Escola Tcnica Federal de Santa Catarina
CENTRO FEDERAL DE EDUCAO TECNOLGICA DE SANTA CATARINAUNIDADE SO
JOS
EXAME DE CLASSIFICAO 2004/1
ENSINO MDIONOME COMPLETO:
N DE INSCRIO:
INSTRUES PARA O DESENVOLVIMENTO DA PROVA E
PREENCHIMENTO DO CARTO-RESPOSTA1. Verifique se o caderno de
provas est completo. Caso falte alguma pgina, chame o
professorexaminador.
2. Verifique seu carto-resposta. Nele deve constar seu nome
completo, seu nmero de inscrio e o curso pelo qual voc optou. Se
houver alguma informao incorreta, chame o professorexaminador.
3. Escreva, nos campos acima, seu nome completo e o seu nmero de
inscrio.
4. Este caderno contm 50 questes, sendo 25 de Portugus e 25 de
Matemtica.
5. Apesar de algumas questes eventualmente envolverem
conhecimentos de outras reas, tudo que voc precisa saber para
resolv-las so seus conhecimentos de Matemtica e Portugus.
6. No permitido o uso de calculadoras.
7. Cada questo apresenta cinco alternativas, numeradas de 1 a 5,
das quais apenas uma correta.
8. O nmero correspondente alternativa que voc julgar correta
dever ser transportado (com caneta azul ou preta) para o
carto-resposta. Faa isso com cuidado.
9. Cuide para que os nmeros marcados no carto-resposta sejam bem
legveis e no ultrapassem o limite das quadrculas.
10. A durao da prova de 4 horas, das 8:00 s 12:00 horas,
incluindo o tempo gasto para o repasse das instrues iniciais e para
o preenchimento do carto-resposta.
11. Ao terminar a prova, voc dever devolver ao
professor-examinador apenas o cartoresposta.
01Os acentos tnicos, em portugus, servem para marcar a posio da
slaba tnica, e as regras estabelecidas para seu uso obedecem a um
princpio de economia: Visase distinguir oxtonas, paroxtonas e
proparoxtonas usando um mnimo de acentos. Por exemplo, temos, em
nossa lngua, milhares de palavras paroxtonas terminadas em a(s),
e(s), o(s) e em(ens), enquanto que h poucas oxtonas terminadas
dessa forma. Por isso, acentuamos as oxtonas terminadas em a(s),
e(s), o(s) e em(ens), mas no as paroxtonas. Por outro lado, h
muitas palavras oxtonas terminadas em i(s), principalmente formas
verbais, enquanto que pouqussimas paroxtonas terminam assim. Por
essa razo, acentuamos as paroxtonas terminadas em i(s), mas no as
oxtonas.
Segundo as regras destacadas acima, marque a nica alternativa na
qual est correta a acentuao de todas as palavras.
(Jamais descobr o porqu da demisso de Jorge.
(Caso as roupas squem at a noite, iremos tambm.
(Tenho certeza de que deixei os tnis aqui.
(O fado no um rtmo portugues, mas brasileiro.
(Seria bem mais smples deix-los levar os livros.
02Voc j deve ter percebido que no temos nenhuma paroxtona
terminada em u. Mas temos centenas de oxtonas com esse final,
especialmente palavras de origem indgena. Considerando o princpio
de economia expresso na questo 01, o que aconteceria se tivssemos
algumas paroxtonas terminadas em u?
(No seria necessrio acentu-las porque j se acentuam as oxtonas
terminadas em u, como bamb.
(Caso fossem raras, no seria necessrio acentu-las. Por exemplo,
as paroxtonas terminadas em ps, como biceps, forceps, por serem bem
poucas, no so acentuadas.
(Seria preciso acentu-las, para que se distinguissem das oxtonas
terminadas em u, como caju, que no so acentuadas.
(Seria preciso acentu-las para que se distinguissem das
monosslabas tnicas terminadas em u, como nu.
(Teramos que passar a acentuar as oxtonas terminadas em u, para
que no se confundissem com as paroxtonas.
03Outra distino que o sistema de acentuao deve deixar clara
quando uma dupla de vogais formam hiato ou ditongo. Assim, as
paroxtonas terminadas em ditongo recebem acento (sria no deve ser
confundido com seria). E tambm preciso acentuar o i e o u tnicos
dos hiatos quando formarem slaba sozinhos ou juntamente com s, para
evitar que esses hiatos sejam confundidos com ditongos (dodo no
deve ser confundido com doido). Atentando para as regras
destacadas, est correta a acentuao de todas as palavras apenas
em:
(Flavia e eu saimos s sete para fazer o exame de sade.
(A raz da carnaba no tem valor no comercio.
(Ela me pareca bem mais sadavel que seus pas.
(Caram muitos peixes grados na rede da polcia.
(Meu p ficou bastante doido depois que o balastre cau sobre
ele.
Leia o texto a seguir para responder as questes 04 a 08:
Yes, ns temos halloween (1)
Agora sim. Agora vamos. Um importante passo no rumo da insero do
Brasil no Primeiro Mundo foi dado nos ltimos anos, com o incio da
celebrao, por aqui, da festa conhecida como halloween. Sim, j h
halloween no Brasil. Em pleno Brasil lindo e trigueiro, para no
dizer inzoneiro, este Brasil brasileiro, terra de vatap, caruru e
munguz(2), havia na semana passada lojas vendendo roupas e chapus
de bruxa. Escolas promoviam festas alusivas data. Casas noturnas
anunciavam bailes comemorativos.
Crianas invadindo as casas e pedindo doces, seno fazem
malvadezas: Me d um trato ou fao uma traquinagem! Abboras ocas,
chapus cnicos, vassouras voadoras. D para acreditar que isso esteja
ocorrendo no Brasil, at ontem to atrasado? Para os leitores que no
sabem o que halloween, pois nem tudo perfeito, ainda, no Brasil,
trata-se daquele evento, na vspera do Dia de Todos os Santos, com o
qual os americanos celebram o Dia das Bruxas. Pois agora j estamos
quase iguais aos americanos. Temos halloween. Yes, ns temos
halloween.
O fenmeno por enquanto circunscreve-se s reas chiques de So
Paulo, Rio de Janeiro e outras cidades. O povo ainda no chegou l.
Na verdade, o povo sempre chega atrasado. Em seu meio, ainda nem
existe o hbito de colar adesivos com gracejos em ingls no automvel.
A rigor, a grande maioria nem tem automvel. Portanto, se comprasse
um adesivo, no teria onde colar.
O halloween veio culminar uma srie de avanos ultimamente
experimentados pela boa sociedade brasileira. J h lugares onde se
pode pedir sorvete de vanilla, muito superior ao de baunilha. As
redes de sorveteria La Basque e Babuska oferecem vanilla. Mesmo que
a palavra seja de origem espanhola, foi incorporada pela lngua
inglesa, e os americanos a utilizam. Vale dizer que, no La Basque e
na Babuska, toma-se sorvete em ingls, o que impressiona muito mais
ao paladar. Tambm h lojas que anunciam sales e oferecem produtos
com preos 10% off, ou 20% off, o que muito mais vantajoso do que
uma simples liquidao que oferea descontos equivalentes. E j se pode
ligar para uma pizzaria que faa delivery, em vez de entrega, sem
falar na inominvel venda para viagem. Com a delivery, garantem-se
rapidez e segurana no percurso.
Em certas esquinas de shopping center, olha-se em volta e s se v
ingls. Mergulha-se ento na magia dos Ws e Ys, na simpatia do S.
Esse Brasil, sim, d gosto. Ele fazia por merecer o halloween, que,
mesmo que fosse s uma palavra, sem significado, j nos conduziria a
um mundo de encantamento, com sua formidvel carga de Ls e Es
duplos, enriquecido ainda por um W e um H como deve ser, no mudo e
intil, mas trabalhado desde o fundo da garganta, sem medo de ser
ouvido. O Brasil que d gosto aquele que no parece Brasil. No. O
Brasil que d gosto aquele que no s no parece o Brasil, mas parece
os Estados Unidos. E a este que, como numa vassoura de bruxa, nos
transporta o halloween.
Talvez o leitor tenha desconfiado de que se tentou fazer ironia,
neste texto. Mas talvez no, dadas as deficincias do escriba. Ento
vai-se direto ao ponto: festejar o halloween, no Brasil, coisa de
basbaques. Assim como saborear vanilla, vender off e despachar
delivery. E coisa de imitadores. Ainda se fosse para imitar o que a
civilizao americana tem de fundamental, como o respeito lei e tica
do trabalho, v l. Mas no para imitar pela rama, ciscando no que h
de estril e superficial. Ora, imitar, macaquear, querer igualar-se
quele que se considera superior pelas vs artimanhas do arremedo no
apenas confessar-se inferior, nem falsificar-se a si mesmo como
outros falsificam usque. Antes, uma das mais antigas e consistentes
formas de ser tolo.
(TOLEDO, Roberto Pompeu de. Veja, 6 nov. 1996, p. 162.)
Para voc compreender melhor o texto, eis algumas informaes:
(1)O ttulo faz referncia msica Yes, ns temos bananas, cantada
por Carmen Miranda, cantora brasileira que fez grande sucesso nos
EUA, nos anos 40 e 50.
(2)No primeiro pargrafo h referncias s msicas Aquarela do
Brasil, de Ary Barroso, e No tabuleiro da baiana, de Dorival Caymi,
tambm celebrizada por Carmen Miranda.
04Marque a nica alternativa na qual se atribuiu palavra
aproximadamente o mesmo significado que ela tem no texto:
(Insero (linha 1) sinnimo de excluso.
(Alusivas (linha 6) sinnimo de abusivas.
(Circunscreve-se (linha 14) sinnimo de limita-se.
(Inominvel (linha 27) sinnimo de eficiente.
(Basbaques (linha 40) sinnimo de espantados.05Marque a nica
assertiva correta. Segundo o texto, pode-se afirmar que:
(As comemoraes de halloween, no Brasil, envolvem o consumo de
vatap e outras comidas tpicas.
(As comemoraes de halloween, no Brasil, do-se hoje somente nas
escolas, mas tendem a se estender a toda a sociedade.
(Os hbitos de comemorar o halloween e colar adesivos com
gracejos em carros j so comuns em todas as camadas sociais do
Brasil.
(Em alguns ramos de comrcio brasileiros, certas palavras e
expresses esto sendo substitudas por equivalentes em ingls.
(A palavra halloween no tem significado; agrada apenas por sua
grafia com letras duplas.
06O texto, como o prprio autor faz questo de ressaltar (linha
38) essencialmente irnico. Assim sendo, muito do que dito deve ser
entendido como tendo sentido oposto. Qual das afirmaes abaixo,
baseadas no texto, pode ser entendida como literal, sem ironia?
(A comemorao do halloween constitui, de fato, um passo
importante para que o Brasil se inclua entre os pases
desenvolvidos.
(O Brasil deixou de ser um pas to atrasado ao passar a comemorar
o halloween.
(As classes menos favorecidas no conseguem acompanhar os
modismos da classe mdia.
(O sorvete de vanilla tem qualidade superior ao de baunilha, e o
delivery funciona melhor que o servio de entrega.
(O melhor do Brasil no o que mais fielmente representa o Pas,
mas aquilo que se assemelha aos Estados Unidos.
07Desconsiderando a ironia, qual das opinies abaixo coincide com
as posies expressas pelo autor do texto?
( bastante positiva essa fuso da cultura brasileira,
representada por nossas comidas tpicas, como o vatap e o caruru,
com a cultura americana, expressa na festa de halloween.
(Infelizmente, nem todos os brasileiros sabem o que o halloween
ou como comemor-lo adequadamente.
(So as pessoas mais chiques, as melhores de nossa sociedade, que
usufruem de uma srie de avanos recentes, como o delivery e o
halloween.
(Os servios e produtos ganham qualidade e eficincia quando tm
seus nomes mudados para equivalentes em ingls.
(Festejar o halloween no Brasil uma forma de se mostrar inferior
e, principalmente, tolo.
08Segundo o texto, qual das prticas abaixo seria ao menos
aceitvel?
(Comemorar o Dia das Bruxas em escolas e casas noturnas, mas sem
esquecer de, no diaadia, consumir os pratos tpicos da culinria
brasileira.
(Valorizar a lngua inglesa, com suas letras duplas, Ws e Ys,
procurando conhec-la e usla sempre que se fizer possvel.
(Usar termos em ingls para substituir equivalentes do portugus,
como estratgia de propaganda.
(Imitar a cultura americana no que diz respeito aos seus
melhores valores, como a tica do trabalho.
(Rejeitar qualquer elemento da cultura americana, para valorizar
completamente a cultura brasileira
09Considere as trs regras de ortografia a seguir:
i) O sufixo ez/eza, que forma substantivos abstratos, sempre
grafado comz;
ii) O sufixo s/esa, formador de adjetivos ptrios, sempre grafado
com s.
iii) Os ttulos de nobreza so grafados com s.
Marque a nica alternativa em que as palavras em destaque esto
corretamente grafadas, segundo as regras acima:
(Com delicadesa, a criada limpava a porcelana chinesa e os
cristais da Bomia.
(A baronesa pediu ao marido que agisse com sutilesa.
(Certamente haveria escasss de alimentos se o governo francs no
agisse prontamente.
(Os americanos cobraram presteza dos holandeses para resoluo do
impasse.
(A duqueza adiou para o vero a limpesa da cavalaria.
10Os pronomes oblquos de terceira pessoa si e consigo s podem
ser usados reflexivamente. Isto , o uso desses pronomes indica que
sujeito e objeto se tratam da mesma pessoa. Considerando essa
regra, assinale a nica alternativa na qual o pronome em destaque
foi adequadamente usado.
(Pedro disse-me que precisa falar consigo, Dona Laura.
(O problema de Arnaldo que ele s pensa em si.
(O que me atraiu em si foram esses seus belos olhos verdes,
Roberto.
(Quando voc est longe, meus pensamentos esto sempre consigo.
(Quero que ela saiba que eu me importo muito consigo.
Leia o texto a seguir para responder as questes 11 a 13.
Inverso de valores
Talvez a velocidade e a agitao deste final de sculo no sejam
propcias reflexo nem incentivem o homem observncia dos exemplos que
fizeram florescer a literatura moralista que distinguiu
profundamente os sculos 17 e 18.
O noticirio dos jornais e da TV, absorvido celeremente nos
breves momentos de lazer, contm por vezes lies de vida magistrais,
as quais, no entanto, correm o risco de passar despercebidas ou de
ser esquecidas, em vista do acachapante volume de informao.
Essas consideraes vm a propsito de acontecimento ocorrido dias
atrs, quando Jos, um catador de papel, foi preso por matar uma gara
nas proximidades do lago do Instituto Butant. Segundo disse, ao ver
a ave, pensou que daria bom prato para suas filhas. Preso em
flagrante, ficou detido por 32 horas em companhia de criminosos da
pior espcie. A humilhao foi tal que tentou o suicdio. Sua situao s
se resolveu quando o promotor Maurcio Antnio Ribeiro Lopes,
considerando que nem sempre a lei pode ser aplicada literalmente,
se manifestou contrariamente priso e o juiz Paulo Srgio Fernandes
de Oliveira expediu o alvar de soltura.
Por trs das razes evidentes que levaram o juiz a inocent-lo do
crime de infrao ao Cdigo Florestal, a histria de Jos encerra uma
lio no desprezvel, porque retrata uma das maiores incongruncias de
nosso direito, dito moderno. Com efeito, como explicar que, no
Brasil, algum que mata um homem tenha direito a aguardar o
julgamento em liberdade, enquanto o que mata uma gara ou um tatu
tenha de ser trancafiado no xadrez?
Tal disparidade no s parece dar razo aos que consideram que a
lei e a eqidade so duas coisas que Deus juntou, mas o homem
separou, como faz duvidar da Justia como vnculo das sociedades
humanas. E faz pensar na inverso de valores como um dos reflexos de
nosso tempo.
O Estado de So Paulo, 26 dez. 1991.
11Aps ler com ateno o texto, associe as palavras a seus
significados, no contexto em que se encontram:
(A) O adjetivo propcias (linha 1) significa: (i)
contra-indicadas;(ii) apropriadas.
(B) O advrbio celeremente (linha 4) significa: (i) rapidamente;
(ii) calmamente.
(C) O adjetivo magistrais (linha 5) significa: (i) importantes;
(ii) bvias.
(D) O adjetivo acachapante (linha 6), significa: (i)
insignificante; (ii) sufocante.
(E) O substantivo incongruncias (l. 18) significa:(i)
incoerncias; (ii) coincidncias.(F) O substantivo disparidade (linha
22) significa:(i) desconfiana; (ii) desigualdade.
(G) O substantivo eqidade (linha 23) significa:(i) liberdade;
(ii) justia.
A associao correta :
(A ii; B i; C i; D ii; E i; F ii; G ii.(A i; B ii; C i; D i; E
ii; F i; G i.
(A ii; B ii; C ii; D ii; E ii; F ii; G ii.
(A i; B ii; C ii; D ii; E ii; F ii; G i.
(A ii; B i; C i; D i; E i; F i; G ii.12Marque a nica assertiva
correta. Segundo o texto, pode-se afirmar que:
(As condies para o surgimento de literatura moralista so to
apropriadas hoje como nos sculos XVII e XVIII.
(O noticirio da TV pode trazer importantes lies de vida, mas o
volume de informao insuficiente para isso.
(A priso de Jos, por matar uma gara, evidencia a incoerncia do
direito brasileiro.
(A lei brasileira trata com desconfiana aqueles que consideram
que a justia deva ser igualitria.
(No Brasil, s quem mata garas e tatus preso em flagrante.
13Um texto permite que se tirem inmeras concluses. Qual das
concluses abaixo melhor se aplica ao texto?
(No Brasil, mais vale ser um grande bandido que um catador de
papel, pois aqui a justia no funciona.
(Quem mata animais silvestres merece punio exemplar,
coerentemente com a necessidade imperiosa de se defender a
natureza.
(A justia pode tardar, mas jamais falha, principalmente para
punir os humildes.
(A justia brasileira moderna trata com eqidade os cidados,
independentemente de sua condio social.
(No mundo atual, no h coerncia entre os valores de eqidade e a
efetiva aplicao de justia.
14Esta a regra geral de concordncia verbal: O verbo concorda com
o ncleo de seu sujeito em nmero e pessoa. Identifique o ncleo do
sujeito das oraes abaixo e marque a nica alternativa na qual essa
regra foi respeitada:
(Ainda sobrou, no final da festa, muitos docinhos nas
bandejas.
(Existe, claro, vrios problemas no projeto.
(A admisso de novos funcionrios dependiam do aval do diretor de
pessoal.
(Foi obtido novas provas contra ela.
(No restavam, a meu ver, quaisquer dvidas sobre a autoria do
crime.
15Devido a inverses na ordem normal da orao, muitas pessoas tm
dificuldade em compreender os versos iniciais do Hino Nacional
Brasileiro:
Ouviram do Ipiranga as margens plcidas
De um povo herico o brado retumbante.brado = grito
Um dos problemas identificar o sujeito do verbo ouvir. Qual das
opes abaixo traz a correta identificao desse sujeito?
(O sujeito as margens plcidas do Ipiranga.
(O sujeito um povo herico.
(O sujeito o brado retumbante de um povo herico.(O sujeito
indeterminado.
(O sujeito inexistente.
16A desinncia nmero-pessoal mos representa a primeira pessoa do
plural, e a desinncia modo-temporal sse representa o pretrito
imperfeito do subjuntivo. Como fazem parte do verbo, essas
desinncias no devem aparecer separadas por hfen. J o pronome oblquo
tono se, quando aparece aps o verbo, deve ser dele separado por um
hfen. Considerando essas regras, marque a nica alternativa em que
no h erro:
(Era possvel que ele fize-se algum comentrio inconveniente.
(Ns sempre deixa-mos a menina na porta do colgio.
(Mrio esquecesse com freqncia dos compromissos assumidos.
(Observamos Pedro durante longo tempo sem que ele
percebe-se.
(E se voc pedisse a ela que retornasse?
17As formas h e a costumam causar confuses. H (3 pessoa do
singular do presente do indicativo do verbo haver) usado para
indicar existncia (H pouca gua), tempo decorrido (H trs dias) e
tambm como auxiliar (Ela h de sofrer). J a forma a, que pode ser
artigo, pronome ou preposio serve, entre muitas outras coisas, para
representar a terceira pessoa do singular (Nunca a vi antes), para
indicar tempo futuro (Daqui a dois dias) e para introduzir o
instrumento (Escreva a lpis).
Em qual das sentenas a seguir no h erro quanto ao uso de
a/h?
(J no h carros a lcool como h quinze anos.
(Quem visse Paula no h reconheceria.
(O trem sair daqui h alguns minutos.
(Paulo chegou a apenas alguns minutos.(Voc sabe h que horas
chegar o trem?
18Leia com ateno a regra de conjugao verbal abaixo:
Os verbos terminados em ear fazem o presente do indicativo e o
presente do subjuntivo com acrscimo de i aps o radical (ex.: tu
passeias; que ele cabeceie). Jos terminados em iar seguem, em
geral, o padro normal da 1 conjugao (ex.: eu vario; tu confias). So
exceo os verbos mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar, que
seguem o mesmo padro daqueles terminados em ear.
De acordo com essa regra, qual das formas verbais est
corretamente flexionada?
(Ela anseia por dias melhores.
(No justo que eles odiem quem os trouxe ao mundo.
(Eu quase nunca adeio meus compromissos.
( bom que elas avaleiem bem antes de decidir.
(Um simples palito de fsforo incendia toda uma floresta.
19Assinale a nica alternativa na qual o(s) termo(s) em destaque
est(o) corretamente grafada(s):
(No entendo porque ela no desiste do negcio.
(Deve haver um por qu para tanto desentendimento.
(Afinal, voc no ir porqu?
(Maria sabe muito bem por que Joo no quer v-la.
(Porque eles precisam de uma ceifadeira maior?
Olavo Bilac (1865-1918) um dos mais importantes poetas
brasileiros. Abaixo voc tem um famoso soneto desse autor. Leia-o
com ateno para responder as questes 20 a 22.
Soneto XIII (da srie Via Lctea)1 Ora (direis) ouvir estrelas!
Certocerto = com certeza
2 Perdeste o senso! Eu vos direi, no entanto,senso = juzo
3 Que, para ouvi-las, muita vez desperto
4 E abro as janelas, plido de espanto
5 E conversamos toda a noite, enquanto
6 A via lctea, como um plio aberto,plio = bandeira
7 Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,em pranto =
chorando
8 Inda as procuro pelo cu deserto.
9 Direis agora: Tresloucado amigo! tresloucado = louco
10 Que conversas com elas? Que sentido
11 Tem o que dizem, quando esto contigo?
12 E eu vos direi: Amai para entend-las!
13 Pois s quem ama pode ter ouvido
14 Capaz de ouvir e de entender estrelas.
20Qual a funo das aspas nos versos 1, 2, 9 e 11?
(Indicar que o que est sendo dito tem sentido figurado, no deve
ser tomado como verdadeiro.
(Reproduzir a fala de interlocutores imaginrios, que podem ser
os prprios leitores.
(Indicar que os trechos em questo fazem parte de um outro texto,
conhecido do leitor.
(Reproduzir a fala das estrelas, com quem o poeta conversa toda
noite.
(Criar ironia, indicando que o poeta no concorda com o que
diz.
21De acordo com o texto, correto afirmar:
(No verso 2, o poeta concorda ser loucura conversar com as
estrelas.
(Na conversa com o poeta, as estrelas o chamam louco (verso 9),
por que ele o nico que se dispe a abrir a janela e contempl-las por
toda a noite.
(O verso 8 informa que a casa do poeta est situada em local
deserto.
(Na ltima estrofe (versos 12 a 14), o poeta diz ser o amor a
chave para compreender as estrelas.(Quando nasce o dia, as estrelas
tm saudade do poeta. Da ficarem em pranto (linha7).
22No texto, conversar com estrelas, obviamente, tem sentido
figurado. Entre as interpretaes abaixo para essa conversa, qual a
mais adequada?
(Trata-se de uma conversa normal, na qual um dos interlocutores
responde s falas do outro, e vice-versa.
(No h conversa propriamente, mas o fato de o poeta meditar
enquanto contempla as estrelas, extasiado com sua beleza.
(O poeta realmente se pe, feito louco, a conversar com as
estrelas. Da as aspas na quarta estrofe.
(O verbo conversar, na linha 5, refere-se ao dilogo entre o
poeta e seus leitores, no a uma possvel conversa entre ele e as
estrelas.(Trata-se de uma espcie de dilogo em que o poeta busca
respostas para seus questionamentos existenciais analisando a posio
das estrelas no cu.
23Considere as seguintes regras de ortografia:
i) Aps ditongos, o fonema // deve ser representado com a letra
x;
ii) Aps ditongos, o fonema /z/ deve ser representado com a letra
s, exceto quando houver acrscimo de sufixo iniciado por z (zinho,
zo).De acordo com as regras acima, a nica opo em que todas as
palavras esto corretamente escritas :
(No deiche que coisinhas sem importncia estraguem seu
dia.(Honrio falava pausadamente, numa queicha dolorosa.(Ao saber-me
apaixonado, disse-me adeusinho e sumiu do mapa.
(Os dedos jamais afrouxavam em torno do lapizinho, que traava no
papel rabiscos intrincados.(Enquanto o caixo descia cova, o
boisinho mugia desconsolado.
24Considere a seguinte regra de pontuao: No se deve separar com
vrgula o sujeito e o predicado. De acordo essa regra, a opo em que
no h erro no uso da vrgula :
(No ltimo vero, chegaram vrios carregamentos de leo base.
(A melhor qualidade de um amigo, a fidelidade.
(Maria, seu pai e o irmo, no se entendem quando o assunto
futebol.
(Os mais espertos, chegaram bem antes que as portas
abrissem.
(Trs dos presidirios fugidos, foram recapturados no mesmo
dia.
25A palavra mas uma conjuno. Serve para ligar oraes coordenadas,
dando idia de adversidade, contradio. J a palavra mais um advrbio,
usado principalmente nas comparaes e para indicar acrscimo. Com
base nisso, marque a nica alternativa na qual no h erro no uso de
mas/mais:
(Voc mais velho, mais no melhor.
(No havia mais tempo para ajustes na mquina.
(Quero seu amor mas do que posso exprimir em palavras.(Tudo fiz,
mais nada adiantou.
(Quanto mais eu rezo, mas assombraes me aparecem.
EQUIPE DE ELABORADORES
Professora Tnia Regina Ferreira (pesquisa de textos; reviso)
Professor Vidomar Silva Filho (elaborao das questes; arte
final)
Professor Volnei Velleda Rodrigues (reviso)
26Numa diviso, o divisor 7, o quociente 55 e o resto o maior
possvel. Ento, o dividendo :
(385.(390.(389.(386.(391.
27A expresso igual a:
(72.
(70.
(76.
(79.
(0.
28Assinalando V (verdadeira) ou F (falsa) a cada uma das
sentenas abaixo, obtm-se:
I) 1,8 =
II) (0,3)2 = 0,09
III)2,46 3,2 = 7,872
(V, V, V.
(V, F, V.
(F, V, V.
(F, F, F.
(F, F, V.
29O valor que completa o saldo de Mrcia Maria, de acordo com a
tabela, :
MsSaldo anteriorDepsitosRetiradasSaldo
abrilR$84,53R$127,00R$250,00?
(Negativo de R$ 38,47.
(Positivo de R$ 461,47.
(Positivo de R$ 292,47.
(Positivo de R$ 38,47.
(Negativo R$ 292,47.
30Quando Laura nasceu, Jlia tinha cinco anos. A soma das idades
de ambas 41 anos. A idade de Laura hoje :
(36 anos.
(18 anos.
(23 anos.
(28 anos.
(6 anos.
31Brbara tem R$ 101,00, em 33 notas de R$5,00 e R$1,00. O nmero
de notas de R$5,00 que Brbara possui :
(11 notas.
(18 notas.
(15 notas.
(17 notas.
(16 notas.
32Uma equao do 2 grau no tem razes reais se, e somente se:
(a > 0.(( > 0.(a < 0.
(( ( 0.(( < 033Se P = x3 + 3x2 2 e Q = 3x2 + 1, a expresso P
Q igual a:
( x3 3x2 1.
(6x6.(x3 1.
(x3 3.
(x3.
34De acordo com a figura, determine o valor de x em graus:
(45.
(15.
(31.
(24.
(110.
35Represente, de forma simplificada, a expresso que determina o
permetro da figura abaixo:
(8x2 10x.
(10x 10.
(5x 5.
(4x2 5x.
(20x.
36A unidade de medida de temperatura utilizada no Brasil o grau
Celsius (C). Nos Estados Unidos, utiliza-se o grau Fahrenheit (F).
Para encontrar a temperatura em graus Celsius correspondente a uma
temperatura em Fahrenheit, utiliza-se a frmula:
De acordo com a frmula, qual a temperatura em graus Celsius
correspondente a 41F?:
(5C.
(0C.
(15C.
(45C.
(41C.
37Simplificando a expresso , obtm-se:
(
.
(
.
(
.
(
.
(
.
38Em um restaurante, o preo das refeies est indicado em uma
tabela como a especificada abaixo:
RefeiesAdultos: R$ 8,50
Crianas (at 10 anos): R$ 4,50
Sabendo que uma famlia com 9 pessoas, incluindo crianas, gastou
R$ 60,50 com uma refeio, determine quantas crianas a famlia levou
para a refeio.
(4 crianas.
(5 crianas.
(9 crianas.
(7 crianas.
(6 crianas.
39Pedro tem, em sua fazenda, patos, galinhas e porcos, num total
de 56 cabeas. Sabe-se que o nmero de patos a tera parte do nmero de
galinhas e que h 7 porcos a mais do que galinhas. Determine o nmero
de galinhas que h na fazenda:
(28 galinhas.
(17 galinhas.
(21 galinhas.
(15 galinhas.
(49 galinhas.
40Numa perfumaria, 20 mL de um perfume custam R$15,00. Quanto
custaro 120mL do mesmo perfume?
(R$ 100,00.
(R$ 86,00.
(R$ 90,00.
(R$ 160,00.
(R$ 49,00.
41Um pacote 500 folhas de papel A4 tem 4,5 cm de altura. A
altura de um pacote com 800 folhas :
(72 cm.
(7,2 cm.
(8 cm.
(8,5 cm.
(9 cm.
42As medidas de um parque esto expressas na figura abaixo. A rea
do parque :
(77,5 m2.
(48,25 m2.
(482,5 m2.
(591,7 m2.
(775,0 m2.
43Um investidor aplicou R$ 2.000,00 em caderneta de poupana no
dia 1 de setembro. Em 1 de outubro, foi creditado o rendimento
referente ao ms de setembro, que foi de 1,5%, e em 1 de novembro
foi creditado o rendimento do ms de outubro. Se, aps esse ltimo
crdito, o saldo passou a ser de R$ 2.046,24, o rendimento do ms de
outubro, em percentual, foi de:
(1,0%.
(0,5%.
(1,5%.
(1,4%.
(0,8%.
44Qual monnio deve ser adicionado ao binmio x2 3x para que se
tenha o resultado do produto (x-2).(x 1)?
(2x2.
(x2.
(2x.
(2.
(2x.
45Os valores de x para os quais x2 3x 10 admite valor numrico 0
(zero) so:
(5 e 2.
(0 e 2.
(5 e 0.
(2 e 0.
(5 e 2.
46A frao algbrica que representa A na expresso , com , :
(
. (
.(
.(
.
( .
47Em 15 minutos, um estudante caminha do percurso para chegar a
sua escola. Mantendo a mesma velocidade, o tempo gasto para
completar o restante do percurso de:
(9 min.
(7 min.
(5 min.
(10 min.
(12 min.
48Em (, a soluo da equao :
({2}.
({2,2}.
((.
(
.
({2}.
49Determine o lado de um tringulo eqiltero cuja altura cm.
(
cm.
(1,5 cm.
(
cm.
(2 cm.
(
cm.
50Considerando o tringulo ABC, retngulo em B, o valor do seno do
ngulo relativo ao vrtice A :
(
(
(
(
(
BIBLIOGRAFIAIEZZI, G. Matemtica e Realidade. 5, 6, 7, 8 sries.
So Paulo: Atual, 2000.
MORI, I., ONAGA., D. S. Matemtica: idias e desafios. 5, 6, 7, 8
sries. So Paulo: Saraiva,1996.
NAME, M. A. Tempo de Matemtica. 5, 6, 7, 8 sries. So Paulo: Ed.
do Brasil, s.d.EQUIPE DE ELABORADORES
Professora Elisete Ferreira (elaborao das questes)
Professor Mrcio Eli Osrio (elaborao das questes)
Professora Maria Lcia Cidade de Souza. (elaborao das
questes)
Professor Vidomar Silva Filho (reviso; arte final)
Professor Volnei Velleda Rodrigues (reviso)
Feliz Natal!
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_1132310318.unknown
_1132313828.unknown
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