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4. AGITAÇÃO E MISTURA DE LÍQUIDOS
1Samuel Luporini/DEQ/UFBA
2Samuel Luporini/DEQ/UFBA
4. AGITAÇÃO E MISTURA DE LÍQUIDOSReferências:
MacCabe & Smith, Unit Operations of Chemical Engineering, 5th edition, 1993.
Foust et al, Principios das Operações Unitárias, 1980.
Borzani, W. et al, Biotecnologia vol. 3: Engenharia Bioquímica, 1986.
Brodkey, R.S. et al, Transport Phenomena, 1988.
Geankoplis, C.J., Transport Processes and Separation Process Principles, 4ª Edition, Prentice Hall,
2003.
Agitação não é sinônimo de mistura.
Agitação: refere-se ao movimento induzido de um material num caminho
específico, usualmente circulatório, no interior de um tanque.
Mistura: é uma distribuição ao acaso, de um material com outro, de duas ou mais
fases inicialmente separadas.
O termo mistura é aplicado a uma grande variedade de operações,
diferindo no grau de homogeneidade do material misturado.
3Samuel Luporini/DEQ/UFBA
4.1. AGITAÇÃO DE LÍQUIDOS
A agitação depende do objetivo do processo que inclui:
1. Suspensão de partículas sólidas.
2. Mistura de líquidos miscíveis; ex. metanol e água.
3. Dispersão de um gás através do líquido na forma de pequenas bolhas.
4. Dispersão de um segundo líquido, imiscível com o primeiro, para formar uma
emulsão ou suspensão de gotas finas.
5. Melhorar a transferência de calor entre o líquido e uma serpentina (coil) ou
camisa (jacket).
4.2. EQUIPAMENTOS DE AGITAÇÃO
São tanques usualmente cilíndricos fechados ou abertos ao ambiente.
Em muitas situações usa-se o esquema da figura 8-1 onde o tanque possui um fundo
arredondado para eliminar cantos ou regiões na qual a corrente de fluido não penetra.
A profundidade do tanque é aproximadamente igual ao diâmetro do tanque. Um
agitador é montado sobre um eixo, a qual gira através de um motor, conectado
diretamente ao eixo ou através de um redutor de velocidade. Inclue-se também
acessórios como linhas de entrada e saídas, serpentinas, camisa e recipiente para
termômetros (poço) ou termopares.
4Samuel Luporini/DEQ/UFBA
O agitador cria um escoamento padrão para o sistema, fazendo com que o líquido
circule no tanque e retorne eventualmente ao agitador.
Figura 8-1. Tanque típico para processos de agitação
5Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Movimento do liquido em função do tipo de agitador
Os agitadores são divididos em duas classes:
Agitadores para escoamento axial: geram uma corrente paralela com o eixo agitador.
Agitadores para escoamento radial: geram uma corrente na direção tangencial ou radial.
Os três tipos principais de agitadores são: hélices, palhetas e turbinas. Cada um apresenta vários
subtipos (fig. 8-2).
Os outros tipos de agitadores especiais são úteis em certas situações, mas estes três tipos resolvem
95% dos casos de agitação.
Figura 8-2. Tipos de agitadores: (1)
Turbina, lâminas planas; (2) turbina,
lâminas planas inclinadas; (3) turbina,
lâminas curvas; (4) turbina, disco com
lâminas planas; (5) turbina, disco com
lâminas curvas; (6) turbina, ventoinha;
(7) hélice; (8) palheta.
6Samuel Luporini/DEQ/UFBA
4.2.1. Agitadores tipo hélice
Provocam um escoamento axial do fluido e são usados em altas rotações e para líquidos de baixa
viscosidade; dependem da altura de líquido dentro do tanque, mais de uma hélice podem ser montadas
sobre o mesmo eixo. Na figura 8-3 vemos o tipo mais comum de hélice, bem como a principal direção
de escoamento do fluido dentro do tanque. Esse tipo de agitador é usado quando correntes verticais
fortes são necessárias, como, por exemplo, para colocar e manter em suspensão partículas
relativamente pesadas. Não são usadas quando a viscosidade do líquido ultrapassa os 5000 cP.
Rotação: 400 a 1750 rpm. Líquidos com baixa viscosidade.
Figura 8-3. Escoamento axial, para agitadores tipo hélice, em tanque com chicanas.
7Samuel Luporini/DEQ/UFBA
4.2.2. Agitadores tipo palheta
Esses agitadores produzem um movimento radial e tangencial do líquido, sem que se note
um movimento longitudinal pronunciado. Devido a esse fato, são pouco utilizados, tanto para
dispersão de gases como de partículas sólidas.
Em tanques profundos varias palhetas é montada uma sobre a outra no mesmo eixo.
Controe-se palheta em forma de ancora úteis para prevenir estagnação sobre a superfície de
transferência de calor em tanques encamisados, porem produzem uma mistura pobre. Trabalham
entre 20 e 200 rpm. O comprimento total é de 60 a 80% do diâmetro interno do tanque. A largura da
palheta é 1/6 a 1/10 de seu comprimento. Não exige chicanas para baixas velocidades, mas no caso
de altas faz-se necessária para prevenir a formação de movimento circulatório do líquido, produzindo
pouca mistura. (fig. 8-2-8).
4.2.3. Agitadores de turbina
As correntes principais produzidas por esses tipos de agitadores são radiais e tangenciais.
O líquido é empurrado contra as paredes do tanque e, ao se chocar contra estas, divide-se, indo uma
parte para cima e outra para baixo (movimento longitudinal) para, em seguida, retornarem em
direção ao eixo e novamente para a turbina. Forma-se, dessa maneira, um movimento circulatório
vertical impedindo que haja, dentro do tanque, zonas de estagnação. Como dissemos anteriormente,
chicanas ou tipos especiais de turbinas são necessários para evitar-se a formação de movimento
circulatório horizontal e de vórtice. Na figura 4.4, vemos o tipo mais comum de turbina, bem como
a principal direção de escoamento do fluido dentro do tanque. Esses tipos de agitadores são efetivos
em líquidos cuja viscosidade varia numa faixa bastante grande e podem ser movidos em altas e
baixas rotações.
8Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Um desses tipos de agitadores é constituído por um disco chato que contém lâminas verticais,
soldadas na parte de baixo, diametralmente opostas (vaned disk); é muito utilizado quando se quer
promover a dissolução de um gás no líquido. Geralmente, o gás é borbulhado na parte inferior do
disco e este se encarrega de apanhar as bolhas grandes do gás, quebrá-las e dispersa-las através do
líquido, aumentando, dessa maneira, a eficiência do transporte de massa por aumento da superfície
específica gás-líquido. Outro tipo bastante utilizado e que apresenta características semelhantes às
do anterior (quanto à dispersão de gases) é aquele constituído de uma turbina abrigada por um anel
externo, que constitui o rotor e, concêntrico a esse anel, por fora, um outro estacionário todo
perfurado, que constitui o difusor. O difusor pode também ser constituído de um anel com palhetas.
Geralmente o gás é borbulhado pela parte inferior do agitador e produz-se o mesmo efeito de
dispersão citado anteriormente. Esse tipo de agitador mostra-se também bastante efetivo quando se
quer produzir dispersão de líquidos não miscíveis (fig. 8-5).
Figura 8-4. Escoamento radial, para agitadores tipo turbina, em tanque com chicanas.
9Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Figura 8-5. Rotor com lâminas curvas verticais e anel de
difusão externo.
4.2.4. Tubos de aspiração (‘draft tube’)
Quando se quer controlar a direção do escoamento do fluido em sua volta para o
agitador, costuma-se utilizar um tubo ao redor do eixo do agitador, de modo a fazer com que o
líquido, que se chocou com a parede do recipiente, suba até próximo a sua superfície livre e, em
seguida, desça por dentro do tubo e incida sobre o agitador, aumentando, assim, por
aproveitamento das altas velocidades do agitador e do grande esforço cortante existente nessa
zona, a eficiência da agitação. Esse tubo é largamente empregado quando se quer produzir
suspensões de partículas sólidas que tem tendência a se aglomerar, ou suspensão de líquidos
imiscíveis.
10Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Quando o agitador é do tipo hélice, o tubo de aspiração deve envolve-lo totalmente, de modo que o
líquido circule longitudinalmente, como mostra a figura 8-6. Caso o agitador seja do tipo turbina, o
tubo de aspiração é colocado logo acima da superfície do disco da turbina como mostra a figura 8-7.
Esses tubos de aspiração podem ser construídos de diversas maneiras, quando possuem furos ou
janelas longitudinais, eles provocam um movimento circulatório vertical ao redor desses orifícios ou
janelas e praticamente não se observa o movimento circulatório horizontal da massa total de fluido.
Fig. 8-6. Tubo de aspiração com agitador tipo hélice. Fig. 8-7. Tubo de aspiração com agitador tipo turbina.
11Samuel Luporini/DEQ/UFBA
4.2.5 Agitador de fita helicoidal
Usado para soluções altamente viscosas, operam a baixas RPM, na região laminar.
Fig. 4.8. Outros agitadores: (a) alta eficiência, três laminas,(b) dupla fita helicoidal, (c) rosca
helicoidal.
4.2.6 Seleção de agitadores por viscosidade
Hélices: baixa viscosidade, abaixo de 3000 cP (3 Pa.s)
Turbinas: abaixo de 100000 cP (100 Pa.s)
Palhetas modificadas tipo ancoras: acima de 50 Pa.s até 500 Pa.s
Agitadores de fita: de 1000 Pa.s até 25000 Pa.s
Para viscosidades de 2,5 a 5 Pa.s e acima: são necessárias chicanas.
12Samuel Luporini/DEQ/UFBA
4.3. ESCOAMENTO PADRÃO EM TANQUES AGITADOS
O tipo de escoamento num tanque agitado depende do tipo de agitador, das
características do fluido, do tamanho e proporções do tanque, chicanas e agitador. A velocidade do
fluido para algum ponto do tanque tem três componentes: radial que atua na direção perpendicular
ao eixo, longitudinal que atua na direção paralela ao eixo e tangencial ou rotacional, que age na
direção tangente circulando o eixo.
No caso de eixo vertical, os componentes radial e tangencial estão num plano horizontal, e o
componente longitudinal esta no plano vertical.
Os componentes radial e longitudinal são úteis e fornecem o escoamento necessário para a ação de
mistura, enquanto que o componente tangencial é geralmente desvantajoso.
O escoamento tangencial permiti um movimento circular ao redor do eixo, criando um vórtice na
superfície do líquido , como mostrado na figura 8-8, e ficando perpetuamente como um escoamento
circulatório laminar. Para altas velocidades o vórtice pode ser tão profundo que alcança o agitador, e
o gás gerado acima do líquido é dirigido para baixo para dentro da carga, geralmente isto é
indesejável.
13Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Figura 8-8. Formação de vórtice num sistema sem chicanas.
14Samuel Luporini/DEQ/UFBA
4.3.1. Prevenção do movimento circulatório do liquido
Com a finalidade de prevenir a formação do movimento circulatório no líquido em
agitação, diversas modificações podem ser introduzidas: colocação do eixo em posição
inclinada, em relação ao eixo do recipiente; colocação do eixo em posição vertical,
porem excêntrico; e colocação de chicanas, que geralmente estão em posição vertical e
de topo com relação à parede do tanque. No caso de agitadores do tipo turbina, em vez de
chicanas para prevenir a formação do movimento circulatório e de vórtice, pode-se fazer
o agitador abrigado por um anel e, concêntrico a este, pelo lado de fora, colocar-se um
anel de difusão (anel perfurado). Uma vez que cessou o movimento circulatório ao redor
do eixo de agitação, o caminho percorrido pelo fluido dentro do tanque depende
especificamente do tipo de agitador empregado. Contudo devemos lembrar que, ao
falarmos, mais adiante, em caminho percorrido pelo fluido, estaremos referindo à
corrente principal do fluido e que, independente desta, sempre existirão
correntes secundárias, cuja direção de movimento não é muito bem definida.
15Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Figura 8-9. Agitador fora do centro Figura 8-10. Agitador por entrada lateral
16Samuel Luporini/DEQ/UFBA
4.4. PROJETO DE TURBINAS “STANDARD”
O projeto de um tanque de agitação tem muitas alternativas como o tipo e a
localização do agitador, as proporções do tanque, os números e proporções das chicanas
e assim por diante. Cada uma dessas decisões afetam a circulação do líquido, a
velocidade padrão, e a potência consumida. Como ponto de partida para projetos em
problemas de agitação, um agitador turbina mostrado na figura 8-11 é comumente
utilizado. As proporções típicas são:
4
1
D
L
5
1
D
W
3
1
D
E
12
1
D
J1
D
H5,0a3,0
D
D
aat
ttt
a
17Samuel Luporini/DEQ/UFBA
J J
H
W
LDa E
Dt Figura 8-11. Medidas da turbina
O número de chicanas é usualmente 4; o número de lâminas do agitador variam de 4 a
16 mas geralmente é 6 ou 8. As vezes é melhor estudar o desempenho desejado para
um determinado processo. As proporções padrão, nunca foram bem aceitas e isto é a
base de grande números de publicações relacionadas com o desempenho de agitadores.
18Samuel Luporini/DEQ/UFBA
4.5. O NÚMERO DE ESCOAMENTO OU BOMBEAMENTO
Os agitadores turbina e hélice é em essência, uma bomba agitadora operando sem uma
carcaça como limite, e com entrada indireta de escoamentos de entrada e saída. As
relações governantes das turbinas são similares a aquelas das bombas centrífugas.
Considerando a lâmina da turbina apresentada na figura 8-12
V’u2
V’r2
u2
V’2
'2Figura 8-12. Vetores velocidade para a
extremidade da lâmina do agitador tipo turbina.
Onde:
u2 = velocidade da extremidade da lâmina.
V’u2,V’r2 = velocidades tangencial e radial dos
líquidos deixando a extremidade da lâmina.
V’2 = Velocidade do líquido total para o
mesmo ponto.
19Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Assumindo que a velocidade tangencial do líquido é proporcional a velocidade da
extremidade da lâmina.
NDkkuV a22u (1)
NDu a2 Onde:
A vazão volumétrica através do agitador é dada por p2r AVq (2)
WDA ap Onde: área cilíndrica varrida pelas extremidades das lâminas do agitador.
A partir da geometria da figura 8-12: 22u22r tanVuV (3)
Substituindo por V’u2 na equação (1), temos: 2a2r tank1nDV (4)
A vazão, equação (2), após substituir a equação (4), fica: 22a
2tank1NWDq
(6)
Para agitadores geometricamente similares W é proporcional a Da, e para um dado valor
de k e ’2
3
aNDq
(5)
20Samuel Luporini/DEQ/UFBA
O razão entre estas duas quantidades é chamado número de escoamento ou
bombeamento, NQ, definido como:
3a
pQ
ND
qN (7)
As equações (5) e (7) mostram que se ’2 é fixo, NQ é constante. Para hélices, ’2 e NQ
podem ser considerados constantes, para turbinas NQ é função do tamanho relativo do
agitador e do tanque.
Para tanques agitados com chicanas os seguintes valores são recomendados:
Hélice (inclinada) NQ = 0,5
Turbinas 4 lâminas 45o (W/Da = 1/6) NQ = 0,87
Turbinas 6 lâminas planas (W/Da = 1/5) NQ = 1,3
Impulsor de alta eficiência H E-3 NQ = 0,47
Estas equações dão a razão de descarga a partir da extremidade do agitador e não vazão
total produzida. Para lâminas de turbinas, a vazão total, estimada a partir do tempo médio
de circulação para partículas dissolvidas é:
a
t3a
D
DND92,0q (8)
Se Dt/Da = 3 q = 2,76nDa3 ou 2,61 vezes o valor para o agitador (NQ = 1,3).
21Samuel Luporini/DEQ/UFBA
4.6. POTENCIA CONSUMIDA
Uma consideração importante no projeto de tanques agitados é a potencia
consumida pelo motor do agitador. Quando a vazão no tanque é turbulenta, a potencia
requerida pode ser estimada a partir do produto da vazão (q) produzida pelo agitador e a
energia cinética Ek por unidade de volume, isto é:
Q3ap NNDq
c
22
kg2
VE
e
A velocidade V’2 é levemente menor que a velocidade de extremidade u2. Se a razão
a222 NDV,uV e a potencia requerida é
Q
22
c
5a
32
ac
Q3a N
2g
DNND
g2NNDP
Na forma adimensionalQ
22
5a
3c N
2DN
Pg
(9)
(10)
22Samuel Luporini/DEQ/UFBA
O lado esquerdo da equação (10) é chamado de número de potência, Np, definido por:
5a
3c
pDN
PgN (11)
Para a turbina de 6 lâminas padrão, NQ = 1,3, e se é tomado como 0,9, Np = 5,2, que é
um bom acordo com observações experimentais.
4.7. AGITAÇÃO DE LÍQUIDO NEWTONIANO
É somente no caso de agitação obtida por agitadores constituídos de palheta,
hélice ou turbina que existem resultados quantitativos, mas, mesmo esses dados, só
podem ser usados no caso particular em que foram obtidos; a análise dimensional
permite uma apresentação racional, mas sempre incompleta.
23Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Como veremos a seguir, sabe-se, que se relacionam entre si as variáveis que intervêm na
agitação de um líquido num dado recipiente ou em recipientes geometricamente
semelhantes, mas não é possível ainda ligar quantitativamente esses resultados à
qualidade da agitação obtida.
Para discutirmos como varia a energia posta em jogo na agitação de um líquido
newtoniano, vamos considerar o recipiente com chicanas esquematizado na figura 8-11,
no qual se encontra um líquido mecanicamente agitado. A experiência mostra que a
potência absorvida pelo agitador depende do sistema tanque-agitador, de suas dimensões,
da altura do líquido, da densidade e viscosidade do líquido, da velocidade angular do rotor
e da aceleração da gravidade, ou seja:
P = f(N, Da, , g, , Dt, H, E, W, J)
,
Pela análise dimensional, pode-se chegar a
n21
a22
a5a
3S,S,S,
g
DN,
NDf
DN
P
Np = f(NRe, NFr, S1, S2, ... Sn)
(12)
ou
24Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Os fatores de forma do misturador são:
.D
HSe,
D
JS,
D
WS,
D
LS,
D
ES,
D
DS
t6
t5
a4
a3
t2
t
a1
Adicionalmente o número de chicanas e o número de lâminas do agitador devem ser
especificados. Se uma hélice é utilizada a inclinação, pitch, e o número de lâminas é
importante.
O número de Reynolds é:
a2aa
2a
Re
DuDNDNDN
onde u2 é a velocidade do agitador.
O número de potência é análogo ao fator de atrito ou um coeficiente de arraste.
O número de Froude, NFr, é a razão entre a tensão inercial e a força gravitacional.
Portanto, para um dado recipiente ou uma série de recipientes geometricamente
semelhantes, o número de potência é função do número de Reynolds e do número de
Froude:
Np = f(NRe, NFr). (13)
25Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Figura 8-13. Número de potência Np vs. NRe
para agitadores e chicanas. (Geankoplis)
A função dada pela equação (13) pode ser representada graficamente. Assim, para duas
séries de sistemas de recipiente-agitador geometricamente semelhantes, diferindo apenas
pelo fato de, em uma, não haver chicanas e, na outra, haver determinadas chicanas, obtêm-
se experimentalmente curvas do tipo representado na figura 8-13. Esse tipo de
representação, ou seja, curvas da relação Np em função do número de Reynolds, constitui a
maneira mais cômoda para representar resultados relativos à potência de agitação.
26Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Fig. 4.13
NPNP
27Samuel Luporini/DEQ/UFBA
As curvas da figura 8-13 podem ser divididas em quatro trechos:
1. NRe < 10 – o movimento é laminar e, como é comum nesse caso, tem-se uma reta de
coeficiente angular –1; não há formação de vórtice;
2. 10 < NRe < 300 – há uma transição de movimento laminar para turbulento, ainda sem
vórtice;
3. 300 < NRe < 10000 – se não há chicanas no recipiente, começa a se formar um vórtice e o
número de Froude passa a influir.
4. NRe > 10000 – o escoamento é completamente turbulento; se há chicanas, o número de
potência torna-se independente do número de Reynolds.
Como vimos anteriormente é conveniente usar chicanas, evitando, assim, o vórtice, pois,
nessas condições, agitação é muito mais eficiente.
Agitadores tipo hélices ou turbinas consomem menos potência quando se utilizam laminas
inclinadas no lugar das verticais.
O consumo de potência é calculado pela combinação da equação (12) e a definição de Np
para dar:
c
5a
3p
g
DNNP
28Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Exemplo 4.1 : Potência consumida por um agitador
Dada a importância tecnológica da aplicação do biodiesel, considere a situação em que se
deseja utilizar, para a homogeneização de um determinado biodiesel ( = 3,5 cSt, = 0,88
g/cm³), um tanque que apresenta as seguintes características: Da = 60 cm; Dt = 180 cm, E
= 60 cm, H = 180 cm, N = 30 rpm. Estime o valor da potencia consumida pelo sistema de
agitação , assumindo tanque com turbina de seis pas retas e (a) 4 chicanas; (b) em
chicanas.
J J
H
W
LDa E
Dt
a) Do exemplo 4.1: Sistema SI
Dt = 1,80 m
Da = 0,60 m
Dt = H = 1,80 m
n = 30/60 = 0,5 ver/s
= 880 kg/m³
29Samuel Luporini/DEQ/UFBA
4.8. Agitação de líquido Newtoniano contendo bolhas (Cremasco)
Se, como acontece comumente na industria de fermentação, há bolhas no líquido e a
agitação é turbulenta, a potência para a agitação é inferior à necessária na ausência de bolhas. Isso
é particularmente importante se a quantidade de ar é apreciável (10 a 20% em volume) e se ele se
encontra nas vizinhanças do agitador; é o que ocorre se o gás é introduzido no tanque por orifícios
situados abaixo do agitador. Visualmente, observa-se que o gás se concentra nas proximidades do
eixo do agitador; com isso, a densidade do meio cai nessa região e, portanto, a potência necessária
também diminui. Há exemplos em que 5% de ar no liquido podem reduzir a potência de 75%. Se
as bolhas que sobem através do liquido não entram em contacto efetivo com o agitador, a redução
da potência é muito pequena. Essa redução depende muito, também, do tipo de agitador.
Vários estudos experimentais foram feitos com o objetivo de obter fórmulas que permitam o
cálculo da potência de agitação em líquidos com bolhas. Entretanto esses estudos foram geralmente
feitos com água e com líquidos simples. Pouquíssimo existe para outros líquidos; pode-se citar
Sachs, que trabalhou com óleos, e Bimbenet, com corn syrup.
Treybal e colaboradores, trabalhando com o sistema água-ar, chegaram á conclusão de que a
redução de potência devida a bolhas pode ser expressa por
agás semP,
gás comP,Nf
N
N
30Samuel Luporini/DEQ/UFBA
onde Na é um adimensional chamado, por esses pesquisadores, de 'número de aeração’, e
definido por
3a
Ga
ND
QN
31Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Onde: Nq é o numero de bombeamento, um adimensional definido por:
3a
pq
ND
QN
32Samuel Luporini/DEQ/UFBA
O valor do número de bombeamento depende das características do tanque agitado, a
figura apresenta uma dependência deste numero com o numero de Reynolds do
agitador, para diversas relações entre o diâmetro do impelidor, Da , e o diâmetro do
tanque agitado, T = Dt.
Níveis de agitação: É definido pela relação potencia por unidade de volume de agitação,
cuja escala, em termos de (HP/m³) é de 0 a 4, como mostra a tabela abaixo:
Lagitação
V
PN
Sendo VL o volume do liquido a ser agitado.
Nagitação (HP/m³) Nível de agitação
Até 0,1 Débil
0,1 – 0,3 Suave
0,3 - 0,6 Média
0,6 – 1,0 Forte
1,0 -2,0 Intensa
2,0 – 3,0 Muito forte
3,0 – 4,0 Muito intensa
33Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Exemplo 4.2:
Deseja-se avaliar um sistema de agitação destinado a oxidação de matéria orgânica de
um efluente que apresenta massa especifica igual a 1,1 g/cm³ e viscosidade dinâmica
de 50 cP. Conhecendo-se a capacidade de descarga do impelidor, que é igual a 0,02
m³/s, e a vazão requerida de ar igual a 300 cm³/s, pede-se:
a) Projete o sistema de agitação, utilizando um impelidor tipo turbina de pás
inclinadas de 45° para um tanque de 100 litros considerando-o em medidas padrão
de modo que o volume vem a ser 20% maior que o volume do liquido a ser
agitado.
b) Obtenha o valor da potencia útil de agitação referente ao sistema projetado no
item anterior, assim como verifique o nível de agitação.
34Samuel Luporini/DEQ/UFBA
4.9. Potência consumida em líquidos não Newtonianos
O número de potência para líquidos não Newtonianos é definido da mesma maneira dos
fluidos Newtonianos. O número de Reynolds não é facilmente definido, porque a
viscosidade aparente do fluido varia com o gradiente de velocidade e este varia
consideravelmente de um ponto a outro no tanque. Temos que a viscosidade aparente é:
dydu
ya
Para líquidos dilatantes e pseudoplasticos, temos pela lei da potência:
n
ydy
duk
(15)
(16)
35Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Combinando a equação (15) e (16),
1n
ady
duk
Dados experimentais para uma variedade de líquidos dilatantes e pseudoplásticos indicam
que a taxa de deformação é uma função linear da velocidade do agitador, isto é:
n11dy
du
av
(17)
(18)
Combinando (17) e (18) 1na n11k
(19)
O NRe ficak11
DnnDN
1n
2a
n2
a
2a
Re
(20)
A figura 8-14 mostra a correlação para turbina de 6 lâminas em fluidos pseudoplasticos.
Para NRe < 10 e acima de 100 os resultados com fluidos pseudoplasticos são os mesmos
dos Newtonianos. Na faixa intermediaria 10 < NRe <100 o líquido pseudoplastico
consome menor potência.
36Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Não NewtonianoNewtoniano
4 Chicanas
Sem Chicanas
Np = Pgc/n3Da5
NRe = nDa2/ ou NRe,n = nDa
2/a
Figura 8-14. Correlação de potencia para uma turbina de 6 lâminas em líquidos não-
Newtonianos.
37Samuel Luporini/DEQ/UFBA
4.10. MISTURA
Depende de medidas sobre como é definida para o experimento em particular.
Muitas vezes o critério para uma boa mistura é visual, como pela mudança de cor num
indicador ácido-base para se determinar o tempo de mistura. Outro critério inclui a taxa de
decaimento das flutuações da concentração seguido pela injeção de um contaminante no
escoamento do fluido, as variações nas análises de pequenas amostras tomadas ao acaso a
partir de varias partes da mistura, a taxa de transferência de uma fase liquida para outra, e,
na mistura sólido-líquido, a observação visual da uniformidade da suspensão.
4.10.1. Tempo de mistura de líquidos miscíveis
Um dos métodos de estudar a mistura de dois líquidos miscíveis, é injetar uma
quantidade de HCl para um equivalente de NaOH e o tempo requerido para o indicador
mudar de cor. Esta é uma medida da mistura molécula-molécula. A mistura próxima ao
agitador é rápida, com uma mistura mais lenta em outras regiões dependendo da taxa de
circulação no bombeamento.
A figura 4.15 mostra uma correlação para o tempo de mistura de uma turbina. O fator de
mistura adimensional ft é definido como:
61
a2
21t
2
t
aT23
t21
21a
61322a
TTDn
g
H
D
D
Dnt
DH
DgnDtf
(21)
38Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Onde tT é o tempo de mistura em segundos. O número de Froude na eq. (21) implica a
formação de vórtice, a qual pode estar presente para baixos número de Reynolds, mas é
duvidoso o quanto este termo deve contribuir em tanques com chicanas para números de
Reynolds elevados. Quando NRe > 105, ft é quase constante a um valor de 5.
Figura 8-15. Correlação para o tempo de mistura de líquidos miscíveis num tanque
com chicanas e agitador tipo turbina. Onde:
23t
21
21a
61322a
TTDH
DgnDtf
39Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Empiricamente com a potencia por unidade de volume para recipientes 1 e 2 com
geometria similar na região turbulenta, onde Re > 1000 aproximadamente:
1811
1a
2a
T
T
D
D
t
t
1
2
E tomando o mesmo tempo de mistura para recipiente maiores com geometria similar,
vale:411
1a
2a
11
22
D
D
VP
VP
40Samuel Luporini/DEQ/UFBA
J J
H
W
LDa E
Dt
a) Do exemplo 4.1: Sistema SI
Dt = 1,83 m
Da = 0,61 m
Dt = H = 1,83 m
n = 90/60 = 1,5 ver/s
= 929 kg/m³
= 0,01 Pa.s
NRe = 5,185 x 104
Np = 5
P1 = 1324 W
Exemplo 4.3: Scale up de tempo de mistura num sistema de agitação por turbina
Usando as condições abaixo, faça o seguinte:
a) Calcule o tempo de mistura.
b) Calcule o tempo de mistura para um recipiente menor com uma razão de
geometria similar, onde: D = 0,30 m no lugar de 1,83 m. Faça isto para a mesma
potencia por unidade de volume como usado no item a).
c) Usando o mesmo tempo de mistura calculado para o recipiente menor, item b),
calcular a nova potencia por unidade de volume para o recipiente maior, item a).
41Samuel Luporini/DEQ/UFBA
4.11. SCALE-UP
Em sistemas de agitação existem muitos problemas complexos como: mistura de
fluidos altamente não Newtonianos e processos multifases, porem são utilizados
projetos padrão. O objetivo no projeto de agitadores durante o scale-up é obter o
mesmo resultado do processo em pequena escala com o processo em grande escala.
Similaridade geométrica: Manter a mesma similaridade geométrica durante o scale-up
permite a definição do fator de escala R:
121212121t2t1a2a JJEEHHWWDDDDR (21)
Onde o subscrito 1 é o pequeno agitador e o 2 o grande agitador.
Como V = Dt2H, usualmente Dt = H, logo V = Dt
3, e o fator de escala em termos
de volume fica:
3112
1t
2t VVD
DR
42Samuel Luporini/DEQ/UFBA
O tamanho da unidade de agitação é determinado pelo tempo de processamento. Por
exemplo:
• Num reator o tamanho do tanque é governado pela vazão de produto desejada e a
cinética da reação (tempo de reação).
• Para dispersar um sólido num liquido, o tamanho é governado pela vazão desejada do
sólido e do liquido e o tempo requerido para dispersar os sólidos.
Procedimento Scale-up para escoamento Laminar e turbulentocom dois testes de
volume
1. Semelhança geométrica:
Tem-se como base o diâmetro do impelidor (agitador):
.D
L
D
L;
D
W
D
W;
D
J
D
J
;D
E
D
E;
D
H
D
H;
D
D
D
D
2a1a2a1a2a1a
2a1a2a1a2a
t
1a
t
2. Semelhança fluidodinâmica:
Obedece-se a semelhança geométrica, mantendo-se o mesmo tipo de agitador
43Samuel Luporini/DEQ/UFBA
a. Regime laminar
ReNkRe
kN PL
LP
Como se trata de um mesmo tipo de agitador:
232
132
232
132
2
2
53
1
2
53
2P1P2L1L
DN
P
DN
P
:mesmo o é fluido o como ,1
DN
P1
DN
P
DN
DN
PDN
DN
P
ReNReNkk
44Samuel Luporini/DEQ/UFBA
b. Regime turbulento
No regime turbulento:
TP kN
Como se trata de um mesmo tipo de agitador:
253
153
253
153
2P1P2T1T
DN
P
DN
P
:mesmo o é fluido o como ,DN
P
DN
P
NNkk
3. Manutenção do nível de agitação
Neste caso se baseia na manutenção da intensidade de agitação:
45Samuel Luporini/DEQ/UFBA
cqdNN
:geometrica semelhança a Devido
DHDD
N
DHDD
N
:mesmo o é fluido o comoe
NDRe e
Re
kN sendo ,
H4
D
DNN
H4
D
DNN
temos;DNNP,H4
DV:Como
:doDemonstran
.V
P
V
PNN
21
2a2
at
2
1a2
at
2
2aL
P
2
2t
5a
3P
1
2t
5a
3P
53P
2t
2121
46Samuel Luporini/DEQ/UFBA
b. Regime turbulento
No regime turbulento:
2
2a
31
2a
3
2a2
at
2a
3
1a2
at
2a
3
2P1P
2
2t
53P
1
2t
53P
53P
2t
2121
DNDN
:geometrica semelhança a Devido
DHDD
DN
DHDD
DN
:mesmo o é fluido o comoe
NN sendo ,
H4
D
DNN
H4
D
DNN
;DNNP,H4
DV:Como
:doDemonstran
.V
P
V
PNN
47Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Procedimento Scale-up para escoamento turbulento com dois testes de volume
A equação utilizada é de Rautzen, Corpstein e Dickey:
n
1
n
2a
1a12
R
1N
D
DNN
Onde n é o expoente de scale-up, resolvendo a equação para n, temos:
1a2a
21
DDln
NNlnn
O diâmetro do agitador do tanque do processo (Da3) é determinado assumindo
similaridade geométrica e a equação RCD é utilizada para a determinação da velocidade
do agitador N3.
Tem-se que:
n =1 movimentos iguais do líquido (velocidade das pontas das pás iguais)
n = 3/4 suspensões iguais do sólido
n = 2/3 taxas de transferência de massa iguais (P/V iguais)
48Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Exemplo 4.4 : Potência consumida por um agitador
Dada a importância tecnológica da aplicação do biodiesel, considere a situação em que se
deseja utilizar, para a homogeneização de um determinado biodiesel ( = 3,5 cSt, = 0,88
g/cm³), um tanque que apresenta as seguintes características: Da = 60 cm; Dt = 180 cm, E
= 60 cm, H = 180 cm, N = 30 rpm. Estime o valor da potencia consumida pelo sistema de
agitação , assumindo tanque com turbina de seis pás retas.
(a) Calcule o valor da potencia útil ao se reduzir pela metade o valor do numero de
rotações do impelidor referente ao sistema com 4 chicanas.
49Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Exemplo 4.5:
Deseja-se avaliar um sistema de agitação destinado a oxidação de matéria orgânica de
um efluente que apresenta massa especifica igual a 1,1 g/cm³ e viscosidade dinâmica
de 50 cP. Conhecendo-se a capacidade de descarga do impelidor, que é igual a 0,02
m³/s, e a vazão requerida de ar igual a 300 cm³/s, pede-se:
a) Projete o sistema de agitação, utilizando um impelidor tipo turbina de pás
inclinadas de 45° para um tanque de 100 litros considerando-o em medidas padrão
de modo que o volume vem a ser 20% maior que o volume do liquido a ser
agitado. (feito no exemplo 4.2)
b) Obtenha o valor da potencia útil de agitação referente ao sistema projetado no
item anterior, assim como verifique o nível de agitação. (feito no exemplo 4.2)
c) Obtenha o valor da potencia útil, bem como projete o sistema de agitação para
tratar 10000 litros de efluente, mantendo-se o mesmo nível de agitação.
50Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Exemplo 4.6: Scale up de tempo de mistura num sistema de agitação por turbina
Um sistema de agitação abaixo para uma turbina com um disco de 6 lâminas. As dadas
condições e tamanhos são dadas abaixo:
É desejado um scale up destes resultados para um recipiente de volume 3 vezes maior
para os seguintes objetivos do projeto:
a) Com transferência de massa iguais.
b) Com movimento de líquido iguais.
a) Do exemplo 4.1: Sistema SI
Dt1 = 1,83 m
Da1 = 0,61 m
W1 = 0,122 m
J1 = 0,15 m
N1 = 90/60 = 1,5 rev/s
= 929 kg/m³
= 0,01 Pa.s
J J
H
W
LDa E
Dt
51Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Exercícios capitulo 8
1. Uma turbina de 6 laminas planas é instalada no centro de um tanque vertical. O tanque tem 1,83 m de
diâmetro; a turbina tem 0,61 m de diâmetro e é posicionada 0,61 m do fundo do tanque. As laminas da turbina
tem 127 mm de largura. O tanque é cheio com uma profundidade de 1,83 m com uma solução de 50 % de soda
caustica, a 65,6oC, com uma viscosidade de 12 cP e uma densidade de 1498 kg/m3. A turbina opera a 90 rpm. O
tanque possui chicanas. Qual a potencia para operar o misturador?
2. Qual seria a potencia requerida no tanque descrito no exercício 1 se ele não possuísse chicanas?
3. O misturador do exercício 1 é usado para uma misturar um composto de borracha de látex com uma
viscosidade de 1200 cP e uma densidade de 1120 kg/m3. Qual a potencia requerida?
4. Calcular a potencia necessária para a agitação num tanque cilíndrico, mediante uma turbina de laminas
simples, em cada uma das situações dadas abaixo. A densidade do liquido é 62,3 lb/ft3. O número de Reynolds
mínimo para a misturação adequada é 270. O diâmetro da turbina é de 1 ft.
a) Líquido pseudoplástico (k = 1,0, n = 0,9)
b) Fluido newtoniano ( = 1,0 lb/ft s)
c) Fluido dilatante (k = 1,0, n = 1,1)
5. Um tanque agitado de 1,83 m de diâmetro possui uma turbina de 0,61 m de diâmetro e 6 laminas, fixa no
agitador acima do fundo do tanque, com uma rotação de 80 rpm. É proposto utilizar este tanque para
neutralizar uma solução aquosa diluída de NaOH a 70oF com uma quantidade estiquiometricamente
equivalente de acido nítrico concentrado (HNO3). A profundidade final do liquido no tanque é 1,83 m.
Assumindo que o acido é adicionado no tanque num mesmo instante, qual o tempo para a neutralização ser
completa?
52Samuel Luporini/DEQ/UFBA
6. Um agitador tipo turbina de 9 in de diâmetro consiste de 4 laminas de 45o de inclinação, num tanque de 30 in
de diâmetro com 4 chicanas. A unidade é cheia a uma altura de 30 in com um fluido de viscosidade de 10 cP
e gravidade especifica de 1,1. O agitador opera a uma velocidade de 300 rpm. Calcular a potencia por unidade
de volume e o torque por unidade de volume se a razão E/Dt = 0,3.
7. Uma engenheira tem que projetar um reator com capacidade de 12000 gal para agitar o material do exercício
Ela é capaz de obter os mesmos resultados do processo nas seguintes unidades geometricamente similares sob
as condições dadas na tabela.
Descrição Unidade do laboratório Unidade planta piloto
Diâmetro do tanque, in 10 30
Diâmetro do agitador, ft 0,25 0,75
Tipo de agitador-4 laminas, tipo turbina, 45o de pitch (passo)
SIM SIM
H/Dt 1,0 1,0
Dt/J 12 12
Número de chicanas 4 4
Velocidade, rpm 690 271
Número de Reynolds 7342 2,595 x 104
Volume da unidade, gal 3,40 91,79
Potencia, hp 9,33 x 10-3 0,1374
Torque, in. lbf 0,8525 31,95
P/V, hp/gal 2,744 x 10-3 1,497 x 10-3
Tq/V, in.lbf/gal 0,2507 0,3481
53Samuel Luporini/DEQ/UFBA
8. Um detergente líquido com densidade de 1400 kg/m3, = 1kg/m.s, = 0,0756 N/m é misturado num tanque
de 2,75 m de diâmetro. Os experimentos foram realizados num tanque de pequena escala com diâmetro de
0,228 m e a potencia requerida para encontrar o mesmo resultado do processo é medida em vários valores de
razões geométricas. A mínima potencia para o resultado do processo constante foi encontrado com os valores
padrão.
Tendo fixado a geometria para experimentos preliminares, três tanques de Dt = 0,228, 0,457 e 0,915 m são
usados e a rpm do agitador determinado experimentalmente de maneira a encontrar o mesmo resultado do
processo. As velocidades cíclicas são encontradas com os seguintes valores:
Tanque No. Dt N (rpm) para o mesmo resultado do processo
1 0,228 1273
2 0,457 637
3 0,915 318
Obter NRe, NFr, NWe, velocidade na extremidade do agitador, potencia, potencia por unidade de volume, etc.
como uma função do volume do tanque e decidir qual a melhor regra para o scale-up.