Informativo da Lipari Mineração Ltda. • Ano 02 • nº 09 • novembro e dezembro • 2016

CONFIRMADO COMISSIONAMENTO DA MINA BRAÚNA PARA JANEIRO

Equipe do turno noturno durante atividades de remoção de minério na mina

Cada mês de obra, ou melhor, cada etapa fina-lizada, é um passo a mais para a transformação do Projeto na Mina Braúna. Com 95% da implan-tação concluída, o foco da Lipari está na elabo-ração de planejamento, planos e procedimen-tos operacionais; treinamentos, especialmente em normas regulamentadoras; e preparação da equipe para a nova fase que se inicia em ja-neiro de 2016, o comissionamento (verificação e testagem de todas as estruturas e sistemas).

Na mina, o pré-comissionamento foi iniciado em dezembro com testes dos equipamentos, remo-ção de estéril (pré-stripping) e a implantação de dois turnos de trabalho. Durante fevereiro e março, mais dois turnos serão iniciados.

Já na planta de beneficiamento, o comissiona-

mento será iniciado com os testes dos equipa-mentos, sendo o scrubber (tambor lavador) o primeiro a passar pela checagem, seguido dos sistemas de britagens e transportadores de cor-reias.

Diante disso, estão sendo implantadas novas rotinas voltadas para a operação, a exemplo da execução do plano de desmonte de rochas, que requer detonações frequentes de acordo com o ritmo da produção, e esquema de trabalho ininterrupto com revezamento de equipes.

Paralelamente estão sendo finalizadas as obras civis e elétricas de estruturas como oficina, posto de abastecimento, escritório central, al-moxarifado e de estação de tratamento e rede de esgoto.

2 • Informativo Lipari • nº 9 • novembro e dezembro • 2015

CAPTAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE ÁGUA NA MINA BRAÚNA

A captação de água para abastecimento da Mina Braúna será realizada no rio Itapicuru. A bacia hidrográfica do rio Itapicuru ocupa uma área de 38.666 km², totalmente localizada no Estado da Bahia, abrigando uma população estimada em 1,3 milhão de habitantes, distribuídos em 55 municípios. Os principais rios da bacia são o Açu, Itapicuru-Mirim, Rio do Peixe e Jacurici. O município de Nordestina se situa na porção média-superior da bacia hidrográfica.Como parte dos estudos que subsidiam a captação de água para a mina, a Lipari acompanha periodi-camente as informações de precipitação, vazão no rio e nível das barragens localizadas à montante do ponto de captação de água.

Precipitação - Os dados meteorológicos são ob-tidos junto ao Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), através da consulta de 3 estações, loca-lizadas em Jacobina, Senhor do Bonfim e Queima-das. Os dados levantados nas 3 estações indicam chuvas irregulares, mas constantes, com médias de 559 mm em 2014 e 606 mm em 2015, indicando que a região recebeu chuva dentro do esperado nos últimos 2 anos.

Vazão - A vazão no rio Itapicuru e seus afluentes é medida através de estações fluviométricas, cujos dados estão disponíveis no sistema Hidroweb, da Agência Nacional das Águas (ANA). São avaliados os dados de 9 estações, sendo 8 à montate e 1 à jusan-te do ponto de captação. Existem dados registrados

Demonstração das principais barragens à montante do rio Itapicuru

desde Janeiro/2000, que registram vazão constan-te no rio em todas as estações avaliadas. Destaque para as estações em Queimadas e Cansação, ambas localizadas à cerca de 20 km de distância do ponto de captação, a montante e jusante respectivamen-te, que apresentaram as seguintes vazões médias em 2015: Queimadas – 6,67 m³/s e Cansanção 8,96 m³/s.

Nível de Barragens - Os dados sobre os reservató-rios de água são obtidos junto ao Inventário de Bar-ragens do Estado da Bahia, gerido pelo Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA). Consi-derando a região à montante da captação, são 27 barragens listadas no inventário, com capacidade de armazenamento total superior à 57 bilhões de litros de água. Desse montante o INEMA monitora semanalmente o nível de 7 barragens, sendo que 6 delas estão com o nível de água próximo à capaci-dade máxima.“A partir dessa análise é possível entender que a as chuvas que caíram na região serviram, em sua maior parte, para abastecimento das barragens”.

Abastecimento da Mina Braúna - Sendo o rio Itapi-curu de domínio estadual, cabe ao INEMA emitir as autorizações para captação e uso de suas águas. A Lipari é detentora da Portaria INEMA nº 7.836/14, alterada pela Portaria INEMA nº 9.298/15, que au-toriza a captação de 50 m³/h, durante 24 h/dia no rio Itapicuru, seguindo estritamente o que de-termina a legislação ambiental.Com a utilização do sistema de recuperação de água, constituído pelo espessador e centrífuga, a Lipari vai recuperar cerca de 98% da água utiliza-da no processo, gerando uma demanda de capta-ção de apenas 20 m³/h, o que representa 40% da vazão outorgada pelo INEMA.Tomando como base os níveis de vazão indicados nas estações fluviométricas de Queimadas e Can-sanção, nos últimos 15 anos o rio teve uma vazão média de 51.984 m³/h. Considerando as vazões me-didas em 2015 essa vazão média é de 28.134 m³/h.Em termos comparativos, a captação da Lipari no rio Itapicuru (20 m³/h, 24 h/dia) representa 0,04% da vazão média dos últimos 15 anos e 0,07% da va-zão média de 2015.A partir desses números é possível afirmar que a captação da Lipari não tem grande influência sobre a quantidade de água disponível no rio.

Mesmo com esse baixo impacto na disponibilidade hídrica, a Lipari continua monitorando a quantida-de de chuvas na região, a vazão no rio, os níveis das barragens à montante, além da qualidade das águas do rio Itapicuru.

Informativo Lipari • nº 9 • novembro e dezembro • 2015 • 3

AÇÕES SOCIOECONÔMICAS E CULTURAIS MARCARAM OS ÚLTIMOS MESES DO ANO

Educação ambiental, prevenção de doenças, profissionalização e valorização da educação e cultura locais foram o foco das ações socioambientais da Lipari voltadas à comunidade de Nordestina nos meses de novembro e dezembro.

Todas as atividades foram realizadas con-juntamente com entidades parceiras como o SESI, Prefeitura Municipal de Nordestina, através das Secretarias de Saúde, Educação, Agricultura e Assistência Social, OMDRS – Or-ganização Mandacaru, COMDEMA e Sindicato dos Trabalhadores Rurais.

Oficina de técnicas para produção de tiaras: Valorização da cultura afro-brasileira e estímulo ao empreendedorismo.

Oficina de técnicas de reciclagem de madeira: Técnicas de artesanato aplicadas à bobinas de cabos elétricos

reaproveitadas da obra.

Novembro Azul: campanha educativa para prevenção do câncer de próstata

Gincana de arrecadação e reutilização de garrafas PET: educação ambiental, com resultados e

participação surpreendentes.

Comemorações de Natal: Show musical infantil e espetáculo teatral inéditos reúnem crianças e famílias

4 • Informativo Lipari • nº 9 • novembro e dezembro • 2015

PROJETO RECEBE NOVA VISITA DA COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO

Membros da Comissão de Acompanhamento do Projeto Braúna puderam conferir de perto as in-formações relativas à implantação do empreendi-mento durante visita técnica realizada em 17 de novembro de 2015.

Após as orientações sobre saúde e segurança e o recebimento dos Equipamentos de Proteção In-dividual (EPIs), o grupo percorreu as trincheiras, Planta Piloto e a rampa de alimentação, local de visão privilegiada que possibilitou conferir as principais estruturas que estão sendo implanta-das e em fase de conclusão, a exemplo da planta de beneficiamento, e o status das fases de cons-trução civil e montagem eletromecânica. Os in-tegrantes conheceram também o andamento das demais estruturas, como escritórios administra-tivos, refeitório, oficina mecânica, posto de ga-solina, portaria, paióis, cava da mina, pilha de estéril, área de reserva legal e viveiro de mudas.

Ao final da visita, a Comissão respondeu a uma ficha de avaliação da percepção social sobre a atuação da Lipari Mineração no município. Dos 07 participantes, todos afirmaram que “percebeu alguma alteração no cotidiano da cidade após a implantação do Projeto Braúna”. Destes, quatro afirmaram que a alteração foi positiva. Dois afir-maram que a alteração foi positiva e negativa e 01 não especificou se positiva ou negativa. Todos afirmaram que é positiva a “atuação da Lipari na

condução da implantação do Projeto Braúna” e que “percebe o comprometimento da Lipari na gestão dos possíveis impactos decorrentes da im-plantação do Projeto Braúna”. No espaço aberto, não foram registradas sugestões ou reclamações.

“Enxergamos a Comissão como um grupo repre-sentativo da comunidade e multiplicador de in-formações para os seus respectivos grupos e, des-ta forma, para toda a população. Por isso, temos o compromisso de repassar periodicamente infor-mações claras e objetivas sobre o Projeto Braúna, seja durante as reuniões ou visitas ao empreendi-mento”, destaca a coordenadora de Responsabili-dade Social, Ariluz Fernandes.

ExpedientePublicação bimestral da Lipari Mineração Ltda.Produção: Assessoria de Comunicação internaFotos: Acervo Lipari Mineração Envie sugestões e contribuições para: info@lipari.com.brContato: (71) 3369-4808 / (75) 3650-2109

NOSSA GENTEMineiro de Poços de Caldas (MG), o engenheiro de Minas Flávio Lamberti é o mais novo integrante do time de líderes da Lipari. Bem familiarizado com a Bahia, onde constituiu família e consolidou a maior parte da car-reira durante os 18 anos em que morou no estado, ingressou na empre-sa em setembro de 2015 com a função estratégica de gerente geral da Mina Braúna. Formado pela Escola de Minas de Ouro Preto, acumula 25 anos de experiência em mineração, inclusive de diamante, e vivências na África do Sul. Sobre o novo desafio profissional ele resume de forma bem simples: “Vim para ajudar a Lipari na implantação do Projeto Braúna e a iniciar a operação, além de tentar transmitir minha experiência para os mais jovens. Aqui sou membro de uma grande equipe”.

Na segunda visita de 2015, Comissão é levada até as informações do Projeto Braúna