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Psicologia Sócio-HistóricaPsicologia Sócio-Histórica

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Concepção social da natureza da consciência e da personalidade humana

TEÓRICOS:- Vigostki- Leontiev- Luria

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• A história é o produto dos modos

pelos quais os homens organizam sua existência ao longo do tempo e diz respeito ao movimento e às contradições do mundo, dos homens e de suas relações.

• Inclui o processo de evolução dos seres vivos, o processo de complexificação pelo qual passa esse ser, que, superando-se como ser biológico firma-se como ser social e histórico.

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Movimento

• Contradições, conflitos entre opostos é o que engendram as transformações e mudanças.

• Sem conflito de opostos, não há transformação!

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Contradição• Todos os fenômenos contém a si e a

seu oposto; o oposto não é fora, é intra. A matéria viva é transformação em movimento!

• Ex: causa também é efeito e efeito também é causa; toda forma tem conteúdo e todo conteúdo também é forma.

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Atividade Vital Humana

• Superação do biológico: desenvolve-se função cognitiva e afetiva

• Desenvolvimento-> ações intencionais -> consciência de uma finalidade que precede a transformação concreta da realidade natural ou social.

• Assim, a Atividade Vital Humana é ação material consciente e objetiva: práxis.

• Práxis -> dimensão autocriativa do homem (dimensão objetiva/prática + dimensão subjetiva/teórica) que se realiza na contínua transformação da realidade e de si mesmo, processo garantido pela estruturação da consciência.

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No processo de humanização, a criança precisa se apropriar do patrimônio cultural humano-genérico, ou seja, daquilo que foi

produzido historicamente pelo gênero humano, desde a linguagem oral até os

equipamentos de tecnologia, dos objetos triviais do cotidiano às obras de arte, das brincadeiras e parlendas à ética, política e

filosofia. O conjunto das conquistas histórico-culturais humanas abarca habilidades e funções psicológicas não-naturais, não

garantidas pelo aparato biológico. O desenvolvimento das funções do

psiquismo depende de processos educativos e sociais.

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Apropriação da cultura: caráter

ativo, natureza mediada, e capacidade de formar no homem novas funções psíquicas.

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Funções Psíquicas• Capacidade ou propriedade de ação de

que dispõe nosso psiquismo no processo de captação da realidade objetiva.

• São elas: sensação, percepção, atenção, memória, linguagem, pensamento, imaginação, emoção e sentimento.

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Funções Psíquicas

Vigotski distingue entre:• Funções psíquicas elementares

(FPE): comuns a homens e animais• Funções psíquicas superiores

(FDS): exclusivas, produto da vida social

• Animal: Conduta determinada por estimulação interna e externa

• Humano: Supera a determinação das estimulações e domina o próprio comportamento.

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Ex: Na criança…

• Até fase pré-escolar a atenção é elementar; dispersam com facilidade, são reféns das estimulações do meio.

• Os processos educativos oportunizam mecanismos para dominar a atenção e desenvolver a concentração!

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Sensação (elementar)

• Momento inicial do reflexo da realidade

• Reflete as qualidades isoladas dos objetos e fenômenos do mundo material que atuam diretamente sobre os órgãos dos sentidos

• Dela resulta uma imagem subjetiva do mundo objetivo

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Percepção (elementar)

• Função responsável pela representação do conjunto de propriedades do objeto que atuam diretamente sobre os órgãos dos sentidos conferindo-lhe uma imagem unificada.

• Resulta de estimulação complexa, é uma resposta à estímulos complexos

• A função social altera a percepção; experiência amplia o campo perceptual

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Percepção (elementar)

• É a partir dos estímulos complexos que as imagens psíquicas conquistam novas propriedades, firmando-se como signos (portadores de significação; ex: fala da professora)

• Tanto quanto o contato sensorial com os objetos, a comunicação verbal adulto-criança é decisava para a complexificação perceptual, requisito primeiro para a construção de conhecimentos (influência do desenvolvimento da linguagem)

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Atenção

• Seleção/Retenção/Inibição (influxos concorrentes)

• Só existe atenção em estado de vigília desperta

• Involtuntária X Voluntária • Involuntária (elementar)- Natural,

inata, reflexa; aparece e se manifesta independentemente de motivos conscientes do indivíduo

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Atenção Voluntária (superior)

• Especificamente humana; origem em motivos/finalidades estabelecidas conscientemente pelo indivíduo: manifestação volitiva; determinada pela ação, que atinge fins pré-estabelecidos pela pessoa; relacionada com os objetos da tarefas orientadas conscientemente.

• Dispõe de qualidades:• Tenacidade- propriedade de manter a atenção• Vigilância- propriedade de desviar a atenção

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Sensação Imagens psíquicas construídas a partir de propriedades isoladas dos objetos (estímulos)

Percepção Imagens psíquicas construídas por uma totalidade sensorial caracterizadora de uma dada forma ao objeto

Atenção Voluntária Eleição seletiva de estímulos tornados conscientes

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Memória

• Fixação, armazenamento, e evocação das experiências do indivíduo

• Registro acessível por evocação daquilo que no passado foi sentido, percebido e atentado.

• Associações ocorrem por: contiguidade de tempo e espaço; semelhança; contraste; causa e efeito.

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Memória Involuntária

• Substrato natural da memória, fixação sem planejamento de um fim e sem a utilização de recursos auxiliares.

• Fixa-se melhor o que possui maior significação.

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Memória voluntária • Ocorre atendendo a um fim específico e é controlada pelo

indivíduo; fixa-se algo na memória e evoca-se sob apelo consciente; encerra atos psíquicos capazes de dirigí-la ocorrendo pela mediação de signos artificiais. Para se fixar algo na memória é preciso, antes, compreendê-lo, o que distingue a memória mecânica da memória racional.

• Memória de curta duração- possui expressão temporal e por isso é conhecida como memória imediata e instantânea.

• Memória de longa duração- armazenamento prolongado do material; operam: repetição, associação com conteúdos prévios, importância afetiva e compreensão.

• O desenvolvimento da memória se processa concomitantemente ao da atenção.

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Memória• A partir dos 4/5 anos a memorização

adquire maior estabilidade, embora ainda privilegie conteúdos vinculados ao seu interesse e necessidades. Somente após esse período tem início o desenvolvimento da memória voluntária.

• É apenas devido à complexificação da linguagem e ampliação das aprendizagens que a memória voluntária desenvolve-se prioritariamente no funcionamento do indivíduo.

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Signos• Segundo Vigotski, para o

desenvolvimento do autodomínio é preciso que haja internalização dos signos da cultura.

• Signos: meios auxiliares para a solução de tarefas psicológicas; ferramentas psicológicas que orientam a conduta do homem no ambiente; estímulos de segunda ordem, diferente dos estímulos naturalmente presentes no ambiente como os visuais, auditivos e sonoros.

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Signos

• O signo é o meio pelo qual o homem, ao superar os limites da representação imediata da realidade, passa a representá-la cognitivamente.

• Ex: A fala da professora constitui um estímulo de segunda ordem, isto é, um signo, cujo significado altera a relação das crianças com os demais estímulos do meio.

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Signos - Linguagem

• Assim, a relação do homem com o que o rodeia passa a ser mediada pelos signos da cultura. E… “a palavra é o signo por excelência”!

• Portanto, o principal sistema de signos existente é a linguagem.

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Linguagem (superior)

• Sistema de signos (predominantemente verbal) que possibilita a comunicação complexa entre os homens.

• Sistema que permite a construção, fixação e generalização dos conhecimentos consolidados historicamente.

• A linguagem assume uma função mediadora entre o homem e o mundo físico e social tornando possível sua representação por meio de palavras.

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Linguagem• Linguagem externa: organização da

relação com o outro; função interpessoal.

• Linguagem egocêntrica: organização da relação consigo; função de transição (internalização).

• Linguagem externa: organização da consciência.

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• A transmutação da linguagem puramente

subjetiva em linguagem objetiva decorre do uso funcional da palavra como recurso para nominar tanto os estados internos quanto os objetos.

• Como resultado deste processo se formam as idéias, imprescindíveis ao pensamento.

• Linguagem e Pensamento-> interconexão, porém diferentes origens:

• A finalidade primária da linguagem é servir de meio de comunicação.

• Já a finalidade primária do pensamento é o conhecimento do real e a regulação do comportamento.

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Pensamento (superior)

• Processo socialmente condicionado que, ao longo do desnvolvimento, se liga indissociavelmente à linguagem.

• Se vincula ao conhecimento sensorial, mas permite o estabelecimento de relações entre objetos e fenômenos, promovendo apreensão da realidade em sua essência e regularidade.

• Graças ao desenvolvimento do pensamento a atividade prática deixa de ser imediata, tornando-se mediada por conhecimentos.

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Idéia• O conteúdo do pensamento é a idéia, cuja origem é a

atividade do homem na realidade concreta, objetiva.

• Idéia: reflexo (imagem) da realidade representada por signos (palavras)

• As idéias se expressam sob a forma de conceitos e juízos

• Conceito: reflete características gerais, essenciais e diferenciais dos objetos e fenômenos. (Especificidade do objeto)

• Juízo: São os conteúdos dos conceitos; produto do estabelecimento de conexões e relações entre propriedades e características dos objetos. (Movimento de análise)

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Classificação do Pensamento

Pensamento empírico: • - forma primária do pensamento• - indica aquilo que o fenômeno é sob dadas condições, que se

revelam sensorial e imediatamente (identidade e características distintivas dos objetos)

• - expressa-se ao longo do desenvolvimento como pensamento efetivo (conceito, essencialmente prático) e pensamento figurativo (intermediário entre o empírico e o teórico)

Pensamento teórico:• - apreende o objeto em sua origem, formação e transformação por

meio de conceitos• - opera por meio de idéias extraindo dimensões do fenômeno que não

se revelam sensorial e imediatamente• - apreende a realidade em seu movimento, em seu trânsito.

* O desenvolvimento do pensamento encontra-se necessariamente à atuação na realidade obejtiva e ao desenvolvimento da linguagem

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Imaginação (superior)

• Construção antecipada da imagem do produto da atividade.

• Possibilita a criação de novas imagens sensoriais na consciência por meio da transformação (mental) como ponto de partida das impressões recebidas da realidade.

Funções:• Criação de um modelo psíquico do produto final e dos

meios requeridos na atividade• Resolução de problemas, busca de novas soluções e,

portanto, transformação criativa da realidade.

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Imaginação e

Pensamento

• Vinculados, ambos mobilizados pelas necessidades do indivíduo no trato com a realidade; porém a imaginação ocorre em uma formação concreto-figurativa, enquanto o pensamento se produz por meio de operações racionais.

• Tais processos são intercomplementares, pois o sistema de imagens e o sistema de conceitos são intimamente relacionados.

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Tipos de Imaginação• Imaginação Passiva (“sonho”): criação de

imagens que não conduzem a ação na direção de sua materialização.

• Imaginação Ativa: imagens orientadoras da atividade concreta (imaginação reconstrutiva e imaginação criadora) * A origem objetiva da imaginação é a representação da realidade e seu curso

pressupõe a ruptura das conexões habituais possibilitando novas conexões!!!

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Emoções (elementar)

• Surgem da atividade cerebral segundo transformações registradas a partir do mundo exterior.

• Expressam-se como reflexo sensorial direto como relação relativa à sensações.

• Cumprem a função de sinais internos para atividade do indivíduo, são geradas por qualidades isoladas dos objetos possuindo um caráter circunstancial.

• Exemplos: raiva, medo, alegria, tristeza.

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Sentimentos (superior)

• As reações emocionais vão adquirindo caráter de sentimentos sob decisiva influência da cultura.

• Possuem natureza histórico-social.• Originam-se de necessidades e

vivências culturais, organizando-se em função das condições sociais de vida e atitudes perante às experiências.

• Dependem sempre de objetos e fenômenos em conjunto e não de propriedades isoladas deles.

• Motivam-se por complexas relações entre realidade presente, experiências passadas e expectativas futuras.

• Exemplos: amor, empatia, solidariedade.

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“As diferentes transições que ocorrem ao longo do processo de desenvolvimento caracterizam-se por crises e rupturas

provocadas por contradições entre o modo como a criança vive em determinado

momento e as possibilidades já existentes de superação. É desta contradição que surge a necessidade da passagem para

outro estágio qualitativamente mais complexo.”

(Vigotski, 1996)