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Destaques: O Bem Agora Carta de Ano Novo Livro: Fonte Viva Filhos: Educação Moral e Liberdade Viver no Tempo da Consciência Divulgação da Doutrina PROIBIDA A VENDA Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 13 - nº 111 - Janeiro/2012 Distribuição Gratuita

Destaques - espiritismoeluz.org.br · Imagem da Capa Concepção ... Petitinga pôde contar com o apoio de iminentes espíritas da época, como: ... a sede própria da União Espírita

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Destaques:O Bem AgoraCarta de Ano Novo

Livro: Fonte VivaFilhos: Educação Moral e Liberdade

Viver no Tempo da ConsciênciaDivulgação da Doutrina

PROIBIDA A VENDA

Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 13 - nº 111 - Janeiro/2012Distribuição Gratuita

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EditorialPublicação MensalDoutrinária-espírita

Ano 13 – nº 111 – Janeiro/2012Órgão divulgador do Núcleo de

Estudos Espíritas Amor e EsperançaCNPJ: 03.880.975/0001-40

Inscrição Estadual: 146.209.029.115

Seareiro é uma publicação mensal, destinada a expandir a divulgação da Doutrina Espírita e a manter o intercâmbio entre os interessados em âmbito mundial. Ninguém está autorizado a arrecadar materiais em nosso nome, a qualquer título. Conceitos emitidos nos artigos assinados refl etem a opinião de seu respectivo autor. Todas as matérias podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte.

Direção e RedaçãoRua dos Marimbás, 220

Vila GuacuriSão Paulo - SP - Brasil

CEP: 04475-240Tel: (11) 2758-6345

Endereço para correspondênciaCaixa Postal 42Diadema - SP

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E-mail: [email protected]

Conselho EditorialCladi de Oliveira Silva

Fátima Maria GambaroniGeni Maria da SilvaReinaldo Gimenez

Roberto de Menezes PatrícioRosangela Araújo NevesSilvana S.F.X. Gimenez

Vanda NovickasWilson Adolpho

RevisãoConselho Editorial

Jornalista ResponsávelEliana Baptista do Norte

Mtb 27.433

Diagramação e ArteD´Artagnan Propagandawww.dartagnan.com.br

Imagem da CapaConcepção artística a partir de:

Petitinga: http://www.jornallivre.com.br/images_enviadas/jose-petitinga-biografiapessoa.jpg

Pelourinho por Reinaldo Silva: http://3.bp.blogspot.com/_u_2FuAItlCw/TMtXbee2_SI/AAAAAAAAAC0/

QOTambD-8ZI/s1600/PELOURINHO+-+90+X+60.JPG

ImpressãoVan Moorsel, Andrade & Cia Ltda

Rua Souza Caldas, 343 - BrásSão Paulo - SP - (11) 2764-5700

CNPJ: 61.089.868/0001-02

Tiragem12.000 exemplaresDistribuição Gratuita

Jesus é o caminho que nos leva ao Pai. Seus exemplos e palavras são o rumo, nos indicando a rota a ser seguida, tendo como objetivo a evolução. A indicação, “Sede perfeitos”, nos convoca a exercitar os ensinamentos do Mestre, de forma dinâmica e ativa em cada oportunidade reencarnatória.

Jesus é Mestre e Líder por excelência. Modificou normas estabelecidas. Respeitou seus apóstolos (sua equipe), dando-lhes a oportunidade para que adquirissem uma visão única do que é viver em plenitude. Compartilhava e inspirava o entendimento, não só dos discípulos, mas de todos, de forma ampla e irrestrita.

Jesus preparou sua equipe para que tomasse iniciativa, agisse, caso contrário suas palavras e ações não encontrariam eco. O espírito humanitário sempre é obser-vado de forma imprescindível. Sempre encorajou sua equipe.

Toda atividade realizada deve ser de forma compartilhada. Sempre haverá um os integrantes e também alguns mais comprometidos, ou líder entre tros menos

O líder é aquele que tem controle sobre si mesmo. Reconhece que qualquer realização depende da força e do apoio que recebe da equipe. O líder que respeita, confia, valoriza e empolga, tem a concordância e colaboração de sua equipe de forma espontânea.

Nos meios empresariais o modelo de liderança também sofreu consideráveis mu-danças. O respeito e a valorização do ser humano são pontos fundamentais do pro-cedimento empresarial atual. Profissionais da Área de Recursos Humanos condenam veementemente o poder abusivo, o constrangimento e o subjugo do ser humano. Es-tão sumamente abolidas as advertências em forma de berros, gritos, fala estridente, que mais se assemelham a urros animalescos, querendo impor-se pela força. O pro-fissional que insiste em agir dessa forma é destituído de suas funções e dificilmente encontrará novas oportunidades no mercado de trabalho.

Nos trabalhos desenvolvidos na Casa Espírita, aquele que assumir a responsabili-dade de liderar qualquer setor, obviamente é o que tem maior compromisso perante a Lei Divina e ao próximo. A este caberá esforço maior para integrar-se no trabalho a ser desenvolvido e procurará interagir com a equipe, elucidando de forma clara e objetiva, aceitando colaboração e sugestão de todos os membros.

Estará sempre motivando o grupo e valorizando o trabalho, com a devida consi-deração e respeito a cada um. Para que isso aconteça, o respeito necessita ser conquistado e não imposto.

O desejo de poder torna o pretenso líder egocêntrico, embrutecido e, aos poucos e sutilmente, pode ser desenvolvido o fascínio cruel e mesquinho que destrói, arruí-na e aniquila. Os tentáculos do autoritarismo ainda mantêm severas ligações com o trabalho escravo, mas hoje são reconhecidos como o declínio do poder, pois o ser humano busca cada vez mais um propósito, procurando agir com nobreza em suas realizações rumo à valorização e evolução humana.

Jesus, em sua passagem terrena, amou a todos, em todos os instantes, pregando e vivendo o amor em sua plenitude. Como ninguém, soube encorajar o coração de quem O seguia. E alterou a trajetória da Humanidade.

O novo ano inspira-nos boa vontade para renovação, portanto reflitamos na li-derança que gera progresso e na imposição que causa decadência e optemos por seguirmos o exemplo do Mestre, sempre!

Grandes Pioneiros: José Petitinga – Segunda e última parte – Pág. 3Aconteceu: Festa de Natal – Pág. 9Tema Livre: Divulgação da Doutrina – Pág. 9Kardec em Estudo: Injúrias e Violências – Pág. 10Atualidade: Carta de Ano Novo – Pág. 11; De repente... – Pág. 11Livro em Foco: Fonte Viva – Pág. 11Família: Filhos: Educação Moral e Liberdade – Pág. 12Clube do Livro: Busca e Acharás – Pág. 13Mensagem: A Ideia Espírita – Pág. 13Contos: A História do Burro – Pág. 14Pegadas de Chico Xavier: Viver no Tempo da Consciência – Pág. 14Cantinho do Verso em Prosa: O Bem Agora – Pág. 15Canal Aberto: O Livro dos Médiuns 150 Anos – Pág. 16; Hoje e Amanhã – Pág. 16; Transição – Pág. 16Calendário: Janeiro – Pág. 19

comprometidos.

Grandes Pioneiros

Espíritas Amor e EsperançaÓrgão divulgador do Núcleo de Estudos

Segunda e última parteRetornando a Salvador, Petitinga foi residir na Rua Carlos

Gomes, nº 79. Ali começou a receber antigos amigos, que gostariam imensamente que ele continuasse a obra doutri-nária. Com o firme propósito de levar adiante seus préstimos como servidor da seara de Jesus, reuniu os interessados no mesmo ideal e pôde recompor, em sua residência o mesmo que deixara em Juazeiro: o “Grupo Espírita Caridade”.

Algum tempo depois, os espíritas que participavam do Centro Espírita “Religião e Ciência”, visitando o grande di-vulgador da Doutrina, o senhor Petitinga, informaram-no da precária situação em que se encontrava esse centro espírita. Diziam ter sido, no passado, mais ativo nos estudos doutriná-rios. Porém, a fase atual era de um angustioso declínio. Era necessário que alguém, com elementos fortificados na fé e praticante no campo da divulgação do Evangelho, fizesse retornar o trabalho ativo daquele local. E nada mais certo de que a pessoa indicada para essa importante tarefa seria Petitinga, pois todos os integrantes da instituição insistiam

para ,que ele aceitasse o cargo de restaurador desse antigo posto doutrinário e assistencial.

No início, Petitinga não quis aceitar, dizendo-se incapaz dessa reorganização tão importante. No entanto, como era uma casa que pregava o nome do Cristo, faria o que lhe fosse permitido. A assembleia ali constituída deu-lhe plena liberdade de ação.

Petitinga agindo com cuidado e observando o procedimen-

to, não só desse grupo, mas de outros agrupamentos, chegou à conclusão de que cada grupo agia ao seu bel prazer. Não havia uma direção, uma base doutrinária. Sendo assim, os desentendimentos eram constantes, porque cada integrante dos centros fazia se valer de algum princípio religioso, menos o espírita. Toda essa pesquisa e estudo sobre uma orienta-ção mais baseada na codificação, levou-o a pensar em fundar uma instituição ou Sociedade Espírita.

Procurando incentivar os espíritas de Salvador a se alicer-çarem nos estudos sérios das obras de Kardec, conseguiu a solidariedade de um bom número de espíritas atuantes e interessados no mesmo objetivo. Assim, no dia 3 de outubro de 1915, muitos grupos se associaram para que as reuniões preparatórias se unissem por um entendimento fraterno; que houvesse compreensão e pudessem alcançar um rumo certo, diante do imenso trabalho desenvolvido na lei de Amor.

Petitinga pôde contar com o apoio de iminentes espíritas da época, como: Agrário Marques Porto, Antonino Ferreira Mafra, Aristides Dias Olavo, Ovídio da Silva Brito, Artur José da Silva, Marcolino Magalhães e Floris de Campos Neto, entre outros.

O dia 25 de dezembro de 1915 foi a data do grande aconte-cimento. O Grupo Espírita “Fé, Esperança e Caridade” reuniu, em sua sede, na rua Arsenal de Marinha, atual Marcílio Dias, nº 16, no 2º andar, mais de quarenta espíritas e simpatizantes da Doutrina Espírita. Sob a presidência de Antonio Ferreira Mafra e do seu secretário Agrário Marques Porto, deu-se,com o pronunciamento de José Petitinga, a instalação da União Espírita Bahiana. E, diante da emoção de todos que ali se encontravam, José Petitinga fez ardorosa prece de agrade-cimento a Jesus, pedindo o amparo e o alcance dos objetivos que deveriam se realizar naquele ponto de encontro cristão.

Em sua primeira sessão ordinária foi composta a diretoria que dirigiria os trabalhos da casa, que, como presidente, por unanimidade, foi eleito José Petitinga; como vice-presidente Ananias Pereira Rebelo; 1º secretário Agrário Marques Porto;

2º secretário Alfredo Erico Sales e Antonino Ferreira Mafracomo tesoureiro.

O “Reformador” do dia 1º de março de 1916 registrou em sua edição esse louvável acontecimento, salientando o es-

Vista atual do Elevador Lacerda, o Mercado Modelo, a Marina e o Forte de São Marcelo vistos da Cidade Alta, Salvador, Bahia.

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Revista “Reformador” – Editora FEB

Informe-se através:E-mail: [email protected](11) 2758-6345Caixa Postal 42 - CEP 09910-970 - Diadema - SPa - SP

forço desse espírita baiano, que, desde a sua volta a Salvador, fez crescer o mo-vimento Espírita no Estado da Bahia. Dizia ainda o reda-tor da matéria que Petitinga desde seus artigos em di-vulgar a Doutrina Espírita e em suas preleções por onde quer que fosse, sempre res-peitou a “Casa de Ismael” (FEB).

Em agradecimento ao “Reformador”, Petitinga, através de matéria publica-da em jornais locais, referiu--se ao trabalho desenvolvi-do pela “Casa de Ismael”

como admirador das diretrizes ali traçadas e que procurou transmitir à União Espírita Bahiana as experiências de anos de trabalho, ali ocorridos.

A União Espírita Bahiana mudou diversas vezes seu en-dereço, até encontrarem-se meios para a compra da sede própria. O trabalho e a harmonia para essa finalidade foi total. A diretoria composta colaborou com o incentivo de doações, buscando de porta em porta algum recurso. E, com ofertas e empréstimos, conseguiram a compra de um velho prédio, estilo colonial, de três andares, situado no histórico Largo de São Francisco, hoje Praça Padre Anchieta nº 8.

Foram necessárias algumas reformas no prédio para adap-tar o que seria urgente na mudança, na continuidade das tare-fas ali realizadas. E no dia 3 de outubro de 1920 foi inaugurada a sede própria da União Espírita Bahiana, prosperando e reu-nindo todos os interessados em evoluir na grande obra cristã.

José Petitinga, apesar de toda a sua dedicação à Doutrina, não descuidava de seu labor diário. Muito compenetrado do seu trabalho como guarda-livros da Companhia União Fabril da Bahia, chamando a atenção dos diretores pela sua atua-ção, foi ele designado por unanimidade em Assembleia Geral, escolhido e nomeado o Diretor Caixa da Empresa, cargo que só deixou por sua desencarnação.

Essa nomeação trouxe-lhe um nível melhor de vida. E sua fama era de ser o “novo rico”, na cidade. Mas, nada o fez mudar de atitude, continuando em sua simplicidade, abraçan-do e visitando as camadas paupérrimas do local. Era rico de ideais espirituais superiores, que pouco valor dava às riquezas da Terra, aos apegos materiais. Sua felicidade era ver o sorriso no rostinho de uma criança ao comer um prato de comida. De calçar os velhinhos da rua, em poder proporcionar-lhes melhores condições de vida etc. Essa era a sua grande riqueza.

Certa feita, um de seus amigos, observando o quanto Peti-tinga gastava com os desvalidos, achando por bem adverti-lo, questionou:

— Petitinga, você não pensa em seu futuro e nos seus familiares? Não seria prudente você guardar algum recurso para o dia de “amanhã”?

Ouvindo e compreendendo a preocupação do amigo,

— Como guardar dinheiro, vendo tanta dor e tanta miséria ao meu redor? Assim como eu, meus familiares saberão obter

recursos, por saberem como construir o futuro. A Providência Divina nunca nos faltará, se tivermos a boa vontade de cuidar do próximo como queremos ser cuidados.

E, diante dessa forma instrutiva de amor a Deus, Petitinga deixou como legado uma carta escrita ao seu filho, mas que naturalmente serviu à toda família.

Em síntese, tiramos alguns trechos da mesma:Meu filho:“Esta é a sua casa.Você aqui reina, mas ao lado de sua mãe.Aqui você manda, contanto que saiba obedecer.Aqui será feliz, contanto que seja bom, que é a forma de Deus querer.Aqui aprenderá a venerar os amigos, com o coração ‘aberto’”.

E entre outros apontamentos, no final dessa interessante missiva, repleta de conselhos paternais, Petitinga encerra:

“A cerrar os ouvidos à maledicência.A amar a Deus e a todos aqueles que realmente se santificaram pela renúncia e pelo sacrifício, a querer a liberdade.Por tudo isso que você fará, pelo bem que lhe quere-mos, pela grande esperança que você é, pelo exemplo que você terá – é que você será feliz.Louvado seja Deus pela sua chegada e por tudo isso que custa tão pouco e lhe podemos dar!Louvado seja Deus, meu filho”.

Esta carta encontra-se, na íntegra, no livro “Grandes Es-píritas do Brasil”, de autoria de Zeus Wantuil.

O desprendimento de Petitinga pelos bens materiais deixa-va a todos, e inclusive a sua própria família, uma grande admi-ração e respeito, pelo exemplo que dava. Não se preocupavacom os falatórios dos ausentes de uma fé verdadeira. Muitasvezes, visitando lares carentes, ele, em distribuindo dinheiro e alimento, ficava a pé sem recursos para pagar um transporte. A família de Petitinga, principalmente sua esposa, dona Maria Luiza, olhava com preocupação as ruas por onde ele costu-mava passar, porque Petitinga sofria de uma enfermidade crônica dos pés. Tinha muita dificuldade no andar. Ela já se acostumara com as atitudes do companheiro. Por várias ve-zes, os mendigos que batiam a sua porta, entravam e eram conduzidos à mesa de refeições, para poderem se alimentar adequadamente. Dizia Petitinga que também eram ‘filhos de ‘Deus’’ e que Jesus, por certo, não os deixaria comer ao relento. E tecia longas conversas, encorajando-os para continua-rem pora lutar pela vida, por ser esta muito importante, Deus confiar a cada um de nós, melhorar e corrigir nossos erros. E dona Maria Luiza permanecia calada, admirando a atenção desses mendigos, aos quais Petitinga chamava de “pobres de espírito”, pelo carinho que envolviam seu companheiro, enquanto se alimentavam.

Certa ocasião, estava Petitinga na União Espírita Bahiana para executar uma das suas tarefas na casa. Naquele dia iria para a câmara de passes intensificar suas orações aos que buscavam o consolo e energias renovadas. Veio ao seu encontro um jovem, ansioso para colocar suas ideias relacionadas ao campo assistencial. Petitinga, educadamente demonstrou seu interesse na exposição do moço, mas colo-cou que o trabalho do passe estava para se iniciar, portanto

que fosse breve.E o jovem falou entusiasmado: — Sei que seu tempo é precio-

so, porém, as minhas ideias estão relacionadas exatamente ao tra-balho.

E foi logo falando:— O que o senhor acha em

construirmos um orfanato para as

assim respondeu calmamente:

Espíritas Amor e EsperançaÓrgão divulgador do Núcleo de Estudos

Livros básicos da Doutrina Espírita. Temos os 419

livros psicografados por Chico Xavier, romances de

diversos autores, revistas, jornais e DVDs espíritas.

Distribuição permanente de edificantes mensagens.

Praça Presidente Castelo BrancoCentro – Diadema – SP – Telefone (11) 4055-2955Horário de funcionamento: 8 às 19 horasSegunda à Sábado

— Bom projeto.— E também um sanatório para serem assistidas as pes-

soas com o processo obsessivo?— Também é importante. Trabalho de muita dedicação.— Pensei também, na construção de uma vila onde fossem

abrigadas todas as criaturas que moram nesses casebres paupérrimos e imundos. Serão famílias amparadas em casas decentes.

— Um bom plano, certamente coberto por ação de amor.— E para amparar a velhice abandonada, amigo Petitinga,

poderíamos criar um albergue, com todas as acomodações adequadas aos que tivessem dificuldades de andar, de tomar banho etc. Dói-me o coração, quando encontro pessoas ido-sas, alquebradas, andando pelas ruas sem que ninguém se preocupe em ajudá-las.

— Creio ser de grande valia, meu caro.— Acho necessário ocuparmo-nos com os viciados em

drogas, álcool, creio que uma casa-hospital, oferecendo aos pacientes algum tipo de terapia, para que esquecessem os vícios.

Passados alguns segundos sem que o jovem notasse qual-quer reação de Petitinga, perguntou:

— E então, qual é a sua opinião a respeito de todos esses projetos?

Petitinga reagiu com alegria, mas pensava ainda sem res-ponder: “Parece-me que ele tem muito vigor e vontade de tra-balhar, demonstrando imensa disposição nesse vasto campo assistencial tão necessário a toda comunidade”.

Após esse pensamento, pegando no braço do jovem, que ansioso esperava sua palavra, ouviu de Petitinga o seguinte:

— Tudo isso é muito bom, mas neste preciso momento temos um trabalho sério a executar. O tratamento do passe nos espera. Temos dois pacientes tuberculosos que aguardam o passe e eu teria um grande prazer de contar com você para nos ajudar nas orações. Você demonstrou tanto desejo de ser útil, então acompanhe-nos, por favor.

A surpresa estampou-se no rosto do jovem que ficou lívido. E com gesto de quem passava as mãos sobre suas roupas, como a tirar a poeira ou qualquer outro resíduo, desculpou-se com Petitinga:

— Não meu amigo, procure me compreender, tenho família para cuidar, então não posso ficar exposto com pessoas de trato contagioso, você sabe que essa moléstia é muito grave...

E ele ia continuar, quando Petitinga entristecido respondeu:— Peço-lhes desculpas, de forma alguma desejo isso a

você, mas os seus sonhos com tantas obras de caridade em evidência levaram-me a pensar que você já estava preparado para trabalhar pelas causas tão humanas apresentadas por você.

Petitinga abraçou o jovem e caminhou em silêncio, para ser o servidor de Jesus, atendendo aos semelhantes, lembrando como fizeram em tempos remotos os seguidores do Cristo a semear o Amor!

O povo de Juazeiro estava sempre a reverenciar os feitos de José Petitinga. Seu nome estava em todos os lugares, nos jornais, nos agrupamentos, entre os companheiros do meio espí- rita e, principalmente, quando havia algum fato na cidade prestes a alguma homenagem. Foi o que fez a banda local. Embora Petitinga residisse em Salvador, o compositor da mencionada

banda, o senhor Luiz Gama, compôs o “Dobrado Petitinga” para banda, com a seguinte dedicatória: “Ao Exmo Cel. José Petitinga, como prova de alta estima e distinta consideração; 21 de agosto de 1927”.

Petitinga era muito modesto. Agradecia toda manifestação que teciam sobre sua maneira de ser, como homem comum e grande trabalhador da Doutrina Espírita, mas nada disso mexia com sua integridade. Continuava simples e cumpridor de seus deveres.

Numa ocasião, na reunião de exposição pública do Evan-gelho que era realizada na manhã de domingo, na União Espírita Bahiana, Petitinga fazia sua palestra, sobre o “Perdão das Ofensas”, mensagem essa de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, capítulo X. Enquanto a assistência se envolvia pelas lúcidas palavras do expositor, ouviu-se uma voz forte interrompendo a palavra de Petitinga:

— Hipócrita! Quem é você para falar em perdão e querer ensinar a pureza, quando seu interior é cheio de imperfeições e sua mente vive em desequilíbrio?

O silêncio tomou conta da assistência, que até aquela hora ouvia com emoção a lição do Evangelho.

Petitinga viu, naquele homem, um médium que transmitia a ira de um espírito obsessor. Um tanto pálido, mas demonstran-do calma através de seus olhos claros e fitando com firmeza o rosto alterado do médium, possuído pelo espírito em profundo desequilíbrio, falou:

— Não vou discutir consigo, porque você tem razão, estou longe dessa grande virtude, em perdoar as ofensas recebidas.

Após alguns minutos de silêncio entre todos que ali se encontravam, Petitinga elevou a Jesus seus pensamentos. Tão contrito em sua ardorosa prece, que o espírito repenti-namente bradou:

— Perdoe-me... perdoe-me você... Deus nesta hora está a me fazer sentir o quanto há de sinceridade em suas palavras. Sou um ser infeliz... vivi na mentira e na ociosidade. Ajude--me... quero melhorar... quero sair deste temor e amargura... Há muito tempo vivo preso nesta angústia do ódio e da vingan-ça... mas estou cansado... muito cansado... preciso encontrar essa paz, que você conclama...

A assistência ficara em silêncio. Ouvia-se por vezes alguns soluços e Petitinga via lágrimas rolarem entre as pessoas presentes. Emocionado por sentir a condição daquele espírito envolto em trevas, falou à plateia:

— Vamos todos orar: “Senhor Jesus, rogamos a infinita piedade do nosso Cria-

dor, para essa entidade tão sofrida, que agora pede socor-ro. Que Espíritos Superiores sob sua égide, Jesus, possam acolhê-lo e aos seus desafetos, porque sentimos ser esse o exato momento do perdão...”

Petitinga orava com todo fervor de seu coração. E alguns que ali se encontravam viram que um facho de luz saía de sua boca e envolvia a cabeça do médium que, de imediato, come-çou a chorar. Prostrado, erguendo os braços, o espírito aduziu:

— Estou liberto... estou sendo amparado... Deus ouviu suas preces... vejo minha mãezinha a sorrir, querendo me abraçar, como fazia em minha infância...

Petitinga agradeceu aos Espíritos Socorristas. Foi ao en-contro do médium e o ergueu, tirando-o do estado de prostra-ção. Em seguida o levou a sentar-se e pediu-lhe que fizesse parte da assistência. Um tanto constrangido, o médium quis dizer alguma coisa, mas foi impedido por Petitinga, que cal-

crianças desamparadas de Salvador?

Guillon Ribeiro, ao centro Manuel Quintão e a direita Leopoldo Machado6

mamente voltou-se para a frente da platéia, ainda emocionada, e continuou sua preleção sobre o “Perdão das Ofensas”, como se nada tivesse acontecido.

Petitinga dedicava-se a tratar as pessoas que o procuravam com crises convulsivas. Sabia ser esse um processo com sérios agravantes de vidas passadas. Os obsessores, muitas vezes, subjugam os doentes, que passam a refletir os pensa-mentos emitidos pelos espíritos inferiores, que se comprazem em ver os encarnados em situações humilhantes no convívio social. Em muitos casos, quando há esse envolvimento, a pessoa atacada por esse mal se afasta, procurando viver isolada, rejeitando os próprios familiares.

Foi justamente esse quadro que levou o jovem Adalberto ir à procura de Petitinga, pedir ajuda para sua noiva Mariana, portadora de crises convulsivas, já há algum tempo. Descre-veu ele que Mariana, tinha choros convulsivos, descrevia quadros horríveis que a impediam de conciliar o sono, fala-va e gesticulava com alguém invisível e muitas vezes sofria desmaios entrando em convulsão. Não se alimentava e se trancava no quarto, ficando dias sem mesmo tomar banho. A família estava em pânico.

Após ouvir o jovem Adalberto, Petitinga seguiu até a casa de Mariana, pois queria conhecê-la. Após sentir o drama que envolvia a moça, aplicou-lhe passes reconfortantes, buscando Mestre em suas preces. Com o passar dos dias, Mariana foi se acalmando e Petitinga ensinou a família a fazer o Culto do Evangelho no Lar e ressaltou que seria necessária a ida de todos, junto com Mariana, nas reuniões de estudos na União Espírita, a fim de estudar e entender o caso espiritual, sem nada exigir do Alto, porque, dizia ele, ‘ era o princípio de uma ‘grande luta redentora, entre o ódio e o perdão.’’ Mariana pre-cisaria também da ajuda de médicos terrenos e medicações adequadas ao sistema neurológico, para mantê-la calma. E depois de algum tempo, Petitinga esclareceu aos familiares e ao jovem Adalberto, o drama espiritual de Mariana.

‘ São desafetos que exigem explicações sobre os males so‘ -fridos. E quando o malfeitor reencarna, já trazendo o remorso do mal praticado em sua memória, sofre todo esse proces-so de angústia, sem saber onde buscar o arrependimento. Mas, os cobradores são atraídos por esses pensamentos e aí continua ou começa a obsessão entre encarnados e desencarnados.’’

‘ Acreditemos, pois, que Mariana se afeiçoará a buscar em ‘Jesus a sua libertação, preparando o seu “amanhã”, vencen-do a todos esses dramas, pela trilogia do amor, caridade e perdão.’’

José Petitinga fez muitos amigos durante a sua passagem pela Terra. Visitava, sempre que lhe era possível, as institui-ções que sabia, seriam de grande valor espiritual, naquela época tão difícil para a Doutrina. Por isso levava seu incentivo e sua colaboração na formação de equipes, de voluntários

que se destacavam para cuidar do campo assistencial e na formação de pessoas estudiosas aos compêndios kardecis-tas, para firmar com seriedade as reuniões dedicadas aos processos obsessivos.

No ano de 1932, estando de passagem pelo Rio de Ja-neiro, visitou pela única vez, a Federação Espírita Brasileira, instituição pela qual tinha profundo respeito e desejo de co-nhecer os membros da equipe responsável pelos trabalhos da “Casa Máter”.

Foi recebido pelo então presidente Guillon Ribeiro e o vice--presidente Manuel Quintão. A alegria foi geral, pois ambos conheciam Petitinga pelos artigos que constantemente ele enviava para o “Reformador”, órgão oficial da Federação. Durante a sua estada em terras cariocas, Petitinga compareceu às reuniões de estudos e das sessões realizadas no “Grupo Ismael”, também ligado à Federação, contando com seus participantes e fundadores da mesma instituição.

Fortes laços de amizade o ligaram a Manuel Quintão, que passou, com frequência, a visitá-lo em terras baianas. Quintão,conhecendo a vasta biblioteca existente em seu gabi-nete de trabalho pôde avaliar a cultura e a modéstia, fazendo parte desse espírito reencarnado, que exercia na Doutrina Espírita, o desvendar dos mais complexos problemas da vida física e espiritual.

Outro nome consagrado na literatura espírita, foi o professor Leopoldo Machado, que antes de mudar-se para o Rio de Janeiro, teria sido o primeiro secretário da União Espírita Bahiana ,teve a oportunidade de seguir de perto o espírito ativo e progressista de Petitinga. Admirava suas preleções, sua maneira fácil de ensinar as lições do Evangelho, procurando,em sua modéstia, ressaltar o caminho da redenção, atravésdo trabalho cristão.

Leopoldo Machado, voltando a morar na Capital da Repú-blica, colocou em prática as tarefas espirituais, contagiado que fôra pela convivência com Petitinga. E ele, junto com sua esposa, fundou em Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, o Lar de Jesus, ideia que se estendeu pelo Brasil, pois muitos foram os lares espíritas que surgiram dando abrigo às crianças órfãs.

José Petitinga estava em plena atividade doutrinária na União Espírita Bahiana, quando foi acometido de um mal sú-bito. Ele estava com seus 70 janeiros. Vida repleta de grandes tarefas em favor dos semelhantes. Ficou acamado por vários dias. Esse acontecimento se deu no dia 12 de março de 1939 e no dia 25 de março do mesmo ano, por volta das 4:30hs da madrugada, sendo assistido por sua esposa, dona Maria Luiza e de seus filhos, veio a desencarnar. Deixava seu corpo carnal para que seu espírito voltasse à pátria de origem, onde por certo recebeu a gratidão verdadeira de todos os espíritos que o auxiliaram na execução das difíceis frentes de trabalho abertas, nessa fase praticamente nova para a Humanidade terrena. Foi um vanguardeiro nas lides doutrinárias, defensor e expositor

Leopoldo Machado

das obras kardequianas, além de ter sido um jornalista, histo-riador, polemista, orador fluente, poeta, filólogo, matemático, contabilista e ter conduzido aos corações do povo baiano e a todo o Estado da Bahia, a iniciação da Doutrina Espírita.

O “Diário de Notícias” de 27 de março de 1939, publicou oficialmente em suas páginas, o desencarne de Petitinga:

“Foi extraordinariamente concorrido o enterro, anteontem, do Sr. José Petitinga, diretor da Companhia Progresso e União Fabril da Bahia S.A. e presidente da União Espírita Bahiana.

O Comendador, Bernardo Catharino, presidente daquelaCompanhia, logo que teve conhecimento do ocorrido, deter-minou o fechamento de todas as fábricas e suspendeu o expediente do escritório central. Ofereceu vários ônibus para conduzir os operários ao velório. E em nome de todos foram enviadas várias coroas de flores naturais”.

Muitos foram os que acompanharam o enterro do ilustre vulto baiano que tanto serviço benemérito prestou aos se-melhantes.

Outros periódicos noticiaram o desenlace de Petitinga. E todos eram unânimes em dizer que fôra ele o principal vulto do Espiritismo, a cuja Doutrina se dedicava de corpo e alma. Enalteciam também Petitinga, como um estudioso, manten-do valiosíssima biblioteca, sendo um exímio conhecedor da língua portuguesa.

Petitinga continua crescendo e iluminando as consciências, que através da psicografia de Chico Xavier, tem enviado suas poesias e páginas enaltecedoras de esperança e consolo.

O professor Leopoldo Machado, escreveu um artigo in -titulado “Página de Saudade”, publicado no “Reformador”, externando a personalidade desse defensor da Doutrina Es-pírita, nestes termos:

“Era o José Petitinga, sempre apostolar, manso e culto, a dirigir, cronometricamente, os trabalhos, dentro de uma tolerância verdadeiramente evangélica! Sua pa-lavra fácil e uniforme, sem arroubos oratórios, descia ao fundo dos corações e aclarava inteligências! Ouvi-lo era aprender sem grande esforço; era fazer cultura geral sem trabalho; era manusear a um tempo, muitas obras de fôlego sem abrir uma só!”

Na cidade de Astolfo Dutra, em Minas Gerais, deu-se a “Semana Espírita Cristã”, iniciada no dia 2 de julho de 1947.

O senhor Leopoldo Machado expôs rapidamente para os que compareceram ao grande movimento espírita naquela cidade, o “Decálogo do Espiritismo dos Vivos”. Após seu pro-nunciamento, pensava no velho amigo Petitinga e confabulava mentalmente:

“Que acharia ele, se estivesse encarnado, das minhas atividades doutrinárias e desses programas que penso ser conveniente, para os iniciantes ao Espiritismo?”

O médium Francisco Cândido Xavier que ali estava presen-te, recebeu três mensagens psicografadas de Abel Gomes, com o soneto Alegria Cristã; uma página de Emmanuel, re-forçando a conduta espiritual e a página dedicada a Leopoldo Machado, pelo espírito de Petitinga, assim iniciando:

“Leopoldo, meu amigo:Deus nos abençoe a todos.Também nós, desencarnados, estamos representando, alegremente, no coro de júbilos que nos encanta, os corações.

Prossigamos na jornada do bom ânimo.No Brasil do Cristianismo redivivo, jamais esqueçamos nosso dever perante a vida.A morte é o passado que, quase sempre, reclama es-quecimento.A existência é o cântico divino.O Evangelho não é um romance da Dor.Se a cruz é o símbolo vivo para as nossas experiências evolutivas, é preciso não esquecer que os desígnios superiores situaram a Ressurreição depois dela”.

A mensagem se alonga, onde Petitinga incentiva o amigo Leopoldo a seguir em frente, terminando com essas palavras:

“É por isso que rogamos a Deus amparar-te as realiza-ções, suplicando ao Mestre dos Mestres te abençoe o espírito de serviço em favor do Espiritismo Evangélico vitorioso, numa terra mais alta, mais nobre e mais feliz.Receba um grande abraço do teu velho

Petitinga”Essa mensagem está na íntegra no livro “José Petitinga –

Apóstolo da Unificação”, de Archibaldo Petitinga Filho.Entre outras páginas que Petitinga psicografou através da

mediunidade de Francisco Cândido Xavier, ressaltaremos estes versos, dedicados a seu outro particular amigo, vice--presidente da FEB, na época, Manuel Quintão:

‘ Ah! Quintão, tu me deste, comovido,‘O necrológico terno da amizade,Eu te envio, daqui, da eternidade,Meu pobre pensamento agradecido

Eis-me, de novo, ante o desconhecido,A impressão da fraqueza inda me invade,Guardando o doce amargo da saudadeNo pensamento fraco e dolorido.

Mas, desde a dor do leito da agonia,Sinto as bênçãos suaves de MariaMultiplicadas no meu coração.

O Evangelho divino de JesusÉ a minha fortaleza e a minha luz,Eterna fonte de consolação’’

José PetitingaEm reconhecimento ao imenso trabalho na divulgação da

Doutrina Espírita pelo empreendimento de Petitinga na cidade de Juazeiro, foi fundada a União Espírita de São Francisco, Sociedade Civil, no dia 27 de agosto de 1950, com os esta-tutos registrados no Cartório de Títulos e Documentos, nessa cidade, Juazeiro, Estado da Bahia, sob o nº 49, em 22 de novembro de 1950. Consta de seus Estatutos:

O estudo e propagação dos Evangelhos de Jesus e da Doutrina Espírita, de acordo com as obras de Allan Kardec e seus discípulos, mantendo os seguintes departamentos:

• Assistência aos pobres – Caravana José Petitinga;• Infanto-Juvenil – Mocidade Espírita Nina Arueira;• Divulgação e Cultura – Biblioteca Humberto de Cam-

pos,finalidade-pública;• Comercial – Livraria Espírita.Muitos foram os locais que se agregaram para fundar lares

e instituições, levados pelos ensinamentos contagiantes de Petitinga.

O mesmo se deu em Santo Antonio de Jesus, na Bahia,

Largo do Cruzeiro de São Francisco, Pelourinho, Salvador, Bahia

Acima, à esquerda: a Fundação José Petitinga, antes da reforma; sua porta de entrada e arredores.A Federação Espírita do Estado da Bahia (FEEB) recebeu no dia 25 de fevereiro, a Fundação José Petitinga “Casa de Petitinga”, totalmente restaurada, com as características históricas preservadas e prontas para atender às necessidades da FEEB e as atividades culturais e educativas, além de promoções sociais e eventos de assistência à saúde. A reforma da sede da FEEB, onde funciona a Fundação José Petitinga,iniciouem2008esófoipossívelgraçasàaçãodaFundaçãoemcaptarrecursosdoBNDESparatalfinalidade.Conhecida como Casa de Petitinga, a sede localiza-se no Centro Histórico de Salvador (Patrimônio Mundial tombado pela UNESCO), no Largo do Cruzeiro de São Francisco, n° 8 – Pelourinho, Salvador, Bahia e é um dos espaços públicos mais representativos da cidade e de grande riqueza histórica, social e cultural. Além da preservação do edifício e do acervo histórico-cultural da instituição, a reforma também teve como objetivo a readequação dos espaços internos, a manutenção dos trabalhos sociais e de assistência à saúde de pessoas carentes, a realização de cursos, seminários espíritas e a criação de infraestrutura adequada à visitação turística.A Casa de Petitinga destaca-se por suas proporções e fachada. Foi construída no século XVII coberta por telhado de duas águas com cumeeira paralela à fachada principal. Está localizada entre outras construções contemporâneas de Salvador e outros sobrados vizinhos dos séculos XVIII / XIX, como a Catedral Basílica e o convento de São Francisco, Ordem Terceira e Ordem Terceira de São Domingos.

quando um grupo de pessoas se reuniu para formar um mo-vimento denominado Sociedade Espírita José Petitinga, com a finalidade de orientar e socorrer espiritualmente famílias em desarmonia, cuidando também em fornecer-lhes a assistência material, pois conforme Petitinga pregava, “aquele que tem fome não consegue raciocinar, ele também precisa do pão material”. Esse movimento tinha à frente Henoch LealSampaio e outros voluntários, que deram a esse empreen-dimento as bases principais da Doutrina Espírita, funda-mentado nos estudos básicos de Allan Kardec.

José Petitinga foi o fundador do Jornal “A Ideia”, na Bahia, mas não deixava de colaborar com os diversos periódicos baianos, em sua época.

A União Espírita Bahiana e a União Social Espírita da Bahia comemoraram, do dia 27 de novembro a 4 de dezembro de 1966, o centenário de nascimento de José Peti t inga Justas homenagens foram programadas para esses dias, quando a Câmara de Vereadores da cidade de Salvador fez inserir, na ata da sessão de 29 de novembro, duas moções de júbilo pelo centenário desse ilustre filho de “terras baianas”, sendo uma dirigida a União Espírita Bahiana, pelos serviços assistenciais dirigidos por José Petitinga e a outra com honras à família de José Petitinga, pelo exemplo do seu caráter como esposo e pai na educação do mesmo grupo familiar.

A sessão do dia 2 de dezembro, a data magna do cen-tenário, teve momentos de grandes emoções na sede da União Espírita Bahiana, com a presença de dois filhos do homenageado, dos dirigentes das Sociedades Espíritas de Salvador e de numeroso público, que foi também levar o preito de saudade, uma vez que, para muitos, foi Petitinga o pai

amigo, sempre presente nas horas de tristezas, mas sabendo consolar e amparar.

O orador, doutor Elsio Ferreira de Souza, presidente do Conselho Federativo Estadual, da USEB, enalteceu a vida e a obra desse grande vulto baiano.

Estiveram presentes à essa solenidade Arérvulo WerneckGenofre, representando o Conselho Federativo Nacional e Joaquim da Costa Villaça, diretor da Federação EspíritaBrasileira. Ao final da festividade, foi feito o encerramento

do Estado Bahia pelo orador dessa memorável noite, o da Dr. Jayme dos Santos Batista, na época presidente daUSEB, muito aplaudidos pelos presentes.

Por entendimentos realizados pela família de José Petitin-ga, foi acertada a transferência da biblioteca de Petitinga, por intermédio de sua esposa, dona Maria Luiza, para a União Espírita Bahiana, no valor de 3.700$000, valor da época, registrado na 6ª sessão junto a Diretoria dessa instituição no dia 23 de janeiro de 1940. E no dia 25 de março do mesmo ano, às 20 horas, em sessão pública, no salão da sede da União Espírita Bahiana, na Praça Padre Anchieta, nº 8, data do primeiro ano do desencarne de José Petitinga, como ho-menagem ao saudoso amigo, foi inaugurada a “Biblioteca José Petitinga”, composta de mais de 200 obras, que lhe pertenceram e que ora em diante passaram a pertencer aos espíritas baianos.

Ao término desta matéria, sobre a vida tão repleta de dedi-cação a Doutrina Espírita, com exemplos confirmando a sua reencarnação de “Homem de Bem”, registramos uma poesia psicografada pelo médium Chico Xavier:

no salão nobre da Associação dos Funcionários Públicos

Está evidenciado que vivemos um período no qual a divul-gação da Doutrina Espírita apresenta-se nos mais variados canais de comunicação.

Antes, falar de espíritos trazia reserva, constrangimento, receio e desconhecimento.

Hoje os livros, palestras, mensagens, circulam de forma cada vez mais ampla, seja pela curiosidade, necessidade de conhecer o lado espiritual, buscar consolo, enfim.

Com o lançamento no cinema de “Chico Xavier, O filme”, estendeu-se a possibilidade do conhecimento e entendimento da imortalidade do espírito. Possibilitou-nos adentrar parcial-mente no cenário da vida íntegra e caridosa desse médium conhecido e respeitado mundialmente, que viveu sua existên-cia seguindo os ensinamentos do Mestre Jesus.

Comentar fatos da existência e dedicação de Chico Xavier

é tocar os corações nas suas fibras mais pro-fundas, aproximando-os da sua essência divina.

Grande sucesso fez o filme sobre a colônia espiritual Nosso Lar, com teor impactante até

mesmo para pessoas que não têm conhecimento da Doutrina. Há, também, o filme sobre as cartas psicografadas por Chico Xavier “As Mães de Chico Xavier” e, mais recentemente, o filme “O Filme dos Espíritos”, baseado em “O Livro dos Es-píritos”.

As sementes estão sendo lançadas, cada vez mais e sempre o serão, atendendo a necessidade identificada cada vez maior da humanidade na busca dos princípios verdadeiros que conduzem ao conhecimento, alívio, compreensão, espe-rança. A ligação com o Criador se faz cada vez mais urgente e necessária, pois a Terra vive um período de transição, no qual deixará de ser um planeta de provas e expiações para tornar-se um planeta de regeneração.

Que ocorra o despertar da humanidade inteira!Nereide

Tema Livre

• Grandes Espíritas do Brasil – Zeus Wantuil, Editora FEB, 1ª ed., 1969.• José Petitinga – Apóstolo da Unificação – Archibaldo Petitinga Filho,

Editora Ponto & Vírgula Publicações, 1ª ed., 2005.• Revista Reformador, Editora FEB, 1966.• Seareiros da Primeira Hora – Ramiro Gama, Editora Eco, 1ª ed., 1979.• http://www.radioboanova.com.br/novo/noticia.php?NOTCODIGO=391• Imagens:

• http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f2/Elevador_Lacerda_Salvador_Bahia.jpg

• http://www.febnet.org.br/ba/image/Imagens%20Presidentes%20da%20FEB/DrLOGuillonRibeiro.jpg

• http://www.febnet.org.br/ba/image/Comunica%C3%A7%C3%A3o/Imagens/Manuel%20Justiniano%20Imagem.jpg

• http://perlbal.hi-pi.com/blog-images/361520/gd/1237219714/Leopoldo-Machado-Biografia.jpg

• http://2.bp.blogspot.com/_mkiQiPsG6x8/S-k72RiJO2I/AAAAAAAAAy0/-I6ZOg6ckU8/s1600/Nova+Imagem+%2858%29.png

• http://www.fundacaojosepetitinga.org.br• http://static.panoramio.com/photos/large/8920760.jpg

Bibliografia

‘ Aos Irmãos da União Espírita Bahiana,‘Espiritismo em Cristo, luz da crença,Para a aflição que a sombra desabriga,És a casa da Fé, piedosa e amiga,Que alivia, conforta e recompensa!Que o vale da amargura te bendigaNesta hora em que o mal se entorna e adensaSobre a fronte dos filhos da descrença,Quebrantados de dor e de fadiga...

Estandarte sublime, excelsa aurora,Ilumina o caminho que apavora,Clareia a Terra – o abismo torvo e fundo.Do Céu, onde a Verdade eterna existe,És a divina luz que ainda persisteSobre as trevas e lágrimas do mundo!’’

Final da segunda e última parte. Eloísa

Aconteceu

No dia 18 de dezembro, o Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” realizou a festa de Natal, junto com as 170 famílias assistidas, na nova sede, que ainda se encontra em fase de construção.

Após a prece de abertura, falou-se sobre o nascimento de Jesus e todos cantaram músicas natalinas.

As crianças participaram com radiante alegria.Foram distribuídos gêneros alimentícios, panetones e

brinquedos doados.Toda a festa transcorreu em um clima de muita alegria,

paz e tranquilidade.Agradecemos a todas as pessoas que doaram algo para

as famílias, comprovando que, ainda há muitos corações bondosos que pensam em ajudar o próximo.

Deus abençoe a todos.Equipe do Seareiro

José Petitinga

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Valorizamos mais aos bens materiais que aos bens es-pirituais. E isto, tem causado um grande atraso em nossa evolução!

Para alguns, esta afirmação poderá parecer descabida e contrária ao que se tem observado, pois, ao mesmo tempo, verificamos que estamos evoluindo mais rápido do que se possa imaginar. Parece um paradoxo, porém, esta “evolu-ção” se refere ao campo material e não à “evolução moral”.

Não temos a pretensão de exprimir que a evolução ma-terial, ou melhor, que a evolução das ciências, por exemplo, tem pouca ou nenhuma importância.

Basta notarmos como a medicina, somada à alta tecnolo-gia, vem progredindo. Equipamentos e medicamentos cada vez mais sofisticados, têm se mostrado eficazes no diag-nóstico e tratamento de algumas doenças que, até pouco tempo, eram tidas como indetectáveis e sem cura. Sob este ponto de vista, verificamos que a evolução material, tem servido claramente a evolução moral, já que muitos seres se beneficiam deste progresso e, assim, evoluem espiritu-almente.

Porém, se bem observarmos, notaremos que a evolução material, sobre outros aspectos, tem sido percebida, para grande parte da população, apenas para a satisfação dos sentidos carnais, ou seja, daquilo que conhecemos muito bem, para a satisfação do orgulho e do egoísmo.

Pois bem, quando desviamos nossos pensamentos ape-nas para este tipo de satisfação, as emoções e sensações se modificam, influenciando diretamente a saúde psíquica e física. Vale lembrar que quanto mais nos tornamos materia-listas, mais nos tornamos “frios de coração”!

É esta “frieza” que nos torna indiferentes àqueles que nos cercam, fazendo com que nos tornemos insensíveis com as necessidades alheias e, ao mesmo tempo, vulneráveis às injúrias e violência.

Se recorrermos aos dicionários, veremos que a sinoní-mia para injúria é “afronta, agravo, insulto, ofensa, ultraje. Agressão a determinada pessoa por meio de atos, palavras, invectivas ou gestos insultantes que ferem o decoro da víti-

1ma com intenção de difamá-la perante a sociedade” .Ora, até quando vamos nos sentir insultados por qualquer

coisa que seja contrária àquilo que pensamos? Até quando também insultaremos o próximo com agressões verbais e, muitas vezes, descabidas e, principalmente, sem princípios cristãos?

Até quando vamos literalmente “estacionar” sob o ponto de vista espiritual, imaginando que qualquer coisa que nos façam de ruim, seja motivo para sentirmo-nos injuriados?

Que diremos da violência então?Violência não apenas àquela que estamos habituados a

ver nos noticiários, filmes e novelas– não é apenas a vio-lência física a que nos referimos, mas aquela que produz

efeitos que aniquilam a vontade alheia, com pensamentos e maledicência.

Um assunto que podemos citar atualmente são os casos de bullying, ou, em outras palavras, agressões verbais (vio-lência) denegrindo a imagem da vítima, baixando sua auto--estima, através de insultos pessoais (injúrias).

O bullying é uma forma comum onde agressores (geralmente ocorre entre jovens e, pasme, entre crianças) forçam a vítima ao isolamento social. Este isolamento ocorre de várias formas, tais como, espalhar comentários maledicentes, recusa da aceitação da vítima em um grupo, intimidações e críticas com relação ao modo de se vestir e outros aspectos sociais, incluindo religião, etnia e sexualidade. Este tipo de agressão tem ocorrido não apenas dentro das escolas, mas, também, utilizando-se de meios tecnológicos, o cyberbullying, espalhando-se mensagens eletrônicas via e-mail, redes sociais, mensagens por telefone celular, disponibilização de imagens etc.

Chamamos a atenção, aqui, dos pais. Chamamos a aten-ção dos espíritas!

Vejamos o que nossos filhos, nossos tutelados, têm feito. Será que estamos educando-os de forma adequada? Será que temos orado e vigiado?

Através do Evangelho de Jesus, sabemos que, muitas coisas não são crimes aos olhos do homem, mas que são crimes aos olhos de Deus!

Não demonstrou o Cristo, com seus exemplos, que de -vemos perdoar indefinidamente e sermos caridosos, respei-tando o próximo?

Precisamos aprender a transformar a violência em atos de amor e não se deixar levar pelas injúrias ou, pior, causar as injúrias.

Precisamos aprender a educar nossas energias e nos re-educarmos moralmente.

A mansuetude revela uma alma equilibrada.Jesus sabia enfrentar todas as formas de injúria e vio-

lência com extrema pacificação e brandura. São os seus exemplos que temos que observar e praticar.

Tratemos as pessoas como gostaríamos de ser tratados. Perdoemos para sermos perdoados.

A violência, que é contra as Leis Divinas, deixará um dia de existir sobre a Terra, mas para isso, precisamos adotar a paciência, a afabilidade, a moderação, entre outras virtudes, como hábito.

Lembremos que não viemos a fim de ser servidos, mas sim de servir!

ReinaldoBibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec, Tradução de Roque Jacintho, Editora Luz no Lar -1ª ed.- 1987.

________________1. Dicionário Michaelis – Moderno Dicionário da Língua Portuguesa

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Atualidade

Livro em Foco

Ano Novo é também renovação de nossa oportunidade de aprender, tra-balhar e servir.

O tempo, como paternal amigo, como que se reencarna no corpo do calendá-rio, descerrando-nos horizontes mais claros para a necessária ascensão.

Lembra-te de que o ano em retorno é novo dia a convocar-te para execução de velhas promessas, que ainda não tiveste a coragem de cumprir.

Se tens inimigo, faze das horas re-nascer-te o caminho da reconciliação.

Se foste ofendido, perdoa, a fim de que o amor te clareie a estrada para frente.

Se descansaste em demasia, volve ao arado de tuas obrigações e planta o Bem com destemor para a colheita do porvir.

Se a tristeza te requisita, esquece-a e procura a alegria serena da consciên-cia feliz no dever bem cumprido.

Novo Ano! Novo Dia!Sorri para os que te feriram e busca

harmonia com aqueles que te não en-tenderam até agora.

Recorda que há mais ignorância que maldade, em torno de teu destino.

Não maldigas, nem condenes.Auxilia a acender alguma luz para

quem passa ao teu lado, na inquietude da escuridão.

Não te desanimes, nem te descon-soles.

Cultiva o bom ânimo com os que te visitam, dominados pelo frio do desen-canto ou da indiferença.

Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e, como que oculto ao nosso lado, paciente e bondoso, repete-nos de hora a hora:

— Ama e auxilia sempre. Ajuda aos outros, amparando a ti mesmo, porque se o dia volta amanhã, eu estou contigo, esperando pela doce alegria da porta aberta de teu coração.

EmmanuelBibliografia: Vida e Caminho – Francisco Cândido Xavier – Editora GEEM

De repente, em todos os cantos, em todos os sons, anuncia-se a chegada do Ano Novo.

De repente, uma taça brinda o alvo-recer de um Novo Ano.

De repente, as mágoas se vão.De repente, os homens esquecem o

passado e lembram do futuro.De repente, os homens se lembram

como é bom viver.De repente, tudo que era considera-

do importante torna-se efêmero.De repente, nos damos conta de que

aqueles que ficaram no ano velho, não mais poderão ouvir as nossas queixas,

as críticas, tampouco, o nosso pedido de perdão.

Graças à Misericórdia Divina teremos um novo marco na Terra para que novos planos de vida sejam refeitos, para que comecemos tudo de novo no Ano Novo, para que aproveitemos a convivência dos que ainda partilham conosco a mesma jornada terrestre.

Como Deus é sábio e generoso!Não podemos apagar o que foi feito,

mas, aqui mesmo, nesta reencarnação, ele nos oferece, através do calendário dos homens, uma nova chance de nos reorganizarmos.

A vida prossegue normal, mas para os homens, este ciclo que se acaba pode representar a esperança de uma página em branco que se inicia. A Hu-manidade vibra com os votos positivos

de um mundo melhor. É o momento da reflexão.

Aqueles que não ultrapassaram este marco conosco aqui na Terra, conti-nuam sua jornada na Espiritualidade, assim como, outros estão reencarnan-do. É a lei da Vida.

Se temos a capacidade de obser-varmos, sentirmos e vivermos dessa maneira este presente Divino, temos também o compromisso de enxergar-mos aqueles que sequer têm esperan-ças de suportar o próprio dia, seja por mazelas materiais ou morais.

Obrigada Senhor, pelo amor incon-dicional a esses seus filhos ainda tão imaturos que engatinham e que não percebem a sua ação misericordiosa para aprendermos a andar.

Neves

Parte de uma coleção, é o 4º livro da série.Como o próprio nome indica, Emmanuel

ditou verdadeira fonte viva do Evangelho.Cada capítulo é iniciado com um versículo,

que por sua vez, é dissertado por Emmanuel.A obra é indicada para instrução individual

ou em grupo. Serve como complementação dos estudos, por seu sábios ensinamentos.

Após a leitura e estudo de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, podemos abrir ao chamado acaso uma de suas páginas e a li-ção provavelmente sempre concluirá o tema abordado.

Ao final, o leitor encontrará indicação, por ordem alfabética, dos livros bíblicos a que se

referem os versículos, bem como, índice com-pleto por capítulos e versículos estudados, tanto nesta, como nas demais obras da série.

O mais importante e motivo maior para nos interessarmos pelo estudo da obra, é esclarecer-nos quanto às lições trazidas por Jesus, para que consigamos apreendê-las e segui-las, ainda que seja aos poucos.

E estas (as lições), são generosamente distribuídas pela fonte amorosa de Deus, por meio dos incansáveis Benfeitores Espirituais, como nosso Emmanuel.

“Estudemos, assim, as lições do Divino Mestre e aprendamo-las na prática de cada dia.”

Araújo

Francisco Cândido XavierEspírito Emmanuel

Editora FEB

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Família

No passado, tudo lhe era imposto, desde as regras sociais, formas de se vestir ou de se expressar, como também as artes eram impostas sobre rígidas normas.

Hoje há a liberdade de escolha sem muita pressão, inclu-sive no campo religioso, no qual se pede mais a participação dos adeptos.

Mas se isso traz o benefício do amadurecimento moral com mais solidez, fica a pergunta: Como estamos preparando os nossos jovens para poder exercer este direito de escolha?

Se criarmos os nossos filhos com toda a liberdade, sem regras ou limites, sabemos que eles se tornarão adultos da mesma forma, sem regras ou limites.

É por este tipo de educação em que as crianças tudo po-dem fazer, e pelo medo de frustrá-las, é que vemos uma sociedade atual com poucas noções de respeito ao próximo, com acontecimentos brutais de tempos em tempos.

E o que fazer para prevenir os nossos fi-lhos de seus próprios erros?

A educação moral cristã deve ser prioritária nos dias atuais!

É através da edu-cação moral cristã que plantaremos a semente do respeito ao próximo na alma dos jovens. Mas não com a famosa frase “senão Deus cas-tiga”, e sim com o exem -plo da compreensão de que o próximo é um ser humano igual a nós.

É claro que os métodos de ensinar os jovens devem ser re-vistos e adaptados para as novas gerações. Como dissemos, hoje o jovem quer participar, quer ter o direito de escolhas, então, os pais e professores devem levar isto em conta e dinamizar o ensino da moral cristã, mas sempre tendo como foco os ensinamentos de Jesus. Emmanuel já nos disse: “Mocidade é liberdade. Todavia, se a liberdade foge à disci-plina é, invariavelmente, a descida para deplorável situação.”

Os jovens têm que sentir que precisam obedecer regras

sensatas, regras estas que eles entendam o porquê delas existirem. Isto só se dá através de muita conversa e expli-cação.

Muito embora devamos manter a disciplina, nunca deixe-mos de lado o carinho com que devemos tratá-los, fazendo --os enxergar que a beleza da forma da juventude deve ser completada com o aprimoramento interior; que a primavera de sonhos deve ser enobrecida no trabalho digno, para que o idealismo não seja um campo de flores mortas.

Por tudo isso é que a educação moral dos filhos é uma tarefa sem interrupção, que dá trabalho, que não pode ser descuidada em nenhum instante. Trata-se de responsabilida-de, principalmente, mas não somente dos pais, pois qualquer pessoa que, de alguma forma esteja tendo contato, mesmo que breve, não deverá omitir-se em atentar para a advertência perante uma palavra ou atitude descabida, “chocalhando com

luvas de pelica”, como dizia o nosso querido Chico Xavier.

Está faltando muita religião dentro dos lares e sobrando festas e co-memorações. As famí-lias deveriam encarar o Culto do Evangelho no Lar com mais seriedade e disciplina, não deixan-do de lado esta reunião semanal tão simples e de tão benéficos efeitos para o ambiente do-méstico. A persistência no Culto do Evangelho no Lar é que ajudará a todos da família no for-talecimento espiritual.

Aos pais caberá a re -compensa de, no futuro,

verem seus filhos formados como seres humanos dignos e felizes.

Caso todo o esforço esteja sendo infrutífero, continue tra-balhando pela educação dos filhos e ore muito para que Deus lhes dê tantas oportunidades quantas forem necessárias para completar a educação moral de seus filhos.

WilsonImagem: http://www.febnet.org.br/reformadoronline/img/fckeditor/image/REVIS-TA/2010/out/familia.jpg

O Hospital do Fogo Selvagem de Uberaba – MG, que atende a portadores do Pênfigo (Fogo Selvagem) e tam-bém a 150 crianças, precisa de doações para comprar: os remédios Calcort e Psorex pomada (podem ser gené-ricos); materiais de limpeza (sabão em barra Ypê amarelo para os doentes e sabão em pó para limpeza em geral); fraldas descartáveis tamanho G infantil; Mucilon; lenços umedecidos e álcool gel 70%.

Caso queira fazer doações em dinheiro, o depósito pode ser feito em nome do LAR DA CARIDADE, através dos seguintes bancos:

• Bradesco – agência 0264-0 – c/c 14572-6• Banco Itaú – agência 0321 – c/c 00859-1• Banco do Brasil – agência 3278-6 – c/c 3274-9Maiores informações:• Telefone (34) 3318-2900• [email protected]

Reuniões: 2ª, 4ª e 5ª, às 20 horas2ª, 3ª e 6ª, às 15 horasDomingo, às 10 horas

Artesanato: Sábado, das 10 às 17 horas

Evangelização Infantil: ocorre em conjunto com as reuniões

Terapia de apoio espiritual aos dependentes químicos e doentes em geral: 6ª, às 19h30

Tratamento Espiritual: 2ª e 4ª, às 19h453ª e 6ª, às 14h45

Treino Mediúnico: 5ª, às 20 horas

Rua dos Marimbás, 220Vila Guacuri - São Paulo - SP - Tel.: (11) 2758-6345

LIVROS ESTUDADOSO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; O Céu e o Inferno – Allan Kardec; Missionários da Luz – André Luiz*

O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; O Consolador – Emmanuel*; O Livro dos Espíritos – Allan Kardec

O Problema do Ser, do Destino e da Dor – Léon Denis; Viagem Espírita em 1862 – Allan Kardec; Das Leis Morais – Roque Jacintho

O Evangelho Segundo o Espiritismo; Seara dos Médiuns – Emmanuel*; O Livro dos Médiuns – Allan Kardec

O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; Missionários da Luz – André Luiz*; Vida Futura – Roque Jacintho

O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec;

DIA

Livro de mensagens de Emmanuel*

Domingo

*Livro psicografado por Francisco Cândido Xavier

Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”

Clube do Livro

“Busca e Acharás”, pelos espíritos Emmanuel e André Luiz, psicografado por Chico Xavier.Só a autoria espiritual dispensaria maiores comentários a respeito da seriedade da obra.O que mais poderíamos querer nós, leitores simpatizantes, iniciantes ou adeptos do

Espiritismo, ante o recebimento de obra tão fiel aos princípios da doutrina, através do Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”?

Inicia-se com uma prece de André Luiz, ditada em 1976.A cada tópico, no total de 48, nossos autores nos presenteiam com mensagens, algumas

em forma de verso, mas todas, sempre nos incentivando, alertando e esclarecendo sobre o verdadeiro significado da Vida e da Verdade.

Como modestamente disse Emmanuel, são “pequenos textos de apoio fraterno”. Sim, pequenos textos com grande conteúdo.

Se fizéssemos o que diz uma só frase, já estaríamos conseguindo eliminar muitas impurezas de nosso coração e, consequentemente, adquirindo um pouco de virtude.

Aproveitemos tudo que nos vêm do Alto, através das mensagens e obras literárias.Buscar sempre, junto a Deus, mas quando recebermos as suas bênçãos, tenhamos prudência

para saber usá-las, sabiamente, sem desperdiçar as oportunidades concedidas.Uma ótima leitura!

Rosangela

Espíritos Emmanuel e André LuizEditora Ideal – 23ª edição

A ideia Espírita-Cristã, por certo, po-derá ter dominado as tuas emoções.

Hoje talvez te ergas em apaixonada defesa de uma titulação religiosa, como fizeste por outras em passado não tão distante.

Dizes que trabalhas a bem da huma-nidade, criando as esperanças de um paraíso distante na face da Terra.

Acautela-te, contudo, se ainda não sabes discernir entre as tuas opiniões pessoais e as do Mestre Jesus.

O Senhor da vida não se dirige à Hu-manidade terrena, querendo convertê-la de súbito à luz divina de sua mensagem de amor.

Jesus dirige-se a ti e a cada criatura humana em particular.

O Senhor não converteu multidões que O buscavam, mas chamou para o bem algumas almas, uma a uma.

Trouxe Madalena à bênção do amor sublime, sem querer converter a quan-tas fossem semelhantes a Maria de Magdala.

Fez retornar Judas da noite de seus enganos, sem estar aflito em santificar de uma só vez, a todos os que sentis-sem fome e sede pelo poder temporal.

Do túmulo fez ressurgir a Lázaro, sem que reerguesse a todos os que se refugiavam no túmulo de suas nega-ções.

Curou um cego, um paralítico, um surdo – um por vez, sem estar preo-cupado em fazer o restabelecimento

de outras centenas de aflitos de nosso mundo.

Jesus, o Cristo, tem a sua mensagem endereçada a cada um dos corações individualmente considerados, sem uma doutrina a ser imposta ou proposta à massa sem consciência da própria vida.

Assim, pois, quer o Mestre a reden-ção da parcela de nossa humanidade, qual se estivesse diante de uma fila em que cada criatura chegará, uma a uma, aos pés do Senhor.

Se desejas, assim, servir ao Mes-tre da Paz e da Esperança, renuncia a tuas opiniões pessoais, esquece-te, agora, onde estiveres, abandona de vez teus programas particularistas e cede--te aos princípios expostos pelo que é SENHOR DA VIDA.

PazRoque Jacintho

Passes: À tarde: Ínício às 14h30 horas À noite: Ínício às 17h30 horas

Domingo, às 9h30 horas

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Contos

Conta uma lenda antiga, que um dia, um camponês levou seu burro ao pasto e, no caminho, havia um poço no qual o animal caiu.

O burro gritava muito e o camponês depois de muito pensar decidiu optar por uma solução mais cômoda e extremamente cruel.

Considerou que o burro já estava mesmo muito velho e que o poço precisava ser tapado. Soterraria o animal vivo.

Chamou seus vizinhos para que o ajudasse.Após algumas pás de terra que levou, o burro parou de

gritar. O camponês resolveu olhar para o fundo do poço a fim de verificar o que havia ocorrido e, surpreendentemente, viu que a cada pá de terra que caía sobre suas costas, o burro a sacudia dando um passo sobre essa mesma terra que caía ao chão.

Em pouco tempo, o animal conseguiu chegar até a boca do poço, passou por cima da borda e saiu dali trotando.

* * *Podemos aprender como lição neste conto que nunca

devemos desistir da vida, pois acima de tudo e todos existe a presença de Deus, Pai Amado que nunca abandona seus filhos.

No desespero, costumamos imergir na nossa dor e nos

desequilibramos, deixando de perceber o auxílio divino.Os problemas existem sim, mas não são por acaso, são

plantados por nós mesmos, seja agora ou trazido de faltas cometidas no pretérito. A escolha de como enfrentá-los está em nossas mãos.

O egoísmo e a crueldade não podem ser desculpas para a nossa inércia e má condução do caminho a trilhar.

Como o burrinho nos mostrou, usemos a inteligência em nosso benefício, em vez de nos lamentarmos eternamente.

Deus nos proverá!

Imagem: http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/foto/0,,11542004-EX,00.jpg

Pegadas de Chico Xavier

O assunto discorria sobre desregramento do sexo e adultério, e Chico foi dizendo:

— Converso tudo isto com meus sobri-nhos e eles me dizem: O senhor está fora do tempo. A época agora é outra. Isso não existe mais. Em que tempo o senhor está vivendo?

— E que diz você, Chico? — alguém apar-teou.

— Digo que vivo no tempo da consciência.Comentário pequeno, mas de profunda

reflexão e análise, esse que o Chico deixou, entre tantos outros, ao conversar com os amigos sobre o tema “educação”.

Para os pais é sempre um interesse saber o que uma pessoa da sabedoria e moral de Chico Xavier faria em situações como essa que, por vezes, passamos com os jovens e ele com a experiência de quem cuidou dos irmãos menores e dos sobrinhos, nos mostra que na Espiritualidade não há modismo.

ÂngelaBibliografia: Adaptado do livro Chico, de Francisco – Adelino Silveira, Editora CEU.Imagem: http://2.bp.blogspot.com/_CDohqq_XG4g/SxzWKKSfHuI/AAAAAAAAFtI/JfiV1v1c_20/s1600-h/

extraída da

Cantinho do Verso em Prosa

A lição vem de encontro ao período cronológico que iniciamos, o novo ano. Se estamos aqui, é tempo ainda! Quem disse que não dá mais?

Temos as obrigações terrenas, nossos deveres e compromissos e uma agenda a nos espreitar. Mas, nunca justifiquemos falta de tempo para o serviço no Bem. Ele nos revigora, nos alimenta a alma, simplesmente, é o que nos faz evoluir.

As provações, dores, angústias, mágoas, ofensas e sofrimentos só imperarão se não utilizarmos como antídoto o Bem.

A ação benigna depende apenas da nossa vontade e o momento é sempre agora.

Não deixar para depois o Bem que se pode fazer é deixar de adiar a felicidade nossa e do nosso próximo.

Avante! Olhemos o tempo minha gente!

14ª ed., 2009.

Felicidade é viver

De serviço posto à mão,

Entre horários na cabeça

E Cristo no coração

Reclamas que o tempo é curto,

Dormindo e sonhando embora,

Mas o tempo cria tempo

Se fazes o Bem agora.

Afirmasque,emtodaparte,

É a provação que te escora;

No entanto, a dor é lição

Se fazes o Bem agora.

Alegas que a vida é sombra

De angústia que não melhora.

A vida, porém, é luz

Se fazes o Bem agora.

Trazes no peito oprimido

Coração que clama e chora,

Mas luta é acesso ao conforto

Se fazes o Bem agora.

Não te dês ao pessimismo,

Na mágoa que te devora.

Sofrimento aperfeiçoa

Se fazes o Bem agora.

Olvida pedras e ofensas

Na senda que te aprimora.

Perdão é campo à grandeza

Se fazes o Bem agora.

Trabalha constantemente,

Servindo e amando, hora a hora.

Ação é Força Divina

Se fazes o Bem agora.

Sê bondade e entendimento,

Onde estejas, mundo afora.

Todo passo leva a Deus

Se fazes o Bem agora.

“Faze o Bem quanto puderes.”

— Pede a Vida andando à frente.

Diz a Morte, à retaguarda:

— “Olha o tempo, minha gente!”.

Casimiro Cunha

Pedimos sua ajuda para dar continuidade à construção da sede do nosso Núcleo de Estudos.Precisamos de qualquer tipo de colaboração, desde materiais de construção a apoio financeiro.O óbolo da viúva é sempre bem-vindo!

A nova sede fica na rua dos Marimbás, 220 - V ila Guacuri - São Paulo - SP

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Agradecemos por todas as correspondências e e-mails recebidos. Reservamo-nos o direito de fazer modificações nos textos a serem publicados.

Canal Aberto

150 anos se passaram, desde 15 de janeiro de 1861, quando a Paris do século XIX acordou com a publicação de “O Livro dos Médiuns” ou “Guia dos Médiuns e dos Evocadores”.

Iniciativa dos Espíritos e organizado por Allan Kardec, este livro representou um presente dos “Céus” para aqueles sensitivos que percebendo o Mundo Espiritual não sabiam como lidar com impressões, vozes, ideias estranhas, com os espíritos (tidos à conta de mortos) que se aproximavam em grande número dos “vivos”.

A previsão contida no livro Atos se cumpria: “Nos últimos tempos, diz o Senhor, difundirei do meu Espírito sobre toda carne; vossos filhos e filhas profetizarão; vossos jovens terão visões e vossos velhos, sonhos.” 1

Os espíritos se apresentavam aos vivos-encarnados no mundo e, após a publicação de “O Livro dos Espíritos”, era imprescindível que um manual de referência, um “guia” confiável, repositório de estudos e maduras experi-ências fosse colocado à disposição das pessoas interessadas no conhecimento da prática mediúnica à luz do Espiritismo.

Na introdução da obra sesquicentenária Kardec nos fala de maneira franca: “Enganar-se-ia igualmente quem supusesse encontrar nesta obra uma receita universal e infalível para formar médiuns. [...] Seu objetivo consiste em indicar os meios de desen-volvimento da faculdade mediúnica, tanto quanto o permitam as disposições de cada um, e, sobretudo, dirigir-lhe o emprego de modo útil, quando ela exista. Esse, porém, não constitui o fim único a quenos propusemos.”

Se somente indicasse os meios de desenvolvimento da faculdade mediúnica grande seria o mérito da publicação. Quantas dúvidas aparecem no processo de educação mediúnica, desde as primeiras impressões até a participação efetiva num grupo de atividades me-diúnicas? Inúmeras.

Médium escrevente, falante, que vê os espíritos, que esclarece pelo diálogo, são alguns dos vários tipos de mediunidade que contam com tempo e método diferentes para o desenvolvimento equilibra-do, e “O Livro dos Médiuns” nos repassa informações consistentes e seguras para que possamos utilizar da mediunidade em nosso crescimento intelecto-moral-espiritual, com reflexo positivo desde já, em nossa vida cotidiana.

Mais ainda, o “Guia dos Médiuns” objetiva o desenvolvimento da mediunidade a fim de conduzir-lhe o “emprego de modo útil”, para servir a todos, como prestação de auxílio desinteressado, gratuito, visando consolar e reerguer aquele que sofre.O apóstolo da caridade, Bezerra de Menezes, destaca que será em prol da lídima prerrogativa de amar e servir que encontraremos a função mediúnica.O Consolador Prometido por Jesus se materializa pela via mediúnica, quando os espíritos retornam e nos falam ou escrevem sobre sua situação atual no mundo maior; que continuam vivos e atuantes; velam e torcem por nós, os ainda presos ao corpo; sugerem cami-nhos, atitudes e relembram compromissos, como a nos preparar, desde já, para a grande viagem, o retorno à pátria verdadeira: o

2Mundo Espiritual .No entanto, Kardec propõe ir mais longe: “De par com os médiuns

Deixemos de lado a falsa ideia de que “o mundo está perdido”,porque não está. Atravessamos sim, momentos conturbados que fazem parte do processo de transição, que elevará a Terra ao patamar de mundo de regeneração.

O que está acontecendo é a separação do joio do trigo e isso gera um desconforto moral. Os espíritos recalcitrantes no mal estão sendo conduzidos a mundos inferiores e os espíritos propensos ao Bem, aqui permanecerão para darem continuidade ao seu progresso.

Movimentemos então, as nossas forças em favor do nosso crescimento espiritual para que possamos continuar a nossa evolução na atmosfera terrestre, local este que serve-nos de escola, de oficina de trabalho...

Que possamos absorver as diretrizes do Amor, praticando os ensinamentos do nosso Mestre Jesus, uma vez que, agindo dessa maneira estaremos quebrando a cadeia do mal e da ig-norância que nos agrilhoa há milênios.

Não precisamos, para isso, aterrar-nos em conceitos, em va-lores mesquinhos, materiais, nem apegar-nos a essa ou aquela seita. Basta-nos equilibrar os nossos pensamentos e atos, apa-ziguar os ensinamentos e norteá-los ao Bem.

Consultemos a nossa consciência sobre as questões da vida, pois é nela que está gravada a Lei de Deus e obteremos a res-posta que nos conduzirá ao êxito de uma vida mais saudável.

Recorramos a Jesus por meio da oração e encontraremos forças para caminharmos em passos seguros para edificação do Reino de Deus em nosso coração.

Carlo Augusto Sobrinho – Rio de Janeiro – RJ

O ontem se foiAssim é a vida.Ela passa depressa.Não perca tempo.Trabalhe hoje pelos teus irmãos.Amanhã, eles trabalharão por você.Portanto, não deixe o hoje para amanhã.Caso não saiba, poderás não estar aqui.Amanhã será outro dia e estarás em outro lugar.Hoje, faça o melhor que puderes.

Ricardo Santos – São Paulo – SP

propriamente ditos, há, a crescer diariamente, uma multidão de pessoas que se ocupam com as manifestações espíritas. Guiá-las nas suas observações, assinalar-lhes os obstácu-los que podem e hão de necessariamente encontrar, lidando com uma nova ordem de coisas, iniciá-las na maneira de confabularem com os Espíritos, indicar-lhes os meios de conseguirem boas comunicações, tal o círculo que temos de abranger, sob pena de fazermos trabalho incompleto.”

Destaca-se, portanto, que no estudo sério de “O Livro dos Médiuns”, no que se refere à prática mediúnica, obteremos:

a) Conhecimento dos meios de seu desenvolvimento;b) Saber para torná-la útil;c) Bom-senso para observá-la com proveito;d) Paciência para lidar com os obstáculos que surgem

no caminho;e) Modo de conversar com os espíritos;f) E por fim, conseguiremos boas comunicações.Não é fácil obter tudo isto, no imediatismo de nossos de-

sejos apressados. Demanda tempo, dedicação, disciplina, amor e conhecimento no que fazemos: “a experiência lhes realçará a utilidade. Quem quer que o estude cuidadosa-mente melhor compreenderá depois os fatos de que venha a ser testemunha”.

Recentemente, escutamos um médium “com grande experiência mediúnica” falar não ser necessário o estudo permanente de “O Livro dos Médiuns”. Valeria à pena que os médiuns que se denominam “experimentados” relessem a provocativa definição de médiuns experimentados3: “[...] a experiência resulta de um estudo sério de todas as dificul-dades que se apresentam na prática do Espiritismo. A expe-riência dá ao médium o tato necessário para apreciar a na-tureza dos espíritos que se manifestam, para lhes apreciar as qualidades boas ou más, pelos mais minuciosos sinais, para distinguir o embuste dos espíritos zombeteiros, que se acobertam com as aparências da verdade. [...] O mal é que muitos médiuns confundem a experiência, fruto do estudo, com a aptidão, produto da organização física. Julgam-se mestres, porque escrevem com facilidade; repelem todos os conselhos e se tornam presas de espíritos mentirosos e hipócritas, que os captam, lisonjeando-lhes o orgulho”.

150 anos passados e ainda encontramos “frequentado-res de centros espíritas” que “acham” que as atividades mediúnicas são dispensáveis. Fazer o quê? Convidá-los a um estudo sistematizado da Doutrina Espírita. Eles não estudaram “O Livro dos Médiuns”, leram-no, quando muito,e certamente a galope. Não prestaram atenção na mensagem do Espírito de Verdade, quando este refuta a opinião da-queles antipáticos às comunicações espíritas: “A pretensão que manifestam é a negação do que o Espiritismo tem de mais belo e de mais consolador: as relações do mundo vi-sível com o mundo invisível, dos homens com os seres que lhes são caros e que assim estariam para eles sem remissão perdidos. São essas relações que identificam o homemcom o seu futuro, que o desprendem do mundo material. Suprimi-las é remergulhá-lo na dúvida, que constitui o seu tormento; é alimentar-lhe o egoísmo”.4

Bezerra de Menezes lembra que a missão mediúnica está perfeitamente explicada e efetivamente definida napujante obra de Allan Kardec, pela qual o nosso Mestre e Senhor Jesus Cristo logra qualificar os seareiros de suaVinha, dotando-os do discernimento justo e da mais pura consciência cristã, sem cujo auxílio todas as suas faculda-des medianímicas permaneceriam jungidas a seus desejos e ilusões, quando não ultrajadas por mentes enfermas e

2tenebrosas, das destrutivas obsessões .

Em 2011, comemoramos o ano do sesquicentenário do Guia dos Médiuns espíritas, aproveitando para iniciar (ou reiniciar) a leitura atenta da codificação, começando pelo começo, “O Livro dos Espíritos” e o seu seguimento: “O Livro dos Médiuns”.

“(...) dirigimo-nos aos que vêem no Espiritismo um objetivo sério, que lhe compreendem toda a gravidade e não fazem das comunicações com o mundo invisível

5um passatempo.”Yvo Tutti – Uberlândia – MG

________________1. Atos dos Apóstolos, capítulo II, v. 17 e 18.2. A Mediunidade Espírita – Wagner Gomes da Paixão, pelo espírito Yvonne do

Amaral Pereira, Prólogo, Editora UEM.3. O Livro dos Médiuns – Allan Kardec, capítulo XVI, item 192, Editora FEB.4. O Livro dos Médiuns – Allan Kardec, capítulo XXVII, Editora FEB.5. O Livro dos Médiuns – Allan Kardec, Introdução, Editora FEB.

Segundo volume:A Serviço de Jesus

Sua doação é importante para o custeio da postagem do Seareiro e pode ser feita em nome do

Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança - CNPJ: 03.880.975/0001-40Banco Itaú S.A. - Agência 0257 - C/C 46.852-0

Calendário

1858 em Paris, França, Allan Kardec lançada a Revista Espírita, publicação mensal que apresentava a situação mun-dial do Espiritismo, assim como textos e comunicações mediúnicas sobre assun-tos diversos do movimento.

1846 nasce em Tours, França, Léon Denis. Foi um filósofo espírita e um dos principais continuadores do Espiritismo após a morte de Allan Kardec, ao lado de Gabriel Delanne e Camille Flammarion. Fez conferências por toda a Europa em congressos internacionais espíritas e espiritualistas, defendendo ativamente a ideia da sobrevivência da alma e suas consequências, no campo da ética, nas relações humanas. Além disso, foi autor de vários livros doutrinários.

1875 publicada a primeira Folha Espírita do Rio de Janeiro e a segunda do Brasil, com o nome de “Revista Espírita”.

1884 fundada , no Rio de Janeiro, a Fe-deração Espírita Brasileira.

1889 nasce em Botucatu, São Paulo, o professor Carlos Carmine Mirabelli, médium brasileiro; foi pesquisado por cientistas e principalmente pelo Instituto “César Lombroso”.

1412 nasce na França, Joana D’Arc. Foi sacrificada na fogueira, devido aos seus ostensivos dons mediúnicos.

1952 desencarna em Bristol, Inglaterra, Ernest W. Oaten, espírita e companheiro de Conan Doyle.

1868 lançada a primeira edição do livro “A Gênese”, de Allan Kardec.

1715 desencarna Fénelon, um dos Espíritos que colaboraram na Codificação Espírita.

1862 nasce em Gênova, Itália, Ernesto Bozzano. Dedicou-se ao estudo dos fe-nômenos espíritas e foi autor de várias obras do gênero.

1969 desencarna no Rio de Janeiro, Zilda Gama. Professora e médium psicógrafa,

tendo produzido, por intermédio do Espírito Victor Hugo, diversos romances mediúnicos.

1874 nasce em Natal, Rio Grande do Norte, Adelaide Augusta Câmara, mais conhecida como Aura Celeste. Intelec-tual, dinâmica, extraordinária médium, além de poetisa, contista e educadora, foi uma das mais devotadas figuras femini-nas do Espiritismo.

1971 desencarna José Pedro Freitas mais conhecido como “Zé Arigó”. De-senvolveu suas atividades paranormais, tornando nacional e internacionalmente conhecidas as cirurgias e curas realiza-das, por intermédio de sua faculdade me-diúnica, pela espírito que se denominava Dr. Fritz, um médico alemão falecido em 1918, durante a Primeira Guerra Mun-dial.

1827 nasce em Zurique, Suíça, o educador Johann Heinrich Pestalozzi. Teve grande influência na formação de Hippolyte Léon Denizard Rivail, conhecido, mais tarde, como Allan Kardec.

1910 desencarna Andrew Jackson Davis, médium americano. Recebeu a obra “Filosofia Harmônica” e foi um dos precursores do Espiritismo.

1968 realizada a primeira reunião de mé -dicos espíritas para fundar a Associação de Médicos Espíritas, em São Paulo, SP.

1861 lançada a primeira edição de “O Livro dos Médiuns”

1875 nasce no Maranhão, Luís Olímpio Guillon Ribeiro. Engenheiro civil, exer-ceu vários cargos no Senado Federal. Foi presidente da FEB, dedicando-se com esmero às tarefas de divulgação, através da imprensa.

1901 desencarna em Roma, Itália, Frederic William Henry Myers, literato inglês, um dos fundadores da Sociedade de Investigações Psíquicas de Londres.

1969 desencarna no Rio de Janeiro,

Ismael Gomes

jornalista ativo do

movimento espírita

e esperant ista.

Braga,

1947 desencarna no Rio de Janeiro, Frederico Figner. Autodidata, destacou--se como empresário no Brasil. Como espírita convicto, participou ativamente do movimento, sendo alma caridosa e lúcida.

1919 desencarna em São Paulo, Anália Emília Franco Bastos. Professora, jor-nalista, poetisa e filantropa brasileira. Trabalhadora incansável e espírita con-victa, constituiu 71 escolas, 2 albergues diurnos, 23 asilos, 1 colônia regenerado-ra para mulheres, 1 banda musical femi-nina, orquestras e grupos dramáticos, na capital e em 24 cidades do interior.

1884 desencarna Amélie Gabrielle Boudet, viúva de Allan Kardec.

1883 Fundada por Augusto Elias da Silva, a revista Reformador, órgão de divulgação da Federação Espírita Brasileira.

1909 desencarna, Antônio Gonçalves da Silva Batuíra. Comerciante, converteu--se ao Espiritismo e se tornou ardoroso divulgador. Foi notável médium curador. Criou vários grupos espíritas em vários estados.

1863 fundado em New York, EUA, por Andrew Jackson Davis, o Liceu Espírita.

1938 desencarna em Matão, São Paulo, Cairbar de Souza Schutel, um dos grandes vultos espíritas no Brasil. Político convertido ao Espiritismo, fundou o jornal “O Clarim” e a “Revista Internacional do Espiritismo”. Foi polemista de grandes recursos, tendo defendido a doutrina, por numerosas vezes, em praça pública. Escreveu várias obras.

1854 nasce em Nápoles, Itália, Eusápia Paladino, notável médium de efeitos fí-sicos. Foi pesquisada por inúmeros cien-tistas, convencendo a vários sobre a ve-racidade da comunicação espiritual.

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