112
SIG BERGAMIN ESPAçOS LINDINS PARA DAR UMA DE ANFITRIãO COM ESTILO BALADA COM B - de BRASIL Boate tradicional de SP, a Disco foi redesenhada - o projeto é de Guto Requena e Mauricio Arruda e o tema é o nosso país O arquiteto pop e muito do criativo que odeia tendência é o perfil desta edição EDIÇÃO 04 AGOSTO/SETEMBRO 2013 EXEMPLAR DE ASSINANTE V E N D A P R O I B I D A DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA O MORAR BRASILEIRO PARA BEM VIVER E RECEBER A GENTE GOSTA É DE GENTE! UM BANQUINHO, UMA REDE, UM VIOLãO UMA CASA NO CORAçãO DO CERRADO Dá BOAS-VINDAS A QUEM QUISER ENTRAR FASHION IN HOME Camila Weirich conta pra gente quais estilistas estão com um pezinho e todas as mãos no décor A PREMIADA ARQUITETA CRISTIANE LIOGI Dá DICAS DE COMO ABRASILEIRAR A CASA - DO PISO AO TETO

ConstruARCH #04

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Page 1: ConstruARCH #04

SIG BERGAMIN

ESpAçoS lINdINS pARA dAR uMA dE ANfItRIão coM EStIlo

BAlAdA coM B - de BRASIl Boate tradicional de SP, a Disco foi redesenhada - o projeto

é de Guto Requena e Mauricio Arruda e o tema é o nosso país

O arquiteto pop e muito do criativo

que odeia tendência é o perfil desta edição

EDIÇ

ÃO 0

4

AGO

STO

/SET

EMBR

O 2

013

EXEM

plAR

dE

ASSI

NAN

tEV

EN

DA

P

RO

IB

ID

A

DIS

TR

IBU

IÇÃ

O D

IRIG

IDA

O mORAR BRASIlEIRO PARA BEm VIVER

E REcEBER

A GENtE GoStAÉ dE GENtE!

Um banqUinho, Uma rede, Um violão Uma casa no coração do cerrado dá boas-vindas a qUem qUiser entrar

fASHIoN IN HoME Camila Weirich conta pra gente quais estilistas estão com um

pezinho e todas as mãos no décor

a premiada arqUiteta cristiane liogi dá dicas de como abrasileirar a casa - do piso ao teto

Page 2: ConstruARCH #04

Vista Privilegiada com ar cosmopolita. O Edifício Unique Office, um novo

centro de negócios, tem na localização um de seus diferenciais. As ações

sustentáveis e a criteriosa seleção de materiais também se aliam a um

acabamento de alto padrão e tecnologia de ponta. Somado a isso, um

novo conceito em composição de ambientes confere uma atmosfera de

exclusividade e unicidade ao mundo corporativo. Para um público seleto,

um empreendimento único.

www.nbcarquitetura.com.br

SHOW ROOM

Rua Minas Gerais, 1930

Cascavel - PR

CENTRAL DE VENDAS

45 3039-3450

TÃO BEM LOCALIZADOQUE SEUS CLIENTES FICARÃO DESLUMBRADOS COM A VISTA.

TÃO EXCLUSIVOQUE VAI TER GENTE MARCANDO REUNIÃO SÓ PARA CONHECER SEU LOCAL DE TRABALHO.

TÃO ELEGANTEQUE VAI MUDAR SEU CONCEITO DE AMBIENTE CORPORATIVO.

TÃO ÍMPAR QUE DESISTIMOS DE TENTAR DESCREVER.VENHA VISITAR E CONFIRA COM SEUS PRÓPRIOS OLHOS!

Page 3: ConstruARCH #04

Vista Privilegiada com ar cosmopolita. O Edifício Unique Office, um novo

centro de negócios, tem na localização um de seus diferenciais. As ações

sustentáveis e a criteriosa seleção de materiais também se aliam a um

acabamento de alto padrão e tecnologia de ponta. Somado a isso, um

novo conceito em composição de ambientes confere uma atmosfera de

exclusividade e unicidade ao mundo corporativo. Para um público seleto,

um empreendimento único.

www.nbcarquitetura.com.br

SHOW ROOM

Rua Minas Gerais, 1930

Cascavel - PR

CENTRAL DE VENDAS

45 3039-3450

TÃO BEM LOCALIZADOQUE SEUS CLIENTES FICARÃO DESLUMBRADOS COM A VISTA.

TÃO EXCLUSIVOQUE VAI TER GENTE MARCANDO REUNIÃO SÓ PARA CONHECER SEU LOCAL DE TRABALHO.

TÃO ELEGANTEQUE VAI MUDAR SEU CONCEITO DE AMBIENTE CORPORATIVO.

TÃO ÍMPAR QUE DESISTIMOS DE TENTAR DESCREVER.VENHA VISITAR E CONFIRA COM SEUS PRÓPRIOS OLHOS!

Page 4: ConstruARCH #04

4

Page 5: ConstruARCH #04

5

Page 6: ConstruARCH #04

6

finger.ind.br

// Um ambiente de cinema.em todos os sentidos.

Rua Pernambuco, 1719 - Centro - Cascavel / PRCEP 85.810-021 - 45 3306.0434

designprecisão

FM-0267-13 - Revista_Construarch_450x295mm.indd 1 09/08/13 16:52

Page 7: ConstruARCH #04

7

finger.ind.br

// Um ambiente de cinema.em todos os sentidos.

Rua Pernambuco, 1719 - Centro - Cascavel / PRCEP 85.810-021 - 45 3306.0434

designprecisão

FM-0267-13 - Revista_Construarch_450x295mm.indd 1 09/08/13 16:52

Page 8: ConstruARCH #04

cENTRAl DE ATENDImENTO45 3306 6336 - 3306 3663

[email protected]

REDAÇÃ[email protected]

[email protected]

[email protected]

ImPRESSÃOGráfica Positiva

PAPElKgepel

A revista ConstruARCH é uma publicação bimestral da DFP Editora Ltda.Rua Manoel Ribas, 2477 - Centro - Cascavel - PR - CEP 85801-230

www.editoradfp.com.brInscrita no ISSN sob o número 2317-403X

cOlABORADORESCamila Weirich, Clarissa Donda, Fúlvio N. Feiber, Marcele Antonio, Ricardo Gaioso

mARKETING E cOmUNIcAÇÃO

DIRETORESDouglas Popenga [email protected]

Felipe Pedroso [email protected] Santos [email protected]

Julie Fank [email protected]

Diretor Administrativo Douglas PopengaDiretor Executivo Felipe Pedroso

Diretora de Redação Julie FankJornalista Responsável Giovana Danquieli

Jornalistas Marcele Antonio e Tátila PereiraDiretor de Arte Juliano Santos

Executivos de Negócios Renato do Prado Assis Assessora Executiva Karina Guedes

Fotógrafo Rodrigo VieiraEstagiária de Publicidade e Propaganda Carolina Maffei Mincarone

Estagiário de Jornalismo Ricardo Pohl

Page 9: ConstruARCH #04
Page 10: ConstruARCH #04

10

Í N dIcE

0 4

WARM-up

NoVoS EMpREENdIMENtoS

EDIFÍCIO ARMANDO REZENDE

GARIMpo cIdAdElA

TATIANE MARIOTTO E FRANCIElE lOvATEl

gARIMpAM MIMOs COM CARA DE BRAsIl

It

REDUNDÂNCIA...

Uma Poltrona Rede simplesmente original

EStANtE

ONDE IR, O QUE lER E O QUE AssIsTIR

GAdGEt

AlTA CÚpUlA DA pREgUIÇA

Tudo para evitar a fadiga!

cRIAtIVIdAdE VERdE

TRIlHA vERDE

Uma ode ao paisagismo cada vez mais presente

uRBANIdAdES

EsCUlpINDO IDEIAs

Futuros arquitetos apresentam alternativas ao MUBE

no segundo concurso da plataforma Projetar

REcoRtE ABRAplAc

COMpENsADO COMpENsA

Explicamos para você porque o compensado é

superior

14

16

22

25

27

29

30

32

41

GARImPO19As TRês COREs QUE sãO

ORgUlHO NACIONAl

HAsTEADAs EM TRês

págINAs

cENÁRIOREcORTE

6038

JUNTA A gAlERA!

Cantinhos ou grandes espaços da casa que

nasceram em nome da recepção calorosa

BRAsIlEIRICE DOs pÉs À CABEÇA

Na capital federal, uma casa com tudo que o

brasileiro gosta

AG OSTO / SE T E M B RO 2 0 1 3

Page 11: ConstruARCH #04

11

Page 12: ConstruARCH #04

12

PUlO-DO-GATONOssO BOsQUEs

TêM MAIs vIDA

Cristiani Liogi

seleciona materiais

com a riqueza da

“pátria amada”

34

49

56

66

73

88

90

92

doSSIÊ

QUEBRA DA INÉRCIA

Arquitetos do escritório Meza projetam edifício

Modigliani, inspirados no que há de melhor mundo

afora

cENÁRIo

vAMOs CONvERsAR?!

Bastian e Lora traz para Cascavel um novo conceito na

hora do papo com o cliente

sAUDOsIsTA sEM vIvER DO pAssADO

club disco ganha repaginada sem perder a essência

poR AÍ tolEdo

CONJUNTO TOlEDENsE DE TENDêNCIAs

A arquiteta Fabi Campos fez um tour com a equipe

Construarch e mostrou o que é que Toledo tem

fASHIoN IN HoME

A MODA COM UM pÉ NA pAssARElA E OUTRO NA

CAsA DOs ANTENADOs

Camila Weirich mostra o movimento todo tupiniquim

que está tomando conta do décor

BANHO DE lOJA (E BOM gOsTO) NA sUA CAsA

Peças assinadas por quem sabe muita bem o que é

tendência

ofIcINA

O QUE A ARTE UNIU...

Casal de designers – que não é mais um casal – cria

mobiliário cheio de estilo

96

100

102

104

106

108

109

110

ESpElHo

ABAIXO A CHATICE!

O dia em que Sig Bergamin passou por Cascavel – e

só deixou mais claro porque é chamado de arquiteto

pop

BucKEt lISt

vOCê sAI DO BRAsIl, MAs O BRAsIl NãO sAI DE

vOCê

Clarissa Donda mostra que o contagiante estilo bra-

sileiro não se restringe às nossas fronteiras

SKEtcH MAp

CINCO EsCRITÓRIOs DE DEsIgN E ARQUITETURA

pARA FICAR DE OlHO

Ricardo Gaioso aponta os conterrâneos que estão

bombando por aí

lIfEStYlE

NOvA sAFRA!

Pesquisa revela o perfil dos arquitetos que estão

construindo o Brasil

QUEM É, O QUE COME, COMO vIvE... O pOvO

BRAZUCA!

Um texto para você entender que brasileiro sabe viver

bem

oNdE ENcoNtRAR

COMO, QUANDO, ONDE?

colABoRAdoRES

QUEM DEpOsITOU O sEU TAlENTO pOR AQUI

BAtE-pApo

ARQUITETURA

Fúlvio Feiber explica o movimento da arquitetura

contemporânea

Í N dIcE

Page 13: ConstruARCH #04
Page 14: ConstruARCH #04

14

WAR M - u p

NOSSO BOROGODó é DO BAlAcOBAcO, já dizia Rita Lee. E mesmo assim, nossa autoestima nos faz achar a

grama do vizinho mais verde. E a grama do vizinho talvez seja mais verde mesmo, mais bem cuidada ou, pelo

menos, mais vistosa. Só o solo é que não é mais fértil, diz a economia brasileira. E talvez a grama nem seja mais

vistosa, considerando que, quando se trata de chamar atenção, o brasileiro tem gabarito.

E por falar em Brasil, é ele o protagonista desta edição. Nesse contexto, o brasileiro não é um mero detalhe,

mas matéria-prima para este país aí que a gente viu nas ruas. E tá aí o pulo-do-gato do brasileiro. Se quer um

novo resultado, é na criatividade verde e amarela que ele encontra o que precisa para conferir bossa a qualquer

canto. A prova disso é o projeto de Guto Requena e Mauricio Arruda, que, ao serem desafiados a dar um novo

ar à boate Disco em São Paulo, abusaram de materiais de raiz: madeira, cerâmica, além de cores e formas que

nos lembram quem somos. Outro arquiteto que figura aqui com toda a pompa que lhe é peculiar é Sig Bergamin,

que, apesar da fama na gringa, adora se sentir em casa. Ele defende que o bom do Brasil é que sempre há um

plano B, é no improviso que o brasileiro inventa e é na falta de matéria-prima que ele a adapta ou cria. Mais ou

menos como aconteceu com a poltrona-rede, peça design destaque desta edição: Mauricio Arruda adaptou a

nossa queridinha e a trouxe para o chão. Como ninguém tinha pensado nisso antes? Fabiano Sobreira, outro

arquiteto tarimbado, foi quem desenhou e transformou em realidade, lá para as bandas do planalto central, uma

casa para ficar descalço, deitar na rede (desta vez a tradicional) ou puxar um violão, chamar os amigos e dizer

sim à simplicidade. O segredo é adaptação. A casa se ajustou ao terreno para evidenciar o verde. E o verde, em

agradecimento, evidenciou a casa. Mas o verde é só um detalhe desta revista, que tem uma pitada de amarelo

e azul em objetos selecionados pelo nosso colaborador Ricardo Pohl. São dele outras seleções também, sem-

pre cuidadosas. As nossas jornalistas Tátila Pereira e Marcele Antonio também garimparam, dessa vez no cam-

po léxico, palavras que contassem, com um jeitinho todo brasileiro, tudo o que resolvemos contar para você.

É da Tátila a imperdível entrevista com o arquiteto pop Sig Bergamin, entre outras matérias e da Marcele a de-

talhada matéria que desenha o novo perfil do arquiteto brasileiro, a partir de pesquisa divulgada em julho pelo

CAU-BR, entre outras histórias também. São eles os responsáveis por esse colorido que permeia uma edição

que quer evidenciar o Brasil. Enquanto eles estão aqui todos os dias, descobrindo e redescobrindo o design e a

arquitetura para trazer novidades cada vez mais classudas para você, outros figuras deram o ar da graça e das

palavras por aqui: o professor Fúlvio Feiber, um apaixonado pela arquitetura brasileira; Ricardo Gaioso, um cria-

tivo nato; Clarissa Donda, uma travel-writer talentosíssima, Camila Weirich, uma jornalista de moda com um

pezinho viajante. Mas sabe o que une essa galera toda muito além da nacionalidade? Um cosmopolitismo muito

próprio do brasileiro, uma criatividade muito própria do latino-americano: a grama do vizinho pode até ser mais

verde, mas a nossa grama agrega outros tons e é nessa variedade toda que o vizinho também se reconhece e,

quando vem pra cá, se apaixona e pede pra ficar – no conforto do sofá ou da rede. E será sempre bem-vindo,

porque a gente gosta é de gente – mas tem que ter borogodó.

Julie FankDiretora de Redaçã[email protected]

NoSSo BoRoGodÓÉ do BAlAcoBAco

Page 15: ConstruARCH #04

15

Page 16: ConstruARCH #04

16

Page 17: ConstruARCH #04

17

NoVoS E M p R E E N dI M E N toS

17

EdIfÍcIo ARMANdo REZENdE

VIVA NAS AlTURAS

O edifício ARMANDO REzENDE é ideal para quem sonha alto. Dedicado a um apaixonado por aviões, este resi-dencial promete todo o conforto e tecnologia para uma vida de primeira classe.

DIFERENcIAIS:4 tipos de apartamentos;1 suíte + 2 dormitórios;2 vagas de garagem;Depósito privado por apartamento;Salão de festas;Espaço gourmet;Espaço para academia;Brinquedoteca;Sacada com churrasqueira;Medidores de gás e água individual;Apartamentos duplex com elevador privativo; Pias em granito no banheiro e sacadas;Infraestrutura e área técnica para ar-condicionado.

OUTROS DIFERENcIAIS:Isolamento acústico entre paredes e andares;Janela com tratamento acústico;Captação da água da chuva;Elevadores inteligentes;Espaço para garagem elevada (2 carros).

* Área total de 203,00 m² aproximadamente (pode variar conforme escolha)

lOcAlIZAÇÃO:Rua Olavo Bilac esquina com a rua Paraná - Centro, Cascavel.

INcORPORAÇÃO E cONSTRUÇÃO:CONSTRUTORA SARAIVA DE REzENDE

VENDAS:CONSTRUTORA SARAIVA DE REzENDERua São Paulo, 1151 - Centro Comercial 4 Estações - Cascavel - PR45 3225 8182www.saraivaderezende.com.br/armando

AJUDANDO CONSTRUIR CASCAVEL

Page 18: ConstruARCH #04

Rua Manoel Ribas, 2477 Centro Cascavel - PR www.editoradfp.com.br

[email protected] 3306 6336

As áreas de estética, nutrição, saúde, fitness, esporte e bem-estar passam, a partir de agora, a ser abraçadas por uma publicação que tem um intuito bem definido: prezar pelo viver bem.

A Revista FÔLEGO chega ao mercado abolida da linguagem engessada e de mãos dadas com o texto leve, solto e atrativo. Totalmente amparada pela linguagem visual, as matérias serão um mix de informação, opinião – de especialistas – e bom humor, porque ele é ótimo para a saúde.

Desejamos fazer com que nossos leitores, dos sedentários aos ratos de academia, tomem conhecimento de tudo que possa deixar a vida mais saudável – nunca é tarde para começar ou recomeçar.

ASSINE1 ANO (6 exemplares) R$ 62,30

2 ANOS (12 exemplares) R$ 118,90

ANUNCIE

Pagamento em 3x no cartão ou cheque.

BREVE NASBANCAS!

Page 19: ConstruARCH #04

19

cADEIRA AZUl [POR FERNANDO E

HUmBERTO cAmPANA]

Preço sob consulta

www.edra.com

cOFRE ROcKSTAR PIG

Preço: R$ 215

www.vermilion.com.br

1

2

G AR I M p o

N ão é à toa q u e “ t u d o a z u l” é

si N ô N i m o d e b o m - h u m o r ! P e g a

a í e sta vo N ta d e d e s o r r i r e

co m P r a r - t u d o !

AzULE-SEE AdulE-SE!

1

2

4

6

3

5

VASO JIVA

Preço: R$ 50

www.etna.com.br

côNIcA VElA cASTIÇAl

Preço: R$ 14

www.tokstok.com.br

cANEcA lIxEIRA

Preço: R$ 52

www.trekosecacarekos.com.br

SAlEIRO/PImENTEIRO PlAcA

Preço: R$ 69

www.casapop.com.br

3

4

5

6

Page 20: ConstruARCH #04

20

G AR I M p o

AlmOFADA mAIS ZEN

Preço: R$ 60

www.casapop.com.br

cADEIRA Vó JUDITH

Preço sob consulta

www.alotof.com.br

1

2

VASO FAISÃO

Preço: R$ 250

www.lojasala.com.br

cABIDEIRO PÁSSAROS

Preço: R$ 79

www.collector55.com.br

BANcO xIqUE xIqUE

[POR SéRGIO J. mATOS]

Preço: R$ 1360

www.inusual.com.br

cOADOR AlESSI

Preço: R$ 185

www.benedixt.com.br

3

4

5

6

a g e N t e at é s e e s q u e c e d o a z u l ,

m as se m os P r otag o N istas da

b a N d e i r a c a N a r i N h o , b r asi l N ão é

b r asi l , N é , N ão ?

Mood AutENtIcAMENtE BRASIlEIRo

2

3

4

5

1

Page 21: ConstruARCH #04

21

JOGO DE xADREZ POlITIcAGEm

[POR mARIA AlIcE GAZANIGA]

Preço: R$ 199

www.desmobilia.com.br

TElEFONE RETRô

Preço: R$ 305

www.coisasdadoris.com.br

cADEIRA BANDEIRA

Preço: R$ 985

www.emconserva.com

POlTRONA STATUETTE [POR llOyD ScHwAN]

Preço não divulgado

www.poltronafraumiami.net

7

8

9

10

7

6

8

10

9

Page 22: ConstruARCH #04

22

G AR I M p o

P r o d u tos f r e s q u i N h os e s i N g e los d e to das as co r e s a b r asi l e i r a das - é v e r d e , é a z u l , é a m a r e lo , é d o u r a d o , é Pa l h a e to das as va r i açõ e s ! dá u m a o l h a da N o g a r i m P o g a r i m Pa d o P e l as g a r i m P e i r as d e b o m g osto tat h i a N N e m a r i ot to e f r a N c i e l i lovat e l ! é m u i to m i m o e sta loja c i da d e l a o b j e tosd e d e co r aç ão !

TIqUIM dE tudo

1

6

2

3

7

54

10

8 9

Page 23: ConstruARCH #04

23

13

14

15

12

11

16

POTE cERâmIcA AZUl

Preço: R$ 1 52,50

KUTE By ROmERO BRITO

Preço: R$ 90,50 un.

GARRAFAS cOlORIDAS Em VIDRO

Preço: R$ 19,90 un.

KIT DE POTES PASTA + BIScUIT

Preço: R$ 128,50

POTE cERâmIcA VERDE

Preço: R$ 97.50

GIRAFA DOURADA DEITADA

Preço: R$ 86,90

GIRAFA DOURADA Em Pé

Preço: R$ 79,90

JOGO DE xIcARAS

P/ cHÁ c/ SUPORTE Em mADEIRA

Preço: R$ 115.90

VASO ESmERAlDA H: 48cm

Preço: R$ 100,20

BAlDE INOx

Preço: R$ 109,90

BAIlARINA DE FERRO H: 85cm

Preço: R$ 189,50

GAlHETEIRO

Preço: R$ 52,90

AROmATIZADOR DE AÇAÍ

Preço: R$ 43,10

KIT SUSHI

Preço: R$ 86,90

JOGO DE xIcARAS c/ PIRES DE BAmBO

Preço: R$ 79,90

KIT DE POTES SUGAR + cOFFEE

Preço: R$ 74.50

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

cIDADElA OBJETOS DE DEcORAÇÕES & ARqUITETURA E INTERIORESRua Salgado Filho, 2366 - Cascavel - PR - (45) 3038-1701 / www.cidadelaarquitetura.com.br

Page 24: ConstruARCH #04
Page 25: ConstruARCH #04

25

. . . c h a m a r u m a P e ç a q u e e x P r e ssa a b r asi l i da d e d e o r i g i N a l !

Po r R i ca rd o Po h l fo to T h i ago m a ng i a l a rd o

REDUNDâNcIA é...

I t

A POlTRONA REDE é a união entre a criatividade e uma gran-

de síntese cultural. É, além de arquiteto e designer, Maurício

Arruda poderia ser também antropólogo.

A escolha da rede como representante da brasilidade não

poderia ser mais feliz. E conceber uma estrutura que a tor-

nasse “onipresente” ao mesmo tempo em que preservasse

– através de suas formas prolongadas – o conforto da mes-

ma, revelam a competência do designer.

O gancho, uma esfera de madeira, ornamenta na medida o

móvel, concedendo-o certa elegância. Digna de elogios, não

somente pela ergonomia que oferece, mas principalmente

por cumprir com o complexo objetivo de representar um país

tão diversificado, a Poltrona de Maurício se resume numa

armação metálica que fornece sustentação a qualquer rede

que você comprar por aí. Assim, simples.

Page 26: ConstruARCH #04

26

E StAN t E

A ARtE dE pRojEtAR EM ARquItEtuRA – ERNSt NEufERt

O manual de Ernst Neufert, nome de destaque da

Bauhaus, não poderia ser mais completo: traz fun-

damentos, normas e prescrições sobre edifica-

ções, exigências de programa e relações espaciais,

dimensões de edifícios, locais, estâncias, locais,

instalações e utensílios. Na sua 18ª edição, além da

revisão dos capítulos, o livro vem com temas atuali-

zados para o contexto da atual construção.

ENcoNtRoS E dESENcoNtRoS

Neste filme de Sofia Coppola, Bill Murray – prelúdio de coisa boa – vive

o ator decadente Bob Harris, que está em Tóquio para gravar um co-

mercial de uísque. Nessa estadia, acaba conhecendo Charlotte que está

junto com seu marido, um fotografo que não se importa com ela. Com a

convivência, Bob e Charlotte tornam-se grandes amigos que tem suas

aventuras ilustradas pela arquitetura japonesa.

GREENBuIldING BRASIl – coNfERÊNcIA INtER-NAcIoNAl E EXpo 2013

O Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional

e Expo, um dos mais importantes eventos sobre

construção sustentável no Brasil, acontecerá de 27

a 29 de agosto na cidade de São Paulo. Nesta quarta

edição, o evento busca evidenciar o destaque que

conscientização ambiental, deve ter nesse no ramo.

Estão previstos 7 mil e 400 visitantes/comprado-

res e mil e 600 congressistas.

Mais informações em: www.expogbcbrasil.org.br

PAR

A A

SSIS

TIR

PAR

A IR

PAR

A l

ER

Page 27: ConstruARCH #04

27

pRojEtANdo ESpAçoS – dESIGN dE INtERIoRES – MIRIAM GuRGEl

Miriam Gurgel expõe de maneira clara atra-

vés deste manual, conceitos e princípios

básicos do design ao mesmo tempo em que

apresenta informações técnicas e teorias

com o objetivo de oferecer resultados dis-

tintos e criativos na área. Indispensável para

profissionais.

www.lpm.com.br

o pAlHAço

A comédia, em que, além de dirigir, Sel-

ton Mello atua, mostra o cotidiano de

um palhaço que já está cansado do que

faz. Benjamin, vivido por Selton Mello,

passa por uma crise de identidade – até

física, representada por seu RG – mis-

turada com o estresse da responsabili-

dade de cuidar do circo em que trabalha.

Em síntese, O Palhaço é uma homena-

gem, feita com maestria, ao humor bra-

sileiro.

HouSE & GIft fAIR

Acontecerá de 17 a 20 de agosto na

cidade de São Paulo, a maior feira de

artigos para a casa e decoração da

América Latina: a House & Gift Fair.

A proposta do evento é reunir todos

os profissionais do setor, fomen-

tando os negócios entre 1 mil e 300

empresas expositoras e 51 países

participantes.

Mais informações em: www.grafite-

feiras.com.br

...por Andreia calderariArquiteta e Artista plástica

lIVRo

UmA lIÇÃO INESqUEcÍVEl – lAURA ScHROFF E

AlEx TRESNIOwSKI

“Me apaixonei. O livro conta uma história real, na qual uma executiva de Nova York gasta 10 minutos pra comprar um almoço à uma criança de rua. Esses mi-nutos mudaram a vida dos dois, e criou uma amizade que une dois mundos diferentes”.

SÉRIE

lIFE“Conta a historia do policial Charles Crews (Damian Lewis), que ficou preso 12 anos por um crime que não cometeu, quando solto recebe uma enorme indeniza-ção e volta a sua carreira policial. Durante o tempo em que ficou preso, o detetive estudou a doutrina zen, o que o faz ter posturas excêntricas perante os fatos de sua vida”.

EVENto

A cASAFOZ DESIGN

“Será inaugurada no dia 25 de setembro e funcionará

até o dia 27 de outubro. Ocorrerão paralelamente à ex-

posição principal eventos técnicos e culturais. O Espa-

ço servirá também como educativo e didático, levando

em consideração as 3 diretrizes do evento: sustenta-

bilidade, tecnologia e inovação”.

cURSO DE INTRODUÇÃO AO mUNDO DO VINHO - mR. GOURmET“O curso ensina desde o princípio da historia, a um momento em que você analisa seus sentidos; paladar e olfato, com intuito de saborear ainda mais esta bebi-da. Depois do curso, o vinho entrou na minha lista de paixões.”

OS mElHORES DA ESTANTE...

Page 28: ConstruARCH #04

[email protected] 3306 6336

Você não precisa mais sair de casa para buscar

referências em design, décor e arquitetura! Com um

perfil dinâmico e uma linguagem contemporânea, a

Revista CONSTRUARCH é um mix de tendências,

projetos ousados e novidades na área da arquitetura,

da construção, do décor, da arte e do design.

Ela supre os anseios de um público consumidor

antenado e diferenciado, que prioriza o bom gosto

associado à novidade. Um público que quer aqui o

que há de mais novo por aí.

A Revista CONSTRUARCH leva a você o que há de

melhor no formato mais gostoso de ler!

A Revista CONSTRUARCH está à venda por R$ 12,90 nas melhores bancas de Cascavel, Foz do Iguaçu, Toledo e região.

Pagamento em 3x no cartão ou cheque.

ASSINE1 ANO (6 exemplares) R$ 73,45

2 ANOS (12 exemplares) R$ 139,90

JÁ NASBANCAS!

Page 29: ConstruARCH #04

29

se e st i v e r i N t e r e ssa d o N e st e s P r o -d u tos , Pa r a b é N s ( ? ) ! vo c ê ac a b a d e a lc a N ç a r o ú lt i m o N í v e l da P r e g u i ç a !

Você é daqueles que vive assassinando plantinhas por uma mistura de preguiça, omissão e esquecimento? Calma, não somos do Greenpeace! Mas temos certeza

que eles também adorariam o Smart Herb Garden que faz todo o trabalho de jardi-nagem por você! Seu único trabalho é ligá-lo na tomada.

R$ 111 (aproximadamente) www.kickstarter.com

Sabe aquele tipo de gente que tem imunidade a despertadores? Estilo desliga o alerta e continua dormindo? Pois então, o Robot Despertador Tocky não permite que essa vagabundice aconteça, pois no momento que é acionado, ele sai pulando onde estiver forçando que vadio levante da cama para pará-lo. R$ (aproximadamente) 162 www.iberobotics.com

Beber uma cerveja “largado” no sofá de casa, ou na frente de uma piscina não combina nem um pouco com esforço. Talvez, pensando nisso criaram o Rccoler, um cooler que

funciona por controle remoto, permitindo a sua acessibilidade para sua “cerja” de qual-quer lugar que você esteja, sem precisar se levantar.

R$ 189 (aproximadamente) www.hammacher.com

O motorized Ice cream cone te livra de um trabalhão – na verdade é um trabalhinho, né? – pois ele consiste num suporte que gira suas bolas de sorvete, fazendo com que sua participação seja limitada a apenas deixar a língua para fora... E não! Ainda não inventaram uma língua postiça que sinta o gosto por você.

R$ 22 (aproximadamente) www.chalet.net.au

G Ad G E t

AcESSIBIlIDADE DA PREGUIÇA

PEGUE-mE SE FOR AcORDADO!

lAmBA SEm câImBRAS

BASTA DE PlANTIcÍDIOS!

ALTA CúPULA dA pREGuIçA

Page 30: ConstruARCH #04

cR IAt IVI dAdE VE R dE

q u e r t e r a N at u r e z a , a l i , co m o Pa r c e i r a N o d i a a d i a i N t h e c i t y ? a e sP e c i a -l ista e m Pa isag ism o K ya r a f r a N ç a t e e N si N a o Pass o a Pass o

tRIlHA VERdEPo r Tá t i l a Pe re i ra fo to s D i v u l ga çã o

OS PERGOlADOS SÃO um investimento

certeiro. Podem servir como suporte para

trepadeiras ou abrigar as tão antigas e tão

atuais samambaias. A estrutura cria um

espaço charmoso, agradável e convidativo.

Page 31: ConstruARCH #04

31

O cAmINHO INVERSO é o último grito da moda. Vale para

roupa, para calçado, para música e para o paisagismo tam-

bém. Se a debandada do campo para as cidades foi um fenô-

meno do século passado, hoje, o sonho é ter um clima cada

vez mais bucólico dentro e fora de casa – e as plantinhas são

as protagonistas para tornar essa realidade possível.

E sabe o que é melhor disso tudo?! Nem só a estética é

vista como fator principal: a parceria com o meio ambiente

também está afinada. “O paisagismo em jardins internos e

externos tem utilizado algumas alternativas para diminuir

os efeitos da poluição e do calor excessivo, apostando

num estilo de vida ecologicamente correto”, a designer

especialista em paisagismo Kyara França.

Dentro de casa, os jardins verticais, plantas sem flores,

paredes e quadros vivos criam a atmosfera verde. qualquer

que seja a planta escolhida, os cuidados para mantê-la

bonita precisam ser observados. “A adubação pode ser feita

em intervalos de 15 dias a um mês, dependendo do tipo.

Cada planta precisa de uma irrigação específica, e o local

onde ela fica faz toda a diferença. Exposição direta ao vento

e sol aumenta a necessidade de água. Cactos e suculentas

acumulam água, não precisam de muita rega: o ideal é irrigá-

las a cada 10 dias no verão e 20 dias no inverno”, pontua

Kyara.

Fora de casa, para acompanhar os mais diversos tipos de

plantas, os pergolados e as tendas ainda atuam com força.

Os materiais são variados: madeira, eucalipto, bambu,

ferro, alumínio. Para sentar, colocar o bule do chá ou apoiar

a tábua de aperitivos no lado externo da casa, móveis de

fibra sintética são os mais indicados. Também não estão

descartados metais, como o ferro. O importante é que o

POR FAlAR Em inversão,

por que a grama precisa

ser no chão?! Os telhados

com grama não só uma

opçãozinha bonita, não!

Eles também oferecem

conforto térmico para a

residência, garantindo

temperaturas agradáveis sem

o acionamento de aparelho

de ar-condicionado ou

aquecedor elétrico.

material seja impermeável e resistente. “As peças feitas em

madeira, palha e bambu são ótimas, mas não podem pegar

sol nem chuva. É importante tomar cuidado ainda ao adquirir

móveis para jardim feitos de plástico, pois eles tendem a ser

mais frágeis”, complementa.

Nessa brincadeira toda de tornar a casa um cenário com

a participação especial da natureza, a consciência de

que todos são parte integrante do meio pulsa. “Temos a

responsabilidade de zelar e usufruir da melhor maneira

desses espaços, aumentando o nível de qualidade de vida”.

DENTRO DE cASA, planta já é requisito para um décor bacana. A versatilidade é a

principal aposta, já que a moda do tudo-pode está em alta.

Page 32: ConstruARCH #04

EM VEZ dE criar algo, que tal propor uma solução nova para o

que já existe?!. E não se trata de um lugar qualquer, mas sim,

do MuBE - Museu Brasileiro da Escultura, em São Paulo, obra

de um dos grandes nomes da arquitetura moderna brasileira,

Paulo Mendes da Rocha. Provocados por esse chamamento,

mais de uma centena de estudantes de arquitetura de 7

países de 3 continentes afiaram a cuca criativa e correram

atrás do primeiro lugar em mais um concurso da plataforma

Projetar.org.

A competição consistiu em projetar uma nova ala para o

MuBE. Entre os projetos vencedores, uma ideia predominou:

a união de dois vizinhos. O MuBE “mora” ao lado do MIS –

Museu da Imagem e do Som –, e o novo espaço proposto

quase sempre teve o intuito de ser um ponto de ligação entre

os dois Museus.

Esse é o segundo concurso do portal PROJETAR.ORG,

ferramenta idealizada pelo arquiteto Caio Smoralek, a

publicitária Laila Rotter Schmidt e o administrador Rafael

Reolon. O grupo percebeu a carência de concurso para os

arquitetos em formação e, por isso, criou esse meio de

interconexão de estudantes universitários, com disputas nos

mesmos moldes de concursos profissionais de arquitetura.

O concurso 003 da Projetar.org já está com as inscrições

abertas e traz novamente um ousado desafio de criar algo a

partir de um marco da arquitetura brasileira. A proposta é que

os estudantes de arquitetura projetem a sede de uma escola

de artes performativas - Teatro, Dança e Música - no centro

do Rio de Janeiro, ao lado do Theatro Municipal.

u R BAN I dAdE S

5 3 g r u P os s e P r o P u se r a m a “ m e x e r ” e m u m d os í co N e s da a r q u i t e t u r a N ac i o N a l . o s e g u N d o co N c u r s o da P l ata fo r m a P r oj e ta r . o r g P e d i u e e l e s o b e d e c e r a m : c r i a r a m u m e s Paço N ovo Pa r a o m u se u b r asi l e i r o da e s c u l -t u r a ( m u b e )

Po r Tá t i l a Pe re i ra

Mateus Alves Ladeira - UFRJ - Rio de Janeiro/RJ

Beatriz Temtemples de Carvalho - UFRJ - Rio de Janeiro/RJ

Bruno Spinardi Silva - FAUUSP - São Paulo/SP

Annkristin Meyhoff - FAUUSP - São Paulo/SP

Daniel Fleming Collaço - FAUUSP - São Paulo/SP

Luis Fernando Villaça Meyer - FAUUSP - São Paulo/SP

Rodolfo Mesquita Macedo - FAUUSP - São Paulo/SP

ESCULPINDO IdEIAS

Page 33: ConstruARCH #04

33

Martin Pronczuk - PFC - Montevideo/UY

Santiago Saettone - PFC - Montevideo/UY

Thyago Ramon Pereira da Silva - UFPB - João Pessoa/PB

Mayara Maria Silva de Oliveira - UFPB - João Pessoa/PB

Rafael Wanderley de Albuquerque Melo - UFPB - Campina Grande/PB

Freed Rennan Vieira Gomes - UFPB - Catolé do Rocha/PB

Pedro Paulino Batista Neto - UFPB - João Pessoa/PB

Luiz Cláudio Lopes Veneziano - UNIRP - São José do Rio Preto/SP

Gabriel França dos Santos - UNIRP - São José do Rio Preto /SP

Jafelt Lourenço Júnior - UNIRP - São José do Rio Preto/SP

Page 34: ConstruARCH #04

34

p u lo - d o - G At o

“tENHo MEuS MoMENtoS nude, mas amo cor”, dizia

ela olhando e justificando o adesivo psicodélico que re-

veste boa parte do escritório. Cristiane Liogi é assim: uma

arquiteta carregada de vivacidade, partindo do próprio

ambiente de trabalho e reverberando o estilo nos projetos

arquitetônicos. Formada pela UEL (Universidade Estadual

de Londrina), a arquiteta é pratica: curte se especializar

em cursos rápidos, que possam ter o aprendizado apli-

cado já no dia seguinte. Exerceu boa parte da carreira na

cidade sede da universidade, mas se fixou como casca-

velense de corpo e alma há 18 anos. Entre as característi-

cas mais evidentes da profissional, está o cuidado do en-

volvimento com o cliente: o gosto, as opções, o histórico

familiar e todo o contexto de vida de uma pessoa são as

matérias-primas para um projeto dela. Para uma edição

que evidencia a brasilidade, não poderíamos ter uma par-

ticipação melhor do que a de uma arquiteta apaixonada

pelos elementos naturais e doidinha para executar um

projeto todo trabalhado em bambu! A seguir, os materiais

e cores mais brasileirinhos escolhidos a dedo para quem

quer aproveitar a riqueza da “pátria amada” para decorar.

N í t i da N ão s ó N o h i N o N ac i o N a l , a r i q u e z a N at u -r a l d o b r asi l e r e f e r ê N c i a c l a r a Pa r a m u i tos a r q u i t e tos . e P o u cos Pa ís e s são assi m : c h e i os d e u m a N at u r e z a tão e x u b e r a N t e . N a o N da d e r e a -P r ov e i ta m e N to , va lo r i z aç ão d o e co ló g i co , N os -s o s o lo se to r N o u N o m e fo rt e q ua N d o o ass u N to é a r q u i t e t u r a s u st e N táv e l . N e ssa P e g a da , N a da m a is j u sto d o q u e u m a se l e ç ão d e t e N d ê N c i as b e m b r asi l e i r as , f e i ta P o r u m a a r q u i t e ta a m a N -t e da co r e d os e l e m e N tos N at u r a is !

NOSSOS BOSqUES tÊM MAIS VIdA!

Po r m a rce l e An to n i o fo to s Ro d r i go Vi e i ra

1

7

11

cristiane liogi Arquiteta e Urbanista

Page 35: ConstruARCH #04

35

ABUNDâNcIA Em OURO E PRATA

Papel de parede todo “chiquetê” da marca Carli Robinson. Forma

& conforto. R$ 852/ m2.

RUSTIcIDADE PARA cORTINAS

Persiana natural de bambu da Luxaflex. Forma & conforto. Preço

sob consulta.

mADEIRA DE VERDADE

Revestimento de madeira prensada da Stockholm Ash. Prisma

Revestimentos. 19,3x138. R$ 93,80 m2.

mISTUREBA

Pastilha Bosche: um mosaico de mármore da marca Color Mix.

30x30. R$ 127, 05 a peça. Prisma Revestimentos

PAREDE mAIS NATURAl

Papel de parede de mineral prensado daOrlean. Forma &

conforto. RS 70 m2.

PEDRAS POR TODO cANTO

Seixo telado da Palimanan. Prisma Revestimentos. 30x30. R$

283,50 m2.

lANÇAmENTO

Persiana Luxaflex Vignette, linha Hunter Douglas. Forma &

conforto. Preço sob consulta.

AmARElO BANDEIRA

Cobogó (elemento vazado) Reto Xis Amarelo – Cerâmica Martins.

Prisma Revestimentos. 19x19/7. R$ 21,67/ a peça.

mAIS cOR

Mármore colorido Silestone. marmoraria capanema. R$ 1300 m2.

PEDRA NATURAl

Tijolo inglês Autumn da Palimanan. Prisma Revestimentos.

22,5x7,5. R$ 219 m2.

PARA DESTAcAR

Linho estampado Artefarma. Forma & conforto. R$ 188 m2.

TEcIDO VAZADO

Linho Artefarma. Forma & conforto. R$ 86 m2.

REDONDINHOS

Retalho de mármore redondo Cannon Imperial da Color Mix.

Prisma Revestimentos. 30x30. R$ 136,99/ a peça.

lADRIlHO

Cerâmica Florentina 2 Celeste da Color Mix. Prisma

Revestimentos. 20x20. R$ 19,48/ a peça.

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

23

45

6

8

9

10

12

13 14

Page 36: ConstruARCH #04

36

Page 37: ConstruARCH #04

37

Page 38: ConstruARCH #04

38

O cHURRAScO é patrimônio nacional, por isso, é

preciso que o local para prepará-lo seja especial, uma

espécie de santuário da carne. Inspirado na figura do

gaúcho, este lugar celebra o costume de reunir as

pessoas queridas para um bom churrasco, tchê! A

madeira aquece e deixa o espaço mais aconchegante

e os detalhes em vidro garantem um espaço ainda

mais contemporâneo e antenado às novidades.

- Cíntia Aguiar/ Casa Cor Rio Grande do Sul 2013

R E coRt E

a fa m a d e r e c e P t i vo já e stá co N s o l i da da e m to d o o g lo b o t e r r e s -t r e . to d o m u N d o q u e b ota os P é s N o b r asi l já e s P e r a u m b e m - v i N -d o s o r r i d e N t e d e a lg u é m N ato aq u i . e se s o m os assi m co m N oss o Pa ís , co m se u s m a is d e 8 m i l h õ e s d e K m 2 , i m ag i N e s ó e N t r e as Pa r e -d e s da N ossa c asa ! Pa r a co N t i N ua r b at e N d o N o P e i to o r g u l h os os da r e P u taç ão d e aco l h e d o r e s , b r asi l e i r a da , u N i - vos ! i NsP i r e - se N os e sPaços d e co N v i v ê N c i a a se g u i r Pa r a ag lo m e r a r co m g osto .

Po r Tá t i l a Pe re i ra fo to s D i v u l ga çã o

JUNTA A GAlERA!

ESTE lUGAR é PARA quem gosta de recep-

cionar mesmo. Tudo o que acolhe grita “pre-

sente” por aqui. A inspiração veio da mata tro-

pical brasileira e as peças do mobiliário foram

produzidas na Amazônia, com madeiras de

queimadas da década de 70 e 80. A iluminação

toda em Led é o ápice do ambiente. Mesmo do

lado de fora, aquecedores e lareiras ecológicas

garantem que, nas temperaturas mais baixas,

o local também possa ser usado.

Fabiana Farias, Renata Lagranha e Luciana De

Conto/ Casa Cor Rio Grande do Sul 2013

Page 39: ConstruARCH #04

39

O cANTINHO PARA receber

os amigos é uma ótima des-

culpa para colocar para fora

toda sua personalidade. Por

isso, por mais que o local seja

externo – caso do Jardim

das Passarelas –, peças que

traduzam seus gostos são a

cereja do bolo. As escolhas

desta decoração foram as

esculturas egípcias, todas

feitas em fibra de vidro. O

aconchego das poltronas e o

verde bem dosado comple-

taram o visual.

- Rosângela Buitoni e Flávia

Roberta Beppler/ Casa Cor

Santa Catarina 2013

NÃO é DAqUElES ambientes restritos a

apenas uma época do ano. O espaço versátil

conta tanto com o calor de uma lareira quanto

com o refresco de uma piscina. A decoração

descolada e sofisticada vem dos acabamen-

tos em couro, vidro, pedra e inox. A atmosfera

sóbria e refinada surgiu com a escolha de tons

neutros e peças de design como a poltrona e

obras de arte de artistas renomados. Dá para

jogar papo pro ar, virar a noite com um carte-

ado ou apenas tomar uns bons drinques.

- Rafael Kroth/ Casa Cor Rio Grande do Sul

2013

Page 40: ConstruARCH #04

PODERIA SER APENAS um ponto de passa-

gem na casa, no entanto, este lounge evoca

um grito de quero-ficar-para-sempre-aqui! O

espaço, útil e harmônico, exibe um paisagismo

com plantas adultas em imensos vasos. O la-

ranja dos detalhes deu um choque de boniteza

ao se encontrar com o verde. Com linguagem

contemporânea, os tons de cinza e preto garan-

tiram a sofisticação que o lado de fora da casa

também merece.

- Karen Fanti e Juliana Pacheco/ Casa Cor Rio

Grande do Sul 2013

Um mIx HARmôNIcO. O lounge despojado ganhou um espaço para experiências gastronômicas. Ser anfitrião fica fácil com essas seis mesas comunitárias,

além de várias ilhas para os chefs de cozinha. Com janelas e portas abertas, o ambiente dispensa ar condicionado. Isso é possível graças à ventilação cruzada.

A restauração dos tacos de madeira, janelas e portas metálicas formaram o pano de fundo do ambiente.

- Gustavo Calazans/ Casa Cor São Paulo 2013

R E coRt E

Page 41: ConstruARCH #04

e da m os vá r i os m ot i vos Pa r a vo c ê sa b e r o P o r q u ê

coMpENSAdo coMpENSA

OS cOmPENSADOS

combinam mesmo em

ambientes alternativos.

Page 42: ConstruARCH #04

42

qUEm USA cOmPENSADO usa porque pensa, e pensando sabe

que o compensado é o que compensa. Complicado? Calma,

a gente descomplica para você, e explica direitinho porque

o nosso amigo compensado é superior. Vamos começar do

começo, ou melhor, de dentro. As diferenças já começam

internamente. O compensado é revestido por fatias de ma-

deira (ma-dei-ra, entendeu?)que são prensadas e coladas

para formar chapas (de ma-dei-ra) de 4 a 40 milímetros de

espessura. Já o compensado sarrafiado, também disponível

na Abraplac, é mais “casca grossa” ainda. Seus sarrafos (de

ma-dei-ra) e a chapa externa são colados em sentido con-

trário. No caso do MDF, o processo é outro. A sigla de Me-

diumDensityFiberboard é basicamente uma chapa de média

R E coRt E

densidade (quanto menor a densidade, menor será a resis-

tência) formada por fibras de madeira que são grudadas por

resinas sintéticas. Resumindo, a parte interna do compensa-

do laminado ou sarrafiado é formada por lâminas ou sarra-

fos (de você sabe o quê) enquanto o do MDF, por exemplo,

é um “recheio” de serragem.Internamente, você já deve ter

concluído qual material é mais vantajoso. Agora, no que diz

respeito à parte externa, vejamos os revestimentos das op-

ções.

O MDF é geralmente revestido com melamina, uma subs-

tância muito (tóxica) utilizada na fabricação de produtos

antichamas. Nesse caso, o MDF ganha um pontono quesito

segurança, pois o seu guarda roupas não virará uma fogueira

SÃO A DIFERENÇA entre você ter

um estabelecimento “normal”e

um autêntico

Page 43: ConstruARCH #04

43

DEVEm SER UTIlIZADOS

em todo mobiliário. Neste

ambiente, dão a sensação de

aconchego e conforto que

apenas materiais de madeira

têm a oferecer.

ESTETIcAmENTE, os

compensados também são

a melhor opção.

Page 44: ConstruARCH #04

44

R E coRt E

A DEcORAÇÃO clEAN é uma

das características mais fortes da

madeira compensada.

Page 45: ConstruARCH #04

45

coMpENSAdoMdf

peso

mAIOR DURABIlIDADEmENOR DURABIlIDADE

peso

- É criado a partir da mistura de fibras de madeira

com resinas sintéticas.

- Pode substituir a madeira quando a rigidez não se

faz necessária.

- Suas substâncias diminuem a propagação do

fogo e aceita bem a textura da tinta. Porém, não

é resistente a pressão, a umidade e empena

facilmente.

- Produzida a partir de peças de madeira, que são

unidas a partir de cola, calor e pressão.

- Substitui facilmente a madeira em si, pois é forma-

da por camadas ou sarrafos da mesma.

- É leve, suporta grandes pesos, resiste à umidade e

sua resistência é superior ao mesmo tempo em que

apresenta certa dilatação. Seu custo é mais alto que

outros materiais.

TIPOS

Chapas cruas: opção sem o acabamento.

Chapas com revestimento: são encapadas (ou

dois, ou penas um dos lados) com laminas através

de pressão e temperatura.

Chapas finish foil: são produzidas por adição de

uma película de fotografia.

TIPOS

Laminado revestido: feito a partir de diversas ca-

madas de madeira unidas, além de uma forração de

uma folha de madeira diferenciada.

Sarrafeado revestido: é constituído por vários sar-

rafos de madeira unidos e revestido por uma folha

de outro tipo de madeira que não os sarrafos.

UTIlIZAÇÃO

Usado principalmente em componentes de

móveis que não exigem muita resistência.

UTIlIZAÇÃO

Empregado na fabricação total de qualquer móvel. É também utilizado pela construção civil e na produção de

ambientes externos e internos, na área da indústria naval.

Page 46: ConstruARCH #04

46

de São João caso aconteça algum acidente –, mas você não

escapará do envenenamento causado pelas toxinas libera-

das. Por acreditarmos que você não fuma dentro do quarto,

a nosso ver, essa exigência se torna irrelevante. Os compen-

sados da Abraplac são revestidos por madeira de lei certifi-

cadas nos mais altos padrões de qualidade.

É fato que ao oferecer todas essas qualidades, a madeira

compensada tem um custo mais alto. Ela parece mais cara.

Mas só parece, pois como diria aquele ditado “o barato sai

caro”, ao retomar todos os fatores citados, o compensado

não só se torna mais vantajoso, como mais valioso.Só um

móvel feito com madeira de qualidade, suportará não só

todas as adversidades do tempo (desmontagens e monta-

gens, umidade, pressão etc.) como também a pior delas: o

próprio tempo.

É, o móvel feito de compensado, seja de qual tipo for, vai en-

trar para a história da sua família. Sabe o móvel que dura, que

faz parte da família? É ele que vai contar a sua história. Optar

por uma madeira compensada como matéria-prima não só

compensa, mas recompensa.

R E coRt E

Page 47: ConstruARCH #04
Page 48: ConstruARCH #04

48

Page 49: ConstruARCH #04

49

d u P l a d e a r q u i t e tos t r a -va u m d i á lo g o cosm o P o l i ta e d e se N vo lv e P r oj e to co m c a r a , N o m e e i N sP i r aç ão d e a rt ista

quEBRA dA INÉRcIA

d oSSI Ê

quEM São ElES?

Guilherme Marcon e Ney zillmer adoram a massa

cinzenta, termo que pode ser usado em dois sentidos:

gostam do cimento, um dos instrumentos-base

da arquitetura, mas também de ficar, horas, dias,

meses matutando em busca das melhores soluções

construtivas. Não faz nem dois anos que os dois se

juntaram para a criação do escritório MEzA – soma

das inicias dos sobrenomes Marcon + E + zillmer +

Arquitetura – e, desde então, se dedicam a projetos

residenciais, mas afirmam que não querem se

restringir a essa área. Pretendem também lidar com

intervenções na cidade, urbanização. Guilherme foi

veterano de Ney na Faculdade Assis Gurgacz e, já

na graduação, eles trocavam figurinhas a respeito

do estilo próprio, autoral, que pretendiam ter como

marcas na carreira. A expressão think outside the

box (pensar fora da caixa) tornou-se um mantra.

O pensamento parecido foi o ponto de partida.

Guilherme se formou em Arquitetura e Urbanismo

em 2007, é pós-graduado em Projeto e Concepção

do Espaço, fez estágio no Atelier Christian de

Portzamparc em Paris, França e hoje é professor da

mesma faculdade em que se formou. Ney pegou o

diploma de arquiteto um ano depois, em 2008 e

também é pós-graduado em Projeto e Concepção

do Espaço.

Page 50: ConstruARCH #04

50

d oSSI Ê

Page 51: ConstruARCH #04

51

uMA olHAdElA para cima já lhe permite perceber o quan-

to Cascavel está mudando. A cidade está mais vertical, ten-

dência que só deve ser ampliada. Mesmo com a limitação

de altura (874 metros de altitude), prevista em lei, o skyline

cascavelense toma novos contornos, seja com construções

tradicionais ou outras nem tanto assim. Um projeto, mesmo

antes de começar a sair do chão, já tem chacoalhado as es-

truturas arquitetônicas por aqui – e em um ótimo sentido.

modigliani é o nome da criação dos arquitetos Guilherme

marcon e Ney Zillmer, um prédio com nome de gênio da arte

e que também tem seus traços de obra-prima.

A primeira fuga do óbvio foi verticalizar o que já era vertical.

Explica-se: o comum na escala residencial de prédios é a

planta horizontal, três quartos de 80 a 120 metros, variando

entre uma ou duas suítes, cozinha e sala integradas, uma

sacada e área íntima. No Modigliani, o apartamento é duplex,

tipologia mais comum em sobrados: uma área térrea, com

área social, cozinha, área de serviço e, em cima, a área

íntima. “Assim, usamos melhor o terreno e ainda levamos a

impressão de que a pessoa está morando em um sobrado,

com as vantagens do edifício, como segurança e lazer, por

exemplo”, pontua Ney.

O prédio é a parte concreta de tudo que a dupla pensa. A

regra número um do escritório Meza é que só a ideia madura

deve ganhar forma na prática. “No Brasil, há uma cultura de

passarmos um mês no projeto e três anos na obra. Lá fora,

passam-se três anos no projeto e um ano na obra. Então

todos os erros você já anteviu no projeto e perde bem menos

dinheiro”, constata Guilherme. A observação de referências

estrangeiras não se limita à otimização do trabalho. Tem

aquela coisa de inspiração também. “Ney acrescenta que os

dois sentem-se como filhos bastardos da arquitetura

brasileira”. E não se trata de desmerecimento do que

é produzido aqui, é questão de gosto mesmo. Eles se

interessam pelo que está acontecendo na Europa, nos

Estados Unidos, países aqui da América do Sul e adaptam

isso ao trabalho.

Na verdade, não há uma Escola para qual os arquitetos

batam continência. Eles se inspiram aqui e acolá, mas não se

definem como seguidores de um só conceito. O que os guia

é o diferente, o inusitado, o pouco-feito ou o nunca-feito.

Traços parecidíssimos ao artista homenageado com o nome

do prédio.

A qUEBRA cOm o efeito de

repetição deu “movimento” à

fachada. A alternância das janelas

e a base “flutuante” deram o

aspecto inovador da obra.

d oSSI Ê

NO HAll, a madeira do piso ao teto faz aquele convite de

“chega mais”. Um conforto só, potencializado pela iluminação

intimista concedida pelos spots sobre o sofá.

O AÇO cORTEN é Um dos componentes-chave do projeto e

já pode ser vista logo na entrada. A ampla vegetação será a

moldura do prédio.

Page 52: ConstruARCH #04

52

d oSSI Ê

OS ESPAÇOS DO living proporcionam integração e liberdade. Os apartamentos das pontas, leste e oeste, serão menores e os centrais, maiores.

Page 53: ConstruARCH #04

53

Além DE TODO o espaço, as cobertu-

ras oferecem uma vista incrível da cidade.

Diferentemente dos demais andares do

prédio em que há seis apartamentos por

andar, na cobertura, serão quatro. Nes-

se ponto, são as opções laterais que têm

dimensões maiores: a leste tem 315 m2

a mais e a oeste, 300 m2. Essas contam

com quatro suítes. As centrais avançam

um pouco mais com a varanda, no entan-

to, têm três suítes. As coberturas contarão

com um pouco mais de 470 m2.

Ambos tem 3 suítes e varanda com pé direito duplo, mas as laterais são mais estreitas. Os imóveis centrais contam ainda com um banheiro de serviço. Os late-

rais possuem 150 m2, enquanto os centrais têm 180m2. Os dois terão duas vagas de garagem.

Page 54: ConstruARCH #04

54

d oSSI Ê

A ÁREA SOcIAl tem pé direito duplo. Aqui,

o morador terá acesso à academia, sauna,

piscinas interna e externa, terraço, sala de

jogos e salão de festas.

Modigliani não se encaixava em nenhum segmento. Ele

concebeu sua arte em meio a diversas culturas e sua

obra foi classificada como detentora de um estilo próprio

e autônomo. Mesmo com as semelhanças, a escolha do

nome não aconteceu de forma proposital. Porém, se não foi

previamente pensado, posteriormente, o nome já possibilita

uma autoanálise sobre o trabalho que ambos desenvolvem

na breve carreira. “Preferimos olhar a arquitetura como um

processo artesanal, em vez de industrial. Não é repetindo o

que os outros fazem que vamos nos diferenciar no mercado”,

defende Guilherme.

As condições do entorno também deram a cara para o

projeto. O terreno é relativamente estreito, comprido e meio

de quadra. Pesou muito o fator de que a testada maior do local

é face norte, o que contribuiu para iluminação e ventilação

agradáveis e uma vista bacana. Os arquitetos optaram por

um edifício-lâmina, em que toda organização espacial se

dá lado a lado. Isso, aliado ao conceito de duplex, quebrou a

monotonia que poderia dominar a fachada. Rompeu-se com

a ideia de repetição, uma janelinha em cima da outra. Como

cada andar tem uma necessidade, isso também se reflete

para quem vê de fora.

O aspecto rústico in the city veio de materiais básicos da

construção: madeira e tijolo. O tijolo visível, além de conferir

a aparência mais “bruta”, planejada pela dupla, ainda deu o

colorido que o difere de outros prédios. ”O bege e o marrom

não as únicas opções”, lembra Guilherme. “queríamos

dar aquela ideia dos arranha-céus de Nova Iorque, com o

tijolo à vista. Algo mais pós-industrial”, argumenta Ney.

Ainda no visual da fachada, existe uma “soltura” no prédio.

quando a volumetria da construção foi planejada, ficou

definido que o edifício não chegaria direto na base. A área

de lazer desempenhou a função separatista, o que dá a

impressão que o prédio está flutuando. O auxílio para essa

sensação veio dos pilotis, popularizados na década de 60 na

arquitetura brasileira.

Tentando caminhar por onde poucos passaram, Guilherme

e Ney se apresentam ao competitivo mercado com uma

proposta de ousadia e, antes de tudo, planejamento,

planejamento e planejamento. Passaram um ano inteiro

encucados na concepção do Modigliani e, agora, mesmo que

os primeiros pilares ainda não estejam levantados, já são

cortejados com elogios. Às vezes – muitas vezes ou todas

as vezes – as melhores respostas para um problema estão

em pensar em novas soluções. “Não adianta você fazer tudo

sempre da mesma maneira e esperar resultados diferentes”,

conclui em uníssono a dupla.

Page 55: ConstruARCH #04

55

Page 56: ConstruARCH #04

q ua N d o as l i m i taçõ e s d e u m a sa l a co m e r c i a l d e i x a m d e e x ist i r , u m l e -q u e se a b r e . N a da daq u e l a m e sa q u e i m P õ e : e m P r e sa aq u i , c l i e N t e l á . N ão ! Pa r a e N t e N d e r as N e c e ss i da d e s d e q u e m e stá e m b u s c a d o l a r d o c e l a r , a m e l h o r o P ç ão e N co N t r a da P e l a co N st r u to r a c as c av e l e N se b ast i a N e lo r a fo i e s q u e c e r o e s c r i tó r i o e N g e ssa d o e a P osta r N u m e s Paço q u e P r i -v i l e g i a b e m m a is co N v í v i o o co m o c l i e N t e . a c e N t r a l d e v e N das , já m a is d isse m i N a da e m o u t r as c i da d e s , Passa a se r o j e i to m a is e f i c i e N t e e co N -fo rtáv e l d e N e g o c i a r , o u m e l h o r , co N v e r sa r s o b r e i m óv e is ta m b é m aq u i e m c as c av e l !

VAMOS coNVERSAR?

Po r m a rce l e An to n i o fo to s Ro d r i go Vi e i ra

cE NÁR Io

Page 57: ConstruARCH #04

57

BAStA pISAR NA central de vendas para entender que a in-

tenção do lugar não é meramente a mesma de um escritório.

Bem diferente disso: sem escrivaninhas enfileiradas, nada de

computadores e telefones por todo canto. No lugar de toda

essa mobília padrão, um espaço com sofás, poltronas e a

mesinha de centro que dá um “que” de “tô na sala de casa”.

E a recepção faz mesmo você se sentir assim: tão à vonta-

de como num cômodo do apartamento. O lugar convidati-

vo é o reflexo do pensamento jovem e antenado dos sócios

Willian Bastian e Ricardo Lora. O administrador e o engenhei-

ro materializaram aquilo que, para eles, é o modelo ideal de

negócios. “quando decidimos empreender, nos propomos a

trabalhar com os melhores do mercado: aqui nós primamos

pela qualidade e elegemos os nomes mais conceituados,

desde os nossos projetistas até os nossos fornecedores.

Nosso objetivo é dar opção e satisfazer o cliente. A central

de vendas é resultado disso: ela tem um intuito bem social. É

um show room que permite muito mais do que só uma nego-

ciação formal”, detalha Willian.

A central de vendas é uma ideia simples, já perpetuada em

outras cidades, mas não muito comum em Cascavel: os ide-

alizadores da Bastian e Lora há pouco mais de um mês deram

início a um jeito mais confortável de vender e comprar imó-

veis. O que eles fizeram foi transformar em estrutura física,

uma das coisas mais nítidas e importantes do ramo imobili-

ário – a ideia de que a casa da gente é o nosso melhor canto

e que escolher um lugar para morar é mais do que negociar.

“Com pouco tempo, já conseguimos ter um retorno surpre-

endente: percebemos uma aceitação bem positiva de quem

nos visita”, ressalta Ricardo, acrescentando que a central de

vendas é ainda mais ampla: oferece outros serviços.

E depois desse lugar idealizado para a primeira troca de

ideias entre empresa e cliente, são só mais alguns passos

para você já pisar no apartamento que pretende comprar. Ali

mesmo, é possível conhecer o apê tal qual o do futuro edifí-

cio: estrategicamente idealizado para facilitar a vida de quem

busca uma nova moradia. “Nosso primeiro empreendimen-

to foi assim: com apartamento decorado dentro da obra do

edifício. Claro, assim é possível ter uma dimensão do que é

o local, mas traz transtornos para o cliente fazer uma visita-

ção num prédio ainda em construção. Já com apartamento

decorado num espaço separado, ele tem mais conforto para

visualizar os detalhes do ambiente e se sente mais acolhido

para negociação”, justifica Ricardo.

WIllIAM E RIcARdo se conhecem desde a infância. Tinham amigos em

comum, mas pouco conviviam. Trombaram mais tarde nas aulas de mú-

sica e já foram parceiros numa banda. Depois, mais experientes, desco-

briram que a dupla poderia dar mais certo no mercado imobiliário do que

no mundo musical. Já graduados, administrador e engenheiro decidiram

se unir na busca pelo diferente. Entenderam que as filosofias e as ideias

de mercado seguiam a mesma linha e que dariam certo trabalhando em

conjunto. Empreenderam e se especializaram e já somam uma experi-

ência de 3 anos com a construtora bastian e lora.

Page 58: ConstruARCH #04

58

cE NÁR Io

O empreendimento da vez é o edificio Bellatrix: são 28 apar-

tamentos que já têm uma amostra decorada na central de

vendas. Os responsáveis por projetar tudo são os arquitetos

Lori Crizel e Flavio Uren, convidados da Bastian e Lora para

planejar toda a arquitetura tanto dos apartamentos, quanto

da própria central de vendas. Inspirados no jeito “jovem que

sou” dos “meninos” da construtora, os profissionais proje-

taram um plantão de vendas que privilegia a versatilidade, e

tenta, ao máximo, não impor uma atmosfera muito adminis-

trativa. “A central de vendas é a vitrine do prédio. Por isso ela

precisa ser bem visível e convidativa. Ela toda já foi pensada

para ser bem percebida: tem estacionamento próprio, a fa-

chada foi colocada no lado em que o sentido da rua permite

maior visibilidade”, explica Flávio. A decoração da central e

do apê ainda tem um up: as obras da arquiteta e artista plás-

tica, Andreia Calderari e um projeto de paisagismo elaborado

pelo cascavelense Ronaldo Santos, da Espaço Brasil.

Totalmente transformável, a estrutura foi pensada, ironica-

mente, para ser derrubada. “Esse é um espaço efêmero, que

pode ser colocado abaixo quando outros empreendimentos

virarem foco. Por isso temos que privilegiar a mobilidade,

pensando que é um local com uma vida útil curta. Mas ao

mesmo tempo, isso não é algo engessado: a central de ven-

das daqui pode se expandir, virar a vitrine para apartamen-

tos decorados de novos empreendimentos. Temos espaço

para transformar alguns cantos em salas e para mudar tudo

por aqui”, complementa Lori.

Page 59: ConstruARCH #04

59

A pARcERIA ENtRE os dois arquitetos já começou de forma cria-

tiva. Lori convidou Flávio para visitar uma sala, sem denunciar que

aquele ali seria o espaço do futuro escritório arquitetônico. “que

tal uma fachada assim: Crizel e Uren Arquitetura?”. Os sobreno-

mes se tornaram a marca! E as intenções de trabalho se somaram:

os dois já atuam juntos há 7 anos. São eles os responsáveis por

projetar a central de vendas e o apartamento decorado do mais

novo empreendimento da bastian e lora.

E toda essa capacidade de mudança segue da central de

vendas para o interior dos apartamentos: a ideia de sem-

pre dar opção para o cliente também diz respeito a como ele

quer moldar a nova moradia. “Temos aqui um perfil de jovens,

mas ao mesmo tempo temos um público família. Por isso

deixamos em aberto para escolha de cômodos: a sala pode

ser mais ampla, mas pode se converter em mais um dormi-

tório; a cozinha é separada da sala, mas podemos transfor-

mar tudo num espaço gourmet: só depende da vontade e

necessidade do cliente”, reforça Ricardo, deixando claro que,

por aqui, a conversa é a alma do negócio. E é aí, nesse ponto,

que tudo se explica e se resume: para os arquitetos que li-

dam diretamente com a dupla idealizadora da Bastian e Lora,

o empreendimento dá certo porque vai além do tradicional.

“O que faz toda a diferença é jovialidade dos meninos. Eles

são empreendedores: querem fazer diferente, se arriscam e

são abertos as mudanças”, elogia e finaliza Lori.

Page 60: ConstruARCH #04

60

c asa N o P l a N a lto c e N t r a l fa z u m a r e v e r ê N c i a a t u d o o q u e é b r as i l e i r o e s e a d e q ua ao c l i m a e à v e g e taç ão d o c e N t r o - o e st e d o Pa ís

Po r Tá t i l a Pe re i ra fo to s : J o a n a Fra n ça

BRASILEIRICEdoS pÉS à cABEçA

cE NÁR Io

Page 61: ConstruARCH #04

61

Page 62: ConstruARCH #04

62

cE NÁR Io

podE ENtRAR. Não precisa nem tirar o calçado ou, se

preferir, calce seu chinelo. Balance na rede e sinta a brisa

(ou a falta dela) no Planalto Central. Você pode se sentir à

vontade, porque, bem ali, onde fica a sede administrativa

da nação verde e amarela, uma casa quer ser orgulho na-

cional, de um jeito escrachado. Muito espaço e valorização

daquilo que marca o território tupiniquim são as cartadas

do arquiteto Fabiano Sobreira, do escritório Macedo, Go-

mes & Sobreira.

Morar em um país de dimensões continentais tem lá suas

vantagens. Apesar da mistureba climática, é interessante

chegar em cada região e ter lá um sotaque, uma tempera-

tura, uma vegetação específicos. No centro-oeste brasi-

leiro, o calorão é característico e a vegetação é do cerrado.

E esses foram os dois pontos de partida para a concep-

ção da Casa Copaíba: o clima quente pediu uma residência

mais ampla, com muita ventilação; e uma árvore do cerra-

do foi determinante para o desenho da casa e até o nome

da obra – a tal da Copaíba.

TÁ AÍ A RAZÃO de tudo. A partir da Copaíba e do restante da

vegetação típica do cerrado, os arquitetos projetaram a casa. E o

resultado está aí.

Page 63: ConstruARCH #04

mUSIcAlIDADE E TRANqUIlIDADE enquadradas. Tudo que o

brasileiro gosta, tudo que o brasileiro quer. O clima de Brasília

suplica que os espaços sejam abertos e que sejam adotadas so-

luções passivas, dispensando a necessidade de ar-condiciona-

do. Missão dada é missão cumprida. Ventilação para lá e para cá.

mADEIRA. Praticamente

só madeira. E o que no

projeto era simples tor-

nou-se luxo de tão bem

dosado que foi. O GUARDA-cORPO foi concebido

também como uma estante para

a biblioteca. Assim, os livros ficam

visualmente presentes no cotidiano

da família.

63

Page 64: ConstruARCH #04

64

O mOSAIcO de azulejos da garagem e espaço

multiuso foi concebido com a participação das

crianças da família, em homenagem a Athos

Bulcão e à cultura popular pernambucana.

cE NÁR Io

No térreo, a casa é definida por um bloco em “L”, no qual a

cozinha, a sala e os quartos se conectam com o cerrado

através de uma varanda que se estende ao longo de todos

os espaços. Isso cria uma relação entre o espaço interno e

o externo e, ao mesmo tempo, protege os espaços do sol e

da chuva.

Mas nem só de Copaíba vive esta casa: outras árvores são

cultuadas por aqui e deram o tom ao piso, forro e esquadrias,

todos feitos de madeiras nativas, como ipê, cumaru, cedri-

nho e jequitibá. Para decorar, artesanatos tradicionais nas

feirinhas país afora: tapetes de fibra, trançado feito à mão.

Toda a simplicidade com luxo made in brazil.

Page 65: ConstruARCH #04

65

Page 66: ConstruARCH #04

O TúNEl qUE é a marca registrada da

Disco agora ganhou um ar cibercultural

com a intervenção de Kleber Matheus.

cE NÁR Io

Page 67: ConstruARCH #04

a d is co , c asa N ot u r N a Pau l ista N a , g a N h o u u m a r e Pag i N a da se m e s q u e c e r os v e l h os t e m P os

SAUDOSISTA SEMVIVER do pASSAdo

Po r R i ca rd o Po h l fo to s : Fra n Pa re n te

Page 68: ConstruARCH #04

68

A cluB dISco dE São pAulo impõe respeito. Há 12 anos

– muito tempo de existência para uma casa noturna em São

Paulo –, prova que seu entretenimento não tem dada de va-

lidade.

Há mais de uma década, o estabelecimento vem contrarian-

do a “natureza”. A começar pelo seu posicionamento, o point

ocupa o subterrâneo do Birmann 29, um edifício de caráter

corporativo. A continuidade da discoteca faz com que seja

tratada como exceção. Enquanto suas rivais de noites pau-

listanas (Love. e a B.A.S.E.) foram perdendo fôlego e virando

passado, a Disco continua estável e se renovando, num nicho

de mercado que a vida curta dos estabelecimentos é parte

dos “ossos do ofício”.

Mesmo com uma clientela assídua, a casa precisava de uma

cara nova. E o que você faz quando o ambiente original da

casa foi projetado por Isay Weinfeld e os irmãos Campana?

Você chama outros dois grandes nomes do design/arquite-

tura. Maurício Arruda e Guto Requena foram os responsáveis

pela reforma da balada. Foi deles a ideia de, mesmo com ma-

teriais tendenciosamente brasileiros, como a madeira, trazer

uma pegada robótica e tecnológica, presente em materiais

como o LED, usado sem restrições – algo que eles definem

como “Daft Punk de férias no campo”.

cERâmIcAS E lâmPADAS nos fazem lembrar um ambien-

te muito familiar, o próprio banheiro de nossas casas.

cE NÁR Io

Page 69: ConstruARCH #04

69

NADA DE vida reservada: dutos, instalações

elétricas e hidráulicas, e vigas totalmente

expostas.

AS POlTRONAS tipo “sala de estar” com

design dos anos 70 são responsáveis pelo ar

vintage.

Page 70: ConstruARCH #04

70

O aspecto underground fica por conta do ambiente, proposi-

talmente cru. A atmosfera industrial está exposta nos dutos,

encanamentos, vigas e instalações elétricas escancarados.

A madeira em tábuas verticais, que tem grande participação

no revestimento, contribui para o contraste até bucólico. O

paradoxo se instaura quando, ao lado de todos esses predi-

cados aparece todo o tipo de tecnologia de ponta. Aliás, se

o cenário chama a atenção é porque conta com uma ilumi-

nação que impressiona. Os 250 metros lineares de eletroca-

lhas metálicas de perfil “U” com fita LED endereçável acom-

panham com harmonia as batidas secas reproduzidas pelos

equipamentos de som Funktion One, e que são potencializa-

das pelo projeto de acústica, materializado em pano de lã de

rocha, espuma de celulose e madeira. Tudo para possibilitar

infinitas programações e mistura de cores, além de reprodu-

zir com excelência a house music, gênero classicão da casa.

O SOFTwARE mADRIx é o responsável por combinar os efeitos e

cores dos LEDs com a música e a animação da galera.

cE NÁR Io

Guto Requena ressalta que a atmosfera de brasilidade con-

ferida ao clube deve-se à utilização de materiais, cores e for-

mas que fazem parte da nossa memória e expressam nossa

contemporaneidade. Exemplo disso é o mobiliário, que “tem

um pé nos anos 70” do design brasileiro, a exemplo das pol-

tronas vintage em couro preto. As cerâmicas, que revestem

os banheiros, ajudam a construir essa essência brasileira.

Para completar o desenho da casa, o corredor de entrada

que sempre foi o maior signo da boate pedia uma cara nova.

Guto e Maurício tiveram consciência ao transformá-lo, a in-

tervenção do artista Kleber Matheus mais parece uma pas-

sagem para outra dimensão. O projeto deixa as marcas do

túnel antigo explícitas, em homenagem a uma entrada que

já fez parte dos embalos de sábado à noite de muita gente.

Page 71: ConstruARCH #04

O escritório Eduardo Paranhos faz parte de uma geração disposta a inovar e fugir do convencional. A agilidade, modernidade e economia que você procura aliadas à nossa experiência - tudo para materializar o seu sonho.

Rua Antonina, 2027 - Centro - Cascavel-PR - [email protected]

(45) 3306-0353 (45) 9948-1958

PROJETO E EXECUÇÃO REFORMAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS REGULARIZAÇÃO DE OBRAS CONDOMÍNIOS

Page 72: ConstruARCH #04

72

Page 73: ConstruARCH #04

p oR AÍ

CONJUNTO TOLEDENSE dE tENdÊNcIAS

Po r m a rce l e An to n i o fo to s Ro d r i go Vi e i ra

q ua N d o c h e g a o m o m e N to m a is d e l i c a d o d e u m a o b r a , t e r o l h a r a P u r a d o é f u N da m e N ta l Pa r a co Nse g u i r u N i r os d e ta l h e s , s o m a r m at e r i a is e N ão P e c a r N a j u N ç ão d e P e ç as . co m P o r o i N t e r i o r d e u m a c asa é e l e g e r . e e ssa é u m a se l e ç ão q u e d e m a N da t e m P o e Pac i ê N c i a : é o “ f i N a l m e N t e ” q u e N ão P o d e se r f e i to daq u i P r a a l i . m as a g e N t e fac i l i ta : a co N st r ua r c h fo i at é to l e d o g a r i m Pa r , co m a o P i N i ão c e rt e i r a da a r q u i t e ta fa b i c a m P os , os to -q u e s f i N a is q u e u m a c asa P r e c isa t e r .

o NoME dElA É Fabiana Campos, mas o

apelido combina mais com o jeitinho da ar-

quiteta. Toda descontraída e receptiva, Fabi

é a profissional que parece tem um envolvi-

mento ímpar com o cliente antes, durante

e após qualquer projeto. Fica fácil perceber

isso percorrendo a cidade de Toledo com

ela do lado: em qualquer loja por onde pas-

sa, Fabi é recebida com um cumprimento

empolgado e até um chimarrãozinho extra

para acompanhar a visita. Foi uma maratona

de bom gosto, guiada por quem sabe onde

estão as melhores peças de decoração do

mercado toledense.

Gaúcha de sotaque bem característico, Fabi

tem um estilo bem marcante: os cabelos

vermelhos, a risada contagiante e o amor

assumido pelas cores vibrantes denunciam

o gosto por tudo que foge do comum. Mas as

particularidades dela não são exigências dos

projetos: a arquiteta e designer sabe como

perceber a alma do cliente para projetar de

acordo com as vontades dele. Fabi Campos,

com 10 anos bem vividos de arquitetura, é a

nossa convidada para dar os pitacos trend

dessa edição!

Page 74: ConstruARCH #04

74

DEcORADORA DEcAmPOS

Rua Rui Barbosa, 1444

Toledo – PR

(45) 3055-2142

www.decoradoradecampos.com.br

Page 75: ConstruARCH #04

75

dÁ pARA SE perder nas opções da tradicional loja toledense. Das paredes ao chão: aqui tem sempre aquele arremate final que

faz toda a diferença. Vai dizer que uma das fases mais gostosas da decoração de uma casa não é a da escolha das cortinas e

tapetes?! Tão essenciais e tão transformadores: esses são os elementos que vão fazer a casa ser mais aconchegante. E me-

lhor do que mil opções de cores, material e modelo é ter com quem contar na hora da compra: na Decoradora de Campos, que

caminha para os 40 anos de mercado, a Ana Paula Campos é nossa guia junto com a arquiteta: são elas que elegem os produtos

mais “tops”!

DECORADORA dEcAMpoS

pERSIANA duEttE

Ela é a “mais mais” quando o assunto é acústica! A persiana,

da linha Hunter Douglas da marca Luxaflex, é desenvolvida

em formato celular: tem bolsas de ar que dão ao ambiente

um baita conforto acústico. E redondinhas assim elas se tor-

nam mais originais: saem do tradicional formato das persia-

nas e formam um plissado elegantérrimo na sua janela.

pERSIANA SIlHouEttE

Nesse caso, tecido e telas transparentes se unem para uma

entrada de luz impecável. A persiana, que é também uma das

“filhas” da linha Hunter Douglas, da Luxaflex, consegue dei-

xar o ambiente mais suave. As lâminas de tecido suspensas

entre uma tela e outra são o segredo. Ela privilegia o escu-

recimento sem brecar a visibilidade: dá-lhe funcionalidade e

privacidade!

tApEtES AVANtI

Essa é saída ideal para quem já cansou de procurar o tapete

ideal e sempre esbarrar no tamanho: pode ser lindo, mas ra-

ras vezes encaixa no que você quer. Fim de papo para esse

problema aí: os tapetes da Avanti são feitos sob medida.

Lindões assim, com estampas diferentes, cores vibrantes

ou neutras... não importa: qualquer um pode ser moldado de

acordo com o seu espaço!

p oR AÍ

Page 76: ConstruARCH #04

76

VIDRAÇARIA ScHIO

Rua Barão do Rio Branco, 1727

Toledo – PR

(45) 3252-2380

Page 77: ConstruARCH #04

É AquI quE você precisa procurar quando começar a escolher partes cruciais da sua obra: as janelas. E é para esse canto que

você deve correr se quiser encher a sua casa de tendência: os vidros estão em alta do piso ao teto! Vale explorar a transparên-

cia em quase tudo! Ainda mais quando se está tão bem servido de opções, como na Vidraçaria Schio. A experiência de 43 anos

no mercado permite a confiabilidade. Pelo mundo transparente, quem nos orienta é o Ícaro Schio.

VIDRAÇARIA ScHIo

ESpElHo GuARdIAN

Eles nunca estiveram tão evidenciados na decoração. Pelo

menos, não com tantas possibilidades diferentes. Os espe-

lhos estão por toda parte: nos locais tradicionais, mas tam-

bém fixados em móveis, espalhados em pequenos pedaços

pelos corredores, cobrindo toda uma parede... A indicação

dessa vez é o Espelho Guardian, um dos preferidos pelos de-

signers de interiores e arquitetos pela qualidade na reflexão

da imagem e por ainda ser ecologicamente correto.

jANElAS WEIKu

Escolher janela é aquela dureza: é melhor optar pela mais

bonita ou pela mais tecnológica?! E se puder ter os dois?! A

dica são as esquadrias de PVC da Weiku: são versáteis por-

que permitem escolher formato e cor e detonam no quesi-

to funcionalidade! O material da janela não deixa os ruídos

externos te atrapalharem, economiza bem mais energia do

que esquadrias metálicas, oferece tela contra insetos e mui-

ta durabilidade.

GuARdA-coRpo dE VIdRo

Dê adeus aquele corrimão convencionalzinho e bote fé no

poder do vidro! Você pode até ficar meio ressabiado com a

segurança: mas relaxa! Uma vidraça como guarda-corpo não

é só estilosa, não! Bem instalada, ela trata de não deixar a

escada desprotegida, principalmente para quem tem crian-

ças em casa: importante é prestar atenção nas ferragens da

instalação! E dá para imaginar muito: o vidro se encaixa em

escadas retas, em L ou arrendondadas! Aposta, vai!

p oR AÍ

Page 78: ConstruARCH #04

78

mOlDURAS VAN GOGH

Rua Barão do Rio Branco, 1731

Toledo – PR

(45) 3277-2356

Page 79: ConstruARCH #04

79

AquI tRAdIção também é palavra de ordem: os quadros e molduras são a paixão do pessoal da Van Gogh há duas décadas!

E nesse tempo todo, a loja se transformou na parada obrigatória para quem está precisando dar um up em qualquer cômodo.

Seja clássico ou contemporâneo, grande ou pequeno, para sala ou para os quartos: aqui tem quadro e moldura para todo gosto!

De portas-retratos e telas para pinturas até espelhos decorativos e molduras sob medida: extravase a criatividade que a Lur-

des Silveira e toda equipe Van Gogh colocam em prática.

MOLDURAS VAN GoGH

EStAMpA ÉtNIcA

Se você quer mesmo ter uma casa tendência, esqueça

aquela ideia muito “clean” disseminada lá atrás. Nossa ar-

quiteta-guia comentou que agora o negócio é apostar nas

composições, na mistureba de estilos, na junção do velho e

do novo, do trabalhado e do liso. Exemplo bem nítido disso

é este quadro: a estampa étnica é o que há! E como se não

bastasse o luxo dela, o quadro ainda tem molduras sobre-

postas! R$ 703.

clÁSSIco douRAdo

Eles estão assim: ocupando cada cantinho da casa. Os qua-

dros já não têm mais restrição! E o lavabo também está in-

cluído nisso. Este quadro é um clássico curinga: com ele, dá

para acrescentar charme e compor um lavabo todo em dou-

rado! Preço sob consulta.

coloRIdo REtRô

Para quem quer correr do nude e encher a casa de vivaci-

dade, a sugestão é unir as tradicionais molduras trabalhadas

com as cores vivas: amarelão, azul celeste, verde bandeira e

vermelho sangue deixaram de ter aquela conotação “ber-

rante” e passaram a incorporar a decoração mesmo dos

ambientais mais convencionais. Dá para encomendar na cor

que você quiser por R$ 23 o metro linear. O quadro com a

moldura vermelha custa R$ 172.

p oR AÍ

Page 80: ConstruARCH #04

80

cADEIRAS ROSA

Av. Maripá, 3320

Toledo – PR

(45) 3252-1907

www.cadeirasrosa.com.br

Page 81: ConstruARCH #04

81

dÁ VoNtAdE dE se esparramar em tudo que a gente vê na Cadeiras Rosa! Os estofados convidativos, as poltronas acon-

chegantes: aqui o passeio tinha mais cara de bate-papo de café da tarde! Acompanhados pelos proprietários Ceni e Carlos

Henrique, conhecemos um pouquinho da história e das peças que a família Rosa revende e até fabrica. Se o seu negócio é

compor aquela sala de TV ou jantar poderosa ou ainda cobrir de detalhes lindos a sua edícula e mobiliar seu espaço comercial,

vem que aqui tem!

CADEIRAS RoSA

AMARElo VERSÁtIl

Estas aqui são peças para quem tem bastante ousadia na

personalidade! Os amarelinhos são uma misturinha do novo

e do velho. É uma nítida inspiração nos trabalhos do escultor

zanine Caldas, afirma nossa arquiteta. O conjunto da Pollus

Móveis é um retrô contemporâneo bem funcional: as ban-

quetinhas têm um acento que vira bandeja! R$ 665 a mesa

R$ 380 cada banco.

poltRoNA AZul

Ela é toda trabalhada em curvinhas. É um charme em cor e

em formato! E todo esse toque aveludado deixa a poltrona

mais bonitona ainda. É uma ótima pedida para acompanhar

um estofado preto! Na loja, nessa linha, ainda existem poltro-

nas parecidas e com cores variadas. Esta é a Poltrona Emily,

da linha Jowanel. R$ 856.

jANtAR GlAMouRoSo

Sofisticação poderia ser a palavra para definir este conjunto

de mesas e cadeiras que é cheinho de minúcia! A base é toda

adornada com espelhos. As poltronas são um caso à parte:

de cair o queixo o conforto e qualidade do tecido. A partir de

R$ 1900 o conjunto.

p oR AÍ

Page 82: ConstruARCH #04

82

ART, clASS & DESIGN INTERIORES

Rua Santos Dumond, 3059

Toledo – PR

(45) 3378-3033

www.artclassinteriores.com.br

Page 83: ConstruARCH #04

83

o tRABAlHo duRANtE uma década no ramo de móveis planejados forneceu a Ismael Valério, experiência de sobra para

se aventurar numa marca própria. Depois de tantos anos revendendo grandes marcas, o empresário decidiu que o ano de

2013 seria de mudanças. Entendeu quais as necessidades do mercado e percebeu como poderia inovar. A Art Class é o em-

preendimento: a loja é a junção da tecnologia dos móveis modulados com a liberdade de escolha de medidas. “Conseguimos

trabalhar os móveis com modulagens diferentes. Isso permite ao arquiteto mais flexibilidade nos projetos”, comenta Ismael.

Aliada a essa comodidade, ainda está outra preocupação: oferecer a qualidade sem ser excessivo nos preços, como marcas do

gênero têm sido. A ideia é trazer a facilidade do móvel sob medida com valores mais acessíveis. “Busco materiais e tecnologia,

demonstro apreço pelo novo e o inesperado. Móveis feitos para durar, de formas minimalistas e orgânicas, são minha marca

registrada. E a modulagem da Art Class me oferece isso”, ressalta a arquiteta.

ARt clASS MóVEIS PLANEJADOS

p oR AÍ

quando as coisas são

planejadas nos mínimos

detalhes o conforto, a

praticidade e aconchego são

otimizados de uma maneira

que a sua casa passe a ser

realmente um lar.

Page 84: ConstruARCH #04

84

mARTOl mÁRmORES E GRANITOS

Av. Ministro Cirne Lima, 596

Toledo – PR

(45) 3252-3026

Page 85: ConstruARCH #04

MARtolo fRENÉtIco RItMo de trabalho na Marmoaria Martol demonstra a apreciação da empresa em Toledo e região. Sem poupar

investimentos no que há de mais novo e prático na área, ela oferece uma vasta linha de pedras decorativas para revestimento

de piscinas, calçadas, fachadas e pisos. E por lá é assim: um olho na produção e outro no cuidado com o meio ambiente, já que

a empresa utiliza o sistema de reuso de água. Experiência no ramo, eles têm de sobra: são 15 anos embelezando as casas

toledenses e nas linhas a seguir o proprietário do empreendimento, Luiz Mouri Calgaro, expõe para Fabi Campos o crème de

la crème da empresa.

MÁRMoRE RoSSo

A tonalidade avermelhada desta peça consegue tirar o décor

do usual. Fabi Campos fez a escolha pela imensidão de possi-

bilidades: é ideal para revestimento de escadas, pisos, tam-

pos, banheiras, lareiras e no que mais a imaginação do dono

ou do arquiteto permitirem. Também europeu, apresenta va-

riedades da Espanha e da Itália. A facilidade de limpeza e um

dos pontos positivos, podendo ser feita com pano úmido ou

água e sabão neutro.

MÁRMoRE cARRARA

Este é a leveza visual em forma de pedra e vem lá da Itália,

o berço dos mármores belos. O Mármore Carrara remonta

à época da Roma Antiga, quando já era visto como material

imponente. Mesmo depois de tanto tempo, o reconheci-

mento ao requinte dele continua. O banheiro é o ambiente da

casa que mais recebe o Carrara. Porém, ele não se restringe a

esse uso: por sua baixa porosidade é bem versátil.

SIlEStoNE

A beleza pura não existia, aí decidiram inventar a Silesto-

ne by Consentino. A rocha industrializada é uma mistura de

95% de quartzo e 5% de outros minerais, resina de poliéster

e pigmentos. A sua utilização é variada, desde pias de cozi-

nha, bancadas para instalações sanitárias, revestimentos de

paredes, pavimentos etc. A nova febre são as opções com

pontos brilhantes. E já que o brilho no mundo da moda já foi

liberado para o dia a dia, por que não receber a carta de alfor-

ria também na decoração?!

p oR AÍ

Page 86: ConstruARCH #04

86

NEO REVESTE AcABAmENTOS PARA cONSTRUÇÃO

Av. Parigot de Souza, 2594

Toledo – PR

(45) 3055-4353

www.neorevesteacabamentos.com.br

Page 87: ConstruARCH #04

87

NEo REVEStEquANdo oS IdEAlIZAdoRES da loja pensaram em se especializar em acabamentos para construção, foram a fundo na pro-

posta. Difícil você solicitar algo e não encontrar na Neo Reveste. Em contato com um público exigente, que clama por exclusi-

vidade e qualidade, a empresa trabalha com as mais atuais coleções de diversas marcas. A história que começou em Toledo há

13 anos, já reverberou região afora e levou uma filial da loja para Marechal Cândido Rondon em 2010. O laço de confiança criado

com a receptividade dos colaboradores da loja resulta em uma compra que alia as tendências ao seu desejo. A prioprietária

Maria Dila Dutra Bauermann mostra o caminho das pedras à arquiteta desta edição.

cIMENtÍcIo

O cimentício é outro queridinho da temporada. Foi-se o

tempo em que arquitetos davam às paredes da casa o luxo

de poderem não ter graça. Nesse contexto se encaixam os

revestimentos com acabamento 3D: fabricados para agradar

a um público moderno, eles podem ser aplicados tanto no

interior da residência como em áreas externas, banheiros e

outros ambientes molhados. A Palazzo Revestimentos é ex-

pert nessa seara. Prova disso é a parede aí da foto, revestido

com o modelo Strati da marca.

lAdRIlHoS

Para quem quer mais cor, um ladrilho hidráulico sempre cai

bem. Este tem um “perequetê” a mais – além de ter uma mix

colorido alegre, ainda tem nas opções vidro e cerâmica. Na

linha Noveau da quilla há várias modelos para colocar na co-

zinha, área externa ou ainda dar um toque diferente em cô-

modos mais sérios da casa.

GRANdES foRMAtoS

Tudo grandão é a tendência para revestimentos, principal-

mente para pisos. É a praticidade pedindo passagem, já que

os grandes formatos proporcionam maior limpeza, leve-

za visual para o ambiente, menor necessidade de rejunte e

ampliam o espaço. A Portinari tem vários opções na colecão

Street Slim HD. A linha tem o aspecto artesanal, deixando

um relevo sutil na peça. Os porcelanatos são finos e medem

100cmx100cm.

p oR AÍ

Page 88: ConstruARCH #04

88

A ModA coM uM pÉ NA pASSARElA E outRo NA cASA doS ANtENAdoS

dE oNdE VEM esta vontade de vestir-se bem? Por que

você se esforça para não pegar a primeira peça que viu no

armário pela manhã? Imagino que seja desta vontade que

temos de deixar uma marca, mesmo que uma pequena mar-

ca por dia, por onde passamos. Não dá para negar que a rou-

pa é uma porta de nossa personalidade, é como dizer sem

dizer nada “é assim que eu sou e você vai ter que me engo-

lir”. E quem você quer ser todos os dias? Eu penso que queria

ser alguém com quem eu gostaria de encontrar na rua e sair

para tomar um café.

Daí vem que, ao nos vestirmos, preferimos uma marca de

roupa do que outra. Um estilista parece que “entende” mais a

nossa personalidade do que outro e é com ele que andamos

de mãos dadas pelas ruas. O mesmo sentimento vale para a

nossa casa. Lá onde acolhemos as pessoas mais próximas

ou que temos ao menos um pouquinho de confiança para

trazer para este lugar tão íntimo, já que têm poucas coisas

tão reveladoras quanto conhecer a coleção de livros de al-

guém.

Com um olho nessa vontade de expressão, não apenas atra-

vés de nossas roupas, mas também através de nossa casa,

os estilistas mais antenados passaram a desenhar coleções

que saem das passarelas e vão para as lojas de decoração e

afins. E ficamos loucas, querendo comprar tudo.

Mas o que temos de novo agora? A brasilidade dessas pe-

ças. O britânico expert em tendências, David Shah, em sua

entrevista para a revista Lola, afirma que “estamos nos can-

sando da globalização”, e que agora vamos nos voltar mais

para as nossas raízes. E quer raiz mais linda que a brasileira? E

quer maior glória à nossa própria personalidade do que vol-

tar às nossas origens e expressá-la? Adorei a notícia. E claro

que alguns estilistas brasileiros antenados já sacaram a ten-

dência de voltar os olhos à sua própria cultura e começaram

a fazer peças que louvam o lifestyle brasileiro.

Po r ca m i l a we i r i c h fo to s Fo to s i te

fASH IoN I N HoM E

N ão s ó d e r o u Pa v i v e m os e st i l istas , a v e r sat i l i da d e é q u e m m a N -da ! t e m ta l e N to v e st i N d o N oss o l a r d o c e l a r e e sta m Pa N d o d e sd e s o fás a a l m o fa das

BAcKSTAGE

DO DESFI-

lE de Gloria

Coelho durante

o SPFW - In-

verno 2013.

Page 89: ConstruARCH #04

89

As peças de decór superalegres da Katia Barros, estilista da

Farm, são o melhor exemplo de como trazer o espírito cario-

ca para dentro de casa. Estampas alegres e vivas da marca?

É entrar em casa, colocar o chinelo e se sentir no Rio!

Amir Slama, especialista em moda praia de luxo, mostra que

conhece os balneários mais chiques do Brasil ao trazer para a

nossa casa itens de décor que misturam estampas brasilei-

ríssimas – pense em folhas e bichos com um design clean e

elegante – iguaizinhas às suas peças-desejo de beachwear.

Pronto, conquistou a cliente em casa também.

Mas o Brasil não se resume apenas a estampas animadíssi-

mas por todos os lados, não, senhor. O Brasil não é só praia.

Lembremos de Gloria Coelho e Reinaldo Lourenço. Eles fize-

ram coleções sóbrias e chiques para a casa das clientes da

Electrolux. Aliás, assistir aos desfiles da Gloria Coelho dentro

da casa Electrolux, no Jardim Europa, nos faz pensar que não

teria melhor locação para o show dela. As modelos desfilam

em perfeita harmonia com o ambiente clean e iluminado que

é a loja conceito da marca. Isso é representar São Paulo nas

coleções. No seu armário, e no caso deles, na sua cozinha.

Chiquérrima, obrigado.

Esses e outros estilistas possuem uma identidade tão forte

que expandiram sua personalidade criativa das roupas para

a casa. E os mais antenados agora escolhem com carinho

não apenas as suas roupas na loja de seu estilista de cora-

ção, mas também as peças de décor para vestir a casa no

maior estilo!

A ESTIlISTA Gloria Coelho durante o backstage

do seu desfile de Inverno 2013.

O ESTIlISTA

beach-chic

Amir Slama.

Page 90: ConstruARCH #04

90

BANHo dE lojA(E BoM GoSto)NA SuA cASA!

fASH IoN I N HoM E

BANcO GOmA + NINGUém DORmE

[POR RENATA mOURA]

www.renatamoura.com

BANcO GOmA

www.renatamoura.com

1

2

lINHA cARUARU lUmINÁRIA [POR

mARcElO ROSENBAUm]

www.rosenbaum.com.br

ESTANTE BRIcK [POR FERNANDO JAEGER]

www.fernandojaeger.com.br

cAVEIRA PORTA-EScOVA/PASTA

R$ 39

ww.tokstok.com.br

FARm PARA JTB TEcIDOS

FARm VERÃO 2014

3

4

5

6

7

P e ç as q u e vão da r aq u e l e u P N o lo o K c ase i r o

1 2

3

4

5

6

7

Page 91: ConstruARCH #04

91

HIBRIDO [POR JOSé mARcON]

www.alledesign.com.br

lUmINÁRIA BATUcADA [POR BRUNNO

JAHARA]

www.brunnojahara.com

SET RENDA DE PAPEl PUF [POR

RONAlDO FRAGA]

R$ 98

ww.tokstok.com.br

BANcO SElA [POR RENATA mOURA]

www.benitabrasil.com

8

9

8

9

10

11

10

11

Page 92: ConstruARCH #04

92

MARIANA tRABAlHou com marketing por dez anos. Com

diploma e tudo, ela considerava que aquela seria sua profis-

são pro resto da vida. Já o Roberto, não! Ele, desde que co-

locou os pezinhos na faculdade, já havia escolhido o design

como meta de vida: formou-se em Desenho Industrial. Nas

diferenças, encontraram semelhanças, casaram-se e Ro-

berto conseguiu puxar Mariana para a sua seara.

Logo após o casório, Barcelona os recebeu de braços aber-

tos. Roberto queria se aperfeiçoar e Mariana compreender

melhor a arte do design. Fizeram dois mestrados: Design de

mariana Betting e Roberto Hercowitz

of IcI NA

. . . N a da P o d e se Pa r a r ! e ssa é a e ssê N c i a d o ta -l e N to e m d ose d u P l a d os d e si g N e r s m a r i a N a b e t t i N g e r o b e rto h e r cow i t z

Po r Tá t i l a Pe re i ra fo to s D i v u l ga çã o

O qUE A ARtE uNIu...

Page 93: ConstruARCH #04

93

VOcê PODE OlHAR e pensar: “tá, legal! É um buffet bonitinho,

vermelhinho, mas cadê a tal da inovação?”. Atente-se aos detalhes,

nobre leitor! Olha que charme esta orelhinha formada no cantinho

do móvel. Ele é feito em mdf, com porta em metal e acabamento

em laca.

Móveis e Ecodesign. A formação deu a força para a criação

de um studio com a cara deles, o em2design. Depois de um

tempo, o casamento acabou, no entanto, o que a arte uniu

não foi separado e a sociedade e a parceria continuaram.

A dupla criou um estilo do qual se orgulha em defender.

“Gostamos do desenho inovador, dos traços conceituais

e de personalidade, e também de trabalhar com diferentes

materiais, tecnologias e estilos, variando do retrô ao con-

temporâneo, do lúdico ao funcional. Vemos isso mais como

uma oportunidade de explorar a curiosidade como uma es-

tratégia”, conta Mariana Betting.

Tudo isso só foi possível pela junção do utópico com o real.

Aquela máxima de que os opostos se atraem também vale

no design: cada um a seu modo colocou pitadas da perso-

nalidade. “A Mariana tem uma criatividade mais solta e 'voa'

bastante no processo criativo, o que nos ajuda a desenvolver

peças inovadoras”, define Roberto. “O Roberto é bastante

focado nas possibilidades técnicas dos projetos e, além da

criação, sempre traz soluções criativas para os problemas.

Ele tem os pés mais no chão e nos traz de volta à realidade

quando necessário”, esclarece Mariana.

Mariana e Roberto fazem parte de um movimento interes-

sante e que tem nos irmãos Campana um dos principais

representantes: designers premiados se associam a indús-

trias para ter suas criações – mesmo as mais sofisticadas

– produzidas aos montes. No caso dos irmãos Campana, o

melhor exemplo disso é a cadeira Vermelha, fabricada pela

Edra, que ganhou reedições em diversas cores. Com Ma-

riana e Roberto, a cena se repete em vários produtos, o que

mostra que objetos fabricados em larga escala, e não apenas

itens exclusivos, podem se tornar objetos de desejo.

GAVETEIRO PÍxEl

A inspiração veio dos gaveteiros típicos asiáticos com seus múl-

tiplos nichos e gavetas, que permitem esconder os mais variados

“segredos” em seu interior. Para dar um toque moderninho, foram

aplicados tons diferentes nas gavetas, formando um caleidoscópio

pixelado de cores. UAU!

Page 94: ConstruARCH #04

94

lUmINÁRIA cHAN cHAN

Ela é poderosa e capaz de conferir autenticidade a qualquer canto

da casa. Com uma cúpula em madeira de design diferenciado, a

luminária Chan Chan vem com base em inox e possui a versão de

pé e de mesa.

of IcI NA

Com essa nova vertente, o processo criativo muda um pou-

co. “Normalmente, recebemos um briefing com o tema que

será utilizado e também uma descrição das peças que eles

[a indústria] esperam produzir. A partir daí, estudamos e

pesquisamos o tema proposto para obtermos inspiração

no desenvolvimento dos desenhos das peças. Procuramos

conhecer bem o tema, suas características, cultura, história,

estilo para nos ajudar no processo criativo”, explica Mariana.

Depois de feitas as escolhas, a dupla faz o desenho técnico e

acompanha a produção e prototipagem do produto.

A peça de design, geralmente, tem aquele apelo de causar

suspiros por onde passa – ou melhor, onde fica. Com as pe-

ças do em2design, a pegada é a mesma. Eles procuram criar

objetos que tenham como alvo a interação, funcional e afe-

tiva, entre peça e usuário e que prezam pelo uso consciente

dos materiais e pela contribuição à melhoria da qualidade de

vida. “Também não esquecemos de resgatar a tradição, o ar-

tesanato e a identidade cultural brasileira”, lembra Mariana.

O reconhecimento aconteceu de fora para dentro, quer dizer,

o trabalho deles foi visto com outros olhos, primeiramente,

no exterior. Prêmios, destaque em concursos e exposições

trouxeram à dupla um nome, que aí começou a brilhar em

terras tupiniquins. A em2 pratica um Design de mobiliários

sem nada dever a ninguém, daqui ou de fora. Um mobiliário

esperto, contemporâneo, vivo. E, por fim, intrigante nas di-

ferentes propostas. Isso sem contar a versatilidade da dupla,

nas várias categorias de uso do mobiliário - sentar, deitar,

relaxar, guardar... enfim.

POlTRONA FAGO

Acrescentaria ao nome desta peça a letra A, assim ficaria poltrona

Afago, o que pode traduzir o seu conceito. O material? São ripas de

madeir aflexionadas e pregadas entre si e, no assento, uma estam-

pa engraçadinha dá o toque especial. Para criá-la, os designers se-

guiram a tendência de cocooning, ou seja, as pessoas, em tempos

de crise e instabilidade financeira tendem a buscar recolhimento,

aconchego e sensação de conforto, uma acolhida mesmo!

Page 95: ConstruARCH #04

95

Page 96: ConstruARCH #04
Page 97: ConstruARCH #04

97

pAREcIA uM pRESENtE para o ilustre visitante. O pôr-do-

sol alaranjado, bonito que só, deu a primeira impressão de

Cascavel a Sig Bergamin. Após elogiar a vista respeitável que

tinha do ponto mais alto da cidade, a voz rouca do arquiteto e

decorador tentava explicar os motivos que o tornaram uma

referência aqui e fora do país. Em poucos minutos, na suíte

de dois andares do hotel, Sig já adaptava o lugar: ajeitou a

persiana, mudou um vaso de lugar, pediu que acendessem

mais luzes. São cuidados que não se restringem àquela

ocasião. É uma das características do trabalho dele tornar

o ambiente acolhedor e readequá-lo de acordo com a

necessidade do morador – mesmo que, nessa situação, o

morador fosse provisório.

Sig apresenta uma desenvoltura e aparência que levam

a crer que a Europa é seu destino de férias desde os dois

anos de idade e que o requintado Jardins, em São Paulo, é

seu bairro desde que nasceu. Só que a origem do decorador

foi bem diferente. Natural de Marissol, no interior paulista,

onde seus pais eram pequenos sitiantes, ele teve infância e

adolescência simples. Foi para São Paulo estudar arquitetura

e, a partir daí, começou uma transição em sua vida. Com o

sucesso consolidado no Brasil, Sig foi se arriscar no exterior,

mas em um momento diferente do atual. Hoje, o Brasil está

na moda, mas, há quase duas décadas, os estrangeiros

pensavam que Buenos Aires era nossa capital. Mesmo

assim, foi só abrir o escritório em Nova York que as mais tops

revistas de decoração norte-americanas e europeias caíram

de amores por ele. Desde então é assim: ele se divide entre

o Brasil e o resto do mundo e está com mais de 50 projetos

em andamento.

si g b e r g a m i N co Nsi d e r a a c asa o r e f ú g i o d e u m m u N d o c a da v e z m a is c h ato . e m s ua Passag e m P o r c as c av e l , o a r -q u i t e to e d e co r a d o r P o P e x P r e ss o u co m o o d é co r P o d e d e i x a r a v i da m a is a l e g r e e o m u N d o m a is l e g a l

Po r Tá t i l a Pe re i ra fo to s Ro d r i go Vi e i ra

“ S a b e o q u e é ca fo n a ? ! É u m a

ca s a q u e q u a n d o vo cê e n -

t ra te m q u e p e r g u n t a r ‘ q u e m

m o ra a q u i ? ! ’ . Vo cê n ã o s e n te

q u e a p e s s o a é a d o n a d a ca s a .

A ca s a é t ã o d i fe re n te d a p e r -

s o n a l i d a d e d a p e s s o a q u e f i ca

ca fo n a . p re f i ro e n t ra r e m u m a

ca s a q u e te m u m a co r t i n a d e

p l á s t i co d o q u e e n t ra r e m u m a

ca s a q u e a d o n a n ã o s a b e q u e

q u a d ro e s t á n a p a re d e ” .

ABAIXOA cHAtIcE!

E Sp E l Ho

Page 98: ConstruARCH #04

98

inteiro em Londres e quis colocar em São Paulo; já desmontei

uma igreja na Bélgica e a trouxe para o Mato Grosso; criei um

lavabo a partir do que antes era confessionário”.

Por mais que passe grande parte do tempo fora de casa

– viagens, trabalhos e eventos o tiram do lar doce lar com

frequência –, Sig faz reverência à moradia. “A casa está

mais valorizada, porque lá fora o mundo é chato: o trânsito

é chato, as pessoas são chatas e infelizes, tem violência,

as pessoas e o mundo é simulado. Então, dentro da sua

casa você está protegido. A casa precisa ser o seu ninho,

tem que te abraçar”. Apesar de ser arquiteto e designer de

interiores, a segunda profissão lhe apetece mais. “Eu não

gosto de fachada. Então, eu faço uma casa para a trepadeira

subir, para que a fachada da casa desapareça. Eu não gosto

de casa que parece uma escultura, que parece um cubo, que

parece uma caixa de vidro, que parece um trem, que parece

um container. É simples: eu gosto de casa com cara de casa”.

E um termo que é figurinha carimbada nos discursos

da maioria dos arquitetos, na boca de Sig ganha sentido

negativo. “Eu odeio a palavra TEN-DÊN-CIA, porque todo

mundo fica igual. A casa não tem que estar na moda, ela não

é uma roupa. Alguns lugares parecem um show room. Uma

casa não tem que ser impessoal. Você precisa ter coisas

com a sua personalidade”. Mas e se a mistura dos gostos

do morador ficar cafona? “Sabe o que é cafona?! É uma

casa que quando você entra tem que perguntar ‘quem mora

aqui?!’. Você não sente que a pessoa é a dona da casa. A casa

é tão diferente da personalidade da pessoa que fica cafona.

Prefiro entrar em uma casa que tem uma cortina de plástico

do que entrar em uma casa que a dona não sabe que quadro

está na parede”.

Assim como aprendeu a ler a cartilha dos países de primeiro

mundo, Sig também acredita que os gringos precisam de

uma dose do jeitinho brasileiro. Ele citou um exemplo de um

apartamento que ele está decorando em Nova York. Um

vazamento no imóvel de cima deixou a suíte alagada. “Parou

toda a obra e criaram uma tempestade. Lá fora é assim:

antes de parar para arrumar, param para processar, depois

tentam arrumar. Já o brasileiro acredita em um plano B ou C,

no improviso. Nós temos aquele pensamento ‘vai dar certo’”.

Não ter um estilo definido é outra bandeira levantada por

Sig Bergamin. Ele gosta de somar o que é bacana de cada

coisa e extravasar nas cores – o azul, sua cor predileta,

principalmente. “Onde você vê uma bagunça é minha

marca!”, exclama orgulhoso da liberdade que tem em grande

parte dos projetos que faz. Só que até mesmo Sig precisa se

confrontar com o gosto do cliente e, como nem sempre vence,

contabiliza excentricidades de sobra. “Gente, tem tanta

coisa louca que eu já fiz a pedido do cliente. Tem coisas que

custaram uma ‘fábula’ e que dava para construir um prédio.

Uma cliente uma vez comprou um teto de um Antiquário

“ lá fo ra é a s s i m : a n te s d e p a ra r

p a ra a r r u m a r , p a ra m p a ra p ro -

ce s s a r , d e p o i s te n t a m a r r u m a r .

j á o b ra s i l e i ro a c re d i t a e m u m

p l a n o B o u c , n o i m p rov i s o . N ó s

te m o s a q u e l e p e n s a m e n to ‘ va i

d a r ce r to ’ ” .

Além DE ARqUITETO e decorador,

Sig Bergamin já escrever três livros:

SIG, Adoro e Adoro Brasil. A mais

recente empreitada do profissional

está na internet. Junto do compa-

nheiro e parceiro de trabalho, Murilo

Lomas, criou o site www.sigin.com.

br, onde posta indicações sobre seu

lifestyle.

Page 99: ConstruARCH #04
Page 100: ConstruARCH #04

100

c a N t i N h os c a N a r i N h a d os Pa r a vo c ê N ão e s q u e c e r da Pát r i a – e st e ja o N d e e st i v e r

VOCÊ SAI DO BRASIL,MAS o BRASIl Não SAI dE VocÊ

Po r c l a r i s s a D o n d a fo to s D i v u l ga çã o / Ace r vo p e s s o a l

mIAmI, ESTADOS UNIDOS – a latinidad de Miami é indisfarçada, e nem é preciso co-

nhecer toda a terra de Obama para arriscar que Miami é a cidade mais latina dos Es-

tados Unidos. Mas quem for visitá-la de perto, especialmente na esquina da 5th Street

com a Alton Road, em South Beach, pode sentir-se inexplicavelmente em casa ao en-

contrar duas palmeiras diferentes, coloridíssimas. quase brasileiras, diríamos – e com

razão, já que foram criadas pela aquarela de Romero Britto, ensolarado pernambucano

morador da cidade. As cores e o traço do artista plástico já ganharam o mundo – até

o Mickey e demais personagens Disney se renderam a eles, já que o artista foi o único

do mundo a conquistar o direito de usar os personagens em suas obras –, mas é em

Miami que a irreverência de um colorido quase fofo do artista está resplandecente em

seu melhor: em frente ao Midtown Shops, no Grapeland Water Park, a Hillel Academy e

na própria South Beach. que fique claro, só o endereço é americano. A arte de Romero

Britto é brasileiríssima: impossível não nos reconhecer nas cores vivas, nos desenhos

sorridentes ou, como em seu mais famoso quadro “O Abraço”, nesse nosso jeito cari-

nhoso “chegar chegando” de ser.

SEJA PElA cOmIDA, pela sonoridade do nosso bom português brasileiro ou pela moda colorida e bem humorada, brasileiro se

reconhece fácil, em qualquer lugar do mundo. Por isso, enumeramos aqui alguns endereços no mundo onde o jeitinho brasuca

pode ser encontrado, íntimo que é, das comidas, das cores, do ritmo. Espaçosos, nós? Sim, mas como já dizia Cazuza, faz parte

do nosso show.

qUEENSTOwN, NOVA ZElâNDIA – Não estranhe se essa cidade lhe parecer um pou-

co familiar – você certamente já viu partes dela em algum lugar, provavelmente não

como a pequena cidade da Ilha Sul da Nova zelândia, e sim como um dos condados da

Terra Média em “O Senhor dos Anéis”. E do cinema a intimidade chega até à ponta da

língua: 20% da população da cidade é formada por brasileiros. Português, ali, é quase

idioma oficial ou, pelo menos, trilha sonora: é a nossa animação, em vários sotaques,

que é responsável pela agitada vida noturna da cidade, tão famosa pela Nova zelândia

quanto os esportes radicais praticados na região. A longa distância de casa pode até

fazer bater aquela saudade, num país em que futebol é rugby e mandioca é kiwi, mas

basta um bom papo para viajar pelo Brasil em sotaques diferentes, em menos de uma

hora. Talvez aquela frase que diz que a gente sai do Brasil mas o Brasil não sai da gente

esteja mais certa do que a gente imagina: basta ir de um “oxe” a um “tchê” para o Brasil

ficar mais pertinho.

B ucK E t l ISt

Page 101: ConstruARCH #04

101

NOVA yORK, ESTADOS UNIDOS – Pois é, a crise tá feia. Prova disso é que a gente tinha até um

cantinho reservado em Manhattan, chamado carinhosamente de little brazil, ali no quarteirão

da 46. Ali, restaurantes brasucas abriam as portas aos consumidores de todo o mundo, com

direito a farofa de ovo e bandeira verde-amarelo na porta. Mas a crise foi chegando e os brasi-

leiros foram voltando para casa, de modo que são poucos os empreendimentos da terrinha que

restaram no endereço. Mas um prédio, brasileiríssimo, continua lá, ocupando posição de honra

na Grande Maçã: basta ir ao setor leste de Manhattan, onde está o prédio espelhado da Sede

das Nações Unidas. O design, imponente, tem ares de brasilidade e não é à toa: nasceu das li-

nhas de Niemeyer, que junto com o amigo Corbusier, teve o projeto escolhido entre 50 estudos

diferentes, enviados por todos os países membros, no ano de 1947, um pouco depois da guerra.

Para os brasileiros que lá visitarem, as linhas retas do prédio espelhado podem surpreender à

primeira vista quem estava acostumado às sinuosidades das curvas de Niemeyer. Mas a leve-

za da obra é inegável, como o são todas as suas obras. E se é de um mundo mais leve que todos

precisavam em 1947, a Sede da ONU não poderia ter sido melhor representada.

cANDEm mARKET, lONDRES, INGlATERRA – Os famosos ônibus double-deck e as

emblemáticas cabines de telefone vermelhas espalhadas pela cidade já anunciam: são

os ícones londrinos os mais exportados e reconhecidos do mundo. Mas mesmo com

tanta identidade visual, a capital inglesa, já acostumada a um bom blend, deixa um es-

paço generoso para outras culturas e sabores. O espaço mais democrático para isso é

Candem Town, o bairro alternativo da cidade. Uma feira de street food acontece logo

atrás do Stables Market, com barracas de todos os tipos de nacionalidades e sabores.

A experiência é, por si só, mais brasileira impossível: como as nossas feiras livres, é a

chance de experimentar um tipo de comida a cada 5 metros, e sair ao final tendo matado

duplamente: a fome e o tédio. Nossa brasilidade está lá também, muito bem represen-

tada: em meio a yakisobas, nachos e bruschettas, uma barraca decorada com palha e

flores se destaca, denunciando nosso apego à rusticidade. No destaque do menu, um

Guaraná Antartica, verde e brasileiríssimo, dá as geladas boas vindas à nossa terrinha,

que continua presente pelo outro lado do canal de Candem, com coxinhas de galinha e

pão de queijo - tudo no melhor estilo take away britânico, mas servidos junto com dois

dedinhos de prosa e sotaque de beagá. Porque a terra é da Rainha, mas guaraná com

coxinha é coisa nossa. Só nossa.

PlAyA DEl cARmEN , méxIcO – Mesmo vizinhos distantes, há mais em comum entre

nós e nossos hermanos mexicanos do que supõe nossa vã filosofia. Lá é chilli, aqui é

pimenta, mas, fora o nome, a paixão pela rica gastronomia de ambos é a mesma, assim

como o gosto por uma boa (e belíssima) praia, um artesanato vibrante e uma boa mú-

sica. Por isso, talvez, que um passeio pela quinta Avenida de Playa Del Carmen nos faça

lembrar um pouquinho da Rua das Pedras de Búzios. Ou de Porto de Galinhas, talvez.

Ou, ainda, da agitação das praias de Floripa, ao visitar os trechos de praia e festa em

plena areia. O segredo em comum entre todas esses lugares vai além do ritmo tranqui-

lo próprio de uma cidade praiana: está nas ruelas comerciais charmosas que serpen-

teiam para além da rua da praia, com vitrines coloridas de artesanato lado a lado com

restaurantes de mesa confortável, garçom simpático e menu na porta, com o especial

do dia sempre escrito a giz. Tudo acessível sem carro – só movido a Havaianas. E é com

essa descontração toda que Playa del Carmen nos faz sentir em casa e conquista algo

que a vizinha Cancún, moderna e americanizada, fica longe de despertar: intimidade.

Não por acaso, Playa tem nome de mulher, que é quem entende dessas coisas e sou-

be crescer e se desenvolver para atender essa nova demanda de turistas - mas sem

perder a ternura. Jamais.

Page 102: ConstruARCH #04

NUUN

“O estúdio de design capi-

taneado por João Kaarah

abre a temporada de pro-

jetos criativos liderados

por jovens com influência

global. Peças construídas

através de materiais crus

mas súper bem afinados,

com conceito estruturado

e campanhas de relevân-

cia internacional.”

r i c a r d o g a i os o t e m c r i vo a f i a d o , N ão à toa e stá à f r e N t e d o e y e 4 d e si g N , u m P o rta l q u e r e ú N e o c r è m e d e l a c r è m e d o d e si g N e da a r q u i t e t u r a . é e l e q u e m a P o N ta as P r o m e ssas q ua N d o o q u e si to é ta l e N to !

cINco EScRItÓRIoS dEdESIGN E ARquItEtuRA pARA fIcAR dE olHo

fo to s D i v u l ga çã o / Ace r vo p e s s o a l

SK E tcH MAp

HElEN RöDEl

“O caso desta designer é impres-

sionante, pois ela está por trás

da arquitetura dos fios. É através

de estruturas de croquês que ela

conquistou feito inédito para um

brasileiro: desfilou em Reikjavijk a

convite do governo islandês. Pe-

ças como você nunca imaginou

sua avó fazendo.”

FElIPE HESS

“Ele tem assinado pro-

jetos importantes em

São Paulo, além dos de-

senhos residenciais que

têm atraído atenção da

mídia internacional.”

NEUTE cHVAIcER

“Luminárias e objetos de design

que reinterpretam do zero tudo

o que imaginávamos sobre a luz.

Além das peças surpreendentes, o

casal ainda é muito querido.”

GUIlHERmE wENTZ

“O sul continua como reduto de criação no setor moveleiro do

país, exportando talentos que carregam nova energia ao mer-

cado. Fique de olho neste que promete ser um dos cobiçados

profissionais da próxima estação.”

Page 103: ConstruARCH #04

103

Sua empresa bem orientada por quem conhece do assunto

Diagnóstico fi scal .................................................................Planejamento tributário ................................................................Consultoria tributária e contábil................................................................Consultoria societária e patrimonial ................................................................Consultoria contratual e comercial ................................................................Defesas fi scais administrativas................................................................Recuperação de ativos................................................................Segurança jurídica dos negócios

www.controlsul.com

CURITIBA - PRAvenida Cândido de Abreu, 427 | Ed. Conrado Riedel 4º andar - Conjunto 407A | Centro CívicoCEP 80530-000 | Fone (41) 3618 9940

CASCAVEL -PRAvenida FAG, 205 | Bairro FAGCEP 85806-096 | Fone (45) 3222 7860

MARINGÁ - PRAvenida Duque de Caxias, 882 - 8º Andar | Novo CentroCEP 87020-025 | Fone (44) 3262 1595

BL

AN

CO

LIM

A

Page 104: ConstruARCH #04

104

SE TE PEDIRmOS para imaginar o perfil do arquiteto brasilei-

ro, duvido muito que você ainda tenha em mente a imagem

do quarentão engomadinho, atrás de uma prancheta. Não

que os experientes tenham sido minados, mas uma coisa

fica clara mesmo sem porcentagem nenhuma: os arquitetos,

em solo brasileiro, são recém saídos do forno. Gente novi-

nha, que descobre cedo os caminhos da profissão, que ino-

va e empreende. Descrevendo assim, acho que você monta

na cabeça a figura do carinha descolado, meio grunge, meio

vintage, de xadrez, tênis e com aquela armação diferentona

dos óculos de grau. Tá, quase. Mas esse ainda não é o retrato

ideal.

Levando a risca os números apontados pelo CAU (Conselho

de Arquitetura e Urbanismo) e transformando os dados

em imagens, é possível enxergar com bastante nitidez

um profissional que não poderia combinar mais com o

Brasil: o arquiteto brasileiro, na verdade, é uma mulher

jovem e prática. Detalhando mais: é daquelas arquitetas

bem seguras, que trabalha por conta própria, está

constantemente se atualizando e tem uma alma juvenil

que reflete positivamente nos projetos. No banco do carro

estão sempre as revistas mais conceituadas do mundo

da arquitetura, na agenda os seminários e cursos mais

inovadores da área estão registrados em marca texto verde

limão, quase como prioridade.

O censo do CAU, na verdade, revela o contexto de um

mercado que se renovou e se inverteu. A arquitetura no

nosso país está se preenchendo de gente jovem. “Notei

um crescimento significativo na procura pelo curso de

Arquitetura e Urbanismo nos últimos anos. E esses alunos

refletem exatamente o perfil apontado pelo CAU: são em

sua maioria mulheres e jovens. Acredito que esses novos

arquitetos estão trazendo mais dinamismo para a arquitetura,

além de uma preocupação com a sustentabilidade que ficou

esquecida nas décadas anteriores. Isso tende a transformar

radicalmente a arquitetura nos próximos anos”, opina Isadora

Dupont, arquiteta e professora universitária, que também se

encaixa nessa generosa fatia de arquitetas jovens.

E tem mais: a nova safra de profissionais da arquitetura é

composta de gente que quer aprender rápido! Poucos são

os que seguem uma trajetória acadêmica com mestrado

e doutorado; muitos são os que querem os cursos

o c au ( co Nse l h o d e a r q u i t e t u r a e u r b a N ism o ) co l e to u da d os co m 8 3 m i l a r q u i t e tos b r asi l e i r os e co N se g u i u d e l i N e a r o P e r f i l d e s -se P r o f iss i o N a l N o b r asi l . e e l e , N a v e r da d e , é e l a ! a a r q u i t e t u r a é e x e r c i da aq u i m u i to m a is P o r m u l h e r e s , j ov e N s , i N d e P e N d e N t e s e P r át i c as . co N h e ç a a N ossa sa f r a da a r q u i t e t u r a b r asi l e i r a e v e ja s e e ssa co l h e i ta d e v e se r sat isfató r i a !

NoVA SAfRA!

Po r m a rce l e An to n i o

l I f E St Yl E

o p E R f I l B R AS I l E I R I N H o dA A R q u I t E t u R A E M N ú M E R oS

qUEm SÃO?!

61%

MulHERES 39% HoMENS

48%

86%

O qUE ESTUDAm?!

qUE IDADE TEm?!

66% têm apenas a graduação

têm boa fluência em inglês, 33% em espanhol, 9% em francês e 10%

em outras línguas, predominantemente o italiano

dominam softwares de desenho por computador

A maioria está entre 30 E 35 ANoS

Page 105: ConstruARCH #04

ligeiros e o aprendizado prático. Para quem tem anos de

experiência na profissão, essas características delineadas

pela pesquisa têm seus pontos positivos e negativos. A

arquiteta, coordenadora e professora universitária, Solange

Smolarek Dias avalia: “O mundo globalizado pertence aos

jovens, que preferem a agilidade e a rapidez. Dessa forma

os cursos rápidos e as revistas atendem a essa demanda.

No entanto, para evoluirmos na sociedade, precisamos

crescer e desenvolver, o que é papel da academia. Então,

em síntese: ambos os caminhos são necessários. Temos que

dar respostas rápidas às necessidades, mas não podemos

só cuidar do imediato. O papel do arquiteto e urbanista na

sociedade, independentemente de gênero, é de questionar,

transformar e realizar”.

Mas e para onde vai andar esse mercado predominantemente

feminino? quais os reflexos de uma arquitetura feita

majoritariamente por mulheres? A resposta vem preenchida

de orgulho. “As mulheres têm uma sensibilidade maior

quanto à importância da estética na arquitetura e às

necessidades dos clientes. E hoje em dia, as arquitetas

perderam o medo das construções, e estão impondo

respeito e admiração no canteiro de obras”, analisa Isabela.

A experiência mostra que o passo feminino foi grande,

só que ainda falta um pedaço do trajeto. “Nós arquitetas,

ainda temos conquistas a serem alcançadas. Por exemplo:

quantos prêmios Pritzker foram ganhos por arquitetas? E

não se ganha porque somos menos competentes mas, em

minha opinião, porque não participamos na proporção do

número que somos”, acrescenta Solange, considerando

ainda que os arquitetos de modo geral precisam pensar mais

em políticas públicas, principalmente no que diz respeito a

logística urbana.

82%

90%

70%

82%

cOmO SE ATUAlIZAm?!

ONDE TRABAlHAm?!

SÃO FElIZES NA PROFISSÃO?!

Em qUE ÁREA ATUAm?!

vão a cursos, seminários e feiras

leem revistas especializadas

Homens ou mulheres, jovens ou experientes, os arquitetos

brasileiros têm acreditado significativamente na profissão,

com possibilidades de crescimento: 72% creem que os

profissionais podem expandir o campo de atuação. “Vejo

que, felizmente, há espaço para todos no mercado de

trabalho, e essa convivência entre os arquitetos jovens

e os mais ‘experientes’ só trará benefícios às nossas

cidades, através da união de funcionalidade, estética e

sustentabilidade”, detalha Isabela.

qUE RUmO SEGUIR?

É fato: esse é um momento de intensa transformação para

quem trabalha com arquitetura. Ainda mais no Brasil, onde

as questões ambientais estão em evidência e o “boom” dos

protestos pelo país, engloba entre tantos pontos, a questão

do replanejamento urbano. Aí o arquiteto se forma, coloca

tudo isso na balança e endoida: para onde ir? Em que área

devo me especializar? que setor tem mais demanda? Onde

vou ganhar melhor?!

O censo do CAU também ajuda a responder essas perguntas.

Os números mostram que vão se dar melhor aqueles que

tiverem coragem de “sair da casinha”. A atuação profissional

formalzinha, engessada apenas nas áreas mais tradicionais,

vai perdendo espaço para um cenário bem mais diversificado.

O país de hoje pede arquitetos mais técnicos do que os já

existentes. Em específico, alguns setores têm gerado uma

renda acima de cinco salários mínimos. Se a ideia é ampliar

os horizontes e experimentar novas áreas, apostar em

engenharia de segurança no trabalho, geoprocessamento,

ensino, planejamento urbano, sistemas construtivos e

estruturais e tecnologia e resistências dos materiais são

escolhas quase certeiras!

consultam periódicos acadêmicos

procuram livros técnicos

54% são autônomos ou tem escritório próprio

58% se dizem satisfeitos com o status social da arquitetura

34% trabalham com concepção de projetos

15,88% participam regularmente na fase de execução

14, 92% se dedicam ao design de interiores

Outros 64,8% se dividem entre

outras áreas como planejamento

urbano, urbanismo, ensino, etc.

Page 106: ConstruARCH #04

a q u i , a l i o u e m q u a l q u e r l u g a r , a

g e N t e s e r e c o N h e c e ! P o r q u e m e s m o ?

l I f E St Yl E

Po r c l a r i s s a D o n d a

Page 107: ConstruARCH #04

107

Não É MuSEu, nem torre, muito menos comida típica ou igreja: o que eu mais gosto de fazer em uma viagem é o “people watching”. Hobby delicioso, e super fácil de fazer: basta estar numa praça, num café, com os olhos bem abertos e a cabeça idem, com muito tempo e sem preconceito nenhum. Observar tudo: pessoas, animais, crianças, desde a forma como se vestem até o jeito que tomam o café. Porque são nessas simplicidades que a gente vai aprendendo a verdadeira essência do lugar em que estamos.Sempre que posso, faço esse exercício. Reparo, por exemplo, que qualquer norueguês treina algum esporte pelo menos duas vezes ao dia – todo dia. E que come salmão até no café da manhã. Reparo também que, após cada compra numa simples coffee shop, um funcionário inglês se despede com um “have a lovely day”. Acho linda essa cordialidade – pu-dera nós todos termos sempre “lovely days”, todos os dias.Por isso que, entre uma viagem e outra, sempre tem alguém de fora me visitando também, e, quando isso acontece, eu me meto a ser guia. É só pretensão mesmo, porque acabo sendo turista de novo em meu próprio país, porque só aí que me lembro que “people watching” também se faz em casa. E foi pelo olhar dos estrangeiros visitantes que eu aprendi a ver as nossas próprias peculiaridades.Descobri, por exemplo, que é só no Brasil que se inventou o rodízio, o que, segundo os estrangeiros, é a versão gastro-nômica mais próxima do paraíso. Pode ser de crepe ou de pizza, mas o de carne é melhor: porque o Brasil tem um cor-te que só a gente sabe fazer. Acho até que foi a gente que inventou o coração de galinha no espeto e a pizza doce em suas mais variadas definições – secretamente, a preferida mesmo é a de chocolate.Percebi que eu poderia escrever um livro sobre as formas diferentes de se comer ovo, por exemplo. Ingleses gostam de cozido e quebram a pontinha da casca para comer com uma colherzinha. Americanos gostam de mexido, feito com bastante manteiga e de preferência acompanhado de bacon. Nas Filipinas, ele é cozido e comido com o feto quase for-mado e, aqui, é mesmo servido frito, de gema amarelíssima. Melhor ainda se em cima do bife – porque mexido, só se for com farofa.Em gastronomia, aliás, brasileiro não nega as raízes latinas, vindas sabe-se lá de que cantinho da Itália, Portugal ou Es-panha, em que mesa boa é mesa farta, cheia, daquelas que dá para reunir a família toda no almoço de domingo. Assim como esses povos, a gente tem uma relação especial com a comida, que deixa de ser refeição para virar um ritual. Ok, a gente pode até ceder um espaço de vez em quando para o fast-food americano e o takeaway britânico, mas isso de andar enquanto come não é muito nossa praia, não. Prati-cidade para a gente tem que ir para mesa de trabalho e não para a de comida: o que a gente gosta mesmo é de parar, sentar com calma e comer o prato do dia de garfo e faca. E se acompanhado, melhor ainda – seja de um amigo, de um choppinho ou de ambos, que aí o almoço já tem cara de sex-ta-feira.

Essa fácil sociabilidade nossa determina, inclusive, como a gente molda o nosso espaço. Convivência vira palavra de ordem na hora de organizar a casa em que o brasileiro vive. Seja na cozinha integrada à sala para não perder um minuto do papo com os amigos de visita, seja na área da churras-queira e da piscina, pensadas com carinho na época de férias das crianças. E se o espaço é apertado, não tem problema: sala de convivência brasileira passa a ser na rua, no play do prédio, no bar da esquina ou na pracinha. Espaço tem para tudo, até para estar só – mas só quando a gente quer.Também é na forma de construir as casas que a gente per-cebe o jeitinho brasileiro. No Nordeste, por exemplo, os pisos são de cerâmica – já os de São Paulo e Sul do Brasil são qua-se todos de madeira – ou de materiais equivalentes, imitati-vos ou sei lá o quê, cada um combinando melhor com o ter-mômetro de cada cidade. Mas o que todos os apartamentos do Brasil têm em comum é área de serviço, amostra de uma cultura nossa já acostumada a ter empregados, o que é arti-go de luxo no exterior. Mas se a relação entre empregadas e patroas é tão questionada - para o bem e para o mal - é nela também que nascem grandes exemplos de cumplicidade, que transbordam da relação comercial e caem na em ami-zade, carinho e cuidado que só a intimidade com o cotidiano sabe criar. E sabemos que o brasileiro sabe criar intimidade como ninguém.Também dizem que a gente não é nada pontual: que inveja a pontualidade rígida dos trens europeus, mas entende que atraso de meia hora aqui nem é mais atraso, já vai na conta do trânsito mesmo, que está sempre uó. Porém, com datas, brasileiro se garante: sabe que fevereiro é carnaval, junho é São João, novembro tem dois feriados e no sábado a feijoada é sagrada, porque domingo já é dia de futebol.Romeu e Julieta para eles é livro. Para a gente também, mas a versão de queijo e goiabada é mais gostosa. Noitada para europeus termina cedo, mas é o Brasil que sabe fazer festa de verdade, e sabemos que não tem coisa melhor que fes-ta de criança. Francês tem o chique creme brulée, a gente tem o popular brigadeiro, que é de criança, mas adulto ado-ra. Americano sabe fazer filme, a gente faz novela, e não tem Poderoso Chefão que descubra quem matou Odete Roitman. Inglaterra tem uma rainha, a gente tem várias – uma para cada escola de samba. Lá fora eles amam dias em família, sol no parque e animais de estimação – aqui, também. Porque amor é assim mesmo, universal. Assim como os problemas, que brasileiro tem, assim como todo mundo – ou todo o mundo –, e sabemos que a gente tem muito o que aprender lá fora. E vice-versa. Mas é assim que nosso jeitinho brasilei-ro vai amadurecendo, aprendendo a deixar para trás o ranço de “malandragem” que às vezes escapole e vai se tornan-do jogo-de-cintura. E se a gente não tem o hábito cordial do “have a lovely day” aqui todos os dias, temos a irreverência dos “dois dedos de chorinho”, aquele restinho de bebida que o garçom sempre guarda para a gente – junto com o sorriso, que, vale dizer, também não está incluso no preço da bebida, mas ambos fazem parte da simpatia, que, aliás, é outra cor-tesia da casa. Nossa casa.

Page 108: ConstruARCH #04

oN dE E NcoN t R AR

A lOT OFAl. Gabriel Monteiro da Silva, 256São Paulo – SP(11) 3068-8891 / (11) 3068-9370www.alotof.com.br

ABRAPlAc PAINéIS DEcORATIVOSRua José Garibaldi Alves Xavier, 120Santa Tereza do Oeste – Pr(45) 3231-1010www.abraplac.com.br

ANDREIA cAlDERARI – cAlDERARI ARqUITE-TURA E ARTESRua Osvaldo Cruz, 3225Cascavel – PR(45) 3223-7878 / (45) 9993-1818www.facebook.com/cal-derariarquiteturaeartes

ARNOwww.arno.com.br

BASTIAN E lORA ENGE-NHARIA E EmPREENDI-mENTOSRua Flamboyant, 2135Cascavel – PR(45) 3324-1145www.bastianelora.com

BENEDIxTRua Haddock Lobo, 1584São Paulo – SP(11) 3081-5606www.benedixt.com.br

cASA POP(21) 3529-4440www.casapop.com.br

cAU (cONSElHO DE ARqUITETURA E URBA-NISmO)Av. Nossa Senhora da Luz, 2530Curitiba – PR0800 883 0113www.caupr.org.br

cHAlETwww.chalet.net.au

cIDADElA ARqUITETU-RA E INTERIORESRua Salgado Filho, 2366Cascavel - PR(45) 3038-1701www.cidadelaarquitetu-ra.com.br

cOISAS DA DORISAl. Ministro Rocha Azeve-do, 834São Paulo – SP(11) 3083-1962www.coisasdadoris.com.br

cOllEcTOR(11) 3938-1317www.collector55.com.br

cRISTIANE lIOGI AR-qUITETURA & INTERIO-RESRua Jorge Lacerda, 331 – Sala 02Cascavel – PR(45) 3326-4106www.cristianeliogi.com.br

DESmOBIlIA (41) 3072-6827 / (41) 3376-9144 / 0800-052 0777www.desmobilia.com.br

DONDEANDO POR AÍ (clARISSA DONDA)www.dondeandoporai.com.br

EDITORA DFPRua Manoel Ribas, 2477Cascavel – PR(45) 3306-3663 www.revistaconstruarch.com.br

EDRA SPAPisa – Itáliawww.edra.com

EKAmBA ESTúDIO cRIATIVORua Manoel Ribas, 2477Cascavel – PR(45) 3306-3663www.ekamba.com.br

Em2 DESIGNRua Prudente Moraes, 1441/402Rio de Janeiro – RJ(21) 2249-4379www.em2design.com.br

Em cONSERVAwww.emconserva.com

EScRITóRIO mAcEDO, GOmES & SOBREIRAwww.mgs.arq.br

ESTúDIO GUTO REqUE-NA Rua Oscar Freire, 1996São Paulo – SP(11) 2528-1700www.gutorequena.com.br

ETNA cURITIBARua Professor Pedro Veriato Parigot de Souza, 600Curitiba – PR(41) 3317-5900www.etna.com.br

FORmA E cONFORTORua Visconde de Guara-puava, 2022Cascavel – PR(45) 3038-4278 / (45) 9973-4187

HAmmAcHER ScHElEmmERwww.hammacher.com

IBEROBOTIcS SHOPwww.iberobotics.com

INUSUAlRua Humaitá, 168Bento Gonçalves – RS(54) 3055-4353www.inusual.com.br

KIcKSTARTERwww.kickstarter.com

KlEBER mATHEUS STU-DIORua General Jardim, 645São Paulo – SP(11) 3214-2394www.klebermatheus.com

KyARA FRANÇA(45)- 9919-9055/3028-6280

lOJA SAlA DESIGNRua Bela Cintra, 1693São Paulo – SP(11) 3081-3184www.lojasala.com.br

mARmORARIA cAPA-NEmARua Professor Orozendo Cordeiro de Jesus, 793Cascavel – PR(45) 3228-1187www.facebook.com/pages/Marmoraria-Ca-panema

mAURÍcIO ARRUDA ARqUITETOS & DESIG-NERSRua Oscar Freire, 1996São Paulo – SP(11) 3159-0396www.mauricioarruda.net

mEZA ARqUITETURASão Paulo – SP / Casca-vel – PR(45) 9911-5094(11) 9831-65639www.facebook.com/MezaArquitetura

mGS – mAcEDO, GO-mES E [email protected]

mOVE móVElPraça Vilaboim, 160São Paulo – SP(11) 3667-0648www.movemovel.com.br

POlTRONA FRAU GROUPMiami – EUAwww.poltronafraumiami.net

PRISmA REVESTImEN-TOSRua Minas Gerais, 2122Cascavel – PR(45) 3038-9697www.prismarevestimen-tos.com.br

PROJETAR.ORGRua Pernambuco, 256Cascavel – PRwww.projetar.org

SElF STIRRING mUGwww.stirringmug.com

SIG BERGAmINRua Cônego Eugênio Leite, 163São Paulo – SP(11) 3081-3433www.sigbergamin.com.br

TOK&STOK cURITIBARua Capitão Souza Fran-co, 753Curitiba – PR(41) 2111-7200 | Fax: (41) 2111-7222www.tokstok.com.br

TREKOS E cAcAREKOSAv. Ouro Fino, 498São José dos Campos – SP(12) 3033-0545

VERmIlIONRua Passo da Pátria, 827São Paulo – SP(11) 3641-7304www.vermilion.com.br

Page 109: ConstruARCH #04

109

col ABoR Ad oR E S

P r o f issi o N a is q u e t r o u x e r a m s ua b ossa às N ossas Pág i N as

fo to s D i v u l ga çã o

à ModA dA cASA

c l A R I S SA d o N dA

é graduada em Jorna-

lismo, com MBA em

Marketing e especiali-

zação em Mídias Digi-

tais. Escreve para blogs

e revistas especializa-

dos em viagem. Claris-

sa gosta do Brasil por-

que é ensolarado. Para

ela, Brasil combina com

cor, porque a gente é colorido por natureza, com

música ambiente - que, não importa se é bossa

nova ou MPB, sempre tem uma batucadinha ao

fundo - e com rede pendurada. E como ela cap-

tou muito bem a essência tupiniquim, foi buscar

lugares em outros países onde a alma brasileira

se esconde. Clarissa conta como mora o brasi-

leiro nesta edição.

R I c A R d o G A I oS o é jornalista e diretor

criativo especializado em arte e design. Rea-

lizou uma pesquisa de campo por mais de 30

países e hoje trabalha com ações inspiracio-

nais, pesquisa de tendências e conteúdo. Foi

editor da LACOSTE, desenvolveu conceito

como um dos visionários da ABSOLUT Vo-

dka no Brasil, escreve para L’Officiel Brasil,

Elle Décor Japão e H.O.M.E. alemã. Para ele,

uma legítima casa brasileira é sinônimo de gambiarra. É o charme de

não se levar a sério, e tirar proveito da criatividade para construir a

casa perfeita para se morar. Nesta edição, ele apontou o dedo para

cinco escritórios de arquitetura e design do Brasil que estão dando

ou vão dar o que falar.

f ú lV I o N . f E I B E R é arquiteto e paisagista, mestre em

Gestão Urbana e Doutor em Engenharia de Produção. Atual-

mente é professor e pesquisador do curso

de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade

Assis Gurgacz. Como professor, sabe ao

pé da letra, como se caracteriza uma casa

brasileira: aquela que respeita a linguagem,

os costumes, o clima e a realidade social.

Ao caracterizar a arquitetura verde e ama-

rela, ele considera que o trabalho feito aqui

é verdadeiro, de raiz.

M A R c E l E A N t o N I o é jornalista e

está em um eterno relacionamento sério

com as palavras. E a relação aqui é afina-

da. Ela adora contar histórias e atualmente

tem duas plataformas para isso: além de

colaboradora da ConstruArch, também é

repórter da TV Tarobá em Cascavel. Para

ela, casa para ser brasileira tem que ser

aberta, com muito espaço, janela e uma

ampla varanda – para se esparramar mesmo. No folhear da

revista, esbarre com vontade em palavras inspiradas nessa

paixão palavral e num jeitinho todo brasileiro de morar.

c A M I l A W E I R I c H

é diretora criativa da

Dafiti. Direito foi sua

primeira formação, mas

ela se esgueirou para

o mundo da moda e se

especializou em Dire-

ção de Arte e Jornalis-

mo de Moda na Central

Saint Martins em Lon-

dres, Inglaterra. Além da moda, o coração dela

bate forte também pelo design e a arte, amores

traduzidos em objetos espalhados em sua casa

em São Paulo. Por falar em casa, para ela, uma

moradia tipicamente brasileira é cheia de mis-

turas na decoração. Se for tudo combinado com

um cheirinho de feijão ou bolinho de fubá saindo

do forno, melhor ainda!

Page 110: ConstruARCH #04

110

BAt E - pAp o

r a i z e r e f l e xo co N t e m P o r â N e o

TRAÇAR Um PANORAmA a respeito da Arquitetura Brasileira parece ser uma forma interessante para que se possa

discutir e definir estratégias a serem tomadas para a produção arquitetônica contemporânea. Deixar de lado os cli-

chês tais como tendências ou estilos, tão comuns atualmente, pode indicar o início de uma produção coerente com

seu tempo e espaço. Justifica-se esse pensamento se levadas em conta a riqueza e diversidade das obras produ-

zidas ao longo do tempo no território brasileiro, com destaque para os expoentes da Arquitetura Moderna, capita-

neados pelos preceitos de Lucio Costa. Arquiteto e intelectual sensível à diversidade da história e cultura brasileira,

capacitou seus pares no sentido de agregar e formar um pensamento nacional com expressões regionais. Basta

dizer que uma de suas primeiras ações neste processo de formação foi justamente a preocupação em catalogar

obras do período colonial e que hoje configuram parte significativa do patrimônio arquitetônico brasileiro tombado

e com interesse de preservação.

Num território inicialmente ocupado sem um interesse claro de colonização e onde foi constatada a carência de

jazidas de pedras (principal material utilizado na tradição construtiva dos povos europeus) aliada à adversidade

climática (calor e chuvas intensas), desenvolveu-se uma arquitetura que respondeu em sua forma de adaptação

ao meio somada a uma reinterpretação de padrões ou modos de fazer dos colonizadores conforme os recursos

e mão-de-obra disponíveis. Nos primeiros vilarejos, seguindo a tradição portuguesa de implantação de cidades,

as obras adaptaram-se ao terreno resultando em um traçado em consonância com o sítio de intervenção. Dessa

experiência, uniram-se influências diversas iniciadas pela presença da arquitetura indígena a qual colaborou com a

apreensão da técnica do uso de materiais locais e resultou em obras capazes de proporcionar conforto físico e ge-

rar estruturas magníficas que merecem ser revisitadas. Da necessidade de defesa, a arquitetura militar altamente

pragmática e funcional, sem espaços para adornos ou subterfúgios meramente estéticos; dos bandeirantes, a casa

paulista, prática, austera, majestosa e exuberante em seu interior. Da arquitetura religiosa, o esplendor do barroco e

o espaço reservado para as principais manifestações artísticas, em especial as construídas em Minas Gerais pelos

artistas mulatos. Da rural, com sua rígida organização entre casagrande, senzala, capela e engenho que tão bem

representam as diferenças sociais incubadas num sistema escravocrata. Por fim, as Casas de Câmara e Cadeia com

seus pelourinhos, representando a autoridade e o sistema patriarcal que induz a formação de uma população com

postura passiva e no qual o sistema governante deve prover o sustento e o bem estar do povo.

Compreender essa base de formação histórica e técnico-construtiva sugere um melhor debate quanto à qualidade

dos espaços produzidos atualmente, não apenas pelos arquitetos, mas pela população que financia, usufrui e con-

vive com e nesses espaços. É importante lembrar que a arquitetura é feita para durar, exigindo recursos financeiros,

conhecimento técnico e artístico e ainda cumprimento de determinada função a que foi destinada. Justifica-se aí

o alerta no início do texto quanto aos termos “tendências” ou “estilos”, cabíveis para o design de produtos ou de

caráter efêmeros com um ciclo de vida muito mais curto que o resultante dos espaços oriundos da arquitetura. São

necessários responsabilidade, conhecimento e intenção projetual pautados na base cultural a que se destina e à

qual se deve o respeito diante da sua expressão plástico-formal. A exploração tecnológica, por sua vez, marca a

evolução na história.

Apesar dos riscos oriundos de uma falta de reflexão das referências externas quanto à qualidade dos espaços ar-

quitetônicos, cabe ressaltar que há uma produção em paralelo de excelência. Trata-se de obras que levam em conta

a tradição construtiva e inventividade decorrente da própria engenharia, afinal, entende-se que uma boa obra de

arquitetura é uma boa obra de engenharia. Por fim, o que pode ser observado em comum na arquitetura que perdura

através do tempo é que, assim como as construções devem estar apoiadas em firmes fundações, os caminhos a

serem pensados para o presente e futuro devem estar enraizados no passado sem, no entanto, tornar-se escravos

de suas verdades.

FúlVIO N. FEIBER é Arquiteto e Paisagista, mestre em Gestão Urbana e Doutor em Engenharia de Produção - Ergonomia, atualmente professor pesquisador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Assis Gurgacz.

Po r Fú l v i o N . Fe i b e r

ARquItEtuRA

Page 111: ConstruARCH #04

111

Page 112: ConstruARCH #04

112

Cozinhas | Dormitórios | Salas | Escritórios | Áreas de Serviço | Banheiros60 lojas exclusivas em todo o Brasil | 0800 702 8500 | www.evviva.com.br

R. Minas Gerais, 2296 - Sala 01 - Esq. Riachuelo - Centro - Cascavel - PR - T (45) 3038.9001

Ambientes Personalizados

sua vida, suas atitudes

vert

icec

om.c

om.b

r