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THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULOTEMPORADA2014
BALÉ DA CIDADE DE SÃO PAULO
Balé da Cidade de São Paulo
Iracity Cardoso Direção Artística
Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo
Victor Hugo Toro Regente
Uneven
Cayetano Soto Coreografia
Pausa 5’
bandOneón (Estreia Mundial)
Luis Arrieta Coreografia
Intervalo 20’
O Balcão de Amor (Estreia Mundial)
Itzik Galili Coreografia
Maio 2014
03 sáb 20h
04 dom 18h
05 seg 20h
06 ter 20h
07 qua 20h
Uneven
O Balção de Amor bandOneón
theatro municipal de são paulo_temporada 2014_pg 8
A música latino-americana com sua exuberância , melancolia,
refinamento, intimidade e sorrisos: lunar e solar.
Na estreia das novas coreografias de Luis Arrieta
e Itzik Galili.
A presença de Daniel Binelli interpretando Astor Piazzolla
em bandOneón, com figurinos do Lino Villaventura.
Perez Prado na leitura de Rodrigo Morte, em O Balcão
de Amor.
A volta do elegante Uneven de Cayetano Soto com Raïff
Dantas no cello.
O prazer do reencontro com o Maestro Victor Hugo Toro
e a Sinfônica Municipal.
A Dança em festa e o Balé da Cidade, no seu traje de GALA.
No PALCO da CIDADE
Bom espetáculo!
Neste Outono
Iracity Cardoso
Diretora Artística do Balé
da Cidade de São Paulo
theatro municipal de são paulo_temporada 2014_pg 10
A alma da companhia
Ao Assumir A direção ArtísticA do BAlé dA cidAde de são
PAulo, em 2013, Iracity Cardoso declarou seu desejo de
criar um diálogo para o repertório da companhia que en-
volvesse dar voz aos jovens coreógrafos brasileiros e inter-
nacionais, convidar nomes consagrados da dança e remontar
obras canônicas apresentadas pelo grupo ao longo de seus
46 anos de história. As três coreografias escolhidas para a
atual temporada remetem à ideia primeira da atual gestão
e, ao mesmo tempo, dão um passo à frente.
No programa, estão lado a lado Uneven – espetáculo
estreado pelo Balé da Cidade em 2013 –, do espanhol
Cayetano Soto, as estreias de bandOneón, de Luis Arrieta,
argentino radicado no Brasil, e de O Balcão de Amor, do is-
raelense Itzik Galili. Nessa ordem, as coreografias constroem
um espetáculo preciso na execução e empolgante.
Uneven, do jovem Soto, reapresentada agora, é uma
criação de enorme vigor, em que cada intérprete, a seu
modo, deve combinar força, constância e impulso em seus
movimentos. Uma coreografia provocadora, porque as dife-
Flávia Fontes Oliveira
Jornalista e editora da
Revista de Dança.
renças despontam graduais e pedem um olhar agudo do pú-
blico para entender os desafios de padrões da dança.
Feita para três mulheres e cinco homens, Uneven evo-
lui em um jogo matemático, em que o resultado precisa ser
exato, tamanha a habilidade técnica exigida. É um trabalho
forte e privilegia os intérpretes. Os conjuntos, nas raras apa-
rições, dissolvem-se rapidamente.
bandOneón, obra de Arrieta, também exige do bailarino
individualidade, o que cada um pode oferecer de singular em
meio ao grupo. Nela, ao contrário da obra de Soto, o conjunto
se impõe pelo vigor masculino. Com dez homens em cena, a
combinação de movimentos faz com que eles explorem suas
forças: vemos o grupo e enxergamos um a um. A simplicidade
aqui só é aparente, ela trabalha com a exigência redobrada para
quem dança. Uma coreografia embalada por personalidades e,
por isso mesmo, por responsabilidades para quem interpreta.
É a primeira vez que Arrieta cria para este renovado
grupo do Balé da Cidade. Desde que chegou ao Brasil, no
início da década de 1970, esteve ligado à companhia. Par-
ticipou da mudança do grupo, em 1974, ao lado da própria
Iracity Cardoso, quando o Balé da Cidade trouxe para a cena
questões de seu tempo. Foi com esta mesma companhia
que Arrieta estreou como coreógrafo, em 1976, com Camila,
uma homenagem à avó materna. Desde então, já fez mais
de 30 criações, em diferentes momentos, e esteve à frente
do grupo em duas ocasiões nos anos 1980. É nesse encon-
tro entre o passado e o presente que o Balé da Cidade rea-
firma seu propósito nesta gestão: retoma a voz de um artista
essencial na sua trajetória, sem esquecer de seu tempo e das
características do novo elenco.
Arrieta é de poucas palavras sobre seu trabalho, embora
seja muito detalhista quando está ao lado dos bailarinos. Cos-
tuma dizer que a dança é uma arte para assistir de corpo para
corpo. Para ele, a coreografia deve tocar, de alguma forma, o
espectador antes mesmo de ele elaborar qualquer informa-
theatro municipal de são paulo_temporada 2014_pg 12
ção. Seu convite é para que o público embarque em sua cria-
ção, seja parceiro com sua história e sua emoção.
Se Arrieta usa o conjunto para ressaltar a solidão, Itzik
Galili revela em O Balcão de Amor a alegria e a leveza das
relações. Brinca com a jovialidade em que o amor nos ar-
remessa, não importa a idade. Galili carrega em muitos de
seus trabalhos um lado poético e cômico, com dramaturgia
bem desenhada, que coloca suas criações em contato di-
reto com o público.
A música do cubano Perez Prado (1916-1989), orques-
trada por Rodrigo Morte, não deixa escapar o clima solar da
inspiração: o Mambo e Cuba. Balcão refere-se às sacadas
das antigas casas, onde era possível acontecer o encontro –
e o desencontro – de amores.
Galili criou esta coreografia para dez casais e seu evidente
alvo são as relações entre duas pessoas, os sentimentos, os
embates que afloram das uniões ou possíveis enlaces. Há um
apelo jovial porque o amor, muitas vezes, nos devolve a inse-
gurança, as armadilhas engraçadas e caricatas que o tempo
cisma em não deixar reservas. O público se deliciará com os
duos divertidos e intrincados propostos por ele, com as intri-
gas desgovernadas e previsíveis dos casos, físicos ou sublimes.
“Eu quis fazer alguma coisa para criar um clique na nova
geração e também na geração mais velha, e encontrar uma
ponte. Balcão também é uma ponte. Para algumas pessoas,
este tipo de música é muito kitsch, clichê, muito leve. Eu es-
colhi trabalhar com isso e eu tentei criar uma pequena relação,
alguma coisa fácil, de entretenimento, que possa ser admi-
rado pela multidão”, disse ele em conversa sobre a criação.
Galili pede entrega aos bailarinos porque brinca na li-
nha fina entre sentimentos comuns e vulgaridade, o limite
da caricatura. Há uma zombaria, é certo, e o mambo serve
de ponte para uma explícita batalha de gêneros, nem sem-
pre convencional, mas sempre com toque de humor e leveza.
O título deste texto remete ainda a outro ponto essencial. Para
Iracity Cardoso, a razão de ser de uma companhia são os bai-
larinos. Nada no entorno é mais importante: eles dão vida à
dança, criam o momento único entre público e obra e convi-
dam o espectador a ter sua experiência com esta arte.
O elenco respondeu à nova demanda a seu modo, dan-
çando. É uma companhia experiente; são artistas hábeis em
papéis de pedidos díspares – força, interpretação, agilidade
e graça. Qual companhia poderia oferecer tanto sem perder
em algum quesito? Sem esquecer da precisão? Está tudo ali
aos olhos do espectador.
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Maio 2014
Uneven 17’
Estreado pelo Balé da Cidade em 2013
O espanhol Cayetano Soto é conhecido por
suas coreografias extremamente técnicas,
complexas, imprevisíveis, que seguem em di-
reções inesperadas. Sua obra, especialmente
os duetos, são frenéticos, agitados, persisten-
temente agressivos e extremamente pessoais.
Em Uneven (Desigual), ele explora o senti-
mento de estar fora do eixo, assim como co-
meçou a experimentá-lo em sua própria vida.
Soto criou para esta peça um desenho de
palco que é em si desigual, com um dos can-
tos levantado, para ilustrar esse sentido (ou
sentimento) de desequilíbrio físico.
Cayetano Soto Coreografia e Desenho
de Palco
David Lang Música (World to Come II, III e IV)
Raïff Dantas Violoncelo
Mikiko Arai Remontagem
Seah Johnson Iluminação
Nette Joseph Figurino
Kênia Genaro, Roberta Botta e Suzana
Mafra Assistentes de Coreografia
Elenco Erika Ishimaru, Fabio Pinheiro, Je-
fferson Damasceno, Joaquim Tomé, Leo-
nardo Hoehne Polato, Marisa Bucoff, Victor
Hugo Vila Nova, Vivian Navega Dias ou Cle-
ber Fantinatti, Joaquim Tomé, Laura Ávila,
Renata Bardazzi, Thais França, Victor Hugo
Vila Nova, Wagner Varela,Yasser Díaz
theatro municipal de são paulo_temporada 2014_pg 16
bandOneón 21’
à Thiago
Não sei se estas memórias me pertencem.
Pelo caminho mais simples (ou mais vazio)
me conduz o meu fadário.
Herança recebida habita-me; a imagem do
que poderia eu ter sido.
Nova e gasosa, a metáfora transborda.
E o anzol deste ritmo, esta música, me res-
gata do abismo em que vivo.
Falo do que adivinho (e não sei) nos inter-
valos do meu destino.
Luis Arrieta
Luis Arrieta Concepção, coreografia
e direção geral
Astor Piazzolla Música
Concerto para Bandoneón – Aconcagua
Daniel Binelli Bandoneón
Lino Villaventura Figurinos
Silviane Ticher Desenho de Luz
Kênia Genaro, Roberta Botta e Suzana
Mafra Assistentes de Coreografia
Elenco
Conjunto Bruno Gregório, Cleber Fanti-
natti, Fabio Pinheiro, Hamilton Felix, Jaruam
Miguez, Jefferson Damasceno, Joaquim
Tomé, Leonardo Hoehne Polato ou Igor
Vieira ou Wagner Varela, Victor Hugo Vila
Nova, Yasser Díaz
Concerto para Bandoneón
de Astor Piazzolla
O Concerto para Bandoneón de Astor Piaz-
zolla, comissionado pelo Banco Província
de Buenos Aires, para uma transmissão de
rádio de 1979, se assemelha a um concerto
grosso barroco. Abre com um tutti, todo
ocupado, vivo e marcado. O Bandoneón faz
um solo, do qual a melodia passa de volta
para o tutti orquestral. O trabalho mais can-
tabile do solista, eventualmente, leva a uma
cadência interrompida, então retorna para
o primeiro solo melódico e o tutti. A coda é
decisiva. Construído na unidade e repetição,
no movimento inteiro mal se move um fio de
cabelo de sua tonalidade Si menor.
O movimento lento do concerto co-
meça com uma longa melodia desacompa-
nhada do Bandoneón, no mais fino estilo
Bachianas Argentinas, até ouvimos no acom-
panhamento, algo como um ritmo de tango
tradicional. Sob uma música graciosamente
caindo, harmonizado por acordes Lá Menor
– bem como o tutti e solo aprovados à moda
do concerto grosso. No final, o tempo muda
para moderato e a clave Lá Maior para um
inesperado apaixonado final melancólico.
A melodia de tirar o fôlego do bandoneón,
aparentemente sem relação com qualquer
coisa ouvida antes, no entanto parece um
resultado lógico. Trinta e duas repetições de
barras, pianíssimo para fortíssimo, fornecem
um poderoso encerramento.
Sobre o Bandoneón
Quando Adolphe Sax inventou o saxofone
em 1840, ele não tinha ideia do seu uso no fu-
turo Novo Mundo. O Bandonéon, inventado
por Heinrich Band em 1854, tem uma histó-
ria similar para contar. Uma variante da con-
certina, esse instrumento foi originalmente
projetado para músicas religiosas, em igre-
jas sem órgão. Por volta de 1890 fez o cami-
nho da Alemanha para os bordéis de Buenos
Aires. Depois da mudança de século, Juan
Maglio e Vicente Greco, entre outros, foram
proeminentes tocadores bem como prolíficos
compositores de tango. Em pouco tempo, a
Argentina estava repleta de pequenos grupos
de tango, consistindo tipicamente de bando-
neón, violino e piano. Isto definiu o modelo
para a típica orquestra criolla de bandoneón,
cordas e piano. De certa forma, a escrita or-
questral de Astor Piazzolla é uma expansão
desta ideia (seus Concerto para Bandoneón,
com partitura para bandoneón, cordas e per-
cussão, e os Tres tangos para bandoneón, cor-
das, piano, harpa e percussão).
Ao contrário do acordeão, com seu te-
clado para mão direita e botões (produzindo
notas e acordes graves) para a esquerda,
o bandoneón tem 33 botões no lado es-
querdo e 38 no direito, cada um produzindo
um dos dois tons (dependendo se os foles
são comprimidos ou expandidos).
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O Balcão de Amor 19’
“Entre a fantasia e a realidade, o desejo
de sanidade
Uma linha de fronteira como uma corda
bamba, adorando um sonho
No final de um dia, negociando alegria com
dor
Localizado no final de cada respirar
Espírito demoníaco dançante que deságua
no horizonte
À beira do abismo.”
“Às vezes, como adultos, encontramos deta-
lhes aparentemente triviais que nos levam
de volta para a nossa juventude e suas es-
peranças. A música de Pérez Prado, com sua
leveza, me dá um profundo sentimento de
alegre simplicidade. Fico feliz em ver como
a nova geração se relaciona com sua música
e as diferentes camadas de sentimentos que
ela desperta neles: alegria, gargalhadas e
também um sorriso profundo.”
Itzik Galili
Itzik Galili Coreografia, Figurino e Desenho
de Luz
Pérez Prado Música
Siboney
Patricia
The Peanut Vendor
Quizas, Quizas, Quizas
Historia de un Amor
Cherry Pink and Apple Blossom White
Rodrigo Morte Arranjo
Elisabeth Gibiat Assistente de Coreografia
Kênia Genaro, Roberta Botta e Suzana
Mafra Ensaiadoras
João Pimenta Confecção de Figurinos
Elenco Camila Ribeiro, Fabiana Fornes,
Laura Ávila, Marisa Bucoff, Renata Bardazzi,
Shamara Bacelar, Simone Camargo, Thaís
França, Victoria Oggiam, Vivian Navega Dias,
Cleber Fantinatti, Hamilton Felix, Igor Vieira,
Jaruam Miguez, Joaquim Tomé, Luiz Oliveira,
Manuel Gomes, Marcos Novais, Victor Hugo
Vila Nova, Yasser Díaz
Duo Cleber Fantinatti e Vivian Navega Dias
ou Hamilton Felix e Laura Ávila
O Mambo
O estilo musical e coreográfico conhecido
como mambo nasceu em Cuba, fruto de
uma fusão de várias sonoridades musicais.
Ele recebeu forte influência das cadências
afro-cubanas procedentes das cerimônias
religiosas típicas do Congo. O termo com
que ele foi batizado provém de uma gí-
ria comum entre os músicos negros – estás
mambo?, ou seja, tudo bem com você?. Es-
tes artistas executavam um ritmo conhecido
como El Son nos grupos musicais cubanos.
Já o mambo moderno é criado em
1939, com Orestes López e Cachao López,
que produziram uma danzón - gênero deri-
vado da dança criolla, que tem como fonte
a contradanza espanhola e a contredanse
francesa, das quais várias danças de salão
latino-americanas se originam – à qual de-
ram o nome de Mambo, valendo-se de so-
noridades procedentes da cultura africana.
Sua versão foi executada pelo célebre con-
junto Arcaño y sus Maravilhas.
Os migrantes negros do Haiti trouxeram
consigo o cinquillo, elemento também pre-
sente em outro ritmo proveniente da con-
tradanza, o Tango, nascido na Argentina. Em
meados dos anos 40, músicos mais conhecidos,
como Arsênio Rodriguez, Bebo Valdez, Ores-
tes Lopez e seu irmão Israel Cachao Lopez; o
pianista e arranjador do conjunto Casino de la
Playa, Dámaso Pérez Prado, entre outros, enve-
redaram pelo estilo que posteriormente seria
denominado nuevo ritmo ou apenas Mambo.
O maestro Dámaso Pérez Prado foi, po-
rém, o responsável pela disseminação deste
estilo musical. Em 1947, ele segue para o Mé-
xico, onde cria um conjunto de grande porte,
ao qual acrescenta um fantástico segmento
de sopros, inspirado no grupo de Stan Ken-
ton. Munido destes recursos, ele parte para
vencer a acirrada competição musical do
mercado norte-americano.
Pérez se valia dos ritmos afro-cubanos
como esteios sonoros, fundindo-os a arran-
jos de orquestra absorvidos do jazz, espe-
cialmente do conjunto de Kenton, a quem
ele admirava profundamente, honrando
mais tarde esse sentimento ao gravar um de
seus mambos. Pouco antes de deixar Cuba,
ele deixou pronto na Ilha um disco 78 RPM,
com a gravação de seus hits Mambo Caén e
So caballo, bem aceitos pelo público local.
Na década de 50 o Mambo revoluciona
a paisagem musical, não se rendendo nem
mesmo diante do monopólio das big bands
norte-americanas, graças ao talento de Pé-
rez, somado ao de outros cantores célebres
desta época, tais como Xavier Cugat, Tito
Puente e Beny Moré. Que Rico El Mambo
(Mambo Jambo), da autoria de Perez, foi o
primeiro de uma lista inumerável de suces-
sos. O mambo Cerezo Rosa atinge em 1955
o topo da parada musical da revista Billbo-
ard, apenas destituído de seu posto pelo
rock Around the Clock, de Bill Halley.
Esta sonoridade, que misturava ritmos
cubanos e elementos jazzísticos, marcou a
história da música cubana até princípios da
década de 60.
IracityCardoso
DanielBinelli
DavidLang
CayetanoSoto
LuisArrieta
SilvianeTicher
AstorPiazzolla
RaïffDantasBarreto
LinoVillaventura
ItzikGalili
RodrigoMorte
João Pimenta
ElisabethGibiat
DámasoPérezPrado
Victor HugoToro
O Balé da Cidade de São Paulo foi criado em 07 de Feve-
reiro de 1968, com o nome de Corpo de Baile Municipal.
Inicialmente com a proposta de acompanhar as óperas
do Theatro Municipal e se apresentar com obras do re-
pertório clássico, teve Johnny Franklin como seu primeiro
diretor artístico.
Em 1974, sob a direção de Antonio Carlos Cardoso,
a companhia assumiu o perfil de dança contemporânea,
que mantém até hoje. A partir daí tornou-se presença
destacada no cenário da dança sul-americana, marcando
época por inovar na linguagem e mostrar ao público um
elenco afinado.
Em 25 de Setembro de 1981 passou a se chamar Balé
da Cidade de São Paulo.
Nos anos 80, o experimentalismo marcou a trajetória
da companhia. Os bailarinos eram encorajados a contri-
buir com suas próprias ideias coreográficas que resulta-
ram em trabalhos marcantes.
A bem-sucedida carreira internacional da compa-
nhia teve início com a participação na Bienal de Dança
de Lyon, França, em 1996. Desde então suas turnês eu-
ropeias têm sido aclamadas tanto pela crítica especiali-
zada quanto pelo público de todos os grandes teatros
onde se apresenta.
Desde 2001 a atuação do Balé da Cidade de São
Paulo se estende também a programas de formação de
plateia e de ações culturais paralelas, principalmente em
mostras didáticas pela cidade de São Paulo, partilhando
seu patrimônio artístico com a população da cidade.
A longevidade do Balé da Cidade de São Paulo, o ri-
gor e padrão técnico do elenco e equipe artística, atraem
os mais importantes coreógrafos brasileiros e internacio-
nais, interessados em criar obras para seus bailarinos e
artistas.
Balé da
Cidade de
São Paulo
Formada pela Escola de Dança de São Paulo, teve sua
primeira experiência internacional como bailarina em
1964/67, na Alemanha, França e México. Foi professora do
Ballet Stagium e diretora do Balé da Cidade de São Paulo.
Em 1980 foi assistente de direção e bailarina no Ballet
Du Grand Theatre de Genebra, até que em 1988 se tornou
diretora artística adjunta. Depois de 1996 passou a trabalhar
como diretora artística do Ballet Gulbenkian em Portugal.
De volta ao Brasil, em 2006/07 foi assessora de dança
da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, reati-
vando o Centro de Dança da Galeria Olido. Promoveu a
publicação do Primeiro Edital de Fomento à Dança e ini-
ciou um projeto de dança vocacional.
De 2008 a 2012 foi diretora artística fundadora da São
Paulo Companhia de Dança e, em 2010, foi jurada no Con-
curso Internacional de Dança do Prix de Lausanne, na Suíça.
Em 2013 foi convidada pelo maestro John Neschling a
assumir a direção artística do Balé da Cidade de São Paulo.
A formação da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo
remonta a 1921, dez anos após a inauguração do Theatro Mu-
nicipal, por meio da Sociedade de Concertos Sinfônicos de
São Paulo. Em mais de 90 anos de história, a Orquestra to-
cou sob a regência de maestros como Mstislav Rostropovich,
Ernest Bour, Maurice Leroux, Dietfried Bernett, Kurt Masur,
Camargo Guarnieri, Armando Belardi, Edoardo de Guar-
nieri, Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky, Sergio Mag-
nani, além de vários compositores regendo suas obras,
como Villa-Lobos, Francisco Mignone e Penderecki. Solis-
tas de renome se apresentaram com o grupo, como Magda
Tagliaferro, Guiomar Novaes, Yara Bernette, Salvatore Ac-
cardo, Rugiero Ricci, dentre muitos outros. Desde o início
de 2013, a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo tem
como diretor artístico o maestro John Neschling.
Iracity Cardoso
Diretora Artística
Orquestra
Sinfônica
Municipal
de São Paulo
Diretor artístico e regente titular da Orquestra Sinfônica de
Campinas, Victor Hugo Toro nasceu em Santiago, no Chile,
e se graduou pela Faculdade de Artes da Universidade do
Chile. Foi bolsista da Sinfônica do Chile e estudou com ma-
estros como Kurt Masur, Jean Fournet e John Neschling.
Vencedor do II Concurso Internacional de Regência Or-
questral da Osesp, regeu as principais orquestras de seu país
e a própria Osesp, onde foi diretor artístico assistente, e tam-
bém comandou a Orquestra do Sodre, do Uruguai, a Sinfô-
nica de Rosário, da Argentina, e a Filarmônica da FUNAM, do
México, colaborando com regentes como Alain Lombard, Jo-
sep Pons e Stanislaw Skrowaczewski.
Victor Hugo Toro também é compositor. Já colaborou
com nomes importantes como John Corigliano e Peter Ma-
xwell Davies, além de instrumentistas como Anna Korondi,
Boris Belkin e Freddy Kempf. Foi escolhido um dos 100 lí-
deres jovens do Chile pelo jornal El Mercurio e homenage-
ado pela Câmara Municipal de São Paulo pelo seu trabalho
em prol da música e intercâmbio cultural entre Chile e Brasil.
Em 2010 foi diretor artístico assistente e regente residente
da Companhia Brasileira de Ópera, com quem realizou uma
grande turnê de 89 espetáculos em 15 cidades brasileiras.
Cayetano Soto nasceu na Espanha, em 1975. Estudou no Ins-
titut del Teatre, em Barcelona, e no Koninklijk Consevatorium,
em Haia, Holanda. Cayetano dançou com o IT.Dansa em Bar-
celona, antes de ingressar no Ballet Theater de Munique, onde
criou uma das suas primeiras coreografias: Fugaz.
Em setembro de 2005, tornou-se coreógrafo freelancer.
Desde então, criou para importantes companhias interna-
cionais, tais como Stuttgarter Ballet, Royal Ballet of Flanders,
Balé da Cidade de São Paulo, BJM Montreal, Introdans, In-
trodans voor de Jeugd, Gauthier Dance Company, Compa-
nhia Nacional de Bailado, Perm Opera and Ballet Theater,
Victor Hugo Toro
Regente
Cayetano Soto
Coreografia
Návodní Divadlo Brno, Aspen Santa Fe Ballet, Tanz Luzern
Theater e Northwest Dance Project em Portland.
Canela Fina, criada para o Balé da Cidade de São Paulo,
foi eleita pelos leitores do jornal Folha de São Paulo como a
melhor produção de dança do ano de 2008.
Vencedor do Student Composer Awards da Fundação BMI
em 1980 e 1981, David Lang fundou o grupo Bang on a Can,
em 1987, com Julia Wolfe e Michael Gordon. É professor de
composição na Escola de Música de Yale desde 2008. Ele foi
um dos principais contribuidores para a música executada
pelo Quarteto Kronos, sendo o arranjador no estúdio de Re-
quiem for a Dream. Ele também é conhecido por seu traba-
lho com os coreógrafos Shen Wei, Benjamin Millepied, Susan
Marshall e Édouard Lock / La la la Human Steps.
Em 1999, colaborou com os compositores Julia Wolfe
e Michael Gordon e o libretista/ ilustrador Ben Katchor na
composição da ópera em quadrinhos The Carbon Copy Buil-
ding, que ganhou o Obie Award for Best New American Pro-
duction. Lang, Wolfe e Gordon posteriormente trabalharam
juntos novamente no oratório Lost Objects, em 2001. Seu
próximo projeto colaborativo foi Shelter, uma obra multimí-
dia com a libretista Deborah Artman, para o grupo vocal es-
candinavo Trio Mediaeval e o conjunto alemão MusikFabrik,
que foi apresentada na Alemanha e nos EUA, em 2005.
Em 1999, Lang e o dramaturgo Mac Wellman basearam
sua ópera, The Difficulty of Crossing a Field, em um conto de
Ambrose Bierce. Lang foi agraciado com o Prêmio Pulitzer
para música, em 2008, pela peça A Little Match Girl Passion,
composta no ano anterior, baseada na fábula homônima de
Hans Christian Andersen e inspirada pela Paixão Segundo
São Mateus, de Bach. A gravação de The Little Match Girl Pas-
sion pela Harmonia Mundi, recebeu o Grammy Award 2010
de Melhor apresentação de pequeno conjunto.
David Lang
Compositor
theatro municipal de são paulo_temporada 2014_pg 26
Após ter estudado com Nelson Campos na Universidade Fede-
ral da Paraíba, Raïff Dantas Barreto se especializou com o pro-
fessor Enrico Contini no Conservátorio Arrigo Boito, em Parma,
Itália, e estudou música de câmara com Dario De Rosa, pianista
do lendário Trio di Trieste e com o Nuovo Quartetto Italiano.
Em sua trajetória como solista, esteve à frente de or-
questras como a Sinfônica Municipal de São Paulo, Sinfônica
Nacional, Sinfônica da Paraíba, Sinfônica de Minas Gerais,
Camerata Fukuda, Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio San-
toro, Filarmônica do Espírito Santo, Orquestra do Norte (Por-
tugal), Cayuga Chamber Orchestra (EUA), dentre outras.
Foi o músico responsável pela estreia brasileira do Con-
certo N. 2 de Shostakovich, do Concerto N. 2 de Kabalevsky e
da Sinfonia Concertante para violino e violoncelo de Miklós
Rósza, esta com o violinista Pablo De León. Atuou como solista
com regentes como Eleazar de Carvalho, Leon Spierer, Celso
Antunes, Ligia Amadio, Jesus Medina, Carlos Moreno, Alex
Klein, Mateus Araújo, Helder Trefzger e Lanfranco Marcelletti.
Desde 2001 é o primeiro violoncelo da Orquestra Sin-
fônica Municipal. Destacam-se em sua discografia as grava-
ções de Brahms & Franck – Sonatas, com o pianista Alvaro
Siviero, pelo selo Clássicos, e as três primeiras suítes para
violoncelo solo de J.S. Bach pelo selo Aureus.
Nascido em Buenos Aires, Luis Arrieta radicou-se em São
Paulo em 1974, após dois anos de estudo em sua cidade na-
tal. Como bailarino, dançou em Buenos Aires com o Ballet de
Joaquín Pérez Fernández, com a Escuela del Ballet Contem-
poráneo de la Ciudad de Buenos Aires e com a Compañía de
Shows de Nacha Guevara. No Brasil, integrou os elencos do
Ballet Stagium, do Balé da Cidade de São Paulo, da Associa-
ção de Ballet do Rio de Janeiro e atuou como solista convi-
dado em vários eventos e festivais de dança. Na Alemanha,
colaborou com o Hessiches Staadtheater de Wiesbaden.
Raïff Dantas
Barreto
Violoncelo
Luis Arrieta
Coreógrafo
Estreou como coreógrafo em 1977, com Camila, obra es-
treada pelo Balé da Cidade de São Paulo. Desde então assi-
nou mais de uma centena de coreografias, trabalhando com
os mais variados temas e gêneros musicais, junto a diversas
companhias internacionais da Europa e das Américas. Assinou
também coreografias para documentários de curta metragem,
para videoclipes e para programas especiais de televisão.
Conferencista e professor, ocupou o cargo de diretor
artístico do Balé da Cidade de São Paulo em duas ocasiões
– em 1981 e de 1986 a 1988 – e foi um dos fundadores e dire-
tor artístico, em 1982, do Elo Ballet de Câmara Contemporâ-
neo de Belo Horizonte.
Por sua contribuição à dança brasileira, recebeu inúme-
ros prêmios e distinções, como o Prêmio Associação Pau-
lista dos Críticos de Arte – APCA (1977, 1979, 1980, 1988,
2012), Prêmio Governador do Estado de São Paulo (1978 e
1979, 2012), Prêmio Conselho Estadual de Cultura de Salva-
dor (1985), Bolsa Vitae de Artes para Criação Coreográfica e
Pesquisa (1991), dentre outros.
Radicado em Nova York, Astor Piazzolla estudou piano com
Bela Wilde, pianista húngaro discípulo de Sergei Rachmani-
nov. Em Nova York conheceu o cantor argentino de Tango Car-
los Gardel, enquanto este estava na cidade para rodar o filme
El día que me quieras.
Compositor de tango mais importante da segunda me-
tade do século XX, Piazzolla estudou harmonia e música eru-
dita com a compositora e diretora de orquestra francesa Nadia
Boulanger. Em sua juventude, tocou e realizou arranjos orques-
trais para o bandoneonista, compositor e diretor Aníbal Troilo.
Quando começou a fazer inovações no tango, no ritmo,
no timbre e na harmonia, foi muito criticado pelos tocadores
de tango mais antigos. Ao voltar de Nova York, Piazzolla já
mostrava a forte influência do jazz em sua música, estabele-
Astor Piazzolla
Compositor
theatro municipal de são paulo_temporada 2014_pg 28
cendo então uma nova linguagem, seguida até hoje. Quando
os mais ortodoxos, durante a década de 60, bradaram que a
música dele não era de fato tango, Piazzolla respondia-lhes
que era música contemporânea de Buenos Aires. Para seus
seguidores e apreciadores, essa música certamente represen-
tava melhor a imagem da metrópole argentina.
Piazzola deixou uma discografia invejável, tendo gra-
vado com Gary Burton, Tom Jobim, entre outros músicos que
o acompanharam, como o violinista Fernando Suarez Paz. En-
tre seus mais destacados parceiros na Argentina estão a can-
tora Amelita Baltar e o poeta Horacio Ferrer, além do escritor
Jorge Luís Borges.
Reconhecido internacionalmente como compositor, arran-
jador e professor de bandoneón, o músico argentino Daniel
Binelli viaja o mundo como solista com orquestras e como
diretor musical.
Por 14 anos fez parte da orquestra de Osvaldo Pugliese e,
em 1989, integrou o Sexteto Novo Tango, de Astor Piazzolla,
em várias turnês internacionais e, recentemente, no docu-
mentário da BBC sobre a vida de Piazzolla.
Daniel Binelli já se apresentou como solista com orques-
tras como as da Filadélfia, Atlanta, Buffalo e Virginia (EUA);
Tohnhalle Zurique (Suíça); Sinfônica de Montreal e Ottawa
(Canadá); São Petersburgo (Rússia); NHK (Japão); Filarmô-
nica Nacional da Argentina e do Uruguai. Foi regido por ma-
estros como Charles Dutoit, Lalo Schiffrin, Franz Paul Decker,
Robert Spano, JoAnn Faletta, Michael Christie, Lior Shamba-
dal, Simon Blech, dentre outros. Ele já gravou mais de cem
discos, com repertórios que demonstram toda sua versatili-
dade musical.
Daniel Binelli compôs e arranjou obras para instrumen-
tos solo, música de câmara, para orquestra, música para
dança e para cinema, do tango à linguagem contemporânea.
Daniel Binelli
Bandoneón
Em 1980, Lino Villaventura inaugurou sua primeira loja em
Fortaleza com Inez, sua companheira e sócia. Dois anos de-
pois, a mídia nacional descobriu seu talento e a partir daí,
Lino Villaventura começou a se firmar no mercado, tor-
nando-se um dos representantes mais significativos da moda
brasileira.
Presente no São Paulo Fashion Week desde a sua pri-
meira edição, em julho de 1996, Lino encanta pela magia,
suntuosidade e exuberância de seus desfiles. Um de seus
melhores trunfos é a arte de tinturar e transformar tecidos.
Instigante, utiliza materiais que fogem do óbvio para criar
novas texturas, nervuras e patchworks. Tanto na passarela
como fora dela, as criações de Lino são impactantes e pos-
suem identidade, com um marcante caráter artesanal. Todo
esse engenhoso trabalho é feito por uma qualificada equipe
de 50 profissionais comandada pelo estilista. Nos anos 90,
ele passou a desenvolver também figurinos para grandes
filmes e espetáculos. Criou para o Balé da Cidade de São
Paulo o figurino de Baile Na Roça - Coreografias para Porti-
nari, em 1997.
Suas peças são encontradas em diversas cidades brasi-
leiras. Fora do país, suas roupas são vendidas na Europa e
no Oriente Médio.
Trabalha há mais de 20 anos com iluminação cênica no Bra-
sil. Atualmente tem se dedicado à dança contemporânea,
participando de varias companhias e festivais tanto na cria-
ção quanto na coordenação técnica dos espetáculos, desen-
volvendo um projeto de ‘operação conjunta’ da iluminação
dos espetáculos, onde a Luz passa a ser um elemento core-
ográfico. Há quatro anos desenvolve uma parceria frequente
neste tipo de trabalho com o coreógrafo Luis Arrieta.
Lino Villaventura
Estilista
Silviane Ticher
Desenho de Luz
theatro municipal de são paulo_temporada 2014_pg 30
Nascido em Israel, Itzik Galili estudou na Companhia de
Dança Bat-Dor, antes de entrar para a Companhia de Dança
Batsheva. Em 1990 ganhou, com a criação Old Cartoon, o prê-
mio de originalidade no Gvanim Choreographic Competition.
No ano seguinte, Galili mudou-se para Amsterdã e formou sua
própria companhia. Um ano mais tarde, sua peça The Butterfly
Effect ganhou o Prêmio do Público no Concurso Internacional
para Coreógrafos em Groningen, o que lhe rendeu reconhe-
cimento internacional. Em 1997, o Ministério da Cultura dos
Países Baixos o nomeou como diretor artístico da recém-fun-
dada companhia de dança de Groningen, a Noord Nederlan-
dse Dans, instituição que dirigiu por mais de 11 anos.
Em janeiro de 2009, retornou a Amsterdã como co-fun-
dador e diretor artístico da companhia de dança contem-
porânea Dansgroep Amsterdam. Desde 2011, Galili é um
coreógrafo independente.
Pela sua contribuição para o desenvolvimento da dança
neerlandesa e por seu excepcional talento, ganhou em 1994
o Final Selection Culture Award, o prêmio de coreografia da
Dutch Association of Theatre and Music Hall Directors e, em
2006, tornou-se, pela Rainha Beatriz, um Cavaleiro da Or-
dem Real da Huis van Oranje-Nassau. Em 2009, sua obra A
Linha Curva, criada para o Balé da Cidade de São Paulo, foi
estreada pela Rambert Dance Company em Sadler’s Wells e
indicada para três prêmios no Reino Unido: Knights of Illumi-
nation (Desenho de Luz), Critics Circle (Melhor Coreografia
Moderna) e Laurence Olivier (Melhor Nova Produção).
Músico e compositor, nasceu em Matanzas, Cuba, em 1916.
Estudou piano clássico e, mais tarde, tocou órgão e piano em
clubes locais. Por um tempo foi pianista e arranjador do So-
nora Matancera, o grupo musical mais conhecido de Cuba.
Ele também trabalhou com orquestras de cassino em Havana
durante a maior parte da década de 1940.
Dámaso Pérez Prado
Compositor
Itzik Galili
Coreografia
Em 1948, mudou-se para o México para formar a própria
banda e gravar pela RCA Victor. Rapidamente especializou-
-se em mambos, uma adaptação animada do cubano danzón.
Em 1950 o arranjador Sonny Burke ouviu Que Rico el Mambo,
enquanto estava de férias no México e, ao voltar aos Esta-
dos Unidos, o gravou como Mambo Jambo. O single foi um
sucesso, o que fez com que Perez realizasse uma turnê pe-
los EUA. Suas apresentações em 1951 tiveram ingressos es-
gotados e ele começou a gravar para a RCA Victor dos EUA.
Perez é o compositor de peças famosas como Mambo N.
5 e Mambo N. 8. No auge do movimento mambo, em 1955,
Perez chegou ao número um das paradas de sucesso ame-
ricanas, com uma versão cha-cha-cha de Cherry Pink and
Apple Blossom White, composta pelo francês Louiguy – o
arranjo ficou no primeiro lugar por 10 semanas consecuti-
vas. A canção também foi a número um no Reino Unido e
na Alemanha.
Sua popularidade nos Estados Unidos correspondeu ao
pico da primeira onda de interesse em música latina, fora das
comunidades latinas, durante os anos 1940, 1950 e 1960. Ele
também participou de filmes nos Estados Unidos e na Eu-
ropa, bem como em cinema mexicano.
No início de 1970, Perez retornou definitivamente a Ci-
dade do México. Sua carreira na América Latina ainda era
forte e continuou a gravar no México, América do Sul e no
Japão. Foi reverenciado como um dos gigantes reinantes da
indústria da música e fez apresentações regulares na televi-
são mexicana. Perez morreu de um acidente vascular cere-
bral na Cidade do México em setembro de 1989, aos 72 anos.
Compositor e arranjador, atualmente é diretor administrativo
da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas.
Arranjador da Orquestra Jazz Sinfônica de São Paulo
desde 1999, escreveu para João Donato, Rosa Passos, Dave
Rodrigo Morte
Arranjador
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Liebman, Carla Cook, Dori Caymmi, Toninho Horta, Amilton
Godoy, Richard Bona, Yamandú Costa, Hamilton Holanda, Ed
Motta, César Camargo Mariano, Pablo Ziegler, Stefon Harris,
Leo Gandelman, Chico Pinheiro, Raul de Souza, Maria Rita,
Mozar Terra, Gal Costa, NY Collective Jazz Composers, Jane
Monheit e Paulinho da Viola. Colaborou em projetos de Ney
Rosauro, Zimbo Trio, Lenine, Roberta Sá e Maria Schneider.
Escreveu para orquestras como a Orchestre National
d’Île de France, Hollywood Studio Orchestra, Westchester
Jazz Orchestra, Greensboro Symphony Orchestra, SoundS-
cape Big Band, Petrobras Sinfônica, Jazz Sinfônica de Dia-
dema, Aspen Festival Orchestra, Sinfônica Brasileira e a
Filarmônica de Bruxelas.
Foi arranjador em gravações da Orquestra Jazz Sinfô-
nica, Jazz Sinfônica de Diadema, Soundscape Big Band, To-
ninho Ferragutti, Gogô, Roberta Miranda, Luis Aranha, Social
Samba Fino e Lupa Santiago Sexteto, dentre outros.
Nascida em Grenoble, França, Elisabeth estudou na França,
Canadá e Estados Unidos. Integrou como solista as compa-
nhias Bat Dor Dance Company de Tel Aviv e a Kilina Cré-
mona-Roger Méguin Compagnie de Danse de Lyon.
Como professora convidada, desde 1988 vem ensi-
nando balé clássico e dança contemporânea em escolas de
dança profissionais, em Montreal, Lyon, Genebra, Tel Aviv,
Nice e Amsterdam, e nas companhias Groupe Emile Dubois,
Kibbutz Dance Company, Dance Company Nomades, Carte
Blanche, Skånes Dansteater, Danish Dance Theatre, ICKams-
terdam, Noord Nederlandse Dans e Sally Project.
Em 1997, a convite da diretora artística Iracity Cardoso,
juntou-se ao Ballet Gulbenkian, de Lisboa, como diretora de
ensaio e maître de ballet. Na capital portuguesa conheceu It-
zik Galili, que a convidou a trabalhar com ele, em 2001, como
diretora artística adjunta da Noord Nederlandse Dans e, em
Elisabeth Gibiat
Assistente de
Coreografia
2009, do Dansgroep Amsterdam, para criar e implementar
sua visão artística.
Como maître de ballet, Elisabeth lecionou aulas para a
companhia e como diretora de ensaio foi responsável pelos
trabalhos de Itzik Galili e para as obras dos seguintes core-
ógrafos convidados: Jiri Kylian, William Forsythe, Rui Horta,
Ohad Naharin, Angelin Preljocaj, Stijn Celis, Tero Saarinen,
Meryl Tankard, Né Barros, e Mark Baldwin. Desde 2011 é as-
sociada artística e coordenadora administrativa do coreó-
grafo Itzik Galili.
Nascido em São Sebastião do Paraíso, Minas Gerais, João Pi-
menta desfilou sua primeira coleção no São Paulo Fashion
Week em 2010. As criações do estilista chamam a atenção
da crítica especializada por apostar nos contrapontos como
ferramentas para discutir a moda masculina. Os jogos de
opostos, envolvendo conceitos de pobre e rico, masculino e
feminino, são constantes desde o início de sua trajetória na
moda – marcada por consistentes apresentações na Casa de
Criadores e participações no Mercado Mundo Mix.
Além da carreira de estilista, João também desenvolve
figurinos para teatro, dança, cinema e música. Na música,
vem desenvolvendo peças para os cantores Nando Reis, Fi-
lipe Catto, Thiago Pethit, Emicida, entre outros. No teatro,
trabalha para grupos como Sobrevento e os últimos espetá-
culos do diretor Leo Moreira – Ficção, Ensaio, O silencio de-
pois da chuva. Na dança, fez figurinos para o Bale da Cidade
de São Paulo – Paraiso Perdido e T.A.T.O. – para J.Gar.Cia de
Dança Contemporânea e Vera Sala, dentre outros.
João Pimenta
Estilista
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Temporadas do Balé da Cidade
no Theatro Municipal em 2014
Agosto
Dezembro
Sábado, 16 às 20h
Domingo, 17 às 18h
Segunda, 18 às 20h
Terça, 19 às 20h
Quarta, 20 às 20h
Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo
Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo
Luis Gustavo Petri Regente
Cacti de Alexander Ekman
Antiche Danze de Mauro Bigonzetti
(Estreia Mundial)
Domingo, 21 às 18h
Segunda, 22 às 20h
Terça, 23 às 20h
Sexta, 26 às 20h
Sábado, 27 às 20h
Domingo, 28 às 18h
Orquestra Experimental de Repertório
Carlos Eduardo Moreno Regente
O Quebra-Nozes de Mauro Bigonzetti
(Estreia Mundial)
Programa sujeito a alterações.
Balé da Cidade
de São Paulo
Diretora Artística
Iracity Cardoso
Assistentes de Direção
Alexandra Itacarambi
Raymundo Costa
Silvana Marani
Coordenação de Ensaios
Suzana Mafra
Assistentes de Coreografia
Kênia Genaro
Roberta Botta
Suzana Mafra
Professora de Ballet Clássico
Liliane Benevento
Professores convidados
Alex Soares
Allan Falieri
Milton Kennedy
Pianista
Wirley Francini
Bailarinos
Bruno Gregório
Camila Ribeiro
Cleber Fantinatti
Erika Ishimaru
Eugênia Granha
Fabiana Fornes
Fabiana Ikehara
Fabio Pinheiro
Fernanda Bueno
Gleidson Vigne
Gustavo Barros
Hamilton Felix
Igor Vieira
Irupé Sarmiento
Maquinista
Alessander Rodrigues
José Hilton Jr.
Secretaria
Doralice de Queiróz
Coordenação do Acervo
Raymundo Costa
Jaruam Miguez
Jefferson Damasceno
Joaquim Tomé
Laura Ávila
Leonardo Hoehne Polato
Liliane de Grammont
Luiz Oliveira
Manuel Gomes
Marcos Novais
Marina Giunti
Marisa Bucoff
Rebeca Ferreira
Renata Bardazzi
Shamara Bacelar
Simone Camargo
Thaís França
Victor Hugo Vila Nova
Victoria Oggiam
Vivian Navega Dias
Wagner Varela
Yasser Díaz
Produção Executiva
Maya Mecozzi
Coordenação de Logística
Deoclides Fraga Neto
Coordenadora Técnica
Melissa Guimarães
Assistente de
Coordenação Técnica
José Hilton Jr.
Iluminador
Luiz Fernando Vaz
Sonoplasta
Leandro Lima
Coordenadora do Figurino
Bruna Fernandes
Assistente de
Coordenação do Figurino
Juliana Andrade
Orquestra Sinfônica
Municipal de São Paulo
Diretor Artístico
John Neschling
Primeiros-violinos
Martin Tuksa (spalla)
Pablo De León (spalla)
Maria Fernanda Krug
Fabian Figueiredo
Adriano Mello
Fábio Brucoli
Fábio Chamma
Fernando Travassos
Francisco Ayres Krug
Heitor Fujinami
John Spindler
José Fernandes Neto
Liliana Chiriac
Mizael da Silva Júnior
Paulo Calligopoulos
Rafael Bion Loro
Sílvio Balaz
Victor Bigai
Segundos-violinos
Andréa Campos*
Laércio Diniz*
Nadilson Gama
Otávio Nicolai
André Luccas
Dajvan Caetano
Edgar Montes Leite
Evelyn Carmo
Helena Piccazio Ornellas
Oxana Dragos
Ricardo Bem-Haja
Sara Szilagyi
Ugo Kageyama
Wellington R. Guimarães
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Assistentes
Yara de Melo
Manuela Cirigliano
Inspetor
Carlos Nunes
Montadores
Alexandre Greganyck
Paulo Broda
* Chefe de naipe
** Músico convidado
Vagner Rebouças
Flavio Vilela Faria**
Mario Rocha**
Trompetes
Fernando Guimarães*
Marcos Motta*
Breno Fleury
Eduardo Madeira
Albert Santos**
Trombones
Roney Stella*
Hugo Ksenhuk
Luiz Cruz
Marim Meira
Agnelson Gonçalves**
Tuba
Gian Marco de Aquino*
Harpa
Jennifer Campbell*
Paola Baron*
Piano
Cecília Moita*
Percussão
Marcelo Camargo*
César Simão
Magno Bissoli
Sérgio Coutinho
Thiago Lamattina
Tímpanos
Danilo Valle*
Márcia Fernandes*
Violão
Vitor Garbelotto**
Gerente da Orquestra
Paschoal Roma
Miguel Dombrowski
Ricardo Busatto
Vinicius Frate
Walter Müller
André Teruo**
Flautas
Cássia Carrascoza*
Marcelo Barboza*
Andréa Vilella
Cristina Poles
Renan Dias Mendes
Michel de Paula**
Oboés
Alexandre Ficarelli*
Rodrigo Nagamori*
Marcos Mincov
Victor Astorga**
Clarinetes
Luís Afonso Montanha*
Otinilo Pacheco*
Diogo Maia Santos
Domingos Elias
Marta Vidigal
Fagotes
Fábio Cury*
Marcos Fokin*
Matthew Taylor*
Marcelo Toni
Osvanilson Castro
Renato Perez**
Trompas
André Ficarelli*
Luiz Garcia*
Eric Gomes da Silva
Rogério Martinez
Gerson Nonato**
Kleberson Buso**
Karen Crippa**
Violas
Alexandre De León*
Silvio Catto*
Abrahão Saraiva
Tânia de Araújo Campos
Adriana Schincariol
Bruno de Luna
Cindy Folly Farias
Eduardo Cordeiro
Eric Schafer Licciardi
Jessica Wyatt
Pedro Visockas
Roberta Marcinkowski
Tiago Vieira
Everton de Souza**
Violoncelos
Mauro Brucoli*
Raïff Dantas Barreto*
Mariana Amaral
Alberto Kanji
Charles Brooks
Cristina Manescu
Joel de Souza
Maria Eduarda Canabarro
Moisés F. dos Santos
Sandro Francischetti
Teresa Catto
Ana Chamorro**
Contrabaixos
Taís Gomes*
Sanderson Cortez Paz
Adriano Costa Chaves
Anna Patrícia Araújo
Rosa Casalli
Produtores
Aelson Lima
Pedro Guida
Miguel Teles
Nathalia Costa
Assistente de Produção
Arthur Costa
Palco
Chefe da Cenotécnica
Aníbal Marques (Pelé)
Técnicos de Palco
Antonio Carlos da Silva
Antonio Oliveira Almeida
Alexandre N. Pinheiro
Aristide da Costa Neto
Cláudio Nunes Pinheiro
Cristiano T. dos Santos
Edival Dias
Ermelindo T. Sobrinho
Julio de Oliveira
Lourival F. Conceição
Marcelo Luiz Frosino
Paulo Miguel Filho
Rodrigo Nascimento
Thiago Panfieti
Assistentes
Elisabeth de Pieri
Ivone Ducci
Contrarregras
Bruno Farias
Carlos Bessa
Eneas Leite
Segunda Assistente
de Direção Cênica
Ana Vanessa
Assistente de Direção
Cênica e Casting
Sérgio Spina
Figurinista Residente
Veridiana Piovezan
Produção de Figurinos
Fernanda Câmara
Arquivo Artístico
Coordenadora
Maria Elisa P. Pasqualini
Assistente
Ana Raquel Alonso
Arquivistas
Ariel Oliveira
Guilherme Prioli
Karen Feldman
Leandro José Silva
Leandro Ligocki
Copista
Ana Cláudia Oliveira
Ação Educativa
Aureli Alves de Alcântara
Centro de Documentação
Chefe de seção
Mauricio Stocco
Equipe
Lumena A. de Macedo Day
Diretoria de Produção
Produção Executiva
Maria Carolina G. de Freitas
Secretárias
Ana Paula S. Monteiro
Marcia de Medeiros Silva
Monica Propato
Cerimonial
Egberto Cunha
Sofia Amaral Ramos
Bilheteria
Nelson F. de Oliveira
Diretoria Artística
Assessoria de
Direção Artística
Stefania Gamba
Luís Gustavo Petri
Clarisse De Conti
Secretária
Eni Tenório dos Santos
Coordenação de
Programação Artística
João Malatian
Diretor Técnico
Juan Guillermo Nova
Assistente de
Direção Técnica
Giuseppe Cangemi
Diretor de Palco Cênico
Ronaldo Zero
Assistente de Direção
de Palco Cênico
Sabrina Mirabelli
Assistente de Direção
Cênica Residente
Julianna Santos
Prefeitura do Município
de São Paulo
Prefeito
Fernando Haddad
Secretário Municipal
de Cultura
Juca Ferreira
Fundação Theatro
Municipal de São Paulo
Direção Geral
José Luiz Herencia
Diretora de Gestão
Ana Flávia Cabral S. Leite
Instituto Brasileiro
de Gestão Cultural
Presidente do Conselho
Cláudio Jorge Willer
Diretor Executivo
William Nacked
Diretora Técnica
Isabela Galvez
Diretor Financeiro
Neil Amereno
Diretor Artístico
John Neschling
Diretora de Produção
Cristiane Santos
Direitos Autorais
Olivieri Advogados
Associados
Diretoria Geral
Assessora
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Marina Castilho
Vitória R. R. Dos Santos
Seção Técnica
de Manutenção
Edisangelo R. da Rocha
Eli de Oliveira
Narciso Martins Leme
Estagiário
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Comunicação
Editor e Coordenador
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Editor assistente
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Mídias Eletrônicas
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Meire Lauri
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Rodrigues
Jessica Elias Secco
Marina Aparecida Augusto
Infraestrutura
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Antonio Teixera Lima
Cleide da Silva
Eva Ribeiro
Israel Pereira de Sá
Luiz Antonio de Mattos
Maria Apª da C. Lima
Pedro Bento Nascimento
Therezinha P. da Silva
Almoxarifado
Nelsa A.Feitosa da Silva
Bens Patrimoniais
José Pires Vargas
Informática
Ricardo Martins da Silva
Renato Duarte
Estagiários
Victor Hugo A. Lemos
Yudji A. Otta
Arquitetura
Lilian Jaha
Estagiários
Marcelo Luiz Frosino
Piter Silva
Sandra S. Yamamoto
Chefe de Som
Sérgio Luis Ferreira
Operadores de Som
Guilherme Ramos
Daniel Botelho
Kelly Cristina da Silva
Chefe de Iluminação
Valéria Lovato
Iluminadores
Alexandre de Souza
Igor Augusto F. de Oliveira
Luciano Paes
Fernando Azambuja
Ubiratan Nunes
Camareiras
Alzira Campiolo
Lindinalva M. Celestino
Maria Auxiliadora
Maria Gabriel Martins
Marlene Collé
Nina de Mello
Regiane Bierrenbach
Tonia Grecco
Central de Produção
"Chico Giacchieri"
Coordenação de Costura
Emília Reily
Acervo de Figurinos
Marcela de Lucca M. Dutra
Assistente
Ivani Rodrigues Umberto
Acervo de Cenário
e Aderecista
Aloísio Sales
Expediente
José Carlos Souza
José Lourenço
Paulo Henrique Souza
Diretoria de Gestão
Lais Gabriele Weber
Carolina Paes Simão
Cristina Gonçalves Nunes
João Paulo Alves Souza
Juçara A. de Oliveira
Juliana do Amaral Torres
Oziene O. dos Santos
Paula Melissa Nhan
Vera Lucia Manso
Assistência
Administrativa
Alexandro R. Bertoncini
Seção de Pessoal
Cleide C. da Mota
José Luiz P. Nocito
Solange F. França Reis
Tarcísio Bueno Costa
Parcerias
Suzel Maria P. Godinho
Contabilidade
Alberto Carmona
Cristiane Maria Silva
Diego Silva
Fotos
Uneven: João Mussolin
bandOneón: Sylvia Masini
O Balcão de Amor: Sylvia Masini
Bailarinos e Equipe: Sylvia Masini
Iracity Cardoso: Sylvia Masini
Victor Hugo Toro: Divulgação
Raïff Dantas: Divulgação
Cayetano Soto: Divulgação
Luis Arrieta: A.C.Cardoso
Daniel Binelli: Peter Schaaf
Lino Villaventura: Divulgação
Silviane Ticher: Divulgação
Itzik Galili: Gadi Dagon
Elisabeth Gibiat: Markus Linke
Rodrigo Morte: Divulgação
João Pimenta: Divulgação
Agradecimentos
Só Dança
co-realização
Organização Social de Cultura do Município de São Paulo
MUNICIPAL. O PALCO DE SÃO PAULO