29
Tecnologia Industrial Docente: Mauricio Raposo de Souza Curso de Técnico em Segurança do Trabalho

Apostila+ +Tecnologia+e+Processo+Industrial

Embed Size (px)

Citation preview

Tecnologia Industrial

Tecnologia Industrial

Elaborado por: Mauricio Raposo de Souza e Ana Lucia Fonseca de SouzaAno: 2008

Comentrio:O material didtico apresentado a seguir, no tem nenhum carter mandatrio, nem tampouco uma recomendao ou indicao. Trata-se de uma coletnea de normas e informaes bibliogrficas destinada a auxiliar aqueles que desejam realizar avaliaes quantitativas de agentes de riscos ambientes, qumicos e fsicos, dentro de metodologias tecnicamente embasadas.

Revises em:

Janeiro/2007

Maro/ 2007

Dezembro/2008 Junho/2009Este material, pois, no poder ser copiado em parte ou no todo sem a devida autorizao de seu autor.

I- Introduo

.....................04

II- Resumo Histrico da Tecnologia Moderna

.....................06III- Globalizao e Concentrao

.....................09

IV- O que Tecnologia

.....................14

V-Gesto Tecnolgica

.....................18VI-Inovao Tecnolgica

.....................19

VII-A Segurana do Trabalho e as Tecnologias

.....................21

Aplicveis

VIII- Concluso

.....................23

I Introduo

A Revoluo Industrial constituiu um marco significativo na histria do mundo ocidental por ser considerado o ponto de partida de uma srie de mudanas no cotidiano moderno. Os efeitos da substituio na manufatura (trabalho manual) pela manufaturada (trabalho do homem manobrando aparelhos complicados) trouxeram uma carga hereditria ostensiva para a vida e sociedade. Deste ponto, surgiram revolues na demografia, na agricultura, no comrcio, nos transportes e principalmente nos princpios empresariais de administrao com relao inovao da produtividade.

Passado todo o perodo que distancia a Revoluo Industrial da Revoluo Tecnolgica constata-se que ambas fizeram surgir fortes mudanas no panorama mundial. O papel das duas est centrado exatamente no divisor de guas e desta maneira no fator promotor da diviso entre beneficiados e beneficiadores. Com o advento da mquina, a mo-de-obra manual passou a ser agilizada. A ausncia de especializao na operao industrial desencadeou a estagnao e a pobreza para os operrios e a fonte de lucro para empresrios. A queda na qualidade de vida tornou-se palpvel de um lado e a riqueza de outro. Criou-se a uma nova Era econmica uma disparidade gritante entre os padres de vida dos habitantes do sculo XX e os padres predominantes nos pases subdesenvolvidos, se deve essencialmente ao fato de que os primeiros se industrializaram e estes ltimos no.As caractersticas da nova organizao e economia constituem uma imagem genitora para a revoluo Industrial como sendo intrinsecamente relacionada com a Revoluo Industrial como sendo intrinsecamente relacionada com as revolues a partir dela identificveis.Um Conceito para a Revoluo industrial

Pode-se conceituar revoluo Industrial como sendo o fenmeno de forte impacto social. Sabe-se que houve atividade industrial anteriormente embora tosca, mas a partir deste ponto especfico da histria que surge a substituio do trabalho do homem ela agilidade da mquina. O homem passa a assumir um papel de agente de direo, de manobra de aparelhos mais ou menos complicados. Assiste-se, pois, passagem da manufatura para a maquinofatura. Estaria a os princpios bsicos da chamada Revoluo Industrial, que pode ser identificada pela produo em srie, em grande quantidade, para um consumidor no conhecido.

Enquanto as produes anteriores objetivam um mercado certo, determinado, a partir da produo em maior escala (Revoluo Industrial), a produo feita para um mercado annimo. Enquanto antes o artigo era feito por um arteso (uma pessoa), aps a Revoluo Industrial a produo feita pela mquina ou vrias pessoas, que dividem a tarefa de forma tal que, o trabalho toma afeies mais racionais e rentveis.O poder produtivo da mquina, evidentemente, supera a fora do trabalho humano.

Uma gama de alteraes permeia a vida em sociedade a partir de ento, modifica-se: modo de produo com proveito para o agente produtivo; a quantidade, a qualidade

e a quantidade do artigo a ser posto no comrcio; o lucro do capitalista, que acumula bens e os inverte nos grandes estabelecimentos assiste a multiplicao de seus recursos; a fbrica agrupa centenas de trabalhadores e faz desaparecer a produo domiciliar; o empresrio assume o papel de proprietrio de mquinas e materiais e o arteso ou operrio apenas o vendedor de sua fora produtiva; o proprietrio poder ter lucro ou prejuzo e o operrio ter nica e exclusivamente seu salrio; o diferencial entre lucro, salrios, custos significar o ganho do investidor.

Se o sistema capitalista teve antecedentes sem dvida no sculo XVIII que se corporifica O que recente no so as mquinas, mas, o novo est no maquinismo.As semelhanas existentes entre Revoluo Industrial e a Revoluo Tecnolgica.

As mais evidentes semelhanas que aproximam as chamadas Era Industrial e a Era Informacional, residem no fato de que ambas corporificam a base de um sistema e exercem um impacto inimaginvel sobre a organizao e a estrutura da sociedade.

A questo econmica e a formalizao e fortalecimento do Capitalismo so outros fatores que unem os conceitos da Revoluo Industrial, enquanto marco histrico responsvel por uma srie de transformaes j mencionadas e o conceito de Revoluo Tecnolgica, entendida aqui, como sendo uma Era em que capital de giro est centralizado na informao e a sua aplicabilidade.

Ento, a mecnica da economia social na mudana do milnio, isto , o que move as engrenagens da mquina administrativa est na oferta da maior qualidade e agilidade de servios. A informatizao tem um papel fundamental neste contexto. A passagem, na mudana de milnio da era industrial para informal, da chamada globalizao para a informatizao tem um impacto jamais imaginado sobre a mentalidade dos indivduos nela inseridos.

O avano contnuo apresentado pela Revoluo tecnolgica mostra, que a caracterstica do saber e da informao (presentes nas revolues anteriores) no origem de tantas mudanas. O que importa na nova revoluo tambm chamada de Era Digital a aplicao dos novos saberes, competncias e tecnologias em redes globais fato que, realimenta permanentemente novas formaes associadas ao mercado e ao poder econmico-poltico. A estrutura de emprego se diferencia e flexibiliza, o desemprego se reduz e os salrios crescem, a sociedade como um todo se enriquece.As duas revolues sistematizaram uma estrutura de sociedade com fluxos e trocas de informao que reorganizaram a produo e o consumo da economia no mundo interligado pela Tecnologia.

A teoria de que a Revoluo tecnolgica trouxe vrias mudanas, sobretudo no paradigma educacional, econmico, poltico e social verdadeira, mas podemos afirmar que:

Saber poder e o mais importante disso tudo, o homem saber usar inteligentemente e humanamente, pois, no se deseja a desumanizao do homem pela mquina. Trata-se de reconhecer a soberania da inteligncia humana e dela tirar o proveito para o bem da prpria humanidade.II - Resumo Histrico da Tecnologia Moderna.1705 Primeiro motor a vapor (Thomas Newcomen)

1768 Nicholas Joseph Cugnot constri um vago a vapor.

1769 James Watt aprimora o motor a vapor de Newcomen.

1774 A primeira calculadora de massa (Phillipe Matthus Han)

1775 Primeiro submarino (David Bushnell)

1780 Inveno da copiadora (James Watt)

1785 O tear mecnico inventado (Edmund Cartwright)

1793 Telgrafo (Claude Chappe)

1800 Primeira bateria (Alessandro Volta)

1804 Primeira locomotiva a vapor (Richard Trevithick)

1810 Impresso (Frederick Koenig)

1821 Motor Eltrico (Michael Faraday)

1825 Primeira linha de Estrada de ferro na Inglaterra.

1827 Primeira turbina de gua e patente para a primeira hlice de navio (Josef Ressel)

1854 Inveno da lmpada de luz incadescente (Heinrich Goebel)

1859 O motor a gs desenvolvido (Etienne Lenoir)

1861 Primeiro telefone (Johann Philipp Reis)

1875 Inveno da geladeira (Carl von Linde)

1876 Aplicao de patente para o telefone (Alexander Graham Bell) - Motor de quatro-tempos (Nicolaus August Otto)

1877 Inveno do fongrafo (Thomas Alva Edison)

1879 Primeira locomotiva eltrica (Werner von Siemens)

1881 Fornecimento de energia com alta freqncia de corrente alternada (George Westinghouse)

1883 Desenvolvimento da turbina a vapor (Carl de Laval)

1886 Primeiro automvel (Karl Benz)

1895 Descoberta de Raios-X (Wilhelm Conrad Rntgen) - Inveno do cinematgrafo (Auguste e Louis Jean Lumire)

1896 Descoberta da radioatividade (Antoine Henri Becquerel)

1897 Inveno do tubo de raio de catdio (Karl Ferdinand Braun) - Diesel constri o motor Diesel.

1903 Primeiro vo motorizado (Orville and Wilbur Wright)

1913 Linha de montagem para a fabricao de carro (Henry Ford)

1930 Primeira turbina a gs para avies.

1931 Primeiro microscpio de eltron (Ernst Ruska)

1938 O tomo de urnio separado (Otto Hahn and Fritz Stramann)

1941 "Z3", o primeiro computador em funcionamento (Konrad Zuse)

1948 Transistor (William B. Shockley, John Bardeen e Walter Brattain)

1954 Primeira estao de energia nuclear em Obninsk perto de Moscou.

1955 Fibra ptica (Narinder Singh Kapany, London)

1957 O primeiro satlite lanado, o "Sputnik 1" (USSR)

1961 Primeiro humano no espao e primeira rbita da Terra (Yuri Gagarin, Unio Sovitica)

1964 Circuito integrado (Jack Kilby para Texas Instruments)

1969 Primeira aterrissagem do homem na lua ("Apollo 11", EUA)

1970Desenvolvimento do microprocessador (Intel) - Primeira calculadora de bolso.

1977 Apple II, o primeiro computador completo.

1979 Compact Disc (CD) para armazenar audio digitalmente (Sony & Philips)

1981 Primeiro computador pessoal da IBM.

1992 Primeiro livro em CD-ROM (a Bblia)

1993 Inveno da Internet.Histria da tecnologia

A histria da tecnologia quase to antiga quanto a histria da humanidade, e se segue desde quando os seres humanos comearam a usar ferramentas de caa e de proteo. A histria da tecnologia tem, conseqentemente, embutida a cronologia do uso dos recursos naturais, porque, para serem criadas, todas as ferramentas necessitaram, antes de qualquer coisa, do uso de um recurso natural adequado. A histria da tecnologia segue uma progresso das ferramentas simples e das fontes de energia simples s ferramentas complexas e das fontes de energia complexas, como segue:

As tecnologias mais antigas converteram recursos naturais em ferramentas simples. Os processos mais antigos, tais como arte rupestre e a raspagem das pedras, e as ferramentas mais antigas, tais como a pedra lascada e a roda, so meios simples para a converso de materiais brutos e "crus" em produtos teis. Os antroplogos descobriram muitas casas e ferramentas humanas feitas diretamente a partir dos recursos naturais.

A descoberta e o conseqente uso do fogo foi um ponto chave na evoluo tecnolgica do homem, permitindo um melhor aproveitamento dos alimentos e o aproveitamento dos recursos naturais que necessitam do calor para serem teis. A madeira e o carvo de lenha esto entre os primeiros materiais usados como combustvel. A madeira, a argila e a rocha (tal como a pedra calcria) estavam entre os materiais mais adiantados a serem tratados pelo fogo, para fazer as armas, cermica, tijolos e cimento, entre outros materiais. As melhorias continuaram com a fornalha, que permitiu a habilidade de derreter e forjar o metal (tal como o cobre, 8000 aC.), e eventualmente a descoberta das ligas, tais como o bronze (4000 a.C.). Os primeiros usos do ferro e do ao datam de 1400 a.C..

Avio de caa F-16 FalconAs ferramentas mais sofisticadas incluem desde mquinas simples como a alavanca (300 a.C.), o parafuso (400 a.C.) e a polia, at a maquinaria complexa como o computador, os dispositivos de telecomunicaes, o motor eltrico, o motor a jato, entre muitos outros. As ferramentas e mquinas aumentam em complexidade na mesma proporo em que o conhecimento cientfico se expande.

A maior parte das novidades tecnolgicas costumam ser primeiramente empregadas na engenharia, na medicina, na informtica e no ramo militar. Com isso, o pblico domstico acaba sendo o ltimo a se beneficiar da alta tecnologia, j que ferramentas complexas requerem uma manufatura complexa, aumentando drasticamente o preo final do produto.

A energia pode ser obtida do vento, da gua, dos hidrocarbonetos e da fuso nuclear. A gua fornece a energia com o processo da gerao denominado hidroenergia. O vento fornece a energia a partir das correntes do vento, usando moinhos de vento. H trs fontes principais dos hidrocarbonetos, ao lado da madeira e de seu carvo, gs natural e petrleo. O carvo e o gs natural so usados quase exclusivamente como uma fonte de energia. O coque usado na manufatura dos metais, particularmente de ao. O petrleo amplamente usado como fonte de energia (gasolina e diesel) e tambm um recurso natural usado na fabricao de plsticos e outros materiais sintticos. Alguns dos mais recentes avanos no ramo da gerao de energia incluem a habilidade de usar a energia nuclear, derivada dos combustveis tais como o urnio, e a habilidade de usar o hidrognio como fonte de energia limpa e barata.

Nos tempos atuais, os denominados sistemas digitais tem ganhado cada vez mais espao entre as inovaes tecnolgicas. Grande parte dos instrumentos tecnolgicos de hoje envolvem sistemas digitais, principalmente no caso dos computadores.

III Globalizao e ConcentraoA capacidade de difundir informaes de modo barato e quase instantneo pelo mundo no parece estar levando somente a uma melhor distribuio da competncia cientfica, mas tambm sua crescente concentrao. O fenmeno semelhante ao que ocorre quando novas estradas ligam cidades modernas e centrais a reas e regies perifricas.

A tecnologia da moderna comunicao, contudo, tambm est estimulando uma tendncia oposta. Os computadores pessoais tornaram a edio em pequena escala uma atividade simples e acessvel, a televiso por satlite e cabo ameaa ambas as extremidades do monoplio das redes nacionais de TV e os baixos custos da comunicao permitem fluxos simultneos em todas as direes.

O modo pelo qual essa transformao est afetando a cincia e a tecnologia ainda no foi suficientemente explorado, mas tambm aqui devem ocorrer paradoxos. (Um paradoxo uma declarao aparentemente verdadeira que leva a uma contradio lgica, ou a uma situao que contradiz a intuio comum. Em termos simples, um paradoxo "o oposto do que algum pensa ser a verdade"). Os complexos produtos da moderna tecnologia se apresentam de forma cada vez mais simples no s para o comprador final de bens de consumo (tudo funciona com o aperto de um boto), mas, em muitos casos, tambm para o trabalhador da linha de montagem. H duas interpretaes opostas dessa tendncia. Uma a teoria do deskill, ou da desqualificao do trabalho: ela afirma que, na medida em que a intensidade de conhecimento aumenta, o trabalhador se desqualifica, j que o

conhecimento fica corporificado nos equipamentos e apropriado por um grupo restrito de trabalhadores especializados. A evidncia disso seria o crescimento da utilizao de trabalhadores disciplinados e baratos nas linhas de montagem de pases menos desenvolvidos, para a produo de produtos eletrnicos e bens de consumo de alta tecnologia.A interpretao oposta sustenta que a desqualificao foi uma caracterstica da revoluo industrial das primeiras dcadas deste sculo, caracterizada pelo trabalho repetitivo nas linhas de montagem. Hoje, no entanto, a produo industrial requereria pessoas melhor instrudas e treinadas, aptas a compreender e a desempenhar seu trabalho de maneira integral e no segmentada.Nesta interpretao estaramos vivendo uma nova revoluo industrial que tenderia a recuperar, em um outro nvel, a tradio de competncia artesanal que foi perdida com as linhas de montagem. O trabalhador moderno deveria ter, sobretudo, habilidades genricas. A automao tenderia, no a aumentar o uso do trabalhador desqualificado, mas a elimin-lo totalmente, concentrando a produo e a riqueza, naquelas sociedades capazes de incorporar trabalho qualificado em todos os nveis do processo.

As tecnologias modernas podem tanto desqualificar o trabalhador (a automao bancria, por exemplo, que banaliza os trabalhos dos caixas de banco), como se apoiar na dedicao, diligncia e competncia dos trabalhadores em utilizar instrumentos e procedimentos complexos, por exemplo, as modernas indstrias automobilsticas. Tudo depende , em grande parte, da existncia de uma populao educada e capaz de se incorporar ao processo produtivo em determinada regio ao pas, que tender a concentrar os processos produtivos mais complexos e intensivos de trabalho qualificado. A conseqncia uma diviso de trabalho que j est acontecendo entre as naes e regies com alta tecnologia e o resto do mundo, com as tarefas mais complexas mais rendosas, reservadas para os primeiros e as tarefas rotineiras e mais baratas cabendo aos segundos. A automao, contudo, reduz a necessidade do trabalho disciplinado e no qualificado, deixando as regies de baixa tecnologia como meros consumidores mas sem a renda para pagar pelos produtos.A moderna cincia e tecnologia so compatveis tanto com uma populao qualificada por um sistema educacional que proporciona as habilidades gerais necessrias para a manipulao dos servios e equipamentos modernos e o uso complexo e sofisticado de seus produtos.

Existem duas constataes presentes na literatura brasileira recente sobre a questo da inovao, que se constituem em importantes desafios para os pesquisadores e gestores da rea de Planejamento e Gesto de Cincia e Tecnologia (PGCT). A primeira a da escassa capacitao tecnolgica, ou baixa propenso a inovar, das empresas nacionais; a segunda, cuja implicao para o equacionamento da primeira evidente, a da ineficcia das polticas at agora adotadas no Pas para estimular a inovao nas empresas.

Para contornar a segunda e reverter primeira necessrio, porm, avanar no que se entende como debate entre ofertas e demandas tecnolgicas. Entende-se a oferta tecnolgica como sendo oriunda das atividades de pesquisa cientficas e tecnolgicas e a demanda, resultado das necessidades das atividades econmicas.

A relao entre ambas envolve uma sintonia entre o que se busca em termos de solues (demandas) e os que se tem em termos de potencial (oferta). Esta situao, porm, vem apresentado-se truncada nos ltimos 30 anos de polticas de C&T (Cincia e Tecnologia) no Brasil. O esquema ofertista linear, copiado dos pases desenvolvidos, nunca pde ser totalmente adotado na realidade brasileira, causando disfunes sistmicas fundamentais. Se a oferta parece pesquisar tpicos de desinteresse da demanda, a demanda parece no sinalizar suas necessidades para a oferta. A fim de elevar este grau de interao necessrio, portanto, conhecer as demandas tecnolgicas existentes. a partir disto que podero ser reorientadas polticas e linhas de pesquisa, bem como ser levantadas oportunidades de inovao. Conceitos e Relaes Para entender, de forma precisa, o caso especfico nacional e o padro de informao que se deve buscar para identificar demandas importante recuperar o paralelo entre o modelo ofertista linear dos pases avanados, contraposto ao adotado de modo parcial no caso brasileiro. A Figura 1, abaixo, apresenta com todas as deficincias inerentes a uma representao grfica, os conceitos e relaes desenvolvidas na seo anterior.

Figura 1- Modelo ofertistas linear nos pases avanados.A grande diferena parece estar, justamente, na ausncia de um reconhecimento formal da demanda tecnolgica como meio de validar a oferta existente, ou seja, de estabelecer um legtimo processo de inovao. Enquanto nos pases avanados a oferta tecnolgica dever ser interpretada pela atividade de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) das empresas, as quais iro adaptar as tecnologias disponveis segundo suas necessidades produtivas.

No Brasil, a oferta parece ser a nica alternativa para a inovao. Como visto na seo anterior, a falta de "interpretao" interna, reforava a falta de sintonia entre atividade econmica e atividade de cincia e tecnologia inviabiliza a inovao a partir da relao entre oferta e demanda tecnolgica.

Figura 2 Modelo ofertista linear no Brasil.Isto, porm, no retira das empresas sua capacidade de inovar. Esta pode no se apresentar na forma de atividade formal de P&D ou engenharia, mas certamente ter resultados positivos a partir do processo de resoluo de problemas.

Considerando que as operaes produtivas realizadas no mbito de uma empresa subentendem a existncia de uma rotina eficiente, nos momentos em que existe um afastamento desta rotina que ocorrem problemas. A existncia destes problemas implicam nas demandas tecnolgicas. Se a rotina a tecnologia em uso, o problema tudo aquilo que impede o funcionamento adequado, rotineiro, de uma tecnologia e a demanda traduz a necessidade de mudana (soluo e inovao) a ser realizada para recolocar esta tecnologia em uma nova rotina eficiente. Estes trs conceitos se interrelacionam como mostra a figura 2 abaixo.

Figura 3 Relao Tecnologia Problema Demanda Tecnolgica

Esta figura mostra que, para se identificar demandas tecnolgicas, no basta conhecer a tecnologia em si. necessrio conhecer os problemas que esto envolvidos com o uso presente da tecnologia em questo. Essas demandas podem ser supridas internamente empresa, constituindo-se em solues oriundas de projetos prprios de P&D e engenharia, ou ento, supridas por agentes externos. Neste caso, trata-se de resultados de pesquisas realizadas em institutos de pesquisa, universidades, outras empresas, etc., cujo resultado , posteriormente, aplicado produo. De qualquer forma, o ataque aos problemas ter que ser concebido pela empresa. Como anteriormente analisado, um desafio recorrente da poltica nacional de C&T tem sido o fato de que a estrutura interna das empresas brasileiras para resolver os problemas produtivos deficiente. E que, dado que os problemas existem, eles que tero que ser transformados em demandas capazes de ter, na oferta tecnolgica das instituies, uma fonte mais eficiente de solues. Neste sentido, a relao pesquisa-produo ganha o esquema posposto da Figura-3, abaixo.

Figura 4 - Relao Pesquisa-ProduoO acima indicado permite entender que preciso tomar conhecimento do espectro vivel de ao (ou espao de governabilidade) das empresas (espao total, parcial ou nulo) com relao s suas demandas, isto , quais dos seus problemas e suas respectivas solues, bem como o tempo de soluo (curto, mdio ou longo prazo), a empresa pode lidar. a partir disto que se poder saber o que dever ser objeto, por exemplo, de polticas pblicas em C&T ou de projetos empresariais de inovao.

IV O que Tecnologia?

Cincia e tecnologiaA cincia e a tecnologia sempre estiveram muito prximas uma da outra. Geralmente, a cincia o estudo da natureza rigorosamente de acordo com o mtodo cientfico. A tecnologia, por sua vez, a aplicao de tal conhecimento cientfico para conseguir um resultado prtico. Como exemplo, a cincia pde estudar o fluxo dos eltrons em uma corrente eltrica. Este conhecimento foi e continua sendo usado para a fabricao de produtos eletrnicos, tais como semicondutores, computadores e outros produtos de alta tecnologia. Esta relao prxima entre cincia e tecnologia contribui decisivamente para a crescente especializao dos ramos cientficos. Por exemplo, a fsica se dividiu em diversos outros ramos menores como a acstica e a mecnica, e estes ramos por sua vez sofreram sucessivas divises. O resultado o surgimento de ramos cientficos bem especficos e especialmente destinados ao aperfeioamento da

tecnologia, de acordo com este quesito podemos citar a aerodinmica, a geotecnia, a hidrodinmica, a petrologia e a terramecnica.

Lista de TecnologiasTecnologias clssicas Agricultura

Astronomia

Roupa

Fogo

Medicina

Minerao

Parafuso

Roda

Transportes

Escrita Tecnologias avanadas Hidrulica

pneumtica

Gentica

Biotecnologia

Armazenamento de energia

Purificao de gua

Instrumentao

Metalurgia

Microondas

Microtecnologia

Microfluidos

Engenharia molecular

Nanotecnologia

Reator nuclear

Energia nuclear

Fuso nuclear

Raios X

Armas nucleares

Armas qumicas

Armas biolgicas Tecnologias de comunicao Satlite artificial

Fotografia

Vdeo

Reproduo de msica

Gravao digital

Tecnologia de udio e som Tecnologia eltrica fundamental Eletricidade

Resistor

Indutor

Energia eltrica

Capacitor

Gerao de eletricidade

Transmisso de energia eltrica

Distribuio da eletricidade

Controle de energia

Motor eltrico

Tecnologia de informao

Semicondutor

Tubo de vcuo

Eletrnica

Transistor

Circuitos integrados

Informtica

Singularidade Tecnolgica

Singularidade tecnolgica a denominao dada a um evento histrico previsto para o futuro no qual a humanidade atravessar um estgio de colossal avano tecnolgico em um curtssimo espao de tempo.

Fundamentos tericosBaseando-se em avanos nas reas da informtica, inteligncia artificial, medicina, astronomia, nanotecnologia, gentica e biotecnologia, muitos estudiosos acreditam que nas prximas dcadas a humanidade ir atravessar a singularidade tecnolgica e impossvel prever o que acontecer depois deste perodo.

A acelerao do progresso cientfico e tecnolgico tornou-se, nos ltimos 300 anos, a caracterstica mais marcante da histria da humanidade. Desde o surgimento da cincia com Galileu Galilei, Isaac Newton e Leibnitz profundas mudanas polticas e econmicas ocorreram em todos os pases. Tais mudanas se fazem mais notveis nos ltimos 30 anos com a exploso da era digital e do capitalismo financeiro.

Ainda no existe consenso sobre quais seriam os agentes responsveis pela singularidade tecnolgica, alguns acreditam que ela decorrer naturalmente, como conseqncia dos acelerados avanos cientficos, outros acreditam que o surgimento iminente de supercomputadores dotados da chamada superinteligncia ser a base de tais avanos - argumenta-se em favor disso que somente com uma inteligncia superior a humana poderamos ter avanos cientficos e tecnolgicos to rpidos e importantes. H tambm quem acredite na integrao homem-computador para o surgimento da superinteligncia, mas a tecnologia necessria para tal pode estar mais distante de ser alcanada do que a inteligncia artificial.

Vrios cientistas, entre eles Vernor Vinge e Raymond Kurzweil, e tambm alguns filsofos afirmam que a singularidade tecnolgica um evento histrico de importncia semelhante ao aparecimento da inteligncia humana na Terra. Outros, mais levianos, afirmam que a singularidade tecnolgica para o sculo XXI o que a revoluo industrial foi para o sculo XVIII ou simplesmente que a singularidade tecnolgica na verdade a quarta revoluo industrial.Estimativas

Quadro representativo sobre as previses de Gordon Moore em relao ao aumento do poder de processamento dos computadores.

Para fazer uma estimativa precisa de quando exatamente a inteligncia artificial conseguir alcanar nveis superiores a inteligncia humana muitos ndices tem sido usados e comparados. A lei de Moore, em vigor h mais de 30 anos, segundo a qual a cada 18 meses a capacidade de processamento dos computadores dobra, enquanto os custos permanecem constantes, extensamente usada como modelo nos estudos sobre singularidade tecnolgica.

No modelo de singularidade tecnolgica como conseqncia natural do acelerado progresso tcnico-cientfico vrios outros ndices tambm tem sido utilizados, dentre eles podemos destacar o nmero crescente de publicaes cientficas anuais, o nmero crescente de patentes registradas e a crescente concorrncia econmica e industrial internacional.

A maior parte daqueles que pesquisam ou discutem a singularidade tecnolgica acreditam que esta possa decorrer entre os anos de 2025 e 2070, embora seja perfeitamente possvel que esta demore mais a ocorrer ou, simplesmente, no ocorra.

Perigos potenciaisExiste atualmente uma complexa discusso sobre os perigos que a singularidade tecnolgica poder trazer humanidade.

Segundo muito estudiosos, um intelecto artificial muito superior aos melhores crebros humanos em praticamente todas as reas, incluindo criatividade cientfica, sabedoria geral e habilidade social, no teria porqu estar submisso a ns. De acordo com esta linha de racioconio, Vernor Vinge aposta na rebelao das mquinas inteligentes contra os homens, o que poderia resultar em um extermnio total ou na escravizao da raa humana aps uma guerra de grandes propores, muitas vezes apontada como uma possvel Terceira Guerra Mundial. Ao lado de Vernor Vinge, temos tambm Bill Joy, fundador da Sun Microsystems, que publicou no ano 2000 o, atualmente famoso, artigo "Por que o futuro no precisa de ns?", onde defende a idia de que as mquinas inteligentes e auto-replicantes so perigosas demais e podero facilmente fugir do nosso controle.

Tradicionalmente argumenta-se que os homens jamais iriam entregar o poder s mquinas ou dar-lhes a capacidade de tom-lo de ns, mas as coisas podem se suceder de forma diferente, j que o grau de dependncia do homem aumentar paulatinamente at chegar a um ponto em que no restem alternativas seno a de aceitar as decises tomadas pelas mquinas. Na mesma proporo em que os problemas da sociedade se tornarem mais complexos e as mquinas mais inteligentes, cada vez mais decises sero tomadas por elas simplesmente por serem mais eficazes que as tomadas pelos humanos. Isso pode levar a um estgio em que a nossa dependncia em relao s mquinas transforme-se no domnio pacfico das mesmas sobre ns, o que no descarta a possibilidade de um domnio agressivo.

V Gesto TecnolgicaO termo gesto da tecnologia teve origem na segunda metade da dcada de 1980 nos Estados Unidos da Amrica - EUA, envolvendo governo, empresas e universidades,visando o desenvolvimento, estudo e pesquisas de todos os aspectos correlacionados s tecnologias de produto e processo das organizaes, dentro da abordagem da teoria organizacional das empresas.

Dentro da gesto da tecnologia podemos incorporar os conceitos de microtecnologia de produtos e processos, de acordo com a Figura 05. Alm do desdobramento da microtecnologia em tecnologia principal e tecnologias complementares, sero considerados aspectos estratgicos e operacionais relacionados s tecnologias, desenvolvimento de produtos e processos, bem como sua insero no planejamento estratgico da empresa indicam que a questo crucial se concentra nas vantagens e desvantagens do desenvolvimento ou compra de tecnologia Figura 5 - Microtecnologia: Conjunto de Tecnologias de Um Produto ou ProcessoVI - Inovao Tecnolgica e Produo de Conhecimento nas Grandes Empresas

A inovao e o conhecimento so, hoje, os principais fatores que determinam a competitividade de setores, pases e empresas. A capacitao das empresas na produo e no uso do conhecimento fundamental na corrida para a competitividade. As etapas de inveno e inovao so interativas, e isso percebido pelo crescente aumento das atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) nas instituies responsveis pela comercializao das inovaes: as empresas. Cincia e tecnologia (C&T) no so independentes e tm envolvimento sinrgico.Deve-se entender que inovao no algo que ocorra apenas em pases avanados, em indstrias de alta tecnologia. O processo inovativo ocorre quando a empresa domina e implementa o design e a produo de bens e servios que sejam novos para ela, independente do fato de serem novos ou no para os seus concorrentes. Dessa forma, pode se avaliar o esse processo no apenas em gastos de P&D, mas na contribuio dada por produtos novos s vendas, nos diferentes setores industriais.

Observa-se que os setores que concentram maior esforo tecnolgico, ou sejam, empregam maior nmero empregados nas atividades de P&D so os setores de computadores, materiais eletrnicos e telecomunicaes e transportes (aviao e ferroviria). Mais de vinte setores empregam menos que 3% dos seus empregados para atividades de pesquisas. Esses setores incluem, por exemplo, indstria qumica e farmacutica (cuja maior parte das atividades de P&D feita na matriz), txtil, alimentcio, veculos automotivos, etc.Ironicamente, os setores que agregam maior volume de cientistas e engenheiros so chamados setores no baseados na cincia, tais como refinamento de leo, metais bsicos, produtos plsticos e de borracha, produtos minerais no metlicos e polpa e papel. Tambm o setor qumico assim considerado, porque a maioria da atividade de P&D em petroqumica bsica e intermediria.Observa-se que as indstrias que tm maior atividade em P&D so aquelas controladas total ou parcialmente por capital estrangeiro. As empresas controladas totalmente por capital nacional em geral acreditam que a inovao se d adquirindo tecnologia, no produzindo conhecimento ou desenvolvendo processos inovativos. Assim, o grupo que apresenta melhor performance inovativa o grupo das transnacionais. O tamanho das empresas tambm influencia no desempenho tecnolgico. As maiores empresas so as que mais investem em P&D e a reconhecem como fonte de inovao. Entretanto, a maior parte das atividades de P&D se resumem aos processos de adaptao dos produtos e processos para o mercado nacional. Alm disso, no Brasil so realizadas tambm as adaptaes para os outros mercados sul americanos e, possivelmente, esse fator que explica a maior intensidade e atividade tecnolgica observada nas grandes transnacionais. As empresas nacionais ainda no reconhecem as atividades de P&D e o processo inovativo como essenciais para que se tornem competitivas. importante considerar os fatores de competitividade das empresas transnacionais: um deles o acesso a capital de investimento por menor custo (se comparados pelos preos pagos pelas firmas locais) e seu maior tamanho. O aspecto mais relevante o acesso aos vrios tipos de conhecimento e transferncia de tecnologia das matrizes, o que facilita a acelerao da renovao de produtos e processos. A situao geral que os processos e produtos tecnologicamente novos so originados nos pases industrializados, onde as empresas mantm seus maiores centros de P&D.

VII A Segurana do Trabalho e as Tecnologias AplicveisVisando estabelecer padres de qualidade atravs da implantao e implementao de um Sistema de Gesto de Segurana e Sade Ocupacional e Proteo do Meio Ambiente, os profissionais especializados visam conhecer as tecnologias aplicveis aos mais diversos ramos de atividades, de forma a assegurar para as empresas resultados cada vez mais lucrativos e garantindo a reduo dos custos decorentes dos acidentes do trabalho e doenas ocupacionais.

Dentre as inmeras aes voltadas Segurana e Sade do Trabalhador e Proteo do Meio Ambiente podemos destacar aquelas onde a Tecnologia quando aplicada adequadamente oferecem resultados altamente significativos:

Proteo Coletiva do Trabalhador sistemas e equipamentos de proteo coletiva que garantam ao trabalhador a manuteno das condies ambientais e de trabalho seguro. Proteo Individual do Trabalhador equipamentos de proteo individual que assegure a proteo da sade do trabalhador e sua integridade fsica.

Anlise e Controle do Ambiente Laboral sistemas e equipamentos de medio e amostragem das condies ambientais de trabalho.

Proteo do Meio Ambiente sistemas e equipamentos de controle das emisses areas e efluentes industriais.

Proteo de Mquinas e Equipamentos sistemas de segurana de operao, travamento e isolamento de mquinas e equipamentos.

Treinamento e Conscientizao equipamentos e sistemas de comunicao e ao audiovisual.

Controle e Registro de Dados sistema de controle e registro dos resultados obtidos e de consulta eletrnica da Legislao pertinente.

Ao estabelecer as tecnologias a serem aplicadas para o cumprimento aos padres de Segurana e Sade do trabalhador e Proteo do Meio Ambiente, os profissionais especializados devem assegurar que estas atendam aos critrios legais exigidos e faa parte da estratgia de negcio da empresa, no campo da sustentabilidade e da responsabilidade social.A tecnologia aplicada s atividades desenvolvidas pelos trabalhadores devem ser entendidas como a busca para identificar a soluo que atenda requisitos tcnicos, de custo e de prazo, para superar um problema, seguindo uma metodologia de cinco etapas:1. Caracterizao do problema e suas conseqncias;

2. Identificao de solues convencionais;

3. Identificao de solues no-convencionais;

4. Anlise tcnica, de custos e prazo para cada alternativa;

5. Seleo e consolidao da proposta mais eficiente.

Avaliao do Desempenho Ambiental de Processos Produtivos Atividades industriais, sob todas as suas formas, possuem uma forte interface com o ambiente que as circundam.

Os avanos do conhecimento humano sobre a importncia da preservao do meio ambiente levaram a melhorias significativas das legislaes que tratam sobre o tema, bem como a um aumento do nvel de exigncia da sociedade quanto ao comportamento ambiental das empresas. Por este motivo, de vital importncia a observao de um comportamento ambiental correto, evitando problemas com rgos de controle ambiental e comunidades vizinhas s empresas.

Um dos trabalhos que devem ser realizados pelos profissionais de Segurana, Meio Ambiente e Sade Ocupacional e que envolve uma tecnologia de alto nvel de responsabilidade e eficcia a Avaliao do Desempenho Ambiental de Processos Produtivos, que visa, atravs de tcnicas especficas, identificar a interface ambiental das atividades de uma empresa, observando:

- fontes de emisses atmosfricas, e sua correspondncia aos requisitos legais vigentes;

- fontes de emisses de particulados;

- fontes de gerao de efluentes;

- fontes de gerao de resduos;

- fontes de gerao de resduos slidos;

- fontes de consumo de recursos naturais (gua, energia, papis, etc);

- avaliao de passivos ambientais gerados pelas interfaces (solos e guas subterrneas).

Uma vez identificadas e classificadas estas interfaces, as Tecnologias disponveis devem ser aplicadas de forma a apresentarem solues visando reduo e/ou eliminao destas interfaces, de modo a promover uma melhoria no desempenho ambiental da empresa.

VIII- ConclusoDe fato, a capacidade inventiva ou criadora da tecnologia, nos diversos pases,

funo direta do seu nvel de desenvolvimento scio-cultural-econmico. Nem poderia ser de outro modo, pois, para se atingir a inovao, pressuposto um quadro de conhecimentos bastante amplo e aprofundado. A tecnologia digital tornou possvel a comunicao instantnea entre os mais diversos pontos do planeta, com impactos econmicos, sociais e culturais. Tornou imprescindvel a integrao do Brasil s tecnologias da informao e da comunicao, sem as quais o desenvolvimento da nao no se tornar possvel.Na era da Revoluo Tecnolgica, as ferramentas para o aumento da competitividade da indstria nacional fundam-se necessariamente em investimentos em P&D e em uma poltica consistente de abertura de novos mercados, ao se agregar valor tecnolgico s atividades e aos produtos.

A nova ordem mundial impe necessariamente a implementao de estratgias competitivas, em que produtos com valor tecnolgico agregado so necessrios para a sobrevivncia das empresas. Considerando a importncia dos aspectos relativos ao bem estar laboral e responsabilidade social que envolve os trabalhadores, e todos os demais participantes num processo industrial, podemos afirmar, que a tecnologia vem auxiliar os profissionais responsveis pela implantao e implementao dos sistemas de gesto que garantem a conformidade com os referidos aspectos.

Curso de Tcnico em Segurana do Trabalho

Tecnologia Industrial

Docente: Mauricio Raposo de Souza

Tecnologia Industrial

Tecnologia e Processo Industrial

Pagina 03

, de 24

Tecnologia e Processo Industrial

Pagina 04 de 24

Tecnologia e Processo Industrial

Pagina 05 de 24

Tecnologia e Processo Industrial

Pagina 06 de 24

Tecnologia e Processo Industrial

Pagina 07 de 24

Tecnologia e Processo Industrial

Pagina 08 de 24

Tecnologia e Processo Industrial

Pagina 09 de 24

Tecnologia e Processo Industrial

Pagina 10 de 24

Tecnologia e Processo Industrial

Pagina 11 de 24

Tecnologia e Processo Industrial

Pagina 12 de 24

Tecnologia e Processo Industrial

Pagina 13 de 24

Tecnologia e Processo Industrial

Pagina 14 de 24

Tecnologia (do HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_grega_antiga" \o "Lngua grega antiga" grego "ofcio" e "estudo") um termo que envolve o conhecimento tcnico e HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia" \o "Cincia" cientfico e as ferramentas, processos e materiais criados e/ou utilizados a partir de tal conhecimento. Dependendo do contexto, a tecnologia pode ser:

As HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Ferramentas" \o "Ferramentas" ferramentas e as HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1quinas" \o "Mquinas" mquinas que ajudam a resolver problemas;

As tcnicas, conhecimentos, mtodos, materiais, ferramentas, e processos usados para resolver problemas ou ao menos facilitar a soluo dos mesmos;

Um mtodo ou processo de construo e trabalho (tal como a HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia_de_manufatura" \o "Tecnologia de manufatura" tecnologia de manufatura, a HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Tecnologia_de_infra-estrutura&action=edit&redlink=1" \o "Tecnologia de infra-estrutura (ainda no escrito)" tecnologia de infra-estrutura ou a HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia_espacial" \o "Tecnologia espacial" tecnologia espacial);

A aplicao de recursos para a resoluo de problemas;

O termo tecnologia tambm pode ser usado para descrever o nvel de HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Conhecimento_cient%C3%ADfico" \o "Conhecimento cientfico" conhecimento cientfico, HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Matem%C3%A1tica" \o "Matemtica" matemtico e tcnico de uma determinada cultura;

Na HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Economia" \o "Economia" economia, a tecnologia o estado atual de nosso conhecimento de como combinar recursos para produzir produtos desejados (e nosso conhecimento do que pode ser produzido).

A tecnologia , de uma forma geral, o encontro entre cincia e HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia" \o "Engenharia" engenharia. Sendo um termo que inclui desde as ferramentas e processos simples, tais como uma HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Colher" \o "Colher" colher de madeira e a HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Fermenta%C3%A7%C3%A3o_da_uva&action=edit&redlink=1" \o "Fermentao da uva (ainda no escrito)" fermentao da uva, at as ferramentas e processos mais complexos j criados pelo ser humano, tal como a HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%A3o_Espacial_Internacional" \o "Estao Espacial Internacional" Estao Espacial Internacional e a HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Dessaliniza%C3%A7%C3%A3o" \o "Dessalinizao" dessalinizao da gua do mar. Freqentemente, a tecnologia entra em conflito com algumas preocupaes naturais de nossa sociedade, como o HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Desemprego" \o "Desemprego" desemprego, a HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3o" \o "Poluio" poluio e outras muitas questes HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Ecologia" \o "Ecologia" ecolgicas, HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia" \o "Filosofia" filosficas e HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociologia" \o "Sociologia" sociolgicas.

Tecnologia e Processo Industrial

Pagina 15 de 24

Tecnologia e economia

HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Industrial_Robotics_in_car_production.jpg" \o "Robs industriais em uma montadora de carros." INCLUDEPICTURE "http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/dd/Industrial_Robotics_in_car_production.jpg/230px-Industrial_Robotics_in_car_production.jpg" \* MERGEFORMATINET

Robs industriais em uma montadora de carros.

Existe um equilbrio muito tnue entre as vantagens e as desvantagens que o avano da tecnologia traz para a sociedade. A principal vantagem refletida na HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Produ%C3%A7%C3%A3o_industrial" \o "Produo industrial" produo industrial: a tecnologia torna a produo mais rpida e maior e, sendo assim, o resultado final um produto mais barato e com maior qualidade.

As desvantagens que a tecnologia traz so de tal forma preocupantes que quase superam as vantagens, uma delas a HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3o" \o "Poluio" poluio que, se no for controlada a tempo, evolui para um quadro irreversvel.

Outra desvantagem quanto ao desemprego gerado pelo uso intensivo das mquinas na HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria" \o "Indstria" indstria, na HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura" \o "Agricultura" agricultura e no HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rcio" \o "Comrcio" comrcio. A este tipo de desemprego, no qual o trabalho do homem substitudo pelo trabalho das mquinas, denominamos HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Desemprego_estrutural" \o "Desemprego estrutural" desemprego estrutural. Um dos pases que mais sofrem com este problema o HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Jap%C3%A3o" \o "Japo" Japo, sendo que um dos principais motivos para o crescimento da economia deste pas ter freado a partir da HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_90" \o "Dcada de 90" dcada de 90 foi, justamente, o desemprego estrutural.

Tecnologia e Processo Industrial

Pagina 16 de 24

Tecnologia e Processo Industrial

Pagina 17 de 24

Tecnologia e Processo Industrial

Pagina 18 de 24

Tecnologia e Processo Industrial

Pagina 19 de 24

Tecnologia e Processo Industrial

Pagina 20 de 24

Tecnologia e Processo Industrial

Pagina 21 de 24

Tecnologia e Processo Industrial

Pagina 22 de 24

Tecnologia e Processo Industrial

Pagina 23 de 24

Desenvolvimento de Projetos Especiais

Os profissionais em Segurana, Meio Ambiente e Sade Ocupacional devero participar dos grupos de desenvolvimento de projetos especiais visando solues para problemas no-freqentes: conceitos tcnicos seguros e econmicos, e prazos compatveis com as necessidades da empresa no que se refere estratgia de negcios, principalmente quando se requer velocidade de resposta na interao entre os diferentes estgios que levam concretizao de um equipamento ou processo.

Servios de desenvolvimento tecnolgico:

- Avaliao de processos industriais, a partir da conceituao tcnica, visando assegurar um controle eficaz sobre todas as suas etapas;

- Desenvolvimento de novas tecnologias voltadas para a soluo de problemas especficos apresentados pelo processo;

- Desenvolvimento de solues alternativas para processos e produtos j existentes, visando maior eficcia sobre a proteo do trabalhador e do meio ambiente ;

- Desenvolvimento de processos de produo alternativos, calcados no conceito de tecnologias limpas, buscando minimizar os efeitos sobre o meio ambiente;

- Elaborao de diagnsticos ambientais, identificando os tipos de resduos e encaminhando solues para sua minimizao final;

- Elaborao de projetos executivos, at os nveis necessrios recomendao das Tecnologias aplicveis e dos equipamentos e materiais at a construo e montagem das instalaes.

INCLUDEPICTURE "http://www.apliquim.com.br/imagens/fotos03.jpg" \* MERGEFORMATINET

Tecnologia e Processo Industrial

Pagina 24 de 24

Eu agora diria a ns, como educadores e educadoras: ai daqueles e daquelas, entre ns, que pararem com sua capacidade de sonhar, de inventar, a sua coragem de denunciar e anunciar. Ai daqueles e daquelas que, em lugar de vez em quando visitarem o amanh, o futuro, pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e agora, ai daqueles e daquelas que em lugar desta viagem constante ao amanh, se atrelem a um passado de explorao e de rotina.

(Freire, 1982)