocrinoimunológico

Cassandra S. de Lyra1

Esdras G. Vasconcellos

Metodologia: Estudo de revisão bibliográfica sistemática realizada pela internet nos sites“Pub-Med”, “Bireme”, “Periódicos da CAPES” e nos sites de revistas específicas dearomaterapia. Introdução: O sistema olfativo se diferencia dos outros sistemas sensoriais noser humano porque seus mecanismos de ação e suas funções para o ser humano modernoainda não são plenamente compreendidos (VAN TOLLER, 1994). Os aromas têm diversosefeitos não somente no funcionamento da mente, mas também do corpo (LAWLESS, 2002a,2002b). A aromaterapia é uma abordagem terapêutica que parte da premissa de que os aromasinfluenciam o equilíbrio corporal e emocional por diversos mecanismos psicofisiológicos eutiliza os óleos essenciais (óleos extraídos de plantas aromáticas e que exalam o seu cheirocaracterístico) para tratar distúrbios de saúde com uma visão integrada e psicossomática(TISSERAND, 1993; ROSE, 1995; DAVIS, 1996; LAVABRE, 1997; SILVA, 1998;FRANCHOMME; JOLLIOS; PÉNOÉL, 2001; CORAZZA, 2002; LAWLESS, 2002a, 2002b;SALLÉ, 2004). Apesar de ainda ser uma ciência relativamente recente, a aromacologia(estudo científico da aromaterapia e dos aromas) se encontra em pleno desenvolvimento eexistem diversas abordagens que explicam os efeitos da aromaterapia no organismo e napsique do ser humano. Esse trabalho objetivou a compreensão desses efeitos a partir domodelo psiconeuroendocrinoimunológico. Esse modelo é importante para o estudo científicoda aromaterapia porque contempla aspectos tanto psicológicos quanto fisiológicos do serhumano, como também a interação e interdependência deles (VASCONCELLOS, 2007;KIECOLT-GLASER et al, 2008). Marco conceitual: O estudo se baseia nos pressupostosdo modelo psiconeuroendocrinoimunológico. Resultados: Os aromas podem influenciar oequilíbrio fisiológico e psicológico do indivíduo a partir de dois principais mecanismos deação: farmacológico e olfativo que interagem entre si constantemente (PERRY; PERRY,2006). Dentro do mecanismo de ação olfativo, os efeitos podem ser diretos ou indiretos(BROUGHAN, 1998a, 1998b, 2004). A partir desses dois mecanismos de ação, os aromaspodem influenciar o funcionamento do eixo psiconeuroendocrinoimunológico nos seusdiversos níveis, sendo que em geral atuam em mais de um alvo ao mesmo tempo.Considerações finais: Estados emocionais e respostas psicofisiológicas são geradas de formaintegral e sistêmica pela estrutura psicossomática do organismo humano e os aromasinfluenciam esse processo em diversos pontos, modificando o funcionamento psicofisiológicotambém de modo integral.

Palavras-chave: Olfato. Psicossomática. Psicologia. Aromaterapia.

1 Departamento de Psicologia Social. Universidade de São Paulo / São Paulo - SP

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As relações corporais e psicoemocionais a partir da percepção da pessoacom fibromialgia em uma abordagem fisioterapêutica

Juliana Lühring1

Patrícia Cilene Freitas Sant'Anna

Este trabalho visa apresentar um estudo de caso de uma mulher com 40 anos, atendida naClínica Escola de Fisioterapia da UNISINOS, com diagnóstico clínico de Fibromialgia. Oobjetivo foi analisar se as relações corporais e psicoemocionais interferiam no equilíbrio dador de uma pessoa com fibromialgia em uma abordagem fisioterapêutica a partir dacompreensão da abordagem psicossomática. A pesquisa contou com treze encontros,realizados na mesma instituição, utilizando como ferramentas de coleta de dados a confecçãodo desenho da auto-imagem corporal e um diário pela paciente, juntamente com umquestionário que abordaram questões pessoais e profissionais ao longo do tempo deintervenção, entrevista semi-estruturada na sessão final, avaliações posturais e a gravação emáudio de todas as sessões. Foi utilizado o método de análise de conteúdo de Bardin (1995). Osresultados apresentados foram o alívio da dor, manifestações emocionais e lembranças demomentos da vida da paciente, através da utilização de técnica de fisioterapia emdeterminados pontos corporais, bem como uma maior consciência corporal (desequilíbrioentre os hemicorpos direito e esquerdo) e melhor controle da dor no seu dia a dia. Aabordagem fisioterapêutica, buscando a integralidade desta paciente, proporcionou a mesmauma maior consciência corporal e comportamental, provocando mudanças positivas quanto aoalívio das dores corporais e reflexões quanto a sua história de vida, as emoções vividas evivenciadas, e a autonomia adquirida em seu dia a dia.

Palavras-chave: Fibromialgia. Fisioterapia. Psicossomática.

1 Curso de Fisioterapia. Universidade do Vale do Rio dos Sinos / São Leopoldo - RS

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Depressão, estresse pós-natal e fisiopatologia

Vivian Liane Mattos Pinto1

Paula Fontoura Coelho de Souza1

Themis Moura Cardinot2

Tatiana Marlowe Cunha Brunini1

Marcos Rocha Ferraz1

Antonio Claudio Mendes Ribeiro1

A depressão é um fator de risco cardiovascular independente, tão importante como os fatoresde risco convencionais para a doença cardiovascular (DCV) como tabagismo, hipertensão edislipidemia (Pinto, Brunini et al., 2008 ). Existem evidências na literatura sobre arepercussão do exercício físico nos transtornos de humor, assim como na prevenção dasDCVs, sugerindo que a sistemática do exercício físico para a população em geral estáassociada à ausência ou a poucos sintomas depressivos ou de ansiedade, associando-se dessaforma não só os fatores genéticos na gênese dos transtornos, mas também a função biológica,comportamental e do meio (Buckworth e Dishman, 2002). Para análise comportamental dadepressão em modelo animal, foi utilizado o modelo de estresse pós-natal de separação única(SMU). Após o acasalamento, as fêmeas grávidas foram separadas dos machos. A gestaçãodurou em torno de 21 dias e no dia seguinte ao nascimento, os filhotes foram separados desuas respectivas mães, colocados em caixas novas e levados à outra sala com temperatura a22oC. Esses animais foram separados por oito minutos e em seguida foram devolvidos a caixada mãe. Este modelo refere-se a hipótese de que a exposição precoce a um ambiente adversopode acentuar a vulnerabilidade do organismo a uma variedade de doenças, desde desordenscardiovasculares até psicopatologias, que pode ter um efeito duradouro (Viljoen e Panzer,2005). Após a aplicação da separação materna única foram divididos randomicamente emquatro grupos para a realização do estudo: Grupo Controle Sedentário (GCS), Grupo ControleExercício (GCE), Grupo SMU Sedentário (SMUS) e Grupo SMU Exercício (SMUE). Otreinamento físico dos animais englobou 8 semanas, com duração de 30 minutos e umavelocidade de treinamento estabelecida pelo teste máximo (TE) de 14m/min. Para otratamento estatístico utilizou-se Teste t pareado e Anova one-way seguido de post hoc deTukey, adotou-se como nível de significância p<0,05. Houve diferenças significativas entreos CGS e GCE e os grupos SMU nos TEs iniciais, p<0,05, tanto para o tempo de realizaçãodo TE, quanto para a distância percorrida. Para os TEs máximo após as 8 semanas detreinamento físico, não houve diferenças significativas entre os GCS e GSMUS, assim comoentre os GCE e GSMUE; porém diferenças foram obtidas entre GCS e GCE, assim como paraGSMUS e SMUE, tanto para o tempo de duração do TE, assim como a distância percorrida,p<0,05. Houve melhora do tempo do TE dos grupos que fizeram exercício em relação aogrupo controle. As diferenças observadas para o tempo e a distância percorrida no TE inicialentre os grupos controles e o modelo de estresse, antes da implementação do programa deexercício, desapareceram após as oito semanas de treinamento, demonstrando o possívelefeito benéfico e positivo do exercício físico nos modelos de estresse, gerando uma reversãodo efeito que a SMU proporciona ao organismo.

Palavras-chave: Depressão. Estresse. Fisipatologia.

1 Departamento de Farmacologia e Psicobiologia. Universidade do Estado do Rio de Janeiro / Rio de

Janeiro - RJ2UNIABEU / Belford Roxo - RJ

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Serviço hospital - lar

Lídia Heckert Carneiro1

Rosane Flores Carneiro

O presente trabalho pretende demonstrar que, mesmo para um hospital público, é possível semanter um serviço de internação domiciliar, desde que seja realizado por uma equipeinterdisciplinar, de forma a objetivar o tratamento integral e a abordagem biopsicossocial dospacientes. As condições para a inclusão dos pacientes no serviço são de que estejaminternados no hospital, em qualquer clínica, e que tenham família para recebê-los e cuidá-losem casa. Pacientes convalescentes com doenças crônicas e terminais recebem a avaliaçãoinicial pela equipe ainda internados. Todo o processo é desencadeado a partir da solicitaçãode parecer e do encaminhamento pelo médico, quando a família é orientada sobre ofuncionamento do serviço e atuação da equipe. Logo na próxima reunião regular, o caso dopaciente é discutido e é decidido se o paciente é incluído ou não para acompanhamento. Aequipe é composta por 02 médicos generalistas, 02 assistentes sociais, 02 psicólogas, 02fisioterapeutas, 02 auxiliares de enfermagem, 01 secretária e 01 motorista. Os profissionaisfazem visitas domiciliares, inicialmente executando, e progressivamente treinando oscuidadores para assumirem seus doentes em casa. Desta forma, os profissionais mantêm asupervisão técnica sobre o tratamento em curso. O Serviço Hospital-Lar é um programaexistente há 17 anos que demonstra, pela abordagem integral ao paciente, que é possívelinstituir e manter um serviço de atendimento domiciliar gratuito, de custos relativamentebaixos, direcionados a pacientes portadores de doenças crônicas e que necessitam deinternação de longa permanência.

Palavras-chave: Hospital. Enfermagem.

1 Hospital Municipal Raul Sertã / Nova Friburgo - RJ

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EMDR como meio de tratamento para dores psicossomáticas

Thiago Loreto Garcia da SilvaAlice Enloft Brunnet

Marcos Vinícius VidorTárcio Soares

Maria Lúcia Andreoli de Morais

O EMDR (Eye moviment desensibilization and Reprocessing) é uma técnica que foidesenvolvida inicialmente para casos de Transtorno de Estresse Pós-Traumático, e tem comoobjetivo modificar informações que processadas de forma disfuncional e armazenadas nocérebro através de seções de terapia baseadas nos movimentos oculares que o paciente faz apedido do terapeuta. Na medida em que as memórias traumáticas são relembradas, estastransformam tal conteúdo perturbador, melhorando o funcionamento psicossocial doindivíduo (SHAPIRO, 2001). Este estudo faz parte de uma revisão sistemática que tem comoobjetivo avaliar o uso da técnica EMDR em diversos contextos clínicos e experimentais. Arevisão consistiu na busca de artigos publicados em inglês a partir do ano 2002 até o ano de2009. Uma seção do estudo foi desenvolvida a partir do uso da técnica para casos de dorescrônicas e dores do membro fantasma. Ao todo foram encontrados quatro estudos envolvendoo uso da técnica EMDR em casos de dor em membro fantasma. Todas estas pesquisasutilizavam estudos de caso como método. Três estudos envolviam o uso da técnica parapacientes com dor crônica um deles consistia em um estudo de caso e dois dos estudos eramensaios clínicos. Os estudos mostram a técnica EMDR como uma ferramenta promissora emseu uso para ambos os contextos. Os pacientes em sua maioria relatam uma redução nassensações de dor, chegando em alguns casos não sendo mais necessário medicá-los. Em casosde dor no membro fantasma, estas foram completamente cessadas. Estes resultados semantiveram em avaliações pós tratamento. Além disso, no que se seguiu ao tratamento, ospacientes relataram um aumento da habilidade de controlar sua dor (GRANT & THRELFO,2002). Por se tratarem de estudos de caso, os pesquisadores sugerem que novas pesquisassejam desenvolvidas para o desenvolvimento de melhores conceituações teóricas, além deuma validade mais ecológica da população (SCHNEIDER et al, 2007).

Palavras-chave: EMDR. Estresse pós-traumático. Psicossomática. Dor.

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Psicodermatologia no Brasil: uma revisão sistemática

Prisla Ücker Calvetti1; 2

Júlia Gaertner Geyer2

Leonardo Machado da Silva1; 2

Luciana Helena Rauber2

Luciana Balestrin Redivo1; 2

Marisa Campio Müller2; 3

Martha Wallig Brusius Ludwig1; 2

Tatiana Helena José Facchin2

A psicodermatologia pode ser definida como uma interface entre as ciências da Psicologia e aespecialização médica Dermatologia. Na prática, os conceitos parecem exercer sentidosdiferentes: para os médicos, a psicodermatologia envolve as doenças de pele com sintomaspsiquiátricos evidentes, as denominadas “psicodermatoses”. Para os psicólogos, apsicodermatologia está envolvida na contribuição dos aspectos psicológicos na etiologia dasdermatoses (ex. estresse), podendo se enquadrar tanto como distúrbios psicossomáticos(aspectos clínicos) como na psicologia da saúde (entendimento dos mecanismos subjacentesdas doenças). Além da busca pelas diferentes conceituações do termo, a revisão sistemáticafoi a maneira encontrada pelos autores para fazer um levantamento das publicações científicasno Brasil que utilizam este termo, nos últimos 10 anos. Este trabalho discute dados inéditos deuma revisão sistemática realizada sobre artigos publicados no Brasil, em língua portuguesa,no período entre Julho de 1999 e Julho de 2009, nas bases de dados Scielo, Medline e Lilacs.Os descritores utilizados foram psicodermatologia, psicologia/psiquiatria e dermatologia,psicologia/psiquiatria e dermatoses, psicossomática e pele e distúrbios psicossomáticos epele. Após análise dos artigos foi identificado que os estudos apontam sobre os seguintestemas relacionados a área de Psicodermatologia: relações iniciais ou objetais, simbolismo dapele e estressores desencadeantes de doenças dermatoses (tais como vitiligo, psoríase edermatite atópica). Observa-se que são escassos os estudos sobre intervenção psicológica naárea da pele, sendo encontrado apenas uma pesquisa neste âmbito no Brasil. Este trabalhoaponta para a necessidade de novas pesquisas na área, e de uma discussão sobre o termo“psicodermatologia”, o qual necessita ser compreendido como uma integração entre aPsicologia e a Dermatologia, assim promovendo a interdisciplinaridade científica e práticavoltada para ao atendimento as pessoas com doenças de pele.

Palavras-chave: Psicodermatologia. Psicodermatoses. Estresse.

1 Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul / Porto Alegre – RS

2 Instituto Brasileiro de Psicologia da Saúde / Porto Alegre – RS3 Universidade do Vale do Rio dos Sinos / São Leopoldo – RS

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A terminalidade em terapia intensiva: considerações sobre a assistênciaem enfermagem à família do paciente crítico terminal

Aline dos Santos Duarte1

Estudos mostram que aproximadamente 30% dos indivíduos admitidos em uma unidade deterapia intensiva morrem antes da alta hospitalar. Estes dados apontam para a necessidade deas equipes de saúde ampliarem o foco para além dos cuidados curativos tornando-seproficientes também em cuidados integrais à família procurando atenuar as dificuldadessociais e psicoespirituais inerentes ao processo de luto. OBJETIVOS: Conhecer, através derevisão de literatura, as necessidades da família do paciente crítico terminal observadas nocontexto da terapia intensiva e as soluções que têm sido apontadas a estes achados na práticaassistencial. MÉTODOS: Realizou-se revisão de literatura nas bases de dados Bireme eCINAHL utilizando-se nestas bases os descritores padronizados do DECS (direito a morrer oratitude frente a morte or futilidade médica or assistência terminal or doente terminal andunidades de terapia intensiva) e MESH (Death OR Attitude to Death OR Terminal Care ORCritical Illness or Terminally Ill or Medical futility AND Intensive Care Units or CoronaryCare Units) respectivamente. Os artigos recuperados foram avaliados e selecionados deacordo com a relevância ao tema proposto. RESULTADOS: Os achados apontam a possíveldificuldade de os familiares compreenderem a complexidade da terminologia e das práticasem terapia intensiva. Considerando-se a importância destes pontos na tomada de decisão porparte da família quanto à continuidade do tratamento, deve-se buscar uma abordagem baseadana informação, honestidade, apoio, boa vontade para ouvir e esclarecer as dúvidas,ampliando, dentro do possível, o tempo e o espaço para estas discussões. Diversos estudosconsideraram que a aceitação da morte é facilitada pela preparação para o luto, para tal, deve-se promover o acesso máximo, a comunicação e a privacidade. No período pós-morte, deve-sedescrever a condição do corpo a fim de evitar um maior impacto, estimular e respeitar osrituais religiosos e oferecer contato com o líder espiritual. Por fim, estudos apontam para asconsequências do pesar não resolvido: depressão, aumento da suscetibilidade à doença e dorisco de morte súbita, eventos cardíacos, disfunção social, abuso de álcool, entre outras.Dentro deste contexto, atribui-se também à enfermeira o papel de encaminhar os familiarespara serviços comunitários de apoio ao luto como ONG´s ou grupos de apoio com o objetivode reduzir, a longo prazo, as morbidades associadas ao luto não resolvido.CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os achados desta revisão buscam contribuir para a construçãode parâmetros que norteiem e estendam a prática assistencial de enfermagem à família dopaciente em estágio terminal no ambiente de cuidados críticos.

Palavras-chave: Enfermagem. Terapia intensiva. Paciente. Família.

1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul / Porto Alegre – RS

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Níveis de estresse em um grupo de adolescentes grávidas de Maceió -AL

Divanise Suruagy CorreiaMaria Genelva A. Costa

Carmen Leda Pradines LiraRaffaela Rosa de Oliveira Fernandes

Maria Edna BezerraMaria Jésia Vieira

INTRODUÇÃO: A adolescência é caracterizada por transformações e durante a gestação asmodificações do momento se superpõem às da gestação. Isto pode ser emocionalmente difícillevando ao estresse. (CALAIS, 2000). Selye foi primeiro a usar o termo “stress” na área dasaúde, apresentando três fases: alarme, resistência e exaustão, (CAMELO, ANGEMARIN.2004) e Lipp (2000) no Brasil identificou outra fase, a de quase-exaustão além dessas três.Apesar de saber-se que emoções vivenciadas pela mãe são sentidas pelo feto, observou-seescassez de publicações relacionadas a estresse em adolescentes grávidas o que mostra arelevância deste estudo que tem como objetivo descrever o nível de estresse em um grupo degestantes dos 10 aos 19 anos. MÉTODO: Trata-se de um estudo, descritivo, transversal,exploratório, realizado em 2009, Maceió/AL, em Unidades Básicas de Saúde (UBS), local deestágio dos cursos da área da saúde da Universidade Federal de Alagoas. A amostra foiformada por adolescentes atendidas no prénatal. Os dados foram coletados por 3 meses. Oinstrumento foi um questionário e o teste de Lipp (2000). Para analise usou-se o ProgramaEpi Info. RESULTADOS: Foram estudadas 97 gestantes que frequentavam o prenatal em 8UBS. Destas 64,6% eram primipiras, 65,6% moravam com seus companheiros, 64% nãohaviam programado a gravidez, 43,3% tinham escolaridade fundamental completo, 42,1%eram da classe socioeconômica D e 80,2% eram portadoras de algum sinal de estresse, sendoque a maioria estava na fase de exaustão (56,3%). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Constata-se nesta amostra que o estresse está presente na gravidez adolescente o que aponta para anecessidade de uma atenção especial a ser ofertada no prenatal, alem das açõestradicionalmente ofertadas pelo serviço de saúde. Estudos posteriores devem ser realizados nosentido de aprofundar causas e fatores de risco para o estresse na gravidez.

Palavras-chave: Estresse. Adolescentes. Gravidez na adolescência. Maceió-AL.

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Níveis de ansiedade, estresse percebido e suporte social em pessoas quevivem com HIV/Aids

Prisla Ücker Calvetti1

Grazielly GiovelliGabriel José Chittó Gauer

Pedro A. G. MariniClarissa Trevisan

A investigação sobre o suporte social tem sido objeto investigação devido às situações depreconceito e discriminação que podem caracterizar as reações sociais à soropositividade,levando, muitas vezes, ao isolamento social, à restrição dos relacionamentos interpessoais e àsdificuldades no campo afetivo-sexual, com impacto negativo na rede social de apoio depessoas que vivem com HIV/Aids. A adesão ao tratamento antiretroviral, está associada àforma com o sujeito portador conduz ou pretende conduzir sua vida sexual e seus hábitos erelações sociais, assim como à maneira como o sujeito vê a si e como se sente frente àsituação presente. Objetivos: Avaliar aspectos psicológicos de pacientes soropositivos paraHIV; avaliar sintomas de ansiedade; avaliar o estresse percebido; investigar o suporte social einvestigar a relação entre dados sociodemográficos e aspectos psicológicos. Método: Esteestudo é de natureza quantitativa, transversal de caráter descritivo e correlacional, no qualparticiparam 60 adultos, com idade entre 18 a 60 anos, portadores de HIV/AIDS usuários deum serviço público de saúde da cidade de Porto Alegre. Instrumentos: 1) Questionário dedados sociodemográficos; 2) Marcadores biológicos: taxa de CD4 e carga viral; 3) InventárioAnsiedade de Beck (BAI); 4) Escala de Estresse Percebido (PSS) e 5) Escala para avaliaçãodo Suporte Social em HIV/Aids). Resultados e Considerações Finais: Os resultadosapontam correlação entre os aspectos psicológicos: ansiedade, estresse percebido e suportesocial e m pessoas que vivem com HIV/Aids. Pode-se considerar a necessidade da inclusão deestratégias para o fortalecimento do suporte social como fator de proteção nas intervençõesvoltadas para esta população.

Palavras-chave: Ansiedade. Estresse percebido. Suporte social. HIV/Aids.

1Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Pontifícia Unviversidade Católica do Rio Grande do Sul/ Porto Alegre - RS

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Cardiopatia isquêmica: olhar integral

Taritza Basler Pereira1

Introdução: O espectro clínico da isquemia miocárdica é muito amplo, embora em algunscasos exista uma progressão bem estabelecida na Cardiopatia Isquêmica (CI), em muitoscasos não ocorre uma sequência "lógica", assim, as síndromes coronarianas ouisquêmicas agudas podem ser a primeira manifestação da DAC (Doença ArterialCoronariana). Quando parte-se de um princípio não material, único, da existência do serhumano, tem-se em formação as bases para um entendimento integral do processo de adoecere de cura, da mesma forma, considerar o corpo como um instrumento útil e parte damanifestação dessa existência torna-se ponto determinante para tal entendimento.Objetivo: estabelecer relação entre os aspectos fisiopatologicos e psicossomáticos envolvidosna CI e possibilitar uma visão integral a cerca dessa patologia. Método: revisão da literaturareferente à CI e ao processo psicossomático do adoecer. Considerações finais: Uma mudançade entendimento e de abordagem na CI possibilita estabelecer uma visão integral dadoença. Um entendimento monista do ser humano torna viável não apenas umaabordagem eficiente, mas principalmente uma abordagem real, capaz de proceder no sentidode suprir e sanar todas as questões envolvidas no processo doença-cura.

Palavras-chave: Cardiopatia isquêmica. Aspectos fisiopatológicos. Psicossomática.

1Instituto Brasileiro de Psicocardiologia / Porto Alegre - RS

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Fatores neuropsicológicos associados a condutas autolesivas

Renata Lopes Arcoverde1

Sara Sá Leitão2

Esse estudo tem como objetivo descrever os fatores neuropsicológicos associados a condutasautolesivas, com base em uma revisão sistemática da literatura. Os artigos foram acessadosatravés de bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde e descritos em uma ficha paraanotação das informações referentes a cada trabalho selecionado. A seguir, os dados foramcategorizados por assunto e submetidos a análise estatística descritiva. Foram encontrados 59artigos sobre o tema e 21 deles (36%) atendiam aos critérios para inclusão na amostra. Sãoapontados como fatores associados à autolesão: dificuldades na resolução de problemas etomada de decisões (38%); impulsividade (24%); dificuldades na regulação emocional (21%)e estresse psicológico (17%). Os resultados sugerem que pode haver uma correlação entrecondutas autolesivas e problemas nos circuitos pré-frontais do cérebro, pois eles estãoenvolvidos nos mecanismos neurais de tais funções. No entanto, fatores neuropsicológicosnão são os únicos associados à autolesão e deve-se também considerar os aspectospsicossociais na vida dos indivíduos com esse comportamento.

Palavras-chave: Autolesão. Fatores Neuropsicológicos. Revisão sistemática.

1Universidade Federal de Pernambuco / Recife - PE2Centro de Psicologia Hospitalar e Domiciliar do Nordeste / Recife - PE

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Grau de stress e perfil socioeconômico entre adolescentes grávidasassistidas por serviços de saúde no município de Maceió/AL

Maria Edna Bezerra da Silva1

Divanise Suaragy CorreiaTereza Angélica Lopes de Assis

Luiz Geral da Silva JuniorLayana Silva Lima

Vanessa Estela Ferreira SilvaClênia de Lima Gliveira

Allana Jéssica C. Mello Ferreira

I N T R O D U Ç Ã O : A gravidez na adolescência é caracterizada por uma série detransformações físico-psicológicas da adolescente, que podem incorrer em um vasto conjuntode consequências adversas à mãe e ao bebe. Quando comparadas com mães adultas verifica-se um maior número de dificuldades obstréticas e relacionais/psicológicas. Problemas norelacionamento com o companheiro, não apoio dos pais, nível socioeconômico baixo, entreoutros podem conduzir a uma situação de stress e níveis mais altos de sintomaspsicopatológicos. O primeiro cientista a utilizar o termo “stress na área da saúde foi HansSelve (citado por Camelo, 2004), definindo-o como o resultado inespecífico de qualquerdemanda sobre o corpo, seja de efeito mental ou somático, tendo como fator estressor todoagente ou demanda que evoca reação de estresse, seja de natureza física, mental ouemocional. Ao descrever a Síndrome Geral de Adaptação, define 3 fases ou estágios do stress:primeira fase de alarme, segunda fase de resistência e a terceira de exaustão. 0BJETIVO:Identificar o grau de estresse em adolescentes grávidas atendidas pelos serviços de saúde, suarelação com sinais e sintomas psicossomáticos apresentados e relacionar com aspectossocioenômicos. MÉTODO: Trata-se de um estudo, descritivo, transversal, exploratório,realizado entre os meses de agosto a dezembro de 2009, em Unidades Básicas de Saúde(UBS) e o Hospital Universitário da UFAL. A amostra foi constituída por adolescentesatendidas no pré-natal e presentes no momento da coleta dos dados, que foram coletados porestudantes de medicina, odontologia e serviço social, breviamente treinados, na sala deespera. Foi utilizado um questionário com dados de identificação e socioeconômico e o testede Lipp (2000). Os dados foram analisados através do Programa Epi Info versão 3, usandofreqüência, os testes de quiquadrado, odds ratio. Os testes de LIPP foram analisados porpsicólogas. RESULTADOS: A amostra foi constituída por 97 gestantes adolescentes quefreqüentavam o pré-natal em oito unidades básicas de saúde e o hospital Universitário. Amaioria das gestantes encontrava-se na faixa etária entre 11 e 16 anos (49,5%). Destas 22,7 jáhaviam tido um filho pelo menos e 64,6% eram primipiras, 73% estavam entre 16 a 32semanas de gestação. Com relação a escolaridade foi encontrado um percentual de 10,3% deanalfabetas e 43,3% com o colegial incompleto( até a 4ª série).64,9% referiram ser da corparta, 32% disseram apresentar dificuldades de relacionamento com o parceiro, 44,5%relatam sentimento de tristeza sem causa parente. A maioria delas apresenta sinal de estresse,com um percentual de 20,8% na fase de exaustão e 56,3% na fase de resistência.CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados do presente estudo evidenciam que são intensasas repercussões emocionais da gestação em adolescentes despertando para a necessidade deprofissionais capazes de manejar seus aspectos emocionais, bem como a prevenção dagravidez precoce e suas consequências emocionais negativas.Palavras-chave: Autolesão. Fatores Neuropsicológicos. Revisão sistemática.

1Universidade Federal de Alagoas / Maceió - RN

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Avaliação de estresse em pacientes com problemas de pele: uma interfaceentre dermatologia e psicologia

Tatiana Helena José Facchin1;2

Martha Wallig Brusius Ludwig1;2

Júlia Gaertner Geyer2

Leonardo Machado da Silva1;2

Luciana Silveira Hauber2

Luciana Balestrin Redivo1;2

Marisa Campio Müller3

Prisla Ücker Calvetti1;2

Margareth da Silva Oliveira2

Ângela Maria Barbosa Ferreira Gonçalves4

A pele é um órgão visível e de grande importância nas relações interpessoais, e quandolesionada pode acarretar em prejuízos. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o estresse empacientes com doenças dermatológicas. O delineamento foi transversal e descritivo. Aamostra foi composta por 205 participantes, os quais estavam em atendimento noAmbulatório de Dermatologia do Hospital São Lucas da PUCRS e no Complexo HospitalarSanta Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Foram excluídos os pacientes com diagnósticode câncer de pele, doença maligna, HIV/AIDS e lesões ulceradas nas pernas. Os instrumentosutilizados foram: fichas de Dados Sócio-Demográficos e o Inventário de Sintomas de Estressepara adultos de Lipp. Os resultados apontaram presença de sintomas de stress na maior parteda amostra (66%), sendo a fase de resistência (50,7%) aquela que concentra a maior parte dospacientes, assim como a sintomatologia psicológica (46,8%), em detrimento da física (10,2%)e de ambas (8,8%). Os resultados reforçam a questão da inseparabilidade psique-corpo, poisos pacientes apresentam o sintoma físico – a dermatose, e têm predomínio da sintomatologiapsicológica, denotando o acometimento do indivíduo como um todo. Isto só reforça aimportância de um atendimento biopsicossocial aos pacientes com dermatoses.

Palavras-chave: Psicologia. Dermatologia. Estresse. Psicodermatologia.

1 Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul / Porto Alegre - RS2 Instituto Brasileiro de Psicologia da Saúde / Porto Alegre - RS3 Universidade do Vale do Rio dos Sinos / São Leopoldo - RS4 Sociedade Brasileira de Dermatologia e Clínica / Porto Alegre - RS

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O adoecer na contemporaneidade

Sophia Eugênia Vieira1

Introdução: Diante do discurso do consumo na atualidade, e do poder crescente da mídia quedita o tempo todo o que se consumir, o que vestir, o que ser e que corpo ter, questionou-se arespeito do adoecer na contemporaneidade. O pressuposto psicanalítico de que osacometimentos do corpo, por este ser erógeno e pulsional, refletem diretamente naconstituição subjetiva, permitiu reconhecer a doença como uma crise que requer um trabalhode luto. Objetivo: A partir disso, o presente trabalho pretendeu analisar as dimensões doadoecer na contemporaneidade através de um entendimento psicossomático. Foi dado umenfoque especial às cardiopatias por serem estas patologias muito relacionadas à aceleração econsequente estresse do mundo contemporâneo. Método: Para tanto lançou-se mão de umapesquisa bibliográfica que, segundo Gil (2002) é um procedimento técnico baseado emmateriais já elaborados constituídos de livros e artigos científicos, que neste caso se compõede trabalhos psicanalíticos. Considerações finais: O contexto social atual, apresentando ocorpo como objeto de consumo, abre duas possibilidades para o sentido do adoecer nacontemporaneidade: a primeira se refere à melancolia, na sua impossibilidade de elaboraçãodo luto pela identificação com o objeto perdido, e a segunda abre possibilidades para asubjetivação, a partir de um reconhecimento do adoecer como angústia e desamparo que pelaexigência de trabalho psíquico reforça as capacidades de novos enfrentamentos. Percebeu-seque, apesar da sociedade atual favorecer a negação da falta que constitui o ser sujeito, adoença, por ser uma falta real inegável, pode abrir possibilidades para uma elaboração de lutoque ofereça recursos para a subjetivação.

Palavras-chave: Adoecer. Crise. Luto. Contemporaneidade.

1 Instituto Brasileiro de Psicocardiologia / Porto Alegre - RS

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Avaliação de ansiedade e depressão em pacientes com síndrome metabólicaem um programa de mudança de estilo de vida

Martha Wallig Brusius Ludwig1

Ana Cândida ChiappettaCatherine Bortolon

Cristina SayagoKaren Priscila Del Rio Szupszynski

Laura Pordany do ValleLuciana Bohrer Zanetello

Marcela BortoliniViviane Samoel Rodrigues

INTRODUÇÃO: O Programa de Mudança de Estilo de Vida em pacientes com riscocardiovascular é uma parceria entre as faculdades de Psicologia, Fisioterapia, Nutrição eFarmácia que trabalha com pacientes que preenchem critérios para Síndrome Metabólica,caracterizada pela presença de pelo menos três dos seguintes fatores fora dos parâmetrosrecomendados: Circunferência Abdominal, Pressão Arterial, Glicose, Triglicerídeos, HDLColesterol. Objetivamos avaliar os sintomas de ansiedade e depressão antes e depois daintervenção. METODOLOGIA: Pesquisa quantitativa com medidas repetidas obtidas antese depois de três meses. Os instrumentos utilizados foram: Entrevista estruturada, Ficha dedados sócio-demográficos, Escala de Depressão Beck (BDI-II), Escala de Ansiedade Beck(BAI). MARCO CONCEITUAL: A mudança no estilo de vida em pacientes com SíndromeMetabólica inclui a adoção de uma dieta balanceada e a prática de exercícios físicos. Estudosmostram que ambas as mudanças e a conseqüente redução do percentual de gordura, estãoassociados ao aumento da concentração de neurotransmissores ligados aos bem estar. Otrabalho psicológico por meio do Modelo Transteórico de Mudança é uma intervençãomotivacional, fundamentada na mudança do comportamento ao longo de um processocaracterizado por estágios de mudanças. RESULTADOS: Os resultados de ambas as escalasapontaram a redução dos sintomas de ansiedade e depressão, ou seja, o aumento de pacientescom escore mínimo e diminuição do escore grave. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A reduçãonos sintomas de ansiedade e depressão pode estar relacionada à mudança de estilo de vida.Também se pode inferir que a intervenção da psicologia pode ter influenciado nessa mudança,à medida que trabalha com um foco motivacional.

Palavras-chave: Depressão. Síndrome metabólica. Ansiedade. Psicologia. Fisioterapia.Nutrição. Farmácia. Mudança.

1 Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul / Porto Alegre - RS

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177

Transtorno Obsessivo Compulsivo e acomodação familiar

Renata Lopes Arcoverde1;2

Maria Cristina Lopes de Almeida Amazonas1;2

Renata Raimundo da Silva1;2

Um dos fenômenos mais freqüentes nas famílias de pacientes com Transtorno ObsessivoCompulsivo (TOC) é a acomodação familiar: participação da família nos comportamentosassociados aos rituais do paciente e às modificações na rotina, contribuindo para odesencadeamento e manutenção dos sintomas. Esta pesquisa verificou o grau de acomodaçãofamiliar apresentado pelas pessoas que exercem o papel de pai/mãe desses pacientes. Assim,30 pacientes com TOC indicaram 12 mães e dois pais como familiares mais próximos, atravésda Medida de Criticismo Percebido. A partir daí, foi aplicada uma Escala de AcomodaçãoFamiliar e uma entrevista semi-estruturada individual com esses familiares. Os resultadosreceberam tratamento estatístico descritivo e as entrevistas foram gravadas, transcritas esubmetidas à Análise de Conteúdo. De 70 respostas (100%), 78,6% afirmam a participaçãonos rituais obsessivo-compulsivos; de 56 respostas (100%), 78,6% dizem haver modificaçõesna rotina familiar; 100% das respostas indicam desgaste na família e 83,3% mostram que opaciente perturba os familiares quando não é atendido em suas solicitações. Pode-se concluirque a acomodação familiar é um padrão de relacionamento presente nas famílias pesquisadas,pois os participantes relatam modificações na rotina que incluem a diminuição de suasatividades acadêmicas, profissionais e sociais, além de maior preocupação e envolvimentocom relação aos comportamentos do paciente e menor qualidade do sono.

Palavras-chave: Transtorno Obsessivo Compulsivo. Parentalidade. Acomodação Familiar.

1 Universidade Católica de Pernambuco / Recife - PE2 Hospital Universitário Oswaldo Cruz / Recife - PE

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178

A linguagem empregada no campo conceitual da área da saúde

Felício Duarte de Souza1

A idéia inicial deste trabalho é refletir, especificamente, a relação da linguagem empregada nocampo conceitual da área de saúde. Para entender essa relação busca-se, pela ótica da Gestalt-Terapia, o retrato de um sujeito unificado compreendendo-o como um ser biológico e,fundamentalmente, como um ser biográfico, pois como sujeito é histórico e história contadapela linguagem. Para Maturana (1997, 175) todo a fazer humano se dá na linguagem, e o quena vida dos seres humanos não se dá na linguagem não é a fazer humano; ao mesmo tempo,como todo a fazer humano se dá a partir de uma emoção, nada do que seja humano ocorrefora do entrelaçamento do linguajar com o emocionar. Embora as informações estejam cadavez mais difundidas, o conhecimento sobre a doença depende e muito do nível de educação ecompreensão e do conjunto de valores que constituem a identidade cultural de cada sujeito.Um exemplo pode ser a palavra Câncer. O sujeito ao ouví-la consegue atribuí-la a um campoconceitual diferentemente do campo conceitual técnico científico vivenciado pelo especialista.Enfim, o discurso proferido na área de saúde muitas vezes se encontra em campos conceituaisdistintos e não percebidos. Essa é a tônica do trabalho, a linguagem desvendando as emoções,sentidos e significados.

Palavras-chave: Gestalt-terapia. Linguagem. Emoção. Saúde,

1 Balneário Camboriú - SC

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179

A auto-percepção de saúde/doença em idosos de 60 a 95 anos, em umacomunidade do interior do RS

Felipe Iatchac1

Kátia VendrameLuiza Zselinszky Albrecht

Marianne FarinaMarília Bordin SchmidtNatália Bordin Barbieri

Theodora Sônigo BúrigoIrani de Lima

Introdução: O envelhecer traz modificações biopsicossociais que podem acarretar limitaçõesque influenciam no bem estar do idoso. Essas alterações ocorrem em diferentes graus e idadedependendo da história de vida de cada indivíduo. Objetivo: Identificar entre os idosospesquisados, a relevância de percepções subjetivas de saúde/doença e uso de medicamentos.Metodologia: Trata-se de uma pesquisa com delineamento transversal, quantitativo e de basepopulacional. Amostra: Participaram 121 idosos, de 60 a 95 anos que pertencem a umacomunidade semi-rural de um município interiorano do Rio Grande do Sul. Instrumentos:Foi utilizada uma ficha de dados sócio-demográficos contendo questões clínicas relacionada àsaúde do idoso. Resultados: Observou-se que 68,6% dos idosos são do sexo feminino. Emrelação à escolaridade, ficou evidente que a maior parte da amostra 25,6% possui ensinomédio completo. Entre as preocupações assinaladas pelos idosos, 33,9% deles ressaltou apreocupação referente à própria saúde. Em relação a sua percepção do seu estado atual desaúde, 9,1% dos idosos, conceituaram seu estado de saúde como “ruim”, 34,7% como “boa” ejá a maior parte da amostra 55,4% a percebeu como “regular”. A respeito do uso demedicamentos, verificou-se que 24,2% dos idosos não utilizam nenhum medicamento. Avelhice é uma fase do desenvolvimento humano, que devido à característica da própria idadeé visto que está presente o uso de medicação, assim mesmo, pode-se considerar que existe umnúmero relativamente grande, o qual não está necessitando usar medicamentos, visto quepode estar relacionado com estilo de vida além de aspectos de personalidade.

Palavras-chave: Saúde. Doença. Idosos. Envelhecimento humano. Auto-percepção.

1 Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Grupo de Avaliação e Intervenção no Ciclo

Vital / Porto Alegre - RS

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Avaliação psicológica realizada no Projeto Ambulatorial de Atenção àSaúde – PAAS: gêmeos: processo de individuacão

Ananda Warpechowski1

Larissa CondessoLuiza Nogueira

Michele D’Ávila

Introdução: As irmãs gêmeas, Veridiana* e Veridiele*, 15 anos, foram encaminhadas parauma avaliação psicológica pela vice-diretora da escola onde cursam magistério. A queixa sedá, pois as duas não conseguem estudar em turmas separadas sem que sintomas apareçam.Esses sintomas são: dor de cabeça, vômito, tontura, choro, falta de apetite, entre outros.Winnicott (1957), diz que é possível o desenvolvimento de gêmeos com identidades própriasbem definidas e maduras. Para tal, é preciso que estes tenham a experiência do egoísmoprimário e a possibilidade de, em algum momento da vida, expressarem seu ódio comoqualquer dupla de irmãos. É preciso também que tenham a possibilidade de expressarem seudesejo de terem chegado cada um por sua vez. O objetivo deste trabalho, é que a partir daavaliação psicológica realizada se possa observar se existe ou não a necessidade deencaminhamentos posteriores. * nomes fictícios. Metodologia: Avaliação psicológicaarticulada com referencial teórico. Marco conceitual: O nascimento de dois bebês semelhantespode abalar e desafiar a gama de conhecimento afetivo, interacional e relacional da famíliaque os recebe. E, quando este acontecimento é revelado, estabelece-se um novo momentofamiliar, no qual nascerá um novo pai e uma nova mãe (BERETTA; PANHOCA; ZANOLLI,2001). É necessário que a mãe de gêmeos reconheça que seus filhos são semelhantes, mas nãoidênticos (WINNICOTT, 1957). Os pais devem, portanto, estabelecer com cada criança umvínculo específico, preservando e respeitando sempre suas identidades e individualidades.Muitos pais tendem a tratar os filhos gêmeos como “bloco único” de necessidades e carinho(Machado, 1980). Essa natureza de postura dos pais pode tardiamente possibilitar queproblemas diversos de ordem psicológica venham a surgir. Conclusão: O encaminhamentoserá feito para psicoterapia, já que entendemos que Veridiana* e Veridiele* estão em umperíodo da adolescência, e precisam dar continuidade a esse processo de individuação. Éimportante ressaltarmos que a psicoterapia com as gêmeas e com a família terá o objetivo deobservar, refletir e problematizar esse processo de separação que deverá ser estudado visandoa tentativa dessa diminuição do sofrimento e uma melhor qualidade de vida.

Palavras-chave: Avaliação psicológica. PAAS. Gêmeos. Individuação.

1 Universidade do Vale do Rio dos Sinos / São Leopoldo - RS

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Rosásea pustulosa em homem

Seno Otto Kunrath1

Rejane M.v.M. Kunrath

Introdução: Com o desenvolvimento do conhecimento científico englobando o sistemanervoso como um todo, integrado aos outros sistemas do nosso organismo, resultou em umconjunto inseparável Psico-Neuro-Endócrino-Imuno-Cutâneo, nos auxiliando na compreensãopsicossomática de várias doenças e favorecendo resultados mais consistentes e duradouros. ARosácea é uma doença de causa desconhecida que geralmente acomete as mulheres a partirdos 40 anos. É tratável, curável, mas com freqüência recidivante. Relato do caso: Paciente dosexo masculino, 50 nos, na consulta se queixou de lesões salientes, desfigurantes no rosto,especialmente na fronte há 2 anos, e assintomático. Na anamnese houve a especulação derelacioná-las a algum evento estressante. No 2º encontro o paciente relata, com dificuldade eemoção, o assassinato de seu filho de 18 anos com um tiro na cabeça, há 2 anos. Tratamento:Medicamentoso e psicoterápico, que foram cruciais para uma rápida evolução do quadro rarode rosácea. Embasamento teórico: O importante é avaliar as manifestações do corpo emrelação aos conflitos vivenciais do doente, pois cada lesão terá o seu contingente pessoal. Avisão psicossomática favorece a compreensão sobre a influência emocional nas dermatoses.Saber ouvir o paciente, dispor deste tempo hábil para fazer um diagnóstico preciso, ilustra ocaminho da resolução de casos clínicos, por vezes inusitados. Resultados: Após a intervençãomédica e psicológica o paciente evoluiu favoravelmente, com a resolução total do seu quadro,sem recidiva. Conclusão: O prisma pelo qual se observa e encara os conflitos da vida dapessoa é a segurança de um tratamento adequado, que é a visão psicossomática.

Palavras-chave: Rosácea pustulosa. Homem.

1 Departamento de Ciências Médicas. Universidade Federal do Rio Grande do Sul / Porto Alegre - RS

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A psoríase no contexto psicossomático

Seno Otto Kunrath1

Rejane M.v.M. KunrathKunrath, M.

Introdução - A compreensão da psoríase no contexto psicossomático é relevante, assim comoa relação que se estabelece entre médico-paciente no 1º encontro, de cooperação, confiança eentendimento na condução do tratamento. Sem isto, nos deparamos com fracasso de auxiliareste indivíduo. Muitas vezes entra a equipe multidisciplinar da área da saúde para um melhorentendimento sobre o adoecer, ou seja médico dermatologista, psicólogo, psiquiatra,fisioterapeuta. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 18 anos, solteira, com histórico depsoríase no corpo todo (psoríase universal), há 4 anos. A mãe a descreve como enclausurada,não trabalha nem estuda, deprimida. Inúmeros especialistas intervieram no seu caso, comexames conclusivos de psoríase, enfatizando não ter cura. Nesta consulta a paciente expressouo dilema de tratamento: PUVAterapia ou Quimioterapia (methotrexato). O quadro era de umapessoa desesperançosa, sofrida, desconfiada, com psoríase eritrodérmica, intensa descamação,ardência, chorando muito. Seu pai estava preso há 4 anos. Tratamento: Foi preconizado umsuporte para reverter o quadro eritrodérmico: emolientes (vaselina pura pastosa, pois a líquidaprovocava ardência), orientação em relação ao uso de luz solar, antidepressivo maisansiolítico, psicoterapia e fisioterapia. A influência de fatores emocionais desencadeia oupiora afecções dermatológicas como a psoríase, podendo ter a participação na gênese dequadros de ansiedade, depressão e fobia social pelo estigma da doença. Resultados: Oacompanhamento psicológico demorou mais tempo para se obter qualquer resultado. Váriassessões foram de acolhimento, pois seu sofrimento maior era frente ao conflito devido aprisão do seu pai, seu afastamento dele, conseqüentemente o rechaço pela sociedade. Amedicação foi suspensa. A fisioterapia a auxiliou na postura e na autoconfiança. Continuoucom consultas semestrais com dermatologista e quinzenais com psicóloga. Conclusão: Semabordar os aspectos vivenciais de portadores de dermatoses com apelo psicossomático, tantono desencadear da doença como mantenedora ou agravamento do quadro, não conseguiremosalcançar os resultados esperados. Achamos de suma importância não omitir a verdade aopaciente, também não podemos tirar-lhes a esperança de uma possibilidade, pequena, masreal, de livrar-se da doença por longos períodos.

Palavras-chave: Psoríase. Dermatologia. Psicossomática. Psicologia. Psquiatria. Fisioterapia.

1 Departamento de Ciências Médicas. Universidade Federal do Rio Grande do Sul / Porto Alegre - RS

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Dermatologia e psicossomática

Seno Otto Kunrath1

Rejane M.v.M. Kunrath

Introdução: O estudo integrado e entendido entre o psicológico, neurológico, endócrino,imunológico e o sistema tegumentar, nos leva a resolução ou a condução mais satisfatória notratamento das doenças da pele. Não raro, pacientes portadores de doenças incômodas da pelevirem de mais de um atendimento, ficarem surpresos com a abordagem psicossomática e aospoucos sentirem a relação da sua doença com passagens e momentos estressantes de suasvidas. Para isto a relação médico-paciente é de extrema importância, o vínculo de confiançaque se estabelece, pois sem isto teremos muita dificuldade na condução das dermatosespsicossomáticas. Relato de caso: Paciente sexo feminino, 26 anos, casada, comerciante, relataqueratodermia plantar no pé direito há 4 anos, com intenso desconforto ao deambular,inclusive com episódios de sangramento. Demonstra estar deprimida e desesperançosa, referetambém que assim não poderá ter filhos. O histórico de repetidas consultas médicas, comexames laboratoriais, incluindo anátomo-patológico com diagnóstico de psoríase plantar,acompanhado da informação de que a doença era incurável e que a solução seria enxerto nopé, a deixou muito angustiada. Embasamento teórico: É imprescindível ao dermatologistareconhecer o estado emocional dos doentes com dermatoses. A angustia se faz presentequando surge algo no interior da consciência que nos amedronta, e para diminuí-la, o médicodeverá ver o paciente como um todo e único, no seu momento de sofrimento. Repetir quealgumas doenças são incuráveis, não significa ser a melhor conduta. Sabemos que a psoríase,em um percentual pequeno, mas importante, pode permanecer sem a doença se manifestar,por anos ou décadas. E que choques emocionais podem desencadear ou agravar quadrospsoriáticos. Tratamento: A terapia local foi instituída com queratolíticos (uréia) e substânciasredutoras com orientação de exposição solar. Em 6 meses a paciente ficou assintomática.Psicoterapia semanal. Conclusão: Sem medo de errar a dermatologia é a especialidade médicacom maior envolvimento psicossomático. Porém, com o avanço da tecnologia, está sedescuidando da relação médico-paciente, ou seja, as relações humanas estão em segundoplano. Os exames ditam as normas e condutas. É necessário voltarmos atrás no que se refere ahumanizar a medicina, caso contrário o preceito hipocrático ¨primo non nocere¨, não seconcluirá.

Palavras-chave: Dermatologia. Psicossomática.

1 Departamento de Ciências Médicas. Universidade Federal do Rio Grande do Sul / Porto Alegre - RS

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Dermatologia e psicossomática

Seno Otto Kunrath1

Rejane M.v.M. Kunrath

Introdução: O estudo integrado e entendido entre o psicológico, neurológico, endócrino,imunológico e o sistema tegumentar, nos leva a resolução ou a condução mais satisfatória notratamento das doenças da pele. Não raro, pacientes portadores de doenças incômodas da pelevirem de mais de um atendimento, ficarem surpresos com a abordagem psicossomática e aospoucos sentirem a relação da sua doença com passagens e momentos estressantes de suasvidas. Para isto a relação médico-paciente é de extrema importância, o vínculo de confiançaque se estabelece, pois sem isto teremos muita dificuldade na condução das dermatosespsicossomáticas. Relato de caso: Paciente sexo feminino, 26 anos, casada, comerciante, relataqueratodermia plantar no pé direito há 4 anos, com intenso desconforto ao deambular,inclusive com episódios de sangramento. Demonstra estar deprimida e desesperançosa, referetambém que assim não poderá ter filhos. O histórico de repetidas consultas médicas, comexames laboratoriais, incluindo anátomo-patológico com diagnóstico de psoríase plantar,acompanhado da informação de que a doença era incurável e que a solução seria enxerto nopé, a deixou muito angustiada. Embasamento teórico: É imprescindível ao dermatologistareconhecer o estado emocional dos doentes com dermatoses. A angustia se faz presentequando surge algo no interior da consciência que nos amedronta, e para diminuí-la, o médicodeverá ver o paciente como um todo e único, no seu momento de sofrimento. Repetir quealgumas doenças são incuráveis, não significa ser a melhor conduta. Sabemos que a psoríase,em um percentual pequeno, mas importante, pode permanecer sem a doença se manifestar,por anos ou décadas. E que choques emocionais podem desencadear ou agravar quadrospsoriáticos. Tratamento: A terapia local foi instituída com queratolíticos (uréia) e substânciasredutoras com orientação de exposição solar. Em 6 meses a paciente ficou assintomática.Psicoterapia semanal. Conclusão: Sem medo de errar a dermatologia é a especialidade médicacom maior envolvimento psicossomático. Porém, com o avanço da tecnologia, está sedescuidando da relação médico-paciente, ou seja, as relações humanas estão em segundoplano. Os exames ditam as normas e condutas. É necessário voltarmos atrás no que se refere ahumanizar a medicina, caso contrário o preceito hipocrático ¨primo non nocere¨, não seconcluirá.

Palavras-chave: Dermatologia. Psicossomática.

1 Departamento de Ciências Médicas. Universidade Federal do Rio Grande do Sul / Porto Alegre - RS

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O estresse do servidor penitenciário

Rejane Maria Von Mühlen Kunrath1

Reginato, S.M.Rosa, L.T.

Cauduro, R.T.Brauner, A.C.Poerner, A.C.

Rota, G.Borowski, N.F.

Góes, R.I.G.Carniel, S.B.

Introdução: A representação que o trabalho tem para cada ser humano e o seu impacto na vidadepende muito de como é percebido o ambiente de trabalho, das necessidades de realizaçãopessoal e profissional e da saúde física e mental de cada pessoa, visto sermos entesbiopsicossociais. O SASS (Seção de Atendimento ao Servidor da SUSEPE) é um serviçocriado dentro da instituição penitenciária com o objetivo de identificar situações geradoras desatisfação e insatisfação, devido a natureza do processo de trabalho neste ambiente, daqualidade das relações e do significado do adoecer deste servidor: Agente Penitenciário,Agente Penitenciário Administrativo e Técnico Superior Penitenciário. Metodologia:Bolachas com percentual mais gráfico. Embasamento teórico: Cada trabalhador tem umahistória pessoal que gera aspirações, desejos, motivações e necessidades psicológicas.Conhecendo os estímulos estressantes, podemos desenvolver mecanismos de adaptação doorganismo que nos auxiliam a lidar e a minimizar os resultados negativos do estresse. A saúdee a doença são estados que resultam do equilíbrio harmônico ou da desregularização de 3campos: corpo, mente e meio ambiente. Estes denunciam, expressam e revelam a forma dapessoa viver, sua qualidade de vida e sua maneira de interagir com o mundo. O ambienteprisional apresenta risco diário, falta de recursos materiais e humanos, sensação de trabalhovazio, poucos resultados, sentimentos de desvalia, de injustiça, de culpabilidade peloadoecimento ou a negação da doença, devido às perdas financeiras. Há uma constantesobrecarga de trabalho, uma pressão excessiva, pouca qualificação, ou seja, condições quefavorecem um alto índice de adoecimento. Conclusão: A realidade da defasagem deservidores frente ao número de presos diminui a qualidade de vida do trabalhador, já quaseinexistente. Com isto, a possibilidade do adoecer é muito grande, visto sermos indivíduos nãodivisíveis, tendo a interferência do biopsicossocial. Assim o SASS investe na melhoria daQualidade de Vida dos servidores penitenciários, através de intervenções preventivas eterapêuticas, realizando atendimentos, levantamentos que possam auxiliar nas intervenções eprojetos que aprimorem o trabalho e englobem outros profissionais da saúde.

Palavras-chave: Estresse. Trabalho. Penitenciária. Servidor penitenciário.

1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul / Poro Alegre - RS

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Dificuldades do servidor penitenciário relacionadasaos problemas familiares

Rejane Maria Von Mühlen Kunrath1

Reginato, S.M.Rosa, L.T.

Cauduro, R.T.Brauner, A.C.Poerner, A.C.

Rota, G.Borowski, N.F.

Góes, R.I.G.Carniel, S.B.

Introdução: Escolher um trabalho nem sempre condiz com o que se sonhava exercer. Oserviço penitenciário tem implicações peculiares como insalubridade, medo, turnosdiferenciados, desafios de risco e distanciamento da família. O corpo tenta se moldar àsexigências e às necessidades mentais, físicas e de relacionamento a cada função, mas quandoisto não é possível, vem o adoecimento. Metodologia: Bolachas-percentual. Embasamentoteórico: A observação em qualquer ambiente de trabalho leva à identificação de informaçõesrelacionadas à qualidade no trabalho. Há inquietudes individuais e coletivas, quanto apressões, conciliação de expectativas entre o trabalho, família, estresse, hábitos alimentares,cuidados físicos e estilos de vida. A solidão, ou pouco suporte social e afetivo, faz com que apessoa decida qual atitude tomar perante determinada situação, pois prevalece o entebiopsicossocial, e os fatores psicossociais são fundamentais para a explicação da saúde e dadoença neste meio. O afastamento da família devido a seu local de moradia ser numa cidade esua lotação ou trabalho extra (denominado diárias) serem noutra, ocasiona um exíguo tempodisponível para conviver com a família, ocasionando rupturas desta estrutura e sofrimentosdecorrentes. Resultados: O acompanhamento feito nos 3 anos consecutivos pelo SASS (Seçãode Acompanhamento aos Servidores da SUSEPE) nos mostrou que o afastamento dofuncionário dos seus familiares é um dos maiores problemas de adoecimento na instituição. Odistanciamento e a ausência de suporte da família enfraquecem o sentimento de pertencimentoe de identidade dos servidores, ocasionando a sensação de perda do desenvolvimento dosfilhos, da cumplicidade do casal e da redução do papel da pessoa a mero mantenedor.Conclusão: O atendimento é feito através de intervenções preventivas e terapêuticas e visaminimizar os danos causados pelas circunstâncias referidas, detectando agravos à saúderelacionados ao trabalho e suas relações.

Palavras-chave: Qualidade de vida no trabalho. Família.Servidor penitenciário.

1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul / Poro Alegre - RS

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O câncer infantil na família sob o olhar da psicossomática

Denise Beatriz Schulz1

Danúbia LenhartPaula Betina Pohlmann

Tatiane de Cássia Xavier de Oliveira

O presente estudo é resultado de uma revisão bibliográfica das publicações reconhecidas eindexadas nos últimos dez anos a respeito do impacto do diagnóstico do câncer infantil nafamília e suas manifestações psicoemocionais. Neste estudo, nos interessa identificar ossentimentos, comportamentos e a organização dos membros familiares para lidar com oadoecimento da criança a fim de oportunizar a estes futuramente apoio e compreensão para omelhor enfrentamento do problema. Mesmo com o avanço tecnológico da medicina emquestões de diagnóstico e tratamento ainda hoje, há poucas patologias que produzem tamanhoimpacto na família e produzam mudanças de hábitos e de relacionamento das pessoaspróximas ao enfermo com câncer. E, quando se trata de uma criança onde a representação damorte associada à doença é algo intolerável socialmente e culturalmente, mais ainda a questãose intensifica. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer -INCA (2010) esta patologia é aprimeira causa de morte na infância e adolescência e sabe-se que o diagnóstico afeta todos osmembros familiares, que passarão a ter que conviver com a doença e com os significados queela possui. Os resultados encontrados mostram que há diferentes modos de enfrentamentosendo a situação de diagnóstico o momento de maior vulnerabilidade. Aos poucos, osmembros vão aprendendo a lidar com o estresse e as emoções negativas como a raiva, a ira, adesesperança vão cedendo espaço a tolerância e atitude positiva. Entre o período dodiagnóstico e tratamento, há relatos de manifestações psicossomáticas dos pais emdecorrência da angústia vivenciada e do temor da perda manifestados através de sintomasfísicos como resfriados e dores de cabeça, dores musculares e sentimentos depressivos. Poroutro lado, há também relatos de estratégias positivas associadas à espiritualidade o quepermite aos familiares maior aceitação do sofrimento infligido.

Palavras-chave: Câncer infantil. Dinâmica familiar. Emoções. Psicossomática.

1Universidade do Vale do Rio dos Sinos / São Leopoldo - RS

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TPM: o que a psicossomática tem a nos dizer!

Denise Beatriz Schulz1

Danúbia LenhartPaula Betina Pohlmann

Tatiane de Cássia Xavier de Oliveira

Este trabalho tem como objetivo discutir a luz da abordagem psicossomática a influência dasmanifestações psicoemocionais da síndrome da tensão pré-menstrual, conhecida como TPM,na qualidade de vida da mulher. Estudos clínicos têm demonstrado que as mulheresapresentam sintomas psicofisiológicos durante o período pré-menstrual expressados atravésde dor intensa abdominal, enxaquecas e alterações de humor, o que comprometesignificativamente a qualidade das relações familiares, profissionais e sociais. Também tem seobservado, nas últimas décadas, um aumento na incidência destes sintomas em mulheresadultos jovens e associados a transtornos somatomorfos. Propomos, através do olhar dapsicossomática, uma reflexão sobre a presença da síndrome na vida da mulher através daanálise das representações e significados dos sintomas, considerando sua importância noprocesso de conhecimento de si mesma bem como sua capacidade de enfrentamento do quelhe pertence biologicamente falando. Outro aspecto a ser ressaltado neste estudo é o da buscade autoconhecimento, através da escuta do corpo, como uma forma de auto cuidado,superação e melhor qualidade de vida. Por fim, entendemos que a abordagem psicossomáticapor seu olhar integrador pode facilitar a compreensão das emoções associadas ao corpo epermitir aos profissionais da área da saúde melhor atenção aos problemas da mulher.

Palavras-chave: Síndrome da tensão pré-menstrual. Emoções. Psicossomática. Qualidade devida.

1 Universidade do Vale do Rio dos Sinos / São Leopoldo - RS

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A medicina psicossomática na graduação: Escola deMedicina e Cirurgia UNIRIO

Ana Cláudia P. Carvalho1

Andreza Farias SantosTerezinha de S. A. Belmonte

A disciplina optativa de Medicina Psicossomática no oitavo período de graduação da EMC na Unirioacontece em 2010. Os pré – requisitos para cursá-la são Psicologia I e II (ciclo básico), SemiologiaMédica e Clínica Médica I (ciclo clínico). Ela surge no corpo a corpo da coordenação com o ambienteacadêmico hospitalar no produto do Projeto de Extensão: Núcleo em Interconsulta no percurso de1996 a 2009 e demonstra a resistência institucional na mudança do modelo biomédico para o holístico.A disciplina objetiva a capacitação dos discentes em integrar na esfera cognitiva corporal e mental,habilidades específicas para a medicina do cuidado e da reabilitação e que esses futuros profissionaisde saúde encontrem a sua identidade ao buscar a sua identidade médica. Sua embriogênese começa em1996 quando criamos o Módulo de Psicologia Médica na disciplina de Clínica Médica na EMC para o5º e 6º período de graduação em medicina (5). Esse ensino interagiu com as outras disciplinas daUnirio e com a equipe multiprofissional do HUGG e gerou o Projeto: Recepção aos alunos do 4ºperíodo de Medicina (2000 a 2005). A experiência colaborou para a ementa da disciplina dePsicologia II no 4º período de medicina (2000 a 2002). O grupo de estudos Núcleo em Interconsultanasce em 2000. O corpo da disciplina de Medicina Psicossomática irá associar as experiências doensino, pesquisa e extensão para qualificar os alunos na questão da natureza humana referendado naEducação Médica. Atingimos cerca de oitocentos alunos sendo que 15 se envolveram em trabalhos demonografias, pesquisas de iniciação científica e projetos de extensão como voluntários e bolsistas edemos consultoria individual a cerca de 10 docentes e estagiários. Estamos concorrendo com o nossoprojeto de ensino a uma bolsa de monitoria em 2010. Essa proposta inovadora na Unirio já foiapresentada em Seminários e Jornadas e Congressos Nacionais e Internacionais. Recebemos prêmiosem 1999, 2007 e 2009 (3). Publicamos artigos de iniciação científica em periódicos. ApresentamosDvds em amostras regionais no Centro Coreográfico do Rio de Janeiro. Metodologia: Usamos ametodologia da pesquisa – ação de Thiollent através de seminários, grupo de reflexão (grupo Balint),filmes, vídeos, atendimento a beira do leito, discussão de casos cínicos e de artigos científicos, visitasde campo, jornada de interconsulta e uma pratica de conclusão e avaliação do curso como esboço deuma pesquisa de iniciação científica ou da monografia de conclusão da graduação. Discussão: Osalunos revelaram nessa pesquisa com a metodologia participativa em 2010 uma aquisição deamplitude de consciência sobre a humanização em medicina. Usamos encontros com os temas:semiologia psicossomática (a semiologia do cuidado, a semiologia do sujeito, a semiologianeuropsiquiátrica e a semiologia da consciência corporal), a psiconeuroimunoendocrinologia, os tiposde personalidades e as somatizações, a saúde mental em hospital geral e a interdisciplinaridade.Conclusão: Esse ensino na formação médica visa à formação de um médico que saiba cuidar edialogar com o seu paciente e a sua família e ser membro de uma equipe de trabalho além dediagnosticar e tratar a doença ao fazer diagnósticos situacionais na origem dos sintomas biológico,psicológico, familiar, social ou comunitário. Esse médico incluirá mais elementos para a prevenção denovas somatizações e a reabilitação da pessoa e sua família no meio em que vive. Encontramos napesquisa de campo o mesmo que vários estudiosos nessa área que é a questão de que toda medicina émedicina psicossomática e que quando isso estiver compreendido não haverá mais a necessidade dotermo medicina psicossomática, pois as partes do termo estarão implícitas na palavra Medicina.

Palavras-chave: Psicossomática. Ensino. Saúde.

1 Hospital Universitário Gafreé e Guinle. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro / Rio de

Janeiro - RJ

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Níveis de Estresse pré e pós-intervenção em pacientescom síndrome metabólica

Martha Wallig Brusius Ludwig1

Ana Cândida ChiappettaCatherine Bortolon

Cristina SayagoKaren Prisclia Del Rio Szupszynsk

Laura Pordany do ValleLuciana Bohrer Zanetello

Marcela BortoliniViviane Samoel Rodrigues

Lauren Frantz VeronezCamila Guimarães Dornelles

Paola Lucena dos Santos

A síndrome metabólica é caracterizada pela presença de pelo menos três dos seguintes fatoresfora dos parâmetros recomendados: Circunferência Abdominal, Pressão Arterial, Glicose,Triglicerídeos, HDL Colesterol. O stress é uma variável importante de se estudar empacientes com problemas clínicos, pois contemplando aspectos físicos e psicológicos,possibilita um entendimento psicossomático do adoecimento. O stress está relacionado afatores como hiperglicemia e hipertensão arterial, e a intervenção psicológica pode promoveruma melhor qualidade de vida aos pacientes. O modelo quadrifásico (Lipp, 2000), embasadoem Selye (1956), refere 4 fases do stress: alerta, resistência, quase-exaustão exaustão. Esteestudo analisou níveis de stress em pacientes com síndrome metabólica antes e depois de umaintervenção multidisciplinar com duração de três meses. Metodologia: Pesquisa quantitativa,com medidas antes e depois de intervenção. Os instrumentos utilizados foram a Ficha dedados sócio-demográficos e o Inventário de sintomas de estresse para adultos (ISSL, LIPP,2000). Foi utilizada a estatística descritiva por meio do programa SPSS 11.5. Resultados: atéo momento foram avaliados 24 indivíduos com Síndrome Metabólica. A média de idade foide 53,58 anos (DP 4,35), sendo a maior parte de mulheres (87,5%). Quanto à escolaridade amaioria possui ensino superior completo (33,3%) e ensino médio completo (20,8%). Emrelação ao diagnóstico de stress, 79,2% apresentavam stress na primeira avaliação, e apenas45,8% na avaliação final. Quanto à fase do stress, na avaliação a maior parte estava naresistência (62,5%), e na reavaliação a maior parte estava sem stress (54,2%). Asintomatologia predominante inicialmente era a psicológica (54,2%) e no final grande parteestava sem diagnóstico de stress (54,2%). Considerações Finais: os resultados demonstrarammelhora em relação às 3 medidas oferecidas pelo ISSL. Pode-se inferir que os pacientes comsíndrome metabólica estão sendo beneficiados pela intervenção não só do ponto de vistapsicológico, pois stress implica no organismo como um todo. Além disso, a redução dosníveis de stress pode não somente auxiliar na diminuição da ingestão de alimentos nãosaudáveis, como também na melhora dos exames clínicos, tanto pela mudança decomportamento, como pelo próprio efeito do stress no organismo. Aspectos Éticos: opresente projeto passou pela aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da PUCRS.

Palavras-chave: Psicossomática. Estresse. Síndrome metabólica.

1 Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul / Porto Alegre - RS

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Adolescentes grávidas: grau de estresse e a presençade biofilme dental por faixa dentária: Maceió - AL

Dayse Andrade Romão1

Sâmia Kelly Santana BarrosJosé Carlos da Silva JuniorDivanise Suruagy Correia

Jairo Calado Cavalcante Luiz Alexandre Moura Penteado

INTRODUÇÃO: A adolescência é geralmente estudada em duas faixas etárias considerando-se o inicio da vida sexual, ou seja, dos 10 aos 14 anos e dos 15 aos 19 anos. Nesta fase, agravidez poderá exacerbar conflitos comuns nesse processo de mudanças psicossociais,podendo levar ao estresse (MOURA, 1992), tendo como conseqüência o acúmulo de biofilmedental que é fator etiopatológico das doenças gengivoperiodontais (NERY, 2009). O objetivodeste estudo é descrever o grau de estresse e a presença de biofilme em adolescentes grávidaspor faixa etária. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, realizado em2009, Maceió/AL, em Unidades Básicas de Saúde (UBS), local de estágio dos cursos da áreada saúde da Universidade Federal de Alagoas. A amostra foi formada por adolescentesatendidas no pré-natal. Os dados foram coletados por 3 meses. Os instrumentos foramquestionário sócio econômico, testes ISSA/ ESA (LIPP,2005) e protocolo de exame intra-bucal para quantificação do biofilme dental através do Índice de Higiene Oral Simplificado-OHI-S. Para analise usou-se o Programa Epi Info e ponto de corte para o biofilme 1,42.RESULTADOS: Foram estudas 46 adolescentes sendo que 13,04 % eram menores de 15anos. Do total, 41 (89,2%) apresentaram algum sinal de estresse, 2,43% na fase de alerta,75,60% na fase de resistência e 21,95% na fase de exaustão. Encontrou-se quanto ao biofilmeque 50% das menores de 15 anos apresentou índice maior ou igual a 1,42; entre as maiores de15 anos este índice ficou em 47,51%. Do total, 43,47% apresentou índice de biofilme acimaou igual a 1,42 e a presença de estresse. Não houve significância na relação entre biofilme eestresse. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Embora os autores reconheçam as limitações doestudo, consideram que os índices de biofilme e estresse aqui encontrados estão elevados naamostra estudada, e frente à escassez de artigos, sugerem novas pesquisas bem como sepropõem ao aprofundamento deste estudo.

Palavras-chave: Estresse. Gravidez. Adolescentes. Odontologia. Higiene oral.

1 Universidade Federal de Alagoas / Maceió - AL

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Estresse e presença de biofilme dental em adolescentes grávidaspor classe econômica: Maceió - AL

José Carlos da Silva Junior1

Dayse Andrade RomãoSâmia Kelly Santana Barros

Divanise Suruagy CorreiaJairo Calado Cavalcante

Luiz Alexandre Moura Penteado

INTRODUÇÂO: O biofilme dental caracteriza-se como um agente determinante para odesenvolvimento da cárie dentária e de periodontopatias (DITTERICH, et .al.,2007). O fatorsocioeconômico tem importância na determinação das condições de saúde da população,particularmente em adolescentes grávidas, influenciando no estilo de vida, e podendo levá-lasao estresse (MOURA, 1992), assim como, interferindo no controle de biofilme dental. Logo,este trabalho tem como objetivo descrever a presença de estresse e de biofilme emadolescentes grávidas por classe socioeconômica. MÉTODO: Delineou-se uma pesquisadescritiva, exploratória realizada em 2009, Maceió/AL, em Unidades Básicas de Saúde (UBS)composta por uma amostra de 46 gestantes com idade de 10 a 19 anos. Todas responderamum questionário para avaliação do estresse através dos testes de ISSA/ ESA de Lipp (2005).Foram questionadas sobre suas condições de saúde, situação socioeconômica e controlemecânico de placa dental. Além disso, foi realizado um exame intrabucal para quantificaçãodo biofilme dental através do Índice de Higiene Oral Simplificado- OHI-S. Para análise usou-se o Programa Epi Info versão 3.6., utilizando ponto de corte da presença de biofilme dentalde 1,42. RESULTADOS: Estudou-se 46 adolescentes, sendo que 86,95% maiores de 15anos. Do total, 53,33% estava na classe D e 40% na classe C. A maioria, 53,33%, foiclassificada com índice de biofilme abaixo de 1,42, como também, 51,22 % das grávidasapresentou este índice de biofilme e algum sinal de estresse. Dentre as adolescentes queapresentaram biofilme acima ou igual a 1,42 (46,67%), a maioria (51,85%) afirmou chorarfrequentemente, assim como 52,9% delas apresentavam insônia, que são sinais de estresse.CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar de não ter sido encontrada relação de significânciaentre as variáveis, os dados aqui apresentados mostram que nesta amostra de adolescentesgrávidas de classe socioeconômica menos favorecida, os índices de biofilme e estresse sãoaltos, o que exige maiores estudos.

Palavras-chave: Estresse. Gravidez. Adolescentes. Odontologia. Higiene oral.

1 Universidade Federal de Alagoas / Maceió - AL

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Vivência com adolescentes grávidas atendidasnas unidades básicas de saúde de Maceió

Sâmia Kelly Santana Barros1

José Carlos da Silva JuniorDayse Andrade Romão

Divanise Suruagy CorreiaJairo Calado Cavalcante

Luiz Alexandre Moura Penteado

INTRODUÇÃO: A adolescência se traduz por um período de transição entre a 1ª fase, ainfância, e a idade adulta (Moura,1992). É uma fase onde o adolescente passa por elaboraçãode novos conceitos e busca sua identidade sexual, a qual é refletida através de sentimentos ecomportamentos voltados ao sexo. As atividades sexuais têm-se iniciado precocemente e deforma imatura, podendo levar muitas meninas a engravidar inesperadamente. A gravidezdetermina na mulher um estado que modifica seus hábitos, forma física e psiquismo. Logo,este trabalho tem como objetivo relatar uma vivência com adolescentes grávidas atendidaspelas Unidades Básicas de Saúde de Maceió. METODOLOGIA: A vivência do projeto depesquisa Estresse em adolescentes grávidas de Maceió foi do tipo descritiva, realizada desetembro a dezembro de 2009 com a participação de 3 estudantes do curso de Odontologia daUniversidade Federal de Alagoas, com preceptoria e orientação de profissionais de saúde domunicípio e supervisão de profissionais do NUSP/UFAL. Foi realizada uma oficinapreparatória discutindo as seguintes temáticas: gravidez, adolescência, sexualidade ecomportamento, assim como, uma calibragem quanto à forma de abordagem às gestantes comquestionamentos sobre bem-estar, condições de saúde, visão sobre o atendimento nas UBS epromoção de saúde bucal. Para registro e avaliação, foram utilizados diários de campo eregistros fotográficos, sendo dado livre arbítrio para que os graduandos pudessem questionarconforme as temáticas acima citadas. RESULTADOS: Obtivemos conhecimentos sobre ocomportamento, necessidades e expectativas das gestantes. Observamos a falta deintegralidade da Atenção Básica a elas ofertadas, bem como a resistência das mesmas àspráticas médico-odontológicas. Por fim, foram propiciados momentos pedagógicos quecontribuíram para a nossa formação, proporcionando desta forma convivência, reflexão,aprendizagem e aproximação com os serviços de saúde e interação de conhecimentos.CONSIDERAÇÕES FINAIS: Constatou-se a necessidade de uma atenção especial a serofertada no pré-natal, visando à integralidade dos serviços de saúde ofertados. Desta forma, avivência pode contribuir para formar profissionais generalistas, críticos e humanistas, capazesde identificar os problemas e dificuldades dos sistemas locais de saúde, proporcionandoatuação com qualidade e resolutividade no SUS.

Palavras-chave: Estresse. Gravidez. Adolescentes. Odontologia. Higiene oral. SUS.

1 Universidade Federal de Alagoas / Maceió - AL

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Equoterapia: construção e validação de metodologiacom base em novos paradigmas

Péricles Saremba Vieira1

André BaggioMaira Menegussi Soldatelli

Gabriel Lima Vieira

Artigo elaborado com o objetivo de: 1) construir e validar metodologia de trabalho comeqüinos que possibilite efetiva conexão entre práticas pedagógicas e práticas terapêuticas sobenfoque de novos paradigmas. A opção por estes objetivos está relacionada a dados históricosos quais demonstram que desde a Grécia antiga a utilização de eqüinos é reconhecida pelopotencial terapêutico no tratamento e prevenção de doenças. Na contemporaneidade essepotencial vem sendo ampliado pelos avanços do conhecimento advindos dos novosparadigmas, dentre os quais, destaque para o pensamento complexo de E. Morin cuja tesecentral é que o homem é a um só tempo biológico, cultural e social; para a Teoria Ecológicade F. Capra o qual afirma que a vida é constituída de uma ampla e complexa rede de relações;para o Interacionismo Simbólico de G. H. Med, em que os homens atuam com base nosignificado que atribuem as coisas e que o significado surge com base na interação social;para a Biologia do Conhecimento de Maturana e Varela com a tese que a vida é um processode conhecimento influenciado e modificado pelo que experenciamos. Com base nestespressupostos teóricos, a proposta parte da perspectiva que o terapêutico e o pedagógico sãodimensões de uma única ação e que as relações entre agentes educativos e alunos devem serde aprendizagem que possibilitem a inserção e interação social assegurando asindividualidades. Nesse sentido, um dos princípios orientadores da proposta, considera quecada indivíduo é único, que age, sente e pensa como uma totalidade. Portanto não se trabalhacom pessoa deficiente, nem com deficiência, com o normal e o patológico, tão pouco comnecessidades especiais ou com pessoas identificadas com nomes de patologias que acabam setransformando em classificações rotuladoras e estigmatizantes, mas com pessoas comcaracterísticas próprias, respeitadas como tal. As atividades realizadas de forma coletivaenvolvem alunos com características semelhantes de variadas idades. As aulas sãoorganizadas com grupo de seis a oito cavaleiros atuando simultaneamente em um picadeiro eem trilha ecológica, onde os alunos são orientados a realizar exercícios e atividades, comcaracterísticas lúdicas. A metodologia de trabalho coletivo estimula construção de novoscomportamentos e interações nas quais surgem possibilidades de experimentar novos papéisque contribuem para “sair de si mesmos”, a aceitar e se deixar aceitar. Ao observarem oscomportamentos dos demais, tendem a modificar seus próprios comportamentos paranovamente observar e criar novas interações. Manifestações espontâneas de afeto, de alegria,de cooperação, de maior atenção frente aos estímulos do ambiente, é constante, além deestímulos aos aspectos relativos à coordenação, equilíbrio, ajustes posturais, atenção,amplitude de movimentos Nesse sentido, a metodologia se apresenta promissora na medidaem que possibilita observar o desenvolvimento de comportamentos de autonomia, auto-confiança, segurança, de comunicação e interação constante e crescente entre alunos, equipe,cavalo e ambiente.

Palavras-chave: Equoterapia. Práticas terapêuticas. Paradigmas. Metodologia pedagógica.

1 Universidade de Passo Fundo / Passo Fundo - RS

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Estresse em períodos precoces do desenvolvimento:Implicações Neurais e Comportamentais

Mara Terezinha dos Santos1

Cármen Marilei GomesAniela Prezinkwski

Introdução: Sabe-se que influências ambientais como os estímulos estressantes que atuamsobre o organismo em desenvolvimento podem modificar o desenvolvimento neural e ocomportamento no indivíduo adulto (GONZÁLES et al., 1994). Este trabalho visa estudar oestresse precoce e tem como objetivo analisar artigos científicos que avaliaram o temaestresse em períodos iniciais do desenvolvimento neural, buscando-se informações sobre asconseqüências do estresse neonatal sobre as respostas comportamentais tardias. Metodologia:Foi realizada uma pesquisa bibliográfica retrospectiva por meio do banco de dados Medline(National Library of Medicine) utilizando os termos: ¨stress¨, ¨neonatal handling¨, ¨HPAaxis¨, ¨behavior¨. Marco Conceitual: A responsividade adequada do sistema de estresse é umpré-requisito crucial para a ocorrência da sensação de bem-estar e de interações sociaispositivas. Em contraste, a responsividade inapropriada desse sistema pode causar uma sériede alterações endócrinas, metabólicas, auto-imunes e psiquiátricas (CHARMANDARI et al.,2005). Há evidências de que falhas no cuidado inicial devido à negligência, abuso físico e/oupsicológico estão associadas a alterações no padrão de apego, no desenvolvimento motor,assim como, à ocorrência de depressão, ansiedade, abuso de drogas e reatividade ao estressetanto em crianças quanto no adulto. Em seres humanos tem sido demonstrado que a mãeparece tamponar os fatores estressantes dos meios interno e externo do bebê. Assim, sugere-seque uma falha persistente na manipulação dos bebês nos primeiros meses de vida contribuipara diminuir ou não desenvolver adequadamente conexões neurais (MOTTA et al., 2005). Odistúrbio dessa relação causa marcadas respostas comportamentais e fisiológicas, incluindomudanças na atividade locomotora, freqüência cardíaca e reatividade emocional (LEVINE,2002). Resultados: A análise dos artigos estudados fornece fortes evidências de queinterferências inadequadas no ambiente neonatal como o estresse e/ou separação maternalpodem ocasionar alterações endócrinas e comportamentais em fases posteriores da vida.Considerações finais: O período logo após o nascimento é crítico para a organização neural einfluências ambientais nesta fase podem modificar o padrão de respostas comportamentais aolongo da vida.

Palavras-chave: Estresse. Neurologia. Desenvolvimento neural. Comportamento.

1Faculdades Integradas de Taquara / Taquara - RS

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Caracterização dos praticantes da equoterapiado Centro Gaúcho de Equoterapia

Michele Fernanda HaackCeres Berger Faraco

INTRODUÇÃO: As publicações evidenciam as contribuições da Equoterapia para umavariedade de condições físicas e psicossociais. No entanto, ainda não há estudos descritivossobre a população de praticantes que estão sendo beneficiados por este recurso terapêutico.Assim, estabelecemos como problema de nosso estudo, verificar a seguinte questão: Quaissão as características dos praticantes do Centro Gaúcho de Equoterapia? METODOLOGIA:Trata-se de um estudo exploratório descritivo e transversal, com abordagem quantitativa.Deste estudo participaram 56 (cinqüenta e seis) praticantes em atendimento no CentroGaúcho de Equoterapia. Foi construído um instrumento específico, o Questionário Modelopara Praticantes: com a finalidade de investigar os dados sociodemográficos e os motivos dainserção no programa de Equoterapia através de questões semi-estruturadas. Plano de análisedos dados: os questionários foram tabulados e foi criado um banco de dados especialmentepara realizar sua análise estatística descritiva (frequência, porcentagem, média e desvio-padrão). Os dados foram analisados com apoio do programa estatístico Statistical Package forthe Social Sciences (SPSS), versão 14.0, e apresentados sob a forma de tabelas. MARCOCONCEITUAL: O objetivo da Equoterapia é auxiliar o desenvolvimento e a aquisição dasfunções psicomotoras através do uso do cavalo como sendo um instrumento terapêutico(Medeiros e Dias, 2002). Esses resultados articulam-se ao conceito de Biofilia, cunhado porEdward O Wilson sobre os atributos dos animais como foco de atenção e como agentes demotivação. RESULTADOS: Esta parte do estudo é constituída da descrição dos resultadosencontrados, a partir da aplicação do questionário. A maioria dos praticantes é do sexomasculino (60,7%) em comparação ao do sexo feminino (39,3%). Foram mais frequentes(41,1%) os praticantes entre 3 (três) e 10 (dez) anos de idade. Quanto à escolaridade dospraticantes, 41 (quarenta e um) estudam (73,2%); 12 (doze) não estudam (21,4%) e 3 (três)são graduados (5,4%). Do total, 25 (vinte e cinco) famílias têm renda mensal de 1 (um) a 5(cinco) salários (46,3%). Em relação ao tipo de encaminhamento recebido, os mais citadossão por instituições e pessoas leigas (32,1%), assim como por médicos (25%). Os praticantestem como diagnósticos mais frequentes: portadores de síndromes diversas (21,4%) etranstornos (19,6%). Quanto ao tempo de tratamento, 78,6% dos praticantes têm aEquoterapia como um tratamento complementar. Nos atendimentos, 25% dos praticantes doCentro Gaúcho de Equoterapia são atendidos pelos profissionais da fisioterapia, e destacando-se os 23,2% atendidos pela profissional da psicologia. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Osnossos objetivos foram alcançados e pudemos apresentar dados que devem aprimorar aindamais as atividades de Equoterapia ao revelar este universo de grupos e pessoas que buscamatendimento nas instituições e difundir os quadros clínicos beneficiados por este recursoterapêutico.

Palavras-chave: Equoterapia. Recurso terapêutico. Centro Gaúcho de Equoterapia.

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A psicossomática e o câncer: possibilidades sobre a grupoterapianuma visão transdisciplinar

Elisabete ValloisDonizete VagoDaher

Na atualidade o câncer é considerado uma doença crônica e um problema de saúde pública. Acronicidade e a experiência que o mesmo representa vão além da esfera médica e vários sãoos sentimentos vivenciados pelo paciente, sobressaindo-se a dor, o sofrimento, a negação e omedo da morte. Muitos destes pacientes vivenciam e redimensionam suas experiências ematividades de grupo. O objeto deste estudo é o papel da grupoterapia numa perspectivatransdisciplinar realizada com pacientes oncológicos. Objetiva-se identificar a produçãocientífica existente em periódicos indexados na BVS acerca da relação entre câncer epsicossomática, grupoterapia e transdisciplinaridade e refletir sobre a produção nos diferentescampos/áreas da saúde referentes a estas temáticas. A pesquisa é qualitativa, do tipobibliográfica e a busca dos dados foi realizada em periódicos indexados nos bancos de dadosSCIELO e LILACS, produzidos no período de 1999 a 2009. Os descritores utilizados nabusca foram: câncer/neoplasia, psicossomática, grupoterapia e transdisciplinaridade e oestudo ancora-se no conceito de transdisciplinaridade de Basarab Nicolescu. Os resultadosencontrados foram um total de 46 textos/artigos e a análise da produção mostrou que atemática câncer ocupa a centralidade dos estudos das diferentes áreas da saúde. A relaçãoentre psicossomática e câncer também é freqüente nos textos. Entretanto reflexões sobregrupoterapia são reduzidas, aparecendo outras formas de nominá-la, como grupo e grupoeducativo, mas todos demarcaram o diferencial produzido por esta estratégia frente a estespacientes. Sobre ação transdisciplinar a mesma foi apontada como possibilidade real deimplementação, mas faz-se ressalvas à complexidade e às limitações desta forma de agir nointerior das equipes multiprofissionais. As áreas de Psicologia e Saúde Coletiva destacaram-se no número de publicações relacionadas ao tema câncer, psicossomática e grupoterapia,sendo seguidos pela área da Enfermagem. Apenas a Saúde Coletiva apresenta publicações queanalisam possibilidades de ações grupais transdisciplinares. Considera-se necessário e urgenteque todas as áreas da saúde valorizem a grupoterapia na perspectiva transdisciplinar, compacientes oncológicos, como possibilidade propiciadora de ganhos para pacientes e familiarese que se empreendam esforços com vistas a socialização destas práticas através depublicações científicas.

Palavras-chave: Câncer. Psicossomática. Grupoterapia. Transdisciplinaridade.

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Doença autoimune: um estudo de caso interdisciplinar

Adriano Samuel Wartchow1

Flora Bojunga Mattos

Este estudo apresenta o caso de uma mulher de 50 anos, internada em um hospital privado nosul do Brasil, com a hipótese diagnóstica de uma neuronite vestibular autoimune versustransinfecciosa pós-viral. Durante a internação recebeu acompanhamento psicológico e após aalta continuou o tratamento médico, passando a fazer psicoterapia no ambulatório do hospital.Podemos constatar a existência de uma relação importante entre o estado psicoemocional e amanifestação de sintomas como o severo comprometimento neurossensorial bilateral, comhipoacusia grave, desequilíbrio com disbasia, retro e lateropulsão e intenso nistagmo. Aampliação da consciência de sua dinâmica psicológica coincide com a melhora do quadroorgânico. O objetivo deste estudo é descrever o acompanhamento deste caso, utilizando ametodologia qualitativa, numa conduta terapêutica psicossomática, vista pelo olhar daPsicologia Analítica. Salienta-se a importância do trabalho integrado entre a neurologia e apsicologia, mostrando com isso que a experiência interdisciplinar favorece tanta a aderênciaao tratamento quanto a evolução para um bom prognóstico.

Palavras-chave: Doença. Imunidade. Neurologia. Psicologia.

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1 Hospital Mãe de Deus / Porto Alegre - RS

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A unicidade em situações psíquicas e seus correspondentes orgânicos:uma abordagem terapêutica psicossomática

Flora Bojunga Mattos 1

Joice Bispo de Lima Conceição Soares Beltrão Filha

A comunicação entre as diversas áreas auxilia na construção do conhecimento e, comomostraremos, favorece também a compreensão da configuração momentânea do paciente embusca de seu equilíbrio psíquico e físico. A partir de duas áreas profissionais, da MedicinaHomeopática e da Psicologia Analítica, apresenta-se e discute-se neste trabalho situaçõespsíquicas e seus correspondentes orgânicos em pacientes que são acompanhados na clinicaprivada numa abordagem terapêutica psicossomática. Para isso, se utiliza o Método de Relatode Casos, observando a individualidade da situação apresentada por cada paciente com suaconfiguração própria e singular. A Física nos fornece modelos científicos que rompempostulados e concepções dos fenômenos, promovendo uma visão relacional e inteira dosacontecimentos. As possíveis conexões entre as situações psíquicas e as ocorrências orgânicasdescritas e discutidas nesse trabalho são compreendidas a partir da concepção de InconscienteColetivo e do fenômeno da Sincronicidade como postulado por C.G.Jung. A ativação doInconsciente Coletivo provoca fenômenos conectados entre si, porém sem nenhuma causaaparente que os justifique, estão conectados pelo significado. Portanto, evidenciamos que àssituações psíquicas integram-se fatos orgânicos correspondentes e que o trabalho dessesconteúdos psíquicos na consciência, associado ao tratamento homeopático tem se apresentadocomo terapêutica eficiente nos casos acompanhados na clínica.

Palavras-chave: Interdiciplinariedade. Homeopatia. Psicologia. Psicossomática.

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1 Clínica do Espaço Arte-Ciência / Porto Alegre - RS

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O paciente renal crônico em tratamento de hemodiálise: vida e realidade

Danielle Fernandes Rodrigues1

Lizete Pontes Macário Costa

Introdução: A insuficiência renal crônica apresenta além das complexas manifestaçõesclínicas, a situação de adoecimento do paciente. Desta forma resultará, diante das limitaçõesfísicas e repercussões psíquicas, em desgaste físico e emocional para o processo de adaptaçãoao tratamento de hemodiálise e suas implicações na vida do renal crônico. O pacientevivencia o impacto do diagnóstico e do tratamento na rotina de vida. Como reageemocionalmente ao adoecimento? Objetivo: descrever as reações emocionais relativas aopercurso de enfrentamento do paciente renal crônico no tratamento de hemodiálise presentesna produção científica. Método: Este trabalho trata do processo de tratamento na doença renalcrônica através de investigação de natureza qualitativa. As questões norteadoras do trabalhosurgiram a partir de experiência profissional em instituição de saúde, hospital universitário, naassistência psicológica do paciente renal crônico. Foi realizada pesquisa bibliográfica atravésde consulta em bancos de dados disponíveis na Internet visando artigo científico. A análise deconteúdo foi utilizada de modo a identificação de abordagens descritas considerando asquestões deste trabalho. Foram utilizadas as palavras chave: renal crônico, reação psicológica,hemodiálise. Cronologicamente seguiram-se fases de pré-análise, exploração do material,tratamento dos resultados obtidos e interpretação. Resultados: Destaca-se que o atendimentoclínico deve ocorrer buscando a manutenção da vida. A depressão impacta a qualidade devida, a aderência ao tratamento e mortalidade; a depressão esta relacionada com a diminuiçãoda imunidade, repercutindo no seu auto cuidado, na adesão ao tratamento e dieta,comprometendo os aspectos financeiros, profissionais e familiares. No cotidiano osindivíduos se deparam com diferentes sentimentos, que vão desde a alegria e a tristeza e quefazem parte das respostas emocionais. Considerações finais: As vivências e reaçõesadaptativas dos pacientes são recorrentes nas abordagens dos autores. O impacto emocionaladvindo da nova realidade pode resultar em sentimentos de revolta, angústia, ansiedade, medoe descrença no tratamento. E, em termos do tratamento de hemodiálise, o enfrentamento dasituação testa sua capacidade de ação e de escolhas, bem como de organização de sua própriarotina. Tal rotina rígida imposta pela doença põem em teste também a obrigatória aderênciaao tratamento e sua dependência a tecnologia avançada para sobreviver (máquina dehemodiálise). Há consenso sobre a relevância de manter as relações de família, trabalho,amigos, filhos, moradia, condições de suporte social, e de como este repercute na sobrevida eautonomia das pessoas vivendo com doença renal crônica em tratamento em hemodiálise.

Palavras-chave: Doença renal. Hemodiálise. Psicossomática. Vida. Emoções.

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1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Hospital Universitário Pedro Ernesto / Rio de Janeiro - RJ

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Unidade intensiva em cardiologia: o stress na vidado profissional de enfermagem

Janete Alves Araújo1

Lizete Pontes Macário Costa

Introdução: O stress ocupacional tal como descrito por Dejours (1992), envolve um conjuntode perturbações psicológicas ou sofrimento psíquico, associado às experiências de trabalho.Os riscos para a saúde dependem do tipo de atividade profissional e neste caso os serviços desaúde, e de um modo particular os hospitais, são apontados como de reconhecidas condiçõesprecárias de trabalho (LIPP, 2000). Os enfermeiros encontram-se expostos aos riscos dedoenças do trabalho segundo fatores de risco de natureza física, química, biológica epsicossocial. Desta forma a profissão de enfermagem foi incluída no grupo das profissõesdesgastantes (GASPAR, 1997) e classificada em 1988 pela Health Education Authorit como aquarta profissão mais estressante no setor público (COPPER, 1990). Objetivo: Avaliar ainfluência do stress em profissionais de enfermagem em Unidade Intensiva de Cardiologiasubmetidos a Grupo de Suporte. Método: Trata-se de um estudo descritivo de cortetransversal com abordagem quantitativa dos dados, considerando os seguintes instrumentos:Inventário de Stress Lipp (ISSL), Questionário Breve de Burnout (CBB) e qualitativautilizando a técnica de análise de conteúdo. Os relatos dos participantes foram classificadosem: 1) Reações iniciais a proposta do grupo; 2) Dificuldades no exercício da profissão; 3) Amorte; 4) Melhora na relação e na comunicação; 5) Mudanças de comportamento.Resultados: Os resultados permitiram constatar que dos quinze profissionais queresponderam ao ISSL, dez estavam na fase de resistência, com modificação na segundaaplicação do ISSL quando se apresentaram fora dos limites para inclusão em alguma fase. Deacordo com as discussões ocorridas no Grupo de Suporte, ficou claro que as limitações daprofissão são fatores importantes no desenvolvimento e evolução do stress a níveisprejudiciais a saúde do profissional. Considerações finais: Ao identificar as necessidades desuporte e apoio que os profissionais necessitam, é possível despertá-los para um olhar e umaescuta voltados para identificação das angústias que o próprio ambiente produz nas relaçõesde trabalho, permitindo desenvolver projetos preventivos e de tratamento. Observou-se arelevância da valorização do sujeito, de seu ambiente de trabalho e as especificidades deambos, para possibilitar o desenvolvimento de estratégias para lidar com o stress.

Palavras-chave: Stress. Terapia ocupacional. Enfermagem. Terapia intensiva. Cardiologia.

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1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Hospital Universitário Pedro Ernesto / Rio de Janeiro - RJ

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Avaliação de Compulsão Alimentar, Ansiedade e Depressão em Pacientesde Programas de Redução de Peso

Paola Lucena dos Santos1

Martha LudwigMargareth da Silva Oliveira

INTRODUÇÃO: Acredita-se que obesos com compulsão alimentar apresentam maiscomorbidades psicopatológicas quando comparados a obesos sem compulsão alimentar, entreelas a depressão e outros problemas emocionais (NAPOLITANO, 2001; STALONAS,PERRI, e KERZNER, 1984). O aprofundamento de pesquisas sobre fatores associados àcompulsão alimentar pode possibilitar a implementação de intervenções mais eficazes. Oobjetivo deste trabalho é avaliar a presença de compulsão alimentar, sintomas de ansiedade edepressão em pacientes de programas de redução de peso e comparar os resultadosencontrados utilizando-se a estatística inferencial. METODOLOGIA: Estudo transversalquantitativo. Instrumentos utilizados: Entrevista estruturada, Ficha de dados sócio-demográficos, Escala de Depressão Beck (BDI-II), Escala de Ansiedade Beck (BAI), Escalade Compulsão Alimentar Periódica (ECAP). Os dados foram computados no banco de dadosSPSS versão 17.0, onde foram feitas análises descritivas e inferenciais (Teste T decomparação de médias, com nível mínimo de significância de 5%, Correlação de Pearson).Critérios de inclusão: homens e mulheres, entre 16 e 80 anos, escolaridade mínima de 5ª sériedo ensino fundamental e que participem de programas de redução de peso em Porto Alegre.MARCO CONCEITUAL: Um dos modelos teóricos que envolve comportamentos de saúdeé o modelo transteórico, desenvolvido por James O. Prochaska e Carlo DiClemente(PROCHASKA, DI CLEMENTE e NORCROSS, 1992) e que tem sido aplicado emdiferentes tipos de comportamentos adictos como o tabagismo, alcoolismo, uso de substânciaspsicoativas ilícitas, entre outras situações (PROCHASKA, REDDING e EVERS, 1996). Acompulsão alimentar é entendida neste trabalho como um tipo de adição e acredita-se que otratamento da mesma possa ser beneficiado caso se considerem os estágios de mudança decomportamento propostos pelo modelo adaptando os diferentes tipos de intervenções para osdiferentes tipos de estágios de mudança que o sujeito se encontra. RESULTADOS: Aamostra foi composta de 140 participantes, sendo: 92,9% (130) do sexo feminino; a faixaetária mínima de 16 e máxima de 72, com média de 40,49 anos (DP 13,33). A maioria dosparticipantes tinha ensino médio 38,6% (54) ou superior 54,3% (76) e situavam-se nas classesB (41,4% [58]) e C (37,9% [53]) dos cortes do Critério Brasil. A maior parte dos participanteseram solteiros 35,7% (50) ou casados 53,6% (75). 50,7% (71) da amostra apresentoucompulsão alimentar moderada (35) ou grave (36) e 49,3% (69) ausência de compulsão.Utilizando o teste T, encontrou-se diferença estatisticamente significativa entre quem temcompulsão alimentar e quem não tem em relação aos níveis de ansiedade (p = 0,000) edepressão (p = 0,001). Por outro lado, não foi encontrada diferença estatisticamentesignificativa entre quem tem compulsão alimentar e quem não tem, em relação ao seu IMC(p=0,628). Utilizando a correlação de Pearson encontrou-se uma correlação positiva ealtamente significativa entre compulsão e ansiedade (p=0,001 e r=0,000) e entre compulsão edepressão (p=0,001 e r=0,000). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Pôde-se verificar que quantomaior era o nível de ansiedade e depressão, maior era o grau de compulsão alimentar que ossujeitos apresentavam. Ao comparar a compulsão alimentar e o IMC, não encontrou-sediferença estatisticamente significativa, o que parece indicar que não necessariamente quemtem mais peso tem mais compulsão alimentar. 1 Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul / Porto Alegre - RS

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202

Avaliação sistematizada da dor em pessoas com prejuízo cognitivo

Simone Silveira Pasin1

Aline dos Santos DuarteTábata de Cavatá

Introdução: A avaliação sistematizada da pessoa com dor objetiva verificar a presença,monitorar a eficácia do tratamento e permitir a documentação do processo. O padrão-ouro dapresença de dor é o auto-relato (CHAVES & LEÃO, 2007). Na prática diária, nos deparamoscom uma questão: como realizar a avaliação da dor e eficácia do tratamento analgésico empessoas com prejuízo cognitivo e inábeis para comunicar-se verbalmente. Estudosdocumentam a alta prevalência de dor nociceptiva e neuropática, aguda e crônica em adultoscom déficit neurológico (MCCAFFERY & PASERO, 1999). Inadequadamente tratada, asconseqüências da dor incluem riscos fisiológicos, depressão, deterioração da função cognitivae do padrão de sono, redução do convívio social, ampliação das necessidades de cuidados edos custos (WHO, 2009). Objetivo: Apresentar os instrumentos de avaliação de dor empessoas com prejuízo cognitivo validados para a prática clínica. Método: Utilizou-se aestratégia PICO para a revisão sistemática nas bases MEDLINE/PubMed via BIREME,CINAHL e PsychINFO no período de 1980 a 2009. Os critérios de inclusão foram: citação doinstrumento utilizado e aplicação em pacientes adultos e idosos com prejuízo cognitivo. Osdescritores utilizados para nortear a busca foram cognitive disorders, pain e assessment.Resultados: Os instrumentos The Pain Assessment Checklist for Seniors with Limited Abilityto Communicate (PACSLAC, FUCHS-LACELLE & HADJISTAVROPOULOS, 2004), PainAssessment in Advanced Dementia (PAINAD, WARDEN, HURLEY, VOLICER, 2003),Discomfort in Dementia of the Alzheimer's type (DS-DAT, HURLEY et al. 1992), FacesPain Scale (FPS), Doloplus-2 (LEFEBRE-CHAPIRO, 2001), Checklist of nonverbal painindicators (CNPI, FELDT, 2000) foram citados como eficazes na avaliação da dor no pacientecom prejuízo cognitivo. Conclusão: A adoção de instrumentos e seu impacto no desfecho doproblema sustentam a prática de Enfermagem baseada em evidências. Porém não háinstrumentos adaptados e validados para o nosso meio. Para tal, a adaptação transcultural e avalidação clínica de uma escala de avaliação da dor e monitoração do tratamento se fazemnecessárias para garantir a boa prática clínica no gerenciamento da dor em pessoas comdistúrbio neurológicos e cognitivos com inabilidade de comunicar-se verbalmente.

Palavras-chave: Dor. Enfermagem. Cognição.

1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul / Porto Alegre - RS

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203

A relevância da participação do pai na gestação, parto e puerpério:uma revisão de literatura

Tábata de Cavatá 1

Aline dos Santos Duarte

Introdução: Tem-se percebido uma nova visão sobre as diferenças de gênero em que oshomens têm assumido uma postura mais igualitária em relação às suas companheiras. Issoestá se refletindo também à gestação, incluindo pré-natal, parto e puerpério em que os homensvêm adquirindo maior consciência da importância da sua participação neste período(OLIVEIRA, et al, 2009). A presença do homem/companheiro é um fator positivo quefavorece o fortalecimento dos laços familiares e faz com que eles se sintam importantes erealizados ao poder exercer de forma concreta o papel de pai antes mesmo do parto. Métodos:Estudo qualitativo com abordagem na pesquisa bibliográfica. Os dados foram extraídos deconsultas a bases de dados Lilacs, Scielo, periódicos e livros, no período de 1997 a 2009.Resultados: O período da gravidez caracteriza-se por intensas transformações físicas eemocionais, onde cada mulher vivencia de forma distinta, diferindo também entre as váriasgestações de uma mesma mulher. Acredita-se que a presença do pai neste período é tambémuma forma de os homens se sentirem incluídos no processo de geração da vida que se passano corpo da mulher. O desenvolvimento do vínculo pai-filho costuma ser mais lento dando-segradualmente após o nascimento e a medida que a criança vai se desenvolvendo(MALDONADO, 1997). Os pais procuram todas as informações disponíveis a respeito dagravidez, parto e cuidados com o bebê. Então, a participação do pai e seu envolvimentopossibilitam segurança à gestante, trazendo benefícios à sua saúde e a do bebê, além defortalecer o vínculo pai-bebê. Também é verificado na prática, através de relato de usuáriasque passaram pela experiência de gestação-parto-nascimento, que as mulheres quando nãopossuem acompanhantes na hora do parto, confrontando-se com um ambiente estranho,muitas vezes hostil, desconhecendo a linguagem técnica dos profissionais e sendo atendidasde forma não individualizada permanecendo inseguras, em que na maioria das vezes, a levaao medo. Conclusão: A participação paterna em todo o pré-natal, parto e puerpério éfundamental para a gestante, pois proporciona mais segurança emocional nesse período emque ocorrem tantas mudanças com a própria mulher e a família em geral. Podemos citartambém, que o pai passa a sentir-se mais seguro, mais confiante e mais compreensivo diantedas alterações emocionais da companheira e de seus sentimentos. Sendo assim, maiorincentivo no envolvimento paterno no processo gestacional e esclarecimentos das diferençasconcernentes às questões de gênero, enfatizando a necessidade da inserção do homem/pai nagravidez, afastando a idéia do homem como exclusivamente provedor das necessidadesmateriais, além de fazer com que este se sinta parte integrante do processo gravídico.

Palavras-chave: Pai. Gestação. Parto. Puerpério. Enfermagem.

1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul / Porto Alegre - RS

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204

Laringectomizados: Protegendo a traqueostomia com estilo

Martins, V.B. 1

Santana, M.G.Santos, J.B. Brito, E.S.Sehn, F.C.

Gadenz, S.D.Sbaraini, L.

Macedo, T.L.Sperb, D.

Fontana, C.

Introdução: A laringectomia total é uma cirurgia que consiste na retirada total da laringe,acarretando a perda da fala e a mudança do trajeto do ar para a respiração. O indivíduo passaa respirar por um orifício no pescoço, chamado traqueostomia definitiva. Tal orifício deve serprotegido, para evitar entrada de sujeiras, bem como para ajudar a aquecer e filtrar um poucoo ar, que agora vai direto para o pulmão, sem passar pelo trato respiratório, onde era aquecidoe umidificado, bem como para evitar saída de secreção pelo traqueostoma, o que pode acabargerando constrangimento da parte do paciente ou do interlocutor. O protetor mais utilizado éfeito de crochê e geralmente se apresenta nas cores bege ou marrom. Muitos pacientes têmvergonha ou se negam a usar os protetores, pois acreditam que os mesmos chamam muito aatenção. Assim, em uma das reuniões do grupo GALA (Grupo de Apoio aosLaringectomizados), que tem como objetivo a reabilitação global dos pacientes, realizou-seuma oficina sobre o uso de acessórios; protegendo o traqueostoma com estilo. Objetivo:Apresentar ao paciente laringectomizado alternativas para proteger seu traqueostoma semperder a elegância, mostrando alternativas e contribuindo assim na recuperação de sua auto-estima bem como na socialização do paciente. Material e Métodos: Foi realizada umaoficina, no qual a palestrante convidada levou alguns acessórios, lenços, colares, gravatas,faixas de cabelo, etc. e deu várias dicas e orientações aos pacientes. Resultados: A reaçãopositiva dos pacientes ao trabalho realizado preencheu todas as expectativas. Todosparticiparam ativamente do encontro, inclusive dando dicas, opiniões e apresentandoalternativas, que foram desde o uso de protetores de crochê combinando com o tom da roupa,até a adaptação de camisetas, acessórios de cabelo, e outros. Conclusão: Nos dias de hoje emque a aparência é muito valorizada, esta oficina foi bastante positiva pois a partir daí muitospassaram a lidar melhor com sua traqueostomia, que deixou de ser um obstáculo para aretomada da vida social.

Palavras-chave: Laringectomia. Traqueostomia. Acessórios de proteção do traqueostoma.Sociabilidade.

1 Liga Feminina de Combate ao Câncer / Porto Alegre – RS Hospital Santa Rita / Porto Alegre - RS

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205

Grupo de Apoio ao Laringectomizado – GALA: uma visão interdisciplinar

Martins, V.B. 1

Santana, M.G.Santos, J.B. Brito, E.S.Sehn, F.C.

Gadenz, S.D.Sbaraini, L.

Macedo, T.L.Sperb, D.

Fontana, C.

Introdução - O câncer é uma doença que traz impacto emocional e social ao paciente e seusfamiliares. É difícil absorver todas as informações sobre a doença e elaborar os sentimentosdolorosos que surgem, como medo, raiva, negação, culpa, depressão, ansiedade. O câncer delaringe, um dos mais comuns em cabeça e pescoço, exige, muitas vezes a laringectomia total,ocasionando a traqueostomia definitiva e a perda da voz laríngea. Um dos recursos quepodem ajudar neste momento é a participação em GRUPOS DE APOIO. O GALA - Grupode Apoio ao Laringectomizado- é um Grupo Operativo, de Ajuda Mútua, Somático, Abertoe Homogêneo, organizado pela Liga Feminina de Combate ao Câncer no Rio Grande do Sul,funciona uma vez por semana, no Hospital Santa Rita, do Complexo Hospitalar Santa Casa dePorto Alegre e é coordenado por Fonoaudiólogas; Psicólogas; Fisioterapeutas, Nutricionistase Médicos cirurgiões de cabeça e pescoço, todos voluntários. Objetivo- mostrar aimportância do Grupo de Apoio, o trabalho interdisciplinar e seus resultados de reabilitaçãoglobal. Material e método – 84 pacientes cadastrados no GALA. Inicialmente, responde-seàs dúvidas quanto ao tratamento médico e à reabilitação física, propriamente dita com asorientações da Fisioterápicas, Nutricionais, Médicas e Fonoaudiológicas. Na seqüência ospacientes trazem assuntos pertinentes a suas vidas, família e dificuldades, sendo que estaordem varia, de acordo com a demanda. A Fisioterapia contribui para a reabilitação postural,que são as alterações na região cervical, ombros e cintura escapular, e respiratória visandohigiene brônquica e do traqueostoma. A Fonoaudiologia atua na reabilitação da voz e da falaressaltando que o ato de se comunicar é um todo, que inclui não só a linguagem oral masengloba o movimento, o gesto e o olhar. A Nutrição promove vigilância do estado nutricionaldos pacientes e orientações nutricionais de forma preventiva e terapêutica. Os médicosesclarecem dúvidas quanto ao tratamento geral. A Psicooncologia vai permeando todo omovimento do Grupo, procurando tornar este, um momento de trocas, aprendizagem,crescimento, apoio e de menos sofrimento. Resultados: Através de observação e depoimentosdos pacientes destaca-se a melhora da comunicação , da postura , da respiração e das práticasalimentares e do estado nutricional. Do ponto de vista emocional, percebe-se uma diminuiçãoconsiderável nos níveis de estresse, ansiedade e depressão. Conclusão: O GALA é um grupoque se diferencia dos demais pelo seu caráter interdisciplinar e sua visão global do paciente,envolvendo não só o físico, mas também os aspectos sociais, emocionais e espirituais, bemcomo a reintegração dos pacientes na sociedade, inclusive com projetos como dança, teatro ecoral.

Palavras-chave: Laringectomia. Grupo de Apoio ao Laringectomizado. GALA. 1 Liga Feminina de Combate ao Câncer / Porto Alegre – RS Hospital Santa Rita / Porto Alegre - RS

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206

GALA - Grupo de Apoio ao Laringectomizado: coral “cantando a vida”

Martins, V.B. 1

Santana, M.G.Santos, J.B. Brito, E.S.Sehn, F.C.

Gadenz, S.D.Sbaraini, L.

Macedo, T.L.Sperb, D.

Fontana, C.

Introdução – Os pacientes laringectomizados totais perdem totalmente a voz laríngea,ocorrendo a mudança do trajeto do ar para a respiração. Estes pacientes têm nos Grupos deApoio uma opção para trabalhar questões relativas à doença enfrentada. O Gala – Grupo deApoio ao Laringectomizado, que tem como objetivo a reabilitação global destes pacientes,utilizou o canto em grupo (Coral) como uma das formas de treinamento para a aquisição danova voz destes indivíduos. Convém lembrar que cantar não é apenas uma das formas deexpressão mais antigas do ser humano, mas também pode “curar” muitos males. Cantar geraharmonia psíquica e reforça o sistema imunológico. Não importa se cantamos sozinhos, emdupla, em coro ou no banheiro, nem se desafinamos ou não. Pode-se atribuir à música tanto acapacidade de atingir o homem de forma integral, a partir de suas características inerentescomo som, ritmo, melodia, harmonia além da altura, intensidade, e duração, quanto àcapacidade de atuar como uma ponte entre psique e corpo, devido a sua intensa possibilidadeinerente de comunicar e expressar emoções, ficando claro o seu potencial terapêutico.Objetivo– Por meio do canto melhorar, não somente a comunicação oral e global, mastambém a auto-estima do laringectomizado participante do GALA. Material e Método – Dezpacientes do Grupo de Apoio ao Laringectomizado da Liga Feminina de Combate ao Câncerconstituíram o Coral. Inicialmente a idéia de cantar era tornar mais agradável a tarefa detreinar a aquisição da voz esofágica ou adaptação da eletrolaringe. Após vários dias de treinoda letra da música sem instrumento de som, para melhorar os tempos máximos de fonação earticulação, surgiu a idéia do Coral para mostrar resultados deste trabalho. A música foiescolhida pelos pacientes. Os tempos máximos de fonação dos laringectomizados totais sãocurtos. Apesar do treinamento é muito difícil acompanhar qualquer música na velocidade defala original da música. Assim, um músico foi convidado para acompanhá-los com violãonuma velocidade mais lenta. Após vários ensaios, 2 vezes por semana, o Grupo se sentiuseguro para uma apresentação que foi gravada em DVD. Resultados - Pacientes mostravam-se alegres, descontraídos nos momentos do Coral. Alguns referiam a emoção de se ouviremcantando, o brilho no olhar dos colegas. Outros diziam que apesar de estarem cheios deproblemas familiares, o momento do Coral era um alento, por isso não deixavam departicipar. Os tempos máximos de fonação aumentaram levemente além da melhora daarticulação e dissociação do ar pulmonar. Conclusão - O canto faz bem ao laringectomizado,tanto na forma prazerosa de exercitar a produção da voz esofágica como na melhora de suaauto-estima, mostrando que podem fazer várias coisas que achavam que jamais fariam denovo.Palavras-chave: Laringectomia. Grupo de Apoio ao Laringectomizado. GALA. Coral. 1 Liga Feminina de Combate ao Câncer / Porto Alegre – RS Hospital Santa Rita / Porto Alegre - RS

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206

GALA - Grupo de Apoio ao Laringectomizado: coral “cantando a vida”

Martins, V.B. 1

Santana, M.G.Santos, J.B. Brito, E.S.Sehn, F.C.

Gadenz, S.D.Sbaraini, L.

Macedo, T.L.Sperb, D.

Fontana, C.

Introdução – Os pacientes laringectomizados totais perdem totalmente a voz laríngea,ocorrendo a mudança do trajeto do ar para a respiração. Estes pacientes têm nos Grupos deApoio uma opção para trabalhar questões relativas à doença enfrentada. O Gala – Grupo deApoio ao Laringectomizado, que tem como objetivo a reabilitação global destes pacientes,utilizou o canto em grupo (Coral) como uma das formas de treinamento para a aquisição danova voz destes indivíduos. Convém lembrar que cantar não é apenas uma das formas deexpressão mais antigas do ser humano, mas também pode “curar” muitos males. Cantar geraharmonia psíquica e reforça o sistema imunológico. Não importa se cantamos sozinhos, emdupla, em coro ou no banheiro, nem se desafinamos ou não. Pode-se atribuir à música tanto acapacidade de atingir o homem de forma integral, a partir de suas características inerentescomo som, ritmo, melodia, harmonia além da altura, intensidade, e duração, quanto àcapacidade de atuar como uma ponte entre psique e corpo, devido a sua intensa possibilidadeinerente de comunicar e expressar emoções, ficando claro o seu potencial terapêutico.Objetivo– Por meio do canto melhorar, não somente a comunicação oral e global, mastambém a auto-estima do laringectomizado participante do GALA. Material e Método – Dezpacientes do Grupo de Apoio ao Laringectomizado da Liga Feminina de Combate ao Câncerconstituíram o Coral. Inicialmente a idéia de cantar era tornar mais agradável a tarefa detreinar a aquisição da voz esofágica ou adaptação da eletrolaringe. Após vários dias de treinoda letra da música sem instrumento de som, para melhorar os tempos máximos de fonação earticulação, surgiu a idéia do Coral para mostrar resultados deste trabalho. A música foiescolhida pelos pacientes. Os tempos máximos de fonação dos laringectomizados totais sãocurtos. Apesar do treinamento é muito difícil acompanhar qualquer música na velocidade defala original da música. Assim, um músico foi convidado para acompanhá-los com violãonuma velocidade mais lenta. Após vários ensaios, 2 vezes por semana, o Grupo se sentiuseguro para uma apresentação que foi gravada em DVD. Resultados - Pacientes mostravam-se alegres, descontraídos nos momentos do Coral. Alguns referiam a emoção de se ouviremcantando, o brilho no olhar dos colegas. Outros diziam que apesar de estarem cheios deproblemas familiares, o momento do Coral era um alento, por isso não deixavam departicipar. Os tempos máximos de fonação aumentaram levemente além da melhora daarticulação e dissociação do ar pulmonar. Conclusão - O canto faz bem ao laringectomizado,tanto na forma prazerosa de exercitar a produção da voz esofágica como na melhora de suaauto-estima, mostrando que podem fazer várias coisas que achavam que jamais fariam denovo.Palavras-chave: Laringectomia. Grupo de Apoio ao Laringectomizado. GALA. Coral. 1 Liga Feminina de Combate ao Câncer / Porto Alegre – RS Hospital Santa Rita / Porto Alegre - RS

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207

Qualquer maneira de amor vale a pena... sexualidade em pacientesportadores de câncer de cabeça e pescoço

Martins, V.B. 1

Santana, M.G.Santos, J.B. Brito, E.S.Sehn, F.C.

Gadenz, S.D.Sbaraini, L.

Macedo, T.L.Sperb, D.

Fontana, C.

Introdução – Existem poucos estudos sobre a sexualidade em pacientes oncológicos. Pessoasem tratamento de câncer passam por períodos de desinteresse sexual, da perda do desejo, dedúvidas e receios. No primeiro momento pensa-se apenas na sobrevivência e a necessidadesexual é deixada para segundo plano. No momento posterior em que o paciente se preparapara voltar a sua vida normal torna-se difícil à retomada da vida sexual, por falta muitas vezesde informações e/ ou comunicação. Na laringectomia total, com a remoção das pregas vocaisexiste a perda da voz laríngea e mudança no trajeto da respiração que agora ocorre por meiodo orifício no pescoço (traqueostoma). Mudanças físicas, o ar saindo pelo pescoço e apossível presença de secreção / dor forte na região da traqueostomia, assim como o própriosom da respiração, dificultam a atividade sexual. Sendo assim, convém que os pacienteslaringectomizados recebam orientações sobre este assunto, para que sua vida sexual sejaretomada, pois o toque, as carícias e a sexualidade, juntamente com uma comunicação abertasão muito importantes para a melhora da qualidade de vida e bem-estar do paciente. Objetivo– verificar as dificuldades relativas à sexualidade nos pacientes do Grupo de Apoio aoLaringectomizado (GALA) da Liga Feminina de Combate ao Câncer, Hospital Santa Rita.Material e método – 20 pacientes foram entrevistados individualmente sobre alterações navida sexual pós-tratamento. Na seqüência assistiram uma palestra sobre sexualidade e a partirdesta puderam expor suas dúvidas. Resultados – Embora nas entrevistas a maioria dospacientes tenha relatado que estava tudo bem, na palestra ficaram mais à vontade para tirardúvidas. Receberam orientações quanto à importância do casal procurar maneiras de namorare formas de adaptação que visem à intimidade. O dialogo entre os parceiros foi incentivada,bem como a busca por um profissional da saúde se necessário. Foi passado algumas dicas“práticas”, meios de “disfarçar” a traqueostomia, bem como os possíveis odores advindos damesma, usando lenço folgado, ou gola mais elevada desde que não dificulte a passagem do are fragrâncias. Conclusão – A maioria dos pacientes ainda tem muitas dúvidas e receio defalar sobre sua vida sexual, inclusive com o parceiro. Esta ação de provocar os pacientes doGALA com assunto ainda tão tabu possibilitou-os falar mais abertamente sobre o tema .Ocâncer não significa a destruição da sexualidade por isso é preciso que os pacientes recebamorientações acerca do assunto, pois muitas vezes terão que recomeçar, desenvolver e adaptarnovas maneiras de dar e receber prazer sexual. Embora a reconstrução da intimidade afetiva-sexual do paciente seja lenta, gradual e particular qualquer maneira de amor vale a pena!

Palavras-chave: Laringectomia. Câncer. Sexualidade. Amor. 1 Liga Feminina de Combate ao Câncer / Porto Alegre – RS Hospital Santa Rita / Porto Alegre - RS

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208

Visão do paciente oncológico sobre causas de seu adoecimento

Carla Rosana Mannino 1

Cristiano Pereira de OliveiraMateus Luz Levandowski

Introdução: Este trabalho propõe avaliar a percepção de pacientes oncológicos submetidos àprimeira aplicação de quimioterapia através de um questionário de avaliação psicológica,onde entre outras questões, são abordadas as razões as quais os pacientes atribuem comocausa de seu adoecimento. Sendo este recorte o enfoque deste trabalho, o qual é realizado deacordo com os supostos teóricos da Psicooncologia a qual serve-se em seus fundamentos dosconhecimentos da psicossomática. Objetivos: Buscamos identificar a possibilidade daexistência de um padrão de respostas. Além disso, tencionamos avaliar o nível de consciênciados respondentes afim de que se estabeleça um entendimento qualificado e com isso,estratégias terapêuticas apropriadas à temática, o que contribuirá em última instância, para oaprimoramento do atendimento. Problemática: Este instrumento justifica-se pela necessidadede avaliar e conhecer o que os pacientes oncológicos atribuem como causas de seuadoecimento. Devido à insuficiência de dados sobre o tema e considerando a possibilidadedesta percepção ser geradora de sentimentos ansiogênicos, tais como: medo, raiva e culpa.Método: Após autorização dos pacientes é realizada avaliação psicológica completa. Estarealizada em pacientes recém diagnosticados e iniciando protocolos de quimioterapiaintravenosa na própria clínica. Do conjunto de perguntas que compõe o instrumento,selecionamos apenas para esse trabalho a pergunta : “o que pode ter contribuido para oadoecimento?” . Ao final os dados serão categorizados em um sistema de classificação derespostas, observando a qualidade da resposta em termos de subjetividade, respostas relativasa causas concretas, emocionais, mistas e inespecíficas. Resultados e Considerações finais :Já foram realizadas 18 entrevistas, entre estas, selecionadas as respectivas respostas, destemontante os integrantes são: 5 do sexo masculino e 13 do sexo feminino, apresentando umamedia de idade de 50,8 anos, apresentando distintos diagnósticos. Cabe ressaltar que esses sãoresultados preliminares e com o prosseguimento do estudo teremos dados de maior expressãoestatística, assim não obtendo ainda nenhum dado conclusivo. Através da tabela I pode-sevisualizar os dados já tabulados:

Tabela 1 – Classificação de Respostas da pergunta “O que pode ter contribuido para o adoecimento?”

Palavras-chave: Oncologia. Câncer. Quimioterapia. Avaliação psicológica.

1 Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul / Porto Alegre - RS

CLASSIFICAÇÃO DE RESPOSTAS - SUBGRUPOS N° DE RESPOSTAS

MISTA 6Ex.:"Cigarro; Incomodação; Má alimentação; Pouco Sono"Ex.:"Genética, alimentação e estresse"

CONCRETA 4Ex.:"Cigarro, Genética"Ex.:"Dificuldade de evacuar"

EMOCIONAL 3Ex.:"Estresse no trabalho,ansiedade"Ex.:"Muito desequilibrada emocionalmente, parada no tempo"

INESPECÍFICAS 5Ex.:"Não sei,veio do nada"Ex.:"Nada, quando tem que aparecer, aparece"

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O desafio da adesão ao tratamento em HIV/Aids: narrativa de vida nainstituição pública de saúde

Lizete Macário1

Marli Curi GoulartLuana Ribeiro

Introdução: Há consenso sobre a participação de múltiplos fatores relacionados ao processode adesão ao tratamento em HIV/Aids, da dinâmica de participação do individuo, da doença,do acesso à instituição de saúde e da relação profissional paciente. A questão da adesão põeem foco a conduta do indivíduo frente às prescrições médicas, à quantidade e distribuição dosmedicamentos, os horários e o tempo de tratamento, bem como a necessidade doentendimento, concordância e compromisso com a prescrição estabelecida pelo médico. Agarantia do acesso ao medicamento é parte do processo de tratamento. Objetivo: Identificaros fatores associados ao processo de adesão ao tratamento com antirretrovirais na perspectivado paciente. Método: Foi realizado estudo prospectivo em 26 prontuários clínicos depacientes com HIV/Aids em uso de antirretroviral no atendimento ambulatorial há um ano.Foram considerados dados como frequência às consultas, uso da medicação, queixas físicas epsíquicas, os resultados de CD4 e CV (carga viral). Os pacientes foram entrevistados quandocompareceram à consulta clínica no ambulatório, utilizando questionário semi-estruturado,incluindo os dados sócio-demográficos, o conhecimento do diagnóstico e informações quantoao uso das drogas antirretrovirais (ARV) prescritas, uso de álcool e outras drogas, brevehistória médica e presença de sintomas após uso dos ARV. Todos foram esclarecidos sobre oestudo e assinaram termo de consentimento. Os entrevistados faziam parte da proposta deatenção contínua no atendimento institucional. Resultados: Do total de 26 prontuáriosclínicos de pacientes, 50% tem o segundo grau incompleto; 43%, na faixa etária de 30 a 40anos de idade. O tempo de diagnóstico de 3 e 6 anos (38,5%), o tempo de tratamento de 3 a 6anos no ambulatório (46,2%). Em 35%, a chegada ao ambulatório foi, em média, de 3 anosapós o diagnóstico. Em 27%, o atendimento clínico com 6 a 9 profissionais médico/ano. Em15 casos, com resultados dos exames, (47%) com a carga viral indetectável. Destes, 75%mulheres, 25% homens. Para o paciente “a vida passou a ser o hospital e o remédio”.Considerações finais: Os fatores – moradia, trabalho, escolaridade, faixa etária, frequência àsconsultas e relação com equipe de saúde - característicos da adesão são inerentes aotratamento com antirretrovirais e à vivência na instituição de saúde. Adquire relevância aescuta do paciente, sobretudo das queixas física/psicológicas relativas aos medicamentos.Importa ainda o controle da freqüência às consultas seguida de proposta de busca ativa dopaciente e identificação da situação sócio econômica familiar.

Palavras-chave: HIV/Aids. Vida. Hospital

1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Hospital Universitário Pedro Ernesto / Rio de Janeiro - RJ

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O adoecer em HIV/Aids: uma experiência educativa para a comunidade

Lizete Macário1

Dirce Bonfim de LimaValéria Ribeiro Gomes

Gustavo Albino Pinto MagalhãesDenise das Neves Sztambok

Carla Alexandra Almeida Salmazo

Introdução: A iniciativa de promover orientação para a comunidade lidar com o HIV/Aidsteve seu ponto de partida em 1994 através do primeiro Curso Aids Para a Comunidade. Numaabordagem multidisciplinar apresentam-se os aspectos teóricos e práticos sobre o HIV/Aids.O curso é ministrado por profissionais da área médica em hospital universitário no municípiodo Rio de Janeiro. Objetivo: realizar um treinamento para as pessoas da comunidade paraajudarem pacientes HIV/Aids e oferecer um modelo de orientação para outros núcleos detratamento que também precisem treinar suas comunidades. Descrição: A partir de suasexperiências profissionais, uma equipe multidisciplinar (médicos, assistentes sociais,enfermeiros e nutricionistas) apresenta, por 50 minutos temas teóricos e práticos: o que é aAids, suas manifestações clínicas e tratamentos, transmissão mãe/bebê, Aids e criança,direitos sociais, cuidados médicos, prevenção do HIV, apoio psicológico e nutricional. Sãoentregues materiais didáticos e as aulas são ilustradas por textos e filmes. Os participantesinscritos (em geral familiares de pacientes em tratamento, pessoas convivendo com HIV/Aidse profissionais de área de saúde) fazem perguntas após cada aula e também apresentam relatode experiências. Fazem inscrição em média 120 pessoas, com predominância de mulheres.Em 2008 a participação masculina foi de 10%. No final do curso ocorre a aplicação de testecom 50 questões sobre os assuntos das aulas, que no último ano resultou em 95% de respostascorretas. Considerações finais: O Curso Aids Para a Comunidade foi ministradoregularmente nos últimos quinze anos, sempre na última semana do mês de novembro. Onúmero total de inscritos e o quorum às aulas são representativos da aprovação dacomunidade. A freqüência anual serve de parâmetro na avaliação dos benefícios para ospacientes com HIV/Aids e suas famílias. Planeja-se oferecer vários cursos para a comunidadedirecionados a grupos menores de participantes.

Palavras-chave: HIV/Aids. Doença. Comunidade.

1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Hospital Universitário Pedro Ernesto / Rio de Janeiro - RJ

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A adesão ao tratamento e o limite assistencial em HIV/Aids

Maria Isabel Ferreira Turan Rocha 1

Lizete Macário

Introdução: As atuais estratégias do tratamento da pessoa convivendo com HIV/Aidsreforçam as abordagens direcionadas para a adesão ao uso dos antirretrovirais. A adesãoganha então relevância em nosso país com a existência de uma política de acesso universal àmedicação antirretroviral e da necessidade da participação do paciente no tratamento, bemcomo da atuação adequada das equipes de saúde de modo a garantir o aumento da expectativae da qualidade de vida da pessoa com HIV/Aids. Este trabalho trata do processo de adesão aotratamento e considerou como situação de limite assistencial as questões de não adesão natrajetória assistencial do paciente. Objetivo: analisar, mediante revisão de literatura, adinâmica da equipe de saúde/paciente no processo da adesão/não adesão. Método: Foirealizada pesquisa bibliográfica em bancos de dados disponíveis na Internet buscando artigocientífico para investigação de natureza qualitativa. A análise de conteúdo foi utilizada demodo a identificar abordagens descritas segundo as questões deste trabalho. Foram utilizadasas palavras-chave: adesão ao tratamento, assistência em HIV/Aids, fatores da adesão. Foramabordados e analisados nesta perspectiva 15 publicações científicas. Destes, os aspectoslevantados como limites na assistência tratavam da estruturação dos Serviços, o trabalho emequipe multidisciplinar, a ausência de treinamento profissional para lidar com gruposespecíficos e a inexistência de um modelo de atendimento integrando os aspectos clínicos epsicossociais dos pacientes com vista aos atendimentos/tratamento. E seguiram-se fases depré-análise, exploração do material, tratamento dos resultados obtidos e interpretação.Resultados: O estudo evidenciou o descompasso entre os avanços científicos no tratamentoclínico da Aids e o preparo dos profissionais em lidar com as questões interacionais e humanados pacientes. A estruturação dos Serviços centrada no médico reflete que a abordagemmultidisciplinar embora necessária nos casos de não adesão, mostra-se insipiente na prática.Considerações finais: A compreensão da questão da adesão/não adesão em HIV/Aidsencontra-se no campo da complexidade tal a variabilidade dos sentidos e determinantes dessaquestão. A adesão constitui tema de investigação científica, não esgotando o assunto, mas aocontrário, exigindo a contribuição de novos olhares em produções científicas de modo apossibilitar debates e reflexões atualizadas.

Palavras-chave: HIV/Aids. Doença. Tratamento.

1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Hospital Universitário Pedro Ernesto / Rio de Janeiro - RJ

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Crise Existencial e o Processo de Adoecer

Glória Barra 1

O trabalho tem o propósito de mostrar um material clínico de uma paciente, que ao passar poruma crise existencial, as falhas existentes em sua estrutura psíquica implicaram noadoecimento psíquico e orgânico. Trata-se de uma mulher de 50 anos, separada e com doisfilhos de um casamento de 28 anos de duração. S. procurou tratamento queixando-se de“depressão profunda que a impossibilitava de viver”. No entanto, apresentava dependência amedicamentos inibidores de apetite, sendo também consumidora compulsiva, conduzindo suafamília à conter seus gastos. Revela em sua história sérias dificuldades no relacionamentointerpessoal, sobretudo com seu filho, levando-a a abandoná-lo aos quatro anos, por acreditarque não era filho de Deus. Seus relatos evidenciam as intensas vivências de desamparo, o que,possivelmente a levou a transtornos físicos e mentais: bulimia, dificuldade na identidadesexual, distúrbios gastrointestinais e menopausa precoce. Com essa exposição pretendodestacar o vínculo terapêutico como base do próprio desenvolvimento da terapia.

Palavras-chave: Crise existencial. Adoecer. Vínculo Terapêutico.

1 Hospital Geral da Santa Casa de Misericórdia / Rio de Janeiro - RJ

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Multidisciplinaridade na expressão corporal

Rejane Maria Von Mühlen Kunrath 1

Introdução: A concepção multidisciplinar tem oportunizado a inúmeros pacientes resultadossurpreendentes. Sabemos que o ser humano é suscetível a influência de fenômenosestressantes e a fatores psicológicos, dependendo do seu estilo e qualidade de vida, das suasrelações pessoais, familiares e sociais, podendo gerar emoções desprazerosas, propiciandoreações no organismo, inclusive o câncer. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 65 anos,viúva, mãe de 3 filhas e 1 filho. Procurou atendimento psicológico devido a conflitosfamiliares. Visivelmente deprimida, chorando muito, descreve seu viver sem importância. Seumarido faleceu há 9 anos, ao qual era totalmente submissa. Seu sofrimento é relacionado àsperdas financeiras e à dependência dos filhos. Relata que fez cirurgia de um câncer de mamahá 3 meses, e cirurgia de catarata de um olho há 1 mês, esta sem sucesso. Apresenta posturaencurvada e tensionada, expressão corporal reprimida. Embasamento teórico: Entre o câncer eo indivíduo o único que pode atribuir propriedades, determinar condutas, ceder privilégios, oudestruir total e precocemente o outro é o próprio indivíduo. A submissão, os conflitospessoais, os desajustes familiares, somatizados, podem ter possibilitado o adoecer deste órgãode choque em função de suas frustrações. Tratamento: Psicoterapia semanal e fisioterapia(hidroterapia) 2 vezes por semana. Conclusão: Houve a compreensão da necessidade do seubem estar físico e psicológico. O trabalho fisioterápico englobou reajuste postural,conscientização corporal, motricidade, propriocepção, ganho de amplitude e força muscular.O acompanhamento psicológico foi em busca do autoconhecimento, autoconfiança e melhorada autoestima.

Palavras-chave: Corpo. Expressão corporal. Multidisciplinardade.

1 Clínica Kunrath / Ibirubá - RS

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Criança hospitalizada: estratégias educativas estéticas de humanização

Sandra Maria Vanini 1

Graciela René OrmezzanoJussara Morandin Strehl

Denice Bortolin Baseggio

A hospitalização representa na vida da criança um evento estressante e desgastante,desencadeando nela as mais diversas reações. Para tentar entender os sentimentos quepermeiam o cotidiano da criança no hospital, os profissionais da área técnica precisam utilizarformas de trabalho que se aproximem do mundo infantil. A cada dia há uma maiorpreocupação com a humanização da assistência e dos serviços de saúde. O objetivo dainvestigação foi compreender os sentimentos do participante referentes à doença e àhospitalização. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho etnográfico. De acordo com aproposta de Marli André (1995), realizou-se um estudo de caso junto a uma criançahospitalizada, num hospital de grande porte do interior do estado do Rio Grande do Sul..Utilizaram-se como instrumentos um livro para leitura e produção de imagens, criadoespecialmente para esta pesquisa, e as observações registradas no diário de campo. O livro foiutilizado como estratégia de comunicação com a criança, onde se oportunizou a realização dedesenhos, a leitura de imagens num processo de educação para a saúde e o diálogo entrepaciente e cuidador. Os principais autores que fundamentam este trabalho são Bortollote eBretãs (2008) ao comentar que o ambiente hospitalar contém diversos elementos estranhos àcriança: aparelhos que emitem ruídos, procedimentos terapêuticos invasivos; muitas vezes,dependência e limitação para movimentos. Também Faquinello, Higarashi e Marcon (2007)relatam que as estratégias de humanização não podem ser aplicadas somente ao pacientepediátrico, mas, também, ao seu acompanhante familiar, eles salientam que é necessário odesenvolvimento da escuta compreensiva, da comunicação verbal e não-verbal. Motta eEnumo (2004) destacam que, desenhar e brincar com o palhaço foram as brincadeiraspreferidas pelas crianças hospitalizadas. Observou-se uma mudança diária e gradativa com acriança a cada encontro, ela mostrou-se mais comunicativa, interagindo melhor no ambiente eaceitando mais tranquilamente a hospitalização. Também percebeu-se que a realização destaatividade, oportunizou um período de descanso à mãe e que ela depositava muita confiança naatividade realizada com seu filho.

Palavras-chave: Criança. Hospitalização. Estresse. Educação estética. Humanização.

1 Universidade de Passo Fundo / Passo Fundo - RS

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Mal-estar docente e seus significados

Jussara Morandin Strehl1

Graciela René OrmezzanoSandra Maria Vanini

Denice Bortolin Baseggio

O presente trabalho é um estudo de caso sobre mal-estar docente. O sujeito é uma professorade escola publica, com dez anos de magistério que teve diversas ausências em seu trabalho,sendo as principais causas de afastamento a dor de garganta e, ultimamente, um problema nojoelho lhe impossibilita caminhar. A problemática deste estudo refere-se ao significado dobinômio saúde-doença e às vivências no campo profissional e pessoal. O objetivo desteestudo é compreender o significado de saúde-doença por meio de símbolos e arquétipos e dasfalas da professora sobre suas vivências cotidianas. Os instrumentos foram uma entrevista eum desenho para expressar o que significa mal-estar docente para ela. A organização e acompreensão das informações foram realizadas através da Leitura Transtextual de Imagens,conforme Ormezzano (2009). O estudo fundamenta-se em Esteves (1999) que utiliza o termo“mal-estar docente” para descrever os efeitos negativos que afetam o professor comoresultado das condições psicológicas e sociais durante a docência. Dethlefsen e Dahlke (2003)referem que o ser humano possui uma linguagem psicossomática e que o desejo inconscientepode se concretizar no corpo. Observou-se que a professora tem uma carga horária muitogrande, considera que as políticas públicas não atendem as necessidades educacionais dacomunidade escolar e sente-se desvalorizada diante da sua profissão econômica epessoalmente, dificultando sua inserção social. Sentimentos de raiva e insegurança podem terprovocado, segundo a professora, dificuldades de comunicação expressos na garganta. Asimbologia do joelho encontra eco no desenho em que a professora se auto-retrata comoalguém de pequeno tamanho, medrosa e rígida diante da situação numa sala super lotada dealunos.

Palavras-chave: Mal-estar docente. Educação estética. Leitura de imagens. Saúde. Doença.

1 Universidade de Passo Fundo / Passo Fundo - RS

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216

Transtorno bipolar, óxido nítrico e doenças cardiovasculares

Souza, P.F.C.1

Pinto, V.L.M.1

Matsuura, C.1

Cheniaux, E.2

Brunini, T.M.1

Mendes-Ribeiro, A.C.1

O Transtorno Bipolar (TB) é classificado como um dos transtornos de humor, segundo oDSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais)1, e pode ser subdividido emTranstorno Bipolar do tipo I, Transtorno Bipolar do tipo II, Transtorno Ciclotímico eTranstorno Bipolar Sem Outra Especificação. No presente estudo analisamos apenaspacientes com o Transtorno Bipolar do tipo I. Este transtorno é caracterizado pela presença deum ou mais Episódios Maníacos ou Episódios Mistos, além de um ou mais EpisódiosDepressivos Maiores. Assim como outros transtornos psiquiátricos, como depressão,ansiedade e esquizofrenia, o TB representa um importante fator de risco para as doençascardiovasculares, e pacientes com este transtorno apresentam duas vezes mais chances dedesenvolverem uma doença cardiovascular, em relação à população em geral2. Estudosrecentes vêm mostrando um possível envolvimento da via L-arginina-óxido nítrico napatogênese do TB3. O óxido nítrico (NO) é um gás lipofílico, produzido pela enzima NO-sintase (NOS), a partir do aminoácido L-arginina, e possui diversas funções, tais como:vasodilatação, neurotransmissão e inibição da agregação plaquetária4. Sendo assim, o objetivodeste estudo foi avaliar a via L-arginina-NO em plaquetas de pacientes com TB. Trintapacientes com transtorno bipolar do tipo I foram incluídos no estudo: 12 pacientes em fase deeutimia (39 ± 2 anos), 10 em fase de depressão (36 ± 2.anos) e 8 em fase de mania (41 ± 3anos); e 7 controles saudáveis (37 ± 3 anos). O transporte de L-arginina em plaquetas foimedido por métodos cinéticos, utilizando-se concentrações crescentes de [3H]L-arginina. Aatividade da enzima NOS foi avaliada através da conversão de [3H]L-arginina em [3H]L-citrulina. Os resultados foram apresentados por média e erro padrão. Foi utilizado o teste one-way ANOVA para a análise estatística dos dados e a diferença estatística foi consideradaquando p<0,05. O transporte de L-arginina (pmol/109 céls/min) em plaquetas apresentou-seaumentado no grupo em fase maníaca do TB em relação aos controles (p=0,04), mas nãohouve diferenças significativas entre os outros dois grupos. Além disso, foi observada umaredução da atividade da enzima NOS (pmol/108 céls/min) em todos os grupos de indivíduoscom TB em relação aos controles (p<0,0001). A redução da atividade da enzima NOS podeestar levando a uma diminuição na produção de NO em plaquetas de pacientes com TB. Ogrupo em fase maníaca do TB pode apresentar um mecanismo compensatório ao aumentar otransporte de L-arginina em plaquetas. A redução da biodisponibilidade do NO demonstradaem plaquetas de pacientes com TB pode estar envolvida na relação entre o TB e a doençacardiovascular.

Palavras-chave: Transtorno bipolar. Óxido nítrico. Doença cardivascular.

1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro / Rio de Janeiro - RJ2 Universidade Federal do Rio de Janeiro / Rio de Janeiro - RJ

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217

Vivências de prazer e sofrimento: um estudo entre os funcionáriosde uma autarquia federal de fiscalização do exercício profissional

Janaína Maldonado Fernandes1

Jussara de GodóiGilberto Mitsuo Ukita

INTRODUÇÃO: O estudo da psicodinâmica do trabalho é baseado no referencial da abordagempsicodinâmica, desenvolvida por Dejours (1987), onde pressupõe ser o trabalho um lugar de prazer esofrimento. A obra de Dejours e o referencial por ele desenvolvido, dada a centralidade que alcançaram nasdiscussões sobre as relações de trabalho, nortearam o presente estudo. Dejours construiu um sistemateórico, através da psicopatologia do trabalho e da psicodinâmica do trabalho, que considerou todas asdimensões do ser humano e analisou o quanto a organização do trabalho influenciou na obtenção da saúdee bem-estar. Para ele, mais importante do que estudar as doenças psíquicas decorrentes das condições detrabalho, é buscar conhecer e compreender as estratégias (de defesa, individuas e coletivas) encontradaspelos trabalhadores para equilibrarem sua instância psíquica e manterem-se na normalidade. ConformeResende (2003), a dinâmica do prazer e sofrimento é dialética, no sentido de que as duas vivências co-existem e passam a ser mediadoras da realidade psíquica, em confronto com a realidade sócio-cultural,marcada por um movimento de luta do trabalhador em busca do prazer e evitação do sofrimento, paramanter seu equilíbrio psíquico. Para Mendes (1999), quando há sofrimento, o indivíduo elaboramecanismos de defesa psicológicos, seja pela forma individual ou coletiva, para manter seu equilíbriopsíquico e evitar uma doença mental, em função do clima das relações sociais estar comprometido. Otrabalho pode favorecer a vivência de prazer, quando beneficia a autonomia, valorizando a participação noprocesso de trabalho, principalmente pela realização de uma tarefa significativa para a organização e asociedade. OBJETIVO: O presente trabalho teve como objetivo medir as vivências de prazer-sofrimentono trabalho em funcionários de uma Autarquia Federal de Fiscalização do Exercício Profissional. Comohipótese, partimos da premissa que existe um predomínio da vivência de sofrimento na organização queserá estudada. MÉTODO: A amostra foi composta por 73 sujeitos, de ambos os sexos, que trabalhavamem uma Autarquia Federal de Fiscalização do Exercício Profissional, localizado na Região Oeste da cidadede São Paulo. Os sujeitos foram divididos em dois grupos, sendo 50 sujeitos dos cargos Profissional deServiços Técnico-Administrativos (PSA) e Profissional de Suporte Técnico (PST), e 23 sujeitos dos cargosProfissional de Atividades de Suporte (PAS), Profissional de Atividades Estratégicas (PAE) e Cargo deLivre Provimento (CLP). Foram utilizados dois instrumentos: um questionário de caracterização destinadoa levantar informações sociodemográficas e laborais dos sujeitos e a Escala de Indicadores de Prazer-Sofrimento no Trabalho (EIPST). Os instrumentos foram aplicados individualmente pelas Pesquisadorasapós autorização e consentimento informado dos funcionários, obtido mediante um Termo deConsentimento Livre e Esclarecido. O tratamento estatístico foi realizado através da aplicação do teste t,sendo adotado um nível de significância de 0,05. RESULTADOS: Os resultados encontrados mostramque, em relação ao sofrimento, não houve diferenças significantes entre os grupos PSA/PST ePAS/PAE/CLP, sendo que os funcionários indicaram vivência moderada no fator Desgaste e vivência baixano fator Desvalorização. No que se refere ao prazer, os resultados apontam uma diferenças significanteentre os grupos PSA/PST e PAS/PAE/CLP, sendo que os funcionários do grupo PAS/PAE/CLP indicaramvivência alta nos fatores Realização e Liberdade, enquanto os do grupo PSA/PST indicaram vivênciamoderada nesses fatores. Os participantes demonstraram, de modo geral, não sofrerem e sentirem prazercom seu trabalho. Verifica-se, portanto, que a hipótese de predomínio de vivência de sofrimento naorganização estudada não foi confirmada. CONCLUSÃO: Mendes e Tamayo (2001) apontam que osofrimento dificilmente tem aparecido nas pesquisas como predominante no contexto organizacional, o quepode ser explicado, também, pela necessidade constante inerente à condição humana da busca constante doprazer e evitação do sofrimento. Contudo, conforme aponta Mendes (1999), não se pode deixar deconsiderar que prazer e sofrimento são inseparáveis, fazendo parte de um único construto. Espera-se que osresultados dessa pesquisa possam ser de utilidade para outros pesquisadores e para empresas que busquemcompreender e trabalhar em prol do bem-estar dos trabalhadores e, consequentemente, promover melhorescondições de trabalho. As evidências colhidas com essa pequena amostra indicam a importância de estudosmais amplos sobre o tema, dado o caráter exploratório da presente pesquisa.

1 Universidade de Santo Amaro / São Paulo - SP

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Que dor é essa? : relato de um atendimento psicológicoà paciente em Hospital Geral

Carmen Esther Rieth1

Fernanda Juchem

Observa-se atualmente um esforço dos profissionais da saúde na superação da racionalidademédica e da orientação puramente organicista do sujeito e seu corpo. O hospital é um doslocais onde facilmente se reconhece o corpo e o aparelho psíquico como uma unidade, quesofre com as interferências que se refletem sobre ele (Nogueira, 2005). Por isso, se tornaimprescindível que os profissionais da saúde estejam atentos às capacidades que cadaindivíduo apresenta, para contribuir em sua melhora, que normalmente é acompanhada demuito sofrimento. Mas há momentos que a dor física se torna a resposta para uma dorpsíquica impossibilitada de ser expressa de outro modo. Diante disso trago um relato de umacompanhamento psicológico a uma paciente de 17 anos que foi internada com forte dor daregião abdominal. Após realização de vários exames (punção lombar, Hemograma, Exame deurina (EQU e Urucultura) foi introduzida medicação para dor. Como não houve nenhumachado que justificasse a dor e com os resultados dos exames dentro da normalidade, oserviço de psicologia do hospital foi acionado com o pedido de uma avaliação psicológica. Apartir de uma entrevista com a paciente e outra com uma familiar (mãe), foi possível escutar asua dor. Dor dita “insuportável” por ela e carregada de sofrimento e desconfiança. A pacientefala também de seu sofrimento psíquico, mais uma vez referido como “insuportável”, porémnão consegue confiar a ninguém o segredo que guarda para si: “...não confio em ninguém, ascoisas que acontecem de errado eu sempre sou culpada, eu me culpo quando as coisas dãoerradas... mas não gosto de falar nada pra minha mãe e nem pros meus amigos. Eu soufechada mesmo, prefiro não falar e deixa quieto... é muito difícil falar... falar dos sofrimentosé difícil. Eu não gosto.” Neste sentido, recordo de McDougall (2000), quando diz que osfenômenos psicossomáticos “escondem paradoxalmente, uma luta pela vida, e especialmentepela sobrevivência psíquica do ser”. Após a entrevista, sem romper com as questões éticas,dei uma devolução à equipe (médico e enfermagem) que decidiu a alta da paciente para omesmo dia, com encaminhamento para o CAPS da cidade. Embora tenha sido possível fazerapenas uma intervenção com a paciente, o que não permitiu uma compreensão completa deseu caso, considero fundamental a inclusão do profissional psicólogo nestas situações, poispermite um encaminhamento mais adequado do caso para os recursos da comunidade.

Palavras-chave: Dor. Hospital. Atendimento psicológico.

1 Centro Universitário Feevale / Novo Hamburgo - RS

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219

O conto como estratégia de intervenção psicoterapêutica no atendimento decriança com diagnóstico de psicodermatose

Camila Roberta Lahm1

Mariana Gonçalves BoeckelJefferson Silva Krug

A aplicabilidade das técnicas narrativas pode permear o processo psicoterapêutico comoimportante recurso para explorar significados e suas repercussões nos diferentes quadrosclínicos. Visando exemplificar a aplicabilidade do uso do conto terapêutico como estratégiade intervenção no atendimento de crianças com diagnóstico de psicodermatose, o presentetrabalho constitui-se no relato de um acompanhamento terapêutico de um paciente de 6 anosencaminhado para atendimento psicológico por médico dermatologista face o acentuadoquadro de psoríase que apresentava. A avaliação inicialmente realizada levantou hipótese deque o quadro clínico apresentado pela criança relacionava-se ao desconhecimento quanto àidentidade de seu pai. A partir disso, é discutida a relevância da utilização das práticasnarrativas na abordagem sistêmica como modelo de intervenção, tomando como baseapanhado teórico acerca de temáticas como segredos familiares, psoríase e meios narrativosde intervenção (IMBER-BLACK, 1994; SILVA e SILVA, 2007; SILVA e MULLER, 2007;MOLINA-LOZA, 2000). O trabalho consistiu na ação interventiva de forma a atenuar asrepercussões do quadro psicossomático apresentado pelo paciente, sendo desenvolvido em umCentro-escola vinculado ao Curso de Psicologia, no qual foram realizados atendimentosclínicos (individual e familiar) no período de 8 meses. A coleta de dados envolveu a análisedos prontuários relativos ao caso e o relato de familiares do paciente e da dermatologista. Astécnicas consistiram do uso de conto terapêutico, hora do jogo, dramatizações desituações/emoções que desencadeavam as crises (com fantoches e bonecos da famíliaterapêutica) e tarefas de casa. O paciente não apresentou episódios graves do quadro depsoríase no período de psicoterapia e nos meses subseqüentes ao término da intervençãopsicoterapêutica. Identificaram-se como indicativos de eficácia do processo psicoterápico oesbatimento do quadro de psoríase, melhora na interação com os pares e adequadaexpressividade emocional.

Palavras-chave: Contação de histórias. Psicodermatose. Intervenção psicológica.

1 Faculdades Integradas de Taquara / Taquara- RS

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220

Indicadores para avaliação de traços psicossomáticosem criança através da entrevista lúdica.

Jefferson Silva Krug1

Camila Roberta LahmNatália Debarba

Este trabalho constitui-se de uma revisão bibliográfica objetivando apresentar possíveisindicadores para avaliação de traços psicossomáticos em crianças através da entrevista lúdicasob referencial psicanalítico. Entre os principais critérios de análise da entrevista lúdicacitados na literatura estão incluídos os padrões de relação objetal contidos nos enredos dasbrincadeiras e na relação transferencial (KLEIN, 1980), as fantasias de análise (BARANGER,1956), de cura e de doença (ABERASTURY, 1982), assim como os mecanismos de defesa(ARZENO, 1995). Também as ações manipulativas, verbalizações, integração e produtos dosjogos, entre outros, são referidos como elementos a serem avaliados na Hora do JogoDiagnóstica (SATTLER, 1996). O trabalho apresenta características do brincar de criançascom quadros psicossomáticos como o fenômeno da despersonalização (KLEIN, 1991), apresença de sentimentos de vazio e desespero (SPITZ, 1945, apud ZIMERMAN, 1999) e asmanifestações de desligamento afetivo com o mundo externo (BOWLBY, 2002). Seriapossível, ainda, observar na brincadeira a presença de retração libidinal expressa por estadopsíquico de desistência, dificuldades para conseguir “ler” as suas emoções e umsuperinvestimento em tudo que há de concreto em detrimento da fantasia e do pensamento.Constata-se, ainda, uma “relação branca” com o analista, em que mostram uma afetividadeesvaziada (MARTY; M´UZAN, 1994), e “angústia de espedaçamento”, que evidenciaria afalta de elaboração e de simbolização dos pensamentos e sentimentos inaceitáveis(MCDOUGALL, 1994).

Palavras-chave: Atividades lúdicas. Psicossomática. Intervenção psicológica.

1 Faculdades Integradas de Taquara / Taquara- RS

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221

Dermatologia Psicossomática

Marina Zuanazzi Cruz1

Alfredo Pereira Júnior

Introdução: Diversos estudos apóiam a visão de que fatores psicossociais desempenham umpapel significativo no desencadeamento e na exacerbação de doenças dermatológicas. Taisfatores podem estar associados a estresse psicológico e a desordens psiquiátricas, tais comodepressão e ansiedade. Considerando-se a amplitude de fatores relacionados à causa dasdoenças dermatológicas, torna-se necessária uma reflexão sobre novas abordagens depesquisa e terapia, que levem em conta a “conexão cérebro-pele” e a integralidade do serhumano no processo saúde-doença. Este artigo tem como objetivo apresentar uma discussãosobre os aspectos psicossomáticos na dermatologia, enfatizando descobertas da área dapsiconeuroimunologia aplicadas à dermatologia e o modelo de atenção proposto peladermatologia integrativa. Método: O presente estudo foi desenvolvido através de uma revisãoda literatura. Foram consultados artigos em versão eletrônica indexados nas bases de dados:Medline, Scielo, Lilacs e PubMed. Palavras-chave: dermatologia, psiconeuroimunologia,psicossomática. Marco conceitual: Este trabalho foi orientado pelos princípios teóricos dapsiconeuroimunologia aplicada à dermatologia e pelos conceitos da dermatologia integrativa.Resultados e Discussão: Uma suscetibilidade especial da pele ao estresse psicológico agudoe/ou crônico tem sido descrita numa ampla variedade de doenças de pele, incluindo prurido,prurigo nodular, dermatite atópica, psoríase, urticária, acne, líquen plano, alopecia aerata eeflúvio telógeno. Há evidências de que a pele e o cérebro possuem a mesma origemembriológica. A pele apresenta uma vasta inervação, cujos sinais aferentes são bemrepresentados no córtex sensorial. É um órgão alvo de numerosos sinais neuroendócrinos,além de ser uma fonte capaz de gerar esses mesmos sinais. A pele e o sistema nervosotambém apresentam como característica comum a utilização do sistema imune para fornecersinalização adicional e estímulo regulatório. A aplicação dos estudos dapsiconeuroimunologia à dermatologia fundamenta o desenvolvimento da dermatologiaintegrativa. Este novo modelo de atenção a pacientes dermatológicos consideraessencialmente a interação entre a pele e fatores psicossociais, utilizando uma abordagemfisiológica, comportamental, cognitiva, afetiva, sistêmica e ecológica na prática clínica.Considerações finais: As evidências acerca da relação entre doenças de pele e aspectosmentais ilustram a importância de abordagens integrativas e interdisciplinares nas pesquisasem dermatologia e no cuidado de pacientes.

Palavras-chave: Dermatologia. Psicossomática.

1 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” / Botucatu - SP

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222

O que acontece quando sofro e não posso chorar?relato de intervenção psicológica em grupo de profissionais de enfermagem

Carmen Esther Rieth1

Fernanda JuchemJanete Maria Ritter

Lizane Pessin

O ambiente hospitalar vem sendo cada vez mais discutido como sendo um local favorável àsomatização, por se tratar de um espaço onde a profissional lida constantemente comsituações repletas de dramas e tragédias e acompanha o intenso sofrimento e a dor de seuspacientes e familiares. No entanto, muito frequentemente, este profissional é pouco assistido ecuidado pelas instituições hospitalares. Pequenas intervenções da psicologia com a equipe deenfermagem em situações de perdas de pacientes originou um pedido da equipe deenfermagem à direção do hospital por um espaço onde pudessem cuidar de si mesmos e desuas emoções. Corroborando assim com a fala de Pitta (1990), que relata ser necessário criarmovimentos de suporte e apoio que possam auxiliar estes profissionais a lidar com osquestionamentos relativos à dor e à morte. Inúmeros trabalhos (Nogueira, 2005) que têmapontado o alto índice de absenteísmo e doenças mentais em profissionais da equipe deenfermagem, estabelecem relação com o ambiente de trabalho carregado de dor e sofrimento.Com este objetivo foi criado um espaço de escuta e apoio aos profissionais de um hospital daRegião do Vale dos Sinos/RS. Foram estabelecidos inicialmente quatro encontros com umprofissional da equipe de cada unidade e a equipe de psicologia. Os encontros duram emmédia uma hora e meia e ocorrem nos turnos da manhã e tarde. O trabalho está emandamento, porém já podem ser observados alguns aspectos importantes geradores desofrimento: a identificação com a idade do paciente que faz o profissional se remeter aos seusfamiliares; o tipo de acometimento físico também produz sofrimento, como por exemplo, umacidente de moto de algum paciente jovem, pois o filho também dirige motocicleta, ou umusuário de crack, quando o filho também é dependente desta substância; o receio de nãoconter suas próprias emoções diante do óbito do paciente e da reação dos familiares e asmanobras evitativas “liberando o quarto para o próximo paciente”; o sentimento deimpotência diante do paciente em iminência de morte. Os grupos tem acontecido sempre comgrande participação dos profissionais, em meio a muita emoção e comoção. Até o momento,a avaliação feita pelos participantes do grupo é de que o espaço é valioso para sua saúde físicae mental. O serviço de psicologia do referido hospital considera fundamental a continuidadedos encontros, visto a falta de programas e políticas de proteção ao trabalhador hospitalar.

Palavras-chave: Hospital. Enfermeiros. Intervenção psicológica.

1 Centro Universitário Feevale / Novo Hamburgo - RS

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Estresse e inflamação gengival em adolescentes grávidaspor faixa etária: Maceió - AL

Raphaela Fernanda Pereira da Silva1

José Carlos da Silva JuniorDayse Andrade Romão

Sâmia Kelly Santana BarrosDivanise Suruagy Correia Cavalcante

Luiz Alexandre Moura Penteado

INTRODUÇÂO: Inflamação gengival caracteriza-se por uma vermelhidão e tumefaçãogengival, com tendência aumentada de sangramento dos tecidos moles à sondagem delicada(LINDHE,1997). O fator etiológico local necessário para a ocorrência das doençasperiodontais mais comuns, as gengivites e periodontites, é o biofilme bacteriano(BERTOLINI et al.2007). Contudo a literatura apresenta que fatores sistêmicos como estressee gravidez podem modificar o curso de uma gengivite pré-existente. Isto justifica a presentepesquisa que tem o propósito de descrever a presença do estresse e inflamação gengival emadolescentes grávidas de Maceió por faixa etária. MÉTODO: Pesquisa transversal descritiva,realizada em 2009, Maceió/AL, em Unidades Básicas de Saúde. A amostra foi intencionalcomposta por gestantes com idade entre 10 a 19 anos. O instrumento usado foi umquestionário sociodemográfico e teste para avaliação do estresse (LIPP,2000).A inflamaçãogengival foi quantificada por meio do Índice Gengival (De Löe, 1967). Para análise dos dadosusou-se o Programa Epi Info e o ponto de corte para a inflamação gengival de 1,07.RESULTADOS: Das 46 adolescentes estudadas 13,04 % eram menores de 15 anos. Do total,41 (89,2%) apresentaram algum sinal de estresse. Encontrou-se quanto à inflamação gengivalque 50% das menores de 15 anos apresentou índice maior ou igual a 1,07; entre as maiores de15 anos este índice ficou em 52,50%. Das gestantes estressadas 53,70% apresentouinflamação gengival acima ou igual a 1,07. Não houve significância na relação entreinflamação e estresse. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Embora não tenha sido encontradarelação de significância entre as variáveis estudadas, é possível identificar que os índices deinflamação gengival e estresse estão elevados, o que demonstra a necessidade de novaspesquisas para o aprofundamento deste estudo e uma provável ação preventiva educativa.

Palavras-chave: Gravidez na adolescência. Odontologia. Estresse.

1 Universidade Federal de Alagoas / Maceió - AL

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Mulheres com LER/DORT:contribuição psicológica, perfil e contextualização

Catiane Strottmann1

Este trabalho tem o intuito de investigar o perfil psicológico de mulheres com LER/DORT,tendo o objetivo de compreender tanto suas características psíquicas quanto seu contexto detrabalho. Para isto foram escolhidas seis mulheres já diagnosticadas com LER/DORT porprofissionais da área médica, que estão ou estiveram em tratamento fisioterápico na cidade deTaquara, e com idades, escolaridades e níveis sócio-econômico variados. Após, aplicou-seentrevista individual e semidirigida obtendo-se um breve histórico dessa doença. A partirdisso, fazendo um estudo de caso qualitativo, chegou-se à conclusão que mulheres com afamília melhor estruturada e presente conseguem aceitar e conviver normalmente com ossintomas, ao contrário de mulheres sem o apoio familiar que tem os sintomas dessa doença,agravada por seqüelas psicológicas que levam ao sofrimento e ao retardo da recuperação.Tendo isso verificado, pode-se confirmar que a psicologia é indispensável para conviver deuma forma saudável com essa doença, isso porque dá um suporte emocional a essas pacientes,fazendo com que repensem as maneiras de relacionar-se internamente com a vida pessoal eprofissional.

Palavras-chave: LER/DORT. Mulheres. Fisioterapia.

1 Faculdades Integradas de Taquara / Taquara - RS

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Psicossomática e psicooncologia: relações com o câncer de mama

Ana Marcia dos Santos Paim1

Márcia Luconi Viana

Este trabalho tem o intuito de investigar o perfil psicológico de mulheres com LER/DORT,tendo o objetivo de compreender tanto suas características psíquicas quanto seu contexto detrabalho. Para isto foram escolhidas seis mulheres já diagnosticadas com LER/DORT porprofissionais da área médica, que estão ou estiveram em tratamento fisioterápico na cidade deTaquara, e com idades, escolaridades e níveis sócio-econômico variados. Após, aplicou-seentrevista individual e semidirigida obtendo-se um breve histórico dessa doença. A partirdisso, fazendo um estudo de caso qualitativo, chegou-se à conclusão que mulheres com afamília melhor estruturada e presente conseguem aceitar e conviver normalmente com ossintomas, ao contrário de mulheres sem o apoio familiar que tem os sintomas dessa doença,agravada por seqüelas psicológicas que levam ao sofrimento e ao retardo da recuperação.Tendo isso verificado, pode-se confirmar que a psicologia é indispensável para conviver deuma forma saudável com essa doença, isso porque dá um suporte emocional a essas pacientes,fazendo com que repensem as maneiras de relacionar-se internamente com a vida pessoal eprofissional.

Palavras-chave: Psicossomática. Psicooncologia. Câncer de mama. Mulher. Aspectosemocionais.

1 Universidade do Vale do Rio dos Sinos / São Leopoldo - RS

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Compreensão dinâmica de um caso clínico sobre apsicossomática e da melancolia

Denise Bortolin Baseggio1

Jussara Morandin StrehlSandra Maria Vanini

Este trabalho apresenta a compreensão psicodinâmica de um caso clinico de uma pacientecom transtorno psicossomático, classificado pelo CID-10 “transtornos mentais orgânicos”-Lupus Eritematose Sistêmico, descrito pela revista latino americana de psicopatologiafundamental, vol. 1. N2. Junho de 1998. A metodologia utilizada foi à pesquisa descritiva,tendo o pesquisador como seu principal instrumento. Os dados coletados são profundos nadescrição de pessoas, de situações e de acontecimentos. A participante tem 25 anos e chega aoambulatório médico relatando: sentir-se desesperada, sem saber o que fazer; forte sentimentode ter sido abandonada; confusa, sem ânimo, sente um vazio enorme e deseja freqüentementeem morrer. Percebe-se que as visões e delírios podem ser em decorrência do lúpus, doscorticóides ingeridos e por apresentar uma de personalidade mais primitiva. Os pressupostosteóricos utilizados são psicanalíticos e preconizam que os fenômenos psicossomáticos podemser compreendidos como sendo conseqüência do inconsciente sobre o seu próprio corpo. Sãoeles: Dejours (1999), Green (1988), McDougall (1983, 1996). Por fim, considera-se que ocaso nos motivou a investigar como vivem psiquicamente pacientes com transtornopsicossomático, como se processam suas relações com a família, cônjuge, sua vida social,profissional, vida afetiva, suas dores e dificuldades. Com essa análise tornamo-nosprofissionais mais empáticas, humanizadas e tolerantes frente ao sofrimento e as necessidadesdesses pacientes, transformando o significado concreto do corpo para o psíquico favorecendoo prognóstico positivo do tratamento, bem como prestando um atendimento mais eficiente aesses pacientes.

Palavras-chave: Psicossomática. Melancolia.

1 Universidade de Passo Fundo / Passo Fundo - RS

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O paciente queimado: reflexões sobre aatuação da psicologia hospitalar

Lorena Lacerda1

A queimadura é um trauma; um acidente que ninguém espera que vá acontecer e pode serdefinida como uma lesão produzida no tecido de revestimento do organismo por agentestérmicos, produtos químicos, eletricidade, radiação etc. As queimaduras podem lesar a pele,músculos, vasos sanguíneos e ossos. O presente trabalho considera a revisão bibliográfica e aexperiência adquirida no cuidado com pacientes queimados, em dois grandes hospitais demetrópole, sendo um deles especializado em atendimento a esse gênero de ferimento. Frenteao duplo sofrimento, no plano físico e no psíquico, a psicologia se questiona sobre suaatuação na interação interdisciplinar. Consequência mais visível da queimadura, a perda dapele representa lesões na própria expressão das emoções e auto-estima, na medida em que,como envelope do corpo, por ser nosso maior órgão e o mais vital, a pele possibilita o contatocom o mundo exterior e a interação social. A pesquisa tem por objetivo corroborar em campoconceitos advindos de reflexão teórica e colaborar para respostas mais eficientes aotratamento. De acordo com o pensamento de Júlio de Mello, em Psicossomática Hoje, aatuação do psicólogo deve voltar a atenção para a subjetividade presente nos desajustes quesofrem esses pacientes, devido ao trauma causado pela lesão e por sua nova realidade quantoà situação de internação. A psicologia entra nesse contexto para ajudar a reconstruir essa peleque o paciente perdeu, oferecendo um sentido à nova realidade biopsicossocial em que ele seencontra inserido. Apesar da realidade, que coloca o profissional frente à dor extrema daqueimadura ao aspecto físico por vezes desfigurante do paciente, a psicologia investe em seurestabelecimento – observando sempre que o trabalho desenvolvido não se encerra com a altahospitalar. É neste momento que o acompanhamento psicológico se intensifica, e que opsicólogo terá a delicada tarefa de, juntamente com o paciente, “soldar” a pele a partir de suasubjetividade, lidando com as emoções e suas (re)significações. Nessa perspectiva, osatendimentos realizados propiciaram aos pacientes a recuperação da auto-estima e a própriaconstrução do futuro, na perspectiva de planos para reintegração ao social. Pode-se considerarque a atuação da psicologia ao paciente queimado compreende a sua reestruturação em seuambiente biopsicossocial, adequando-o à sua nova realidade de vida. A psicologia deveprimar sempre por sua atuação concreta na equipe interdisciplinar.

Palavras-chave: Queimaduras. Psicossomática. Psicologia hospitalar.

1 Universidade Federal do Rio de Janeiro. Hospital Universitário Clementino Fraga Filho / Rio deJaneiro -RJ

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Estresse no trabalho

Maria Cristina Oliveira da Silva1

O estresse no ambiente de trabalho se manifesta como alerta para os sintomas de doenças quepodem surgir. Estudos demonstram que algumas profissões o nível de estresse é maior do queem outras, mas está sempre presente, por exemplo, na área: policial e da enfermagem porlidarem com a morte e a vida. Não diferente, os campos da educação e hotelaria, que devemtransmitir a informação e o atendimento ao cliente. Existe a preocupação com a qualidade devida do trabalhador, oferecendo mecanismos que visam minimizar os fatores estressantes.Estresse: Em 1936, o termo estresse foi publicado pelo médico Hans Selye na revistacientífica Nature, definindo como conjunto de tensões que ocorrem no organismo, submetidoa qualquer “agente estressor”; ou a tudo que ameaça a vida, gerando respostas adaptativascom a participação do organismo como um TODO este processo foi chamado de SíndromeGeral de Adaptação. Empresa: A empresa, segundo Mello Filho (2002), é um conjuntosócio-cultural que possui a coordenação de atividades, uma série de pessoas para execuçãodo serviço, através da divisão de tarefas, hierarquia, autoridade e responsabilidade. A culturaempresarial vê o individuo como um realizador das tarefas, incompleto, pois suasexperiências de vida não são consideradas. Qualidade de Vida x Espiritualidade: O temada espiritualidade no trabalho vem crescendo de forma intensa, hoje se insere comoestratégia, na medida em que dá significado à missão da empresa e ao trabalho das pessoas.Quando o grupo compartilha da mesma idéia, por conseqüência, ela se expande com maiorfacilidade, tendo como fatores mais planejados: a motivação, o desempenho, o espírito deequipe, a comunicação, a qualidade, o bem-estar. Quanto ao tema da espiritualidade notrabalho, os benefícios que podem ser esperados são a melhoria da qualidade de vidaindividual e coletiva, o estímulo às situações de crescimento e desenvolvimento, o incentivodo sentido de parceria, criatividade, cooperação e trabalho em equipe. Considerações finais:Mesmos que existam algumas empresas preocupadas em oferecer qualidade de vida aosfuncionários; ainda é muito grande o percentual de empresas em que esta prática não éconhecida. A saúde sofre influência das práticas administrativas sendo tratada apenas naordem física, ou seja, através de acidentes e de doenças ocupacionais. A falta de organizaçãoe a falta de comprometimento com o funcionário, que se torna cada vez mais visível; e, otrabalhador mais doente, oprimido, fraco, infeliz e frustrado, tendo como maior índice odesgaste físico-emocional. Os principais causadores de estresse no trabalho são as relaçõesinterpessoais e a agressividade, pois reduzem a capacidade de comunicação entre ostrabalhadores, causando o isolamento e ausências repetitivas. Com a espiritualidade asempresas, as pessoas passam a ter consciência que: a motivação, o desempenho, o espírito deequipe, a comunicação, a qualidade, o cliente, o “estar de bem com a vida” passam a ser amissão da empresa, EU passa a ser humano, presente, fazendo a diferença comotransformador do ambiente, da empresa, ou de qualquer lugar, lembrando sempre quefazendo parte de um TODO, “jamais poderemos ser divisíveis”.

Palavras-chave: Estresse. Trabalho. Espiritualidade. Qualidade de vida. Empresa.

1 Universidade do Vale do Rio dos Sinos / São Leopoldo - RS