Apostila de Homilética i a5

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  • Homiltica I

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    SUMRIO

    INTRODUO HOMILTICA ............................................................. 5

    O SERMO DO TIPO TEXTUAL ............................................................. 7

    O TEXTO BBLICO .................................................................................. 11

    O OBJETIVO ............................................................................................ 13

    O TEMA ..................................................................................................... 15

    A ORGANIZAO DOS PENSAMENTOS ............................................ 17

    PRINCPIOS QUE AJUDAM A ESBOAR ....................................... 21

    A INTRODUO ..................................................................................... 25

    A CONCLUSO ........................................................................................ 27

    O APELO .................................................................................................. 29

    O MATERIAL ILUSTRATIVO .............................................................. 31

    OS BONS HBITOS NA PREGAO ................................................ 33

    A PREPARAO ESPIRITUAL DO PREGADOR ............................ 35

    MODELO DE SERMO - A MULHER QUE DEUS USA.................. 37

    BIBLIOGRAFIA SUGERIDA ................................................................. 61

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  • Homiltica I

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    INTRODUO HOMILTICA

    O que Homiltica?

    a arte de pregar sermes bblicos, ou ainda, a proclamao e ensinamento

    da Palavra de Deus por meio de discursos falado ao pblico.

    Qual o objetivo da pregao?

    Atingir o corao do homem atravs da persuaso.

    Persuadir: Induzir, levar a crer ou aceitar aquilo que se est demonstrando (Atos

    2:40; 26:27-28).

    Quais os perigos do estudo da homiltica?

    Aquele que estuda homiltica precisa ter cuidado para:

    a) no se tornar artificial;

    b) no dar nfase demasiada parte tcnica, negligenciando o lado espiritual;

    c) no se tornar um imitador.

    Contudo, a homiltica um grande auxlio, indispensvel a qualquer que

    deseje tornar-se um pregador da Palavra de Deus, uma vez que nos fornece as

    tcnicas que facilitaro a preparao e a proclamao do sermo bblico.

    O pregador deve utilizar todas as classes de conhecimentos para a elaborao

    de suas mensagens.

    Obs.: Em Homiltica I trabalharemos o sermo do tipo TEXTUAL.

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    O SERMO DO TIPO TEXTUAL

    1 - Definio

    Sermo textual aquele em que as divises so derivadas de um texto

    constitudo de uma breve poro da Bblia. Cada uma dessas divises usada

    como uma linha de sugesto, e o texto fornece o tema do sermo.

    O exame desta definio deixa claro que no sermo textual as linhas

    principais de desenvolvimento so tiradas do prprio texto. Desta maneira, o

    esboo principal mantm-se estritamente dentro dos limites do texto. O texto pode

    consistir em apenas uma linha de um versculo bblico, ou um versculo todo, ou

    at dois ou trs versculos.

    A segunda parte da definio afirma que cada diviso derivada do texto "

    usada como uma linha de sugesto". Isto significa que as divises sugerem as

    feies a serem discutidas na mensagem.

    A definio afirma ainda que o texto fornece o tema do sermo. Que

    indicar a ideia dominante da mensagem.

    2 - Princpios Bsicos para a Preparao de esboos Textuais

    2.1 - O esboo textual deve girar em torno de um texto (no muito longo), e as

    divises devem ser extradas desse texto.

    Exemplo:

    Tema: Jesus Meu

    Texto Salmo 23:1

    1 - um relacionamento seguro: "O Senhor o meu pastor."

    2 - um relacionamento pessoal: "O Senhor o meu..."

    3 - um relacionamento presente: "O Senhor ..."

    2.2 - As divises podem consistir em verdades ou princpios sugeridos pelo texto.

    Exemplo:

    Tema: Ensino Bblico que Excede

    Texto: Esdras 7: 10

    FT.: Pontos essenciais do ensino eficaz:

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    1 - Exige determinao: "Esdras tinha disposto o corao"

    2 - Exige assimilao diligente: "para buscar a lei do Senhor"

    3 - Exige dedicao completa: "para cumprir"

    4 - Exige pregao fiel: "para ensinar em Israel os seus estatutos e os

    seus juzos."

    2.3 - Dependendo da perspectiva da qual o examinamos, possvel encontrar mais

    de um tema ou idia dominante em um texto, mas cada esboo deve

    desenvolver somente um assunto.

    Por meio do mtodo de abordagem mltipla podemos examinar o texto de

    Joo 3:16 de diversos ngulos, veremos dois deles:

    Exemplo N 1

    Tema: Os caractersticos distintivos da ddiva de Deus

    Texto: Joo 3:16

    FT.: A ddiva de Deus:

    1 - uma ddiva de amor: Porque Deus amou ao mundo de tal maneira...

    2 - uma ddiva sacrificial: ... que deu o seu Filho Unignito ... 3 - uma ddiva eterna: ... no perea, mas tenha a vida eterna. 4 - uma ddiva universal: ... todo o... 5 - uma ddiva condicional: ... que cr...

    Exemplo N 2

    Tema: Os aspectos vitais da vida eterna

    Texto: Joo 3:16

    FT: Os aspectos vitais da vida eterna

    1 - Aquele que deu: Deus 2 - O motivo de ele dar: amou ao mundo de tal maneira 3 - O preo que ele pagou para d-lo: que deu o seu Filho Unignito 4 - A parte que temos nessa ddiva: para que todo o que nele cr 5 - A certeza de que a possuiremos: no perea, mas tenha a vida eterna.

    2.4 - As prprias palavras do texto podem formar as divises do esboo, uma vez

    que elas se refinam a um tema principal.

    Exemplo

    Tema: O nico Caminho para Deus

    Texto: Joo 14:6

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    FT.: Para chegarmos at Deus iremos:

    1 - Atravs de Jesus, o caminho.

    2 - Atravs de Jesus, a verdade.

    3 - Atravs de Jesus, a vida.

    2.5 - O contexto do qual se tira o texto deve ser cuidadosamente observado e com

    ele relacionado.

    2.6 - Alguns textos contm comparao ou contrastes que podem ser mais bem

    tratados ressaltando-se suas similaridades ou diferenas propositais.

    Exemplo

    Tema: O Homem bem-aventurado

    Texto: Salmo 1:1-2

    FT.: Os dois aspectos do carter do homem bem-aventurado:

    1 - O aspecto negativo: separao dos que praticam o mal (v.1)

    2 - O aspecto positivo: devoo lei de Deus (v.2)

    2.8 - Dois ou trs versculos, tirados de partes diferentes da Escritura, podem ser

    reunidos e tratados como se fossem um nico texto.

    Exemplo

    Tema: O Ministrio que Conta

    Textos: Atos 19:19-20 e 1 Corntios 15:10

    FT.: O Ministrio que Conta deve ter sido:

    1 - Um ministrio humilde: Servindo ao Senhor com toda humildade 2 - Um ministrio fervoroso: com ... lgrimas 3 - Um ministrio de ensino: vo-la ensinar publicamente 4 - Um ministrio de poder divino: Trabalhei ... a graa de Deus 5 - Um ministrio fiel: Jamais deixando de vos anunciar" 6 - Um ministrio trabalhoso: trabalhei muito mais do que todos eles

    2.9 - Ao terminar a discusso do sermo textual, notemos um esboo em 2

    Corntios 5:21. Voc observar neste exemplo, que, de acordo com a

    definio do sermo textual, as divises so tiradas inteiramente do prprio

    texto.

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    Exemplo

    Tema: O Salvador de Pecadores

    Texto 2 Corntios 5:21

    F.T.: Caractersticas do nosso Salvador:

    1 - Ele um Salvador Perfeito

    2 - um Salvador Vicrio

    3 - um Salvador que Justifica

    3 - Srie de Sermes Textuais

    Com um pouco de imaginao, e mediante a escolha de um tema geral e

    vrios textos que tratam dele, as mensagens textuais podem ser facilmente

    dispostas em sries. Cada texto torna-se, ento, a base de uma mensagem.

    Exemp1o N 1

    Tema Geral: Os Melhores Segredos de Deus

    Temas da Srie: - O Segredo do Discipulado (Mateus 19:21)

    - O Segredo do Descanso (Mateus 11:28)

    - O Segredo da Confiana (Mateus 14:28-29)

    - O Segredo da Satisfao (Joo 7:37)

    Obs.: Em todos eles a base dos sermes e a palavra vir, que est inserida em todos os textos.

    Exemplo N 2

    Tema Geral: Os Louvores dos Inimigos de Cristo

    Temas da Srie: - Jesus, o Amigo dos Pecadores (Lucas 15:2)

    - Jesus, o Operador de Milagres (Joo 11:47)

    - Jesus, o Salvador que no pde salvar-se (Mateus

    27:42)

    - Jesus, o Homem Perfeito (Lucas 23:4)

    medida em que o pregador revela as riquezas contidas no texto bblico,

    ele notar como sua mensagem delicia, entre o povo de Deus, os que tm mente

    espiritual para receber o alimento que at mesmo um nico versculo da Escritura

    pode oferecer.

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    O TEXTO BBLICO

    Todo sermo precisa de um texto bblico, sem o texto no h sermo. Ele

    deve oferecer a idia ou verdade central, de onde sairo todos os pontos que sero

    abordados no decorrer da mensagem.

    Porque se precisa do texto bblico?

    a) O texto bblico constitui a base e a alma do sermo; b) O texto oferece muito mais confiana e aceitao da mensagem ao ouvinte; c) O texto d ao pregador a autoridade da Palavra de Deus; d) O texto ajuda o ouvinte a reter mais facilmente a mensagem; e) O texto ajuda na converso de almas e no fortalecimento dos crentes.

    Como escolher o texto?

    a) O texto de ser de acordo com a idia central que o pregador deseja apresentar; b) O texto deve ser claro e preciso; c) O texto no deve ser extenso; d) O pregador deve possuir uma lista de bons textos.

    O uso do texto bblico.

    a) O pregador deve estudar bem a frase e o contexto da passagem bblica; b) O pregador deve estudar o texto em vrias verses e tradues da Bblia; c) O pregador deve conhecer bem o significado das palavras desconhecidas; d) O pregador deve se possvel, ler um comentrio bblico do texto; e) O pregador deve usar de todos os recursos possveis para melhor entender as

    idias do texto.

    Idia Central do Texto ICT

    A Ideia Central do Texto (ICT) o resumo (compreensvel) do texto que

    ser utilizado no sermo, no mximo 2 a 3 linhas.

    Texto: Rute 1:15-17

    Ideia Central do Texto: O amor e dedicao que Rute tinha por Noemi, a fez

    tomar a deciso certa.

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    O OBJETIVO

    Todo sermo deve ter um objetivo. A falta de um objetivo na pregao,

    traz dificuldade ao pregador. Ele deve saber o que pretende alcanar dos ouvintes

    atravs dos sermes. Ele deve apresentar o sermo de tal maneira que possibilite

    aos ouvintes mudar de atitude depois de ouvir a mensagem.

    Os Objetivos Gerais de um sermo (OG)

    a) Evangelstico Quando o pregador deseja evangelizar, levar o ouvinte a

    converso, aceitando a Cristo como Senhor e Salvador de sua vida.

    b) Doutrinrio Quando o pregador deseja esclarecer ou ensinar alguma doutrina bblica. Ex.: deseja falar sobre o dzimo, salvao, pecado, Deus,

    Jesus Cristo, Esprito Santo etc.

    c) Devocional Quando deseja levar o ouvinte a uma vida de maior comunho com Deus atravs da meditao bblica e orao. Diz respeito ao

    relacionamento vertical (homem/Deus).

    d) Consagrao Quando o pregador deseja levar o ouvinte a uma maior consagrao no servio de Deus. Ex.: Falar sobre misses, desenvolvimento

    dos dons, guerra contra o pecado etc.

    e) tico ou Moral Quando o pregador deseja falar sobre assuntos morais. Ex.: Aborto, maledicncia, alcoolismo, honestidade nos negcios, fidelidade etc.

    Diz respeito ao relacionamento horizontal (homem/homem).

    f) Pastoral, Alento ou Conforto Quando se pretende levar o conforto aos ouvintes. Ex.: Ansiedade, morte, solido etc.

    O Objetivo Especfico (OE)

    O pregador deve formular o objetivo especfico com uma pergunta para si

    mesmo: Qual o efeito que eu gostaria que este sermo produzisse no pensamento e na vida de meus ouvintes? O objetivo deve ser formulado em termos de efeito do sermo na vida dos

    ouvintes. Ex.: Meu ouvinte entende ... e muda de atitude...

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    O TEMA Como nasce um sermo?

    R.: De duas maneiras.

    1a A idia do sermo nasce relacionada com a passagem da Palavra de Deus.

    2a Nasce tambm sem ter um texto estabelecido, Neste caso o pregador precisa

    procurar um texto prprio que combine com o tema que pretende apresentar.

    Em suma, o sermo nasce quando o pregador descobre a idia que quer pregar.

    Definio do Tema: Tema o nome prprio do sermo que pretendemos pregar.

    A necessidade de um tema

    a) O pregador deve saber o tema que pretende transmitir aos ouvintes. b) O tema desperta o interesse do pblico: Um tema certo meio caminho para

    o sucesso.

    Caractersticas de um bom tema

    a) o tema deve ser preciso e exato, no deve fugir ao assunto proposto; b) o tema deve ser claro e simples, formulado em termos bem conhecidos; c) o tema deve ser interessante, que chame a ateno dos ouvintes; d) o tema deve ser atual, expresso em termos de hoje e no de ontem; e) o tema deve ser especfico e no geral, deve tratar de algo possvel de se falar

    naquele tempo;

    f) o tema deve ser oportuno e de acordo com as necessidades dos ouvintes; g) o tema deve ser formulado com as prprias palavras do pregador.

    Anunciando o tema aos ouvintes

    a) Gostaramos que pensssemos hoje sobre... b) Desejo abordar hoje sobre o tema... c) O ttulo do sermo que Deus colocou no meu corao para esta ocasio ... d) e outros...

    Concluso

    Os temas bblicos tanto no Novo quanto no Antigo Testamento, oferecem

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    uma infinidade de assuntos, os mais variados. O pregador deve escolher aqueles

    que julga mais convenientes e da necessidade dos ouvintes, deve faz-lo com

    orao, no entanto no deve esquecer que quando escolher determinado tema,

    deve desenvolv-lo at o fim. Nunca fale sobre algum tema que no compreenda,

    que no domine ou que no viva.

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    A ORGANIZAO DOS PENSAMENTOS Uma mensagem mal organizada difcil de entender. Aps descobrir o

    texto bblico, o objetivo e o tema do sermo o pregador deve esforar-se para

    organizar as idias que sero apresentadas no sermo. Deve fazer um estudo

    detalhado do texto, anotando as idias e coloc-las em ordem.

    Qualidade de um sermo bem organizado

    a) Unidade Todos os pontos do sermo devem estar ligados ao tema. b) Ordem Lgica Isto significa que devemos colocar cada diviso do sermo

    no seu devido lugar. s vezes ser necessrio alterar a ordem do texto para

    esboar bem o sermo.

    c) Proporo Dividir bem o tempo para cada ponto do sermo. d) Progresso O sermo deve caminhar para o seu final cada vez mais quente

    no interesse no interesse dos ouvintes. No deve comear quente e depois

    esfriar.

    Sugestes para melhorar o esboo

    a) Os tpicos devem estar ligados ao tema por uma frase de transio; b) Nenhum tpico deve ser igual ao tema; c) Os tpicos devem ser apresentados em ordem de interesse crescente, o ltimo

    dever ser o mais interessante;

    d) Os tpicos devem estar formulados de tal modo que desperte interesse para os ouvintes.

    Exemplo:

    Tema: Que farei de Jesus chamado Cristo? Texto: Mateus 27:11-14 e 54

    Objetivo Geral: Evangelstico

    Objetivo Especfico: Meu ouvinte reconhece Jesus como filho de Deus e o recebe

    em sua vida como Senhor e Salvador.

    Frase de Transio: Que farei de Jesus chamado Cristo? Introduo

    1 Ignor-lo-ei (v. 17) 2 Rejeit-lo-ei (vv. 21-22) 3 Reconhec-lo-ei (v. 54) Concluso

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    O nmero ideal de tpicos de um sermo

    Pode variar dependendo do assunto. Mas o ideal que tenha de 2 a 5,

    embora a maioria dos sermes possuam 3 tpicos.

    Obs.: No existe sermo com apenas 1 tpico.

    Como anunciar os tpicos

    a) O mtodo tradicional: em primeiro lugar...; em segundo lugar...; em terceiro

    lugar b) Uma das idias que encontramos no texto ... c) Relacionando com o que ir tratar. Ex.: Um primeiro sentimento..., Uma

    primeira qualidade..., Um primeiro dom..., Um primeiro fruto do Esprito... etc.

    Contedo de cada tpico

    Cada tpico (ou subtpico) dever estar dividido em trs partes de forma

    homognea. As partes so: A EXEGESE, a ILUSTRAO e a APLICAO.

    Exegese: E a explicao do texto que aquele tpico esta tratando. Explicao est

    que poder ser histrica, gramatical, teolgica etc.

    Ilustrao: a narrativa de algum fato fictcio ou real, bblico ou no,

    contemporneo ou do passado que se adapte ao texto utilizado naquele tpico.

    Aplicao: levar o ouvinte a compreender que tudo aquilo a que o texto (na

    exegese) e ilustrao se refere para sua vida. A aplicao dever ser simples,

    clara e direta.

    Exemplo:

    1 Ignor-lo-ei (v. 17) Exegese abc abc abcsd fabcabcabc abc abcs d abcsd abc abc fabcsd fabc sd abc

    abc abc abc abc abc abc abc abc abc abc fabcs dabc abc abc abc abc f

    sd abc abc abc abc abc fabcabc abc abcabcsd abc fs dabc fabcsd abc f

    abc abcs dabc fabc abc abc abcsd abc abc abc fabcsd abc f abc abc

    abc abcs dabc fabc.

    Ilustrao abc abc abcsd fabcabcabc abc abcs d abcsd abc abc fabcsd fabc sd abc abc abc abc abc abc abc abc abc abc abc fabcs dabc abc abc abc abc

    f sd abc abc abc abc abc fabcabc abc abcabcsd abc fs dabc fabcsd

    abc f abc abcs dabc fabc abc abc abcsd abc abc abc fabcsd abc f abc

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    abc abc abcs dabc fabc.

    Aplicao abc abc abcsd fabcabcabc abc abcs d abcsd abc abc fabcsd fabc sd abc abc abc abc abc abc abc abc abc abc abc fabcs dabc abc abc

    abc abc f sd abc abc abc abc abc fabcabc abc abcabcsd abc fs dabc

    fabcsd abc f abc abcs dabc fabc abc abc abcsd abc abc abc abc abc

    f abc abc abc abcs dabc fabc.

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    PRINCPIOS QUE AJUDAM A ESBOAR

    A seguir daremos alguns princpios bsicos que o ajudaro a esboar seu

    sermo. Usaremos como exemplo o esboo que segue logo abaixo:

    Exemplo:

    Tema: Pedras no Ungido do Senhor

    Texto: II Samuel 16:5-14

    ICT: Simei atirou pedras no rei Davi, que reagiu com coragem, f e viso do

    futuro.

    Tese: Quando o mundo atira pedras, devemos reagir com coragem, f e viso do

    futuro.

    O.G.: Devocional

    O.E.: Meu ouvinte entende e decide ter uma maior aproximao com o Senhor,

    para que nas dificuldade possa reagir com f, coragem e viso do futuro.

    Esboo:

    F.T.: Pedras no Ungido do Senhor...

    1. ATIRADAS PELA INSATISFAO 1.1. Motivada pelo saudosismo 1.2. Determinada pela rejeio 1.3. Convertida em bno

    2. ATIRADAS PELA INGRATIDO 2.1. Que leva a pessoa a forjar conceitos injustos sobre o prximo 2.2. Que leva a pessoa a apedrejar quem antes era idolatrado 2.3. Que pode levar o obreiro a reagir positivamente

    3. ATIRADAS PELA INCOMPREENSO 3.1. Nos momentos mais difceis 3.2. Das formas mais cruis 3.3. Com resultados surpreendentes

    1. O TTULO DEVE SER UM RESUMO DA TESE A tese vem da ICT e a ICT vem do texto, portanto, as palavras que compe o

    tema devem ser o menor resumo (contextualizado) da verdade contida no texto e

    devem definir bem a mensagem a ser pregada.

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    TEMA TEXTO ICT TESE

    PEDRAS NO

    UNGIDO DO

    SENHOR

    II Samuel

    16:5-14

    Simei atirou pedras no rei

    Davi, que reagiu com

    coragem, f e viso do futuro.

    Quando o mundo

    atira pedras,

    devemos reagir

    com coragem, f e

    viso do futuro.

    2. AS DIVISES VEM DO TEMA O Tema fica como um alicerce sobre o qual ser erguida a estruturao

    necessria ao desenvolvimento da mensagem. O tema nem sempre repetido em

    cada tpico, mas, caso o seja dever dar sentido lgico e claro ao enunciado.

    PEDRAS NO UNGIDO DO SENHOR 1. ATIRADAS PELA INSATISFAO

    2. ATIRADAS PELA INGRATIDO

    3. ATIRADAS PELA INCOMPREENSO

    3. NENHUMA DIVISO DEVE SER IGUAL OUTRA Isto elimina a repetio desnecessria. Observe que no exemplo apresentado

    h em cada tpico uma idia diferente, de acordo com o assunto proposto no tema.

    INSATISFAO INGRATIDO INCOMPREENSO

    4. CADA TPICO QUANDO DIVIDIDO D DUAS OU MAIS PARTES possvel efetuar-se uma diviso sem que se obtenha pelo menos duas partes.

    Observe que dividindo-se os trs tpicos no exemplo apresentado, temos trs

    subdivises em cada:

    1. ATIRADAS PELA

    INSATISFAO

    1.1. Motivada pelo saudosismo

    1.2. Determinada pela rejeio

    1.3. Convertida em bno

    2. ATIRADAS PELA INGRATIDO 2.1. Que leva a pessoa a forjar

    conceitos injustos sobre

    o prximo

    2.2. Que leva a pessoa a apedrejar quem antes era

    idolatrado

    2.3. Que pode levar o obreiro a

    reagir positivamente

    3. ATIRADAS PELA INCOMPREENSO

    3.1. Nos momentos mais

    difceis

    3.2. Das formas mais cruis

    3.3. Com resultados surpreendentes

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    5. NENHUM TPICO OU SUBTPICO DEVE CONTER MAIS QUE UMA IDIA Basta uma idia por tpico. Havendo mais de uma idia novos tpicos so

    necessrios. No exemplo dado, h somente uma idia em cada tpico.

    1. INSATISFAO 2. INGRATIDO 3. INCOMPREENSO

    6. CADA SUB-TPICO DEVE EXPLICAR O TPICO DO QUAL DIVISO Esta a razo de ser do sub-tpico, tornar claro o pensamento do tpico. Veja

    no quadro abaixo:

    1. ATIRADAS PELA

    INSATISFAO

    1.1. Motivada pelo

    saudosismo

    1.2. Determinada pela

    rejeio

    1.3. Convertida em bno

    SAUDOSISMO e REJEIO

    so sintomas da insatisfao

    e essa insatisfao pode ser

    CONVERTIDA EM BNO.

    As trs idias dos sub-

    tpicos explicam o tpico da

    qual fazem parte

    2. ATIRADAS PELA

    INGRATIDO

    2.1. Que leva a pessoa a

    forjar conceitos

    injustos sobre o

    prximo

    2.2. Que leva a pessoa a

    apedrejar quem antes

    era idolatrado

    2.3. Que pode levar o

    obreiro a reagir

    positivamente

    O ingrato FORJA CONCEITOS

    INJUSTOS e APEDREJA QUEM

    ANTES ERA IDOLATRADO,

    mas quem est recebendo a

    ingratido pode REAGIR

    POSITIVAMENTE.

    3. ATIRADAS PELA

    INCOMPREENSO

    3.1. Nos momentos mais

    difceis

    3.2. Das formas mais cruis

    3.3. Com resultados

    surpreendentes.

    A incompreenso vem NOS

    MOMENTOS MAIS DIFCEIS e

    DAS FORMAS MAIS CRUIS,

    entretanto, pode ter

    RESULTADOS

    SURPREENDENTES,

    dependendo do modo como

    reagimos.

    7. O CONJUNTO DAS DIVISES DEVE COMPLETAR O ASSUNTO EM PAUTA.

    Mesmo que as divises no consigam esgotar plenamente o assunto, mas a

    idia apresentada na tese deve ser satisfatoriamente desenvolvida no corpo do

    sermo.

    PEDRAS ATIRADAS

    PELA

    INSATISFAO

    + PEDRAS

    ATIRADAS PELA

    INGRATIDO

    + PEDRAS

    ATIRADAS PELA

    INCOMPREENSO

    = PEDRAS NO UNGIDO

    DO SENHOR

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    8. O CONTEDO DE UMA DIVISO NO DEVE SER EXAGERADAMENTE MAIOR DO

    QUE A OUTRA.

    As divises no podem e no devem ser exatamente iguais em seu

    tamanho, mas nenhuma deve ser to grande a ponto de sacrificar o tempo das

    demais. Para que as divises sejam mais ou menos do mesmo tamanho, o

    pregador deve trabalhar com todo cuidado nos elementos funcionais: exegese,

    ilustrao e aplicao em cada um dos tpicos.

    9. A DIVISES DEVEM SER EXPRESSAS DE FORMA SINTTICA.

    Os tpicos e sub-tpicos devem ser formulados de modo uniforme:

    sentena completa, frase ou palavra. A aliterao, quando usada contribuiu para a

    simetria e facilita a memorizao, mas no deve ser feita de modo forado.

    Observe o exemplo:

    PEDRAS

    ATIRADAS

    PELA

    INSATISFAO

    PEDRAS

    ATIRADAS

    PELA

    INGRATIDO

    PEDRAS

    ATIRADAS

    PELA

    INCOMPREENSO

    10. A ORDEM DAS DIVISES DEVE SER DE INTERESSE CRESCENTE PARA OS

    OUVINTES.

    Do negativo ao positivo, do menor ao maior, do inferior ao superior, do

    passado ao presente e futuro, da pergunta resposta, do problema soluo.

    Veja no exemplo: Cada tpico tem trs sub-tpicos, os dois primeiros sub-

    tpicos so negativos e o ltimo sempre positivo (em negrito), passando do

    problema para a soluo.

    1. ATIRADAS PELA

    INSATISFAO

    1.1. Motivada pelo saudosismo

    1.2. Determinada pela rejeio

    1.3. Convertida em bno

    2. ATIRADAS PELA INGRATIDO

    2.1. Que leva a pessoa a forjar conceitos injustos sobre

    o prximo

    2.2. Que leva a pessoa a

    apedrejar quem antes era idolatrado

    2.3. Que pode levar o obreiro

    a reagir positivamente

    3. ATIRADAS PELA

    INCOMPREENSO

    3.1. Nos momentos mais

    difceis

    3.2. Das formas mais cruis

    3.3. Com resultados

    surpreen-dentes

  • Homiltica I

    25

    A INTRODUO O sermo constitudo de trs partes importantes: Introduo, corpo e

    concluso. Todas as trs so fundamentais, e devem merecer toda a nossa ateno.

    A finalidade da introduo

    a) A introduo deve despertar o interesse e ateno dos ouvintes; b) A introduo prepara os ouvintes para acompanharem as idias da mensagem; c) Atravs da introduo o pregador deve captar a simpatia dos ouvintes.

    Caractersticas de uma boa introduo

    a) Ela deve estar ligada ao assunto do sermo;

    b) Ela deve ser proporcional. Deve ocupar 15% do tempo do sermo; c) Ela deve ser clara e simples. O pregador deve evitar palavras difceis, ou

    demonstrar ser um grande intelectual;

    d) Ela deve ser interessante. Quando mal apresentada, impressiona mal os ouvintes;

    e) Ela no deve ser improvisada. Deve ser muito bem preparada.

    O que deve ser evitado na introduo

    a) Evitar pedir desculpas. Quando apresentamos desculpas estamos assinando

    nossa derrota antes de terminada a introduo;

    b) Evitar falsa modstia; c) Evitar prometer mais do que o sermo encerra; d) Evitar sobrecarregar a introduo com muitas idias; e) Evitar apresentar argumentos que vo aparecer em outras partes do sermo;

    Alguns mtodos na preparao de boas introdues

    a) A introduo textual ou exegtica. Fazer uma explicao precisa do texto para

    que possa ser bem entendido pelos ouvintes;

    b) A introduo ilustrativa. Falar sobre algum acontecimento que esteja relacionado com o sermo. Uma boa ilustrao bem apresentada na introduo

    sempre bem vinda.

  • Prof. Enas do Nascimento Arajo

    26

  • Homiltica I

    27

    A CONCLUSO

    Se importante que o sermo tenha uma boa introduo, no menos

    importante que seja bem concludo. Muitas concluses so fracas e montonas,

    tirando, assim, o brilho do sermo.

    A importncia da concluso

    a) A concluso a parte do sermo que deve receber mais ateno por parte do

    pregador durante a sua pregao;

    b) A concluso como o acabamento de um prdio. Ela deve encerrar toda a beleza do sermo e animar o ouvinte a seguir pelo caminho determinado pelo

    objetivo do sermo.

    Caracterstica da boa concluso

    a) A concluso deve ser a concluso de todo o sermo e no apenas da ltima

    parte do sermo;

    b) Na concluso o pregador deve dar mais nfase s idias positivas; c) A concluso deve estar caracterizada pelo amor e compaixo do pregador

    pelos ouvintes, no desejo de ajud-los;

    d) A concluso no deve ser longa (15% do tempo do sermo).

    Erros a serem evitados na concluso

    a) No introduzir na concluso pensamentos novos; b) No dar a impresso de vai terminar quando no vai; c) No deve pedir desculpas na concluso; d) No deve ficar mexendo demais com objetos como: relgio, cantor, culos

    etc;

    e) No tenha medo de falar diretamente ao corao dos ouvintes na concluso.

    Alguns tipos de concluso

    a) Recapitulao das idias principais do sermo; b) Usar de boa ilustrao; c) Uma aplicao vida dos ouvintes (2 Sam. 12:7-14);

  • Prof. Enas do Nascimento Arajo

    28

    Para Lembrar.: A concluso pode salvar ou inutilizar o resto do sermo. Por isso

    deve ser muito bem preparada.

  • Homiltica I

    29

    O APELO

    O sermo fica incompleto quando o pregador deixa de fazer um apelo

    direto ao corao do ouvinte. Todo sermo, desde o seu incio deve ser um apelo

    direto aos ouvintes. Mas tambm h a necessidade de levar o pecador a uma

    manifestao pblica ao lado de Cristo, no final do sermo. O apelo foi definido

    por algum como uma chamada deciso depois de uma exposio clara do assunto pregado. No s os sermes evangelsticos devem possuir apelo, mas tambm os demais (Consagrao, tico, Doutrinrio, Pastoral e Devocional).

    Por que fazer o apelo?

    a) O apelo bblico: h na Bblia muitas exortaes e apelos para que o homem

    tome uma posio diante de Deus: Mat. 11:28-29; Apo. 22:17; At 2:40; 19:8;

    26:28; 28:23.

    b) O apelo histrico: Os grandes pregadores sempre fizeram apelo: Wesley, Whitefield, Finney, Moody, Spurgeon, Billy Grahan etc.

    c) O apelo lgico e natural: se fizemos todo o esforo para convencer uma pessoa acerca daquilo que estamos pregando, devemos tambm ajud-la a dar

    o primeiro passo.

    d) O apelo psicolgico: Precisamos aproveitar aquele momento de emoo, de vontade, de aspirao pelas bnos de Deus, por uma vida nova.

    e) O apelo promove segurana: Quando o ouvinte atende o apelo ele se torna seguro das garantias da Palavra de Deus (Mat. 10:32-33; Rom. 10:10).

    f) O apelo prtico: Facilita sua identificao a igreja pode acompanh-lo em sua vida e necessidades espirituais; Fortalece a f e motiva o bom testemunho;

    motivo de alegria e inspirao para a igreja.

    Caractersticas do apelo que atinge seu objetivo.

    a) Deve ser baseado no argumento mais forte do sermo. b) Deve ser feito com otimismo (Is 55:11; Sl 126:6) c) Deve ser claro e especfico d) Deve ser breve e positivo e) Deve ser feito sem coao e com cortesia. O pregador no deve usar truques

    nem mtodos inconvenientes.

    f) O pregador deve destacar os motivos da deciso (o perdo dos pecados, a segurana, a nova vida em Cristo etc.).

  • Prof. Enas do Nascimento Arajo

    30

    Obs.: Fazer apelo como procurar frutos em uma rvore, se balanamos

    normalmente caem os maduros, mas se balanarmos demais, caem tambm os

    verdes.

    Como variar os mtodos usados no apelo.

    importante variar o apelo para no cair na rotina.

    a) Pedir aos decididos para levantarem uma das mos; b) Pedir aos decididos para ficarem de p; c) Pedir aos decididos para virem frente; d) Pedir aos decididos que permaneam no templo aps o culto para conversar

    com o pregador;

    e) Pedir aos decididos para comunicar sua deciso a pessoa que est ao seu lado ou a pessoa que o convidou;

    f) Pedir aos decididos que se dirijam a uma sala (indicar a sala), para um momento de orao e conselhos.

    Os Dez Mandamentos do Apelo

    1 No ters outro propsito alm o de levar pessoas aos ps de Jesus.

    6 No matars os teus ouvintes de pavor quanto ao destino eterno.

    2 No fars para ti imagem de grande pregador, nem alguma semelhana

    que possa ostentar tua prpria glria,

    seja em teu plpito, ou em qualquer

    outro lugar.

    7 No adulterars o convite, barateando a mensagem para conseguir maiores

    resultados.

    3 No tomars qualquer atitude que no seja confirmada com a mensagem

    pregada por tua vida.

    8 No furtars o equilbrio de teu apelo, mas d-lhe a medida certa de emoo

    e razo.

    4 Lembra-te que um bom apelo precisa ser expresso com objetividade e

    clareza para alcanar resposta.

    9 No dirs falso testemunho usando em teu apelo ilustraes enganosas.

    5 Honra as pessoas que te ouvem, evitando o uso de ameaas, ironias ou

    chacotas.

    10 No cobiars o papel de converter , que do Esprito Santo e jamais do

    pregador.

  • Homiltica I

    31

    O MATERIAL ILUSTRATIVO

    O uso das ilustraes permite aos ouvintes compreender as verdades

    apresentadas no sermo com mais clareza. A ilustrao traz mais luz e

    entendimento s verdades expostas. Os pregadores bblicos usaram ilustraes: O

    profeta Nat, Estevo, Paulo e principalmente Jesus. A ilustrao uma das partes

    mais apreciadas no sermo.

    Fontes de Ilustrao

    a) A prpria Bblia Ela contm dados, parbolas, histrias e acontecimentos

    que constituem um tesouro de ilustrao.

    b) H material ilustrativo nos jornais, revistas, livros, peridicos em geral etc. c) A letra de msicas e hinos uma boa fonte de ilustraes. d) Histrias contadas por algum (desde de que no sejam segredos). e) Experincias pessoais, quando autnticas. f) Os acontecimentos cotidianos O dia a dia oferece muitas fontes de

    ilustraes.

    Caractersticas de boas ilustraes

    a) A ilustrao deve ser simples. No usar de muitos detalhes. b) Ela deve ter unidade. Deve estar dentro do assunto que estamos abordando. c) Devem ser apresentadas com muita vida. d) Devem ter um ponto alto. Um clmax.

    Arquivo de ilustraes

    Todo pregador deve encontrar uma maneira de guardar as boas ilustraes

    que encontra no dia a dia. Por toda parte existe material ilustrativo. Precisamos ter

    a mente e a imaginao abertas para aproveitar os incidentes que sirvam de

    material ilustrativo para nossos sermes.

    Concluso Para concluir gostaria de lembrar que as mensagens devem ser to claras

    de modo que os ouvintes possam entender que est se pregando.

  • Prof. Enas do Nascimento Arajo

    32

  • Homiltica I

    33

    OS BONS HBITOS NA PREGAO

    O pregador deve se esforar para se tornar atraente ao proferir a

    mensagem que Deus colocou em seu corao. A mensagem no deve estar

    destituda de sentido, de valor e de clareza. Vamos enumerar alguns bons hbitos

    que o pregador deve ter na comunicao da mensagem.

    1 Usar linguagem simples e clara.

    O grupo que nos ouve por demais variado em seu grau de instruo, por

    isso devemos ser simples para atingir a todos.

    2 Usar o prprio estilo.

    No alterar a voz, nem imitar outros pregadores.

    3 Falar de tal forma que todos possam ouvir.

    Deve pronunciar distintivamente as palavras. No falar depressa demais.

    Tomar cuidado na articulao das slabas.

    4 Falar diretamente aos ouvintes.

    Para maior facilidade em atingir os ouvintes, devemos considerar que

    estamos falando para um grupo de amigos. Nunca dar a idia de superioridade ao

    falar. Olhar para todas as partes do auditrio, procurando um contato direto nos

    olhos dos ouvintes.

    5 Falar com o corpo solto.

    O pregador deve utilizar as mos, a cabea, enfim todo o corpo para dar

    nfase quilo que est falando. O corpo deve permanecer ereto apoiado em ambos

    os ps.

    6 Falar com convico.

    Um auditrio responde ao pregador que fala com convico. Sem esta

    qualidade difcil atingir e convencer algum daquilo que estamos falando.

    7 Falar com entusiasmo.

    Ainda que o assunto seja bom, se no houver entusiasmo, o sermo

    decresce muito. O entusiasmo demonstrado na voz, na expresso facial e na

    maneira de falar.

    8 Falar com amor.

  • Prof. Enas do Nascimento Arajo

    34

    O pregador chama mais ateno naquilo que fala quando consegue irradiar

    gozo, a paz e o amor do Senhor. Para isso o pregador deve ter uma atitude

    simptica e no de condenao e superioridade.

    9 Ser breve.

    Aconselham os mestres em homiltica que prefervel falar menos que o

    tempo disponvel do que ir alm dele.

    10 Pregar no poder do Esprito Santo.

    Na observao deste item est o xito de todo o pregador do evangelho (I

    Cor. 2:4-5).

  • Homiltica I

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    A PREPARAO ESPIRITUAL DO PREGADOR

    A pregao mais do que uma palestra ou um mero discurso. O pregador

    est transmitindo uma mensagem espiritual. E para pregar uma mensagem

    espiritual depende de manter ntima comunho com Deus. O pregador deve

    preparar bem a sua mensagem na presena de Deus e em esprito de orao. O

    pregador deve sempre ter em mente a Palavra de Deus proferida pelo profeta

    Zacarias: No por fora nem por violncia, mas pelo meu Esprito, diz o Senhor dos Exrcitos (Zac. 4:6).

    Preparo do corao

    Para o pleno xito na entrega da mensagem, o pregador deve ter a

    mensagem no corao e falar com o corao. A orao faz o pregador um

    pregador de corao. A orao pe o corao do pregador na mensagem. A orao

    coloca a mensagem do pregador no seu corao.

    Orao e o preparo espiritual

    O pregador deve estudar e preparar a mensagem como se tudo dependesse

    dele; buscar fora e poder na orao como se tudo dependesse de Deus. A orao

    tem sido o segredo do xito na preparao da boa mensagem. a orao que d

    vida e poder mensagem.

    Spurgeon, um pastor batista ingls disse certa vez: No a nada que possa substituir a orao na vida do pregador, nem a cultura recebida, nem as bastas

    bibliotecas. Quanto maior for a familiaridade com a corte do cu, tento melhor

    realizar a sua funo na terra. A uno uma das qualidades que distinguem a pregao crist de todas

    as formas de oratrias e discursos. A santidade o segredo da uno e o resultado

    de uma vida de orao, meditao na Palavra e servio ao Reino de Deus.

    Concluso

    Que Deus abenoe a cada irmo, o desejo que tem de transmitir a Sua

    mensagem. Que esta pequena apostila possa t-lo ajudado muito na sua

    preparao espiritual e na preparao de seus sermes, para uma comunicao

    mais eficiente da mensagem de Deus.

    O assunto no se esgotou, esse foi apenas o primeiro passo dentro da

  • Prof. Enas do Nascimento Arajo

    36

    homiltica, ainda h muita coisa para voc descobrir, continue em frente. Que

    Deus te abenoe.

  • Homiltica I

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    (MODELO DE SERMO)

    A MULHER QUE DEUS USA

    por

    Enas do Nascimento Arajo

    3 Perodo Noite

    Trabalho apresentado em cumprimento

    parcial s exigncias da disciplina

    Homiltica I do curso de Bacharel em

    Teologia.

    Prof. Dr. Jerry Stanley Key

    Seminrio Teolgico Batista do Sul do Brasil

    Rio, 20 de maio de 1991

  • Prof. Enas do Nascimento Arajo

    38

  • Homiltica I

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    ESBOO

    Tema: A Mulher que Deus Usa

    Texto: Rute 1:15-17

    Idia Central do Texto: O amor e dedicao que Rute tinha por Noemi, a fez

    tomar a deciso certa.

    Tese: A mulher para ser usada por Deus necessita ser leal, amorosa, servial e

    ainda receber uma recompensa.

    Objetivo Geral: Consagrao

    Objetivo Especfico: Minha ouvinte entende que para Deus us-la necessrio

    que possua algumas qualidade, e decide em

    viver tais qualidades.

    Esboo

    Frase de Transio: A Mulher que Deus usa:

    1 leal (1:16)

    2 amorosa (1:17)

    3 servial (2:2)

    4 recompensada (3:10-11)

    Referncias Bibliogrficas.

    Obs.: Este sermo dirigido especialmente para as mulheres.

  • Prof. Enas do Nascimento Arajo

    40

  • Homiltica I

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    A MULHER QUE DEUS USA

    INTRODUO

    O homem no gosta do que no tem valor. Os irmos quando vo fazer

    algum trabalho de marcenaria, construo ou qualquer outro, procuram fazer um

    esforo para comprarem os materiais da melhor qualidade para o seu servio ser

    mais fcil de fazer e ficar com um aspecto seguro e agradvel. Os estudantes ao

    prepararem seus trabalhos escolares procuram os fazer da melhor maneira, usando

    os melhores livros e material tcnico mais moderno para que fique um trabalho

    limpo e bem feito. As irms quando planejam preparar uma comida especial para

    a famlia, procuram selecionar os ingredientes da melhor qualidade para obter

    sucesso.

    Assim como ns, Deus tambm no usa coisas e principalmente pessoas

    sem valor. O ser humano o principal instrumento de trabalho de Deus e Ele quer

    usar aqueles que buscam uma vida digna diante dele.

    A mulher que Deus usa ser o tema em que ns meditaremos neste

    momento. Atravs da vida da grande mulher do passado chamada Rute, ns

    descobriremos nesta hora as principais qualidade da mulher para ser usada por

  • Prof. Enas do Nascimento Arajo

    42

    Deus. Leiamos Rute captulo 1, versos 16 e 17. Veremos em primeiro lugar que a

    mulher que Deus usa leal.

  • Homiltica I

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    1 LEAL (Rute 1:16)

    Toda a histria de Rute se iniciou quando a famlia de Elimeleque

    resolveu mudar-se de Belm (por causa da grande fome) para Moabe. Neste pas

    os dois filhos de Elimeleque casaram-se com duas moabitas: Orfa e Rute. L a

    vida desta famlia no foi muito boa tambm, pois depois de alguns anos, morreu

    Elimeleque e em seguida seus dois filhos. Que tragdia para aquela famlia!

    Restaram apenas as trs vivas: Noemi (viva de Elimeleque), Orfa e Rute (suas

    duas noras).

    Ao ouvir que Deus voltou a abenoar sua terra natal, Noemi resolveu

    voltar a Belm. Diante desta resoluo, ela achou melhor suas noras voltarem as

    suas prprias famlias a fim de casarem de novo. Aps muita relutncia, Orfa

    decidiu retornar a sua famlia, porm Rute sabia que a mulher ao casar-se teria que

    deixar sua famlia e tornar-se parte da famlia de seu marido. Tambm conhecia a

    Lei judaica (mesmo sendo idlatra) que caso o marido morresse o irmo mais

    prximo deveria casar-se com a viva. Mesmo no havendo mais cunhados para

    casar-se com ela, o seu corao no permitia que abandonasse a sua to querida

    sogra. Afinal, havia assumido um compromisso com aquela famlia e o seu carter

    leal permitiu que ela fizesse a seguinte declarao: Leiamos Rute 1:16:

    Respondeu, porm, Rute: No me instes a que te abandone e deixe de seguir-te.

  • Prof. Enas do Nascimento Arajo

    44

    Porque aonde quer que tu fores, irei eu; e onde quer que pousares, ali pousarei

    eu; o teu povo ser o meu povo, o teu Deus ser o meu Deus.

    Que brilhante declarao de lealdade Rute deu a sua sogra Noemi!

    Realmente ela a partir da est abandonando sua famlia e sua terra para se tornar

    uma estrangeira num pas que possua costumes bem diferentes dos seus. Mas

    Noemi durante todos os anos havia dado uma demonstrao de como era o seu

    povo e o seu Deus. E foi diante disto que Rute se disps a aceitar aquele Deus

    como o seu Deus tambm.

    Eis a primeira qualidade da mulher para ser usada por Deus: A Lealdade.

    Esta uma qualidade que embeleza a mulher. Em certa ocasio Abrao Kuyper

    escreveu este pensamento: H dois tipos de beleza. H uma beleza que Deus d

    no nascimento e que murcha como a da flor. E h outra beleza que Deus concede

    quando, pela sua graa, os homens nascem de novo. Esse tipo de beleza nunca

    desaparece, antes permanece eternamente.

    Queridas irms, cada uma de vocs j so novas criaturas, que o Senhor

    deseja usar, mas Ele s inclui nos seus planos a mulher que leal, aquela que em

    toda a sua vida busca viver sinceramente diante dos homens e principalmente

    diante do nosso Deus. A irm tem sido sincera em todas as suas atitudes? O

    Senhor pode confi-la uma tarefa importante? As suas atitudes em seu lar tem

  • Homiltica I

    45

    provado o seu carter cristo sincero? E na igreja a sua relao com os irmos e

    com Deus tem sido baseadas na lealdade?

    Lembre-se a cada dia minha irm, que Deus quer dar-lhe o privilgio de

    ser instrumento seu, mas como Rute, a irm precisa viver diariamente a primeira

    qualidade da mulher crist: A lealdade. Mas no basta ser leal, preciso algo

    mais. Vejamos a segunda qualidade. A mulher usada por Deus amorosa.

  • Prof. Enas do Nascimento Arajo

    46

  • Homiltica I

    47

    2 AMOROSA (Rute 1:17)

    Leiamos Rute 1:17: Onde quer que morreres, morrerei eu, e ali serei

    sepultada. Assim me faa o Senhor, e outro tanto, se outra coisa que no seja a

    morte me separar de ti.

    Quanto amor Rute tinha por sua sogra! E foi este amor que f-la voltar

    com Noemi para Belm. O caminho era longo e perigoso para as duas mulheres,

    mas elas foram confiadas no nico Deus que as poderia guardar. Elas viajaram

    cerca de 80 quilmetros a p, carregando todos os seus pertences. Foi uma viagem

    difcil e triste. Suas vidas estavam pesarosas e amargas diante da situao que

    viviam, foi necessrio muito esforo para enfrentar esta estrada deserta. Porm o

    amor que unia as duas era maior para Rute, do que as tribulaes. Ela estava ali do

    lado de sua sogra tentando dar-lhe um pouco de vida e esperana diante da perda

    do marido e dos dois filhos que tanto amava.

    A declarao de amor que Rute deu a Noemi afirmava que nunca iria

    abandon-la e que somente a morte poderia separ-las. realmente muito

    profundo este sentimento, pois naquela hora Rute estava renunciando a sua

    prpria vida para proteger a sua sogra. A tradio conta-nos que Rute alm de sua

    beleza interior era uma mulher muito bela fisicamente. Naquela hora ela poderia

    ter pensado assim: Para que eu vou acompanhar esta velha, que no tem onde cair

  • Prof. Enas do Nascimento Arajo

    48

    morta? Eu vou ficar aqui junto dos meus e quem sabe conseguirei ser feliz em

    outro casamento. Mas as palavras dela se tornaram ainda mais belas diante de sua

    atitude de renncia, amor e interesse pelo bem de sua sogra.

    Certo pensador, expressa muito bem como Rute agiu em relao ao amor,

    ele diz: Procura ser uma expresso viva do amor de Deus: amor na tua face,

    amor nos teus olhos, amor no teu sorriso, amor no teu caloroso cumprimento:

    Realmente a mulher para ser usada por Deus precisa demonstrar aos

    outros o amor de Deus que habita em todo o seu ser.

    A irm pode estar questionando nesta hora: Mas como eu posso

    demonstrar aos outros o amor de Deus em mim? simples. Procure responder as

    seguintes perguntas: A irm tem sido amorosa e paciente com seus filhos? Seu

    marido tem provado a cada dia, quando chega do servio, o seu carinho e a sua

    dedicao? A irm tem se preocupado em demonstrar aos seus vizinhos o Cristo

    que vive em voc? A irm tem se preocupado com a vida espiritual de seus irmos

    em Cristo e com a unio fraternal dentro de sua igreja?

    Lembre-se que a mulher para ser usada por Deus necessita refletir o amor

    a todos os que esto a sua volta. Mas ser que basta o amor? Quando ns amamos

    vem naturalmente em ns a terceira realidade da mulher usada por Deus. A

    mulher usada por Deus servial.

  • Homiltica I

    49

    3 SERVIAL (Rute 2:2)

    Convido as irms a lerem em Rute 2:2, afim de conhecermos a terceira

    qualidade da mulher que Deus usa. Leiamos: Rute, a moabita, disse a Noemi:

    Deixa-me ir ao campo a apanhar espigas atrs daquele a cujos olhos eu achar

    graa. E ela lhe respondeu: Vai, minha filha.

    Quando as duas mulheres chegaram em Belm quase ningum reconheceu

    Noemi. As amarguras que passara, tornou-a envelhecida e a viagem a deixou

    muito cansada.

    Elas chegaram a Belm no incio da sega de cevada. Diante da misria em

    que se encontravam, Rute pediu permisso a Noemi para trabalhar no campo,

    colhendo atrs dos segadores as espigas que caram no cho.

    O amor de Rute impulsionou-a ao servio. Ela no colocou obstculos em

    servir a sua sogra. Ela sabia que estava em terra estranha, que os costumes daquele

    povo eram outros e que talvez fosse at mesmo escarnecida por sua condio de

    viva e estrangeira. Porm, nada disso importava a ela, mas pensava apenas em

    servir.

    Ela foi trabalhar em uma parte do campo que pertencia a Boaz, que por

    obra do destino traado por Deus, era um homem rico e poderoso, parente

    prximo de Elimeleque (sogro de Rute).

  • Prof. Enas do Nascimento Arajo

    50

    Ela trabalhava sem parar. O suor corria-lhe pelas costas, medida que o

    sol se tornava mais quente. Certa hora parou e sentou-se a sombra para descansar,

    mais foi por pouco tempo. Queria alegrar sua sogra, levando-lhe uma boa poro

    de gro.

    A alegria de Rute estava em ver a alegria dos outros. O esprito de amor e

    servio que Rute possua, permitiu que Deus a usasse, tornando-a participante do

    seu plano especial para a humanidade.

    Conta-se que certa senhora que morava em uma cidade do interior ,

    interrogava-se sempre como ela poderia servir a Deus. O pastor de sua igreja certa

    dia, trouxe um sermo dentro deste assunto. Ela ficou muito feliz ao entender

    realmente que o que agrada a Deus no o tamanho do servio, mas sim o esprito

    que vai em nosso corao ao fazermos. Apartir da ela pde ser til ao seu Deus.

    Assim, todos os domingos pela manh ela colhia do seu belo jardim lindas flores

    para ornamentar o templo no horrio do culto. ela ficou muito satisfeita, porque

    sabia que agindo assim estaria agradando a Deus.

    Minha querida irm. Pense no privilgio que servir ao Senhor. Am-lo

    de todo corao e ter alegria em servi-lo sempre, sem medir esforos.

    Como a nossa ilustrao narra, aquela irm reconheceu que para o Senhor,

    o que importa o esprito servial. preciso servir aos filhos, ao esposo, aos

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    vizinhos e a sua igreja. Quando faz o servio pensando em alegrar ao seu prximo

    e principalmente glorificar o nome do nosso Deus.

    Rute possuiu estas trs qualidades e foi recompensada por isso, este o

    nosso quarto ponto. A mulher usada por Deus recompensada.

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    4 RECOMPENSADA (Rute 3:10-11)

    Vejamos irms o resultado da vida de servio de Rute no mesmo livro

    captulo 3 versos 10 e 11, leiamos: Ento disse ele: Bendita sejas tu do Senhor,

    minha filha; mostraste agora mais bondade do que dantes, visto que aps nenhum

    mancebo foste, quer pobre quer rico. Agora, pois, minha filha, no temas; tudo

    quanto disseres te farei, pois toda a cidade do meu povo sabe que s mulher

    virtuosa.

    Boaz quando viu Rute procurou logo saber quem era ela. Ele realmente

    impressionou-se pelo seu jeito amoroso e servial. Quando soube quem era ela na

    verdade, e o motivo pelo qual estava ali trabalhando, passou a admir-la muito e

    autorizou seus empregados a deixarem de propsito cair algumas espigas, afim de

    ajudar a Rute.

    Ela por sua vez tambm observou o modo como aquele senhor conversava

    com seus empregados. Ela podia ver que ele era um homem temente a Deus como

    sua sogra.

    Quando Rute chegou em casa conversou muito com Noemi a respeito de

    Boaz e ficou sabendo que ele era parente de Elimeleque e consequentemente um

    de seus remidores (isto quer dizer que ele poderia ser seu futuro marido).

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    O tempo foi passando e a cada dia que passava aumentava a admirao de

    um pelo outro, mas a poca da ceifa havia acabado. Ento Noemi que conhecia

    bem o corao de Rute, sugeriu a ela que falasse a Boaz a respeito de seus

    sentimentos, em outras palavras ela sugeriu que Rute se oferecesse como esposa

    para Boaz.

    Rute achou aquilo um pouco estranho, mas como era sua sobra que

    aconselhava, ela ouviu a sua voz. Preparou-se e ficou bem bonita, sem delongas

    falou com Boaz. Ela no a interpretou mal, antes a chamou de mulher virtuosa e

    aceitou o seu pedido com a condio de que o outro parente mais prximo no a

    quisesse. E assim foi realizado aquele casamento, pois o outro parente j era

    casado.

    Rute casou-se com Boaz, porm levou consigo sua sogra Noemi, pois ela

    a amava muito para abandon-la agora. Ele reconheceu que Noemi foi uma das

    principais causadoras deste casamento.

    Em pouco tempo Rute e Boaz foram premiados com um beb, que se

    chamou Obede. Ele foi av de Davi , logo Rute a mulher moabita e estrangeira em

    Belm, foi a bisav de Davi que veio atravs dele o Salvador, Jesus Cristo.

    Que bno para ns foi a vida desta serva de Deus, que permitiu ser

    usada por Ele. A sua vida foi um exemplo de dedicao, mas ela foi muito bem

    recompensada.

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    H um pensamento de Gien Karssen que ilustra muito bem o tipo de

    pessoa que Deus usa. Ele diz: Deus nem sempre trabalha segundo padres fixos.

    Ele procura pessoas que se ponham ao dispor como instrumentos.

    Realmente uma verdade. Deus tinha milhares de judias para usar, mas

    ele escolheu aquela mulher estrangeira, que se converteu segundo o testemunho de

    sua sogra. Rute permitiu ser usada por Deus e foi grandemente recompensada,

    estabilizando novamente sua vida com o casamento com Boaz, sendo premiada

    com um filho e ainda teve o privilgio de ter Jesus como seu descendente.

    Querida irm, ser que Deus quer escolh-la para tomar parte de um plano

    seu? Ser que a irm gostaria de ser recompensada como Rute, por ser

    instrumento de Deus?

    Lembre-se que para voc receber as recompensas de Deus, voc precisa

    ser leal, amorosa e servial, disposta a ser um instrumento.

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    CONCLUSO

    Minha irm, pare nesta hora para refletir no grande e maravilhoso

    privilgio que ser um instrumento de Deus. Mas para ser usada, Rute, teve que

    procurar ser leal em todas as aes e em todas as reas de sua vida. Precisa ser

    amorosa com os que a ama e com aqueles que necessitam de seu amor. Estes

    sentimentos a levar a principal qualidade da mulher que Deus usa, que o

    servio. O servir a todos sem distino e principalmente a Deus, afim de que

    somente o seu nome seja glorificado atravs de sua vida uma qualidade muito

    importante.

    Lembre-se minha querida irm, que, quando possuir todas estas

    qualidades o Senhor se alegrar em us-la num plano especial. Ele ver o seu

    ntimo e se em todas as suas aes a irm for sincera e amorosa, tenha certeza que

    o Senhor a recompensar grandemente.

    Que este Senhor lhe d foras para ser uma grande serva sua e lhe

    abenoe!

    AMM !!!

  • Prof. Enas do Nascimento Arajo

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  • Homiltica I

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    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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    Brasil, 1975.

    BBLIAS UTILIZADAS:

    - Bblia de Jerusalm

    - Bblia na Linguagem de Hoje

    - Bblia (edies Vida Nova)

    - Bblia (da Imprensa Bblica - de acordo com os melhores textos em Hebraico

    e Grego)

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    BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

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