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ASSESSOR JuRídIcOBruno Cesar de Oliveira
OAB/PR 57.172
cENTRAL dE ATENdImENTO45 3306 6336 - 3306 3663
jornalismo@revistaconstruarch.com.brwww.revistaconstruarch.com.br
REdAçã[email protected]
[email protected] 9937 8873
[email protected] 9931 1931
ImpRESSãOGráfica Positiva
pApELKgepel
A revista ConstruARCH é uma publicação bimestral da DFP Editora Ltda.Rua Manoel Ribas, 2477 - Centro - Cascavel - PR - CEP 85801-230
www.editoradfp.com.brInscrita no ISSN sob o número 2317-403X
cOLABORAdORES dESTA EdIçãOAnderson Rocha, Camila Agner, Guilherme Marcon, Isadora Dupont e Patrícia Passo
mARKETING E cOmuNIcAçãO
dIRETORESdiretor Administrativo Douglas Popenga
[email protected] Executivo Felipe Pedroso
[email protected] de Redação/Jornalista Responsável Amábyle Sandri
Jornalista Tátila Pereiradiretor de criação João Victor Alves
diretores de Arte Edegar Júnior e Fábio BagatoliAssistente de Arte Carolina Maffei Mincarone
Executivo de Negócios Hudson RochaAssessora Executiva Patricia Velte MarcatoFotógrafos Guilherme Vieira e Rodrigo Vieira
Estagiária de Jornalismo Thais Fernanda Marques
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45 3038.845045 9116.6400
Rua Marechal C. Rondon, 853Vila Tolentino
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Í N D I C E
0 8 WARM UP
Um convite para curtir a Copa, arquitetonicamente, ou
não
PONTO.COM
Na nossa página na internet, a extensão do que você
lê por aqui
Deixe as inquietações de lado com as respostas para
as suas dúvidas
ESTANTE
Indicações para divertir e ocupar os seus fins de
semana
COMPROMISSO + BE FASHION
Bolsas de designer mineiro reúnem beleza e
reaproveitamento de materiais
LIFESTYLE
A Copa do Mundo segundo os brasileiros que estão
longe daqui
IT
#1 Um trio de mesas (charmosas e coloridas) para
você se apaixonar
# 2 Conheça a linha de móveis irreverentes que con-
sagrou um designer brasileiro
GARIMPO
Puxe uma cadeira!
Peças confortáveis que nasceram em solo nacional
CENÁRIO
esPecial coPa do mundo
2002/ coréia do sul: camuflagem curvada
Projeto sul-coreano une tecnologia e tradição
2006/ alemanha: Beleza emoldurada
Inserida na natureza, casa traduz a versatilidade alemã
2010/ África do sul: gigante encantada
Com seis andares, projeto retrata a ousadia de uma
África rica, em todos os sentidos
trama criativa
De adega a piscina: uma casa de deixar o queixo caído
em qualquer estação
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GARImpOESpEcIAL
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se jogue nas cores da
coPa
cENÁRIO38esPecial coPa do mundo
2014/ Brasil: Brasileira – do chão ao teto
Casa em Brasília exala o encanto tropical
MAIO / J U N HO 2 0 1 4
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puLO-dO-GATO
ESpELHO
revestimentos
tiPicamente
Brasileiros
Prometem Pitada
de charme e
sofisticação
os mestres dos estÁdios
Arquitetos de escritório alemão viraram espe-
cialistas em Copa do Mundo
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PEQUENOS PROBLEMAS, GRANDES SOLUÇÕES
COLORIDO PERSONALIzADO
Sugestões para “customizar” os ambientes com
muito estilo
GADGET
uma Pitada high-tech aos gostos Brasilei-
ros
Itens tecnológicos para revolucionar seu dia a dia
CRIATIVIDADE VERDE
Samambaias: elas voltaram com força total, e aos
montes
EVENTO
salão de milão – Por elas
As enviadas especiais da ConstruARCH seleciona-
ram as tendências que estarão em alta no mundo da
arquitetura
DO IT!
Não passe vontade: faça o seu próprio móvel inspirado
em Maurício Arruda
FASHION IN HOME
Brasilidade tropical: um pouquinho de tudo que nos
torna inconfundíveis
BE ON
Concursos e uma conferência de arquitetura
imperdíveis
JURIDIQUÊS
Detalhes nos quais você deve prestar atenção antes
de assinar o contrato
SKETCH MAP
Destinos incríveis – e pouco explorados – no Brasil
COLABORADORES
Um pouquinho mais sobre a escalação do time da
oitava edição da ConstruARCH
BATE-PAPO
Um panorama sobre a arquitetura brasileira
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WA R M - U P
A cAdA quATRO ANOS O muNdO cabe em um país. Contrariando as leis da física, muitos corpos – e culturas
– ocupam, sim, o mesmo lugar no espaço. E, longe das diferenças que os distinguem, torcedores de cada canto
se reúnem com o que têm de mais pueril: a esperança na vitória da seleção que os representa.
A cada quatro anos um país muda. Mudam a qualidade dos serviços prestados, o transporte, a segurança, a
infraestrutura das cidades (mesmo que temporariamente), mas os traços culturais permanecem. Há um in-
tercâmbio, uma troca de ideias que flui a todo vapor e é impossível não voltar para casa modificado, assim
como é inimaginável voltar a ser quem era depois de receber o mundo no quintal de casa. Todos mudam, todos
crescem.
A cada quatro anos a gente “invade” um país que assume a responsabilidade de ser sede da Copa do Mundo.
Leva roupas na mala e traz experiências grandes, e ricas, demais para fechar com um zíper e despachar na hora
do check in. Aliás, não é nem preciso estar pessoalmente num estádio para sentir a alma de uma nação. Basta
se permitir contagiar.
Neste ano, o mundo ficará verde e amarelo. E, no ano em que o Brasil sente as alegrias-e-dores de ser o país-
sede, nós te convidamos para uma viagem de descobertas. Passaremos por peças de designers que retratam,
com propriedade e beleza, “o quê que os brasileiros têm”; mostraremos seleções de porcelanatos e objetos
para revestir e decorar sua casa de felicidade, além de dicas de tecidos para colorir – e personalizar - os am-
bientes. Nas próximas páginas, dividimos com você uma conversa sincera com os nossos conterrâneos mundo
afora (eles revelaram como estão as expectativas para os jogos a milhas e milhas daqui). E, uma vez que não dá
para escapar do futebol, no Espelho você descobre tudo sobre o escritório alemão que é “campeão mundial” na
construção de estádios – e que assumiu três grandes obras: em Manaus, Brasília e Belo Horizonte.
Numa retrospectiva arquitetônica, a viagem é para conhecer melhor o estilo de quem sediou a competição
antes de nós. Os projetos selecionados são da Coréia do Sul (2002), Alemanha (2006) e África do Sul (2010).
Do Brasil, escolhemos dois: com perfis diferentes, mas com a mesma pegada criativa. Já da Itália (que foi sede
em 1934), as notícias são sobre o Salão do Móvel de Milão. A feira internacional é a mais importante do setor e,
nesta edição da ConstruARCH, foi descrita pelas nossas enviadas especiais - quatro mulheres antenadíssimas
nas tendências da arquitetura e decoração.
O último recado é para os gringos (e para os brasileiros apaixonados por viagens). Na editoria Sketch Map tem
uma lista de destinos pouco explorados no Brasil, e que merecem ser conhecidos. Longe – ou perto – das ci-
dades onde os jogos serão realizados, eles reservam agradáveis surpresas para quem se aventurar pelo nosso
grande trunfo: as belezas naturais.
Fica aqui o nosso convite para observar a Copa do Mundo de outro ponto de vista. Não da janela do avião,
não de cima, à distância, mas de perto – como tudo que é bom. Já que em 2014 os anfitriões somos nós, que
permitamos, então, boas-vindas para além da sala de tevê. Cabe uma sugestão? Abra a porta da frente, as
janelas e o quintal. Se contagie com as boas vibrações e aproveite para descobrir o que nos faz tão diferentes
e, ao mesmo tempo, tão iguais – porque nesta Copa há muito mais do que o futebol para explorar. Se permita!
AmÁBYLE SANdRIDiretora de Redaçãoamá[email protected]
DE PORTAS ABERTAS
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De tão colorida, harmoniosa e cheia de prosa, a ConstruARCH #8 marca presença no mundo online também. Tem complemento das matérias publicadas por aqui e outras, exclusivíssimas, que estão lá esperando para serem lidas!
P O N T O . CO M
siga a construarch
novas normas, novas dúvidas
Você sabia que a ABNT tem novas normas para as reformas?
Entre elas está a exigência da presença de um profissional
capacitado para acompanhar todo o processo. No site da
ConstruARCH você descobre quais reparos precisam ou não
do acompanhamento de um engenheiro e/ou arquiteto.
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Clique, comente, curta, compartilhe e se apaixone.
china arte Brasil
Durante abril e maio, a Oca de São Paulo recebe uma
exposição que conta com obras de 62 artistas chineses
contemporâneos. O objetivo? Intensificar a comunicação
entre Brasil e China. Saiba mais sobre os destaques, as
modalidades artísticas e os horários de funcionamento da
mostra.
ARTE
C O N S T R U Ç Ã O A R q u I T E T u R A D E C O R A Ç Ã O d E S I G N L I F E S T Y L E A R T E
casa “reciclÁvel”
Ela mantém uma temperatura amena - tanto em dias
quentes quanto frios -, utiliza energia eólica e recicla seus
próprios resíduos. A Tol-Hary, que fica em Ushuaia, na Ar-
gentina, é uma casa autossustentável criada pelo arquiteto
Michael Reynolds. Ficou curioso? Basta dar um pulinho lá no
site para encontrar as informações sobre essa “eco-house”.
divertido e inteligente
Depois de conhecer a linha “José” na ConstruARCH #8, é hora de se en-
cantar pelo móvel Zezinho: uma peça projetada pelo arquiteto paranaense
Maurício Arruda que promete entrar com força total no universo infantil. Es-
banjando funcionalidade, o “Zezinho” abrilhanta também o nosso conteúdo
(extra!) online. Se divirta!
trend alert: Botas jardineiras
Na hora de decorar um jardim, a criativ-
idade é quem manda. Pneus, garrafas
PET’s e até cestas de vime viram vasos
nas mãos dos criativos de plantão... E as
botas jardineiras entraram na lista! Con-
heça mais detalhes sobre essa tendên-
cia e, de quebra, faça a sua própria bota
jardineira para que as flores andem por aí.
REVISTAcONSTRuARcH.COM.BR
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Como um arquiteto pode tornar um ambiente interno pe-
queno em um espaço confortável?
Renata Fernanda Souza, estudante de Publicidade e Propa-
ganda, Cascavel/PR
Um profissional dessa área tem habilidades técnicas em er-
gonomia, conforto ambiental (visual, térmico, psicológico)
e utiliza de seu conhecimento no mercado de produtos de
decoração (cores, volumes, texturas, tendências) para de-
senvolver da melhor forma um projeto que atenda as neces-
sidades do usuário do espaço, tanto tecnicamente quanto
esteticamente.
D o s t r u q u e s - p ró p r i o s - d e a rq u i te to s à l â m p a d a i d e a l p a ra q u a l q u e r a m b i e n te . A a rq u i te t a , e s p e c i a l i s t a e m i l u m i n a çã o , Pa -t r í c i a Pa s s o t ra z a s re s p o s t a s p a ra a s i n q u i e t a çõ e s d o s l e i to re s d a Co n s t r u ARCH .
ApTIdõES E pOSSIBILIdAdES
pATRícIA pASSOArquiteta especializada em iluminação
M A I L
O arquiteto pode assinar projetos ou ele deve ter o acom-
panhamento do engenheiro civil? Que tipos de projetos o
arquiteto pode fazer?
Camila Broetto, estudante de Direito, Foz do Iguaçu/PR
De acordo com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU)
2014, o arquiteto tem habilidades profissionais para assinar
projetos de arquitetura, urbanismo e interiores e todas suas
vertentes (ver a listagem de aptidões que o arquiteto atua
no site do CAU - www.caubr.gov.br). Projetos fora desta lista
já serão de competência de um engenheiro.
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Como deixar um ambiente bem iluminado sem gastar muito com lâmpadas e energia?
Cleide Dias Pereira, empresária, Cafelândia/PR
Em todo o ambiente que requer acuidade visual maior (como o escritório e a cozinha) de-
ve-se sempre utilizar lâmpadas de boa eficiência - aquelas que têm alto fluxo luminoso.
Essas lâmpadas são as fluorescentes, informalmente chamada de “luz fria”. Apesar do
nome, a “luz fria” pode ser também na tonalidade/sensação de cor amarela, pois esse gru-
po de lâmpadas adaptam facilmente em luminárias de soquete/bocal de rosca E-27. As
vantagens: são econômicas, com baixa potência de energia (15watts, 18watts, 23watts,
28watts) e vida útil longa (4.000h, 8.000h até 10.000 horas). Além disso, como citado aci-
ma, você tem a possibilidade de optar por uma sensação de luz mais amarelada, neutra e
branca - com um custo de mercado bem acessível.
MAIS DE 1000OPÇÕES DEADESIVOSDECORATIVOSPARA VOCÊ USAR SUACRIATIVIDADE.
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GREENBUILDING BRASIL 2014
Na onda da sustentabilidade, um evento promete abordar a
consciência ambiental na construção civil. É a Greenbuilding Bra-
sil - uma Conferência Internacional na qual os profissionais da in-
dústria da construção discutirão a necessidade de desenvolver
políticas públicas de sustentabilidade, a capacitação dos envol-
vidos alinhada à melhoria da qualidade de vida e meios de reduzir
o uso dos recursos naturais. O evento será realizado dos dias 4
a 7 de agosto, no Transamerica Expo Center, em Santo Amaro,
São Paulo.
GRAVIDADE
Queridinho do Oscar 2014, com dez indicações e vencedor de sete
categorias (entre elas, a de “melhor direção”), Gravidade é daqueles
filmes que te deixam sem ar. Sandra Bullock e George Clooney estão
numa missão, no espaço, quando uma chuva de meteoros faz com
que eles sejam jogados para longe da nave espacial. Sem contato
com a Nasa, começa uma angustiante aventura em busca da sobre-
vivência. Para voltar para casa, eles precisam superar traumas anti-
gos e se lançar (literalmente) rumo ao desconhecido.
ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA - JOSÉ SARAMAGO
José Saramago explora, como ninguém, as respostas para a recor-
rente pergunta “E se?”. Em Ensaio Sobre a Cegueira, a questão é “E
se todo mundo ficasse cego?”. A resposta brota de uma maneira que
muitos prefeririam não ver. A cegueira, que começa com um homem
numa situação comum do cotidiano, se alastra - e se transforma
numa epidemia. Apenas uma mulher é “imune” à deficiência adqui-
rida. É no meio do desespero generalizado que Saramago mostra a
reação do ser humano às necessidades, ao abandono e ao desprezo.
pAR
A A
SSIS
TIR
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A IR
pAR
A L
ERPo r Am á by l e S a n d r i fo to s d i v u l ga çã o
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...por Isadora dupont,arquiteta e urbanista
LIVRO
SE HOuvER AmANHã – SIdNEY SHELdON
“O livro conta a história de Tracy Whitney - que é ser presa
injustamente e decide se vingar. Para isso, torna-se especia-
lista em aplicar golpes em empresários inescrupulosos. Até
que seu caminho se cruza com o de Jeff Stevens, um irresistí-
vel trambiqueiro. É um livro cheio de reviravoltas, que prende
o leitor da primeira à última linha. Não consegui parar de ler! “
FILmE
O JARdINEIRO FIEL
“O filme conta a história do diplomata britânico Justin Quay-
le e de uma defensora dos direitos humanos, Tessa. Eles se
apaixonam e partem para o Quênia. Lá, Tessa se envolve com
questões delicadas: empresas farmacêuticas que atuam no
continente usando africanos como cobaias de um novo re-
médio - que pode estar matando milhões de pessoas. Ela
acaba assassinada, e o principal suspeito é seu sócio, um
médico que encontra-se foragido. Justin decide descobrir o
que realmente aconteceu com sua esposa, e inicia uma via-
gem que o levará a três continentes. Tessa é interpretada pela
Rachel Weisz, uma atriz que adoro! “
EvENTO
FEIcON BATImAT
“A mais completa feira do setor da construção na América
Latina, traz inovações, tendências, e ótimas oportunidades
de negócio. A próxima edição está prevista para os dias 10,
11, 12, 13 e 14 de março de 2015, no Pavilhão de Exposições
do Anhembi, em São Paulo. Recomendo o evento para quem
trabalha no setor da construção civil, para conhecer as últi-
mas novidades e tendências.”
OS mELHORES dA ESTANTE...
ARQUIDEX 2014
Se você não tem limites na busca por inspira-
ção, recomendamos a ArquiDex 2014. A Feira
da Arquitetura e Construção será realizada pa-
ralelamente ao Salão de Design de Interiores. O
evento reúne as últimas novidades em produtos
e serviços do setor. A 15ª edição já tem data
marcada: irá do dia 25 a 28 de junho, em Kuala
Lumpur, na Malásia. Para mais informações, vi-
site o site: www.archidex.com.my
E S TA N T E
ELA
Sutil, delicado e criativo. Ela, vencedor do Oscar
de “melhor roteiro original”, conta a história de
um homem contemporâneo que se apaixona
por um sistema operacional. Theodore Twombly
(interpretado por Joaquin Phoenix) abandona a
vida solitária para se dedicar ao namoro - pou-
co convencional - com Samantha, o programa
de computador que o entende como ninguém.
Mas, como em todo relacionamento, nem tudo
nessa história são “flores”.
DESTRUA ESTE DIÁRIO - KERI SMITH
Na contramão dos livros convencionais - feitos
para durar e para serem amados e respeitados -
“Destrua este diário” propõe exatamente o que
o título sugere. Se os diários tradicionais servem
para anotar segredos e confissões, Keri Smith
(ilustradora e artista canadense) estimula uma
interação mais lúdica e inusitada. Ao longo das
224 páginas, o desafio é praticar o desapego ao
rasgar, rabiscar, pintar e até levar o livro para o
banho.
24
P U LO - D O - G AT O
O SOBRENOME MAzzO denuncia a origem de Karen. Ela
nasceu no Brasil, mais precisamente em Cascavel -, po-
rém suas raízes não são nem deste continente. O bisavô
dela desembarcou no país à época da imigração italiana e
aqui deixou uma semente que seria cultivada. Em Karen
Mazzo pulsava uma vontade de deixar a descendência
bater mais forte e se render aos encantos da Itália. E foi
o que ela fez: por um ano viveu todo o romantismo que
ouvia das histórias de família em casa. Não se tratava
apenas de uma realização turística ou familiar: era tam-
bém o primeiro passo para a profissão de arquiteta. Com
pais músicos, a arte sempre permeou os espaços de sua
vida. A veia artística a levou à escolha profissional. A fina-
lização do curso de Arquitetura foi feita no Brasil, contu-
do, antes mesmo de pegar o diploma, a atuação na área
já começou – desde o segundo ano de graduação Karen
já trabalhava no setor. Hoje, é possível ver seu estilo em
projetos arquitetônicos, de interiores e comerciais – seu
carro-chefe. Se já passou por algumas lojas das regiões
Oeste e Sudoeste do Paraná e seu pescoço entortou para
ver algo diferente na fachada ou na vitrine, pode ser que
você tenha se deparado com um trabalho dela. Com essa
pegada ítalo-brasileira, Karen vestiu a camisa das duas
nacionalidades e fez uma lista de 10 revestimentos que
mostra que as afinidades entre os países vão além da pai-
xão pelo futebol.
A I t á l i a n ã o d e u s o m e n te d e p re s e n te a o B ra s i l o te t ra n o f u te b o l e m 1 9 9 4 : a i n f l u ê n c i a d e u m a í t a l o - b ra s i l e i ra t a m b é m aj u d a a d a r u m to q u e e s p e c i a l a vá r i o s p roj e to s p o r a q u i . E , p a ra e m b e l e z a r d o p i s o a o te to , a a rq u i te t a Ka re n M a z z o e s co l h e q u a i s s ã o o s m e l h o re s reve s t i m e n -to s q u e re p re s e n t a m a re l a çã o e n t re o s d o i s p a í s e s
MISTURA QUE DÁ CERTO
Po r Tá t i l a pe re i ra fo to s G u i l h e r m e vi e i ra
KAREN mAzzOArquiteta e Urbanista
1
4
5
6
8
25
2 3
7
9
pASTILHA TEcA NATuRAL OcA BRASIL – 30 x 30 – Prisma
Revestimentos
pORcELANATO LOuvRE duNE – 59,4 x 59,4 – Casa dos Pisos
LAdRILHOS AmpLA dESIGN – 60 x 60 – Portobello
AzuLEJO pAvãO REvESTImENTOS 15.4 × 15.4 – Prisma
Revestimentos
pASTILHAS TRESOR duNE – 32,5 x 32,5 – Casa dos Pisos
pORcELANATO STEEL pORTOBELLO – 60 x 120 – Portobello
GRANITO AzuL BOquIRA LINHA LES ROcHES pORTOBELLO –
60 x 120 e 60 x 180 – Portobello
pAINEL dE mAdEIRA mENTHA mINT – Medida conforme
encomenda – Casa dos Pisos
LAdRILHO HIdRÁuLIcO BARBAcENA – 20 x 20 – Prisma
Revestimentos
1
2
3
4
5
6
7
8
9
SERvIçO:
Karen Mazzo Arquitetura
(45) 9929-9773
www.karenmazzo.com.br
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CO M P R O M I SS O + B E FA S H I O N
EM 2008, O DESIGNER MINEIRO Rogério Lima revolucionou
o mundo da moda e acessórios com o lançamento da linha de
bolsas confeccionadas em sacos de cimento. O insight artístico
aconteceu numa obra. Foi durante a reforma de um showroom
que o designer percebeu o potencial do material. Os sacos de ci-
mento ficavam expostos ao sol e à chuva e não se desgatavam.
Então, surgiu a (brilhante) ideia: usar os sacos de cimento no lu-
gar do tecido no feitio das bolsas. Genial, não é?
Hoje, seis anos depois, o modelo sustentável e contemporâneo
continua fazendo sucesso e está cada vez mais versátil. A linha
ganhou força ao representar nomes como Cavalera e Ronaldo
Fraga - além da marca com assinatura própria de Rogério Lima.
As bolsas unem o incentivo à sustentabilidade e beleza. Sem
contar os acabamentos... são detalhes únicos em couro tingido e
até ferragens banhadas a ouro. Um luxo!
N u m a “ d o b ra d i n h a ” d e co n s c i ê n c i a a m -b i e n t a l e m o d a , a Co n s t r u ARCH a p re -s e n t a a s b o l s a s d e s a co d e c i m e n to , d e Rogé r i o L i m a
SUSTENTÁVEL LUXUOSO
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28
L I F E S T Y L E
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O BRASIL SEGUNDO OS BRASILEIROS (QUE ESTãO PELO MUNDO!)A v i s ã o d e t rê s b ra s i l e i ra s q u e v i ve m fo ra d o B ra s i l e o s re -l a to s q u e m o s t ra m o s p re p a ra t i vo s ex te r n o s p a ra o M u n d i a l q u e p ro m e te m ov i m e n t a r o p a í s
Po r ca m i l a Ag n e r fo to s B a n co d e I m age n s
AEROPORTOS, RODOVIÁRIAS, estações de metrô, hospi-
tais e até o calendário do ano letivo das escolas e faculda-
des sofreram – e ainda sofrem – diversas modificações em
nome do evento que causa um misto de sentimentos: a Copa
do Mundo. De um lado, a ansiedade tomou conta daqueles
que esperavam, desde muito tempo, a volta do Mundial às
terras do país do futebol. De outro, a insatisfação virou pro-
tagonista das conversas de quem sabe que o nosso país
possuía outras prioridades.
Mesmo em meio a tantas controvérsias, a infraestrutura
brasileira tomou um rumo diferente a fim de preparar o país
para receber as seleções, os turistas e os torcedores. Tudo
acompanhado diariamente pelos noticiários. Aí surgiram os
conflitos: questões que vão ora contra, ora a favor da reali-
zação do campeonato por aqui. E, pelos cantos do mundo,
os brasileiros que vivem em outros países contam que em
outros continentes a Copa também provoca reações “ad-
versas”.
30
NA ALEMANHA
Ysadora Gellert, natural de Campinas, já mo-
rou na França e atualmente mora na Alema-
nha (onde faz faculdade e reside há mais de
um ano). Depois de passar quase dois anos
longe do Brasil, a estudante de arquitetura
acompanhou as discussões sobre a Copa do
Mundo. “Do meu círculo de amizades, alguns
se colocaram contra na época em que o Bra-
sil foi eleito [para ser sede], mas ainda rolava
uma esperança de que o dinheiro fosse pri-
NO JAPãO
Se na Alemanha, Ysadora vê os alemães –
que já estão até usando as camisetas da
seleção brasileira pelas ruas germânicas –
ansiosos pela realização do campeonato no
Brasil, no Japão, a postura é mais conserva-
dora. Eliana Reiko Chikamori, que, entre idas
e vindas, mora em solo nipônico há 14 anos,
contou que lá quase ninguém fala sobre a
Copa. “Onde moro e trabalho, esse assunto
não é discutido. Talvez por eu mesma ser in-
diferente ao tema ou por eu não me prender
ao assunto. Ele não é corriqueiro e os brasi-
leiros que aqui residem trabalham muito e,
muitas vezes, deixam essa história de lado”,
detalha. Ela, que está distante dos preparati-
vos, afirmou que mesmo entre a sua família,
vado e que o país fosse beneficiado. Não o governo, mas o
seu João que tem um táxi ou o seu José da banquinha de jor-
nais. Acho uma hipocrisia gritante se colocar contra, a essa
altura, onde rios de dinheiro já foram gastos” declarou. Sobre
o país, Ysadora possui uma visão que é compartilhada com
vários conterrâneos: “O único problema do Brasil é a política.
Dinheiro nós temos, vontade de trabalhar também, mas o
que falta é a igualdade. Quando tiver educação, saúde e in-
fraestrutura igualitária pra todas as classes sociais, será um
país perfeito” afirmou.
o assunto não causou tanta balbúrdia. “A Copa do Mundo
entre os meus familiares não foi motivo de polêmica ou en-
tusiamo, por ser algo indiferente para nós. Mas entre os ou-
tros brasileiros, povo que respira o futebol, quando se deu a
notícia, a alegria foi unânime” relatou.
Mesmo que adote uma postura tão alheia ao Mundial do Fu-
tebol, Reiko não esconde o descontentamento em relação ao
Brasil. “O que mais me intriga, perante as vésperas do grande
evento, são as manifestações de grupos querendo cancelar
a Copa, uma vez que isso foi aplaudido pelos mesmos. Por
que isso não foi feito quando a escolha foi realizada?” ques-
tionou a operária de uma fábrica japonesa. Embora adote um
certo distanciamento, Reiko transpareceu um misto de sen-
timentos e anseios de melhora. “Acho que ele pode servir
para ampliar os conhecimentos relacionados à infraestru-
tura do país. Não podemos julgar antes de o evento aconte-
cer!”, pondera.
L I F E S T Y L E
ALEGRIA DOS LATINO-AMERICANOS
Num estado que possui uma grande comunidade de bra-
sileiros, Simone também apontou que o evento é bem vis-
to pelos latino-americanos. “Aqui, a Copa está sempre nas
conversas. Para os latinos, a Copa no Brasil é um motivo de
orgulho, porque nunca se olhou tão bem para a América do
Sul como agora. Outro motivo bom é que o campeonato está
mais acessível para o povo do Sul. A maior parte das pesso-
as é positiva e acredita, inclusive, que o Brasil pode ganhar”,
conta.
A poucos dias da realização da Copa do Mundo, tão próximos
da abertura do evento, a pergunta principal não é mais se o
NOS ESTADOS UNIDOS
Já no estado de New Jersey, numa cidade localizada há quin-
ze minutos de Nova Iorque, a brasileira Simone Cioccari, jor-
nalista estudante de Relações Públicas nos EUA, presencia
outra realidade. Por lá, os americanos estão envolvidos em
publicidades pró-Brasil. “Mesmo com todos os problemas do
país, agora é a hora para falar sobre a Copa do Mundo. O que
tenho visto na tevê americana são propagandas bonitas so-
bre o Brasil. Em alguns canais esportivos, há documentários
sobre a Copa de 94 e os jogadores brasileiros”. Para Simone,
quem mora aqui não pode perder esta oportunidade gigante
de mostrar ao mundo que o Brasil é feito por gente gosta de
festa, que sabe fazer festa, mas é, também, um povo muito
trabalhador e acolhedor.
Nesse cenário de otimismo, Simone contou que a corrupção
brasileira virou mera coadjuvante das conversas: o que os
americanos querem é lembrar das coisas boas que o Brasil
oferece (mesmo que com um pé atrás). “Os
principais jornais americanos como o The
New York Times e o Washington Post sem-
pre divulgam os problemas enfrentados pelo
Brasil. O que eu vejo são dois sentimentos
envolvidos: otimismo e desconfiança. Têm
pessoas que não querem ir à Copa do Mundo
por medo da violência. Outros acabam dan-
do um voto de confiança e compram os in-
gressos para ir [ao mundial] com os amigos”,
explica. Com a convivência com o povo ame-
ricano, Simone notou uma evolução em rela-
ção à forma como o país verde-e-amarelo é
visto lá fora. De acordo com a jornalista, em
anos anteriores a 2014 havia um grande pre-
conceito com o Brasil. Agora Simone acredita
que a opinião geral mudou.
Brasil conquistará ou não o título de hexa-
campeão. O questionamento, silencioso ou
gritado, é: será que todo esse esforço, todos
os gastos e investimentos valerão alguma
coisa para o país, depois que o agito passar?
Em clima de contagem regressiva, a expec-
tativa é de que a resposta seja positiva e, ao
mesmo tempo, com altas doses de esperan-
ça, o desejo é de comemorar – junto ao povo
de vários países – uma Copa do Mundo re-
pleta de sucesso (dentro e fora dos campos).
32
E s t u d a n te s d e a rq u i te t u ra re i nve n t a m ce n á r i o n a s Ca t a ra t a s d o I g u a ç u
ARQUITETANDO IDEIASPo r T h a i s Fe r n a n d a m a rq u e s fo to s d i v u l ga çã o
UM ESPAÇO PARA que estudantes do mundo inteiro pos-
sam exercitar sua criatividade e potencial fora do ambiente
acadêmico. Essa é a proposta do portal Projetar.org, um site
que promove concursos de arquitetura e estimula a compe-
tição entre os futuros arquitetos. O processo é todo online,
desde as inscrições até os resultados, e os projetos são ava-
liados por arquitetos de renome nacional.
CONCURSO 004
O quarto concurso teve como inspiração uma das sete ma-
ravilhas da natureza: as Cataratas do Iguaçu, que recebem
anualmente mais de 2,5 milhões de visitantes. Divididas
entre os territórios brasileiro e argentino, as quedas contam
com uma única passarela de acesso pelo lado brasileiro. A
proposta era recriar essa estrutura. Os projetos avaliados
vieram de dezessete estados brasileiros e países como Aus-
trália, Argentina, Espanha, Portugal e Uruguai. O primeiro co-
locado foi o projeto “Coletivo Iguaçu”, desenvolvido por João
Morais, da Universidade de Lisboa.
E V E N T O
CONCURSO 005
A quinta edição veio com uma proposta completamente di-
ferente. O tema era “Escolas do Brasil” e o desafio foi projetar
uma escola fundamental que pudesse ser replicada em to-
dos os municípios brasileiros. A edificação deveria ser social-
mente dinâmica para alunos, professores e sociedade. O or-
çamento hipotético era de 8,9 bilhões de reais (o equivalente
ao custo estimado para a construção e reforma dos estádios
em doze cidades brasileiras). Os resultados impressionaram.
O vencedor foi o grupo “Pense Ligeiro”, da Universidade Fe-
deral do Rio Grande do Sul.
E as disputas não param. Um novo concurso já está rolando:
é o Concurso 006, com o tema “Fazenda Vertical da Avenida
Paulista”. Para saber mais, acesse: projetar.org.
34
JOSÉ NASCEU SEM PERGUNTA. “E agora?”, virou afirma-
ção. Depois da criação da linha, que leva o nome - popular-
mente brasileiro-, Maurício Arruda descobriu em 2010: e
agora seria um representante das coisas daqui para o povo
de lá. “Lá” pode ser qualquer lugar fora do território nacional.
A imaginação, que o levou a transformar os caixotes de feira
livre em móvel, rompeu barreiras geográficas e o consagrou
como um dos nomes de maior destaque no cenário nacional.
Os caixotes deixaram as feiras para virar gavetas multifun-
cionais, feitas de plástico reciclado. A estrutura onde são en-
SERvIçO:
Maurício Arruda
mauricioarruda.net
JOSÉ - UMA LINHA PRA LÁ DE BRASILEIRAD o s d e s i g n e r s B ra s i l a fo ra , M a u r í c i o Ar r u d a s e d e s t a ca a o d e s e n -vo l ve r l i n h a s b a s e a d a s n o q u e h á d e m a i s t í p i co d a s te r ra s t u p i n i -q u i n s
I T
caixados é de madeira Teka - vinda de florestas manejadas.
E, os pés também levam o toque personalizado de Arruda:
têm o mesmo desenho dos carrinhos usados pelos carrega-
dores nas feiras.
Depois da linha José, muitos outros produtos surgiram: as
Luminárias Tereza, inspiradas nas sacolas de feira; a coleção
de pratos +5511 que retrata os 37 pontos turísticos mais vi-
sitados de São Paulo e a (genial) Série Coletiva, composta de
móveis híbridos com funções flexíveis. Um trabalho que todo
brasileiro PRECISA desvendar - e se orgulhar!
Po r Am á by l e S a n d r i fo to s d i v u l ga çã o
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C
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Y
CM
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CY
CMY
K
ALTA TP 0003-14 LANÇAMENTO COLEÇAO 2014-ANUNCIO 22,5X29,5cm-CASCAVEL - FOZ.pdf 1 4/3/14 10:37 AM
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O co nv i te é n o s s o , m a s a s ca d e i ra s e p o l t ro -n a s q u e vo cê e n co n t ra n e s t a p ág i n a s ã o o
f r u to d a c r i a t i v i d a d e d e d e s i g n e r s b ra s i l e i ro s . S e n te - s e , co n fo r t ave l m e n te , e d e s c u b ra o s
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C E N Á R I O E sp E c i A l co pA
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BRASILEIRA – DO CHãO AO TETOD a fa c h a d a à a l e g r i a , e s ca n ca ra d a , n a e s co l h a d a s co re s , a Ca s a Co b ogó exa l a b ra s i l i d a d e
Po r Am á by l e S a n d r i fo to s Ed ga rd ce s a r
A BANDEIRA DO PAÍS - abstratamente - delineada en-
tre o dia ensolarado e uma construção pra lá de canarinha.
O azul do céu e o verde da mata ganham o toque essencial
para completar a paleta do país tupiniquim: o amarelo dos
cobogós. A obra com traços modernistas se remexe no mo-
vimento-do-samba ao encontrar nos blocos de concreto a
liberdade para encantar.
O cobogó, invenção dos brasileiros, é o elemento que que-
bra a seriedade das linhas retas inspiradas lá nos anos 60 e
na escola de Bauhaus. Os “tijolinhos” são a alternativa para
criar um ambiente de privacidade e, ao mesmo tempo, com
uma pitada de estilo (e ventilação natural). A escolha da cor
dos blocos vazados revela o espírito do loft de 120 metros
quadrados, projetado por Ney Lima. Em meio ao bairro Park
Way, em Brasília, a construção moderninha se destaca entre
as mansões neoclássicas. A começar pela porta de madeira
de demolição, com um toque contemporâneo.
40
UM POUCO DE TUDO
Da colonização, o povo daqui herdou a mistura de raças,
credos e culturas. O “pouco de tudo” virou muito: um muito
rico em peculiaridades. Mix bem representado na decoração
da sala. O painel, o aparador e o baú, usado como mesa de
centro, carregam os traços mais rústicos, representados
pela madeira. Já a cadeira Mademoiselle (criação do badala-
do designer francês, Philippe Starck) garante o ar moderno,
confrontado pela tendência retrô dos quadros, fotografias e
objetos, milimetricamente distribuídos na parede.
Além da estratégica iluminação natural, proporcionada por
janelas que vão do chão ao teto, o destaque – no que diz
respeito a luz - fica por conta de uma tendência: as barras
de metal com spots. Esta é uma dica para quem quer fugir
do gesso e apostar numa pegada mais contemporânea. Sem
contar que as várias lâmpadas permitem que o dono da casa
ilumine os pontos que merecem ser destacados.
pORTA Em mAdEIRA de demolição
enriquece a fachada e complementa
o estilo contemporâneo.
SERvIçO Ney lima Arquitetura
neylima.com.br
Brasília – Brasil
C E N Á R I O E sp E c i A l co pA
41
REVESTIDA DE FELICIDADE
A cozinha – integrada com a sala – é o reduto da cor. A ge-
ladeira, herança de família, foi revestida de laranja e comple-
mentou a brincadeira com os ladrilhos hidráulicos, montados
como se a referência do patchwork fizesse poesia pela pa-
rede. O tom lúdico é reforçado pelo charme dos pinguins, ao
longo do armário.
De armário de cozinha, a estante, que ocupa a parede de fora
a fora, não tem nada! O móvel, aliás, serve tanto para guardar
os utensílios domésticos quanto livros e demais cacarecos.
O cantinho mais disputado da casa, no estilo ilha, foi planeja-
do de acordo com o pedido da moradora: para receber, con-
fortavelmente, os amigos. Assim, ela mantém todo mundo
junto-e-misturado. Do jeito que brasileiro gosta: com proxi-
midade e muita alegria!
O AmBIENTE INTEGRAdO tem piso de
cimento queimado e vidros temperados
emoldurados com madeira.
OS NIcHOS SãO uma ótima pedida para
abrigar coleções inusitadas, como esta: de
canecas!
I Lu m I NAçãO
Em TRILHO: a
barra de me-
tal com spots
é prática e dá
um toque su-
per arrojado ao
ambiente.
42
C E N Á R I O E sp E c i A l co pA
43
CAMUFLAGEM CURVADA
Co m a p ro p o s t a d e s e m e s c l a r a o ce n á r i o , a rq u i -te to s s u l - co re a n o s a p o s t a m n a s c u r va s p a ra i n te -
g ra r o s a l to s - e - b a i xo s d a p a i s age m
Po r Am á by l e S a n d r i fo to s S u n N a mgo o ng
44
AS LINHAS DO HOMEM se fundem às da natureza, numa
curvilínea relação entre céu e terra. Aos pés do Monte Gwan-
ggyo, em Gyeonggi-do, na Coréia do Sul, “The Curving Hou-
se” convive, harmoniosamente, com o (meio) ambiente. O
que hoje é casa, antes era um beco sem saída - e foi justa-
mente a falta de alternativas aparentes que se transformou
em inspiração para a obra. Segundo o arquiteto responsável,
Jeonghoon LEE, era enorme a dificuldade em manobrar para
sair do local depois que mais de dois carros estavam esta-
cionados ali. Além da falta de espaço para estacionamento,
o cliente lançou outro desafio aos arquitetos: gostaria que as
vagas coexistissem com um jardim - visível da sala de estar.
Fiéis à tradição coreana, os profissionais do JOHO Architec-
ture basearam este projeto na beleza pós-dualista da har-
monia, que prova a sua existência ao se “esconder” na na-
tureza - em vez de dominá-la com a imposição de linhas. A
escolha pelo formato côncavo da construção é a prova disso:
respeita a disposição do terreno e, de quebra, oferece mais
espaço para estacionar os carros.
O impacto visual causado pelo formato pouco comum da
casa é complementado por detalhes sutis, como a colocação
dos tijolos, que lembra uma escama de peixe. Para conseguir
o efeito, a angulação de cada tijolo varia de 1 a 25°. A ideia é
provocar uma sensação visual diferenciada de acordo com a
perspectiva do visitante.
TERMICAMENTE INTELIGENTE
O estacionamento, além de amplo, permite que o vento cir-
cule ao redor da construção - reduzindo a carga de calor. Já
os quartos têm janelas com ventilação cruzada, estratégia
para estimular a circulação natural do ar. A sala de estar,
por sua vez, conta com uma janela motorizada. No verão,
ela pode ser usada para liberar o ar quente da casa, pelo co-
nhecido “efeito chaminé”, no qual o ar interno é lançado para
fora a partir da diferença de temperatura com o ambiente
externo. E o aproveitamento da natureza não para por aí. As
janelas (enormes) da sala foram pensadas para usar a luz
solar no inverno, enquanto a escada, virada para o lado norte,
serve como “amortecedor” para os ventos no inverno - mi-
nimizando, assim, a perda de calor.
AS pORTAS dE cORRER foram a escolha
do dono da casa para manter a tradição co-
reana, ao subdividir os cômodos conforme
a conveniência.
C E N Á R I O E sp E c i A l co pA
45
MODERNA, MAS CLÁSSICA
“The Curving House” é uma releitura das legítimas cons-
truções coreanas. Não é só o respeito à paisagem que foi
preservado na obra. Mantiveram-se também outros cons-
tumes, como investir numa camada grossa de piso de con-
creto, para criar uma massa térmica - como nos assoalhos
Ondol - que bloqueia o ar frio do subsolo. Outro ponto que
comprova a ligação com a tradição é o segundo andar da
casa: ele possui uma combinação interessante de sala, quar-
to e cozinha com portas de correr que possibilitam múltiplas
divisões, montadas de acordo com a conveniência - um tra-
ço típico da arquitetura oriental.
O pANO dE vIdRO espelhado reflete a paisagem
ao mesmo tempo em que garante privacidade e
aquecimento para a casa.
dETALHE dAS pAREdES de tijolos, numa
disposição que lembra escamas de peixe.
A JANELA NO TETO permite
o “efeito chaminé”.
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Po r Am á by l e S a n d r i fo to s z o o ey B ra u n
50
EM MEIO à MATA, a casa parece moldada ao terreno ondu-
lado. Os altos e baixos foram um estímulo à criatividade. A
SU House embeleza a região sul de Stuttgart, a capital - e
maior cidade - do estado de Baden-Württemberg, na Ale-
manha. Projetada por Alexander Brenner, a casa foi pensada
para um amante das artes e sua família. Digna de ser emol-
durada, a obra - que poderia, sim, ser de arte - começa com
o toque poético pelo jardim.
Já na entrada, uma agradável surpresa: um andar, inteiro,
dedicado à piscina e à área spa – com um cantinho reser-
vado para a sauna. O recanto do bem-estar é cercado de
vidro, escolha que proporciona uma vista panorâmica do
jardim menor. A protagonista do espaço tem peculiaridades
interessantes: o piso da piscina é feito de mosaico de vidro
iridescente (o conhecido “furta-cor”) feito da pedra natural,
a tauern gruen.
No andar superior, área interna e externa podem interagir.
Isso porque a convidativa mesa de jantar oferece a opção
de se unir à mesa colocada no pátio. Sob dois andares “va-
zios”, a iluminação dos convidados fica por conta de uma
claraboia. As refeições, aliás, ganharam a atenção no projeto.
Prova é a cozinha. Revestido de madeira, num tom acolhe-
dor, o cômodo é ainda mais convidativo graças ao banco:
um convite para que mais pessoas se sentem à mesa. O
charme fica por conta da cristaleira - um nicho pra lá de
glamouroso.
Outro ambiente aconchegante é a sala de estar. Embora o
espaço seja amplo, a sensação é de intimidade. A lareira tem
um charme particular: uma base ampla que permite que a
bancada sirva como compartimento para guardar a lenha.
Todos os ambientes são integrados e a iluminação, na maior
parte da casa, é natural – proveniente de grandes panos de
vidro e claraboias. A decoração é minimalista e a atenção é
voltada às obras de arte – sejam elas os quadros ou escul-
turas.
SERvIçO Alexander Brenner Architekten
alexanderbrenner.de
stuttgart - Alemanha
A mESA dA SALA e do pátio podem ser usadas como uma só. A ilu-
minação do ambiente vem das claraboias.
C E N Á R I O E sp E c i A l co pA
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CONFORTÁVEL DESCANSO
Repleto de tons neutros, o quarto mantém o
estilo minimalista da decoração. O charme fica
por conta da lareira, ao lado da cama e da saca-
da-terraço. Da extensão do quarto, a visão é en-
cantadora: toda a região sul-oeste de Stuttgart
brilha aos olhos.
O banheiro da suíte é marcado pela mistura de
materiais: piso de carvalho, bronze e pedra natu-
ral compõem o cenário. A pedra, aliás, é a mesma
da piscina – só que com uma lapidação diferente,
que confere um tom mais clássico ao cômodo.
Com estilo e simplicidade estética, a SU House
carrega o espírito do proprietário e, assim como a
arte, tem a habilidade de sintetizar sentimentos,
emoções a cultura local de forma singela. Embora
seja uma obra imponente, a casa permite que o
brilho fique à cargo da vivacidade dos moradores
e convidados.
SALAS dE ESTAR, jantar e pátio
são integradas. Toda a extensão
é dividida do exterior apenas por
panos de vidro.
NO AmBIENTE SpA, os tons escolhidos fo-
ram o vermelho e dourado.
AS OBRAS dE ARTE também têm espaço na cozinha. Outro destaque
neste ambiente é a cristaleira, que ilumina o painel de madeira.
52
C E N Á R I O E sp E c i A l co pA
53
GIGANTE ENCANTADAN a e n co s t a d o At l â n t i co , u m a ca s a - e d i f í c i o re ú n e e l e -
m e n to s q u e co n d e n s a m a b e l e z a s u l - a f r i ca n a
Po r Am á by l e S a n d r i fo to s S a o t a
54
A CASA SE FEz extensão do mar. A água doce, da piscina, e
salgada, do oceano, se misturam ao olhar para o horizonte.
Na Cidade do Cabo, na África do Sul, o oceano Atlântico se
esparrama nos últimos quilômetros de terra até o sul, onde
– no Cabo da Boa Esperança - divide a paisagem com o oce-
ano Índico. Um cenário estonteante, respeitado, com crité-
rio, pelos arquitetos do escritório SAOTA. No deck, de onde
se admira a vista, a decoração em madeira e tons neutros
é minimalista. Escolha compreensível, diante da maxi bele-
za natural. Valorizar o entorno – e o terreno – foi um pedido
do cliente. Para isso, o projeto foi dividido em seis andares,
distribuídos ao longo do contorno da encosta de pedras, em
Bantry Bay, paradisíaca praia africana.
DISTRIBUINDO CONFORTO
A proposta de manter a família unida influenciou a criação do
espaço gourmet, que concentra a cozinha e as salas de es-
tar e de jantar. Nesses ambientes a luz é natural e o morador
tem uma visão parcial do mar. Em outro contexto, a segunda
sala de estar do projeto, que fica no andar abaixo, foi prepa-
rada para ser usada como um espaço de entretenimento, no
qual os clientes podem receber grandes grupos de amigos.
Estes dois andares são os principais, na visão dos arquitetos
que desenvolveram o projeto. “Eles formam uma composi-
ção dinâmica e escultural, que compreende uma interação de
volumes, níveis de piso, elementos e planos”, explica o sócio
do escritório SAOTA, Stefan Antoni.
Enquanto o piso térreo concentra o hall de entrada e a gara-
gem – para cinco carros –, o sexto andar acomoda o quarto
principal, duas suítes para as crianças, e um lounge para os
pequenos. Para interligar os andares, o projeto inclui um ele-
vador de vidro (que liga o edifício verticalmente) e uma esca-
da de serviço externa.
pARA O muRO, o material escolhido foi o
mármore. Enquanto o vidro, mais escuro, ao
lado da escada, “esconde” uma adega.
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SERvIçO
sAoTA
saota.com
cidade do cabo – África do sul
RECHEADA DE DESIGN
Na decoração, o destaque vai para peças singelas que com-
põem o cenário. A Bubble Chair fica num ponto privilegiado.
Criada por Eero Aarnio, nos anos 1960, a cadeira é um clás-
sico do design. A bolha de acrílico é estofada com almofadas
em couro ecológico. Confortável e clean, como os demais
móveis selecionados.
A luminária anglepoise dá o toque de sutileza ao segundo
andar. É ela quem ilumina o home office, posicionado estra-
tegicamente para apreciar a vista do mar. Com design sutil, a
escada - que dá acesso ao andar onde fica o canto do “tra-
balho” - não tem corrimão. Seguindo a opção pela madeira, a
cor permite a sensação de continuidade – que só é “quebra-
da” pelo teto, em concreto.
Cada peça foi pensada para criar uma fusão entre o design
icônico do século XX e os itens customizados pela ANTONI
ASSOCIATES, parceira do escritório SAOTA. O complemento
ficou por conta da coleção de arte do cliente, que valorizou a
proposta de uma arquitetura contemporânea. “O nosso de-
safio era criar uma casa de família confortável, organizada e
funcional”, conta Mark Rielly, da Antoni Associates.
A casa Victoria 73 condensa os traços de uma África do Sul
rica em diversidade étnica e cultural. É o retrato da comu-
nhão entre o simples e sofisticado, entre o moderno e o rús-
tico, numa mistura perfeita de estilos.
A pIScINA cOm borda infinita dá a sensação
de continuidade entre casa e mar.
mAdEIRA, concreto e vidro distribuídos har-
moniosamente no projeto.
O RETâNGuLO vERmELHO suspenso é a
chaminé da lareira.
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TRAMA CRIATIVAA a rq u i te t a An a Pa u l a Fe r re i ra fe z j u s à fa m a d e i n ova d o ra co m u m p roj e to q u e a r ra n ca s u s p i ro s n a á re a i n te r n a , m a s te m o p o n to a l to l á fo ra
Po r Tá t i l a pe re i ra fo to s Ro d r i go vi e i ra
C E N Á R I O
59
NA FAcHAdA,
a madeira mar-
cando presença!
E para finalizar o
efeito exclusivo,
uma textura foi
aplicada
60
NESTA CASA, a primeira impressão que fica é a de origina-
lidade. Mas a segunda, terceira, quarta ou quantas mais im-
pressões você tiver te levarão para o mesmo caminho. O ní-
vel elevado de criatividade fez com que a arquiteta Ana Paula
Ferreira conseguisse deixar em evidência a área externa –
como era o desejo dos clientes -, mas também fez com que
eles se deleitassem com o interior da residência, repleto de
pontos de destaque e aconchego.
Atenta a todo o briefing passado pela família de quatro com-
ponentes que moraria ali, a profissional projetou uma casa
contemporânea com rusticidade por todo o lado. Observa-
se isso pela madeira usada aos montes nos espaços. Com
um grande terreno à disposição, as áreas de convivência
puderam ter espaço de sobra para a recepção de amigos ou,
simplesmente, para curtir momentos em família. O escritório
foi o responsável pelo projeto completo: arquitetônico, inte-
rior, paisagismo e luminotécnico e formou uma parceria com
a loja Forma&Conforto para que a perfeição fizesse parte da
construção.
São dois pavimentos. No inferior, fica a ampla sala, com lu-
gares de descanso, leitura e aquele aconchego que só uma
lareira é capaz de proporcionar. Atrás dela é possível ter um
gostinho do que está reservado lá fora: um rasgo de vidro
mata – ou aguça - a curiosidade de quem está dentro da
casa e quer ver o que há no jardim. Cozinha, lavanderia tam-
bém estão no térreo, só que o maior apelo visual está a par-
tir do espaço gourmet.
Em mÁRmORE mARROm-ImpERAdOR, a
lareira é o ponto alto da sala. Para a proteção
da luz solar, as persianas em madeira da Lu-
xaflex.
C E N Á R I O
61
NA ÁREA GOuR-
mET, as banque-
tas da Saccaro
dão o ar rústico
pretendido. Uma
espaço para re-
ceber com gosto.
AS TELAS SO-
LARES motori-
zadas, também
da Luxaflex, são
fáceis de manu-
sear, protegem
do sol e impos-
sibilitam que
móveis e pisos
estraguem com
a ação do clima
62
No piso, um “sanduíche” de vidro tem como recheio folhas
– uma passarela de sofisticação. Muitos móveis da Saccaro
formam o cenário. Alguns passos te levam à adega, no sub-
solo. Um colecionar, o patriarca da família queria ter um can-
tinho para guardar e também se deliciar com a bebida. Su-
bindo os degraus, de volta ao térreo, a piscina ganha todos
os olhares – especialmente, se a noite já tiver chegado. Com
uma pedra especial, o restante da casa foi pensado para ela
ser o centro das atenções. Mesmo a residência sendo gran-
de, com aproximadamente 500 metros quadrados, ainda so-
brou muito terreno para ousar no paisagismo e o espaço foi
preenchido com muito bom gosto. Num clima tropical, o pai-
sagismo é mais um atrativo para que moradores e visitantes
A pIScINA FOI O pONTO de parti-
da para a casa. Com borda elevada,
ela tem uma iluminação interna
especial e serve de moldura para o
restante do paisagismo.
curtam o lado externo da casa.
Depois de tanto curtição na parte de baixo, o piso superior
serve para o descanso. Para subir, mais uma beleza a ser ob-
servada: a escada é plissada, revestida em mármore Carra-
ra e com o guarda-corpo em aço inox. Lá em cima, estão as
três suítes: a do casal e uma para cada filho. Os tons neutros
e a pegada rústica se mantêm, porém alguns pontos de cor,
mais escuros para a harmonia dos ambientes, foram, estra-
tegicamente, colocados. Os papéis de parede e tecidos da
Forma & Conforto foram cúmplices importantes nesta mis-
são.
C E N Á R I O
63
A ARQUITETA
Se um adjetivo pode definir a arquiteta Ana paula Ferreira seria contempo-
rânea. Ligada em tudo o que sai de novo no mundo da arquitetura, do design
de interiores e no paisagismo, ela consegue oferecer, em praticamente to-
dos os projetos, a união dessas três frentes. “Assim, é possível um resultado
mais harmônico, já que cuidamos de todas as fases da obra”, explica. Para
ser possível dar conta da fila de futuros clientes, tem uma equipe que dá a
ela a liberdade necessária para atender de perto esse contratante, acom-
panhando-o em cada escolha. Ah, apesar das pessoas que são peças im-
portantes no escritório, o processo criativo, de concepção do projeto, é todo
dela – pensado à noite, em casa! Ela não para! Já se passaram 13 alunos
desde que se formou em Blumenau. No entanto, não parou os estudos: tem
uma especialização em Arquitetura de Interiores e cursa outra em Design de
Mobiliário, área em que pretende focar daqui um tempo. Seu talento já atra-
vessou os limites de Cascavel e hoje a capital do Paraná conta com uma filial
do seu escritório.
SOB O pERGOLA-
dO, um tocheiro deu
um clima intimista,
mesmo que do lado
de fora. Verde, muito
verde, complemen-
ta o cenário.
SERvIçO:
Escritório Ana paula
Ferreira Arquitetura
(45) 3035-4260
www.apferreira.com.br
Forma & conforto
(45) 3037-4278
www.formaeconforto.com.br
64
pERSONALIzAdO Po r Tá t i l a pe re i ra fo to s Ro d r i go vi e i ra
Pa ra d a r v i d a à q u e l e ca n to q u e c l a m a p o r a te n çã o , s e e n t re g u e , s e m m e d o , a o s co m p o s é s
65
PARA FUGIR DA sobriedade do dia a dia, a alternativa é se
divertir. Dar espaço à ousadia é o primeiro passo rumo a uma
realidade mais colorida. Pintar, revestir, recapar, encapar,
cobrir ou, simplesmente, acrescentar uma peça multicolor
são tarefas fáceis e que prometem renovar ambientes sem-
sal. Não importa o tamanho do seu cômodo: seja ele grande
ou pequenininho, sempre é possível inovar. E nisso, as arqui-
tetas – e melhores amigas – Maria Angélica Baú e Elisa Zanol
são especialistas.
No caso dessa dupla, foi amizade à primeira vista! Desde que
se conheceram na faculdade, em 2003, Angélica e Elisa sen-
tiam que não se largariam mais. Para isso, contornaram os
obstáculos do destino. Depois de se formar, Angélica foi para
VEJA ONDE – E COMO – USAR AS COMBINAÇÕES! lembrando: essas são apenas sugestões. o mais importante é saber: você é livre para ousar!
Rondônia e Elisa ficou no Paraná. A carreira em solo novo
ia bem, quando as duas se reencontraram num evento, em
Curitiba. Na capital do estado que as uniu, Angélica e Elisa
decidiram: virariam sócias.
Há 4 anos, dividem o escritório Croqui Arquitetura & Interio-
res. A marca da dupla? A originalidade. Sem medo de ousar,
elas apostam nas cores para levar felicidade e harmonia aos
ambientes que decoram, – tudo, sempre – de acordo com a
vontade do cliente. Em meio às convidativas opções da De-
corações Marisa, as duas selecionaram trios de tecidos para
inspirar e levar os leitores a se jogarem nos composés.
MULTI-COLORIDO
A explosão de cores combina perfeitamente com um espa-
ço kids. Seja no quarto ou na sala de brinquedos, as cores
refletem a espontaneidade da infância. Além de pra-lá-de
-alegres, os tecidos são resistentes e fáceis de limpar.
COLORIDOS
A estampa forte é capaz de alegrar qualquer espaço gour-
met! Na parede, no assento das cadeiras, em almofadas,
futons ou jogos americanos – o composé enriquece o am-
biente.
AzUIS
A sobreposição de azul é ideal para colorir o quarto. Os te-
cidos podem ser usados para revestir colchas, almofadas
e xales. O efeito é de uma decoração personalizada para o
ambiente escolhido.
VERDES
Indicado para sala de estar e jantar. É perfeito para os clien-
tes que gostam de luxo e sofisticação. A combinação cai
super bem na dobradinha sofá + almofada. A escolha das
cores independe do tamanho do cômodo.
P E Q U E N O S P R O B L E M A S , G R A N D E S S O LU ÇÕ E S
SERvIçO croqui Arquitetura & interiores
facebook.com/croquiarquiteturainteriores
(45) 3039-4131
Decorações Marisa
decoracoesmarisa.com.br
(45) 3038-3234
66
O bj e to s a l i a m a s p re fe rê n c i a s d a n o s s a te r ra à s i n ova çõ e s te c n o l óg i ca s
UMA PITADA HIGH-TECH AOS GOSTOS BRASILEIROS
um cAFé NA vIAGEm, pOR FAvOR.
Dizem por aí que o brasileiro é movido à café. Isso faz (mais
que) sentido ao dar uma espiadinha nos números: a média é
de 85 litros de “cafeína” por pessoa, por ano! E se beber café
já virou costume, a Handpresso Auto Machine é perfeita para
os legítimos “viciados” no cafezinho. Com ela, basta adicionar
um pouco de água e pó de café e em poucos segundos lá está
ele: o combustível diário, prontinho para consumo! A Han-
dpresso se encaixa no porta-copos de qualquer carro e pode
ser conectada ao plug de força do automóvel para que a bebi-
da saia quentinha (e permaneça assim por um tempo). Com
esse dispositivo, o café pra viagem virou coisa do passado.
R$ 300,00 (aproximadamente)
cERvEJA pARA quEm SE ARRIScA A FAzê-LA
Malte, cevada, trigo... No BrewBot é
só escolher o seu ingrediente favori-
to, esperar alguns minutos e pronto:
você terá nas mãos uma cerveja fei-
ta de acordo com a sua preferência
- e com base nos seus comandos. O
processo é mais simples do que pa-
rece: é só conectar o BrewBot a um
smartphone e seguir as instruções
que aparecerão na tela. O próprio
dispositivo fornece algumas recei-
tas prontas, mas se a ordem do dia
é arriscar, é perfeitamente possível
criar a sua própria cerveja.
R$ 5.300,00 (aproximadamente)pARA OBSERvAR O SEu dESEmpENHO duRANTE O SONO
Depois de tomar um bom café expresso feito no carro, conectar
vários cabos na soccer ball, fazer a sua própria cerveja e tirar várias
fotos para vê-las no instacube, nada melhor que dormir... Mas e se
a cafeína atrapalhar? Bom, aí você recorre ao HSL-001, um gadget
da Omrom que monitora os movimentos de quem está na cama e
calcula até as horas de sono! Ao acordar, é só conferir os dados num
smartphone cadastrado para analisar a qualidade do seu sono... De-
pois de ver todos essas informações você decide se é preciso ma-
neirar, ou não, na cafeína!
R$ 140,00 (aproximadamente)
vEJA SuAS FOTOS SEm pREcISAR FORçAR OS OLHOS
A moda dos “selfies” chegou ao Brasil e, ao que parece, para ficar. Andar pelas ruas e ver
alguém tirando fotos de si mesmo é extremamente comum. Mas, vamos e venhamos,
tem horas que mostrar as fotos apenas nas redes sociais não basta! Para isso – e tantas
outras coisas – surgiu o Instacube, uma espécie de porta-retrato digital que transmite
as fotos publicadas no Instagram. O dispositivo se conecta no wifi, também opera no sis-
tema Android, possui alta resolução e é super fácil de “manejar”, ou seja, não é uma en-
genhoca que exige muito tempo de estudo para descobrir onde fica o botão liga/desliga.
R$ 340,00 (aproximadamente)
G A D G E T
Po r ca m i l a Ag n e r fo to s d i v u l ga çã o
67
68
VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM parede de samambaias? Então,
preste atenção! Essa é a tendência que vem com tudo no
paisagismo. A ideia é utilizar vários vasos da planta juntos,
seja em jardins verticais, jardins de chão ou até mesmo para
compor uma parede falsa. Isso porque, além de versáteis,
bonitas e acessíveis, as samambaias são plantas de boa
adaptação - vivem bem dentro ou fora de casa.
A quantidade de espécies impressiona: são mais de doze
mil mundo afora. Entre as mais comuns estão a americana,
a amazonas, e as rendas portuguesa e francesa. Todas, em
C R I AT I V I DA D E V E R D E
As s a m a m b a i a s vo l t a ra m co m fo rça to t a l , e a o s m o n te s .
ELAS ESTãO DE VOLTA!
Po r T h a i s Fe r n a n d a m a rq u e s fo to s Ro d r i go vi e i ra
geral, necessitam de um pouco de atenção, já que esse tipo
de planta não pode ficar em contato direto com a luz ou ca-
lor. O ideal é escolher um ambiente úmido e com pouca lumi-
nosidade (pode ser uma parede ou até mesmo à sombra de
uma árvore). Segundo o gerente do Espaço Brasil, Wagner
de Oliveira, os principais cuidados são regar a planta todo dia,
podar as folhas secas, adubar uma vez a cada seis meses e,
de vez em quando, borrifar água nas folhas. Depois disso, é
só curtir a sensação de proximidade com a natureza que as
samambaias proporcionam.
SAMAMBAIA
NOME: Pleopeltis pleopeltifolia;
PREÇO APROXIMADO: R$25;
LOCAL INDICADO: Lugares
úmidos e com pouca luminosi-
dade;
CUIDADOS: Regar todos os
dias, podar folhas secas, adu-
bar uma vez a cada seis meses
e borrifar água nas folhas;
VANTAGENS: Beleza e versa-
tilidade;
DESVANTAGENS: Exige cuida-
dos. A planta não pode ficar em
contato direto com o sol;
AMBIENTE: Interno ou exter-
no.
69
EKAMBA
70
SALãO DE MILãO – POR
ELAS!Q u a t ro m u l h e re s a n te n a d í s s i m a s te
co n t a m , ago ra , t u d o q u e ro l o u n o m a i o r eve n to d e d e co ra çã o d o m u n -
d o
QUANDO UMA GRANDE indústria de móveis planejados fez
o convite, elas não pensaram duas vezes: disseram sim e fo-
ram logo fazendo as malas. A proposta era irrecusável: visi-
tar o Salão Internacional de Móveis de Milão – e trazer de lá
todas as novidades em termos de design. Tarefa dada, tarefa
cumprida. Depois de passar uma semana na cidade que tem
a maior região metropolitana da Itália, elas voltaram para o
Brasil com a bagagem lotada de inspiração e novas ideias.
Stela Albiero Pielak, Rita Galafassi, Liana Bertolucci e Aman-
da Diniz foram as enviadas especiais da revista ConstruAR-
CH nessa jornada de descobertas no Salone Internazionale
del Mobile e contam agora o que mais chamou atenção nos
pavilhões recheados de tendências.
E V E N T O
71
72
COzINHA
Em tons neutros, as cozi-
nhas – praticamente todas!
– têm os eletrodomésticos
embutidos. Não bastasse
a praticidade, os aparelhos
ficam “dentro dos móveis”,
cobertos por portas. Uma
resposta ao movimen-
to mundial da arquitetura
que, de uns tempos para cá,
aposta em ambientes inte-
grados.
As bancadas são anatômi-
cas e as ilhas, antes regu-
lares, apresentam cortes
inovadores - diferentes
do tradicional corte re-
tangular. Outro destaque
é o tamponamento, que
deixa de ser largo para as-
sumir uma espessura de,
em média, um centímetro.
Puxadores finos e embuti-
dos e dobradiças em couro
também impressionaram o
quarteto.
E V E N T O
73
BANHEIROS
Nos banheiros, a simplicidade impera. Os móveis,
na maioria dos estandes, tinham linhas retas e tons
neutros, embora fossem ricos em volumetria. O
destaque para esse ambiente, segundo as profis-
sionais, está na iluminação. O LED aparece tanto no
espelho quanto em nichos e armários. Os espelhos,
aliás, deixaram de ser meramente estéticos para se
tornarem funcionais.
SERvIçO:
Amanda Diniz
(45) 3222-6176
ToG
togallcreatorstogether.com
stela Albiero pielak
(45) 3224-3885
Rita Galafassi
(45) 3035-1617
liana Bertolucci
(45) 3225-1116
74
DESIGN
O Salão Internacional de Móveis de Milão
é reconhecido pela capacidade de reunir
os lançamentos mais bombásticos da
área. Em 2014 não foi diferente. Na Itá-
lia, as arquitetas puderam conhecer, em
primeira mão, a TOG – marca criada pela
Grendene em parceria com designers
conceituados, como Philippe Starck.
A proposta é ser uma fonte de móveis
conceituais e com múltiplas possibilida-
des de customização.
Nos demais estandes, as peças eram
conceituais e muito coloridas. A dica
das profissionais para quem tem medo
de ousar na cor é apostar em objetos e
móveis soltos, que possibilitem brincar
com novos tons sem comprometer o
ambiente.
E V E N T O
75
76
E s c r i tó r i o a l e m ã o a s s u m i u t rê s g ra n d e s o b ra s p a ra a Co p a d o M u n d o n o B ra s i l , e o s p roj e to s
n ã o p a ra m p o r a í : o e s t i l o d o s a rq u i te to s d a G M P e s t a rá t a m b é m e m ce n t ro s e s p o r t i vo s
p a ra o s J ogo s O l í m p i co s d e 2 0 1 6
OS MESTRES
DOS ESTÁDIOS
fo to s d i v u l ga çã o
77
UM GRUPO, MAIS de quinhentos colaboradores, onze es-
critórios - na Alemanha, China, Vietnã, Brasil, Rússia e Catar
– e mais de trezentas obras realizadas mundo afora. GMP é
a sigla que nomeia os números. É também a maior referên-
cia quando o assunto é a relação entre arquitetura e futebol:
são vinte estádios assinados pelo grupo, todos dentro dos
padrões pré-estabelecidos pela FIFA. No Brasil, o escritório
GMP assina três obras para a Copa do Mundo: o Estádio Mi-
neirão em Belo Horizonte, a Arena da Amazônia em Manaus
e o Estádio Nacional de Brasília.
Acostumados com realidades diferentes da europeia, os
arquitetos toparam o desafio e encararam de frente as ad-
versidades que surgiram pelo caminho. Para concretizar os
projetos foi preciso deixar a rigidez de lado e aprender a “re-
bolar” (com – e sem! – samba) para contornar os entraves
burocráticos com flexibilidade e bom humor. Numa conver-
sa sincera e sem rodeios, Hubert Nienhoff, CEO e parceiro da
GMP, revelou detalhes sobre as obras, além, é claro, dos pla-
nos para as próximas competições realizadas aqui.
HISTóRICO
Jogar numa seleção exige preparo, disposição e credibilida-
de. Muitas são as características que definem um atleta es-
colhido para representar o país numa Copa do Mundo. E os
critérios para selecionar quem irá projetar as estruturas que
receberão as seleções, e os torcedores, são tão rigorosos
quanto. Não basta talento: há de se ter responsabilidade e
experiência. Antes de chegar ao Brasil, os arquitetos do es-
critório GMP já haviam demonstrado o know-how em Ber-
lim, Frankfurt e Colônia, na Alemanha e, em 2010, na Cidade
do Cabo, Durban e Porto Elizabeth, na África do Sul. Esses
últimos, aliás, foram pensados para a realidade histórico-so-
cial dos africanos. “Os estádios que planejamos para a Copa
do Mundo na África do Sul foram concebidos principalmente
para a nova sociedade que supera os limites das restrições
raciais”, explica Hubert Nienhoff.
EM TERRAS BRASILEIRAS
Todo país é único: em cultura, gostos, realidades. Com o Bra-
sil não é diferente. Mas, Nienhoff confessou: existiram aqui
algumas barreiras que os arquitetos não esperavam. A maior
– e mais inesperada – foi a rejeição à realização da Copa. Se-
gundo Nienhoff, é inegável que o Brasil seja o país do futebol.
“A atmosfera é positiva e os brasileiros têm a expectativa
de encontrar estádios modernos”, descreve. Mas, apesar
disso, segundo o arquiteto, cresce o descontentamento da
população com gastos altos em obras prestigiosas e com a
suposta corrupção em escala nacional, em detrimento de
investimentos urgentes do setor público em instituições de
caráter social, de educação e de infraestrutura. “As recentes
demonstrações não são contra os estádios em si, mas sim
contra a carência destas melhorias”, compreende.
Diante disso, - e para evitar mais polêmicas - os arquitetos
arregaçaram as mangas e entregaram todas as obras dentro
do prazo, graças à habilidade de driblar imprevistos no meio
de campo. “Os entraves burocráticos foram muito grandes,
sobretudo porque as regras necessárias variam de caso para
caso”. Mas a equipe europeia transformou o obstáculo em
motivação. “É um estímulo especial para nossa capacidade
de adaptação e aprendizagem, além de ser um apelo a todos
nós europeus para sermos mais pacientes e descontraídos”,
conta.
Já em relação à logística, propriamente dita, na Amazônia,
com criatividade foi possível evitar impedimentos. O ar-
quiteto explica que as características regionais em Manaus
foram particularmente marcantes para o cronograma de
construção, uma vez que todos os materiais e componentes
tiveram que ser transportados por via fluvial. “Por essa ra-
zão, a empreiteira geral construiu uma fábrica de peças pré-
moldadas de concreto em seu terreno em frente ao estádio,
onde todos os elementos foram pré-fabricados”, explica.
Desta forma foi possível reduzir, pelo menos parcialmente,
as distâncias de transporte.
Sobre a controversa utilização dos estádios – em especial
o de Manaus – depois da Copa do Mundo, Hubert Nienhoff,
defende: “Os estádios que projetamos sempre podem ser
de uso multifuncional. Além de eventos esportivos, também
é possível realizar concertos e outros eventos de grande
porte”. O estádio na Amazônia é parte de um parque espor-
tivo que conta com sambódromo, ginásio multiuso e cen-
tro de congressos. Por isso, Nienhoff vê a arena como “um
catalisador do impulso econômico de toda a região”, onde é
possível pensar na promoção de tradições locais, como con-
certos ou competições e esportes de caráter especial.
SUSTENTABILIDADE PADRãO FIFA
Mais do que estádios monumentais, a GMP se preocupa com
padrões sustentáveis – impostos, ou não, pela FIFA (o Gre-
en Goal). Isso porque, os arquitetos que compõem o grupo
acreditam que a sustentabilidade não é apenas eficiência
energética na utilização e construção, mas também, na me-
dida do possível, uma utilização máxima da capacidade dos
estádios, que também seja diversificada e duradoura. Para
isso, eles investem em estádios que possam ser usados de
forma multifuncional.
Fora as várias funções, as obras no Brasil revelam algumas
E S P E L H O
78
surpresas: o novo Estádio Na-
cional de Brasília e o novo pré-
dio da Arena da Amazônia, em
Manaus, serão os primeiros
estádios certificados pelo LEED
(Leadership in Energy and Envi-
ronmental Design). O processo
de certificação leva em consi-
deração fatores como a escolha
do local, o cronograma de cons-
trução, trechos de transporte e
conteúdo de energia primária
dos diversos materiais, siste-
ma de gestão de água e de lixo,
consumo de energia, sistemas
de regulação e controle, bem
como uma monitoração cons-
tante da utilização contínua do
estádio.
Na prática, os estádios possuem fachadas climáticas ativas,
instalações sanitárias com economia de água, captação da
água de chuva, passagem da água pluvial, iluminação com
economia de energia, sistemas combinados de refrigera-
ção, calor e energia movidos a bioetanol, ventilação natural,
sistemas de recuperação de calor, sombreamento natural,
máxima utilização da luz diurna e automação inteligente da
edificação. E a cobertura do Estádio Nacional de Brasília é de
painéis fotovoltaicos.
Os recursos foram a forma encontrada para garantir que,
além de ser estruturas preparadas para potenciais eventos
esportivos, os estádios traduzam também a preocupação
com o meio ambiente. E, de olho nos Jogos Olímpicos, o GMP
já assumiu duas obras: o Centro de Esportes Aquáticos e o
Centro de Tênis. Comprovadamente eficientes, pelo visto, os
alemães vieram pra ficar!
Você confere agora a descrição de cada estádio, segundo os
arquitetos da GMP.
fo to Ti m m o S c h re i b e r
E S P E L H O
79
BRASÍLIA
O Estádio Nacional de Brasília faz parte do contexto urba-
nístico histórico criado por Lucio Costa e Oscar Niemeyer, e
declarado como Patrimônio Cultural da Humanidade. Ele é o
maior prédio público na capital do Brasil e substituiu o atu-
al estádio Mané Garrincha. Os arquitetos von Gerkan, Marg
und Partner (gmp) e os engenheiros schlaich bergermann &
partner (sbp) são responsáveis pela nova fachada com ele-
vadas colunatas para a cobertura suspensa composta por
duas camadas. O arquiteto Eduardo Castro Mello (São Pau-
lo), cujo pai elaborou o projeto para o antigo estádio no mes-
mo local, foi o responsável pelas arquibancadas.
Com capacidade para 72.000 espectadores, o estádio tem
design minimalista e quase arquetípico dos componentes –
o principal material utilizado é o concreto. Com sua estrutu-
ra de duas camadas, o teto suspenso e circular possui uma
camada superior composta por uma membrana de fibra de
vidro revestida de PTFE, enquanto a camada inferior é for-
mada por uma tela de malha aberta, iluminada por trás.
80
MANAUS
A cidade, com quase dois milhões de habitantes, está situa-
da no meio da floresta diretamente no rio Negro, afluente do
Amazonas, e a uma distância de 1.300 km do mar. O estádio
encontra-se no eixo viário de transporte que liga o aeropor-
to ao centro da cidade. Ele integra o Parque Esportivo que
possui um sambódromo, pistas de atletismo, ginásios mul-
tiuso e um centro de natação. Aqui também foi possível lan-
çar mão da infraestrutura existente. Na fase de elaboração
do projeto de Manaus, decidimos conceber um estádio bem
simples que, por outro lado, seja uma espécie de citação ao
lugar especial situado bem no meio da floresta tropical.
Utilizando a topografia natural, o estádio encontra-se em
uma base inclinada, que abriga o acesso para VIPs, mídia,
desportistas, bem como vagas de estacionamento. Um anel
formado por camarotes, salas de escritório e um restaurante
separa a parte superior da parte inferior embutida na base.
A estrutura do teto é composta por vigas em balanço si-
métricas; ao mesmo tempo, suas vigas caixão atuam como
grandes calhas para as enormes quantidades de chuvas tro-
picais. A fachada é uma extensão da cobertura, propiciando
sombras para a área de circulação dos espectadores e para
os acessos verticais. A cobertura e a fachada são feitas de
uma membrana de fibra de vidro translúcida.
E S P E L H O
81
BELO HORIzONTE
O estádio Mineirão está situado diretamente no lago artificial
de Pampulha. Uma grande parte da primeira fase dos traba-
lhos de Oscar Niemeyer está localizada em torno desse lago:
a igreja São Francisco de Assis, o Iate Clube, a Casa do Baile,
o Golf Club, o Cassino e a residência de Kubitschek. Em par-
ceria com Gustavo Penna, Arquiteto e Associados (Belo Ho-
rizonte) e com os engenheiros estruturais schlaich berger-
mann & partner, os arquitetos do GMP desenvolveram para
esse estádio o conceito de reforma e modernização. A nova
capacidade do estádio é para aproximadamente 70.000 as-
sentos.
O histórico nível superior foi reformado: na arquibancada
central do lado ocidental, dois andares de camarotes ofere-
cem espaço suficiente para VIPS. Para garantir uma proteção
contra a chuva e o sol, o conceito arquitetônico inclui uma
complementação do atual teto de concreto aparente com
uma leve cobertura das arquibancadas. A cobertura foi ori-
ginalmente concebida como uma estrutura extremamente
leve e suspensa chamada de “roda de bicicleta in- vertida”,
a ser posicionada embaixo do teto já existente. Ao longo da
execução dos trabalhos, optou-se por uma estrutura simpli-
ficada e coberta por uma membrana.
82
E s b a nj a n d o c h a r m e e j e i t i n h o b ra s i l e i ro , o t r i o d e m e s a s s e a d a p t a a q u a l q u e r d e co ra çã o
UMA É BOA, TRÊS SãO (LINDAS) DEMAIS!
Po r ca m i l a Ag n e r fo to s d i v u l ga çã o
PARA A DESIGNER BRASILEIRA carolina Haveroth, o uso
- e abuso - das cores e texturas faz parte de uma trajetória
de sucesso. Na bagagem, Carolina acumula diferentes peças,
dignas de destaque na decoração de casas que exalam o es-
pírito carnalavesco mas, ao mesmo tempo, cheio do encanto
da bossa.
O trio de mesas é o queridinho dos admiradores do design
canarinho. Consideradas as “campeãs de vendas”, as mesas
formam um jogo versátil, com a assinatura que caracteriza
as criações de Carolina: a técnica de pintura e mistura de
cores e listras em diferentes proporções e tonalidades apli-
cadas no tampão - que dão um tom alegre e charmoso às
mesinhas. Para os clientes (em território nacional, ou não!),
o chamariz do trio by Carolina Haveroth é a identidade visual
que oferece alegria, cores, harmonia e muita brasilidade.
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Co m c r i a t i v i d a d e , o ca i xo te d e p l á s t i co , i n s p i ra d o e m M a u r í c i o Ar r u -d a , ga n h a fo r m a to e u t i l i d a d e n ovo s
DA FEIRA PARA O QUARTOD O I T
PASSO #1
Com o serrote, corte um retângulo na lateral da caixa. Na
sequência, encaixe os pés da cama box e rosqueie bem
a porca, para que a peça tenha a sustentação ideal.
MATERIAIS:
- Caixote de plástico
- Pés de cama box
- Placa de MDF
- Tecido
- Cola branca, cola quente e tesoura
- Serrote
ASSIM, à PRIMEIRA VISTA, o caixote plástico não é lá mui-
to atraente. Mas, nas mãos da artesã Priscila Schmitk, com
cola-tecido-serrote-e-uma-pitada-de-magia, o objeto
se transformou. Apaixonada pelo mundo das artes desde
pequena, Priscila não poupou esforços para dar à caixa de
frutas uma nova função: a de criado-mudo. Ps.: O resultado
ficou um mimo!
PASSO #4
Divirta-se: seu criado-mudo está pron-
to! Agora, é só decorar!
PASSO #3
Use a cola quente para fixar a placa de MDF enca-
pada à superfície do caixote.
PASSO #2
Passe a cola ao longo da placa de MDF. Coloque o
tecido, bem esticado, por cima. Cuide para não criar
bolhas de ar.
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EXPOSIÇãO “DESENHOS DE TRABALHO” DE RICARDO BAK GORDON
A exposição “Desenhos de Trabalho” reúne as obras de Ricardo Bak - vence-
dor do prêmio FAD 2011 (Barcelona, Espanha) e do prêmio BIAU 2012 (Cádiz,
Espanha). Ricardo representou suas experiências pessoais, reflexões, dúvi-
das e pensamentos que fazem parte do seu processo criativo. A mostra está
disponível na Galeria Boavista, em Lisboa, até o dia 26 de junho.
7º CONCURSO NACIONAL CBCA
Um convite à criatividade: o 7º Concurso Nacional CBCA, promovido pelo
Centro Brasileiro de Construção em Aço (CBCA), desafia os participantes
a criar um edifício destinado a habitação social. O concurso é voltado para
estudantes de arquitetura, com o suporte de um professor orientador. Os
vencedores representarão o Brasil no 5º Concurso Alacero, no Chile. As ins-
crições vão até 15 de agosto. Acesse o site www.cbca-acobrasil.org.br.
3ª CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL E ARQUITE-
TURA ICCEA
Ideal para se atualizar! Campinas será sede da terceira edição da Conferência
Internacional de Engenharia Civil e Arquitetura ICCEA 2014. O evento consti-
tuirá uma plataforma de divulgação dos mais recentes projetos e tecnologias
na área da construção. Alguns exemplos são a tecnologia em engenharia de
estruturas, engenharia geotécnica, hidráulica, materiais de construção, ar-
quitetura ambiental, entre outros. A conferência será realizada entre os dias
30 de Julho e 1 de Agosto.
EXPOSIÇãO RICHARD SERRA: DESENHOS NA CASA DA GÁVEA
O Instituto Moreira Salles apresenta, até o dia 28 de setembro, a exposição
“Richard Serra: desenhos na casa da Gávea”. A mostra conta com 96 obras
selecionadas pelo próprio artista, escolhidos a partir da escala da casa, “um
espaço doméstico”. A exposição é paralela à divulgação do livro “Escritos e
Entrevistas”, de Richard Serra, editado pelo Instituto Moreira Salles.
CONCURSO INTERNACIONAL “WINE CULTURE CENTER”
Amantes do vinho e da arquitetura podem juntar as duas paixões no Concurso
“Wine Culture Center”, promovido pela entidade Young Architects
Competitions. A ideia é que os participantes inscrevam projetos para a adega
italiana Cantina Valpolicella Negrar, em Verona. A premiação é de R$ 24 mil
e as inscrições encerram no dia 30 de junho. Estudantes de arquitetura do
mundo todo podem enviar seus trabalhos.
B E O N
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O escritório Eduardo Paranhos faz parte de uma geração disposta a inovar e fugir do convencional. A agilidade, modernidade e economia que você procura aliadas à nossa experiência - tudo para materializar o seu sonho.
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SOBRE O CONTRATO DE COMPRA E VENDA E ATRASO NA ENTREGA
VOCÊ ESTÁ A UM PASSO de realizar seu sonho. Escolheu o
imóvel, se certificou de que a construtora é confiável e guar-
dou todos os panfletos para garantir que o imóvel entregue
será equivalente ao que foi prometido na hora da compra.
Então chega um momento muito importante: a assinatura
do contrato. Nessa hora, toda atenção é necessária.
Leia com tranquilidade e paciência. Não assine nada sob
pressão! Antes de assinar qualquer documento é funda-
mental ler todas as cláusulas, parágrafos e alíneas. Se for o
caso, consulte um advogado de sua confiança para garantir
que os termos desconhecidos não causarão problemas no
futuro. Lembre-se: este profissional deve ser escolhido por
você - a venda “casada”, em que a construtora indica um
advogado, é proibida pelo Código de Defesa do Consumidor.
De modo geral, atente-se para que conste no contrato a
identificação do construtor; as especificações da oferta, da
minuta, do termo de reserva ou da proposta; o valor do sinal;
o valor total do imóvel; os índices de reajuste e sua periodici-
dade quando houver parcelamento; o local do pagamento e
as penalidades por atraso; os valores a serem pagos na en-
trega das chaves; a indicação da unidade privativa e da gara-
gem; os prazos para início e entrega da obra, com as penali-
dades em caso de não cumprimento; os casos possíveis de
rescisão e as condições para devolução de valores, no caso
de inadimplência do adquirente.
D e s c u b ra to d o s o s i te n s e m q u e vo cê d eve p re s t a r a te n çã o n o co n t ra to - i n -c l u s i ve a p rev i s ã o d e a t ra s o ( ! ) n a e n t re ga d o i m óve l .
IMPORTANTE SABER:
Embora, muitas vezes, o comprador pague a comissão de
corretagem e a taxa conhecida por SATI (Serviço de Asses-
soria Técnico-Imobiliária) ou ATI (Assessoria Técnico-Imo-
biliária) - referente à contratação de um especialista para
fornecer informações sobre contrato, forma de pagamento
e trâmites para a outorga da escritura -, a responsabilidade
por essas contas é da construtora. Ou seja: quem adqui-
re o imóvel não é obrigado a pagar as taxas acima citadas,
portanto, caso já tenha pago você poderá reavê-las judicial-
mente.
ATRASO NA ENTREGA
Se a data prometida para a entrega do imóvel não for cum-
prida, os valores dos aluguéis pagos em outro imóvel no pe-
ríodo em que já deveria estar morando em seu novo lar, bem
como o possível lucro que deixou de ter (caso a intenção fos-
se alugar a casa/apartamento adquirido na planta), poderão
ser ressarcidos pela construtora. No entanto, se o contrato
tiver uma cláusula de tolerância que estipule a prorrogação
para entrega do imóvel (normalmente entre 120 e 180 dias),
somente será possível reaver as perdas e danos após o de-
correr deste prazo.
Atento a estes detalhes, e outros que serão demonstrados
nas próximas edições, você estará livre de brechas que, no
futuro, poderão gerar problemas judiciais. Lembre-se: sem-
pre que surgirem dúvidas, procure um advogado - ele garan-
tirá que seus direitos sejam concretizados e evitará surpre-
sas indesejáveis.
J U R I D I Q U Ê S
mARcELA pIRESAdvogadaOAB-PR: 60.654
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BONITO – MATO GROSSO
DO SUL
O nome é autoexplicativo.
Bonito não é só linda – redun-
dâncias à parte -, como traz,
implicitamente, um convite à
aproximação com a natureza.
De cavernas submersas a rios
cristalinos, lotados de peixes.
As atividades no recanto da
beleza natural são para to-
das idades, já que incluem
caminhadas curtas e leves.
A cidade é um dos polos do
ecoturismo nacional, por isso,
conta com uma infraestrutu-
ra preparada para os serviços
turísticos. Não deixe de vi-
sitar o Abismo de Anhumas
– digno de cenário de filme -,
onde só é possível chegar por
meio de uma descida de rapel.
Mas o esforço compensa: o
lago cristalino é um mergulho
numa realidade de encantos.
S K E T C H M A P
Fo ra d a ro t a d o s j ogo s d a Co p a ex i s te m u i to l u ga r q u e o s t u r i s t a s ( e b ra s i l e i ro s ! ) p re c i s a m v i s i t a r p a ra co n h e ce r a s n o s s a s b e l e z a s n a t u ra i s . An d e r s o n Ro c h a , s u p e r v i s o r d e u m a agê n c i a d e v i age n s , fe z u m a re l a çã o d e d e s t i n o s i m p e rd í ve i s . O l h a s ó :
LUGARES QUE OS GRINGOS NÃO PODEM DEIXAR DE CONHECER NO BRASIL
Po r An d e r s o n Ro c h a fo to s d i v u l ga çã o
93
PARATY – RIO DE JANEIRO
Nem só de Ipanema, Copacabana e Leblon se faz o Rio de Ja-
neiro. No litoral oeste, a cerca de 240 quilômetros da capital,
está Paraty. Dona de praias paradisíacas – e cachoeiras, e
montanhas –, a cidade tem também um centro histórico rico
em cultura, onde acontece a famosa Feira Literária de Pa-
raty. Entre os pontos turísticos indispensáveis estão: Praia
de Trindade (ou Cachadaço), Igreja Matriz Nossa Senhora
dos Remédios e o famosíssimo Centro Histórico. Na cidade
é possível experimentar três quitutes distintos: o manuê de
bacia (um bolo de melado de cana, farinha de trigo e ovos), o
massapão (semelhante ao quindim nacional, feito à base de
ovos, coco ralado e amêndoas) e o café com cachaça, chan-
tilly e geleia de gengibre. FLORIANóPOLIS – SANTA CATARINA
Quando o assunto é praia, outro destaque (conhecido e preferido de
quem mora no sul do país) é Florianópolis. A ilha catarinense atrai qua-
se um milhão de turistas por ano. Não à toa. As opções de praia vão
desde a mais disputada pelos surfistas (Joaquina) às independentes
e movimentadas (como a Praia dos Ingleses e Canasvieiras). Além de
vistas de tirar o fôlego, Floripa tem também uma gastronomia de fa-
zer inveja. Considerada a “Capital Nacional das Ostras”, não precisa
nem falar qual tipo de prato você encontra por lá, né? Se você gosta
de massas, não deixe de experimentar as cucas de maçã e banana.
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LENÇóIS MARANHENSES – MARANHãO
Poderia se chamar o “Oásis Maranhense”. Só que ao invés de uma duna,
são vários os montes de areia intercalados com lagoas de águas cristalinas.
Localizado no município de Barreirinhas, por lá a mistura é entre a mágica
beleza natural e uma bela pitada de aventura. Fora a visão sensacional, outra
atração são as margens do Rio Preguiça - que têm ilhas repletas de maca-
cos e restaurantes com o melhor da culinária local. Se você curte geografia,
pertinho dali tem o povoado de Mandacaru, onde a atração é o Farol Pregui-
ças. Do alto de 35 metros dá pra ver certinho o encontro do rio com o mar.
Uma vista que compensa a subida dos 160 degraus! Atenção: nos lençóis
maranhenses, a disposição das dunas muda conforme o vento, então a re-
comendação é fazer o passeio sempre acompanhado por um guia local.
S K E T C H M A P
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JERICOACOARA – CEARÁ
Um paraíso ecológico “recém-descoberto”. A fama de
Jericoacoara é recente, logo, o lugar continua intocado.
Não é fácil de chegar lá: é preciso viajar 300 quilômetros
de veículo 4x4 ou num ônibus (viagem que dura cinco
horas) até Jijoca e, depois, mais uma hora corcoveando
pelas estradas de areia, num veículo adaptado. Soou
como um sacrifício? Pode apostar: o resultado compen-
sa! O vento refresca o sol escaldante nas dunas e o mar,
MORRO DE SãO PAULO
Apesar do nome, o Morro de São
Paulo nada tem a ver com a SP
que conhecemos. Pelo contrário,
congestionamento é cena que
nunca se vê por lá. Para chegar ao
destino turístico, você precisará
de um barco ou avião. O que, de
cara, já deixa claro que o objetivo
é curtir a natureza e relaxar. Dis-
tante 308 quilômetros de Salva-
dor, o Morro de São Paulo reúne
tranquilidade e agito, nos bares e
demais opções para os amantes
da vida noturna. É uma viagem
indicada para você resinificar o
nome “São Paulo”.
transparente, são um convite para horas “lagarteando” dei-
tado em uma rede. O bônus aqui vai para um cartão-postal
camuflado. É a Pedra Furada – um arco natural de quase 5
metros de altura, visto perfeitamente quando a maré está
baixa. Entre julho e agosto este é o melhor ponto para ver o
pôr do sol. Fora a calmaria, Jeri conta com restaurantes e ba-
res animados, onde o ritmo que embala os turistas é o forró-
pé-de-serra.
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PAT R Í C I A
PASS O
A especialidade
dela é iluminação.
Com os projetos
l u m i n o té c n i co s
que saem da ima-
ginação (e dos
anos de estudo!)
de Patrícia, a vida dos clientes fica muito
mais clara. Embora quem more em Curi-
tiba tenha sorte por estar pertinho do
escritório onde ela trabalha, de qualquer
lugar do mundo é possível contar com o
toque poético da distribuição correta das
lâmpadas, garantido por Patrícia.
A N D E R S O N R O C H A
Difícil dizer quem chegou primeiro:
a oportunidade ou a paixão pe-
las viagens. Fato é que, quando o
“avião passou”, Anderson não pen-
sou duas vezes antes de embarcar.
Foi de passageiro a comandante
num piscar de olhos. Apaixonado
pelo que faz – de forma a contagiar
qualquer cliente – Anderson é a ponte entre o sonho e
a realidade para os amantes de viagens.
C A M I L A AG N E R
Malabarista de palavras,
Camila encontra o equilíbrio
entre a ousadia e a sensibi-
lidade. Os textos, mar por
onde já se aventurava no
blog Venturarte, são a es-
pecialidade – e aposta – da
nova integrante da equipe
da editora DFP. Camila dei-
xou de lado a faculdade de Direito para se entregar à paixão
pelas letras. Quem ganhou foram vocês: nossos leitores que,
a partir desta edição, contam com a poesia dela. P R I S C I L A S C H M I T K
Nos produtos feitos, carinho-
samente, por Priscila, dá para
notar os traços que distinguem
a artesã. Dona de um talento
nato, ela brinca com tecidos e
dá vida a objetos de decoração,
que enchem a casa de alegria
e delicadeza. Priscila dá-asas
-à-imaginação e não tem limites quando
o assunto é criar. O patchwork é marca re-
gistrada e transmite a alegria, a paz e a se-
renidade – tão procuradas na rotina louca
de todo dia.
G U I L H E R M E M A R CO N
Professor de arquitetura e especialista em
projeto e concepção de espaço construí-
do, Guilherme nem parece ter 28 anos. A
experiência, ampliada durante um estágio
no Atelier Christian de Portzamparc, em
Paris, faz dele um arquiteto consciente e
visionário. Guilherme é apaixonado por
fotografia e viagens. Ele enxerga na des-
coberta de novos destinos uma possibili-
dade de aprimorar a paixão pela arquite-
tura.
CO L A B O R A D O R E S
Co m a e s ca l a çã o d a e q u i p e d a Co n s t r u ARCH # 8 , a v i tó r i a j á e s t á ga ra n t i d a
TIME DE PESO!
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D I FERENCE
Diferentes est i los em uma só vibração.A maior mostra de arqui te tura,
decoração e paisagismo do
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pro�ssionais da área.
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B AT E - PA P O
NOS pRÓXImOS mESES os olhos do mundo se voltarão para o Brasil. A exposição mundial, adquirida com os gran-
des eventos esportivos (Copa do Mundo e, logo mais, as Olimpíadas), revelará vários aspectos brasileiros e aflorará
tanto os bons quanto os ruins. Com essa premissa, a arquitetura, fator de importância na definição cultural de um
povo, passa a ser revisitada.
A arquitetura brasileira é extremamente rica e plural: ela perpassa diferentes períodos, desde o descobrimento do
país e a diversidade da arquitetura indígena à arquitetura colonial do período do Brasil colônia. Por seguinte, somam-
se os diversos estilos trazidos do velho continente: o Barroco, Rococó, Neoclássico, Neogótico, Ecletismo, dentre
outros. Porém, é somente com a introdução da Arquitetura Moderna na década de 1920, a vinda de Le Corbusier
para o país em 1929 e a formação de uma grande geração de arquitetos (como Lúcio Costa, Affonso Eduardo Reidy,
Oscar Niemeyer, Villanova Artigas, Irmãos Roberto e Rino Levi) que o perfil arquitetônico daqui atinge expressão e
originalidade.
O período entre as décadas de 1930 e 1960 foi muito rico e produtivo para o país. Amparada por uma geração de
profissionais de extremo talento, a arquitetura brasileira atinge seu ápice: os edifícios passam a ser admirados e es-
tudados mundo afora. Depois disso, ocorre o golpe militar - extremamente negativo para a produção arquitetônica
local, já que muitos profissionais ficam exilados -, e as décadas seguintes são de pouca relevância. Com o fim da
ditadura e a abertura política e econômica, um novo momento surge no cenário nacional.
A produção atual é pluralizada, embora muito da qualidade e originalidade de outrora tenham se perdido. Todavia,
os novos panoramas mundiais, a globalização, a facilidade de acesso à informação e ao estudo e o crescimento
econômico brasileiro têm possibilitado a formação de uma geração de profissionais mais aberta ao que ocorre no
restante do mundo. Muitos destes tiveram a oportunidade de estudar ou morar no exterior. Adiciona-se a isso a
vinda de muitos arquitetos estrangeiros e a realização de obras no Brasil por grandes nomes da arquitetura mun-
dial. Exemplos são: Daniel Libeskind, Herzog e de Meuron, Christian de Portzamparc, Diller e Scofidio e Alvaro Siza.
Desta forma, a arquitetura brasileira enfrenta diversos desafios. As tradições modernistas ainda exercem grande
influência e existe também um grande saudosismo pelo período. De maneira geral, os brasileiros são bairristas e
pouco abertos às questões teóricas que definem o mundo e a arquitetura contemporânea.
GuILHERmE RIBEIRO dE SOuzA mARcON Arquiteto e Urbanista (2007) CAU-PR - nº A 54591-0Pós graduado em Projeto e Concepção do Espaço (2010)Estágio Atelier Christian de Portzamparc, Paris - França (2009)Professor do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Assis Gurgacz.
UM PANORAMA DA ARQUITETURA BRASILEIRAPa ra e n te n d e r o n o s s o p e r f i l a rq u i te tô n i co , b a s -t a u m a rá p i d a o l h a d a p a ra t rá s
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