Upload
others
View
1
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Professora : Raquel Soeiro Mestre em Ensino na Saúde – UFF Graduação em Enfermagem e Licenciatura -UFF Enfermeira Especialista em Enfermagem em Emergência - UGF Enfermeira Especialista em Saúde da Família - UCM
São situações clinicas do sistema cardiovascular que podem gerar uma urgência ou emergência mesmo que em tratamento.
As urgências e emergências cardiovasculares são responsáveis por um alto índice de mortalidade no Brasil.
Insuficiência Cardíaca Congestiva
Insuficiência cardíaca é uma incapacidade de o coração bombear o sangue em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo,provocando uma congestão (acúmulo) de sangue e líquidos nos órgãos.
A insuficiência cardíaca pode atingir inicialmente um lado do coração (direito ou esquerdo), mas, posteriormente, tornar-se global.
Se o lado esquerdo do coração não tiver uma força de contração suficiente para impulsionar todo o sangue que chega dos pulmões para o organismo, a tendência é hipertrofiar e o sangue ir se acumulando dentro dos pulmões, provocando edema pulmonar.
Fonte: Google
Por outro lado, se a insuficiência
ocorrer no lado direito, que normalmente deve receber o sangue do organismo e bombear para os pulmões para ser oxigenado, devido a falha cardíaca direita, irá dilatar o ventrículo direito, prejudicarão oxigenação do sangue e o sangue tenderá a retornar para os locais de onde veio, (organismo) ocorrendo um acúmulo de líquidos nos órgãos da grande circulação.
Se inicia no pronto-socorro realizando os procedimentos de emergência como
Posicionamento do paciente em decúbito elevado,
Instalação de monitorização multiparamétrica (oximetria de pulso, frequência cardíaca, atividade elétrica, pressão arterial, entre outros)
Oxigenoterapia,
Punção venosa e administração de medicamentos para diminuição do edema agudo, tais como: diurético, broncodilatadores, sedativos, cardiotônicos e vasodilatadores (arteriais e/ou venosos).
Medicamentos sintomáticos são utilizados de acordo com a necessidade e evolução do paciente.
Infarto Agudo do Miocárdio
Fonte: Google
O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) se dá por uma oclusão da artéria coronária, através da formação de um coágulo ou placa de ateroma, diminuindo o fluxo sanguíneo e levando parte do miocárdio à um processo de necrose.
Fonte : google
OBS: Os fatores que predispõem o IAM estão relacionados à
idade, colesterol alto, diabetes, tabagismo, obesidade e fatores hereditários.
Os sinais e sintomas mais frequentes são a dor
torácica persistente, de início súbito e forte intensidade, localizada sobre a região esternal com irradiação para o braço esquerdo e mandíbula. Esta dor pode vir acompanhada de sudorese, náusea, vômito, palidez, podendo ocorrer uma síncope.
O diagnóstico é feito associando os sinais e sintomas,
ECG e exames laboratoriais.
Angina
Fonte: Google
A angina, também chamada de angina de peito ou angina pectoris, é um tipo de dor no peito de origem isquêmica que surge quando o miocárdio (músculo do coração) recebe menos sangue que o necessário para o seu normal funcionamento.
Assim como qualquer músculo do organismo, o músculo cardíaco precisa de oxigênio
para poder desempenhar adequadamente suas funções, que nesse caso específico é bombear o sangue para todo o corpo. Quando fazemos esforço, a demanda por oxigênio do coração aumenta proporcionalmente à intensidade do exercício. Em
contrapartida, quando estamos em repouso, o coração pode bater mais lentamente e a sua demanda por oxigênio fica mais baixa.
Angina estável A angina estável é um quadro de dor no peito típica e previsível, que surge quando o a
pessoa faz alguma atividade física ou sofre algum estresse emocional. A dor desaparece após alguns minutos em repouso ou quando o paciente utiliza um medicamento dilatador das artérias coronarianas, como nitrato sublingual.
o paciente mais ou menos sabe o tipo de esforço que pode fazer sem desencadear dor.
Angina instável Angina que surge em repouso.
Dor anginosa que dura mais de 20 minutos.
Dor anginosa que surge de forma imprevisível.
Angina em crescimento, ou seja, angina previamente diagnosticada que apresenta rápido agravamento
OBS: Distinguir clinicamente uma angina instável de um infarto agudo do miocárdio é muito difícil, pois os sintomas são praticamente iguais. Para tal, costumam ser necessários o eletrocardiograma e a dosagem das enzimas cardíacas .
Angina Instável Infarto Agudo do Miocárdio
normalmente é menor do que 30 minutos
A dor A dor excede 30 minutos
Paciente refere melhora da dor após administração de Vasodilatadores
Paciente não responde quando medicado com vasodilatadores
O repouso pode melhorar a dor A dor não melhora com o repouso
A atuação do técnico de enfermagem começa a partir da entrada do paciente na sala de emergência e continua na unidade coronariana. É fundamental que esteja capacitado a realizar, conforme conduta médica:
◦ a instalação de oxigenoterapia
◦ punção de acesso venoso,
◦ realização do ECG,
◦ administração de vasodilatadores, anticoagulantes, trombolíticos,antiagregantes plaquetários
◦ monitorização contínua dos parâmetros vitais incluindo o 5º sinal vital (dor).
◦ É importante estar atento à dor e/ou à recorrência da mesma.
Arritmia é um distúrbio do ritmo cardíaco, caracterizadas por um distúrbio no sistema de condução elétrica do coração como também na formação desse estímulo. Algumas vezes esse problema pode estar na associação desses dois elementos.
Provoca a sensação de que o coração deixou de dar uma batida.
Na maioria das vezes, se ocorre ocasionalmente, esse fato não tem consequências.
Em alguns casos, porém, pode ser sinal de um problema mais grave.
O ritmo das batidas de um coração normal descansado é de 60 a 100 por minuto.
Quando a frequência cardíaca do paciente estiver elevada denominamos de taquiarritmias ou taquicardia e quando a frequência estiver baixa denominamos bradiarritmias ou bradicardia.
Batimentos extras nos átrios :arritmias supraventriculares ou atriais.
Batimentos extras em ventrículos: arritmias ventriculares.
É fundamental para o estabelecimento do diagnostico a realização de pelo menos um eletrocardiograma (ECG) que demonstre a atividade elétrica do coração visando detectar qual o tipo de arritmia
O implante de marcapasso destinado a bradiarritmias,
O cardioversor /desfibrilador implantável (CDI) para arritmias do tipo fibrilação ventricular
Tratamento medicamentoso que são drogas antiarrítmicas utilizadas para vários tipos de taquiarritmias. ( amiodarona, adesnosina)
Monitorização cardíaca,
Punção de um acesso venoso calibroso,
Preparo do cardioversor e de medicações sedativas e antiarrítmicas.
É importante que o técnico de enfermagem conheça a ação das drogas e seus efeitos colaterais, orientando o paciente sobre as possíveis reações, inclusive no momento da administração.
Realizar ECG, observar alterações de frequência cardíaca e padrão da atividade elétrica são fundamentais para acompanhar a evolução do paciente.
É definida como situação na qual ocorre elevação importante da PAS, associada ou não a lesão de órgão alvo irreversível.
São situações em que a PAS está elevada, com PAD >120mmHg, porém são mínimas ou mesmo não se observam lesão de órgão alvo.
Sinais e sintomas
◦ Cefaléia
◦ Sudorese fria
◦ Dor na nuca sem rigidez
◦ Mal estar geral
◦ Ansiedade
Verificar e anotar sinais vitais e PA
Verificar e anotar PA 2/2 horas ou menos se necessário
Promover ambiente tranquilo e livre de condições que possam interferir para o aumento da PA
Administrar dieta hipossódica
Orientar repouso relativo no leito
Atentar intervalos da adm. de Medicamentos ( nifedipino, captopril, hidralazina, furosemida e ansiolíticos
A parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como a interrupção das atividades respiratória e circulatória efetivas. A intervenção prevê a aplicação de um conjunto de procedimentos de emergência para restabelecer a oxigenação e a circulação, ou seja, a ressuscitação cardiopulmonar (RCP).
◦ Massagem cardíaca
◦ Desfibrilação : PCR com os ritmos de fibrilação ventricular (FV) e taquicardia ventricular (TV). Choque é empregado e imediatamente cinco ciclos de compressão/ventilação são recomeçados.
◦ Administração de drogas ( adrenalina)
◦ Intubação
Insuficiência respiratória
O conceito de insuficiência respiratória (IR) compreende a dificuldade encontrada pelo sistema respiratório em desempenhar adequadamente sua principal função, ou seja, a promoção das trocas gasosas. Pode-se apresentar de várias formas clínicas decorrentes de condições variadas.
Definição: De uma forma abrangente, é um grupo de doenças
como: bronquite, asma brônquica e enfisema pulmonar.
Todas levam a uma condição irreversível associada à dispneia e fluxo aéreo reduzido.
A obstrução do fluxo aéreo é geralmente progressiva e está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas ou gases tóxicos, causada primariamente pelo tabagismo.
No hospital, o paciente recebe, além do suporte ventilatório, drogas que facilitam a expansão pulmonar e favorecem a hematose. A fisioterapia respiratória é de suma importância porque auxilia, por meio de exercícios, a expansibilidade pulmonar.
O edema agudo de pulmão (EAP) é um evento que acontece e forma clínica, e que é
caracterizado por um acúmulo súbito e anormal de líquido nos espaços
extravasculares do pulmão com interferência nas trocas gasosas pulmonares e
redução da pressão parcial de oxigênio no sangue arterial . Representa uma das mais
dolorosas e dramáticas síndromes cardiorrespiratórias.
(TARANTINO, 2007)..
Fonte:Google
Os pacientes desenvolvem dispneia intensa,
Inquietação e ansiedade, além de sensação de sufocação.
São comuns tosse produtiva com expectoração sanguinolenta, palidez, cianose, diaforese intensa;
Alguns pacientes espumam pela boca.
O pulso é rápido e de baixo volume e a PA é variável.
Podem ocorrer sibilos intensos (asma cardíaca).
- Posicionar paciente
- Puncionar acesso venoso calibroso
-Ofertar Oxigênio
-Monitorização cardíaca
-Instalar oximetria de pulso
-Administrar drogas
Tratamento :
Fonte:Google
Crise convulsiva
Traumatismo crânio – encefálico
AVE
A convulsão acontece por causa de uma falha na
condução elétrica no cérebro, levando à maior atividade elétrica em algum ponto suscetível deste, o que provoca os sintomas da crise convulsiva (abalos musculares, perda da consciência, salivação, e em alguns casos perda esfincteriana – diurese e evacuação espontânea durante as crises).
Fonte: Google
O que fazer durante uma crise convulsiva: • Mantenha-se calmo e acalme as pessoas ao seu
redor;
• Evite que a pessoa caia bruscamente ao chão;
• Acomode o indivíduo em local sem objetos dos
quais ela pode se debater e se machucar;
• Utilize material macio para acomodar a cabeça do
individuo, como por exemplo; um travesseiro, casaco
dobrado ou outro material disponível que seja macio;
• Posicione o indivíduo de lado de forma que o
excesso de saliva ou vômito (pode ocorrer em alguns
casos) escorram para fora da boca;
• Afrouxe um pouco as roupas para que a pessoa
respire melhor;
• Permaneça ao lado da vítima até que ela recupere a
consciência;
•Ao término da convulsão a pessoa poderá se sentir
cansada e confusa, explique o que ocorreu e ofereça
auxílio para chamar um familiar.
•Observe a duração da crise convulsiva, caso seja
superior a 5 minutos sem sinais de melhora, peça
ajuda médica
Fonte: Goocle
Acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea, podendo ser de
origem isquêmica ou hemorrágica.
Fonte: Google
Coma é o estado em que uma pessoa fica com a consciência comprometida e demonstra pouca ou nenhuma reação a estímulos, não sendo capaz de abrir os olhos, pronunciar palavras nem obedecer a comandos simples.
"O coma é um sinal de que o enfermo apresenta uma doença grave que está comprometendo o sistema nervoso central
Essas enfermidades podem tanto estar diretamente relacionadas ao sistema nervoso central, como tumores, meningite, acidente vascular cerebral e traumas cranioencefálicos, quanto afetar indiretamente o funcionamento das células nervosas, que podem ser desde problemas metabólicos, como o diabetes, até paradas cardíacas, insuficiência respiratória, perda de sangue, intoxicação etc. "
O coma tem vários graus e o mais profundo deles é quando a pessoa não reage a qualquer estímulo. Apesar de variar muito de acordo com cada caso, em geral o paciente fica com a parte respiratória prejudicada, necessitando da ajuda de tubos e aparelhos.
"A função cardíaca também pode estar normal ou comprometida e, dependendo da situação, a pessoa pode precisar de uma droga para mantê-la",
Já a alimentação costuma ser feita por meio de sonda. ( alimentação enteral). Prepara-se uma composição de nutrientes específicos que vão direto para o estômago ou o intestino delgado.
Sedação é uma técnica que permite a diminuição do nível de consciência do doente sem afetar a capacidade de respirar, responder a estímulos físicos ou a comandos verbais.
O coma induzido é uma sedação profunda que é feita para ajudar a recuperação de um paciente que está muito grave, como pode acontecer após um AVC, trauma cerebral, infarto ou em doenças pulmonares graves.
O coma é induzido para que o cérebro e corpo tenham maiores chances de se recuperar, já que o organismo vai poupar energia por não estar ativo, além de que e a pessoa não sentirá dores ou desconfortos por causa da condição grave.
A escala de coma de Glasgow é um método para definir o estado neurológico de pacientes com uma lesão cerebral aguda, Traumatismo Craniano e/ou com rebaixamentos neurológicos, analisando seu nível de consciência.
Esse importante recurso foi atualizado em abril de 2018 e é muito utilizado por profissionais de saúde logo após o trauma e/ou rebaixamento neurológico, auxiliando no prognóstico da vítima e
na prevenção de eventuais sequelas.
Não se deve utilizar a ECG-P em pacientes sedados, por exemplo. Nesses pacientes, recomenda-se utilizar escalas de sedação.
A escala considera três fatores principais e determina uma pontuação de acordo com o nível de consciência apontada em cada um desses casos (espontaneamente ou através de estímulo). São eles: Abertura ocular, Resposta verbal e Melhor resposta motora.
Após a análise desses fatores, a publicação de 2018 indica mais um ponto a ser observado: a Reatividade pupilar
O pior resultado apresenta a menor pontuação. Deste modo, na nova versão (ECG-P), a pontuação varia de 1 a 15.
A primeira opção é uma resposta normal do paciente (nota 15) e a pior pontuação é nota 3
“Imagine que você é chamado para avaliar um paciente que tenha sido projetado do assento do passageiro de um carro em alta velocidade. Ele não faz movimentos oculares, verbais ou motores espontâneos, nem em resposta às suas solicitações verbais. Quando estimulados, os olhos dele não abrem (1) e ele emite apenas sons incompreensíveis (2), e os braços dele estão em flexão anormal. (3) Este paciente pode ser classificado como:
Resposta Ocular1+ Verbal 2+ Motora 3 pela escala de coma de Glasgow, dando uma pontuação total = 6.
Nenhuma das pupilas reage à luz, gerando uma pontuação de reatividade pupilar igual a 2. Neste caso, a escala de coma de Glasgow com reação pupilar será de
6 – 2 = 4 pontos.
“Imagine que chega na emergência um paciente com rebaixamento do nível de consciência. Ao estímulo verbal ele abre os olhos quando é chamado (3), responde com frase mas não sabe ao certo nome, data, e local (4) e eleva a mão acima do nível da clavícula na tentativa de interromper o estímulo (5). Este paciente pode ser classificado como:
Resposta Ocular 3+ Verbal 4 + Motora 5 pela escala de coma de Glasgow, dando uma pontuação total = 12.
Nenhuma das pupilas ficam sem reação ao estímulo da luz , gerando uma pontuação de reatividade pupilar igual a 0. Neste caso, a escala de coma de Glasgow com reação pupilar será de
12 – 0 = 12 pontos